Aula 76 - Contabilidade Geral - Aula 04

Curso Online – Contabilidade Agente da Polícia Federal - Contabilidade

Egbert Buarque

Prof. Egbert Buarque www.pontodosconcursos.com.br 1

Olá pessoal, Esta é a nossa quarta aula de exercícios de Contabilidade Geral para o cargo de Agente da Polícia Federal. Vamos ao trabalho. Exercícios Comentados 1. (TRE/ES Técnico em contabilidade 2011) Suponha que, em decorrência da aplicação do critério da avaliação a valor justo, tenha havido aumento no valor de um bem do ativo. Nesse caso, a contrapartida desse aumento será computada como reserva de reavaliação, um subgrupo do patrimônio líquido. COMENTÁRIO O registro das alterações de valor de ativos e passivos avaliados a valor justo deve ser feito em “ajustes de avaliação patrimonial”, conta do patrimônio líquido, enquanto não reconhecidos no resultado do exercício em obediência ao regime de competência. É o que diz a lei 6.404/76: “art. 182. (...) (...) § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)” Importante ressaltar que a reserva de reavaliação não mais existe. Vejamos a composição atual do patrimônio líquido, nos termos da lei 6.404/76:

“Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.

§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)


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II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:

I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente.” (grifo nosso).

GABARITO: ERRADO

2. (TRE/ES Técnico em contabilidade 2011) O balancete de verificação possibilita indicar erros na escrituração contábil mesmo no caso de igualdade entre os somatórios das colunas de débito e de crédito, como, por exemplo, quando o saldo de determinada conta é incompatível com a sua natureza. COMENTÁRIO De fato, o balancete de verificação é um demonstrativo (não é demonstração) que se presta a verificar a correção dos lançamentos, principalmente no que se refere à aplicação do método das partidas dobradas. Essa verificação ocorre quando o total dos saldos devedores se iguala ao total dos saldos credores. Mesmo quando isso ocorre, ainda é possível que haja erro de lançamento, o que pode ser indicado quando uma conta de natureza devedora apresenta saldo credor. Por exemplo, o saldo da conta “veículos”, pertencente ao ativo, não pode apresentar saldo credor, pois não faria sentido dizer que a empresa estaria “devendo veículos a alguém”. Portanto, quando o saldo de uma conta é incompatível com sua natureza, também há erro de escrituração, ainda que o balancete de verificação aponte saldos devedores e credores iguais. GABARITO: CERTO


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3. (TRE/ES Técnico em contabilidade 2011) Lançamentos omitidos ou em duplicidade não alteram os totais das colunas de débito e de crédito. COMENTÁRIO Para analisarmos esta questão, vamos a um exemplo: Suponha o seguinte balancete de verificação fechado corretamente. CONTA SALDO DEVEDOR SALDO CREDOR CAIXA 1.000 FORNECEDORES 400 EMPRÉSTIMOS 600 TOTAIS 1.000 1.000 Suponha que, após este balancete, a empresa tenha adquirido mais $ 200 de mercadorias a prazo, o que seria registrado pelo seguinte lançamento: D: mercadorias C: fornecedores.................................................................200 O balancete anterior se apresentaria assim: CONTA SALDO DEVEDOR SALDO CREDOR CAIXA 1.000 FORNECEDORES 400 + 200 = 600 MERCADORIAS 200 EMPRÉSTIMOS 600 TOTAIS 1.200 1.200 Se o lançamento fosse omitido, os saldos devedores e credores seriam de $ 1.000, ou seja, estariam errados. Caso o lançamento fosse feito em duplicidade, ou seja, pelo valor de $ 400, os saldos devedores e credores totais seriam de $ 1.400, também errados. GABARITO: ERRADO 4. (TRE/ES Técnico em contabilidade 2011) Uma empresa que ocupou imóvel de terceiros para realizar suas atividades operacionais, na última renovação do contrato de aluguel, negociou as seguintes condições com o locador: prazo de aluguel: 24 meses; aluguel mensal de R$ 2.000,00; e desconto, no caso de pagamento adiantado dos aluguéis, de 15%. Em 30 de setembro de 2010, a empresa locatária pagou R$ 40.800,00, beneficiando-se do desconto acertado. Nesse caso, ao final do exercício de 2010, a empresa deveria registrar o valor de R$ 5.100,00 como despesa e de R$ 35.700,00 como ativo circulante.


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COMENTÁRIO Em 30 de setembro de 2010, a empresa locatária pagou R$ 40.800,00 por 24 meses de aluguel, o que equivale a uma despesa mensal de aluguel de R$ 1.700 (40.800/24). No ato do pagamento adiantado, deve ser efetuado o seguinte lançamento: D: Aluguéis passivos a vencer de Curto Prazo (despesa antecipada)....25.500 D: Aluguéis passivos a vencer de Longo Prazo (despesa antecipada)...15.300 C: Bancos ou caixa..........................................................................40.800 Ao final de 2010, transcorreram 3 meses, devendo ser apropriados R$ 5.100 (3xR$ 1.700) como despesas de aluguel a partir da conta que registra o aluguel antecipado no curto prazo. O lançamento será: D: Aluguéis passivos C: Aluguéis passivos a vencer de Curto Prazo (despesa antecipada)....5.100 Ou seja, ao final de 2010, dos R$ 35.700 de saldo de despesa antecipada de aluguel, R$ 15.300 permanecem registrados no Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo e R$ 20.400 permanecem registrados como despesas antecipadas de aluguel no ativo circulante (curto prazo). Portanto, a questão está errada ao afirmar que todo o saldo da despesa antecipada de aluguel deverá, ao final de 2010, estar registrada no ativo circulante. GABARITO: ERRADO 5. (TRE/ES Técnico em contabilidade 2011) Em 1.º de novembro de 2010, uma empresa prestadora de serviços contratou um empréstimo bancário no valor de R$ 15.000,00, cuja liquidação ocorrerá seis meses após a data da contratação, registrando a operação com um débito na conta banco (ativo) no valor de R$ 12.000,00, um débito na conta juros a transcorrer (passivo), no valor de R$ 3.000,00, e um crédito na conta empréstimo bancário (passivo), no valor de R$ 15.000,00. Nessa situação, as despesas relativas aos juros no ano de 2010 corresponderão aos juros prefixados no montante de R$ 3.000,00. COMENTÁRIO O registro inicial da operação é feito mediante o seguinte lançamento:


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D: Bancos...........................................................................12.000 D: Juros a transcorrer (retificadora do passivo circulante).........3.000 C: Empréstimo bancário (passivo circulante)...........................15.000 Uma vez que o empréstimo tem prazo de 6 meses e foi contratado em 1º de novembro de 2010, os juros a transcorrer devem ser apropriados durante esse período. Porém, é importante destacar que essa apropriação não deve ser calculada de forma linear (juros simples), mas por meio de juros compostos, conforme determina o CPC 12 (já cobrado em provas do CESPE, de forma conceitual). Se fôssemos calcular a taxa de juros efetiva da operação, ela seria de, aproximadamente, 3,79% ao mês. Não era necessário fazer este cálculo para resolver a questão. Ainda que se fizesse a apropriação dos juros de forma linear, o valor relativo ao exercício de 2010 seria inferior a R$ 3.000, que é o valor total a ser apropriado ao final dos seis meses da operação de empréstimo. Portanto, como ao final de 2010 teriam se passado apenas 3 meses, não é correto dizer que incorreram todos os juros da operação, que é de 6 meses, prazo esse que termina em abril de 2011. Ou seja, apenas em abril de 2011 é que os R$ 3.000 de juros estarão completamente apropriados como despesa (2 meses de juros em 2010 e 4 meses de juros em 2011). GABARITO: ERRADO 6. (TRE/ES Técnico em contabilidade 2011) No final do período contábil, após os lançamentos de ajustes, uma entidade obteve os seguintes saldos contábeis.

Nessa situação, as vendas líquidas do período somaram R$ 25.000,00.


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COMENTÁRIO A questão exigiu o conhecimento da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Vamos ao cálculo da receita líquida, conforme pedido pela questão. Vendas................................................................100.000 (-) devolução de vendas..........................................(4.000) (-) abatimentos sobre vendas..................................(1.200) (-) ICMS sobre vendas.............................................(7.000) (=) Receita líquida de vendas...............................87.800 (-) Custo da mercadoria vendida..............................(63.000) (=) Lucro Bruto.......................................................24.800 (-) fretes de vendas.................................................(5.000) (=) Lucro antes do IR/CSLL......................................19.800 Observe que as informações: (i) custo da mercadoria vendida e (ii) fretes de vendas aparecem na DRE após a receita líquida e, por isso, são desnecessárias para a solução da questão. Já a informação sobre “seguro transporte compra” somente se aplica ao cálculo das compras de mercadorias, não sendo empregada na DRE diretamente. GABARITO: ERRADO 7. (TRE/ES Técnico em contabilidade 2011) Após três anos de uso, um ativo imobilizado adquirido por R$ 40.000,00 tem 40% do seu custo depreciado; nesse momento, ele é vendido por R$ 20.000,00. Nessa situação, a empresa obteve um lucro de R$ 20.000,00 em outros resultados operacionais. COMENTÁRIO Após 3 anos de uso, o imobilizado teve 40% do seu custo depreciado. Portanto, a depreciação acumulada é de R$ 16.000 (40% x R$ 40.000). Ou seja, o valor contábil do imobilizado é de R$ 24.000 (40.000 – 16.000).


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Se a venda ocorreu por R$ 20.000, obteve-se um prejuízo de R$ 4.000, o qual será registrado em outras despesas, por se tratar de negócio não relacionado às atividades da empresa. GABARITO: ERRADO

O enunciado a seguir se refere às questões 8 a 10.

Considerando as contas mostradas acima, incluídas no balancete de verificação da empresa Tróia antes do encerramento do primeiro exercício social, julgue os itens que se seguem. 8. (DPF - Técnico em Contabilidade – Regional 2004) Durante o exercício, foram provisionados R$ 120.000,00 para cobrir eventual inadimplência de clientes. COMENTÁRIO Primeiramente cabe comentar a apresentação confusa do balancete de verificação. O nome “provisão para devedores duvidosos” aparece duas vezes, a débito e a crédito. Conclui-se que o débito seja despesa com a constituição de provisão e o crédito seja a própria provisão (conta retificadora de “clientes”, no ativo). Cabe registrar que no balancete de verificação não há débitos e créditos, terminologia essa usada para fazer referência a lançamentos. No balancete de verificação deverá haver saldos devedores e credores. Após essa análise preliminar, vamos à questão propriamente dita. O lançamento a crédito em “provisão para devedores duvidosos” indica que foram provisionados R$ 40.000 para cobrir eventual inadimplência de clientes. GABARITO: ERRADO 9. (DPF - Técnico em Contabilidade – Regional 2004) Apesar de a provisão ser feita a partir de uma estimativa, que nem sempre se confirma, a sua constituição influenciará o resultado contábil.


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COMENTÁRIO O item está completamente correto. A constituição de provisão para devedores duvidosos representa o reconhecimento de perdas estimadas (que ainda não ocorreram de fato) no recebimento de seus clientes. O reconhecimento dessa perda estimada corresponde ao lançamento de uma despesa influenciando negativamente o resultado contábil. IMPORTANTE: toda constituição de provisão (do ativo ou do passivo) SEMPRE gera despesa. GABARITO: CERTO 10. (DPF - Técnico em Contabilidade – Regional 2004) Eventuais reversões de provisão para clientes de liquidação duvidosa são classificadas adequadamente como itens operacionais na demonstração do resultado do exercício. COMENTÁRIO No item anterior afirmamos que a constituição de provisão sempre gera despesa e, portanto, a reversão de provisão (cancelamento por desnecessidade) gerará receita. A despesa e a receita de constituição e reversão de provisões, respectivamente, serão representadas na parte operacional da demonstração do resultado do exercício, uma vez que derivam de suas relações negociais com clientes. GABARITO: CERTO Julgue os itens seguintes (11 a 13), de acordo com os critérios de avaliação de ativos e passivos, conforme a redação dada à Lei n.º 6.404/1976 pelas Leis n.º 1.638/2007 e n.º 11.941/2009. 11. O valor justo dos instrumentos financeiros pode ser obtido pelo cálculo do valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros de instrumentos financeiros similares. COMENTÁRIO O item está de acordo com o que prevê a lei 6.404/76: “art. 183 (...)

§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)


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a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado;

b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro;

c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros.

d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na ausência de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro: (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)

1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares; (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de instrumentos financeiros. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007).” (grifo nosso).

Cabe lembrar que apenas os instrumentos financeiros destinados à negociação e disponíveis para venda serão avaliados a valor justo.

GABARITO: CERTO 12. (FUB – Contador 2011) Avaliam-se os ativos intangíveis pelo custo incorrido na aquisição, vedada qualquer dedução. COMENTÁRIO O item está e desacordo com o que determina a lei 6.404/76: “art. 183 (...) (...)


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VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização; (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)” (grifo nosso).

Cabe lembrar que os ativos intangíveis também podem ter seu valor reduzido em razão de perdas estimadas por desvalorização (impairment), em decorrência da aplicação do teste de recuperabilidade.

Se o intangível possuir vida útil definida, será avaliado pelo custo histórico deduzido de amortização e eventuais perdas por impairment. Caso tenha vida útil indefinida, não cabe a amortização (não haveria prazo a partir do qual se pudessem calcular as cotas de amortização), mas apenas o reconhecimento de eventuais perdas por desvalorização (impairment). GABARITO: ERRADO 13. (FUB – Contador 2011) As contas a receber devem ser avaliadas pelo valor dos títulos que as compõem menos as devidas estimativas de perdas prováveis na realização. COMENTÁRIO É o que preconiza o artigo 183, I, b:

“Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito; (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)” (grifo nosso)

O ajuste ao valor provável de realização representa as perdas estimadas por crédito de liquidação duvidosa, por exemplo.


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GABARITO: CERTO 14. (FUB – Contador 2011) O resultado da entidade em determinado período é apresentado na demonstração do resultado do exercício, que é uma demonstração dedutiva e dinâmica. COMENTÁRIO A demonstração do resultado do exercício (DRE) apresenta as despesas e receitas (fluxos de riqueza que fluem da entidade ou para ela) e que alterarão quantitativamente o seu patrimônio. As mudanças ocorridas entre dois balanços patrimoniais consecutivos são explicadas, em sua maior parte, pelas receitas e despesas do período compreendido pelos dois balanços. Ou seja, os balanços são fotografias do patrimônio, enquanto a DRE explica as mudanças entre essas duas fotografias, mostrando o aspecto dinâmico do patrimônio. GABARITO: CERTO 15. (FUB – Contador 2011) O balanço patrimonial, que é uma demonstração estática, apresenta a posição econômica, financeira e patrimonial da entidade em determinada data.

COMENTÁRIO De fato, o balanço patrimonial é uma demonstração estática, ao contrário da DRE que, como dissemos na questão anterior, é dinâmica. Entretanto, o balanço patrimonial não apresenta a posição financeira da empresa, informação essa obtida por meio da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC). O Balanço Patrimonial representa estoques de bens, direitos e obrigações (empregando a palavra estoque em sentido econômico, ou seja, registrar acúmulo de valores), enquanto a DRE apresenta os fluxos que alteram esses estoques. GABARITO: ERRADO

16. (SEDUC/AM – Contador 2011) A contabilização da provisão para contingências judiciais aumenta o capital circulante líquido da empresa. No caso de se constatar que a perda é superior ao valor da provisão, há a necessidade de registrar a diferença em conta de resultado devedora.


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COMENTÁRIO Quando se constitui qualquer provisão (ativa ou passiva), o lançamento é o seguinte: D: despesa C: Provisão (conta credora do ativo ou do passivo) Portanto, quando se constitui uma provisão, reduz-se o capital circulante líquido (diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante), seja pela redução do ativo (provisões do ativo), seja pelo aumento do passivo (provisões do passivo). Quando a perda efetivamente ocorre e se dá em valor superior ao provisionado, deve-se lançar o excesso em conta de despesa. Vamos a um exemplo. A empresa ABC provisionou R$ 100 mil para contingências judiciais no seu passivo. Posteriormente, quando foi condenada a pagar indenizações trabalhistas, foi obrigada a desembolsar R$ 120 mil. O lançamento é o seguinte: D: Provisão para contingências trabalhistas...............................100.000 D: Despesa com indenizações trabalhistas...................................20.000 C: Bancos...............................................................................120.000 Ou seja, foi necessário “completar” o saldo da provisão com despesa para cobrir todo o montante efetivamente desembolsado. GABARITO: CERTO 17. (SEDUC/AM – Contador 2011) Um passivo decorrente de garantia de produto tem a contrapartida de uma conta de despesa. Esse fato ocorre porque, nessa situação, surge uma obrigação sem o correspondente reconhecimento de um ativo. COMENTÁRIO O passivo decorrente de garantia de produto corresponde a uma provisão e, portanto, será lançado em contrapartida de uma conta de despesa, como qualquer provisão. Também se deve lembrar que a garantia decorre da venda, o que remete à confrontação entre receitas e despesas quando correlatas, em consequência da aplicação do princípio da competência.


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Segundo o CPC 25, quando uma empresa oferece garantia de seus produtos, é possível que, individualmente, um deles necessite de reparos. Mas, quando analisamos o conjunto de produtos vendidos, é provável que um deles necessite de reparos cobertos pela garantia. Daí a constituição da provisão e correspondente reconhecimento de uma despesa. GABARITO: CERTO 18. (SEDUC/AM – Contador 2011) A baixa de mercadorias por doação proporciona um débito na demonstração do resultado do exercício e um crédito na conta de mercadorias, produzindo um fato modificativo sem a contrapartida em conta de receita.

COMENTÁRIO A baixa de mercadorias por doação é registrada mediante o seguinte lançamento: D: Despesa (insubsistência do ativo) C: mercadorias Trata-se de fato modificativo diminutivo, ou seja, quando uma conta patrimonial é lançada diretamente em contrapartida de conta de resultado, sem que haja permuta com outros elementos patrimoniais. GABARITO: CERTO

Com base na Lei n.º 6.404/1976 e em alterações posteriores, julgue os itens 19 e 20 subsequentes. 19. (TJ/ES – Técnico em Contabilidade 2011) Os estoques de mercadorias fungíveis destinados à venda pela companhia são avaliados pelo custo de aquisição ou produção, bem como pelo valor de mercado, entretanto, se forem avaliados pelo custo, e este for superior ao valor de mercado dos bens, a diferença deverá ser constituída como provisão para que ocorra o ajuste ao valor de mercado. COMENTÁRIO Os estoques de mercadorias fungíveis destinados à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado quando este for o costume mercantil adotado pela prática contábil. Caso as mercadorias sejam avaliadas ao custo, deve-se constituir provisão para ajustar ao valor de mercado, caso este seja inferior ao custo, conforme determina o artigo 182, inciso II.


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GABARITO: CERTO 20. (TJ/ES – Técnico em Contabilidade 2011) A demonstração do resultado de exercício evidencia que, para a apuração do lucro bruto, deve-se fazer a subtração das despesas gerais e administrativas.

COMENTÁRIO Vejamos a sequência da DRE: Receita bruta (-) devoluções (-) abatimentos (-) descontos incondicionais (-) tributos sobre vendas (=) Receita líquida (-) CMV (=) Lucro Bruto (-) despesas com vendas (-) despesas gerais e administrativas (+) Outras receitas operacionais (-) Outras despesas operacionais (-) despesas financeiras (+) receitas financeiras (=) Resultado operacional líquido (-) Outras despesas (+) outras receitas (=) resultado antes do IR/CSLL (-) IR/CSLL (=) Lucro após IR/CSLL (-) participações (=) Lucro líquido do exercício Como se pode ver, as despesas gerais e administrativas são deduzidas após o lucro bruto. GABARITO: ERRADO


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Exercícios sem comentários 1. (TRE/ES Técnico em contabilidade 2011) Suponha que, em decorrência da aplicação do critério da avaliação a valor justo, tenha havido aumento no valor de um bem do ativo. Nesse caso, a contrapartida desse aumento será computada como reserva de reavaliação, um subgrupo do patrimônio líquido. 2. (TRE/ES Técnico em contabilidade 2011) O balancete de verificação possibilita indicar erros na escrituração contábil mesmo no caso de igualdade entre os somatórios das colunas de débito e de crédito, como, por exemplo, quando o saldo de determinada conta é incompatível com a sua natureza. 3. (TRE/ES Técnico em contabilidade 2011) Lançamentos omitidos ou em duplicidade não alteram os totais das colunas de débito e de crédito. 4. (TRE/ES Técnico em contabilidade 2011) Uma empresa que ocupou imóvel de terceiros para realizar suas atividades operacionais, na última renovação do contrato de aluguel, negociou as seguintes condições com o locador: prazo de aluguel: 24 meses; aluguel mensal de R$ 2.000,00; e desconto, no caso de pagamento adiantado dos aluguéis, de 15%. Em 30 de setembro de 2010, a empresa locatária pagou R$ 40.800,00, beneficiando-se do desconto acertado. Nesse caso, ao final do exercício de 2010, a empresa deveria registrar o valor de R$ 5.100,00 como despesa e de R$ 35.700,00 como ativo circulante.

5. (TRE/ES Técnico em contabilidade 2011) Em 1.º de novembro de 2010, uma empresa prestadora de serviços contratou um empréstimo bancário no valor de R$ 15.000,00, cuja liquidação ocorrerá seis meses após a data da contratação, registrando a operação com um débito na conta banco (ativo) no valor de R$ 12.000,00, um débito na conta juros a transcorrer (passivo), no valor de R$ 3.000,00, e um crédito na conta empréstimo bancário (passivo), no valor de R$ 15.000,00. Nessa situação, as despesas relativas aos juros no ano de 2010 corresponderão aos juros prefixados no montante de R$ 3.000,00. 6. (TRE/ES Técnico em contabilidade 2011) No final do período contábil, após os lançamentos de ajustes, uma entidade obteve os seguintes saldos contábeis.


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Nessa situação, as vendas líquidas do período somaram R$ 25.000,00. 7. (TRE/ES Técnico em contabilidade 2011) Após três anos de uso, um ativo imobilizado adquirido por R$ 40.000,00 tem 40% do seu custo depreciado; nesse momento, ele é vendido por R$ 20.000,00. Nessa situação, a empresa obteve um lucro de R$ 20.000,00 em outros resultados operacionais.

O enunciado a seguir se refere às questões 8 a 10.

Considerando as contas mostradas acima, incluídas no balancete de verificação da empresa Tróia antes do encerramento do primeiro exercício social, julgue os itens que se seguem. 8. (DPF - Técnico em Contabilidade – Regional 2004) Durante o exercício, foram provisionados R$ 120.000,00 para cobrir eventual inadimplência de clientes. 9. (DPF - Técnico em Contabilidade – Regional 2004) Apesar de a provisão ser feita a partir de uma estimativa, que nem sempre se confirma, a sua constituição influenciará o resultado contábil. 10. (DPF - Técnico em Contabilidade – Regional 2004) Eventuais reversões de provisão para clientes de liquidação duvidosa são classificadas adequadamente como itens operacionais na demonstração do resultado do exercício.


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Julgue os itens seguintes (11 a 13), de acordo com os critérios de avaliação de ativos e passivos, conforme a redação dada à Lei n.º 6.404/1976 pelas Leis n.º 1.638/2007 e n.º 11.941/2009. 11. O valor justo dos instrumentos financeiros pode ser obtido pelo cálculo do valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros de instrumentos financeiros similares. 12. (FUB – Contador 2011) Avaliam-se os ativos intangíveis pelo custo incorrido na aquisição, vedada qualquer dedução. 13. (FUB – Contador 2011) As contas a receber devem ser avaliadas pelo valor dos títulos que as compõem menos as devidas estimativas de perdas prováveis na realização. 14. (FUB – Contador 2011) O resultado da entidade em determinado período é apresentado na demonstração do resultado do exercício, que é uma demonstração dedutiva e dinâmica. 15. (FUB – Contador 2011) O balanço patrimonial, que é uma demonstração estática, apresenta a posição econômica, financeira e patrimonial da entidade em determinada data.

16. (SEDUC/AM – Contador 2011) A contabilização da provisão para contingências judiciais aumenta o capital circulante líquido da empresa. No caso de se constatar que a perda é superior ao valor da provisão, há a necessidade de registrar a diferença em conta de resultado devedora. 17. (SEDUC/AM – Contador 2011) Um passivo decorrente de garantia de produto tem a contrapartida de uma conta de despesa. Esse fato ocorre porque, nessa situação, surge uma obrigação sem o correspondente reconhecimento de um ativo. 18. (SEDUC/AM – Contador 2011) A baixa de mercadorias por doação proporciona um débito na demonstração do resultado do exercício e um crédito na conta de mercadorias, produzindo um fato modificativo sem a contrapartida em conta de receita.

Com base na Lei n.º 6.404/1976 e em alterações posteriores, julgue os itens 19 e 20 subsequentes. 19. (TJ/ES – Técnico em Contabilidade 2011) Os estoques de mercadorias fungíveis destinados à venda pela companhia são avaliados pelo custo de aquisição ou produção, bem como pelo valor de mercado, entretanto, se forem avaliados pelo custo, e este for superior ao valor de mercado dos bens, a diferença deverá ser constituída como provisão para que ocorra o ajuste ao valor de mercado.


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20. (TJ/ES – Técnico em Contabilidade 2011) A demonstração do resultado de exercício evidencia que, para a apuração do lucro bruto, deve-se fazer a subtração das despesas gerais e administrativas.

GABARITO

Bibliografia - Lei das Sociedades Anônimas com as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07 e pela MP no 449/08, convertida na Lei no 11.941/09. - MORAES JUNIOR, José Jayme. Contabilidade Geral. Rio de Janeiro. Elsevier Editora. 3a Edição. 2011. - Comitê de Pronunciamentos Contábeis (www.cpc.org.br).

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Aula 76 - Contabilidade Geral - Aula 04