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douglas-leonardo
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polímero de glicose, que estabelece ligações -1,4 nos
segmentos lineares e ligações -1,6 nas ramificações;
constitui uma forma de reserva de açúcar.
GLICOGÊNIO
GLICOGENÓLISE
Degradação do glicogênio
GLICOGÊNESE
Síntese intracelular do glicogênio
METABOLISMO DO GLICOGÊNIO
GLICOGÊNIO
Metabolismo do Glicogênio
é sintetizado (Glicogênese) pelo fígado e músculos
esqueléticos quando a oferta de glicose aumenta: após refeições.
ao serem degradadas (Glicogenólise) as reservas de
glicogênio atendem diferentes necessidades:
- hepático: mantém glicemia entre as refeições e
principalmente no jejum noturno.
- muscular: energia para a própria fibra muscular (em
contração intensa é convertido a lactato).
OBS: em anaerobiose relativa, apenas carboidratos podem servir como
substrato para obtenção de ATP, pois lipídios e aminoácidos só podem
ser degradados aerobiamente.
Degradação do glicogênio : produz glicose 1-fosfato.
Remoção sucessiva de resíduos de glicose, a partir da
extremidade não-redutora: glicogênio fosforilase catalisa a
fosforólise da ligação -1,4.
ponta não-redutora
cadeia do glicogênio
(n resíduos de glicose)
glicogênio fosforilase
glicogênio 1-fosfato ponta não-redutora
cadeia do glicogênio
(n-1 resíduos de glicose)
GLICOGENÓLISE
Na glicólise ocorre remoção sucessiva de resíduos de glicose, a
partir da extremidade não-redutora.
O que é um açúcar redutor???
Relembrando…
carbono da carbonila: oxidado a ácido
carboxílico.
açúcares redutores: açúcares capazes
de reduzir o íon férrico (Fe+3) a íon
ferroso (Fe+2) ou o íon cúprico (Cu+2)
a íon cuproso (Cu+), base da reação
de Fehling e de Benedict.
Exemplo: os monossacarídios são
agentes redutores.
-D-glicose
D-glicose
(forma linear)
D-gliconato
Exemplo: açúcar não-redutor = sacarose
Sacarose: açúcar não-redutor,
pois não contém átomos de C
anoméricos livres.
Lactose: açúcar redutor.
Relembrando…
C
C
C
C
H
O
HO
H
H
C
C
OH
OH
H
OHH
OH
H
H
Frutose(cetose)
2
Sacarose: -D-glicopiranosil-(1→2)--D-frutofuranosídio
Lactose: -D-galactopiranosil-(1→4)--D-glicopiranosídio
Degradação do glicogênio: Glicogenólise – Parte 1
Glicogênio fosforilase:
libera um a um os resíduos de
glicose, MAS termina 4
resíduos antes de uma
ramificação*.
Degradação prossegue pela
ação da enzima
desramificadora bifuncional.
90%
10%
ramificação*
Degradação do glicogênio: Glicogenólise – Parte 2
Enzima desramificadora
bifuncional:
I. atua como glicosil
transferase → transfere 3 dos
4 resíduos remanescentes na
ramificação para uma outra
extremidade da cadeia,
formando uma nova ligação -
1,4 (nesta nova posição, estes
resíduos podem ser liberados por
ação da glicogênio fosforilase).
90%
10%
ramificação
(I)
Degradação do glicogênio: Glicogenólise – Parte 3
Enzima desramificadora
bifuncional:
II. atua como -1,6
glicosidase o resíduo de
glicose restante na ramificação
está ligado à cadeia principal
por ligação -1,6; esta ligação
é rompida pela 2ª atividade da
enzima desramificadora.
90%
10%
ramificação
(II)
Degradação do glicogênio: Glicogenólise
pontas não redutoras ligação -1,6
glicogênio
moléculas de
glicose 1-fosfato
glicose
polímero -1,4 desramificado
glicogênio fosforilase
glicosil transferase
-1,6 glicosidase
Esquema de degradação
do glicogênio (mesmo da
figura anterior)
Após a desramificação:
tem-se um polímero -1,4
linear, que será degradado
pela glicogênio fosforilase,
que retirará um a um os
resíduos de glicose.
Degradação do glicogênio: Glicogenólise – Parte 4
Glicose 1-fosfato: convertida a glicose 6-fosfato pela enzima
fosfoglicomutase, que poderá ser degradada:
- no fígado: glicose 6-fosfato glicose liberada na circulação
(ação da glicose 6-fosfatase).
- no músculo: glicose 6-fosfato lactato (glicólise
fermentativa).
Degradação do glicogênio: Glicogenólise
Grande número de ramificações da cadeia de glicogênio:
possibilita ação simultânea de muitas moléculas de fosforilase.
50% das ramificações são degradadas em poucos segundos:
quando a demanda energética é intensa.
Glicogenólise hepática: rapidez do processo corrige o nível
glicêmico, evitando a hipoglicemia.
Em geral: degradaçao do glicogênio não é completa = resta
sempre um núcleo que serve como ponto de partida para a
ressíntese. Como? Glicogênese.
Síntese do glicogênio: Glicogênese
A síntese do glicogênio, glicogênese, é realizada pela repetida
adição de unidades de glicose às extremidades não-redutoras de
um fragmento de glicogênio.
1º. A glicose a ser incorporada deve estar sob uma forma
ativada ligada a um nucleotídio de uracila, constituindo a
uridina difosfato glicose (UDP-G).
Uridina difosfato glicose (UDP-G)
Síntese do glicogênio: Glicogênese – Parte 1
1º. A glicose sob forma ativada, forma a uridina difosfato
glicose (UDP-G).
Glicose + ATP Glicose 6-fosfato + ADP + H+
Glicose 6-fosfato Glicose 1-fosfato
Glicose 1-fosfato + UTP UDP-G + PPi
b
c
aEnzimas:
a) glicoquinase (fígado) e
hexoquinase (músculo)
b) fosfoglicomutase
c) UDP-glicose pirofosforilase
Uridina difosfato glicose
(c)
Síntese do glicogênio: Glicogênese – Parte 2
2º. A enzima glicogênio sintase transfere a unidade glicosil da
uridina difosfato glicose (UDP-G) para uma das extremidades
não redutoras do glicogênio, formando uma ligação -1,4.
UDP-G + (Glicogênio)n resíduos de glicose (Glicogênio)n+1 resíduos de glicose + UDP
UDP-glicose
ponta não-redutora de uma cadeia do
glicogênio com n resíduos (n 4)
ponta não redutora
“nova”
glicogênio aumentado
com n + 1 resíduos
glicogênio sintase
Síntese do glicogênio: Glicogênese – Parte 3
3º. O UDP produzido na reação anterior é reconvertido a UTP
à custa de ATP (pela enzima nucleosídio difosfato quinase).
________________________________________________________________________
UDP + ATP UTP + ADP
PPi + H2O 2 Pi + H+
A soma das reações do 1º ao 3º passo:
Glicose + 2 ATP + (Glicogênio)n resíduos de glicose + H2O (Glicogênio)n+1 resíduos de glicose
+ 2 ADP + 2 Pi
A reação total do processo mostra um gasto de 2 ATP para
cada resíduo de glicose incorporado ao glicogênio.
Síntese do glicogênio: Glicogênese – Parte 4
A glicogênio sintase catalisa apenas a síntese de ligações -1,4...
E as ramificações?
Formação
de uma
ramificação
na cadeia
ligações -1,4
na cadeia 4º. As ramificações
são feitas por uma
enzima ramificadora,
que transfere uma
pequena cadeia de 6
ou 7 resíduos de
glicose da extremidade
para uma parte mais
interna da molécula,
criando uma ligação -
1,6.
Síntese do glicogênio: Glicogênese – Parte 4
A síntese prossegue por adição de resíduos de glicose às
extremidades não-redutoras (glicogênio sintase – repetição 2º
etapa).
Lembrando que essa reação
prevê a existência de uma
cadeia de glicogênio já
constituída (primer), à qual
são agregadas novas
unidades de glicose (a
enzima não é capaz de
promover a união das 2
primeiras unidades de
glicose, para iniciar o
polímero).
Formação
de uma
ramificação
na cadeia
ligações -1,4
na cadeia
Síntese do glicogênio: Glicogênese – Parte 5
Então, a proteína glicogenina catalisa 2 reações diferentes:
1. Ataque do OH de uma tirosina (da glicogenina) à glicose (da
UDP-G).
Em geral: resta um núcleo (primer) que serve como ponto de
partida para a ressíntese. Mas e quando na degradação anterior
não houver permanecido um núcleo de glicogênio (primer) que
dê suporte para a extensão de cadeia?
Síntese do glicogênio: Glicogênese – Parte 5
2. Ataque do OH da glicose
terminal (ligada à glicogenina) a
outra molécula de glicose (de
um outro UDP-G).
Essa sequência se repete
para formar uma molécula de
glicogênio nascente com 8
resíduos de glicose ligadas -
1,4.
Então, a glicogênio sintase
prossegue a polimerização.
UDP-glicose
glicogenina
UDP-glicose
UDP-glicose
glicogenina ligada
à um resíduo de
glicose
Repete mais 6 vezes para formar um
primer de glicogênio
atividade de extensão da cadeia
atividade glicosiltransferase
Glycogenin
(1)
(2)
Resumo Glicogênese x Glicogenólise
Esquema geral da degradação e síntese de glicogênio no fígado.
Resumo Glicogênese x Glicogenólise
E nos músculos?
Degradação (glicogenólise):
- glicogênio a glicose 6-fosfato igual ao que ocorre no fígado.
- no entanto, a glicose 6-fosfato não origina glicose devido à
ausência da enzima glicose 6-fosfatase.
Síntese (glicogênese):
- Diferença está na fosforilação da glicose: que é feita por outra
enzima, a hexoquinase.
AMIDO
Composto por 2 frações: amilose (20%) e amilopectina (80%)
Amilose: cadeias lineares de resíduos de glicose unidos por
ligações -1,4.
Amilopectina: cadeias lineares semelhantes as da amilose, mas
mais curtas e contendo ramificações formadas por ligações 1-6.
Síntese do AMIDO
Amido é menos ramificado que o glicogênio.
As cadeias de amilopectina organizam-se em estruturas
complexas, formando uma matriz semicristalina à qual se
associam as cadeias de amilose, resultando na construção do
grânulo de amido.
Grânulos de amido: reservas de glicose nas células
vegetais.
Síntese do AMIDO
A síntese do amido é semelhante à síntese do glicogênio e
também envolve ação coordenada de enzimas:
1. uma sintase, que catalisa a adição de unidades de glicose às
extremidades não redutoras via ligações -1,4.
2. Uma ramificadora, que promove a formação das ligações -
1,6.
3. A natureza do fragmento iniciador da síntese (primer) não é
conhecida.
Síntese do AMIDO
A síntese do amido é semelhante à síntese do glicogênio e
também envolve ação coordenada de enzimas:
4. O substrato da amido sintase (forma ativada da glicose) é
adenosina difosfato glicose (ADP-glicose), ao invés do UDP-G
utilizada pela glicogênio sintase.
5. A organização das cadeias de amilose e amilopectina de
modo a formar a estrutura complexa, semicristalina, do
grânulos do amido é ainda obscura.
METABOLISMO DE SACAROSE E LACTOSE
(açúcar de cozinha)
(açúcar do leite)
hidrólise de
oligossacarídios:
intestino delgado
Após a degradação: os monossacarídios são absorvidos e
metabolizados, em sua maior parte, no fígado.
Frutose e galactose: metabolizados no fígado por conversão a
intermediários da glicólise.
Frutose e galactose são
metabolizadas pela via
glicolítica.
METABOLISMO DE SACAROSE E LACTOSE
No fígado a frutose sofre as seguintes reações (esquema anterior):
Frutose + ATP Frutose 1-fosfato + ADP + H+frutoquinase
Frutose 1- fosfato Diidroxiacetona fosfato + Gliceraldeídofrutose 1-fosfato
aldolase
Gliceraldeído + ATP Gliceraldeído 3-fosfato + ADP + H+gliceraldeído
quinase
A soma destas 3 reações mostra a transformação de frutose em
compostos da via glicolítica:
Frutose + 2 ATP Diidroxiacetona fosfato + Gliceraldeído 3-fosfato + 2 ADP + 2 H+
METABOLISMO DE FRUTOSE (SACAROSE)
Em outros tecidos, como adiposo e músculo, que sintetizam a
hexoquinase, a frutose é convertida a frutose 6-fosfato por esta
enzima, ganhando acesso à glicólise:
Frutose + ATP Frutose 6-fosfato + ADP + H+
METABOLISMO DE FRUTOSE (SACAROSE)
Galactose e glicose:
- são epímeros: diferem apenas quanto à configuração do
carbono C-4.
METABOLISMO DE GALACTOSE (LACTOSE)
Galactose e glicose sofrem epimerização (transformação de
galactose em glicose e vice-versa): feita com os açúcares ligados
à UDP.
Galactose 1- fosfato + UDP-glicose UDP-galactose + Glicose 1- fosfato
Galactose + ATP Galactose 1-fosfato + ADP + H+galactoquinase
galactose 1-fosfato
uridil transferase
UDP-galactose UDP-glicoseUDP-galactose
epimerase
Glicose 1-fosfato Glicose 6-fosfato + ADP + H+fosfoglicomutase
Galactose + ATP Glicose 6-fosfato + ADP + H+
A soma destas 4 reações é a conversão de galactose em
glicose 6-fosfato, que pode ser consumida pela via glicolítica:
METABOLISMO DE GALACTOSE (LACTOSE)