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Administração Pública e Gestão de Processos
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Noções de Administração Pública e Gestão de Processos de
Mudança para Analista Judiciário do TRT-SC – Teoria e Exercícios
Prof. Carlos Xavier – Aula 01
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AULA 01: Convergências e diferenças entre a gestão pública e privada. Gestão de resultados na produção de serviços públicos. Gestão do
desempenho.
SUMÁRIO PÁGINA 1. Palavras iniciais. 2 2. Convergências e diferenças entre gestão pública e privada.
3
3. Gestão de resultados na produção de serviços públicos e paradigma do cliente na gestão pública.
6
3.1. A evolução dos modelos. 6 3.2. Visão geral da administração pública com foco em resultados e o caso brasileiro.
10
3.3. O papel dos Planos Plurianuais no caso brasileiro. 19 3.4. Algumas observações sobre a visão estratégica da administração pública.
21
4. Gestão do desempenho. 27 4.1. Avaliação de desempenho. 29 4.2. Métodos de avaliação de desempenho. 35 4.2.1. Escalas gráficas. 37 4.2.2. Listas de verificação (checklists). 39 4.2.3. Escolha forçada. 40 4.2.4. Pesquisa de campo. 42 4.2.5. Método dos incidentes críticos. 43 4.2.6. Avaliação Participativa por Objetivos (APPO). 44 4.2.7. Avaliação 360 graus. 48 4.2.8. Método comparativo. 50 4.2.9. Padrões de trabalho. 50 4.2.10. Observação direta. 51 4.2.11. Avaliação por escrito. 51 4.2.12. Balanced Scorecard (BSC). 52 4.3. Erros no processo de avaliação do desempenho. 61 5. Questões comentadas. 63 6. Lista de questões. 90 7. Gabarito. 103 8. Bibliografia principal. 104
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1. Palavras Iniciais.
Oi pessoal!
Fico feliz que estejam de volta para continuar estudando comigo com foco no concurso do TRT SC.
Hoje estudaremos diversos aspectos relacionados à gestão pública, conforme solicitado no seu Edital.
Além disso, estudaremos também o uso da avaliação de desempenho nas organizações.
Enquanto a compreensão dos pontos de gestão pública servem mais para questões interpretativas sobre outros tópicos, e por isso é difícil localizar questões específicas, as questões sobre a gestão do desempenho dos indivíduos são mais frequentes, por isso serão o foco maior das questões comentadas da aula de hoje.
Um abraço e bons estudos!
Prof. Carlos Xavier
www.facebook.com/professorcarlosxavier
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2. Convergências e diferenças entre gestão pública e
privada.
A gestão pública e a gestão privada apresentam diversos pontos de
convergência e divergência entre si, não havendo uma relação específica que
seja aceita de forma ampla para os concursos.
Compreendendo isto, destaco que, quanto às convergências:
• Ambas se utilizam de técnicas modernas da administração;
• Ambas devem se preocupar com a satisfação das necessidades
dos seus respectivos clientes - que são diferentes em cada um
dos casos!;
• Ambas possuem ambientes interno e externo que influenciam
no comportamento da organização;
• Ambas devem se preocupar com a produtividade, eficiência e
eficácia de suas ações (entre outros);
O que se percebe também é que as teorias organizacionais são
aplicáveis a ambas, sendo necessário, em alguns casos, uma certa adaptação
devido às diferenças existentes entre uma e outra. As diferenças mais
essenciais são a lógica não-lucrativa do Poder Público e ao paradigma racional-
legal da administração pública.
Além disso, como estamos estudando para um concurso pública,
devem ser destacadas as principais diferenças segundo proposto pelo
Instrumento de Avaliação da Gestão Pública - Ciclo 2010, do Gespública:
a) Enquanto as organizações do mercado são conduzidas pela
autonomia da vontade privada, as organizações públicas são
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regidas pela supremacia do interesse público e pela obrigação da
continuidade da prestação do serviço público.
b) O controle social é requisito essencial para a administração pública
contemporânea em regimes democráticos, o que implica em
garantia de transparência de suas ações e atos e na
institucionalização de canais de participação social, enquanto as
organizações privadas estão fortemente orientadas para a
preservação e proteção dos interesses corporativos.
c) A administração pública não pode fazer acepção de pessoas, deve
tratar a todos igualmente e com qualidade. O tratamento
diferenciado restringe-se apenas aos casos previstos em lei. Por
outro lado, as organizações privadas utilizam estratégias de
segmentação de “mercado”, estabelecendo diferenciais de
tratamento para clientes preferenciais.
d) As organizações privadas buscam o lucro financeiro e formas de
garantir a sustentabilidade do negócio. A administração pública
busca gerar valor para a sociedade e formas de garantir o
desenvolvimento sustentável, sem perder de vista a obrigação de
utilizar os recursos de forma eficiente.
e) A atividade pública é financiada com recursos públicos, oriundos de
contribuições compulsórias de cidadãos e empresas, os quais
devem ser direcionados para a prestação de serviços públicos e a
produção do bem comum. A atividade privada é financiada com
recursos de particulares que têm legítimos interesses capitalistas.
f) A administração pública tem como destinatários de suas ações os
cidadãos, sujeitos de direitos, e a sociedade, demandante da
produção do bem comum e do desenvolvimento sustentável. A
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iniciativa privada tem como destinatários de suas ações os
“clientes” atuais e potenciais.
g) O conceito de partes interessadas no âmbito da administração
pública é ampliado em relação ao utilizado pela iniciativa privada,
pois as decisões públicas devem considerar não apenas os
interesses dos grupos mais diretamente afetados, mas, também, o
valor final agregado para a sociedade.
h) A administração pública tem o poder de regular e gerar obrigações
e deveres para a sociedade, assim, as suas decisões e ações
normalmente geram efeitos em larga escala para a sociedade e
em áreas sensíveis. O Estado é a única organização que, de forma
legítima, detém este poder de constituir unilateralmente
obrigações em relação a terceiros.
i) A administração pública só pode fazer o que a lei permite,
enquanto a iniciativa privada pode fazer tudo que não estiver
proibido por lei. A legalidade fixa os parâmetros de controle da
administração e do administrador, para evitar desvios de conduta.
Vamos agora ao estudo da gestão pública orientada para os
resultados.
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3. Gestão de resultados na produção de serviços públicos e
paradigma do cliente na gestão pública.
Em primeiro lugar, é preciso ter em mente que o foco em resultados
e o paradigma do cliente andam juntos na administração pública.
Isso porque, na administração pública gerencial (mais moderna), o
foco deve estar sobre a gestão da organização pública para a produção de
resultados que sejam úteis para os seus clientes, que são os próprios cidadãos
que recebem o serviço público e que contribuem para que eles possam ser
executados.
Neste sentido, é importante que compreendamos a evolução dos
modelos de administração pública e como o modelo voltado aos clientes e
resultados vem sendo implementado no Brasil.
Ao trabalho!
3.1. A evolução dos modelos.
O Estado já passou por diversas formas de ser administrado. Logo
após o surgimento dos Estados nacionais, os bens do soberano não se
separavam das propriedades públicas, representando uma só coisa. Neste
período, era comum o uso da coisa pública em favor dos monarcas. Estas
características representam o modelo patrimonialista da administração
pública, onde o Estado era usado como uma extensão das posses do
monarca.
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- Note que esse primeiro modelo de administração pública é mais
antigo e não deve ser tido como padrão desejado para os dias de hoje. Ainda
assim eu lanço uma pergunta: ainda existem características desse modelo no
Estado Brasileiro???
Enquanto vocês pensam, vamos ver como a gestão pública evoluiu...
Durante a segunda metade do século XIX surge o modelo da
administração pública burocrática, como resposta à evolução das
demandas da população sobre o Estado. Uma de suas características básicas é
a clara separação entre o que é público e o que é privado, em
contraponto ao enfoque patrimonialista.
O grande objetivo da burocracia, através dos controles e
procedimentos utilizados, era obter a máxima eficiência organizacional.
Para atingir seus propósitos, a organização burocrática foi desenhada
com base em uma administração formalista, centrada nos procedimentos a
serem seguidos e na hierarquia das decisões. Houve um avanço em relação
ao patrimonialismo, uma vez que o nepotismo e a corrupção típicos deste
modelo poderiam ser reduzidos se as formalidades estabelecidas fossem
cumpridas. Com o excesso de formalidades necessárias ao cumprimento deste
objetivo, surgiram disfunções na burocracia, que também não conseguia
atender aos anseios da população, devido ao seu foco nos meios e não nos fins
a serem atingidos.
- Agora eu pergunto: qual o foco que a administração pública de hoje
deve ter? Ela ainda é patrimonialista? Ou será que ela trabalha apenas com
aspectos burocráticos?
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Os problemas observados no enfoque burocrático criaram parte da
base necessária ao novo modelo ideal de administração pública, o modelo da
administração pública gerencial, centrado nos resultados a serem
atingidos e se utilizando de técnicas mais flexíveis de gestão, típicas da
iniciativa privada. Este modelo é orientado para a satisfação das necessidades
do cliente-cidadão e para o atendimento dos objetivos que a administração se
propõe a atingir. Estes propósitos são atingidos através de um sistema de
decisões descentralizadas, com estruturas horizontalizadas e
incentivos ao uso da criatividade, inovação e formas flexíveis de
gestão.
Percebemos então que a flexibilidade o foco em resultados, típicos do
modelo gerencial, fazem com que ele seja o mais adequado para a
administração pública moderna, que precisa se adaptar às constantes
mudanças no ambiente e manter o foco nos resultados da ação pública sobre a
população.
Mas vamos pensar bem: hoje em dia, será que existem apenas características
gerenciais na administração pública?
A resposta é NÃO, pessoal!
E porque eu insisti tanto nesse ponto?! Porque as bancas cobram
muito que o candidato saiba que as características dos modelos
patrimonialista, burocrático e gerencial coexistem na administração pública
brasileira, e eu não ficaria surpreso que cobrassem isso também em sua prova.
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Querem exemplos de características de cada um dos modelos na
Administração Pública brasileira?
1. Nomeação de cargos de confiança com base em afinidades
pessoais e políticas, e não com base no mérito (exemplo de
característica patrimonialista);
2. Excesso de normas e procedimentos para que as compras
públicas possam ser realizadas, com base na Lei de Licitações -
Lei 8.666/93 (exemplo de característica do modelo
burocrático);
3. Nos termos da Constituição, por meio de reforma recente de
caráter modernizador, servidores públicos só podem se tornar
estáveis se aprovados em concurso público para cargo de
provimento efetivo, nomeados e, após um período de três anos,
aprovados em avaliação de desempenho específica para esse
fim (exemplo de característica do modelo gerencial – por
resultados).
Apesar de ainda existirem características dos três modelos, o que se
busca hoje é que a administração pública se torne cada vez mais com foco em
resultados, característica típica do modelo gerencial.
No Brasil, o Decreto lei 200/67 introduziu a necessária flexibilização
na administração pública para que esta pudesse melhor atender à população,
sendo um marco na introdução da administração pública gerencial no país.
O foco em resultados, integrante da nova gestão pública do modelo
gerencial, tornou-se destaque no Brasil, principalmente, a partir da Publicação
do Plano Diretor da Reforma do Estado – PDRAE, na década de 1990. A
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ideologia da gestão por resultados era a base do Plano, cujas ações buscavam
melhorar o desempenho das ações executadas pelo Estado.
A partir dessa compreensão histórica, vamos ter uma visão geral do
que as principais referências que as bancas costumam usar dizem sobre gestão
de resultados na administração pública.
3.2. Visão geral da administração pública com foco em
resultados e o caso brasileiro.
O foco em resultados nada mais é do que uma administração pública
voltada para os fins a serem atingidos, e não os meios utilizados, estando
ligado ao movimento gerencial da administração pública e, no caso Brasileiro,
ao PDRAE.
O surgimento de processos de reforma na administração pública ao
redor do mundo, a partir da década de 1980, marca o início da preocupação
com os resultados e representam uma grande quebra do paradigma até então
vigente, o burocrático, centrado nos processos e no cumprimento das normas
legais, como vimos um pouco antes.
Atualmente, diversos aspectos se envolvem na gestão pública por
resultados. Matias-Pereira (2012) afirma que, no cenário geral deste tipo de
administração, merecem destaque a preocupação com a elevação da qualidade
dos serviços públicos, a cobrança da responsabilidade dos gerentes de
programas governamentais, o desenvolvimento do governo eletrônico e a Lei
de Responsabilidade Fiscal.
De forma geral, o que se observa é um maior foco em questões de
desempenho, estabelecimento de metas e mecanismos de controle dos
resultados obtidos.
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Nesse sentido, Matias-Pereira (2012) apresenta os principais itens da
agenda de gestão por resultados, segundo Makón (2008):
• Foco nos resultados; • Políticas públicas formuladas a partir de processo de
planejamento governamental; • Caráter descentralizado da tomada de decisões; • Flexibilização de recursos com cobrança de responsabilidade
dos gestores; • Utilização de planejamento estratégico nas organizações
públicas e otimização dos processos administrativos; • Mudanças metodológicas no processo de formulação do
orçamento público; • Sistemas de informação que forneçam subsídios para a tomada
de decisão e mensurem os recursos na obtenção dos resultados (sistemas de apuração de custos);
• Sistemas de monitoramento da gestão, prestação de contas e avaliação;
• Desenvolvimento de indicadores que permitam medir o impacto da ação governamental e indicar os desvios para introdução de medidas corretivas.
Nesse sentido, um bom modelo de gestão pública por resultados deve
possuir alguns atributos essenciais, tais como ser abrangente, dinâmico e
multidimensional, conforme os conceitos apresentados a seguir:
Atributo Conceito
Abrangente
Significa basear-se em um conceito
amplo de desempenho que englobe
tanto esforços quanto resultados
Dinâmico Ser dinâmico implica em não se
limitar em definir e medir resultados,
mas em medir resultados, alcançá-
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los, monitorá-los e avaliá-los.
Multidimensional
Ser multidimensional significa
considerar o resultado como alinhado
às múltiplas dimensões de esforço:
• Processos;
• Recursos;
• Estruturas;
• Sistemas informacionais; e
• Pessoas.
Com isto em mente, vamos fazer uma breve revisão sobre os
projetos básicos do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE),
já que este foi um importante instrumento de administração pública com foco
em resultados no Brasil.
O PDRAE
O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, elaborado na
década de 1990, buscava introduzir novas características gerenciais na
Administração Pública brasileira, como forma de melhorar o desempenho da
máquina pública face às mudanças do papel do Estado. Neste sentido, para
efetivar algumas das mudanças propostas, três projetos básicos de reforma
foram estabelecidos para serem implantados na dimensão da gestão pública:
“Avaliação Estrutural”, “Agências Autônomas” e “Organizações Sociais”.
Cada um deles será explicado nas próximas linhas.
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O projeto “Avaliação Estrutural” consistia em examinar, de forma
global, a estrutura do aparelho do Estado, tendo como objetivos analisar as
missões dos órgãos e entidades governamentais, com foco em identificar
superposições, inadequação de funções e possibilidades de descentralização,
para dar ao Estado uma estrutura organizacional moderna, ágil, e permeável à
participação popular. A operacionalização deste projeto deveria se dar de
forma permanente, por meio da elaboração de respostas a diversas perguntas
sobre os órgãos e atividades do Estado, de modo que se pudesse chagar a
propostas de extinção, privatização, publicização, descentralização,
incorporação e criação de órgãos na Administração Pública.
O projeto “Agências Autônomas”, por sua vez, nasceu da
necessidade de maior autonomia de gestão com base na responsabilização
pelos resultados. Atuando de forma vertical no nível das atividades
exclusivas de Estado, seu objetivo principal foi a transformação de autarquias
e fundações públicas executoras de atividades exclusivas de Estado em
agências autônomas. Em teoria, essas agências seriam dotadas de maior
flexibilidade de gestão e, por isso, teriam mais facilidade para atingir os fins
públicos aos quais se destinariam.
O último dos projetos básicos, intitulado “Organizações Sociais”,
buscava atuar no nível dos serviços não exclusivos do Estado, sendo
acompanhado, neste caso, por um programa de publicização dos referidos
serviços, ou seja, sua transferência do setor estatal para o não estatal, onde
as organizações sociais assumiriam o controle dessas funções públicas. O
principal objetivo deste projeto era permitir a descentralização de atividades
não exclusivas, onde não existe o Poder Extroverso do Estado – de,
unilateralmente, criar obrigações para terceiros. O pressuposto central é de
que os serviços públicos, nesse caso, serão realizados de forma mais eficiente
se executados pelo poder público não estatal, sendo mantido o seu
financiamento por parte do Estado.
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Para que vocês possam fixar na memória as principais características
do PDRAE, trago ainda, a seguir, alguns pressupostos do Plano, como os
setores do Estado e suas características, a forma de propriedade que deve
prevalecer e alguns exemplos de instituições típicas.
Setores e características
São quatro os setores do Estado: o núcleo estratégico, as atividades
exclusivas, o setor de serviços não exclusivos e o setor de produção de bens e
serviços para o mercado. Vejam os detalhes, segundo o PDRAE:
NÚCLEO ESTRATÉGICO. Corresponde ao governo, em sentido lato.
É o setor que define as leis e as políticas públicas, e cobra o seu cumprimento.
É, portanto, o setor onde as decisões estratégicas são tomadas. Corresponde
aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e, no poder
executivo, ao Presidente da República, aos ministros e aos seus auxiliares e
assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e formulação das políticas
públicas.
ATIVIDADES EXCLUSIVAS. É o setor em que são prestados
serviços que só o Estado pode realizar. São serviços em que se exerce o poder
extroverso do Estado - o poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar. Como
exemplo, temos: a cobrança e fiscalização dos impostos, a polícia, a
previdência social básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do
cumprimento de normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços
de saúde pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio à educação
básica, o serviço de emissão de passaportes, etc.
SERVIÇOS NÃO EXCLUSIVOS. Corresponde ao setor onde o Estado
atua simultaneamente com outras organizações públicas não estatais e
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privadas. As instituições desse setor não possuem o poder de Estado. Este,
entretanto, está presente porque os serviços envolvem direitos humanos
fundamentais, como os da educação e da saúde, ou porque possuem
“economias externas” relevantes, na medida em que produzem ganhos que
não podem ser apropriados por esses serviços através do mercado. As
economias produzidas imediatamente se espalham para o resto da sociedade,
não podendo ser transformadas em lucros. São exemplos deste setor: as
universidades, os hospitais, os centros de pesquisa e os museus.
PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS PARA O MERCADO.
Corresponde à área de atuação das empresas. É caracterizado pelas atividades
econômicas voltadas para o lucro que ainda permanecem no aparelho do
Estado como, por exemplo, as do setor de infraestrutura. Estão no Estado seja
porque faltou capital ao setor privado para realizar o investimento, seja porque
são atividades naturalmente monopolistas, nas quais o controle via mercado
não é possível, tornando-se necessário no caso de privatização, a
regulamentação rígida.
Regimes de propriedade e exemplos de instituições
Segundo o PDRAE, existem três tipos possíveis de propriedades a
serem consideradas na análise dos setores do Estado: a pública, a privada e
a pública não estatal.
No núcleo estratégico e nas atividades exclusivas a propriedade
deverá ser pública estatal, tendo em conta que é aqui que as decisões
estratégicas são tomadas e não se podem delegar as decisões estratégicas.
Além disso, nestes setores, o Poder Extroverso do Estado pode ser exercido. O
núcleo estratégico deve englobar os órgãos públicos e as atividades
exclusivas devem englobar órgãos públicos e agências autônomas.
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No setor de serviços não exclusivos (ou competitivo) do Estado, a
propriedade ideal é a pública não estatal, porque flexibiliza a gestão e torna
mais fácil e direto o controle social por meio de conselhos, favorecendo, ainda,
a parceria entre o Estado e a sociedade civil. Os serviços não exclusivos devem
ser a arena das organizações sociais.
No setor de produção de bens e serviços para o mercado, por
sua vez, devem predominar características típicas de administração gerencial,
dado que o mercado é competitivo. Neste setor, a propriedade privada é a
regra. A propriedade estatal só se justifica quando não existirem capitais
privados disponíveis ou haja monopólio natural. A produção de bens e serviços
para o mercado deve ser executada por empresas.
Além de conhecer a agenda da gestão por resultados e o principal
plano deste tipo já implementado no Brasil, temos que ter em mente a
importância do papel do dirigente público na gestão orientada para resultados,
por isso falaremos sobre este tópico, a seguir.
O Papel do Dirigente Público
Para que a agenda de gestão orientada a resultados possa ser
cumprida, o dirigente público também exerce papel fundamental. Ele não é
nem político nem servidor público, exercendo a autoridade no âmbito da
Administração Pública para que os recursos, inclusive os servidores, sejam
utilizados da melhor maneira para os fins públicos já definidos pelos
representantes eleitos pela população – os políticos.
Nesse sentido, o dirigente deve gerar o maior impacto possível de
cada ação que administrar, considerando as alternativas, os recursos
disponíveis e prestando contas dos resultados obtidos.
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A literatura especializada (Longo, 2003, apud Matias-Pereira, 2012)
aponta que a institucionalização do papel do dirigente público passa pela
descentralização vertical limitada de poder decisório e autonomia de gestão, e
pela construção de sistemas de planejamento e controle baseados em
resultado.
Neste mesmo sentido, para que possa criar valor para a sociedade, o
dirigente deve atuar sobre as seguintes dimensões:
• Na esfera estratégica: para direcionar a organização de
modo a produzir o máximo de valor;
• No entorno político: para obter legitimidade, autorizações,
colaboração, apoio, e recursos para as suas iniciativas;
• Na gestão operacional: para mobilizar os recursos
necessários ao atingimento dos objetivos, com eficiência e
eficácia, assumindo a responsabilidade pelos resultados.
O contrato de gestão para a contratualização de resultados
O acordo-programa, também chamado de contrato de gestão, é um
pacto firmado entre órgãos e entidades do setor público com interesses
convergentes e terceiros. Ele possui diferentes formas de estruturação e não é
unânime quanto a sua aplicação. Apesar disto, configura-se em uma
importante ferramenta de gestão moderna na Administração Pública.
Como base de seu conceito, uma das partes signatárias busca por
recursos para atingir seus objetivos, enquanto a outra tem interesse que os
resultados desejados possam ser obtidos. Para isto, no acordo-programa são
estabelecidos indicadores, metas e objetivos claros. Em contrapartida pelo
compromisso assumido pela primeira parte interessada, haverá a
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disponibilização de recursos pela segunda, de modo que os objetivos
prometidos possam ser atingidos.
Estes acordos podem assumir três estruturas distintas:
1. Uma delas é a formação de uma parceria entre o Poder Público
e entidades a ele vinculadas, conferindo a estas uma maior
autonomia gerencial, orçamentária e financeira. Em
contrapartida, estas entidades passam a ter obrigação de
cumprir com as metas e objetivos pactuados.
2. A segunda configuração permite a assinatura de contratos de
gestão entre um ente da Administração Pública e uma entidade
do terceiro setor. Neste sentido, a Lei 9.637/1998, que trata
das Organizações Sociais, dá a possibilidade de assinatura de
contratos de gestão, ficando estas obrigadas a atingir metas
relacionadas a serviços e atividades de interesse público, como
as relativas às áreas de ensino, cultura e saúde, por exemplo.
Em contrapartida, estas entidades recebem auxílio da
Administração Pública mediante repasse de recursos ou cessão
de bens e servidores.
3. A terceira possibilidade seria a celebração de um acordo-
programa entre o Poder Público e seus próprios órgãos,
unidades administrativas despersonalizadas. Esta forma de
configuração vem sendo objeto de críticas por parte da
doutrina, como a de que os órgãos, por serem
despersonalizados, não poderiam assinar contratos. Além desta
crítica, uma outra se apoia na ideia de que o termo firmado não
é lei, por isso não poderia incrementar a autonomia
orçamentário-financeira da própria Administração.
Para os críticos o acordo-programa seria, na realidade, um acordo
operacional, espécie de convênio administrativo, por meio do qual o Poder
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Público garantiria maior autonomia administrativa aos órgãos, em troca de
maior eficiência, com desenho de metas e de indicadores de desempenho.
Além das críticas direcionadas a esta última forma de estruturação, o
próprio nome “contrato de gestão” têm sido objeto de julgamentos negativos.
Argumenta-se que os contratos são firmados entre partes que possuem
interesses divergentes e servem para regular esses interesses. Como isso não
acontece no caso do contrato de gestão, não se poderia falar em “contrato”,
mas sim em acordo ou convênio.
Apesar das críticas que foram feitas, é fundamental que você tenha
em mente a importância do acordo-programa para a modernização e
flexibilização da Administração Pública no Brasil.
Além disso, é importante que vocês entendam o papel da evolução do
modelo de PPA no Brasil para a gestão por resultados. Vamos ver isso em um
tópico específico:
3.3. O papel dos Planos Plurianuais no caso brasileiro.
A evolução da forma de gestão do Plano Plurianual foi de grande
importância para a implementação das práticas de gestão por resultados.
A partir do PPA 2000-2003, surge uma nova dinâmica de
administração dos recursos no longo prazo, com foco mais descentralizado e
nos resultados dos programas a serem gerenciados, acentuando a
contradição entre a gestão com foco nos objetivos a serem atingidos e aquela
cujo foco está sobre os próprios programas e os mecanismos de sua execução.
Transcrevo, a seguir, visão apresentada por Matias-Pereira (2012)
sobre importantes conceitos de gestão que surgem a partir do PPA 2000-2003
para o tema da gestão orientada a resultados. Destaco que essa referência é
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de um autor tradicionalmente cobrado em provas, então é bom você ter
atenção:
• Planejamento estratégico de 20 anos, planejamento indicativo de 8 anos e plano plurianual para 4 anos, baseados em uma visão integrada de desenvolvimento territorial do país (indicada por estudo dos eixos nacionais de desenvolvimento).
• Planejamento com base fiscal, com consistência estratégica para assegurar a seletividade para o gasto público e a otimização de recursos.
• Decisões orçamentárias atreladas ao planejamento de médio prazo, com revisões anuais: o plano plurianual faz previsões anuais para execução, contemplando gastos e resultados, mantendo sempre o horizonte de quatro anos.
• Programa: unidade de gestão das ações governamentais, com foco em resultados: é instrumento de organização da ação governamental, definindo objetivos e metas a serem alcançados para solucionar o problema que o originou; é elemento de ligação entre o plano plurianual, os orçamentos anuais, a execução e o controle; é referencia para a avaliação da gestão pública; é canal que proporciona visibilidade e transparência às ações governamentais para o conhecimento e controle da sociedade.
• Responsabilização: cada programa tem um gerente que se responsabiliza pelo impacto do gasto na sociedade. Na primeira versão, o gerente, indicado pelo Ministro de Estado do setor, não precisava ter, necessariamente, posição hierárquica de decisão sobre o gasto. As dificuldades geradas pela falta de poder decisório sobre os recursos disponíveis para o programa e a pouca compatibilidade entre a lógica de gerenciamento de programas e a lógica de estruturação dos órgãos de administração pública impuseram, a partir do PPA 2004-2007, a localização do gerente na hierarquia institucional, assegurando o poder decisório para ordenar despesas.
• Monitoramento em rede: o gerente, situado no ministério setorial, fornece informações sobre a execução do programa; o monitor de programas, situado no Ministério do Planejamento, facilita a resolução de restrições à execução dos programas; e o SIGPLAN, sistema informatizado que fornece ao gerente os meios necessários para informar e controlar a execução do programa. Esse sistema articula, em rede, a alta direção do governo e o conjunto de gerentes e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
• Gestão de restrições (ou gerenciamento intensivo): enfoque prospectivo que possibilita aos gerentes a antecipação de
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restrições à execução do programa, o que facilita a mobilização e a busca de soluções por parte do governo e de seus parceiros.
• Avaliação anual dos programas e do plano plurianual, com base em resultados previstos e alcançados.
• Comunicação com a sociedade: para o desenho de programas e apresentação do andamento do plano, com o objetivo de dar transparência às ações do governo.
3.4. Algumas observações sobre a visão estratégica da
Administração Pública.
Considerando toda a discussão que já fizemos até agora, devemos
entender que a visão estratégica consiste na habilidade gerencial de
interpretar adequadamente o meio ambiente e nele detectar as ameaças a
serem neutralizadas ou evitadas e as oportunidades a serem aproveitadas.
Esta visão estratégica deve ser acompanhada de capacidade de ação para
atingir os objetivos desejados.
A administração pública se utiliza das várias ferramentas para traçar
a visão estratégica de cada um dos seus órgãos, inclusive o Gespública. Neste
sentido, além das várias ferramentas estratégicas passíveis de serem
utilizadas, faz-se necessário incluir as teorias de sistemas e de decisão no
referencial teórico a ser utilizado para a visão estratégica da Administração
Pública.
A teoria de sistemas permite que a realidade seja dividida em
partes que guardam uma coerência interna, uma estrutura funcional e um
propósito definido com o objetivo de poder atuar sobre cada uma das partes
com uma visão do todo.
A teoria das decisões apresenta-se como igualmente importante,
pois é através das decisões que a realidade atual é modificada rumo ao futuro
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delineado nos processos de planejamento estratégico. Neste sentido, Matias-
Pereira (2012) afirma que:
• Decidir é posicionar-se em relação ao futuro;
• Decidir é escolher um plano de ação;
• Toda ação pressupõe uma decisão, explicita ou implícita;
• A decisão é o elo entre o pensamento e a ação
(preferência/valores);
• A decisão precisa se transformar em ação, para permitir que o
processo venha a acontecer.
No que diz respeito ao planejamento governamental, observa-se, em
quase todos os países, a existência de um planejamento indicativo das
intenções governamentais, através das políticas públicas. Neste sentido, o
planejamento estratégico pode ser aceito como uma ferramenta de direção e
controle no estabelecimento de metas a serem atingidas.
O planejamento pode ser informal e não sistemático ou formal. No
primeiro caso, não há uma forma ordenada de realizá-lo, os planos estão
difusos pelas cabeças de alguns membros das organizações e os objetivos
estão dispersos. No segundo caso, de planejamento formal, um plano é
elaborado, as discussões, análises e conclusões ficam anotadas e servem de
base para uma elaboração formal da estratégia.
No planejamento estratégico, em especial no formalizado, há uma
série de etapas interativas que devem ser executadas, tendo o mesmo sentido
das etapas do processo de decisão. Para Matias-Pereira (2012) elas são:
• Diagnóstico - onde se busca o conhecimento da realidade
atual;
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• Política - etapa com a função de definir os objetivos;
• Estratégia - é quando se devem indicar as opções dos rumos a
seguir para alcançar os objetivos;
• Planos - têm como propósito viabilizar os objetivos e
estratégias;
• Execução - esforço orientado para a implementação das ações
programadas;
• Controle - visa permitir acompanhar a execução e avaliar os
resultados alcançados, para que possam ser comparados com
os objetivos anteriormente definidos.
Reforço que existem diversas visões sobre estratégia e planejamento
estratégico, seja formal ou informal. Matias-Pereira (2012) destaca a visão de
Osborne e Gaebler (1994), para quem algumas bases são comuns à maioria
das visões de planejamento estratégico, como:
• Análise da situação interna e externa;
• Diagnóstico ou identificação das questões mais importantes à
frente da organização;
• Definição de sua missão fundamental;
ATENÇÃO:
Matias-Pereira, nesta definição de etapas do planejamento estratégico mistura conceitos de planejamento, execução e controle. É importante que vocês entendam a visão desse autor (ele é muito cobrado pelas bancas!), mas que lembrem que, se a questão perguntar “de forma geral”, você deverá separar essas partes, como já vimos em aulas anteriores!
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• Articulação dos seus objetivos básicos;
• Criação da visão;
• Desenvolvimento de uma estratégia para alcance da missão e
dos objetivos;
• Elaboração de planos no tempo (cronogramas);
• Mensuração e avaliação dos resultados.
Para os mesmos autores, no caso de planejamento estratégico
governamental, há um importante fator a ser acrescentado: o consenso.
Isto acontece porque é preciso que a população concorde com os rumos a
serem tomados, promovendo uma percepção comum dos objetivos a serem
alcançados e das direções nas quais todos devem se desenvolver.
Adiciono ainda que o simples processo de busca pelo consenso já
gera a interação necessária para aumentar a legitimidade das ações
governamentais, gerando maior governabilidade.
Matias-Pereira resume assim a necessidade de compreensão e temas
mais relevantes do planejamento estratégico, sob a visão do setor público:
Assim, torna-se essencial compreender o pensamento
estratégico como uma forma singular de refletir sobre a
organização; desenvolver a habilidade de análise sobre o
posicionamento de uma instituição pública perante sua
comunidade; e adquirir habilidade crítica no uso de alguns
instrumentos de planejamento estratégico. Em síntese, os temas
mais relevantes sobre o planejamento estratégico são: reflexão
estratégica: missão, valores e a conquista da visão alternativa;
instrumentos de reformulação estratégica: diálogo estratégico,
análises ambientais e organizacionais, cenários e futuros
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alternativos e as intenções estratégicas; monitoramento de
fatores controláveis e incontroláveis: reconhecimento de fatores
críticos, identificação de oportunidades e ameaças e redefinição
de pistas estratégicas; e decisões estratégicas: as relações da
instituição com a comunidade.
Para o sucesso na implementação do planejamento estratégico no
setor público, devem-se observar algumas condições gerais. O mesmo autor
destaca as seguintes condições e formas para implementação do planejamento
estratégico:
• Forma de envolvimento dos atores, em especial do processo de
sensibilização. Devem ser mobilizados previamente por
preocupações comuns e dispostos a debaterem conjuntamente
formas de enfrentamento de situações-problema;
• Interação e qualidade da relação entre o conjunto de atores
que planeja;
• Nível de consciência das potencialidades e debilidades que o
grupo que planeja possui;
• Capacidade de percepção das condições que sustentam e
condicionam a viabilidade das ações planejadas;
• Demonstração de vontade política para a implementação e a
existência de mecanismos que monitoram tanto o plano quanto
os elementos contextuais que lhe deram origem.
Ele afirma ainda que a execução das ações estratégicas deve ocorrer
em três estágios:
1. Acompanhamento: sua função principal é verificar a
implementação dos projetos e atividades programadas através
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da comparação do realizado com o previsto, identificando
atrasos, insuficiência de meios e desvio de objetivos;
2. Avaliação: é um juízo de valor sobre a efetividade das ações
estratégicas, ou seja, sobre a pertinência dos objetivos
programados;
3. Realimentação: é neste estágio que as informações obtidas
retroagem para que sejam feitas correções nos planos,
execuções, políticas e até mesmo das estratégias. É o estágio
do feedback.
Vamos para o próximo tópico teórico de nossa aula!
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4. Gestão do desempenho.
A gestão do desempenho é uma perspectiva ampla adotada pelas
organizações, que buscam gerir o valor que as pessoas efetivamente geram
por meio de suas competências e de sua aplicação ao trabalho, considerando
os efeitos positivos da motivação.
O seu principal objetivo é maximizar o resultado do trabalho dos
colaboradores da organização, gerando impactos reais para a realização dos
objetivos organizacionais.
Neste sentido, a avaliação de desempenho ocupa papel central na
gestão do desempenho, já que ela possibilita a identificação do desempenho
dos funcionários em uma organização. Seu grande objetivo é obter
informações para possibilitar o desenvolvimento do funcionário e de
suas competências através de programas de Treinamento e Desenvolvimento.
Além disso, a avaliação de desempenho, num âmbito da gestão do
desempenho humano nas organizações, pode ser utilizada nos diversos
processos de gestão de pessoas da organização (lembre-se: Gestão de
pessoas é um DRAMMA):
1. Desenvolvimento de pessoas: com base na avaliação do
desempenho, é possível desenvolver as pessoas para o futuro!
2. Recompensar pessoas: com base na avaliação de desempenho
as organizações podem decidir sobre como adequar as
recompensas salariais ao desempenho de cada um;
3. Agregação de novas pessoas: a avaliação de desempenho serve
como base para levantamento das necessidades da organização
em termos de competências que são requeridas nos
funcionários a serem recrutados e selecionados. Além disso, ela
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possibilita que se valide os resultados dos processos de
recrutamento e seleção: funcionários com bom desempenho
apontam para processos de agregar pessoas em bom
funcionamento;
4. Monitorar pessoas: a avaliação serve como base para que os
gestores possam acompanhar o desempenho do individuo,
possibilitando a necessária interação para discussão sobre os
assuntos do trabalho;
5. Manter pessoas: a avaliação de desempenho possibilita, como
consequência de suas várias aplicações, a manutenção do
capital humano na organização.
6. Aplicação de pessoas ao trabalho: com base na avaliação de
desempenho e seus resultados, é possível verificar se as
pessoas da organização encontram-se em cargos adequados às
suas competências ou se elas poderiam ser aplicadas com maior
eficácia em outros cargos da organização.
Como se vê, a gestão de desempenho consiste no uso da avaliação de
desempenho para que a performance dos colaboradores da organização seja
alçada ao máximo possível, possibilitando retorno para a própria organização e
para o funcionário. É assim que se consegue realizar a avaliação de
desempenho e resultados na organização!
Com isso, é imprescindível que estudemos o principal foco do
tema: A avaliação de desempenho!
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4.1. Avaliação de desempenho.
A avaliação de desempenho busca medir o desempenho que as
pessoas têm no exercício de suas atribuições na organização em relação aos
padrões estabelecidos, metas e resultados esperados, competências e seu
potencial de desenvolvimento.
Ela julga o desempenho das pessoas buscando relacioná-lo com os
objetivos da própria organização. É importante que a avaliação considere qual
a contribuição que o trabalho de cada funcionário dá à organização como um
todo.
Antigamente, a avaliação de desempenho era um processo mecânico
cuja execução estava centralizada em áreas da organização que eram tidas
como especialistas na área. Hoje em dia, ao contrário, ela é vista de forma
dinâmica, abrangendo a pessoa que está sendo avaliada, o seu gerente e os
relacionamentos que ela mantém na organização.
Apesar disso, a avaliação de desempenho pode variar bastante de
uma organização para outra. Algumas delas podem, por exemplo, enfocar o
desempenho do individuo no cargo enquanto outras enfatizam a avaliação das
competências de um individuo em relação às competências necessárias para o
sucesso organizacional.
De qualquer forma, deve-se ter em conta que o desempenho das
pessoas na organização não é algo padronizado. A mesma pessoa não terá
sempre o mesmo desempenho ao longo do tempo. Além disso, pessoas
diferentes podem ter desempenhos similares independentemente do momento
da avaliação.
Na verdade, o desempenho humano nas organizações depende de
vários fatores, incluindo o próprio trabalhador, o momento no tempo, as
tarefas desempenhadas, o tipo de liderança, os fatores motivacionais e
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ambientais, etc. Em outras palavras, é possível dizer que o desempenho
humano nas organizações é contingencial!
Já vimos que a avaliação de desempenho pode servir em todo o
processo de gestão de pessoas (DRAMMA). Em aspectos mais próximos ao dia-
a-dia organizacional, a avaliação de desempenho costuma ser realizada pelas
seguintes possibilidades que ela levanta:
1. Atribuir recompensas às pessoas, como promoções, prêmios,
aumentos salariais, bônus, etc. Subsidiariamente, sabe-se que
as organizações utilizam a avaliação como fundamento até
mesmo para demitir os funcionários, apesar de não ser esse o
seu objetivo.
2. Oferecer feedback às pessoas sobre o seu desempenho no
trabalho para que elas saibam se estão indo no caminho certo
ou se precisam corrigir os rumos do seu desempenho.
3. Levantar o potencial de desenvolvimento das pessoas na
organização;
4. Possibilitar ao colaborador o seu desenvolvimento com base nas
lacunas percebidas ao se comparar requisitos do cargo ou
competências requeridas com desempenho no cargo e
competências apresentadas pelo funcionário;
5. Melhorar a percepção que o avaliado tem quanto ao que os
outros pensam sobre o seu desempenho no trabalho.
6. Facilitar o relacionamento entre as pessoas no trabalho, que
passam a saber o que os outros pensam a respeito do seu
desempenho no trabalho;
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7. Tornar possível o funcionamento efetivo de programas de
aconselhamento e orientação aos funcionários da organização.
Tendo isso em mente, é importante que se entenda o processo de
avaliação de desempenho na organização.
Ele começa com o estabelecimento do objetivo da avaliação do
desempenho, que podem ser vários, como já vimos.
Em seguida, é necessário que se estabeleçam os objetivos a serem
atingidos pelos funcionários. Eles devem ser eficazmente transmitidos para os
colaboradores que serão avaliados, estabelecendo as expectativas em relação
ao que deverá ser avaliado. Neste momento, é importante que os futuros
avaliador e avaliado concordem sobre a fixação das metas a serem atingidas,
para que isto sirva como uma espécie de contrato psicológico entre as partes.
Em um terceiro momento, o trabalho desempenhado será
examinado para, em seguida, ser avaliado em relação aos aspectos definidos
no início do processo.
Com base nessa avaliação de desempenho, a liderança deverá
oferecer feedback ao funcionário sobre a sua avaliação, discutindo os
resultados alcançados e as deficiências, o que pode servir de insumo para um
processo de treinamento e desenvolvimento do funcionário. O resultado final
da avaliação também deverá ser aceito tanto por avaliador quanto pelo
avaliado, considerando os objetivos fixados e o processo de avaliação que foi
conduzido. Com isso, é possível que novas metas sejam fixadas para que o
processo de avaliação venha a se desenrolar em um novo ciclo.
Apesar de ser algo muito positivo para as organizações, a avaliação
de desempenho também pode gerar alguns problemas. Quando as pessoas
sentem que a avaliação serve apenas como subsídio para punição ou
premiação por um desempenho passado, elas não se convencem da
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necessidade da avaliação de desempenho, e podem reagir negativamente. Por
isso, o foco da avaliação de desempenho deve ser o futuro, não perdendo de
vista “o olho no retrovisor” típico de quem realmente está preocupado com a
estrada à frente. Assim, tanto a organização quanto o colaborador podem se
beneficiar do processo de avaliação de desempenho.
Outro ponto fraco da avaliação de desempenho pode acontecer
quando a organização não internaliza o sentido da avaliação, enfocando
apenas o preenchimento dos relatórios, e não o conteúdo e os porquês da
avaliação.
Além desses problemas, avaliações inócuas, processos avaliativos
injustos, e comentários negativos não aceitos pelos avaliados podem resultar
em situações negativas para a organização e para o clima organizacional, além
de poder, até mesmo, gerar impactos inesperados no desempenho dos
funcionários.
Uma grande questão que gera muitas dúvidas é a seguinte: quem
deve realizar a avaliação de desempenho? Em cada organização isso acontece
de forma diferente, mas vale a pena entender as diversas possibilidades de
quem pode assumir a posição de avaliador do desempenho:
• O órgão de RH: nesse caso, o próprio órgão de recursos
humanos é quem realiza a avaliação de desempenho de forma
centralizada. Trata-se de uma perspectiva ainda muito utilizada
nas organizações, mas que deve ser, cada vez mais,
abandonada. Isso porque, quando conduzida de forma
centralizada pelo órgão de RH, a avaliação de desempenho se
torna muito distante da realidade do trabalho, além de se tornar
uma ferramenta burocrática monopolizada por uma área
exclusiva da organização, o que não é desejável.
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• Uma comissão de avaliação de desempenho: trata-se de uma
possibilidade que consiste no estabelecimento de uma comissão
centralizada na organização, com o objetivo de avaliar o
desempenho de todos os seus funcionários. Essa comissão pode
ser integrada também por membros específicos para cada caso,
como o gerente de linha de um setor - quando um funcionário
desse setor estiver sendo avaliado. É uma prática bastante
centralizadora e ainda muito distante da realidade do trabalho
do colaborador, por isso é bastante criticada. Além disso, ela
traz à tona a ideia da formação de um “tribunal” para julgar o
funcionário, o que tende a fazer com que os funcionários criem
animosidades para com a comissão e com o próprio processo de
avaliação de desempenho, correndo o risco de não percebê-lo
como justo quando não forem bem avaliados;
• A avaliação pelo próprio funcionário: trata-se de autoavaliação
de desempenho. O ideal seria que as organizações estabelecem
que o próprio individuo deveria avaliar o seu desempenho, pois
isso facilitaria a aceitação dos resultados da avaliação. Para
isso, seria necessário que fossem estabelecidos previamente
padrões de desempenho a serem utilizados como referencia.
Nesse caso especifico é ainda mais importante que o individuo
concorde com os padrões, para que realize uma autoavaliação
justa. Apesar de não parecer, existem organizações onde o
próprio funcionário avalia o seu desempenho. É uma forma que
a organização tem de fazer com que as pessoas estejam
constantemente cientes dos objetivos que devem atingir e do
desempenho que efetivamente estão realizando. A avaliação de
desempenho, neste caso, agiria como um mecanismo
autoadministrado de feedback, o que tende a melhorar a
motivação e o desempenho do funcionário.
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• Avaliação pelo gerente: na maioria das organizações é o gerente
quem realiza a avaliação de desempenho. É como se diz: a
gestão das pessoas é responsabilidade de linha e função de
assessoria (staff). Assim, a responsabilidade pelo desempenho
dos funcionários é do gerente, mas ele deve (idealmente) ser
assessorado pelo departamento de recursos humanos (ou
similar) na condução da avaliação de desempenho. Desta forma,
a avaliação se torna um mecanismo interessante para que o
gestor possa gerenciar o desempenho dos seus funcionários,
pois ele se torna responsável pela fixação das metas,
acompanhamento do trabalho e avaliação do desempenho.
• A avaliação pelo funcionário + gerente: trata-se de uma
abordagem ainda mais interessante. Ela congrega a participação
do gerente com a autogestão do desempenho pelo funcionário,
o que serve para o aumento do seu desempenho e da sua
motivação. A avaliação de desempenho realizada dessa forma
possibilita que o funcionário se autoavalie, mas ele recebe uma
orientação próxima do gerente, que acompanha essa auto
avaliação e dá feedback para o funcionário sobre o desempenho
realmente percebido.
• A avaliação pela equipe de trabalho: é uma modalidade de
avaliação na qual a equipe de trabalho define previamente as
metas a serem atingidas para cada um e, posteriormente,
realiza a avaliação do desempenho efetivamente realizado.
• A avaliação para cima: é uma modalidade de avaliação
diferente, que parte do princípio de que a equipe subordinada é
quem deve avaliar o seu líder. Quando esse tipo de avaliação é
posto em prática, há a tendência de que o estilo de liderança se
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torne menos autocrática e mais democrática, melhorando a
fluidez da comunicação e o entrosamento da equipe.
• A avaliação 360 graus: é a avaliação na qual todas as pessoas
ao redor do individuo o avaliam. Na verdade, constitui uma
técnica de avaliação por si só (veremos mais detalhes ainda
nessa aula). Ela traz um grande efeito positivo: congrega as
opiniões de todas as pessoas que estão no entorno do individuo
em um mecanismo de avaliação que possibilita que a percepção
de cada grupo seja avaliada de forma distinta. Assim,
subordinados, superiores, equipe, parceiros comerciais e até o
próprio individuo participam da avaliação, gerando informações
mais completas do que qualquer um dos avaliadores poderia
levantar individualmente. Apesar disso, esse modelo traz uma
grande desvantagem: o avaliado deve estar com a mente
aberta para receber o conteúdo da avaliação, dado que ele terá
que lidar com a opinião de vários grupos diferentes sobre o seu
trabalho, opinião esta que poderá ser conflituosa e diferente
para cada grupo de avaliadores.
Agora que já tivemos uma visão geral sobre avaliação de
desempenho, vamos estudar os métodos que podem ser aplicados nesse
processo.
4.2. Métodos de Avaliação de desempenho
Os métodos de avaliação do desempenho mais tradicionais e aplicados
ao longo da história das organizações são os seguintes:
1. Escalas gráficas;
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2. Listas de verificação;
3. Escolha forçada;
4. Pesquisa de campo;
5. Método dos incidentes críticos.
Além deles, existem também os métodos mais modernos e também
muito utilizados por organizações contemporâneas. Dentre eles deve-se
destacar:
6. Avaliação Participativa por objetivos.
7. Avaliação 360º
Existem ainda outros métodos de avaliação, considerados por poucos
autores na literatura, mas que vale à pena você ter em mente para o seu
concurso. Os seguintes devem ser destacados:
8. Método comparativo;
9. Padrões de trabalho;
10. Observação direta;
11. Avaliação por escrito;
12. Balanced Scorecard.
Deve-se destacar que, na prática, esses métodos não são excludentes
um do outro, mas sim complementares.
- Vamos estudá-los um a um nas próximas páginas!
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4.2.1. Escalas gráficas.
As escalas gráficas são elaboradas como uma tabela de dupla entrada
onde os fatores de avaliação ocupam as linhas e os graus de medição do
desempenho ocupam as colunas. Neste contexto, os fatores representam os
critérios de avaliação que a organização levará em conta e os graus de
medição indicam as “notas” que poderão ser atribuídas ao funcionário avaliado
em cada critério.
A escolha dos fatores a serem utilizados é um passo muito importante
neste modelo de avaliação. Perceba que o conhecimento dos fatores de
avaliação a serem utilizados nas escalas gráficas já é uma forte sinalização
para os funcionários sobre o que a organização espera deles, pois representam
aquilo que é valorizado pela organização. Se, por exemplo, uma organização
escolhe a “pontualidade” como um critério de avaliação a ser utilizado, ela está
demonstrando para todos os seus funcionários, independentemente do cargo
ocupado, que este é um aspecto do comportamento que é bastante desejado.
Deve-se destacar ainda que os fatores de avaliação são previamente
definidos com uma descrição sumária, para que fique claro para o avaliador o
que está sendo avaliado em cada fator. Além disso, eles são previamente
graduados, para que o avaliador seja obrigado a dar uma das notas
previamente padronizadas.
Após a escolha dos fatores, a organização deve realizar a graduação
dos graus de avaliação (notas) que poderão ser atribuídos aos seus
funcionários. Geralmente são utilizados de três a cinco graus (ex.: excelente,
bom, regular, ruim, péssimo).
Percebe-se que as possibilidades de avaliação ficam limitadas pelo
instrumento construído, tanto em termos dos fatores a serem avaliados quanto
em relação às notas que se pode atribuir.
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Neste sentido, Chiavenato (2010) destaca que este modelo “é
também muito criticado, quando reduz os resultados da avaliação a expressões
numéricas através de tratamentos estatísticos ou matemáticos para
proporcionar valores objetivos para a avaliação das pessoas. É o caso em que
os graus recebem valores numéricos, como ótimo = 5, bom=4, regular =3,
sofrível=2, e fraco=1”. Por outro lado, Araújo e Garcia (2009) argumentam
que esta técnica envolve tanto uma avaliação qualitativa quanto quantitativa.
Assim, a avaliação numérica seria algo natural, e não um ponto negativo.
- Carlos, e o que eu levo para o concurso?
- Resposta: Nunca sabemos o que a banca vai pedir, mas na dúvida,
lembre-se que há autores que dizem que a atribuição de números aos fatores
é algo ruim, enquanto outros dizem que é algo normal!
Apresento, a seguir, um exemplo de formulário de avaliação de
desempenho pelo método das escalas gráficas:
Nome do funcionário: Data:
Fator Bom (3) Regular (2) Ruim (1)
Assiduidade
☺ Sempre está
presente.
� Às vezes falta
� Falta com
frequência
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Responsabilidade
☺ Sempre cumpre
responsabilidades.
� Costuma cumprir
responsabilidades
� Descumpre
responsabilidades
com frequência.
Qualidade do
trabalho
☺ Trabalho de
excelente
qualidade.
� O trabalho
costuma ser bom.
� Apresenta trabalho
de baixa
qualidade.
4.2.2. Listas de verificação (checklists).
Este método pode ser considerado uma simplificação do método das
escalas gráficas. Consiste em considerar uma relação de fatores de
desempenho na avaliação de cada funcionário. Com base nesta relação, o
gestor deverá assinalar uma avaliação quantitativa para cada fator avaliado.
A lista de verificação funciona como uma lista de compras, mostrando
ao avaliador cada um dos critérios que ele deve utilizar para avaliar o
desempenho do funcionário.
A seguir, apresento um exemplo de formulário para uso nesta técnica:
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Nome do funcionário: Data:
Nota atribuída
(1 é péssimo/5 é ótimo)
Fator a ser avaliado
1 2 3 4 5
Assiduidade
Pontualidade
Qualidade do trabalho
Capacidade de liderança
Iniciativa pessoal
Criatividade
Relacionamento com colegas
4.2.3. Escolha forçada.
Este método busca avaliar o desempenho do funcionário com base em
um conjunto de frases organizadas em blocos. A ideia geral é que, em cada
bloco, o avaliador escolha a frase que melhor representa o comportamento do
funcionário, deixando de lado as demais.
Esta técnica surgiu com o objetivo de acabar com a superficialidade e
a subjetividade do método da escala gráfica, assim como do erro de
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generalização, típico daquele método. Deste modo, este método é mais
objetivo e eficaz do que o da escala gráfica.
O essencial desta metodologia é que as frases presentes em cada
bloco deverão caracterizar possíveis desempenhos do funcionário, para que se
escolha aquela que é mais apropriada. A escolha de uma (ou mais) frases
deixará algumas outras sem ser escolhidas, daí o nome “escolha forçada” dado
a este método de avaliação de desempenho.
Trata-se, deste modo, de um método não comparativo, pois não há
uma comparação direta entre um comportamento esperado e o
comportamento real, em gradações. Neste sentido, Araújo e Garcia (2009)
argumentam que o papel do avaliador é de considerar o resultado do
desempenho do indivíduo na tarefa e não a sua personalidade. Eles destacam
ainda que o papel do gestor de pessoas deve ser o de não permitir um
entendimento incorreto da ferramenta, evitando que os seus resultados não
traduzam a realidade.
Cabe destacar alguns detalhes da ferramenta:
Quanto ao número de frases em cada bloco de avaliação, há quem
diga que podem ser duas, quatro, ou mais (Chiavenato, 2010; Carvalho, 2012)
ou quatro ou cinco (Boas e Andrade, 2009). Lembre que a única restrição real
é que precisa ser mais de uma frase em cada bloco!
Além disso, enquanto Carvalho (2012) aponta que apenas uma frase
deverá ser escolhida, Chiavenato (2010) ressalta que poderão ser escolhidas
até duas frases que representem o funcionário, ou ainda a frase que mais
representa o desempenho e a que mais se distancia.
A seguir, apresento um exemplo simplificado de instrumento para
avaliação de desempenho por escolha forçada. Perceba que a sua elaboração é
complexa, envolvendo estudos sobre que frases devem estar em cada bloco.
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Nome do Funcionário: Data:
Identifique a frase que mais se relaciona com o funcionário em cada
Bloco:
Bloco 1:
( ) É muito produtivo
( ) É muito sociável
( ) Tem dificuldade com números
( ) É proativo a maior parte do tempo.
Bloco 2:
( ) Conhece suas rotinas de trabalho
( ) Tem facilidade em lidar com colegas e clientes
( ) Possui facilidade para tomar decisões
( ) Não assume riscos
4.2.4. Pesquisa de campo.
Este método tradicional de avaliação de desempenho é tido como um
dos mais completos, pois considera o princípio de responsabilidade de linha e
função de Staff da gestão de pessoas, ou seja, a gestão de pessoas deve ser
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conduzida (realizada) pelos gerentes dos departamentos e áreas da
organização com o apoio de uma área especializada em gestão de pessoas.
Na pesquisa de campo acontece a aplicação desse princípio à
avaliação de desempenho: os gestores (linha) avaliam o desempenho do
funcionário em conjunto com um especialista em avaliação de desempenho
(staff). Esta avaliação se dá a partir de entrevistas realizadas pelo especialista
em avaliação com os gerentes de linha, de modo a cobrir os tópicos previstos
em formulário próprio.
Araújo e Garcia (2009) destacam que essa forma de avaliação reforça
a validade do processo de avaliação de desempenho, diminuindo a
tendenciosidade dos gestores e permitindo ainda que a administração da
organização conheça o grau de brandura ou severidade existentes nos
avaliadores (gestores) de cada unidade ou departamento.
Você deve saber ainda que este método se desenvolve em quatro
etapas:
1. Entrevista para análise inicial;
2. Entrevista para análise complementar;
3. Planejamento de medidas necessárias;
4. Acompanhamento dos resultados.
É só memorizar!
4.2.5. Método dos incidentes críticos.
Nesse método, o avaliador deve identificar os incidentes críticos do
desempenho do funcionário, que representam as características mais extremas
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e memoráveis que se relacionam com desempenhos altamente positivos
(representando o sucesso) ou altamente negativos (representando o fracasso).
Este tipo de avaliação não se preocupa com o desempenho tido como
normal, mas sim com o desempenho excepcionalmente bom ou ruim. Neste
sentido, Chiavenato (2010) afirma que esta avaliação aproxima-se da técnica
de administração por exceções de Taylor.
Percebe-se, deste modo, que trata-se de uma forma de enfocar os
pontos fortes e fracos do funcionário, não se importando com alguns
aspectos de sua personalidade.
Um ponto importante a ser destacado aqui é que, em geral, não é
recomendado que se espere longos intervalos de tempo para registrar os
incidentes críticos. Boas e Andrade (2009) chegam a sugerir que o responsável
pela avaliação pode optar por atualizar a ficha de incidentes críticos do
funcionário ao final de cada jornada de trabalho, a cada dois dias ou
semanalmente.
Além disso, deve ser destacado também que a organização precisa
estar atenta para evitar injustiças com base na aplicação deste método, dado
que ele pode ser influenciado por tendências gerais dos gestores de preferirem
determinados comportamentos, estilos pessoais, etc.
4.2.6. Avaliação Participativa Por Objetivos (APPO).
A avaliação participativa por objetivos (AAPO) é uma técnica mais
moderna de avaliação do desempenho, sendo mais aberta à participação do
funcionário no próprio processo de avaliação - do início ao fim - o que
possibilita maior envolvimento e motivação dos funcionários para atingir os
objetivos definidos.
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Você deve ter atenção. Não se trata de administração por objetivos,
mas avaliação. E ela é participativa! Sobre isto, Chiavenato (2010) destaca:
E aqui ressurge a velha Administração por
Objetivos (APO) agora com novas roupagens e sem
aqueles conhecidos traumas provocados pela antiga
arbitrariedade, autocracia e contínuo estado de tensão
e aflição dos envolvidos que caracterizaram a sua
implantação na maioria das organizações.
Apesar dessa ressalva feita por Chiavenato, você deve ter em conta
que a APO, por si só, não era autocrática e arbitrária. Na verdade, os seus
princípios buscavam um sistema democrático e participativo na organização. O
que aconteceu na prática foi diferente: as ideias básicas de fixar objetivos
foram deturpadas pelas organizações, que passaram a conviver com um clima
negativo de cobranças excessivas e autocracia.
Entendendo esta diferença, podemos passar para a compreensão das
seis etapas da APPO:
1. Formulação de objetivos em consenso: trata-se do primeiro
passo para a realização da avaliação participativa por objetivos.
Os objetivos a serem atingidos pelo funcionário não são
impostos de cima para baixo, mas sim negociados entre gerente
e funcionário. Perceba como esta ideia traz em si conceitos
modernos de motivação, como os da Teoria de Fixação de
Objetivos e os da Autoeficácia.
2. Comprometimento do pessoal quanto ao alcance dos
objetivos ficados: quando disse que os objetivos devem ser
formulados em consenso, quer dizer consenso de verdade! Os
funcionários e os gerentes tem que concordar de fato com o que
está sendo combinado. Não cabe ao gerente coagir o funcionário
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para que este assine um papel concordando com os objetivos
se, na verdade, este não está comprometido com os mesmos. O
processo de negociação e aceite dos objetivos em consenso
busca fazer com que o funcionário se comprometa no seu íntimo
em alcança-los. Assim, ele certamente se motivará mais para a
busca dos resultados. Veja, mais uma vez, como a Teoria da
Fixação de Objetivos é uma boa referência. Além dela a
Autoeficácia também se faz presente, pois o funcionário só
concordará e entrará em consenso com um objetivo se acreditar
que possui a capacidade para atingi-lo, o que demonstra
autoeficácia, melhorando, por si só, o desempenho;
3. Negociação com o gestor para a alocação de recursos
necessários para o alcance dos objetivos: uma vez
definidos os objetivos a serem atingidos com a aceitação e
comprometimento do funcionário, deverá haver uma negociação
entre o gestor e o funcionário quanto aos recursos a serem
alocados para a realização dos objetivos. Neste sentido, os
recursos representam os meios para atingir os fins fixados,
podendo ser de diversos tipos, como treinamentos, verba para
viagens, máquinas e equipamentos, etc.. Imagine uma situação
na qual seja fixado o objetivo de vender 100 aviões de uma
nova linha, em um ano, para um vendedor da EMBRAER. Para
vender este tipo de produto, ele deve possuir conhecimento
técnico e recursos para viajar em busca de compradores em
potencial. Se estes recursos não estiverem disponíveis, o
objetivo não poderá ser atingido! Por isso, é papel do gestor
proporcionar o apoio e recursos necessários para que os
objetivos possam ser alcançados;
4. Desempenho: é a realização do trabalho pelo funcionário no
sentido de atingir os objetivos consensuais fixados. Para
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Chiavenato (2010) o aspecto principal do sistema de APPO está
aqui. O funcionário deve escolher livremente a estratégia
pessoal a ser utilizada para alcançar os objetivos, com
autonomia e liberdade para conduzir o trabalho da forma que
achar mais apropriada. O papel do gerente não é o de impor e
controlar o trabalho do funcionário, mas sim o de oferecer
aconselhamento e orientação, sempre com foco nos objetivos a
serem atingidos.
5. Contínuo monitoramento e comparação dos resultados
com os objetivos fixados: é nesta etapa que os resultados
vão sendo medidos conforme vão sendo obtidos, o que
possibilita o acompanhamento do esforço empreendido e dos
resultados alcançados. É importante que a ferramenta de
medição apresente resultados reais e que, sempre que possível,
o próprio avaliado acompanhe seu resultado. Neste caso, o
papel do gestor é ajudar o funcionário em sua autoavaliação,
isto é, a comparação do desempenho real com o fixado
inicialmente. Note que fica cada vez mais clara a aproximação
desta metodologia com a Teoria da Fixação de Objetivos;
6. Retroação intensiva e contínua avaliação conjunta: trata-
se de um dos aspectos mais importantes do sistema APPO. É
aqui que o funcionário deverá receber informações sobre como
está caminhando para o atendimento dos objetivos fixados.
Além disso, ele deve receber suporte de comunicação para
reduzir dissonâncias entre o que ele percebe e a realidade. O
foco estará no aumento das consistências informacionais. Com
base nas informações repassadas e no monitoramento contínuo,
o funcionário avaliará em conjunto com o seu gerente a relação
esforço realizado/desempenho obtido.
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Note que esse processo descrito nas etapas acima é um processo
interativo, ou seja, as etapas não se isolam completamente uma da outra,
acontecendo de forma inter-relacionada. Entenda o conceito geral de cada uma
sabendo que elas se misturam.
Perceba ainda que o foco deste modelo de avaliação não está em
olhar o desempenho que o funcionário teve no passado e avaliá-lo, mas sim
em conseguir que um desempenho futuro seja alcançado.
4.2.7. Avaliação 360 graus.
Esta moderna técnica de avaliação de desempenho é bastante
cobrada em concursos de todas as bancas! Tenha bastante atenção!
Os modelos que discutimos anteriormente são executados por uma
pessoa ou um grupo de pessoas (que representa o avaliador) e um funcionário
(que representa o avaliado). Diferentemente deles, a avaliação 360 graus
busca dar maior abrangência à dinâmica de quem é o responsável pela
avaliação de desempenho.
Neste sentido, sua principal característica é que todas as pessoas que
orbitam em torno do profissional avaliado podem participar da avaliação de
desempenho, incluindo seu superior, seus colegas de trabalho, os fornecedores
e cliente internos e externos com quem o profissional se relaciona, e até
mesmo o próprio avaliado (através de uma autoavaliação), além de outras
pessoas com quem ele tenha contato no exercício de suas atividades.
A vantagem central desta técnica é fazer com que os funcionários
possam estar ajustados às demandas de todos os stakeholders interessados no
seu trabalho, seja interna ou externamente à organização.
Vamos ter uma ideia visual da técnica:
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Uma das principais desvantagens da avaliação 360 graus é o fato de
que o avaliado deve estar com a mente aberta para receber o conteúdo da
avaliação, dado que ele terá que lidar com a opinião de vários grupos
diferentes sobre o seu trabalho, opinião esta que poderá ser conflituosa e
diferente para cada grupo de avaliadores. Caso ele não consiga ter essa
maturidade emocional, poderá interpretar as opiniões como uma série de
críticas pessoais, o que poderá prejudicar o seu desempenho futuro e até o
clima organizacional.
Ao final do processo avaliativo, o funcionário recebe feedback sobre o
resultado da avaliação de acordo com os diferentes “grupos” de avaliadores
(stakeholders) para que possa ter uma percepção consistente sobre o seu
desempenho, diminuindo as dissonâncias e maximizando as consonâncias.
Neste sentido, é importante que um que o feedback seja passado para
o funcionário avaliado com as devidas explicações, como uma forma de
Funcionário
(auto-avaliação)
Gerentes
Colegas
Subordinados
Fornecedores
Clientes
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mostrá-lo onde ele precisa se desenvolver, para que este não perceba a
avaliação como uma série de críticas vindas de todos os lados.
Assim, o resultado da avaliação de desempenho 360 graus servirá
também para que seja elaborado, em conjunto com o gerente e com o suporte
da área especializada em gestão de pessoas, um plano de desenvolvimento
para o funcionário.
4.2.8. Método comparativo.
É o método de avaliação de desempenho que consiste em comparar
uma pessoa com outra, ou com o grupo no qual ela se insere. É também
conhecido como comparação aos pares.
E como se realizam essas comparações? Na verdade, trata-se de um
cruzamento dos resultados das avaliações de desempenho individuais. Com
isso, é possível o estabelecimento de padrões desejáveis e indesejáveis de
comportamento dos indivíduos no grupo, possibilitando que o seu desempenho
seja também comparado a esses padrões. É de simples aplicação, sendo útil
quando não se dispõe de um método mais refinado.
4.2.9. Padrões de trabalho.
Este método é uma variação do método comparativo, uma vez que
através dele a organização estabelece metas de trabalho e administração para
que as pessoas da organização possam seguir, sendo destinadas à melhora da
produtividade. (Oberg, 1997, apud Araújo e Garcia, 2009)
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4.2.10. Observação direta.
A observação direta é a simples observação do desempenho pelo
avaliador. Devo reforçar que esta técnica (assim como as outras) não exclui o
uso das demais. Apesar de parecer ultrapassada, ela ainda é bastante
utilizada.
Araújo e Garcia (2009), aplicando esta técnica à avaliação da
participação dos alunos em uma sala de aula por um professor, destacam que
“é bom ressaltar que a observação direta pode ser desastrosa, porque,
nesse caso, o avaliador pode dar a interpretação que desejar a determinado
comportamento, atitude ou algum gesto mesmo ou até um olhar do alunado
em observação”.
4.2.11. Avaliação por escrito.
A avaliação por escrito é de forma indefinida, consistindo apenas em
uma avaliação escrita sem restrições de critérios a serem avaliados.
Assemelha-se aos incidentes críticos na medida em que o enfoque é dado a
uma avaliação dos pontos positivos e negativos do funcionário, mas é muito
mais ampla por considerar que o avaliador pode escrever livremente sobre o
desempenho e suas consequências, podendo, por exemplo, apresentar as
potencialidades de desenvolvimento do avaliado, se julgar interessante.
Uma importante desvantagem é que, por não haver critérios pré-
estabelecidos, fica difícil a comparação entre diferentes classificações
atribuídas pelos avaliadores, o que não impossibilita o uso desta técnica.
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4.2.12. Balanced Scorecard (BSC).
Você deve estar estranhando o Balanced Scorecard, ferramenta típica
da disciplina de estratégia empresarial, sendo apresentado aqui como
ferramenta de avaliação de desempenho.
Trata-se de uma possibilidade bastante atual, segundo Araújo e
Garcia (2009), pois esta ferramenta desdobra a estratégia da empresa em
indicadores para cada funcionário, alinhando o desempenho a ser realizado
com a estratégia da organização como um todo.
Por isso, resolvi trazer uma discussão mais completa sobre esse tema
em nossa aula, para você não ser pego(a) de surpresa na hora da prova!
O Balanced Scorecard (BSC) é uma importante ferramenta para a
gestão estratégica. Ele consiste em desdobrar os objetivos de uma empresa
em indicadores de desempenho para o monitoramento estratégico, ligando o
planejamento estratégico à gestão do dia a dia organizacional.
Esta ferramenta parte do princípio de que as medidas financeiras
tradicionais não captam a totalidade do esforço organizacional em busca de
objetivos futuros. Para os autores desta ferramenta (Kaplan e Norton),
questões financeiras e não financeiras podem servir como medidas de
desempenho. Até mesmo os sistemas de mensuração organizacionais podem
exercer forte influencia sobre os gestores e os empregados!
De outro modo, podemos definir Balanced Scorecard como um
sistema de integração da gestão estratégica de curto, médio e longo prazo,
traduzindo visão de futuro, missão e estratégia organizacional em indicadores
e metas atribuíveis a cada indivíduo, de forma integrada.
O BSC dá a devida importância aos indicadores financeiros
tradicionais, como o retorno sobre o investimento, o lucro por ação e a
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margem de contribuição, mas também considera outras perspectivas
estratégicas para a organização, num total de quatro:
1. Perspectiva financeira
Esta perspectiva, que também pode ser chamada de
perspectiva do acionista, considera que os indicadores
financeiros são medidas objetivas para acompanhar como as
ações estratégicas (desdobradas dos objetivos de longo prazo)
contribuem para o resultado da organização.
Busca relacionar os objetivos de longo prazo com metas e
indicadores de curto e médio prazo, a serem monitorados
estrategicamente em busca do sucesso da organização.
Geralmente é nesta perspectiva que se encontram os principais
objetivos organizacionais de uma empresa - de retorno ao
acionista.
Organizações públicas e sem fins lucrativos raramente têm
objetivos centrais na perspectiva financeira, que geralmente
representa, para estas organizações, uma restrição e não o
foco.
2. Perspectiva do cliente
Esta perspectiva traduz em indicadores como o cliente percebe
a organização e o seu impacto estratégico, geralmente ligado à
missão da organização.
É possível enquadrar os interesses dos clientes em quatro
categorias: prazo, qualidade, desempenho e serviços.
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As organizações públicas e sem fins lucrativos geralmente têm
foco em seus públicos-alvo, que se encontram,
tradicionalmente, nesta perspectiva.
3. Perspectiva dos processos internos
Deve refletir os processos organizacionais que exercem maior
impacto sobre a satisfação do cliente e os resultados da
organização.
4. Perspectiva da aprendizagem e crescimento (ou
inovação).
Esta perspectiva se relaciona com os indicadores de melhorias
contínuas na organização em termos de capacitação do pessoal
e dos sistemas, de motivação, de competências, etc.
É aqui que se encontram os principais ativos intangíveis da
organização.
Apesar de estas quatro perspectivas representarem o padrão para
aplicação do BSC, elas podem ser adaptadas para cada realidade.
A título de exemplo podemos imaginar organizações no setor público
substituindo a perspectiva financeira por uma perspectiva de custos, ou de
recursos necessários. Esta perspectiva, em organizações do setor público e
sem fins lucrativos, raramente será tida como o objetivo fundamental, mas sim
como uma restrição para que os objetivos principais sejam atingidos.
A perspectiva do cliente, no setor público, poderia ser substituída por
perspectiva do cidadão, do público interessado, dos participantes, etc..
Geralmente é nesta perspectiva que está o foco principal deste tipo de
organização, que deverá incluir a perspectiva dos públicos interessados e dos
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participantes. É uma visão moderna, alinhada com o modelo de administração
pública gerencial.
Como vimos, para efeito de adaptação do modelo, o nome das
perspectivas pode mudar, mas o importante é que a ideia central de cada uma
delas seja mantida. Em concursos geralmente se pede o nome das
perspectivas tradicionais, mas nunca se sabe... por isso eu prefiro deixar vocês
prevenidos(as)!
Vamos visualizar as quatro perspectivas tradicionais:
Por conta dessas diversas perspectivas, o BSC capacita a organização
para que ela possa acompanhar os resultados financeiros, ao mesmo tempo
em que monitora o progresso do desenvolvimento dos diversos tipos de ativos
Aprendizagem e crescimento
Clientes
Financeira
Balanced Scorecard
Processos Internos
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intangíveis necessários para um bom desempenho. O BSC considera tudo,
tanto o tangível quanto o intangível!
Como vimos, a proposta do BSC é centrada sobre os principais
processos gerenciais da organização relacionados à elaboração e
implementação da estratégia, como planejamento dos recursos, orçamentos e
relatórios.
Observem que, para esta ferramenta, a visão, a estratégia e a
alocação dos recursos vêm de cima para baixo na organização.
Já a implementação, a inovação, o feedback e a aprendizagem
fluem de baixo para cima!
- OK, E para que serve o BSC?
As principais funções do BSC são:
1. Esclarecer e atualizar a estratégia;
2. Divulgar a estratégia de toda a empresa (comunicar!);
3. Alinhar as metas das unidades e dos indivíduos com a
estratégia;
4. Conectar os objetivos estratégicos às metas de longo prazo e
aos orçamentos anuais;
5. Identificar e alinhar as iniciativas estratégicas;
6. Conduzir avaliações do desempenho periódicas para conhecer
melhor a estratégia.
Para que a organização consiga utilizar o BSC com eficácia e atingir
suas funções, alguns princípios devem ser observados:
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1. Princípio 1: Traduzir a estratégia em termos
operacionais.
A estratégia deve se desdobrar em metas e estas devem se
decompor em indicadores específicos para que a empresa possa
ser administrada estrategicamente. Este princípio traduz a
integração entra a estratégia e os níveis tático e operacional da
organização.
2. Princípio 2: Alinhar a organização à estratégia.
Toda a organização deve estar alinhada à estratégia. Até
mesmo a estrutura organizacional deve ser estruturada em
função da estratégia a ser adotada.
3. Princípio 3: Transformar a estratégia em uma atividade
do dia a dia de todos.
A estratégia da organização precisa ser comunicada com
eficácia para todos os membros da organização, de modo que
cada um a compreenda e possa contribuir para que a estratégia
seja concretizada. Assim como nos princípios anteriores, trata-
se de uma integração da organização à estratégia.
4. Princípio 4: Estratégia é um processo contínuo.
Todos os membros da organização devem entender que a
estratégia é um processo contínuo, e não estanque. As
estratégias são definidas, implementadas, monitoradas,
corrigidas, melhoradas... E todos tem seu papel para que a
estratégia funcione!
O acompanhamento deve ser contínuo e o estabelecimento de
reuniões de monitoramento, encontros e momentos para
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verificação do andamento da estratégia facilita a ligação entre a
estratégia e o dia-a-dia organizacional.
5. Princípio 5: Mobilizar as mudanças através da liderança
executiva.
Como o ambiente está em constante mudança e a estratégia,
enquanto processo contínuo, está sempre buscando se adaptar,
é fundamental a mobilização da liderança executiva para
equilibrar a tensão entre a mudança necessária para que a
estratégia seja cumprida e a estabilidade necessária para o dia-
a-dia organizacional.
Tendo estes princípios em mente, e com base nos objetivos
estratégicos definidos, é possível a utilização do BSC. Neste sentido, dois
documentos devem ser elaborados:
1. O Mapa Estratégico;
2. O Painel de Desempenho / Painel Estratégico.
Vamos estudar melhor cada um deles?!
O Mapa Estratégico
O mapa estratégico busca estabelecer uma relação de causa e efeito
que conecta os resultados desejados com os seus vetores ou impulsionadores -
que podem levar ao resultado pretendido. Estas relações buscam tornar claros
os vínculos mais significativos das relações estabelecidas entre os objetos
centrais localizados em cada perspectiva do BSC. As relações de causa e efeito
podem ser claramente identificadas pelas setas do mapa.
Para ilustrar, localizei um mapa estratégico parcial levantado em uma
pesquisa sobre uma grande empresa feita por Igarashi et al. (2007) :
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Veja como a leitura deve ser feita de baixo para cima, indicando com
clareza a relação de causa-efeito. Percebam ainda que o efeito final que se
busca é o lucro, dentro da perspectiva financeira!
O Painel de Desempenho / Painel Estratégico
Enquanto o mapa estratégico mostra a relação de causa e efeito
entre diferentes objetos do mapa, o painel estratégico, enquanto quadro de
bordo da estratégia, busca traduzir em metas, indicadores e ações os objetivos
estratégicos e sua localização no mapa estratégico. Este documento é de
grande importância para deixar claro a toda a organização o papel de cada um
na implementação da estratégia com o uso do BSC.
A mesma pesquisa mencionada anteriormente (IGARASHI et al.,
2007) apresenta um destes painéis (parcial) como consequência da elaboração
do mapa estratégico:
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Note que este painel considerou apenas alguns dos vetores
abordados pelo mapa estratégico e seus objetivos relacionados, buscando
traduzi-los em metas, indicadores e ações a serem tomadas.
Este mapa está incompleto, pois foi elaborado com base em
informações de uma empresa real, que não quis divulgar toda a sua estratégia.
Em um mapa real, espera-se que haja desdobramentos em metas,
indicadores e ações para cada um dos objetivos estratégicos e vetores
identificados no mapa estratégico.
- Além de entender sobre avaliação de desempenho e conhecer
as técnicas, você de deve ter em mente ainda os erros que podem
acontecer nesse processo. Vamos estudar os erros típicos mais
prováveis de serem cobrados no concurso!
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4.3. Erros no processo de avaliação do desempenho.
Durante a realização da avaliação de desempenho diversos erros
podem ocorrer, afinal de contas, errar é humano! Na verdade, os erros
ocorrem principalmente por conta da falta de habilidade e treinamento dos
avaliadores! Assim, é fundamental que a organização treine os avaliadores
para que o processo de avaliação de desempenho seja bem conduzido!
Os principais erros que podem acontecer e que você deve ter em
mente para o seu concurso são:
Efeito Halo
É a tendência que uma pessoa pode ter de generalizar
avaliações positivas com base em poucos fatores
observados. Há autores que dizem que ele é efeito de
generalização (em geral!), desconsiderando o Efeito
Horn (que falarei a seguir). Tenha atenção!
Efeito Horn
É o oposto do efeito Halo. É a tendência que uma pessoa
pode ter de generalizar avaliações negativas com base
em poucos fatores observados.
Erro de tendência
central
É a tendência que a pessoa pode ter a não atribuir notas
nem muito altas nem muito baixas para um candidato,
tendendo sempre a uma avaliação “média”.
Recência
É o erro que decorre do fato de que as pessoas se
lembram mais dos fatos recentes. Se o examinador só
anotar as percepções sobre os candidatos após várias
entrevistas, é mais provável que incorra nesse erro. A
solução é realizar anotações frequentes.
Leniência Este erro decorre da dificuldade do examinador de
observar diferenças entre os candidatos, tendendo a
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realizar uma avaliação positiva.
Severidade
É o reverso da moeda da leniência. Aqui o avaliador não
consegue ver diferenças entre os candidatos, tendendo
a caracterizá-los negativamente.
Contraste
É quando o avaliador erra por se tomar como referência
de comparação. A comparação é feita ao avesso: “o que
eu tenho e o candidato não tem”
Similaridade
É o parecido com o contraste. O examinador continua se
tendo por referencia, mas busca características similares
a si próprio no candidato.
Tendenciosidade
Trata-se do erro que decorre da avaliação com base em
preconceitos ou tendências pessoais do avaliador. Ex.:
Se um candidato chega à entrevista sem fazer a barba
pode ser tido como preguiçoso, mesmo que seja um
bom profissional.
Erro de cansaço O avaliador, quando cansado pela rotina, pode começar
a errar na avaliação.
Não compreensão
dos fatores
avaliados
Se o avaliador não conhecer claramente os fatores de
avaliação, poderá avaliá-los de forma incorreta, gerando
distorções no processo.
Vamos agora para as questões comentadas de nossa aula!
Um Abraço e boa continuação com os estudos!
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5. Questões Comentadas
QUESTÕES DE ADM. PÚBLICA
1. (CESPE/TRE-RJ/Técnico Judiciário/Área
Administrativa/2012) A organização pública que
pretende ter uma postura empreendedora deve buscar
inovações por meio de ações similares às organizações
privadas, como, por exemplo, realizar tudo que não for
proibido em lei.
Comentário:
Errado! É preciso ser excelente sem deixar de ser público! Só quem
pode realizar tudo que não é proibido em lei é o setor privado. As organizações
públicas são obrigadas a fazer apenas o que a lei permite!
GABARITO: Errado.
2. (CESPE/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2012)
Mudanças na organização pública Alfa estão sendo
implementadas para propiciar o alcance de resultados,
seguindo modelos adotados por organizações privadas. A
Alfa também facilitará o acesso do cidadão aos seus atos,
resultados, processos, custos operacionais e
administrativos por meio de portal na Internet, o que
elevará suas despesas com investimentos em TI.
Com respeito a essa situação hipotética, julgue os itens
que se seguem.
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A Alfa, por seguir modelos adotados por organizações
privadas, está alinhada com os pressupostos da
excelência nos serviços públicos.
Comentário:
Pessoal! Não é só porque segue preceitos das organizações privadas
que se terá excelência no serviço público! Há vários critérios! Além disso, é
preciso ser excelente sem deixar de ser público!
GABARITO: Errado.
3. (CESPE/TRE-BA/Analista-Área Judiciária/2010) A busca
da excelência, considerada, no setor privado, uma
prerrogativa para sobrevivência em um contexto
competitivo, nos serviços públicos não se aplica, pois o
cliente não tem a possibilidade de escolher outros
fornecedores de serviços públicos.
Comentário:
Claro que pode haver excelência no setor público!
GABARITO: Errado.
4. (CESPE/TRT-1ª Região/Analista Judiciário-Área
Administrativa/2008) Acerca da evolução da gestão
pública na busca da excelência dos serviços públicos,
assinale a opção correta.
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a) A excelência na gestão pública está centrada no modelo de
administração pública patrimonialista, no qual a preservação do
patrimônio público deve ser a finalidade precípua.
b) O modelo de administração pública burocrática apresenta,
originalmente, como vantagem em relação a outros modelos, a
busca do controle de abusos e do fim do nepotismo.
c) O modelo de administração pública gerencial, por se inspirar
no modelo adotado na administração privada, é confundido com
ele.
d) Uma das políticas formuladas na busca da excelência nos
serviços públicos é o GesPública, elaborado com base na
premissa de que a gestão de órgãos e entidades públicos pode
e deve ser excelente, mas não pode ser comparada com
padrões internacionais de qualidade em gestão, devido às
especificidades de cada país.
e) A qualidade da gestão pública deve ser orientada para o
Estado e desenvolver-se no âmbito de valores demarcados por
princípios similares àqueles preconizados em empresas de
classe mundial.
Comentário:
Para resolver esta questão, você deveria estar estudando também os
modelos de administração pública, e isso deveria ser cobrado no seu Edital!
Isto dito, vamos analisar cada uma das alternativas:
A) Errada. A excelência na administração pública está centrada no
modelo Gerencial!
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B) Certa. O modelo burocrático foi criado justamente para evitar os
abusos e o nepotismo típicos do modelo patrimonialista!
C) Errada. Não se confundem os modelos gerenciais públicos e
privados - são diferentes!
D) Errada. A administração dos órgãos públicos pode sim ser
comparada por meio do Gespública!
E) Errada. O foco deve ser o atendimento às necessidades do
cidadão! Além disso, é preciso ser excelente sem deixar de ser público!
GABARITO: B.
5. (ESAF/SUSEP/ANALISTA/2010) Segundo Matias-Pereira,
o alcance de resultados positivos na implementação de
planejamento estratégico, principalmente na
administração pública, depende das condições e formas
para a sua concretização. Destacam-se as abaixo
listadas, com exceção de:
a) forma de envolvimento exclusivamente da alta direção, em
especial do processo de sensibilização.
b) demonstração de vontade política para a implementação.
c) a existência de mecanismos que monitoram tanto o plano
quanto os elementos contextuais que lhe deram origem.
d) capacidade de percepção das condições que sustentam e
condicionam a viabilidade das ações planejadas.
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e) nível de consciência das potencialidades e debilidades que o
grupo que planeja possui.
Comentários:
Como vimos durante a aula, as condições e formas para a
implementação do planejamento estratégico são:
o Forma de envolvimento dos atores, em especial do
processo de sensibilização. Devem ser mobilizados
previamente por preocupações comuns e dispostos a
debaterem conjuntamente formas de enfrentamento de
situações-problema;
o Interação e qualidade da relação entre o conjunto de
atores que planeja;
o Nível de consciência das potencialidades e
debilidades que o grupo que planeja possui;
o Capacidade de percepção das condições que
sustentam e condicionam a viabilidade das ações
planejadas;
o Demonstração de vontade política para a
implementação e a existência de mecanismos que
monitoram tanto o plano quanto os elementos
contextuais que lhe deram origem.
A alternativa A é claramente uma exceção, vamos olhar novamente:
a) forma de envolvimento exclusivamente da alta direção, em
especial do processo de sensibilização.
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Na verdade todos os atores devem estar envolvidos e deve haver
interação e qualidade na relação entre o conjunto dos atores que planeja, por
isso está errada.
GABARITO: A.
6. (ESAF/SMF-RJ/FISCAL/2010) Nas organizações
públicas, a aplicação dos preceitos de gestão estratégica
implica saber que:
a) o plano operacional deve ser concebido antes do plano
estratégico.
b) a duração do plano estratégico deve se limitar ao tempo de
mandato do chefe do poder executivo.
c) tal como ocorre na iniciativa privada, missão e visão devem
ser estabelecidas.
d) por exercerem mandatos, os integrantes da alta cúpula não
podem participar da tomada de decisões estratégicas.
e) o orçamento é a peça menos importante dentro do processo
de planejamento.
Comentários:
Vamos analisar cada uma das alternativas para estabelecer a correta:
a) o plano operacional deve ser concebido antes do plano
estratégico.
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Errado. O plano operacional segue o plano tático e o plano
estratégico.
b) a duração do plano estratégico deve se limitar ao tempo de
mandato do chefe do poder executivo.
Errado. Como sabemos, o PPA é um plano que passa além dos anos
de mandato do chefe do poder executivo. Além disso, o governo deve levar em
conta um planejamento estratégico de 20 anos, passando o mandato de vários
presidentes.
c) tal como ocorre na iniciativa privada, missão e visão devem
ser estabelecidas.
Certo! É exatamente o que vimos durante a aula e é a resposta à
questão!
d) por exercerem mandatos, os integrantes da alta cúpula não
podem participar da tomada de decisões estratégicas.
Errado. A dimensão política é fundamental na decisão dos rumos
estratégicos do país, e é nela que se encontram os membros da alta cúpula
que exercem mandatos.
e) o orçamento é a peça menos importante dentro do processo
de planejamento.
Errado. O orçamento é uma peça muito importante no planejamento,
talvez a mais importante, no planejamento público brasileiro.
GABARITO: C.
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7. (CESPE/CENSIPAM/Analista/2006) No modelo gerencial,
a participação da população no governo se dá pela
transferência do poder decisório da burocracia para as
comunidades, que controlam os serviços públicos, sem a
responsabilidade final de garantir que os serviços
públicos sejam prestados, uma vez que os objetivos da
participação popular são remover os obstáculos
existentes ao controle social, encorajar as comunidades
organizadas a dirigirem os serviços que lhes são
prestados, oferecer estímulos necessários e transferir os
recursos requeridos para enfrentar os problemas em
nível de cada comunidade.
Comentário:
Questão longa. Em casos assim, melhor desmembrar a questão e
analisar cada parte:
(CESPE/CENSIPAM/Analista/2006) No modelo
gerencial, a participação da população no governo se dá pela
transferência do poder decisório da burocracia para as
comunidades,
Certo. As comunidades ganham mais poder de decisão.
que controlam os serviços públicos,
Certo. Trata-se do controle social.
sem a responsabilidade final de garantir que os
serviços públicos sejam prestados,
Certo. A comunidade decide mas não executa os serviços públicos.
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uma vez que os objetivos da participação popular
são remover os obstáculos existentes ao controle social,
encorajar as comunidades organizadas a dirigirem os
serviços que lhes são prestados, oferecer estímulos
necessários e transferir os recursos requeridos para enfrentar
os problemas em nível de cada comunidade.
Certo. Todos os objetivos citados são focos do aumento da
participação social no setor público.
GABARITO: Certo.
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QUESTÕES SOBRE DESEMPENHO
8. (CESPE/PREVIC/Analista/2011) O planejamento
estratégico e o sistema de gestão do desempenho
organizacional fornecem insumos relevantes ao processo
de avaliação de necessidades de treinamento.
Comentário:
A avaliação das necessidades de treinamento deve levar em conta as
competências que a organização deseja construir, as necessidades do cargo e
da organização, assim como aspectos como motivação e estratégia
organizacional.
Assim, certa a resposta!
GABARITO: Certo.
9. (CESPE/EBC/Analista/2011) As avaliações de
desempenho, instrumentos valiosos para a alta
administração de uma organização, servem como base
de alocação de recompensas, auxiliam a tomada de
decisão, permitem a identificação de necessidades de
treinamento e desenvolvimento e ainda fornecem
feedback aos funcionários.
Comentário:
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Está correto! A avaliação de desempenho permite muito mais do que
simplesmente o pagamento de remuneração variável ou a promoção do melhor
candidato. Elas possibilitam ainda diversas outras coisas, como as
mencionadas pela questão.
GABARITO: Certo.
10. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Os sistemas de
avaliação de desempenho devem enfatizar os métodos
que avaliam traços, que são mais precisos do que os
métodos que avaliam comportamentos e mais úteis no
feedback aos funcionários avaliados.
Comentário:
O foco da avaliação do desempenho humano deve ser sobre o
comportamento das pessoas e sobre os resultados obtidos através desses
comportamentos, não sobre os traços pessoais de cada um.
GABARITO: Errado.
11. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Os critérios que
definem o que é o bom e o mau desempenho devem ser
estabelecidos na segunda etapa do processo de
avaliação, após a aplicação do diagnóstico de
desempenho pelos supervisores.
Comentário:
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O que a questão está dizendo é que primeiro o desempenho é medido
e depois são estabelecidos os critérios para dizer o que é um desempenho bom
e um desempenho ruim.
Está errado! É exatamente o contrário!
GABARITO: Errado.
12. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) A avaliação de
desempenho pode ser usada como critério de validação
dos processos de seleção de pessoal.
Comentário:
De fato, a avaliação de desempenho pode ser utilizada para que se
verifique se os processos de recrutamento e seleção de pessoas estão
funcionando bem: o funcionário bem avaliado indica que ele foi bem recrutado
e selecionado!
GABARITO: Certo.
13. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Uma organização que
deseje elaborar instrumento de avaliação e desempenho
de fácil montagem e de fácil utilização deve evitar a
utilização do método de incidentes críticos.
Comentário:
O método dos incidentes críticos é um método que consiste em
identificar os picos de desempenho positivos e negativos do funcionário, sendo
de fácil estabelecimento e implementação.
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É o contrário do que está dito na questão, que está errada!
GABARITO: Errado.
14. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Considere que, em
determinada organização, se utilize um instrumento de
avaliação em que sejam atribuídas notas de regular a
excelente para diversos aspectos, tais como assiduidade
e capacidade de trabalho. Nessa situação, o instrumento
de avaliação pode ter sido elaborado com base no
método de avaliação do tipo escala gráfica.
Comentário:
Está totalmente de acordo com o método das escalas gráficas, que
permite a atribuição de notas já previstas à critérios pré-estabelecidos.
GABARITO: Certo.
15. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Caso um avaliador
atribua a mesma nota para diversos aspectos do
comportamento do avaliado, demonstrando influenciar-
se pelo aspecto que lhe chama mais atenção no
desempenho do avaliado, ele praticará o vício de
avaliação denominado erro de tendência central.
Comentário:
A questão estaria correta se tivesse falado em efeito de Halo, pois é
este que está descrito.
GABARITO: Errado.
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16. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Se uma organização
pretender adotar método de avaliação de desempenho
que afaste a subjetividade do avaliador do processo de
avaliação, ela deve adotar o método de avaliação
denominado escolha forçada.
Comentário:
Em outras palavras, a questão quer que você diga se o método da
escolha forçada afasta a subjetividade do avaliador. Trata-se de uma de suas
características, uma vez que ele é bastante objetivo ao obrigar o avaliador a
escolher entre uma ou mais das alternativas disponíveis.
GABARITO: Certo.
17. (CESPE/PREVIC/Analista/2011) O processo de
avaliação de desempenho é livre de interferências
subjetivas e consiste em uma abordagem racional do ser
humano.
Comentário:
Por mais que se busque, o processo de avaliação de desempenho
sempre terá alguma influência subjetiva, já que trata-se de seres humanos
avaliando seres humanos.
GABARITO: Errado.
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18. (CESPE/PREVIC/Analista/2011) A avaliação de
desempenho e a gestão por competências são processos
dissociados.
Comentário:
A gestão por competências e a avaliação de desempenho são
processos relacionados: a avaliação de desempenho serve de base para que se
possa estabelecer as competências atuais da organização para posterior
desenvolvimento.
GABARITO: Errado.
19. (CESPE/Correios/Analista/2011) Para se garantir a
fidedignidade da avaliação, é necessário que a
administração de desempenho no trabalho especifique
critérios qualitativos e quantitativos de mensuração do
desempenho.
Comentário:
O estabelecimento de critérios qualitativos e quantitativos é
fundamental para que a avaliação de desempenho funcione bem. É preciso
saber os resultados que devem ser alcançados, mas também os
comportamentos tidos como corretos.
A banca forçou um pouco a barra ao dizer que “é necessário”, mas é
possível que exista algum livro muito específico que diga exatamente isso, com
essas palavras.
Como são centenas de autores sobre o tema só no Brasil, impossível
dizer qual foi.
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GABARITO: Certo.
20. (CESPE/Correios/Analista/2011) Na avaliação de
desempenho, os erros estão associados geralmente à
falta de habilidades e de treinamento dos avaliadores —
chefes, gerentes, diretores etc. — nas organizações.
Comentário:
Isso mesmo! Errar é humano, e em geral esses erros estão
associados à falta de treinamento e de habilidades específicas por parte dos
avaliadores.
GABARITO: Certo.
21. (CESPE/TRE-ES/Analista/2011) A produtividade do
indivíduo, seus hábitos pessoais e suas características
pessoais podem fazer parte da avaliação de desempenho.
Comentário:
Características pessoais do indivíduo que não tenham relação com o
trabalho não devem fazer parte da avaliação de desempenho, assim a questão
está errada!
GABARITO: Errado.
22. (CESPE/TRE-ES/Analista-Psicologia/2011) A avaliação
por escalas gráficas permite avaliar o desempenho por
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meio de fatores previamente definidos e graduados,
garantindo mais simplicidade e objetividade da
avaliação.
Comentário:
É exatamente isso pessoal! A avaliação por escalas gráficas permite a
avaliação por meio de fatores e escalas já definidas, sendo simples e objetivo
na aplicação.
GABARITO: Certo.
23. (CESPE/TRE-ES/Analista-Psicologia/2011) A avaliação
de desempenho deve ocorrer uma vez ao ano, em virtude
do dispêndio de tempo e recursos por parte daqueles
envolvidos nas ações de avaliação nas organizações.
Comentário:
Não existe nenhuma regra que diga que a avaliação de desempenho
deva ocorrer apenas uma vez por ano. Ao contrário, idealmente ela deveria ser
aplicada constantemente, para abrir a possibilidade de correção de rumos pelo
funcionário, proporcionando um senso de direção a ser seguido.
GABARITO: Errado.
(CESPE/MPU/Analista Administrativo/2010) A avaliação de
desempenho é a apreciação sistemática do desempenho da pessoa no
cargo e do seu potencial de desenvolvimento futuro. Acerca desse
assunto, julgue os itens a seguir.
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24. (CESPE/MPU/Analista Administrativo/2010) Na
ausência de métodos apurados para a avaliação de
desempenho, a avaliação por comparação entre os pares
é uma solução eficiente.
Comentário:
É exatamente isso! O método de comparação por pares é eficiente
quando não se dispõe de métodos mais refinados, pois é de simples aplicação,
apesar de poder se tornar muito longo quando o número de funcionários a se
comparar é muito grande.
GABARITO: Certo
25. (CESPE/MPU/Analista Administrativo/2010) As
características individuais que favorecem o desempenho
no trabalho são resultantes da responsabilidade da
pessoa no trabalho e independem da atuação da
organização
Comentário:
Esta questão mistura um pouco o assunto com a visão de
competências.
O candidato deveria lembrar que as características individuais que
favorecem o desempenho são as competências do funcionário: conhecimentos,
habilidades, atitudes e a geração de resultados. Não há uma relação exclusiva
com a “responsabilidade” como a questão afirma.
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Além disso, a visão moderna é que tanto o funcionário quanto a
organização devem buscar o desenvolvimento das competências do indivíduo
para que elas possam gerar o sucesso individual e organizacional.
GABARITO: Errado.
26. (CESPE/ANAC/Analista Administrativo/2012) A
avaliação de desempenho que aprecia a assiduidade, a
pontualidade, a capacidade de trabalho e o conhecimento
técnico de servidor público, assim como seu
relacionamento com o grupo, atribuindo-lhe notas de 1 a
5, é compreendida pelo método de incidentes críticos.
Comentário:
Na verdade, a avaliação de desempenho que estabelece notas e
critérios em uma tabela de dupla entrada é a escala gráfica, e não o método
dos incidentes críticos.
Este último na verdade é o método que se resume a levantar
informações sobre incidentes memoráveis no desempenho do trabalho, sejam
positivos ou negativos. Em outras palavras, o gestor se pergunta: “o que eu
consigo me lembrar que o funcionário fez muito bem e muito mal ao longo do
período de avaliação?” Cada incidente lembrado será um incidente crítico!
GABARITO: Errado.
27. (CESPE/ANAC/Analista Administrativo/2012) Servidor
público avaliado pelo método da escala gráfica sujeita-se
à ocorrência do efeito Halo.
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Comentário:
O efeito Halo é aquele segundo o qual há uma “generalização” na
hora de preencher os critérios por parte do avaliador. Ele pega uma
característica marcante e tende a avaliar as outras com base nesta.
O método da escala gráfica possibilita sim a ocorrência deste erro!
GABARITO: Certo.
28. (CESPE/ANAC/Analista Administrativo/2012) A forma
mais adequada de avaliar os desempenhos individuais e
coletivos nas organizações públicas é realizar
mensurações anuais com base em indicadores
quantitativos.
Comentário:
Questão que busca uma compreensão geral sobre o assunto. Na
verdade, não há nenhuma regra que force que as avaliações sejam anuais para
que sejam melhores. Além disso, os indicadores podem ser quantitativos e
qualitativos também!
Em outras palavras: não há uma única forma melhor de fazer a
avaliação de desempenho. As técnicas a serem utilizadas devem ser escolhidas
considerando-se as características da organização e de suas pessoas!
GABARITO: Errado.
29. (CESPE/ANAC/Analista Administrativo/2012) Em
organizações públicas, os resultados obtidos nas
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avaliações de desempenho são convertidos em valores
financeiros de gratificações que caracterizam
remunerações variáveis.
Comentário:
Olha que interessante! Misturou com o conhecimento prático sobre
como as coisas estão sendo feitas na administração pública brasileira.
Com certeza há uma tendência de haver parte da remuneração do
servidor variável com base no desempenho. Esta já é uma realidade de
dezenas de carreiras no setor executivo federal!
GABARITO: Certo.
30. (CESPE/ANAC/Técnico Administrativo/2012)
Considere que o desempenho de José, funcionário
ocupante de cargo de gestão na unidade de atendimento
a clientes, tenha sido avaliado por seu superior
hierárquico, por seus subordinados, por gestores de
outras unidades com os quais José se relaciona no
trabalho e por seus clientes. Nessa situação, a avaliação
de desempenho de José denomina-se 360 graus.
Comentário:
Questão delicada. A avaliação 360 graus é aquela que deve ser
realizada por todos ao redor de um individuo, inclusive por si próprio (em uma
autoavaliação), de modo que todas as visões sobre o seu desempenho possam
ser captadas na avaliação.
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O único escorregão da questão é “esquecer” de mencionar que ele
próprio também deve fazer a avaliação, portanto ela está errada!
GABARITO: Errado.
31. (CESPE/TJ-AL/Analista Judiciário –Psicologia/2012)
Uma política de avaliação de desempenho individual e
institucional deve conter:
a) instrumentos de escalonamento e classificação de
desempenhos.
b) princípios de justiça distributiva e de procedimentos para a
determinação dos patamares salariais e de remuneração
variável.
c) descrição clara e objetiva de aspectos inerentes à
manutenção e ao desenvolvimento dos recursos humanos das
organizações.
d) descrição clara e objetiva de procedimentos, regras,
condutas, instrumentos e demais aspectos inerentes à gestão e
avaliação de desempenho.
e) um modelo clássico de aplicação de recursos humanos.
Comentário:
Questão interpretativa, mas esquisita para os padrões do Cespe.
Como foi de múltipla escolha, vamos analisar juntos cada uma das alternativas
para ver o que faz sentido e o que não faz no que diz respeito ao que a
avaliação de desempenho deve conter:
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a) instrumentos de escalonamento e classificação de
desempenhos.
Errado. Como o objetivo da avaliação não é simplesmente comparar
pessoas, mas sim possibilitar que se identifique as lacunas para o bom
desempenho do cargo, não necessariamente será necessário que os
instrumentos escalonem e classifiquem o desempenho.
b) princípios de justiça distributiva e de procedimentos para a
determinação dos patamares salariais e de remuneração
variável.
Errado. Como o objetivo da avaliação não é simplesmente oferecer
remuneração variável, não é obrigatório que isso exista!
c) descrição clara e objetiva de aspectos inerentes à
manutenção e ao desenvolvimento dos recursos humanos das
organizações.
Errado. É bom que a organização tenha descrições claras sobre como
vai buscar manter e desenvolver os recursos humanos. A avaliação de
desempenho vai servir como insumo para isso, mas não vai, por si só, pensar
em como manter e desenvolver as pessoas!
d) descrição clara e objetiva de procedimentos, regras,
condutas, instrumentos e demais aspectos inerentes à gestão e
avaliação de desempenho.
Certo. Trata-se de uma descrição clara sobre como a avaliação de
desempenho vai funcionar, para minimizar os erros na sua condução.
e) um modelo clássico de aplicação de recursos humanos.
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Errado. Assim como a alternativa C, a aplicação dos recursos
humanos se utiliza da avaliação de desempenho, mas não está dentro dela –
sendo outra coisa!
GABARITO: D.
32. (CESPE/ANCINE/Analista Administrativo/2006) A
avaliação de RH visa apontar as deficiências existentes
nos quadros de pessoal tendo como intuito substituir os
que não estiverem dentro dos parâmetros de
desempenho estabelecidos.
Comentário:
Quando a questão fala de “avaliação de RH”, você deve entender
“avaliação de desempenho dos recursos humanos” ou seja, das pessoas que
trabalham na organização.
O “intuito” da avaliação é identificar as lacunas de competências para
que elas possam ser minimizadas através de treinamento, desenvolvimento,
educação, e seleção de novas pessoas. O seu objetivo não é demitir ninguém,
como está dito na questão (ao menos, em teoria...)!
GABARITO: Errado.
33. (CESPE/TST/Técnico Judiciário – Administração/2008)
Na avaliação de desempenho, o método dos incidentes
críticos deve ser empregado quando a organização busca
avaliar características extremas relacionadas a
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desempenhos altamente positivos ou altamente
negativos de empregados.
Comentário:
O método dos incidentes críticos é aquele que se preocupa em marcar
os incidentes memoráveis – positivos e negativos – tidos por um funcionário. É
exatamente o que está nesta questão!
GABARITO: Certo.
34. (CESPE/TST/Técnico Judiciário – Administração/2008)
O efeito halo deve ser evitado no processo de avaliação
de desempenho, por se tratar de generalização de
comportamentos positivos ou negativos observados em
relação a um empregado.
Comentário:
De forma geral, todos os erros devem ser evitados, não é?! Então o
efeito Halo, que de fato é um erro, também deve!
O ponto agora é saber se o efeito Halo está corretamente descrito na
questão. Na verdade sim! Ele é um efeito de generalização.
Entretanto cuidado: há autores que falam que ele trata apenas de
generalizações positivas, havendo um outro nome para os efeitos de
generalização negativa: Efeito Horn.
O histórico das bancas em geral é que você deve aceitar das duas
formas! =/
GABARITO: Certo.
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35. (CESPE/ANEEL/Técnico Administrativo/2010) A
avaliação de desempenho 360o busca, antes de tudo,
oferecer suporte à demissão de funcionários.
Comentário:
De forma geral, as avaliações de desempenho não servem como base
para a demissão de funcionários. O mesmo acontece com todos os métodos de
avaliação, inclusive o 360 graus.
GABARITO: Errado.
36. (CESPE/ANEEL/Analista Administrativo/2010) Para
avaliar os colaboradores de sua organização,
mensurando diversos aspectos do desempenho desses
colaboradores em quesitos como regular, bom e
excelente, o gerente de RH pode utilizar o método
denominado escala gráfica.
Comentário:
O método da escala gráfica é o que estabelece critérios e pontuações
(notas) que o avaliador poderá dar para cada critério de um funcionário
avaliado. É exatamente o que está dito na questão.
GABARITO: Certo.
37. (CESPE/ANEEL/Analista Administrativo/2010) O
gerente de RH que pretende evitar o efeito halo deve
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utilizar métodos de avaliação de desempenho como a
comparação binária e a escala gráfica.
Comentário:
A escala gráfica, por ter vários critérios e padrões de notas a serem
dados, favorece a ocorrência do efeito Halo. Assim, quando o gerente utiliza
este método ele não estará evitando o mesmo, mas possibilitando que sua
incidência aumente!
GABARITO: Errado.
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6. Lista de Questões
QUESTÕES DE ADM. PÚBLICA
1. (CESPE/TRE-RJ/Técnico Judiciário/Área
Administrativa/2012) A organização pública que
pretende ter uma postura empreendedora deve buscar
inovações por meio de ações similares às organizações
privadas, como, por exemplo, realizar tudo que não for
proibido em lei.
2. (CESPE/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2012)
Mudanças na organização pública Alfa estão sendo
implementadas para propiciar o alcance de resultados,
seguindo modelos adotados por organizações privadas. A
Alfa também facilitará o acesso do cidadão aos seus atos,
resultados, processos, custos operacionais e
administrativos por meio de portal na Internet, o que
elevará suas despesas com investimentos em TI.
Com respeito a essa situação hipotética, julgue os itens
que se seguem.
A Alfa, por seguir modelos adotados por organizações
privadas, está alinhada com os pressupostos da
excelência nos serviços públicos.
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3. (CESPE/TRE-BA/Analista-Área Judiciária/2010) A busca
da excelência, considerada, no setor privado, uma
prerrogativa para sobrevivência em um contexto
competitivo, nos serviços públicos não se aplica, pois o
cliente não tem a possibilidade de escolher outros
fornecedores de serviços públicos.
4. (CESPE/TRT-1ª Região/Analista Judiciário-Área
Administrativa/2008) Acerca da evolução da gestão
pública na busca da excelência dos serviços públicos,
assinale a opção correta.
a) A excelência na gestão pública está centrada no modelo de
administração pública patrimonialista, no qual a preservação do
patrimônio público deve ser a finalidade precípua.
b) O modelo de administração pública burocrática apresenta,
originalmente, como vantagem em relação a outros modelos, a
busca do controle de abusos e do fim do nepotismo.
c) O modelo de administração pública gerencial, por se inspirar
no modelo adotado na administração privada, é confundido com
ele.
d) Uma das políticas formuladas na busca da excelência nos
serviços públicos é o GesPública, elaborado com base na
premissa de que a gestão de órgãos e entidades públicos pode
e deve ser excelente, mas não pode ser comparada com
padrões internacionais de qualidade em gestão, devido às
especificidades de cada país.
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e) A qualidade da gestão pública deve ser orientada para o
Estado e desenvolver-se no âmbito de valores demarcados por
princípios similares àqueles preconizados em empresas de
classe mundial.
5. (ESAF/SUSEP/ANALISTA/2010) Segundo Matias-Pereira,
o alcance de resultados positivos na implementação de
planejamento estratégico, principalmente na
administração pública, depende das condições e formas
para a sua concretização. Destacam-se as abaixo
listadas, com exceção de:
a) forma de envolvimento exclusivamente da alta direção, em
especial do processo de sensibilização.
b) demonstração de vontade política para a implementação.
c) a existência de mecanismos que monitoram tanto o plano
quanto os elementos contextuais que lhe deram origem.
d) capacidade de percepção das condições que sustentam e
condicionam a viabilidade das ações planejadas.
e) nível de consciência das potencialidades e debilidades que o
grupo que planeja possui.
6. (ESAF/SMF-RJ/FISCAL/2010) Nas organizações
públicas, a aplicação dos preceitos de gestão estratégica
implica saber que:
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a) o plano operacional deve ser concebido antes do plano
estratégico.
b) a duração do plano estratégico deve se limitar ao tempo de
mandato do chefe do poder executivo.
c) tal como ocorre na iniciativa privada, missão e visão devem
ser estabelecidas.
d) por exercerem mandatos, os integrantes da alta cúpula não
podem participar da tomada de decisões estratégicas.
e) o orçamento é a peça menos importante dentro do processo
de planejamento.
7. (CESPE/CENSIPAM/Analista/2006) No modelo gerencial,
a participação da população no governo se dá pela
transferência do poder decisório da burocracia para as
comunidades, que controlam os serviços públicos, sem a
responsabilidade final de garantir que os serviços
públicos sejam prestados, uma vez que os objetivos da
participação popular são remover os obstáculos
existentes ao controle social, encorajar as comunidades
organizadas a dirigirem os serviços que lhes são
prestados, oferecer estímulos necessários e transferir os
recursos requeridos para enfrentar os problemas em
nível de cada comunidade.
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QUESTÕES SOBRE DESEMPENHO
8. (CESPE/PREVIC/Analista/2011) O planejamento
estratégico e o sistema de gestão do desempenho
organizacional fornecem insumos relevantes ao processo
de avaliação de necessidades de treinamento.
9. (CESPE/EBC/Analista/2011) As avaliações de
desempenho, instrumentos valiosos para a alta
administração de uma organização, servem como base
de alocação de recompensas, auxiliam a tomada de
decisão, permitem a identificação de necessidades de
treinamento e desenvolvimento e ainda fornecem
feedback aos funcionários.
10. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Os sistemas de
avaliação de desempenho devem enfatizar os métodos
que avaliam traços, que são mais precisos do que os
métodos que avaliam comportamentos e mais úteis no
feedback aos funcionários avaliados.
11. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Os critérios que
definem o que é o bom e o mau desempenho devem ser
estabelecidos na segunda etapa do processo de
avaliação, após a aplicação do diagnóstico de
desempenho pelos supervisores.
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12. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) A avaliação de
desempenho pode ser usada como critério de validação
dos processos de seleção de pessoal.
13. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Uma organização que
deseje elaborar instrumento de avaliação e desempenho
de fácil montagem e de fácil utilização deve evitar a
utilização do método de incidentes críticos.
14. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Considere que, em
determinada organização, se utilize um instrumento de
avaliação em que sejam atribuídas notas de regular a
excelente para diversos aspectos, tais como assiduidade
e capacidade de trabalho. Nessa situação, o instrumento
de avaliação pode ter sido elaborado com base no
método de avaliação do tipo escala gráfica.
15. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Caso um avaliador
atribua a mesma nota para diversos aspectos do
comportamento do avaliado, demonstrando influenciar-
se pelo aspecto que lhe chama mais atenção no
desempenho do avaliado, ele praticará o vício de
avaliação denominado erro de tendência central.
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16. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Se uma organização
pretender adotar método de avaliação de desempenho
que afaste a subjetividade do avaliador do processo de
avaliação, ela deve adotar o método de avaliação
denominado escolha forçada.
17. (CESPE/PREVIC/Analista/2011) O processo de
avaliação de desempenho é livre de interferências
subjetivas e consiste em uma abordagem racional do ser
humano.
18. (CESPE/PREVIC/Analista/2011) A avaliação de
desempenho e a gestão por competências são processos
dissociados.
19. (CESPE/Correios/Analista/2011) Para se garantir a
fidedignidade da avaliação, é necessário que a
administração de desempenho no trabalho especifique
critérios qualitativos e quantitativos de mensuração do
desempenho.
20. (CESPE/Correios/Analista/2011) Na avaliação de
desempenho, os erros estão associados geralmente à
falta de habilidades e de treinamento dos avaliadores —
chefes, gerentes, diretores etc. — nas organizações.
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21. (CESPE/TRE-ES/Analista/2011) A produtividade do
indivíduo, seus hábitos pessoais e suas características
pessoais podem fazer parte da avaliação de desempenho.
22. (CESPE/TRE-ES/Analista-Psicologia/2011) A avaliação
por escalas gráficas permite avaliar o desempenho por
meio de fatores previamente definidos e graduados,
garantindo mais simplicidade e objetividade da
avaliação.
23. (CESPE/TRE-ES/Analista-Psicologia/2011) A avaliação
de desempenho deve ocorrer uma vez ao ano, em virtude
do dispêndio de tempo e recursos por parte daqueles
envolvidos nas ações de avaliação nas organizações.
(CESPE/MPU/Analista Administrativo/2010) A avaliação de
desempenho é a apreciação sistemática do desempenho da pessoa no
cargo e do seu potencial de desenvolvimento futuro. Acerca desse
assunto, julgue os itens a seguir.
24. (CESPE/MPU/Analista Administrativo/2010) Na
ausência de métodos apurados para a avaliação de
desempenho, a avaliação por comparação entre os pares
é uma solução eficiente.
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25. (CESPE/MPU/Analista Administrativo/2010) As
características individuais que favorecem o desempenho
no trabalho são resultantes da responsabilidade da
pessoa no trabalho e independem da atuação da
organização
26. (CESPE/ANAC/Analista Administrativo/2012) A
avaliação de desempenho que aprecia a assiduidade, a
pontualidade, a capacidade de trabalho e o conhecimento
técnico de servidor público, assim como seu
relacionamento com o grupo, atribuindo-lhe notas de 1 a
5, é compreendida pelo método de incidentes críticos.
27. (CESPE/ANAC/Analista Administrativo/2012) Servidor
público avaliado pelo método da escala gráfica sujeita-se
à ocorrência do efeito Halo.
28. (CESPE/ANAC/Analista Administrativo/2012) A forma
mais adequada de avaliar os desempenhos individuais e
coletivos nas organizações públicas é realizar
mensurações anuais com base em indicadores
quantitativos.
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29. (CESPE/ANAC/Analista Administrativo/2012) Em
organizações públicas, os resultados obtidos nas
avaliações de desempenho são convertidos em valores
financeiros de gratificações que caracterizam
remunerações variáveis.
30. (CESPE/ANAC/Técnico Administrativo/2012)
Considere que o desempenho de José, funcionário
ocupante de cargo de gestão na unidade de atendimento
a clientes, tenha sido avaliado por seu superior
hierárquico, por seus subordinados, por gestores de
outras unidades com os quais José se relaciona no
trabalho e por seus clientes. Nessa situação, a avaliação
de desempenho de José denomina-se 360 graus.
31. (CESPE/TJ-AL/Analista Judiciário –Psicologia/2012)
Uma política de avaliação de desempenho individual e
institucional deve conter:
a) instrumentos de escalonamento e classificação de
desempenhos.
b) princípios de justiça distributiva e de procedimentos para a
determinação dos patamares salariais e de remuneração
variável.
c) descrição clara e objetiva de aspectos inerentes à
manutenção e ao desenvolvimento dos recursos humanos das
organizações.
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d) descrição clara e objetiva de procedimentos, regras,
condutas, instrumentos e demais aspectos inerentes à gestão e
avaliação de desempenho.
e) um modelo clássico de aplicação de recursos humanos.
32. (CESPE/ANCINE/Analista Administrativo/2006) A
avaliação de RH visa apontar as deficiências existentes
nos quadros de pessoal tendo como intuito substituir os
que não estiverem dentro dos parâmetros de
desempenho estabelecidos.
33. (CESPE/TST/Técnico Judiciário – Administração/2008)
Na avaliação de desempenho, o método dos incidentes
críticos deve ser empregado quando a organização busca
avaliar características extremas relacionadas a
desempenhos altamente positivos ou altamente
negativos de empregados.
34. (CESPE/TST/Técnico Judiciário – Administração/2008)
O efeito halo deve ser evitado no processo de avaliação
de desempenho, por se tratar de generalização de
comportamentos positivos ou negativos observados em
relação a um empregado.
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35. (CESPE/ANEEL/Técnico Administrativo/2010) A
avaliação de desempenho 360o busca, antes de tudo,
oferecer suporte à demissão de funcionários.
36. (CESPE/ANEEL/Analista Administrativo/2010) Para
avaliar os colaboradores de sua organização,
mensurando diversos aspectos do desempenho desses
colaboradores em quesitos como regular, bom e
excelente, o gerente de RH pode utilizar o método
denominado escala gráfica.
37. (CESPE/ANEEL/Analista Administrativo/2010) O
gerente de RH que pretende evitar o efeito halo deve
utilizar métodos de avaliação de desempenho como a
comparação binária e a escala gráfica.
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7. Gabarito
1-E 11-E 21-E 31-D
2-E 12-C 22-C 32-E
3-E 13-E 23-E 33-C
4-B 14-C 24-C 34-C
5-A 15-E 25-E 35-E
6-C 16-C 26-E 36-C
7-C 17-E 27-C 37-E
8-C 18-E 28-E
9-C 19-C 29-C
10-E 20-C 30-E
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8. Bibliografia Principal
• ARAÚJO, Luis C. G. GARCIA, Adriana A. G. Gestão de Pessoas: estratégias e integração organizacional. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2009.
• BOAS, Ana A. ANDRADE, Rui O. B de. Gestão Estratégica de Pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
• BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Brasília: Presidência da República, 1995.
• CARNEIRO, João Geraldo Piquet. Bases de uma Reforma Administrativa de Emergência. Forum Especial como ser o melhor dos BRICS. Instituto Nacional de Altos Estudos. Rio de Janeiro, 2008.
• • CARVALHO, Antonio V. de. NASCIMENTO, Luiz P. do. SERAFIM, Oziléia C. G. Administração de Recursos Humanos. 2ª Ed. Vol. 1. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
• CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública. 2a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
• • CHIAVENATO, Idalberto. Administração: Teoria, Processo e Prática. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2007. • CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier,
2010. • CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. • IGARASHI. Deisy C. C. IGARASHI, Wagner. GASPARETTO, Valdirene.
MARTINS, Kátia R. G. Mapa Estratégico e Painel de Desempenho: um estudo numa empresa da grande Florianópolis. Gestão & Regionalidade - V. 23, N. 67, Mai.-Ago. 2007.
• IPEA. Accountability e Controle Social na Administração Pública Federal. In: Estado, Instituições e Democraci: democracia. Livro 9. Vol. 2. Brasília: IPEA, 2010.
• • KANAANE, Roberto. Comportamento Humano nas Organizações: o
homem rumo ao século XXI. São Paulo: Atlas, 1999. • LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina. ARELLANO, Eliete Bernal. Liderança, poder e comportamento organizacional. In: As pessoas na organização. São Paulo: Editora Gente, p. 259-270, 2002.
• MARINI, Caio. Gestão Pública no Brasil: Temas preservados e Temas Emergentes na Formação da Agenda. VII Congresso da Associação de Estudos Brasileiros BRASA - Brazilian Studies Association, junho, 2004.
• • MARTINS, Humberto Falcão. Gestão de Recursos Públicos: Orientação
para Resultados e Accountability. Revista Eletrônica sobre a Reforma do Estado. n.3, set/out/nov. Salvador, 2005.
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• • MATIAS-PEREIRA, José. Curso de Administração Pública: foco nas
instituições e ações governamentais. 3ª Edição. São Paulo: Atlas, 2010. • Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Gestão Pública para um Brasil de Todos: plano de gestão do governo Lula. Brasilia: MP, SEGES, 2003.
• • OSBORNE, David; GAEBLER, Ted. Reinventando o governo: como o
espírito empreendedor está transformando o setor público. Brasília : MH Comunicação, 1994.
• ROBBINS, Stephen P. JUDGE, Timothy A. SOBRAL, Filipe. Comportamento Organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.