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CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 1 Prof a Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br Aula 01 – ELEMENTOS DA ECONOMIA NACIONAL E MUNDIAL Olá, meus queridos, como passaram a semana? Estudaram bastante? Animados para mais uma aula? Espero que estejam não apenas animados como também dispostos a embarcar naquilo que eu costumo chamar de uma grande viagem. Digo isso, pois estudar Atualidades – em qualquer perspectiva significa percorrer caminhos diferentes daqueles que estamos acostumados. Significa, principalmente, dedicar nossa atenção a aspectos que nos rodeiam diariamente, mas que, poucas vezes, paramos para analisar e tentar compreender o que move tudo aquilo. Que vivemos na chamada “Era da Informação” não é novidade pra nenhum de vocês! A todo instante somos bombardeados por mil informações sobre instabilidades políticas, crises econômicas, revoltas da natureza, mudanças culturais e uma enorme variedade de dados que poucas vezes assimilamos. Até porque, se tivéssemos que guardar tudo na mente, boa parte de nós (onde eu me incluo sem o menor pudor) precisaríamos de um HD externo de pelo menos uns 520 gigabytes, não é mesmo? (rsrsrs) Pois bem amigos, brincadeiras à parte, a grande verdade é que, mesmo que estejamos cotidianamente em meio a um “tsunami” de informações isso não quer dizer, absolutamente, que estejamos adquirindo conhecimento.

Aula 01

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Aula 01 – ELEMENTOS DA ECONOMIA NACIONAL E MUNDIAL

Olá, meus queridos, como passaram a semana? Estudaram

bastante? Animados para mais uma aula?

Espero que estejam não apenas animados como também

dispostos a embarcar naquilo que eu costumo chamar de uma grande

viagem. Digo isso, pois estudar Atualidades – em qualquer

perspectiva – significa percorrer caminhos diferentes daqueles que

estamos acostumados. Significa, principalmente, dedicar nossa

atenção a aspectos que nos rodeiam diariamente, mas que, poucas

vezes, paramos para analisar e tentar compreender o que move tudo

aquilo.

Que vivemos na chamada “Era da Informação” não é

novidade pra nenhum de vocês! A todo instante somos

bombardeados por mil informações sobre instabilidades políticas,

crises econômicas, revoltas da natureza, mudanças culturais e uma

enorme variedade de dados que poucas vezes assimilamos. Até

porque, se tivéssemos que guardar tudo na mente, boa parte de nós

(onde eu me incluo sem o menor pudor) precisaríamos de um HD

externo de pelo menos uns 520 gigabytes, não é mesmo? (rsrsrs)

Pois bem amigos, brincadeiras à parte, a grande verdade é

que, mesmo que estejamos cotidianamente em meio a um “tsunami”

de informações isso não quer dizer, absolutamente, que estejamos

adquirindo conhecimento.

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Assim, posso dizer que esse é o grande objetivo dessa

nossa “viagem”: rever as principais informações, mas buscando

sempre o conhecimento necessário para fazer uma boa prova!

Por isso, pessoal, não se assustem quando eu digo viagem,

pois, definitivamente, não estou dizendo que teremos aqui

divagações filosóficas ou antropológicas, não! Por mais ricas (e

tentadoras) que elas sejam, eu prometo usá-las apenas quando

absolutamente necessário, ok?

De qualquer modo, estejam super à vontade para usar

nosso fórum para esclarecer qualquer aspecto que não tenha ficado

muito claro, combinado? Aquele espaço é todo de vocês!!!

Bem, amigos, eu reitero que é uma grande satisfação estar

aqui com vocês para continuarmos este “passeio” que nos levará a

caminhos tão ricos quanto desconhecidos pela maioria, então

apertem os cintos e boa viagem! (rsrsrs)

___X___

1 – Globalização

Na aula passada, ou seja, na aula 00, eu fiz um panorama

político-econômico mundial no século XX. Ela foi uma aula de caráter

introdutório para as aulas seguintes, portanto, a partir de hoje, vocês

verão que nossas aulas estarão muito mais recheadas de questões,

ok? Assim, dando sequência ao nosso cronograma, na aula de hoje

falaremos de outro importante fenômeno ocorrido no século XX: a

integração regional e as crises mundiais.

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No século XX, o aperfeiçoamento dos meios de transporte e

de telecomunicações e o aprofundamento das relações políticas,

econômicas, sociais e culturais caracterizou o processo conhecido por

globalização.

Sei que vocês já devem estar “carecas” de saber o que é a

globalização, mas vamos parar um pouquinho pra pensá-la de uma

forma um pouco mais detida?

Apesar de todos nós já termos ouvido falar sobre esse

termo, nem sempre nos damos conta da proporção e influência da

globalização nas situações políticas, econômicas e sociais que

vivemos atualmente. Para felicidade de uns e tristeza de outros, é

graças à globalização que temos tanta facilidade em encontrar um

McDonalds a cada esquina, ouvir Paul McCartney, Jack Johnson ou

Beyoncé com tanta frequência. É por causa dela que nos sentimos tão

à vontade para opinar sobre decisões políticas tomadas pelos chefes

de Estado da Inglaterra ou dos EUA, discutir a legitimidade da

ocupação do Iraque ou julgar o comportamento e a cultura de povos

que nem saberíamos da existência se não fosse a globalização.

Pois bem, os efeitos decorrentes da globalização nós já

conhecemos, mas afinal, o que é a globalização e por que ela

acarretou tantas mudanças na nossa vida?

Devemos ter bem claro em nossas mentes que a

globalização é um processo e, como todo processo, não ocorreu do

dia pra noite e possui implicações positivas e negativas que

acarretaram mudanças em todos os aspectos mundiais, sejam

econômicos, sociais, culturais ou políticos.

Ao ouvirmos a palavra globalidade, nos remetemos

imediatamente a uma noção de conjunto, de integralidade ou de

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totalidade. O termo “globalização” carrega consigo esse mesmo

sentido de conjunto, transmitindo a ideia de algo inteiro, completo,

sugerindo uma integração. Desta maneira, globalizar seria o oposto

de dividir, marginalizar, expulsar ou excluir. A exclusão é justamente

o principal argumento dos opositores da globalização, já que

presenciamos cotidianamente o ressurgimento, em vários locais do

planeta, de diversas manifestações fundamentalistas, racistas e

terroristas que a humanidade considerava praticamente superadas.

Globalização e exclusão são conceitos que definem duas realidades

interligadas, sendo que o primeiro sinaliza as características atuais do

processo de desenvolvimento do capitalismo em nível mundial e o

segundo trata de sua consequência mais visível e imediata.

Globalização é um fenômeno de

aprofundamento do intercâmbio político,

econômico, social e cultural entre as diversas

nações do planeta atualmente intensificado

pelas profundas transformações e inovações

científicas e tecnológicas na área da

comunicação e nos transportes.

Por meio dessa definição, percebemos que a globalização se

manifesta nos campos do comércio, das finanças e da produção

internacional, aprofundando a interdependência entre os países. No

entanto, a globalização não pode ser compreendida como um

processo eminentemente comercial ou ainda um fenômeno

puramente econômico-financeiro. A abrangência da globalização é

muito ampla, evidenciando-se no campo econômico, político, social e

cultural. Logicamente, ela é também um processo ligado ao

aprofundamento do intercâmbio comercial, mas, lembrem-se sempre,

não se restringe a isso.

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Com ela, os mercados se tornam mais abertos e há um

inegável aumento do intercâmbio comercial. Isso é resultado da

redução das práticas protecionistas, as quais passam a ser menos

acentuadas hoje do que se compararmos com o início do século XX. O

desenvolvimento dos meios de transporte e das comunicações

também foi um fator que causou aumento do fluxo comercial.

O aprofundamento do comércio internacional, apesar de

contribuir para o crescimento e desenvolvimento econômico dos

países e melhoria da qualidade de vida das populações, não o faz de

forma equitativa. Assim não podemos dizer que o crescimento e

desenvolvimento econômico promovidos pela globalização sejam

iguais para todos os países. Alguns deles se mantêm à margem ou

excluídos desse processo. Podemos dizer, inclusive, que uma das

características do processo de globalização é a assimetria de

oportunidades de desenvolvimento.

Da mesma forma que impulsionou o aumento dos fluxos

comerciais, a globalização causou impacto nas finanças. Com os

meios de comunicação cada vez mais desenvolvidos, é possível que

capitais cruzem fronteiras em questão de segundos. Assim, um

investidor estrangeiro pode aplicar na BOVESPA e, de uma hora para

outra, retirar todo o seu dinheiro.

A globalização é, assim, responsável pela intensificação dos

fluxos globais de tecnologias, capitais, pessoas e serviços. Com a

globalização, a sociedade internacional tornou-se muito mais

interdependente.

Também podemos dizer que a globalização gerou outro tipo

de empresas: as multinacionais. Com isso, surge o fenômeno da

internacionalização da produção. As empresas buscam se instalar

em países onde o custo da mão-de-obra é mais barato, o que

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aumenta seus lucros. É só pensarmos na China que teremos uma

noção bem exata disso! Imaginem quantas empresas multinacionais

se instalaram neste país buscando reduzir seus custos! Muitas, não é

mesmo?

A nova divisão do trabalho é um dos grandes destaques

da transnacionalização das economias. Deste modo, um automóvel

que era produzido integralmente nos EUA, agora tem sua produção

desmembrada por diversos lugares do mundo a fim de baratear seu

custo final.

A fusão entre empresas também é um fenômeno bastante

comum nos dias atuais, podendo ser encarado como um dos aspectos

da globalização. A união de grandes grupos empresariais proporciona

aumento da eficiência e da competitividade em escala global. Muitas

vezes, empresas concorrentes se unem como forma de evitar que

sejam literalmente “engolidas” por um concorrente. No Brasil,

destacamos como exemplo desse fenômeno a fusão entre Brahma e

Antarctica, donde se originou a AMBEV.

Por fim, vale ressaltar que o destacado desenvolvimento

econômico que ora vislumbramos no mundo só pôde se concretizar

devido ao salto de eficiência nos setores de transportes e de

comunicações, que aprofundaram o fenômeno da globalização e o

expandiram significativamente. Dessa forma, a globalização é hoje

um fenômeno que engloba todos os países do mundo, inclusive

aqueles que possuem regimes mais fechados, como Cuba e Coreia do

Norte.

Vejamos como esses conceitos iniciais já foram cobrados em

provas anteriores.

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1) (CESPE / ABIN / 2008) A globalização, como fenômeno em

curso no mundo, é caracterizada pela integração de mercados,

levando o crescimento econômico a todas as regiões,

articuladas segundo um processo equitativo de distribuição de

riqueza.

COMENTÁRIOS

A globalização é caracterizada pela integração de mercados?

Sim, com certeza. Com o fenômeno da globalização, há um

aprofundamento das relações comerciais entre os países, motivados

pelos ideais liberalistas. Apesar de ainda existirem práticas

protecionistas, estas são muito menores se comparadas com o

passado.

Até aí a questão estava bem. No entanto, será que podemos

dizer que a globalização leva ao crescimento econômico de todas as

regiões do mundo e ainda que há um processo equitativo de

distribuição de riquezas? Não, não podemos. Existem ainda países ou

regiões que se encontram à margem do processo de globalização.

Basta pensarmos no Haiti ou em alguns países da África, como a

Somália, por exemplo!

Gabarito: Errado

2) (FUNIVERSA / Auditor Fiscal – Controle Ambiental –

Seplag-DF / 2011) A interdependência dos atores – governos,

empresas e sociedades – é, certamente, a característica

fundamental do atual cenário econômico mundial, comumente

denominado globalização. Com base nessa nova realidade, que

ganhou maior densidade a partir da década de 80 do século

XX, assinale a alternativa correta.

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(A) As cadeias produtivas concentram-se cada vez mais em áreas

restritas do planeta, em geral nas economias mais sólidas, restando

aos países pobres o papel de meros consumidores.

(B) As inovações tecnológicas, profundas e incessantes, contribuem

decisivamente para um aspecto essencial à ordem global, qual seja, a

celeridade da circulação de bens, capitais e informações.

(C) Apesar da queda do Muro de Berlim e da derrocada do chamado

socialismo real do Leste europeu, os países da antiga Cortina de Ferro

recusam-se a se inserir na economia capitalista globalizada.

(D) Embora importante sob vários aspectos, em especial nas

telecomunicações, a revolução tecnológica dos anos 90 do século XX

foi insuficiente para ampliar as possibilidades de integração da

economia mundial.

(E) Mesmo reduzindo o quadro de desigualdades entre as nações, a

globalização acabou por concentrar poder e riqueza nos países ricos,

o que impede a emergência de outros países na cena econômica

mundial.

COMENTÁRIOS

Percebam que esta questão apareceu em prova aplicada em

2011! A recorrência ao tema não se limita às provas aplicadas nos

anos anteriores, mas permanece sendo motivo de cobrança até nos

concursos atuais.

A letra A está incorreta. Com a globalização houve uma

ampliação das áreas e cadeias produtivas. Elas, de forma alguma,

estão restritas às economias mais sólidas. Outro erro é dizer que os

países pobres são meros consumidores, quando na verdade oferecem

mão de obra, commodities e também alguns produtos

industrializados.

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A letra B está correta. A afirmativa dispensa comentários,

afinal descreve muito bem o processo de aceleração promovido pela

globalização.

A letra C está incorreta. Ao contrário do que se afirma,

muitos países que antes faziam parte do “socialismo real” hoje estão

integrados ao capitalismo. A própria Rússia está inserida nessa nova

realidade e lutando para conseguir maior espaço entre as grandes

potências mundiais.

A letra D está errada. Contradiz por completo a afirmativa

da letra B.

A letra E está incorreta. Podemos destacar alguns erros

nessa alternativa. Em primeiro lugar, ainda existem grandes

desigualdades entre as nações. Há sim concentração de poder e

riquezas, mas isso não impede que outros países tentem emergir no

mundo globalizado. Com a maior circulação de bens, capitais e

informação também os países em desenvolvimento concorrem no

mercado internacional e muitos conseguem abrir maior espaço de

atuação e para a circulação de seus próprios produtos. Assim, a

concentração de riquezas, que ainda existe, não se restringe apenas

a poucos países, mas também circula, embora não de forma tão

ampla.

Gabarito: B

___X___

Enfim, meus caros, como vocês puderam notar, apesar de

parecer ser um assunto bem batido, em 2008 e novamente em 2011

ele foi cobrado então é importante que nós tenhamos bastante

clareza nesse assunto! Além disso, compreender este fenômeno

mundial nos permite entender melhor o porquê de muitas práticas

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econômicas e políticas atuais. Exemplos disso são as crises

econômicas mundiais e a formação de blocos econômicos como o

MERCOSUL, e a União Europeia.

É verdade que a globalização foi intensificada no período

pós-Segunda Guerra Mundial, imprimindo consequências marcantes

ao cenário internacional. Todavia, antes mesmo de assumir a força

atual ela já dava indícios de que ficaria mais forte a cada dia, como

no caso da famosa Crise de 1929, vocês estão lembrados dela?

Certamente estudaram isso ainda no colégio e ela foi só a primeira de

muitas que ainda surgiriam no contexto econômico de proporções

mundiais.

1.1 – Efeitos da Globalização

Segundo Oliveira (2009), a globalização projeta três

importantes processos, os quais seriam os movimentos internacionais

de capitais, a produção capitalista internacionalizada e as ações

internacionais de governo.

O primeiro deles possui um nome auto-explicativo. Esses

movimentos internacionais de capitais dizem respeito aos

investimentos feitos por grandes empresas em suas filiais nacionais e

internacionais, se tornando a base de uma superestrutura de

absorção de capitais em todas as partes do mundo. Esse movimento

estimula o crescimento das finanças internacionais, dos depósitos em

bancos estrangeiros e dos investimentos em outros mercados.

O segundo processo, de internacionalização da produção

capitalista, incorporou a sua estrutura produtiva a admissão de

mão-de-obra de outros países, integrando, deste modo,

mundialmente as empresas. Para termos uma ideia, só entre as

empresas multinacionais americanas, de 30% a 50% de sua mão-de-

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obra está fora dos Estados Unidos. Além disso, uma vez

internacionalizada a produção capitalista, abrem-se as comportas

para que determinados produtos, anteriormente monopolizados por

poucos países, sejam internacionalizados – como conhecimentos

científicos e tecnologia – contribuindo ainda mais para aproximação

das economias nacionais.

O terceiro processo são as ações internacionais de

governo que é a consequência direta dos dois anteriores, somados à

necessidade de intervenção do Estado na economia e em projetos de

cooperação internacional. Deste modo, uma vez que os capitais estão

se movimentando pelo mundo e empresas estão se

internacionalizando, torna-se necessário o surgimento de

organizações internacionais, que se tornam uma realidade no pós-

Segunda Guerra Mundial.

ONU, OMC, FMI, BIRD. Se não fosse pela globalização,

talvez essas siglas não significassem nada pra nós. Entretanto, tenho

certeza de que todos já ouviram falar delas, seja lendo um jornal ou

assistindo a um noticiário. A presença dessas e outras siglas no nosso

dia a dia está cada vez mais comum e conhecê-las nos ajudará a

melhor entender os próprios noticiários que acompanhamos. Quero

destacar, entretanto, que nesse primeiro momento passaremos

rapidamente por elas, pois serão tema de aulas futuras.

A ONU – Organização das Nações Unidas – foi criada em

1945, após o fim da Segunda Guerra Mundial, sempre tendo como

foco principal a manutenção da paz e da segurança internacionais. É

uma organização que parte do princípio de que diversos problemas

mundiais podem ser mais facilmente combatidos por meio de uma

cooperação internacional. Não é raro ligarmos a TV e ouvirmos essa

sigla atrelada a problemas mundiais como pobreza, desemprego,

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degradação ambiental, criminalidade, AIDS, migração ou tráfico de

drogas.

Atualmente, as Nações Unidas e suas agências investem,

em forma de empréstimo ou doações, cerca de US$25 bilhões por

ano em países em desenvolvimento. Esses recursos destinam-se à

proteção de refugiados, fornecimento de auxílio alimentar – como

vemos na África –, superação de efeitos causados por catástrofes

naturais – como vemos nos recentes exemplos do Haiti e Chile. Além

disso, auxiliam no combate a doenças, e reforçam o regime

democrático em várias regiões do mundo, já tendo apoiado mais de

70 eleições nacionais.

A Organização Mundial do Comércio (OMC), por sua vez, é

uma organização internacional que tem como objetivo o crescimento

e desenvolvimento econômico por meio da liberalização do comércio

internacional. Para isso, busca uma melhor regulamentação do

comércio internacional e a progressiva redução das barreiras

tarifárias. Para cumprir os objetivos a que se propõe, a OMC exerce

certas funções, quais sejam:

Administrar os acordos internacionais entre seus membros;

Servir como um fórum para as negociações internacionais de

comércio;

Solucionar controvérsias comerciais entre seus membros;

Proceder à revisão das políticas comerciais dos países-

membros;

Alcançar maior coerência global na formulação de políticas

econômicas em escala global, incluindo cooperação como o FMI

e o Banco Mundial.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização

internacional que pretende assegurar o bom funcionamento do

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sistema financeiro mundial e se define como uma organização de

185 países, trabalhando por uma cooperação monetária global

para assegurar a estabilidade financeira, facilitar o comércio

internacional, promover altos níveis de emprego e

desenvolvimento econômico sustentável, além de reduzir a

pobreza. Dentre os seus principais objetivos estão:

Ajuda aos problemas financeiros que países membros venham

a ter (através do empréstimo de recursos com prazos

limitados);

Favorecimento da expansão equilibrada do comércio

internacional;

Contribuir para a instituição de um sistema multilateral de

pagamentos e promover a estabilidade dos câmbios.

Por fim, o BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e

Desenvolvimento) atualmente é composto por 187 países-membros,

foi criado em 1944 através dos Acordos de Bretton Woods. Sua

função é proporcionar empréstimos e assistência para o

desenvolvimento a países de rendas médias com bons antecedentes

de crédito. O BIRD angaria grande parte dos seus fundos através da

venda de títulos nos mercados internacionais de capital. Juntos, o

BIRD e a Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) formam

o Banco Mundial.

Poderíamos falar abundantemente sobre cada uma das

ações internacionais de governo, pois elas deram origens a

verdadeiros estados internacionais. Todavia, o importante é termos

bem claro que a unificação do capital mundial com a força de trabalho

mundial resultou num sistema que exigia a formação de instituições

supranacionais para regular suas ações.

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A essa altura do campeonato, acho que todos concordamos

que a globalização trouxe uma indiscutível integração da sociedade,

cultura e políticas mundiais. Não quero parecer uma propagandista

liberal levantando aqui uma bandeira pró-globalização, mas o fato é

que junto com ela surgiram sim alguns avanços que não podem ser

ignorados.

A globalização das comunicações tem sua face mais visível

na internet, que permite um fluxo de troca de ideias e informações

jamais vista na história da humanidade. Um bom exemplo disso

somos nós que estamos, nesse momento, nos relacionando com

pessoas das mais diversas regiões do Brasil. Em outro momento,

quando é que uma pessoa do interior de Minas Gerais teria aula com

uma professora que mora em Pernambuco? Mas com o advento da

internet, cá estamos nós interagindo e aprendendo além de,

obviamente, desfrutar da tecnologia. Assim, é correto afirmar que o

processo de globalização diz respeito à forma como os países

interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando

em consideração os aspectos que falei acima.

Vejamos como os efeitos da globalização foram cobrados

em provas anteriores.

3) (CESPE / ABIN / 2008 / com adaptações) Refletindo sobre

os inúmeros aspectos da globalização analise as assertivas

que se seguem, e marque a opção correta.

I – A atuação de organismos internacionais como o FMI e a OMC têm

eliminado as concentrações e os desequilíbrios nas atividades

econômicas, provocados pelo avanço da globalização.

II – Uma das inovações trazidas pela globalização é o caráter

autônomo da economia, ou seja, instabilidades políticas ou

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confrontações bélicas deixaram de exercer influência sobre os

mecanismos de produção, circulação e fixação de preços das

mercadorias.

III – Em relação ao Brasil, o processo de globalização diminuiu a

concorrência entre produtos agrícolas no mercado internacional, o

que impulsionou a modernização da agricultura no país.

IV – O atual estágio da economia mundial, comumente identificado

como globalização, tem nas inovações tecnológicas que se processam

no campo das comunicações um de seus instrumentos fundamentais,

pois elas permitem, entre outros importantes aspectos, a rápida

circulação de informações e de capitais.

A) Todas alternativas estão corretas.

B) Somente os itens I e IV estão corretos.

C) Somente o item IV está correto.

D) Somente o item II está correto.

E) Estão corretos os itens I, II e III.

COMENTÁRIOS

A assertiva I está errada. A atuação do FMI e da OMC

não tem sido suficientes para eliminar concentrações e desequilíbrios

nas atividades econômicas. O que se percebe atualmente é que a

globalização tem causado um aumento da concentração e do

desequilíbrio nas atividades econômicos. Conforme já foi dito, a

globalização é marcada pela assimetria de oportunidades. Dessa

forma, a questão está errada!

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A assertiva II está errada. É exatamente o contrário! Um

dos principais efeitos da globalização é justamente a grande

instabilidade que ela causa na economia. Com o avanço dos meios de

comunicação, as notícias se alastram na velocidade de seus

acontecimentos, influenciando decisivamente nas decisões dos

investidores mundiais. Os grandes investidores internacionais podem

agora, com o simples acesso a um computador, retirar milhões de

dólares de nações em que se vislumbram problemas econômicos.

Assim, o atual estágio das finanças internacionais dá ensejo a

movimentos especulativos de capitais e, ainda, faz com que uma

crise em um país se alastre rapidamente a vários outros.

A assertiva III está errada. A globalização tem como um

de seus efeitos o maior intercâmbio comercial entre os países por

meio da liberalização do comércio internacional. Assim, é natural que

os produtos agrícolas brasileiros sofram uma maior concorrência

internacional, ao contrário do que afirma a questão. Com o

aprofundamento da concorrência, há necessidade de se modernizar a

agricultura a fim de reduzir custos e aumentar a produtividade.

A assertiva IV está correta. Se antes uma pessoa estava

limitada à imprensa local, agora ela mesma pode se tornar parte da

imprensa e observar as tendências do mundo inteiro em relação a

qualquer assunto que ela se interesse, tendo apenas como limitação

a barreira linguística. O mesmo ocorre com os capitais, com a cultura

e com as empresas que constroem filiais em vários lugares do

mundo. Lembram do que falei anteriormente sobre um empresário

poder mover milhões com o simples apertar de uma tecla no

computador? Então... tudo isso só é possível graças às inovações

tecnológicas que se processaram no campo das comunicações.

Portanto, estas inovações são um dos instrumentos fundamentais

para o estágio atual da economia.

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Gabarito: C

Vejam o tema abordado em questões mais recentes e que

tratam inclusive da atuação do FMI.

4) (CESPE / Escriturário – BRB / 2011) Mesmo após a

aprovação do pacote fiscal, a União Européia se recusou a

conceder novos empréstimos aos gregos, dado o caráter

contraproducente desse tipo de medida, que poderia

incentivar outros países a contrair dívidas sem condições de

honrá-las no futuro.

COMENTÁRIOS

Afirmativa errada. Ao contrário do que diz a afirmação, os

líderes da União Européia fizeram sim novas concessões de

empréstimos à Grécia. Portanto, quando a questão diz que a UE

recusou novos empréstimo, torna a afirmativa incorreta.

A situação grega ainda é bastante indefinida. A princípio foi

aprovado um pacote de ajuda financeira ao país, mas a situação

grega não tinha dado sinal de melhoras até o primeiro semestre do

ano de 2011. Mesmo tendo adotado medidas de austeridade para

economizar, como por exemplo, o congelamento dos salários do setor

público e o aumento de impostos, a situação ainda não tinha

apresentado sinal de melhoras. Nesse sentido, novas negociações

têm sido feitas para tentar obter mais ajuda tanto da UE quanto do

FMI. Mas, as implicações para a sociedade na Grécia são enormes,

uma vez que a ajuda vem acompanhada de uma série de exigências

e restrições que devem ser obedecidas.

Gabarito: Errado

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5) (CESPE / Analista de Empresa de Comunicação Pública -

Advocacia – EBC / 2011 / com adaptações) O duplo ataque que

deixou dezenas de mortos na Noruega chamou a atenção da Europa

para um perigo ofuscado nos últimos anos pelo terrorismo islâmico: a

ameaça e o crescimento de grupos políticos de extrema direita. Com

um discurso ultranacionalista, contra a globalização e a União

Europeia, os partidos extremistas vêm alcançando projeção nas

eleições no rastro da crise econômica.

O Globo, 25/7/2011 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a

multiplicidade de aspectos que ele suscita, julgue os itens

seguintes.

I – O ódio expresso no discurso político do autor do atentado ocorrido

na Noruega, que, certamente, encoraja a prática da violência

individual, assustou a opinião pública mundial pelo seu ineditismo na

história da Europa, continente até então imune a práticas políticas

ideologicamente extremadas.

II – Mencionada no texto como um dos alvos dos partidos políticos

europeus extremistas, a globalização pode ser entendida como o

estágio a que chegou a economia mundial contemporânea,

caracterizada, entre outros aspectos, pela ampliação do sistema

produtivo e dos mercados, pela acirrada competição e pelas

incessantes inovações tecnológicas.

III – Atualmente, o euro, moeda adotada em todos os países

integrantes da União Europeia, passa por crise de grande dimensão,

principalmente em razão da instabilidade econômica em alguns

países do bloco, como Grécia, Portugal e, em especial, Rússia.

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IV – Elemento presente no discurso de grupos políticos europeus de

extrema direita, como comprovam os recentes atentados na Noruega,

a xenofobia traduz-se, entre outros aspectos, na vigorosa oposição à

imigração.

V – Apesar de apresentar índice de desenvolvimento humano

relativamente modesto em comparação com os dos países líderes da

União Europeia Alemanha e França, a Noruega é considerada um país

historicamente pacífico, fato que torna ainda mais surpreendentes os

atos terroristas de que foi vítima em julho de 2011.

VI – Infere-se do texto que os atos terroristas no país escandinavo

foram praticados por grupos identificados com causas religiosas,

étnicas e culturais, provavelmente integrantes da mesma rede que se

responsabilizou pelos ataques que, em 2001, causaram a destruição

das torres do World Trade Center e de parte das instalações do

Pentágono nos Estados Unidos da América.

Assinale a alternativa correta

a) As afirmativas I, II, V e VI estão corretas.

b) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.

c) Todas as opções estão erradas.

d) Todas as opções estão certas.

e) As afirmativas III, V e VI estão corretas.

COMENTÁRIOS

A Afirmativa I está incorreta. Ok, pessoal, vamos retroceder

um pouco na história europeia e encontrar um fato que invalida a

última parte desta afirmativa, “continente até então imune a práticas

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políticas ideologicamente extremadas.” Alguém se lembra da

Segunda Guerra Mundial? Claro, né (estamos falando dela e de seu

fim em algumas passagens de nossa aula)! Qual foi o principal

cenário de desenvolvimento do conflito? Foi a Europa, principalmente

a Europa Central. Pois então, qual foi uma das principais causas da

guerra? A expansão nazista. E, em poucas palavras, o que foi o

nazismo? Uma prática política ideologicamente extremada!

Portanto, aqui está a prova de que a afirmativa está incorreta.

Deste modo, o que assustou a opinião pública mundial, não

foi o ineditismo do discurso político de Anders Behring Brevik, o autor

dos atentados na Noruega, porque este tipo de discurso não é inédito

nem na Europa, nem em outras partes do mundo. O que pode ter

assustado a opinião pública mundial, foi a profundidade deste

discurso e o seu alcance, em um mundo em que se discute políticas

de inclusão e de igualdade, além da defesa do multiculturalismo.

A afirmativa II está correta. Vou usar aqui uma definição de

Globalização que apresentei nesta aula e na passada também:

“Globalização é um fenômeno de aprofundamento do intercâmbio

político, econômico, social e cultural entre as diversas nações do

planeta atualmente intensificado pelas profundas transformações e

inovações científicas e tecnológicas na área da comunicação e nos

transportes.” Alguma semelhança com o que está descrito na

questão? Acho que sim! Portanto, a afirmativa está certa.

Mas, antes de passarmos para a próxima assertiva gostaria

de destacar ainda que a globalização tanto se amplia por causa das

inovações científicas e tecnológicas, quanto possibilita que essas

inovações aconteçam em ritmo cada vez mais acelerado. É como uma

bola de neve e não tem como desvincular um fato do outro,

entendido?

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A afirmativa III está incorreta. Existem alguns erros que

invalidam a afirmação apresentada. Primeiro erro: não são todos os

27 países que fazem parte da União Européia (UE) que adotaram o

euro. Exemplos de membros da UE que não adotam atualmente o

euro: Bulgária, Dinamarca, Suécia, entre outros. Segundo erro: a

Rússia não faz parte nem da UE, nem da zona euro.

De resto, o euro realmente passa por crise propiciada

principalmente pela instabilidade econômica e dívidas públicas de

alguns países. Entre eles estão Portugal, Espanha, Itália,

principalmente, Grécia, o que apresenta crise mais agravada até

agora.

A assertiva IV é outra que está correta. A xenofobia é

aversão a pessoas e às coisas estrangeiras. Muitas vezes o alvo da

xenofobia também se refere a culturas diferentes, subculturas ou

sistema de crenças, sempre no sentido de desprezar, inferiorizar e/ou

desejar eliminar o outro. Como a imigração é marcada pela entrada

de pessoas vindas de fora, do estrangeiro, possuidoras de crenças e

culturas diferentes, a oposição extremada a ela é uma das marcas da

xenofobia, portanto, a afirmativa está correta.

A afirmativa V está errada. Na verdade, a Noruega é

considerada o país com maior índice de desenvolvimento humano,

estando, portanto, à frente da Alemanha e da França, que ocupam

respectivamente, 10º e 14º lugares.

O índice de desenvolvimento humano (IDH) é uma medida

comparativa de riqueza, alfabetização, educação, expectativa de vida,

natalidade, além de outros fatores relacionados com os aspectos

sociais. É uma medida padronizada para avaliar e acompanhar o

desenvolvimento do bem-estar social de um país, especialmente o

bem-estar infantil. Serve, ainda, para medir o impacto de políticas

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econômicas na qualidade de vida. O índice foi desenvolvido em 1990

pelos economistas, Mahbub ul Haq (paquistanês) e Amartya Sen

(indiano). O Brasil ocupa, desde 2005, o 73º lugar na lista do IDH

mundial.

A afirmativa VI está incorreta. Como o próprio texto indica,

os atentados na Noruega estão relacionados com a extrema direita e

seus discursos anti-globalização e ultranacionalistas, portanto,

também xenofóbicos. Ao contrário do que diz a afirmativa acima, foi

a preocupação com o “terrorismo islâmico” – ligado a causas

religiosas, que tem ocultado o avanço dos discursos radicais de

alguns grupos da extrema direita. Discursos estes defendidos pelo

próprio autor dos ataques na Noruega.

Gabarito: B

___X___

2 – Crise Mundiais

2.1 – Quebra da Bolsa de Nova York em 1929

O ano de 1929 pode ser considerado o marco de uma das

maiores crises da história do capitalismo. Foi o ano em que os

Estados Unidos foram abalados por uma grave crise econômica que

repercutiu no mundo inteiro.

Vocês estão lembrados que anteriormente expliquei como

foi que os EUA chegaram a ocupar o papel de grande abastecedor e

principal economia mundial? Pois bem, durante a Primeira Guerra

Mundial (1914-1918), os Estados Unidos eram os principais

fornecedores dos países europeus, exportando grandes quantidades

de produtos industrializados, alimentos e capitais (sob a forma de

empréstimos).

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Com o fim da guerra, esse quadro não se alterou muito, já

que os países europeus ainda estavam voltados para a reconstrução

das indústrias e das cidades que haviam sido quase que

completamente destruídas. Portanto, durante o pós-guerra, os

Estados Unidos tornaram-se a maior potência econômica do mundo.

Só pra termos uma ideia, pessoal, em 1920, a indústria

norte-americana produzia quase 50% de toda a produção industrial

do mundo. Por quase toda a década de 20, a prosperidade econômica

gerou nos norte-americanos um clima de grande euforia e de

consumo desenfreado, dando origem àquilo que chamamos de

American way of life, ou modo de vida americano, que simbolizava

um modelo de progresso. Assim, viver bem significava consumir cada

vez mais.

Entretanto, a partir da década de 20 a situação econômica

industrial do país começou a mudar! Reconstruídas, as nações

europeias diminuíram drasticamente a importação de produtos

industrializados e agrícolas dos Estados Unidos gerando uma grande

acumulação de produtos e, portanto, queda dos preços das

mercadorias.

Tudo isso fez com que no final da década de 1920 a

produção norte-americana atingisse um ritmo de crescimento muito

maior do que a demanda por seus produtos, gerando uma crise de

superprodução. A superprodução americana aliada ao

subconsumo europeu foi exatamente o que gerou a crise de

1929!

A crise, naturalmente, chegou ao mercado de ações. Os

preços dos papéis na Bolsa de Nova York, um dos maiores centros

capitalistas da época, despencaram, ocasionando a famigerada

quebra da bolsa. Daí em diante, bancos, indústrias e empresas rurais

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foram à falência e pelo menos 12 milhões de norte-americanos

perderam o emprego.

Abalados pela crise, os Estados Unidos reduziram a compra

de produtos estrangeiros e suspenderam os empréstimos a outros

países, ocasionando uma crise mundial. Um exemplo disso é o Brasil,

que tinha os Estados Unidos como principal comprador de sua

produção cafeeira. Com a crise, os EUA pararam de comprar nossos

produtos, gerando, também no Brasil, uma crise de superprodução e

enorme desemprego. Do mesmo modo que aqui, outros países, com

o capitalismo incipiente e dependente de exportações para os EUA,

entraram em crise profunda, gerando a primeira crise mundial de

conseqüências catastróficas.

Para solucionar a crise, o presidente Franklin Roosevelt

propôs mudar a política de intervenção americana. Se antes, o Estado

não interferia na economia, deixando tudo agir conforme o mercado,

agora ele passaria a intervir fortemente. Foi exatamente isso o que

fizeram! Foram criadas grandes obras de infraestrutura, salário-

desemprego e assistência aos trabalhadores para, a partir disso, os

Estados Unidos conseguirem retomar seu crescimento econômico.

Deu certo! Claro que nada aconteceu do dia para a noite, mas, de

forma gradual, eles foram superando as dificuldades e todos os

países capitalistas foram encontrando alternativas para diminuir as

consequências da crise que abalou o mundo.

A intervenção do Estado, estimulando a economia por meio

da injeção de dinheiro, derivada das ideias do economista John

Maynard Keynes, que revolucionou o mundo com seu pensamento.

Até então, considerava-se que o Estado deveria interferir o mínimo

possível, deixando a “mão invisível” do mercado colocar tudo em

ordem. Ao contrário dos liberalistas (também chamados de

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neoclássicos), Keynes afirmava que o governo deveria interferir por

meio de medidas monetárias e fiscais para "controlar" os efeitos

negativos dos ciclos econômicos.

Nos últimos anos, com a crise financeira internacional

ocorrida, percebemos que as ideias keynesianas estão novamente em

voga. Se percebermos o que os governos fizeram para estimular as

economias diante da crise, veremos como suas atitudes se parecem

na essência com o que foi feito em 1929. É sobre este assunto que

falaremos a seguir!

2.2 – Crise financeira mundial em 2008

Apesar de não ter ocorrido no século XX, resolvemos

aproveitar o embalo do assunto e continuar falando de crises, já que

alguns especialistas dizem que essa foi a pior crise da história

econômica do mundo após a ocorrida em 1929.

A economia mundial atingiu meados de 2009 afundada na

pior crise desde o fim da Segunda Guerra Mundial, afetando de uma

só vez os Estados Unidos, a Europa Ocidental e o Japão. Em outras

palavras, a crise econômica afetou os principais pólos econômicos

mundiais, os quais sofreram redução drástica em suas atividades

produtivas.

Nos países da União Europeia, onde a moeda utilizada é o

euro, os principais índices econômicos mostraram que a queda nas

atividades econômicas foi acima de 20%, o que resultou em

dolorosos meses de retração econômica. Do mesmo modo, os EUA

cruzam a mais extensa depressão em 64 anos. Ora, num mundo

economicamente integrado como o nosso, a queda das atividades nos

países da União Europeia certamente afetará o Brasil, que deixará de

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exportar laranjas, ou a Argentina, que perderá a venda de carne, por

exemplo.

Tudo bem! Que a crise afetou o mundo inteiro, não é

novidade pra ninguém. Mas afinal, como ela começou?

A grande responsável pelo desencadeamento desta crise

econômica foi a falência do mercado imobiliário dos EUA, que ficou

conhecida como o estouro da “bolha imobiliária”.

Em agosto de 2007, duas grandes companhias de

financiamento de imóveis norte-americanas quebraram e foi ai que

tudo começou. Essas empresas faliram porque a maioria das pessoas

que haviam tomado empréstimos para comprar casas não estava

conseguindo arcar com os custos das prestações, que encareciam a

cada dia devido ao aumento da taxa de juros. Aproximadamente um

ano depois, diversos bancos norte-americanos, que possuíam boa

parte de seu patrimônio composto de papéis baseados nesses

empréstimos que não estavam sendo pagos foram arruinados

também. Atravessando sérias dificuldades financeiras, esses bancos

pararam de contribuir para a execução de atividades empresariais, o

que atacou diretamente a economia dos EUA. E ai vocês podem

querer saber: como uma forte crise lá pode ter tanta força no

restante do mundo?

Vocês se lembram que eu tinha falado antes da hegemonia

capitalista americana? Pois bem, como os EUA são responsáveis por

pelo menos um quarto da produção mundial, todo o mercado

internacional sofreu as consequências de sua crise.

Mas, pessoal, é claro que isso foi só uma descrição sumária

de alguns dos principais elementos da crise mundial em questão que,

como todas as anteriores, possuem muitas peculiaridades. Essa, por

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exemplo, pouco tempo depois de seu início, começou a ser

comparada à crise de 1929 devido, justamente, ao aspecto global da

turbulência financeira.

Pensem agora sobre alguns dados da crise de 1929. É claro

que os detalhes daquela crise possivelmente não nos venha à mente

nesse momento, mas com certeza nos lembramos do choque mundial

proporcionado por ela, não é mesmo?

Naquela ocasião, mais de 9 mil bancos e 85 mil empresas

faliram e a cotação de suas ações despencou. Além disso, os salários

se reduziram e o desemprego atingiu os maiores índices da História.

A situação só começou a melhorar quando o presidente Franklin

Roosevelt assumiu a presidência dos EUA e colocou em prática, como

vimos acima, um plano de reformas econômicas e sociais que

intervieram diretamente na economia americana.

Só para melhor exemplificar, Roosevelt criou: frentes de

trabalho, mecanismos de controle de crédito, um banco para financiar

as exportações, fixou salários mínimos, limitou a jornada de trabalho

e ampliou o sistema de previdência social. E só a partir da

intervenção do Estado na Economia, ao contrário do que prega o

neoliberalismo, é que o mundo foi gradualmente se recuperando

daquela crise mundial.

Se naquela época, quando as economias do mundo nem

estavam ainda tão interligadas como atualmente, já houve caos

mundial, imagina agora, não é? E o Brasil, como fica nossa economia

diante desta crise?

Em outros tempos, certamente o Brasil seria muito mais

castigado do que foi agora, quando esteve relativamente preservado.

Isso se deu porque, atualmente, as exportações brasileiras para o

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mercado dos Estados Unidos representam menos de 20% do nosso

total de exportações. Todavia, o que num primeiro momento pode

parecer vantagem não é exatamente uma! Mas, por que não? Vocês

poderiam dizer: “Ora, ainda restam 80% das exportações para serem

vendidas para diferentes países do mundo, então dos males o

menor!” Essa lógica seria perfeita se os outros países do mundo não

estivessem fortemente vinculados à economia norte-americana! Mas

vocês sabem que essa não é a realidade! Dessa forma, pessoal, tal

como um dominó enfileirado, a queda da primeira peça leva à queda

sequencial das outras que se posicionam atrás dela.

“Ué, mas então eu não entendi! Os EUA em crise, os outros

países exportadores em crise, como o Brasil pode não ter sido

afetado tão fortemente pela recessão?”

Pra não ficarmos falando de números e nos atermos ao que

é mais importante, precisamos compreender que o nosso sistema

financeiro é bem regulamentado e suas regras de financiamento são

muito mais rígidas do que as existentes em outros países. Pensem

em como é complicado e burocrático financiar uma casa própria no

Brasil! Toda essa burocracia existe para contribuir com as financeiras,

que exigem todo tipo de documentação para comprovar que o

cidadão é capaz de arcar com aquela despesa, para evitar ao máximo

o número de calotes – ao contrário dos EUA onde o crédito imobiliário

é extremamente fácil.

Além disso, o governo brasileiro tomou medidas que

estimulassem o consumo interno, como por exemplo, a redução de

IPI em uma série de produtos. Tenho certeza que todos vocês se

cansaram de ver propagandas na TV sobre vendas de carros e de

toda a linha branca (fogões, geladeiras, etc.) com redução de IPI,

não é? Essa foi justamente uma das estratégias adotadas pelo Brasil

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para diminuir o impacto da crise no mercado interno, o que, de certa

forma, deu certo!

Infelizmente, essas medidas não foram suficientes para

evitar que a crise mundial chegasse ao Brasil. Elas diminuíram sua

força, mas não conseguiram impedir totalmente que seu impacto

fosse sentido por aqui.

Por possuir como uma das bases da economia nacional a

exportação de mercadorias, principalmente para países ricos, não

poderia ser diferente e também tivemos nossas vendas afetadas.

Vamos dar uma olhada em como esse assunto já foi cobrado em

prova.

6) (CESPE / IRB / 2010) Acerca da atual crise econômica

internacional, julgue C ou E.

I – Além de envolver grandes bancos e o sistema financeiro

internacional, a crise atual tem sido considerada uma crise de

paradigmas, em particular da certeza de que os mercados podem

autorregular-se e recuperar o equilíbrio automaticamente,

dispensando a intervenção do Estado.

II – Diante da crise, as instituições de Bretton Woods não

conseguiram propor soluções concretas por ocasião da reunião de

Cúpula do G 20 realizada em Londres em 2009.

III – Como membro do G-20, o Brasil insistiu na necessidade de se

prover a economia mundial com créditos para o desenvolvimento,

incrementar a regulação financeira, desenvolver políticas anticíclicas

e combater os paraísos fiscais.

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IV – Apesar de discordar da resistência de países ricos em realizar

reformas nos organismos multilaterais, como o FMI e o Banco

Mundial, o Brasil comprou títulos emitidos pelo Fundo em 2009.

Marque a alternativa

a) se todos os itens estiverem corretos.

b) se todos os itens estiverem errados.

c) se somente os itens II, III e IV estiverem corretos.

d) se somente os itens I, II e IV estiverem corretos.

e) se somente o item I estiver correto.

COMENTÁRIOS

A primeira assertiva está correta. Que a recente crise

econômica envolveu grandes bancos e o sistema financeiro

internacional nós já temos certeza, não é mesmo? Todavia, para

entender o porquê essa crise representou também uma quebra de

paradigmas, é preciso saber qual era a crença econômica dominante.

Desde o Consenso de Washington, as políticas neoliberais

são preponderantes e, com elas, a crença de que o mercado tem

capacidade para autorregular-se. Todavia, diante da crise,

economistas e governos se viram diante de um beco sem saída. Eles

perceberam que o Estado não poderia ficar inerte e deveria intervir

para estimular a economia, o que representou uma quebra dos

paradigmas neoliberais.

Dessa forma, o que a crise mostrou empiricamente? Ela

mostrou que, mesmo no capitalismo financeiro, que se baseia no

poder das empresas e capitais privados, a economia ainda precisa da

ajuda do Estado pra não entrar em colapso. Deste modo, a certeza de

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que os mercados podiam se autorregular independentemente da

intervenção do Estado se evapora, desembocando sim numa crise do

paradigma liberal. Voltamos, portanto, às ideias keynesianas de

intervenção estatal.

A segunda assertiva está correta. Para compreendermos

este item, há três informações importantes que devemos saber: 1- O

que é Bretton Woods? 2- O que é o G-20? 3- O que foi estabelecido

no último encontro do G-20 em 2009?

Bem, amigos, no início de nossa aula, já vimos que Bretton

Woods foi o nome dado a uma conferência realizada quase ao final da

Segunda Guerra com o objetivo de conduzir a política econômica

mundial. Por ter sido o primeiro modelo de uma ordem econômica

totalmente negociada para reger as relações entre Estados ele foi

responsável pela criação de instituições que regulassem seus

objetivos: FMI e BIRD.

Bom, outro ponto importante para que respondêssemos

corretamente essa pergunta era compreender o que é o G20. O G-20

foi criado em 1999 ao término de uma década marcada por agitações

econômicas na Ásia, México e Rússia. Ele foi instituído como forma

dos países ricos reconhecerem a importância dos países emergentes,

que se apresentaram capazes de colocar os mercados em risco com

suas inconstâncias.

Assim, pessoal, a verdade é que não há regras formais para

se adentrar no G20, mas é nítida a intenção de se reunir num mesmo

grupo os países mais desenvolvidos e os que estão em

desenvolvimento.

“Ok, professora! Mas esses países se juntam e fazem o quê,

afinal?”

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Então, quando se reúnem os representantes da equipe que

compõem o G20, seus dirigentes debatem os mais diversos temas de

interesse comum, como assuntos orçamentários, monetários,

comerciais, energéticos, soluções para o crescimento e formas de

combater o financiamento ao terrorismo.

Por exemplo, na reunião do G20 ocorrida em abril de 2009,

em Londres, o foco principal foi a crise financeira. Durante o

encontro, representantes de vários países solicitaram medidas que

respondessem à depressão econômica global. Isso significou que

todos os países do G20 se dispuseram a se empenhar em estabilizar

o sistema financeiro e difundir os fundamentos de uma economia

sustentável. Para isso seria necessário resguardar o livre comércio e

evitar o aumento do protecionismo, ponto em que todos os países se

manifestaram a favor e se propuseram a tomar medidas concretas.

Apesar dessa decisão, não foram adotadas medidas concretas pelas

instituições de Bretton Woods, ou seja, a assertiva está correta.

A terceira assertiva está correta. Como membro do G-20, o

Brasil esteve na presidência rotativa da organização e, em 2008,

apresentou como pontos de discussão a competição nos mercados

financeiros, desenvolvimento econômico e elementos fiscais de

crescimento e desenvolvimento. Assim, é correto afirmar que o Brasil

insistiu sim na necessidade de prover a economia mundial com

créditos para seu desenvolvimento.

O Brasil também se posicionou a favor do aumento da

rigidez na regulação financeira. Conforme o próprio ministro da

fazenda Guido Mantega afirmou, a falta de regulação no mercado

financeiro dos EUA foi a raiz da crise econômica global.

A quarta assertiva está correta. Muito se noticiou na mídia

nos últimos tempos que o Brasil havia, pela primeira vez, emprestado

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33Profa Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br

dinheiro ao FMI, vocês se lembram? Na verdade, o Brasil se tornou

um credor do FMI ao comprar US$10 bilhões em notas dessa

organização internacional. É como se o Brasil tivesse dado

dinheiro ao FMI e em troca recebeu essas notas, que nada mais são

do que papéis que dão direito ao recebimento de valores!

Gabarito: A

___X___

2.3 – Crise europeia

Atualmente quando se fala em Europa vem logo à mente a

crise financeira e a turbulências de mercado pela qual a maioria dos

países daquele continente está passando. Mas, daí vem a pergunta:

por que a Europa passa por uma crise?

A formação de uma crise financeira na zona do euro

aconteceu, fundamentalmente, por problemas fiscais. Alguns países,

como a Grécia, gastaram mais dinheiro do conseguiram arrecadar por

meio de impostos nos últimos anos. Para se financiar, passaram,

então, a acumular dívidas. Assim, a relação do endividamento sobre

PIB de muitas nações do continente ultrapassou significativamente o

limite de 60% estabelecido no Tratado de Maastricht, de 1992, que

criou a zona do euro (veremos isso mais à frente, ok?). No caso da

economia grega, a razão dívida/PIB é mais que o dobro deste limite.

A desconfiança de que os governos da região teriam dificuldade para

honrar suas dívidas fez com que os investidores passassem a temer

possuir ações, bem como títulos públicos e privados europeus.

Os principais países que enfrentam a situação de crise são:

Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha – que formam o chamado

grupo dos PIIGS. Estes países são os que se encontram em posição

mais delicada dentro da zona do euro, exatamente porque foram os

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34Profa Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br

que atuaram de forma mais indisciplinada nos gastos públicos e se

endividaram excessivamente.

Além de possuírem elevada relação dívida/PIB, estes países

possuem pesados déficits orçamentários ante o tamanho de suas

economias. Como não possuem sobras de recursos (chamado

superávit), entraram no radar da desconfiança dos investidores.

Vejamos o assunto em prova!

7) (CESPE / Escriturário – BRB / 2011 / com adaptações) Com

referência à aprovação, em junho de 2011, e à repercussão, na

Europa, do conjunto de medidas econômicas e fiscais proposto

pela Grécia para conter a crise econômica no país, julgue os

itens a seguir.

I – Mesmo após a aprovação do pacote fiscal, a União Européia se

recusou a conceder novos empréstimos aos gregos, dado o caráter

contraproducente desse tipo de medida, que poderia incentivar outros

países a contrair dívidas sem condições de honrá-las no futuro.

II – A população da Grécia reagiu à aprovação das medidas de

contenção da crise propostas pelo governo, promovendo greve geral

e manifestações políticas nas ruas da capital do país, Atenas.

III – O aprofundamento da crise na Grécia deveu-se à recusa do

governo local em adotar o euro como moeda nacional, fato que

impediu esse país de se beneficiar do ciclo de crescimento econômico

europeu da primeira década do século XXI.

IV – Além da Grécia, outros países europeus, como Espanha, Itália,

Portugal e Irlanda, também podem ser afetados pela crise econômica,

em razão das dificuldades que eles enfrentam para pagar suas

dívidas públicas.

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Marque a alternativa correta

a) EECC

b) ECCE

c) ECEC

d) CCCC

e) CCEE

COMENTÁRIOS

A afirmativa I está errada. Ao contrário do que diz a

afirmação, os líderes da União Europeia fizeram sim novas

concessões de empréstimos à Grécia. Portanto, quando a questão diz

que a UE recusou novos empréstimo, torna a afirmativa incorreta.

A situação grega ainda é bastante indefinida. A princípio foi

aprovado um pacote de ajuda financeira ao país, mas a situação

grega não tinha dado sinal de melhoras até o primeiro semestre do

ano de 2011. Mesmo tendo adotado medidas de austeridade para

economizar, como por exemplo, o congelamento dos salários do setor

público e o aumento de impostos, a situação ainda não tinha

apresentado sinal de melhoras. Nesse sentido, novas negociações

têm sido feitas para tentar obter mais ajuda tanto da UE quanto do

FMI. Mas, as implicações para a sociedade na Grécia são enormes,

uma vez que a ajuda vem acompanhada de uma série de exigências

e restrições que devem ser obedecidas.

A assertiva II está correta. Como foi dito no comentário da

afirmativa anterior, para tentar resolver a situação financeira grega

foram aplicadas medidas de austeridade, até como uma forma de

atender às exigências da UE e FMI.

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Mas, a população da Grécia não aceitou essas imposições de

forma tranqüila. Uma das formas encontradas para mostrar o

descontentamento foi por meio de greves organizadas pelas duas

principais centrais sindicais do país.

Exemplo claro deste tipo de manifestação, ocorreu no dia 20

de setembro de 2011, quando houve uma greve que paralisou os

transportes públicos em Atenas, afetando também muitos vôos, já

que os controladores aéreos aderiram ao movimento. A manifestação

foi um protesto contra a fusão de diversas empresas do setor de

transportes e pela demissão ou aposentadoria antecipada de muitos

trabalhadores, medidas adotadas em nome dos acordos

internacionais feitos a partir da ajuda financeira que o país vem

recebendo. Deste modo, pessoal, a afirmativa está realmente certa.

A afirmativa III está incorreta. O erro da afirmativa está no

fato de dizer que o governo grego se negou a adotar o euro como

moeda corrente. Na verdade, a Grécia foi o primeiro país a aderir ao

euro (em 2001) depois de sua introdução na Europa, em 1999.

O que realmente levou o país à situação em que hoje se

encontra foram os altos gastos que a Grécia teve na última década.

Principalmente devido aos gastos públicos e salários do

funcionalismo. Para tentar resolver a situação recorreu a

empréstimos pesados, o que fazia a dívida externa do país crescer

vertiginosamente. Em 2009, em plena crise mundial de crédito, os

cofres públicos gregos eram esvaziados, não tendo receitas

suficientes para cobri-los.

O crescimento da dívida externa da Grécia deixou os

investidores relutantes em emprestar mais dinheiro ao país, fazendo

com que os juros da dívida aumentassem muito. Para tentar resolver

a situação, em abril de 2010, a Grécia entrou com pedido oficial de

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ajuda na União Européia e no FMI. Mas, sua situação continua se

agravando de lá para cá.

A afirmativa IV está certa. É isso mesmo, além da Grécia,

outros países da zona do euro estão passando por dificuldades,

principalmente no que se refere às dívidas públicas. O caso mais

grave é o da Itália, tendo um estoque de dívida mais elevado, mas

outras regiões, como Espanha, Irlanda, Portugal, Chipre e mais

recentemente, a França também correm o risco de serem afetadas

pela crise.

Em julho a taxa de juros dos títulos da dívida pública dos

governos italiano e espanhol subiu, levando o Banco Central Europeu

(BCE) a procurar formas de reverter a situação. No caso francês, a

preocupação diz respeito à exposição dos bancos deste país à

“periferia” da zona do euro, principalmente Itália e suas dificuldades.

Houve uma queda nos preços das ações destes bancos franceses,

similares aos declínios sofridos pelos bancos italianos.

A preocupação agora é encontrar soluções que evitem a

“queda” de economias importantes como as da Itália e Espanha.

Gabarito: C

___X___

2.4 – “Guerra Cambial”

Aproveitarei aqui o gancho para falar também sobre a

“guerra cambial”, que é sem dúvida alguma, um assunto muito

importante e que está a todo vapor neste momento, principalmente

em termos fator gerador de mal estar econômico internacional!

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Em primeiro lugar vamos entender o que vem a ser “guerra

cambial”. Esse termo vem sendo usado por diversos governos e

economistas para descrever uma suposta disputa entre os

países envolvendo suas moedas. “Como assim?” Acredita-se que

alguns países, os emergentes (acusa-se, principalmente, os países

asiáticos), estariam desvalorizando artificialmente suas moedas para

beneficiar seus ganhos com exportação.

A China, por exemplo, é um país que tem experimentado

enorme crescimento econômico nos últimos anos e, ao final de 2010,

superou o Japão e se tornou a segundo maior economia do mundo,

atrás apenas dos EUA.

Dentre os países emergentes, a China é aquele que tem

apresentado maiores taxas de crescimento econômico, sendo que

isso é resultado de diversas condicionantes, tais como:

Regime cambial rígido: o yuan (moeda chinesa) é

artificialmente desvalorizado, o que proporciona maior

competitividade às exportações chinesas;

Aumento do grau de abertura econômica e financeira: a

China tem apresentado notável participação no comércio

internacional, com elevado nível de exportações e importações;

Altas taxas de investimento;

Investimento em formação de capital humano

(educação) e infraestrutura;

Baixo custo da mão-de-obra e legislação trabalhista

rígida, o que reduz o custo das empresas.

No que diz respeito à política comercial chinesa, podemos

enumerar os seguintes pontos importantes:

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A política comercial chinesa é baseada na exportação de

produtos a preços extremamente baixos;

Os preços baixos praticados pela China decorrem da

desvalorização artificial do yuan e, ainda, do baixo custo da

mão-de-obra naquele país;

A China é acusada de promover repetidas violações aos

direitos de propriedade intelectual;

No processo de internacionalização da economia, a China

tornou-se o maior receptor de investimentos estrangeiros

diretos (IED) do mundo. O baixo custo da mão-de-obra

chinesa é um enorme incentivo à instalação de empresas

naquele país.

O grande problema de todo esse crescimento chinês é que

ele causa efeitos perniciosos à economia mundial e brasileira. Os

produtos chineses são vendidos por preços muito baixos no mercado

internacional, o que torna difícil a concorrência para as empresas dos

outros países. Em um contexto em que a Europa e os EUA ainda

se ressentem dos efeitos da crise econômica eclodida em

2008, a concorrência chinesa torna-se predatória e resulta no

aumento do desemprego e no fechamento de indústrias.

No Brasil, a indústria nacional, por meio de suas entidades

representativas, tais como a FIESP, afirma que há no país um grande

risco de desindustrialização. Isso é explicado pelo crescente aumento

das importações brasileiras, com destaque para os produtos de

origem chinesa e asiática. O aumento do volume de importações

pode ser explicado pela sobrevalorização do real frente ao dólar.

Nesse contexto, a indústria nacional pressiona o governo brasileiro

para que este desvalorize o real como forma de conter as

importações.

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Os efeitos perniciosos das importações chinesas sobre a

economia mundial têm aumentado as pressões dos EUA e da

Europa sobre a China no sentido de que este país valorize o

yuan. Ao mesmo tempo, os EUA já sinalizaram a intenção de

estimular suas exportações e reduzir as importações, o que poderá

ser feito por meio da desvalorização do dólar. Concretizando essa

ideia, o FED (Banco Central dos EUA) comprou US$600 bilhões

em títulos do Tesouro americano até o final do primeiro

semestre de 2011. A medida injetou dinheiro na economia norte-

americana, deixando-a com excesso de liquidez, desvalorizando o

dólar e valorizando as outras moedas. Pode-se dizer assim que vive-

se uma verdadeira “guerra cambial”. Vejam:

1) A China mantém o yuan artificialmente desvalorizado, o que

favorece suas exportações.

2) Os EUA e a Europa pressionam a China no sentido de que este país

valorize o yuan.

3) Os EUA incentivam a desvalorização do dólar como forma de

estimular sua economia e de incentivar suas exportações.

4) Com a desvalorização do dólar, as moedas dos outros países

(inclusive o Real) se tornam mais valorizadas em relação a este.

5) Com a valorização do Real frente ao dólar, a indústria nacional sai

prejudicada, o que a leva a pressionar o governo brasileiro para que

contenha esse processo.

Parece coisa de doido, não é mesmo?! (rsrsrs)

Recentemente, o governo brasileiro aumentou o IOF

incidente sobre algumas aplicações do capital de origem estrangeira

no país. O objetivo dessa medida é diminuir a presença de capital

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especulativo no país, diminuindo a oferta de dólar e,

consequentemente, desvalorizando o Real. O BACEN tem também

comprado dólares, isto é, retirado dólares do mercado, a fim de

evitar a desvalorização da moeda norte-americana frente ao Real.

Na última reunião do G-20, o tema central foi justamente a

denominada “guerra cambial”, que se baseia no recurso protecionista

às desvalorizações cambiais competitivas.

Enfim, o fato é que, desde que a globalização virou o “pano

de fundo” de todo o cenário internacional, poucos acontecimentos

econômicos podem ser vistos como passível de consequência apenas

onde foi iniciado. Vejam como o tema foi cobrado em prova recente!

8) (FEPESE / Agente Administrativo – Casan / 2011) Ministros

das finanças e economistas do mundo inteiro debatem e

buscam solução para a assim chamada “guerra cambial” que

causa grandes problemas para a economia dos países pobres e

emergentes.

Assinale a alternativa que identifica o significado dessa

expressão.

a. ( ) Trata-se de um conjunto de medidas tomadas por alguns países

que tem como consequência a desvalorização da sua moeda nacional.

b. ( ) Compreende uma série de medidas governamentais, na área

cambial, permitindo a valorização das moedas nacionais com o

objetivo de dificultar as exportações.

c. ( ) Refere-se à disputa entre os Estados Unidos e a União

Soviética, manifestação tardia da “Guerra Fria”, em que ambos

tentam fortalecer as suas moedas, desvalorizando a moeda europeia

e as das economias emergentes.

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d. ( ) Corresponde ao conflito econômico entre os países do norte

(pós-industrializados) e os do sul (subdesenvolvidos), em que os

primeiros tentam dominar a economia dos segundos através de uma

política deliberada de desindustrialização.

e. ( ) Trata-se da crescente valorização da moeda norte-americana

em relação às moedas dos países emergentes, causando a baixa dos

preços das commodities e o crescimento das exportações dos países

emergentes, principais causadores da inflação interna e do

endividamento no terceiro mundo.

COMENTÁRIOS

Relembrando: a “guerra cambial” é marcada pela

desvalorizando artificial, promovida pelos países, das moedas para

beneficiar seus ganhos com exportação.

O ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, por

exemplo, acusou, além de Estados Unidos e Europa, também a China,

de subvalorizarem suas moedas para aumentar os ganhos com

suas próprias exportações.

Portanto, falar em guerra cambial é falar da subvalorização

da moeda de um determinado país. Quando a moeda de um país está

subvalorizada, ela torna o produto fabricado internamente mais

barato e mais atraente, porque ele pode ser vendido por menos

dólares que serão trocados por mais moeda interna. Entenderam?

Dentre as alternativas acima descritas a que melhor

responde à questão é, assim, a letra A.

Gabarito: A

___X___

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Portanto, pessoal, uma das consequências marcantes desse

novo cenário internacional foi, justamente, os Estados perceberem

que, isoladamente, não teriam força para se desenvolver ou se

defender da forma como gostariam. Da mesma forma,

compreenderam que havia problemas que deveriam ser resolvidos de

forma conjunta pela comunidade internacional.

E aí, amigos, o que vocês acham que ocorreu a partir dessas

percepções dos Estados?

Bem, com o objetivo de alcançar o desenvolvimento

econômico conjunto e, ainda, de criar laços políticos que lhes

proporcionassem maior segurança no cenário internacional, os

Estados se reúnem em blocos, almejando a integração regional. É o

fenômeno do regionalismo!

Por outro lado, a percepção de que existem problemas que

devem ser resolvidos pela comunidade internacional de forma

conjunta dá origem à criação de organizações internacionais. É o

fenômeno do multilateralismo!

Enfim, meus queridos, para ficar mais claro como se

materializa pelo mundo a fora os principais processos de integração

regional vamos ver quais seus objetivos, estágio atual, etc., ok?

___X___

3 – Blocos Regionais

3.1 – Generalidades

Conforme já vimos, a integração econômica e política é uma

consequência da globalização. Após a Segunda Guerra Mundial, os

países se deram conta de que se unissem forças, eles teriam muito

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maior voz no cenário internacional do que se agissem isoladamente.

Concomitante a isso, começam a proliferar organizações

internacionais, as quais materializam a ideia de que problemas em

comum da humanidade deveriam ser enfrentados pela cooperação

internacional.

E por que estou falando isso agora? Porque é ai que se

encontra a sementinha que possibilitou o surgimento dos blocos

econômicos que conhecemos hoje.

Se a integração e cooperação entre os países tiveram início

por motivações eminentemente políticas, podemos estar certo de que

depois também se evidenciaram no campo econômico. Deste modo,

surgiram os blocos regionais, que tiveram seu embrião na Europa e

depois se espalharam às outras regiões do planeta. E foi essa

expansão que originou o que hoje conhecemos como acordos

preferenciais e blocos regionais, dentre os quais destacamos a União

Europeia, o NAFTA e o MERCOSUL.

Pessoal, quando falo de blocos regionais, há uma tendência

de vocês pensarem que são todos uma coisa só, não é mesmo?

Entretanto, eles possuem diferentes estágios de integração.

Segundo Bela Balassa, criador da teoria da integração

regional, existem os seguintes estágios de integração econômica:

Área de Livre Comércio: caracteriza-se pela livre

circulação de mercadorias e serviços. Dizer que há livre circulação de

mercadorias significa que o substancial do comércio (a maior parte do

fluxo de mercadorias) circula sem pagar impostos de importação

(direitos aduaneiros) entre os países do bloco.

A livre circulação de serviços, por sua vez, fica caracterizada

quando não há restrições à prestação de serviços dentro do bloco.

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Nesse sentido, um médico do país A poderia fazer consultas

normalmente no país B, sem qualquer restrição. Ou então, uma

empresa de A poderia instalar-se e prestar serviços de extração de

petróleo no país B. Tudo isso, é claro, se A e B fossem integrantes da

área de livre comércio.

Na prática, o que se verifica é que a completa liberalização

do comércio de mercadorias e serviços é algo muito difícil de ser

alcançado. Como exemplo de área de livre comércio, citamos o

NAFTA.

União Aduaneira: Na união aduaneira, além da livre

circulação de mercadorias e serviços, haveria harmonização da

política comercial em relação a terceiros países. Assim, os países-

membros desse bloco comercial estabeleceriam as mesmas regras

alfandegárias em relação aos não-membros. Em outras palavras, as

normas de comércio exterior seriam essencialmente as mesmas em

todos os países, aplicando-se, inclusive, uma Tarifa Externa Comum

(TEC).

A Tarifa Externa Comum (TEC) é uma tabela que estabelece

as alíquotas do imposto de importação para os produtos importados

de terceiros países. Imagine que o país A, B e C forme uma união

aduaneira. Nesse caso, há livre circulação de mercadorias entre eles

(no comércio regional não incide imposto de importação) e, ainda,

cobram o mesmo imposto de importação em relação a terceiros

países. Como exemplos de uniões aduaneiras citamos, o MERCOSUL e

a Comunidade Andina.

Mercado Comum: possui, cumulativamente, as

características da união aduaneira somadas à livre circulação dos

fatores de produção. Assim, não há restrições ao movimento de

capitais e de pessoas.

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Para que seja possível a livre circulação de fatores de

produção, é necessário, todavia, a harmonização das políticas

previdenciária, trabalhista e de capitais entre os integrantes do bloco.

Vale ressaltar que, no mercado comum, existirá, assim como na

união aduaneira, uma harmonização da política comercial intrabloco

(comércio livre de barreiras entre seus integrantes) e extrabloco

(regras de comércio exterior unificadas, incluindo tributação).

União Econômica: caracteriza-se pela harmonização das

políticas econômicas dos países-membros.

Integração Econômica Total: caracteriza-se pela

equalização das políticas econômicas.

“Mas, professora, qual a diferença entre harmonização e

equalização de políticas econômicas?”

Para ficar bem fácil de visualizar, pensemos num quadro.

Nesse quadro, foi pintada uma imagem cuja simples admiração lhe

traz uma sensação de bem estar. Muito provavelmente, essa tela está

repleta de cores que se harmonizam, ou seja, possui cores que

combinam entre si. Apesar de diferentes, uma vez juntas num

mesmo contexto, elas não interferem uma na outra, resultando numa

diversidade que se combina, que se harmoniza.

Por outro lado, se pretendermos que essa tela

fique equalizada, usaríamos uma cor só e ela estaria preenchida

totalmente por apenas uma cor, ou seja, em qualquer ponto da tela,

as cores utilizadas seriam exatamente iguais, tal como um quadro

negro. Assim, elas também não se agrediriam, pelo simples fato

de serem absolutamente iguais.

No caso das políticas econômicas é a mesma coisa! Elas

estarão em harmonia quando, apesar de diferentes, não ferirem ou

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influenciarem negativamente uma na atuação da outra. Em

contrapartida, elas estarão equalizadas quando a política adotada em

um país for também adotada em outra. Entendido, amigos?

Vejamos, então, uma questão elaborada pelo CESPE.

9) (CESPE / ABIN / 2008) Os processos de integração

econômica e política, em grande parte das experiências

desenvolvidas nas últimas décadas, passam por momentos de

restrições.

COMENTÁRIOS

Ao analisar detidamente a questão, parece-nos que o

examinador não quis se referir especificamente ao fenômeno dos

blocos regionais. Isso porque, apesar de alguns blocos regionais

terem grandes dificuldades de aprofundar seu processo de

integração, como o MERCOSUL, há outros que têm gradualmente

evoluído, como a União Europeia.

O examinador quis se referir sim à integração econômica e

política levada a cabo em nível multilateral. Quanto a esta, não nos

resta dúvidas de que há restrições ao seu aprofundamento,

agravadas ainda mais com a crise financeira internacional. No cenário

atual, não se vislumbra consenso entre os países em relação às

questões ambientais, tampouco em relação às questões comerciais,

cujas negociações em Doha estão “emperradas”. Logo, a questão

está correta.

Gabarito: Certo

___X___

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Pois bem, agora vamos analisar separadamente cada um

dos principais blocos regionais!

3.2 – União Europeia

Para compreender as origens da União Europeia, teremos

que fazer uma pequena regressão histórica. Por favor, não se

assustem, eu juro que é pequena mesmo!

A origem do fenômeno integracionista no continente

europeu remonta ao período pós-guerra e à constituição de uma

união aduaneira formada por Bélgica, Holanda e Luxemburgo, que

ficou conhecida como BENELUX. Passados alguns anos, surgiu a

Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), cujo objetivo era a

integração das indústrias do carvão e do aço dos países europeus

ocidentais. Em 1957, esse bloco evoluiu para a Comunidade

Econômica Europeia (CEE), também chamada de Mercado Comum

Europeu.

No ano de 1992, as ambições integracionistas europeias

deram origem ao Tratado de Maastricht, constitutivo da União

Europeia. Dentre todos os blocos regionais, a UE é o que se encontra

atualmente no estágio mais avançado de integração.

Como grande pilares do Tratado de Maastricht podemos

citar a união econômica e monetária dos Estados-membros (moeda

única), a definição e a execução de uma política externa e de

segurança comum, a cooperação em matéria jurídica e a criação de

uma cidadania europeia.

A moeda única (euro) é uma das grandes marcas da União

Europeia, concretizando a ideia de uma união monetária. A adoção do

euro como moeda oficial por parte de um membro da União Europeia

exige, em conformidade com o Tratado de Maastricht, certo grau de

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amadurecimento econômico. Assim, é necessário que haja uma

estabilidade de preços – baixo índice de inflação – sustentabilidade

das finanças públicas – inexistência de déficits fiscais excessivos -,

flutuações da taxa de câmbio dentro de margens normais e baixas

taxas de juros de longo prazo.

A União Europeia, enquanto organização internacional, tem

presente em si uma característica singular: a supranacionalidade

de seus órgãos. Pelo fato de ser um bloco econômico que se

encontra no estágio de integração econômica total, existe na União

Europeia uma equalização das políticas econômicas (fiscal, cambial e

monetária), o que exige a presença de órgãos que adotem decisões

vinculantes e obrigatórias para todos os Membros.

Na União Europeia, há uma relativização do conceito de

soberania. É como se cada Estado-membro da União Europeia

concedesse uma parcela da sua soberania para que um órgão

supranacional possa agir em seu nome. Isso é visto por alguns como

um ponto negativo, que gera perda da identidade nacional.

Atualmente, fazem parte da União Europeia 27 membros,

havendo ainda três outros Estados em processo de adesão:

Macedônia, Turquia e Croácia. O processo de adesão à União

Europeia consiste em preparar os países candidatos para cumprirem

as obrigações decorrentes da qualidade de Estado membro. Assim,

para a adesão ao bloco, exige-se o cumprimento dos requisitos

conhecidos como critérios de Copenhague, que consistem em

requisitos políticos, econômicos e de aplicação da legislação europeia.

Quando a União Europeia foi efetivamente criada pelo

Tratado de Maastricht em 1992, ela era integrada por apenas 12

membros. Hoje são mais de 27 membros, o que reclama um

aperfeiçoamento da estrutura dessa instituição. Dessa forma, o

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Tratado de Lisboa foi assinado em dezembro de 2007 pelos 27

Estados-membros da União Europeia com vistas a dotar a União

Europeia de uma estrutura institucional e jurídica que lhe permita

fazer frente aos desafios atuais.

Dentre as principais mudanças a serem introduzidas pelo

Tratado de Lisboa podemos citar:

Melhoria do processo de tomada de decisão no âmbito da

União Europeia;

Reforça a democracia através da atribuição de um papel

mais importante ao Parlamento Europeu (maior número de

matérias sujeitas ao processo de co-decisão) e aos parlamentos

nacionais;

Criação da figura de um presidente estável da União,

eleito por um período de dois anos e meio, renovável uma vez;

Criação do cargo de Alto Representante da União para

Relações Exteriores e a Política de Segurança, que será

simultaneamente vice-presidente da Comissão Europeia;

Possibilidade de que um grupo de 1 milhão de cidadãos da

União Europeia, de um número significativo de Estados dirija-se

diretamente à Comissão Europeia para solicitar a apresentação

de uma proposta legislativa (iniciativa popular);

Possibilidade dos Estados de abandonar a União.

Em 1º de dezembro de 2009, o Tratado de Lisboa entrou em

vigor, após a ratificação por todos os 27 membros da União Europeia.

Esse processo de ratificação não foi, todavia, realizado de forma

tranquila.

As maiores dificuldades foram na ratificação pela Irlanda,

que em virtude de especificidades de sua legislação, teve que

submeter o Tratado de Lisboa a referendo popular. Na primeira vez

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51Profa Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br

em que ele foi submetido a esse processo, os irlandeses responderam

de forma negativa. Somente em uma segunda oportunidade o

Tratado de Lisboa foi aceito pela população irlandesa.

A União Europeia, apesar de ser um bloco que atingiu

elevado nível de integração, ainda apresenta fortes assimetrias

internas. Isso ficou particularmente evidente com o ingresso em

2004 e 2007 de 12 (doze) novos membros à União. Dentre estes, 10

(dez) são países do Leste Europeu, oriundos do antigo bloco

socialista, o que evidencia uma significativa mudança política nos

destinos da região.

Recentemente, o fato que mais chama a atenção e que tem

aparecido como objeto de cobrança em provas de Atualidades é a

crise financeira atravessada por países europeus (aquela

mesma que discutimos lá em cima!).

Vejamos a seguir algumas questões sobre a União Europeia!

10) (CESPE / Analista de Empresa de Comunicação Pública -

Advocacia – EBC / 2011) Atualmente, o euro, moeda adotada

em todos os países integrantes da União Europeia, passa por

crise de grande dimensão, principalmente em razão da

instabilidade econômica em alguns países do bloco, como

Grécia, Portugal e, em especial, Rússia.

COMENTÁRIOS

Afirmativa incorreta. Existem alguns erros que invalidam a

afirmação apresentada. Primeiro erro: não são todos os 27 países

que fazem parte da União Europeia (UE) que adotaram o euro.

Exemplos de membros da UE que não adotam atualmente o euro:

Bulgária, Dinamarca, Suécia, entre outros. Segundo erro: a Rússia

não faz parte nem da UE, nem da zona euro.

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52Profa Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br

De resto, como já vimos acima, o euro realmente passa por

crise propiciada principalmente pela instabilidade econômica e dívidas

públicas de alguns países. Entre eles estão Portugal, Espanha, Itália,

principalmente, Grécia, o que apresenta crise mais agravada até

agora.

Gabarito: Errado

11) (FCC / Escriturário-Banco do Brasil / 2011) BRUXELAS −

Os líderes da União Europeia ordenaram a "liberação até o

início de julho" do novo pacote de socorro para [o país] e

prometeram fazer "o que for necessário" para manter a

estabilidade cambial, de acordo com um esboço da declaração

da cúpula do grupo realizada nesta quinta-feira, 23.

[junho/2011] "Os chefes de Estado e de governo da zona do

euro pediram aos ministros das Finanças para completarem o

trabalho sobre esses elementos para permitir a

implementação até o início de julho", destacou o documento,

fazendo referência a um "financiamento adicional", após o

empréstimo de € 110 bilhões concedido no ano passado [ao

país].

(http://economia.estadao.com.br/noticias/not_72976.htm)

O país a que se refere a notícia acima é

(A) a Alemanha.

(B) a Ucrânia.

(C) o Reino Unido.

(D) a Grécia.

(E) a República Checa.

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COMENTÁRIOS

A letra D, Grécia, é a resposta correta. Vamos entender um

pouco sobre a crise financeira grega e suas implicações.

Na última década a Grécia teve gastos financeiros imensos.

Principalmente devido aos gastos públicos e salários do

funcionalismo. Para tentar resolver a situação recorreu a

empréstimos pesados, o que fazia a dívida externa do país crescer

vertiginosamente. Em 2009, em plena crise mundial de crédito, os

cofres públicos gregos eram esvaziados, não tendo receitas

suficientes para cobri-los.

O crescimento da dívida externa da Grécia deixou os

investidores relutantes em emprestar mais dinheiro ao país, fazendo

com que os juros da dívida aumentassem muito. Para tentar resolver

a situação, em abril de 2010, a Grécia entrou com pedido oficial de

ajuda na União Europeia e FMI.

Foi aprovado um pacote inicial, mas a situação grega não

tinha dado sinal de melhoras até o primeiro semestre do ano de

2011. Mesmo tendo adotado medidas de austeridade para

economizar, como por exemplo, o congelamento dos salários do setor

público e o aumento de impostos, a situação ainda não foi revertida.

Nesse sentido, novas negociações têm sido feitas para tentar obter

mais ajuda tanto da UE quanto do FMI. Mas, as implicações para a

sociedade grega são enormes, uma vez que a ajuda vem

acompanhada de uma série de exigências e restrições que devem ser

obedecidas.

Gabarito: D

___X___

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3.3 – NAFTA

O NAFTA (North American Free Trade Agreement) é uma

área de livre comércio formada por EUA, Canadá e México que

possui como objetivos a eliminação de barreiras ao comércio de bens

e serviços intrabloco, o aumento das oportunidades de investimento

na região e a promoção de uma competição justa na região.

A instituição do NAFTA teve como um de seus principais

efeitos a instalação de empresas canadenses e americanas no

México, as quais se aproveitaram do baixo custo da mão-de-

obra naquele país. Do ponto de vista mexicano, esse movimento

teve como efeito a geração de empregos em seu território e o

crescimento da produção industrial, que, em grande parte, é

destinada aos EUA.

Detalhe interessante que pode vir a ser cobrado em prova é

acerca do atrelamento da economia mexicana aos EUA em

virtude do NAFTA. Por estarem fortemente atreladas uma à outra,

foi possível perceber, diante da recente crise financeira, grande

recessão no México, cuja economia acompanhou a americana.

O NAFTA, ao contrário de outros blocos regionais, não tem

como objetivo a livre circulação de pessoas. Pelo contrário, uma das

maiores preocupações dos EUA quando da constituição do NAFTA era

que aumentasse demasiadamente os fluxos de imigrantes mexicanos.

“Mas, professora, por que existe essa preocupação dos EUA?”

Os EUA, por ser um país desenvolvido, atrai muito mais

imigrantes mexicanos do que o contrário. Aliás, os EUA atraem

imigrantes de vários lugares do planeta. Isso porque todos pensam

em ir para aquele país a fim de "fazer a vida". Quem não conhece um

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brasileiro que já emigrou para os EUA em busca de melhorar sua

condição?

Pois bem, a grande preocupação é que a imigração

mexicana em massa possa constituir-se uma ameaça à cultura

norte-americana. Além disso, outro problema é que

mexicanos ocupem postos de trabalho no lugar de

americanos.

O livre comércio no NAFTA ainda não abrange a totalidade

dos bens e serviços. Se formos ler o texto do tratado que o instituiu,

perceberemos que há inúmeras disposições que restringem o

comércio de bens e de serviços intrabloco. No que diz respeito ao

comércio de bens, podemos perceber que ainda não há, por exemplo,

uma livre circulação de automóveis. Um exemplo de restrição ao

comércio de serviços na região é a existente no setor energético,

segundo a qual o México reserva a si mesmo o direito de exploração

e refinamento de petróleo e gás natural em seu território. Nada mais

natural, considerando-se que o México é um dos maiores

exportadores de petróleo do mundo e não iria querer empresas

americanas ou canadenses se instalando em seu território para

incrementar a concorrência.

Vejamos uma questão relacionada à integração na América

do Norte:

12) (CESPE / ANTAQ / 2009) Embora não faça fronteira com

os EUA, o México é prioritário para a diplomacia norte-

americana por causa do grande número de imigrantes

mexicanos instalados no território norte-americano.

COMENTÁRIOS

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A afirmativa está errada. Em primeiro lugar, os EUA

possuem fronteiras com o México. Em segundo lugar, apesar de

existir um grande número de imigrantes mexicanos instalados no

território, não é só por isso que o México é prioritário para a

diplomacia norte-americana. Além desse aspecto demográfico,

também é muito relevante a grande quantidade de investimentos dos

EUA naquele país, além, é claro, das estreitas relações comerciais

entre os dois. Estreitas relações comerciais, como assim? Os

investimentos dos EUA no México também estão relacionados com a

implantação de empresas de capital norte-americano naquele país.

Essas empresas promovem relações comerciais de um país com

outro.

Além disso, existe a importante questão energética, não é

mesmo? Se o México é um grande fornecedor de Petróleo, derivados

e gás natural para os EUA, então as relações comerciais entre ambos

também tornam-se muito importante, digo até, fundamental para a

própria economia norte-americana! É importante destacar ainda que

as empresas canadenses e dos EUA em território mexicano reforçam

e estreitam as relações comerciais e atrelam a economia mexicana às

outras duas! Por tudo isso, podemos dizer que a questão está errada.

Gabarito: Errado

___X___

3.4 – Integração Regional na América Latina

A) ALADI

A integração regional na América Latina remonta ao período

posterior à Segunda Guerra Mundial, quando começam a surgir nesse

continente as primeiras ideias integracionistas. Dessa forma, na

década de 50 começam a tomar forma tais ideias, que encontram

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suas motivações nas experiências integracionistas realizadas na

Europa e, ainda, no pensamento da Comissão Econômica para a

América Latina (CEPAL).

Por um lado, a partir das bem-sucedidas experiências

integracionistas europeias, os países latino-americanos perceberam

que a melhor forma de alcançar desenvolvimento econômico conjunto

seria a organização em blocos econômicos. Por outro lado, as

recomendações da CEPAL eram no sentido de que os países da

América Latina deveriam utilizar-se de políticas de substituição de

importações (práticas protecionistas) e que o livre comércio só

deveria existir em âmbito regional.

Assim, a partir do pensamento cepalino, cuja principal figura

era o economista argentino Raúl Présbisch, surge em 1960 a ALALC

(Associação Latino-Americana de Livre Comércio). A ALALC tinha

como objetivo estabelecer, no longo prazo, um mercado comum,

começando, todavia, com uma área de livre comércio, integrando os

seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador,

México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Mas será que a ALALC

foi uma iniciativa que deu certo?

Não, amigos, a ALALC não deu muito certo! E podemos aqui

assinalar diversos motivos!

Em primeiro lugar, os objetivos a que se propunha a

ALALC (estabelecer um mercado comum) eram demasiadamente

ambiciosos, o que levou ao não-cumprimento dos compromissos

assumidos pelos países que a integravam. Dessa forma, não foi

possível nem mesmo formar uma área de livre comércio que

englobasse os países-membros.

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Em segundo lugar, não foram contemplados

adequadamente a diferença entre os níveis de desenvolvimento dos

países envolvidos no processo de integração. Afinal de contas, não

podemos nos esquecer que, mesmo dentro da América Latina há

diferenças de desenvolvimento. De um lado há países como Brasil,

Argentina e México, os quais possuem economias mais fortes; de

outro há países como Bolívia e Paraguai, que são economias

menores.

Em terceiro lugar, no período compreendido entre 1960 e

1980, os países envolvidos no processo de integração atravessaram

momentos de grande instabilidade política, notadamente em razão

das ditaduras militares.

Por fim, podemos citar, ainda, como entraves ao bom

funcionamento da ALALC a heterogeneidade das políticas econômicas

dos países-membros, a falta de vontade política dos governos e o

déficit institucional que a caracterizava (falta de flexibilidade de seus

mecanismos e inexistência de órgãos supranacionais a conduzirem o

processo de integração).

Não tendo dado certo a ALALC, foi criada em 1980, pelo

Tratado de Montevidéu a ALADI (Associação Latino-Americana de

Integração). A ALADI é, atualmente, o mais importante fórum de

negociações comerciais na América Latina, sendo constituída por 12

países, representantes das 3 (três) Américas: Brasil, Argentina,

Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia, Equador, Peru, Venezuela,

Colômbia, México e Cuba.

A ALADI tem como objetivo estabelecer, no longo prazo, um

mercado comum latino-americano. Para isso, todavia, é dotada de

mecanismos mais flexíveis do que sua antecessora ALALC. Enquanto

na ALALC os países queriam formar uma área de livre comércio que

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englobasse todos seus membros, no âmbito da ALADI as preferências

tarifárias podem ficar restritas a um grupo de países.

De acordo com o Tratado de Montevidéu, que instituiu a

ALADI, os países-membros da ALADI estabeleceram uma área de

preferências econômicas, composta por uma preferência tarifária

regional, acordos de alcance regional e acordos de alcance parcial. Os

acordos de alcance regional são acordos que abrangem a totalidade

dos integrantes da ALADI. Já os acordos de alcance parcial são

acordos que envolvem somente alguns de seus integrantes. Como

exemplos de acordos de alcance parcial celebrados no âmbito da

ALADI citamos o MERCOSUL e a Comunidade Andina de Nações

(CAN), sobre os quais falaremos a seguir.

B) MERCOSUL

O MERCOSUL é um bloco regional constituído por Brasil,

Argentina, Uruguai e Paraguai que tem por objetivo formar um

mercado comum. Esse estágio de integração pressupõe a livre

circulação de mercadorias e serviços entre seus membros, uma

política comercial comum em relação a terceiros países e a livre

circulação dos fatores de produção.

As origens do MERCOSUL estão na Declaração de Iguaçu,

que formalizou a cooperação econômica entre Brasil e Argentina no

ano de 1985. Posteriormente, Fernando Collor de Melo e Carlos

Menem assinaram em 1990 a Ata de Buenos Aires, visando à

integração econômica entre esses dois países. Em 1991, com a

assinatura do Tratado de Assunção e a entrada de Uruguai e Paraguai

no bloco, surge o MERCOSUL.

Ainda falta muito para o MERCOSUL atingir objetivo de

constituição de um mercado comum, pois há uma série de

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dificuldades políticas e institucionais que impedem o aprofundamento

da integração regional. Em primeiro lugar, os países que integram o

MERCOSUL são economicamente muito heterogêneos. Enquanto

o Brasil e Argentina possuem economias maduras, o Paraguai ainda é

uma economia bem frágil. Em termos políticos, o Brasil goza de

maior prestígio no cenário internacional e sua política externa tem

objetivos ambiciosos, como conquistar um assento permanente no

Conselho de Segurança da ONU.

No que diz respeito às dificuldades institucionais do

MERCOSUL, ressalto que não existe nesse bloco regional um órgão

supranacional com capacidade legislativa. Isso dificulta a produção

normativa no âmbito do MERCOSUL, enfraquecendo, por conseguinte,

a segurança jurídica. Para que uma norma tenha vigor no âmbito do

MERCOSUL, ela deve ser aprovada pelos seus quatro países-

membros.

Quanto às práticas protecionistas adotadas entre seus

membros, é incontroverso dizer que elas recrudesceram nos últimos

tempos. Principalmente no comércio entre Brasil e Argentina, o que

se percebe é uma verdadeira “troca de gentilezas” entre esses países.

Todavia, apesar de todas essas dificuldades para a

consolidação da integração entre os seus integrantes, a corrente de

comércio do Brasil com o bloco intensificou-se nos últimos anos.

O Brasil tem dado grande prioridade ao fortalecimento do

MERCOSUL. Isso se deve, conforme já comentei anteriormente, às

ambições da política externa brasileira, cujo objetivo é conseguir um

assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Para isso, o

Brasil almeja ser visto pelo mundo como um autêntico líder e

promotor da estabilidade regional.

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A criação do FOCEM (Fundo para Convergência Estrutural) e

do Parlamento do MERCOSUL foram, nesse sentido, iniciativas

apoiadas pelo Brasil. O FOCEM é um fundo destinado a apoiar

projetos de infra-estrutura das economias menores e das regiões

menos desenvolvidas do MERCOSUL, visando, acima de tudo, a

redução das assimetrias regionais. O Parlamento do MERCOSUL, por

sua vez, representa um passo no caminho do aprofundamento do

processo de integração. Como principais funções, o Parlasul busca

agilizar o processo de incorporação de normas do MERCOSUL ao

ordenamento jurídico de seus membros bem como fortalecer a

cooperação inter-parlamentar.

Outra iniciativa que pretende aprofundar a integração no

âmbito do MERCOSUL é o Sistema de Pagamentos em Moeda Local

(SML), que já permite hoje que Brasil e Argentina utilizem em suas

relações comerciais recíprocas o peso e o real. Existe a possibilidade,

ainda não transformada em realidade, de que esse sistema seja

estendido a todas as relações comerciais entre os países do

MERCOSUL.

Por fim, vale destacarmos a situação da Venezuela no

âmbito do MERCOSUL. Este país está em processo de adesão ao bloco

regional, bastando para seu efetivo ingresso a aprovação pelo

Paraguai. Em 2009, o Brasil aprovou o Protocolo de Adesão da

Venezuela ao MERCOSUL.

Vejamos como o assunto pode aparecer em prova!

13) (CESGRANRIO / Médico – SECAD-TO / 2009) O ministro

das relações exteriores do Brasil, Celso Amorim, ao ser

perguntado sobre a entrada de um determinado país da

América Latina, grande produtor de petróleo, no Mercosul,

respondeu favoravelmente, alegando que o Brasil tem com

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esse país o maior saldo comercial e que, do ponto de vista

mais amplo, geoestratégico, segue o ministro, o Mercosul:

“Deixa de ser, no imaginário das pessoas, o mercado comum do Cone

Sul para ser o mercado da América do Sul, de uma grande parte dela.

[O país] é nosso vizinho e tem tradições culturais, apesar da língua

espanhola, muito parecidas com as nossas, muita mistura, um

componente negro mais forte que outros países da América do Sul”.

Revista Carta Capital. 13 maio 2009.

O país latino-americano a que se refere o ministro é a

a) Bolívia.

b) Colômbia.

c) Costa Rica.

d) Nicarágua.

e) Venezuela.

COMENTÁRIOS

A resposta correta é a letra E. A Venezuela está em

processo de adesão ao bloco regional, bastando para seu efetivo

ingresso a aprovação pelo Paraguai. Em 2009, além de manifestar-se

publicamente a favor da entrada do país no bloco, o Brasil também

aprovou o Protocolo de Adesão da Venezuela ao MERCOSUL.

Gabarito: E ___X___

C) Comunidade Andina (CAN)

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A Comunidade Andina de Nações (CAN) é um bloco

econômico formado por Bolívia, Equador, Colômbia e Peru,

constituindo, assim como o MERCOSUL, uma união aduaneira.

O objetivo da Comunidade Andina é constituir um mercado

comum, o que ainda é algo um pouco distante. Para que isso se torne

realidade, é preciso que todos os países usem a Tarifa Externa

Comum (TEC), a qual ainda não foi adotada pelo Peru. Além disso,

faz-se mister estabelecer a livre circulação dos fatores de produção

intrabloco.

A Venezuela fazia parte da CAN até o ano de 2006, quando

retirou-se do bloco alegando que os tratados de livre comércio

assinados pela Colômbia, Equador e Peru com os EUA comprometiam

os objetivos regionais.

D) UNASUL

A UNASUL (União de Nações Sul-Americana) foi constituída

em 23 de maio de 2008 e tem como objetivo a integração sul-

americana. Para isso, ela reúne o MERCOSUL, a Comunidade Andina

de Nações (CAN), Chile, Guiana e Suriname. Vejamos o que o

Tratado Constitutivo dessa organização internacional enuncia como

seu objetivo:

Artigo 2 – Objetivo: A União de Nações Sulamericanas tem

como objetivo construir, de maneira participativa e consensuada, um

espaço de integração e união no âmbito cultural, social,

econômico e político entre seus povos, priorizando o diálogo

político, as políticas sociais, a educação, a energia, a infra-estrutura,

o financiamento e o meio ambiente, entre outros, com vistas a

eliminar a desigualdade socioeconômica, alcançar a inclusão social e

a participação cidadã, fortalecer a democracia e reduzir as

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assimetrias no marco do fortalecimento da soberania e independência

dos Estados.

O Tratado Constitutivo da UNASUL é muito bonito em suas

palavras! Fazendo uma leitura de seu texto, pensamos até que vai

ser construído na América do Sul um bloco aos moldes da União

Europeia. No entanto, não podemos dizer que ele tenha estabelecido

compromissos concretos para as partes contratantes. O que de fato

existe hoje na UNASUL são propostas e intenções, em que julgo

como principais:

Liberalização do comércio entre os países: eliminação de tarifas

para produtos não-sensíveis até 2014 e para produtos sensíveis

até 2019;

Livre circulação de pessoas;

Criação do Banco do Sul: será o responsável por estabelecer

uma política monetária na região, com vistas a criar no futuro

uma moeda única sul-americana;

Criação de um Conselho de Defesa Sul-Americano.

A UNASUL é, conforme você podem perceber, um bloco

econômico com objetivos bem ambiciosos, mas que ainda não tem

conquistas significativas realizadas. Podemos dizer que os seus

projetos ainda estão "no papel".

No dia 11 de março de 2011, o Tratado Constitutivo da

UNASUL entrou em vigor e essa organização internacional passou a

ter personalidade jurídica de direito internacional. Assim, já é possível

que os membros da UNASUL sejam internacionalmente

responsabilizados em razão do descumprimento de compromissos

firmados no âmbito dessa organização internacional.

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Levando-se em conta que a personalidade jurídica da

UNASUL surgiu recentemente, ainda é difícil fazer uma análise mais

detalhada do seu funcionamento. Todavia, desde já é possível

perceber que ela é uma iniciativa que carece de estrutura

institucional adequada para atingir os objetivos a que se propõe.

Outro complicador para o processo de integração é a diferença de

desenvolvimento entre os seus integrantes, o que necessita ser

considerado no estabelecimento de políticas regionais.

Vejamos algumas questões sobre a UNASUL!

14) (CESPE / IRB / 2010) A UNASUL é um organismo político

internacional formado pela junção das estruturas do

MERCOSUL e da Comunidade Andina, que deverão

desconstituir-se, segundo calendário estabelecido por seus

Estados-Partes, a fim de se consolidar a nova entidade

regional.

COMENTÁRIOS

Não há nenhuma disposição no Tratado Constitutivo da

UNASUL, tampouco algum país manifestou a intenção, de que o

MERCOSUL e a Comunidade Andina sejam desconstituídos com a

criação dessa nova entidade regional. Logo, a questão está errada.

Gabarito: Errado

___X___

E) Área de Livre Comércio das Américas (ALCA)

A ALCA é um projeto que ficou parado no tempo! Segundo o

Prof. Raúl Granillo Ocampo, o seu estabelecimento é um processo

que está “ferido de morte”. Ela tinha como objetivo a formação de

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uma área de livre comércio nas Américas, não se limitando,

entretanto à área econômica, mas também abrangendo iniciativas

nos campos políticos, sociais e culturais.

No entanto, em virtude de interesses divergentes entre os

países que a formariam, suas negociações foram abandonadas. Veja

só: os países integrantes do NAFTA tinham como maior interesse as

negociações em matéria de serviços, investimentos, licitações

governamentais e propriedade intelectual. Já os países do MERCOSUL

viam com prioridade os temas de acesso a mercados e agricultura.

Os EUA, por sua vez, eram relutantes, à época das

negociações, em retirar os altos subsídios que concediam ao setor

agrícola e reduzir o protecionismo em alguns setores, como o do aço.

E isso era de fundamental interesse para os outros países! Vejamos o

que nos diz o Prof. Raúl Granillo Ocampo sobre a ALCA:

“A negativa dos Estados Unidos de renunciar a seus subsídios agropecuários

e abrir seu mercado nessa área demonstra, nessa visão, que a ALCA é nada

mais do que um instrumento para o aumento das exportações norte-

americanas, o reforço de seu predomínio tecnológico e a transformação da

América Latina em uma região cativa dos Estados Unidos, o que causaria

impacto negativo no emprego e no combate à pobreza através de uma

maior quantidade de investimentos norte-americanos para prover os

mercados na América Latina.”

Não somos tão radicais assim! Todavia, é certo que a

formação de um bloco regional deve prever benefícios para ambas as

partes e, ainda, possuir mecanismos que favoreçam os países de

menor desenvolvimento relativo.

___X___ ___X___ ___X___

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Então, pessoal, sei que a aula já está demasiadamente

grande, não é mesmo? Deixarei, assim, para falar sobre as

organizações internacionais em próxima aula, tanto aquelas de

caráter político (portanto, dentro do tema da aula), quanto as de

caráter econômico que não foram vistas hoje.

Espero que tenham gostado e estejam animados para

continuar essa “viagem” cheia de descobertas pelo mundo das

Atualidades!!!

Um grande abraço e até a próxima semana!!! Bons

estudos!!! ;)

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LISTA DAS QUESTÕES

1) (CESPE / ABIN / 2008) A globalização, como fenômeno em

curso no mundo, é caracterizada pela integração de mercados,

levando o crescimento econômico a todas as regiões,

articuladas segundo um processo equitativo de distribuição de

riqueza.

2) (FUNIVERSA / Auditor Fiscal – Controle Ambiental –

Seplag-DF / 2011) A interdependência dos atores – governos,

empresas e sociedades – é, certamente, a característica

fundamental do atual cenário econômico mundial, comumente

denominado globalização. Com base nessa nova realidade, que

ganhou maior densidade a partir da década de 80 do século

XX, assinale a alternativa correta.

(A) As cadeias produtivas concentram-se cada vez mais em áreas

restritas do planeta, em geral nas economias mais sólidas, restando

aos países pobres o papel de meros consumidores.

(B) As inovações tecnológicas, profundas e incessantes, contribuem

decisivamente para um aspecto essencial à ordem global, qual seja, a

celeridade da circulação de bens, capitais e informações.

(C) Apesar da queda do Muro de Berlim e da derrocada do chamado

socialismo real do Leste europeu, os países da antiga Cortina de Ferro

recusam-se a se inserir na economia capitalista globalizada.

(D) Embora importante sob vários aspectos, em especial nas

telecomunicações, a revolução tecnológica dos anos 90 do século XX

foi insuficiente para ampliar as possibilidades de integração da

economia mundial.

(E) Mesmo reduzindo o quadro de desigualdades entre as nações, a

globalização acabou por concentrar poder e riqueza nos países ricos,

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o que impede a emergência de outros países na cena econômica

mundial.

3) (CESPE / ABIN / 2008 / com adaptações) Refletindo sobre

os inúmeros aspectos da globalização analise as assertivas

que se seguem, e marque a opção correta.

I – A atuação de organismos internacionais como o FMI e a OMC têm

eliminado as concentrações e os desequilíbrios nas atividades

econômicas, provocados pelo avanço da globalização.

II – Uma das inovações trazidas pela globalização é o caráter

autônomo da economia, ou seja, instabilidades políticas ou

confrontações bélicas deixaram de exercer influência sobre os

mecanismos de produção, circulação e fixação de preços das

mercadorias.

III – Em relação ao Brasil, o processo de globalização diminuiu a

concorrência entre produtos agrícolas no mercado internacional, o

que impulsionou a modernização da agricultura no país.

IV – O atual estágio da economia mundial, comumente identificado

como globalização, tem nas inovações tecnológicas que se processam

no campo das comunicações um de seus instrumentos fundamentais,

pois elas permitem, entre outros importantes aspectos, a rápida

circulação de informações e de capitais.

A) Todas alternativas estão corretas.

B) Somente os itens I e IV estão corretos.

C) Somente o item IV está correto.

D) Somente o item II está correto.

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E) Estão corretos os itens I, II e III.

4) (CESPE / Escriturário – BRB / 2011) Mesmo após a

aprovação do pacote fiscal, a União Européia se recusou a

conceder novos empréstimos aos gregos, dado o caráter

contraproducente desse tipo de medida, que poderia

incentivar outros países a contrair dívidas sem condições de

honrá-las no futuro.

5) (CESPE / Analista de Empresa de Comunicação Pública -

Advocacia – EBC / 2011 / com adaptações) O duplo ataque que

deixou dezenas de mortos na Noruega chamou a atenção da Europa

para um perigo ofuscado nos últimos anos pelo terrorismo islâmico: a

ameaça e o crescimento de grupos políticos de extrema direita. Com

um discurso ultranacionalista, contra a globalização e a União

Europeia, os partidos extremistas vêm alcançando projeção nas

eleições no rastro da crise econômica.

O Globo, 25/7/2011 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a

multiplicidade de aspectos que ele suscita, julgue os itens

seguintes.

I – O ódio expresso no discurso político do autor do atentado ocorrido

na Noruega, que, certamente, encoraja a prática da violência

individual, assustou a opinião pública mundial pelo seu ineditismo na

história da Europa, continente até então imune a práticas políticas

ideologicamente extremadas.

II – Mencionada no texto como um dos alvos dos partidos políticos

europeus extremistas, a globalização pode ser entendida como o

estágio a que chegou a economia mundial contemporânea,

caracterizada, entre outros aspectos, pela ampliação do sistema

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produtivo e dos mercados, pela acirrada competição e pelas

incessantes inovações tecnológicas.

III – Atualmente, o euro, moeda adotada em todos os países

integrantes da União Europeia, passa por crise de grande dimensão,

principalmente em razão da instabilidade econômica em alguns

países do bloco, como Grécia, Portugal e, em especial, Rússia.

IV – Elemento presente no discurso de grupos políticos europeus de

extrema direita, como comprovam os recentes atentados na Noruega,

a xenofobia traduz-se, entre outros aspectos, na vigorosa oposição à

imigração.

V – Apesar de apresentar índice de desenvolvimento humano

relativamente modesto em comparação com os dos países líderes da

União Europeia Alemanha e França, a Noruega é considerada um país

historicamente pacífico, fato que torna ainda mais surpreendentes os

atos terroristas de que foi vítima em julho de 2011.

VI – Infere-se do texto que os atos terroristas no país escandinavo

foram praticados por grupos identificados com causas religiosas,

étnicas e culturais, provavelmente integrantes da mesma rede que se

responsabilizou pelos ataques que, em 2001, causaram a destruição

das torres do World Trade Center e de parte das instalações do

Pentágono nos Estados Unidos da América.

Assinale a alternativa correta

a) As afirmativas I, II, V e VI estão corretas.

b) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.

c) Todas as opções estão erradas.

d) Todas as opções estão certas.

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e) As afirmativas III, V e VI estão corretas.

6) (CESPE / IRB / 2010) Acerca da atual crise econômica

internacional, julgue C ou E.

I – Além de envolver grandes bancos e o sistema financeiro

internacional, a crise atual tem sido considerada uma crise de

paradigmas, em particular da certeza de que os mercados podem

autorregular-se e recuperar o equilíbrio automaticamente,

dispensando a intervenção do Estado.

II – Diante da crise, as instituições de Bretton Woods não

conseguiram propor soluções concretas por ocasião da reunião de

Cúpula do G 20 realizada em Londres em 2009.

III – Como membro do G-20, o Brasil insistiu na necessidade de se

prover a economia mundial com créditos para o desenvolvimento,

incrementar a regulação financeira, desenvolver políticas anticíclicas

e combater os paraísos fiscais.

IV – Apesar de discordar da resistência de países ricos em realizar

reformas nos organismos multilaterais, como o FMI e o Banco

Mundial, o Brasil comprou títulos emitidos pelo Fundo em 2009.

Marque a alternativa

a) se todos os itens estiverem corretos.

b) se todos os itens estiverem errados.

c) se somente os itens II, III e IV estiverem corretos.

d) se somente os itens I, II e IV estiverem corretos.

e) se somente o item I estiver correto.

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7) (CESPE / Escriturário – BRB / 2011 / com adaptações) Com

referência à aprovação, em junho de 2011, e à repercussão, na

Europa, do conjunto de medidas econômicas e fiscais proposto

pela Grécia para conter a crise econômica no país, julgue os

itens a seguir.

I – Mesmo após a aprovação do pacote fiscal, a União Européia se

recusou a conceder novos empréstimos aos gregos, dado o caráter

contraproducente desse tipo de medida, que poderia incentivar outros

países a contrair dívidas sem condições de honrá-las no futuro.

II – A população da Grécia reagiu à aprovação das medidas de

contenção da crise propostas pelo governo, promovendo greve geral

e manifestações políticas nas ruas da capital do país, Atenas.

III – O aprofundamento da crise na Grécia deveu-se à recusa do

governo local em adotar o euro como moeda nacional, fato que

impediu esse país de se beneficiar do ciclo de crescimento econômico

europeu da primeira década do século XXI.

IV – Além da Grécia, outros países europeus, como Espanha, Itália,

Portugal e Irlanda, também podem ser afetados pela crise econômica,

em razão das dificuldades que eles enfrentam para pagar suas

dívidas públicas.

Marque a alternativa correta

a) EECC

b) ECCE

c) ECEC

d) CCCC

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e) CCEE

8) (FEPESE / Agente Administrativo – Casan / 2011) Ministros

das finanças e economistas do mundo inteiro debatem e

buscam solução para a assim chamada “guerra cambial” que

causa grandes problemas para a economia dos países pobres e

emergentes.

Assinale a alternativa que identifica o significado dessa

expressão.

a. ( ) Trata-se de um conjunto de medidas tomadas por alguns países

que tem como consequência a desvalorização da sua moeda nacional.

b. ( ) Compreende uma série de medidas governamentais, na área

cambial, permitindo a valorização das moedas nacionais com o

objetivo de dificultar as exportações.

c. ( ) Refere-se à disputa entre os Estados Unidos e a União

Soviética, manifestação tardia da “Guerra Fria”, em que ambos

tentam fortalecer as suas moedas, desvalorizando a moeda europeia

e as das economias emergentes.

d. ( ) Corresponde ao conflito econômico entre os países do norte

(pós-industrializados) e os do sul (subdesenvolvidos), em que os

primeiros tentam dominar a economia dos segundos através de uma

política deliberada de desindustrialização.

e. ( ) Trata-se da crescente valorização da moeda norte-americana

em relação às moedas dos países emergentes, causando a baixa dos

preços das commodities e o crescimento das exportações dos países

emergentes, principais causadores da inflação interna e do

endividamento no terceiro mundo.

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9) (CESPE / ABIN / 2008) Os processos de integração

econômica e política, em grande parte das experiências

desenvolvidas nas últimas décadas, passam por momentos de

restrições.

10) (CESPE / Analista de Empresa de Comunicação Pública -

Advocacia – EBC / 2011) Atualmente, o euro, moeda adotada

em todos os países integrantes da União Europeia, passa por

crise de grande dimensão, principalmente em razão da

instabilidade econômica em alguns países do bloco, como

Grécia, Portugal e, em especial, Rússia.

11) (FCC / Escriturário-Banco do Brasil / 2011) BRUXELAS −

Os líderes da União Europeia ordenaram a "liberação até o

início de julho" do novo pacote de socorro para [o país] e

prometeram fazer "o que for necessário" para manter a

estabilidade cambial, de acordo com um esboço da declaração

da cúpula do grupo realizada nesta quinta-feira, 23.

[junho/2011] "Os chefes de Estado e de governo da zona do

euro pediram aos ministros das Finanças para completarem o

trabalho sobre esses elementos para permitir a

implementação até o início de julho", destacou o documento,

fazendo referência a um "financiamento adicional", após o

empréstimo de € 110 bilhões concedido no ano passado [ao

país].

(http://economia.estadao.com.br/noticias/not_72976.htm)

O país a que se refere a notícia acima é

(A) a Alemanha.

(B) a Ucrânia.

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(C) o Reino Unido.

(D) a Grécia.

(E) a República Checa.

12) (CESPE / ANTAQ / 2009) Embora não faça fronteira com

os EUA, o México é prioritário para a diplomacia norte-

americana por causa do grande número de imigrantes

mexicanos instalados no território norte-americano.

13) (CESGRANRIO / Médico – SECAD-TO / 2009) O ministro

das relações exteriores do Brasil, Celso Amorim, ao ser

perguntado sobre a entrada de um determinado país da

América Latina, grande produtor de petróleo, no Mercosul,

respondeu favoravelmente, alegando que o Brasil tem com

esse país o maior saldo comercial e que, do ponto de vista

mais amplo, geoestratégico, segue o ministro, o Mercosul:

“Deixa de ser, no imaginário das pessoas, o mercado comum do Cone

Sul para ser o mercado da América do Sul, de uma grande parte dela.

[O país] é nosso vizinho e tem tradições culturais, apesar da língua

espanhola, muito parecidas com as nossas, muita mistura, um

componente negro mais forte que outros países da América do Sul”.

Revista Carta Capital. 13 maio 2009.

O país latino-americano a que se refere o ministro é a

a) Bolívia.

b) Colômbia.

c) Costa Rica.

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d) Nicarágua.

e) Venezuela.

14) (CESPE / IRB / 2010) A UNASUL é um organismo político

internacional formado pela junção das estruturas do

MERCOSUL e da Comunidade Andina, que deverão

desconstituir-se, segundo calendário estabelecido por seus

Estados-Partes, a fim de se consolidar a nova entidade

regional.

GABARITO

1 ERRADO 8 A

2 B 9 CERTO

3 C 10 ERRADO

4 ERRADO 11 D

5 B 12 ERRADO

6 A 13 E

7 C 14 ERRADO