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Aula 00 Contabilidade Pública p/ TCM SP - Ciências Contábeis Professor: Giovanni Pacelli 03201916641 - Guilherme José de Lima

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    Contabilidade Pblica p/ TCM SP - Cincias ContbeisProfessor: Giovanni Pacelli

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    AULA 00: Contabilidade Pblica: Conceito, objeto e campo de aplicao. Regimes. Limitaes da CASP. Patrimnio pblico: conceito e classificao jurdica e contbil. Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Pblico (IPSAS).

    SUMRIO PGINA

    1. Apresentao 1 2.Cronograma 2 3. Conceito, objetivo, objeto, reas de interesse e campo de aplicao da CASP, unidade contbil.

    5

    4. Patrimnio Pblico 24 5. Regimes contbeis na CASP 28 6. Normas internacionais (IPSAS) 39 7. Questes comentadas 58 8. Lista das questes apresentadas 70 1. APRESENTAO

    Pessoal tudo bem? Meu nome Giovanni Pacelli e JUNTOS (eu e voc

    concurseiro/concurseira) desenvolveremos o aprendizado da disciplina

    &RQWDELOLGDGH $SOLFDGD DR 6HWRU 3~EOLFR YROWDGD DR FRQcurso de Agente de Fiscalizao cuja prova ser em 09/08/2015 e cuja banca a FGV.

    Antes, porm vou me apresentar. Sou analista de finanas e controle da

    Controladoria Geral da Unio e professor de Contabilidade Pblica e de

    Administrao Financeira e Oramentria em cursos preparatrios de Braslia

    (IGEPP), e j ministrei aulas em So Paulo e Fortaleza. J fui professor de

    Introduo Contabilidade no Departamento de Cincias Contbeis e Atuariais

    da UnB. Sou oficial da reserva do Exrcito Brasileiro. Fui aprovado no concurso

    da Controladoria Geral da Unio (ESAF), no concurso da ANTAQ (Cespe/UnB) e,

    em primeiro lugar, no concurso do Tribunal de Contas do Estado do Cear (FCC).

    Sou bacharel em Cincias Militares, pela Academia Militar, e em Administrao

    de Empresas, pela Universidade Estadual do Cear, ps-graduado em operaes

    militares pela ESAO, e mestre e doutorando em Cincias Contbeis pela UnB.

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    2. CRONOGRAMA DAS AULAS

    A seguir apresento o cronograma das aulas:

    Aula Contedo Data

    Possui

    vdeo

    de

    apoio?

    00

    Contabilidade Pblica: Conceito, objeto e

    campo de aplicao. Regimes. Limitaes da

    CASP. Patrimnio pblico: conceito e

    classificao jurdica e contbil. Normas

    Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao

    Setor Pblico (IPSAS).

    31/05/2015 Sim

    01 Receita pblica: conceito, classificao e

    estgios. 07/06/2015 Sim

    02 Despesa pblica: conceito, classificao e

    estgios. 07/06/2015 Sim

    03 Lei n 4.320/64. 14/06/2015 Parcial

    04

    Sistemas de Informaes Contbeis:

    oramentrio, patrimonial, de compensao e

    de custos. 14/06/2015 Sim

    05 Transaes no Setor Pblico e Variaes

    Patrimoniais. 14/06/2015 Sim

    06

    Plano de Contas Aplicado ao Setor Pblico

    (PCASP): conceito, diretrizes, sistema contbil,

    registro contbil, composio do patrimnio

    pblico, conta contbil, estrutura bsica.

    21/06/2015 Sim

    07

    Lanamentos contbeis tpicos. Relao entre

    passivo exigvel e as etapas da execuo

    oramentria (MCASP Parte IV). Procedimentos de encerramento do exerccio.

    21/06/2015 Sim

    08

    Balano oramentrio e Balano financeiro:

    Conceitos, Aspectos legais, Forma de Apresentao,

    elaborao, anlise dos demonstrativos. Aspecto

    Oramentrio, Patrimonial e Fiscal.

    28/06/2015 Sim

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    09

    Balano patrimonial, Demonstrao das

    Variaes Patrimoniais: Conceitos, Aspectos

    legais, Forma de Apresentao, elaborao,

    anlise dos demonstrativos.

    28/06/2015 Sim

    10

    Demonstrao dos Fluxos de Caixa,

    Demonstrao das Mutaes do Patrimnio

    Lquido, Notas Explicativas. Consolidao das

    Demonstraes Contbeis.

    28/06/2015 Sim

    11

    Normas Brasileiras de Contabilidade aplicada ao

    Setor Pblico (NBCT 16.8 a 16.10). Mensurao

    de ativos e passivos; ativo imobilizado e ativo

    intangvel. Reavaliao, reduo ao valor

    recupervel, depreciao, amortizao e

    exausto; provises, passivos contingentes e

    ativos contingentes.

    05/07/2015 No

    12 NBCT 16.11 e Sistema de Custos do Governo

    Federal (MCASP Parte II). 05/07/2015 No

    13 Princpios da contabilidade aplicada ao setor

    pblico. 12/07/2015 No

    14

    Receita e despesa sob o enfoque patrimonial

    (MCASP Parte I e II). Dedues e Renncia de

    Receita Oramentria. 12/07/2015 Parcial

    15

    Transaes sem contraprestao. Tratamento

    contbil aplicvel aos impostos e contribuies

    (MCASP Parte II). 19/07/2015 No

    16 Inventrio: conceito, princpios, fases e

    avaliao dos elementos patrimoniais. 19/07/2015 No

    17 Lei Complementar n 101/2000 (Lei de

    Responsabilidade Fiscal) e atualizaes 26/07/2016 No

    18

    Demonstrativos fiscais: Relatrio de Gesto

    Fiscal e Relatrio Resumido de Execuo

    Oramentria. 26/07/2015 Parcial

    19 Demonstrativos fiscais: Anexo de Metas

    Fiscais e Anexo de Riscos Fiscais. 26/07/2016 No

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    Nosso curso j contemplar as alteraes realizadas pelo CFC

    (Conselho Federal de Contabilidade)1 sobre as NBC T 16 e o MCASP 6

    edio.

    Observao importante: este curso protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d outras providncias. Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente atravs do site Estratgia Concursos ;-)

    Observao: O item prestao de contas nas entidades pblicas no ser abordado neste curso.

    1 A Resoluo n 1.437 publicada no DOU em 2 de abril de 2013 alterou, incluiu e excluiu itens das

    NBCs T 16.1, 16.2, 16.4, 16.5, 16.6, 16.10 e 16.11 que tratam das Normas Brasileiras de

    Contabilidade Tcnicas aplicadas ao Setor Pblico.

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    3. CONCEITO, OBJETIVO, OBJETO, REAS DE INTERESSE E CAMPO

    DE APLICAO DA CASP, UNIDADE CONTBIL

    3.1. Conceito, objetivo, objeto e reas de interesse da CASP

    A Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico (CASP) o ramo

    da cincia contbil que aplica, no processo gerador de informaes, os

    princpios de Contabilidade e as normas contbeis direcionados ao

    controle patrimonial de entidades do setor pblico2.

    O objetivo da CASP fornecer aos usurios informaes

    sobre os resultados alcanados e os aspectos de natureza

    oramentria, econmica, financeira e fsica do patrimnio da

    entidade do setor pblico e suas mutaes, em apoio ao processo de

    tomada de deciso; a adequada prestao de contas; e o necessrio

    suporte para a instrumentalizao do controle social.

    O Quadro 1 abaixo resume os

    objetivos da CASP.

    Quadro 1 - Papis desempenhados pela CASP

    Fornecer aos usurios

    informaes sobre

    Os resultados alcanados e os aspectos de natureza oramentria, econmica, financeira e fsica do patrimnio da entidade do setor pblico e suas mutaes em apoio ao processo de tomada de deciso. A adequada prestao de contas. O necessrio suporte para a instrumentalizao do controle social 3.

    2 Considera-se setor pblico o espao social de atuao de todas as entidades do setor pblico.

    3 Instrumentalizao do Controle Social: compromisso fundado na tica profissional, que pressupe

    o exerccio cotidiano de fornecer informaes que sejam compreensveis e teis aos cidados no

    desempenho de sua soberana atividade de controle do uso de recursos e patrimnio pblico pelos

    agentes pblicos.

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    1.(ABIN/Cespe/2010/Contador) objetivo da contabilidade pblica

    fornecer aos usurios informaes a respeito dos resultados alcanados e

    dos aspectos de natureza oramentria, econmica, financeira e fsica do

    patrimnio da entidade do setor pblico e suas mutaes, em apoio ao

    processo de tomada de deciso.

    COMENTRIO QUESTO

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    CERTO, conforme disponvel na NBC T 16.1.

    A funo social da Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico deve

    refletir, sistematicamente, o ciclo da administrao pblica para

    evidenciar informaes necessrias tomada de decises, prestao

    de contas e instrumentalizao do controle social.

    Professor, por que tanta nfase nos objetivos da CASP?

    Simples pessoal. Este foi um dos dois tpicos que foram cobrados na

    prova discursiva para Contador na prova do MPU de 2010:

    Redija um texto dissertativo que apresente as diferenas entre a contabilidade pblica brasileira e a contabilidade societria. Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos: - o papel desempenhado pela contabilidade pblica e os recentes avanos da contabilidade societria; - as possveis perspectivas de desenvolvimento da contabilidade pblica brasileira.

    Dessa forma, nas redaes em que ajudei meus alunos a

    elaborarem recursos, observei que quem ficou mais prximo dos

    conceitos ilustrados no Quadro anterior teve melhor desempenho.

    Quanto ao objeto da contabilidade pblica ele apenas um: O

    PATRIMNIO PBLICO.

    Antes da publicao da NBC T 16 costumeiramente considerava-se

    que a CASP possua quatro objetos: o patrimnio (amparado nos art. 85

    e 89 da lei 4320/1964); o oramento Pblico (amparado nos art. 85 e

    89 da lei 4320/1964); os atos administrativos (amparado nos art. 87 e

    105 da lei 4320/1964); e os custos (amparado nos art. 85 e 89 da lei

    4320/1964).

    A seguir esto dispostos os artigos da lei 4320/1964:

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    Art. 85. Os servios de contabilidade sero organizados de forma

    a permitirem o acompanhamento da execuo oramentria, o

    conhecimento da composio patrimonial, a determinao

    dos custos dos servios industriais, o levantamento dos

    balanos gerais, a anlise e a interpretao dos resultados

    econmicos e financeiros.

    [...]

    Art. 87. Haver controle contbil dos direitos e obrigaes

    oriundos de ajustes ou contratos em que a administrao

    pblica for parte.

    [...]

    Art. 89. A contabilidade evidenciar os fatos ligados

    administrao oramentria, financeira, patrimonial e

    industrial.

    [...]

    Art. 105. O Balano Patrimonial demonstrar:

    [...]

    VI - As Contas de Compensao.

    5 Nas contas de compensao sero registrados os bens,

    valores, obrigaes e situaes no compreendidas nos

    pargrafos anteriores e que, imediata ou indiretamente,

    possam vir a afetar o patrimnio.

    Dessa forma, peo cuidado que atentem para o fato de que o objeto da CASP apenas um: o patrimnio pblico; e que oramento, atos e fatos administrativos, custos so reas de interesse.

    Mais uma questozinha, agora sobre o objeto da CASP.

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    2. (DPU/Cespe/2010/Contador) O objeto da contabilidade aplicada ao

    setor pblico o planejamento feito pela administrao pblica para

    atender, durante determinado perodo, aos planos e programas de

    trabalho por ela desenvolvidos.

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    2. (DPU/Cespe/2010/Contador) O objeto da contabilidade aplicada ao

    setor pblico o planejamento feito pela administrao pblica para

    atender, durante determinado perodo, aos planos e programas de

    trabalho por ela desenvolvidos.

    ERRADO, o objeto apenas um, o patrimnio pblico.

    Aproveitando a oportunidade do primeiro contato com alguns

    artigos da lei 4320/1964, gostaria de esclarecer alguns pontos que caem

    em concurso: A lei 4320/1964 que trata da CASP uma lei formalmente

    ordinria, mas materialmente complementar (foi recepcionada pela

    CF/1988). Ela materialmente complementar por tratar de matria da

    CF/1988 reservada lei complementar4.

    3.2. Campo de aplicao

    Avanando um pouco mais na matria, vamos ao campo de campo

    de aplicao5 Preliminar da Contabilidade Pblica que est ilustrada na

    Figura 1 abaixo:

    Figura 1: Campo de aplicao Preliminar da Contabilidade Pblica

    4 Art. 165 [...]

    9 - Cabe lei complementar:

    I - dispor sobre o exerccio financeiro, a vigncia, os prazos, a elaborao e a organizao do plano plurianual,

    da lei de diretrizes oramentrias e da lei oramentria anual. 5 O Campo de Aplicao: espao de atuao do Profissional de Contabilidade que demanda estudo,

    interpretao, identificao, mensurao, avaliao, registro, controle e evidenciao de fenmenos

    contbeis, decorrentes de variaes patrimoniais em:

    (a) entidades do setor pblico; e

    (b) ou de entidades que recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem recursos pblicos, na

    execuo de suas atividades, no tocante aos aspectos contbeis da prestao de contas.

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    Observa-se que a CASP utilizada obrigatoriamente pelos rgos

    da Administrao Direta e por parte das entidades da Administrao

    Indireta [Autarquias, Fundaes Pblicas e Empresas Estatais

    Dependentes (EED)].

    Porm, o que seria uma EED? Uma EED uma empresa

    controlada que recebe do ente controlador recursos financeiros para

    pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de

    capital, excludos, no ltimo caso, aqueles provenientes de aumento

    de participao acionria6. A Figura 2 mostra todas as empresas

    estatais dependentes da administrao pblica federal em 2014.

    Figura 2: Todas as EED da administrao pblica federal

    Fonte: DEST (2014)

    6 Inciso II do art. 1 da lei complementar 101/2000.

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    Como exemplo de EED, temos a Embrapa. S para no deixar

    dvidas, neste caso a Embrapa deve atender simultaneamente a lei

    6404/1976 (contabilidade geral) e a lei 4320/1964 (contabilidade

    pblica). Assim as EED so exemplos de entidades que simultaneamente

    devem atender a lei 6404 e a lei 43207.

    A grande dica a seguinte: integrou o Oramento Fiscal e da

    Seguridade Social deve adotar a CASP; integrou o Oramento de

    Investimento no se aplica a CASP (pelo menos no integralmente). Por

    exemplo, a VALEC que uma S.A. deve adotar tanto a lei 6404/1976

    quanto a lei 4320/1964.

    Professor j que voc deu exemplos de empresas estatais

    dependentes, daria para dar exemplos de entidades que pertencem

    apenas ao Oramento de Investimento, logo no integram o Oramento

    Fiscal e da Seguridade Social, e logo no adotam integralmente a CASP?

    D sim, vejamos a Figura 3.

    Figura 3: Instituies Financeiras Federais que integram o oramento de

    investimento

    Diferentemente da Figura 2 que contm todas as EED, a Figura 3

    apenas exemplificativa quanto s entidades integrantes do Oramento de

    Investimento (OI).

    7 Isso inclusive est ratificado pela STN no Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Pblico.

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    Reforando este entendimento de que as entidades integrantes

    do OI no utilizam a CASP quanto ao REGIME CONTBIL,

    EXECUO DO ORAMENTO E DEMONSTRAES CONTBEIS, segue

    o disposto no art. 37 da lei 13.080/2015 (LDO):

    Artigo 37 [...]

    5 As empresas cuja programao conste integralmente

    no Oramento Fiscal ou no da Seguridade Social, de acordo

    com o disposto no art. 6 desta Lei, no integraro o

    Oramento de Investimento.

    6 No se aplicam s empresas integrantes do oramento

    de investimento as normas gerais da Lei n 4.320, de 1964,

    no que concerne ao regime contbil, execuo do oramento

    e demonstraes contbeis.

    Vimos at aqui, quem deve obrigatoriamente utilizar a CASP

    (quanto ao regime contbil, execuo do oramento e demonstraes

    contbeis) na administrao direta e indireta quanto aos tipos de

    oramento, ou seja, vimos sob a tica oramentria. Porm, estaria

    mais alguma entidade obrigada a utilizar CASP, ainda que no faa

    parte do oramento fiscal e da seguridade social?

    A NBC T 16 prescreve que as entidades abrangidas pelo campo

    de aplicao devem observar as normas e as tcnicas prprias da

    Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico, considerando-se o seguinte

    escopo:

    -integralmente, as entidades governamentais (OF e OSS), os servios

    sociais e os conselhos profissionais;

    -parcialmente, as demais ENTIDADES DO SETOR PBLICO, para

    garantir procedimentos suficientes de prestao de contas e

    instrumentalizao do controle social.

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    Pessoal, cuidado que a NBC T 16 entende (logo as bancas

    tambm) que o conceito de ENTIDADE DO SETOR PBLICO bem

    amplo. Uma entidade do setor pblico representada por: rgos, fundos

    e pessoas jurdicas de direito pblico ou que, possuindo

    personalidade jurdica de direito privado, recebam, guardem,

    movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores

    pblicos, na execuo de suas atividades, na execuo de suas

    atividades. Equiparam-se, para efeito contbil, as pessoas fsicas que

    recebam subveno, benefcio, ou incentivo, fiscal ou creditcio, de rgo

    pblico.

    A fim de arrumar esta

    montanha de conceito elaborei

    o Quadro 2 abaixo.

    Quadro 2: Escopo do campo de atuao da CASP

    Integralmente

    Entidades governamentais (integrantes do OF e do OSS).

    Servios sociais.

    Conselhos profissionais.

    Parcialmente

    GHPDLVentidades do

    VHWRUS~EOLFR

    Personalidade jurdica de direito privado (inclusive

    integrantes do OI) que recebam, guardem, movimentem,

    gerenciem ou apliquem recursos pblicos, na execuo de

    suas atividades.

    Pessoas fsicas que recebam subveno, benefcio, ou

    incentivo, fiscal ou creditcio, de rgo pblico.

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    Ainda quanto ao campo de aplicao gostaria de esclarecer que a lei

    4320/1964 e a Lei de Diretrizes Oramentrias (lei 13.080/2015) definem

    o campo de aplicao quanto perspectiva oramentria, enquanto a

    NBC T 16 define o campo de aplicao quanto aos objetivos da

    Contabilidade Pblica [total (todos os objetivos) e parcial (apenas os

    objetivos de controle social e prestao de contas)]. Assim, as entidades

    governamentais so as entidades que integram o oramento fiscal e da

    seguridade social.

    Assim, fazendo uma interpretao podemos concluir que o objetivo

    de fornecer aos usurios informaes sobre os resultados alcanados e os

    aspectos de natureza oramentria, econmica, financeira e fsica do

    patrimnio da entidade do setor pblico e suas mutaes em apoio ao

    processo de tomada de deciso est diretamente relacionado ao artigo

    36 da Lei de Diretrizes Oramentrias.

    Agora, vamos fazer mais uma questo.

    3. (SEGER-ES/Cespe/2009/Contador) O campo de aplicao da

    contabilidade pblica limita-se aos rgos e entidades integrantes do

    oramento da seguridade social e de investimento em empresas estatais

    dos governos federal, estadual e municipal.

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    3. (SEGER-ES/Cespe/2009/Contador) O campo de aplicao da

    contabilidade pblica limita-se aos rgos e entidades integrantes do

    oramento da seguridade social e de investimento em empresas estatais

    dos governos federal, estadual e municipal.

    ERRADO, o campo de aplicao abrange as entidades do setor

    pblico. Entre estas entidade esto os Conselhos Profissionais e os

    Servios Sociais que ficaram fora da assertiva. Quanto s

    entidades do oramento de investimento estas esto abrangidas

    parcialmente pelo campo de aplicao da CASP, o que no quer

    dizer que devem adotar o regime contbil da CASP, conforme vimos no

    art. 36 da lei 12.708/2012 (LDO).

    Dessa forma, os servios sociais e os conselhos profissionais so

    entidades que devem aplicar integralmente a CASP. Reforando mais uma

    vez a idia que existem entidades devem adotar integralmente a

    CASP, mas que no integram o OF e OSS segue o disposto na lei

    13.080/2015 (LDO):

    Art. 6 Os Oramentos Fiscal e da Seguridade Social compreendero o

    conjunto das receitas pblicas bem como das despesas dos Poderes da Unio,

    seus fundos, rgos, autarquias, inclusive especiais, e fundaes institudas e

    mantidas pelo Poder Pblico, bem como das empresas pblicas, sociedades

    de economia mista e demais entidades em que a Unio, direta ou

    indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e que

    dela recebam recursos do Tesouro Nacional, devendo a correspondente

    execuo oramentria e financeira, da receita e da despesa, ser registrada

    na modalidade total no Sistema Integrado de Administrao Financeira do

    Governo Federal SIAFI. 1 Excluem-se do disposto neste artigo:

    I os fundos de incentivos fiscais, que figuraro exclusivamente como informaes complementares ao Projeto de Lei Oramentria de 2015;

    II os conselhos de fiscalizao de profisso regulamentada, constitudos sob a forma de autarquia; e

    III as empresas pblicas ou sociedades de economia mista que recebam recursos da Unio apenas em virtude de:

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    a)participao acionria;

    b)fornecimento de bens ou prestao de servios;

    c)pagamento de emprstimos e financiamentos concedidos; e

    d)transferncia para aplicao em programas de financiamento, nos

    WHUPRVGRGLVSRVWRQRVDUWVLQFLVR,DOtQHDF>)1()12)&2@H239, 1 [40% PIS/PASEP], da Constituio.

    Costumo repetir sempre que uma imagem vale mais que mil

    palavras. Assim, a Figura 4 ilustra parte do balano oramentrio (a parte

    das receitas), que uma das demonstraes contbeis tradicionais da

    CASP, de uma entidade do Sistema S, uma entidade paraestatal que no

    integra nem a administrao direta nem a administrao indireta.

    Figura 4: Receitas do SENAT em 2010

    Observa-VH TXH D HQWLGDGH GR 6LVWHPD 6 XWLOL]D QD VXDclassificao das receitas a classificao das receitas quanto natureza

    (corrente e de capital) previstas no MTO/2015 e na Portaria 163/2001.

    Estou partindo aqui da premissa que todos os alunos detm o

    conhecimento da classificao da natureza das receitas inerente

    disciplina Administrao Financeira e Oramentria. Porm, para o caso

    de que eu esteja errado na minha premissa, os Quadros 3 e 4

    mostram a classificao das receitas e das despesas quanto natureza.

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    Quadro 3: Classificao quanto natureza da despesa (1 e 2 nveis) Categoria econmica Grupos de natureza da despesa

    3.Despesas Correntes 3.1 Pessoal e encargos sociais 3.2 Juros e encargos da dvida 3.3 Outras despesas correntes

    4.Despesas de Capital 4.4 Investimentos

    4.5 Inverses Financeiras 4.6 Amortizao da dvida

    Fonte: MTO 2015

    Quadro 4: Classificao quanto natureza da receita (1 e 2 nveis) Categoria Econmica Origem

    1 - Receitas Correntes

    1.1-Tributria 1.2-Contribuies 1.3-Patrimoniais 1.4-Agropecurias 1.5-Industriais 1.6-Servios 1.7-Transferncias correntes 1.9-Outras receitas correntes

    2 - Receitas de Capital

    2.1-Operaes de Crdito 2.2-Alienao de bens 2.3-Amortizao de emprstimos 2.4- Transferncias de capital 2.5- Outras receitas de capital

    Fonte: MTO 2015 Depois dessa teoria toda, nada como fazer mais uma questo para

    relaxar. Vamos l ento.

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    4. (DPU/Cespe/2010/Contador) De acordo com o disposto nas Normas

    Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Pblico, assinale a opo

    correta acerca do conceito, objeto, objetivo e campo de aplicao da

    contabilidade pblica.

    a)Independentemente do escopo, todas as entidades abrangidas pelo

    campo de aplicao devem observar integralmente as normas e tcnicas

    prprias da contabilidade do setor pblico.

    b)A contabilidade aplicada ao setor pblico o ramo da cincia contbil

    que adota no processo gerador de informaes, as normas fiscais

    direcionadas ao controle da receita e da despesa das entidades do setor

    pblico.

    c)As pessoas fsicas no se equiparam, para efeito contbil, a entidades

    do setor pblico, ainda que recebam subveno, benefcio, ou incentivo

    (fiscal ou creditcio) de rgo pblico.

    d) O objeto da contabilidade aplicada ao setor pblico o planejamento

    feito pela administrao pblica para atender, durante determinado

    perodo, aos planos e programas de trabalho por ela desenvolvidos.

    e)Um dos objetivos da contabilidade aplicada ao setor pblico o de

    fornecer o necessrio suporte para a instrumentalizao do controle

    social.

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    4. (DPU/Cespe/2010/Contador) De acordo com o disposto nas Normas

    Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Pblico, assinale a opo

    correta acerca do conceito, objeto, objetivo e campo de aplicao da

    contabilidade pblica.

    a)Independentemente do escopo, todas as entidades abrangidas pelo

    campo de aplicao devem observar integralmente as normas e tcnicas

    prprias da contabilidade do setor pblico.

    ERRADO, apenas as entidades governamentais, os servios sociais e

    os conselhos profissionais que devem observar integralmente as

    normas, conforme exposto no Quadro 4.

    b)A contabilidade aplicada ao setor pblico o ramo da cincia contbil que

    adota no processo gerador de informaes, as normas fiscais direcionadas

    ao controle da receita e da despesa das entidades do setor pblico.

    ERRADO, a CASP o ramo da cincia contbil que aplica, no processo

    gerador de informaes, os princpios Fundamentais de Contabilidade e

    as normas contbeis direcionados ao controle patrimonial de entidades

    do setor pblico.

    c)As pessoas fsicas no se equiparam, para efeito contbil, a entidades do

    setor pblico, ainda que recebam subveno, benefcio, ou incentivo (fiscal

    ou creditcio) de rgo pblico.

    ERRADO, conforme visto no Quadro 4 as pessoas fsicas que se

    enquadrem na situao descrita, se equiparam as entidades do setor

    pblico.

    d) O objeto da contabilidade aplicada ao setor pblico o planejamento

    feito pela administrao pblica para atender, durante determinado perodo,

    aos planos e programas de trabalho por ela desenvolvidos.

    ERRADO, mais um vez no esquea o objeto da CASP o patrimnio.

    e)Um dos objetivos da contabilidade aplicada ao setor pblico o de

    fornecer o necessrio suporte para a instrumentalizao do controle social.

    CERTO, retorne ao Quadro 3 em caso de dvida. Viu os Quadros ajudam.

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    3.3. Unidade Contbil

    A soma, agregao ou diviso de patrimnio de uma ou mais

    entidades do setor pblico resultar em novas unidades contbeis.

    Unidade Contbil classificada em:

    -Originria representa o patrimnio das entidades do setor pblico na condio de pessoas jurdicas;

    -Descentralizada representa parcela do patrimnio de Unidade Contbil Originria;

    -Unificada representa a soma ou a agregao do patrimnio de duas ou mais Unidades Contbeis Descentralizadas;

    -Consolidada representa a soma ou a agregao do patrimnio de duas ou mais Unidades Contbeis Originrias.

    L vai mais um Quadro. Vocs viram que eu gosto desse negcio.

    Quadro 5: Relao entre as Unidades Contbeis

    UC Consolidada T UC Originria Y

    UC Unificada X UC Descentralizada A UC Descentralizada B UC Descentralizada C

    UC Descentralizada D

    UC Originria Z UC Descentralizada E UC Descentralizada F

    UC Consolidada J UC Originria H

    UC Descentralizada L UC Descentralizada M

    UC Originria I UC Descentralizada N UC Descentralizada O

    Observa-se que o menor nvel a UC descentralizada. No Quadro 7

    acima, as UC descentralizadas A, B, C e D compem a UC originria

    Y, enquanto que as UC descentralizadas E e F compem a UC

    Originria Z. Duas UC originrias Y e Z compem a UC consolidada

    T. Por fim, as UC descentralizadas A, B e C compem a UC Unificada

    X.

    Um ponto importante que razes levam a necessidade de agregar

    ou dividir o patrimnio de uma entidade do setor pblico. O quadro 6

    mostra os casos.

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    Quadro 6: Casos que justificam a agregao ou diviso de entidades

    1

    Registro dos atos e dos fatos que envolvem o patrimnio pblico ou

    suas parcelas, em atendimento necessidade de controle e

    prestao de contas, de evidenciao e instrumentalizao do

    controle social.

    2

    Unificao de parcelas do patrimnio pblico vinculadas a unidades

    contbeis descentralizadas, para fins de controle e evidenciao

    dos seus resultados.

    3 Consolidao de entidades do setor pblico para fins de

    atendimento de exigncias legais ou necessidades gerenciais.

    Vamos fazer uma questo sobre o que vimos.

    5. (SAD/PE/Cespe/2010) classificada como unificada a unidade contbil

    que representa a soma ou a agregao do patrimnio de duas ou mais

    unidades contbeis originrias.

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    5. (SAD/PE/Cespe/2010) classificada como unificada a unidade

    contbil que representa a soma ou a agregao do patrimnio de duas

    ou mais unidades contbeis originrias.

    ERRADO, a unidade consolidada corresponde a soma de duas ou

    mais unidades originrias. A unidade unificada corresponde a soma

    de duas ou mais unidades descentralizadas.

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    4. PATRIMNIO PBLICO

    Vimos que o Patrimnio Pblico o objeto da CASP. Mas o que

    seria o Patrimnio Pblico?

    O Patrimnio Pblico o conjunto de direitos e bens,

    tangveis ou intangveis, onerados ou no, adquiridos, formados,

    produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor

    pblico, que seja portador ou represente um fluxo de benefcios, presente

    ou futuro, inerente prestao de servios pblicos ou explorao

    econmica por entidades do setor pblico e suas obrigaes.

    O patrimnio pblico estruturado em trs grupos:

    -Os ativos que so recursos controlados pela entidade como resultado

    de eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade

    benefcios econmicos futuros ou potencial de servios;

    -Os passivos que so obrigaes presentes da entidade, derivadas

    de eventos passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a

    entidade sadas de recursos capazes de gerar benefcios econmicos ou

    potencial de servios;

    -O patrimnio lquido que o valor residual dos ativos da entidade

    depois de deduzidos todos seus passivos.

    A classificao dos elementos patrimoniais considera a segregao

    em circulante H no circulante FRP EDVH HP VHXV DWULEXWRV GHconversibilidade e exigibilidade.

    Os ativos devem ser classificados como circulante quando

    satisfizerem a um dos seguintes critrios:

    -estarem disponveis para realizao imediata;

    - tiverem a expectativa de realizao at doze meses da data das

    demonstraes contbeis.

    Os demais ativos devem ser classificados como no circulante.

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    Os passivos devem ser classificados como circulante quando

    satisfizerem a um dos seguintes critrios:

    -corresponderem a valores exigveis at doze meses da data das

    demonstraes contbeis;

    -sejam pagos durante o ciclo operacional normal da entidade;

    -sejam mantidos essencialmente para fins de negociao.

    Os demais passivos devem ser classificados como no circulante.

    Esta nomenclatura segue a atual classificao da lei 6404/76

    modificada pelas leis 11.637/2007 e 11.941/2009, que similar (igual no

    1 e 2 nvel das contas) ao plano de contas aplicado ao setor pblico a

    ser adotado obrigatoriamente at 31/12/2014.

    Assim tanto no plano de contas novo da CASP quanto no plano de

    contas na contabilidade geral tem-se estrutura disposta no Quadro 7

    abaixo.

    Quadro 7: Estrutura do Patrimnio Pblico conforme o Plano de Contas

    novo (este que ser cobrado doravante) 1.Ativo 2.Passivo 1.1. Ativo Circulante 2.1. Passivo Circulante 1.2. Ativo no circulante 2.2. Passivo No Circulante

    2.3. Patrimnio Lquido

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    4.1. Bens Pblicos

    To importante quanto saber os elementos bsicos patrimoniais

    saber os tipos de bens pblicos. De acordo com o Cdigo Civil os bens

    pblicos se dividem em:

    -Os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e

    praas;

    - Os de uso especial, tais como edifcios ou terrenos destinados a

    servio ou estabelecimento da administrao federal, estadual, territorial

    ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

    -Os dominicais, que constituem o patrimnio das pessoas jurdicas de

    direito pblico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma

    dessas entidades.

    O cdigo civil refora ainda que os bens pblicos de uso comum

    do povo e os de uso especial so inalienveis, enquanto

    conservarem a sua qualificao, na forma que a lei determinar. J os

    bens pblicos dominicais podem ser alienados, observadas as

    exigncias da lei. Ressalta-se que no dispondo a lei em contrrio,

    consideram-se dominicais os bens pertencentes s pessoas jurdicas

    de direito pblico a que se tenha dado estrutura de direito

    privado. Os bens pblicos das trs categorias no esto sujeitos a

    usucapio.

    Ainda pelo Cdigo Civil que o uso comum dos bens pblicos

    pode ser gratuito ou retribudo, conforme for estabelecido legalmente

    pela entidade a cuja administrao pertencerem.

    Alm desses, exemplos tradicionais dos tipos de bens especiais, a

    STN considera bens de uso especial da Unio os ativos tangveis utilizados

    na produo ou para fins administrativos e se espera que sejam utilizados

    por mais de um exerccio. Considera-se nessa condio, tambm o

    equipamento militar especializado e os ativos de infraestrutura.

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    Outro ponto que merece destaque que antes da publicao da

    NBC T 16 em 2008, eram tratados (e registrados) pela CASP apenas os

    bens pblicos, de uso especial e os dominiais/dominicais. Porm com a

    edio da NBC T 16, os bens de uso comum que absorveram ou

    absorvem recursos pblicos, ou aqueles eventualmente recebidos em

    doao, devem ser includos no ativo no circulante (Lembra-se do

    Quadro 6?) da entidade responsvel pela sua administrao OU

    controle, ESTEJAM, OU NO, afetos a sua atividade operacional.

    O Quadro 8 mostra as principais diferenas quanto contabilizao

    e ao registro dos bens pblicos.

    Quadro 8: Diferenas na contabilizao dos bens pblicos

    Tipo de bens

    Contabilizao Sistema utilizado no

    caso da Unio

    Podem ser alienados? Plano de contas

    tradicional Plano de contas

    novo Especiais Ativo permanente Ativo no circulante SPIU net No Dominiais Ativo permanente Ativo no circulante SIAPA Sim

    Uso comum

    No eram contabilizados Ativo no circulante - No

    Assim, no novo plano de contas, os bens especiais sero

    registrados no SIAFI na conta 1.2.3.2.1.01.00, os bens dominiais sero

    registrados no SIAFI na conta 1.2.3.2.1.03.00 e os bens de uso

    comum8 sero registrados no SIAFI na conta 1.2.3.2.1.05.00.

    Por fim, o registro dos imveis de uso especial no SIAFI tem como

    fonte alimentado o registro no SPIUnet (Sistema de Patrimnio Imobilirio

    da Unio); enquanto que os imveis Dominiais/Dominicais da Unio so

    cadastrados no Sistema da Secretaria do Patrimnio da Unio chamado

    SIAPA - Sistema Integrado de Administrao Patrimonial que tambm

    integrado ao SIAFI. No h ainda um sistema para os bens de uso

    comum.

    8 Que absorveram ou absorvem recursos pblicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doao.

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    5. REGIMES CONTBEIS NA CASP

    Durante muito tempo quando se perguntava em prova: Qual o

    regime da contabilidade pblica? A sua resposta deveria ser: o

    regime misto. Hoje se cai essa pergunta na sua prova, voc deve

    indagar-se: Sob o enfoque oramentrio ou sob o enfoque

    patrimonial?

    Se for sob o enfoque oramentrio a resposta regime misto, e

    se for sob o enfoque patrimonial a resposta regime de

    competncia.

    Professor, d para explicar melhor? D SIM. Mas antes de

    explicar, quero jogar um aperitivo na nossa anlise e que foi cobrado na

    prova discursiva de Contador do concurso do STM em 2011:

    REGIME CONTBIL APLICADO CONTABILIDADE PBLICA Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes tpicos: -interpretao do art. 35 da Lei n. 4.320/1964; -interpretao do art. 50 da Lei de Responsabilidade Fiscal; -interpretao da Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico NBC T 16.5 Registro Contbil; -interpretao do Manual de

    Contabilidade Aplicado ao Setor

    Pblico da Secretaria do Tesouro

    Nacional.

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    5.1. Regime oramentrio

    Inicialmente quero deixar claro que no regime oramentrio, o

    regime contbil aplicado contabilidade pblica o misto. O

    regime misto decorre devido ao fato de que as receitas so reconhecidas

    (apropriadas) quando da arrecadao e as despesas so reconhecidas

    (apropriadas) quando legalmente empenhadas.

    Vamos ao que prescreve a lei 4320/1964 em seu art. 35:

    Art. 35 Pertencem ao exerccio financeiro: I - as receitas nele arrecadadas; (Caixa/Gesto) II- as despesas nele legalmente empenhadas. (Competncia)

    Agora vamos a lei complementar 101/2000 que estabelece em seu

    art. 50 que:

    Art. 50 Alm de obedecer s demais normas de contabilidade pblica, a escriturao das contas pblicas observar as seguintes: [...] II - a despesa e a assuno de compromisso sero registradas segundo o regime de competncia, apurando-se, em carter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;

    No Brasil o exerccio financeiro coincide com o civil, ou seja,

    de 1 de janeiro a 31 de dezembro9.

    Respondendo ento a questo discursiva tanto na viso do art. 35

    da lei 4320/1964 quanto na viso da lei complementar 101/2000 o

    regime da CASP o regime misto.

    Ainda nesta seara, deve-se saber (e cai em concurso) quais os

    casos de exceo neste regime. Considera-se como exceo ao regime

    caixa das receitas arrecadadas a inscrio da dvida ativa (essa

    costumava cair direto). Vamos fazer uma questo obre o regime

    oramentrio?

    9 Art. 34 da lei 4320/1964.

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    6. (Prefeitura de So Paulo/FCC/2010/ Especialista em Administrao,

    Oramento e Finanas Pblicas) A empresa Construes e Reformas Ltda.

    possui um imvel no municpio de Lmure. Apesar do IPTU referente a

    esse imvel ter vencido em 15/03/09, a empresa efetuou seu pagamento

    somente em 15/01/10. A Prefeitura contabilizou essa receita como

    pertencente ao exerccio de 2009. O procedimento adotado pela

    Prefeitura:

    (A) atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil adotado o regime

    de competncia tanto para a receita como para a despesa oramentria.

    (B) atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil adotado o regime

    de competncia para a receita oramentria e de caixa para a despesa

    oramentria.

    (C) no atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil adotado o

    regime de caixa para a receita oramentria e de competncia para a

    despesa oramentria.

    (D) no atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil adotado o

    regime de competncia para a receita oramentria e de caixa para a

    despesa oramentria.

    (E) atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil adotado o regime

    de caixa para a receita oramentria e de competncia para a despesa

    oramentria.

    COMENTRIOS QUESTO

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    6. (Prefeitura de So Paulo/FCC/2010/ Especialista em Administrao,

    Oramento e Finanas Pblicas) A empresa Construes e Reformas Ltda.

    possui um imvel no municpio de Lmure. Apesar do IPTU referente a esse

    imvel ter vencido em 15/03/09, a empresa efetuou seu pagamento somente

    em 15/01/10. A Prefeitura contabilizou essa receita como pertencente ao

    exerccio de 2009. O procedimento adotado pela Prefeitura:

    (A) atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil adotado o regime de

    competncia tanto para a receita como para a despesa oramentria.

    ERRADO, conforme a lei 4320/64 a CASP utiliza o regime misto (caixa

    para a receita e competncia para a despesa). Alm disso, a prefeitura no

    atendeu a lei 4320/1964, pois ela computou a receita pelo regime de

    competncia.

    (B) atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil adotado o regime de

    competncia para a receita oramentria e de caixa para a despesa

    oramentria.

    ERRADO, conforme a lei 4320/64 a CASP utiliza o regime misto (caixa

    para a receita e competncia para a despesa). Alm disso, a prefeitura no

    atendeu a lei 4320/1964.

    (C) no atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil adotado o regime de

    caixa para a receita oramentria e de competncia para a despesa

    oramentria.

    CERTO, conforme disposto no art. 35 da lei 4320/1964.

    (D) no atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil adotado o regime de

    competncia para a receita oramentria e de caixa para a despesa

    oramentria.

    ERRADO, de fato a prefeitura no atendeu a lei 4320/1964, porm conforme a

    lei 4320/64 a CASP utiliza o regime misto (caixa para a receita e

    competncia para a despesa).

    (E) atendeu a Lei 4.320/64, uma vez que no Brasil adotado o regime de

    caixa para a receita oramentria e de competncia para a despesa

    oramentria.

    ERRADO, o procedimento da prefeitura no atendeu a lei 4320/1964.

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    Observa-se que a questo no perguntou qual o regime da CASP

    (oramentrio ou patrimonial). Neste caso, consideramos o enfoque

    oramentrio.

    Sobre as excees gostaria de esclarecer, no caso das receitas, que

    o efeito patrimonial das receitas em regra coincide com o momento da

    arrecadao. Porm, mesmo nessa perspectiva (enfoque oramentrio) j

    se sabia que em receitas decorrentes da dvida ativa o efeito

    patrimonial no ocorria no recebimento (cobrana) da dvida ativa

    com a entrada do recurso financeiro, mas sim no momento da

    inscrio da dvida ativa (momento em que no h entrada de

    recursos, mas apenas a variao patrimonial extra-oramentria). Ou

    seja, j se sabia que a receita da dvida ativa seguia o regime de

    competncia quanto aos efeitos patrimoniais, porm a mesma somente

    registrada como receita para fins oramentrios (inclusive a da dvida

    ativa) no momento da entrada do recurso.

    5.2. Regime patrimonial

    No regime patrimonial o regime contbil aplicado contabilidade

    pblica o regime de competncia.

    A NBC T 16.5 estabelece que as transaes no setor pblico

    devem ser reconhecidas e registradas integralmente no momento em

    que ocorrerem.

    Dessa forma, os registros contbeis devem ser realizados e os seus

    efeitos evidenciados nas demonstraes contbeis do perodo com os

    quais se relacionam, reconhecidos, portanto, pelos respectivos fatos

    geradores, independentemente do momento da execuo

    oramentria.

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    Em resumo no importa o momento em que a receita arrecadada

    para se registrar os efeitos patrimoniais, mas sim o momento em que

    ocorre o fato gerador que d origem o direito que pode em alguns casos

    coincidir com o momento da arrecadao. Quanto despesa, seja no

    regime oramentrio, seja no regime patrimonial, o regime contbil o

    de competncia. Porm, o regime de competncia da despesa no enfoque

    patrimonial considera o fato gerador da transao, enquanto o regime de

    competncia da despesa no enfoque oramentrio considera que foi

    reconhecida a despesa antes do pagamento.

    Aprofundando agora a anlise da questo discursiva, observemos

    que na viso do MCASP, o mesmo considera que o art. 35 refere-se ao

    regime oramentrio e no ao regime patrimonial, pois a

    contabilidade tratada em ttulo especfico da citada lei, no qual se

    determina que as variaes patrimoniais devam ser evidenciadas, sejam

    elas independentes ou resultantes da execuo oramentria.

    O MCASP refora que a parte que se refere CASP inicia-se no art.

    85 da lei 4320/1964 conforme se observa a seguir:

    Ttulo IX Da Contabilidade Art. 85. Os servios de contabilidade sero organizados de forma

    a permitirem o acompanhamento da execuo oramentria, o

    conhecimento da composio patrimonial, a determinao dos

    custos dos servios industriais, o levantamento dos balanos

    gerais, a anlise e a interpretao dos resultados econmicos e

    financeiros.

    Art. 89. A contabilidade evidenciar os fatos ligados

    administrao oramentria, financeira, patrimonial e industrial.

    Art. 100. As alteraes da situao lquida patrimonial, que

    abrangem os resultados da execuo oramentria, bem como

    as variaes independentes dessa execuo e as

    supervenincias e insubsistncias ativas e passivas,

    constituiro elementos da conta patrimonial.

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    Art. 104. A Demonstrao das Variaes Patrimoniais evidenciar

    as alteraes verificadas no patrimnio, resultantes ou

    independentes da execuo oramentria, e indicar o

    resultado patrimonial do exerccio.

    Observa-se que, alm do registro dos fatos ligados execuo

    oramentria, exige-se a evidenciao dos fatos ligados administrao

    financeira e patrimonial, de maneira que os fatos modificativos sejam

    levados conta de resultado e que as informaes contbeis permitam o

    conhecimento da composio patrimonial e dos resultados econmicos e

    financeiros de determinado exerccio.

    Por fim, a contabilidade deve evidenciar, tempestivamente, os

    fatos ligados administrao oramentria, financeira e patrimonial,

    gerando informaes que permitam o conhecimento da composio

    patrimonial e dos resultados econmicos e financeiros. Portanto, com o

    objetivo de evidenciar o impacto no patrimnio, deve haver o

    registro da variao patrimonial aumentativa, independentemente

    da execuo oramentria, em funo do FATO GERADOR,

    observando-se os princpios da competncia e da oportunidade.

    O que posso adiantar e que cai em prova a comparao entre o

    regime oramentrio e patrimonial quanto s receitas e despesas

    pertencentes em cada exerccio. Para melhor compreenso da nossa

    anlise, vou me utilizar do Quadro 9.

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    Quadro 9: Etapas e subnveis da receita e da despesa Etapa Receita Despesa

    Planejamento Metodologia de projeo das

    receitas oramentrias

    Fixao

    Descentralizaes de crditos

    oramentrios

    Programao oramentria e

    financeira

    Processo de licitao e

    contratao

    Execuo

    Lanamento Empenho

    Arrecadao Liquidao

    Recolhimento Pagamento

    Controle e

    Avaliao

    Controle e Avaliao Controle e Avaliao

    Fonte: MCASP Parte I (2014); MTO (2015). No regime oramentrio a receita pertence ao exerccio em que

    arrecadada (exceto a inscrio da dvida ativa) e a despesa ao

    exerccio que legalmente empenhada (a STN considera no momento da

    liquidao, inclusive nas anlises do MCASP); enquanto que no regime

    patrimonial A APROPRIAO DA RECEITA pertence ao momento que

    ocorre Fato Gerador que pode ser antes da arrecadao, na arrecadao

    ou aps a arrecadao, E A APROPRIAO DA DESPESA pertence ao

    momento que ocorre Fato Gerador que pode ser antes da liquidao, na

    liquidao ou aps a liquidao.

    Professor d pra explicar mais alguma coisa sem ser muito

    complicado? D sim.

    2TXHRFRQFXUVHLURRERPDOXQRTXHpYRFrOyJLFRGHYHVDEHUso os exemplos (so poucos) e os respectivos lanamentos de eventos

    em que o Fato Gerador (o momento da apropriao) ocorre no caso das

    receitas antes, na e aps a arrecadao; e que o Fato Gerador ocorre no

    caso das despesas: antes, na e aps a liquidao. O Quadro 10 mostra os

    exemplos.

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    Quadro 10: Exemplos de eventos 0RPHQWRGD$SURSULDomRGD

    5HFHLWD Fato Gerador 0RPHQWRGD$SURSULDomRGD

    'HVSHVD Fato Gerador

    Antes da

    Arrecadao

    Registro do IPTU a

    receber, aplicao de

    multa, inscrio da

    dvida ativa.

    Antes do

    empenho

    Proviso do 13 salrio

    em janeiro a ser

    liquidado e pago em

    dezembro.

    Na arrecadao Receita de servios. Na Liquidao Despesas com servios

    de limpeza.

    Aps a

    arrecadao

    Venda a termo

    (similar a receitas a

    vencer da

    Contabilidade Geral).

    Aps o

    pagamento

    Despesas com material

    de consumo; despesas

    com aquisio de

    peridicos.

    Retornando a questo discursiva da prova do STM/2011, observa-se

    que na viso da lei 4320/1964 e da lei 101/2000 o regime contbil

    misto; enquanto que na viso da NBC T 16.5 e do MCASP o regime

    contbil o de competncia.

    1mRFRQIXQGDDSURSULDomRGDUHFHLWDFRPreceita arrecadada e pertencente ao exerccio; assim como no confunda DSURSULDomR GD GHVSHVD FRP GHVSHVDempenhada e pertencente ao exerccio. 2 WHUPR DSURSULDomR GD UHFHLWD HVWirelacionado ao fato gerador e ao momento em que ocorre a variao patrimonial aumentativa que pode ser antes, na ou aps a arrecadao. 2 WHUPR DSURSULDomR GD GHVSHVD HVWirelacionado ao fato gerador e ao momento em que ocorre a variao patrimonial diminutiva que pode ser antes, na ou aps o empenho/liquidao.

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    Faamos mais duas questes para fixar este aprendizado.

    7.(CEHAP PB/Cespe/2009/Contador) O registro da receita oramentria,

    em contas oramentrias, dever ocorrer no momento do fato gerador da

    receita pblica.

    8.(ANAC/Cespe/2009/rea 1) Na entrega de bens de consumo imediato

    ou de servios contratados, o reconhecimento da despesa oramentria

    no deve coincidir com a apropriao da despesa pelo enfoque

    patrimonial, dada a ocorrncia de reduo na situao lquida

    patrimonial.

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    COMENTRIOS S QUESTES

    7. (CEHAP PB/Cespe/2009/Contador) O registro da receita oramentria,

    em contas oramentrias, dever ocorrer no momento do fato

    gerador da receita pblica.

    ERRADO, o registro da receita oramentria em contas oramentrias

    (regime oramentrio) deve ocorrer no momento da arrecadao e

    no no momento do fato gerador que inerente ao regime patrimonial.

    8.(ANAC/Cespe/2009/rea 1) Na entrega de bens de consumo imediato

    ou de servios contratados, o reconhecimento da despesa oramentria

    no deve coincidir com a apropriao da despesa pelo enfoque

    patrimonial, dada a ocorrncia de reduo na situao lquida

    patrimonial.

    ERRADO, conforme adiantei no Quadro 12 a apropriao da despesa

    pelo enfoque patrimonial pode ocorrer antes do reconhecimento da

    despesa oramentria, no momento do reconhecimento da despesa

    oramentria (aqui coincide), e aps o reconhecimento da despesa

    oramentria. O exemplo dado se encaixa na situao em que

    coincide o reconhecimento da despesa oramentria com a

    apropriao da despesa pelo enfoque patrimonial razo pela qual a

    assertiva est errada.

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    5. NORMAS INTERNACIONAIS (IPSAS)

    As IPSAS (International Public Sector Accounting Standards) so as

    normas internacionais, em nveis globais, de alta qualidade para a

    preparao de demonstraes contbeis por entidades do Setor Pblico.

    No Brasil os tradutores oficiais das Normas Internacionais editadas

    pela IFAC so o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) e o Instituto dos

    Auditores Independente do Brasil (IBRACON).

    5.1. O IPSASB (International Public Sector Accounting Standards

    Board) [Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade para o

    Setor Pblico]

    A misso da International Federation of Accountants (IFAC)10,

    conforme exposta HPVHXDWRFRQVWLWXWLYRpservir ao interesse pblico, fortalecer a profisso contbil ao redor do mundo e contribuir ao

    desenvolvimento de economias internacionais fortes pelo estabelecimento

    e pela promoo da adeso a normas profissionais de alta qualidade,

    estimulando a convergncia internacional a essas normas, e

    pronunciando-se sobre temas de interesse pblico onde o conhecimento

    HVSHFLDOL]DGRGDSURILVVmRWHPRPDLVDOWRJUDXGHUHOHYkQFLD Nos seus esforos para realizar essa misso, a IFAC constituiu o

    International Public Sector Accounting Standards Board (IPSASB)

    para desenvolver normas contbeis de alta qualidade para uso na

    preparao de demonstraes contbeis para fins gerais por entidades do

    setor pblico. Nesse sentido:

    2 WHUPR VHWRU S~EOLFR UHIHUH-se a governos nacionais, governos regionais (por exemplo estadual, provincial, territorial), governos locais

    (por exemplo municipal) e entidades pblicas relacionadas (por exemplo

    agncias, conselhos, comisses e empresas); e

    10 A International Federation of Accountants (IFAC) a organizao global para a profisso

    contbil. Fundada em 1977, sua misso servir ao interesse pblico, fortalecer a profisso contbil

    ao redor do mundo e contribuir ao desenvolvimento de economias internacionais fortes pelo

    estabelecimento e pela promoo da adeso a normas profissionais de alta qualidade, estimulando a

    convergncia internacional dessas normas, e pronunciando-se sobre temas de interesse pblico

    onde o conhecimento especializado da profisso tem alto grau de relevncia.

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    'HPRQVWUDo}HVFRQWiEHLVSDUDILQVJHUDLVVmRGHPRQVWUDo}HVFRQWiEHLV elaboradas para usurios que no tm prerrogativa de exigir informaes

    contbeis para atender s suas necessidades especficas de informao.

    O Conselho da IFAC designou o IPSASB como rgo

    responsvel pelo desenvolvimento dessas normas, sob sua prpria

    autoridade e restrito aos seus termos de referncia declarados, para

    melhor servir aos interesses pblicos no alcance deste aspecto da sua

    misso.

    O IPSASB funciona como rgo normatizador independente sob

    os auspcios da IFAC. Alcana seus objetivos das seguintes formas:

    (i) Emitindo Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor

    Pblico (IPSASs).

    (ii) Promovendo sua aceitao e convergncia internacional com

    essas normas; e

    (iii) Publicando outros documentos que oferecem orientaes sobre

    temas e experincias na elaborao de demonstraes contbeis no setor

    pblico.

    Os membros do IPSASB so nomeados pelo Conselho da IFAC. O

    IPSASB tem 18 membros, 15 dos quais so nomeados por entes

    membros da IFAC e trs membros pblicos. Membros pblicos

    podem ser nomeados por qualquer indivduo ou organizao.

    O Conselho da IFAC concedeu ao IPSASB a autoridade de

    emitir:

    (i) Normas Internacionais para o Setor Pblico (IPSASs), como as

    Normas a serem aplicadas por membros da profisso na preparao de

    demonstraes contbeis para fins gerais de entidades do setor pblico. O

    ,36$6% DGRWD XP GHYLGR SURFHVVR OHJDO SDUD R GHVHQYROYLPHQWR das IPSASs, que d a todas as partes interessadas a oportunidade de

    contribuir ao processo de desenvolvimento das normas.

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    (ii) Estudos com o objetivo de assessorar questes relacionadas

    elaborao de demonstraes contbeis no setor pblico. So

    baseados no estudo das melhores prticas e mtodos mais efetivos para

    lidar com os temas sendo discutidos.

    (iii) Artigos Ocasionais e Relatrios de Pesquisa para fornecer

    informaes que contribuam ao corpo de conhecimentos sobre temas e

    projetos de desenvolvimento na rea das demonstraes contbeis no

    setor pblico. Tm como objetivo oferecer novas informaes ou

    perspectivas e geralmente resultam de atividades de pesquisa como:

    buscas na literatura, levantamentos por questionrio, entrevistas,

    experimentos, estudos de caso e anlises.

    No desenvolvimento das suas normas, o IPSASB busca a

    contribuio do seu Grupo Consultivo e considera e faz uso de

    pronunciamentos emitidos por:

    2International Accounting Standards Board (IASB), at o ponto em que se apliquem ao setor pblico;

    UJmRV 1RUPDWL]DGRUHV QDFLRQDLV DXWRULGDGHV UHJXODGRUDV H RXWURVrgos competentes;

    UJmRVSURILVVLRQDLVFRQWiEHLVH 2XWUDV RUJDQL]Do}HV LQWHUHVVadas na elaborao de demonstraes contbeis no setor pblico.

    O IPSASB garantir a consistncia entre seus pronunciamentos e os do

    IASB at o ponto em que esses pronunciamentos sejam aplicveis e

    apropriados para o setor pblico.

    O IPSASB voltado contabilidade aplicada ao setor pblico enquanto o

    IASB para a contabilidade geral.

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    O objetivo do Grupo Consultivo do IPSASB oferecer um

    frum para o IPSASB poder consultar representantes de

    diferentes grupos constitutivos para obter contribuies e feedback

    sobre seu programa de trabalho, projetos prioritrios, importantes

    questes tcnicas, devido processo legal e atividades em geral.

    O Grupo Consultivo no vota em questes referentes s

    Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Pblico ou a

    outros documentos emitidos pelo IPSASB.

    O qurum para cada reunio do IPSASB de no mnimo doze

    membros nomeados, presencialmente ou atravs de

    telecomunicao simultnea.

    Cada membro do IPSASB tem um voto. Para fins de aprovao de

    Chamadas a Comentrios, Minutas para Discusso e IPSASs, so

    necessrios votos a favor de pelo menos dois teros dos direitos a

    voto do IPSASB. Um membro do IPSASB pode autorizar uma

    pessoa presente em uma reunio do IPSASB a votar em seu nome.

    Reunies do IPSASB com o objetivo de discutir o desenvolvimento

    e aprovar a emisso de Normas ou outros documentos tcnicos esto

    abertas ao pblico.

    Documentos discutidos nas reunies, inclusive as minutas das

    reunies do IPSASB, so publicados no site do IPSASB.

    O IPSASB publica um relatrio anual, destacando seu programa de

    trabalho, suas atividades e o progresso alcanado em relao aos seus

    objetivos durante o ano.

    A IFAC revisar a eficcia dos processos do IPSASB pelo

    menos a cada trs anos.

    O texto aprovado de um pronunciamento aquele publicado

    pelo IPSASB na lngua inglesa. rgos membros da IFAC tm

    autorizao para preparar, aps obter a aprovao da IFAC, tradues

    desses pronunciamentos a custo prprio, a serem publicadas no idioma

    dos seus prprios pases conforme conveniente.

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    5.2.As Normas Internacionais de Contabilidade do Setor Pblico

    (IPSAS)

    O IPSASB emite IPSASs referentes elaborao de demonstraes

    contbeis pelo regime de caixa e pelo regime de competncia. As

    IPSASs que adotam regime de competncia so baseadas nas

    Normas Internacionais de Contabilidade (IFRSs), emitidas pelo

    International Accounting Standards Board (IASB), quando as exigncias

    dessas Normas se aplicam ao setor pblico. As IPSASs tambm tratam de

    questes especficas a respeito da elaborao de demonstraes

    contbeis pelo setor pblico no tratadas nas IFRSs.

    A adoo das IPSASs pelos governos melhorar a qualidade e

    comparabilidade das informaes financeiras divulgadas por entidades do

    setor pblico ao redor do mundo.

    O IPSASB reconhece o direito dos governos e normatizadores em

    mbito nacional de estabelecer normas e diretrizes contbeis para fins de

    elaborao de demonstraes contbeis nas suas jurisdies. O IPSASB

    estimula a adoo das IPSASs e a convergncia das normas nacionais s

    IPSASs. As demonstraes contbeis s podem ser consideradas como

    estando em conformidade com as IPSASs se estiverem em conformidade

    com todas as exigncias de cada IPSAS aplicvel.

    Observa-se que o Brasil conforme a NBCT 16.5 passou a adotar em 2014

    integralmente o regime de competncia.

    Porm, observa-se que as IPSAS so voltadas tanto para pases que

    adotam o regime de caixa quanto o regime de competncia.

    O Quadro 10 contm todas as IPSAS.

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    Quadro 10: IPSAS e as IAS que servirem de suporte elaborao

    IPSAS Baseada na IAS

    IPSAS 1 Apresentao das Demonstraes Contbeis

    IAS 1 - Apresentao das Demonstraes

    Contbeis

    IPSAS 2 Demonstrao dos Fluxos de Caixa

    IAS 7 - Demonstrao dos Fluxos de Caixa

    IPSAS 3 Polticas Contbeis, Mudana de Estimativa e Retificao de Erro

    IAS 8 - Polticas Contbeis, Mudana de

    Estimativa e Retificao de Erro

    IPSAS 4 Efeitos das Mudanas nas Taxas de Cmbio e Converso de Demonstraes

    Contbeis

    IAS 21 - Os Efeitos das Mudanas nas

    Taxas de Cmbio

    IPSAS 5 Custos de Emprstimos IAS 23 - Custos de Emprstimos IPSAS 6 Demonstraes Consolidadas e

    Separadas IAS 27 - Demonstraes Consolidadas

    IPSAS 7 Investimento em Coligada e em Controlada

    IAS 28 Investimento em ColigDGDVHIAS 36

    IPSAS 8 - Investimento em

    Empreendimento Controlado em Conjunto

    (Joint Venture)

    IAS - 31, Investimento em

    Empreendimento Controlado em Conjunto

    (Joint Venture)

    IPSAS 9 Receita de Transao com Contraprestao

    IAS 18 - Receitas

    IPSAS 10 Contabilidade e Evidenciao em Economia Altamente Inflacionria

    IAS 29 - Apresentao de Demonstraes

    Contbeis em Economias Altamente

    Inflacionrias

    IPSAS 11 Contratos de Construo IAS 11 - Contratos de Construo IPSAS 12 Estoques IAS 2 - Estoque

    IPSAS 13 Operaes de Arrendamento Mercantil

    IAS 17 - Operaes de Arrendamento

    Mercantil

    IPSAS 14 Evento Subsequente IAS 10 - Eventos Subsequentes IPSAS 16 Propriedade para Investimento IAS 40 - Propriedade para Investimento

    IPSAS 17 Ativo Imobilizado IAS 16 - Ativo Imobilizado IPSAS 18 Informaes por Segmento IAS 14 - Informaes por Segmento,

    IPSAS 19 Provises, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

    IAS 37 - Provises, Passivos Contingentes

    e Ativos Contingentes

    IPSAS 20 Divulgao sobre Partes Relacionadas

    IAS 24 - Divulgao sobre Partes

    Relacionadas

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    IPSAS 21 Reduo ao Valor Recupervel de Ativo No Gerador de Caixa

    IAS 36 - Reduo ao Valor Recupervel

    de Ativos

    IPSAS 22 Divulgao de Informao Financeira sobre o Setor do Governo Geral

    Sem norma correspondente do IASB IPSAS 23 Receita de Transao sem

    Contraprestao (Tributos e Transferncias)

    IPSAS 24 Apresentao de Informao Oramentria nas Demonstraes Contbeis

    IPSAS 25 Benefcios a Empregados IAS 19 - Benefcios a Empregados IPSAS 26 Reduo ao Valor Recupervel

    de Ativo Gerador de Caixa

    IAS 36 - Reduo ao Valor Recupervel de

    Ativos

    IPSAS 27 Ativo Biolgico e Produto Agrcola

    IAS 41 - Agricultura

    IPSAS 28 Instrumentos Financeiros: Apresentao

    IAS 32 - Instrumentos Financeiros

    IPSAS 29 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensurao

    IAS 39 - Instrumentos Financeiros:

    Reconhecimento e Mensurao

    IPSAS 30 Instrumentos Financeiros: Evidenciao

    IFRS 7 - Instrumentos Financeiros:

    Evidenciao

    IPSAS 31 Ativo Intangvel IAS 38 - Ativo Intangvel

    As IPSAS so publicadas pelo IPSASB enquanto as IFRIC e as IAS so

    publicadas pelo IASB.

    Ressalta-se que boa parte da IPSAS, mas no todas, foram elaboradas a

    partir das IAS e IFRIC.

    Pessoal, a seguir selecionei as IPSAS sobre as quais a STN fez um

    estudo recente. S para se ter uma ideia a IPSAS correspondem a um

    volume de 1300 pginas e ningum aqui vai fazer prova para conselheiro

    do IPSAS.

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    Quadro 12: Principais IPSAS e pontos importantes

    IPSAS Principais pontos

    IPSAS 1 -

    Apresentao das

    Demonstraes

    Contbeis

    A IPSAS 1 j encontra-se, em grande medida, em conformidade com o MCASP e as NBCASP. A

    norma:

    (i) Dispe sobre a apresentao das demonstraes contbeis pelo regime de competncia.

    (ii) Modificou os conceitos de ativo, passivo, PL, receita e despesa.

    (iii) Determina a elaborao de novas demonstraes: DFC e DMPL.

    (iv) Exige que informaes relevantes, que no estejam no corpo das demonstraes contbeis,

    sejam evidenciadas em Notas Explicativas.

    Essa norma determina que um pas s pode afirmar estar em conformidade com os padres

    internacionais, se ele deve adotar todos os requisitos da norma. Ainda no foi definido pelo

    Conselho Federal de Contabilidade se o processo de adoo ser integral. fato que muitos

    aspectos legais e culturais devero ser considerados nesse processo.

    Essa norma admite que podem existir pontos conflitantes dentro do conjunto de normas

    internacionais e permite uma justificativa pela no adoo de um determinado item caso esteja

    distorcendo as demonstraes contbeis, porm, o que a norma internacional no aceita so os

    casos de vedaes legais de cada pas. Nesse caso fica caracterizado a no conformidade com os

    padres internacionais.

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    IPSAS 2 -

    Demonstrao dos

    Fluxos de Caixa

    A Norma:

    (i)Dispe sobre a demonstrao dos fluxos produzidos durante o exerccio, destacando as atividades de

    operao, investimentos e financiamentos da entidade.

    (ii) Afirma que a Demonstrao do Fluxo de caixa proporciona informao para prestao de contas e

    auxilia na tomada de deciso.

    (iii) Separa em dois mtodos diferentes. O Mtodo direto: considera os grupos principais de entradas

    (recebimentos) e sadas (pagamentos) de caixa. O Mtodo indireto: o resultado lquido ajustado pelo

    registro de transaes que no geram caixa, deferimento ou lanamento por competncia de

    recebimentos e pagamentos de caixa de eventos passados ou futuros.

    Essa demonstrao permite ao gestor conhecer a capacidade de expanso das despesas com recursos

    prprios gerados por suas atividades operacionais, bem como por investimentos e financiamentos.

    A Demonstrao de Fluxo de Caixa pode ser um importante instrumento de anlise financeira se

    elaborada e utilizada adequadamente, permitindo contabilidade desempenhar com eficincia o seu papel

    de auxlio na tomada de decises. Porm, deve-se lembrar que apesar da norma internacional citar vrios

    benefcios dessa demonstrao, nenhuma demonstrao isoladamente deve servir para tom a da

    de deciso, ou seja, as decises sempre devem ser tomadas de acordo com anlises realizadas pelo

    conjunto das demonstraes.

    Uma nica transao pode incluir fluxos de caixa classificados em mais de uma atividade. Por

    exemplo, quando o desembolso de caixa para pagamento de um emprstimo inclui tanto os juros como o

    principal, a parte dos juros pode ser classificada como atividade operacional, mas a parte do principal

    deve ser classificada como atividade de financiamento

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    IPSAS 3 - Polticas

    Contbeis, Mudanas

    de Estimativas e

    Retificaes de Erros

    A norma:

    (i) Define critrios para o tratamento contbil e evidenciao de mudana nas polticas contbeis, a

    mudana nas estimativas contbeis e a retificao de erro.

    (ii) Tem como objetivo proporcionar a comparabilidade da entidade ao longo do tempo e a

    comparabilidade com as demonstraes contbeis de outras entidades.

    (iii) Polticas contbeis so os princpios, as bases, as convenes, as regras aplicados pela entidade na

    elaborao e na apresentao de demonstraes contbeis.

    (iv) Mudana na estimativa contbil um ajuste nos saldos contbeis de ativo ou de passivo. As

    alteraes nas estimativas contbeis decorrem de nova informao ou inovaes e, portanto, no so

    retificaes de erros.

    (v) Erros de perodos anteriores so omisses e incorrees nas demonstraes contbeis da entidade de

    um ou mais perodos anteriores decorrentes da falta de uso, ou uso incorreto, de informao confivel.

    Atualmente o tratamento contbil para retificao de erros no setor pblico brasileiro

    realizado na conta de Ajustes de Exerccios Anteriores (conta que integra os resultados

    acumulados). A norma determina que seja aplicado retrospectivamente, quando praticvel, com ajustes

    de saldo de ativos, passivos e PL, para no perder comparabilidade nesse perodo. Para o contexto

    brasileiro, isso no seria vivel, j que poderia haver mudanas significativas nas demonstraes que j

    teriam passado pela prestao de contas e j teriam, nesse caso, o parecer dos tribunais de contas.

    Em relao s estimativas comum sua realizao na parte oramentria, mas no na parte

    patrimonial, isso porque no era adotado um regime de competncia na sua totalidade. As estimativas

    patrimoniais so comuns nos clculos de provises, depreciao, reavaliao, impairment, etc. e exigem

    estudos prvios para a realizao desses clculos.

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    IPSAS 6 -

    Demonstraes

    Consolidadas e

    Separadas

    A norma determina que:

    (i) As demonstraes contbeis consolidadas devem incluir todas as controladas da controladora.

    (ii) Uma controlada deve ser excluda da consolidao quando h evidncias de que (a) o controle

    temporrio porque a controlada foi adquirida e mantida exclusivamente com o propsito de venda em at doze

    meses da data de aquisio e (b) a administrao est procurando um comprador ativamente.

    (iii) Na elaborao de demonstraes contbeis consolidadas, a entidade controladora combina suas demonstraes

    contbeis com as de suas controladas, linha a linha, ou seja, somando os saldos de itens de mesma natureza:

    ativos, passivos, ativos lquidos/patrimnio lquido, receitas e despesas. Os saldos de transaes intra-grupo

    (entre as entidades da entidade econmica) devem ser eliminados.

    O processo de consolidao sempre complexo uma vez que nem sempre possvel obter informaes consolidadas

    com preciso.

    Essa norma inclui no escopo das entidades sujeitas a consolidao as empresas estatais independentes.

    IPSAS 7 Investimentos em

    Coligadas (e

    Controladas)

    A norma

    (i) Define que o tratamento contbil dado a investimentos em coligadas o mtodo de equivalncia patrimonial

    (MEP).

    (ii) Exemplos de Excees ao MEP:

    (a) Investimento adquirido e mantido exclusivamente com objetivo de venda;

    (b) Quando h permisso da norma para que a controladora deixe de apresentar as demonstraes contbeis

    consolidadas;

    (c) o investidor no est sujeito ao registro de suas demonstraes contbeis na Comisso de Valores Mobilirios ou

    outro rgo regulador.

    (iii) O investidor deve suspender o uso do mtodo de equivalncia patrimonial a partir da data em que deixar de ter

    influncia significativa sobre investida.

    (iv) Outro Mtodo: custo.

    Segundo a norma, os investimentos permanentes tambm devero passar pelo teste de impairment. Atualmente,

    muitos entes ainda no registram a proviso para perdas nos investimentos pblicos.

    O MCASP e a NBC T 16 no aplica o critrio de relevncia dos 20% para determinar a influncia significativa.

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    IPSAS 8 -

    Empreendimento

    Controlado em

    Conjunto (Joint

    Venture)

    O entendimento dessa norma aplicvel aos consrcios pblicos utilizao da consolidao proporcional, embora dependa da implantao de mecanismos de excluso de saldos e transaes, que deve ser controlado pelo consrcio pblico. Empreendimento controlado em conjunto (Joint Venture) o acordo vinculativo em que duas ou mais partes se comprometem a empreender em uma atividade sujeita a controle conjunto. Observao: Os consrcios pblicos se enquadram no conceito acima, sendo definidos como parcerias formadas por dois ou mais entes da federao, para a realizao de objetivos de interesse comum, em qualquer rea. Um dos objetivos viabilizar a gesto pblica nos espaos metropoli