AULA DE PRÁTICA JURÍDICA IV - CONTESTAÇÃO - ANDERSON SILVA X COMÉRCIO ATACADISTA DE ALIMENTOS LTDA.pptx

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GABARITO DA CONTESTAO RECLAMADA MICRON

EXCELENTSSIMO SENHOR JUIZ DA 150 VARA DO TRABALHO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO/RJ.Ref.: Autos n 0055.2010.5.01.0085

(10 a 15 espaos)

(3 a 4 cm)COMRCIO ATACADISTA DE ALIMENTOS LTDA., inscrito no CNPJ sob o n _________, situado (endereo completo + CEP), por seu advogado que esta subscreve (doc. 01), com endereo profissional na (endereo completo + CEP ou mencionado no cabealho/rodap desta), onde receber intimaes, com base no artigo 847 da CLT e artigo 300 e seguintes do CPC, vem presena de Vossa Excelncia apresentar/oferecer CONTESTAO nos seguintes termos:

I DA SNTESE DA PETIO INICIAL (ESTE TPICO FACULTATIVO)

1 . A reclamante ajuizou a presente reclamao sob o argumento de que ... .

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I - DA PRELIMINAR

(DA INPCIA DA INICIAL)

1.Pela anlise da petio inicial, verifica-se a inpcia da inicial quanto ao pedido do 13 salrio, uma vez que alega no ter recebido tal verba referente ao ano de 2009, mas postula o pagamento do 13 salrio do ano de 2008. Ocorre que da narrao no houve concluso lgica, o que caracteriza a inpcia a inicial (artigo 295, PU, inciso II, c.c. artigo 301, III, ambos do CPC).

2.Desta forma, dever ser extinto sem resoluo de mrito nos termos do artigo 267, inciso IV, do CPC, em relao ao pedido do 13 salrio de 2008.

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II DO MRITO

(PREJUDICIAL DE MRITO PRESCRIO QUINQUENAL)

3.O artigo 7, XXIX, da CF/88, estabelece:

4.Em 10.01.2011, o reclamante ajuizou a presente reclamao trabalhista requerendo o pagamento de direitos trabalhistas do perodo de seu contrato de trabalho (03.03.02 a 18.10.10). Acontece que nos termos do dispositivo constitucional acima transcrito, somente podero ser cobrados os direitos trabalhistas referentes aos ltimos 05 anos contados da data do ajuizamento da presente. Assim, dever ser pronunciada a prescrio (quinquenal) referente aos crditos trabalhistas anteriores a 10.01.06.

ao, quanto aos crditos resultantes das relaes de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, at o limite de dois anos aps a extino do contrato de trabalho;3

(DO NO CABIMENTO DAS HORAS EXTRAS)

5 .O reclamante requer o pagamento de 02 horas extraordinrias durante todo o pacto laboral, acrescido do adicional de 50%, sob a alegao de que, trabalhando externamente como divulgador de produtos, tinha jornada de servios de segunda-feira a sbado, das 9h s 20h, com intervalo para alimentao de 01 (uma) hora diria, no sendo submetido a controle de jornada de trabalho.

6 .Importante transcrever dispositivo consolidado que disciplina a matria:

Art. 62. No so abrangidos pelo regime previsto neste captulo: I - os empregados que exercem atividade externa incompatvel com a fixao de horrio de trabalho, devendo tal condio ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdncia Social e no registro de empregados;

7.Sabe-se que os vendedores externos, em conformidade com o dispositivo legal acima citado, no esto sujeitos ao controle de jornada de trabalho, sendo que tal condio deve estar anotada na CTPS e no registro de empregados, que justamente o caso do reclamante.

8. Assim, improcede o pedido de horas extras e os reflexos vindicados.

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(DO AUXLIO-SADE)

9 . Alegou que em 03.01.2008, a empresa celebrou acordo coletivo com o sindicato obreiro, vigente pelo prazo de 01 ano, do qual foi concedido um auxlio sade de R$ 120,00, mensais, sendo que tal auxlio no foi contemplado nos acordos seguintes ao acordo que instituidor, em funo de negociao coletiva entre os sindicatos. Com base no pagamento do referido auxilio por exatos 12 meses, alegou ter sido violado o seu direito adquirido ao citado direito, bem como ter sido violado o princpio da inalterabilidade contratual. Pleiteou o pagamento do auxlio-sade, a partir de janeiro/09 at a data da dispensa.

10 .Sem razo o reclamante, uma vez que as convenes coletivas possuem validade temporal limitada, no integrando eventuais direitos convencionais aos contratos de trabalho de forma definitiva, conforme entendimento sumulado do TST:

11 .Desta forma, por ter a conveno coletiva prazo vigncia nos anos 2008/2009, resta claro que a supresso da verba em comento no caracteriza alterao ilcita do contrato de trabalho, no afrontando o artigo 468 da CLT, at porque foi suprimida mediante negociao coletiva.

12 .Assim, no faz jus o reclamante ao pagamento do auxlio-doena.

N 277 - CONVENO COLETIVA DE TRABALHO OU ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. EFICCIA. ULTRATIVIDADE. As clusulas normativas dos acordos coletivos ou convenes coletivas integram os contratos individuais de trabalho e somente podero ser modificadas ou suprimidas mediante negociao coletiva de trabalho.5

(DA INEXISTNCIA DA ESTABILIDADE)

13 .A reclamante busca atravs da presente ao, a reintegrao ao emprego ou a indenizao substitutiva, alegando que foi dispensado sem justa causa em 18/10/2010, na vigncia da garantia provisria de emprego prevista no artigo 55 da Lei 5.764/71, j que ocupava o cargo de diretor suplente de cooperativa criada pelos empregados da r.

14 .No h que se falar em estabilidade do diretor suplente de cooperativa, uma vez lhe falta representatividade eletiva. Isso porque, foi indicada ao cargo e no eleita para representar a categoria profissional. Nesse sentido o TST j se posicionou atravs da OJ 253 da SDI-1:

15 .Assim, improcede o pleito de reintegrao.

Estabilidade Provisria. Cooperativa. Lei n 5.764/71. Conselho Fiscal. Suplente. No Assegurada. O art. 55 da Lei n 5.764/71 assegura a garantia de emprego apenas aos empregados eleitos diretores de Cooperativas, no abrangendo os membros suplentes.6

(DO NO CABIMENTO DA EQUIPARAO SALARIAL)

16 .O reclamante pleiteia a equiparao salarial com o Sr. Wanderley Cardoso, funcionrio que ele substitui em funo de sua morte, para exerccio de funo idntica, na mesma localidade, mas com salrio inferior em R$ 1.000,00 (um mil reais) ao que era percebido pelo paradigma, em ofensa ao artigo 461,caput, da CLT.

17 .No caso em comento, o reclamante foi contratado para ocupar um cargo vago em definitivo, e nesta situao, no faz jus a equiparao salarial e seus reflexos. A OJ n 159 da SDI-1 do TST, trata da matria:

SUBSTITUIO DE CARTER NO EVENTUAL E VACNCIA DO CARGO.II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocup-lo no tem direito a salrio igual ao do antecessor.

(DAS FRIAS 07/08)

18 .Pleiteia a reclamante o pagamento das frias do perodo 2007/2008, pela no concesso, admitindo, porm, que se afastou, nesse mesmo perodo, por 07 (sete) meses, com percepo de auxlio-doena

19 .Estabelece o artigo 133, IV, da CLT, que o empregado perder o direito s frias quando:

20 .Assim, no faz jus ao pagamento das frias de 2007/2008. - tiver percebido da Previdncia Social prestaes de acidente de trabalho ou de auxlio-doena por mais de 6 (seis) meses, embora descontnuos.;7

(DO NO CABIMENTO DOS HONORRIOS ADVOCATCIOS)

21 .Entre os pedidos formulados, foi pleiteada a condenao do reclamado nos honorrios advocatcios.

22 .Importante ressaltar que a assistncia judiciria ser concedida nos termos do artigo 14, 1, da Lei n 5.584/70 e ser prestada pelo sindicato profissional da categoria.

27 .Na Justia do Trabalho os honorrios advocatcios no so devidos pela simples sucumbncia, devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria e ser beneficirio da justia gratuita, nos termos das smulas 219, I, e 329 do TST.

23 .Assim, o pedido deve ser julgado improcedente.

(DO VALE-TRANSPORTE)

24 .Apesar de realizar o deslocamento de sua residncia para o local de trabalho e vice-versa atravs de transporte coletivo fretado pela r, pleiteia vale-transporte durante todo o perodo do contrato de trabalho.

25 -A lei 7418/85, estabelece em seu artigo 8, o seguinte:

Asseguram-se os benefcios desta lei ao empregador que proporcionar, por meios prprios ou contratados, em veculos adequados ao transporte coletivo, o deslocamento integral de seus trabalhadores.

26. Assim, indevido o pagamento do vale-transporte, ante o fornecimento de transporte coletivo ao reclamante.

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III CONCLUSO (OU PEDIDOS)

27 .Assim, com base na prejudicial de mrito arguida, requer seja pronunciada a prescrio quinquenal de eventuais direitos trabalhistas anteriores a 10.01.06. Se ultrapassada a prejudicial, que no mrito, sejam os pedidos julgados improcedentes, consoante as razes acima expostas. Requer, por fim, a condenao da reclamada nos nus sucumbenciais.

IV DA COMPENSAO E DA RETENO

28 .Na hiptese de eventual condenao, requer a compensao das verbas de natureza trabalhistas j pagas ao reclamante, e a reteno da cota do obreiro nos recolhimentos junto ao INSS e IR, conforme determina o artigo 767 da CLT e as smulas n 18 e 48 do TST.

V DAS PROVAS

29 .Pretende provar o alegado com os documentos que instruem a inicial, oitiva de testemunhas e o depoimento pessoal do reclamante.

Juiz de Fora, MG, _____ de _________ de ________.

Advogado/OAB/MG n ______

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