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Auditoria p/ Receita Federal - 2013 Teoria e exercícios comentados
Prof. Claudenir Brito e Prof. Rodrigo Fontenelle – Aula 00
Prof. Claudenir Brito Prof. Rodrigo Fontenelle
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AULA 00: Conceitos de auditoria e da pessoa do
auditor. Responsabilidade legal. Ética profissional.
Objetivos gerais do auditor independente. Controle de
qualidade da auditoria de Demonstrações Contábeis.
SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação 1
Cronograma 3
1. Introdução 5
2. Aspectos Gerais da Auditoria Independente 5
3. Normas de Auditoria Independente 8
4. Ética Profissional 12
5. Responsabilidade Legal 24
6. Objetivos gerais do Auditor Independente 26
7. Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações
Contábeis 27
Questões comentadas 33
Referências bibliográficas 62
Olá, Pessoal!
Meu nome é Rodrigo Fontenelle, sou Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU), lotado em Brasília/DF e atualmente
exerço o cargo de Chefe de Divisão da Coordenação-Geral de Auditoria da Área Fazendária. Sou professor de Auditoria Privada, Governamental e
Técnicas de Controle em cursos presenciais preparatórios para concursos públicos em MG e DF, além de cursos online. Sou economista, formado
pela UFMG, com pós-graduação em Finanças pelo IBMEC e mestre em Contabilidade, pela UnB. No final de 2011 lancei o livro Auditoria - Mais
de 200 questões comentadas, pela Editora Elsevier/Campus. Além da
CGU, fui aprovado em outros concursos no país, entre eles Consultor Legislativo da Assembleia de Minas Gerais, EPPGG do Estado do Espírito
Santo e 1º lugar no concurso da Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais.
Meu nome é Claudenir Brito, e fui militar do Exército Brasileiro por quase
17 anos, saindo em 2008, no posto de Capitão. Atualmente, sou o Auditor-Chefe da Auditoria Interna do DNIT – Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes –, Autarquia vinculada ao Ministério dos Transportes. Sou Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral
da União, aprovado em 15º lugar no concurso de 2008, e professor de Auditoria Governamental e Privada, além de Controle Externo, em cursos
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preparatórios na capital do país, no Rio de Janeiro e em Salvador. Sou
membro efetivo do Instituto de Auditores Internos do Brasil – IIA Brasil –, filial do The Institute of Internal Auditors e da Comissão de Coordenação
de Controle Interno – CCCI – do Poder Executivo Federal. Ah, e professor
no Estratégia, claro.
Estamos escrevendo um livro juntos, que será lançado no início de 2013, e temos certeza que esse entrosamento só irá contribuir para a qualidade
das aulas e, consequentemente, para o sucesso de vocês na hora da prova.
Feitas as apresentações, vamos falar um pouco de como será
desenvolvido o curso. Nossa proposta é abordar toda a matéria cobrada no edital de 2012 da Receita Federal do Brasil. Acreditamos bastante na
fixação de conhecimento a partir de exercícios, por isso comentaremos neste curso mais de 250 questões acerca dos assuntos abordados.
Alguns pontos sobre este novo curso devem ser esclarecidos nesse
momento. Boa parte do conteúdo deste curso é igual ao curso que
lançamos para o concurso de 2012. Entretanto, devemos ressaltar que houve duas mudanças significativas que consideramos essenciais.
Primeiramente, verificamos que, no curso anterior, objetivando privilegiar
questões da ESAF, acabamos trazendo uma quantidade considerável de exercícios antigos, já que essa banca não tem elaborado muitas provas de
auditoria desde 2010. Para resolver isso, incluímos novos exercícios, de diversas bancas do país, inclusive todas as questões das provas da RFB
2012 (ESAF), CGU 2012 (ESAF), ICMS-PR 2012 (COPS), ISS-SP 2012 (FCC) e ISS-BH 2012 (FDC), dentre outras.
Em segundo lugar, como já é de conhecimento de todos, a forma de
cobrança da nossa disciplina tem passado por um processo de mudança, principalmente nos concursos mais procurados (RFB, ICMS,
ISS, CGU, etc.) Em relação a isso, entendemos que há duas
considerações a fazer:
1 – As bancas passaram a cobrar conhecimento de contabilidade avançada na disciplina de auditoria (vide ISS-SP). Pessoal, sendo bem
sinceros, nesse ponto, nem nós nem nenhum professor de auditoria tem muito que fazer. Para se precaver quanto a este ponto, vocês terão que
estudar ainda mais a matéria de contabilidade, principalmente com foco nos Pronunciamentos do CPC.
2 - Como a atual legislação de auditoria ainda é relativamente nova para
as bancas, e objetivando diminuir o risco de anulação de questões, elas têm optado por trazer para as provas questões quase literais, mas dando
preferência para os anexos, apêndices e, principalmente, para os itens
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constantes na segunda parte das normas, chamada de Aplicação e outros
Materiais Explicativos. Em relação a esse ponto, aí sim, temos condições de focar e orientar vocês, e essa foi a segunda mudança que fizemos
neste curso em relação ao anterior, o que comprovarão ao longo
das aulas.
Considerando as mudanças ocorridas nas normas de auditoria, já mencionadas aqui, destacaremos, em cada questão que tenha sido
elaborada a partir da legislação revogada, as diferenças em relação às normas atuais, destacando os principais pontos que vocês deverão ficar
atentos a partir da implementação da nova legislação.
Como sempre falamos antes das aulas, nosso objetivo aqui não é ensinar auditoria, mas fazer com que vocês aprendam a resolver questões de
auditoria. Pra quem ainda não tem uma familiaridade muito grande com a disciplina, verão que as questões se repetem ao longo dos anos. Dessa
forma, focando nos principais temas que sempre estão presentes nas provas, conseguirão, de forma objetiva, interpretar e resolver as
questões.
Assim como em uma auditoria, o processo de estudo pra concurso deve
ser baseado na gestão de risco. Vocês têm pelo menos 15 outras disciplinas pra estudar e, mesmo que consigam ver tudo, terão que focar
em alguma coisa. Nossa responsabilidade, aqui, é fazer essa gestão de risco (na disciplina Auditoria, é claro) pra vocês.
Dessa forma, procuraremos focar nos temas mais cobrados nas provas.
Por isso, não se assustem se determinados tópicos de cada aula tiverem apenas uma ou duas questões, e outros apresentarem oito, dez. Isso será
proposital e baseado na nossa análise acerca da probabilidade de cobrança de cada tema, a partir de provas anteriores.
Cronograma
O curso será dividido didaticamente em 8 aulas, além desta inaugural,
da seguinte forma:
Aula demonstrativa (05/12/12) Conceitos de auditoria e da pessoa do auditor. Responsabilidade legal.
Ética profissional. Objetivos gerais do auditor independente. Controle de qualidade da auditoria de Demonstrações Contábeis.
Aula 1 (20/12/12)
Principais normas vigentes de Auditoria Interna. Auditoria Interna versus Auditoria Externa. Conceito, Objetivos, Responsabilidades, Funções,
Atribuições.
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Aula 2 (05/01/13) Desenvolvimento do Plano de Auditoria. Estratégia de Auditoria, Sistema
de Informações, Controle Interno, Risco de Auditoria. Fraudes e a
Responsabilidade do Auditor.
Aula 3 (20/01/13) Concordância com os termos do trabalho de auditoria independente.
Testes e procedimentos de auditoria. Evidenciação.
Aula 4 (05/02/13) Testes em Áreas Específicas das Demonstrações Contábeis. Amostragem.
Aula 5 (20/02/13)
Avaliação das distorções Identificadas. Execução dos trabalhos de auditoria. Materialidade e Relevância no planejamento e na execução dos
trabalhos de auditoria. Representações formais: objetivo, conteúdo. Documentação de Auditoria. Princípios de Contabilidade.
Aula 6 (05/03/13) Auditoria no setor público federal; finalidades e objetivos da auditoria
governamental; abrangência de atuação; formas e tipos; normas relativas à execução dos trabalhos.
Aula 7 (20/03/13)
Utilização de trabalhos da auditoria interna. Uso de trabalhos técnicos de especialistas. Eventos Subsequentes. Continuidade Operacional. Auditoria
de estimativas Contábeis. Contingências.
Aula 8 (05/04/13) Relatórios de Auditoria.
Seguindo esse cronograma, a previsão é que nosso curso dure em torno
de quatro meses. Feitas essas considerações, vamos ao que interessa.
Sejam bem-vindos ao nosso curso e estamos à disposição nos emails [email protected]; e
rodrigofontenelle@estratégiaconcursos.com.br.
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1. Introdução
Para começar nosso curso de Auditoria rumo à aprovação no concurso da
Receita Federal do Brasil, veremos nesta aula o seguinte trecho do edital: “Conceitos de auditoria e da pessoa do auditor. Responsabilidade legal.
Ética profissional. Objetivos gerais do auditor independente. Controle de qualidade da auditoria de Demonstrações Contábeis”.
A Auditoria tem a natureza de técnica contábil utilizada pela
Contabilidade para atingir seus objetivos, sendo a Auditoria Contábil a
técnica que tem como objetivo emitir uma opinião sobre as demonstrações contábeis (também denominadas financeiras).
A evolução da auditoria como técnica contábil sempre esteve ligada ao
atendimento de seu principal objetivo, que é a emissão de uma opinião independente sobre a adequação das demonstrações
contábeis/financeiras aos Princípios de Contabilidade, às Normas Brasileiras de Contabilidade, à legislação específica e, mais
recentemente, à estrutura de Relatório Financeiro Aplicável.
Os conceitos utilizados na Auditoria Independente são bastante similares aos da Auditoria Governamental e da Auditoria Interna. O foco acaba
sendo, em regra, o mesmo: a emissão de uma opinião independente (lembrando que a opinião da Auditoria Interna também deve ser
independente – autônoma). O que difere, basicamente, é o ambiente ou
área que está sendo verificada. Mas não se preocupem. Veremos essas diferenças na próxima aula.
O foco dos editais dos concursos da Receita Federal costuma ser mais em
Auditoria Independente, por isso, como não poderia deixar de ser, focaremos nossas aulas nesse sentido, não deixando, entretanto, de falar
em auditoria interna e auditoria governamental (surpresa do último edital).
2. Aspectos Gerais da Auditoria Independente Para iniciarmos os estudos acerca da Auditoria Independente, trouxemos
pra vocês alguns conceitos encontrados na doutrina e que muitas vezes
são cobrados em sua literalidade.
Crepaldi (2012): “levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações,
procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma entidade. A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que
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tem por objetivo a emissão de parecer sobre sua adequação,
consoante os princípios Fundamentais de Contabilidade e pertinente à legislação específica.” (grifamos)
Franco e Marra (2011):
“A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações,
internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles decorrentes”. (grifamos)
Apesar da importância das definições encontradas na doutrina, as bancas
geralmente preferem explorar os conceitos apresentados pelas normas de auditoria. Dessa forma, segundo a NBC TA 200, que trata dos objetivos
gerais do auditor independente e a condução da auditoria em conformidade com normas de auditoria, o objetivo da Auditoria das
Demonstrações Contábeis – Externa é: “aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis
por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis
foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.” (grifamos)
Como podemos observar, a emissão de uma opinião independente é o
principal objetivo da auditoria, passando pelo exame do objeto a ser auditado, particularmente as demonstrações contábeis.
A finalidade da emissão dessa opinião é dar a maior credibilidade possível às demonstrações contábeis elaboradas pelo setor de contabilidade e
divulgadas ao conhecimento dos interessados no conhecimento da “saúde financeira” da Companhia.
Assim, uma auditoria independente envolve a aplicação de técnicas e
procedimentos especializados, em busca de evidências que digam respeito aos valores divulgados nas demonstrações contábeis, incluindo a
avaliação das práticas contábeis utilizadas e da razoabilidade das estimativas apresentadas pela administração (mensuração de itens que
não podem ser definidos com precisão).
O objetivo principal da auditoria independente á a emissão de uma
opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis à estrutura de Relatório Financeiro Aplicável.
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De acordo com Franco e Marra (2011), essa fiscalização dá maior consistência e veracidade aos registros e demonstrações contábeis, pelas
seguintes razões, dentre outras:
o profissional que executa os registros contábeis o faz com maior atenção e rigor, pelo simples fato de saber que seu
trabalho será examinado e seus erros apontados; empregados e administradores temem erros e fraudes, na
certeza de que estes poderão ser apontados aos poderes superiores;
os titulares do patrimônio, por sua vez, prestam contas, através da auditoria, a seus credores e ao fisco.
Complementarmente, ainda segundo os autores, a auditoria independente
apresenta as seguintes vantagens aos usuários das demonstrações contábeis:
contribui para maior exatidão das demonstrações contábeis;
possibilita melhores informações sobre a real situação
econômica, patrimonial e financeira das empresas; assegura maior exatidão dos resultados apurados.
Entretanto, a auditoria independente, como qualquer outra atividade,
apresenta algumas limitações que devem ser conhecidas pelo auditor, a fim de que possa reduzi-las a um nível coerente com o cumprimento de
seus objetivos. Essas limitações dizem respeito, principalmente, ao fato de que a auditoria não pode ser interpretada como substituta da
administração no cumprimento de seus objetivos de gestão.
Como veremos na próxima aula, a administração conta com uma Auditoria Interna para executar um trabalho de assessoramento,
auxiliando no cumprimento dos objetivos operacionais da empresa.
A auditoria independente, por sua vez, não dispõe de meios suficientes
(pessoal, tempo, recursos) para uma análise aprofundada de todos os aspectos das demonstrações financeiras, limitando-se aos mais relevantes
(aqueles que têm possibilidade de influenciar a opinião do usuário quanto às demonstrações). O auditor trabalha por amostragem, dessa forma,
irregularidades podem passar despercebidas pelo auditor, o que não quer dizer que seu trabalho não tenha sido bem feito.
O profissional responsável pelo trabalho de auditoria é denominado
auditor independente, normalmente integrante de uma firma de auditoria contratada pela empresa a ser auditada para a emissão da
opinião sobre as demonstrações contábeis.
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Se o objetivo principal do auditor independente é a emissão de sua
opinião, qual seria um dos objetivos secundários mais importantes?
Coloquem-se na condição de um profissional que deva emitir uma
opinião, e que, para isso, é contratado anualmente. Imaginem ainda que há uma concorrência entre as empresas de auditoria, e que sua opinião
servirá de base para centenas, até milhares de pessoas decidirem os rumos de seus investimentos para o próximo ano. Qual seria o atributo
essencial a ser perseguido pelo auditor, no intuito de se manter no mercado?
Acertou quem pensou em credibilidade. O auditor que não tem
credibilidade é incapaz de emitir um relatório que cumpra o papel de atestar as condições da situação econômico-financeira de uma empresa,
apresentada nas demonstrações contábeis. E provavelmente não seria novamente contratado para novos trabalhos.
Para que a opinião emitida pelo auditor possua credibilidade, além da
qualidade indispensável a qualquer trabalho profissional, ainda mais com
a responsabilidade inerente à auditoria, faz-se necessária uma padronização das técnicas e procedimentos utilizados, assim como da
elaboração de relatórios. Para tanto, são elaboradas as Normas de Auditoria. Atualmente, no Brasil, as mais importantes são as Normas
Brasileiras de Contabilidade – Técnicas de Auditoria (NBC TA) e Normas Brasileiras de Contabilidade – Profissionais de Auditoria (NBC PA), as
quais serão a base do nosso curso.
3. Normas de Auditoria Independente
Normas de auditoria são as regras estabelecidas pelos órgãos reguladores
da profissão contábil, em todos os países, com o objetivo de regulação e
apresentação de diretrizes a serem seguidas por esses profissionais no exercício de suas funções. Elas estabelecem os conceitos básicos sobre
as exigências em relação à pessoa do auditor, à execução de seu trabalho e ao parecer que deverá por ele ser emitido (Franco e Marra,
2011).
Embora, na maioria das vezes, tenham um caráter de guia profissional, acabam fixando limites nítidos de responsabilidades, além de orientar
o comportamento do auditor em relação a sua capacitação e controle de qualidade dos trabalhos realizados.
No Brasil, desde 1972 temos normas de auditoria relacionadas a esses
objetivos, sendo que, atualmente, estão em vigor normas elaboradas pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC – em conjunto com o Instituto
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de Auditores Independentes do Brasil – IBRACON –, além da Comissão
de Valores Mobiliários – CVM –, do Banco Central do Brasil – BACEN – e da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP.
Vamos apresentar algumas características das normas do CFC, por serem as mais exigidas nos concursos.
Até o ano de 2009, não havia dúvida sobre quais normas estudar, em
relação à auditoria independente, pois estava em vigor a NBC T-11 (Resolução 820/97, Normas de Auditoria Independente das
Demonstrações Contábeis) e suas derivadas.
Entretanto, no final daquele ano houve a convergência dessas normas brasileiras aos padrões internacionais de auditoria definidos pela IFAC –
International Federation of Accounting (Federação Internacional de Contadores).
O IFAC é uma organização global da profissão contábil, que possui a
missão, segundo consta em sua página na internet, de contribuir para o
desenvolvimento, adoção e aplicação de normas internacionais de alta qualidade e orientação; além de contribuir para o desenvolvimento de
organizações e profissionais de contabilidade e para a utilização de práticas de alta qualidade por contadores profissionais, dentre outras
(www.ifac.org – tradução livre).
As Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC – editadas pelo CFC devem seguir os padrões internacionais e compreendem as normas
propriamente ditas, as Interpretações Técnicas e os Comunicados Técnicos.
As normas de auditoria independente são aprovadas pelo CFC por
meio de Resoluções, e classificadas em normas profissionais (NBC PA) e normas técnicas (NBC TA). Enquanto as NBC PA estabelecem
regras e procedimentos de conduta a serem observados como
requisitos para o exercício profissional contábil, as NBC TA descrevem conceitos doutrinários, princípios e procedimentos a serem aplicados
quando da realização dos trabalhos.
A Resolução CFC nº 1.328/11, de 18/03/11, que dispõe sobre a Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, estabelece que as
Normas Brasileiras de Contabilidade se estruturam conforme se segue:
Normas Profissionais:
I – Geral – NBC PG – aplicadas indistintamente a todos os profissionais de Contabilidade;
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II – do Auditor Independente – NBC PA – aplicadas,
especificamente, aos contadores que atuam como auditores independentes;
III – do Auditor Interno – NBC PI – aplicadas especificamente aos contadores que atuam como auditores internos;
IV – do Perito – NBC PP – aplicadas especificamente aos contadores
que atuam como peritos contábeis.
Normas Técnicas:
I – Geral – NBC TG – são as Normas Brasileiras de Contabilidade convergentes com as normas internacionais emitidas pelo International
Accounting Standards Board (IASB); e as Normas Brasileiras de Contabilidade editadas por necessidades locais, sem equivalentes
internacionais;
II – do Setor Público – NBC TSP – são as Normas Brasileiras de
Contabilidade aplicadas ao Setor Público, convergentes com as Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Público, emitidas pela
International Federation of Accountants (IFAC); e as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público editadas por necessidades
locais, sem equivalentes internacionais;
III – de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica – NBC TA – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à
Auditoria convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Independente emitidas pelo IFAC;
IV – de Revisão de Informação Contábil Histórica – NBC TR – são as
Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Revisão convergentes com as Normas Internacionais de Revisão emitidas pela IFAC;
V – de Asseguração de Informação Não Histórica – NBC TO – são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Asseguração
convergentes com as Normas Internacionais de Asseguração emitidas pela IFAC;
VI – de Serviço Correlato – NBC TSC – são as Normas Brasileiras de
Contabilidade aplicadas aos Serviços Correlatos convergentes com as Normas Internacionais para Serviços Correlatos emitidas pela IFAC;
VII – de Auditoria Interna – NBC TI – são as Normas Brasileiras de
Contabilidade aplicáveis aos trabalhos de Auditoria Interna;
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VIII – de Perícia – NBC TP – são as Normas Brasileiras de Contabilidade
aplicáveis aos trabalhos de Perícia;
IX – de Auditoria Governamental – NBC TAG – são as Normas
Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria Governamental convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Governamental
emitidas pela Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI).
Pra tentar ilustrar melhor, apresentamos a seguir um quadro-resumo das
normas. As principais para a nossa disciplina são as NBC TA, NBC PA, NBC TI e NBC PI, marcadas de vermelho nas definições anteriores.
Fonte: IBRACON
Mas surge a seguinte dúvida: a adoção dessas normas é obrigatória? Sim. De acordo com a própria Resolução CFC nº 1.328/11, a
inobservância às NBC constitui infração disciplinar sujeita às penalidades previstas no Decreto-Lei n.º 9.295/46, alterado pela Lei n.º
12.249/10, e ao Código de Ética Profissional do Contador.
De forma simplificada, podemos dizer que as Normas Brasileiras de Contabilidade são classificadas em Normas Técnicas e
Profissionais, e compreendem: - Código de Ética Profissional do Contabilista;
- Normas de Contabilidade;
- Normas de Auditoria Independente e de Asseguração; - Normas de Auditoria Interna; e
- Normas de Perícia.
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As Normas Brasileiras de Contabilidade compreendem:
- Código de Ética Profissional do Contabilista; - Normas de Contabilidade, de Auditoria Independente e de
Asseguração, de Auditoria Interna e de Perícia.
Em 27 de novembro de 2009, o CFC publicou a Resolução nº. 1.203/09,
que aprovou a NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria –,
revogando NBC T-11 e suas derivadas. Essa NBC TA é chamada de “mãe” de todas as outras normas. Por isso, para aqueles que têm tempo e
querem dar uma lida nessas normas, sugerimos começar por ela.
As principais normas estão relacionadas no Anexo I desta aula, e podem ser obtidas na íntegra no site do CFC, no seguinte link:
<http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/Default.aspx>
No decorrer das aulas, conforme nos aprofundamos nos assuntos
constantes do edital, vamos tratando das normas relacionadas.
As práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados,
desde que atendam à NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Relatórios Financeiros –
emitida pelo CFC e, por conseguinte, em consonância com as normas contábeis internacionais, podem ser utilizadas pelo auditor, visto que
fazem parte das práticas contábeis brasileiras. As práticas não necessitam estarem formalizadas, desde que atendam à
NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL do CFC.
4. Ética Profissional De acordo com o dicionário online Michaelis, ética é o conjunto de
princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão.
Ou seja, não estamos falando em conceitos técnicos, nem do
cumprimento de leis e normas, mas de princípios morais. Dessa forma,
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determinada atitude profissional pode até cumprir todos os requisitos
legais, mas não ser aceitável, do ponto de vista ético (moral).
Para entendermos um pouco mais esse conceito, vamos voltar um pouco
no tempo. No início dos anos 2000, foram descobertas manipulações contábeis em uma das empresas mais importantes dos Estados Unidos, a
operadora de commodities de gás natural ENRON. De acordo com Borgerth (2007), sob a investigação da SEC (Securities and Exchange
Comission), a empresa admitiu ter inflado seus lucros em aproximadamente US$ 600 milhões nos últimos quatro anos (naquela
época).
Não vamos nos aprofundar no mecanismo utilizado para a manipulação, mas o que importa e que ficou evidenciado que o comportamento dos
advogados, dos analistas de mercado e dos auditores independentes da empresa também se caracterizaram pela falta de ética.
Para vocês terem uma ideia do estrago, na época, a indicação de
“compra” de ações da empresa era quase unânime. Com o escândalo,
ocorreu o desequilíbrio do mercado, com os acionistas buscando vender as ações o mais rápido possível, os preços caindo, e o desespero se
instalando.
A empresa de auditoria independente – Arthur Andersen, uma das big five na época – não se recuperou mais. No Brasil, por exemplo, era a segunda
em volume de negócios. Hoje em dia, consideramos apenas as big four (PWC, Deloitte, KPMG e Ernst & Young).
E os escândalos não pararam na ENRON. Foram descobertas outras
manipulações na Worldcom, Xerox, Bristol-Myers Squibb, Merck, Tyco, Imclone systems, Parmalat (Itália).
Grande parte das alterações promovidas para “mascarar” as
demonstrações contábeis foram realizadas dentro dos princípios legais,
por meio de brechas na legislação. Ações em conformidade com a lei, mas eticamente criticáveis.
Viram como a falta de ética pode prejudicar um grande número de
empresas e investidores?
Nesse ponto, cabe destacar que tanto faz o objetivo da realização de uma ação contrária à ética: não importa se em proveito pessoal ou da empresa
(a chamada “boa intenção”). A ética deve ser seguida de forma inflexível, e deve permear todas as relações internas e externas. É uma
postura essencial.
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Como já dissemos, nem sempre a atitude do gestor é ilegal, mas pode ser
pouco ética, o que vai prejudicar a imagem da Companhia frente ao Mercado.
A Resolução CFC nº 803/96 aprovou o Código de Ética Profissional do Contador – CEPC – que tem por objetivo fixar a forma pela qual se
devem conduzir os Profissionais da Contabilidade, quando no exercício profissional e nos assuntos relacionados à profissão e à classe.
De acordo com o referido Código, são deveres do Profissional da
Contabilidade, e consequentemente do auditor independente, dentre outros:
– exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em
especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes e/ou
empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais; (ZELO, INTEGRIDADE E COMPETÊNCIA)
– guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício
profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por
autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade; (CONFIDENCIALIDADE)
– inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso; (EFICIÊNCIA)
– renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do cliente ou empregador, a quem deverá
notificar com trinta dias de antecedência, zelando, contudo, para que os interesse dos mesmos não sejam prejudicados, evitando
declarações públicas sobre os motivos da renúncia; (CREDIBILIDADE)
– cumprir os Programas Obrigatórios de Educação Continuada estabelecidos pelo CFC; (QUALIDADE)
Segundo o Código de Ética, o Contador na função de perito, assistente técnico, auditor ou árbitro, deverá:
– recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da especialização requerida;
– abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto de perícia, mantendo absoluta independência
moral e técnica na elaboração do respectivo laudo; – abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua
convicção pessoal sobre os direitos de quaisquer das partes interessadas, ou da justiça da causa em que estiver servindo,
mantendo seu laudo no âmbito técnico e limitado aos quesitos propostos;
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– considerar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo
submetido à sua apreciação; – mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em
condições de exercer efeito sobre peças contábeis objeto de seu
trabalho; – abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar
suficientemente informado e munido de documentos; – assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que
concerne à aplicação dos Princípios de Contabilidade e NBC editadas pelo CFC;
– considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar laudos sobre peças contábeis, observando as restrições das NBC editadas
pelo CFC; – atender à Fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade e
Conselho Federal de Contabilidade no sentido de colocar à disposição desses, sempre que solicitado, papéis de trabalho,
relatórios e outros documentos que deram origem e orientaram a execução do seu trabalho.
De acordo com Attie (2010), a função da auditoria deve ser exercida em caráter de entendimento e o trabalho executado deve merecer toda a
credibilidade possível, não podendo existir qualquer sombra de dúvida quanto à honestidade e aos padrões morais do auditor.
Para o autor, a profissão de auditoria exige a obediência aos princípios
éticos profissionais, que fundamentalmente se apoiam em independência, integridade, eficiência e confidencialidade.
Já a NBC TA 200 informa que os princípios fundamentais de ética
profissional relevantes para o auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis estão implícitos no Código de Ética Profissional
do Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. Esses princípios estão em linha com os princípios do Código de Ética do IFAC,
cujo cumprimento é exigido dos auditores. Esses princípios são:
Integridade Competência e
Zelo Profissional
Objetividade
Confidencialidade Comportamento
(Conduta)
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4.1 Independência
A Resolução CFC nº 1.311/10 aprovou a NBC PA 290, que trata da
Independência, estabelecendo condições e procedimentos para
cumprimento dos requisitos de independência profissional nos trabalhos de auditoria.
Segundo a referida norma, os conceitos sobre a independência
devem ser aplicados por auditores para:
Quando o auditor avalia que salvaguardas apropriadas não estão disponíveis ou não podem ser aplicadas para eliminar as ameaças ou
reduzi-las a um nível aceitável, o auditor deve eliminar a circunstância ou relacionamento que cria as ameaças, declinar ou descontinuar o trabalho
de auditoria. O auditor deve usar julgamento profissional ao aplicar estes conceitos sobre a independência.
Em suma, Independência é a capacidade que a entidade de auditoria tem de julgar e atuar com integridade e objetividade, permitindo a
emissão de relatórios imparciais em relação à entidade auditada, aos acionistas, aos sócios, aos quotistas, aos cooperados e a todas as demais
partes que possam estar relacionadas com o seu trabalho.
Um aspecto interessante quanto à independência, que é tratado na norma, é que não basta ser independente, sendo necessário parecer ser
independente, já que a independência compreende:
a) independência de pensamento - Postura que permite a apresentação de conclusão que não sofra efeitos de influências que
comprometam o julgamento profissional, permitindo que a pessoa atue com integridade, objetividade e ceticismo profissional.
Aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável
Avaliar a importância das ameaças identificadas
Identificar ameaças à independência
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b) aparência de independência - evitar fatos e circunstâncias
significativos a ponto de um terceiro bem informado, tendo conhecimento de todas as informações pertinentes, incluindo as
salvaguardas aplicadas, concluir dentro do razoável que a
integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional da entidade de auditoria ou de membro da equipe de auditoria ficaram
comprometidos.
Não basta ser independente, é necessário parecer ser independente, já que a independência exige:
a) independência de pensamento; e b) aparência de independência.
Outra norma do CFC que ainda está em vigor e que trata da
independência do auditor independente é a NBC P1 – IT 02, que define as situações que podem caracterizar a perda de independência da
entidade de auditoria em relação à entidade auditada, exemplificando:
- Interesses financeiros: propriedade de títulos e valores mobiliários e quaisquer outros tipos de investimentos adquiridos ou
mantidos pela entidade de auditoria.
- Empréstimos e garantias: a Entidade de auditoria, sócios, membros da equipe e membros imediatos da família destas pessoas
não podem ter empréstimos com Bancos/Instituições Financeiras que sejam entidades auditadas.
- Relacionamentos comerciais com a entidade auditada: as transações comerciais do auditor independente, de sócios e
membros da equipe de auditoria com uma entidade auditada devem ser feitas dentro do curso normal de negócios e na mesma condição
com terceiros.
- Relacionamentos familiares e pessoais: a perda de independência está sujeita a uma série de fatores; dentre eles, as
responsabilidades do membro da equipe de auditoria no trabalho, a proximidade do relacionamento e o papel do membro da família ou
de relacionamento pessoal na entidade auditada.
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- Vínculos empregatícios ou similares por administradores,
executivos ou empregados da entidade auditada, mantidos anteriormente com a entidade de auditoria. Nesse ponto, a NBC PA
290 estabelece que “a independência em relação ao cliente de
auditoria é requerida durante o período de contratação e o período coberto pelas demonstrações contábeis. O período de contratação
começa quando a equipe de auditoria começa a executar serviços de auditoria. O período de contratação termina quando o relatório
de auditoria é emitido”.
- Membros da entidade de auditoria que, anteriormente, eram administradores, executivos ou empregados da entidade
auditada.
- Manutenção dos líderes de equipe de auditoria: a utilização dos mesmos profissionais de liderança (sócio, diretor e gerente) na
equipe de auditoria, numa mesma entidade auditada, por um longo período, pode criar a perda da objetividade e do ceticismo
necessários na auditoria.
- Prestação de outros serviços: as entidades de auditoria prestam,
usualmente, outros serviços para as entidades auditadas, compatíveis com seu nível de conhecimento e capacitação, que não
podem criar ameaças à independência da entidade de auditoria ou de membros da equipe de auditoria.
- Presentes e brindes: quando uma entidade de auditoria ou
membro de equipe aceita presentes, brindes ou outros benefícios cujo valor não seja claramente insignificante, a perda de
independência é caracterizada, não sendo possível a aplicação de qualquer salvaguarda.
- Litígios em curso ou iminentes: quando há, ou é provável
haver, um litígio entre a entidade de auditoria ou um membro da
sua equipe e a entidade auditada, podendo ser criado o conflito de interesses.
- Incompatibilidade ou inconsistência do valor dos honorários:
os honorários dos serviços de auditoria devem ser compatíveis com os investimentos em formação e com a remuneração profissional. O
estabelecimento de honorários substancialmente inferiores ao nível que poderia ser considerado razoável será caracterizado como
perda de independência.
Essas situações, consideradas ameaças à independência, se enquadram em uma ou mais de uma das categorias a seguir:
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Quando são identificadas ameaças, exceto aquelas, claramente, insignificantes, devem ser definidas e aplicadas salvaguardas
adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível
aceitável. Essa decisão deve ser documentada. A natureza das salvaguardas a aplicar varia conforme as circunstâncias.
Já o Código de Ética do Contabilista prescreve que, no desempenho de
suas funções, é vedado ao Profissional da Contabilidade renunciar à liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou
imposições que possam prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho.
A NBC PA 01, que trata do Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes, acerca da qual falaremos
mais adiante, determina a necessidade de implementação e a manutenção de políticas e procedimentos de supervisão e controle
interno de qualidade que forneçam segurança razoável do cumprimento das normas profissionais, regulatórias e legais,
• É a ameaça de que interesse financeiro ou outro interesse influenciará de forma não apropriada o julgamento ou o comportamento do auditor.
Ameaça de interesse próprio
• É a ameaça de que o auditor não avaliará apropriadamente os resultados de julgamento dado ou serviço prestado anteriormente por ele nos quais o auditor confiará para formar um julgamento como parte da prestação do serviço atual.
Ameaça de autorrevisão
• É a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a posição de seu cliente a ponto em que a sua objetividade fique comprometida.
Ameaça de defesa de
interesse do cliente
• É a ameaça de que, devido ao relacionamento longo ou próximo com o cliente, o auditor tornar-se-á solidário aos interesses dele ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento.
Ameaça de familiaridade
• É a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir objetivamente em decorrência de pressões reais ou aparentes, incluindo tentativas de exercer influência indevida sobre o auditor.
Ameaça de intimidação
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particularmente, nesse caso, quanto à necessária independência do
auditor, exigindo uma declaração individual dos profissionais da entidade de auditoria da existência, ou não, das seguintes questões relacionadas a
entidades auditadas:
interesses financeiros; operações de créditos e garantias;
relacionamentos comerciais relevantes estreitos com a entidade auditada;
relacionamentos familiares e pessoais; e membros da entidade de auditoria que já foram
administradores, executivos ou empregados da entidade auditada.
Assim, podemos concluir que a independência do auditor está
intimamente ligada não apenas à ética profissional, mas também à qualidade das auditorias realizadas.
4.2 Integridade
De acordo com Attie (2010), o auditor deve ser íntegro em todos os seus compromissos, que envolvam:
- a empresa auditada quanto às suas exposições e opiniões, exercício de seu trabalho e os serviços e honorários profissionais;
- o público em geral e pessoas interessadas na opinião emitida pelo auditor independente, transmitindo validade e certificando a
veracidade das informações contidas nas demonstrações contábeis ou de exposições quando não refletidas a realidade em tais
demonstrações; - a entidade de classe a qual pertença, sendo leal quanto à
concorrência dos serviços junto a terceiros, não concessão de benefícios financeiros ou aviltando honorários, colocando em risco
os objetivos do trabalho.
A integridade constitui o valor central da ética do auditor, obrigado a
cumprir normas elevadas de conduta de honestidade e imparcialidade durante seu trabalho e em suas relações com o pessoal das entidades
auditadas. A percepção da integridade dos auditores é que faz com que a confiança da sociedade seja preservada.
Pode ser medida em função do que é correto e justo, e exige que os
auditores ajustem-se tanto à forma quanto ao espírito das normas de auditoria e de ética.
Exige também que os auditores ajustem-se aos princípios de
objetividade (ou imparcialidade) e independência, mantenham normas acertadas de conduta profissional, tomem decisões de acordo com o
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Interesse Público, e apliquem um critério de honestidade absoluta na
realização de seu trabalho.
A integridade constitui o valor central da ética do auditor, e pode ser medida em função do que é correto e justo, exigindo que os auditores
ajustem-se tanto à forma quanto ao espírito das normas de auditoria e
de ética. A percepção da integridade dos auditores é que faz com que a confiança da sociedade em seu trabalho seja preservada.
4.3 Eficiência
Em relação à ética profissional, a eficiência é considerada como o
atributo segundo o qual o serviço de auditoria independente precisa ser estabelecido conforme padrões técnicos adequados.
Conforme vimos acima, o auditor deve inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso, visando
principalmente a manutenção da credibilidade por parte dos usuários da informação produzida.
Seus relatórios e pareceres devem atender aos objetivos da auditoria.
4.4 Confidencialidade
De acordo com a NBC P1 – IT 02, é relevante que todos os auditores
tenham procedimentos de proteção de informações sigilosas, obtidas durante o relacionamento com o cliente, quer por meio eletrônico ou por
meios tradicionais, sendo de especial atenção o uso de redes de computador internas ou externas (internet).
Em decorrência da sofisticação do mercado em que atualmente os auditores e seus clientes atuam, são requeridas dos auditores contínua
pesquisa e constante atualização quanto aos assuntos técnicos relacionados com as operações e os negócios dos clientes.
Durante a fase de obtenção de dados sobre o cliente em potencial, os
auditores devem verificar se a sua contratação pelo referido cliente não viola quaisquer normas profissionais e internas, especialmente aquelas
sobre independência e conflito de interesses, bem como as relacionadas ao Código de Ética Profissional do Contabilista.
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Segundo a NBC P 1.6, o sigilo profissional do Auditor Independente deve
ser observado nas seguintes circunstâncias: a) na relação entre o Auditor Independente e a entidade auditada;
b) na relação entre os Auditores Independentes;
c) na relação entre o Auditor Independente e os organismos reguladores e fiscalizadores; e
d) na relação entre o Auditor Independente e demais terceiros.
O Auditor Independente, quando previamente autorizado por escrito, pela entidade auditada, deve fornecer as informações que por aquela
foram julgadas necessárias ao trabalho do Auditor Independente que o suceder, as quais serviram de base para emissão do último Relatório de
Auditoria por ele emitido.
Além disso, quando solicitado, por escrito e fundamentadamente, pelo Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de
Contabilidade, deve exibir as informações obtidas durante o seu trabalho, de modo a demonstrar que o trabalho foi realizado de acordo
com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis,
da presente norma e das demais normas legais aplicáveis.
Resumindo...
Como regra, o auditor não pode divulgar as informações obtidas durante o seu trabalho
na entidade auditada, a não ser que: Tenha autorização expressa da entidade
auditada.
Haja obrigações legais que o obriguem a fazê-lo.
4.5 Requisitos do Auditor
Além dos requisitos éticos relacionados à auditoria de demonstrações
contábeis, a NBC TA 200 estabelece outros quatro, quais sejam:
a) Ceticismo Profissional
O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional,
reconhecendo que podem existir circunstâncias que causam distorção relevante nas demonstrações contábeis. O ceticismo profissional inclui
estar alerta, por exemplo, a: • evidências de auditoria que contradigam outras evidências
obtidas; • informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos
documentos e respostas a indagações a serem usadas como
evidências de auditoria;
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• condições que possam indicar possível fraude;
• circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de auditoria além dos exigidos pelas NBC TAs.
A manutenção do ceticismo profissional ao longo de toda a auditoria é necessária, por exemplo, para que o auditor reduza os riscos de:
• ignorar circunstâncias não usuais; • generalização excessiva ao tirar conclusões das observações de
auditoria; • uso inadequado de premissas ao determinar a natureza, a época e
a extensão dos procedimentos de auditoria e ao avaliar os resultados destes.
b) Julgamento Profissional
O auditor deve exercer julgamento profissional ao planejar e executar a auditoria de demonstrações contábeis. O julgamento profissional é
necessário, em particular, nas decisões sobre: • materialidade e risco de auditoria;
• a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aplicados para o cumprimento das exigências das normas de
auditoria e a coleta de evidências de auditoria; • avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada
e se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor;
• avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura
de relatório financeiro aplicável da entidade; • extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria
obtidas, por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela administração na elaboração das
demonstrações contábeis.
c) Evidência de auditoria apropriada e suficiente e risco de
auditoria
Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a um
nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar a ele obter conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião.
d) Condução da auditoria em conformidade com NBC TAs
Normas guiam o auditor na condução dos trabalhos. O auditor deve cumprir com exigências legais e regulatórias,
além das NBC TAs.
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Conformidade com as NBC TAs relevantes + procedimentos
adicionais.
5. Responsabilidade Legal
A responsabilidade do trabalho do auditor para com a sociedade em geral
(auditor externo) e com dirigentes da empresa (auditor interno e externo) é indiscutível, e, no desempenho de suas funções, pode ser
responsabilizado por danos eventualmente causados a terceiros.
Podemos dividir a responsabilidade do auditor da seguinte forma (na
próxima aula passo os créditos da divisão):
5.1 Responsabilidade Profissional
No Brasil não existe a profissão do Auditor com tal denominação e regulamentação, mas apenas a de Contador. Ao Contador, bacharel em
Ciências Contábeis com registro no CRC, é que se atribui o direito de realizar as tarefas de auditoria.
A profissão de auditor é considerada como técnica ou aplicação
conhecimento contábil. Assim, não existe definição clara em nossa legislação de suas responsabilidades legais. Encontramos em nossa
legislação civil, penal, comercial e profissional, apenas referências
esparsas sobre o assunto.
Perante a lei ele é responsável pelo seu parecer sobre as demonstrações, sendo aplicadas as sanções disciplinares pelo CFC, enquanto as sanções
civis são próprias do Estado, podendo mesmo haver cumulação de sanções.
Assim, podemos concluir que a melhor proteção para o auditor é a
execução cuidadosa de seu trabalho, juntamente com a aplicação das normas profissionais geralmente aceitas, pois se o parecer foi elaborado
de acordo com as normas contábeis, não poderá ser responsabilizado.
A lei não atinge diretamente o profissional auditor, mas indiretamente. Portanto, na execução do trabalho do auditor, a responsabilidade, a ética
e o elevado padrão técnico são atributos implícitos. A Infração a qualquer
um desses princípios o sujeita a denúncia ao órgão fiscalizador da profissão, o CRC, para aplicação da penalidade cabível (de advertência
até suspensão do exercício profissional).
As outras responsabilidades (civil, comercial e penal) estão previstas nos códigos próprios da legislação brasileira e são de caráter geral. O
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exercício da função auditoria necessita de uma fiscalização profissional
rigorosa, considerada a sua importância para o mercado de capitais.
Pra finalizar este ponto é importante ressaltar que, segundo a Resolução
CFC nº 560/83, ainda vigente, as atividades de auditoria (interna e independente) são privativas de contadores. Dessa forma, cuidado,
pois não é permitido aos técnicos em contabilidade o exercício de auditoria.
5.2 Responsabilidade Civil
A responsabilidade civil do contador na função de auditor independente
existe pelo fato de que esse profissional é um cidadão inserido no Estado de Direito com profissão regulamentada, sujeito a Direitos e Deveres.
Deve-se atentar que, se referindo a responsabilidade civil, o auditor e
qualquer profissional de contabilidade estão condicionados a obrigação de meios e não de resultados, ou seja, se o profissional trabalhar de acordo
com as normas técnicas e éticas contábeis não responderá civilmente
pêlos atos que praticou, uma vez que inexiste prejuízo a apurar, dada a inexistência da responsabilidade pêlos resultados, caso contrário por culpa
estrita e literal em que se comprove imprudência e negligência por dolo ou não, fica o profissional responsável por sua obra.
Salientamos que somente por erro inescusável, que é aquele ocorrido por
ignorância patente e profunda, é que poderá levar-se o contabilista e auditor às barras dos tribunais para responsabilizá-lo por eventuais danos
aos clientes ou terceiros.
5.3 Responsabilidade com clientes
O trabalho de auditoria deve ser baseado em um entendimento entre o auditor e seu cliente.
Na realização de seu trabalho, o auditor deve agir de acordo com os termos de seu contrato, uma vez que, caso deixe de aplicar o devido
cuidado ou deixe de guardar sigilo das informações a que teve acesso, pode tomar-se legalmente responsável perante o cliente.
A Responsabilidade Profissional está regulada no Decreto-lei nº. 9.295,
que trata da formação dos conselhos de contabilidade, e por extensão pode ser fiscalizada por eles.
O auditor precisa, efetivamente, reunir maior dose de conhecimentos
técnicos e gerais da mais variada natureza como: Contabilidade, Auditoria, Administração Geral, Finanças, Direito, Economia, Matemática,
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Psicologia, Engenharia, Estatística, Tecnologia da Informação, Relações
Humanas, dente outros.
Esta soma de capacidades é realmente exigida e transforma, portanto, a
função do auditor em prática altamente especializada, requerendo grandes esforços. Diante disso, a tarefa de auditoria pode ser prestada
por: - Profissional Liberal, individualmente;
- Sociedade de Profissionais Liberais; - Associações de Classes de Contadores;
- Dois ou mais profissionais liberais consorciados.
A modalidade mais difundida e frequente é a prestação de serviços de auditoria por sociedades de profissionais constituídas para tal fim.
A prática de Auditoria Contábil, seja ela interna (exceto para áreas
operacionais onde não estejam em análise as contas contábeis), seja externa, é de exercício exclusivo do Contador e está assim
regulamentada:
Dispositivo Legal Registro
Resolução CFC nº. 821/97 Registro CRC – Auditores Externos
Resolução CFC nº. 781/95 Registro CRC – Auditores Internos
Instrução CVM nº. 308/99 Registro CVM – Auditores Externos que
atuem no âmbito do mercado de valores mobiliários
O sócio encarregado do trabalho (auditor) é o sócio ou outra pessoa na firma, responsável pelo trabalho e sua execução e pelo relatório de
auditoria ou outros relatórios emitidos em nome da firma, e quem, quando necessário, tem a autoridade apropriada de um órgão
profissional, legal ou regulador. Assume a responsabilidade exclusiva
pela condução e resultado dos trabalhos.
6. Objetivos Gerais do Auditor Independente
Esse tema tem sido cobrado de forma literal nas novas questões de
auditoria. De acordo com a NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas
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de Auditoria –, os objetivos gerais do auditor independente, ao conduzir a
auditoria de demonstrações contábeis, são:
a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis
como um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim
que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade
com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e
b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as
constatações do auditor.
Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a opinião com ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas
circunstâncias para atender aos usuários previstos das demonstrações contábeis, as NBC TAs requerem que o auditor se abstenha de emitir sua
opinião ou renuncie ao trabalho, quando a renúncia for possível de acordo
com lei ou regulamentação aplicável.
7. Controle de qualidade da auditoria de Demonstrações Contábeis.
A norma do CFC que trata do controle de qualidade da auditoria de
demonstrações contábeis é a NBC TA 220.
Esta Norma trata das responsabilidades específicas do auditor em relação aos procedimentos de controle de qualidade da auditoria de
demonstrações contábeis. Trata também, quando aplicável, das responsabilidades do revisor do controle de qualidade do trabalho, e deve
ser lida juntamente com as exigências éticas relevantes.
7.1 Sistema de controle de qualidade
Os sistemas, as políticas e os procedimentos de controle de qualidade são de responsabilidade da firma de auditoria. De acordo com a NBC PA 01 –
Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de
Auditores Independentes que executam exames de auditoria e revisões de informação contábil histórica e outros trabalhos de asseguração e de
serviços correlatos, a firma tem por obrigação estabelecer e manter sistema de controle de qualidade para obter segurança razoável de
que:
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- a firma e seu pessoal cumprem com as normas profissionais e
técnicas e as exigências legais e regulatórias aplicáveis; e - os relatórios emitidos pela firma ou pelos sócios do trabalho são
apropriados nas circunstâncias.
No contexto do sistema de controle de qualidade da firma, as equipes de
trabalho têm a responsabilidade de implementar procedimentos de controle de qualidade que são aplicáveis ao trabalho de auditoria e
fornecer à firma informações relevantes que permitam o funcionamento da parte do sistema de controle de qualidade relacionado com
independência.
As equipes de trabalho podem confiar no sistema de controle de qualidade da firma, a menos que as informações fornecidas pela firma ou
por outras partes indiquem o contrário.
Segundo o item A1 da NBC TA 220, o sistema de controle de qualidade inclui políticas e procedimentos que tratam dos seguintes
elementos:
responsabilidades da liderança pela qualidade na firma; exigências éticas relevantes;
aceitação e continuidade de relacionamentos com clientes e trabalhos específicos;
recursos humanos; execução do trabalho; e
monitoramento.
7.2 Aceitação e continuidade de relacionamento com clientes e trabalhos de auditoria
O sócio encarregado do trabalho deve estar convencido de que foram
seguidos os procedimentos apropriados em relação à aceitação e continuidade de relacionamentos com clientes e trabalhos de auditoria, e
deve determinar que as conclusões obtidas sobre esse aspecto são
apropriadas.
Se o sócio encarregado do trabalho obtém informações que teriam levado a firma a declinar do trabalho se essas informações estivessem
disponíveis anteriormente, deve comunicar essas informações prontamente à firma, de modo que a firma e ele próprio possam tomar as
medidas necessárias.
7.3 Definições
Frequentemente as bancas examinadoras retiram questões literais que tratam de conceitos, geralmente apresentados no início das normas de
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auditoria. Nesse sentido, os termos a seguir possuem os significados a
eles atribuídos:
O sócio encarregado do trabalho deve assumir a responsabilidade pela
qualidade de todos os trabalhos de auditoria para os quais foi designado.
7.4 Execução do trabalho
O sócio encarregado do trabalho deve assumir a responsabilidade pela:
(a) direção, supervisão e execução do trabalho de auditoria de acordo com as normas técnicas e exigências legais e regulatórias
aplicáveis; e
• É um processo estabelecido para fornecer uma avaliação objetiva, na data ou antes da data do relatório, dos julgamentos relevantes feitos pela equipe de trabalho e das conclusões atingidas ao elaborar o relatório. O processo de revisão de controle de qualidade do trabalho é somente para auditoria de demonstrações contábeis de companhias abertas e de outros trabalhos de auditoria, se houver, para os quais a firma determinou a necessidade de revisão de controle de qualidade do trabalho.
Revisão de controle de qualidade do trabalho
• É um sócio ou outro profissional da firma, uma pessoa externa adequadamente qualificada, ou uma equipe composta por essas pessoas, nenhuma delas fazendo parte da equipe de trabalho, com experiência e autoridade suficientes e apropriadas para avaliar objetivamente os julgamentos relevantes feitos pela equipe de trabalho e as conclusões atingidas para elaboração do relatório de auditoria.
Revisor de controle de qualidade do trabalho
• É um processo que consiste na contínua consideração e avaliação do sistema de controle de qualidade da firma, incluindo a inspeção periódica de uma seleção de trabalhos concluídos, projetado para fornecer à firma segurança razoável de que seu sistema de controle de qualidade está operando de maneira efetiva.
Monitoramento
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(b) emissão do relatório apropriado nas circunstâncias.
Revisões
O sócio encarregado do trabalho deve assumir a responsabilidade de realizar as revisões de acordo com as políticas e procedimentos de revisão
da firma.
Na data, ou antes, da data do relatório, o sócio encarregado do trabalho deve, por meio de uma revisão da documentação da auditoria e de
discussão com a equipe de trabalho, estar convencido de que foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar as conclusões
obtidas e o relatório a ser emitido.
As políticas e procedimentos da firma sobre responsabilidades pela revisão são determinados com base no fato de que o trabalho de
membros menos experientes da equipe é revisado por membros mais experientes da equipe.
Segundo o item A17 da NBC TA 220, uma revisão consiste em considerar se, por exemplo:
o trabalho foi realizado de acordo com as normas técnicas,
profissionais e exigências legais e regulamentares aplicáveis; foram levantados assuntos significativos para consideração
adicional; foram feitas as consultas apropriadas, documentadas e
implementadas as conclusões resultantes; há necessidade de revisar a natureza, época e extensão do
trabalho realizado; o trabalho realizado suporta as conclusões obtidas e está
adequadamente documentado; as evidências obtidas são suficientes e apropriadas para
suportar o relatório; e
os objetivos dos procedimentos do trabalho foram alcançados.
Revisões tempestivas dos itens abaixo pelo sócio encarregado do trabalho nas devidas etapas durante o trabalho permitem que assuntos
significativos sejam prontamente resolvidos para a satisfação do sócio encarregado do trabalho na data ou antes da data do relatório:
áreas críticas de julgamento, especialmente aquelas
relacionadas com assuntos complexos ou controversos identificados no curso do trabalho;
riscos significativos; e outras áreas que o sócio encarregado do trabalho considera
importante.
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O sócio encarregado do trabalho não precisa, mas pode revisar toda a documentação de auditoria.
Monitoramento
Um sistema de controle de qualidade efetivo inclui um processo de monitoramento projetado para fornecer segurança razoável de que as
políticas e procedimentos relacionados com o sistema de controle de qualidade são relevantes, adequados e estão operando de maneira
efetiva.
O sócio encarregado do trabalho deve considerar os resultados do processo de monitoramento da firma, conforme evidenciado nas
informações mais recentes circuladas pela firma e, se aplicável, por outras firmas da rede, e se as deficiências observadas nessas informações
podem afetar o trabalho de auditoria.
ANEXO I
NBC TA
Seção 200 Princípios Gerais e Responsabilidades
NBC TA Assunto
200 Objetivos gerais do auditor independente e a condução de
uma auditoria de acordo com as normas de auditoria
210 Concordando com os termos de um trabalho de auditoria
220 Controle de qualidade de uma auditoria de demonstrações
contábeis
230 Documentação de auditoria
240 Responsabilidades do auditor relacionadas com fraude em
uma auditoria de demonstrações contábeis
250 Consideração de leis e regulamentos em uma auditoria de demonstrações contábeis
260 Comunicação com os responsáveis pela governança
265 Comunicação de deficiências nos controles internos aos
responsáveis pela governança e administração
Seções 300
e 400
Avaliação dos Riscos e Respostas aos riscos
avaliados
NBC TA Assunto
300 Planejamento de uma auditoria de demonstrações
contábeis
315 Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante por meio do entendimento da entidade e de seu ambiente
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320 Materialidade no planejamento e na execução de uma auditoria
330 Respostas do auditor aos riscos avaliados
402 Considerações de auditoria referentes ao uso por uma entidade de uma outra organização de serviços
450 Avaliação das distorções identificadas durante a auditoria
Seção 500 Evidência de auditoria
NBC TA Assunto
501 Evidências de auditoria - Considerações específicas para itens selecionados
505 Confirmações externas
510 Trabalhos iniciais - Saldos iniciais
520 Procedimentos analíticos
530 Amostragem em auditoria
540 Auditoria de estimativas contábeis, incluindo estimativas contábeis de valor justo, e divulgações relacionadas
550 Partes relacionadas
560 Eventos subsequentes
570 Continuidade
580 Representações formais da administração
Seção 600 Utilização do trabalho de outros
NBC TA Assunto
600 Considerações especiais - Auditorias de demonstrações contábeis de grupos (incluindo o trabalho dos auditores de
componentes)
610 Utilização do trabalho de auditoria interna
620 Utilização do trabalho de especialistas
Seção 700 Conclusão dos trabalhos e Relatórios
NBC TA Assunto
700 Formação da opinião e emissão do relatório do auditor
independente sobre as demonstrações contábeis
705 Modificações na opinião do auditor independente
706 Parágrafos de ênfase e parágrafos de outros assuntos no parecer do auditor independente
710 Informações comparativas -- Valores correspondentes e
demonstrações contábeis comparativas
720
Responsabilidade do auditor em relação a outras
informações incluídas em documentos que contenham demonstrações contábeis auditadas
Seção 800 Áreas Específicas
NBC TA Assunto
800 Considerações especiais - Auditorias de demonstrações
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contábeis preparadas de acordo com estruturas conceituais de contabilidade para propósitos especiais
805 Considerações especiais - Auditoria de quadros isolados das demonstrações contábeis e de elementos, contas ou
itens específicos das demonstrações contábeis
810 Trabalhos para reportar sobre demonstrações contábeis Condensadas
Outras NBCs
NBC PA 11 Revisão Externa de Qualidade pelos Pares.
NBC PA 290 Independência – Trabalhos de Auditoria e Revisão.
NBC P 1.8 Utilização Trabalhos de Especialistas
NBC P 1.6 Sigilo
NBC PA 01 Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e
Físicas) de Auditores Independentes.
Bom pessoal, pra começar é isso. Esperamos que tenham gostado
da aula demonstrativa e aguardamos vocês na nossa Aula 01 e no fórum do Estratégia.
Passamos agora para a resolução de diversos exercícios,
objetivando medir o aprendizado e rever os conceitos. Se
quiserem resolvê-las antes de lerem nossos comentários, elas estão relacionadas a partir da página 52.
QUESTÕES COMENTADAS
1 - (ESAF / RFB / 2012) - Pode-se afirmar que, para a aceitação do risco de um trabalho de auditoria externa, deve o auditor
avaliar: I. se os sócios e equipe são, ou podem razoavelmente tornar-se,
suficientemente competentes para assumir o trabalho. II. qual a atitude dos colaboradores e dos grupos de colaboradores em
relação ao ambiente de controle interno e seus pontos de vista sobre interpretações agressivas ou inadequadas de normas contábeis.
III. se terá acesso aos especialistas necessários para a realização do
trabalho. a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas II e III estão erradas.
d) Somente a III está correta. e) Todas estão erradas
Comentários:
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Embora esta questão tenha sido controversa, o item I pode ser
considerado correto a partir dos requisitos básicos para aceitação do trabalho do auditor. Ele deverá avaliar essa competência dos sócios e
equipe para assumir o trabalho.
Da mesma forma, deverá avaliar o ambiente de controle da empresa (item II) e se poderá contar com o uso de especialistas,
conforme orienta a NBC TA 620 (item III). Portanto, todos os itens estão corretos.
Resposta: A
2 - (FCC / TRT 6ª Região / 2012) – A empresa Jaú S.A. de capital aberto, por problemas administrativos e financeiros, não efetuou
a auditoria externa de suas demonstrações financeiras nos anos de 2009, 2010 e 2011. Em 2012, por determinação da CVM foi
solicitada a apresentar as auditorias de todo o período, senão teria seu registro cancelado. A empresa precisando manter essa
forma de capitação de recursos, contratou auditoria para emitir: (A) parecer de auditoria para o ano de 2009 e relatório de auditoria para
os anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria
vigentes a partir de 2010. (B) parecer de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a
aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010. (C) parecer de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de
auditoria vigentes para o período até 2009, e relatório de auditoria para os anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria
vigentes a partir de 2010. (D) relatório de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a
aplicação das normas de auditoria vigentes até 2009. (E) relatório de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de
auditoria vigentes para o período até 2009 e parecer de auditoria, para os anos de 2010 e 2011, mediante a aplicação das normas de auditoria
vigentes a partir de 2010.
Comentários:
Questão que cobrou o entendimento de dois aspectos da aplicação das novas normas de auditoria: A partir de quando elas entraram em
vigor e qual a nova denominação do produto entregue pelo auditor independente. Dessa forma, o candidato deveria saber que as normas
atualmente vigentes devem ser aplicadas para exercícios iniciados em 01/01/2010, e que, por essas normas, o produto final do auditor
independente chama-se Relatório. Dessa forma, o auditor contratado deveria aplicar a legislação
vigente em 2009 ao auditar aquele período, e emitir um Parecer de Auditoria. A partir de 2010, deveria utilizar as novas normas e emitir um
Relatório de Auditoria. Mas atenção! Mesmo em 2012 há questões utilizando a nomenclatura Parecer para se referir ao Relatório de Auditor
Independente.
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Resposta: C
3 - (FCC / TRT 6ª Região / 2012) – De acordo com as normas de
auditoria externa, quando o auditor desenvolve seus trabalhos
com uma postura que inclui questionamento e avaliação crítica e detalhada, e desempenhe os trabalhos com alerta para condições
que possam indicar possível distorção, devido a erro ou fraude nas demonstrações financeiras, o auditor está aplicando:
(A) julgamento profissional. (B) ceticismo profissional.
(C) equidade profissional. (D) diligência profissional.
(E) neutralidade profissional.
Comentários: Embora as outras características sejam observadas na postura e no
exercício da profissão do auditor independente, quando se trata de característica questionadora, detalhista e crítica, estamos nos referindo ao
ceticismo profissional do auditor, conforme visto na parte teórica do
capítulo. Resposta: B
4 - (FCC / TRE-CE / 2012) – Um auditor externo ao proceder a
auditoria da empresa Grãos e Cia, constata no ano de 2010, na fase pré-operacional da unidade construída em Palmas, o custo de
R$ 18.000.000,00 relativos à terraplanagem do terreno da fábrica. Foram feitos os testes, que evidenciaram que o contrato de
serviços de terraplanagem foi realizado com empresa devidamente constituída juridicamente e em atividade normal. O
pagamento do serviço contratado foi efetuado à empresa de terraplanagem e comprovado por pagamento eletrônico constante
do extrato bancário. O auditor em procedimento complementar e diante da expressividade dos valores foi até a unidade verificar os
serviços. Ao indagar alguns funcionários foi informado que o
serviço de terraplanagem havia sido feito pela prefeitura da cidade, a qual também doou o terreno a empresa Grãos e Cia. Os
funcionários também informaram que nunca esteve na empresa Grãos e Cia qualquer funcionário da empresa de terraplanagem
contratada. O procedimento do auditor mostra uma postura de:
(A) falta de ética profissional por desconfiar da administração. (B) investigação, atitude não pertinente às atividades do auditor.
(C) julgamento profissional avaliando a licitude dos atos da equipe de auditores.
(D) representante da Governança no processo de identificação de todas as fraudes.
(E) ceticismo profissional adequada às normas de auditoria.
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Comentários: De forma resumida, observa-se pelo caput da questão que o auditor
havia aplicado diversos testes para verificação da idoneidade do
pagamento à empresa que teria prestado serviços de terraplanagem, mas, mesmo assim, entendeu ser necessária a verificação in loco para
comprovação daqueles serviços. Essa postura questionadora, conforme visto na questão anterior, é uma característica do ceticismo profissional
exigido pelas normas de auditoria. Não se trata de falta de ética (letra A). É uma investigação, mas
essa atitude é pertinente às atividades do auditor (letra B). Com essa postura o auditor não está avaliando a equipe de auditores, mas sim o
objeto auditado (letra C). O auditor independente não é um representante da Governança e nem está preocupado com todas as fraudes, apenas as
relevantes (letra D). Resposta: E
5 - (FCC / TRT-20ª Região / 2011) - Dentre outros, são princípios
fundamentais de ética profissional relevantes para o Auditor
quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis: (A) formalismo e confiabilidade.
(B) integridade e pessoalidade. (C) confidencialidade e motivação.
(D) formalismo e objetividade. (E) integridade e objetividade.
Comentários:
Questão bastante literal. Conforme visto na parte teórica, os cinco princípios fundamentais de ética profissional, constantes na NBC TA 200
são: integridade; objetividade; competência e zelo profissional; confidencialidade e comportamento (conduta) profissional.
Resposta: E
6 - (FCC / INFRAERO / 2011) – De acordo com as Normas
Técnicas de Auditoria Independente, é princípio fundamental de ética profissional a:
(A) interação com o auditado. (B) objetividade.
(C) parcialidade. (D) integralidade.
(E) subjetividade.
Comentários: Em relação à Ética, as bancas exploram bastante este tipo de
questão, e tendem a ser literais. As explicações estão na questão anterior. Apenas cuidado com armadilhas como a letra D. O princípio é
integridade e não integralidade.
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Resposta: B
7 - (FCC / TRF – 1ª Região / 2011) – Considere as assertivas a
seguir:
I. A auditoria é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de
busca, que podem ser necessários para tal investigação. II. Desde que o auditor assine declaração de independência, não é mais
necessário que decline de trabalhos nos quais existam, na administração da empresa auditada, parentes em nível de segundo grau.
III. Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações
contábeis não sejam detectadas, embora a auditoria seja adequadamente planejada e executada em conformidade com as normas legais de
auditoria. Está correto o que se afirma SOMENTE em:
(A) II e III. (B) I e II.
(C) I.
(D) II. (E) III.
Comentários:
Para o item I ficar correto, basta inserir a palavra não após “A auditoria”. Sabemos que a Auditoria não é uma investigação de suposto
delito, e por isso mesmo o auditor não tem poder de busca. Embora a nova legislação (NBC PA 290) não fale mais em grau de
parentesco para questões de independência, as provas ainda continuam cobrando esse conhecimento. A NBC P 1 (revogada) determinava que
estava impedido de aceitar o trabalho o auditor que tivesse vínculo conjugal ou de parentesco consanguíneo em linha reta, sem limites de
grau, em linha colateral até o 3º grau e por afinidade até o 2º grau, com administradores, acionistas, sócios ou com empregados que tenham
ingerência na sua administração ou nos negócios ou sejam responsáveis
por sua contabilidade. Portanto, o item II está incorreto. Atualmente, o auditor tem que verificar a posição do familiar
imediato ou próximo na empresa auditada (se é conselheiro, diretor, etc.), assim como relacionamento próximo com essas pessoas,
independentemente de parentesco e também o papel do próprio auditor naquela firma de auditoria (sócio encarregado do trabalho, etc.).
O item III está correto, como veremos no capítulo relacionado a Riscos de Auditoria.
Resposta: E
8 - (FCC / TRF – 1ª Região / 2011) – É prática ética do auditor: (A) guardar sigilo das informações que obteve para realização da
auditoria das demonstrações contábeis, dando divulgações dessas
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informações somente nas situações em que a lei ou as normas de
auditoria permitam. (B) auditar empresa na qual sua prima de segundo grau é diretora
financeira e administrativa, desde que declare no relatório de auditoria a
existência dessa parte relacionada. (C) realizar auditoria de demonstrações contábeis de companhia aberta,
desde que tenha no mínimo o registro no CRC, como contador. (D) conduzir os trabalhos de auditoria de forma a não repetir os
procedimentos aplicados no ano anterior, para contas nas quais não foram encontradas irregularidades, reduzindo assim o número de contas a
serem auditadas. (E) aviltar honorários com a justificativa de manutenção do cliente, do
quadro de funcionários da firma e da sua estrutura administrativa.
Comentários: Mais uma questão que ainda cobrou a questão de grau de
parentesco, quando relacionado à independência do auditor. Conforme visto no exercício anterior, a letra B está incorreta.
Para realizar auditoria independente em companhia aberta, além de
registro no CRC, o contador tem que ser registrado também na CVM. Portanto, a alternativa C está errada.
A letra D não faz sentido, uma vez que não é porque não se encontrou distorções relevantes em uma conta no exercício anterior que o
auditor não poderá encontrar no atual. Por fim, o auditor tem que estabelecer seus honorários de acordo
com a complexidade da empresa auditada, número de horas que precisará para terminar o trabalho, etc. Não poderá diminuir seus
honorários apenas porque deseja manter seu cliente. Dessa forma, a letra E está incorreta.
Resposta: A
09 - (FCC / TRT-4ª Região / 2011) - Não corresponde a um princípio fundamental da conduta ética do auditor a:
a) integridade dos trabalhos executados.
b) competência técnica nas análises e avaliações. c) postura mental independente.
d) subjetividade na aplicação dos procedimentos. e) confidencialidade das informações.
Comentários:
Conforme verificado na parte teórica, o auditor deve ter objetividade na aplicação dos procedimentos de auditoria e não
subjetividade. Portanto, a letra D é o gabarito da questão. Confidencialidade (letra E), independência de pensamento (letra C),
competência profissional (letra B) e integridade (letra A) são princípios exigidos do auditor.
Resposta: D
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10 - (FCC / ISS-SP / 2012) – A independência do auditor externo da empresa Aquisição S.A. é comprometida pelas situações:
I. A empresa Aquisição S.A. comprou a empresa Ágile S.A.. A firma de
auditoria da adquirente é a mesma que realizou os trabalhos de due dilligence da empresa Aquisição S.A. e de consultoria tributária no ano da
aquisição para a empresa Ágile. II. O diretor financeiro da empresa Ágile S.A é primo em segundo grau do
diretor presidente da empresa Aquisição S.A. III. A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a empresa
Aquisição S.A. em suas contingências tributárias. Afeta a independência do auditor externo o que consta em:
(A) III, apenas. (B) II, apenas.
(C) I, II e III. (D) I, apenas.
(E) II e III, apenas.
Comentários:
Em relação ao item I, conforme determina a NBC PA 290, serviços complementares, fiscais (consultoria tributária) ou judiciais (due
diligence), não necessariamente causariam perda de independência. Depende da forma como esses serviços afetariam as demonstrações
contábeis e sua materialidade, dentre outros fatores. De qualquer forma, a questão não deu essas informações e considerou que, em regra, há
perda de independência no cenário demonstrado. No item II não há a figura do auditor. Repare que estamos falando
das duas empresas (adquirente e adquirida). Portanto, entendemos que não há que se falar em perda de independência.
Por fim, o item III nao afeta, necessariamente, a Independência. Resumindo, questão confusa, mas que a FCC manteve o gabarito.
Resposta: D
11 - (FCC / MPE PE / 2012) – NÃO representa um requisito
necessário para que o auditor possa conduzir adequadamente os trabalhos de asseguração das demonstrações contábeis:
(A) ceticismo profissional. (B) acesso irrestrito a todas as informações necessárias para fundamentar
seu parecer. (C) julgamento profissional.
(D) corresponsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis da entidade auditada.
(E) obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente.
Comentários: Não há corresponsabilidade do auditor em relação às
demonstrações contábeis. Essas são de responsabilidade da
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administração da entidade auditada. O auditor, em seu trabalho de
asseguração (auditoria ou revisão), é contratado para emitir uma opinião acerca dessas demonstrações (ou parte delas, no caso de asseguração
limitada).
As alternativas A e C já foram amplamente explicadas até o momento. Já a letra B está correta, pois é uma prerrogativa do auditor
ter acesso a todas as informações necessárias para conseguir dar uma opinião acerca das demonstrações contábeis. Por fim, ele tem que se
embasar em obtenção de evidência apropriada e suficiente para emitir essa opinião (letra E).
Resposta: D
12 - (ESAF / CVM / 2010) - Assinale a opção que indica uma exceção aos princípios fundamentais de ética profissional
relevantes para o auditor na condução de trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis.
a) Independência técnica. b) Confidencialidade.
c) Competência e zelo profissional.
d) Comportamento e conduta profissional. e) Objetividade.
Comentários:
O Código de Ética Profissional do Contador (Resolução nº 803/1996), a NBC TA 200, assim como a NBC PA 01, que trata do
controle de qualidade para firmas de auditoria, estabelecem como princípios fundamentais de ética profissional: integridade;
objetividade; competência profissional e devido zelo; confidencialidade e comportamento profissional. Dessa forma, para
responder esta questão, bastava ficar atento para a letra “a”, que não corresponde a um desses princípios fundamentais da ética profissional. A
ESAF tentou confundir o candidato, trocando “integridade” por “independência técnica”.
Resposta: A
13 - (ESAF / CVM / 2010) - A respeito da elaboração e divulgação
das demonstrações financeiras, com base em padrões contábeis internacionais, é correto afirmar:
a) a adoção de padrões internacionais de contabilidade na elaboração e divulgação das demonstrações financeiras é obrigatória para as
Companhias Abertas cujo capital social seja de propriedade de companhias com sede no exterior.
b) a adoção de padrões contábeis internacionais por parte das Companhias Abertas é opcional para o exercício findo em 2010 e
obrigatório a partir do exercício findo em 2011.
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c) somente as Companhias Abertas com ações em bolsa deverão, a partir
do exercício findo em 2010, apresentar as demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os padrões contábeis internacionais.
d) é opcional às Companhias Abertas a adoção dos padrões internacionais
de contabilidade, desde que cumpram com as normas da legislação societária.
e) a partir do exercício findo em 2010, as Companhias Abertas deverão apresentar suas demonstrações financeiras consolidadas adotando o
padrão contábil internacional.
Comentários: Primeiramente, ressalta-se que, por ser uma Prova da Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), foi cobrado do candidato o conhecimento das resoluções daquela Autarquia. Dessa forma, o art. 1º da Instrução CVM
457/2007 determina que “as companhias abertas deverão, a partir do exercício findo em 2010, apresentar as suas demonstrações financeiras
consolidadas adotando o padrão contábil internacional, de acordo com os pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standards Board
– IASB.”
Cabe observar que as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria Independente (NBC PA e NBC TA) são aplicadas para os
exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2010. Resposta: E
14 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - O auditor da empresa
Negócios S.A. estabeleceu três procedimentos obrigatórios para emissão do parecer. O primeiro, que a empresa renovasse o
contrato de auditoria para o próximo ano, o segundo, que a empresa emitisse a carta de responsabilidade da administração e
o terceiro, que o parecer seria assinado por sócio do escritório de contabilidade, cuja única formação é administração de empresas.
Pode-se afirmar, com relação aos procedimentos, respectivamente, que:
a) é ético, não é procedimento de auditoria e atende as normas de
auditoria e da pessoa do auditor. b) não é ético, não é procedimento de auditoria e não atende as normas
de auditoria e da pessoa do auditor. c) é ético, não deve ser considerado para emissão do parecer e atende as
normas de auditoria e da pessoa do auditor. d) é ético, considera-se apenas em alguns casos para emissão do parecer
e não atende as normas de auditoria e pessoa do auditor. e) não é ético, é procedimento de auditoria e não atende as normas de
auditoria e da pessoa do auditor.
Comentários: O primeiro procedimento (... que a empresa renovasse o contrato
de auditoria para o próximo ano) não é ético, uma vez que o Código de
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Ética proíbe que o auditor relacione a emissão de sua opinião ao tipo de
cliente ou vantagem que venha a ser obtida deste. O segundo procedimento (... que a empresa emitisse a carta de
responsabilidade da administração) é uma obrigação do auditor, conforme
determina a NBC TA 580, que estabelece que as representações formais são informações necessárias que o auditor exige relativamente à auditoria
das demonstrações contábeis da entidade. Nesse ponto, deve-se ressaltar que a nova norma chama de “Representações Formais” o que a revogada
NBC T 11 denominava de “Carta de Responsabilidade da Administração”. Ressalta-se que há outras representações formais além dessa Carta de
Responsabilidade. Por fim, o terceiro procedimento (... o parecer seria assinado por
sócio do escritório de contabilidade, cuja única formação é administração de empresas) vai de encontro à legislação que estabelece que apenas
Contadores podem assinar um Relatório acerca das demonstrações contábeis de uma empresa. Ressalta-se, mais uma vez, que a ESAF utiliza
a expressão “parecer” ao invés de Relatório do Auditor Independente (termo vigente), pois a questão foi elaborada antes da emissão das novas
normas de auditoria (NBC TA e NBC PA).
Resposta: E
15 - (ESAF / CVM / 2010) - Assinale a opção que indica uma ação capaz de eliminar a perda de independência da entidade de
auditoria por interesse financeiro direto. a) Fazer constar nos relatórios produzidos o tipo de interesse financeiro, a
extensão desse interesse. b) Encerrar o trabalho de auditoria ou transferi-lo a outra entidade.
c) Alienar o interesse financeiro direto antes de a pessoa física tornar-se membro da equipe de auditoria.
d) Alienar o interesse financeiro ou transferi-lo temporariamente até a conclusão dos trabalhos.
e) Comunicar às entidades de supervisão e controle a existência desse interesse e aguardar pronunciamento.
Comentários: Segundo a NBC PA 02, vigente à época e que tratava da
independência do auditor, interesses financeiros são a propriedade de títulos ou qualquer outro tipo de investimento adquirido ou mantido pela
entidade de auditoria, seus sócios, membros da equipe de auditoria ou membros imediatos da família destas pessoas, relativamente à entidade
auditada, suas controladas ou integrantes de um mesmo grupo econômico. A mesma norma estabelece que as únicas ações disponíveis
para eliminar a perda de independência são: Alienar o interesse financeiro direto antes de a pessoa física
tornar-se membro da equipe de auditoria; Alienar o interesse financeiro indireto relevante em sua
totalidade ou alienar uma quantidade suficiente dele para que
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o interesse remanescente deixe de ser relevante antes de a
pessoa tornar-se membro da equipe de auditoria; ou Afastar o membro da equipe de auditoria do trabalho da
entidade auditada.
Dessa forma, a única alternativa que se enquadra nos itens previstos pela norma é a letra “c”.
A nova norma que trata do assunto – NBC PA 290 - estabelece que “a importância de qualquer ameaça deve ser avaliada e salvaguardas
devem ser aplicadas quando necessário para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável. Exemplos dessas salvaguardas incluem a
retirada do membro da equipe de auditoria que tem o interesse financeiro e a revisão, por outro auditor, do trabalho do membro da equipe de
auditoria.” Resposta: C
16 - (ESAF / CVM / 2010) - Visando manter a qualidade e a
credibilidade do seu trabalho, ao identificar ameaças que possam comprometer a sua independência, o auditor deve tomar a
seguinte providência:
a) comunicar a direção da entidade auditada, para que sejam tomadas as providências necessárias à sua eliminação.
b) aplicar as salvaguardas adequadas, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável, documentando-as.
c) propor aos responsáveis pela entidade de auditoria a supressão das ameaças mediante acordo entre as entidades.
d) documentar as ameaças e comunicá-las aos órgãos de supervisão e controle do setor em que atua a entidade auditada.
e) eliminar as ameaças mediante comunicação aos responsáveis pela governança da entidade auditada e fazer constar tais providências no seu
parecer.
Comentários: Segundo a NBC PA 02, vigente à época, a independência do auditor
pode ser afetada por ameaças de interesse próprio, autorrevisão, defesa
de interesses da entidade auditada, familiaridade e intimidação. A mesma norma determina que “quando são identificadas ameaças, exceto aquelas,
claramente, insignificantes, devem ser definidas e aplicadas salvaguardas adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável. Essa
decisão deve ser documentada”. Dessa forma, a letra “b” é a resposta correta.
As outras opções estão erradas porque o auditor não deve comunicar à entidade auditada nem a órgãos de supervisão e controle do
setor em que esta atua acerca de uma ameaça de independência, já que quem deve aplicar as salvaguardas adequadas é o próprio auditor. Além
disso, não há que se falar em acordo entre as entidades de auditoria e auditada para supressão das ameaças.
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Mais a frente, veremos como a nova norma trata do assunto, mais
detalhadamente. Resposta: B
17 - (ESAF / CVM / 2010) - O responsável pela revisão da qualidade dos trabalhos de auditoria deve realizar uma avaliação
objetiva dos julgamentos significativos levando em conta os seguintes aspectos, exceto:
a) avaliação das conclusões atingidas ao elaborar o relatório e considerar se o relatório é apropriado.
b) discussão de assuntos significativos com o encarregado do trabalho. c) revisão da documentação selecionada de auditoria relativa aos
julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões obtidas.
d) revisão das demonstrações contábeis e do relatório proposto. e) discussão do julgamento e relatório com a direção da entidade
auditada.
Comentários:
A NBC PA 01, que trata do controle de qualidade para firmas de auditores independentes, estabelece, em seu item 37 que a firma deve
estabelecer políticas e procedimentos para requerer que a revisão de controle de qualidade do trabalho inclua:
(a) discussão de assuntos significativos com o sócio encarregado do trabalho;
(b) revisão das demonstrações contábeis ou outras informações sobre objeto e o relatório proposto;
(c) revisão da documentação do trabalho selecionada relativa a julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e das
conclusões obtidas; e (d) avaliação das conclusões obtidas para elaboração do relatório e
consideração se esse relatório proposto é apropriado. Trata-se, dessa forma, de uma questão literal elaborada pela ESAF,
sendo que a letra “e” não é um aspecto que deve ser levado em conta
pelo responsável pela revisão da qualidade dos trabalhos de auditoria, segundo a NBC PA 01.
Resposta: E
18 - (ESAF / CGU-Correição / 2006) - Em uma Auditoria Independente, a perda de independência pode-se dar pela
ocorrência dos seguintes fatos, exceto: a) operações de créditos e garantias com a entidade auditada.
b) relacionamentos comerciais com a entidade auditada. c) relacionamentos familiares e pessoais com a entidade auditada.
d) atuação como administrador ou diretor de entidade auditada. e) recebimento dos honorários devidos pelos serviços de auditoria
prestados à entidade auditada.
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Comentários: Apesar de a questão ter sido elaborada antes da edição da NBC PA
290, que trata de independência, vamos resolvê-la a partir do que
determina essa norma, para trazermos conhecimento atualizado sobre o assunto.
Segundo a norma, as ameaças à independência se enquadram em uma ou mais categorias a seguir:
a) ameaça de interesse próprio é a ameaça de que interesse financeiro ou outro interesse influenciará de forma não apropriada o julgamento ou o comportamento do auditor;
b) ameaça de autorrevisão é a ameaça de que o auditor não avaliará apropriadamente os resultados de julgamento dado ou
serviço prestado anteriormente por ele, ou por outra pessoa da firma dele, nos quais o auditor confiará para formar um
julgamento como parte da prestação do serviço atual; c) ameaça de defesa de interesse do cliente é a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a posição de seu cliente a
ponto em que a sua objetividade fique comprometida; d) ameaça de familiaridade é a ameaça de que, devido ao
relacionamento longo ou próximo com o cliente, o auditor tornar-se-á solidário aos interesses dele ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento;
e) ameaça de intimidação é a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir objetivamente em decorrência de pressões
reais ou aparentes, incluindo tentativas de exercer influência indevida sobre o auditor.
Das situações verificadas na questão, podemos enquadrar as letras
“a” e “b” como ameaças de interesse próprio, a alternativa “c” como ameaça de familiaridade e a letra “d” como ameaça de autorrevisão.
Entretanto, mesmo que não soubéssemos nada do que foi falado
até agora, a alternativa “e” nunca poderia ser considerada como uma situação em que há perda de independência, uma vez que, se a empresa
de auditoria prestou os serviços pelos quais foi contratada, obviamente deverá receber os honorários acordados.
Resposta: E
19 - (ESAF / SEFAZ-CE / 2006) - É fator determinante para a recusa de um trabalho de auditoria externa:
a) o auditor ser importante acionista da empresa auditada. b) o auditor ter conhecimento suficiente sobre o negócio da empresa.
c) a possibilidade de o profissional contratado poder realizar o trabalho com imparcialidade.
d) a necessidade de uso de especialistas para avaliação de áreas específicas.
e) a existência de fraude ou erro nas demonstrações auditadas.
Comentários:
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Questão bastante simples, cuja leitura atenta nos indica claramente
a alternativa correta – letra “a”. Conforme determina a NBC PA 290, que trata de independência do auditor, essa situação acarretaria em um
interesse financeiro direto do auditor na entidade auditada, o que faz com
que ele deva recusar o trabalho. As alternativas “b”, “c” e “d” descrevem situações favoráveis ao
trabalho do auditor, e não importariam em recusa ao serviço. A existência de erros ou fraudes nas demonstrações contábeis, letra
“e”, não seria motivo para a recusa pelo auditor, pois a detecção dessas distorções faz parte de seu trabalho.
Resposta: A
20 - (ESAF / SEFAZ-CE / 2006) - O programa de controle de qualidade deve ser estabelecido de acordo com a estrutura da
equipe técnica do auditor e a complexidade dos serviços; assim, se o auditor não possuir equipe, em trabalho desta natureza:
a) não poderá aceitar o trabalho visto ser de fundamental importância à existência de estrutura técnica da equipe.
b) terá limitação na execução de parte do trabalho, tendo de compor
parceria com firma de auditoria maior. c) o auditor deverá de forma obrigatória constar de seu parecer a
limitação da equipe técnica, ficando sob sua responsabilidade os trabalhos.
d) o controle de qualidade é inerente à qualificação profissional do auditor, a qual confirmará sua competência para a execução do trabalho.
e) a qualidade do trabalho fica sempre comprometida, sendo passível de punição ética pelo Conselho Federal de Contabilidade.
Comentários:
O item 11.2.4.3 da NBC T 11, norma vigente à época, determinava que o programa de controle de qualidade deveria ser estabelecido de
acordo com a estrutura da equipe técnica do auditor e a complexidade dos serviços que realizar. Entretanto, no caso do auditor atuar sem a
colaboração de assistentes, o controle da qualidade é inerente à
qualificação profissional do auditor. A NBC TA 220, norma de auditoria em vigor que trata do controle
de qualidade da auditoria das demonstrações contábeis, estabelece que “a realização de uma revisão de controle de qualidade do trabalho não
reduz as responsabilidades do sócio encarregado do trabalho pelo trabalho de auditoria e sua execução”. (grifamos)
Portanto, a única alternativa correta é a letra “d”. Resposta: D
21 - (ESAF / SEFAZ-RN / 2005) - Não é fator que impeça o auditor
independente de aceitar trabalhos de auditoria em entidades: a) vínculo conjugal com administradores da entidade.
b) ter sido empregado da entidade há mais de dois anos.
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c) ser acionista da empresa auditada.
d) ter interesse financeiro direto na entidade. e) fixar honorários condicionais à natureza do trabalho.
Comentários: Em questão anterior vimos as 5 situações que podem ocasionar
ameaça à independência do auditor. A letra “a” apresenta uma situação de ameaça de familiaridade.
Deve-se ressaltar que a nova norma não fala mais em grau de parentesco. Ela traz a denominação familiar imediato, que seria o cônjuge
ou dependente. Nas letras “c” e “d” temos duas situações que se encaixam em
ameaças por interesse próprio. Por fim, a letra “e” também é um fator impeditivo, pois, os
honorários não devem ser condicionais à natureza do trabalho. Segundo a NBC P 1, o auditor deve estabelecer e documentar seus honorários
mediante avaliação dos serviços, considerando os seguintes fatores: a) a relevância, o vulto, a complexidade, e o custo dos serviços a
executar;
b) o número de horas estimadas para a realização dos serviços; c) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou
permanente; d) a qualificação técnica dos profissionais que irão participar da
execução dos serviços; e e) o lugar em que os serviços serão prestados, fixando, se for o
caso, como serão cobrados os custos de viagens e estadas. Resposta: B
22 - (ESAF / SEFAZ-RN / 2005) - Na ausência de disposições
específicas para registro de fatos contábeis, pode o Auditor, na avaliação desses fatos, adotar o procedimento de:
a) acatar as práticas contábeis já consagradas pela Profissão Contábil, sempre formalizadas pelos seus organismos próprios.
b) não aceitar as práticas contábeis já consagradas pela Profissão
Contábil, formalizadas ou não pelos seus organismos próprios. c) desconsiderar os fatos contábeis, visto não estarem formalizados pelos
seus organismos próprios. d) aceitar as práticas contábeis já consagradas pela Profissão Contábil,
formalizadas ou não pelos seus organismos próprios. e) ressalvar as práticas contábeis já consagradas pela Profissão Contábil e
formalizadas pelos seus organismos próprios.
Comentários: De acordo com a NBC TA 700 – formação da opinião e emissão do
Relatório do auditor independente sobre as Demonstrações contábeis – as práticas contábeis brasileiras compreendem:
a legislação societária brasileira;
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as NBC, emitidas pelo CFC;
os pronunciamentos, as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãos reguladores; e
práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, desde que atendam à NBC TG – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro emitida pelo CFC e, por
conseguinte, em consonância com as normas contábeis internacionais.
Dessa forma, na ausência de disposições específicas para registro
de fatos contábeis, práticas contábeis já consagradas pela Profissão Contábil podem ser utilizadas pelo auditor, visto que fazem parte das
práticas contábeis brasileiras. Resposta: D
23 - (ESAF/SEFAZ-CE/AFRE/2007) - Na ausência de disposições
específicas sobre matéria contábil, deve o auditor:
A) solicitar que os órgãos competentes da profissão se manifestem formalmente sobre o assunto, aguardando posição para término do
trabalho. B) somente adotar práticas consagradas pela profissão contábil
formalizadas pelos órgãos da profissão. C) basear-se em práticas já consagradas pela profissão contábil,
independente de estarem ou não formalizadas pelos órgãos da profissão. D) sempre emitir parecer com ressalva relatando no parecer o
procedimento adotado e a irregularidade em relação aos princípios fundamentais de contabilidade.
E) não emitir parecer, em virtude de não haver procedimento contábil formal para tratamento do fato.
Comentários:
Questão bastante semelhante à anterior. Como visto, as práticas
adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, desde que atendam à NBC T 1 – Estrutura Conceitual para a Elaboração e
Apresentação das Demonstrações Contábeis – emitida pelo CFC e, por conseguinte, em consonância com as normas contábeis internacionais,
podem ser utilizadas pelo auditor, visto que fazem parte das práticas contábeis brasileiras.
A única alternativa que atende ao pedido é a de letra C. Resposta: C
24 - (ESAF / SEFAZ-RN / 2005) - Na ética profissional do auditor
independente, a integridade é a qualidade na qual a confiança do usuário de seus serviços se norteia. Para isso, o auditor não pode:
a) questionar os fatos contabilizados. b) renunciar aos trabalhos.
c) ser imparcial em sua opinião.
d) subordinar-se a julgamento. e) cometer erros não intencionais.
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Comentários:
Pessoal. São por questões desse tipo que costumamos dizer que auditoria é intuitivo. Vejamos.
A alternativa “a” está incorreta, pois é obrigação do auditor
questionar os fatos apresentados pela empresa, incluindo os contabilizados. Se não fosse assim, não seria necessário aplicar nenhum
teste de auditoria, concordam? A letra “b” afirma que toda renúncia a trabalho de auditoria se
traduz em falta de integridade. Entretanto, caso o auditor verifique que sua independência possa ser prejudicada, deve renunciar aos trabalhos,
nada havendo falta de integridade (muito pelo contrário!) nessa conduta. A alternativa “c” está incorreta, pois o auditor deve ser imparcial em
suas atividades. A alternativa “d” está correta, sendo o gabarito da questão,
justamente pela independência e imparcialidade que é exigida do auditor. Por fim a letra “e” está incorreta, pois os erros não intencionais não
são produto de falta de integridade, e sim, de descuido, falta de zelo, conhecimento, dentre outros.
Resposta: D
25 - (ESAF / SEFAZ-RN / 2005) - No controle da qualidade dos
seus serviços, o auditor deverá ___________, supervisionar e revisar o trabalho em todas as suas etapas, de modo a garantir
aos usuários de seus serviços a certeza __________ de que o trabalho foi realizado de acordo com as ___________ de controle
de qualidade requeridas nas circunstâncias. a) planejar / razoável / normas
b) reestruturar / parcial / normas c) organizar / mínima / leis
d) elaborar / total / regulamentações e) auditar / razoável / leis
Comentários:
De acordo com a NBC TA 220 – Controle de Qualidade da Auditoria
de Demonstrações Contábeis –, o objetivo do auditor é implementar procedimentos de controle de qualidade no nível do trabalho que
forneçam ao auditor segurança razoável de que: (a) a auditoria está de acordo com normas profissionais e
técnicas e exigências legais e regulatórias aplicáveis; e (b) os relatórios emitidos pelo auditor são apropriados nas
circunstâncias. Assim, a única alternativa que atende ao pedido é a de letra A.
Resposta: A
26 - (ESAF / RFB / 2003) - A ética profissional é condição para o exercício de qualquer profissão. Na execução do trabalho de
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auditoria, o auditor externo deve atender aos seguintes princípios
éticos profissionais: a) integridade, eficiência, confidencialidade e dependência.
b) independência, integridade, eficiência e confidencialidade.
c) dependência, integridade, imparcialidade e ineficiência. d) confidencialidade, integridade, eficiência e negligência.
e) eficiência, confidencialidade, integridade e parcialidade.
Comentários: Uma leitura atenta das alternativas eliminaria alguns conceitos que
não são coerentes com a ética do trabalho do auditor, como dependência (letras “a” e “c”), ineficiência (“c”), negligência (“d”) e parcialidade (“e”).
Assim, a única alternativa que reúne os princípios éticos profissionais do auditor externo estudados acima (independência,
integridade, eficiência e confidencialidade) é a de letra “b”, que é o gabarito da questão.
Resposta: B
27 - (ESAF/Pref. Natal/AFTM/2008) - Na execução dos trabalhos
de auditoria externa, normalmente são utilizadas equipes técnicas para o desempenho do trabalho. Pode-se afirmar que a
responsabilidade técnica do trabalho é: A) de toda a equipe técnica, desde que supervisionada pelo auditor.
B) dos gerentes do projeto e do sócio-auditor, por possuírem formação pertinente.
C) da firma de auditoria, que assume os riscos mediante contrato. D) do auditor, que assumirá total responsabilidade pelos trabalhos
executados. E) de todos os sócios da firma de auditoria, por responderem
solidariamente e ilimitadamente.
Comentários: De acordo com a NBC TA 220, sócio encarregado do trabalho
(auditor) é o sócio ou outra pessoa na firma, responsável pelo
trabalho, sua execução e pelo relatório de auditoria ou outros relatórios emitidos em nome da firma, e quem, quando necessário, tem a
autoridade apropriada de um órgão profissional, legal ou regulador. Assume a responsabilidade exclusiva pela condução e resultado dos
trabalhos. Resposta: D
28 - (ESAF/Pref. Natal/AFTM/2008) - A firma de auditoria
Verificações Ltda. foi convidada, pela empresa Múltiplos S.A., para elaborar proposta de auditoria para suas demonstrações contábeis
relativas ao ano de 2007. O auditor, nesse período, já havia efetuado a revisão das declarações de imposto de renda da
empresa e consultoria, elaborando a avaliação dos ativos de uma
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empresa coligada, para que a mesma fosse incorporada pela
empresa Múltiplos S.A. Deve o auditor, nessa situação, A) recusar o convite de auditoria por conflito nos trabalhos já executados
e os a serem desempenhados.
B) participar do processo elaborando proposta que evidencie os trabalhos já executados e os honorários cobrados.
C) omitir os serviços de consultoria prestados, deixando que o cliente analise sua independência ou não para realização do trabalho.
D) exigir os trabalhos como complemento das atividades já desempenhadas na empresa.
E) aceitar o convite, com limitação de escopo, restringindo os trabalhos somente aos processos dos quais não tenha participado como consultor.
Comentários:
De acordo com a NBC P1 – IT 02, a prestação de outros serviços não podem criar ameaças à independência da entidade de auditoria ou de
membros da equipe de auditoria. No caso em tela, o serviço prestado pela firma de auditoria é de
avaliação de ativos, o que é considerado passível dessa perda.
Assim, o auditor deve recusar o convite de auditoria por conflito nos trabalhos de auditoria a serem realizados com o de avaliação de ativos, já
concluído. Resposta: A
29 - (ESAF/Pref. Natal/AFTM/2008) - No processo de auditoria
independente, deve-se: A) garantir a viabilidade futura da entidade.
B) dividir a responsabilidade entre a equipe técnica e o auditor. C) abolir o uso de práticas consagradas pela Profissão Contábil.
D) certificar a continuidade da empresa pelos próximos 5 anos. E) emitir o parecer com assinatura de contador devidamente registrado.
Comentários:
A auditoria independente não pode garantir a viabilidade futura da
entidade, que dependerá de diversos fatores além da adequação das demonstrações contábeis aos critérios pretendidos. Assim, a alternativa A
está incorreta. A alternativa B está incorreta, pois o auditor (ou sócio encarregado
do trabalho) não pode dividir sua responsabilidade exclusiva com a equipe técnica. Sua responsabilidade se estende à supervisão dos trabalhos, a
fim de ter certeza de que foram conduzidos de acordo com o planejado. A alternativa C está incorreta, pois o auditor deve utilizar as
práticas contábeis consagradas. A alternativa D está incorreta, pois não é possível ao auditor
garantir (certificar) a continuidade da empresa. Sua atuação possibilita que obtenha evidências da normalidade da empresa, por meio de uma
análise adequada dos riscos de auditoria.
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A alternativa E está correta, e é o gabarito da questão, pois o
parecer do auditor independente deve ser assinado por um contador registrado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC), não sendo
suficiente a formação específica como contabilista.
Resposta: E
30 - (CESGRANRIO/LIQUIGÁS-Auditor/2012) - São objetivos gerais do auditor, ao conduzir a auditoria das demonstrações
contábeis, (A) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão
livres de distorção relevante, causada por fraude ou erro, permitindo que o auditor expresse sua opinião sobre a elaboração dessas demonstrações
consoante a estrutura de relatório financeiro aplicável. (B) rastrear fraudes e identificar se a aplicação dos recursos financeiros
da empresa está de acordo com as normas impostas pelos órgãos de fiscalização e regulamentação.
(C) apresentar relatório sobre a administração e comunicar-se conforme exigido pelas Normas Brasileiras de Contabilidade.
(D) identificar se a empresa apresenta informações nas demonstrações
contábeis de acordo com as normas impostas pelo Ministério Público. (E) comprovar se os ativos e passivos sofreram variações conforme
estipulado no planejamento estratégico da empresa.
Comentários: Pra terminar, questão praticamente literal, em que a opção correta,
como já vimos ao longo desta aula, é a letra A. Não é um objetivo geral do auditor independente rastrear fraudes,
nem apresentar relatório sobre a administração. Além disso, não é o Ministério Público que impõe normas acerca das demonstrações
contábeis, mas sim leis, normas emitidas pelo CFC, CVM, etc. Por fim, não é objetivo do auditor independente verificar variações
no planejamento estratégico da empresa. Resposta: A
QUESTÕES COMENTADAS DURANTE A AULA
1 - (ESAF / RFB / 2012) - Pode-se afirmar que, para a aceitação do risco de um trabalho de auditoria externa, deve o auditor
avaliar:
I. se os sócios e equipe são, ou podem razoavelmente tornar-se, suficientemente competentes para assumir o trabalho.
II. qual a atitude dos colaboradores e dos grupos de colaboradores em relação ao ambiente de controle interno e seus pontos de vista sobre
interpretações agressivas ou inadequadas de normas contábeis.
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III. se terá acesso aos especialistas necessários para a realização do
trabalho. a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas II e III estão erradas. d) Somente a III está correta.
e) Todas estão erradas
2 - (FCC / TRT 6ª Região / 2012) – A empresa Jaú S.A. de capital aberto, por problemas administrativos e financeiros, não efetuou
a auditoria externa de suas demonstrações financeiras nos anos de 2009, 2010 e 2011. Em 2012, por determinação da CVM foi
solicitada a apresentar as auditorias de todo o período, senão teria seu registro cancelado. A empresa precisando manter essa
forma de capitação de recursos, contratou auditoria para emitir: (A) parecer de auditoria para o ano de 2009 e relatório de auditoria para
os anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010.
(B) parecer de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a
aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de 2010. (C) parecer de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de
auditoria vigentes para o período até 2009, e relatório de auditoria para os anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria
vigentes a partir de 2010. (D) relatório de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a
aplicação das normas de auditoria vigentes até 2009. (E) relatório de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de
auditoria vigentes para o período até 2009 e parecer de auditoria, para os anos de 2010 e 2011, mediante a aplicação das normas de auditoria
vigentes a partir de 2010.
3 - (FCC / TRT 6ª Região / 2012) – De acordo com as normas de auditoria externa, quando o auditor desenvolve seus trabalhos
com uma postura que inclui questionamento e avaliação crítica e
detalhada, e desempenhe os trabalhos com alerta para condições que possam indicar possível distorção, devido a erro ou fraude nas
demonstrações financeiras, o auditor está aplicando: (A) julgamento profissional.
(B) ceticismo profissional. (C) equidade profissional.
(D) diligência profissional. (E) neutralidade profissional.
4 - (FCC / TRE-CE / 2012) – Um auditor externo ao proceder a
auditoria da empresa Grãos e Cia, constata no ano de 2010, na fase pré-operacional da unidade construída em Palmas, o custo de
R$ 18.000.000,00 relativos à terraplanagem do terreno da fábrica.
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Foram feitos os testes, que evidenciaram que o contrato de
serviços de terraplanagem foi realizado com empresa devidamente constituída juridicamente e em atividade normal. O
pagamento do serviço contratado foi efetuado à empresa de
terraplanagem e comprovado por pagamento eletrônico constante do extrato bancário. O auditor em procedimento complementar e
diante da expressividade dos valores foi até a unidade verificar os serviços. Ao indagar alguns funcionários foi informado que o
serviço de terraplanagem havia sido feito pela prefeitura da cidade, a qual também doou o terreno a empresa Grãos e Cia. Os
funcionários também informaram que nunca esteve na empresa Grãos e Cia qualquer funcionário da empresa de terraplanagem
contratada. O procedimento do auditor mostra uma postura de:
(A) falta de ética profissional por desconfiar da administração. (B) investigação, atitude não pertinente às atividades do auditor.
(C) julgamento profissional avaliando a licitude dos atos da equipe de auditores.
(D) representante da Governança no processo de identificação de todas
as fraudes. (E) ceticismo profissional adequada às normas de auditoria.
5 - (FCC / TRT-20ª Região / 2011) - Dentre outros, são princípios
fundamentais de ética profissional relevantes para o Auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis:
(A) formalismo e confiabilidade. (B) integridade e pessoalidade.
(C) confidencialidade e motivação. (D) formalismo e objetividade.
(E) integridade e objetividade.
6 - (FCC / INFRAERO / 2011) – De acordo com as Normas Técnicas de Auditoria Independente, é princípio fundamental de
ética profissional a:
(A) interação com o auditado. (B) objetividade.
(C) parcialidade. (D) integralidade.
(E) subjetividade.
7 - (FCC / TRF – 1ª Região / 2011) – Considere as assertivas a seguir:
I. A auditoria é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de
busca, que podem ser necessários para tal investigação.
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II. Desde que o auditor assine declaração de independência, não é mais
necessário que decline de trabalhos nos quais existam, na administração da empresa auditada, parentes em nível de segundo grau.
III. Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um
risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora a auditoria seja adequadamente
planejada e executada em conformidade com as normas legais de auditoria.
Está correto o que se afirma SOMENTE em: (A) II e III.
(B) I e II. (C) I.
(D) II. (E) III.
8 - (FCC / TRF – 1ª Região / 2011) – É prática ética do auditor:
(A) guardar sigilo das informações que obteve para realização da auditoria das demonstrações contábeis, dando divulgações dessas
informações somente nas situações em que a lei ou as normas de
auditoria permitam. (B) auditar empresa na qual sua prima de segundo grau é diretora
financeira e administrativa, desde que declare no relatório de auditoria a existência dessa parte relacionada.
(C) realizar auditoria de demonstrações contábeis de companhia aberta, desde que tenha no mínimo o registro no CRC, como contador.
(D) conduzir os trabalhos de auditoria de forma a não repetir os procedimentos aplicados no ano anterior, para contas nas quais não
foram encontradas irregularidades, reduzindo assim o número de contas a serem auditadas.
(E) aviltar honorários com a justificativa de manutenção do cliente, do quadro de funcionários da firma e da sua estrutura administrativa.
09 - (FCC / TRT-4ª Região / 2011) - Não corresponde a um
princípio fundamental da conduta ética do auditor a:
a) integridade dos trabalhos executados. b) competência técnica nas análises e avaliações.
c) postura mental independente. d) subjetividade na aplicação dos procedimentos.
e) confidencialidade das informações.
10 - (FCC / ISS-SP / 2012) – A independência do auditor externo da empresa Aquisição S.A. é comprometida pelas situações:
I. A empresa Aquisição S.A. comprou a empresa Ágile S.A.. A firma de auditoria da adquirente é a mesma que realizou os trabalhos de due
dilligence da empresa Aquisição S.A. e de consultoria tributária no ano da aquisição para a empresa Ágile.
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II. O diretor financeiro da empresa Ágile S.A é primo em segundo grau do
diretor presidente da empresa Aquisição S.A. III. A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a empresa
Aquisição S.A. em suas contingências tributárias.
Afeta a independência do auditor externo o que consta em: (A) III, apenas.
(B) II, apenas. (C) I, II e III.
(D) I, apenas. (E) II e III, apenas.
11 - (FCC / MPE PE / 2012) – NÃO representa um requisito
necessário para que o auditor possa conduzir adequadamente os trabalhos de asseguração das demonstrações contábeis:
(A) ceticismo profissional. (B) acesso irrestrito a todas as informações necessárias para fundamentar
seu parecer. (C) julgamento profissional.
(D) corresponsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis da
entidade auditada. (E) obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente.
12 - (ESAF / CVM / 2010) - Assinale a opção que indica uma
exceção aos princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor na condução de trabalhos de auditoria
das demonstrações contábeis. a) Independência técnica.
b) Confidencialidade. c) Competência e zelo profissional.
d) Comportamento e conduta profissional. e) Objetividade.
13 - (ESAF / CVM / 2010) - A respeito da elaboração e divulgação
das demonstrações financeiras, com base em padrões contábeis
internacionais, é correto afirmar: a) a adoção de padrões internacionais de contabilidade na elaboração e
divulgação das demonstrações financeiras é obrigatória para as Companhias Abertas cujo capital social seja de propriedade de
companhias com sede no exterior. b) a adoção de padrões contábeis internacionais por parte das
Companhias Abertas é opcional para o exercício findo em 2010 e obrigatório a partir do exercício findo em 2011.
c) somente as Companhias Abertas com ações em bolsa deverão, a partir do exercício findo em 2010, apresentar as demonstrações financeiras
consolidadas de acordo com os padrões contábeis internacionais.
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d) é opcional às Companhias Abertas a adoção dos padrões internacionais
de contabilidade, desde que cumpram com as normas da legislação societária.
e) a partir do exercício findo em 2010, as Companhias Abertas deverão
apresentar suas demonstrações financeiras consolidadas adotando o padrão contábil internacional.
14 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - O auditor da empresa
Negócios S.A. estabeleceu três procedimentos obrigatórios para emissão do parecer. O primeiro, que a empresa renovasse o
contrato de auditoria para o próximo ano, o segundo, que a empresa emitisse a carta de responsabilidade da administração e
o terceiro, que o parecer seria assinado por sócio do escritório de contabilidade, cuja única formação é administração de empresas.
Pode-se afirmar, com relação aos procedimentos, respectivamente, que:
a) é ético, não é procedimento de auditoria e atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor.
b) não é ético, não é procedimento de auditoria e não atende as normas
de auditoria e da pessoa do auditor. c) é ético, não deve ser considerado para emissão do parecer e atende as
normas de auditoria e da pessoa do auditor. d) é ético, considera-se apenas em alguns casos para emissão do parecer
e não atende as normas de auditoria e pessoa do auditor. e) não é ético, é procedimento de auditoria e não atende as normas de
auditoria e da pessoa do auditor.
15 - (ESAF / CVM / 2010) - Assinale a opção que indica uma ação capaz de eliminar a perda de independência da entidade de
auditoria por interesse financeiro direto. a) Fazer constar nos relatórios produzidos o tipo de interesse financeiro, a
extensão desse interesse. b) Encerrar o trabalho de auditoria ou transferi-lo a outra entidade.
c) Alienar o interesse financeiro direto antes de a pessoa física tornar-se
membro da equipe de auditoria. d) Alienar o interesse financeiro ou transferi-lo temporariamente até a
conclusão dos trabalhos. e) Comunicar às entidades de supervisão e controle a existência desse
interesse e aguardar pronunciamento.
16 - (ESAF / CVM / 2010) - Visando manter a qualidade e a credibilidade do seu trabalho, ao identificar ameaças que possam
comprometer a sua independência, o auditor deve tomar a seguinte providência:
a) comunicar a direção da entidade auditada, para que sejam tomadas as providências necessárias à sua eliminação.
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b) aplicar as salvaguardas adequadas, para eliminar as ameaças ou
reduzi-las a um nível aceitável, documentando-as. c) propor aos responsáveis pela entidade de auditoria a supressão das
ameaças mediante acordo entre as entidades.
d) documentar as ameaças e comunicá-las aos órgãos de supervisão e controle do setor em que atua a entidade auditada.
e) eliminar as ameaças mediante comunicação aos responsáveis pela governança da entidade auditada e fazer constar tais providências no seu
parecer.
17 - (ESAF / CVM / 2010) - O responsável pela revisão da qualidade dos trabalhos de auditoria deve realizar uma avaliação
objetiva dos julgamentos significativos levando em conta os seguintes aspectos, exceto:
a) avaliação das conclusões atingidas ao elaborar o relatório e considerar se o relatório é apropriado.
b) discussão de assuntos significativos com o encarregado do trabalho. c) revisão da documentação selecionada de auditoria relativa aos
julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões
obtidas. d) revisão das demonstrações contábeis e do relatório proposto.
e) discussão do julgamento e relatório com a direção da entidade auditada.
18 - (ESAF / CGU-Correição / 2006) - Em uma Auditoria
Independente, a perda de independência pode-se dar pela ocorrência dos seguintes fatos, exceto:
a) operações de créditos e garantias com a entidade auditada. b) relacionamentos comerciais com a entidade auditada.
c) relacionamentos familiares e pessoais com a entidade auditada. d) atuação como administrador ou diretor de entidade auditada.
e) recebimento dos honorários devidos pelos serviços de auditoria prestados à entidade auditada.
19 - (ESAF / SEFAZ-CE / 2006) - É fator determinante para a recusa de um trabalho de auditoria externa:
a) o auditor ser importante acionista da empresa auditada. b) o auditor ter conhecimento suficiente sobre o negócio da empresa.
c) a possibilidade de o profissional contratado poder realizar o trabalho com imparcialidade.
d) a necessidade de uso de especialistas para avaliação de áreas específicas.
e) a existência de fraude ou erro nas demonstrações auditadas.
20 - (ESAF / SEFAZ-CE / 2006) - O programa de controle de qualidade deve ser estabelecido de acordo com a estrutura da
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equipe técnica do auditor e a complexidade dos serviços; assim,
se o auditor não possuir equipe, em trabalho desta natureza: a) não poderá aceitar o trabalho visto ser de fundamental importância à
existência de estrutura técnica da equipe.
b) terá limitação na execução de parte do trabalho, tendo de compor parceria com firma de auditoria maior.
c) o auditor deverá de forma obrigatória constar de seu parecer a limitação da equipe técnica, ficando sob sua responsabilidade os
trabalhos. d) o controle de qualidade é inerente à qualificação profissional do
auditor, a qual confirmará sua competência para a execução do trabalho. e) a qualidade do trabalho fica sempre comprometida, sendo passível de
punição ética pelo Conselho Federal de Contabilidade.
21 - (ESAF / SEFAZ-RN / 2005) - Não é fator que impeça o auditor independente de aceitar trabalhos de auditoria em entidades:
a) vínculo conjugal com administradores da entidade. b) ter sido empregado da entidade há mais de dois anos.
c) ser acionista da empresa auditada.
d) ter interesse financeiro direto na entidade. e) fixar honorários condicionais à natureza do trabalho.
22 - (ESAF / SEFAZ-RN / 2005) - Na ausência de disposições
específicas para registro de fatos contábeis, pode o Auditor, na avaliação desses fatos, adotar o procedimento de:
a) acatar as práticas contábeis já consagradas pela Profissão Contábil, sempre formalizadas pelos seus organismos próprios.
b) não aceitar as práticas contábeis já consagradas pela Profissão Contábil, formalizadas ou não pelos seus organismos próprios.
c) desconsiderar os fatos contábeis, visto não estarem formalizados pelos seus organismos próprios.
d) aceitar as práticas contábeis já consagradas pela Profissão Contábil, formalizadas ou não pelos seus organismos próprios.
e) ressalvar as práticas contábeis já consagradas pela Profissão Contábil e
formalizadas pelos seus organismos próprios.
23 - (ESAF/SEFAZ-CE/AFRE/2007) - Na ausência de disposições específicas sobre matéria contábil, deve o auditor:
A) solicitar que os órgãos competentes da profissão se manifestem formalmente sobre o assunto, aguardando posição para término do
trabalho. B) somente adotar práticas consagradas pela profissão contábil
formalizadas pelos órgãos da profissão. C) basear-se em práticas já consagradas pela profissão contábil,
independente de estarem ou não formalizadas pelos órgãos da profissão.
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D) sempre emitir parecer com ressalva relatando no parecer o
procedimento adotado e a irregularidade em relação aos princípios fundamentais de contabilidade.
E) não emitir parecer, em virtude de não haver procedimento contábil
formal para tratamento do fato.
24 - (ESAF / SEFAZ-RN / 2005) - Na ética profissional do auditor independente, a integridade é a qualidade na qual a confiança do
usuário de seus serviços se norteia. Para isso, o auditor não pode: a) questionar os fatos contabilizados.
b) renunciar aos trabalhos. c) ser imparcial em sua opinião.
d) subordinar-se a julgamento. e) cometer erros não intencionais.
25 - (ESAF / SEFAZ-RN / 2005) - No controle da qualidade dos
seus serviços, o auditor deverá ___________, supervisionar e revisar o trabalho em todas as suas etapas, de modo a garantir
aos usuários de seus serviços a certeza __________ de que o
trabalho foi realizado de acordo com as ___________ de controle de qualidade requeridas nas circunstâncias.
a) planejar / razoável / normas b) reestruturar / parcial / normas
c) organizar / mínima / leis d) elaborar / total / regulamentações
e) auditar / razoável / leis
26 - (ESAF / RFB / 2003) - A ética profissional é condição para o exercício de qualquer profissão. Na execução do trabalho de
auditoria, o auditor externo deve atender aos seguintes princípios éticos profissionais:
a) integridade, eficiência, confidencialidade e dependência. b) independência, integridade, eficiência e confidencialidade.
c) dependência, integridade, imparcialidade e ineficiência.
d) confidencialidade, integridade, eficiência e negligência. e) eficiência, confidencialidade, integridade e parcialidade.
27 - (ESAF/Pref. Natal/AFTM/2008) - Na execução dos trabalhos
de auditoria externa, normalmente são utilizadas equipes técnicas para o desempenho do trabalho. Pode-se afirmar que a
responsabilidade técnica do trabalho é: A) de toda a equipe técnica, desde que supervisionada pelo auditor.
B) dos gerentes do projeto e do sócio-auditor, por possuírem formação pertinente.
C) da firma de auditoria, que assume os riscos mediante contrato. D) do auditor, que assumirá total responsabilidade pelos trabalhos
executados.
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E) de todos os sócios da firma de auditoria, por responderem
solidariamente e ilimitadamente.
28 - (ESAF/Pref. Natal/AFTM/2008) - A firma de auditoria
Verificações Ltda. foi convidada, pela empresa Múltiplos S.A., para elaborar proposta de auditoria para suas demonstrações contábeis
relativas ao ano de 2007. O auditor, nesse período, já havia efetuado a revisão das declarações de imposto de renda da
empresa e consultoria, elaborando a avaliação dos ativos de uma empresa coligada, para que a mesma fosse incorporada pela
empresa Múltiplos S.A. Deve o auditor, nessa situação, A) recusar o convite de auditoria por conflito nos trabalhos já executados
e os a serem desempenhados. B) participar do processo elaborando proposta que evidencie os trabalhos
já executados e os honorários cobrados. C) omitir os serviços de consultoria prestados, deixando que o cliente
analise sua independência ou não para realização do trabalho. D) exigir os trabalhos como complemento das atividades já
desempenhadas na empresa.
E) aceitar o convite, com limitação de escopo, restringindo os trabalhos somente aos processos dos quais não tenha participado como consultor.
29 - (ESAF/Pref. Natal/AFTM/2008) - No processo de auditoria
independente, deve-se: A) garantir a viabilidade futura da entidade.
B) dividir a responsabilidade entre a equipe técnica e o auditor. C) abolir o uso de práticas consagradas pela Profissão Contábil.
D) certificar a continuidade da empresa pelos próximos 5 anos. E) emitir o parecer com assinatura de contador devidamente registrado.
30 - (CESGRANRIO/LIQUIGÁS-Auditor/2012) - São objetivos
gerais do auditor, ao conduzir a auditoria das demonstrações contábeis,
(A) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão
livres de distorção relevante, causada por fraude ou erro, permitindo que o auditor expresse sua opinião sobre a elaboração dessas demonstrações
consoante a estrutura de relatório financeiro aplicável. (B) rastrear fraudes e identificar se a aplicação dos recursos financeiros
da empresa está de acordo com as normas impostas pelos órgãos de fiscalização e regulamentação.
(C) apresentar relatório sobre a administração e comunicar-se conforme exigido pelas Normas Brasileiras de Contabilidade.
(D) identificar se a empresa apresenta informações nas demonstrações contábeis de acordo com as normas impostas pelo Ministério Público.
(E) comprovar se os ativos e passivos sofreram variações conforme estipulado no planejamento estratégico da empresa.
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GABARITO
1 – A 2 - C 3 - B 4 - E
5 - E 6 – B 7 - E 8 - A
9 - D 10 - D 11 - D 12 - A
13 - E 14 - E 15 - C 16 - B
17 - E 18 - E 19 - A 20 - D
21 - B 22 - D 23 - C 24 - D
25 - A 26 – B 27 - D 28 - A
29 - E 30 - A
Referências utilizadas na elaboração das aulas
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo.
7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ARAGÃO, Marcelo. Auditoria CESPE – questões comentadas e organizadas por assunto. 1. ed. Rio de janeiro: Método, 2010.
ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas,
2010.
________. Auditoria Interna. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
CASTRO, Domingos Poubel de. Auditoria e controle interno na
administração pública. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas Brasileiras de Contabilidade.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 8. ed.
São Paulo: Atlas, 2012.
FONTENELLE, Rodrigo. Auditoria - Questões. Rio de Janeiro: Elsevier. 1. ed. 2012.
FRANCO, Hilário e MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2011.
RIBEIRO, Juliana Moura e RIBEIRO, Osni Moura. Auditoria fácil. 1. ed. São
Paulo: Saraiva, 2012.
WANDERLEY, Carlos Alexandre Nascimento. Auditoria: teoria e questões. 1. ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2011.