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Língua Portuguesa para ATA/MF Teoria e questões comentadas Prof. Fernando Pestana Aula 07 Prof. Fernando Pestana www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 52 AULA 07: Regência Verbal/Nominal (Crase) Salve, salve, meus alunos inquietos! O curso já vai chegando ao fim com esta aula de hoje... Espero que você, meu/minha nobre, tenha apreciado este curso tão bem pensado e organizado por mim, com todo o carinho. Que o sucesso — sua classificação — seja o reflexo de seu esforço nos estudos. Torço muito por você! De verdade! Bem, a aula de hoje fala sobre assuntos extremamente recorrentes em toda e qualquer prova de concurso público: Regência e Crase. Muuuuuita decoreba, pouca lógica, principalmente em regência! Para isso, farei uso dos dicionários de Regência Nominal e Verbal, de Celso Pedro Luft e de Francisco Fernandes. Tomarei como base também nosso velho conhecido Evanildo Bechara (o cara!). Enfim, estamos em boa companhia. É bom destacar que os ‘homens da banca’ às vezes são imprevisíveis: ora trabalham questões de regência pela visão tradicional, ora trabalham questões de regência pela visão moderna. Tentarei ser o mais minucioso possível para que você não seja pego de surpresa. Ok? Em outras palavras, fique atento às minhas observações sobre a visão tradicional (ortodoxa) e a moderna. Fica a dica: ao ver uma questão de regência, analise com cuidado todas as alternativas, buscando a melhor resposta sobre o assunto. Isso vale para outros pontos polêmicos na gramática — bem que os gramáticos poderiam uniformizar o ensino da gramática, não? Ou, pelo menos, os ‘homens da banca’ poderiam adotar uma visão só, não é? C’est la vie! Como não somos dos que esmorecem, vamos juntos RUMO AO SUCESSO! SUMÁRIO 1- O que é Regência?...................................................................02 2- Regência Nominal...................................................................05 3- Regência Verbal......................................................................10 4- A Crase....................................................................................25 5- Questões com gabarito comentado.........................................31

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AULA 07: Regência Verbal/Nominal (Crase) Salve, salve, meus alunos inquietos! O curso já vai chegando ao fim com esta aula de hoje... Espero que você, meu/minha nobre, tenha apreciado este curso tão bem pensado e organizado por mim, com todo o carinho. Que o sucesso — sua classificação — seja o reflexo de seu esforço nos estudos. Torço muito por você! De verdade! Bem, a aula de hoje fala sobre assuntos extremamente recorrentes em toda e qualquer prova de concurso público: Regência e Crase. Muuuuuita decoreba, pouca lógica, principalmente em regência! Para isso, farei uso dos dicionários de Regência Nominal e Verbal, de Celso Pedro Luft e de Francisco Fernandes. Tomarei como base também nosso velho conhecido Evanildo Bechara (o cara!). Enfim, estamos em boa companhia.

É bom destacar que os ‘homens da banca’ às vezes são imprevisíveis: ora trabalham questões de regência pela visão tradicional, ora trabalham questões de regência pela visão moderna. Tentarei ser o mais minucioso possível para que você não seja pego de surpresa. Ok? Em outras palavras, fique atento às minhas observações sobre a visão tradicional (ortodoxa) e a moderna. Fica a dica: ao ver uma questão de regência, analise com cuidado todas as alternativas, buscando a melhor resposta sobre o assunto. Isso vale para outros pontos polêmicos na gramática — bem que os gramáticos poderiam uniformizar o ensino da gramática, não? Ou, pelo menos, os ‘homens da banca’ poderiam adotar uma visão só, não é? C’est la vie! Como não somos dos que esmorecem, vamos juntos RUMO AO SUCESSO!

SUMÁRIO 1- O que é Regência?...................................................................02 2- Regência Nominal...................................................................05 3- Regência Verbal......................................................................10 4- A Crase....................................................................................25 5- Questões com gabarito comentado.........................................31

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O que é Regência? Regência é a maneira como o nome ou o verbo se relacionam com seus complementos. Quando um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) exige um complemento preposicionado, dizemos que este nome é um termo regente (pois rege) e que seu complemento é um termo regido. O fato é que há uma relação de dependência entre o nome e seu complemento. Enquanto o nome exige um complemento para ter seu sentido completo, o complemento só existe porque é projetado pelo nome. Lembre-se: o nome (substantivo, adjetivo e advérbio) exige um complemento sempre iniciado por preposição, exceto se o complemento vier em forma de pronome oblíquo átono. No caso do verbo, a relação que ele mantém com seu complemento pode ou não ser através de preposição. Por isso é bom que relembremos os conceitos de transitividade verbal (ou predicação verbal). Farei isso nesta aula. Assim como o nome, o verbo mantém uma relação de dependência sintática com seu complemento (objeto ou, em alguns casos, adjunto adverbial), em que o verbo é o termo regente e seu complemento, o termo regido. Veja a relação entre alguns nomes (substantivo, adjetivo e advérbio) e seus complementos: Sempre senti ojeriza a qualquer atitude desonesta. (ojeriza é um substantivo; quem sente ojeriza, sente ojeriza a, contra, por algo ou alguém; ‘a qualquer atitude desonesta’ é um complemento nominal de ‘ojeriza’) Meus filhos sempre me foram leais. (leal é um adjetivo; quem é leal, é leal a algo ou a alguém; neste exemplo, o complemento nominal veio em forma de pronome oblíquo átono, que, se passado a oblíquo tônico, ficaria assim, no contexto: leais a mim) Paralelamente ao que foi dito, todos cochicharam. (paralelamente é um advérbio que exige a preposição ‘a’, que, no contexto, se combinou ao demonstrativo ‘o’ (=aquilo), formando ‘ao’, complemento nominal do nome paralelamente)

Veja agora a relação entre alguns verbos e seus complementos: Já fomos a parques de todo o mundo.

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(o verbo ir rege um complemento iniciado pela preposição ‘a’, quem vai, vai a algum lugar; neste caso, a gramática tradicional considera tal complemento como um adjunto adverbial) Conseguimos a tão sonhada classificação neste ano. (o verbo conseguir exige um complemento sem que nenhuma preposição intermedeie a ligação entre o verbo e seu complemento; quem consegue, consegue alguma coisa) Em nenhum momento desistamos de nossos objetivos! (o verbo desistir exige um complemento preposicionado, em que a preposição ‘de’ liga o verbo a seu complemento; quem desiste, desiste de algo ou alguém) Ofereça-lhe o melhor prato do restaurante, garçom. (o verbo oferecer exige um complemento sem preposição (o nosso melhor prato) e um complemento com preposição — exceto quando vem em forma de pronome oblíquo átono, o que é o caso, com o ‘lhe’ (= a ele(a)); quem oferece, oferece algo a alguém)

Enfim, a regência nominal ou verbal trata da relação de dependência entre termos dentro da oração, como atestamos.

É bom dizer também que ocorre regência nominal e verbal entre orações. Lembra-se das orações subordinadas substantivas? Entre elas e suas orações principais também há regência nominal e verbal. Quer ver? Ex.: Tenho medo de que não passe na prova.

(o nome medo, que faz parte da oração principal, exige um complemento preposicionado, que, neste exemplo, é uma oração subordinada substantiva completiva nominal, iniciada pela preposição ‘de’; quem tem medo, tem medo de algo ou alguém) Gosto de quem gosta de mim. (o verbo gostar da oração principal exige um complemento preposicionado, que, neste exemplo, é uma oração subordinada substantiva objetiva indireta, iniciada pela preposição ‘de’; quem gosta, gosta de algo ou alguém)

Se os ‘homens da banca’ quiserem te derrubar, vão elaborar questões com estes detalhes abaixo. Cuidado! 1) É importante dizer que, se um verbo ou um nome da oração subordinada adjetiva exigir a presença de uma preposição, esta ficará antes do pronome relativo. Preste atenção!!!

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Ex.: O filho, por quem a mãe tinha admiração, era honesto. (quem tem admiração, tem admiração POR) Obs.: Na linguagem coloquial, a ausência da preposição é comum. Cuidado!!! Ex.: Este é o carro (!?) que precisamos. (quem precisa, precisa de algo ou alguém, portanto a frase deveria estar assim escrita: ‘Este é o carro de que precisamos’) 2) Acho superválido dizer também que alguns nomes e verbos, com regências diferentes, podem reger o mesmo complemento. Só que isso é polêmico... A maioria dos gramáticos tradicionais dizem que nomes de regências diferentes NÃO podem ter um só complemento. No entanto, Bechara e Cegalla, por exemplo, dizem diferente. Enfim, veja os exemplos abaixo para ficar mais claro:

Pedro e Larissa assistiram e gostaram da sessão de cinema. Saiba, meu amigo, que o verbo assistir (no sentido de ver) rege um complemento pela preposição ‘a’ e que o verbo gostar o faz pela preposição ‘de’. Logo, se cada verbo tem sua maneira própria de reger um complemento, é preciso haver um complemento para cada verbo — dizem as gramáticas mais tradicionais. Em outras palavras, a frase acima deveria estar escrita assim:

Pedro e Larissa assistiram à sessão de cinema e gostaram dela.

Não obstante, veja o que Cegalla diz: “Por concisão, pode-se... dar um complemento comum a verbos (e mais à frente ele fala o mesmo sobre os nomes) de regência diferente.” Daí, segue o exemplo dele: “Os devotos entravam e saíam da igreja [Em vez de: Os devotos entravam na igreja e saíam dela]” Com estas palavras concluímos que, na hora da prova, como sua banca não costuma divulgar bibliografia, devemos observar bem a questão, analisar todas as alternativas e, se figurar alguma alternativa com a visão moderna (a do Cegalla e Bechara) e alguma com a tradicional, opte pela tradicional. Creio eu que os ‘homens da banca’ não seriam malucos de fazer isso, mas ‘vai que...’. “Mas, Pestana, e se só houver a visão moderna na questão, o que faço com a informação da tradicional na cabeça?” Resposta: Ignore-a completamente e marque a visão moderna de regência! Ponto final! Ah, como já falei, o mesmo vale para nomes. Veja um exemplo (do Cegalla):

Você é a favor ou contra esta lei? [Você é a favor desta lei ou contra ela?] 3) Outra questão polêmica, só para fechar, se não você me mata, é a seguinte: pode ou não um sujeito de verbo no infinitivo vir contraído com uma preposição? De novo, Cegalla e Bechara têm uma visão não ortodoxa do assunto, apesar de explicitarem a visão tradicional. Quer saber a visão ortodoxa? Então... lá vai: a visão ortodoxa diz que um sujeito não pode ser regido de preposição diante de qualquer verbo. Ponto. Exemplo do Bechara:

Está na hora da onça beber água ou está na hora de a onça beber água? Para o imortal Bechara (e Cegalla), tanto faz, você decide. Mas a visão tradicional (perpetuada inclusive por gramáticos recentes, portanto ‘modernos’ — mas ortodoxos ainda em alguns pontos, infelizmente)... bem, a visão tradicional repugna, refusa, rejeita, reprova toda a vida a primeira frase; a segunda é a queridinha da tradição gramatical. Aí vem sua famigerada pergunta: “Pestana, o que faço na prova?” O mesmo que eu falei agora há pouco: “... devemos observar bem a questão, analisar todas as

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alternativas e, se figurar alguma alternativa com a visão moderna (a do Cegalla e Bechara) e alguma com a tradicional, opte pela tradicional...” O fato do Brasil e dos Estados Unidos se acharem no mesmo continente é um acidente geográfico. Certo ou errado? Depende da prova, depende da questão. Na dúvida, já expus a polêmica. Agora estude! É com você. 4) “Poxa, Pestana, você disse que era a última OBS.” Foi mal, agora é a penúltima mesmo! “Penúltima!?!?” Bem, a culpa não é minha, mas sim desses gramáticos (ô raça!). Enfim, dizem eles (quase consenso) que a preposição exigida por um verbo ou nome pode vir implícita antes de orações subordinadas substantivas objetivas indiretas e completivas nominais: Esqueceu-se (de) que tenho oitenta anos? / Tinha a impressão (de) que estava certo. 5) Alguns verbos e nomes coordenados (de regências iguais) podem ter o mesmo complemento (que pode repetir-se ou não): Nós nos respeitamos e nos amamos profundamente. / Nós nos respeitamos e amamos profundamente. / Sou não só fiel a minha pátria mas também atento a minha pátria. / Sou não só fiel mas também atento a minha pátria. FIM! :)

Regência Nominal Como já tinha dito, alguns nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) exigem complementos preposicionados — exceto quando vêm em forma de pronome oblíquo átono. Ex.: Eu tenho certeza da vitória. (substantivo)

A sala está cheia de gente. (adjetivo)

O júri votou favoravelmente ao réu. (advérbio)

Independentemente disso, volte para mim. (advérbio)

O livro é útil à humanidade. (adjetivo)

O zelo por minha profissão é natural. (substantivo) Obs.: Os advérbios derivados de adjetivos (terminados em –mente) seguem, normalmente, a regência dos adjetivos: análoga/analogamente a; contrária/contrariamente a; compatível/compativelmente com; diferente/diferentemente de; favorável/favoravelmente a; paralela/paralelamente a; próxima/proximamente a/de; relativa/relativamente a (...)

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Veja uma ‘pequena’ lista de nomes e suas regências, em ordem alfabética (não entre em uma neurose de sair gravando tudo; isso é que nem academia de musculação, um pouquinho todo dia, por isso familiarize-se aos poucos):

A Abrigado de; aceito a; acessível a; acostumado a, com; adaptado a, para; adequado a; admiração a, por; afável com, para, para com; afeição a, por; afeiçoado a, por; aflito em, para, por, com; agradável a, de, para; alheio a, de; aliado a, com; alienado a, de; alternativa a, para; alusão a; amante de; ambicioso de; amigo de; amizade a, com, por; amor a, por; amoroso com, para com; analogia com, entre; análogo a; ansioso de, para, por; anterior a; antipatia a, contra, por; apaixonado de, por; aparentado com; apto a, para; atencioso com, para, para com; atentado a, contra; atentatório a, de; atento a, em; atinar com; avaro de; aversão a, para, por; avesso a; ávido de, por.

B Bacharel em; baseado em, sobre; bastante a, para; bem em, de; benéfico a; benevolência com, em, para, para com; boato de, sobre; bom de, para, para com; bordado a, com, de; briga com, entre, por; brinde a; busca a, de, por.

C Capacidade de, para; capaz de, para; caritativo com, de, para com; caro a; cego a; certo de; cheio de; cheiro a, de; circunvizinho de; cobiçoso de; coerente com; coetâneo de; comemorativo de; compaixão de, para com, por; compatível com; compreensível a; comum a, de; condizente com; confiante em; conforme a, com; consciente de; cônscio de; constante de, em; constituído com, de, por; contemporâneo a, de; contente com, de, por, em; contíguo a; contraditório com; contrário a; convênio entre; cruel com, para, para com; cuidadoso com; cúmplice em; curioso de, para, por.

D Dedicado a; depressivo de; deputado a, por; desagradável a; desatento a; descontente com; desejoso de; desfavorável a; desgostoso com, de; desleal a; desprezo a, se, por; desrespeito a, contra; dever de; devoção a, para com, por; devoto a, de; diferente de; difícil de; digno de; diligente em, para; disposto a; dissemelhante de; ditoso com; diverso de; doce a; dócil a, para com; doente de;

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domiciliado em; dotado de; doutor em; duro de; dúvida acerca de, de, em, sobre.

E Empenho de, em, por; êmulo de; encarregado de; estendido em; equivalente a; eriçado de; erudito em; escasso de; essencial a, para; estéril de; estranho a; estreito de, para; estropiado de; exato em.

F Fácil a, de, para; falho de, em; falta a, com, para; falto de; fanático por; farto em; favorável a; fecundo em; feliz com, de, em, por; fértil de, em; fiel a; firme em; forte de, em; fraco de, em, para com; franco de, em, para com; frouxo de; furioso com, de.

G Generoso com; gordo de; gosto por; gostoso a; grande de; grato a, por; gravoso a; grosso de; guerra a, com, contra, entre.

H Hábil em, para; habilidade de, em, para; habilitado a, em, para; habituado a; harmonia com, entre; hino a; homenagem a; hora de, para; horror a; horrorizado com, de, por, sobre; hostil a, para, para com.

I Ida a; idêntico a; idôneo a, para; imbuído de, em; imediato a; impaciência com; impaciente com; impenetrável a; impossibilidade de; impossível de; impotente contra, para; impróprio para; imune a, de; inábil para; inacessível a; incansável em; incapaz de, para; incerto de, em; incessante em; inclinação a, para, por; incompatível com; incompreensível a; inconsequente com; inconstante em; incrível a, para; indébito a; indeciso em; independente de, em; indiferente a; indigno de; indócil a; indulgente com, para com; inerente a; inexorável a; infatigável em; inferior a, de; infiel a; inflexível a; influência sobre; ingrato com, para com; inimigo de; inocente de; insaciável de; insensível a; inseparável de; insípido a; interesse em, por; intermédio a; intolerância a, contra, em, para, para com; intolerante com, para com; inútil a, para; isento de.

J

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Jeito de, para; jeitoso para; jogo com, contra, entre; jubilado em; juízo sobre; julgamento de, sobre; junto a, de; juramento a, de; justificativa de, para.

L Leal a, com, para com; lento em; liberal com; ligeiro de; limitado a, com, de, em; limpo de; livre de; longe/longínquo de; louco de, com, para, por.

M Maior de, entre; manco de; manifestação a favor de, contra, de; manso de; mau com, para, para com; mediano de, em; medo a, de; menor de; misericordioso com, para, para com; molesto a; morador em; moroso de, em.

N Nascido de, em, para; natural de; necessário a, para; necessitado de; negligente em; negociado com; nivelado a, com, por; nobre de, em, por; noção de, sobre; nocivo a; nojo a, de; notável em, por; núpcias com.

O Obediente a; oblíquo a; obrigação de; obsequioso com; ódio a, contra, de, para com; odioso a, para; ojeriza a, contra, por; oneroso a; oposto a; orgulhoso com, de, para com.

P Paixão por; pálido de; paralelo a; parco de, em; parecido a, com; pasmado de; passível de; peculiar a; pendente de; penetrado de; perito em; permissivo a; pernicioso a; perpendicular a; pertinaz em; perto de; pesado a; pesar a, de; piedade com, de, para, por; pobre de; poderoso para, em; possível de; possuído de; posterior a; prático em; preferível a; prejudicial a; preocupação com, de, em, para, para com, por, sobre; preocupado com, de, em, para com, por, prestes a, para; presto a, para; primeiro a, de, dentre, em; pródigo de, em; proeminência de, sobre; pronto a, em, para; propenso a, para; propício a; propínquo de; proporcionado a, com; próprio de, para; protesto a, contra, de; proveitoso a; próximo a, de.

Q

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Qualificado de, para, por; queimado de, por; queixa a, contra, de, sobre; querido de, por; questionado sobre; quite com, de.

R

Rebelde a; relacionado com; relativo a; rente a, com, de; residente em; respeito a, com, de, para, para com, por; responsável por; rico de, em; rígido de; rijo de.

S Sábio em; são de; satisfeito com, de, em, por; seco de; sedento de, por; seguido a, de, por; seguro de, em; semelhante a; senador por; sensível a; serviço em; severo com, em, para com; simpatia a, para com, por; sito em; situado a, em, entre; soberbo com, de; sóbrio de, em; sofrido em; solícito com; solidário com; solto de; sujo de; superior a; surdo a, de; suspeito a, de.

T Tachado de; talentoso em, para; tardo a, em; tarjado de; tédio a, de, por; temente a, de; temerário em; temeroso de; temido de, por; temível a; temperado com, de, em, por; tenaz em; tendência a, de, para; teoria de, sobre; terminado em, por; terno de; terror de, por, sobre; testemunha de; tinto de, em; traidor a, de; transido de; trespassado de; triste com, de.

U Último a, de, em; ultraje a; unânime em; união a, com, entre; único a, em, entre, sobre; unido a, a favor de, contra, entre; unificado em; useiro em; útil a, para; utilidade em, para; utilizado em, para.

V Vacina contra; vaga de, para; vaia a, contra, em; vaidade de, em; vaidoso de; valioso a, para; valor em, para; vantagem a, de, em, para, sobre; vantajoso a, para; vassalagem a; vazado em; vazio de; vedado a; veleidade de; venda a, de, para; vendido a; veneração a, de, para com, por; verdade sobre; vereador a, por; vergonha de, para; versado em; versão para, sobre; vestido com, de, em; veterano em; vexado com, de, por; viciado em; vidrado em; vinculado a, com, entre; visível a; vital a, para; viúvo de; vizinhança com, de; vizinho a, com, de; vocação a, de, para; voltado a, contra, para, sobre; vontade de, para; vulnerável a.

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Z Zangado com, por; zelo a, com, de, para com, por; zeloso com, para com; zombaria com; zonzo com, de.

Regência Verbal É impossível que não se fale deste tópico, certamente o mais explorado em provas de concurso público!

É impossível também deixar de falar de transitividade verbal, pois se regência verbal é a maneira como os verbos se relacionam com seus complementos, precisamos relembrar 1) as transitividades verbais (verbos intransitivos (alguns regem), verbos transitivos diretos, transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos); interessa-vos saber também que 2) existem alguns verbos que admitem mais de uma regência sem mudar de sentido e 3) que há muitos verbos que mudam de sentido, mudando de regência. Ok? Vamos lá!

Transitividade Verbal Os verbos nocionais (intransitivos e transitivos) são aqueles que apresentam conteúdo significativo, indicando normalmente ação ou movimento.

• Intransitivo (VI): não exige complemento verbal, pois tem sentido completo; normalmente uma expressão adverbial (de lugar, tempo...) acompanha os verbos intransitivos que indicam deslocamento ou moradia/estaticidade.

Ex.: Dia 5 de outubro de 2011, morre o famoso inventor Steve

Jobs. (quem morre, morre)

Todos chegaram ao teatro à noite. (quem chega, chega a algum lugar)

Obs.: Aluno, cuidado com os verbos ir, vir, chegar, voltar, regressar, retornar (via de regra, exigem a preposição A); morar, residir, habitar e sinônimos (via de regra, exigem a preposição EM), pois eles aparentemente exigem um complemento, mas não exigem complemento algum, apenas são especificados por uma expressão indicando lugar, pois, caso contrário, o interlocutor não entenderia plenamente uma frase como esta: “Aí, amigo, ele foi ontem”. (pergunta óbvia: Ele foi aonde ontem?). Estes verbos precisam de um especificador de tempo, semelhante a um complemento regido pelo verbo. Tais verbos são considerados intransitivos!!!

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• Transitivo direto (VTD): para o sentido dele ficar pleno, exige um complemento (objeto direto) sem preposição obrigatória

Ex.: Por que os homens destroem assim a natureza? (quem destrói, destrói alguma coisa)

Obs.: Não raro, o complemento deste tipo de verbo vem em forma de pronome átono (o, a, os, as (lo, las, los, las/no, na, nos, nas)): Por que os homens destroem-na (OD) assim?

• Transitivo indireto (VTI): para o sentido dele ficar pleno, exige um complemento (objeto indireto) com preposição obrigatória.

Ex.: Concordo com você, realmente tenho de acreditar em Deus.

Obs.: Note que ‘tenho de acreditar’ é uma locução verbal, cujo verbo principal contém a predicação, ou seja, é ele quem dita a transitividade verbal da locução (quem acredita, acredita em...).

• Transitivo direto e indireto (VTDI): exigem dois complementos, um sem preposição e outro com preposição.

Ex.: Eu comuniquei o problema a todos.

1) Não confunda regência verbal com transitividade verbal. Um verbo pode ser transitivo indireto, ou seja, exigir complemento preposicionado, mas a regência dele, ou seja, a maneira como ele vai se relacionar com seu complemento pode ser diferente. Em outras palavras:

Retornei a Petrópolis. / Retornei de Petrópolis. Percebeu? Em ambos os casos, o verbo é intransitivo (daquele tipo que precisa de um especificador locativo, por indicar deslocamento), mas a regência, ou seja, a maneira como ele se relaciona com seu complemento se faz através de outra preposição. Veja outro exemplo:

Informei a boa notícia ao candidato / Informei o candidato da boa notícia. Novamente, em ambos os casos, o verbo informar é transitivo direto e indireto. A mesma transitividade. Mas a regência mudou, pois a maneira como o verbo se relaciona com o objeto indireto no primeiro caso (A) não é igual ao segundo caso (DE). Belezinha?! 2) Só o contexto determinará a classificação, a transitividade do verbo. Ex.: Ela escreve bem. (VI)

Ela escreveu dois poemas. (VTD)

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Ela ainda não me escreveu. (VTI) Ela não me escreveu nada. (VTDI)

Espero que se lembre disto também: 3) Normalmente indicando opinião, os verbos transobjetivos (julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar, designar, considerar, declarar, adotar, tornar, encontrar, achar...) exigem um objeto e um predicativo do objeto. Ex.: O juiz julgou o recurso (OD) improcedente (POD)./ O juiz considerou o réu (OD) culpado (POD). O verbo transobjetivo ‘chamar’ no sentido de nomear, apelidar, cognominar, classificar é interessante, pois pode ser VTD ou VTI. A preposição de é facultativa. Ex.: Chamei-lhe (de) vigarista. (VTI / POI)

Chamei ao rapaz (de) vigarista. (VTI / POI)

Chamei-o (de) vigarista. (VTD / POD)

Chamei o rapaz (de) vigarista. (VTD / POD)

E mais isto: 4) Cuidado!!! O pronome oblíquo LHE merece toda a nossa atenção, pois ele só substitui ser animado, pessoa física ou jurídica, além disso exerce função de objeto indireto; um “bizu”: o LHE pode ser substituído, normalmente, por A ELE(A/S) ou PARA ELE(A/S). Lembra-se da música do Moraes Moreira? Veja: Ex.: Eu ia lhe chamar enquanto corria a barca... O que acha do uso do LHE neste caso? Inadequado à norma culta!!! O verbo chamar é transitivo direto (VTD), logo o LHE, que exerce função de objeto indireto (OI), nunca pode ser complemento de um VTD. Agora veja este exemplo: Ex.: Vi o filme que você me recomendou, apesar de não querer assistir-lhe. Nossa!!! Assistir-LHE??? Não “rola”, não é, meus nobres? “Por que, Pestana, afinal o LHE não exerce função de OI? O verbo assistir não é VTI? O LHE não pode ser substituído por A ELE(A/S)?” Calma... amigo... amigo...! O LHE não substitui ‘coisa’. Está claro isso, certo? Portanto, a frase acima deveria ser assim: “Vi o filme que você me recomendou, apesar de não querer assistir a ele.”

Verbos que admitem mais de uma regência sem mudar de sentido

Veja aqui alguns exemplos:

O rei abdicou o trono. / O rei abdicou ao trono.

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A secretária atendeu o cliente. / A secretária atendeu ao cliente. A noite antecede o amanhecer. / A noite antecede ao amanhecer. *Acredito que Deus existe. / Acredito na existência de Deus. Na prova, atente a ortografia. / Na prova, atente para a ortografia. Anseio/Almejo uma vida estável. / Anseio/Almejo por ela. ¨Cumpriremos o nosso dever. / Cumpriremos com o nosso dever. Cogito uma viagem pelo litoral brasileiro. / Hei de cogitar no caso. Cheirei aquele perfume. / Este lugar cheira a chorume. Como o patrão consente tantos erros? / Consentimos em sair. #Desfrutemos o bom da vida! / Desfrutemos do bom da vida! Desdenho tua sabedoria. / Desdenho de tua sabedoria. Esforcei-me por não contrariá-lo. / Esforcei-me para não contrariá-lo. Ele goza sua melhor forma. / Ele goza de sua melhor forma. Medite em sua vida. / Medite sobre sua vida. O trovão precedeu o temporal. / O trovão precedeu à chuva. O padre presidirá a cerimônia. / O padre presidirá à cerimônia. O político, mais um, renunciou o cargo. O político renunciou ao cargo. Paulo não tarda a chegar. / Paulo não tarda em chegar. * Os verbos acreditar, crer, pensar e sinônimos (ao expressar uma opinião) são VTDs quando seu complemento é uma oração subordinada substantiva objetiva direta: Penso (VTD) que devo estudar mais (OD)

# Os verbos desfrutar e usufruir são tradicionalmente vistos, inclusive em manuais de redação oficiais, como VTD (complemento sem preposição), mas Celso Pedro Luft diz que ‘a variante regencial "usufruir de...", não faz mais que seguir o modelo da base verbal fruir: fruir as utilidades, fruir dos bens». Isso porque o verbo fruir, em todas as suas acepções, pode ser usado como transitivo direto ou como transitivo indireto, regendo a preposição ‘de’. A alternância de regência não implica alteração do sentido do verbo.’ Em outras palavras, tais verbos podem ser encontrados como VTIs, regendo a preposição ‘de’.

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¨ Alguns verbos são seguidos de preposição que, segundo Bechara, ‘dão um colorido especial o contexto’. Lembra-se dos casos de objeto direto preposicionado? Então, lá há alguns verbos que fazem parte de expressões idiomáticas do português junto com seus complementos preposicionados. Exemplos: Comi o bolo. / Comi do bolo. (Apenas um pedaço do bolo — não ele todo — foi comido;

a preposição neste caso tem um papel semântico indicando ‘partição’) Em uma edição recente da revista Piauí (se não me engano, lançada no início do segundo semestre de 2011) o professor Evanildo Bechara diz que ‘a função das preposições não é sintática, mas semântica. Pegar uma linha indicaria nada mais do que segurá-la. Mas pegar da linha implica que ela será utilizada.’ O erudito disse mais: ““É impressionante como os bons autores aproveitam todas as faculdades da língua”, comentou. No inglês, o fenômeno, conhecido como two-word verbs, é largamente utilizado. Look é “olhar”. Acrescido da preposição for, quer dizer “procurar”, look for. Bechara explicou então que “cumprir o dever” é diferente de “cumprir com o dever”, que exige sacrifício [zelo, esforço].”” Aproveitando o ensejo, quero dar minha contribuição, assim como Bechara, no sentido de dizer que algumas preposições não exigidas pelo verbo exercem um papel fundamental para evitar a ambiguidade (ou falta de clareza). Veja:

Venceu o Vasco o Flamengo. (quem venceu quem?) Com a preposição ‘a’ desfaremos a ambiguidade:

Venceu ao Vasco o Flamengo. (Mengão venceu o Vasco, lógico) ☺ Como não há sujeito preposicionado, o Flamengo é o sujeito e o Vasco é complemento (preposicionado) do verbo.

Verbos que mudam de sentido, mudando de regência

Para facilitar sua vida, em ordem alfabética, apresentarei os verbos mais corriqueiros que podem gerar dúvidas. É óbvio que existem outros não tão populares assim em seu concurso... e de fácil percepção de sua regência. Caso você queira mais, recomendo consultar o dicionário de regência, de Celso Pedro Luft. Usarei VI (verbo intransitivo), VTD (verbo transitivo direto), VTI (verbo transitivo indireto) e VTDI (verbo transitivo direto e indireto, ou bitransitivo); suas respectivas preposições virão junto. Veja!

A Agradar

• Acariciar, fazer carinho (VTD)

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Ex.: A mãe agradou seu filho no colo. • Satisfazer, alegrar, contentar (VTI (a)) Ex.: Este espetáculo sempre agrada ao público.

Obs.: Não ortodoxamente, Luft diz que neste último caso, o verbo pode ser VTD: Este espetáculo agradou-o. Na hora da prova, analise todas as opções possíveis; caso haja confronto entre visões (tradicional/moderna), fique sempre com a visão tradicional. Se só houver a visão moderna, marque-a. Apelar

• Interpor recurso judicial à instância superior, recorrer (VTI (de)) Ex.: O advogado apelou da decisão.

• Pedir socorro/ajuda (VTI (a, para)) Ex.: Aquela mulher feia teve de apelar para o santo casamenteiro.

Obs.: O gramático e professor da UERJ Manoel Pinto Ribeiro diz que o verbo apelar, apesar de transitivo indireto, aceita voz passiva analítica. Por que eu falo isso? Segundo você deve se lembrar, só há passagem de voz ativa para a passiva analítica quando o verbo é um VTD. Lembrou? Pois bem, alguns gramáticos com a mente mais aberta já aceitam alguns VTIs, como apelar, obedecer, pagar/perdoar, responder, etc. na voz passiva analítica. Exemplo: Apelaram da sentença (voz ativa) – A sentença foi apelada (voz passiva analítica). Como você deve proceder na prova? Pela última vez, hein!: Na hora da prova, analise todas as opções possíveis; caso haja confronto entre visões (tradicional/moderna), fique sempre com a visão tradicional. Se só houver a visão moderna, marque-a. Aspirar

• Respirar, inspirar, sugar (VTD) Ex.: Em regiões muito altas, é difícil aspirar o ar. • Almejar, pretender alcançar (VTI (a)) Ex.: Nunca mais aspirarei a amores impossíveis.

Obs.: Nunca é demais dizer que o ‘lhe’, que pode ser substituído por ‘a ele(a)’, só substitui ser animado e pessoa (física ou jurídica). Portanto, não poderíamos dizer: Eu aspiro a uma vaga de Auditor Fiscal (Eu aspiro-lhe (errado!)). O certo seria, de acordo com a norma culta: Eu aspiro a ela, ou seja, a uma vaga de... Foi? O que eu acabei de dizer vale para todos os verbos que seguem. Fique esperto nisso!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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Assistir

• Morar, residir, habitar (VI (em)) Ex.: Assisto em Copacabana há 15 anos.

Obs.: Lembre-se de que ‘em Copacabana’ não é um complemento para os gramáticos tradicionais, em outras palavras, não é um objeto indireto, mas sim um adjunto adverbial de lugar! Lembrando que este é um dos verbos que indicam moradia/estaticidade/permanência.

• Ajudar, auxiliar, apoiar, prestar assistência (VTD (preferentemente) ou VTI (a))

Ex.: O professor assistia frequentemente a aluna com dificuldade. O professor assistia-lhe (a ela) frequentemente.

• Ver (e ouvir), presenciar, observar (VTI (a)) Ex.: Assistíamos a vários shows quando namorávamos.

Obs.: Os gramáticos mais consagrados, inclusive modernos, justificam que é coloquial o uso do verbo assistir, no sentido de ‘ver’, na voz passiva analítica: A luta do Anderson Silva foi assistida pelo vultoso público (de acordo com a norma culta, é um erro, mas as bancas com a mente aberta podem ‘brincar’ com isso). “Como eu devo proceder, Pestana?” Você já sabe. Outra coisa: ‘Assistíamos-lhe quando namorávamos’ está certo o uso do ‘lhe’? Já sabemos que não, pois o lhe só substitui ser animado ou pessoa (física ou jurídica). Olhos abertos!!!

• Ser da competência de, caber, competir (VTI (a)) Ex.: Não lhe assiste dizer se isto é certo ou errado. (Não assiste a

ele...) Atender

• Independente do sentido, pode ser VTD ou VTI (a) Ex.: Pode atender o telefone/ao telefone, por favor? Nunca deixou de atender os amigos/aos amigos no sufoco.

Obs.: Há uma preferência entre alguns gramáticos a encarar este verbo como VTD quando o complemento é pessoa; quando o complemento é coisa, a preferência é encarar o verbo como VTI. Quando se usa um pronome oblíquo como complemento, nunca pode ser o lhe! É uma regra arbitrada pela norma. Ou seja: Nunca deixou de atendê-los no sufoco. Usam-se os átonos o, a, os, as (lo, la, los, las/no, na, nos, nas). Não deixe de ver o comentário da questão 6 sobre tal verbo. Bem esclarecedor!

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C Chamar

• Convocar, convidar (VTD) Ex.: Mano Menezes chamou Kaká para a seleção. • Invocar para auxílio ou proteção, normalmente apelando (VTI (por)) Ex.: Chamaram por Jeová quando em extrema dificuldade.

• Classificar, qualificar, nomear (é transobjetivo VTD ou VTI (a)) Ex.: Chamei o professor (de) inteligente (Chamei-o...) Chamei ao professor (de) inteligente (Chamei-lhe...)

Obs.: A preposição ‘de’ é facultativa em ‘de inteligente’, que é um predicativo do objeto. Relembrando: o verbo transobjetivo é aquele que exige um complemento (OD ou OI) + um predicativo do objeto. Chegar

• VI que indica deslocamento e precisa de um adjunto adverbial de lugar, iniciado sempre pela preposição a, nunca em.

Ex.: Nosso time nunca chegou a uma posição decente na tabela.

Conferir

• Examinar (VTD) Ex.: Conferimos a redação do candidato, e ela estava excelente. • Atribuir, imprimir certa característica (VTDI (a)) Ex.: O júri conferiu prêmios aos melhores concorrentes. Os pormenores conferiam verossimilhança à história. • Estar de acordo (VI ou VTI (com)) Ex.: O laudo confere.

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A descrição do suspeito não confere com o depoimento da testemunha.

Constar

• Ser composto de, consistir em, conter; estar incluído (VTI (de/em)) Ex.: Este poema consta de dez cantos. Este consta da/na antologia do poeta Drummond.

• Ser sabido (VTI (a)) – o sujeito da frase é normalmente uma oração Ex.: Não me (a mim) constava que ela passou na prova.

Custar

• Indicando preço, valor (VI) Ex.: Nosso carro custou duzentos mil reais. • Demorar (VI) Ex.: Custaram, mas chegaram, enfim. • Causar, provocar, acarretar, resultar (VTDI (a)) Ex.: A arrogância pode custar-lhe (a ele) o emprego. • Ser custoso, difícil (VTI (a)) Ex.: Nós custamos a aprender Português (construção coloquial) Custou-nos aprender Português (construção culta)

Obs.: Lê-se a última frase assim: “Aprender Português (sujeito) custou (foi custoso, difícil) a nós (objeto indireto)”.

E Apesar de não mudar de sentido, faço questão de ensinar a regência do verbo ‘ensinar’.

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Ensinar

• VTDI (quem ensina, ensina algo a alguém ou alguém a algo (verbo no infinitivo)

Ex.: Estou ensinando regência a você. Estou ensinando-o a entender regência.

Os dois verbos abaixo seguem a mesma regência, por isso eu os coloco juntos. Eles admitem três construções. Esquecer (Lembrar) Ex.: O aluno esqueceu a informação da aula anterior. (VTD) O aluno lembrou a informação da aula anterior. (VTD)

(No sentido de ‘ser semelhante’ também é VTD: O filho lembra muito o pai)

O aluno esqueceu-se/lembrou-se da informação anterior. (quem se esquece/se lembra, se esquece/se lembra de alguém ou de alguma coisa; são verbos pronominais neste caso, pois vêm acompanhados da parte integrante do verbo (se); são VTIs regendo a preposição de; é bom dizer também que, quando o complemento for uma oração subordinada substantiva objetiva indireta, a preposição pode ficar implícita: O aluno se esqueceu/se lembrou (de) que tinha de estudar mais) Esqueceu-me/Lembrou-me a informação anterior. (neste caso, ‘a informação anterior’ é a coisa esquecida ou lembrada (sujeito), o verbo é transitivo indireto regendo a preposição a (a mim), o ‘me’ é o objeto indireto; ou seja, a frase é entendida assim: A informação anterior foi esquecida/lembrada por mim ou caiu no esquecimento (ou veio à lembrança))

Obs.: Este último caso é raro em prova. O verbo lembrar também pode ser VTDI (com duas regências), ou seja: O professor lembrou o aluno da informação ou O professor lembrou a informação ao aluno.

F Fugir

• Distanciar-se (VTI (a)) Ex.: O aluno fugiu ao tema.

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• Escapar (VTI (de))

Ex.: O presidiário fugiu dos guardas e da penitenciária.

I Implicar

• Zombar, troçar, provocar rixa, amolar, hostilizar (VTI (com)) Ex.: O pai vive implicando com o filho. • Envolver (alguém ou a si mesmo), comprometer (VTDI (em)) Ex.: O policial se implicou na conspiração. (este ‘se’ é reflexivo) • Acarretar, produzir como consequência (VTD) Ex.: Segundo uma das leis de Newton, toda ação implica uma

reação de igual ou maior intensidade, mesma direção e em sentido contrário

Obs.: No entanto, por analogia com três verbos de significação semelhante, mas de regência indireta (resultar em, redundar em, importar em) o verbo implicar passou a ser usado com a preposição em. No Dicionário Prático de Regência Verbal, de Celso Pedro Luft, está registrado assim: "TI: implicar em algo", com a observação de que essa regência é um brasileirismo já consagrado e "admitido até pela gramática normativa". A banca ESAF, por ser mais light (normalmente), já aceita essa regência. Nestes verbos abaixo, não há mudança de sentido, mas a regência é dupla. Informar (Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar, noticiar, notificar, prevenir são VTDI, admitindo duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo) Ex.: Advertimos aos usuários (OI) que não nos responsabilizamos por

furtos ou roubos (ISSO (OD)).

Advertimos os usuários (OD) de que não nos responsabilizamos por furtos ou roubos (DISSO (OI).

Obs.: No caso de cientificar (tornar alguém ciente de) — avisar e certificar também —, Luft diz que a regência culta, formal é a seguinte: Cientifiquei o aluno (alguém) da importância da aula (de alguma coisa).

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N Namorar (VTD) Ex.: Namoro com Maria há cinco anos (registro coloquial) Namoro Maria há cinco anos. (registro culto)

O Não há mudança de sentido, mas vale a pena comentar a regência destes verbos. E, como já dito, a voz passiva é liberada pela maioria dos gramáticos modernos. Obedecer (Desobedecer) – VTI (a) Ex.: Como filhos, devemos obedecer a nossos pais. Meu pai, ao qual desobedeci, era um homem superamoroso. Obs.: Não me custa relembrar-lhe que a preposição exigida pelo verbo após o pronome relativo ficará antes deste, certo? Isso costuma cair em prova!

P Estes primeiros verbos não mudam de sentido, mas apresentam peculiaridades iguais. Pagar/Perdoar (Agradecer)

• VTD quando o complemento é coisa; VTI (a) quando o complemento é pessoa (física ou jurídica); VTDI quando um complemento é coisa (OD) e o outro é pessoa (OI).

Ex.: Perdoei o erro. / Paguei a dívida. / Agradeci a explicação.

Perdoei a meu pai. / Paguei ao banco. / Agradeci aos alunos.

Perdoei/Paguei-lhe (a ele) a dívida. / Agradeci aos alunos os elogios.

Preferir

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• Muitos constroem erradamente a regência deste verbo assim: Prefiro muito mais Português do que Matemática. A pessoa que fala assim, só prefere, mas não entende muita coisa de Português, não (kkkkk...).

Ex.: Prefiro Língua Portuguesa a Matemática. (Agora sim! Quem

prefere, prefere alguém ou alguma coisa A alguém ou alguma coisa)

Bem, este verbo é VTDI. Mas poderia ser só VTD: Prefiro Português.

Obs.: Por causa de um princípio (estilístico, inclusive) da língua culta chamado paralelismo sintático, não ocorre crase no exemplo acima. “Por quê?” Porque se não há determinante (artigo, pronome...) antes do objeto direto, não haverá igualmente antes do objeto indireto (por isso não há crase antes de Matemática). No entanto, se houver determinante antes do OD, haverá crase no OI. Exemplo: Prefiro a Língua Portuguesa à Matemática. O paralelismo sintático é, portanto, a repetição de estrutura sintática igual; percebe que há dois objetos um ao lado do outro? Então, o que tiver do lado de cá, terá do lado de lá. Há crase no OI, porque há a contração de preposição + artigo; este artigo só existe no OI, pois vem antes no OD. Pescou? Fique atento a isso!

Proceder

• Ter fundamento, cabimento; portar-se, comportar-se; originar-se (de) (VI)

Ex.: Seus argumentos não procedem agora. Meu professor procede com elegância em sala de aula. Os brinquedos da Uruguaiana procedem da China ou Taiwan.

Obs.: As expressões ‘com elegância’ e ‘da China ou Taiwan’ são adjuntos adverbiais de modo e lugar, respectivamente; isso é praxe quando o verbo proceder tem essas acepções!

• Suceder, realizar, executar, iniciar (VTI (a)) Ex.: O juiz deseja proceder ao julgamento.

Q Querer

• Desejar possuir (VTD) Ex.: O Brasil quer o status de um país de primeiro mundo.

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• Estimar, querer o bem ou o mal (VTI (a)) Ex.: Eu quero-lhe (a ela) como a uma irmã.

R Responder

• Falar, declarar (VTD) Ex.: Ele sempre responde que vai passar na prova. • Dar resposta a uma pergunta (VTI (a)) Ex.: Fique tranquila, pois ele vai responder aos e-mails enviados. • Dar uma resposta a alguém (VTDI (a)) Ex.: Respondeu-lhe (a ela) todas as indagações.

Obs.: Como já disse, a voz passiva analítica tem sido aceita com este verbo: Os e-mails foram respondidos prontamente pelo professor.

S Servir

• De acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa ou com o Novo Dicionário Aurélio, o verbo servir, nas acepções “trabalhar como servo”, “fazer de criado” ou “prestar serviços ou trabalhar como empregado”, pode ser intransitivo, transitivo direto ou transitivo indireto (a)

Ex.: O militar estava ali para servir.

O militar servia a Pátria com todo o carinho.

O militar servia à Pátria há anos.

• Levar, ministrando, algo a alguém (VTDI (a)) Ex.: O garçom serviu lagosta ao cliente. • Não ser útil, não prestar (VTI (a))

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Ex.: Esta roupa não me (a mim) serve mais.

Simpatizar (antipatizar) – VTI (com) Ex.: Simpatizo/Antipatizo com o atual governador do Rio de Janeiro. Suceder

• Acontecer (VI) – normalmente o sujeito vem em forma de oração Ex.: Sucede que o professor Celso Pedro Luft é extraordinário. • Substituir (VTI (a)) Ex.: Estou prestes a suceder ao presidente da empresa.

V Visar

• Mirar, fitar, apontar; pôr visto (VTD) Ex.: O soldado visou o peito do inimigo. O inspetor federal visou todos os diplomas. • Almejar, pretender, objetivar, ter como fim (VTI (a)) Ex.: Este trabalho visa ao bem-estar geral.

Obs.: Manoel Pinto Ribeiro atesta que muitos, como Cegalla, Francisco Fernandes, Celso Pedro Luft, já aceitam este último caso com VTD: Este trabalho visa o bem-estar geral. Como VTI, a omissão da preposição ocorre principalmente em locuções verbais: Este trabalho visa (a) resolver muitas dúvidas dos alunos.

Se eu fosse você, eu daria muita atenção ao que vou dizer agora! É muito frequente questão de regência verbal envolvendo pronomes oblíquos átonos e pronomes relativos. Exemplos hipotéticos de questão deste tipo:

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A substituição dos complementos verbais abaixo está correta?

Avisei aos alunos (OI) aquela notícia tão esperada (OD).

Avisei-lhes aquela notícia tão esperada (quem avisa, avisa algo a alguém) ou Avisei-a aos alunos (quem avisa, avisa algo a alguém).

Sim! A regência abaixo está adequada?

Os assuntos gramaticais que venho tratando aqui são muito importantes. Não! Pois quem vem tratando, vem tratando DE alguma coisa. Logo, a frase deveria estar escrita assim:

Os assuntos gramaticais de que venho tratando aqui são muito importantes.

Chegamos ao fim no que tange à regência; decoreba pura, não é?

Agora veremos a crase, a qual, por sinal, tem tudo a ver com regência, mas tem lá sua lógica, por isso não é tãããoo decoreba assim. Você verá agora!

A Crase Antes de mais nada, quem aqui tem medo de crase? Espero que ninguém. Se houver alguém, verá que seus problemas acabaram... agora! A crase é a fusão de duas vogais idênticas, amigo: A + A. A primeira vogal A é uma preposição, a segunda vogal A é um artigo ou um pronome demonstrativo. Eles se fundem (fundem!) e... voilà!... ocorre o fenômeno chamado crase. É isso mesmo, a crase é um fenômeno e não um acento gráfico. O acento gráfico que você provavelmente um dia chamou de crase nunca foi A CRASE. “Como assim?” De novo: a crase é um fen... Isso, um fenômeno. Está claro isso? Maravilha! O acento agudo ao contrário (rs) é chamado de acento GRAVE (`). Ele é o responsável por indicar que houve o fenômeno chamado crase. Resumindo: A + A = À. Safo? “Muito bem. Mas como essas vogais se fundem formando a crase?” Muito simples, a preposição A se contrai com o A (artigo), ou com o A(S) (pronome demonstrativo), ou com o A (vogal que inicia os pronomes demonstrativos aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo), ou, ainda, com o A (pronome relativo a qual). Nada melhor que exemplos:

A (preposição) + A (artigo) = À

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Eu nunca resisto à lasanha da minha mãe.

Quem nunca resiste, nunca resiste A (preposição) + A (artigo que vem antes do substantivo feminino lasanha). Foi? Ou está se passando pela sua cabeça assim: “Poxa, como é que ele sabia que havia um artigo feminino a antes do substantivo feminino lasanha?” Muito simples.

BIZU: para sabermos se haverá crase (A+A=À), basta colocarmos o artigo antes do substantivo e criar uma frase hipotética, colocando-o como sujeito da frase: “A lasanha da minha mãe é ótima”. Percebe que a ausência do artigo tornaria a frase estranha? Veja: “Lasanha da minha mãe...” Estranho, não? Logo, o artigo antes da palavra lasanha é óbvio! Este método é ótimo para perceber se há ou não artigo antes de um substantivo. Ok? Fique esperto!

Veja outro exemplo:

Eu cheguei à Brasil, mas, como de costume, ela estava engarrafadíssima! “Ué, Pestana, você está maluco? Brasil é uma palavra masculina, ora; é O Brasil e não A Brasil!” Calma, calma. Olhos abertos! Às vezes, o substantivo vem implícito (lembra-se da elipse?). Você deveria ter visto assim: “Eu cheguei à avenida Brasil...” Ou seja, quem chega, chega A (preposição) + A (artigo) avenida. Percebeu agora? A+A=À. Simples assim.

A (preposição) + A(S) (pronome demonstrativo) = À

Antes de mais nada, há dois casos em que o vocábulo A pode ser um pronome demonstrativo, equivalendo ao pronome aquela: antes de pronome relativo que e antes de preposição de: A (=aquela) que chegou era minha filha. / Minha casa é linda, mas a (=aquela) dele...

Agora sim, o princípio da crase é o mesmo, beleza? Veja:

Nós nos referimos à que foi 01 do concurso para Técnico Administrativo.

Sobre as aulas, fizemos alusão às do Pestana e às do Fabiano Sales.

No primeiro caso, quem se refere, se refere A (preposição) + A (pronome demonstrativo). No segundo caso, quem faz alusão, faz alusão A + AS (pronome demonstrativo). A (preposição) + Aquele(a/s), Aquilo (pronomes demonstrativos)

= Àquele(a/s), Àquilo

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A bebida é sempre nociva àqueles que se embriagam. O que é nocivo, é nocivo A (preposição) + Aqueles (pronome demonstrativo).

A (preposição) + A QUAL (pronome relativo) = À QUAL Espero que você se lembre agora de que, se um verbo ou um nome exigindo preposição vier depois do pronome relativo, a preposição ficará antes do pronome relativo. Lembrou? Todas as professoras de Língua Portuguesa às quais me dirigi são boas.

A explicação à qual tenho direito finalmente me foi dada.

No primeiro caso, o verbo pronominal dirigir-se exige a preposição A, que se aglutina no A QUAL (pronome relativo). No segundo caso, o nome direito também exige a preposição A, que se aglutina no A QUAL (pronome relativo), formando À QUAL. Não há só esses casos acima, há também mais quatro casos: obrigatórios, proibidos, especiais e facultativos. Veja:

Casos Obrigatórios

• Locuções adjetivas, adverbiais, conjuntivas e prepositivas com núcleo feminino iniciadas pela preposição ‘a’

Ex.: Aquela briga à toa não serviu a nada. (locução adjetiva) Comprei um barco à vela. (locução adjetiva) Cheguei às cinco horas da tarde. (locução adverbial) Às pressas tive de sair de casa. (locução adverbial)

À medida que/À proporção que estudo, fico melhor. (locução conjuntiva)

Einstein estava à frente de seu tempo. (locução prepositiva)

Obs.: 1- A locução adjetiva a distância não recebe acento indicativo de crase. Por exemplo: Fiz um curso à distância (errado). Fiz um curso a distância (certo). Se ela vier especificada, ocorre acento indicativo de crase: Fiz um curso à distância de cem metros da minha casa.

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2- Há muitas outras expressões adverbiais que recebem acento grave. Mas algumas expressões adverbiais (de meio e de instrumento) recebem acento grave facultativo. Digo isso, pois a visão gramatical é polêmica. Alguns dizem que sim, outros dizem que não. Infelizmente não há unidade de pensamento. Use sempre seu bom senso na prova. Exemplo: Eu costumo escrever a (à) caneta (instrumento). Não gosto de comprar a (à) prestação (meio). 3- Alguns casos, por motivo de clareza e para evitar a ambiguidade, a presença do acento grave é muito importante. Veja um caso: “Matou a cobra à onça” (ou seja, a cobra matou a onça). Veja outro: “Eu lavei a mão (sem acento grave, significa higienizar a mão) / Eu lavei à mão (com acento grave, significa usar a mão para lavar)”. 4- A/em domicílio (no lugar de residência): a expressão a domicílio é usada quando o verbo pede a preposição a: “Leva-se pizzas a domicílio” (Leva-se algo a algum lugar). Já em domicílio é usada se o verbo pede a preposição em: Pizzas? Entregamos em domicílio. (Entrega-se algo em algum lugar). Nunca à domicílio!!! Se a pizza for boa, pode pedir. ☺

• Com as locuções prepositivas implícitas “à moda de, à maneira de” Ex.: Comi uma caça à espanhola ontem. Hoje comerei um filé à

Osvaldo Aranha. Quem sabe amanhã um tutu à mineira... Sua poesia à Drummond chamou a atenção dos críticos.

Obs.: Quando você vai a um restaurante, lá vem o cardápio... Procure da próxima vez estes pratos: Frango a passarinho e Bife a cavalo. Já viu, não é? Estavam escritos assim: Frango à passarinho e Bife à cavalo. “Por que o homem do cardápio faz isso, Pestana?” Sei lá, meu nobre! Acho que é porque ele não teve aula comigo ainda... rs... Bem, o fato é que não se pode comer um frango à maneira do passarinho, porque passarinho não come frango de maneira alguma. O mesmo vale para o cavalo, meu amigo.

Casos Proibidos

• Antes de substantivos masculinos Ex.: Andou a cavalo pela cidadezinha. • Antes de substantivos usados em sentido geral e indeterminado, ou

pluralizados Ex.: Não vou a festas. Eu fiz menção a homem, não a criança, tampouco a mulher. • Antes de artigo definido ‘uma’ Ex.: Fui a uma reunião muito importante domingo. Obs.: Diante do numeral, crase: Chegarei à uma (hora).

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• Antes de pronomes pessoais, pronomes interrogativos, pronomes

indefinidos, pronomes demonstrativos e pronomes relativos Ex.: Fizemos referência a Vossa Excelência, não a ela. (pessoal) A quem vocês se dirigiram no Plenário? (interrogativo) Assisti a toda peça de teatro no RJ. (indefinido) Levei o documento a esta advogada aqui. (demonstrativo) A atriz a cuja peça aludi já ganhou um prêmio. (relativo)

Obs.: Pode haver crase antes dos pronomes pessoais de tratamento “senhora e senhorita” (e das formas de tratamento dama, madame, doutora, etc.), antes dos pronomes indefinidos “demais, mesma(s), outras, tal e várias”, antes dos pronomes demonstrativos “aquele(a/s), aquilo” e antes do pronome relativo “a qual”.

• Antes de numerais não determinados por artigo. Ex.: O político iniciou visita a duas nações europeias.

(se as nações forem determinadas, aí haverá crase: O político iniciou visita às duas nações europeias.)

• Antes de verbos no infinitivo Ex.: A partir de hoje serei uma pessoa melhor. Voltei a estudar.

• Depois de outra preposição (para, normalmente) Ex.: Fui para a Itália. • Entre palavras repetidas Ex.: Quero que você fique cara a cara e diga a verdade.

Casos Especiais

• Não há crase antes da palavra casa, exceto se vier especificada Ex.: Fui a casa resolver um problema. Fui à casa dela resolver um problema.

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• Não há crase antes da palavra terra (em oposição a bordo, no contexto frasal); se estiver especificada, há crase; afora isso, pode haver crase na boa

Ex.: Os marinheiros retornaram a terra. Os marinheiros retornaram à terra natal. O amor à Terra deve imperar, pois é nosso lar. Viemos da terra e à terra voltaremos. • Em paralelismos sintáticos (repetição de termos sintáticos) — se

houver determinante antes de um termo, haverá artigo no termo seguinte, resultando na crase

Ex.: A loja funciona de segunda a quinta, de 8h as 18h. Mas, A loja funciona da segunda à quinta, das 8h às 18h. Ela se molhou dos pés à cabeça. Trabalho deste domingo à sexta; depois, férias! • Antes de topônimos (nomes de lugar) que aceitam artigo Ex.: Fui à Bahia (criando uma frase hipotética como esta,

percebemos que o topônimo aceita artigo: Eu gosto da Bahia) Fui a Ipanema (Eu gosto da Ipanema??? Não, eu gosto de

Ipanema, sem artigo, logo não há crase) Agora, se o topônimo que não aceita artigo estiver especificado, crase! Fui à linda Ipanema da canção de Vinícius.

Obs.: Antes de alguns topônimos, a crase é facultativa: Europa, Ásia, África, Espanha, França, Inglaterra, Holanda, Escócia e Flandres.

Casos Facultativos

• Antes de pronomes possessivos adjetivos femininos Ex.: Enviamos cartas a (à) nossa filha que está em Paris.

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Obs.: Se o pronome possessivo for substantivo (ou seja, aquele que substitui um substantivo), crase obrigatória! Exemplo: Enviaram uma encomenda a (à) nossa residência, não à sua.

• Antes da locução prepositiva ‘até a’ Ex.: Dirija-se até a (à) porta. • Antes de nomes próprios femininos Ex.: Sou fiel a (à) Juliana.

Obs.: Se houver intimidade com a pessoa, a crase é obrigatória. Antes de nomes célebres, famosos, ilustres não há crase. Pronto! Agora sim é a hora de você dizer a que veio! Faça as questões abaixo com tranquilidade. Sempre revisite as informações acima, elas são supervaliosas. Dei o meu melhor. Por isso, faça a sua parte rumo ao sucesso! Torço por você!

Questões com Gabarito Comentado A maioria das questões foi adaptada por um propósito didático. Comentarei apenas as alternativas relativas à aula de hoje. Beleza? Boa resolução para você! ESAF – CVM – ANALISTA DE SISTEMAS – 2010 1- Assinale a opção correta a respeito do uso das estruturas linguísticas no texto. a) Por integrar um termo que complementa “combater” (... de capital para combater a formação de bolhas... ), o artigo em “a formação” poderia receber o sinal indicativo de crase, o que indicaria a inserção da preposição a no texto. ESAF – SMF/RJ - FISCAL DE RENDAS – 2010 2- Os trechos abaixo constituem um texto adaptado de O Estado de S. Paulo, Editorial, de 1/6/2010. Assinale a opção em que não foram inseridos erros gramaticais e o trecho foi transcrito de forma gramaticalmente correta. c) À política de "bondades" do governo, em vigor nos últimos meses, veio se acrescentar à do Legislativo, que se aproveita do período eleitoral para propor medidas mais condescendentes. Isso aumenta perigosamente o poder aquisitivo da população.

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e) É claro que a indústria tem dificuldades em acompanhar o ritmo de crescimento da demanda doméstica, recorrendo para isso à importações, que nem sempre têm preços menores do que os apresentados pela produção nacional. Texto Com o advento do Estado Social e Democrático de Direito, ganhou força a tese que defende a necessidade de interpretar a relação jurídica tributária de forma contextualizada com o valor constitucional da solidariedade social. Isso não significa, porém, que a busca da solidariedade social prevalecerá sempre sobre todas as demais normas constitucionais, pois sempre existirão situações em que restará configurada a supremacia de outros valores, também positivados no texto constitucional. A solidariedade de que trata a Constituição, no entanto, é a solidariedade genérica, referente à sociedade como um todo, em oposição à solidariedade de grupos sociais homogêneos, a qual se refere a direitos e deveres de um grupo social específico. Por força da solidariedade genérica, é lógico concluir que cabe a cada cidadão brasileiro dar a sua contribuição para o financiamento do “Estado Social e Tributário de Direito”. Infelizmente, é um fato cultural e histórico o contribuinte ver na arrecadação dos tributos uma “subtração”, em vez de uma contribuição a um Erário comum. Diante disso, o tema da solidariedade é fundamental, porque leva a uma reflexão sobre as razões pelas quais se pagam tributos, ou porque deva existir uma lealdade tributária. (Daniel Prochalski, Solidariedade social e tributação. http://jus2.uol.com.br/Doutrina/texto, acesso em 9/6/2010, com adaptações) 3- Com referência ao uso do sinal indicativo da crase, respeitam-se a correção gramatical e a coerência textual ao a) inseri-lo em “as demais normas” (ℓ.5). b) retirá-lo de “à sociedade” (ℓ.9). c) inseri-lo em “a qual” (ℓ.10). d) retirá-lo de “à solidariedade” (ℓ.9 e 10). e) inseri-lo em “a uma reflexão” (ℓ.17). ESAF – AFRFB – 2003 4- Julgue a assertiva abaixo em relação aos aspectos gramaticais. e) Não nos esqueçamos que a construção do autoritarismo, que marcou profundamente nossas estruturas sociais, configurou o sistema político imprescindível para a manutenção e reprodução dessa dependência. ESAF – AFC – STN - 2002

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5- “No passado, para garantir o sucesso de um filho ou de uma filha, bastava conseguir que eles tirassem um diploma de curso superior. Uma vez formados, seriam automaticamente chamados de “doutor” e teriam um salário de classe média para o resto da vida. De uns anos para cá, essa fórmula não funciona mais. Quem quiser garantir o futuro dos filhos, além do curso superior, terá de lhes arrumar um capital inicial. Esse capital deverá ser suficiente para o investimento que gerará um emprego para seu filho.” Em relação aos aspectos textuais, julgue a asserção abaixo. d) A regência do verbo chamar empregada no texto (l.3) é considerada coloquial. A gramática ortodoxa recomenda, como mais formal, o emprego desse verbo como transitivo direto. ESAF – IRB - ANALISTA – 2004 6- Identifique a letra em que uma das frases apresenta erro de regência verbal. a) Atender uma explicação. / Atender a um conselho. b) O diretor atendeu aos interessados. / O diretor atendeu-os no que

foi possível. c) Atender às condições do mercado. / Os requerentes foram

atendidos pelo juiz. d) Atender o telefone. / Atender ao telefone. e) Ninguém atendeu para os primeiros sintomas da doença. / Ninguém

se atendeu aos primeiros alarmes de incêndio. ESAF – MPOG – ANALISTA DE PLANEJ. E ORÇ. – 2010 7- A preocupação com a herança que deixaremos as (1) gerações futuras está cada vez mais em voga. Ao longo da nossa história, crescemos em número e modificamos quase todo o planeta. Graças aos avanços científicos, tomamos consciência de que nossa sobrevivência na Terra está fortemente ligada a (2) sobrevivência das outras espécies e que nossos atos, relacionados a (3) alterações no planeta, podem colocar em risco nossa própria sobrevivência. Contudo, aliado ao desenvolvimento científico, temos o crescimento econômico que nem sempre esteve preocupado com questões ambientais. O que se almeja é o desenvolvimento sustentável, que é aquele viável economicamente, justo socialmente e correto ambientalmente, levando em consideração não só as (4) nossas necessidades atuais, mas também as (5) das gerações futuras, tanto nas comunidades em que vivemos quanto no planeta como um todo.

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(Adaptado de A. P. FOLTZ, A Crise Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável: o crescimento econômico e o meio ambiente. Disponível em http://www.iuspedia.com.br.22 jan. 2008) Para que o texto acima respeite as regras gramaticais do padrão culto da Língua Portuguesa, é obrigatória a inserção do sinal indicativo de crase em a) 1, 2 e 3. b) 1 e 2. c) 1, 3 e 5. d) 2 e 4. e) 3, 4 e 5. ESAF – MTE – AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – 2010 8- Os trechos abaixo compõem, sequencialmente, um texto adaptado do Editorial do jornal Zero Hora (RS) de 18/01/2010. Assinale a opção que está gramaticalmente correta quanto à ausência ou à presença do acento grave indicativo de crase. a) O novo estímulo aos usineiros, também com pesado suporte de subsídios, levou à indústria automobilística a investir na produção não mais de carros movidos a álcool, mas de veículos flex, que permitem o uso dos dois combustíveis. No ano passado, as vendas de carros flex cresceram 14% em relação a 2008. b) Apresentado nos anos 70 como opção à crise do petróleo, sob forte apoio governamental, o álcool perdeu relevância nas décadas de 80 e 90. A produção foi retomada e intensificada nos últimos anos, com a explosão nos preços internacionais dos derivados da energia fóssil. c) As montadoras aplicaram recursos no desenvolvimento de tecnologias, e o consumidor se dispôs a pagar mais por veículos mais modernos. Ambos apostaram nas vantagens de um combustível que, além de reduzir à dependência da gasolina e do diesel, apresentava ainda as virtudes do ecologicamente correto, por ser menos poluente e renovável. d) A partir do ano passado, com a queda nos preços do petróleo, outros fatores de mercado conspiraram contra o álcool, como a quebra na produção da cana e o aumento dos preços do açúcar. Mesmo que o álcool se submeta à oscilações de cotações, como qualquer outro produto, o que não se pode admitir é que essas variações façam com que a oferta do produto seja imprevisível e instável. e) A sazonalidade e outras questões envolvidas não são suficientes para explicar a ausência de uma política que assegure, à fabricantes e consumidores, a certeza de que investiram em uma opção de combustível tratada com a seriedade que merece.

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ESAF – SEFAZ/SP – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE - 2009 9- Julgue os a/as destacados no texto abaixo e assinale a opção correta em relação à existência de crase. A sociedade brasileira, cada vez mais, quer conhecer e debater as políticas, planos e programas de desenvolvimento, previamente a (1) tomada de decisão pelo Poder Público e a (2) luz dos objetivos da sustentabilidade e da melhoria dos processos de negociação e de controle social. Essa discussão é orientada pela busca do melhor juízo sobre a (3) defesa ambiental com vistas a (4) adoção de um processo de natureza negocial, baseado numa abordagem de gestão pública compartilhada, que não deve estar restrita as (5) agências ambientais. Visa, também, à definição de espaços adequados e permanentes para o diálogo de forma a (6) se antecipar aos potenciais conflitos socioambientais associados as (7) propostas de desenvolvimento e a (8) redução de ações de intervenção que remetam as (9) decisões a (10) esfera do Judiciário. Devem ser acentuados com acento grave os a/as destacados com os números: a) 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9 b) 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10 c) 3, 6, 9, 10 d) 1, 2, 4, 5, 7, 8, 10 e) 1, 2, 5, 6, 10 10- Em relação ao texto abaixo, assinale a opção correta.

a) O sinal indicativo de crase em "à integridade" (l.2) justifica-se pela regência de "intensifica" (l.1) e pela presença de artigo definido feminino singular. ESAF – MPOG – ESPEC. POL. PÚBL. E GESTÃO GOV. – 2009 11- Em relação ao uso das estruturas linguísticas no texto, assinale a opção correta. e) Estaria gramaticalmente correto se em "a pagar" (l. 19) fosse colocado sinal indicativo de crase. ESAF – ANA – ANALISTA ADMINISTRATIVO – 2009

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12- Em relação ao texto, assinale a opção incorreta.

b) O emprego de sinal indicativo de crase em "à sua atividade" (l.6 e 7) justifica-se pela regência de "recursos", que exige preposição "a" e pela presença de artigo definido feminino antes de "sua". e) O verbo "autorizar" (l.4) está empregado, no texto, com a mesma predicação verbal que apresenta na frase: O diretor autorizou-nos a tirar férias em fevereiro. ESAF – RECEITA FEDERAL - TÉCNICO ADMINISTRATIVO - 2009 13- Em relação ao texto abaixo, assinale a opção incorreta. (...) Se isso tivesse acontecido, os governos poderiam concentrar-se no combate à retração econômica e ao desemprego. (...) e) A presença de preposição em “ao desemprego” (ℓ.23) justifica-se pela regência de “combate”. 14- Indique a opção que completa, com correção gramatical, os espaços do trecho abaixo. Uma nova forma de gerenciamento chega ao mercado: a quarteirização. Ela pode ser entendida como a contratação de um executivo que administra os contratos e atividades de terceiros. Para as organizações que são abertas __1__ realidade e __2__ mudanças, que __3__ muito __4__ delegando para terceiros aquelas atividades intermediárias de sua empresa, a quarteirização é uma ótima opção. (Adaptado de http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp040149.pdf) 1 2 3 4 a) a as a vem b) à a há vem c) à as à veem d) à às há vêm e) a a a vêm

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ESAF – CGU – ANALISTA DE SISTEMAS E CONTROLE – 2006 14- Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto. Para incentivar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Prêmio ODM BRASIL. A iniciativa do governo federal em conjunto com o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vai selecionar e dar visibilidade __1___ experiências em todo o país que estão contribuindo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), como __2__ erradicação da extrema pobreza e __3__ redução da mortalidade infantil. Os ODM fazem parte de um compromisso assumido, perante __4__ Organização das Nações Unidas, por 189 países de cumprir __5__ 18 metas sociais até o ano de 2015. (Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da República, n. 390, Brasília, 06 de janeiro de 2006)

a) a, à, à, a, às b) as, a, a, à, as c) às, à, a, à, às d) a, a, a, a, as e) as, a, a, à, às ESAF – MTE – AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – 2006 15- Os primeiros imigrantes trazidos por empresas importadoras eram, em geral, obrigados __1__assinar contratos de parceria com o importador para trabalharem nas lavouras do café do estado de São Paulo. O contratante adiantava __2__ despesas de transporte da Europa __3__ colônias e o necessário __4__ subsistência inicial. Nas colônias, o imigrante recebia determinado número de pés de café para cultivar. Tinha direito __5__ meação no resultado da venda. (Sidnei Machado, http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/article/ viewPDFInterstitial/1766/1463) Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto: a) à - as - as - à - a b) à - às - às - à – à c) a - as - as - a – a d) a - às - às - a – à e) a - as - às - à – à

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ESAF – MF – ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO – 2009 16- Assinale a opção gramaticalmente correta quanto à concordância e regência. (Renata Moraes, "A corrida pelo domínio da língua". Veja, 4/3/2009, p.97/98) c) Antigamente, nas empresas, eram poucos os funcionários que dominavam um idioma estrangeiro, e com eles recorriam os colegas quando precisavam traduzir uma palavra ou um texto. d) A primeira pergunta que surge a quem se impõe ao desafio de falar outro idioma fluentemente é: será preciso passar um tempo no exterior? ESAF – ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2006 17- Para cada lacuna abaixo são propostas duas formas de preenchimento. Assinale a opção em que as duas propostas complementam de maneira coerente e gramaticalmente correta o texto. O Brasil está assumindo papel ___(a)___ liderança no fornecimento de energia de fonte renovável, ___(b)___ o álcool. Chamou, por isso, ___(c)___ atenção do mundo desenvolvido e há países negociando a compra do produto nacional. Problemas como o do preço interno devem ser administrados com responsabilidade para não corrermos o risco de perder a oportunidade, rara, ___(d)___ fixar papel preponderante ___(e)___ setor essencial como o energético. (Adaptado de Correio Braziliense, 22 de fevereiro de 2006) a) na/da b) como/para c) a/à d) de/para e) em/pelo ESAF – ST/RN – AUDITOR FISCAL DO TESOURO ESTADUAL - 2005 18- Marque o item que preenche de forma correta as lacunas do texto seguinte: Institucionalizada ___ partir das lutas antiabsolutistas, no século 18, e da expansão dos movimentos constitucionalistas, no século 19, ___

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democracia representativa foi consolidada ao longo de um processo histórico marcado pelo reconhecimento de três gerações de direitos humanos: os relativos ___ cidadania civil e política, os relativos ___ cidadania social e econômica e os relativos ___ cidadania "pós-material", que se caracterizam pelo direito ___ qualidade de vida, ___ um meio ambiente saudável, ___ tutela dos interesses difusos e ao reconhecimento da diferença e da subjetividade. (Baseado em Mário Antônio Lobato de Paiva em www.ambitojurídico.com.br)

a) a, à, à, a, à, à, a, a. b) a, a, à, à, à, à, a, à. c) à, a, a, à, à, a, a, à. d) à, a, a, à, à, à, a, à. e) a, à, à, a, à, à, a, à. ESAF – MPU – ANALISTA (ADMINISTRAÇÃO) – 2004 19- Marque o item em que uma das sentenças não está gramaticalmente correta. a) Do interior das fazendas coloniais nos vem, através das páginas de Antonil, uma impressão de operosidade intensiva. Há ali a vibração e o estrondo de um pequeno mundo humano e febre de labor. / Do interior das fazendas coloniais nos vêm, através das páginas de Antonil, impressões de operosidade intensiva. Há ali a vibração e o estrondo de um pequeno mundo humano e febre de labor. b) O sesmeiro seiscentista está colocado entre as pontas de um verdadeiro dilema: tem que escolher entre a vida vegetativa dos decaídos, ou a cultura em grande escala. / O sesmeiro seiscentista está colocado entre as pontas de um verdadeiro dilema: tem de escolher entre a vida vegetativa dos decaídos, ou a cultura em grande escala. c) Essa considerável massa trabalhadora é indispensável à manutenção e à prosperidade de um grande engenho. / Indispensável essa considerável massa trabalhadora à manutenção e à prosperidade de um grande engenho. d) Dadas as condições especiais daquela sociedade, nesse dilema se transforma outro: ou a desclassificação social, ou a posse de uma grande massa operária. Dadas às condições especiais daquela sociedade, esse dilema se transforma em outro: ou a desclassificação social, ou a posse de uma grande massa operária. e) Das roças ao picadeiro, dos picadeiros às moendas, das moendas às tachas, das tachas às formas, das formas aos terreiros de secagem, dos terreiros às tulhas, e às caixas, e às tropas, e aos armazéns da costa, o trabalho dos engenhos, na fabricação do açúcar, se complica, se desdobra, se multiplica em mil ações, que exigem, para a sua perfeita execução, uma massa operária considerável. / Das roças ao picadeiro, dos picadeiros às moendas, das moendas às tachas, das tachas às

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formas, das formas aos terreiros de secagem, dos terreiros às tulhas, e às caixas, e às tropas, e aos armazéns da costa, o trabalho dos engenhos, na fabricação do açúcar complica-se, desdobra-se, multiplica-se em mil ações, que exigem, para a sua perfeita execução, uma massa operária considerável. (Baseado em Oliveira Viana) ESAF – MRE – ASSISTENTE DE CHANCELARIA – 2004 20- Indique a opção que preenche com correção os espaços numerados do trecho abaixo. ....(1).... história por escrever do século vindouro cabe o desafio de encontrar formas de convívio em que ....(2).... força da integração seja o resultado da vitalidade das partes e em que .... (3).... independência das partes se associe a força da unidade. (Adaptado de Paulo T. Flecha de Lima, "Acaba a América? Três Américas? E o Brasil?") a) A - a - a b) À - a – à c) A - à – a d) A - à – à e) À - a – a ESAF – SRF – ATRF – 2009 21- Assinale o trecho do texto adaptado de Maria Rita Kehl (O tempo e o cão: a atualidade das depressões. São Paulo: Boitempo, 2009) em que, na transcrição, foram plenamente atendidas as regras de concordância e regência da norma escrita formal da Língua Portuguesa. a) Paradoxalmente, as mesmas inovações tecnológicas destinadas a nos poupar o tempo de certas tarefas manuais e aumentar o tempo ocioso vem produzindo um sentimento crescente de encurtamento à temporalidade. Tal sentimento talvez esteja relacionado com o encolhimento da duração. b) A vivência contemporânea da temporalidade é dominada por um subproduto das ideologias da produtividade, às quais reza que se devem aproveitar, ao máximo, cada momento da vida. c) Desligado do frágil fio que ata o presente à experiência passada, voltado, sofregamente, para o futuro, o indivíduo sofre com o encurtamento da duração. Assim, desvalorizam-se o tempo vivido e o saber que sustenta os atos significativos da existência. d) Segundo Bergson, a duração se mede pela sensação de continuidade entre o instante presente, o passado imediato e o futuro próximos; no

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entanto, nada indica que o registro psíquico dessas duas formas do tempo que alongam o presente devam limitar-se em curtos períodos antes e depois do brevíssimo instante. e) Talvez a medida do transcorrer do tempo não individual não se assemelhe com o desenrolar de um fio, mas do tecer de uma rede que abriga e embala um grande número de pessoas ligado entre si pela experiência. ESAF – TCU – AFCE (ANÁLISE DE SISTEMAS) – 2002 22- Assinale a proposição incorreta acerca do segmento transcrito a seguir.

a) Por serem termos coordenados, os sintagmas nominais "os homens da espada" e "os possíveis déspotas" deveriam, à semelhança de "aos homens da força", vir introduzidos pela preposição a. b) A regência nominal de "concorrência" admite, além da preposição a, o emprego de com e para. No contexto dado, porém, só cabe a preposição com. ESAF – MTE – AFT – 2010 23- Com base na norma gramatical da língua escrita, analise as propostas de alteração do texto abaixo e, a seguir, assinale a opção incorreta. A civilização industrial leva à concentração de poder e ao declínio da liberdade individual, mas, ao mesmo tempo, liberta os homens das piores formas de servidão, do peso do trabalho alienante, tornando possível imaginar um mundo de homens livres que conseguirão a “liberdade do impulso criativo” – este é o verdadeiro objetivo da reconstrução social. Por meio do aumento dos padrões de conforto e acesso à informação, essa civilização cria condições favoráveis para desafiar radicalmente os velhos laços de autoridade.

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a) No trecho “à concentração de poder e ao declínio da liberdade individual” (ℓ.1 e 2), substituir “à” por “a” e suprimir “ao”. 24- Assinale o único trecho que atende plenamente às prescrições gramaticais. b) Na dimensão mais importante, os detentores de um grande volume de capital global, como empresários, membros de profissões liberais e professores universitários, opõe-se globalmente aqueles menos providos de capital econômico e de capital cultural, como os operários não qualificados. ESAF – AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/MG – 2005 25- Julgue as afirmações a respeito do texto como verdadeiras (V) ou falsas (F), para marcar, a seguir, a opção correta. ( ) Em virtude do paralelismo sintático, o acento grave, em “à filosofia” (Santo Agostinho (354-430), um dos grandes formuladores do catolicismo, uniu a teologia à filosofia), poderia ser eliminado. ( ) O complemento verbal “seu objeto de desejo” (É justamente essa urgência que explica a predisposição das pessoas, empresas e países a pagar altas taxas de juros para usufruir o mais rápido possível seu objeto de desejo.) poderia vir precedido da preposição “de”, atendendo-se à regência do verbo “usufruir”. ESAF – CGU - ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2008 26- Assinale o trecho do texto adaptado do Jornal do Commercio (PE), de 12/01/2008, que apresenta erro de regência. a) Depois de um longo período em que apresentou taxas de crescimento econômico que não iam além dos 3%, o Brasil fecha o ano de 2007 com uma expansão de 5,3%, certamente a maior taxa registrada na última década. b) Os dados ainda não são definitivos, mas tudo sugere que serão confirmados. A entidade responsável pelo estudo foi a conhecida Comissão Econômica para a América Latina (Cepal). c) Não há dúvida de que os números são bons, num momento em que atingimos um bom superávit em conta-corrente, em que se revela queda no desemprego e até se anuncia a ampliação de nossas reservas monetárias, além da descoberta de novas fontes de petróleo. d) Mesmo assim, olhando-se para os vizinhos de continente, percebe-se que nossa performance é inferior a que foi atribuída a Argentina (8,6%) e a alguns outros países com participação menor no conjunto dos bens produzidos pela América Latina.

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e) Nem é preciso olhar os exemplos da China, Índia e Rússia, com crescimento acima desses patamares. Ao conjunto inteiro da América Latina, o organismo internacional está atribuindo um crescimento médio, em 2007, de 5,6%, um pouco maior do que o do Brasil.

Gabarito Comentado das Questões ESAF – CVM – ANALISTA DE SISTEMAS – 2010 1- Jamais poderia receber o acento indicativo de crase, pois, para que haja crase, é preciso haver contração da preposição A com A (artigo ou pronome demonstrativo). O verbo ‘combater’ não rege complemento preposicionado, logo não haverá contração, portanto não haverá possibilidade alguma de crase. Se, por exemplo, fosse outro verbo, como ‘resistir’, aí sim teríamos a crase, pois este verbo pede preposição ‘a’ + ‘a’ = à. Exemplo: “... de capital para resistir à formação de bolhas...”. Beleza? ESAF – SMF/RJ - FISCAL DE RENDAS – 2010 2- Muuuuito interessante a letra C, pois, para acertá-la, é bom que se coloque na ordem direta. Veja a reescrita na ordem direta (SVC): “A (política) do Legislativo, que se aproveita do período eleitoral para propor medidas mais condescendentes, veio se acrescentar à política de "bondades" do governo, em vigor nos últimos meses. Isso aumenta perigosamente o poder aquisitivo da população.”. Percebeu que o sujeito do primeiro período é “A (política) do Legislativo”, logo não pode haver crase, pois não existe sujeito craseado. Quanto a esta crase: “à política...”, ela ocorre devido à regência do verbo anterior. Leia de novo: “A (política) do Legislativo... veio se acrescentar (a + a = à) política de “bondades”...”. Ficou claro? Sobre a letra E, note que há um erro grosseiro: “... recorrendo para isso à importações...”. Segundo as regras proibitivas de crase, não se usa crase diante de palavra pluralizada ou de valor genérico. Portanto a reescrita deveria ser assim: “... recorrendo para isso a importações...”. Ou com artigo: ““... recorrendo para isso às (a + as) importações...”. Ok? 3- GABARITO: D.

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Eu desconheço qualquer informação dentro da gramática que permita a retirada do acento indicativo de crase antes da palavra feminina solidariedade em “A solidariedade de que trata a Constituição, no entanto, é a solidariedade genérica, referente à sociedade como um todo, em oposição à solidariedade de grupos sociais homogêneos, a qual se refere a direitos e deveres de um grupo social específico.” Esta questão deveria ter sido anulada, pois há dois argumentos extremamente convincentes — mais do que isso: definitivos — para que não se retire o acento indicativo de crase. Primeiro argumento: há paralelismo sintático (repetição de estrutura sintática semelhante). Se há artigo (determinante) na estrutura sintática anterior tem de haver na posterior obrigatoriamente. Veja com calma: “A solidariedade de que trata a Constituição, no entanto, é a solidariedade genérica, referente à sociedade como um todo, em oposição à (a + a) solidariedade de grupos sociais homogêneos,...”. Segundo argumento (facílimo de enxergar): a locução prepositiva ‘em oposição a’ termina em preposição ‘a’ + ‘a’ (solidariedade) = “... em oposição à solidariedade...”. Meu Deus! Que dificuldade há nisso? Bem-vindo à ESAF (com crase!). Porque quem é bem-vindo, é bem-vindo A algum lugar. ☺ Parece que alguém papou mosca aí, hein! Não pode haver crase na expressão da letra A porque não há possibilidade de contração. Em B, não podemos retirar o sinal de crase de “à sociedade’, pois o adjetivo referente rege o complemento preposicionado por meio da preposição ‘a’. Em C também não rola a crase, pois não há verbo ou nome antes do relativo exigindo a preposição ‘a’ para ficar antes dele, formando ‘a’ + ‘a qual’ = ‘à qual’. Em E, não há crase antes de artigo indefinido. Foi? ESAF – AFRFB – 2003 4- A preposição ‘de’, exigida pelo verbo ‘esquecer-se’, está oculta, pois o complemento do verbo vem em forma de oração. Não poderia ficar implícita, porém, se o complemento fosse um termo: “Não nos esqueçamos das aulas do Pestana”, por exemplo. Sacou? Outra coisa: “... imprescindível para a manutenção e (para) reprodução dessa dependência”. Esta preposição entre parênteses pode ficar implícita quando há paralelismo sintático, aparecendo a preposição no primeiro termo da coordenação. ESAF – AFC – STN - 2002

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5- Esta afirmação não procede, pois o verbo chamar, na acepção apresentada, é um verbo transobjetivo, ou seja, além do objeto direto, exige um predicativo do objeto. Diferente de todos os verbos transobjetivos, o verbo chamar pode ser não só transitivo direto mas também indireto — o seu significado não sofre alteração. Na construção da linha 3, o verbo chamar é transitivo direto e está construído em voz passiva analítica (“seriam ... chamados de ‘doutor’...”). Por isso, há dois problemas na afirmação: 1) afirmar que o verbo chamar, na construção, não seria transitivo direto, quando ele o é e 2) considerar que o registro culto recomenda apenas a transitividade direta (quando ele pode ser VTD ou VTI). Veja a página 17. ESAF – IRB - ANALISTA – 2004 6- Esta questão trata de todas as acepções do verbo atender. Todas as frases da questão foram retiradas do livro de regência de Celso Pedro Luft (lembra que eu falei desse cara?!). Vamos lá... A regência do verbo atender: 1- o verbo será VTD ou VTI (A) no sentido de dar ou prestar atenção: letras A e B. 2– no sentido de tomar em consideração, considerar, levar em conta, ter em vista: letra C. 3- no sentido de responder: letra D. 4- no sentido de conceder uma audiência, é VTD, daí a voz passiva analítica ser adequada: letra C (foram atendidos). 5- no sentido de acolher, deferir, tomar em consideração, é VTD: 2ª frase da B. 6- no sentido de atentar, reparar, é VTI, podendo reger as preposições a, em, para: 1ª frase da letra E, mas... há uma forma incorreta, que é: “Ninguém se atendeu aos primeiros alarmes de incêndio.”. Neste sentido, não há como o verbo atender ser pronominal (com partícula integrante ‘se’). Deveria ser: “Ninguém atendeu aos primeiros alarmes de incêndio”. ESAF – MPOG – ANALISTA DE PLANEJ. E ORÇ. – 2010 7-

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GABARITO: B. Sobre: “A preocupação com a herança que deixaremos as (1) gerações futuras está cada vez mais em voga.”, quem deixa, deixa algo A/PARA alguém, logo “... deixaremos A + AS = ÀS gerações futuras...”. Fácil, não? Sobre: “... tomamos consciência de que nossa sobrevivência na Terra está fortemente ligada a (2) sobrevivência das outras espécies e que nossos atos...”, o adjetivo ‘ligada’ exige preposição ‘a’ + ‘a’ sobrevivência = “à sobrevivência”. Igualmente fácil. ESAF – MTE – AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – 2010 8- GABARITO: B. a) O novo estímulo aos usineiros, também com pesado suporte de subsídios, levou A (artigo; o verbo ‘levar’ é VTDI neste caso) indústria automobilística A (preposição; não há crase diante de verbo) investir na produção não mais de carros movidos a álcool, mas de veículos flex, que permitem o uso dos dois combustíveis. No ano passado, as vendas de carros flex cresceram 14% em relação a 2008. b) Apresentado nos anos 70 como opção (o substantivo opção exige a preposição ‘a’, que se contrai ao artigo ‘a’ antes da palavra feminina) crise) à crise do petróleo, sob forte apoio governamental, o álcool perdeu relevância nas décadas de 80 e 90. A produção foi retomada e intensificada nos últimos anos, com a explosão nos preços internacionais dos derivados da energia fóssil. c) As montadoras aplicaram recursos no desenvolvimento de tecnologias, e o consumidor se dispôs a pagar mais por veículos mais modernos. Ambos apostaram nas vantagens de um combustível que, além de reduzir (o verbo reduzir é VTD, não exige preposição) A (artigo) dependência da gasolina e do diesel, apresentava ainda as virtudes do ecologicamente correto, por ser menos poluente e renovável. d) A partir do ano passado, com a queda nos preços do petróleo, outros fatores de mercado conspiraram contra o álcool, como a quebra na produção da cana e o aumento dos preços do açúcar. Mesmo que o álcool se submeta A oscilações (não há crase diante de palavra pluralizada ou com valor genérico; este A é uma mera preposição exigida pelo verbo ‘submeter-se’) de cotações, como qualquer outro produto, o que não se pode admitir é que essas variações façam com que a oferta do produto seja imprevisível e instável.

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e) A sazonalidade e outras questões envolvidas não são suficientes para explicar a ausência de uma política que assegure, A fabricantes (igual à D) e consumidores, a certeza de que investiram em uma opção de combustível tratada com a seriedade que merece. ESAF – SEFAZ/SP – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE - 2009 9- GABARITO: D. Justificativa na sequência: 1- O advérbio previamente exige preposição ‘a’ + ‘a’ tomada, logo “... previamente à tomada”. 2- Idem à explicação da 1. 4- Contrai-se o ‘a’ da expressão ‘com vistas a’ + ‘a’ adoção, logo “... com vistas à adoção”. 5- O adjetivo ‘restrita’ exige a preposição ‘a’ + ‘as’ agências, logo “... restrita às agências...” 7- O adjetivo ‘associados’ exige a preposição ‘a’ + ‘as’ propostas, logo “... associados às propostas...” 8- Idem à explicação da 7. 10- O verbo ‘remeter’ exige a preposição ‘a’ + ‘a’ esfera, logo “... remetam... à esfera...” 10- Afirmação totalmente equivocada, pois a crase só ocorre devido à regência nominal do substantivo ‘ameaças’, que exige a preposição ‘a’ + ‘a’ integridade, logo “... ameaças à integridade...”. Safo? ESAF – MPOG – ESPEC. POL. PÚBL. E GESTÃO GOV. – 2009 11- Não se usa acento indicativo de crase antes de verbo, mas o que mais vemos nas ruas é isto:

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ESAF – ANA – ANALISTA ADMINISTRATIVO – 2009 12- Sobre a afirmação da letra B, há um equívoco, pois não é o substantivo recursos que exige a preposição ‘a’, mas sim o adjetivo ‘necessários’ (o que é necessário, é necessário A). Regência nominal clássica. Sobre a afirmação da letra E, a maneira como o verbo autorizar mantém relação com seus complementos é igual, pois em ambos os casos o verbo é VTDI (quem autoriza, autoriza alguém A algo). ESAF – RECEITA FEDERAL - TÉCNICO ADMINISTRATIVO - 2009 13- A afirmação de que a presença de preposição em “ao desemprego” justifica-se pela regência de “combate” está perfeita, pois este substantivo de fato rege um complemento preposicionado por A. 14- GABARITO: D. A forma nominal ‘abertas’ exige a preposição ‘a’ + ‘a’ (realidade) = “... abertas à realidade...”; também diante de ‘as mudanças’, logo ‘às mudanças’. ESAF – CGU – ANALISTA DE SISTEMAS E CONTROLE – 2006 14- GABARITO: D. Justificativa na sequência:

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1- não há crase diante de palavra pluralizada ou com valor genérico. 2- não há exigência de preposição ‘a’ por termo algum para que haja crase. 3- idem ao 2. 4- ‘perante’ é uma preposição, que, consequentemente, não exige preposição ‘a’, logo não há contração, tampouco crase. 5- o verbo cumprir não exige preposição alguma, logo não há crase. ESAF – MTE – AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – 2006 15- GABARITO: E. Há crase em 3, pois a forma verbal ‘adiantava’ é VTDI, exige objeto direto e indireto, preposicionado pela preposição ‘a’, que se contrai ao artigo ‘as’, formando ‘às colônias’. Ocorre crase em 4 pelo mesmo motivo de 3. Em 5, o substantivo ‘direito’ exige a preposição ‘a’ + ‘a’ meação = ‘à meação’. Simples assim. ESAF – MF – ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO – 2009 16- Na letra C, há um desvio de regência do verbo ‘recorrer’, pois ele rege a preposição ‘a’. Portanto, deveria ser: “... e a eles recorriam os colegas...” Na letra D, o verbo ‘impor’ é VTDI, exige um objeto direto e um indireto. O objeto indireto na frase em questão é a pronome reflexivo ‘se’, o objeto direto é ‘o desafio de falar...’. A análise é esta, portanto: quem impõe, impõe alguma coisa (o desafio de falar outro idioma fluentemente) a alguém (se). Ou seja, alguém impõe o desafio de falar outro idioma fluentemente (OD) a si mesmo (OI). ESAF – ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2006 17- GABARITO: D. O substantivo ‘oportunidade’ rege a preposição ‘de’ ou ‘para’, logo a letra D está perfeita. ESAF – ST/RN – AUDITOR FISCAL DO TESOURO ESTADUAL - 2005 18-

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GABARITO: B. Justificativas para as ocorrências de crase: ... democracia representativa foi consolidada ao longo de um processo histórico marcado pelo reconhecimento de três gerações de direitos humanos: os relativos (rege a preposição A + artigo A (cidadania) = À) _à_ cidadania civil e política, os relativos (idem ao anterior) _à_ cidadania social e econômica e os relativos (idem ao anterior) _à_ cidadania "pós-material", que se caracterizam pelo direito (idem ao anterior) _à_ qualidade de vida, (não há crase diante de artigo indefinido) _a_ um meio ambiente saudável, (aqui subentende-se ainda a palavra ‘direito’, que exige preposição A + A (tutela)) _à_ tutela dos interesses difusos e ao reconhecimento da diferença e da subjetividade. ESAF – MPU – ANALISTA (ADMINISTRAÇÃO) – 2004 19- GABARITO: C. Note que “Dadas às condições...” é uma oração subordinada reduzida de particípio (o verbo ‘dar’ (dadas) está no particípio, concordando com ‘as condições’). Portanto, ‘as condições’ é o sujeito do verbo; até onde sabemos, não existe sujeito craseado. Aí está o erro! ESAF – MRE – ASSISTENTE DE CHANCELARIA – 2004 20- GABARITO: B. Coloque na ordem direta o trecho para visualizar melhor: “O desafio de encontrar formas de convívio em que a força da integração seja o resultado da vitalidade das partes e em que a força da unidade se associe (o verbo associar-se exige a preposição ‘a’ + ‘a’ (independência)) à independência das partes cabe (o verbo caber é VTI e exige a preposição ‘a’ + ‘a’ (história)) à história do século vindouro por escrever.” ESAF – SRF – ATRF – 2009 21- GABARITO: C.

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Sobre regência e crase, apenas as letras B e D apresentam problemas. Em B, absolutamente nada justifica a crase neste trecho: “... às quais reza que se...”. Na D, o verbo limitar-se exige a preposição A, logo deveria estar escrito assim: “... devam limitar-se a curtos períodos...” ESAF – TCU – AFCE (ANÁLISE DE SISTEMAS) – 2002 22- Para entender que a letra A está inadequada, é preciso que coloquemos o trecho na ordem direta: “Pois bem: ainda hoje ele os aprecia assaz, com a condição, porém, de os homens da espada, os possíveis déspotas, não entrarem em concorrência aos homens da força.”. Percebe agora que ‘os homens da espada’ é o sujeito da forma verbal ‘entrarem’, logo ele não pode ser craseado; ademais, pois, não há coordenação alguma entre ‘aos homens da força e os homens da espada’, pois cada um exerce função sintática diferente. Sobre B, de fato a afirmação procede, pois o nome concorrência só rege a preposição para nesta acepção: “Pesquisa de preços para compra e venda de materiais ou prestação de serviços (ex.: concorrência para aquisição de equipamentos)” ESAF – MTE – AFT – 2010 23- Não se pode ignorar a regência do verbo ‘levar’, pois, no sentido de acarretar, exige a preposição ‘a’. Portanto a crase existe e, por uma questão de paralelismo sintático, se há artigo em ‘à (a + a) concentração de poder’, obviamente haverá artigo na estrutura semelhante e coordenada ‘ao declínio da liberdade individual’. Não pode haver supressão! 24- O trecho “... opõe-se globalmente aqueles...” apresenta um desvio de regência e consequentemente de crase. Deveria ser assim: “... opõe-se globalmente àqueles...”, pois o verbo opor-se é VTI e exige a preposição ‘a’ + ‘aqueles’ = àqueles. Foi? ESAF – AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/MG – 2005 25- O primeiro é falso e o segundo é verdadeiro.

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Não se pode eliminar o acento grave de “... uniu a teologia à filosofia...”, pois quem une, une alguma coisa A outra coisa; percebeu agora a regência do verbo? A preposição ‘a’ é obrigatória, contraída ao artigo ‘a’ de ‘a filosofia’, tem-se ‘à filosofia’. Safo? O verbo usufruir de fato apresenta dupla regência, pode ser VTD ou VTI (de). Veja a página 13 (na corujinha). ESAF – CGU - ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2008 26- GABARITO: D. A forma participial ‘atribuída’ exige a preposição ‘a’ + ‘a’ Argentina = à Argentina. Faltou isso no texto. Diante de nomes de lugar (topônimos), tenha cuidado, pois nem todos os topônimos recebem artigo antes de si, portanto não há crase antes de todos eles. Vale lembrar aquele velho bizu: “Quem vai a, volta dA = crase”. Exemplo: Quem vai à Grécia, volta dA Grécia, logo pode haver crase antes do topônimo Grécia, pois aceita artigo antes de si. Simplinho! Hehe... ----------------------------------------------------------------------------------

Meu aluno inquieto, vou terminando meu contato com você assim como na primeira aula. Chegamos ao fim da nossa saga. Mentalize sempre que a vaga é sua e só depende de você! Sei que é clichê. Motive-se sempre! Se precisar de mais exercícios sobre este assunto, é só pedir. “E lembrem-se: “O Poder é de vocês!”’ (Capitão Planeta) “Somos donos do nosso destino. Somos capitães da nossa alma!” (Winston Churchill). Forte abraço! Fernando Pestana [email protected] ou [email protected]

PS: Obrigado por tudo! Felicidades!