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1 Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Introdução à Engenharia de Produção Autor: Eliane da Silva Christo Aula 4 – O Engenheiro Meta Apresentar quais os deveres e os poderes na sociedade e no mercado que formam as responsabilidades atribuídas a um Engenheiro. Objetivos Após esta aula você será capaz de: 1. reconhecer as responsabilidades do Engenheiro na sociedade e no mercado de trabalho; 2. reconhecer a diferença entre as funções do Engenheiro e do técnico; 3. saber as qualidades do Engenheiro. 1. Introdução: O Engenheiro Ser um profissional de Engenharia, ou seja, um ENGENHEIRO é ter a responsabilidade com a aplicação do conhecimento cientifico e usar a criatividade para desenvolver soluções para problemas técnicos. A formação cientifica de um Engenheiro o torna capaz de resolver problemas práticos, muitas vezes complexos, ligados à concepção, realização e implementação de produtos, sistemas ou serviços. Início de verbete A palavra Engenheiro possui raízes no latim e é derivada deingeniare ("inventar") e ingenium ("inteligência"). Fim de verbete 2. Engenheiro e a Sociedade

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    Curso: Engenharia de Produo

    Disciplina: Introduo Engenharia de Produo

    Autor: Eliane da Silva Christo

    Aula 4 O Engenheiro

    Meta

    Apresentar quais os deveres e os poderes na sociedade e no mercado que formam as

    responsabilidades atribudas a um Engenheiro.

    Objetivos

    Aps esta aula voc ser capaz de:

    1. reconhecer as responsabilidades do Engenheiro na sociedade e no mercado de

    trabalho;

    2. reconhecer a diferena entre as funes do Engenheiro e do tcnico;

    3. saber as qualidades do Engenheiro.

    1. Introduo: O Engenheiro

    Ser um profissional de Engenharia, ou seja, um ENGENHEIRO ter a responsabilidade

    com a aplicao do conhecimento cientifico e usar a criatividade para desenvolver

    solues para problemas tcnicos. A formao cientifica de um Engenheiro o torna capaz

    de resolver problemas prticos, muitas vezes complexos, ligados concepo, realizao

    e implementao de produtos, sistemas ou servios.

    Incio de verbete

    A palavra Engenheiro possui razes no latim e derivada deingeniare ("inventar")

    e ingenium ("inteligncia").

    Fim de verbete

    2. Engenheiro e a Sociedade

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    A sociedade moderna vem demonstrando uma dependncia cada vez mais evidente aos

    produtos tecnolgicos. As evolues da cincia e da tecnologia tm proporcionado uma

    facilidade para nossas vidas. Estas evolues so decorrentes ao desenvolvimento da

    Engenharia nos sistemas de transporte, de comunicao, de produo, de distribuio de

    gua e energia, no processamento de estocagem de alimentos, nos equipamentos

    blicos, ferramentas, equipamentos mdicos....

    A capacidade de raciocnio analtico dos Engenheiros faz com que eles tenham uma

    facilidade em identificar e solucionar problemas no s os eminentemente tcnicos. O fato

    que sua competncia tambm se estende a questes sociais e pessoais decorrentes de

    suas aes. Ao criarmos instrumentos, informaes, dispositivos ou processos, por um

    lado, contribumos para proporcionar ao ser humano um trabalho menos rduo e uma vida

    mais digna, mas, por outro lado, estas criaes tambm trazem consigo questes

    consideradas problemticas para sociedade, como poluio ambiental, aquecimento

    global, devastao de florestas, destruio da camada de oznio. Todas essas questes

    tambm so de responsabilidade deste profissional, pois somos ns engenheiros que

    ajudamos a criar as condies tcnicas para que estes problemas aconteam. Contudo,

    sabemos a enorme dificuldade que a humanidade tem para fazer com que suas

    gratificaes sejam estendidas a todos os indivduos. Talvez residam nestas

    preocupaes algumas das mais fortes necessidades de reflexo.

    O engenheiro adquire durante a sua formao uma ideia integrada de seu trabalho com o

    ambiente que o cerca. Ele adquiri, durante o curso, uma viso sistmica que lhe confere

    um bom domnio da realidade fsica; e, por extenso, das atividades social e econmica.

    Talvez por isso ele se sai bem, na maioria das vezes, em diversas atividades, mesmo

    aquelas no ligadas diretamente sua rea de formao tcnica especfica, como

    administrao, vendas, anlise de sistemas etc. Isto nos leva a entender que, um diploma

    hoje funciona como um recurso para se ter mobilidade destacada num mercado de

    trabalho competitivo. A antiga ideia que um diploma funcionava como um passaporte para

    ter acesso a um ramo profissional preestabelecido est cada vez mais enfraquecida. Tudo

    isso permite o Engenheiro atuar na sociedade com competncia e seriedade.

  • 3

    A Figura 1 mostra um exemplo da operao de uma turbina onde exige a colaborao de

    engenheiros de diversas reas.

    Figura 1 - Projeto e operao de uma turbina.

    Fonte:

    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/79/Dampfturbine_Montage01.jpg/

    250px-Dampfturbine_Montage01.jpg

    Um Engenheiro, no seu processo de formao, tem como dever dominar minuciosamente

    os tpicos de sua rea de trabalho. Porm, no s isso que preenche sua formao,

    importante ter conscincia do papel que desempenhar futuramente como cidados.

    Cursos complementares, palestras, seminrios e outras atividades no-curriculares,

    estudos no campo poltico, social e econmico, compreendendo o funcionamento geral da

    sociedade, so complementos importantes para adquirir uma maturidade profissional.

    Para se tornar um Engenheiro ativo, isto , contribuir de forma substancial na resoluo

    de problemas, so necessrios alm dos anos de faculdade, alguns anos de experincia

    profissional. Uma boa formao tecnolgica associada a um bom embasamento cientifico,

    faz com que o Engenheiro seja capaz de acompanhar as mudanas na saciedade tais

    como atualizaes tcnicas e novas reas profissionais.

    O Trabalho do Engenheiro s fica significativo para o avano da tecnologia e para o bem-

    estar social, se for feito com uma dose de ousadia. O excesso de cautela em usar apenas

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    materiais, processos e sistemas consagrados, levaria a Engenharia a ficar estagnada, e

    todos continuariam a fazer as mesmas coisas que outros j fizeram. O que no significa

    depreciar a importncia de realizaes passadas, que sero sempre referncia. Significa

    sim, arriscar na profisso, procurar novas experincias para assim alcanar solues

    revolucionrias.

    A Figura 2 ilustra um exemplo de ousadia da Engenharia em prol do benefcio e da

    evoluo da sociedade.

    Figura 2 - Simulao computacional do lanamento de uma nave espacial.

    Fonte:

    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e4/SSLV_ascent.jpg/250px-

    SSLV_ascent.jpg

    Contudo, a escolha da profisso certa uma deciso muito importante, mas tambm

    muito difcil. Devemos fazer uma pesquisa criteriosa antes de optar por alguma

    especializao, consultar especialistas, ler publicaes a respeito das reas que nos

    interessam visitar escolas que oferecem os cursos pretendidos, participarem de palestras.

    Uma rea que esteja em destaque num ano poder estar em declnio alguns anos depois,

    o mercado de trabalho sofre muita volatilidade, ora favorvel para determinada profisso

    ora desfavorvel.

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    Todavia, mesmo com todos os cuidados que devemos tomar para a escolha ideal da

    profisso ou de uma especializao, as dvidas podem ainda persistir. Mesmo que estas

    dvidas persistam durante toda a vida acadmica, com uma formao consistente, a

    prpria dinmica do mercado de trabalho acabar apontando uma oportunidade para a

    utilizao das novas capacidades desenvolvidas.

    A interdisciplinaridade na soluo dos problemas uma caracterstica cada vez mais

    importante para um Engenheiro. As solues dos problemas no se restringem apenas s

    questes tcnicas, mas so dependentes tambm de questes polticas, sociais,

    ambientais, de vontades individuais dos usurios e fabricantes Por isso, a atuao do

    Engenheiro pode acontecer em vrias reas da sociedade, praticamente hoje todos os

    ramos da sociedade mostram a participao de Engenheiro direta ou indiretamente. Na

    Figura 3 podemos ver um exemplo disso.

    Figura 3 - Corao artificial, resultante da cooperao entre a medicina e a engenharia.

    Fonte:

    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/88/JARVIK_7_artificial_heart.jpg/

    250px-JARVIK_7_artificial_heart.jpg

    O objetivo desta anlise abordar alguns aspectos desta fascinante profisso e

    apresentar caractersticas e qualidades consideradas desejveis para atingir uma meta.

    3. Engenheiro no Mercado de Trabalho

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    No mercado de trabalho, o Engenheiro pode desempenhar

    inmeras funes. Quanto a sua atuao, ele pode trabalhar

    como ENGENHEIRO AUTNOMO, ENGENHEIRO

    EMPREGADO ou ENGENHEIRO EMPRESRIO.

    Inicio de Verbete

    Engenheiro autnomo aquele profissional que atua com

    maior independncia de deciso sobre sua profisso,

    estabelecendo seus honorrios e condies de trabalho,

    atuando geralmente em escritrio prprio.

    Engenheiro que trabalha empregado atua diretamente para uma empresa, com a qual

    mantm um contrato de trabalho, prestando servios tcnicos permanentes ou

    trabalhando por empreitada, desenvolvendo servios especficos. O trabalho com vnculo

    empregatcio bom no perdermos de vista - representa grande parte dos profissionais

    atuantes na rea.

    Engenheiro empresrio aquele que responsvel por alguma empresa e que

    contrata outros profissionais, com vnculo trabalhista, para oper-la.

    Fonte: Bazzo e Pereira (2006).

    Fim de Verbete

    Fonte: https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQW62332qhsGxorR-

    IXROvlxpeb6vTHNfz46PfWK45u_nfj4TCm

    Os locais de atuao de Engenheiro so diversos como: empresas privadas, rgos

    pblicos, estabelecimentos financeiros, institutos de pesquisa e desenvolvimento etc.

    Dentre os setores de atuao dos Engenheiros podemos destacar alguns:

    Indstrias

    Bancos de investimento e desenvolvimento

    Construes

    Escritrios de profissionais liberais

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    Instituies pblicas e privadas

    Pesquisa bsica

    Estabelecimentos de ensino

    Escritrios de consultoria

    Empresas de assessoramento

    Institutos de pesquisa

    Na maioria das vezes, os Engenheiros recm-formados trabalham mais nas reas de

    operao, manuteno ou construo. Com o tempo, e principalmente com a experincia

    e suas habilidades, costumam passar a atuar em reas mais expressivas, como a

    administrao ou de desenvolvimento. De qualquer maneira, h campo de trabalho

    suficientemente importante e promissor em qualquer rea, tanto para o novato na

    profisso quanto para o engenheiro mais experiente, desde que ele tenha formao

    consistente e boa motivao para perseguir com xito suas metas.

    Como o Engenheiro, em seu trabalho cotidiano, pode desempenhar de tarefas cientifica a

    tarefas administrativas, ele deve desenvolver ao longo de sua formao e de seus anos

    de experincia competncias e habilidades tais como:

    Elaborar, planejar, supervisionar e coordenar projetos e servios tcnicos;

    Elaborar e coordenar experimentos e interpretar resultados;

    Utilizar novas ferramentas e tcnicas;

    Criar novas ferramentas;

    Analisar e coordenar de forma crtica a operao de sistemas;

    Analisar e coordenar de forma crtica a manuteno de sistemas;

    Medir os impactos sociais e ambientais de suas atividades;

    Trabalhar em equipes multidisciplinares;

    Utilizar de seus conhecimentos cientficos, matemticos, tecnolgicos e

    instrumentais para identificar, formular e resolver problemas;

    Estar sempre em melhoria continua, ou seja, em permanente atualizao

    profissional;

    Saber se comunicar de forma eficiente nas maneiras escrita, oral e grfica;

    Medir a viabilidade econmica de projetos;

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    Trabalhar sempre respeitando a tica e responsabilidade profissional.

    Boxe Multimdia

    Se voc quiser fazer um raio x das funes

    exercidas por um Engenheiro de Produo,

    acesse esse endereo

    https://www.youtube.com/watch?v=Q2qghr46M_M.

    Fim do boxe multimdia

    Atividade 1 (Atende ao objetivo 1)

    Liste 5 setores nos quais voc conhece algum engenheiro de produo atuando.

    Caso no conhea, procure na internet (por exemplo,

    http://www.vagas.com.br/profissoes/carreiras/ti-e-engenharias/uma-das-carreiras-

    em-alta-mercado-engenharia-de-producao/) o perfil de alguns profissionais em

    Engenharia de Produo para saber sua atuao.

    Resposta comentada

    Respondendo esta atividade voc confirmar que sua rea, Engenharia de Produo, tem

    vrias atuaes na sociedade. E, constatar tambm que o mercado de trabalho est em

    alta para as Engenharias em geral.

    Fim de Atividade 1

    4. O Engenheiro e o Tcnico

    Uma preocupao cada vez mais frequente nos profissionais recm-formados a

    competitividade entre os Engenheiros e os tcnicos experientes. normal que os

    tcnicos, que j trabalham h muitos anos, dominem com segurana vrios detalhes dos

    processos de fabricao, dos sistemas e dos produtos de uma empresa. Porm, este fato

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    no deveria amedrontar os jovens engenheiros e estagirios, porque os conhecimentos

    adquiridos durante um curso universitrio de Engenharia dizem respeito muito mais

    formao terica do que prtica, ou seja, prepara para uma atuao direta para um

    campo profissional especfico. Os embasamentos tericos e conceituais adquiridos num

    curso superior de Engenharia faz com que o Engenheiro, em poucos anos, tenha plenas

    condies de dominar grande parte dos conhecimentos tcnicos do dia-a-dia de seu

    campo de atuao e, alm disso, ampliar os seus conhecimentos tericos.

    Um Engenheiro recm-formado natural ainda no possuir experincia suficiente para

    conhecer detalhes tcnicos de sistemas de produo e outros aspectos do cotidiano da

    engenharia, como nomenclaturas, fornecedores, normas especficas... Isto comum, pois

    a funo da escola no apenas informativa ou de treinamento, , principalmente,

    formativa.

    Os cursos tcnicos de nvel mdio ou de nvel superior formam profissionais para atuarem

    nas atividades que iro implementar as novas tecnologias, operar as mquinas, executar

    planos de manuteno, promover ensaios em laboratrios, eles trabalham em conjunto

    com engenheiros, administradores e operrios, em prol do funcionamento da uma

    empresa.

    Em vrias atividades um tcnico trabalha sob a superviso de um engenheiro, pois os

    tcnicos no podem assumir a responsabilidade de alguns projetos mais complexos, em

    alguns casos, isto acontece devido legislao, no por competncia profissional.

    Atividade 2 (Atende ao objetivo 2)

    Pesquise o que dizem as resolues nas entidades da classe de Engenharia sobre as

    competncias dos Engenheiros, dos tcnicos de nvel superior e dos tcnicos de nvel

    mdio. Destaque as diferenas.

    Resposta Comentada

    A entidade da classe de Engenharia responsvel pela regulamentao profissional e

    tcnica no Brasil dos profissionais da Engenharia, Arquitetura, Agronomia e os da

    Geografia, Geologia, Meteorologia, os tecnlogos dessas modalidades, tcnicos

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    industriais e agrcolas e suas especializaes, o CONFEA (Resoluo n 218, de 29 jun

    1973. Disponvel em:

    http://www.confea.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1561&pai=8&sid=19

    3

    Fim de Atividade

    5. Qualidades do Profissional

    As qualidades principais para um bom desempenho do Engenheiro so sua formao

    bsica, o seu raciocnio analtico e um senso crtico acentuado para lidar com as

    complexas questes atuais que envolvem diversos campos disciplinares. Estas

    qualidades devem sofrer um aperfeioamento continuo, pois so muito procuradas no

    mercado de trabalho.

    Box

    A seguir ser apresentado a qualificao necessria ao um Engenheiro recm formado

    segundo o Conselho Nacional de Engenharia:

    O novo Engenheiro deve ser capaz de propor solues que sejam no apenas

    tecnicamente corretas, ele deve ter a ambio de considerar os problemas em sua

    totalidade, em sua insero numa cadeia de causas e efeitos de mltiplas dimenses.

    Fonte: CNE/CES 1.362/2001

    Fim do Box

    Devido s mudanas aceleradas da tecnologia, um bom Engenheiro deve estar sempre

    atualizado das novidades. Ele tem que usar de sua curiosidade para correr atrs de novas

    tcnicas que se adaptam ao seu trabalho. A agilidade para resolver problemas no prazo

    tambm uma qualidade importante para o Engenheiro. Os prazos de finalizao das

    etapas o pressionam constantemente. Este fato o leva a precisar de flexibilidade e

    principalmente criatividade para harmonizar os meios concretos de realizao s

    necessidades atuais.

  • 11

    Nos dias de hoje, o Engenheiro deve aplicar novas ideias reunindo as cincias bsicas na

    busca de novas solues. Um bom Engenheiro deve expandir seus conhecimentos no

    mbito da Cincia, da Tecnologia e da Sociedade. O carter interdisciplinar, abrangendo

    disciplinas das cincias sociais das humanidades - como a filosofia e a histria da cincia

    e da tecnologia, a sociologia do conhecimento cientfico, as teorias da educao e a

    economia da mudana tecnolgica permanente levam os Engenheiros a uma boa

    compreenso da cincia e da tecnologia, associada ao juzo crtico e anlise reflexiva

    das suas relaes sociais.

    Os estudos sociais da cincia e da tecnologia - Cincia, da Tecnologia e da Sociedade

    (CTS) - constituem hoje uma rea de trabalho direcionada para a investigao acadmica,

    da educao e das polticas pblicas. O objetivo entender os aspectos sociais dos

    fenmenos cientfico-tecnolgico, quais so suas causas e consequncias tanto no

    mbito social como de sustentabilidade. Vrias sociedades modernas j utilizam destes

    estudos. O objetivo principal da utilizao de conhecimentos gerais conduzir o

    profissional, de qualquer rea da Engenharia, a desenvolver uma conscincia de

    cidadania. Com o mnimo de entendimento sobre vrios assuntos, o Engenheiro capaz

    de fazer uma formulao completa de vrios problemas e de procurar solues que

    possam ter repercusses sociais positivas.

    Seria difcil abordar detalhadamente todas as qualidades que devem compor a ao de

    um Engenheiro. Aqui, vamos colocar de maneira mais especifica, apenas algumas

    qualidades e habilidades:

    a) Conhecimentos especficos

    b) Relaes Interpessoais

    c) Experimentao

    d) Comunicao Oral e Escrita

    e) Trabalho em equipe

    f) Aperfeioamento contnuo

    g) tica profissional

    a) Conhecimentos Especficos

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    Todo engenheiro deve saber identificar, interpretar, modelar e solucionar problemas,

    utilizando-se dos seguintes conhecimentos objetivos:

    - Fundamentos das leis da mecnica;

    - Fundamentos das leis da estrutura da matria;

    - Fundamentos das leis do comportamento dos fluidos;

    - Fundamentos das leis das ligaes qumicas;

    - Fundamentos das leis da eletricidade;

    - Informtica: linguagem de programao;

    - Outros.

    Os conhecimentos objetivos so essenciais para o bom desempenho profissional do

    Engenheiro. No dia-a-dia dos trabalhos de Engenharia, saber projetar, construir e operar

    dispositivos complexos, estruturas e processos, so caractersticas indispensveis. Alm

    dos conhecimentos do funcionamento e da lgica da tecnologia, importante conhecer

    tambm os impactos e as consequncias da utilizao das tecnologias na sociedade.

    Contudo, destaca-se a importncia dos estudos sociais da cincia e da tecnologia -

    Cincia, da Tecnologia e da Sociedade (CTS), que visa estudos interdisciplinares em prol

    da preservao da espcie humana com qualidade de vida.

    b) Relaes Interpessoais

    Saber se relacionar bem com as pessoas uma caracterstica imprescindvel para o

    Engenheiro, pois sua principal funo gerenciar pessoas. Isto o leva a lidar com todos

    os tipos de pessoas das mais variadas formaes educacionais e perfis socioeconmicos,

    tais como operrios, clientes, diretoria da empresa, polticos, colegas de trabalho e

    pessoas da comunidade, etc. A habilidade para interagir, argumentar, convencer,

    retroceder, discutir, mantendo sempre um bom nvel de dilogo em vrias reas de

    conhecimento o diferencial para o Engenheiro julgar os problemas ou os benefcios

    sociais que poder realizar para o desenvolvimento sustentvel, poltico e econmico da

    sociedade.

  • 13

    A Figura 4 mostra um exemplo que evidencia a inter-relao entre uma grande obra e as

    pessoas que dela faro uso.

    Figura 4 Edifcio em construo na cidade de So Paulo.

    Fonte:

    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/95/Edif%C3%ADcio_em_constru

    %C3%A7%C3%A3o.jpg/300px-Edif%C3%ADcio_em_constru%C3%A7%C3%A3o.jpg

    c) Experimentao

    Todo Engenheiro deve ter a habilidade de testar, medir, realizar experincias, quando

    necessrias, a fim de melhorar o seu trabalho.

    A experimentao e a medio

    so usadas na verificao de

    algum resultado terico, para

    obteno de dados e para a

    anlise do comportamento de

    sistemas, mtodos, programas,

    etc, atividades tpicas da

    Engenharia. Um Engenheiro

    deve saber reconhecer e

    reverter possveis erros

    oriundos de aparelhos

  • 14

    medies, de impossibilidade de repetio de ensaios, de falta de tempo ou fatores

    econmicos que impossibilitam extrao de amostras maiores.

    Para ajudar na soluo destes problemas, um exemplo a utilizao das tcnicas

    estatsticas onde os resultados obtidos em experimentos e medio so processados e

    interpretados por meio de ferramentas estatsticas. Assim, estas ferramentas carregam

    uma importncia fundamental pois so um meio de processar e interpretar os resultados

    colhidos nos ensaios.

    Fonte:

    http://www.nre.seed.pr.gov.br/goioere/arquivos/Image/CIENCIAS/cursodecienciasdivulgac

    ao2013.jpg

    d) Comunicao Oral e Escrita

    um comum ouvirmos dizer que um Engenheiro no precisa saber falar ou escrever bem,

    basta ter habilidades matemticas. Com isso, as qualidades de falar e escrever bem

    sempre ficaram em segundo plano para alguns profissionais. H alguns anos,

    provavelmente, isto no era problema, pois representava a realidade, um Engenheiro no

    interagia diretamente com sociedade. Mas, nos dias de hoje, esta interao faz parte do

    dia-a-dia do profissional da rea, com isso so estritamente necessrias as habilidades de

    uma boa comunicao e uma boa escrita para qualquer profissional de Engenharia.

    No caso da comunicao, o Engenheiro, na sua funo de gerenciar pessoas, ele tem

    que se expressar de maneira clara e objetiva para liderar seus subordinados. Estes tm

    que entender as orientaes para cumprir corretamente o trabalho. O Engenheiro tambm

    tem que saber explicar suas ideias para seu chefe ou supervisor s assim ele alcanar

    ascenso profissional. O trabalho em equipe exigir do Engenheiro um bom dilogo para

    discutir projetos. A relao com a sociedade tambm vai obrigar o profissional de

    Engenharia se comunicar bem sobre assuntos tcnicos, polticos, ambientais e

    econmicos.

    Em qualquer rea da Engenharia, um bom profissional ter que preparar relatrios

    tcnicos contendo equaes, grficos, tabelas, resultados e concluses para mostrar o

  • 15

    desempenho de algum sistema ou projeto. Em muitos momentos de seu trabalho, ele

    usar de uma boa escrita para convencer as pessoas (equipes, chefes, subordinados,

    polticos, sociedade em geral) de que sua ideia vivel. Frequentemente, um Engenheiro

    vale-se da escrita e das representaes matemtica e grfica, alm da comunicao

    tcnica. H vrios anos que a escrita uma maneira eficaz de comunicao.

    So vrias as oportunidades em que a capacidade de comunicao, tanto oral quanto

    escrita, indispensvel. Os profissionais, na necessidade de se manterem atualizados,

    tem sempre que participar de seminrios, congressos, mesas-redondas, concursos

    pblicos, palestras, entrevistas etc. tudo isso servem de amostras para confirmar esta

    afirmao.

    Em todo processo seletivo, ultimamente, exigido, alm de recursos tcnicos, a

    apresentao de um relatrio com uma proposta de projeto. Nesta situao, se este for o

    critrio de desempate entre dois candidatos, seguramente aquele que apresentar

    oralmente, se for o caso, um trabalho de forma clara e segura e esteticamente melhor

    elaborado, dentro das normas e com boa redao, ser o vencedor.

    Contudo, destaca-se a importncia do habito da leitura de jornais, revistas e livros (Figura

    5) - ou qualquer outro material escrito - que possam ajudar na lgica do processamento

    de textos e enriquecer a biblioteca de bons vocabulrios. Isto aumenta a compreenso

    sobre uma infinidade de assuntos diariamente inovados na literatura mundial.

  • 16

    Figura 5 Livros

    Fonte:

    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/6e/Latin_dictionary.jpg/300px-

    Latin_dictionary.jpg

    No s a importncia da boa comunicao e escrita na lngua nativa vem crescendo, mas

    o diferencial para os Engenheiros reside hoje na fluncia numa segunda lngua. A

    comunicao em lngua estrangeira (Ingls, Espanhol, Frances, etc...), fluncia na leitura,

    escrita e fala dessa lngua, atualmente, considerada uma qualidade bsica e essencial a

    todo e qualquer profissional.

    e) Trabalho em Equipe

    Em vrias situaes da profisso de um Engenheiro, ele vai se deparar com a

    necessidade de formar equipes para pensar projetos. Isto comum em todas as

    profisses, na Engenharia no poderia ser diferente.

    O trabalho em equipe cada vez mais frequente em grandes e pequenas empresas. Os

    problemas que os empreendimentos enfrentam hoje envolvem muitas reas de

    conhecimento e, com isso, inmeras pessoas tem que trabalhar juntas para buscar

    solues.

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    Um projeto que desenvolvido por vrios profissionais de uma rea ou mesmo de reas

    diferentes, exige trabalho conjunto. Saber trabalhar com outras pessoas, ou seja, em

    equipe, requer respeito com as opinies alheia, entusiasmo em colaborar com os demais

    e, em algumas situaes, renunciar de algumas ideias. Nem sempre suas ideias

    representam a melhor forma de resolver um problema, ento, neste caso, necessrio

    ser humilde e reconhecer, pois qualquer prepotncia pode levar a conflitos pessoais

    desagradveis e prejudiciais a empresa.

    Hoje em dia, qualquer processo de seleo faz dinmica de trabalhos em equipe para

    avaliar a capacidade do candidato, Engenheiro ou no, de desenvolver prticas em grupo.

    Nestas dinmicas, so observados tambm o poder de liderana com a capacidade de

    deciso do concorrente, a agilidade, a flexibilidade, a criatividade, a concentrao e o

    raciocnio lgico do mesmo.

    Portanto, quando, durante o curso de Engenharia, temos a oportunidade de realizar

    trabalhos em equipe, devemos aproveitar com responsabilidade e empenho. Pois, este

    aprendizado nos ser de grande utilidade para nosso futuro profissional.

    f) Aperfeioamento Contnuo

    Os avanos tecnolgicos vm crescendo de forma acelerada no Brasil e no mundo. Por

    causa disso, qualquer profissional atualmente tem que passar por um processo de

    aperfeioamento continuo. Participar de seminrios, congressos, simpsios, feiras, grupos

    de estudo e associaes da classe so aes que o profissional, principalmente o

    Engenheiro, deve sempre fazer ao longo do caminho da sua profisso. Recorre a livros,

    revistas tcnicas e peridicos tambm so recursos que se deve fazer uso

    continuamente.

    Todo o contedo que adquirimos durante o curso de Engenharia, nos seve como ponto de

    partida para entrarmos no mercado de trabalho. Porm, sem o aperfeioamento continuo,

    podemos nos tornar obsoletos como profissionais, e corrermos o risco de perder espao

    para outros Engenheiros mais atualizados.

  • 18

    Reconhecendo a importncia do aperfeioamento continuo, muitos Engenheiros recorrem

    a cursos de ps-graduao STRICTO SENSU ou LATO SENSU logo aps conclurem

    seu curso de graduao, ou mesmo, durante a vida profissional.

    Verbete

    As ps-graduaes stricto sensu compreendem programas de mestrado e doutorado

    abertos a candidatos diplomados em cursos superiores de graduao e que atendam s

    exigncias das instituies de ensino e ao edital de seleo dos alunos (art. 44, III, Lei n

    9.394/1996.). Ao final do curso o aluno obter diploma.

    Os cursos de ps-graduao stricto sensu so sujeitos s exigncias de autorizao,

    reconhecimento e renovao de reconhecimento previstas na legislao - Resoluo

    CNE/CES n 1/2001, alterada pela Resoluo CNE/CES n 24/2002.

    Os cursos de especializao em nvel de ps-graduao lato sensu (nos quais se

    incluem os cursos designados como MBA - Master Business Administration), oferecidos

    por instituies de ensino superior, independem de autorizao, reconhecimento e

    renovao de reconhecimento e devem atender ao disposto na Resoluo CNE/CES n 1,

    de 8 de junho de 2007.

    Fonte:

    http://mecsrv125.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=385&Itemid

    =316

    http://mecsrv125.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=387&Itemid

    =352

    Fim do Verbete

    So atravs das especializaes, ps-graduao, que podemos nos atualizar em

    assuntos especficos e com isso melhorarmos nossa atuao profissional.

    g) tica Profissional

  • 19

    J falamos aqui em vrios momentos da importncia da Engenharia para sociedade. O

    Engenheiro, de qualquer rea, pode modificar o ambiente, os hbitos e a qualidade de

    vida das pessoas. Atuam tambm na sua forma de morar, de se locomover, enfim, pode

    alterar inclusive de forma significativa o prprio comportamento da sociedade.

    Consciente de sua responsabilidade, o Engenheiro deve adotar uma postura profissional

    coerente e racional. Ele deve sempre seguir os preceitos ticos adquiridos na sua

    formao tanto a nvel pessoal quanto durante o curso de Engenharia.

    O respeito ao trabalho dos outros, o respeito s opinies dos colegas de equipe (como

    visto no item e) e a postura correta na aplicao dos conhecimentos tcnicos formam o

    alicerce dos princpios ticos. Seguindo esta tica, o Engenheiro no pode encarar a

    profisso apenas como um meio de adquirir status, ou seja, satisfao de interesses

    pessoais. A sociedade acolhe o profissional de acordo com sua postura profissional e

    tica. Ou seja, se voc atuar fazendo da comunidade a beneficiaria dos resultados de seu

    trabalho, gerar, automaticamente, um reconhecimento positivo da sua imagem de

    Engenheiro.

    A tica profissional, to importante para o Engenheiro, se pratica com base em preceitos

    consistentes e em consonncia com um tempo histrico. Durante o curso de graduao,

    um momento ideal para aprender e aprimorar essa prtica.

    Toda a responsabilidade do Engenheiro recm formado confirmada e expressa de forma

    resumida no juramento da formatura. Cada Engenharia tem um modelo de discurso de

    juramento, porm todos utilizam tpicos considerados essenciais e nicos para todas as

    reas. Estes tpicos so justamente aqueles voltados para tica profissional.

    Box

    Vejamos a seguir o juramento feito pelos formandos em Engenharia de Produo da

    Universidade Federal Fluminense:

    Com o pensamento no Brasil, e consciente da responsabilidade que me confiada, juro

    consagrar, no exerccio da profisso de Engenheiro de Produo, o melhor de meu

  • 20

    esprito e o mximo de minhas energias ao desenvolvimento da Engenharia e ao

    progresso e bem estar da sociedade. Assim prometo

    Fonte: www.uff.br/mdp/formatura/Cerimonial_v8.doc

    Fim do Box

    6. Concluso

    Vimos que o Engenheiro tem uma atuao de grande importncia na sociedade, no

    mbito poltico, econmico, ambiental e social. Por isso, so exigidas dele qualidades

    para ser um bom profissional. So estas habilidades que o diferem dos tcnicos de nvel

    superior e mdio. O aperfeioamento continuo, um bom relacionamento interpessoal,

    saber se comunicar bem tanto oralmente como na escrita, saber trabalhar em equipe,

    saber liderar, entre outras so exemplos destas qualidades.

    A responsabilidade que um Engenheiro possui com a humanidade em geral, vem da

    importncia de sua profisso. Ele tem por dever agir com tica profissional e conscincia

    na soluo de problemas.

    Enfim, ele deve desenvolver um raciocnio abstrato, para conseguir imaginar um projeto e

    tambm deve aprimorar um raciocnio espacial para verificar a sua viabilidade em lugares

    pr-definidos.

    Atividade Final (Atende ao objetivo 3)

    Faa uma consulta s entidades da classe para conhecer um pouco das obrigaes,

    deveres e princpios ticos que norteiam a atividade do profissional da Engenharia. Citar

    pelo menos 3 desses princpios ticos.

    Resposta Comentada

    As entidades da classe de Engenharia que apresentam as obrigaes, deveres e

    princpios ticos dos Engenheiros so: CONFEA (Resoluo n 218, de 29 jun 1973) e

    CREA . Disponvel em:

  • 21

    http://www.confea.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1561&pai=8&sid=19

    3

    http://app.crea-rj.org.br/portalcreav2/CMS?idSecao=8ACFFE94-2533-C67C-9918-

    16CAE934FFB0

    Fim de Atividade

    Resumo

    Nesta aula, voc conheceu toda responsabilidade do Engenheiro para com a sociedade.

    Viu as diversas reas de atuao que este profissional pode exercer no mercado de

    trabalho e as principais diferenas entre ele e os tcnicos de nvel superior e mdio. Foi

    visto tambm, algumas qualidades que um Engenheiro deve ter para ser um bom

    profissional.

    Informaes sobre a prxima aula

    Na prxima aula (Aula 5), voc conhecer exatamente o que a Engenharia de

    Produo. Sua definio, seu processo de formao e as reas e diretrizes curriculares.

    E, ainda conhecer a associao brasileira que trabalha ativamente e exclusivamente em

    prol dos Engenheiros de Produo.

    Referncias Bibliogrficas

    BAZZO, W. A.; PEREIRA, L. T. do V. Introduo Engenharia. Florianpolis: Editora da

    UFSC, 2006.

    BOIKO, T. J. P. Introduo Engenharia de Produo Apostila. Disciplina de Introduo

    Engenharia de Produo. Curso de Engenharia de Produo Agroindustrial.

    Departamento de Engenharia de Produo. Universidade Estadual do Paran Campus

    de Campo Mouro. Campo Mouro. 2011.

    BATISTA, O. E. O Sistema Confea/Crea. In: Congresso Nacional de Profissionais (CEP),

    6, 2007, Porto Velho/RO. Palestras. Disponvel em:

    < http://www.crearo.org.br/cep/Paletra_SistemaRO_otaviano.ppt>. Acesso em 01 de

    Agosto de 2014.

  • 22

    BRASIL. Ministrio da Educao. Diretrizes Curriculares para os Cursos de Engenharia:

    Verso do dia 05.05.1999. Disponvel em:

    . Acesso em 01 de Agosto de

    2014.

    CNE. Resoluo CNE/CES 11/2002. Dirio Oficial da Unio, Braslia, 9 de abril de 2002.

    Seo 1, p. 32. Disponvel em:

    < http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/1102Engenharia.pdf >. Acesso em 01 de

    Agosto de 2014.

    CONFEA (a) O Confea: Histrico: Um pouco de histria. Disponvel em: <

    http://normativos.confea.org.br/apresentacao/apresentacao.asp>. Acesso em 01 de

    Agosto de 2014.

    _____ (b). Legislao: Apresentao. Disponvel em: <

    http://normativos.confea.org.br/apresentacao/apresentacao.asp>. Acesso em 01 de

    Agosto de 2014.

    _____. Resoluo n 218, de 29 jun 1973. Disponvel em:

    . Acesso em 01 de Agosto de 2014.

    _____. Resoluo n 1010, de 22 ago 2005. Disponvel em:

    . Acesso em 01 de Agosto de

    2014.

    CREA-RJ. Confea & Creas. Disponvel em:< http://app.crea-

    rj.org.br/portalcreav2/CMS?idSecao=8ACFFE94-2533-C67C-9918-16CAE934FFB0>.

    Acesso em 01 de Agosto de 2014.