196

Bahia: Terra da Cultura

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Publicação da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia Ano 1 - nº1 - 2011 a 2013

Citation preview

Page 1: Bahia: Terra da Cultura
Page 2: Bahia: Terra da Cultura
Page 3: Bahia: Terra da Cultura
Page 4: Bahia: Terra da Cultura

4

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

BAHIA: TERRA DA CulTuRA - PuBlICAçãO DA SECRETARIA DE CulTuRA DO ESTADO DA BAHIA | ANO 1 - Nº1

2011 a 2013

GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA

Jaques Wagner

SECRETáRIO DE CulTuRA

Albino Rubim

CHEfE DE GABINETE

Rômulo Cravo

DIRETOR GERAl

Thiago Pereira

SuPERINTENDENTE DE PROmOçãO CulTuRAl

Carlos Paiva

SuPERINTENDENTE DE DESENVOlVImENTO TERRITORIAl DA CulTuRA

Taiane fernandes

DIRETORA DA fuNDAçãO PEDRO CAlmON

fátima fróes

DIRETORA DA fuNDAçãO CulTuRAl DO ESTADO DA BAHIA

Nehle franke

DIRETOR DO INSTITuTO DO PATRImôNIO ARTíSTICO E CulTuRAl DA BAHIA

frederico mendonça

DIRETORA DO CENTRO DE CulTuRAS POPulARES E IDENTITáRIAS

Arany Santana

APOIO E PESQuISA

REDE DE ASSESSORES SECulTBA: Adriana Jacob e Rodrigo lago - SecultBA, André Santana - fPC, Paula Berbert - funceb, Geraldo moniz - IPAC, Windson Souza - CCPI, Gabriel Camões - TCA, Yara Vasku - DImuS, Cátia Albuquerque - mAm e Eder Santana - Conselho Estadual de Cultura.

PESQuISA E ENTREVISTAS: Rede Ascom SecultBA, Ana Paula Vargas, marilúcia leal, Nilma Gonçalves, Tess Chamusca, Atila Barros

PESQuISA, PRODuçãO E EDIçãO DE TExTOS: Ana Paula Vargas,

Carolina Valente e Renata Rocha

PESQuISA DE fOTOS: Antônio figueiredo, Camilla frança,

Cátia milena, Helder Vieira, maiana Rosari, maíra Araújo,

Nerivaldo Góes, Paula Berbert e Tai Oliver

EDIçãO fINAl: Adriana Jacob e Hilcelia falcão

PROGRAmAçãO VISuAl E DIAGRAmAçãO: Tai Oliver

CAPA: Arte de Tai Oliver

http://www.flickr.com/photos/secultba

https://twitter.com/SecultBA

www.facebook.com/secultba

www.cultura.ba.gov.br

Page 5: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

5

ENTENDA A SECulTBA

A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia atua através de duas superin-tendências, três unidades vinculadas, um centro de Culturas Populares e Identitárias, e possui ainda como órgão vinculado o Conselho Estadual de Cultura. Conheça melhor cada unidade:

SuPERINTENDêNCIAS:

Superintendência de Promoção Cultural (SuPROCulT)Gere os mecanismos financeiros de apoio à cultura, tais como o fazcultura e o fundo de Cultura do Estado da Bahia (fCBA). Além disso, a Superintendência também atua na área de Economia da Cultura.

Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura (SuDECulT)Responsável pela política de territorialização da cultura, a SuDECulT trabalha em prol do desenvolvimento e fortalecimento da cultura e direito à cidadania na capital e no interior do estado.

uNIDADES:

fPC – fundação Pedro CalmonResponsável pela produção e gestão de acervos documentais e bibliográficos que compõem a memória do Estado e da sociedade, também atua na promoção e difusão do livro e da leitura, reconhecendo e valorizando a diversidade cultural da Bahia e o pleno exercício da cidadania.

funceb – fundação Cultural do Estado da BahiaTem como missão criar e implementar políticas e programas públicos de artes em articulação com a sociedade, que promovam a formação, a produção e a difusão das Artes Visuais, Audiovisual, Circo, Dança, música, literatura e Teatro.

IPAC – Instituto do Patrimônio Artístico e CulturalAtua na salvaguarda de bens culturais tangíveis e intangíveis, além de executar políticas de preservação do patrimônio cultural e promove atividades relacionadas aos museus, gerindo, organizando e difundindo seus acervos.

CCPI – Centro de Culturas Populares e IdentitáriasPrezar pelos valores culturais, transcendendo a dimensão simbólica, é tarefa do CCPI. O Instituto é responsável pela execução, proteção e promoção de políticas de valorização e fortalecimento das manifestações populares e de identidade.

CEC - Conselho de CulturaDe caráter normativo e consultivo, é um órgão colegiado da SecultBA que tem por finalidade contribuir com a formulação de políticas de cultura para o Estado.

Page 6: Bahia: Terra da Cultura

6

Desde 2003, com Gilberto Gil no Ministério da Cultura, as políticas culturais no Brasil passaram por significativas transformações. Na Bahia este processo foi inaugurado pouco depois, em 2007. As no-vas políticas culturais colocaram no horizonte a construção de uma cultura cidadã.

O campo da cultura desde 2003 buscou estar sintonizado com o sig-no das mudanças. As políticas de cultura adotaram um conceito am-pliado de cultura; procuraram se desenvolver em âmbito nacional; ampliar a cidadania e os direitos culturais e estimular a diversidade cultural brasileira, entendida como nossa maior riqueza no campo da cultura.

Na Bahia tais horizontes foram fontes inspiradoras das transforma-ções desencadeadas a partir de 2007 e continuadas / transformadas desde 2011.

As políticas culturais desenvolvidas desde então têm como seu ho-rizonte a construção de uma cultura cidadã, que permita a todos o acesso às diversas modalidades de experimentação e fruição cultu-rais, a participação na construção das políticas culturais, a amplia-ção da cidadania e dos direitos culturais, além de buscar a mudança dos valores presentes na sociedade. Ela deve possibilitar a predo-minância de novos valores democráticos, republicanos, solidários, fraternos, de transparência, de paz, de equidade e de respeito à di-versidade cultural, social, étnica, etária, de gênero e de orientação sexual, imprescindíveis a uma nova sociedade e a um novo modelo de desenvolvimento.

A atuação da Secretaria não apenas buscou o desenvolvimento da cultura, mas assumiu como compromisso qualificar este desenvol-vimento pela superação dos valores autoritários, discriminatórios, conservadores, intolerantes e monolíticos por outros que estejam em sintonia com o aprimoramento e a emancipação da sociedade e dos indivíduos. A política cultural adotada, por conseguinte, nada teve de neutra. Pelo contrário, ela tomou nitidamente posição nas lutas político-culturais em curso nas sociedades: internacionais, brasileira e baiana.

Construindo uma Cultura Cidadã

Page 7: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

7

Durante este período, o desenvolvimento eco-nômico e social vivenciados pelo Brasil e pela Bahia incluiu milhões de brasileiros e baia-nos, através da criação de novos empregos, do aumento do salário mínimo, da bolsa-famí-lia, da educação e de outros dispositivos que combinaram como nunca desenvolvimento econômico e social. Os dados nesta perspecti-va são incontestes. As mudanças desencadeadas nestes anos no Brasil e na Bahia devem ser acompanhadas de profundas transformações políticas, que apri-morem a representação e criem novos proce-dimentos de democracia direta e participação cidadã, a exemplo de consultas públicas, con-ferências e outros mecanismos.

Nesta circunstância, a construção da cultura cidadã busca colocar a cultura em sintonia com a sociedade que está sendo construída, através deste processo de transformações

que acontece no país e no estado, com suas tensões, retrocessos e avanços. O desenvol-vimento do Brasil e da Bahia não prescinde do desenvolvimento da cultura cidadã, da cidadania e dos direitos culturais. Eles são dimensões essenciais do desenvolvimento e da construção de uma sociedade mais justa, democrática e criativa.

A cultura cidadã, ainda embrionária e em cons-tante processo de luta e de atualização, requer a sua tradução em efetivas linhas de atuação. A Secretaria Estadual de Cultura da Bahia entre 2011 e 2013 tem se orientado por diretrizes, que possibilitam a escolha e o desenvolvimen-to qualificados de suas atividades. Tais diretri-zes são: fortalecimento da institucionalidade e da organização do campo cultural; ampliação dos diálogos interculturais; aprofundamento da territorialização das políticas culturais; de-senvolvimento da economia da cultura e alar-gamento das transversalidades da cultura.

Tai O

liver

Page 8: Bahia: Terra da Cultura

8

Editorial - BaHia: tErra da CulturaUma sinfonia viva composta por cores, texturas, movimento, coreografias, música e ritmo. Esta publicação é um convite a um passeio por três anos – de 2011 a 2013 – da gestão da cultura na Bahia. Da capital ao interior, do popular ao erudito, da formação e qualificação até as mais espontâneas manifestações populares. A rique-za dessa diversidade cultural está no Solar do Unhão e no Teatro Castro Alves, que inicia ainda este ano as obras do Projeto Novo TCA. Mesmo em reforma, os dois espaços continuarão a mo-vimentar a agenda cultural e artística de Salva-dor. Está também nos 17 teatros e centros de cultura estaduais espalhados pelo interior, e nos mais de 200 pontos de cultura distribuídos entre os 27 territórios de identidade da Bahia.

Só mesmo estando em tantos lugares para compre-ender a riqueza do ofício de vaqueiro e promover uma Celebração da Cultura dos Sertões. Tão ricas quanto ela, as tradições de matriz africana foram reverenciadas no Encontro das Culturas Negras. En-tre uma quarta que dança, um Carnaval que é ouro negro, e um verão que é cênico, os projetos da Se-cretaria de Cultura da Bahia envolveram produto-res, artistas e a sociedade. Seja através dos editais do Fundo de Cultura da Bahia ou de espetáculos e cursos gratuitos ou a preços populares, o estado abriu as portas e os olhos para uma cultura que vai muito além dos antigos holofotes da baianidade.

A Bahia do samba de roda tornou-se também a terra da Orquestra Sinfônica da Bahia. Se o trio elétrico atrai uma multidão no Carnaval Pipoca, os Cine Concertos da OSBA têm ingressos esgo-tados. As pessoas que se expressam através da dança e dos ritmos populares também podem tocar um instrumento de música clássica, atra-vés das atividades do NEOJIBA. Ou, quem sabe, participar dos Salões de Artes Visuais da Bahia e se encantar pelo universo da literatura através dos Agentes de Leitura do Projeto Mais Cultura,

da Fundação Pedro Calmon, que chegam até de bicicleta a cada canto do estado.

A memória que está nos livros, ganha outra forma nos monumentos tombados pelo Ins-tituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia e ecoa nas vozes e gestos preservados por rituais como o Bembé do Mercado, hoje patrimônio imaterial da Bahia. A diversida-de cultural ganha ponto em cada canto do estado. Através da Superintendência de De-senvolvimento Territorial da Cultura, pontos, pontinhos e pontões articulam e impulsionam ações nas comunidades, do sertão ao litoral.

Gente que ganha voz em eventos criados para democratizar a discussão sobre políticas cul-turais. As Conferências municipais, territoriais e setoriais, além da estadual e nacional re-presentaram uma possibilidade concreta de contribuir com o Sistema Nacional de Cultura. Gente que conquista mais alternativas para empreender através dos projetos de financia-mento desenvolvidos pela Superintendência de Promoção Cultural, em uma dinâmica que vai além da simples lógica de mercado.

Para conhecer e estar ainda mais perto das particularidades de cada lugar, as Caravanas Culturais e outros projetos itinerantes da Se-cultBA possibilitam o desenvolvimento de políticas públicas e ações em sintonia com as necessidades específicas. É através desse conhecimento da realidade de cada território do estado que a Secretaria tem desenvolvido e aprofundado suas diretrizes: a territorializa-ção da cultura, a institucionalidade cultural, a economia da cultura, as transversalidades da cultura e os diálogos culturais. Juntas, elas contribuem para que a Bahia seja, cada vez mais, a terra da cultura.

Boa leitura!

Page 9: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

9

i nst i tuC ional idadE Cultural 10

Cu l tura de Casa Nova 1 1 Caminhos Urbanos de Preservação 20Outras Pa lavras 28A Cu l tura que Queremos 34

Cr í t ica para que te quero 39Mapa da D ivers idade 42Memór ia On l ine 48Ba i la Comigo 54Bah ia Mundo Afora 60Bem A lém dos Se is D ias de Carnava l 68

D iá logos na H istór ia 157A Cu l tura Entra em Campo 162Sa lve Jorge ! 166Cu l tura em Festa no Pe lô 170Arte Inc lus iva 176S infon ia V i va 182

A largamento das Transversa l idades Cu l tura is 148

d i álogos intErCultura is 38

I n tercâmbio de Verdade Longe de P lan i lhas e Papé is 77Gestão Compart i lhada Promove Inserção Sóc io-Cu l tura l 86Quem Conta um Conto Aumenta um Ponto 92Ho je Tem Espetácu lo ! 98Cu l tura em Todo o Canto 108

tErr i tor i al ização da Cultura 76

D inhe iro , D i versão e Cu l tura 121Nova Agenda para as Artes 130Todas as Letras 138

EConom i a da Cultura 120

transvErsal idadEs 146

d inam ização Cultural 156

sumár io

Page 10: Bahia: Terra da Cultura

10

cultura de casa novaPrÉDIOS hISTórICOS OU NãO, TEATrOS, MUSEUS

E CENTrOS CULTUrAIS PASSAM POr rEFOrMAS DE rEqUALIFICAçãO ESTrUTUrAL

O Brasil e a Bahia têm uma organiza-ção do campo cultural muito frágil. Um dos desafios das políticas cultu-

rais, diante deste déficit, é o fortalecimento de sua institucionalidade. Este processo busca consolidar políticas, estruturas, ges-tão democrática e procedimentos republi-canos de apoio à cultura, como as seleções públicas e editais, e mecanismos de parti-cipação político-cultural. A criação de no-vas instituições, a reforma de instalações existentes, a qualificação da gestão e a formação de pessoal em cultura são vitais para o desenvolvimento cultural. Outro compromisso da SecultBA é tornar a Bahia uma referência na formação e qualifi-cação em cultura no Brasil. Sem ela, não se

aprimora a gestão e o desenvolvimento da cultura. A Secretaria adotou uma política de apoio à constituição de novos cursos na área da cultura, sejam de graduação e pós-gradua-ção ou de extensão e especialização.

O fortalecimento da institucionalidade cultural não se esgota na criação de no-vas instituições e legislações, nem na for-mação e qualificação das pessoas, mas implica na própria organização do campo cultural. Neste sentido, a Secult tem es-timulado a organização dos colegiados setoriais, de as associações de amigos de instituições culturais, de consórcios inter-municipais de cultura e de outras entida-des e fóruns culturais.

Page 11: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

11

reformar os espaços públicos destinados à cultura é uma dos pontos fundamentais para o fortalecimento da institucionalidade cultural. Prédios históricos ou não têm sido alvo de investimentos do Estado para requalificar e dinamizar equipamentos culturais. Tombados pelo Instituto do Patrimônio histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Solar do Unhão, o Forte do Barbalho e a quinta do Tanque são apenas alguns exemplos de espaços que estão sendo requalificados pelas intervenções. Ainda em andamento, a iniciati-va, que inclui a reforma de teatros e centros de cul-tura estaduais, vai garantir um presente a Salvador: a reforma do Teatro Castros Alves, um dos maiores complexos do gênero do país.

cultura de casa novaPrÉDIOS hISTórICOS OU NãO, TEATrOS, MUSEUS

E CENTrOS CULTUrAIS PASSAM POr rEFOrMAS DE rEqUALIFICAçãO ESTrUTUrAL

Page 12: Bahia: Terra da Cultura

12

SOLAr DO UNhãO GANhA rEFOrMA

Construído no século XVII, às margens da Baía de Todos os Santos, o Unhão, solar que abriga o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), passa pela sua mais importante reforma desde a inauguração, nos anos 1960. Na época, ele havia sido reestruturado pela arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi. A obra está orçada em r$ 15,6 milhões em reparos, me-lhoria de equipamentos e reestruturação espacial. O projeto é de autoria dos arquitetos André Vainer e Guilherme Paoliello. A ideia é reformular o espa-ço para abrigar melhor as cerca de 1.200 obras do acervo do MAM.

De grande importância para as artes no circuito in-ternacional, nacional e local, o museu reúne peças de artistas de diferentes gerações do Modernismo brasileiro e baiano. No acervo, figuram trabalhos de Tarsila do Amaral, Carybé, Djanira, Flávio de Carva-lho, Pancetti e rubem Valentim.

Para além da arte, a iniciativa irá contribuir com o fortalecimento do MAM como centro cultural. O dire-tor do museu, Marcelo rezende, enfatiza que a refor-ma colocará em prática o modelo de museu popular que Lina Bo Bardi propunha, no qual as pessoas são produtoras e devem ter acesso à cultura. “Além disso, teremos espaço para uma maior variedade de linguagens: teatro, cinema, dança, artes plásticas etc.”, completa.

O Museu de Arte Moderna da Bahia foi instalado no Solar do Unhão em 1966 e, atualmente, é considera-do o principal espaço para a arte contemporânea do estado e um dos mais importantes do país, receben-do relevantes mostras nacionais e internacionais.

Thom

az F

arka

sLu

cian

o O

livei

raAc

ervo

MAM

Solar do UnhãoGaleria subsoloPrédio principal em reformaCapela

INSTITUCIONALIDADE CULTUrAL

Page 13: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

13

UM NOVO CASTrO ALVES

Com orçamento de mais de r$ 90 milhões, o Projeto Novo Teatro Castro Alves, que deve ter as obras iniciadas até o fim de 2013, irá aprimorar a estrutura do maior complexo do gênero da Bahia. Além de requalifi-car a Sala Principal, a Sala do Coro, a Concha Acústica e construir um estacionamento com capacidade para 300 veículos, a iniciativa prevê a criação do Centro de referência em Engenharia do Espetáculo e de uma Sala Sinfônica. Outra importante pretensão do Novo TCA é a inte-gração entre os novos espaços e as diversas atividades, promovendo a articulação entre servidores, visitantes e frequentadores.

Com duração prevista de 12 meses, a primeira etapa conta com re-cursos do Governo Estadual e também do Governo Federal, através do MinC. O Novo TCA visa consolidar o espaço como um dos maiores complexos culturais do Brasil. As obras serão executadas pela empre-sa baiana Axxo Construtora, vencedora da licitação promovida pela Superintendência de Construções Administrativas da Bahia e pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia.

Acer

vo TC

A

Projeto Novo TCA

Page 14: Bahia: Terra da Cultura

14

O projeto de requalificação e ampliação é resultado do Concurso Público Nacional de Anteprojetos Arqui-tetônicos para requalificação e Ampliação do Com-plexo TCA, realizado nos anos de 2009 e 2010. “Este projeto arquitetônico viabilizará de forma eficiente, plástica e exequível a concretização dessa visão ino-vadora”, afirma o diretor do TCA, Moacyr Gramacho.

Serão contempladas, inicialmente, ações como a requalificação técnica da Concha Acústica, além da construção do estacionamento. Também será cons-truída a Casa de Máquinas que garantirá melhores condições para a central elétrica, os sistemas de ar condicionado, gás e demais instalações. As etapas seguintes incluem um novo espaço, com 600 luga-res, para abrigar a Sala Sinfônica, que deve ofere-cer qualidade acústica de padrão internacional.

Entre os principais desafios, está a execução das obras com o mínimo impacto sobre a pauta de eventos e atividades, além da manutenção do as-pecto histórico do prédio.

COrAGEM DE MULhEr - Não há dúvidas de que o Teatro Castro Alves é uma referência nacional tanto na área artística e cultural, como no seu arrojado projeto arquitetônico. Sua inauguração em julho de 1958 foi adiada por conta de um incêndio que des-truiu boa parte de sua estrutura, e aconteceu apenas em 1967. Durante a reconstrução, a arquiteta Lina Bo Bardi, com uma atitude ousada e inovadora, sub-verteu a lógica de ocupação do Teatro, fazendo das ruínas da Sala Principal o cenário da renomada ópe-ra dos Três Tostões, dirigida por Martim Gonçalves, baseada na obra de Bertold Brecht.

Acer

vo TC

A

Sala Sinfônica

INSTITUCIONALIDADE CULTUrAL

Page 15: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

15

Inspirado neste episódio, que aliou criatividade, coragem e superação, o Teatro Castro Alves, em conjunto com a Fundação Cultural do Esta-do da Bahia, lançou a Edição Especial 2013 do Edital TCA.Núcleo “Em Construção” - Uma homenagem à Lina Bo Bardi. O propósito é consolidar uma estratégia de ocupações e intervenções artísticas que serão realizadas durante as obras da primeira fase de requa-lificação e modernização.

Neste contexto, a ocupação do Complexo exigiu criatividade e sensibi-lidade para o uso dos seus espaços durante a reforma. Atenta a estes critérios, a companhia teatral selecionada para receber o prêmio de r$ 300 mil foi o Núcleo Afro-Brasileiro de Teatro de Alagoinhas (NATA), com o projeto Exu Silê Oná, que tem a direção de Fernanda Júlia.

Acer

vo TC

A

Sala Principal do TCA

Page 16: Bahia: Terra da Cultura

16

ANTES DE TUDO UM FOrTE

A maior fortificação da Bahia tem as obras de sua etapa inicial concluídas em dezembro de 2013. A entrega do Forte do Barbalho, após a intervenção emer-gencial, é alvo de investimento de r$ 1,2 milhão do Tesouro Estadual. Conhe-cida também como Forte de Nossa Senhora do Monte do Carmo, a edificação não recebia reparos e manutenção há décadas. “A estrutura do Forte estava instável e precisávamos fazer a intervenção”, explica o diretor geral do Institu-to do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), Frederico Mendonça. Após a conclusão das obras, serão promovidas ações de ocupação via SecultBA.

O Forte do Barbalho surgiu como trincheira contra as investidas dos invasores holandeses no século XVII, em 1638, e é tombado pelo Iphan/MinC como Patri-mônio do Brasil desde 1957. Trata-se de uma propriedade do Governo Federal, administrada pela SecultBA. A intervenção teve o aval do Instituto do Patrimô-nio histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Ministério da Cultura e está sendo coordenada pelo IPAC/SecultBA.

Forte do Barbalho

INSTITUCIONALIDADE CULTUrAL

Page 17: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

17

NOVOS ABrIGOS PArA SONhOS ANTIGOS

quem nunca foi a espaços como o Centro Cultural de Plataforma, no su-búrbio ferroviário, não faz ideia da importância de locais como este para o circuito alternativo de Salvador. Trata-se de um palco de atividades sócio-educacionais, além de abrigar trabalhos gerados a partir de de-mandas da população local.

Com perfil semelhante, este e outros 17 espaços culturais localizados em 13 municípios baianos são alvo de investimentos de requalificação.

Com perfil semelhante, estes e outros 17 espaços culturais localizados em 13 municípios baianos são alvo de investimentos de requalificação. Administrados pela SecultBA, através da Diretoria de Espaços Culturais (DEC), casas e centros de cultura, teatros e cines-teatros passam por reformas. A ideia é melhorar as instalações e equipar os prédios que funcionam como espaços de produção e difusão culturais.

Em Juazeiro, Itabuna, Valença e Vitória da Conquista, por exemplo, eles se destacam por atrair um grande público.“Manter o bom funcionamen-to dos espaços culturais requer não só uma programação regular, mas também boas instalações físicas”, afirma Giuliana Kauark, diretora da DEC, em referência aos mais de r$ 2,3 milhões investidos em reforma e requalificação entre 2011 e 2012.

Foram contemplados por esse montante o Centro de Cultura Amélio Amorim, em Feira de Santana; o Centro de Cultura Adonias Filho, em Ita-buna; a Casa da Cultura, em Mutuípe; o Espaço Xisto Bahia e o Espaço Cultural Alagados, na capital. “Também foram realizadas manutenções das instalações elétricas em dez espaços culturais e a contratação de serviços de manutenção periódica atendendo a todas as unidades”, completa Giuliana.

reinaugurado em maio deste ano, o Centro de Cultura Amélio Amorim foi beneficiado com recursos que ultrapassaram r$ 1 milhão. Além dis-so, o Complexo Carro de Boi, composto pelo antigo restaurante e pela Boate Jerimum, equipamentos localizados na área do Centro de Cultura Amélio Amorim, tiveram suas estruturas escoradas, enquanto se elabo-ra o projeto para a sua recuperação. Em Itabuna, foi iniciada em setem-bro de 2013 uma reforma geral no valor de cerca de r$ 1 milhão, que deve ser concluída em 2014.

Acer

vo IP

AC

Page 18: Bahia: Terra da Cultura

18

ArqUIVO VIVO NA qUINTA DO TANqUE

quem costuma consultar o acervo do Arqui-vo Público do Estado da Bahia (Apeb) no prédio erguido pelos jesuítas na Baixa de quintas no século XVI estranha as obras. Mas deverá ficar satisfeito com o resultado da modernização do espaço realizada pelo governo estadual. Com investimentos de r$ 2 milhões, a SecultBA realiza a primeira intervenção no imóvel da quinta do Tanque desde que o Apeb foi transferido da Aveni-da Carlos Gomes para lá em 1980.

Segunda mais importante instituição ar-quivística pública do País, o Apeb regis-trou, em 2012, mais de três mil atendi-mentos aos cidadãos e à administração pública. As obras no prédio, tombado pelo Iphan, em 1949, não interromperam o trabalho do Arquivo Público. O atendi-mento ao público foi mantido, mesmo de forma limitada.

“Diferentemente de outras cidades, que fecham os arquivos públicos por longos períodos de reforma, nós optamos em manter o atendimento, mesmo com limi-tações temporárias, por entender a mag-nitude do papel social do Arquivo Público para o cidadão, na comprovação de di-reitos e no resgate da memória”, explica Fátima Fróes, diretora-geral da Fundação Pedro Calmon, órgão responsável pela co-ordenação do Apeb.

A manutenção do funcionamento é reco-nhecida como benéfica pelos usuários. “Temos que aprender a conviver com problemas. Fechar o Arquivo, mesmo que

Asco

m F

PC

Documentos arquivados no Arquivo Público do Estado da Bahia

INSTITUCIONALIDADE CULTUrAL

Page 19: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

19

temporariamente, seria uma perda muito grande para a comunidade acadêmica”, afirma Daniele Santos, doutoranda e pes-quisadora sobre escravidão e tráfico na Bahia. “Nós recebemos incentivos de ins-tituições financiadoras, como a Capes e o CNPq, e temos um tempo determinado para a conclusão dos trabalhos, reformas possuem prazos elásticos e isto atrapa-lharia o desenrolar de nossos cursos e pesquisas”, completa.

No Arquivo, há documentos produzi-dos e acumulados no período colonial, quando Salvador foi capital do Brasil (1549-1763). Três conjuntos documen-tais pertencentes ao acervo do APEB/FPC/SecultBA foram nominados e registrados como Memória do Mundo pela Unesco: o “Tribunal da relação do Estado do Brasil e da Bahia (1652-1822)”, em 2008, os “registros de entrada de passageiros no porto de Salvador (Bahia): 1855-1964”, em 2010 e “Cartas régias”: 1648-1821, em 2013.

SErVIçO/ATENDIMENTO: O Arquivo Pú-blico funciona de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30, com serviços de consulta, reprodução de documentos e emissão de certidões, além de atendi-mento à distância ([email protected]) ao cidadão e aos órgãos da adminis-tração pública. há ainda visitas monito-radas para estudantes de ensino médio e universitário e a assistência técnica aos órgãos integrantes da administração pú-blica do Estado da Bahia ([email protected])

Asco

m F

PC

Asco

m F

PCAs

com

FPC

Restauração de documentos

Higienização de documentos

Acervo

Page 20: Bahia: Terra da Cultura

20

Sem eles, parte da história da Bahia estaria perdida. ruas, igrejas, praças, largos e até trilhas rupestres passaram por intervenções públicas voltadas à preservação. Da Chapada ao recôncavo, passando pelo Centro histórico de Salvador, prédios históricos e logradouros receberam investimen-tos do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), autarquia da SecultBA, que, entre 2011 e 2013, con-cluiu e devolveu à população importantes empreendimentos de restauração e conservação do patrimônio material. Além disso, manifestações culturais como o Bembé do Mercado e os ofícios de vaqueiro e de baiana de acarajé foram registra-dos como patrimônio imaterial pelo órgão estadual.

rUAS, IGrEJAS, PrAçAS, LArGOS E ATÉ TrILhAS rUPESTrES FOrAM rECUPErADAS PELA SECULTBA

Caminhos urbanos de preservação

Page 21: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

21

MEMórIA VIVA NO rECôNCAVO

Nem precisa ter uma aula de preservação de patrimô-nio histórico. Um rápido passeio pelo cenário de Ca-choeira e São Félix, típico do século XVIII, faz qualquer pessoa entender. O que o Programa Monumenta reali-za ali, via convênio entre o Governo da Bahia, através do IPAC, e o Instituto do Patrimônio histórico e Artístico Nacional (Iphan), é fundamental à memória histórica do Brasil. O antigo Cine-Teatro Glória, em Cachoeira, além dos casarões da rua Ana Néry e a urbanização da orla fluvial à beira do rio Paraguaçu, ilustram bem o resultado desta política de preservação.

As obras foram realizadas em convênio com a Funda-ção hansen Bahia, que constituiu a Unidade Executo-ra do Programa para as cidades de Lençóis, Cachoeira e São Félix. Também foram restaurados 80 imóveis, entre igrejas, conventos e outras edificações de im-portância histórico-arquitetônica. No total, de 2007 até 2012, foram investidos r$ 38 milhões, através do Programa Monumenta.

Das obras de restauração de elementos artísticos do IPAC, destacam-se os dois altares do século XVIII da Igreja Matriz de Bom Jesus de Piatã, cidade localiza-da a 572 km de Salvador, na região da Chapada Dia-mantina. A igreja está sob tombamento provisório pelo Estado e a atuação do IPAC/SecultBA foi realizada em parceria com a prefeitura e a paróquia locais.

Page 22: Bahia: Terra da Cultura

22

Na Lapa Doce, arqueólogos trabalharam na preservação

da trilha

2011: Porto Seguro, Valença e Alagoinhas.2012: Irecê, Jequié e Juazeiro.2013: Feira de Santana e Teixeira de Freitas

bom jesus da lapa

barreiras

santa maria da vitóriacorrentina

paratinga

são félix do coribe

são desidério

ibotirama

itapebi

eunápolisporto seguro

santa cruz cabrália

belmonte

nova viçosacaravelasalcobaçaprado

itamaraju

teixeira de freitas

nova redenção

wagneriraquara

lençóis

Vitória da conquista

alagoinhas

ilhéus

itaberba

barreiras

senhor do bonfim euclides da cunha

jequié

santa maria da vitória

cruz das almasseabra

teixeira de freitas

itapetinga

eunápolisporto seguro

santa cruz cabrália

nova viçosacaravelas

alcobaçaprado

valença

JACOBINA

paulo afonso

macaúbas

itamaraju

teixeira de freitas

BO-2012BO-2012

BO-2012

BO-2012

BO-2012

BO-2012

Caravana Circuitos Arqueológicos

Caravana Funceb itinerante I Caravana

Funceb itinerante IICaravana Funceb itinerante III

Caravana Oeste Baiano

Caravana Sul Baiano

INSTITUCIONALIDADE CULTUrAL

Page 23: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

23Pinturas rupestres em sitio arqueológico na Chapada

OUTrOS CAMINhOS NO PELô

Faz tempo que eles não são mais simples quintais de casas seculares. Mas guardam, no nome e na localização, papel fundamental na ocu-pação dos espaços no Centro histórico de Salvador. Os largos quincas Berro D´Água e Pedro Archanjo e a Praça Tereza Batista irão passar por um processo de requalificação. Com este objetivo, foi elaborado um projeto executivo assinado pelo Escritório Arthur Casas. A empresa foi escolhida mediante concurso nacional, com júri internacional e exter-no ao IPAC, realizado no início de 2012, em atuação conjunta com o Instituto dos Arquitetos do Brasil – Departamento da Bahia (IAB-BA).

O projeto de requalificação das praças e largos do Pelourinho foi clas-sificado por unanimidade de acordo com critérios de contextualiza-ção, relação dos largos com o ambiente, funcionalidade, fruição de espaços, circulação, visibilidade, acústica, além da viabilidade eco-nômica, social e tecnológica.

Por meio do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (ProdeturNE II), do Ministério do Turismo (Mtur), foi possível recuperar, entre outros, a Igreja do rosário dos Pretos, a Igreja e o Cemitério do Pilar. “O Prodetur NE II foi uma iniciativa do Ministério do Turismo que, através da Setur, investiu r$ 21,3 milhões nessas obras”, explica o diretor do IPAC, Frederico Mendonça.

Da etapa iniciada em 2013, está em andamento a restauração do Oratório da Cruz do Pascoal com investimento de r$ 250 mil, direta-mente do Tesouro Estadual. Em abril de 2012, foram finalizadas as restaurações da primeira etapa da Igreja e do Cemitério do Pilar e da Igreja de Nossa Senhora do rosário dos Pretos. As duas edificações são tombadas pelo Iphan.

Acer

vo IP

AC

Acer

vo IP

AC

Page 24: Bahia: Terra da Cultura

24

PAtrimônio mAteriAl:

EDIFíCIO DA ASSOCIAçãO DOS EMPrEGADOS NO COMÉrCIO DA BAhIA (SALVADOr)

Localizado na esquina da rua Chile com a rua do Tira Chapéu, ao lado da Câmara Municipal de Salvador, foi tombado em 2011. O prédio é um dos mais suntuosos dentre os ecléticos na capital baia-na, com projeto do arquiteto italiano rossi Baptista.

USINA CINCO rIOS (SãO SEBASTIãO DO PASSÉ)

hoje, em ruínas, está localizada no Distrito de Maracangalha, mu-nicípio de São Sebastião do Passé, a 70 km de Salvador. Fundada nos moldes industriais em 1912, toma emprestado o nome do En-genho Maracangalha, do século 16, que começou a ser construído em 1757 e remonta ao início da colonização portuguesa na região. O equipamento já está desativado, mas é considerado de grande valor histórico e cultural. Trata-se do terceiro monumento industrial vinculado à produção açucareira baiana a ser tombado pelo Estado, em 2011. Antes, foram tombados o Engenho de Baixo, em Aratuípe, e o de Cajaíba, em São Francisco do Conde.

IGrEJA PrESBITErIANA / GrACE MEMOrIAL hOSPITAL INSTITUTO PONTE NOVA (WAGNEr)

Construídas a partir de 1916, com a chegada do médico cirurgião nor-te-americano Walter Wood e sua esposa, a enfermeira Grace Wood, na Cidade de Wagner. Inclui ambulatório, farmácia, igreja e o Memorial, pri-meiro hospital da Chapada Diamantina. Em 1931, foi criada a primeira Escola Superior de Enfermagem da Bahia e, em 1939, concluído o com-plexo educacional, com auditório posterior de 1964. Simples e austeros, os edifícios têm características que se aproximam do estilo Georgian ou Colonial Americano, tributário do neoclassicismo.

Page 25: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

25

INSTITUTO GEOGrÁFICO E hISTórICO DA BAhIA (SALVADOr)

Criada em 1894, é considerada uma das mais importantes institui-ções que guardam a memória do nosso estado, com acervo de 40 mil livros, documentos e móveis antigos, retratos e pertences de personalidades baianas, peças do Cortejo 2 de Julho, entre outras relíquias históricas. O prédio do IGhB é um dos últimos remanescen-tes da construção eclética, dominante na arquitetura e nos planos de reurbanização de algumas das grandes cidades brasileiras até o início do século 20, que valorizava elementos ornamentais de lingua-gem clássica.

POçO DE PETróLEO C-1 (CANDEIAS)

Situado no recôncavo Baiano, o Poço de Petróleo C-1 foi localizado em 1941, sendo o primeiro de exploração comercial no país. Trata-se de um marco referencial da história da prospecção de petróleo no Brasil, do desenvolvimento econômico nacional, do debate público sobre o petróleo na sociedade brasileira e da evolução do conheci-mento geológico no país.

TErrEIrO ILê ASIPÁ (SALVADOr)

Fundado em 1980, por Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi, o Ilê Asipá ocupa área de cinco mil metros quadrados, destinada ao culto religioso do candomblé. É uma reserva verde no bairro de Pia-tã, que contrasta com grandes trechos já ocupados por prédios e com a aridez da terra que provavelmente receberá novas edificações.

Page 26: Bahia: Terra da Cultura

26

IGrEJA MATrIz DO SENhOr DA ASCENSãO EM MIrANDELA (BANzAê)

A construção desta igreja teria sido iniciada em 1701. Ela está ligada às origens do assentamento jesuítico de Saco dos Morcegos, funda-do na segunda metade do século XVII. O edifício está localizado em terra Kiriri, e a notificação de tombamento provisório foi realizada por solicitação conjunta da comunidade indígena e da prefeitura de Banzaê no dia 17 de outubro de 2013.

OFíCIO DE VAqUEIrO

A Bahia foi o primeiro estado a registrar o ofício de Vaqueiro, graças às pesquisas e dossiê do IPAC. O ‘Ofício dos Vaqueiros’ foi instituído como bem imaterial inscrito no Livro de registros Especiais dos Sa-beres e Modos de Fazer do Estado da Bahia, por meio do Decreto nº 13.150, de 10 de agosto de 2011. Vestimentas, maneiras de cantar e falar, habitar, trabalhar e lidar com o gado são algumas das carac-terísticas mais marcantes desse ofício.

CAPELA SENhOrA SANTANA DO MIrADOUrO (XIqUE-XIqUE)

Não se sabe ao certo o ano de construção da capela, mas é inquestio-nável sua importância para a ocupação das terras ribeirinhas.

PAtrimônio imAteriAl:

Page 27: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

27

BEMBÉ DO MErCADO

A Festa do Bembé teve início em 13 de maio de 1889, um ano após a abolição da escravatura no Brasil. Naquele dia, os negros de San-to Amaro da Purificação resolveram festejar a liberdade, quando convidaram a comunidade de candomblés da região para fazer um louvor aos orixás. O festejo durou três dias com apresentação de maculelê, capoeira e samba de roda. A festa acontece todos os anos no mês de maio, no município de Santo Amaro da Purifica-ção, no recôncavo Baiano.

OFíCIO DAS BAIANAS DE ACArAJÉ

Amplamente disseminada na Cidade de Salvador, a prática tradicio-nal de produção e venda em tabuleiro das chamadas comidas de baiana, feitas com azeite de dendê e ligadas ao culto dos orixás, foi reconhecida como bem imaterial do estado em 2012. Trata-se de uma prática cultural de longa continuidade histórica, reiterada no cotidiano dos ritos do candomblé e constituinte de forte fator de identidade na cidade de Salvador e outras localidades baianas.

TErrEIrOS DE CANDOMBLÉ DE CAChOEIrA E SãO FÉLIX

Em 31 de Janeiro de 2012, foi aberto processo para o registro espe-cial de onze Terreiros de Candomblé, localizados em Cachoeira e São Félix, como “Espaços destinados a Práticas Culturais Coletivas”. Os terreiros foram selecionados a partir de um inventário inicial promovi-do pelo antropólogo Vilson Caetano de Souza Júnior, abrangendo es-paços sagrados tradicionais do recôncavo, fundados entre a segunda metade do século XIX e 1986. São eles: raiz de Ayrá, da Cajá, Ilê Axé Ogunjá e Aganjú Didê, em São Félix, e Viva Deus, Lobanekun, Loba-nekun Filha, Ogodô Dey, Ilê Axé Itayle, Dendezeiro Incossi Mukumbi e humpame Ayono huntologi, em Cachoeira.

Page 28: Bahia: Terra da Cultura

28

MAIS DE 12 MIL BAIANOS PArTICIPAM DE CUrSOS E PrOGrAMAS DE FOrMAçãO E qUALIFICAçãO PrOFISSIONAL EM CULTUrA

outras palavras

Prioridade da gestão no período 2011-2014, a formação e a qualificação em cultura impulsionaram a criação da rede Estadual de Formação em Cultura e do Programa de Forma-ção e qualificação em Cultura da Bahia. Ambos foram ins-trumentos fundamentais para que mais de 12 mil pessoas participassem de cursos dos mais diversos setores do cam-po cultural, a exemplo de elaboração de projetos, gestão e produção cultural, economia da cultura, organização de eventos, linguagens e expressões artísticas, moda, cultura digital e museologia. Em Salvador e em mais de cem municí-pios baianos, programas como o de qualificação em Artes da Funceb, o qualicultura, o Pronatec, Trilhas das Artes e Jovens Multiplicadores abriram portas para que homens e mulheres de todo o estado se qualificassem para atuar nas mais diver-sas áreas do campo cultural.

“Se de fato queremos que a cultura seja um elemento de desenvolvimento, é fundamental que a educação seja o tempo inteiro associada a ela”, afirma o secretário de Cultu-ra, Albino rubim. Sob esta perspectiva, foi criada em 2011 uma rede Estadual de Formação em Cultura, com o objetivo de articular a interlocução entre instituições e estimular as parcerias necessárias ao avanço no setor de qualificação da cultura no estado. Integram a rede representantes das uni-versidades públicas, dos Institutos Federais de Ensino loca-

Page 29: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

29

lizados na Bahia, organizações da sociedade civil dedica-das à cultura e educação, entidades do sistema S, além de representantes do Ministério da Cultura e secretarias estaduais de Educação, Trabalho, Emprego e renda, e Casa Civil, além da SecultBA.

FOrMAçãO EM ArTES – Por meio do Centro de Formação em Artes (CFA) da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), mais de 2 mil adolescentes e jovens tiveram a oportunidade de iniciar ou se qualificar nas áreas de mú-sica, dramaturgia, dança, artes visuais e literatura. Criado em 2011, o CFA vem ampliando as oportunidades de for-mação no setor, prioritariamente no âmbito da qualifica-ção técnica profissional, em sintonia com a política de Edu-cação Profissional do Ministério da Educação e espelhado na expertise da Escola de Dança da Funceb. Alinhado ao Programa Estadual Pacto Pela Vida, o CFA também desen-volve ações através de Núcleos de Dança e de Música nas comunidades dos bairros do Nordeste de Amaralina, no Alto das Pombas e na Casa da Música, em Itapuã.

Outro braço do trabalho, o Programa de qualificação em Música passou a ser uma ação regular anual do CFA. Em 2012, as 240 vagas disponibilizadas despertaram grande interesse. Com apenas três meses de intenso trabalho, os alunos da turma do Núcleo de Formação Musical com En-foque na Música da Bahia, coordenado por Letieres Leite, realizaram sua primeira apresentação. há ainda os cursos especiais de harmonia e instrumentação, orquestração e arranjo, coordenados por Bira Marques. A sede do Centro, inaugurada em setembro de 2012, ocupa o antigo pré-dio do Seminário São Dâmaso, construção tombada pelo Iphan localizada no Pelourinho.

Page 30: Bahia: Terra da Cultura

30

Acer

vo S

ecul

tBA

Além dos cursos concentrados na capital, as atividades de qualificação e formação também ocorrem em municípios como Fei-ra de Santana, Guanambi, Irecê, Jequié e Teixeira de Freitas e Juazeiro, entre outros. Trata-se do Programa de qualificação em Artes, iniciado em 2012, quando foram oferecidos cursos em quatro linguagens para doze cidades. Em 2013, o programa inclui 15 cidades de diferentes territórios de identidade da Bahia. As 20 turmas abordarão as diversas linguagens artís-ticas, totalizando 495 profissionais das artes da Bahia contemplados pela ação.

PrOFISSIONALISMO EM ArTE DrAMÁTICA O Centro Técnico do Teatro Castro Alves re-alizou, em 2011, o primeiro curso profis-sionalizante Tecnologias em Arte Dramáti-ca, criado a partir do convênio firmado em 2010 entre a Funceb e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), beneficiando 96 profissio-nais. Em 2012, o espaço abrigou cerca de sete oficinas técnicas, que beneficiaram 134 participantes e outras três oficinas técnicas do projeto TCA.Núcleo, com o to-tal de 75 alunos. Além disso, sediou como

INSTITUCIONALIDADE CULTUrAL

Page 31: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

31

Alunos em processo de formação e qualificação em Cultura

Acer

vo S

ecul

tBA

apoiador os projetos Criativos Dissonantes com cin-co laboratórios criativos nas áreas de moda e figuri-no, atingindo ao total 125 participantes.

Como uma das principais ações de 2013 no processo de implantação e fortalecimento de um Centro de re-ferência em Engenharia do Espetáculo Teatral, o Cen-tro Técnico propõe uma série de 16 oficinas técnicas nas áreas pertinentes à engenharia do espetáculo – cenografia, figurino, adereçaria cênica, sonoriza-ção e iluminação – através do Programa de Oficinas Técnicas 2013, realizadas entre abril e novembro de 2013. Os investimentos somados chegaram a r$ 98 mil e beneficiaram cerca de 320 profissionais.

Superintendente de Promoção Cultura, Carlos Paiva apresenta Seminário Bahia Criativa, dentro do programa de Formação e Qualificação em Cultura

Page 32: Bahia: Terra da Cultura

32

ProgrAmASqUALICULTUrA – Com foco no fortalecimento dos seto-res da economia criativa, o Projeto qualicultura é uma parceria da SecultBA com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Implantado em junho de 2012, promove capacitações e orientações sobre os setores criativos como música, gastronomia, design, cultura digital, moda, publicidade, artes cênicas, artes visuais, culturas populares, mercado editorial, arqui-tetura, audiovisual e jogos eletrônicos, entre outros. Um escritório instalado no Pelourinho dá suporte às atividades do qualicultura realizadas em Salvador. Em um ano, o projeto - voltado para gestores culturais, empreendedores criativos, artistas, produtores e orga-nizações não governamentais - capacitou mais de 2,4 mil pessoas em diversas oficinas na área da Economia da Criativa.

PrONATEC – Setecentas vagas para cursos profissionali-zantes gratuitos em áreas ligadas às artes e à cultura. O Pronatec ofereceu, em junho de 2013, 26 cursos gratui-tos, em áreas como fotografia, desenho de moda, organi-zação e recepção de eventos, iluminação cênica, inglês e espanhol. Trata-se de uma parceria firmada entre o MinC, o MEC, a SecultBA e a SEC. As aulas foram ministradas no Senac-Aquidabã, Senac-Camaçari e em três espaços cultu-rais administrados pela SecultBA. Em 2014, os campos de atuação serão expandidos e haverá 1.250 vagas, quase o dobro do ano anterior. Os cursos foram ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), pelo Ifba e pela SEC, em parceria com a Escola de Dança da Fun-ceb. Serão oferecidas aulas para a formação de auxiliar de biblioteca, cantor, discjóquei, operador de áudio, editor de vídeo, entre outros, em um total de 50 cursos em Salvador e mais 15 municípios.

Com o propósito de estabelecer uma formação inicial e continuada para artistas, técnicos, ges-tores e produtores que atuam no campo da cul-tura e mesmo para o público mais amplo, desta-cam-se iniciativas como a abertura de vagas do campo cultural no Programa Nacional de Ensino Técnico e Profissionalizante (Pronatec), o quali-cultura, que tem como foco a economia criativa, e o Trilha das Artes.

Page 33: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

33

TrILhAS – Iniciado em 2012, o Na Trilha das Artes contribui para a qualificação e elevação do nível de escolaridade. Além disso, promove a geração de ren-da e o protagonismo juvenil por meio da cultura e da arte. O público alvo é formado por jovens de 16 a 29 anos, em situação de desemprego involuntário, cujas famílias estão cadastradas no Programa Bolsa Família do Governo Federal. Trata-se de uma articu-lação entre a SecultBA, a Secretaria de Trabalho Em-prego e renda (SETrE) e a coordenação de Juventude da Secretaria de relações Institucionais (SErIN), que inseriu a área cultural no Programa Estadual de In-serção de Jovens no Mundo do Trabalho, o Trilhas, criado pelo Governo da Bahia, em 2008.

Em novembro de 2012, o programa certificou 500 jo-vens de sete municípios (Salvador, Valença, Jequié, Vitória da Conquista, Porto Seguro, Itabuna e Ilhéus) que participaram de 11 cursos, a exemplo de Agente Cultural e Animador Cultural, Culturas Digitais e Mo-bilização de redes Sociais, Introdução à Produção Cultural, Vídeo, Fotografia e Cenotecnia, entre ou-tros. A segunda etapa do projeto, iniciada em agosto de 2013, está promovendo a capacitação de mais 500 jovens, através da oferta de 25 cursos em nove cidades da Bahia.

Page 34: Bahia: Terra da Cultura

34

DIÁLOGO PAUTA POLíTICA PúBLICA E CONSOLIDA NOVO PErFIL DE GESTãO DO SETOr NA BAhIA

a Cultura que queremos

Um olhar mais conservador haveria de se espantar. Mas quem está habituado à gestão colegiada, não. Diálogo é a palavra que resume as ações de fortalecimento da institucio-nalidade da área cultural na Bahia. Conferências estaduais, consultas públicas para alterar leis e um plano estadual de cultura, tudo construído a partir de troca de informação, par-ticipação,. conversação e negociação. Atendendo a deman-das, debates e pautas construídos em conjunto com a socie-dade, principalmente através das Conferências Estaduais de Cultura, as ações de fortalecimento da institucionalidade da área cultural na Bahia ganham cada vez mais evidência.

Um exemplo é a aprovação da Lei nº 12.365/2011, a Lei Or-gânica da Cultura, que regulamenta, entre outros aspectos, o Plano Estadual de Cultura, o Sistema Estadual de Cultura e o Conselho de Cultura do Estado da Bahia. O Plano Estadual de Cultura propõe o alinhamento com o Plano Nacional de Cultura, previsto para 10 anos, garantindo assim a constru-ção de políticas públicas de Estado de longo prazo. O Siste-ma Estadual de Cultura, por sua vez, visa criar mecanismos que promovam uma maior articulação entre os governos municipais, estadual e federal e facilitar a execução de pro-

Page 35: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

35

jetos conjuntos e o repasse de recursos. quanto ao Conselho Esta-dual de Cultura, a Lei dispõe, entre outros aspectos, que a indicação dos conselheiros da sociedade civil seja feita por meio de eleição, atendendo a critérios que contemplem setores e territórios culturais, de forma a garantir uma maior diversidade em sua composição e sua efetiva estadualização.

Outras importantes conquistas foram a construção e realização de consultas públicas sobre o Plano Estadual do Livro e Leitura (PELL) e sobre a alteração na lei do Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA) e do FazCultura, mecanismos de fomento cultural. Também merece destaque a construção do Plano Estadual de Cultura, princi-pal objetivo da IV Conferência de Cultura, realizada em 2011.

A IV Conferência Estadual de Cultura reuniu gestores e artistas emVitória da Conquista

Acervo SecultBA

Page 36: Bahia: Terra da Cultura

36

INSTITUCIONALIDADE CULTUrAL

CONSULTAS PúBLICAS

A realização de consultas públicas permite intensificar a articulação entre governo e sociedade, através da participação na formulação, reelaboração e definição de políticas públicas.

Sob essa perspectiva, a SecultBA abriu consulta públi-ca, entre março e maio de 2013, para a reformulação da legislação do Fundo de Cultura (FCBA). Um dos ob-jetivos é assegurar, em lei, os procedimentos democrá-ticos e republicanos que hoje são realizados no Fundo de Cultura da Bahia.

Para Carlos Paiva, superintendente de Promoção Cul-tural, a nova proposta atualiza e incorpora demandas da sociedade à política de fomento e financiamento à cultura. “Avançamos nos últimos anos na simplifica-ção e aperfeiçoamento do FCBA, porém muitas das demandas de mudança solicitadas diziam respeito a dispositivos da Lei. Esta é a oportunidade de equacio-narmos estas demandas”, completa.

Também a minuta do Plano Estadual do Livro e Leitura do Estado da Bahia (PELL-BA) foi disponibilizada para consulta pública através do site da Secretaria de Cultu-ra, possibilitando a sua avaliação pela sociedade. Cria-do a partir de três eixos temáticos – democratização do acesso, valorização da leitura como prática social e desenvolvimento da economia do livro, o plano tem como propósito reunir objetivos, estratégias e ações que devem orientar as iniciativas públicas no setor nos próximos dez anos. Além disso, como forma de-mocrática de construção das políticas culturais, a Se-cultBA - submeteu para consulta pública uma versão inicial do texto do Plano Estadual de Cultura do estado. A intenção foi fazer com que a sociedade civil contri-buísse com a definição do texto final e legitimasse o documento. O Plano define as prioridades que são consideradas como condutoras da política cultural do Estado em um prazo de dez anos. Nele são reunidas diretrizes, estratégias e ações que perpassam por di-versas áreas.

CONFErêNCIAS DE CULTUrA, UM ESPAçO DE INTErCâMBIO

Outro importante mecanismo de participação são as Conferências Estaduais de Cultura, espa-ços de diálogo entre a sociedade civil e o poder público. Sua realização no estado, em quatro etapas – Conferências Municipais, Territoriais, Setoriais e Estadual – integra poderes públicos e sociedade civil em níveis municipal, territorial e estadual, e acontece de dois em dois anos, envolvendo todas as unidades da Secretaria de Cultura em sua construção.

Em 2013, a Bahia realizou a V Conferência Es-tadual de Cultura, entre os meses de junho e outubro nos 27 Territórios de Identidade, com o tema “Uma política de Estado para a cultu-ra: desafios do Sistema Estadual de Cultura”. O objetivo principal foi reunir a comunidade cultural para debater as políticas públicas de cultura em desenvolvimento no estado. As três primeiras etapas da Conferência ocorreram de junho a setembro. O balanço final revela que 39 mil pessoas, de 358 municípios baianos, partici-param de todas as etapas para sua realização. A última etapa da Conferência, e sua culminância, aconteceu nos dias 12 e 13 de outubro, na Ci-dade do Saber, em Camaçari. Na ocasião, foram eleitos os 20 membros (10 titulares e 10 suplen-tes) que representarão os Territórios de Identida-de no Conselho Estadual. Tiveram direito a votar os delegados natos, municipais e os territoriais, todos eleitos após as conferências de cultura re-alizadas ao longo do ano. Após a nomeação de todos os conselheiros, o órgão passará a ter 30 titulares e 30 suplentes.

A V Conferência também estabeleceu marcos: o secretário de Articulação Institucional do MinC, Bernardo Mata-Machado afirmou durante a mesa de abertura que “a Bahia foi o único esta-do que cumpriu todo o roteiro de conferências proposto pelo MinC”. Por ser um momento de

Page 37: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

37

construção compartilhada das políticas públicas, Mata-Machado ainda enfatizou que “entre os componentes do sistema estão as conferências. Foi devido à Cultura, que, pela primeira vez entrou na constituição esse termo ‘conferência’”.

O diferencial deste ano, na V Conferência, foi o caráter devolutivo do proces-so, já que foram apresentadas as ações, programas e projetos realizados pela Secretaria de Cultura, a partir das demandas da sociedade apresenta-das nas conferências anteriores. “É um momento de prestação de contas à sociedade. retomamos as ações propostas na IV Conferência e a atuação do Estado a partir delas”, completa Sandro Magalhães, diretor de Territorializa-ção da Cultura da SecultBA. A IV Conferência Estadual de Cultura foi realizada em dezembro de 2011, na cidade de Vitória da Conquista.

V Conferência Estadual de Cultura da Bahia - Camaçari

Acer

vo S

ecul

tBA

Page 38: Bahia: Terra da Cultura

38

São muitos os sotaques que confi-guram a cultura baiana: afro-brasi-leiro, do sertão, dos povos originá-

rios, entre tantos. Uma das diretrizes da SecultBA é ampliar os diálogos intercul-turais entre esses estoques e fluxos cul-turais, os sotaques brasileiros e outras culturas do mundo, em especial latino-americanas e africanas. Sem os diálo-gos interculturais não existe a possibili-dade de desenvolvimento da cultura, já que ela é resultado das conversações e trocas culturais.

Esta perspectiva é vital para superar a monocultura da baianidade que, por muitas décadas, animava as políticas culturais no estado. Agora, a baianida-de é imaginada como complexa e com-posta de múltiplos estoques e fluxos culturais. Uma identidade produzida pela diversidade, que constitui a Bahia.

crItIca para que te queroPrOGrAMA ESTADUAL INVESTE NA FOrMAçãO

DE NOVOS CríTICOS BAIANOS

36

Page 39: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

39

Nas artes, não é tarefa fácil exercer a crítica. Mas ela é fundamental para fortalecer a cultura no estado. Por conta disto, a Bahia ganhou, em 2011, um Programa de Incentivo à Crítica de Artes, uma iniciativa da Fun-dação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) voltada a abertura de novos espaços de difusão da crítica de arte na Bahia. A primeira experiência deu origem ao perió-dico Cítrica, que reúne textos e ilustrações produzidos pela equipe da fundação, convidados e profissionais que participaram da Oficina de qualificação Crítica.

“A crítica é uma arte. E a arte se faz a partir dessa pers-pectiva crítica. Sem esse Cosme não poderá existir – a não ser como farsa – o companheiro Damião, a dupla que troca sempre de posição, continuamente, procedi-mento sem fim”, afirma o jornalista, crítico e curador de arte Marcelo rezende, diretor do Museu de Arte Mo-derna da Bahia (MAM-BA), em seu texto Uma crítica, uma arte, publicado na primeira edição do periódico.

A proposta é colaborar com a abertura de novos espa-ços de difusão da crítica de arte na Bahia e fazer com que o periódico se estruture como um projeto indepen-dente e auto-sustentável, com o objetivo de fortalecer o campo da crítica no estado. Com tiragem de 6 mil exem-plares, distribuídos gratuitamente, o Cítrica disponibi-liza o conteúdo em um blog, que pode ser acessado no endereço www.fundacaocultural.ba.gov.br/citrica.

O periódico integra o Programa de Incentivo à Crítica de Artes, com a finalidade de contribuir com essa pro-dução artístico-intelectual, cuja tradição, atividade, empregabilidade e reconhecimento são ainda pouco representativos na Bahia. A iniciativa busca aprimorar a crítica baiana e, com isso, contribuir para o desen-volvimento das artes produzidas no estado. Para tanto,

crItIca para que te queroPrOGrAMA ESTADUAL INVESTE NA FOrMAçãO

DE NOVOS CríTICOS BAIANOS

BAHIA: TERRA DA CULTURA

37

Page 40: Bahia: Terra da Cultura

40

investe em ações estruturantes que en-volvem formação, produção, criação e difusão do exercício da análise crítica nas áreas de Artes Visuais, Audiovisual, Circo, Dança, Literatura, Música e Teatro.

No seu primeiro ano, o Programa reali-zou duas ações: o I Seminário Baiano de Crítica de Artes, que reuniu profissionais de grande experiência na área de crítica cultural e crítica específica nas linguagens artísticas – entre eles, José Miguel Wisnik, Antônio Marcos Pereira e ruy Gardnier. Além do público que participou gratuita-

mente das atividades, o evento também teve transmissão online em tempo real pelo portal do Instituto de radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb). Mais de 8,7 mil visitas de internautas foram registra-das, contabilizando um total de mais de 30 mil visualizações de página.

CONCUrSO - Outra realização foi o Concur-so Estadual de Estímulo à Crítica de Artes, que premiou 20 autores de críticas entre 43 concorrentes. Foram mais de r$ 40 mil em premiações e os vencedores tiveram seus textos publicados através da Série

Acer

vo F

unce

b

Capa nº 1 da Cítrica

38

DIÁLOGOS INTErCULTUrAIS

Page 41: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

41

Crítica das Artes. Os resultados colaboraram com o aperfeiçoa-mento do programa e com a elaboração de projetos estruturan-tes a serem promovidos nesta área.

A iniciativa também foi avaliada a partir de reuniões internas, consultas a estudiosos da área e de um encontro onde esti-veram presentes representantes das Pós-Graduações em Artes (Artes Cênicas, Artes Visuais, Dança, Literatura e Música) da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

O II Seminário Baiano de Crítica de Artes, em 2012, contou com a participação de helena Katz, Ivana Bentes, Carlos Calado e Wagner Schwartz, diante de um público de cerca de 80 pessoas por dia e, mais uma vez, com transmissão ao vivo pelo portal do Irdeb. Na sequência, veio a Oficina de qualificação em Crí-tica, um processo formativo semipresencial com 30 alunos se-lecionados através de chamada pública e coordenação peda-gógica de Luiz Cláudio Cajaíba (UFBA). A oficina foi ministrada por Marcelo rezende. Além dos professores Cyntia Nogueira, da Universidade Federal do recôncavo (UFrB), e Luiz Fernando ramos, da Universidade de São Paulo (USP).

O Programa ainda lançou a Série Crítica das Artes, coleção de publicações com temáticas diversas, destinada a promover a difusão de conteúdo sobre o tema, resgatar produções de profissionais notórios e divulgar novos trabalhos. São três os livros já lançados: Leituras Possíveis nas Frestas do Cotidiano, que reúne críticas premiadas no Concurso Estadual de Estímu-lo à Crítica de Artes 2011, com organização de Milena Britto; Memória de uma Crítica Encantada, organizado por Nadja Mi-randa, que traz críticas teatrais escritas por Clodoaldo Lobo desde os anos 1980, conteúdo que expressa faces da história recente do Teatro da Bahia; e a segunda edição do Panorama do Cinema Baiano, de André Setaro. Além das versões impres-sas, os livros também estão disponíveis no site www.fundaca-ocultural.ba.gov.br/criticadeartes.

BAHIA: TERRA DA CULTURA

39

Page 42: Bahia: Terra da Cultura

42

AçõES PúBLICAS rECONDUzEM DIVErSIDADE DA CULTUrA POPULAr à PAUTA DOS GrANDES EVENTOS DA BAhIA

mapa da diversidade

Na Bahia, hoje, a diversidade deixou de ser apenas uma pa-lavra para ilustrar as incógnitas da realidade multicultural. Foi através do apoio às culturas populares e identitárias, uma das principais marcas da política da Secretaria de Cul-tura da Bahia (SecultBA), que o Estado conseguiu valorizar várias manifestações culturais. Por meio de ações como se-minários, conferências e encontros culturais, resultado dire-to da criação do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), a secretaria promoveu encontros e realizou editais específicos para o setor. O destaque vai para duas edições da Celebração das Culturas dos Sertões e do Encontro das Culturas Negras, além das Semanas da Cultura Popular, que reuniram 24 mil pessoas na capital e no interior. Os encon-tros tiveram a participação de pesquisadores, artistas, diri-gentes de instituições culturais e representantes do poder público de Salvador, Santo Amaro, Cachoeira, Juazeiro, Feira de Santana e de outros estados brasileiros e países.

Acer

vo S

ecul

tBA

40

Page 43: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

43

Acer

vo S

ecul

tBA

VErEDAS DOS GrANDES SErTõES

Sertanejo de verdade conhece o valor do legado musical de nomes como Gonzagão, Xangai e Elo-mar. No evento realizado na Bahia para celebrar a cultura dos sertões, Xangai e Elomar se uniram a Targino Gondim e outros músicos para prestar homenagens ao centenário do rei do Baião. A Celebração das Culturas dos Sertões teve início em 2012 com o concerto Baião de Nóis, realiza-do no Teatro Castro Alves, em Salvador. O objeti-vo? Além de festejar os 100 anos de Luiz Gonza-ga, valorizar, difundir e celebrar as culturas dos sertões e a sua importância para a formação da identidade e diversidade cultural baiana.

A programação, que seguiu para Feira de San-tana, contou com mesas redondas, encontro de estudos, lançamentos de livros, apresentações

musicais e feira de artesanato, com destaque para a aula-espetáculo do escritor e dramaturgo per-nambucano Ariano Suassuna. Ao final, 9 mil pes-soas participaram de 13 programações especiais e mais de 30 atividades artístico- culturais, todas com ampla repercussão na sociedade.

A segunda edição do projeto, realizada em maio de 2013, reuniu milhares de pessoas entre a abertura em Salvador e o fechamento em Jua-zeiro. Durante seis dias, o público conferiu uma programação artística diversa composta de 28 atividades divididas entre apresentações musi-cais, aula-espetáculo, mesas-redondas, debates, exposições, minicursos, oficinas, mostras, confe-rências, exibições de trabalhos acadêmicos, cor-tejo pelas ruas da cidade e lançamento de livros, além da presença, dentre outros, de Antônio Nó-brega e Antônio Torres.

Celebração das Culturas dos Sertões

41

Page 44: Bahia: Terra da Cultura

44

FESTA DA CULTUrA NEGrA

A cultura de matriz africana encontrou um espa-ço singular para seu desenvolvimento em terras baianas, em especial no recôncavo e em Salvador. homens e mulheres vindos de diversas nações afri-canas trouxeram hábitos, religião, música e dança que ajudaram a construir a cultura local. Nada mais natural que a SecultBA aproveitasse para realizar Encontro das Culturas Negras, um grande evento anual inteiramente dedicado à valorização, divulgação e ao intercâmbio das culturas negras das Américas e do mundo. O evento é realizado em Salvador, cidade que ganhou em 2011, no En-contro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes (Afro XXI), o título de capital ibe-ro-americana dos afrodescendentes.

O encontro foi um marco para o CCPI, trazendo para a Bahia importantes nomes nacionais e interna-cionais envolvidos com o tema das culturas e das diásporas negras. Mesas-redondas, plenárias, oficinas e apresentações artísticas, como shows, espetáculos de dança, teatro e exposições integra-

houve, ainda, uma maior articulação com o pro-cesso de territorialização da cultura, uma das dire-trizes da SecultBA, por intermédio do aumento da diversidade de manifestações populares no corte-jo. Falar da cultura dos sertões significa se referir a 80% do território da Bahia, que é semi-árido.

O espetáculo “Sertão da Gente”, conduzido pelo sanfoneiro Targino Gondim, lotou a sala principal do TCA na abertura do evento e encerrou a cele-bração de forma memorável na Concha Acústica do Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro, às margens do rio São Francisco. A apresentação ho-menageou o cantor, compositor e repentista Bule-Bule, pela sua importância e contribuição para a cultura sertaneja, e o cantor e compositor Domin-guinhos, herdeiro do velho Gonzagão, considera-do o sanfoneiro mais emblemático do Brasil.

Acer

vo S

ecul

tBA

Encontro de Culturas Negras

42

DIÁLOGOS INTErCULTUrAIS

Page 45: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

45

ram o evento entre 8 e 10 de novembro de 2012, em Salvador e Santo Amaro da Purificação.

TAMBOrES - Além de reunir cerca de 15 mil pessoas em 22 pro-gramações diversas, o encontro alcançou resultados concretos em intercâmbios e articulações. Exemplo disto foi a escolha do tema do carnaval do Pelô de 2013: “Carnavais Negros”, fruto das discussões entre representantes dos carnavais da Colômbia, Es-tados Unidos, Uruguai e Trinidad e Tobago. Destaque ainda para o Encontro de Tambores, reunindo pela primeira vez 150 per-cussionistas, músicos dos principais blocos afros de Salvador, regidos por Carlinhos Brown, para o show do Ilê Aiyê e Olodum, ambos no Terreiro de Jesus, no Pelourinho.

Em 2013, o II Encontro das Culturas Negras reuniu artistas do Brasil, Angola e Estados Unidos para celebrar o mês da Cons-ciência Negra. Espetáculos de música, teatro e dança, além de filmes, livros e debates movimentaram os palcos e espaços cul-turais de Salvador e de cidades do interior baiano em novembro. Entre os destaques, os shows da Banda hot 8 Brass Band, de Nova Orleans, e Margareth Menezes, com participação especial do cantor e compositor angolano Filipe Mukenga, e as apresenta-

Paul

o M

unho

z

BAHIA: TERRA DA CULTURA

43

Page 46: Bahia: Terra da Cultura

46

ções do Ilê Aiyê e do Olodum, além da Banda Maravilha, de Angola. A programação incluiu ainda espetáculos teatrais do Nata – Núcleo Afrobrasileiro de Teatro de Alagoinhas, vence-dor do TCA.Núcleo 2013, exibição de filmes como O Jardim das Folhas Sagradas e Dança das Cabaças – Exu no Brasil, e lançamento de livros, a exemplo da autobiografia de Valdina Pinto de Oliveira, a Makota Valdina.

Tai O

liver

Semana de Culturas Populares e Identitárias

44

DIÁLOGOS INTErCULTUrAIS

Page 47: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

47

CULTUrA POPULAr É NO PELô

Fomentar as variadas formas de expressão artística e cultural existentes entre os 417 municípios do estado da Bahia. É este o objetivo da Semana da Cultura Popular, realizada em 2011 e 2012 no Pelourinho. Na programação, toda gratuita, palestras, shows e concertos musicais, espetáculos de dança, teatro, fan-farras, apresentações de capoeira e exposições, além de ativida-des socioeducativas. Estiveram presentes escolas, instituições do Terceiro Setor, agentes sociais e culturais, pesquisadores, his-toriadores e crianças, jovens, adultos e idosos.

Tai O

liver

BAHIA: TERRA DA CULTURA

45

Page 48: Bahia: Terra da Cultura

48

BIBLIOTECA VIrTUAL PrESErVA DOCUMENTOS hISTórICOS E MANTÉM VIVA A MEMórIA DA BAhIA

memória online

Pouca gente sabe, mas já é possível acessar, em meio digi-tal, documentos raros da Guerra de Canudos ou da revolta dos Malês. E não é só isto. A Biblioteca Virtual Dois de Julho reúne todo o acervo digitalizado sobre a história da Bahia, entre documentos, artigos, livros, teses e dissertações. A consulta pode ser feita on line no www.bv2dejulho.ba.gov.br. Artigos, livros, teses e dissertações sobre episódios históri-cos da memória da Bahia estão reunidos na biblioteca, uma das ações desenvolvidas pela SecultBA, por meio Fundação Pedro Calmon (FPC) para unir a memória do estado com a sociedade contemporânea e as novas pesquisas acadêmicas que contribuem para a preservação e divulgação da história. Merecem destaque, além da biblioteca, o Centro de Memória da Bahia e o Centro de Documentação e Memória do Patrimô-nio Cultural da Bahia, onde o Instituto do Patrimônio Artísti-co e Cultural da Bahia (IPAC) disponibiliza um vasto acervo sobre o patrimônio cultural do estado.

46

Page 49: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

49

BIBLIOTECA VIrTUAL

Buscando inovar na produção e distribuição de conteúdo nas mídias digitais, a Biblioteca Virtu-al Dois de Julho, reúne passagens significativas da história da Bahia em acervo digitalizado e disponível para consulta on line. O acervo virtual é composto por fotos, vídeos e textos sobre as-suntos como Independência do Brasil na Bahia, a insurreição de escravos Malês, o trabalho de Edison Carneiro e a história de Canudos, entre outros. A maioria dos documentos foi publicada pela primeira vez nesta plataforma digital.

O portal conta com a contribuição de pesquisa-dores e a organização do corpo técnico de profis-sionais da biblioteca. “Para o pesquisador, a Bi-blioteca Virtual 2 de Julho é um importante meio,

por abrir esses acervos para o mundo inteiro, pro-porcionando para outras culturas o conhecimento da história da Bahia”, explica Cristina Santos, ex-diretora da Biblioteca - hoje dirigida por Ana Maria Amorim. O site recebe acessos de usuários de todos os continentes do mundo.

Juntamente com a história da Bahia, estão dis-poníveis documentos inéditos do acervo do Cen-tro de Memória da Bahia e do Arquivo Público do Estado da Bahia. A Biblioteca publica gratui-tamente informações enviadas pelos usuários, com o objetivo de fomentar a produção de co-nhecimento e agregar dados referentes à histó-ria da Bahia, disponíveis no site (www.bv2deju-lho.ba.gov.br).

BAHIA: TERRA DA CULTURA

47

Page 50: Bahia: Terra da Cultura

50

PArA JAMAIS ESqUECEr

Projetos que destacam marcos históricos integram as atividades da FPC e asseguram a participação das unidades em projetos especiais. Entre as ações destaca-se o Ano Jorge Amado, quando se comemo-rou os 100 anos de nascimento do mais popular escritor da Bahia e as celebrações dos centenários do pesquisador Edison Carneiro e do estadista Antônio Balbino.

A diretora do Centro de Memória da Bahia, Jacira Primo, reforça a necessidade de trabalhar com a memória nos espaços culturais. “É importante trazer a lume a memória e a história de personalidades que influíram de forma significativa na sociedade baiana e brasi-leira, modificando por vezes, a política e cultura de nosso país”, conclui Jacira.

Já o IPAC dispõe de milhares de fotografias – digitais e analógicas –, mapas, plantas de imóveis, projetos de restauração, dossiês de pes-quisas, estudos, livros e documentos técnicos produzidos ao longo de 46 anos de existência da autarquia sobre os patrimônios culturais da Bahia. Tudo está reunido no Centro de Documentação e Memória do Patrimônio Cultural, localizado em um casarão restaurado de es-tilo arquitetônico barroco-colonial, no número 29 da rua Gregório de Mattos, Pelourinho.

“Esta é a primeira vez que é organizado e disponibilizado o acervo completo do Instituto para pleno uso público”, afirma o diretor do IPAC, Frederico Mendonça. A abertura do Centro integra a requalifica-ção do quarteirão Cultural do Pelourinho, coordenada pelo Instituto. O quarteirão fica entre as ladeiras de São Miguel (rua Frei Vicente) e do Ferrão, e as ruas Gregório de Mattos (antiga Maciel de Baixo) e a Baixa dos Sapateiros. “Trata-se de um quarteirão funcional e multi-cultural já que oferece estacionamento de 240 vagas, com acesso a quatro museus e coleções de arte do estado, galeria de arte do Fer-rão, o Cine XIV do circuito Sala de Arte, o Teatro XVIII, a coordenação de restauração de Elementos Artísticos do IPAC, a biblioteca Manuel querino, o projeto de residência Artística da Fundação Cultural, o Escritório de referência do Centro Antigo, além de estúdios, lojas e comércios”, diz Mendonça. A Praça das Artes, na área interna do quarteirão, já ganhou serviços de impermeabilização, paisagismo e revisão das instalações elétricas. Em convênio com o Centro de re-

rafa

el M

artin

s

Bibliotecas Comunitárias

48

DIÁLOGOS INTErCULTUrAIS

Page 51: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

51

ferência Integral de Adolescentes (CrIA) e outras instituições, o IPAC desenvolverá ações de dina-mização da praça.

A biblioteca Manuel querino do IPAC, integrada ao centro, abriga 220 obras raras datadas dos séculos 18, 19 e 20, e é referência para as áreas de história, arquitetura, sociologia e antropolo-gia. O arquivo técnico dispõe de quase 4,7 mil documentos, entre plantas e cadastros arquite-tônicos, projetos complementares, mapas, cro-quis, esboços e levantamentos produzidos entre os anos de 1969 e 2007. Já o arquivo fotográfico dispõe de cerca de 130 mil imagens, em preto e branco e coloridas, produzidas pelos fotógrafos do IPAC e Secretaria de Comunicação, além de fil-mes, fitas cassetes, fotogramas, slides, reprodu-ções antigas e álbuns. Os próximos passos são a disponibilização virtual dos acervos, espaço ex-positivo, livros de tombo e registro, e uma lojinha onde serão comercializados os livros produzidos pelo Instituto.

BAHIA: TERRA DA CULTURA

PUBLICAçõES E

VIDEODOCUMENTÁrIOS DO IPAC

órgão referência no Brasil por ser uma das mais antigas instituições do país que desenvolvem políticas de proteção aos patrimônios culturais, o IPAC tem por obrigação regimental promover a produção técnica e científica com a qual trabalha, inclusive, com a publicação de livros, atendendo ainda ao Decreto Estadual nº 8.626/2003 que determina a promoção dos bens culturais. A partir 2010, essa produção aumenta com o lançamento das coleções Cadernos do IPAC e Apostilas Con-versando sobre Patrimônio.

Da série Cadernos do IPAC, já foram lançados tí-tulos sobre o Pano da Costa, Festa da Boa Mor-te, Carnaval de Maragojipe, Desfile de Afoxés, Festa de Santa Bárbara e Ofício de Vaqueiros. A coleção desperta interesse do público por causa da relevância dos temas apresentados e da rica iconografia. Na coleção ‘Conversando sobre Patri-mônio´, foram publicados ‘Salvaguarda do Patri-mônio Afro-brasileiro’, ‘Patrimônio e Festas Popu-lares’, ‘Patrimônio Material e Imaterial do Cortejo do 2 de Julho’, ‘Sistema Estadual de Patrimônio/ICMS Cultural’ e ‘Circuitos Arqueológicos da Cha-pada Diamantina’.

49

Page 52: Bahia: Terra da Cultura

52

Alguns dos vídeos educativos, institucionais ou incor-porados às campanhas do IPAC já alcançaram repercus-são internacional e foram exibidos pela TV Pública de Angola. O Instituto já produziu nove vídeos. Dentre os temas dos DVDs, estão o artista Eckenberger, a mostra comemorativa dos 40 anos do IPAC, os 90 anos do Mu-seu de Arte da Bahia (MAB), Duas Paisagens: Troca de Olhares sobre Cachoeira e São Félix, Projeto (Per)Cursos Patrimoniais (Centro histórico de Salvador, Cortejo Dois de Julho), entre outros.

Foram produzidos, ainda, integrando a série de publi-cações Cadernos do IPAC, os videodocumentários Fes-ta da Boa Morte, Carnaval de Maragojipe e Desfile de Afoxés. O Projeto Circuitos Arqueológicos da Chapada Diamantina, realizado graças à parceria entre a UFBA e SECULT/IPAC também foi tema de um documentário. Os vídeos têm duração média de 26 minutos, padrão utilizado pelas emissoras de TV brasileiras para a ca-tegoria documentários.

Todas essas publicações estão disponíveis no Centro de Documentação e Memória do IPAC e também para down-load gratuito no site do instituto (www.ipac.ba.gov.br). A ação é complementada pela IPAC TV, que coloca à dispo-sição entrevistas com especialistas sobre bens culturais materiais e imateriais, também no site do IPAC.

Projeto Circuitos Arqueológicos da Chapada Diamantina, realizado graças à parceria entre a UFBA e SECULT/IPAC também foi tema de um documentário. Os vídeos têm du-ração média de 26 minutos, padrão utilizado pelas emis-soras de TV brasileiras para a categoria documentários.

Todas essas publicações estão disponíveis no Centro de Documentação e Memória do IPAC e também para down-load gratuito no site do instituto (www.ipac.ba.gov.br). A ação é complementada pela IPAC TV (www.ipac.ba.gov.br), que coloca à disposição entrevistas com especialistas so-bre bens culturais materiais e imateriais.

Cadernos do Ipac - Acervo

50

DIÁLOGOS INTErCULTUrAIS

Page 53: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

53

BAHIA: TERRA DA CULTURA

51

Page 54: Bahia: Terra da Cultura

54

BALÉ DO TEATrO CASTrO ALVES INVESTE EM APrENDIzAGEM E GANhA PrOJEçãO NACIONAL E INTErNACIONAL

baila Comigo

Os mais jovens podem se espantar. Mas vigor físico não é tudo no Balé do Teatro Castro Alves (BTCA), companhia de dança oficial da Bahia. Bailarinos de até 60 anos têm desem-penho de destaque em espetáculos nos quais o que conta é a experiência profissional. Este é caso de ...Ou Isso, de Jomar Mesquisa e rodrigo de Castro, um dos espetáculos apresen-tados pela companhia na Bienal de Veneza em 2012. Sob a direção do ator e diretor paulista Jorge Vermelho, ganhou projeção nacional e internacional.

Como a única companhia brasileira convidada, realizou oito apresentações na Itália das montagens A quem Possa Inte-ressar, de henrique rodovalho, com a participação da canto-ra Badi Assad e 1POr1PrAUM, performance Jorge Vermelho e renata Melo. “Trata-se de um confessionário, onde o bai-larino e seu único público compartilham uma determinada emoção que ficará restrita e segredada aos dois”, descreve Vermelho, referindo-se ao 1POr1PrAUM. Em vez de aconte-cer no palco tradicional, o espetáculo é realizado em cabines individuais, onde cada artista - no total de 20 bailarinos-in-térpretes - recebe um espectador por vez, em solos que du-ram, em média, cinco minutos cada um. Apoiado no tripé formação/produção/circulação da dança, o BTCA tem garan-tido novas oportunidades de ação para o elenco e também uma maior proximidade com o público.

Isab

el G

ouve

ia

52

Page 55: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

55

Isab

el G

ouve

ia

BTCA - Espetáculo ...Ou Isso

53

Ainda em 2012, o BTCA levou as montagens do seu repertório para as cidades Santo Amaro, Camaçari e São Paulo. Em novembro, apresentou-se gratuitamente para o público de Ilhéus e Porto Seguro, totalizando 25 apresentações pelo interior. Ciente de seu importante papel para a difu-são da dança, o Balé intensificou a circulação dentro do estado da Bahia, realizando apresentações em Feira de Santana, Valença, Lençóis, Jequié, Santo Amaro da Purificação, Juazeiro, Vitória da Conquista, Ilhéus e Ala-goinhas. Nessas viagens, foram ministradas aulas e oficinas que integram o programa de circulação da Companhia, que em 2011 chegou a realizar cerca de 20 oficinas, incluindo capital e interior.

Page 56: Bahia: Terra da Cultura

56

Isab

el G

ouve

ia

BTCA - Espetáculo ...Ou Isso

teve na Bélgica a convite do Europalia, conside-rado um dos mais importantes eventos culturais do continente europeu que se estende aos vizi-nhos França, Alemanha, holanda e Luxemburgo. O festival é realizado a cada dois anos e já home-nageou 18 países. Em sua 23ª edição, em 2011, o homenageado foi o Brasil. Na ocasião, o BTCA realizou 13 apresentações passando pela capital belga (Théâtre Varia), Bruxelas, e nas cidades de Mons (Théatre Le Manége) e Liége (Téâtre de La Place) com o espetáculo Essa Tempestade.

Criado em 1º de abril de 1981 pelo Governo do Estado e mantido pela SecultBA, através da Funceb, o Balé do TCA é a companhia de dança oficial da Bahia. Desde a sua criação, assumiu o perfil de dança contemporânea, apresentan-do coreógrafos como Victor Navarro, Lia robat-

Abril, o mês da dança, foi especial para o BTCA em 2013. A companhia fez a ocupação da Sala do Coro, onde realizou 28 apresentações pú-blicas dos espetáculos de seu atual repertório, com sala lotada em todas as sessões. Além disso, tendo como foco os espectadores infan-tis, o Balé realizou, em parceria com a Osques-tra Sinfônica da Bahia (Osba), a montagem e a apresentação do espetáculo didático-musi-cal Pedro e o Lobo, de Sergey Prokofiev, com regência do maestro Carlos Prazeres e direção artística de Jorge Vermelho.

Em 2011, ano em que o BTCA completou 30 anos de atividades, a companhia realizou mais de 40 apresentações, sendo oito delas em Santa Catarina, rio de Janeiro, São Paulo e Ceará. Em novembro e dezembro do mesmo ano, o Balé es-

BTCA - Espetáculo ...Ou Isso

54

Page 57: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

57

to, Antonio Carlos Cardoso, Carlos Moraes, Luis Arrieta, Oscar Arraiz, Guilherme Botelho, Tíndaro Silvano, Mario Nascimento, Ismael Ivo, henrique rodovalho e Claudio Bernardo, entre outros. hoje com um corpo artístico formado por 36 bailarinos, o BTCA conta com mais de 50 montagens em seu repertório.

CANTEIrO DE OBrAS – revisitando a própria estrutura, a Curadoria Artística do BTCA tem pro-posto um redimensionamento das ações e lan-çou em 2013 o desafio para que os intérpretes apresentassem projetos nas diferentes vertentes da dança. A proposta era investigar outros recor-tes da construção artística. Foram apresentadas 18 propostas e, após uma análise criteriosa da viabilidade de execução, oito projetos foram es-colhidos para compor a grade de programação.

Entre os projetos aprovados, Pílulas Dançadas, de Morena Nascimento, foi concebido para ser apresentado em creches, abrigos e hospitais, aprofundando assim o conceito público do BTCA. Outro projeto colocado em prática foi O que os olhos não veem, o coração sente, coordenado pela bailarina rosa Barreto, que propõe uma experiência didático-sensorial com crianças do Instituto de Cegos da Bahia.

Já o projeto Álbum de Família, criado por Fátima Berenguer e Dina Tourinho, com dramaturgia de Fábio Vidal, percorre os espaços internos do Teatro Castro Alves, revelando corredores, salas, janelas e paisagens ainda desconhecidas do pú-blico. Outros dois projetos, Stop Motion, de Luí-za Meireles e Telemática, de Lícia Morais, devem ser montados em 2014.

55

Page 58: Bahia: Terra da Cultura

58

Visando a reestruturação interna da compa-nhia e com o objetivo de proporcionar expe-riências diversas aos intérpretes em outros segmentos da dança além do palco, foram criados núcleos de trabalho, onde bailari-nos também contribuem com sua exper-tise em prol da própria companhia. Desta maneira, foram instituídos os Núcleos de Extensão, Difusão e Circulação, Pesquisa, Produção Técnica e, por fim, Formação de Plateia e Projetos Especiais.

Foi instituído também o Núcleo de Saúde do Bailarino, coordenado por Alice Becker, que realiza um consistente preparo físico e um programa de prevenção de lesões e foi res-ponsável por oferecer palestras com espe-cialistas de diversas áreas da saúde, sempre com vagas abertas à comunidade.

Escola de Dança da Funceb - Espetáculo Sertania

Acer

vo S

ecul

tBA

56

DIÁLOGOS INTErCULTUrAIS

Page 59: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

59

MEMórIA DA PELE

O BTCA Memória é um projeto que traz em si duas ideias complemen-tares: a noção de preservação de obras de referência que marcaram uma época e a possibilidade de entender a dança como algo dinâmi-co, que se modifica a partir do contato com o contexto e as pessoas. Partindo desse pressuposto, foi inaugurada em 2007 uma parceria entre o BTCA e a Escola de Dança do Centro de Formação em Artes da Funceb. O desafio era estabelecer diálogos e conexões, em processos de releituras de produções de dança.

Juntas, essas duas instituições públicas de dança realizaram remon-tagens de coreografias criadas para o BTCA, a exemplo da A Sagração da Primavera (1987), coreografada por Oscar Araiz, com a coordena-ção de remontagem da bailarina do BTCA, Anna Paula Drehmer, em 2013. Sertania (1984), da coreógrafa Lia robatto, em 2012 e Pangea (1997), com coreografia de Tíndaro Silvano e coordenação de remon-tagem de Sylvan Barbosa, também fizeram parte do projeto.

Aos jovens bailarinos da Escola de Dança da Funceb, é dada a oportu-nidade de participar de um processo de recriação coreográfica, viven-ciado de forma intensiva durante três meses, como intérpretes. Para esses jovens, tal contexto se estabelece como um espaço de ensino-aprendizagem. Os integrantes do BTCA, por sua vez, podem exerci-tar outras competências, conquistadas como bailarinos ao longo das suas experiências, ligadas ao fazer da dança, e ainda o prazer de reve-rem essas obras, em outros corpos. Já o público, tem a oportunidade de rever o repertório e a produção de um grupo fundamental para a dança da Bahia.

BAHIA: TERRA DA CULTURA

57

Page 60: Bahia: Terra da Cultura

60

PrOGrAMA DE MOBILIDADE ArTíSTICA E CULTUrAL PrOMOVE A INTErNACIONALIzAçãO DA CULTUrA BAIANA

bahia mundo afora

A Bahia é mundialmente reconhecida como um celeiro de novas ideias e criações de sucesso, para além de sua diver-sidade cultural. Com o propósito de alargar o alcance dessas produções, o Estado tem investido cada vez mais na inter-nacionalização da cultura, por intermédio do Programa de Mobilidade Artística e Cultural. A iniciativa visa à expansão e promoção da cultura baiana em suas mais diversas expres-sões e tem intensificado a participação em feiras internacio-nais, a exemplo da Womex e Frankfurt, chamadas públicas e editais de incentivo à promoção comercial e intercâmbios culturais. Mas não é só isto. São realizadas ações de pro-moção da carreira de artistas e grupos musicais baianos como Baiana System, Oquadro, Soraia Drumond e Tiganá. Com investimento médio anual de r$ 800 mil, as atividades resultam da articulação entre a Assessoria de relações In-ternacionais da Secretaria de Cultura (SecultBA), instituições vinculadas, órgãos governamentais e não governamentais.

58

Page 61: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

61

NOVO PASSAPOrTE PArA O PLANETA

Do interior rural da Bahia, passando pelo sertão, até o litoral e os sons urbanos de artistas indepen-dentes, a música contemporânea feita no estado ganha um novo passaporte para públicos e merca-dos internacionais. O projeto Bahia Music Export integra o Programa de Mobilidade Artística e Cultu-ral promovido pela SecultBA, através da Funceb. A iniciativa já lançou cinco álbuns, sendo os dois úl-timos volumes – o primeiro reúne diversos gêneros musicais e o segundo abrange o universo da bass culture – em 2013.

O repertório dos CDs inclui desde bandas do inte-rior do estado, como Samba Chula de São Braz, de Santo Amaro da Purificação, O quadro, de Ilhéus, e Os Nelsons, de Paulo Afonso, até as soteropolitanas BaianaSystem e Bemba Trio. “Essa seleção demons-tra não apenas a diversidade musical, mas um nível de articulação e profissionalismo capaz de conquis-tar e se conectar a outros espaços no mercado in-ternacional”, explica o coordenador de música da Funceb, Cássio Nobre.

há três anos, o lançamento e distribuição inicial das coletâneas é feito na WOMEX – World Music Expo, uma das mais relevantes feiras de negócios e opor-tunidades do mercado da música internacional. Este ano, o evento foi em outubro na cidade de Cardiff, na Inglaterra. Neste e em outros eventos e plataformas internacionais do gênero, os discos chegam a pro-dutores, radialistas, jornalistas, empresários, selos, programadores de festivais internacionais e demais agentes do mercado mundial, com fins exclusivos de promoção internacional, apresentando um pa-norama do cenário musical baiano contemporâneo.

BaianaSystem

Cart

axo

BAHIA: TERRA DA CULTURA

59

Page 62: Bahia: Terra da Cultura

62

CONEXãO ÁFrICA - Com canções selecio-nadas nos volumes 2 e 3 da coletânea, o cantor Dão afirma que ter uma faixa selecio-nada agregou à sua carreira um referencial associado à qualidade artística. Segundo ele, o convite para participar do CMEAS UK Autumn Tour 2011 – turnê de outono na Inglaterra que tem como propósito a divul-gação da música de outros países – resul-tou também da visibilidade gerada após a distribuição das cópias na Womex. “quan-do o produtor conversou comigo citou a coletânea e considerou minha presença ali uma ótima referência do trabalho que desenvolvo”, afirma Dão. “É muito impor-tante a disponibilidade em investir em no-vas propostas e sonoridades diversas que a SecultBA vem demonstrando. São ações que, com certeza, abrem portas para novos contratos”, completa o cantor.

A seleção musical do BMEX foi feita em parceria com o Brasil Music Exchange, projeto conduzido pela Brasil, Música & Artes (BM&A) que procura estimular ativi-dades e trocas de experiência no mercado musical. A curadoria é de Jody Gillet, jor-nalista britânica, crítica de música, repre-sentante da BM&A no reino Unido, que atua há mais de 15 anos com o cenário local de música independente, com foco particular no Brasil. Ela trabalhou com artistas como Criolo, Orquestra Imperial, Nação zumbi e Tulipa ruiz.

A seleção das músicas baseia-se na ade-quação das obras ao perfil de mercado internacional e no nível de correlação com a Bahia, a partir de sua própria assinatu-ra curatorial e da inscrição pública que foi aberta a canções produzidas na Bahia e/ou por artistas do estado. “Com profundas co-nexões com a África, mas também com uma

60

DIÁLOGOS INTErCULTUrAIS

Page 63: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

63

das mais fortes cenas de rock do país, além de diversas tradições rurais em atividade e uma herança cancioneira altamente reverenciada, a Bahia possui uma produção musical repleta de reviravoltas surpreendentes”, avalia Jody Gillett. A lista completa de artistas e canções incluídas no pro-jeto está disponível no www.cultura.ba.gov.br/bahiaexport/index.html.

Outra importante ação do Bahia Music Export foi a realização do Encoun-ters, projeto que visa a criação de oportunidades de negócios e promoção da música baiana. Em julho de 2012, o evento reuniu artistas e produtores musicais baianos e profissionais do exterior, principalmente jornalistas, com o propósito de abrir portas para a criação de um plano de carreira interna-cional para os artistas locais. Diversos artistas presente foram selecionados pelos convidados internacionais para a rodada de negócios. O evento acon-teceu no Conselho de Cultura da Bahia, em Salvador. Durante os dois dias do encontro, nomes importantes como Crispin Parry, presidente da British Underground, Felix hines, diretor administrativo da Westbury Music, editora independente de música contemporânea do reino Unido, Bernardo Gutier-rez, Wozzy Brewster e Jody Gillett estiveram presentes.

INTErCâMBIO MUSICAL BAhIA-LONDrES

Em maio de 2013, cidades baianas e do reino Unido se transformaram em cenário para o Bass Culture Clash, projeto resultante de uma parce-ria entre a SecultBA/Funceb e a British Underground. A ação possibilitou um importante intercâmbio cultural entre a Bahia e Londres, contando como protagonistas grandes nomes da cena bass destes dois locais.

Capas dos CD’s do Bahia Music Export

Acer

vo S

ecul

tBA

BAHIA: TERRA DA CULTURA

61

Page 64: Bahia: Terra da Cultura

64

Durante oito dias, shows e workshops movimen-taram as cidades de Salvador, Ilhéus e Londres, atraindo um público de cerca de 30 mil pessoas.

O Bass Bahia X Londres é um projeto que visa criar oportunidades e apresentar os talen-tos emergentes do reino Unido no mercado musical brasileiro e os talentos emergentes brasileiros no mercado inglês. Participaram a referência do dancehall soundsystem londri-no The heatwave, que apresentou a sua festa ao lado da rainha do dancehall britânico – MC Lady Chann, além do artista Natty, revelação da nova música londrina, reconhecido também pela sua parceria musical com ziggy Marley.

Do Brasil, bandas emergentes e promissoras re-presentam a cena musical baiana – Oquadro, banda natural de Ilhéus e um dos mais antigos grupos de hip hop do estado, trouxeram a nova tendência do gênero, intitulada Nova Escola (New School), buscando inovações estéticas a partir do diálogo com outros estilos musicais e movi-mentos culturais. Completando o time baiano, a banda Os Nelsons, da cidade de Paulo Afonso, executou uma conexão entre as batidas baianas e o global ghettotech, sempre utilizando de tecno-logia e estudo dos dub’s jamaicanos para criação de texturas musicais autênticas. O projeto Bass Culture Clash também faz parte do programa Bahia Music Export.

MúSICA EM TrâNSITO

Em 2012, a cantora Aiace, vocalista do grupo Sertaní-lia, participou do projeto Música em Trânsito, realiza-do numa parceria entre Funceb e Goethe Institut Bahia. Dentre 43 inscritos, ela foi uma das duas seleciona-das, ao lado de Emilia Souto, para integrar esta ação que investe no compartilhamento de expressões diver-sas da música contemporânea como um meio para a qualificação de profissionais, bem como para o fortale-cimento de sua presença nos mercados brasileiro e in-

Os Nelsons

62

DIÁLOGOS INTErCULTUrAIS

Page 65: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

65

ternacional. O trabalho se deu numa criação colaborativa entre o músico e produtor alemão Markus Popp/Oval, visionário da música eletrônica, com sete cantores da América do Sul, numa imersão vivida na capital baiana para a gravação de um CD – que virou o álbum CALIDOSTóPIA!.

“Foi uma alegria imensa participar deste projeto. Poder conhecer pesso-as de outras nacionalidades, onde cada um trouxe um pouquinho de si e das suas influências. Acho que isso que é o mais bacana. Uma verda-deira salada de frutas que transformou tudo isso em um CD. Foi fantás-tico!”, afirma a cantora. Os participantes fizeram um show de apresen-tação dos resultados, em setembro, em evento gratuito no Pelourinho, onde as músicas foram executadas ao vivo pela primeira vez. Markus Popp ainda realizou um workshop aberto ao público. “Éramos pessoas que não se conheciam, que precisavam criar uma unidade para alcançar o objetivo. A troca, de fato, acontecia e até hoje a gente mantém conta-to uns com os outros. Essa força, interação e vontade de fazer música aconteceram”, afirma.

INTErCâMBIO E MOBILIDADE: EXPErIêNCIAS PESSOAIS E PrEMIAçõES

O investimento empreendido pelo Programa de Mobilidade Artística e Cultural tem como principal retorno a promoção de experiências pes-soais e enriquecedoras tanto para os artistas e pesquisadores contem-plados quanto para a cultura do estado. Um exemplo disso é o valor agregado à carreira do coreógrafo e produtor Giltanei Amorim. Benefi-ciado em 2011 com o projeto Corpo Fronteira, o artista fez intercâmbio na Universidade rei Juan Carlos, em Madri, na Espanha.

Na ocasião, Amorim deu luz ao Festival Scratxe Underground Brasil, re-alizado em Matadero (Madri) e no Museu Montehermoso (Vitoria-Gas-teiz), que permitiu 18 apresentações de artistas e grupo brasileiros de

Andr

é Fr

utuo

so

BAHIA: TERRA DA CULTURA

63

Page 66: Bahia: Terra da Cultura

66

dança contemporânea e performance. “O grande ganho de uma seleção deste tipo é conseguir difundir o trabalho fora do país, principalmente na Europa. Temos aqui no estado trabalhos de boa qualidade, mas que permanecem isolados. Atrair visibilida-de é o principal aporte que editais com esta linha de atuação podem garantir. Precisa-mos de mais iniciativas deste tipo”, afirma.

Outro exemplo da eficácia do Programa de Mobilidade Artística e Cultural é a trajetó-ria da artista visual Maria Luedy. Mestre em Artes pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pesquisadora das técni-cas do papel, sobretudo o desenvolvido com extrato de algodão na índia, Maria foi selecionada através da linha de apoio residências artísticas culturais e passou 40 dias em Japuir e Pondicherry, norte e sul da índia. “A residência é um momento muito especial porque permite ao artista, além de se concentrar na prática do seu fa-zer, o deslocamento e a interatividade com as pessoas, os materiais, a relação com o lugar, com a cultura. Ele vai na gênese do fazer” , declara. Após a residência, a artis-ta apresentou um workshop no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), basea-do em suas pesquisas.

Para Verônica Aquino, diretora de Fomen-to da Secretaria de Cultura, as ações de mobilidade artística têm forte impacto no setor e, por isso, requerem cada vez mais publicidade. “Apesar de inicialmente o artista ou grupo ser o único beneficiado, o retorno para a comunidade é garantido quando estes alcançam progressão na carreira e replicam os conhecimentos ad-quiridos”, completa.

LITErATUrA BAIANA ChEGA A FrANKFUrT

“Este é o momento de sensibilização para a internacionalização da produção literária baiana”, afirma a coordenadora de rela-ções internacionais da SecultBA, Monique Badaró, ao falar sobre a participação da Bahia na Feira do Livro de Frankfurt 2012 e 2013, na Alemanha, considerada o mais importante encontro mundial do setor editorial. Em 2013, a SecultBA lançou na feira – realizada desde 1949 e que, este ano, homenageou o Brasil – o livro Auto-res Baianos: um Panorama. A publicação trilíngue (inglês, alemão e espanhol) apre-sentou ao mundo 18 nomes que represen-tam a atual produção literária da Bahia.

“Um livro é sempre uma mensagem numa garrafa para ser encontrada por seu leitor ideal. Uma iniciativa como esta facilita esses encontros e ajuda a promover diálo-gos”, afirmou o escritor Aleilton Fonseca, um dos participantes. Além dele, autores de distintas gerações, perfis e gêneros publicaram textos no livro: Adelice Souza, Állex Leilla, Antonio risério, Carlos ribeiro, Daniela Galdino, Florisvaldo Mattos, hé-lio Pólvora, João Filho, Karina rabinovitz, Kátia Borges, Lima Trindade, Luís Antonio Cajazeira ramos, Mayrant Gallo, Myriam Fraga, roberval Pereyr, ruy Espinheira Fi-lho e ruy Tapioca.

64

DIÁLOGOS INTErCULTUrAIS

Page 67: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

67

mercados de direitos, onde são negocia-das também as traduções – proporcionam o contato entre o público e mercado es-trangeiro e o livro e o autor nacional.

Em 2012, a editora baiana Casarão do Verbo visitou o espaço da Feira de Frank-furt através de seleção no Edital de Apoio a Promoção Comercial de Bens e Serviços Culturais no Brasil e no Exterior, que esti-mula a produção artístico-cultural baiana e promove o intercâmbio e a circulação com outros estados e países.

INTErNACIONALIzAçãO - As homenagens que o Brasil tem recebido em grandes fei-ras evidenciam o crescente interesse inter-nacional pelo país no campo da literatura. Atenta a este processo, a SecultBA, através da Funceb, com apoio do Instituto Goethe, realizou em 2012 o encontro Perspectivas para a Internacionalização da Literatura Baiana. O evento, que integra o Programa de Apoio à Mobilidade Artística e Cultural, tem como objetivo destacar o papel do agente literário na promoção, divulgação e comercialização de suas obras.

O evento contou com a participação da agente literária alemã, especializada na difusão das literaturas do Brasil, da Áfri-ca Lusófona e da América Latina, Nicole Witts, além de Dolores Manzano, gerente executiva do projeto Brazilian Publishers da Câmara Brasileira do Livro / Apex Bra-sil. representando o Centro Internacional do Livro, esteve presente o coordenador do Programa de Apoio à Tradução da Funda-ção Biblioteca Nacional, Fábio Lima.

Eles foram escolhidos por uma comissão especializada, formada por críticos, pes-quisadores, jornalistas e escritores, que também selecionaram mostras do trabalho dos artistas para compor a publicação. Os textos foram acompanhados por uma mini-biografia. Após o lançamento em Frankfurt, a obra já vem sendo utilizada em outras iniciativas de difusão em feiras e eventos li-terários internacionais e nacionais, a exem-plo da Bienal do Livro da Bahia.

“A atenção especial que o Brasil vem rece-bendo de outros países em suas diversas áreas deve ser vista e aproveitada também como um bom momento para a internacio-nalização da literatura baiana e inserção das editoras nesse processo”, afirma Mo-nique Badaró. A Feira do Livro de Frankfurt atrai anualmente cerca de sete mil exposi-tores e cerca de 300 mil visitantes de 100 países a cada edição, sendo considerada o maior ponto de encontro entre os agen-tes do setor. As Feiras Internacionais de Li-vro – misto de bolsas de valores autorais,

BAHIA: TERRA DA CULTURA

Acer

vo S

ecul

tBA

Capa da produção literária da Bahia (trilíngue)

65

Page 68: Bahia: Terra da Cultura

68

PrOJETOS VALOrIzAM O rESGATE DAS TrADIçõES AFrO E DãO A MILhArES DE FOLIõES O ACESSO AO MELhOr DA CULTUrA LOCAL

bem além dos seis dias de Carnaval

Aos 17 anos de idade, o adolescente Arlison, morador da comunidade do Amparo do Tororó, já enfrentou muitas difi-culdades na vida. Abandonado pela mãe, muito novo teve contato com o mundo das drogas e não demorou a largar os estudos. Mas há cerca de um ano e meio, aconteceu uma vi-rada positiva. Arlison conheceu o Proartemusic, projeto fun-dado em 2011, que através de quatro oficinas (artes, dança, artes plásticas e teatro) busca estimular jovens, a partir a dos 14 anos, que vivem situação de risco a abandonar esta condição. “Aprendi a dançar aqui, a fazer desenhos e arte com os professores. Graças a Deus, hoje trabalho com dança através da entidade e estou de bem com a vida”, conta Arli-son, que terminou os seus estudos e hoje tem esperança de ver outros jovens, incluindo muitos dos seus amigos, trilha-rem o mesmo caminho.

O Proartemusic é desenvolvido pelo Afro quilombo, entidade cultural apoiada pelo Carnaval Ouro Negro, um dos diversos projetos da SecultBA voltados para o Carnaval. Extrapolan-do os seis dias de festa, esses projetos também contribuem para o desenvolvimento social através da construção de uma cultura cidadã. Tendo o Centro de Culturas Populares e Iden-titárias (CCPI) como órgão responsável, os programas Carna-val Pipoca, Carnaval do Pelô e Outros Carnavais e o Carnaval Ouro Negro têm se destacado pela democratização e valori-zação da diversidade cultural.

Banda Didá no Carnaval do Pelô

66

Page 69: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

69

Banda Didá no Carnaval do Pelô

67

Esses projetos possibilitam a valorização e o resgate das tradições afro, a promoção do acesso do folião pipoca a propostas musicais diferenciadas e de qua-lidade, e levam aos circuitos do Carnaval e do Pelô uma variedade de estilos e ritmos, com uma progra-mação diversificada e para as mais diversas idades e gostos, garantindo para milhares de foliões o acesso democrático ao que há de melhor.

ALEGrIA DO FOLIãO PIPOCA - Com atrações diver-sas que saem em trios sem cordas, o Carnaval Pipoca abre espaço para uma festa democráti-ca, atingindo um público que representa a maior parcela do número de foliões que movimentam a folia. Foram 15 projetos selecionados em 2011, 20 em 2012, quando os circuitos Dodô e Osmar ganharam atenção especial no Programa Pipoca e 22 em 2013. Ali, rock, reggae, samba, axé, MPB entraram no repertório de mais de 70 atrações que participaram dos trios elétricos. Cantores consagrados, como Lazzo, Tonho Matéria e a Ban-da Didá, foram chamados para conduzir a folia em companhia de novos talentos como Karina Buhr e Márcia Castro. O investimento foi de r$ 900 mil.

Acer

vo S

ecul

tBA

Page 70: Bahia: Terra da Cultura

70

A política cultural da SecultBA é alicerçada na democratização e na diversidade. Por isso, toda a programação e atrações que desfilam pelos circuitos e pelo Centro his-tórico são selecionadas através de chama-das públicas.

Em 2013, a multiplicidade de sons e rit-mos e a música de qualidade apoiadas no Carnaval Pipoca atraíram a atenção dos foliões e contribuíram para a formação de novos públicos para a festa. O progra-ma estimulou ainda um debate qualifi-cado sobre o formato e necessidade de mudanças no Carnaval de Salvador, sem cordas e democrático. O apoio foi amplia-do para 22 projetos selecionados – pas-sando a incluir dois microtrios - somando

80 atrações, em um investimento de r$ 2,4 milhões.

Carnaval da Diversidade - O Carnaval do Pelourinho vem se tornando uma refe-rência em diversidade nos últimos anos. Entre 2011 e 2012, foram quase cem artistas ou bandas credenciados através do projeto para se apresentar nos largos e ruas do centro histórico de Salvador durante a folia carnavalesca. No biênio, cerca de 1 milhão de pessoas passaram pelo Pelourinho no período do Carnaval. Em 2012, a festa contou com recursos que ultrapassaram r$ 3 milhões, a maior quantia já investida no Carnaval do Pelô, até aquele ano.

68

DIÁLOGOS INTErCULTUrAIS

Acer

vo S

ecul

tBA

Page 71: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

71

“É importante dizer que mesmo no Carnaval que a gente faz no Pelourinho, e que as pessoas dançam e participam, é sempre com muita paz. É um público diferente, diversificado, que aplaude e abraça o que a gente faz, e acima de tudo, respeita o artista”, diz a cantora Will Carvalho, uma das artistas que ani-mam a festa.

O ano de 2013 representou a consolidação do Car-naval do Pelourinho como um espaço de paz e de-mocracia, aberto a todas as tendências musicais e artísticas, das tradicionais às contemporâneas. Com um investimento em torno de r$ 3,2 milhões, foram selecionadas 41 atrações para tocar nas três praças e no Largo do Pelourinho, além de outras 32 entida-des que se apresentaram pelas ruas, em manifesta-ções espontâneas e criativas e de diferentes estilos, totalizando 73 atrações apoiadas pela Secretaria, com o tema “Carnavais Negros”.

O Carnaval é Ouro Negro - A folia e a beleza dos blo-cos do Carnaval Ouro Negro ainda ultrapassam o Pelourinho e tomam conta dos demais circuitos da festa, levando em cada canto um pouco da riqueza cultural presente nas batidas da musicalidade de

Carnaval do Pelô e Filhas de Gandhy

BAHIA: TERRA DA CULTURA

69

Acer

vo S

ecul

tBA

Page 72: Bahia: Terra da Cultura

72

matriz africana. Um dos programas mais significati-vos criados pela SecultBA, o Ouro Negro apóia um conjunto de manifestações, como afoxés, blocos afro, de samba, de percussão e de reggae de Salva-dor e Feira de Santana, vitais ao Carnaval contempo-râneo da Bahia.

Em 2011, 137 entidades carnavalescas foram con-templadas pelo projeto, que investiu em torno de r$ 5 milhões. Em 2012, o Ouro Negro apoiou mais de 126 entidades de afoxés, blocos afro, de índio, de samba, de reggae e de percussão, que se apresenta-ram nos circuitos Batatinha (Centro histórico), Dodô (Barra) e Osmar (Campo Grande). O investimento foi de mais de r$ 5,3 milhões.

Saíram pelo Ouro Negro desfiles de entidades fun-damentais para a história do Carnaval baiano, como

Ilê Ayê, Malê de Balê, Olodum, Filhos de Gandhy, Ijexá da Bahia, Bankoma, Apaxes do Tororó, Cortejo Afro e Muzenza. As agremiações contempladas con-tribuem para promover e preservar as formas mais tradicionais de se festejar o Carnaval. O Ouro Negro ainda é responsável pela contratação de blocos des-tes mesmos segmentos que fazem parte da Micareta de Feira, tradição no município de Feira de Santana.

Em 2013, o apoio da SecultBA a 133 entidades do Carnaval Ouro Negro, com investimento de r$ 6,3 milhões, fez ecoar pelos circuitos da festa o brilho, a beleza, a força dos blocos de raiz africana. O pro-grama estimula a valorização e a preservação das tradições afro no Carnaval, através do desfile com alas e roupas tradicionais, além da renovação dos integrantes dessas agremiações, com maior presen-ça da juventude.

70

DIÁLOGOS INTErCULTUrAISAc

ervo

Sec

ultB

A

Page 73: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

73

Para além dos seis dias de folia, a SecultBA considera fundamental estimular o avanço no trabalho que várias destas entidades desen-volvem ao longo do ano em suas próprias comunidades. Cerca de cem grupos cadastrados no Ouro Negro desenvolvem algum tipo de atividade de promoção do desenvolvimento sócio-cultural. São ações que trabalham com a autoestima de crianças a idosos, prin-cipalmente de áreas carentes, e que valorizam as artes, fazeres e saberes tradicionais. O Carnaval se torna a ocasião de mostrar o re-sultado de um trabalho desenvolvido durante o ano inteiro, sempre envolvendo a comunidade.

“O Ouro Negro facilitou mais você ter subsídio pra poder honrar com as despesas destas atividades. É de importância muito grande a SecultBA fazer parte das atribuições voltadas às entidades pra poder ter condições não só de incentivo, como das pessoas acre-ditarem que existe um mecanismo que está apontando para ques-

Carnaval Ouro NegroFilhos de Gandhy e Ilê Aiyê

Agna

ldo

Nov

ais

BAHIA: TERRA DA CULTURA

71

Page 74: Bahia: Terra da Cultura

74

tões do trabalho social e cultural”, declara Sandro Cavalcanti, um dos fundadores do projeto Proarte-music, que já beneficiou cerca de 140 jovens. Es-tima-se que mais de 15 mil pessoas de todas as faixas etárias sejam beneficiadas diretamente por trabalhos desenvolvidos entre entidades apoiadas pelo Ouro Negro.

A partir de 2012, a SecultBA criou ainda o progra-ma Outros Carnavais. Naquele ano, a Secretaria apoiou o Carnaval de Maragojipe, cidade do re-côncavo Baiano cuja festa, com mais de 180 anos de tradição, foi registrada como Patrimônio Cul-tural Imaterial da Bahia, com um investimento de r$295 mil. Já em 2013, os investimentos foram ampliados para r$ 500 mil, tornando possível a extensão do apoio a projetos como o Palco do rock, com 36 atrações da Bahia e de outros es-tados, com os espaços interativos e infantil, em Piatã; e a reabertura, após quatro anos sem fun-cionamento, do Camarote das Baianas, espaço gratuito, localizado na Praça Municipal, promo-vendo a reinserção da baianas no Carnaval da Bahia; além de onze manifestações folclóricas e populares do Carnaval de Maragojipe.

Carnaval de Maragojipe

72

DIÁLOGOS INTErCULTUrAIS

Acer

vo S

ecul

tBA

Page 75: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

75

BAHIA: TERRA DA CULTURA

73

Page 76: Bahia: Terra da Cultura

76

Levar as políticas culturais ao interior e à periferia de Salvador. Este é o prin-cipal objetivo do aprofundamento da

territorialização da cultura. De Juazeiro, no norte, a Caravelas, no Sul, de Barrei-ras, no Oeste, a Salvador, no Leste, a aten-ção com a diversidade de manifestações culturais em todos os territórios da Bahia é um dos compromissos da SecultBA.

Para assegurar esse olhar diante de cada território de identidade, foram implanta-das conferências de cultura territoriais, setoriais e estaduais e instituído o Fórum

dos Dirigentes Municipais de Cultura. Nos-sos centros e espaços culturais passaram a assumir papel destacado no processo de territorialização e caravanas culturais fo-ram inauguradas.

Centros e espaços culturais da capital e do interior foram deslocados da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), vol-tada para a atuação na área de artes, para a Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura. Tudo para fortalecer o processo de territorialização.

Page 77: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

77

IntercambIo de verdade longe

de planIlhas e papeIs

BAhIA DEMOCrATIzA ACESSO A EXPOSIçõES E ESPETÁCULOS CêNICOS

Nem planilhas, nem papéis. O gestor cultural da Bahia tem à disposição instrumentos que permitem conhecer de per-to o universo da cultura e criar políticas públicas específi-cas para cada região. A denominação dos projetos é suges-tiva: Caravanas Culturais e Funceb Itinerante. O objetivo é fazer os dirigentes dos principais órgãos de cultura conhe-cer a realidade e adequar ações públicas às demandas de cada lugar.

Desde 2012, as caravanas já passaram por 22 municípios de cinco territórios de identidade do Oeste e Sul da Bahia, além de sítios arqueológicos da Chapada Diamantina. Até o final de 2014, o Funceb Itinerante deverá visitar cidades dos territórios de identidade.

Ambos aproximam o governo das comunidades culturais do estado, por meio de encontros com representantes de cada localidade. As Caravanas Culturais, além de aprofun-dar o conhecimento sobre os territórios, possibilitam que a secretaria formule e desenvolva políticas culturais qualifi-cadas e sintonizadas com os territórios.

Formada por dirigentes dos principais órgãos e institui-ções vinculadas à secretaria, a comitiva realiza visitas a projetos, espaços e instituições culturais dos municípios, assiste a apresentações das culturas locais e promove con-versas com a população. A ideia é aproximar a população da política de cultura que vem sendo aplicada no estado, além de identificar os agentes de cultura e as produções artístico-culturais expressivas de cada território.

^

Page 78: Bahia: Terra da Cultura

78

“A política cultural da SecultBA era uma incógnita para boa parte dos agentes de cultura. Nesse sentido, as caravanas garantem três grandes con-quistas: o acesso às comunidades cul-turais mais distantes, o agendamento do tema da cultura e da política cultu-ral nos municípios e a oxigenação da secretaria, na formulação e execução de suas políticas culturais”, avalia a superintendente de Desenvolvimen-to Territorial da Cultura da SecultBA, Taiane Fernandes.

A terceira Caravana Cultural, realizada em março de 2013, percorreu um ro-teiro de 11 cidades do Sul Baiano, em sete dias, visitando Pontos de Cultu-ra, Pontos de Leitura e muitos outros projetos e iniciativas. Nesta região, os momentos de conversas foram mar-cados por debates entre os agentes culturais de cada local e os membros da SecultBA que faziam parte da co-mitiva. houve, ainda, uma reunião do secretário Albino rubim com prefeitos no município de Itanhém.

“Sem dúvida, um espaço importante para esclarecer dúvidas, registrar de-mandas e reivindicações, além de ser uma oportunidade para a secretaria explicar de forma mais clara e pessoal alguns aspectos dos seus processos, das atividades e dos objetivos dessa gestão”, conta o produtor cultural Car-los Sebastião, da cidade de Eunápolis.Na segunda edição das Caravanas Culturais, a escolha do oeste da Bahia – dividido em três territórios de identidade: Velho Chico, Bacia do rio Corrente e Bacia do rio Gran-

Identidades visuais das Caravanas Culturais

caravanaculturalll caravanaculturalll

caravanaculturallIl caravanaculturallIl

SulBaiano SulBaiano

3

EEEEEEEXXXXXXXXTTTTTTRRRRRRR

EEEEEEEMMMMMMMMOOOOOOO SSSUUULLLL BBAAIIAAAANNNNNOOOOO

TErrITOrIALIzAçãO DA CULTUrA

Acer

vo S

ecul

tBA

Page 79: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

79

FUNCEB ITINErANTE

Entidade vinculada à SecultBA, a Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), através do projeto Funceb Itinerante, con-cebeu as primeiras ações de deslocamento institucional aos territórios de identidade. A equipe, formada por dirigentes e coordenadores da Fundação, realiza encontros com a comu-nidade cultural dos municípios com o objetivo de estabelecer contato com realidades distintas do estado e facilitar a concep-ção das políticas públicas para as Artes Visuais, Audiovisual, Circo, Dança, Literatura, Música e Teatro.

realizada no primeiro semestre de 2013, a terceira edição do Funceb Itinerante ficou 13 dias na estrada, passando por Valença (Baixo Sul), Porto Seguro (Costa do Descobrimento), Itapetinga (Médio Sudoeste), Macaúbas (Bacia do Paramirim),

de – decorreu da avaliação de que apenas projetos específicos da secretaria, como os Pontos de Cultura, Pontos de Leitura, Modernização de Bibliotecas e o financiamento de atividades culturais, alcançavam esta região do estado.

Além da escassa atuação, outros fatores foram determinantes para fundamentar a opção, a exemplo do desconhecimento relativo à cultura da região, sua amplitude territorial e seu isolamento, devi-do à distância da capital. Os municípios visitados foram Ibotirama, Paratinga, Bom Jesus da Lapa, Santa Maria da Vitória, São Felix do Coribe, Correntina, São Desidério e Barreiras. Além deles, o secre-tário foi a Cariranha e Malhada.

Já a primeira Caravana Cultural, realizada em janeiro de 2012, teve como destino a Chapada Diamantina, percorrendo os municípios de Lençóis, Wagner, Nova redenção e Iraquara. Sua trajetória esta-va ancorada no Projeto Circuitos Arqueológicos, realizado por meio de um convênio de cooperação técnica entre o Instituto do Patri-mônio Artístico e Cultural (IPAC) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA). O principal objetivo deste projeto é preservar e promover o patrimônio cultural e natural da região, criando circuitos de visi-tação que contemplem bens paisagísticos, ambientais, históricos, arquitetônicos e de pinturas rupestres.

Page 80: Bahia: Terra da Cultura

80

Jacobina (Piemonte da Diamantina), Paulo Afonso (Itaparica BA/PE) e Serrinha (Sisal). “Além de pautar as linguagens artísticas e as ações realizadas e pla-nejadas pela Funceb, os encontros visam estimular a organização dos setores artísticos, fomentar o debate, ouvir a sociedade em relação às demandas para as linguagens artísticas e promover a articula-ção com agentes, grupos e instituições culturais do interior da Bahia”, afirma a diretora geral da Funda-ção Cultural, Nehle Franke.

Na segunda edição, em junho de 2012, foram 12 dias para passar por Teixeira de Freitas (Extremo Sul), Jequié (Médio rio das Contas), Santa Maria da Vitória (Bacia do rio Corrente), Seabra (Chapada Diamantina), Euclides da Cunha (Semiárido Nordes-te II) e Cruz das Almas (recôncavo), num total de 3,3 mil quilômetros rodados nas estradas da Bahia.

Já na primeira edição, entre agosto e setembro de 2011, foram visitadas as cidades de Alagoinhas (Litoral Norte-Agreste Baiano), Senhor do Bonfim (Piemonte Norte do Itapicuru), Itaberaba (Piemon-te do Paraguaçu), Barreiras (Oeste Baiano), Vitória da Conquista (Vitória da Conquista) e Ilhéus (Litoral Sul), numa viagem que também durou doze dias e percorreu cerca de 2,8 mil quilômetros.

Dentre os resultados alcançados, está a concepção e o aprimoramento do edital Calendário das Artes, que atende à necessidade de um mecanismo de apoio com premissas de territorialização da distri-buição de recursos. Criado em 2012 e direcionado para a produção artística de pequeno porte em todo o estado, o Calendário das Artes, em suas três pri-meiras chamadas (2012-2013), disponibilizou r$ 1,742 milhão para a execução de 135 projetos, oriundos de 70 municípios, contemplando todos os 27 Territórios de Identidade.

TErrITOrIALIzAçãO DA CULTUrA

Tiag

o Li

ma

Alex

Oliv

eira

Alex

Oliv

eira

Paul

a Be

rber

t

Funceb itineranteOrquestra em SerrinhaPlenária em Porto SeguroArtista se apresentando em Senhor do Bonfim

Page 81: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

81

Outros importantes resultados do Funceb Itinerante puderam ser veri-ficados nas Conferências Setoriais de Cultura de 2011, realizadas em Salvador com a presença de participantes dos encontros feitos naque-le ano. Com o maior comparecimento de pessoas mobilizadas do inte-rior do estado, a pluralidade nos debates foi ampliada. Já em 2012, o Funceb Itinerante permitiu a eleição de membros para composição dos Grupos de Articulação Setorial (GAS), que, com representantes de toda a Bahia, deram andamento ao processo de formação dos Colegiados Se-toriais das Artes da Bahia.

Funceb itinerante 2012 - Euclides da Cunha

Page 82: Bahia: Terra da Cultura

82

2011: Porto Seguro, Valença e Alagoinhas.2012: Irecê, Jequié e Juazeiro.2013: Feira de Santana e Teixeira de Freitas

2011: Salvador, Juazeiro e Paulo Afonso.2012: Salvador, Alagoinhas, Bom Jesus da Lapa, Itabuna, Itacaré, Poções, Santa Maria da Vitória, Senhor do Bonfim e Vitória da Conquista.2013: Curaçá, Itabuna, Ituberá, Juazeiro, Lauro de Freitas, Porto Seguro, Senhor do Bonfim, Taperoá, Uauá, Valença e Vitória da Conquista.

2011: Ilhéus, Feira de Santana, Santo Amaro e Alagoinhas2012: Santo Amaro, Vitória da Conquista, Itabuna e Camaçari

Vitória da conquista

poções

camaçarisanto amaro

alagoinhas

salvadorlauro de freitas

itacaré

feira de santana

euclides da cunha

bom jesus da lapa

barreiras

santa maria da vitória

juazeiro

uauá

irecê

senhor do bonfim

paulo afonso

curaçá

jequiévalença

taperoáituberá

itabuna

porto seguro

2011-20122011-2012: Feira de Santana, Jequié, Porto Seguro, Salvador, Valença e Vitória da ConquistaPúblico estimado: 10.872 pessoas

201314 (Alagoinhas, Barreiras, Euclides da Cunha, Feira de Santana, Itabuna, Irecê, Jequié, Juazeiro, Mutuípe, Porto Seguro, Teixeira de Freitas, Salvador, Valença e Vitória da Conquista)Público estimado: 10 mil pessoas

salão das artes visuais

quarta que dança

teixeira de freitas

TErrITOrIALIzAçãO DA CULTUrA

Page 83: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

83

2011: Porto Seguro, Valença e Alagoinhas.2012: Irecê, Jequié e Juazeiro.2013: Feira de Santana e Teixeira de Freitas

2011: Salvador, Juazeiro e Paulo Afonso.2012: Salvador, Alagoinhas, Bom Jesus da Lapa, Itabuna, Itacaré, Poções, Santa Maria da Vitória, Senhor do Bonfim e Vitória da Conquista.2013: Curaçá, Itabuna, Ituberá, Juazeiro, Lauro de Freitas, Porto Seguro, Senhor do Bonfim, Taperoá, Uauá, Valença e Vitória da Conquista.

2011: Ilhéus, Feira de Santana, Santo Amaro e Alagoinhas2012: Santo Amaro, Vitória da Conquista, Itabuna e Camaçari

Vitória da conquista

poções

camaçarisanto amaro

alagoinhas

salvadorlauro de freitas

itacaré

feira de santana

euclides da cunha

bom jesus da lapa

barreiras

santa maria da vitória

juazeiro

uauá

irecê

senhor do bonfim

paulo afonso

curaçá

jequiévalença

taperoáituberá

itabuna

porto seguro

2011-20122011-2012: Feira de Santana, Jequié, Porto Seguro, Salvador, Valença e Vitória da ConquistaPúblico estimado: 10.872 pessoas

201314 (Alagoinhas, Barreiras, Euclides da Cunha, Feira de Santana, Itabuna, Irecê, Jequié, Juazeiro, Mutuípe, Porto Seguro, Teixeira de Freitas, Salvador, Valença e Vitória da Conquista)Público estimado: 10 mil pessoas

salão das artes visuais

quarta que dança

teixeira de freitas

Page 84: Bahia: Terra da Cultura

84

2011: Porto Seguro, Valença e Alagoinhas.2012: Irecê, Jequié e Juazeiro.2013: Feira de Santana e Teixeira de Freitas

bom jesus da lapa

barreiras

santa maria da vitóriacorrentina

paratinga

são félix do coribe

são desidério

ibotirama

itapebi

eunápolisporto seguro

santa cruz cabrália

belmonte

nova viçosacaravelasalcobaçaprado

itamaraju

teixeira de freitas

nova redenção

wagneriraquara

lençóis

Vitória da conquista

alagoinhas

ilhéus

itaberba

barreiras

senhor do bonfim euclides da cunha

jequié

santa maria da vitória

cruz das almasseabra

teixeira de freitas

itapetinga

eunápolisporto seguro

santa cruz cabrália

nova viçosacaravelas

alcobaçaprado

valença

JACOBINA

paulo afonso

macaúbas

itamaraju

teixeira de freitas

BO-2012BO-2012

BO-2012

BO-2012

BO-2012

BO-2012

Caravana Circuitos Arqueológicos

Caravana Funceb itinerante I Caravana

Funceb itinerante IICaravana Funceb itinerante III

Caravana Oeste Baiano

Caravana Sul Baiano

RoteiRos das CaRavanas CultuRais

TErrITOrIALIzAçãO DA CULTUrA

Page 85: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

85

2011: Porto Seguro, Valença e Alagoinhas.2012: Irecê, Jequié e Juazeiro.2013: Feira de Santana e Teixeira de Freitas

bom jesus da lapa

barreiras

santa maria da vitóriacorrentina

paratinga

são félix do coribe

são desidério

ibotirama

itapebi

eunápolisporto seguro

santa cruz cabrália

belmonte

nova viçosacaravelasalcobaçaprado

itamaraju

teixeira de freitas

nova redenção

wagneriraquara

lençóis

Vitória da conquista

alagoinhas

ilhéus

itaberba

barreiras

senhor do bonfim euclides da cunha

jequié

santa maria da vitória

cruz das almasseabra

teixeira de freitas

itapetinga

eunápolisporto seguro

santa cruz cabrália

nova viçosacaravelas

alcobaçaprado

valença

JACOBINA

paulo afonso

macaúbas

itamaraju

teixeira de freitas

BO-2012BO-2012

BO-2012

BO-2012

BO-2012

BO-2012

Caravana Circuitos Arqueológicos

Caravana Funceb itinerante I Caravana

Funceb itinerante IICaravana Funceb itinerante III

Caravana Oeste Baiano

Caravana Sul Baiano

RoteiRos das CaRavanas CultuRais

Page 86: Bahia: Terra da Cultura

86

Parece subjetivo, mas basta conferir os resultados para compreender. Os Pontos de Cultura, projeto im-plementado pelo governo federal em parceria com as secretarias estaduais, são ferramentas indispensáveis à gestão da cultura, numa rede compartilhada entre poder público e sociedade civil. Na Bahia são 220 Pon-tos de Cultura, 150 conveniados à Secretaria de Cultu-ra do Estado (SecultBA), além de 70 do Ministério da Cultura, distribuídos nos 26 territórios de identidade estaduais. A iniciativa integra o Programa Cultura Viva.

Até a finalização do convênio, a Bahia terá aporte finan-ceiro total de r$ 27,1 milhões, sendo r$ 18,1 milhões do MinC e r$ 9 milhões do governo local. A proposta prevê a instrumentalização das comunidades que se tornam responsáveis por articular e impulsionar ações já existentes. Após seleção por edital, cada instituição recebe r$ 60 mil anuais, por três anos, para a reali-zação de ações envolvendo arte, economia solidária, cultura, cidadania e educação.

Os Pontos de Cultura são estimulados a formular pro-postas voltadas para a produção, formação cultural e geração de renda por meio da cultura. Estas iniciati-vas recebem apoio do governo para se fortalecer. Cada Ponto de Cultura deve agregar atividades realizadas

APOrTE FINANCEIrO DE r$ 27,1 MILhõES CrIA rEDE DE INTErIOrIzAçãO DA CULTUrA NA BAhIA

gestão Compartilhada promove inClusão

sóCio-Cultural

Page 87: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

87

por outros atores sociais e parceiros públicos ou pri-vados. A política de Pontos de Cultura na Bahia vem avançando em dois aspectos principais: o aumento da interlocução entre os gestores e o poder público, representado pela SecultBA e pelo MinC, bem como o lançamento de editais voltados para a infância e para a juventude.

Em abril de 2014, integrantes do programa par-ticiparão da quinta edição do Encontro Estadual dos Pontos de Cultura da Bahia - Teia. “Será um importante momento de visibilidade, de troca de experiências entre instituições e um retrato do que é produzido como cultura no estado”, co-menta Cláudia Vasconcelos, diretora de Cidada-nia Cultural da SecultBA. Além da programação artística e cultural, haverá espaço para a toma-da de decisões políticas, como a eleição de uma nova Comissão Estadual de Pontos de Cultura, estabelecida como instância legítima de diálogo entre Estado, representado pela SecultBA, e a so-ciedade civil, por meio dos Pontos de Cultura.

A primeira Teia Estadual aconteceu em 2009, quando foi eleita a atual comissão, composta por representantes de Pontos de Cultura dos 27 ter-ritórios de identidade da Bahia. Eles se reúnem de três a quatro vezes por ano. Lula Dantas, coor-denador da Associação do Culto Afro-Itabunense (ACAI), é um dos membros. “Esta participação me permitiu realizar um trabalho muito mais abran-gente, pois posso me dirigir a uma autoridade de Estado e discutir política cultural. Isto é muito novo no Brasil e, sobretudo, no interior baiano”, ressalta. Desde que foi reconhecida como Ponto de Cultura, a ACAI mapeou 64 comunidades tra-dicionais e conquistou mais respeito e visibilida-de para os povos de terreiros de Itabuna.

rEDESENhO - Alicerçado nos Pontos e Pontões de Cultura, o Cultura Viva provoca a sociedade civil a assumir a responsabilidade de cogerir recursos públicos, impulsionando ações culturais e artísti-cas nas comunidades. Além disso, contribui para o reconhecimento de diversos grupos em todo o ter

Page 88: Bahia: Terra da Cultura

88

ritório nacional que já produziam atividades culturais de forma inde-pendente. A existência dos Pontos de Cultura indicou que era preciso repensar e democratizar os instrumentos de relação do estado com as comunidades culturais, antes excluídas de relações com o estado.

Com a finalidade de avaliar o funcionamento do programa, de for-ma a realinhar e readequar o patamar de controle e desempenho do Cultura Viva, a Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC) do MinC propôs, em 2012, uma ampla reforma, nomeada de redesenho do Programa Cultura Viva. Esta questão, bem como o pa-pel dos estados na gestão das ações, foram discutidas no Encontro de Gestores Estaduais de Pontos de Cultura, proposto e realizado pela SecultBA com apoio e participação da SCDC/MinC em fevereiro de 2013, em Salvador.

A partir do encontro, responsáveis pelo Programa Cultura Viva de 18 estados produziram, em conjunto, um documento que reúne as propostas relacionadas à gestão, às redes de Pontos de Cultura, à sustentabilidade, à comunicação e ao Encontro Nacional dos Pontos de Cultura – Teia. Também foi eleita uma comissão representativa da rede de Gestores Estaduais do Programa Cultura Viva composta por dois representantes de cada região, um titular e um suplente. O encontro contribuiu, ainda, para estabelecer um diálogo mais siste-mático entre o Minc, as secretarias estaduais e os Pontos de Cultura.

JOVENS MULTIPLICAM ArTE E EDUCAçãO Iniciado em setembro de 2012 e oficialmente lançado em dezembro do mesmo ano, o Programa Jovens Multiplicadores beneficia 129 jovens em condição de vulnerabilidade social. Eles funcionam como agentes de desenvolvimento de atividades culturais, expandindo suas capacitações. A iniciativa é da SecultBA em parceria com o Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza e à Casa Civil.

Os jovens multiplicadores fazem parte de 48 Pontos de Cultura da Bahia e recebem uma bolsa mensal de r$ 250 durante 12 meses, com possibilidade de renovação por mais um ano, após aprovação orçamentária. Puderam se candidatar indivíduos com idade entre 16 e 29 anos, com renda per capita familiar mensal inferior a r$ 137, entre outros requisitos.

Acer

vo O

i Kab

um!

TErrITOrIALIzAçãO DA CULTUrA

Page 89: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

89

“Este tipo de ação é muito importante e estratégica para abrir perspectivas para o jovem, tanto para estimular o trabalho de-senvolvido no Ponto de Cultura, quanto para a sua vida pessoal”, opina Irenilda Carvalho, coordenadora do Grupo Culturart.

Localizada em Campo Formoso, no território de identidade Piemonte Norte do Itapicuru, a instituição se tornou Ponto de Cultura em 2008 e, desde então, ofereceu formação em teatro a 120 jovens e realizou 12 festivais te-atrais em quatro povoados próximos: Brejo Grande, Tiquara, Tuiutiba e Poços.

PONTINhOS DE CULTUrA

Com o objetivo de estimular e consolidar ações que preservem e transmitam a cul-tura e os direitos da infância e da adoles-cência, a SecultBA lançou em 2012, em parceria com o MinC e a Fundação Biblio-teca Nacional, o edital do prêmio Pontinho de Cultura. Na Bahia, 54 instituições foram selecionadas e irão receber um prêmio de r$ 18 mil cada uma.

A condição básica de participação foi o tra-balho social, cultural, artístico e/ou educa-cional, com crianças e adolescentes, não sendo exigência, entretanto, que a insti-tuição fosse Ponto de Cultura. Além disso, também foi considerado o compromisso com o Estatuto da Criança e do Adolescen-te (ECA), de 1990, conjunto de normas que tem por finalidade a proteção integral de crianças e adolescentes.

A Organização Cultural e Artística reisado de São Vicente (Orcare), localizada na zona rural de Tiquaruçu, distrito de Feira de San-tana, foi uma das contempladas. Para o

Pontos de Cultura - Oi Kabum!

Page 90: Bahia: Terra da Cultura

90

cantor e compositor Asa Filho, que faz parte da Orcare, a iniciativa de valorizar a cultura do reisado nos dias atuais numa localidade rural é inovadora. “É algo um tanto vanguardista, pois enquanto a televisão mostra a cultura de massa, nós trazemos a cultura tradicional. Propor-cionamos a crianças de 10 a 12 anos acesso à música e a instrumentos musicais como violão, percussão e teclado e elevamos a autoestima de-las. Antes, pouco se oferecia além da educação básica”.

Irenilda de Carvalho, coordenadora do Grupo Culturart, conta como os cursos de teatro potencializados pelos Pontos e Pontinhos de Cultura impactaram a vida dos jovens da comunidade campo-formosense: “An-tes, com baixa autoestima, eles se entendiam apenas como meninos da roça. Com o aprendizado de artes cênicas, eles finalmente se sentiram vistos e cuidados. Eles passaram a ser mais críticos e participativos, tanto em casa quanto na escola”.

TErrITOrIALIzAçãO DA CULTUrA

Page 91: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

91

CoMo tudo CoMeÇouPrincipal ação do Programa Nacional de Cultura, Edu-cação e Cidadania – Cultura Viva, norteado pelos prin-cípios de autonomia, empoderamento e protagonismo da população, a política dos Pontos de Cultura foi cria-da em 2004 pelo MinC com a missão de “revelar” o Brasil. Até 2003, as políticas culturais brasileiras valo-rizavam apenas o patrimônio e as artes e estavam for-temente concentradas no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília. Com o início do trabalho do então Mi-nistro da Cultura Gilberto Gil (2003-2008), a proposta passou a atender grupos e pessoas historicamente ex-cluídas das políticas culturais e engrandecer a cultura como expressão simbólica, cidadã e econômica, valo-res inerentes ao Programa Mais Cultura.

Page 92: Bahia: Terra da Cultura

92

MAIS DE r$ 11 MILhõES SãO INVESTIDOS PArA LEVAr LIVrOS E hISTórIAS à POPULAçãO DA

CAPITAL E DO INTErIOr DA BAhIA

quem Conta um Conto aumenta

um ponto

Nem toda criança tem o privilégio de ter um contador de his-tórias dentro de casa. Mas se um deles chega, de moto ou bicicleta, com uma estante cheinha de livros não há como resistir. É diversão na certa, com aprendizado de adultos e crianças sobre o valor que o livro tem. É o que acontece com as ações de incentivo à leitura, ampliação e apoio a bibliote-cas, implementadas na Bahia pela Fundação Pedro Calmon, órgão da Secretaria de Cultura (SecultBA), a partir do Progra-ma Mais Cultura, do governo federal. O aprendizado fica ain-da mais divertido quando tem feira de livros em plena praça, seja na capital ou no interior.

Tudo isto – à exceção da feirinha que acontece no Campo Grande, em Salvador – integra o programa que prevê qua-tro ações: modernização de bibliotecas públicas, pontos de leitura, agentes de leitura e apoio a bibliotecas comunitárias na capital e no interior. Mais de r$ 11 milhões foram aplica-dos na modernização de bibliotecas públicas, na premiação de bibliotecas comunitárias e criação de pontos de leitura na Bahia.

Somente em 2012, 100 bibliotecas públicas municipais, em todos os territórios de identidade, foram contempladas com um acervo de 1.300 livros e um kit modernização composto por móveis, circuladores de ar e itens de ambiência. Editoras e autores baianos foram privilegiados pelo projeto, que re

Page 93: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

93Bibliotecas Comunitárias

Feira do Livro no Campo Grande

Aris

teu

Chag

as

Ner

ival

do G

óes

Page 94: Bahia: Terra da Cultura

94

servou 50% dos investimentos para com-pra de obras do estado. Foram investidos nesta iniciativa cerca de r$ 5,5 milhões. Já o edital de apoio às bibliotecas comu-nitárias destinou r$ 1,15 milhão a 23 bibliotecas deste tipo. Cada uma recebeu r$ 50 mil em maio de 2011.

O trabalho da pedagoga Vanessa dos Santos Mendes em São Félix do Coribe, no Oeste, é exemplo de como o poder público pode contribuir para a formação de novos leitores no país. Uma das con-templadas por um dos editais do pontos de leitura, ela se desloca, de moto, para praças públicas de localidades onde não há bibliotecas.“Minha maior motivação é ver a transformação da concepção de lei-tura das crianças que antes viam o livro como um mero objeto e hoje olham com mais carinho e respeito”, conta Vanessa, que mantém um ponto de leitura com nar-rações de história, oficinas educativas e empréstimo de livros.

Para a gestora do Mais Cultura, iniciati-vas como esta têm mudado o perfil dos leitores baianos. “Por ser bibliotecária de formação e ter trabalhado sempre com bibliotecas fixas, fico emocionada ao ver iniciativas como a de Vanessa. Antes, o acesso aos livros era restrito aos estudan-tes e pesquisadores, hoje eu percebo que temos uma Bahia mais leitora”, conclui Maísa Menezes.

Em 2013, Maísa integrou a III Caravana Cul-tural da Secult, quando visitou a região Sul da Bahia para conhecer os pontos de leitu-ra aprovados por meio de edital, incluindo os agentes e mediadores de cultura e as manifestações culturais mais expressivas de cada território. Em duas edições do Edi-

De bicicleta, agentes de leitura levam exemplares a regiões onde não há bibliotecas

Ner

ival

do G

óes

TErrITOrIALIzAçãO DA CULTUrA

Page 95: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

95

tal Pontos de Leitura, foram aprovados 260 projetos a partir de um investimento de r$ 5,2 milhões que, entre 2011 e 2012, criaram pontos de leitura em 100 municípios da Bahia.

que tal levar livros a lugares distantes numa bicicleta especial? É assim que acontece na Bahia, por meio de um projeto de de-mocratização da leitura como forma de inclusão social. Trata-se do projeto Agentes de Leitura, que em 2013, levou o benefí-cio a 46 municípios dos 27 territórios de identidade estaduais.

A missão dos 268 contemplados foi levar uma micro-biblioteca de casa em casa para emprestar livros, fazer rodas e clubes de leitura, contar histórias e promover saraus. Para execução do projeto, serão destinados r$ 3,7 milhões. O público alvo do programa são famílias beneficiadas pelo programa Bolsa Família, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, residentes em comunidades, bairros e municípios com baixo índice de Desenvolvimento humano.

SALA DE LEITUrA

Não seria mesmo suficiente apenas comprar livros e equipar bi-bliotecas em todos os territórios de identidade da Bahia. Além de investir, em 2012, r$ 5,5 milhões na aquisição de 1,3 mil títulos – totalizando 130 mil novos exemplares – e na moderni-zação de cem bibliotecas públicas municipais, a Fundação Pedro Calmon levou aos bairros de Salvador e a municípios do interior o projeto Biblioteca de Extensão. A iniciativa promove a itinerância de acervos bibliográficos e encontro de autores com leitores de comunidades carentes. As visitas mensais aos bairros populares fazem parte do principal projeto desenvolvido pela biblioteca e somaram uma média de 22 mil consultas nos últimos dois anos.

O incentivo à cultura teatral e literária baiana também faz parte das ações do projeto que, em 2012, levou para praças públicas o espetáculo Lê é bom, em parceria com o grupo de teatro É In-venções Artísticas. Os bairros de Cajazeiras X, Liberdade, Pau da Lima, Fazenda Grande III, Periperi, Chapada do rio Vermelho, Dom Avelar e Plataforma são algumas das comunidades contem-pladas todos os anos.

“A Biblioteca Móvel cumpre, há alguns anos, o roteiro semanal nos bairros e aos domingos participa do projeto Domingo na Pra-ça, inserindo o livro e a literatura nas comunidades populares.

Page 96: Bahia: Terra da Cultura

96

Além disso, proporciona o acesso às mani-festações de artes cênicas, poetas, escrito-res, mágicos e contadores de histórias. Nos-sos projetos seguem e devem abranger, até o final deste ano, um público maior do que o atingido no ano passado, quando somamos 12 mil consultas”, destaca Gleide Machado, diretora da Biblioteca de Extensão.

Além dessas atividades, são promovidos encontros de escritores com leitores em bairros populares. O projeto, batizado de Lê Bairros, promoveu a interação e con-tribuiu com a difusão da literatura, além de fomentar o acesso aos livros nas comu-nidades. Já participaram das atividades autoras como: Lilia Gramacho, Mabel Ve-loso, Neide Cortizo, Sandra Popoff, Neide Cazumbá, Maria Prado e o arte-educador Jorge Conceição.

Outros dois projetos incrementam as ações de incentivo à leitura do governo

estadual, a Feira Mensal de Livros e o Fei-ramóvel. Com uma média de público esti-mada em quatro mil pessoas nos últimos dois anos, a Feira Mensal de Livros acon-tece no primeiro domingo de cada mês, no Campo Grande.

Já a Feiramóvel, um veículo que possi-bilita a exposição e comercialização, a preços acessíveis, de livros de editoras e autores baianos, marcou presença em municípios como Cachoeira, Juazeiro, Cabaceiras do Paraguaçu, Poções, além da feira de artesanato do Instituto Mauá, em Salvador. “O objetivo é democratizar o acesso ao livro. Por isso circulamos por toda a Bahia, levando os livros a eventos culturais e locais onde não há livrarias, vendendo obras a preços módicos”, des-taca Dênisson Padilha, coordenador na Diretoria do Livro e da Leitura da FPC.

Tom

Cor

reia

Feira Móvel

TErrITOrIALIzAçãO DA CULTUrA

Page 97: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

97

LITErATUrA | AçãO POÉTICA NASCOMUNIDADES: INTErVENçãO ArTíSTICA E SOCIAL

PãO E POESIA

Levando a poesia, em sua diversidade de estilos e abordagens, a comunidades populares, o Ação Poética nas Comunidades foi lançado em 2012 pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb). O evento, gratuito e aberto ao público, reúne poetas e coletivos que levam performance, poesia audiovisual, sa-raus, oficinas, hip hop, grafite, instalações poéticas, leituras, declamações e uma série de atividades envolvendo esta arte. A pretensão é de fazer intervenções artísticas e sociais em zo-nas que apresentem tensão social, problemas de violência e escassez de bens culturais. Assim, proporciona um tempo e um espaço para reflexão sob o encanto da palavra poética, que extrapola os espaços canônicos e invade o ambiente urbano, deixando-o mais colorido, mais leve e mais humano.

A estreia aconteceu em março, na comunidade do Solar do Unhão, na Avenida Contorno, localizada ao lado do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), apoiador da primeira edi-ção. Em setembro, foi a vez de Alagados, em parceria com a Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura (Sudecult), através da Diretoria de Espaços Culturais e o Espa-ço Cultural Alagados.

A segunda edição foi aperfeiçoada, com duração de cinco dias e seleção pública dos artistas participantes. Nos primeiros qua-tro dias, foram promovidas oficinas artísticas gratuitas para crianças, jovens e adultos, que culminaram com uma grande ação aberta ao público. Dez artistas/coletivos selecionados en-tre 132 inscritos, atuantes nas áreas literárias, poéticas ou na interação delas com outras linguagens, mostraram possibilida-des do uso da palavra em diversas expressões das artes. Três artistas/coletivos ministraram oficinas, além de participar da intervenção final. Os resultados foram apresentados na ação poética, reunindo, além dos alunos e professores, os outros sete artistas/coletivos selecionados.

Page 98: Bahia: Terra da Cultura

98

ESTADO APLICA rECUrSOS, AMPLIA GrADE DE EVENTOS E ATrAI PúBLICO MAIOr A ESPAçOS CULTUrAIS DA CAPITAL E DO INTErIOr

hoje tem espetáCulo

Tem mais gente frequentando os 17 espaços culturais públicos da Bahia. Nos últimos dois anos, a progra-mação tem atraído um público médio anual de 300 mil pessoas. O número é 20% superior ao registrado em 2010. O lançamento do Edital de Dinamização de Espaços Culturais injetou r$ 1,5 milhão para ampliar a grade de eventos de centros de cultura e teatros na capital e interior. A oferta de uma programação diversi-ficada ampliou o público em 60 mil pessoas.

Os espaços são administrados pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), através da Diretoria de Espaços Culturais (DEC), criada em 2007 como parte da Fundação Cultural do Estado (Funceb). As ações da Diretoria de Espaços Culturais estiveram fortemente voltadas para a implantação de uma pro-gramação diversificada eatração de atividades cultu-rais para seus equipamentos.

Somados os últimos dois anos (2011-2012), o quan-titativo de público foi de 617.415 pessoas, superior ao biênio anterior (2009-2010), cujo público total foi de 476.436. Deste total, cerca de 75% referem-se aos espaços culturais localizados no interior do estado e os 25% restantes dos espaços de Salvador e região metropolitana. “Este percentual deve-se, primeiro, ao

Page 99: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

99

número de espaços. São onze unidades no interior e seis na região Metropolita-na de Salvador, e também pela diversa capacidade de público desses espaços”, explica Viviane Andrade, da Coordenação de Programação da DEC.

O departamento teve a destinação or-çamentária média de r$ 918 mil para a realização de projetos, além do direcio-namento de ações da Secretaria para os Espaços Culturais. Neste período, circula-ram nos Espaços Culturais da SecultBA, na capital e no interior, importantes grupos artísticos, a exemplo do Los Catedrásti-cos. O mais recente espetáculo do Grupo, Nova Mente, esteve em cartaz no Teatro Dona Canô, em Santo Amaro; no Centro de Cultura Olívia Barradas (Valença); no Ci-ne-Teatro Lauro de Freitas; no Centro de Cultura ACM (Jequié) e, em Salvador, no Centro Cultural Plataforma, Cine-Teatro Solar Boa Vista, Espaço Cultural Alagados e no Espaço Xisto Bahia. Já os espetáculos Essa Tempestade, 1POr1PrAUM e Ou Isso do Balé do Teatro Castro Alves (BTCA) le-varam mais de 1.500 espectadores a seis Espaços Culturais.

Page 100: Bahia: Terra da Cultura

100

Dentre as atividades artístico-culturais re-alizadas nos espaços pela SecultBA desta-cam-se ainda o Circuito Popular de Cinema e Vídeo (CPCV), que engloba os projetos Terças na Tela e Itinerância de Mostras e Festivais; o Curso de qualificação em Ar-tes, que oferece cursos gratuitos de qua-lificação profissional em todos os espaços culturais do interior do estado; além das parcerias com a Funceb nos editais de di-fusão, tais como o quarta que Dança, os Salões de Artes Visuais da Bahia e o Verão Cênico. “As ações promovidas e articula-das pela diretoria são responsáveis por 25% do total de público freqüentador dos espaços culturais. O Circuito Popular de Cinema e Vídeo, nos dois últimos anos, atraiu um público superior a 40 mil pesso-as”, afirma Viviane.

EDITAL - Uma das novidades da edi-ção 2012 do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA), o edital setorial Dinamização de Espaços Culturais teve como objetivo apoiar propostas de dinamização através de uma programação regular, durante um período mínimo de seis meses e máximo de um ano, envolvendo atividades men-sais de formação e/ou difusão das diver-sas expressões culturais.

Acer

vo D

EC

TErrITOrIALIzAçãO DA CULTUrA

Page 101: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

101

Casa da Música em Itapuã

O edital também contemplou o incentivo de acesso aos es-paços junto à comunidade local, como formação de público para a cultura. O investimento total do edital foi de r$ 1,5 milhão. “O lançamento deste edital é uma meta audaciosa da diretoria de articular-se com outros espaços culturais do estado, sejam eles públicos ou privados, numa perspectiva de construção de uma política setorial para espaços cultu-rais”, destaca a diretora de Espaços Culturais da SecultBA, Giuliana Kauark.

CASA DA MúSICA FOMENTA PrODUçãO CULTUrAL EM ITAPUã

Localizada no Parque do Abaeté/Itapuã, importante ponto turístico da capital baiana, a Casa da Música tem desenvol-vido projetos artístico-culturais - a exemplo de mostras, sa-raus e palestras - com o objetivo de consolidar o vínculo com a comunidade local. Dentre as atividades realizadas, chamam atenção o projeto Arraiá da Casa da Música, a Mostra de Ins-trumentos Musicais Tradicionais Emília Biancardi e o Sarau de Itapuã. Juntas, essas programações movimentam um público de mais de 2.500 pessoas.

Page 102: Bahia: Terra da Cultura

102

No mês de junho, o Arraiá da Casa da Mú-sica celebrou a cultura nordestina através do tradicional forró pé de serra, rezas de Santo Antônio e culinária típica, sempre às quintas-feiras. Em sintonia com as de-mandas da sociedade, o espaço realizou uma campanha e conseguiu arrecadar aproximadamente 94 kg de alimentos não perecíveis, doados para as vítimas da seca no sertão baiano. O evento contou com investimento de r$ 5,2 mil.

Em parceria com a Diretoria de Museus, o espaço realizou a Mostra de Instrumentos Musicais Tradicionais Emília Biancardi, en-tre agosto e novembro de 2012. Com entra-da gratuita, mais de 700 visitantes tiveram

a oportunidade de conhecer cerca de 40 instrumentos de corda, sopro e percussão da coleção. A mostra integrou ainda quatro palestras musicadas.

Já o Sarau de Itapuã, realizou debates so-bre arte e cultura, apresentação de filmes e vídeos, performances de dança, teatro e capoeira. As 23 edições do projeto, reali-zadas em 2012, contaram com a presen-ça de artistas como Margareth Menezes, Mariene de Castro, Gereba, Carlinhos Cor das Águas, Sine Calmon, Armandinho, Jota Veloso, Jorge Vercilo, entre outros, atraindo um público aproximado de 1.300 pessoas.

TErrITOrIALIzAçãO DA CULTUrA

Page 103: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

103

PLATAFOrMA - reinaugurado em 2007, o Centro Cultural Pla-taforma devolveu à comunidade um espaço importante de convívio social. De lá para cá, o local tem abrigado eventos im-portantes da cena cultural local, com destaque para o Festival Caldeirão Cultural, que, em 2012, em sua sexta edição, come-morou em grande estilo os cinco anos de reabertura espaço. O destaque da programação vai também para outros dois proje-tos do espaço, o Plataforma de Talentos e o Convidança.

O ano de 2012 foi uma festa em Plataforma. No Festival Cal-deirão Cultural, foram 12 dias de shows, caminhada cultural, exposição, oficinas, teatro e circo, com um público estimado em quase duas mil pessoas. A abertura do evento contou com a apresentação do grupo de percussão e sopros Letieres Leite & Orquestra rumpilezz.

O Plataforma de Talentos, que é realizado desde 2009, levou ao palco performances de 24 grupos artísticos de grupos e ar-tistas iniciantes. Uma comissão formada por artistas locais é organizada para orientar os novos talentos no desenvolvimen-to de técnicas para aprimorar o trabalho desenvolvido.

Já o projeto Plataforma Convidança, realizado desde 2011 em parceria com o Núcleo de Extensão do Balé do Teatro Castro Alves, promove oficinas de balé clássico para os jovens da co-munidade. Em 2012, as oficinas beneficiaram 80 alunos, divi-didos em três turmas. Deste grupo, 18 alunos participaram da remontagem do espetáculo Pangea, de Tíndaro Silvano,

Alex

Oliv

eira

Centro Cultural de Plataforma

Page 104: Bahia: Terra da Cultura

104

que se apresentou em diversas ocasiões no Centro Cultural Plataforma e na Sala do Coro do TCA, atraindo um público de 1.500 espectadores.

FESTIVAIS ATrAEM PúBLICO CENTrOS DE CULTUrA DO INTErIOr

Festivais de caráter territorial deram nova vida aos espaços culturais do Estado.Mais de 10 mil pessoas conferiram a per-formance de 144 artistas e manifestações culturais do interior em quatro espaços culturais. Alagoinhas, Mutuípe, Porto Se-guro e Juazeiro entraram na rota da pro-gramação implementada pelo governo do estado para movimentar os centros de cul-tura do interior.

A Semana de Arte e Cultura do Território Lito-ral Norte e Agreste Baiano é um projeto rea-lizado pelo Centro de Cultura de Alagoinhas desde 2010 e que reúne diversas linguagens artísticas tradicionais e contemporâneas de diferentes municípios daquele Território. Nos últimos dois anos, o projeto atraiu um públi-co de 4.683 pessoas.

O Festival de Arte e Cultura de Mutuípe, também promovido pelo espaço cultural da SecultBa em parceria local com o Pon-to de Cultura Associação de Capoeira Axé Bahia, tem estrutura similar. Criado tam-bém em 2010, o projeto reúne artistas das várias linguagens artísticas do Territó-rio do Vale do Jequiriçá.

Em 2012, o Centro de Cultura João Gilber-to, em Juazeiro se inseriu no programa de territorialização com o Festival de Arte e Cultura do Território do São Francisco. Em seu primeiro ano, o Festival reuniu um pú-blico de 500 pessoas.

Já no Centro de Cultura de Porto Segu-ro, a ação que envolve vários artistas do Território da Costa do Descobrimento é a Semana Literária. realizada desde 2008, a ação visa estimular a prática da leitura, fo-cando no público escolar. A cada ano, a Se-mana homenageia um escritor de renome no universo literário. Já foram homenagea-dos Machado de Assis, Euclides da Cunha, Clarice Lispector, Castro Alves e Jorge Ama-do. O evento atraiu um público de mais de 2.600 pessoas.

TErrITOrIALIzAçãO DA CULTUrA

Page 105: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

105

Feira de Santana - Mesmo fora da rota dos festivais, Feira de Santana se fortaleceu no itinerário de eventos culturais. Após um ano fechado para reformas, o Centro de Cultura Amélio Amorim, localizado no município, festejou a reabertura com 15 dias de comemorações. Com investimento de r$ 800 mil, foi possível levar ao espaço uma programação diversifi-cada no mês de maio de 2012. O processo de reintegração do espaço à cidade e todo o território de identidade Portal do Sertão contou com biblioteca móvel, sarau de poesias, apresentações de grupos de teatro e música locais. Também esteve na pauta a Feira de Economia Solidária, Artesanato e Comidas Típicas; oficinas de teatro e música percussiva, apresentação de circo, palestras, exposições, encontro territorial e mos-tras artísticas dos pontos de cultura do Portal do Sertão.

NOVO OLhAr DINAMIzA ESPAçOS CULTUrAIS Livros, mesas, estantes e cadeiras não são mais os únicos elemen-tos que estruturam e mantêm as bibliotecas e os espaços de leitura. Um novo modelo de gestão, associado ao advento das ferramentas

Acer

vo D

ECCentro de Cultura João Gilberto

Page 106: Bahia: Terra da Cultura

106

da internet que estreitam os laços entre os usuários e as instituições, impulsionam a modernização da metodologia de trabalho destes equipamentos culturais. há perfis nas redes sociais, sites e blogsna internet, mas há também um novo modelo de administração que atrai cada vez mais gente a bibliotecas e teatros da capital e interior.

Em Itaparica, a Biblioteca Juracy Magalhães Jr., por exemplo, apro-veitou um dos meios mais antigos e tradicionais para se aproximar da comunidade e divulgar a instituição. O programa radiofônico Bi-blioteca no Ar, transmitido pela rádio comunitária da Ilha de Itapa-rica - Tupinambá FM 87,9 –leva às ruas, todas as terças-feiras, as ações, projetos e novidades da instituição.“O programa é um espaço semanal para a promoção do livro e da leitura e divulgação de ações da biblioteca”, comenta a diretora da biblioteca, Dalva Tavares.O programa é também um espaço de interação com os frequentadores e de visibilidade, que possibilita o acesso às informações educativas e pertinentes à rotina cultural da cidade.

MArCOS hISTórICOS - Outro mecanismo é trabalhar com marcos históricos e culturais para realizar atividades em datas importantes do calendário de festas populares. A bicentenária Biblioteca Pública do Estado da Bahia, localizada no bairro dos Barris, por exemplo, há cinco anos realiza a única lavagem “profano-literária” do calendário cultural da cidade: a Lavagem da Biblioteca Pública do Estado da Bahia. A ação celebra o aniversário da unidade e festeja o Dia Nacio-nal da Cultura, 5 de novembro.

A criação do Complexo Cultural dos Barris, que integrará os órgãos instalados no prédio da Biblioteca Pública do Estado, deve trazer ainda mais dinamismo ao local.A gestão compartilhada dos eventos da Biblioteca de Extensão, do Espaço Xisto, do Centro de Memória da Bahia e da Diretoria de Audiovisual (Dimas), responsável pelas salas de exibição Walter da Silveira e Alexandre robatto, além da Galeria Pierre Verger, deve dinamizar a ocupação do lugar.

A Fundação Pedro Calmon/SecultBA também participa das comemo-rações ao dia 2 de Fevereiro, com a campanha “No dia 2 de fevereiro não é só Yemanjá que receberá presentes. Doe livros para a biblioteca Juracy Magalhães Jr,”.Esta ação tem o objetivo de estimular a doação

Acer

vo F

PC

TErrITOrIALIzAçãO DA CULTUrA

Page 107: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

107

Detalhe da fachada da Biblioteca Pública

dos Barris

de livros e fazer a biblioteca presente nos festejos popu-lares realizados no rio Vermelho, bairro onde a unidade está localizada.

“Nada melhor do que uma festa popular como esta para disseminar a cultura e a consciência da necessidade de doação de livros e de estímulo à leitura. As obras poderão ser acessadas o ano todo”, conclui Sônia Morelli, diretora da biblioteca, que também participa de outros festejos do bairro como a Festa dos Pescadores (29 de junho) e a Fes-ta de Santana (Dia da Vovó), em 26 de julho.

Mas o ponto alto das festas populares acontece nas ce-lebrações da Independência do Brasil na Bahia, quando a Fundação oferece aos baianos e interessados uma pro-gramação completa com palestras, lançamentos, cursos, celebrações e homenagens. Através da Biblioteca Anísio Teixeira, situada na Ladeira de São Bento, a FPC abre as portas da unidade para os interessados em livros, história e lazer, no circuito oficial do desfile. Outra ação que mere-ce destaque é desenvolvida pela Biblioteca de Extensão, que leva contação de histórias, performances literárias, doação de livros e oficinas de leitura para as cidades do recôncavo dentro do projeto rota da Independência, nos meses de junho e julho.

Page 108: Bahia: Terra da Cultura

108

Exposições e espetáculos de dança e teatrais em Salvador e em diversos territórios da Bahia, com acesso praticamente gratuito. Projetos como os Salões de Artes Visuais da Bahia, a Temporada Verão Cênico e o quarta que Dança conseguem aliar a democratização à presença em municípios como Barreiras, Itacaré, Juazeiro, Mutuípe e Uauá, em um total de 26 cidades. Basta conferir a reação do público e a satisfação dos artistas para entender: tanto faz assistir ou encenar. Frequentar peças de teatro ou espetáculos de dança de graça ou a preços popula-res é benefício para todos. Do palco às artes visuais, os projetos da Secretaria de Cultura da Bahia (SecultBA) fazem a diferença na vida da plateia e da classe artística ao difundir e fomentar a cultura no estado.

BAhIA DEMOCrATIzA ACESSO A EXPOSIçõES E ESPETÁCULOS CêNICOS

Cultura em todo Canto

Page 109: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

109

Verão CênicoEspetáculo - Os Mentirosos

Acer

vo F

unce

b

Page 110: Bahia: Terra da Cultura

110

TErrITOrIALIzAçãO DA CULTUrA

Page 111: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

111

Os Salões de Artes Visuais são velhos conhecidos dos artistas plásticos baianos. São 21 anos de exposição e atividades de formação, promovidas pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) em várias cidades do estado. Em 2013, serão r$ 105 mil distribuídos entre 15 artistas, que terão ainda auxílio financeiro para custear o deslocamento entre os lugares que abrigam os Salões. Até 2014, serão expostas 108 obras, selecionadas entre 463 propostas inscritas por meio de edital público. Em 2013, houve edições em Feira de Santana e Teixeira de Freitas. No próximo ano, os Salões aportam em Barreiras, Vitória da Conquista e Lençóis.

A trajetória do artista plástico zé de rocha ilustra bem o papel do projeto. “Sem dúvida, através dos Salões, adquiri experiência profissional e um gradual amadurecimento de meu trabalho. Pela dificuldade em enviar trabalhos para lugares distantes, participar desses Salões é uma forma de poder ousar e, por exemplo, realizar obras de grandes dimensões. Além disso, eu, que vim do interior, sei como é difícil o acesso à arte nestas cidades e o projeto facilita isso”, relata zé de rocha, que participa dos Salões desde 1997 e já estreou sendo duplamente premiado, nas exposições de Itabuna e Feira de Santana.

MAIOrIDADE NAS ArTES VISUAIS

repaginado em 2012, quando comemorou o 20º aniversário e adotou novo nome, os Salões de Artes Visuais – antes chamados de Salões regionais de Artes Visuais da Bahia – distribuíram r$ 63 mil em prêmios a nove artistas. Naquele ano, o projeto aportou em Irecê, cidade que não possui centro de cultura da Diretoria de Espaços Culturais (DEC) da SecultBA, além de Feira de Santana, Barreiras, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista.

As obras premiadas, bem como as menções especiais, indicadas pelas comissões de premiação, e os prêmios do público, definidos pela escolha dos visitantes, totalizaram 17 trabalhos, que integraram a exposição Esquizópolis, em diálogo com peças do acervo do Museu de Arte Moderna da Bahia-BA. Na abertura da mostra, em 20 de junho de 2013, também foi lançado o Catálogo dos Salões de Artes Visuais da Bahia, publicação bianual de registro e divulgação composta pelas obras premiadas nas duas edições.

Page 112: Bahia: Terra da Cultura

112

Iniciativa inédita da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), o projeto Tempo-rada Verão Cênico levou ao teatro mais de 10 mil pessoas em 14 municípios da Bahia na alta estação em 2013.

Na primeira edição do projeto, em dezembro de 2011, o Teatro Popular de Ilhéus encheu de riso o Largo quincas Berro D´Água, no Pelourinho, Centro histórico de Salvador. O espetáculo? O premiado O Inspetor Geral, um texto em cordel, escrito por romualdo Lisboa, que também assi-na a direção. A peça foi uma das selecionadas na chamada pública da edição-piloto do projeto.Selecionado pelo SESI-SP para o Núcleo de Mon-tagens Inéditas, tinha ficado em cartaz por qua-tro meses em São Paulo, mas ainda não havia sido apresentada na Bahia. “Fomos indicados ao Prêmio Shell e, dentro da Temporada Verão Cênico, conseguimos estrear o espetáculo no nosso próprio estado, no Pelourinho, que é re-ferência da cultura baiana. realizar a abertura do projeto foi extremamente marcante”, conta Lisboa. O Teatro Popular de Ilhéus foi criado em 1995 pelo ator e diretor Équio reis.

Com apoio do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) e da Superintendência de De-senvolvimento Territorial da Cultura (Sudecult), através da Diretoria de Espaços Culturais (DEC), a Temporada Verão Cênico visa estimular a difu-são, a diversidade, a acessibilidade e a atuação em rede do teatro baiano.

TEATrO qUASE DE GrAçA TODO DIA NO VErãO

A primeira edição foi realizada entre dezembro de 2011 e fevereiro de 2012, com ingressos gra-tuitos ou a r$ 1. Foram 180 apresentações em Salvador, Feira de Santana, Jequié, Porto Segu-ro, Valença e Vitória da Conquista. Na segunda edição, já reestruturada, em janeiro de 2013, foram apresentadas 96 sessões teatrais de 32 diferentes espetáculos em diversos formatos, estéticas e temáticas. Além das cidades anterio-res, a temporada incluiu Alagoinhas, Barreiras, Euclides da Cunha, Itabuna, Irecê, Juazeiro, Mu-tuípe e Teixeira de Freitas.

TErrITOrIALIzAçãO DA CULTUrA

Page 113: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

113

Temporada Verão CênicoEspetáculo - O Grande Encontro de Palhaços

Temporada Verão CênicoEspetáculo - Salmo 91

Bob

Nun

es

Acer

vo F

unce

b

Page 114: Bahia: Terra da Cultura

114

A qualquer Um dos 2 Cia. de Dan-ça, de Juazeiro, nasceu em 2007, a partir do desejo de profissio-nalização e da necessidade de manter um trabalho sistemático de dança no Vale do São Francis-co. Em 2011, graças ao projeto quarta que Dança, apresentou o espetáculo Aluga-se um Coração em Juazeiro, Paulo Afonso e Salva-dor. Em 2012, foi a vez de circular com a coreografia De Dentro por Alagoinhas, Senhor do Bonfim e, de novo, pela capital.

Formado apenas por homens, o grupo, que tem direção de Jailson Lima, é integrado por Alan Gêrald,

Alexandre Santos, André Vitor Brandão, Cleybson Lima, Cristia-no Santana e Wendell Brito. “A primeira vez que saimos de Ju-azeiro foi através do quarta que Dança, projeto bem democrático. Sem o quarta que Dança, seria muito mais difícil, praticamente impossível, levar as nossas apre-sentações para outros municí-pios. A gente não tem patrocínio. Circular por outras localidades tem um custo alto e o projeto facilita esta circulação”, afirma André Vitor Brandão. O projeto é promovido pela Fundação Cultu-ral do Estado da Bahia (Funceb).

COMO SE BAILA NA TrIBO

Quarta que Dança - Espetáculo Aluga-se um Coração

Page 115: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

115

Em 2012, mais outros 15 selecionados compuseram uma programa-ção que se estendeu por 13 semanas, de junho a setembro, em Sal-vador e mais oito cidades: Alagoinhas, Bom Jesus da Lapa, Itabuna, Itacaré, Poções, Santa Maria da Vitória, Senhor do Bonfim e Vitória da Conquista.

Em 2013, as 21 propostas participantes foram selecionadas entre 120 inscritas em edital público. A 15ª edição do quarta que Dança inclui, além de Salvador, apresentações em onze cidades: Curaçá, Itabuna, Ituberá, Juazeiro, Lauro de Freitas, Porto Seguro, Senhor do Bonfim, Ta-peroá, Uauá, Valença e Vitória da Conquista. Este ano, devido ao contin-genciamento do Governo do Estado, foram realizadas 31 sessões das 84 previstas. Ainda não houve apresentações nas cidades de Itabuna, Ituberá, Juazeiro, Porto Seguro, Taperoá, Uauá e Vitória da Conquista.

O quarta que Dança surgiu em 1998 e, ao longo destes anos, propor-cionou mais de 230 apresentações de variados grupos e propostas artísticas, consolidando-se como um dos principais mecanismos de promoção da dança da Bahia. Desde 2007, as inscrições para o projeto passaram a ser feitas exclusivamente via edital, inicialmente em duas categorias. Além dos tradicionais espetáculos de dança, deu-se espaço para os trabalhos em processo de criação, com objetivo de estimular o debate em torno dos processos construtivos. Em 2008, outras duas categorias foram criadas: intervenção urbana e dança de rua.

Quarta que Dança - Espetáculo Trilhas Urbanas

Mau

rício

Fid

algo

Maí

ra L

ins

Page 116: Bahia: Terra da Cultura

116

TCA.NúCLEO

O projeto Exu Sile Onlá, do Núcleo Afro-Brasileiro de Teatro de Alagoinhas, foi o grande vencedor do edital TCA.Núcleo “Em Construção” - Uma homenagem à Lina Bo Bardi deste ano. Com direção de Fernanda Júlia, ele foi selecionado para receber o prêmio de r$ 300 mil, lançado em 2013 pelo Teatro Castro Alves, em conjunto com a Funceb.

A intenção do projeto é contribuir com a pesquisa, investigação e formação em artes cênicas através do desdobramento do processo de criação e montagem de um espetáculo selecionado anualmente. Um dos maiores diferenciais desta edição foi a inclusão, no edital, de um intercâmbio cultural com uma companhia de outro estado ou país. O Nata propôs dialogar e estabelecer uma parceria com a Cia do Miolo (SP), com direito a ações culturais conjuntas.

Em 2011, o edital TCA.Núcleo, programa que visa contribuir com a pesquisa, in-vestigação e formação em artes cênicas através do desdobramento do processo de criação e montagem de um espetáculo selecionado anualmente, também passou por relevantes alterações. houve um aporte financeiro para a montagem

TCA.Núcleo - Espetáculo Amor Barato

Aden

or G

ondi

m

TErrITOrIALIzAçãO DA CULTUrA

Page 117: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

117

vencedora, de r$ 300 mil, o dobro em relação a sua edição de lançamento, em 2007. Do total do prêmio, r$ 100 mil são destinados à circulação do projeto.

A primeira montagem realizada dentro deste novo conceito foi Outra Tempestade, do cubano Luis Alonso, uma versão do clássico A Tempestade de William Shakes-peare. Além de cumprir uma temporada de 20 apresentações na Sala do Coro do TCA, o espetáculo circulou pelas cidades de Ilhéus, Feira de Santana, Santo Amaro e Alagoinhas. Encenado duas vezes em cada município, Outra Tempestade totali-zou um público de 1.300 pessoas.

Em 2012, o musical Amor Barato, com direção de Fábio Espírito Santo, vencedor do TCA.Núcleo, cumpriu temporada em Salvador e realizou 12 apresentações pelo interior do estado, passando pelas cidades de Santo Amaro, Vitória da Conquista, Itabuna e Camaçari, durante os meses de março e abril. O espetáculo, que narra a trágica história de amor impossível vivida no submundo de uma metrópole brasi-leira, tem inspiração na obra infantil O Casamento de Dona Baratinha, mas aborda, com música e ironia, aspectos adultos da sociedade moderna, como as disputas nas esferas do poder, corrupção, manipulação midiática, degradação da estrutura familiar, violência juvenil e erotização feminina.

O Núcleo de Teatro do TCA - TCA.Núcleo foi criado em 1995. A partir de 2007, a seleção do espetáculo, elenco e equipes técnicas começou a ser realizada através de editais e seleções públicas.

TCA.Núcleo - Espetáculo Outra Tempestade

Aden

or G

ondi

m

Page 118: Bahia: Terra da Cultura

118

TErrITOrIALIzAçãO DA CULTUrA

2011: Porto Seguro, Valença e Alagoinhas.2012: Irecê, Jequié e Juazeiro.2013: Feira de Santana,Teixeira de Freitas, Lençóis, Barreiras e Vitória da Conquista.

salões das artes visuais

2011-2012: Feira de Santana, Jequié, Porto Seguro, Salvador, Valença e Vitória da ConquistaPúblico estimado: 10.872 pessoas2013: 14 (Alagoinhas, Barreiras, Euclides da Cunha, Feira de Santana, Itabuna, Irecê, Jequié, Juazeiro, Mutuípe, Porto Seguro, Teixeira de Freitas, Salvador, Valença e Vitória da Conquista)Público estimado: 10 mil pessoas

temporada verão cênico

2011: Salvador, Juazeiro e Paulo Afonso.2012: Salvador, Alagoinhas, Bom Jesus da Lapa, Itabuna, Itacaré, Poções, Santa Maria da Vitória, Senhor do Bonfim e Vitória da Conquista.2013: Curaçá, Itabuna, Ituberá, Juazeiro, Lauro de Freitas, Porto Seguro, Salvador, Senhor do Bonfim, Taperoá, Uauá, Valença e Vitória da Conquista.

quarta que dança

Projetos Funceb

Page 119: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

119

temporada verão cênico

Vitória da conquista

poções

camaçarisanto amaro

alagoinhas

salvadorlauro de freitas

itacaré

feira de santana

euclides da cunha

bom jesus da lapa

barreiras

lençóis

santa maria da vitória

juazeiro

uauá

irecê

senhor do bonfim

paulo afonsocuraçá

jequiévalença

taperoá

ituberá

itabuna

porto seguro

teixeira de freitas

Projetos Funceb

total dos 3 projetos: 26 cidades alcançadas

Alagoinhas, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Curaçá, Euclides da Cunha, Feira de Santana, Itabuna, Itaca-ré, Ituberá, Irecê, Jequié, Juazeiro, Lençóis, Lauro de Freitas, Mutuípe, Paulo Afonso, Poções, Porto Seguro, Santa Maria da Vitória, Senhor do Bonfim, Taperoá, Uauá, Teixeira de Freitas, Salvador, Valença e Vitória da Conquista.

Page 120: Bahia: Terra da Cultura

120

Uma das áreas econômicas de maior expansão no mundo contemporâneo é a cultura. Na Bahia, o potencial é

enorme, e ele precisa ser compreendido para integrar seu processo de desenvolvi-mento. Nesse contexto, o financiamento é uma das dimensões essenciais da eco-nomia da cultura e requer modalidades diferenciadas que envolvam, pelo menos, estado, públicos e empresas.

A SecultBA busca diversificar e tornar mais republicanos e transparentes seus proce-dimentos de financiamento à cultura, atra-vés de seleções públicas. hoje, existem na Bahia três modalidades de financiamento estatal: o Fundo de Cultura da Bahia (FCBA),

o programa de incentivo cultural intitulado FazCultura e o microcrédito cultural. A maior parte do financiamento é feita através do FCBA, o que possibilita um trabalho mais amplo e universal, porque não é limitado pela lógica do mercado, como ocorre em ou-tros modos de financiamento.

Desde 2012 foi implantada no Fundo uma dinâmica de editais por setores culturais, substituindo a lógica anterior de editais temáticos em setores específicos. Dessa forma, foi possível diminuir seu número, alargar sua abrangência e tornar a periodi-cidade anual. Assim, foram ampliadas as oportunidades oferecidas e incentivado o planejamento da comunidade cultural.

dInheIro, dIversao e culturaNOVO MODELO DEMOCrATIzA ACESSO

A rECUrSOS PúBLICOS PArA PrOJETOS EM SEGMENTOS CULTUrAIS NA BAhIA

Page 121: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

121

dInheIro, dIversao e culturaNOVO MODELO DEMOCrATIzA ACESSO

A rECUrSOS PúBLICOS PArA PrOJETOS EM SEGMENTOS CULTUrAIS NA BAhIA

A Bahia é o estado da federação que conta com um dos mais diversificados sistemas de fomento do Brasil. Na hora de viabilizar projetos na área, é possível recorrer a variados mecanismos de finan-ciamento, entre convênios, linhas de crédito, con-cursos e programa de incentivo fiscal. O Estado investiu, entre 2011 e 2012, por meio do Fundo de Cultura da Bahia e do Programa Estadual de Incen-tivo à Cultura (Fazcultura), o equivalente a r$ 80,41 milhões. Em 2013, o orçamento do FCBA foi r$ 38,6 milhões e, para 2014, será de r$ 41 milhões em apoio a projetos e editais. O Fazcultura permanece com o incentivo fiscal de r$ 15 milhões por ano.

Do apoio direto não reembolsável (Fundo de Cultu-ra, Calendário das Artes, Programa Mais Cultura, entre outros), passando pelas linhas de crédito CrediBahia e CrediFácil, as seleções têm recortes regionais ou setoriais. “As políticas devem atender a complexidade das dinâmicas culturais do nosso estado e o sistema de fomento não pode escapar a esse desafio”, ressalta Carlos Paiva, superinten-dente de Promoção Cultural da Secretaria de Cultu-ra do Estado da Bahia. Além disto, existem ainda programas especiais, como o Carnaval Ouro Negro e o Programa de Apoio a Filarmônicas.

Page 122: Bahia: Terra da Cultura

122

ECONOMIA DA CULTUrA

Apresentação da Centenária Filarmônica de Minervaem Morro do Chapéu

Alex Oliveira

Page 123: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

123

de Instituições Culturais é um bom exemplo deste esforço. Atualmente, 15 instituições da capital e do interior têm apoio financeiro ga-rantido. Os valores variam entre r$ 100 mil e r$ 600 mil por ano, assegurados pelo pe-ríodo de três anos. Até 2015, o investimento anual se aproxima dos r$ 6 milhões. Podem participar da chamada de Apoio a Institui-ções Culturais instituições privadas sem fins lucrativos, como centros culturais, arquivos, museus e teatros.

EDITAIS SETOrIAIS - Através do sistema de editais setoriais, mecanismo que com-põe o FCBA, já foram destinados r$ 44,1 milhões para a execução dos projetos aprovados entre 2012 e 2013. Os recur-sos contemplaram todos os segmentos culturais, além de temas transversais.

Em 2013, a SecultBA disponibilizou r$ 27,8 milhões em editais, com destaque a projetos de formação, culturas digitais, digitalização de arquivos e dinamização de espaços culturais. Somente em 2012, os 17 editais setoriais mais o de Deman-da Espontânea aprovaram 262 projetos, somando um total de r$ 18,3 milhões. O número de propostas aprovadas no inte-rior do estado tem crescido a cada ano, graças às oficinas de orientação à partici-pação nos editais. Ao todo, mais de 270 municípios já foram contemplados com essa capacitação.

Para inscrição nos editais setoriais, são necessários o formulário, orçamento e o currículo do proponente, salvo para três editais – Apoio a Editoras, Mobilidade Artística e Cultural e Dinamização de Es-paços, únicos editais setoriais que soli-citam anexos obrigatórios. Desde 2012,

A desburocratização é um dos focos para o aperfeiçoamento do sistema de fomento à cultura local. Mais simples, os processos de inscrição e seleção de projetos têm democratizado o acesso de variados grupos sociais. Por meio da revisão dos instrumentos e mecanis-mos públicos de financiamento à pro-dução artística e cultural, a SecultBA tem aprimorado e consolidado o Siste-ma Estadual de Fomento à Cultura, com ampliação dos recursos e expansão de áreas e modalidade de projetos. Perma-nece o desafio de mecanismos de fo-mento ainda mais acessíveis e especí-ficos para os grupos de cultura popular.

Merece destaque o Fundo de Cultura da Bahia (FCBA), que atualmente en-globa 19 Editais Setoriais e as chama-das públicas de Demanda Espontânea, Mobilidade Artística e Cultural, Eventos Culturais Calendarizados e Ações Con-tinuadas de apoio a instituições. Já o Programa Estadual de Incentivo à Cultu-ra (FazCultura) permite o financiamento de atividades culturais por empresas, mediante abatimento de ICMS de até 80% do valor patrocinado. As iniciati-vas resultam do trabalho da Superin-tendência de Promoção Cultural (Su-procult) e integram o Sistema Estadual de Fomento, que engloba ainda outros mecanismos, como Calendário das Ar-tes, Credibahia Cultural e Credifácil.

Outro grande desafio da secretaria é estabelecer um apoio a dinâmicas cul-turais de caráter continuado ou que se repetem com periodicidade já estabe-lecida no calendário cultural. O Pro-grama de Apoio a Ações Continuadas

Page 124: Bahia: Terra da Cultura

124

o proponente pode também realizar a inscrição pela internet, através de ca-dastro no Sistema de Gerenciamento de Fomento à Cultura – Clique Fomento, disponível no site: siic.cultura.ba.gov.br/clique_fomento.

A SecultBA também recebe indicações para composição das Comissões de Seleção dos Editais Setoriais. Elas po-dem ser feitas apenas por instituições e coletivos. Os nomes são submetidos ao Conselho Estadual de Cultura e às equipes da SecultBA.

Além desta modalidade de financia-mento que contempla as linguagens artísticas, patrimônios e museus, os in-vestimentos foram estendidos para áre-as como economia criativa, formação e qualificação, projetos estratégicos e pu-blicação de livros por editoras baianas. Destaque para o edital Territórios Cultu-rais, criado a partir do entendimento da necessidade de se apoiar propostas de cooperação e intercâmbio cultural entre os municípios de um mesmo Território de Identidade.

hISTórICO - De 2007 a 2010, os edi-tais eram formulados para apoiar projetos específicos. Para ampliar possibilidades de incentivo, o for-mato setorial foi lançado em maio de 2012. O objetivo é garantir a de-mocratização do acesso ao sistema de produção cultural nas suas mais diversas linguagens e expressões. Este sistema republicano de seleção pública é essencial para a consolida-ção dos processos de gestão e parti-cipação social.

O investimento no formato setorial tam-bém é uma estratégia para manter a periodicidade da abertura de editais. A ideia é criar um calendário de lan-çamento de editais, com a intenção de possibilitar que a comunidade cultural possa planejar suas atividades do ano seguinte, apoiando assim a organiza-ção da produção cultural no estado.

ECONOMIA DA CULTUrA

Page 125: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

125

PrOJETOS SELECIONADOS GANhAM PrOJEçãO NACIONAL

O modelo de editais possibilitou a realização de muitos projetos que ganharam projeção nacional e até internacional. Este é o caso dos espetáculos O segredo da arca de Trancoso, contemplada via Mo-bilidade Artística (Difusão e Intercâmbio) e o musical Amor Barato, vencedor do edital TCA.Núcleo, ambos premiados no 20º Prêmio Braskem, em abril de 2013. Outro trabalho de sucesso é a peça Entre Nós, selecionada pelo Fundo de Cultura da Bahia (FCBA), através do edital Culturas Identitárias, do Centro de Culturas Populares e Identi-tárias (LGBT-2010).

O filme A Coleção Invisível, do diretor francês radicado na Bahia Ber-nard Attal recebeu o prêmio de Melhor Longa-Metragem da 4ª edição do Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (Festin), em Lisboa, Portugal. Já o longa-metragem Depois da Chuva, apoiado pela SecultBA através da chamada pública Demanda Espontânea 2011, foi selecionado para a mostra Work in Progress (WIP) do Festival de Cinema Independente de Buenos Aires (Bafici). E conquistou, em 2013, os prêmios de Melhor ator, Melhor roteiro e Melhor Trilha So-nora no 46º Festival de Cinema de Brasília.

BAhIA CrIATIVA

Com o objetivo de planejar e promover ações de fomento aos segmentos da Economia Criativa, considerado o grande motor do desenvolvimento no século XXI, a SecultBA, através da Diretoria de Economia da Cultura da Suprocult, reuniu representantes de ór-gãos e entidades da administração pública estadual e entidades não governamentais, no Grupo de Trabalho (GT) Bahia Criativa. O principal objetivo do GT, responsável por finalizar trabalho iniciado em 2012, é elaborar o documento “Bahia Criativa: Diretrizes e Iniciativas para o Desenvolvimento da Economia Criativa na Bahia”, que aponta dire-trizes, metas e fontes de recursos para ações voltadas para linhas de atuação do setor.

Entre os principais pontos, está a necessidade de construir indicadores para compor um banco de dados sobre o segmento criativo, a fim de sistematizar as informações referentes à dimensão econômica do segmento criativo na Bahia, com base nas esta-tísticas sobre o número e porte dos estabelecimentos formais, emprego, rendimento do trabalhador e as características da mão-de-obra ocupada.

“Este será um documento referência no Estado, que está sendo elaborado por cinco comissões temáticas e um comitê técnico. Nele são estabelecidas cinco linhas de atu-ação: Territórios Culturais, Promoção, Fomento Especializado, Formação e qualificação e Informação e reflexão”, afirma a diretora de Economia da Cultura, Carmen Lima. A conclusão do documento está prevista para janeiro de 2014.

Page 126: Bahia: Terra da Cultura

126

CAChOEIrADOC - Exemplo de sucesso entre os projetos selecionados no edital de eventos calendarizados de 2013, o CachoeiraDoc, Festi-val de Documentários de Cachoeira, chegou este ano à quarta edição. Como o a proposta de estimular a produção de documentários e ser um espaço de discussão sobre o gênero, o evento, que possui abran-gência nacional, já faz parte da agenda cultural de Cachoeira. Todas as edições, realizadas em parceria com a Universidade Federal do recôncavo (UFrB), receberam o apoio do Fundo de Cultura da Bahia.

O edital voltado para os eventos culturais calendarizados visa conso-lidar uma agenda de projetos culturais na Bahia, apoiando a realiza-ção total ou parcial e potencializando a visibilidade destes eventos como um todo. O teto de apoio estabelecido por projeto é de r$ 300 mil. O objetivo é apoiar iniciativas com temática cultural específica ou diversificada, realizadas com mais de um dia de duração conse-cutiva, periodicidade mínima anual, e com pelo menos três edições realizadas no estado.

Prédio do evento

Acer

vo C

acho

eira

Doc

Page 127: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

127

EVENTOS CALENDArIzADOS

Lançado em junho de 2011, o edital dispo-nibilizou o valor global de r$ 1,5 milhão, para apoio a uma edição dos eventos. Em 2012, este montante passou para r$ 1,6 milhão, ainda dentro da proposta de apoio anual. Em 2013, a iniciativa passou a assu-mir o formato de apoio continuado, a partir de avaliação de resultados de cada edição, por três anos consecutivos, uma inovação que permite maior planejamento dos pro-dutores e artistas, assim como da própria secretaria. Neste formato, o edital passou a ter o valor global de r$ 3,3 milhões por ano.

Mobilidade artística

Residências artístico-culturais, intercâmbio/difusão e for-mação artístico-cultural são as três linhas de apoio ao tra-balho de artistas baianos implementadas pelo Programa de Mobilidade Artística e Cultural. O investimento financeiro empreendido garante a execução dos projetos selecionados e experiência pessoal e enriquecedora tanto para os artistas e pesquisadores contemplados quanto para a o setor cultu-ral do estado.  Em 2013, foram investidos R$ 500 mil, através do Fundo de Cultura, no Programa de Mobilidade Artística e Cultural da SecultBA.

Plateia em um dos dias da mostra do Cachoeira Doc

Acer

vo C

acho

eira

Doc

Page 128: Bahia: Terra da Cultura

128

eventos CultuRais CalendaRizados 2013/2015

• CachoeiraDoc - Festival de Documentários de Cachoeira • Cantoria de São Gabriel • Exposição de Artes Visuais – Circuito das Artes – Triangulações • Festival de Corais Vozes na Chapada • Festival de Filarmônicas do Recôncavo • Festival de Música Instrumental da Bahia • Festival Internacional de Artistas de Rua • Festival Nacional de Vale Curtas • Festival Umbuzada Sonora • Festival Internacional de Artes Cênicas - FIAC Bahia • Festival Latino Americano de Teatro da Bahia - Filte Bahia • Interação e Conectividade - Encontro de Dança • Mostra de Cinema Conquista • Panorama Internacional Coisa de Cinema

instituição Município

Teatro Vila Velha Salvador

Fundação Casa de Jorge Amado Salvador

Fundação Museu Carlos Costa Pinto Salvador

Museu da Misericórdia Salvador

Museu hansen Bahia Cachoeira e São Félix

Complexo do XVIII - Theatro XVIII, Casa XIV e Galeria Moacir Moreno Salvador

Teatro Gamboa Nova Salvador

Balé Folclórico da Bahia Salvador

Fundação Pierre Verger Salvador

Fundação Anísio Teixeira Caetité

Academia de Letras da Bahia Salvador

Teatro Popular de Ilhéus Ilhéus

Instituto Geográfico e histórico da Bahia Salvador

Museu do Processo Boa Nova

AEC-TEA Capim Grosso

ECONOMIA DA CULTUrA

Page 129: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

129

Fazcultura

O FazCultura permite, por meio de renúncia fiscal, que a em-presa patrocinadora de projetos culturais realize um abati-mento de 5% a 10% do Imposto sobre Circulação de Merca-dorias e Serviços (ICMS) a cada mês, no limite de até 80% do valor total do projeto. Cabe ao patrocinador a contribui-ção, com recursos próprios, de no mínimo, 20% do valor to-tal transferido ao projeto. Entre 2011 e 2013, 194 projetos de linguagens diversas como artes cênicas, cinema e vídeo, li-teratura, artesanato, folclore, entre outros, receberam apoio via FazCultura. Deste total, 27 foram aprovados no primeiro semestre de 2013. Com teto máximo de R$ 15 milhões ao ano, a Secult investiu na área cultural do estado, no período, cerca de R$ 34 milhões através de renúncia fiscal. Empresas como Boticário, Braskem, Natura, Oi têm realizado editais para se-leção de projetos em segmentos específicos com o incentivo fiscal do Fazcultura.

Page 130: Bahia: Terra da Cultura

130

PrOGrAMA FINANCIA E ESTIMULA CrIAçãO DE CALENDÁrIO DE EVENTOS CULTUrAIS NA CAPITAL E NO INTErIOr

nova agenda para as artes

Mecanismo de incentivo a projetos artísticos e culturais de pequeno porte na Bahia, o Calendário das Artes já mudou o perfil da agenda de eventos culturais em comunidades do estado. Lançado em 2012 com o objetivo de estimular o desenvolvimento das artes, o edital disponibilizou, nas chamadas realizadas em 2012 e 2013, r$ 1,7 milhão para projetos culturais.

A iniciativa dá prioridade a propostas de populações com menor acesso a produtos culturais e que privilegiem a diver-sidade cultural, com artistas, grupos e produtores, amado-res ou profissionais. São concedidos prêmios de até r$ 13 mil para as áreas de Artes Visuais, Audiovisual, Circo, Dança, Literatura, Música, Teatro e Artes Integradas. Nos últimos dois anos, foram executados 135 projetos, selecionados dentre um total de 2.639 inscritos. Entre 2012 e 2013, 70 municípios de todos os 27 Territórios de Identidade do esta-do foram contemplados. A seleção e realização de projetos da segunda chamada do Calendário das Artes de 2013 acon-tecerão em 2014.

Page 131: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

131

O Calendário das Artes foi concebido através de um processo de diálogo com a sociedade civil e é o resultado da simplificação, ampliação e ter-ritorialização do Calendário de Apoio a Projetos Culturais, que a Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) realizou entre os anos de 2008 e 2011. No seu último ano, 2011, o Calendário de Apoio distribuiu r$ 563 mil para 64 projetos selecionados dentre 650 inscritos.

Em 2013, o projeto foi modificado. A ideia é con-templar propostas de todas as regiões do estado em quantidade igualitária, com avaliação dos projetos feita de forma territorializada e com os inscritos de cada Macroterritório da Bahia con-correndo apenas entre si. Para isto, o edital agora divide o Macroterritório em duas categorias: pro-postas de Salvador e dos demais municípios. As-sim, passa a atender à maior demanda da capital e garante maior competitividade das propostas dos outros municípios desta região.

FESTIVAL DE ITAPETINGA - Ele tem 15 anos, estu-da no Colégio Agro Industrial de Itapetinga e teve uma ideia: realizar um festival de literatura que resultasse na publicação de um livro com artis-tas de sua cidade. O jovem Brenddo Washington apresentou seu propósito à professora, arquiteta e poeta Júlia Lícia, sugerindo que ela inscrevesse o projeto no edital Calendário das Artes e ajudas-se a tornar este sonho realidade.

“Brenddo mora na zona rural de Itapetinga, es-creve muito bem e é apaixonado por literatura. Ele tinha participado de uma palestra em que falaram sobre o Calendário, então me procurou,

contou a ideia e pediu que eu fosse proponente do projeto. Logo em seguida, começamos a pro-duzir o material”, conta a professora.

Deu certo. A proposta foi uma das 43 seleciona-das da 2ª Chamada de 2012 do edital e o I Fes-tival de Artes Literárias de Itapetinga aconteceu em dezembro daquele ano na Fundação Asso-ciação Cultural Itapetinguense, com oficinas ar-tísticas, bate-papo entre autores e a comunida-de, palestras, saraus, chá literário, exposições, shows musicais e um concurso literário, cujos três vencedores receberam uma coleção de li-vros da literatura brasileira e medalha. O evento contou com o lançamento do livro Olhos d’Água e Sabão, uma antologia que reúne poesias de 17 escritores de Itapetinga – entre eles, o pró-prio Brenddo –, publicação que também foi concretizada como parte das ações do projeto, numa tiragem de 500 exemplares, distribuída em bibliotecas e escolas de cidades da região.

“Além de darmos oportunidade para escritores que nunca participaram de um evento deste porte, ti-vemos muitas pessoas que voltaram a escrever a partir do que foi desenvolvido e apresentado em Itapetinga. O papel deste edital é muito importan-te, pois sem ele não teríamos conseguido realizar isso”, destaca Júlia Lícia.

Page 132: Bahia: Terra da Cultura

132

Ubaíra Uruçuca

AlagoinhasAmargosaAmélia Rodrigues

BarreirasBom Jesus da Lapa

CachoeiraCaetité CamaçariCampo FormosoCândido SalesCansanção Capim GrossoCaravelasCarinhanhaCasa Nova Conceição do CoitéCruz das Almas

Dias D'Ávila

Euclides da Cunha

Feira de Santana

Gandu

IaçuIbicoara Ibotirama IgaporãIlhéusIpiaúIrecêItaberabaItabunaItacaréItapetinga

JacobinaJaguaquara JequiéJuazeiro

Lafaiete CoutinhoLapãoLivramento de Nossa Senhora

Muniz Ferreira

Nova CanaãNova Soure

Oliveira dos Brejinhos

PalmeirasParatingaPaulo AfonsoPé de SerraPintadas Porto SeguroPrado

Rio de Contas

SalvadorSanta Bárbara Santa Cruz Cabrália Santa Maria da VitóriaSão DomingosSão Félix São Félix do CoribeSátiro DiasSenhor do BonfimSerrinha Simões Filho

Tanque Novo Terra Nova

Valença Vitória da Conquista

Wenceslau Guimarães

Xique-Xique

Cidades contempladas pelo Calendário das artes1ª Chamada 2012 + 2ª Chamada 2012 + 1ª Chamada 2013

Page 133: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

133

Ubaíra Uruçuca

AlagoinhasAmargosaAmélia Rodrigues

BarreirasBom Jesus da Lapa

CachoeiraCaetité CamaçariCampo FormosoCândido SalesCansanção Capim GrossoCaravelasCarinhanhaCasa Nova Conceição do CoitéCruz das Almas

Dias D'Ávila

Euclides da Cunha

Feira de Santana

Gandu

IaçuIbicoara Ibotirama IgaporãIlhéusIpiaúIrecêItaberabaItabunaItacaréItapetinga

JacobinaJaguaquara JequiéJuazeiro

Lafaiete CoutinhoLapãoLivramento de Nossa Senhora

Muniz Ferreira

Nova CanaãNova Soure

Oliveira dos Brejinhos

PalmeirasParatingaPaulo AfonsoPé de SerraPintadas Porto SeguroPrado

Rio de Contas

SalvadorSanta Bárbara Santa Cruz Cabrália Santa Maria da VitóriaSão DomingosSão Félix São Félix do CoribeSátiro DiasSenhor do BonfimSerrinha Simões Filho

Tanque Novo Terra Nova

Valença Vitória da Conquista

Wenceslau Guimarães

Xique-Xique

Cidades contempladas pelo Calendário das artes1ª Chamada 2012 + 2ª Chamada 2012 + 1ª Chamada 2013

Page 134: Bahia: Terra da Cultura

134

Fundação Cultural financia Projetos artísticos

Com o intuito de democratizar o acesso ao financia-mento público em toda a Bahia e de promover opor-tunidades de difusão da produção artística, a Funceb disponibilizou, em 2011/2012, R$ 3,173 milhões de re-cursos próprios em mecanismos de apoio a projetos artísticos. Através de edições de editais já tradicionais e outros novos lançados no período, e também do Ca-lendário de Apoio a Projetos Culturais, em 2011, e de duas Chamadas do Calendário das Artes, em 2012, contabilizam-se 278 propostas beneficiadas com es-tas iniciativas de fomento às artes.

ECONOMIA DA CULTUrA

Page 135: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

135

edital número de propostas

número de contemplados/

Premiados

valor total disponibilizado

Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger 2010/2011 | 4ª edição 109 1 r$ 60 mil

TCA.Núcleo 2011

17ª montagem: Outra Tempestade5 1 r$ 300 mil

quarta que Dança 2011 |13ª edição 99 15 r$ 100 mil

Salões regionais de Artes Visuais da Bahia 2011

19ª edição226 75 obras selecionadas; 9

premiadas r$ 63 mil

Festival Nacional 5 Minutos 2011 | 14ª edição 270 50 vídeos selecionados; 5 premiados r$ 30 mil

Calendário de Apoio a Projetos Culturais 2011 650 64 r$ 563 mil

Concurso Estadual de Estímulo à Crítica de Artes 2011

1ª edição

43 20 r$ 46,9 mil

Temporada Verão Cênico 2011/2012 | 1ª edição 96 34 r$ 168 mil

Calendário das Artes 2012 | 1ª Chamada 1.071 43 r$ 546 mil

quarta que Dança 2012 | 14ª edição 91 15 r$ 106 mil

TCA.Núcleo 2012 | 18ª montagem: Amor Barato 5 1 r$ 300 mil

Salões de Artes Visuais da Bahia 2012

20ª edição218 75 obras selecionadas; 9

premiadas r$ 63 mil

Festival Nacional 5 Minutos 2012 | 15ª edição 192 50 vídeos selecionados; 5 premiados r$ 30 mil

Calendário das Artes 2012 | 2ª Chamada 705 43 r$ 559 mil

Oficinas de qualificação nos Circos 2012

1ª edição25 10 r$ 119 mil

Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger 2012/2013

5ª edição

179 3 r$ 120 mil

Total 278 r$ 3.173.900,00

Page 136: Bahia: Terra da Cultura

136

PrEMIAçõES INCENTIVAM NOVOS ESCrITOrES

reafirmando sua atribuição de incentivar e promover a me-mória, história e a produção literária e acadêmica na Bahia, a Fundação Pedro Calmon (FPC) premiou com recursos pró-prios mais de r$ 90 mil nos anos de 2011 e 2012. Em 2011, foram lançados dois prêmios, o Prêmio hera de Publicação e o Prêmio de humor Gráfico: o fim e a continuidade do li-vro. No ano seguinte, foram lançadas mais duas novidades: o Prêmio Nacional de Novelas históricas e Prêmio de Poesia Damário Dacruz.

Em 2011, o Prêmio hera de Publicação contemplou com r$ 10 mil o livro Beira de rio: correnteza, de Carlos Barbosa, selecionado como o melhor livro de autor baiano publicado em 2010 e, com r$ 5 mil reais cada uma, as duas melhores dissertações de literatura defendida no mesmo ano: ritos de passagem: experiência erótica e o menino-narrador na ficção de Antônio Carlos Viana, de Paulo André de Carvalho Correia; e Kali, a senhora da dança: uma construção dramatúrgica a partir dos elementos de ioga, de Adelice Souza.

Já o Prêmio de humor Gráfico: o fim e a continuidade do livro sugeria a reflexão humorada sobre o tema do fim do livro, através de cartuns, charges, tiras e hqs e selecionou três tra-balhos: Álvaro Machado, premiado com r$ 7 mil pela primei-ra colocação; Davi Sales Batista, que recebeu r$ 5 mil pelo segundo lugar; e David ricardo de Jesus Silva, que obteve o terceiro lugar, com prêmio de r$ 3 mil.

O Prêmio Nacional de Novelas históricas contemplou, em 2012, obras literárias inéditas baseadas em fatos históricos baianos, com recursos totalizados em r$ 50 mil, distribu-ídos em cinco novelas referente a episódios marcantes da história da Bahia: O Dois de Julho, revolta dos Malês, A Sa-binada, revolta dos Búzios e Guerra de Canudos.

Lançado no mesmo ano, o Prêmio de Poesia Damário Dacruz tem como objetivo incentivar a poesia baiana. O concurso consiste na premiação em dinheiro dos três primeiros co-locados, somando o valor de r$ 6 mil, e na publicação de

ECONOMIA DA CULTUrA

Page 137: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

137

um livro reunindo 40 poemas selecionados dentre os par-ticipantes. O escritor e jornalista Elieser César conquistou a primeira colocação com o poema Fotografia. Segundo ele, a inspiração ocorreu quando remexia numa caixa de fotogra-fias da família. “Vi a foto da minha primeira infância, depois disso veio a inspiração. Estava numa mesa de bar e escrevi o poema de uma só vez”, recorda. Guido Manoel Santos Araújo e helder Santos rocha, com as poesias ”Flor Urbana II” e “O Autorretrato do Poema”, respectivamente, conquistaram a segunda e terceira colocação.

Page 138: Bahia: Terra da Cultura

138

FINANCIAMENTO PúBLICO INCrEMENTA PUBLICAçãO DE LIVrOS E rEALIzAçãO DE FEIrAS LITErÁrIAS NA CAPITAL E NO INTErIOr

todas as letras

Ficou mais fácil publicar livros na Bahia. Dinamizar a pro-dução editorial local é um dos compromissos da política de financiamento adotada pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. O setor agora conta com uma política específica para publicações. Desde o ano passado, foram lançados dois editais de Apoio à Publicação de Livros por Editoras Baianas. A iniciativa é voltada a projetos de coleções e obras indivi-duais, cuja temática seja a cultura baiana em suas diversas expressões. O investimento global, que no primeiro ano foi de r$ 300 mil, foi ampliado para r$ 400 mil em 2013.

A SecultBA deu prioridade, dentre as suas diretrizes, ao in-centivo ao crescimento da economia da cultura. A Diretoria do Livro e Leitura (DLL) da Fundação Pedro Calmon (FPC), instituída em 2011, vem contribuindo cada vez mais para a expansão e fortalecimento da cadeia produtiva do livro, através de iniciativas como o lançamento de editais voltados para editoras, a promoção de seminários e feiras de livros e o patrocínio e participação nos mais importantes eventos da área no estado.

Page 139: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

139

A FPC dialoga com diversas editoras, além de distribuidores, livreiros, en-tidades de fomento à leitura e escri-tores em todo o estado. Segundo o coordenador da Diretoria do Livro e da Leitura da FPC, Dênisson Padilha Filho, a Bahia conta com mais de 21 editoras (vide: www.fpc.ba.gov.br/edi-toras-baianas/), muitas delas, inclusi-ve fora da capital.

COLETâNEA - Uma das contempladas pelo edital de 2012, a editora P55 publicará uma coletânea com os li-vros Cultura e Opulência do Brasil, de André João Antonil; historia do Brasil, de Frei Vicente do Salvador; O Theatro na Bahia, de Filho Boccaneira Júnior e Memória a respeito dos Escravos, de Luiz Antônio de Oliveira Mendes. “Os nossos títulos visam a preserva-ção e o registro da memória baiana”,

destaca Marcelo Portugal, sócio-di-retor da P55, que já atua no merca-do há 10 anos. “Grandes livrarias representam as nossas publicações e conforme elas solicitam as obras, nós demandamos. A existência des-tas configurações possibilita que os títulos cheguem a outros estados”, conclui o editor.

Já o editor e proprietário da editora Kalango, Dhan ribeiro, também con-templado, enfatiza que o edital contri-bui para a profissionalização da produ-ção literária na Bahia. “Uma editora de médio porte na Bahia, quando investe em literatura poética, por exemplo, corre um risco financeiro. Mas com o edital torna-se produtivo elaborar algo de qualidade para o mercado exigente

Ner

ival

do G

óes

Projeto Conversando com Sua História

Page 140: Bahia: Terra da Cultura

140

e em crescente expansão”. A Kalango tem oito anos e já publicou mais de 50 títulos, distribuídos em cidades como Porto Ale-gre, Santa Catarina, São Paulo, rio Janeiro e no estado do Ceará.

Dênisson Padilha Filho enfatiza que a política de fomento é uma importante ferramenta no fortalecimento ao mercado editorial. “A ideia do edital é disponibi-lizar recursos para fortalecer as editoras baianas contempladas. Este propósito foi alinhado com outra forte atribuição da Fundação Pedro Calmon, que é a de recu-

perar a memória da Bahia, muitas vezes desconhecida do grande público, em es-pecial no que diz respeito a obras impor-tantes da cultura baiana que se encontram fora de catálogo e, portanto, indisponíveis para o leitor”, explica.

Ainda com o objetivo de fortalecer as edi-toras do estado, a FPC publicou diversos livros em co-edição, como as coleções Estante de Bolso, Obras raras da Cultura Baiana e Memória da Literatura Baiana, em parceria com editoras como a Livro.com, quarteto Editora, Casarão do Verbo

Ner

ival

do G

óes

ECONOMIA DA CULTUrA

Page 141: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

141

e UEFS Editora. Serão também publica-das pelo edital de Apoio à Publicação de Livros por Editoras Baianas, as seguintes coleções: Tempo Antigo: Memórias da história Bahiana, Literatura do Baixo Sul e história e histórias de Lia.

EVENTOS DE LITErATUrA - Foram instituí-das parcerias com a Feira Literária Inter-nacional de Cachoeira (Flica), Bienal do Livro da Bahia (Salvador), Feira do Livro

de Feira de Santana, em convênio com a UEFS e Jornadas de Leitura em cidades como São Felipe e Poções. Além do apoio financeiro a estes grandes eventos, a Dire-toria do Livro e da Leitura vem qualifican-do sua participação na programação, pro-movendo atividades que correspondem às suas atribuições, a exemplo do incentivo à prática da leitura e a promoção de debates sobre o mercado editorial, dentre outras.

Apresentação na Flica - Cachoeira

Page 142: Bahia: Terra da Cultura

142

FEIrAS LITErÁrIASSalvador/Bienal do Livro

A Bienal do Livro da Bahia já se firmou no calendário dos eventos literários de Salvador. A Secretaria de Cultura, por meio da Fundação Pedro Calmon, foi uma das patrocinadoras do maior evento literário da Bahia, que atraiu escritores do estado e do país. O inves-timento do Governo Estadual – através da SecultBA, Secretaria de Educação, Secretaria de Turismo e Secretaria da Fazenda – foi de r$ 300 mil em 2011 e de r$ 1,3 milhão em 2013, sendo r$ 600 mil em vale-livros.

Entre os 385 expositores presentes na Bienal – editores, livreiros, distri-buidores, veículos de comunicação e instituições do setor – destacaram-se dois importantes espaços, dedicados à literatura baiana: o estande institu-cional do Governo do Estado e um es-tande destinado às editoras baianas.

Em 2011, a FPC esteve presente no Es-paço ruy Espinheira Filho, onde ocor-reram diversas edições do Encontro com o Escritor, além de lançamentos de livros e contação de histórias. A Bie-nal do Livro da Bahia também integrou as comemorações pelo centenário de nascimento de Jorge Amado promo-vendo debates sobre a obra do escritor baiano e o lançamento da coletânea Jorge Amado de Todas as Cores. A obra é resultado do seminário Atualidade em Jorge Amado, organizado pela Fun-dação Pedro Calmon e a Academia de

Ner

ival

do G

óes

Divu

lgaç

ão

Divu

lgaç

ão

Bienal do Livro - setor infantil

ECONOMIA DA CULTUrA

Page 143: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

143

Divu

lgaç

ão

Letras da Bahia. Já em 2013, o estande homenageou autores negros, entre eles Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1917-2013), o historiador Ubiratan Castro (1948-2013), o estudioso Edison Carneiro (1912-1972), o poeta Jonatas Conceição (1952-2009) e a ialorixá Stella de Oxóssi, nomeada este ano para a Academia Baiana de Letras.

Já o estande destinado às editoras baianas buscou, ao mesmo tempo dar visibilidade aos livros publi-cados recentemente no estado e possibilitar o aces-so do público a esta emergente produção editorial. Atendendo a uma chamada pública, sete editoras de pequeno e médio porte (Caramurê, Vento Leste, quarteto, Todas as Falas, Editus, Kalango e Funda-ção Pierre Verger) que não participariam da Bienal, puderam expor e vender suas publicações durante todo o evento. Além delas, a União Baiana de Escri-tores também participou da Bienal.

CAChOEIrA/FLICA

Desde a primeira edição da Feira Literária Internacional de Cachoeira (Flica), realizada na cidade de Cachoeira Bahia, a Fundação Pedro Calmon contribui para sua realização através de financiamento direto. Somadas as duas edições do evento, foram investidos cerca de r$230 mil.

Em 2012, a Fundação também participou da progra-mação da Flica, através da presença do Feiramóvel – microônibus itinerante que possibilita o acesso do público aos livros publicados em co-edição pela FPC –, e da realização das inscrições do Prêmio Damário da Cruz, na cidade de Cachoeira. Já na primeira edição do evento em 2011, a FPC promoveu uma série de ativida-des culturais como encontro com escritores, sessão de autógrafos, seminários e recital de poesia.

Flica - Cachoeira

Page 144: Bahia: Terra da Cultura

144

outro ABc

Seminários e debates – Por meio de parceria com a Aca-demia de Letras da Bahia e outros fóruns de autores e li-vreiros, desde 2011, o projeto Seminários Novas Letras vem possibilitando a reflexão sobre importantes temas do universo dos livros e da leitura. O projeto consiste numa série de encontros mensais com os escritores baianos da atualidade, que, através de mesas-redondas, palestras e conferências abertas ao público, fortalecem a difusão da leitura e a disseminação da literatura no Estado. Dentre es-tes eventos, merece destaque no ano de 2012, a realização do Seminário Rede Produtiva do Livro, que contou com a presença da agente literária Marisa Moura (Página da Cul-tura), José Castilho (Secretário-executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura), a editora Flávia Garcia Rosa (Edufba), o editor Rosel Soares (Casarão do Verbo) e o presidente da Liga Baiana de Editores (Libre), Haroldo Ceravolo. A media-ção foi do escritor Carlos Ribeiro (ALB e UFRB) e da editora Márcia Tude (Livro.com).

ECONOMIA DA CULTUrA

FEIrA DE SANTANA/FESTIVAL LITErÁrIO DE FEIrA

Outro evento realizado em Feira de Santana, também recebeu apoio da SecultBA. Criada com o objetivo de despertar a comunidade do mu-nicípio para a leitura, a Feira do Livro – Festival Literário e Cultural chegou a sua 5ª edição em 2012. realizada a partir de convênio en-tre a Secretaria e a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), o evento conta com exposição e venda de livros, além de vasta pro-gramação com lançamento de livros, círculos de leitura, contação de histórias, recitais, palestras, oficinas, teatro, música e atividades de formação de leitor.

Page 145: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

145

FEIrINhA DO LIVrO - Mensalmente, livreiros e editores montam seus estandes na ampla Praça do Campo Grande, centro de Salvador, para realizar a já tradicional Feira Mensal de Livros do Campo Grande, sem-pre no primeiro domingo de cada mês, das 9h às 17h. Com o objetivo de democratizar o acesso de potenciais leitores, livros novos e usados são vendidos a preços populares pelos expositores, formados por edi-toras baianas, livreiros, sebos e autores independentes, através de entidades setoriais como a União Brasileira de Escritores - BA, que também contribuem para a dinamização da programação do evento com lançamentos de livros e sessões de autógrafo.

Este ano, foram realizadas 22 edições da Feira Mensal de Livros do Campo Grande, que, nos anos de 2011 e 2012, atingiu uma média de público estimada em quatro mil pessoas.

Feirinha do livro no Campo Grande

Acer

vo F

PC

Page 146: Bahia: Terra da Cultura

146

A cooperação não acontece ape-nas entre culturas e territórios distintos, mas também entre

áreas de reflexão e de práticas dife-renciadas. Para desenvolver a cultu-ra, é imprescindível considerar sua articulação, cada dia mais essen-cial, com campos afins. Nesse senti-do, a SECULT busca desenvolver um trabalho colaborativo com outras áreas e secretarias, como educação, comunicação, ciência e tecnologia, turismo, economia, segurança pú-blica, saúde, urbanismo e trabalho, entre outras.

Não existem políticas culturais na atualidade sem educação e comu-nicação. A interface entre cultura, educação e comunicação é vital na contemporaneidade. A educação é, em boa medida, transmissão da herança cultural de uma geração à outra. quando se fala em comunica-

ção, não se deve esquecer que suas mídias não só transmitem cultura, mas são hoje gigantescas produto-ras de cultura. A importância dessa visão colaborativa aparece também em outras áreas, a exemplo do pa-trimônio, como mostram as ações e projetos desenvolvidos, o turismo e a promoção da igualdade racial.

O trabalho colaborativo, com outras áreas e suas instituições, emerge hoje como vital para fortalecer as políticas culturais e consolidá-las como políticas integradas de gover-no e mesmo políticas de estado, que transcendam governos.

Page 147: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

147

Acervo

SecultB

A

Acervo

SecultB

A

Page 148: Bahia: Terra da Cultura

148

AlArgAmento dAS trAnSVerSAlidAdeS culturAiS

CCPI / SECULT - SEPROMIComissão de Sustentabilidade de Povos e Comunidades Tradicionais

Desde novembro de 2011, o CCPI representa a SecultBA na Comissão de Sustentabilidade de Povos e Comunidades Tradicionais, coordenada pela SEPROMI, que tem como objetivo traçar as políticas para povos e comunidades tradicionais (povos ciganos, povos de santo, quilombolas, povos indígenas). São 15 representantes do governo e 15 da sociedade civil.

CCPI / SECULT - SERINTEREncontro Iberoamericano do Ano Internac-ional dos Afrodescendentes – Afro XXI

Apoio para a programação cultural do Encontro Ibero Apoio para a programação cultural do Encontro Ibero Americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes – Afro XXI, realizado no Centro Histórico em novembro de 2011.

CCPI / SECULT - SETURSalão Baiano de Turismo

Em maio de 2012, a SecultBA através do CCPI, realizou uma grande de exposição sobre cultura popular no I Salão Baiano de Turismo, promovido pela Secretaria de Turismo (SETUR), no Centro de Convenções de Salvador/BA. Tendo em vista sua missão de promover, valorizar e fortalecer as manifestações populares e de identidade do estado, o CCPI foi responsável pela concepção, articulação e execução da exposição sobre a diversidade cultural da Bahia e cortejo com a participação de vários grupos de cultura popular.

CCPI / SECULT - SCJDHComitê LGBT

O CCPI passou a integrar o Comitê Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – Comitê LGBT. O órgão busca promover a articulação dos órgãos entidades envolvidos na implementação das ações que assegurem a promoção da cidadania e direitos humanos da população LGBT e é vinculado á Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.

SECULT - SEMA/SETURFestival de Lençóis

Parceria entre a Secretaria de Turismo - Setur e a Secretaria do Meio Ambiente - Sema, com a finalidade de apoiar a realização do Festival de Lençóis, realizado em outubro de 2012 e 2013, evento que ocorre há 15 anos, reunindo atrações musicais, arte e educação ambiental.

SECULT - SETREPrograma Trilha das Artes

Através da parceria entre a Secretaria de Cultura, a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte e a Coordenação de Juventude da Secretaria de Relações Institucionais do Governo do Estado da Bahia, a concepção do programa “Na Trilha do Emprego” foi ampliada. Em 2012, além da formação de jovens para o mercado de trabalho em campos técnicos tradicionais, o programa “Na Trilha das Artes” promoveu na capital e em sete cidades do interior formação nas áreas mais diversas da cultura: de técnicas de palco e produção cultural, a cultura digital e mobilização de redes sociais. Em novembro de 2012, o Programa certificou 500 jovens de 16 a 29 anos, em situação de desem-prego involuntário, cujas famílias estão cadastradas no Programa Bolsa Família do Governo Federal.

FPC/SECULT - SECPlano Estadual do livro e Leitura (PELL)

O Plano Estadual do Livro e Leitura apresenta os 11 objetivos, 8 estratégias e 51 ações que vão orientar as ações do setor nos próximos dez anos (2013-2022). Sob a coordenação das Secretarias da Cultura e da Educação da Bahia, o Conselho Deliberativo do Plano Estadual do Livro e Leitura do Estado da Bahia realizou, entre julho de 2012 e janeiro de 2013, diversas atividades que conduziram à elaboração deste documento, que se organiza em torno de três eixos temáticos: Democratização do acesso, Valorização da leitura como prática social e Desenvolvimento da economia do livro. Este Plano já passou por consulta pública e será submetido à Assembleia Legislativa.

FPC/SECULT - SECCurso Ensino de História da Bahia

A atividade, que aborda a História da Bahia desde a Colônia até a República, ressaltou a importância do ensino de história do estado para os alunos da rede pública estadual. A parceria entre a FPC/SECULT e o Instituto Anísio Teixeira/SEC faz parte de uma ação do Governo do Estado para inserir a disciplina História da Bahia no currículo do Ensino Básico. Em 2013, com duração de cinco meses, foi abordado um módulo por mês atendendo a um total de 1.383 participantes.

FPC/SECULT- SAEBRota da Independência da Bahia

Realizado em parceria com o Serviço de Atendimento ao Cidadão - SAC Móvel,o projeto circula por oito municípios do Recôncavo Baiano que protagonizaram a saga da Independência da Bahia. A Rota conta com a participação da Biblioteca Móvel da Biblioteca de Extensão – BIBEX da Fundação Pedro Calmon, por meio de atividades de contação de histórias, pintura e desenho, jogos educa-tivos, recitais de poesia e palestras. O roteiro começa na cidade de Cachoeira, em 25 de junho, dia em que o municí-pio se transforma na capital do Estado.

FPC/SECULT- SJCDHMemórias Reveladas das Lutas Políticas na Bahia (1964-1985)

Por iniciativa da Casa Civil da Presidência da República foi elaborado o projeto Memórias Reveladas, sendo implementado no Estado da Bahia pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos - SJCDH. O projeto objetiva difundir a memória e história das lutas políticas na Bahia entre as décadas de 1960 e 1980.

FPC/SECULT - SSPPrograma Pacto Pela Vida

O Programa do Governo Estadual Pacto pela Vida visa implantar uma política de segurança pública transversal e integrada, que projete a cidadania, garanta os direitos humanos, reduza os índices de criminalidade, violência e vulnerabilidade das comunidades, com base em ações construídas de forma pactuada junto à sociedade e as secretarias de governo. A parceria da Secretaria de Cultura com o Programa tem como destaque duas ações: a Biblioteca Móvel da Biblioteca de Extensão, vinculada à Fundação Pedro Calmon, que promove o acesso a serviços de atendimento e funções de biblioteca como emprésti-mos domiciliar, consulta e pesquisa no Calabar, Chapada do Rio Vermelho e Fazenda Coutos; e a implantação, pela Escola de Dança da FUNCEB o Núcleo de Formação em Dança, no Centro Social Urbano - CSU do Nordeste de Amaralina, cujo programa de iniciação em dança consolida-se através do Curso de Qualificação Artística em Dança, atendendo inicialmente a 150 crianças e jovens.

IPAC / SECULT - SECRestauração dos Murais da Escola Parque

Através de um convênio firmado entre a SecultBA, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) e a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC), foi iniciada, em 2012, a restauração de nove obras de arte – entre murais e painéis sobre madeira de grandes dimensões, além de uma tela – do Centro Educacional Carneiro Ribeiro (Escola Parque e Escolas Classes I, II e III) no bairro da Caixa D´água, em Salvador, tombado como Patrimônio da Bahia desde 1981 por sua importância arquitetônica. As obras, pintadas entre as décadas de 1940 e 1950, são de artistas plásticos renoma-dos nacional e internacionalmente como Maria Célia Amado, Carlos Magano, Jenner Augusto, Carybé, Carlos Bastos e Djanira Motta da Silva. Dois afrescos já foram restaurados e devolvidos à população em junho de 2013. Além da restauração, o convênio no valor de R$ 1,2 milhão, inclui ações de educação patrimonial para a comunidade, com visitas dirigidas às obras, produção de videodocumentário e elaboração de cartilhas em quadrinhos a serem distribuídas entre alunos da rede pública de ensino.

ProgrAmAS

CCPI / SECULT - SEPROMIComissão de Sustentabilidade de Povos e Comunidades Tradicionais

Desde novembro de 2011, o CCPI representa a SecultBA na Comissão de Sustentabilidade de Povos e Comunidades Tradicionais, coordenada pela SEPROMI, que tem como objetivo traçar as políticas para povos e comunidades tradicionais (povos ciganos, povos de santo, quilombolas, povos indígenas). São 15 representantes do governo e 15 da sociedade civil.

CCPI / SECULT - SERINTEREncontro Iberoamericano do Ano Internac-ional dos Afrodescendentes – Afro XXI

Apoio para a programação cultural do Encontro Ibero Apoio para a programação cultural do Encontro Ibero Americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes – Afro XXI, realizado no Centro Histórico em novembro de 2011.

CCPI / SECULT - SETURSalão Baiano de Turismo

Em maio de 2012, a SecultBA através do CCPI, realizou uma grande de exposição sobre cultura popular no I Salão Baiano de Turismo, promovido pela Secretaria de Turismo (SETUR), no Centro de Convenções de Salvador/BA. Tendo em vista sua missão de promover, valorizar e fortalecer as manifestações populares e de identidade do estado, o CCPI foi responsável pela concepção, articulação e execução da exposição sobre a diversidade cultural da Bahia e cortejo com a participação de vários grupos de cultura popular.

CCPI / SECULT - SCJDHComitê LGBT

O CCPI passou a integrar o Comitê Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – Comitê LGBT. O órgão busca promover a articulação dos órgãos entidades envolvidos na implementação das ações que assegurem a promoção da cidadania e direitos humanos da população LGBT e é vinculado á Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.

SECULT - SEMA/SETURFestival de Lençóis

Parceria entre a Secretaria de Turismo - Setur e a Secretaria do Meio Ambiente - Sema, com a finalidade de apoiar a realização do Festival de Lençóis, realizado em outubro de 2012 e 2013, evento que ocorre há 15 anos, reunindo atrações musicais, arte e educação ambiental.

SECULT - SETREPrograma Trilha das Artes

Através da parceria entre a Secretaria de Cultura, a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte e a Coordenação de Juventude da Secretaria de Relações Institucionais do Governo do Estado da Bahia, a concepção do programa “Na Trilha do Emprego” foi ampliada. Em 2012, além da formação de jovens para o mercado de trabalho em campos técnicos tradicionais, o programa “Na Trilha das Artes” promoveu na capital e em sete cidades do interior formação nas áreas mais diversas da cultura: de técnicas de palco e produção cultural, a cultura digital e mobilização de redes sociais. Em novembro de 2012, o Programa certificou 500 jovens de 16 a 29 anos, em situação de desem-prego involuntário, cujas famílias estão cadastradas no Programa Bolsa Família do Governo Federal.

FPC/SECULT - SECPlano Estadual do livro e Leitura (PELL)

O Plano Estadual do Livro e Leitura apresenta os 11 objetivos, 8 estratégias e 51 ações que vão orientar as ações do setor nos próximos dez anos (2013-2022). Sob a coordenação das Secretarias da Cultura e da Educação da Bahia, o Conselho Deliberativo do Plano Estadual do Livro e Leitura do Estado da Bahia realizou, entre julho de 2012 e janeiro de 2013, diversas atividades que conduziram à elaboração deste documento, que se organiza em torno de três eixos temáticos: Democratização do acesso, Valorização da leitura como prática social e Desenvolvimento da economia do livro. Este Plano já passou por consulta pública e será submetido à Assembleia Legislativa.

FPC/SECULT - SECCurso Ensino de História da Bahia

A atividade, que aborda a História da Bahia desde a Colônia até a República, ressaltou a importância do ensino de história do estado para os alunos da rede pública estadual. A parceria entre a FPC/SECULT e o Instituto Anísio Teixeira/SEC faz parte de uma ação do Governo do Estado para inserir a disciplina História da Bahia no currículo do Ensino Básico. Em 2013, com duração de cinco meses, foi abordado um módulo por mês atendendo a um total de 1.383 participantes.

FPC/SECULT- SAEBRota da Independência da Bahia

Realizado em parceria com o Serviço de Atendimento ao Cidadão - SAC Móvel,o projeto circula por oito municípios do Recôncavo Baiano que protagonizaram a saga da Independência da Bahia. A Rota conta com a participação da Biblioteca Móvel da Biblioteca de Extensão – BIBEX da Fundação Pedro Calmon, por meio de atividades de contação de histórias, pintura e desenho, jogos educa-tivos, recitais de poesia e palestras. O roteiro começa na cidade de Cachoeira, em 25 de junho, dia em que o municí-pio se transforma na capital do Estado.

FPC/SECULT- SJCDHMemórias Reveladas das Lutas Políticas na Bahia (1964-1985)

Por iniciativa da Casa Civil da Presidência da República foi elaborado o projeto Memórias Reveladas, sendo implementado no Estado da Bahia pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos - SJCDH. O projeto objetiva difundir a memória e história das lutas políticas na Bahia entre as décadas de 1960 e 1980.

FPC/SECULT - SSPPrograma Pacto Pela Vida

O Programa do Governo Estadual Pacto pela Vida visa implantar uma política de segurança pública transversal e integrada, que projete a cidadania, garanta os direitos humanos, reduza os índices de criminalidade, violência e vulnerabilidade das comunidades, com base em ações construídas de forma pactuada junto à sociedade e as secretarias de governo. A parceria da Secretaria de Cultura com o Programa tem como destaque duas ações: a Biblioteca Móvel da Biblioteca de Extensão, vinculada à Fundação Pedro Calmon, que promove o acesso a serviços de atendimento e funções de biblioteca como emprésti-mos domiciliar, consulta e pesquisa no Calabar, Chapada do Rio Vermelho e Fazenda Coutos; e a implantação, pela Escola de Dança da FUNCEB o Núcleo de Formação em Dança, no Centro Social Urbano - CSU do Nordeste de Amaralina, cujo programa de iniciação em dança consolida-se através do Curso de Qualificação Artística em Dança, atendendo inicialmente a 150 crianças e jovens.

IPAC / SECULT - SECRestauração dos Murais da Escola Parque

Através de um convênio firmado entre a SecultBA, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) e a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC), foi iniciada, em 2012, a restauração de nove obras de arte – entre murais e painéis sobre madeira de grandes dimensões, além de uma tela – do Centro Educacional Carneiro Ribeiro (Escola Parque e Escolas Classes I, II e III) no bairro da Caixa D´água, em Salvador, tombado como Patrimônio da Bahia desde 1981 por sua importância arquitetônica. As obras, pintadas entre as décadas de 1940 e 1950, são de artistas plásticos renoma-dos nacional e internacionalmente como Maria Célia Amado, Carlos Magano, Jenner Augusto, Carybé, Carlos Bastos e Djanira Motta da Silva. Dois afrescos já foram restaurados e devolvidos à população em junho de 2013. Além da restauração, o convênio no valor de R$ 1,2 milhão, inclui ações de educação patrimonial para a comunidade, com visitas dirigidas às obras, produção de videodocumentário e elaboração de cartilhas em quadrinhos a serem distribuídas entre alunos da rede pública de ensino.

TrANSVErSALIDADES

Page 149: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

149

ProgrAmAS

CCPI / SECULT - SEPROMIComissão de Sustentabilidade de Povos e Comunidades Tradicionais

Desde novembro de 2011, o CCPI representa a SecultBA na Comissão de Sustentabilidade de Povos e Comunidades Tradicionais, coordenada pela SEPROMI, que tem como objetivo traçar as políticas para povos e comunidades tradicionais (povos ciganos, povos de santo, quilombolas, povos indígenas). São 15 representantes do governo e 15 da sociedade civil.

CCPI / SECULT - SERINTEREncontro Iberoamericano do Ano Internac-ional dos Afrodescendentes – Afro XXI

Apoio para a programação cultural do Encontro Ibero Apoio para a programação cultural do Encontro Ibero Americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes – Afro XXI, realizado no Centro Histórico em novembro de 2011.

CCPI / SECULT - SETURSalão Baiano de Turismo

Em maio de 2012, a SecultBA através do CCPI, realizou uma grande de exposição sobre cultura popular no I Salão Baiano de Turismo, promovido pela Secretaria de Turismo (SETUR), no Centro de Convenções de Salvador/BA. Tendo em vista sua missão de promover, valorizar e fortalecer as manifestações populares e de identidade do estado, o CCPI foi responsável pela concepção, articulação e execução da exposição sobre a diversidade cultural da Bahia e cortejo com a participação de vários grupos de cultura popular.

CCPI / SECULT - SCJDHComitê LGBT

O CCPI passou a integrar o Comitê Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – Comitê LGBT. O órgão busca promover a articulação dos órgãos entidades envolvidos na implementação das ações que assegurem a promoção da cidadania e direitos humanos da população LGBT e é vinculado á Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.

SECULT - SEMA/SETURFestival de Lençóis

Parceria entre a Secretaria de Turismo - Setur e a Secretaria do Meio Ambiente - Sema, com a finalidade de apoiar a realização do Festival de Lençóis, realizado em outubro de 2012 e 2013, evento que ocorre há 15 anos, reunindo atrações musicais, arte e educação ambiental.

SECULT - SETREPrograma Trilha das Artes

Através da parceria entre a Secretaria de Cultura, a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte e a Coordenação de Juventude da Secretaria de Relações Institucionais do Governo do Estado da Bahia, a concepção do programa “Na Trilha do Emprego” foi ampliada. Em 2012, além da formação de jovens para o mercado de trabalho em campos técnicos tradicionais, o programa “Na Trilha das Artes” promoveu na capital e em sete cidades do interior formação nas áreas mais diversas da cultura: de técnicas de palco e produção cultural, a cultura digital e mobilização de redes sociais. Em novembro de 2012, o Programa certificou 500 jovens de 16 a 29 anos, em situação de desem-prego involuntário, cujas famílias estão cadastradas no Programa Bolsa Família do Governo Federal.

FPC/SECULT - SECPlano Estadual do livro e Leitura (PELL)

O Plano Estadual do Livro e Leitura apresenta os 11 objetivos, 8 estratégias e 51 ações que vão orientar as ações do setor nos próximos dez anos (2013-2022). Sob a coordenação das Secretarias da Cultura e da Educação da Bahia, o Conselho Deliberativo do Plano Estadual do Livro e Leitura do Estado da Bahia realizou, entre julho de 2012 e janeiro de 2013, diversas atividades que conduziram à elaboração deste documento, que se organiza em torno de três eixos temáticos: Democratização do acesso, Valorização da leitura como prática social e Desenvolvimento da economia do livro. Este Plano já passou por consulta pública e será submetido à Assembleia Legislativa.

FPC/SECULT - SECCurso Ensino de História da Bahia

A atividade, que aborda a História da Bahia desde a Colônia até a República, ressaltou a importância do ensino de história do estado para os alunos da rede pública estadual. A parceria entre a FPC/SECULT e o Instituto Anísio Teixeira/SEC faz parte de uma ação do Governo do Estado para inserir a disciplina História da Bahia no currículo do Ensino Básico. Em 2013, com duração de cinco meses, foi abordado um módulo por mês atendendo a um total de 1.383 participantes.

FPC/SECULT- SAEBRota da Independência da Bahia

Realizado em parceria com o Serviço de Atendimento ao Cidadão - SAC Móvel,o projeto circula por oito municípios do Recôncavo Baiano que protagonizaram a saga da Independência da Bahia. A Rota conta com a participação da Biblioteca Móvel da Biblioteca de Extensão – BIBEX da Fundação Pedro Calmon, por meio de atividades de contação de histórias, pintura e desenho, jogos educa-tivos, recitais de poesia e palestras. O roteiro começa na cidade de Cachoeira, em 25 de junho, dia em que o municí-pio se transforma na capital do Estado.

FPC/SECULT- SJCDHMemórias Reveladas das Lutas Políticas na Bahia (1964-1985)

Por iniciativa da Casa Civil da Presidência da República foi elaborado o projeto Memórias Reveladas, sendo implementado no Estado da Bahia pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos - SJCDH. O projeto objetiva difundir a memória e história das lutas políticas na Bahia entre as décadas de 1960 e 1980.

FPC/SECULT - SSPPrograma Pacto Pela Vida

O Programa do Governo Estadual Pacto pela Vida visa implantar uma política de segurança pública transversal e integrada, que projete a cidadania, garanta os direitos humanos, reduza os índices de criminalidade, violência e vulnerabilidade das comunidades, com base em ações construídas de forma pactuada junto à sociedade e as secretarias de governo. A parceria da Secretaria de Cultura com o Programa tem como destaque duas ações: a Biblioteca Móvel da Biblioteca de Extensão, vinculada à Fundação Pedro Calmon, que promove o acesso a serviços de atendimento e funções de biblioteca como emprésti-mos domiciliar, consulta e pesquisa no Calabar, Chapada do Rio Vermelho e Fazenda Coutos; e a implantação, pela Escola de Dança da FUNCEB o Núcleo de Formação em Dança, no Centro Social Urbano - CSU do Nordeste de Amaralina, cujo programa de iniciação em dança consolida-se através do Curso de Qualificação Artística em Dança, atendendo inicialmente a 150 crianças e jovens.

IPAC / SECULT - SECRestauração dos Murais da Escola Parque

Através de um convênio firmado entre a SecultBA, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) e a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC), foi iniciada, em 2012, a restauração de nove obras de arte – entre murais e painéis sobre madeira de grandes dimensões, além de uma tela – do Centro Educacional Carneiro Ribeiro (Escola Parque e Escolas Classes I, II e III) no bairro da Caixa D´água, em Salvador, tombado como Patrimônio da Bahia desde 1981 por sua importância arquitetônica. As obras, pintadas entre as décadas de 1940 e 1950, são de artistas plásticos renoma-dos nacional e internacionalmente como Maria Célia Amado, Carlos Magano, Jenner Augusto, Carybé, Carlos Bastos e Djanira Motta da Silva. Dois afrescos já foram restaurados e devolvidos à população em junho de 2013. Além da restauração, o convênio no valor de R$ 1,2 milhão, inclui ações de educação patrimonial para a comunidade, com visitas dirigidas às obras, produção de videodocumentário e elaboração de cartilhas em quadrinhos a serem distribuídas entre alunos da rede pública de ensino.

BAHIA: TERRA DA CULTURA

Page 150: Bahia: Terra da Cultura

150

CCPI / SECULT - SEPROMIComissão de Sustentabilidade de Povos e Comunidades Tradicionais

Desde novembro de 2011, o CCPI representa a SecultBA na Comissão de Sustentabilidade de Povos e Comunidades Tradicionais, coordenada pela SEPROMI, que tem como objetivo traçar as políticas para povos e comunidades tradicionais (povos ciganos, povos de santo, quilombolas, povos indígenas). São 15 representantes do governo e 15 da sociedade civil.

CCPI / SECULT - SERINTEREncontro Iberoamericano do Ano Internac-ional dos Afrodescendentes – Afro XXI

Apoio para a programação cultural do Encontro Ibero Apoio para a programação cultural do Encontro Ibero Americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes – Afro XXI, realizado no Centro Histórico em novembro de 2011.

CCPI / SECULT - SETURSalão Baiano de Turismo

Em maio de 2012, a SecultBA através do CCPI, realizou uma grande de exposição sobre cultura popular no I Salão Baiano de Turismo, promovido pela Secretaria de Turismo (SETUR), no Centro de Convenções de Salvador/BA. Tendo em vista sua missão de promover, valorizar e fortalecer as manifestações populares e de identidade do estado, o CCPI foi responsável pela concepção, articulação e execução da exposição sobre a diversidade cultural da Bahia e cortejo com a participação de vários grupos de cultura popular.

CCPI / SECULT - SCJDHComitê LGBT

O CCPI passou a integrar o Comitê Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – Comitê LGBT. O órgão busca promover a articulação dos órgãos entidades envolvidos na implementação das ações que assegurem a promoção da cidadania e direitos humanos da população LGBT e é vinculado á Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.

SECULT - SEMA/SETURFestival de Lençóis

Parceria entre a Secretaria de Turismo - Setur e a Secretaria do Meio Ambiente - Sema, com a finalidade de apoiar a realização do Festival de Lençóis, realizado em outubro de 2012 e 2013, evento que ocorre há 15 anos, reunindo atrações musicais, arte e educação ambiental.

SECULT - SETREPrograma Trilha das Artes

Através da parceria entre a Secretaria de Cultura, a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte e a Coordenação de Juventude da Secretaria de Relações Institucionais do Governo do Estado da Bahia, a concepção do programa “Na Trilha do Emprego” foi ampliada. Em 2012, além da formação de jovens para o mercado de trabalho em campos técnicos tradicionais, o programa “Na Trilha das Artes” promoveu na capital e em sete cidades do interior formação nas áreas mais diversas da cultura: de técnicas de palco e produção cultural, a cultura digital e mobilização de redes sociais. Em novembro de 2012, o Programa certificou 500 jovens de 16 a 29 anos, em situação de desem-prego involuntário, cujas famílias estão cadastradas no Programa Bolsa Família do Governo Federal.

FPC/SECULT - SECPlano Estadual do livro e Leitura (PELL)

O Plano Estadual do Livro e Leitura apresenta os 11 objetivos, 8 estratégias e 51 ações que vão orientar as ações do setor nos próximos dez anos (2013-2022). Sob a coordenação das Secretarias da Cultura e da Educação da Bahia, o Conselho Deliberativo do Plano Estadual do Livro e Leitura do Estado da Bahia realizou, entre julho de 2012 e janeiro de 2013, diversas atividades que conduziram à elaboração deste documento, que se organiza em torno de três eixos temáticos: Democratização do acesso, Valorização da leitura como prática social e Desenvolvimento da economia do livro. Este Plano já passou por consulta pública e será submetido à Assembleia Legislativa.

FPC/SECULT - SECCurso Ensino de História da Bahia

A atividade, que aborda a História da Bahia desde a Colônia até a República, ressaltou a importância do ensino de história do estado para os alunos da rede pública estadual. A parceria entre a FPC/SECULT e o Instituto Anísio Teixeira/SEC faz parte de uma ação do Governo do Estado para inserir a disciplina História da Bahia no currículo do Ensino Básico. Em 2013, com duração de cinco meses, foi abordado um módulo por mês atendendo a um total de 1.383 participantes.

FPC/SECULT- SAEBRota da Independência da Bahia

Realizado em parceria com o Serviço de Atendimento ao Cidadão - SAC Móvel,o projeto circula por oito municípios do Recôncavo Baiano que protagonizaram a saga da Independência da Bahia. A Rota conta com a participação da Biblioteca Móvel da Biblioteca de Extensão – BIBEX da Fundação Pedro Calmon, por meio de atividades de contação de histórias, pintura e desenho, jogos educa-tivos, recitais de poesia e palestras. O roteiro começa na cidade de Cachoeira, em 25 de junho, dia em que o municí-pio se transforma na capital do Estado.

FPC/SECULT- SJCDHMemórias Reveladas das Lutas Políticas na Bahia (1964-1985)

Por iniciativa da Casa Civil da Presidência da República foi elaborado o projeto Memórias Reveladas, sendo implementado no Estado da Bahia pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos - SJCDH. O projeto objetiva difundir a memória e história das lutas políticas na Bahia entre as décadas de 1960 e 1980.

FPC/SECULT - SSPPrograma Pacto Pela Vida

O Programa do Governo Estadual Pacto pela Vida visa implantar uma política de segurança pública transversal e integrada, que projete a cidadania, garanta os direitos humanos, reduza os índices de criminalidade, violência e vulnerabilidade das comunidades, com base em ações construídas de forma pactuada junto à sociedade e as secretarias de governo. A parceria da Secretaria de Cultura com o Programa tem como destaque duas ações: a Biblioteca Móvel da Biblioteca de Extensão, vinculada à Fundação Pedro Calmon, que promove o acesso a serviços de atendimento e funções de biblioteca como emprésti-mos domiciliar, consulta e pesquisa no Calabar, Chapada do Rio Vermelho e Fazenda Coutos; e a implantação, pela Escola de Dança da FUNCEB o Núcleo de Formação em Dança, no Centro Social Urbano - CSU do Nordeste de Amaralina, cujo programa de iniciação em dança consolida-se através do Curso de Qualificação Artística em Dança, atendendo inicialmente a 150 crianças e jovens.

IPAC / SECULT - SECRestauração dos Murais da Escola Parque

Através de um convênio firmado entre a SecultBA, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) e a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC), foi iniciada, em 2012, a restauração de nove obras de arte – entre murais e painéis sobre madeira de grandes dimensões, além de uma tela – do Centro Educacional Carneiro Ribeiro (Escola Parque e Escolas Classes I, II e III) no bairro da Caixa D´água, em Salvador, tombado como Patrimônio da Bahia desde 1981 por sua importância arquitetônica. As obras, pintadas entre as décadas de 1940 e 1950, são de artistas plásticos renoma-dos nacional e internacionalmente como Maria Célia Amado, Carlos Magano, Jenner Augusto, Carybé, Carlos Bastos e Djanira Motta da Silva. Dois afrescos já foram restaurados e devolvidos à população em junho de 2013. Além da restauração, o convênio no valor de R$ 1,2 milhão, inclui ações de educação patrimonial para a comunidade, com visitas dirigidas às obras, produção de videodocumentário e elaboração de cartilhas em quadrinhos a serem distribuídas entre alunos da rede pública de ensino.

AlArgAmento dAS trAnSVerSAlidAdeS culturAiS

CCPI / SECULT - SEPROMIComissão de Sustentabilidade de Povos e Comunidades Tradicionais

Desde novembro de 2011, o CCPI representa a SecultBA na Comissão de Sustentabilidade de Povos e Comunidades Tradicionais, coordenada pela SEPROMI, que tem como objetivo traçar as políticas para povos e comunidades tradicionais (povos ciganos, povos de santo, quilombolas, povos indígenas). São 15 representantes do governo e 15 da sociedade civil.

CCPI / SECULT - SERINTEREncontro Iberoamericano do Ano Internac-ional dos Afrodescendentes – Afro XXI

Apoio para a programação cultural do Encontro Ibero Apoio para a programação cultural do Encontro Ibero Americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes – Afro XXI, realizado no Centro Histórico em novembro de 2011.

CCPI / SECULT - SETURSalão Baiano de Turismo

Em maio de 2012, a SecultBA através do CCPI, realizou uma grande de exposição sobre cultura popular no I Salão Baiano de Turismo, promovido pela Secretaria de Turismo (SETUR), no Centro de Convenções de Salvador/BA. Tendo em vista sua missão de promover, valorizar e fortalecer as manifestações populares e de identidade do estado, o CCPI foi responsável pela concepção, articulação e execução da exposição sobre a diversidade cultural da Bahia e cortejo com a participação de vários grupos de cultura popular.

CCPI / SECULT - SCJDHComitê LGBT

O CCPI passou a integrar o Comitê Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – Comitê LGBT. O órgão busca promover a articulação dos órgãos entidades envolvidos na implementação das ações que assegurem a promoção da cidadania e direitos humanos da população LGBT e é vinculado á Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.

SECULT - SEMA/SETURFestival de Lençóis

Parceria entre a Secretaria de Turismo - Setur e a Secretaria do Meio Ambiente - Sema, com a finalidade de apoiar a realização do Festival de Lençóis, realizado em outubro de 2012 e 2013, evento que ocorre há 15 anos, reunindo atrações musicais, arte e educação ambiental.

SECULT - SETREPrograma Trilha das Artes

Através da parceria entre a Secretaria de Cultura, a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte e a Coordenação de Juventude da Secretaria de Relações Institucionais do Governo do Estado da Bahia, a concepção do programa “Na Trilha do Emprego” foi ampliada. Em 2012, além da formação de jovens para o mercado de trabalho em campos técnicos tradicionais, o programa “Na Trilha das Artes” promoveu na capital e em sete cidades do interior formação nas áreas mais diversas da cultura: de técnicas de palco e produção cultural, a cultura digital e mobilização de redes sociais. Em novembro de 2012, o Programa certificou 500 jovens de 16 a 29 anos, em situação de desem-prego involuntário, cujas famílias estão cadastradas no Programa Bolsa Família do Governo Federal.

FPC/SECULT - SECPlano Estadual do livro e Leitura (PELL)

O Plano Estadual do Livro e Leitura apresenta os 11 objetivos, 8 estratégias e 51 ações que vão orientar as ações do setor nos próximos dez anos (2013-2022). Sob a coordenação das Secretarias da Cultura e da Educação da Bahia, o Conselho Deliberativo do Plano Estadual do Livro e Leitura do Estado da Bahia realizou, entre julho de 2012 e janeiro de 2013, diversas atividades que conduziram à elaboração deste documento, que se organiza em torno de três eixos temáticos: Democratização do acesso, Valorização da leitura como prática social e Desenvolvimento da economia do livro. Este Plano já passou por consulta pública e será submetido à Assembleia Legislativa.

FPC/SECULT - SECCurso Ensino de História da Bahia

A atividade, que aborda a História da Bahia desde a Colônia até a República, ressaltou a importância do ensino de história do estado para os alunos da rede pública estadual. A parceria entre a FPC/SECULT e o Instituto Anísio Teixeira/SEC faz parte de uma ação do Governo do Estado para inserir a disciplina História da Bahia no currículo do Ensino Básico. Em 2013, com duração de cinco meses, foi abordado um módulo por mês atendendo a um total de 1.383 participantes.

FPC/SECULT- SAEBRota da Independência da Bahia

Realizado em parceria com o Serviço de Atendimento ao Cidadão - SAC Móvel,o projeto circula por oito municípios do Recôncavo Baiano que protagonizaram a saga da Independência da Bahia. A Rota conta com a participação da Biblioteca Móvel da Biblioteca de Extensão – BIBEX da Fundação Pedro Calmon, por meio de atividades de contação de histórias, pintura e desenho, jogos educa-tivos, recitais de poesia e palestras. O roteiro começa na cidade de Cachoeira, em 25 de junho, dia em que o municí-pio se transforma na capital do Estado.

FPC/SECULT- SJCDHMemórias Reveladas das Lutas Políticas na Bahia (1964-1985)

Por iniciativa da Casa Civil da Presidência da República foi elaborado o projeto Memórias Reveladas, sendo implementado no Estado da Bahia pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos - SJCDH. O projeto objetiva difundir a memória e história das lutas políticas na Bahia entre as décadas de 1960 e 1980.

FPC/SECULT - SSPPrograma Pacto Pela Vida

O Programa do Governo Estadual Pacto pela Vida visa implantar uma política de segurança pública transversal e integrada, que projete a cidadania, garanta os direitos humanos, reduza os índices de criminalidade, violência e vulnerabilidade das comunidades, com base em ações construídas de forma pactuada junto à sociedade e as secretarias de governo. A parceria da Secretaria de Cultura com o Programa tem como destaque duas ações: a Biblioteca Móvel da Biblioteca de Extensão, vinculada à Fundação Pedro Calmon, que promove o acesso a serviços de atendimento e funções de biblioteca como emprésti-mos domiciliar, consulta e pesquisa no Calabar, Chapada do Rio Vermelho e Fazenda Coutos; e a implantação, pela Escola de Dança da FUNCEB o Núcleo de Formação em Dança, no Centro Social Urbano - CSU do Nordeste de Amaralina, cujo programa de iniciação em dança consolida-se através do Curso de Qualificação Artística em Dança, atendendo inicialmente a 150 crianças e jovens.

IPAC / SECULT - SECRestauração dos Murais da Escola Parque

Através de um convênio firmado entre a SecultBA, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) e a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC), foi iniciada, em 2012, a restauração de nove obras de arte – entre murais e painéis sobre madeira de grandes dimensões, além de uma tela – do Centro Educacional Carneiro Ribeiro (Escola Parque e Escolas Classes I, II e III) no bairro da Caixa D´água, em Salvador, tombado como Patrimônio da Bahia desde 1981 por sua importância arquitetônica. As obras, pintadas entre as décadas de 1940 e 1950, são de artistas plásticos renoma-dos nacional e internacionalmente como Maria Célia Amado, Carlos Magano, Jenner Augusto, Carybé, Carlos Bastos e Djanira Motta da Silva. Dois afrescos já foram restaurados e devolvidos à população em junho de 2013. Além da restauração, o convênio no valor de R$ 1,2 milhão, inclui ações de educação patrimonial para a comunidade, com visitas dirigidas às obras, produção de videodocumentário e elaboração de cartilhas em quadrinhos a serem distribuídas entre alunos da rede pública de ensino.

TrANSVErSALIDADES

Page 151: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

151

CCPI / SECULT - SEPROMIComissão de Sustentabilidade de Povos e Comunidades Tradicionais

Desde novembro de 2011, o CCPI representa a SecultBA na Comissão de Sustentabilidade de Povos e Comunidades Tradicionais, coordenada pela SEPROMI, que tem como objetivo traçar as políticas para povos e comunidades tradicionais (povos ciganos, povos de santo, quilombolas, povos indígenas). São 15 representantes do governo e 15 da sociedade civil.

CCPI / SECULT - SERINTEREncontro Iberoamericano do Ano Internac-ional dos Afrodescendentes – Afro XXI

Apoio para a programação cultural do Encontro Ibero Apoio para a programação cultural do Encontro Ibero Americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes – Afro XXI, realizado no Centro Histórico em novembro de 2011.

CCPI / SECULT - SETURSalão Baiano de Turismo

Em maio de 2012, a SecultBA através do CCPI, realizou uma grande de exposição sobre cultura popular no I Salão Baiano de Turismo, promovido pela Secretaria de Turismo (SETUR), no Centro de Convenções de Salvador/BA. Tendo em vista sua missão de promover, valorizar e fortalecer as manifestações populares e de identidade do estado, o CCPI foi responsável pela concepção, articulação e execução da exposição sobre a diversidade cultural da Bahia e cortejo com a participação de vários grupos de cultura popular.

CCPI / SECULT - SCJDHComitê LGBT

O CCPI passou a integrar o Comitê Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – Comitê LGBT. O órgão busca promover a articulação dos órgãos entidades envolvidos na implementação das ações que assegurem a promoção da cidadania e direitos humanos da população LGBT e é vinculado á Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.

SECULT - SEMA/SETURFestival de Lençóis

Parceria entre a Secretaria de Turismo - Setur e a Secretaria do Meio Ambiente - Sema, com a finalidade de apoiar a realização do Festival de Lençóis, realizado em outubro de 2012 e 2013, evento que ocorre há 15 anos, reunindo atrações musicais, arte e educação ambiental.

SECULT - SETREPrograma Trilha das Artes

Através da parceria entre a Secretaria de Cultura, a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte e a Coordenação de Juventude da Secretaria de Relações Institucionais do Governo do Estado da Bahia, a concepção do programa “Na Trilha do Emprego” foi ampliada. Em 2012, além da formação de jovens para o mercado de trabalho em campos técnicos tradicionais, o programa “Na Trilha das Artes” promoveu na capital e em sete cidades do interior formação nas áreas mais diversas da cultura: de técnicas de palco e produção cultural, a cultura digital e mobilização de redes sociais. Em novembro de 2012, o Programa certificou 500 jovens de 16 a 29 anos, em situação de desem-prego involuntário, cujas famílias estão cadastradas no Programa Bolsa Família do Governo Federal.

FPC/SECULT - SECPlano Estadual do livro e Leitura (PELL)

O Plano Estadual do Livro e Leitura apresenta os 11 objetivos, 8 estratégias e 51 ações que vão orientar as ações do setor nos próximos dez anos (2013-2022). Sob a coordenação das Secretarias da Cultura e da Educação da Bahia, o Conselho Deliberativo do Plano Estadual do Livro e Leitura do Estado da Bahia realizou, entre julho de 2012 e janeiro de 2013, diversas atividades que conduziram à elaboração deste documento, que se organiza em torno de três eixos temáticos: Democratização do acesso, Valorização da leitura como prática social e Desenvolvimento da economia do livro. Este Plano já passou por consulta pública e será submetido à Assembleia Legislativa.

FPC/SECULT - SECCurso Ensino de História da Bahia

A atividade, que aborda a História da Bahia desde a Colônia até a República, ressaltou a importância do ensino de história do estado para os alunos da rede pública estadual. A parceria entre a FPC/SECULT e o Instituto Anísio Teixeira/SEC faz parte de uma ação do Governo do Estado para inserir a disciplina História da Bahia no currículo do Ensino Básico. Em 2013, com duração de cinco meses, foi abordado um módulo por mês atendendo a um total de 1.383 participantes.

FPC/SECULT- SAEBRota da Independência da Bahia

Realizado em parceria com o Serviço de Atendimento ao Cidadão - SAC Móvel,o projeto circula por oito municípios do Recôncavo Baiano que protagonizaram a saga da Independência da Bahia. A Rota conta com a participação da Biblioteca Móvel da Biblioteca de Extensão – BIBEX da Fundação Pedro Calmon, por meio de atividades de contação de histórias, pintura e desenho, jogos educa-tivos, recitais de poesia e palestras. O roteiro começa na cidade de Cachoeira, em 25 de junho, dia em que o municí-pio se transforma na capital do Estado.

FPC/SECULT- SJCDHMemórias Reveladas das Lutas Políticas na Bahia (1964-1985)

Por iniciativa da Casa Civil da Presidência da República foi elaborado o projeto Memórias Reveladas, sendo implementado no Estado da Bahia pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos - SJCDH. O projeto objetiva difundir a memória e história das lutas políticas na Bahia entre as décadas de 1960 e 1980.

FPC/SECULT - SSPPrograma Pacto Pela Vida

O Programa do Governo Estadual Pacto pela Vida visa implantar uma política de segurança pública transversal e integrada, que projete a cidadania, garanta os direitos humanos, reduza os índices de criminalidade, violência e vulnerabilidade das comunidades, com base em ações construídas de forma pactuada junto à sociedade e as secretarias de governo. A parceria da Secretaria de Cultura com o Programa tem como destaque duas ações: a Biblioteca Móvel da Biblioteca de Extensão, vinculada à Fundação Pedro Calmon, que promove o acesso a serviços de atendimento e funções de biblioteca como emprésti-mos domiciliar, consulta e pesquisa no Calabar, Chapada do Rio Vermelho e Fazenda Coutos; e a implantação, pela Escola de Dança da FUNCEB o Núcleo de Formação em Dança, no Centro Social Urbano - CSU do Nordeste de Amaralina, cujo programa de iniciação em dança consolida-se através do Curso de Qualificação Artística em Dança, atendendo inicialmente a 150 crianças e jovens.

IPAC / SECULT - SECRestauração dos Murais da Escola Parque

Através de um convênio firmado entre a SecultBA, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) e a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC), foi iniciada, em 2012, a restauração de nove obras de arte – entre murais e painéis sobre madeira de grandes dimensões, além de uma tela – do Centro Educacional Carneiro Ribeiro (Escola Parque e Escolas Classes I, II e III) no bairro da Caixa D´água, em Salvador, tombado como Patrimônio da Bahia desde 1981 por sua importância arquitetônica. As obras, pintadas entre as décadas de 1940 e 1950, são de artistas plásticos renoma-dos nacional e internacionalmente como Maria Célia Amado, Carlos Magano, Jenner Augusto, Carybé, Carlos Bastos e Djanira Motta da Silva. Dois afrescos já foram restaurados e devolvidos à população em junho de 2013. Além da restauração, o convênio no valor de R$ 1,2 milhão, inclui ações de educação patrimonial para a comunidade, com visitas dirigidas às obras, produção de videodocumentário e elaboração de cartilhas em quadrinhos a serem distribuídas entre alunos da rede pública de ensino.

BAHIA: TERRA DA CULTURA

CCPI / SECULT - SEPROMIComissão de Sustentabilidade de Povos e Comunidades Tradicionais

Desde novembro de 2011, o CCPI representa a SecultBA na Comissão de Sustentabilidade de Povos e Comunidades Tradicionais, coordenada pela SEPROMI, que tem como objetivo traçar as políticas para povos e comunidades tradicionais (povos ciganos, povos de santo, quilombolas, povos indígenas). São 15 representantes do governo e 15 da sociedade civil.

CCPI / SECULT - SERINTEREncontro Iberoamericano do Ano Internac-ional dos Afrodescendentes – Afro XXI

Apoio para a programação cultural do Encontro Ibero Apoio para a programação cultural do Encontro Ibero Americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes – Afro XXI, realizado no Centro Histórico em novembro de 2011.

CCPI / SECULT - SETURSalão Baiano de Turismo

Em maio de 2012, a SecultBA através do CCPI, realizou uma grande de exposição sobre cultura popular no I Salão Baiano de Turismo, promovido pela Secretaria de Turismo (SETUR), no Centro de Convenções de Salvador/BA. Tendo em vista sua missão de promover, valorizar e fortalecer as manifestações populares e de identidade do estado, o CCPI foi responsável pela concepção, articulação e execução da exposição sobre a diversidade cultural da Bahia e cortejo com a participação de vários grupos de cultura popular.

CCPI / SECULT - SCJDHComitê LGBT

O CCPI passou a integrar o Comitê Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – Comitê LGBT. O órgão busca promover a articulação dos órgãos entidades envolvidos na implementação das ações que assegurem a promoção da cidadania e direitos humanos da população LGBT e é vinculado á Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.

SECULT - SEMA/SETURFestival de Lençóis

Parceria entre a Secretaria de Turismo - Setur e a Secretaria do Meio Ambiente - Sema, com a finalidade de apoiar a realização do Festival de Lençóis, realizado em outubro de 2012 e 2013, evento que ocorre há 15 anos, reunindo atrações musicais, arte e educação ambiental.

SECULT - SETREPrograma Trilha das Artes

Através da parceria entre a Secretaria de Cultura, a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte e a Coordenação de Juventude da Secretaria de Relações Institucionais do Governo do Estado da Bahia, a concepção do programa “Na Trilha do Emprego” foi ampliada. Em 2012, além da formação de jovens para o mercado de trabalho em campos técnicos tradicionais, o programa “Na Trilha das Artes” promoveu na capital e em sete cidades do interior formação nas áreas mais diversas da cultura: de técnicas de palco e produção cultural, a cultura digital e mobilização de redes sociais. Em novembro de 2012, o Programa certificou 500 jovens de 16 a 29 anos, em situação de desem-prego involuntário, cujas famílias estão cadastradas no Programa Bolsa Família do Governo Federal.

FPC/SECULT - SECPlano Estadual do livro e Leitura (PELL)

O Plano Estadual do Livro e Leitura apresenta os 11 objetivos, 8 estratégias e 51 ações que vão orientar as ações do setor nos próximos dez anos (2013-2022). Sob a coordenação das Secretarias da Cultura e da Educação da Bahia, o Conselho Deliberativo do Plano Estadual do Livro e Leitura do Estado da Bahia realizou, entre julho de 2012 e janeiro de 2013, diversas atividades que conduziram à elaboração deste documento, que se organiza em torno de três eixos temáticos: Democratização do acesso, Valorização da leitura como prática social e Desenvolvimento da economia do livro. Este Plano já passou por consulta pública e será submetido à Assembleia Legislativa.

FPC/SECULT - SECCurso Ensino de História da Bahia

A atividade, que aborda a História da Bahia desde a Colônia até a República, ressaltou a importância do ensino de história do estado para os alunos da rede pública estadual. A parceria entre a FPC/SECULT e o Instituto Anísio Teixeira/SEC faz parte de uma ação do Governo do Estado para inserir a disciplina História da Bahia no currículo do Ensino Básico. Em 2013, com duração de cinco meses, foi abordado um módulo por mês atendendo a um total de 1.383 participantes.

FPC/SECULT- SAEBRota da Independência da Bahia

Realizado em parceria com o Serviço de Atendimento ao Cidadão - SAC Móvel,o projeto circula por oito municípios do Recôncavo Baiano que protagonizaram a saga da Independência da Bahia. A Rota conta com a participação da Biblioteca Móvel da Biblioteca de Extensão – BIBEX da Fundação Pedro Calmon, por meio de atividades de contação de histórias, pintura e desenho, jogos educa-tivos, recitais de poesia e palestras. O roteiro começa na cidade de Cachoeira, em 25 de junho, dia em que o municí-pio se transforma na capital do Estado.

FPC/SECULT- SJCDHMemórias Reveladas das Lutas Políticas na Bahia (1964-1985)

Por iniciativa da Casa Civil da Presidência da República foi elaborado o projeto Memórias Reveladas, sendo implementado no Estado da Bahia pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos - SJCDH. O projeto objetiva difundir a memória e história das lutas políticas na Bahia entre as décadas de 1960 e 1980.

FPC/SECULT - SSPPrograma Pacto Pela Vida

O Programa do Governo Estadual Pacto pela Vida visa implantar uma política de segurança pública transversal e integrada, que projete a cidadania, garanta os direitos humanos, reduza os índices de criminalidade, violência e vulnerabilidade das comunidades, com base em ações construídas de forma pactuada junto à sociedade e as secretarias de governo. A parceria da Secretaria de Cultura com o Programa tem como destaque duas ações: a Biblioteca Móvel da Biblioteca de Extensão, vinculada à Fundação Pedro Calmon, que promove o acesso a serviços de atendimento e funções de biblioteca como emprésti-mos domiciliar, consulta e pesquisa no Calabar, Chapada do Rio Vermelho e Fazenda Coutos; e a implantação, pela Escola de Dança da FUNCEB o Núcleo de Formação em Dança, no Centro Social Urbano - CSU do Nordeste de Amaralina, cujo programa de iniciação em dança consolida-se através do Curso de Qualificação Artística em Dança, atendendo inicialmente a 150 crianças e jovens.

IPAC / SECULT - SECRestauração dos Murais da Escola Parque

Através de um convênio firmado entre a SecultBA, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) e a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC), foi iniciada, em 2012, a restauração de nove obras de arte – entre murais e painéis sobre madeira de grandes dimensões, além de uma tela – do Centro Educacional Carneiro Ribeiro (Escola Parque e Escolas Classes I, II e III) no bairro da Caixa D´água, em Salvador, tombado como Patrimônio da Bahia desde 1981 por sua importância arquitetônica. As obras, pintadas entre as décadas de 1940 e 1950, são de artistas plásticos renoma-dos nacional e internacionalmente como Maria Célia Amado, Carlos Magano, Jenner Augusto, Carybé, Carlos Bastos e Djanira Motta da Silva. Dois afrescos já foram restaurados e devolvidos à população em junho de 2013. Além da restauração, o convênio no valor de R$ 1,2 milhão, inclui ações de educação patrimonial para a comunidade, com visitas dirigidas às obras, produção de videodocumentário e elaboração de cartilhas em quadrinhos a serem distribuídas entre alunos da rede pública de ensino.

Page 152: Bahia: Terra da Cultura

152

AlArgAmento dAS trAnSVerSAlidAdeS culturAiS

SECULT-SEPLAN Pesquisas e publicações sobre o mapa cultural da Bahia e economia criativa

Mensurar os impactos da festa nas economias locais a partir da cadeia produtiva que abastece o São João. Este é o objetivo da pesquisa Efeitos da Festa de São João em Municípios Selecionados, que ouviu empresários, atores culturais e informais. Realizado em 2013 pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI/SEPLAN, em parceria com a SecultBA e SETUR, o estudo reuniu dados primários e secundários de nove municípios onde tradicionalmente ocorrem os festejos juninos: Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas, Jequié, Lençóis, Mucugê, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim e Piritiba. Já a publicação Bahia Criativa: Diretrizes e Iniciativas para o Desenvolvimento da Economia Criativa na Bahia é um plano de desenvolvimento da economia criativa para o estado, com objetivo de sistematizar uma carteira de iniciativas integradas para fortalecer a dimensão econômica do segmento. Em fase conclusão, a publicação foi elaborada pelo Grupo de Trabalho Bahia Criativa, que reúne 17 instituições da administração pública estadual e entidades não governamentais, sob coordenação da SecultBA.

SECULT-SEC/SETUR/SEFAZBienal do Livro da Bahia (2011 e 2013)

SECULT/SECEdital para premiação de literatura infantil

Um concurso das secretarias da Educação e de Cultura do Estado da Bahia irá selecionar 42 obras literárias infantis ilustradas, inéditas ou não. As inscrições foram encerradas em novembro de 2013. Serão premiados autores baianos, cujos textos literários tenham ênfase na tradição das culturas populares baianas e sejam voltados para estudantes do primeiro ano do ensino fundamental. As obras contempladas serão editadas e impressas pelas secretarias e utilizadas no âmbito do Programa Pacto pela Educação, que visa alfabetizar todas as crianças com até sete anos de idade. Os vencedores receberão R$ 10 mil para cada obra selecionada.

SECULT-SETUR/SECOMCarnaval

Em 2013, a SecultBA investiu aproximadamente R$ 14,5 milhões na maior festa popular de rua do mundo, o Carnaval de Salvador. A programação contempla os já tradicionais Carnaval do Pelô, Carnaval Ouro Negro e o Carnaval Pipoca, além do Palco do Rock, que garantem a diversidade musical e cultural à festa, bem como o acesso democrático às manifestações populares.

SECULT-Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos HumanosConselho Estadual de pessoa com deficiência

O Conselho Estadual Da Pessoa com Deficiência (COEDE) é órgão colegiado integrante da estrutura da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e tem como objetivo formular políticas e diretrizes e avaliar os programas e ações governamentais voltados para a defesa dos direitos da pessoa com deficiência. É ele que aprova planos e programas elaborados por órgãos e entidades da administração pública estadual relacionados aos interesses e direitos da pessoa com deficiência. Além disso, zela pela implantação da Política Estadual para inclusão da pessoa com deficiência, acompanha o planejamento, as resoluções das conferências específicas e avalia a execução das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer e política urbana relativas à pessoa com deficiência.

SECULT/SECOMPolítica para audiovisual

A SecultBA tem como objetivo, na área do audiovisual, de fortalecer o setor e sua radiodifusão, em articulação com a sociedade, para promover a cidadania, a democ-racia e a diversidade cultural da Bahia. Fazem parte do Programa de Fomento e Apoio à Produção Audiovisual: o Festival Nacional de Vídeo – Imagem em 5 Minutos e o Desenvolvimento de Roteiros de Longa-Metragem, além do Programa Memória Audiovisual e Sonora da Bahia, através da Cinemateca da Bahia. O Programa de Fomento e Apoio à Difusão realiza as seguintes ações: a revitalização da Sala Walter da Silveira, Quartas Baianas, Cinema no Vestibular, Sessões especiais, Cinema Paradiso, Projeto Sua Nota é um Show de Cinema e Ciranda Brasil de Cinema.

SECULT/SETURFestas juninas

O ciclo de festejos juninos ganha uma programação especial no Pelourinho, a cada ano. Em 2013, em um total de oito dias da maior festa regional do Brasil, o São João, o Pelô recebeu cerca de 120 mil pessoas. Foram realizadas apresentações gratuitas de alguns dos maiores nomes da música nordestina, como Alceu Valença, Genival Lacerda, Zelito Miranda, Gilberto Gil e Elba Ramalho. A realização do São João do Pelô é uma parceria entre a Bahiatursa/Secretaria do Turismo e a SecultBA.

SECULT-SERINBienal dos Jovens Criadores da CPLP)

Em sua sexta edição, a primeira realizada no Brasil, a Bienal de Jovens Criadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aconteceu de 03 a 07 de dezem-bro, em Salvador, e teve como tema "Política de Juventude e Cultura Livre". A principal diretriz do evento foi contribuir para a integração e construção de novos caminhos para a formação cidadã das juventudes de seus países membros, por meio da aproximação e troca entre as diferentes identidades culturais e das políticas públicas para a juventude. As ações propostas, seja no campo da aproxi-mação pessoal, da vivência, apreciação e identificação com as criações artísticas, bem como da discussão e reflexão sobre temas contemporâneos e politizados, promovem uma aproximação singular que tem a intenção de ser transformadora. Além dos jovens brasileiros, a VI Bienal contou com a participação de representantes de mais sete países da CPLP: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

SECULT/Várias secretariasPlano Bahia Criativa

O Plano Bahia Criativa tem como objetivo planejar e promover ações de fomento aos segmentos da economia criativa, considerada o um grande motor do desenvolvi-mento no século XXI. A SecultBA, através da Diretoria de Economia da Cultura, ligada à Suprocult, reuniu represent-antes de órgãos e entidades da administração pública estadual e entidades não governamentais, para formarem o Grupo de Trabalho (GT) Bahia Criativa, que trabalha desde agosto de 2012 para compor esse documento. O Plano aponta diretrizes, metas e fontes de recursos para ações voltadas para linhas de atuação do setor. Cinco comissões temáticas foram instituídas para debater e formular propostas para cada uma das linhas de atuação do Plano Bahia Criativa: Territórios Culturais, Promoção, Fomento Especializado, Formação e qualificação e Informação e Reflexão.

SECULT/SEMAParque de Pituaçu / Espaço Mário Cravo

O Parque Metropolitano de Pituaçu é um dos raros e mais belos parques ecológicos brasileiros situados dentro da área urbana, remanescente da Mata Atlântica. Além de atividades esportivas, são realizadas atividades sociais de educação ambiental com escolas, grupos sociais ou empresas. No local, encontra-se o Espaço Mário Cravo (EMC) - Parque das Esculturas, onde os visitantes podem apreciar esculturas do acervo do artista. Aí acontece o Programa de Integração com a Rede de Ensino do EMC, que funciona com base no Sistema de Aprendizado, criado pelo próprio escultor, que consiste em ensinar, aliando teoria e prática. Crianças realizam também uma visita guiada à galeria que oferece exposição para o despertar da sensibilidade e da imaginação.

O Governo do Estado é o patrocinador master da Bienal do Livro da Bahia, evento literário mais importante do estado, onde os visitantes têm a oportunidade de se aproximar dos seus autores favoritos, folhear livros, viajar por lugares desconhecidos e participar de atividades culturais, lançamentos, oficinas e debates. Em 2013, a 11ª edição do evento foi realizada no Centro de Convenções de Salvador, em novembro, e contou com 385 expositores. No estande das secretarias de estado, houve uma série de atividades envolvendo o livro, a leitura e a literatura, com a presença de autores para leituras públicas, contação de histórias, lançamentos, oficinas e debates em torno da cadeia produtiva e criativa do livro da Bahia. Em 2013, o espaço homenageou importantes representantes da cultura afro-brasileira, entre eles Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1917-2013), o historiador Ubiratan Castro (1948-2013), o estudioso Edison Carneiro (1912-1972), o poeta Jonatas Conceição (1952-2009) e a ialorixá Stela de Oxóssi. Em 2011, a 10º edição do evento homenageou o Centenário de Nascimento do escritor Jorge Amado, comemorado em agosto de 2012.

SECULT-SEPLAN Pesquisas e publicações sobre o mapa cultural da Bahia e economia criativa

Mensurar os impactos da festa nas economias locais a partir da cadeia produtiva que abastece o São João. Este é o objetivo da pesquisa Efeitos da Festa de São João em Municípios Selecionados, que ouviu empresários, atores culturais e informais. Realizado em 2013 pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI/SEPLAN, em parceria com a SecultBA e SETUR, o estudo reuniu dados primários e secundários de nove municípios onde tradicionalmente ocorrem os festejos juninos: Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas, Jequié, Lençóis, Mucugê, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim e Piritiba. Já a publicação Bahia Criativa: Diretrizes e Iniciativas para o Desenvolvimento da Economia Criativa na Bahia é um plano de desenvolvimento da economia criativa para o estado, com objetivo de sistematizar uma carteira de iniciativas integradas para fortalecer a dimensão econômica do segmento. Em fase conclusão, a publicação foi elaborada pelo Grupo de Trabalho Bahia Criativa, que reúne 17 instituições da administração pública estadual e entidades não governamentais, sob coordenação da SecultBA.

SECULT-SEC/SETUR/SEFAZBienal do Livro da Bahia (2011 e 2013)

SECULT/SECEdital para premiação de literatura infantil

Um concurso das secretarias da Educação e de Cultura do Estado da Bahia irá selecionar 42 obras literárias infantis ilustradas, inéditas ou não. As inscrições foram encerradas em novembro de 2013. Serão premiados autores baianos, cujos textos literários tenham ênfase na tradição das culturas populares baianas e sejam voltados para estudantes do primeiro ano do ensino fundamental. As obras contempladas serão editadas e impressas pelas secretarias e utilizadas no âmbito do Programa Pacto pela Educação, que visa alfabetizar todas as crianças com até sete anos de idade. Os vencedores receberão R$ 10 mil para cada obra selecionada.

SECULT-SETUR/SECOMCarnaval

Em 2013, a SecultBA investiu aproximadamente R$ 14,5 milhões na maior festa popular de rua do mundo, o Carnaval de Salvador. A programação contempla os já tradicionais Carnaval do Pelô, Carnaval Ouro Negro e o Carnaval Pipoca, além do Palco do Rock, que garantem a diversidade musical e cultural à festa, bem como o acesso democrático às manifestações populares.

SECULT-Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos HumanosConselho Estadual de pessoa com deficiência

O Conselho Estadual Da Pessoa com Deficiência (COEDE) é órgão colegiado integrante da estrutura da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e tem como objetivo formular políticas e diretrizes e avaliar os programas e ações governamentais voltados para a defesa dos direitos da pessoa com deficiência. É ele que aprova planos e programas elaborados por órgãos e entidades da administração pública estadual relacionados aos interesses e direitos da pessoa com deficiência. Além disso, zela pela implantação da Política Estadual para inclusão da pessoa com deficiência, acompanha o planejamento, as resoluções das conferências específicas e avalia a execução das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer e política urbana relativas à pessoa com deficiência.

SECULT/SECOMPolítica para audiovisual

A SecultBA tem como objetivo, na área do audiovisual, de fortalecer o setor e sua radiodifusão, em articulação com a sociedade, para promover a cidadania, a democ-racia e a diversidade cultural da Bahia. Fazem parte do Programa de Fomento e Apoio à Produção Audiovisual: o Festival Nacional de Vídeo – Imagem em 5 Minutos e o Desenvolvimento de Roteiros de Longa-Metragem, além do Programa Memória Audiovisual e Sonora da Bahia, através da Cinemateca da Bahia. O Programa de Fomento e Apoio à Difusão realiza as seguintes ações: a revitalização da Sala Walter da Silveira, Quartas Baianas, Cinema no Vestibular, Sessões especiais, Cinema Paradiso, Projeto Sua Nota é um Show de Cinema e Ciranda Brasil de Cinema.

SECULT/SETURFestas juninas

O ciclo de festejos juninos ganha uma programação especial no Pelourinho, a cada ano. Em 2013, em um total de oito dias da maior festa regional do Brasil, o São João, o Pelô recebeu cerca de 120 mil pessoas. Foram realizadas apresentações gratuitas de alguns dos maiores nomes da música nordestina, como Alceu Valença, Genival Lacerda, Zelito Miranda, Gilberto Gil e Elba Ramalho. A realização do São João do Pelô é uma parceria entre a Bahiatursa/Secretaria do Turismo e a SecultBA.

SECULT-SERINBienal dos Jovens Criadores da CPLP)

Em sua sexta edição, a primeira realizada no Brasil, a Bienal de Jovens Criadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aconteceu de 03 a 07 de dezem-bro, em Salvador, e teve como tema "Política de Juventude e Cultura Livre". A principal diretriz do evento foi contribuir para a integração e construção de novos caminhos para a formação cidadã das juventudes de seus países membros, por meio da aproximação e troca entre as diferentes identidades culturais e das políticas públicas para a juventude. As ações propostas, seja no campo da aproxi-mação pessoal, da vivência, apreciação e identificação com as criações artísticas, bem como da discussão e reflexão sobre temas contemporâneos e politizados, promovem uma aproximação singular que tem a intenção de ser transformadora. Além dos jovens brasileiros, a VI Bienal contou com a participação de representantes de mais sete países da CPLP: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

SECULT/Várias secretariasPlano Bahia Criativa

O Plano Bahia Criativa tem como objetivo planejar e promover ações de fomento aos segmentos da economia criativa, considerada o um grande motor do desenvolvi-mento no século XXI. A SecultBA, através da Diretoria de Economia da Cultura, ligada à Suprocult, reuniu represent-antes de órgãos e entidades da administração pública estadual e entidades não governamentais, para formarem o Grupo de Trabalho (GT) Bahia Criativa, que trabalha desde agosto de 2012 para compor esse documento. O Plano aponta diretrizes, metas e fontes de recursos para ações voltadas para linhas de atuação do setor. Cinco comissões temáticas foram instituídas para debater e formular propostas para cada uma das linhas de atuação do Plano Bahia Criativa: Territórios Culturais, Promoção, Fomento Especializado, Formação e qualificação e Informação e Reflexão.

SECULT/SEMAParque de Pituaçu / Espaço Mário Cravo

O Parque Metropolitano de Pituaçu é um dos raros e mais belos parques ecológicos brasileiros situados dentro da área urbana, remanescente da Mata Atlântica. Além de atividades esportivas, são realizadas atividades sociais de educação ambiental com escolas, grupos sociais ou empresas. No local, encontra-se o Espaço Mário Cravo (EMC) - Parque das Esculturas, onde os visitantes podem apreciar esculturas do acervo do artista. Aí acontece o Programa de Integração com a Rede de Ensino do EMC, que funciona com base no Sistema de Aprendizado, criado pelo próprio escultor, que consiste em ensinar, aliando teoria e prática. Crianças realizam também uma visita guiada à galeria que oferece exposição para o despertar da sensibilidade e da imaginação.

O Governo do Estado é o patrocinador master da Bienal do Livro da Bahia, evento literário mais importante do estado, onde os visitantes têm a oportunidade de se aproximar dos seus autores favoritos, folhear livros, viajar por lugares desconhecidos e participar de atividades culturais, lançamentos, oficinas e debates. Em 2013, a 11ª edição do evento foi realizada no Centro de Convenções de Salvador, em novembro, e contou com 385 expositores. No estande das secretarias de estado, houve uma série de atividades envolvendo o livro, a leitura e a literatura, com a presença de autores para leituras públicas, contação de histórias, lançamentos, oficinas e debates em torno da cadeia produtiva e criativa do livro da Bahia. Em 2013, o espaço homenageou importantes representantes da cultura afro-brasileira, entre eles Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1917-2013), o historiador Ubiratan Castro (1948-2013), o estudioso Edison Carneiro (1912-1972), o poeta Jonatas Conceição (1952-2009) e a ialorixá Stela de Oxóssi. Em 2011, a 10º edição do evento homenageou o Centenário de Nascimento do escritor Jorge Amado, comemorado em agosto de 2012.

TrANSVErSALIDADES

Page 153: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

153

SECULT-SEPLAN Pesquisas e publicações sobre o mapa cultural da Bahia e economia criativa

Mensurar os impactos da festa nas economias locais a partir da cadeia produtiva que abastece o São João. Este é o objetivo da pesquisa Efeitos da Festa de São João em Municípios Selecionados, que ouviu empresários, atores culturais e informais. Realizado em 2013 pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI/SEPLAN, em parceria com a SecultBA e SETUR, o estudo reuniu dados primários e secundários de nove municípios onde tradicionalmente ocorrem os festejos juninos: Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas, Jequié, Lençóis, Mucugê, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim e Piritiba. Já a publicação Bahia Criativa: Diretrizes e Iniciativas para o Desenvolvimento da Economia Criativa na Bahia é um plano de desenvolvimento da economia criativa para o estado, com objetivo de sistematizar uma carteira de iniciativas integradas para fortalecer a dimensão econômica do segmento. Em fase conclusão, a publicação foi elaborada pelo Grupo de Trabalho Bahia Criativa, que reúne 17 instituições da administração pública estadual e entidades não governamentais, sob coordenação da SecultBA.

SECULT-SEC/SETUR/SEFAZBienal do Livro da Bahia (2011 e 2013)

SECULT/SECEdital para premiação de literatura infantil

Um concurso das secretarias da Educação e de Cultura do Estado da Bahia irá selecionar 42 obras literárias infantis ilustradas, inéditas ou não. As inscrições foram encerradas em novembro de 2013. Serão premiados autores baianos, cujos textos literários tenham ênfase na tradição das culturas populares baianas e sejam voltados para estudantes do primeiro ano do ensino fundamental. As obras contempladas serão editadas e impressas pelas secretarias e utilizadas no âmbito do Programa Pacto pela Educação, que visa alfabetizar todas as crianças com até sete anos de idade. Os vencedores receberão R$ 10 mil para cada obra selecionada.

SECULT-SETUR/SECOMCarnaval

Em 2013, a SecultBA investiu aproximadamente R$ 14,5 milhões na maior festa popular de rua do mundo, o Carnaval de Salvador. A programação contempla os já tradicionais Carnaval do Pelô, Carnaval Ouro Negro e o Carnaval Pipoca, além do Palco do Rock, que garantem a diversidade musical e cultural à festa, bem como o acesso democrático às manifestações populares.

SECULT-Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos HumanosConselho Estadual de pessoa com deficiência

O Conselho Estadual Da Pessoa com Deficiência (COEDE) é órgão colegiado integrante da estrutura da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e tem como objetivo formular políticas e diretrizes e avaliar os programas e ações governamentais voltados para a defesa dos direitos da pessoa com deficiência. É ele que aprova planos e programas elaborados por órgãos e entidades da administração pública estadual relacionados aos interesses e direitos da pessoa com deficiência. Além disso, zela pela implantação da Política Estadual para inclusão da pessoa com deficiência, acompanha o planejamento, as resoluções das conferências específicas e avalia a execução das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer e política urbana relativas à pessoa com deficiência.

SECULT/SECOMPolítica para audiovisual

A SecultBA tem como objetivo, na área do audiovisual, de fortalecer o setor e sua radiodifusão, em articulação com a sociedade, para promover a cidadania, a democ-racia e a diversidade cultural da Bahia. Fazem parte do Programa de Fomento e Apoio à Produção Audiovisual: o Festival Nacional de Vídeo – Imagem em 5 Minutos e o Desenvolvimento de Roteiros de Longa-Metragem, além do Programa Memória Audiovisual e Sonora da Bahia, através da Cinemateca da Bahia. O Programa de Fomento e Apoio à Difusão realiza as seguintes ações: a revitalização da Sala Walter da Silveira, Quartas Baianas, Cinema no Vestibular, Sessões especiais, Cinema Paradiso, Projeto Sua Nota é um Show de Cinema e Ciranda Brasil de Cinema.

SECULT/SETURFestas juninas

O ciclo de festejos juninos ganha uma programação especial no Pelourinho, a cada ano. Em 2013, em um total de oito dias da maior festa regional do Brasil, o São João, o Pelô recebeu cerca de 120 mil pessoas. Foram realizadas apresentações gratuitas de alguns dos maiores nomes da música nordestina, como Alceu Valença, Genival Lacerda, Zelito Miranda, Gilberto Gil e Elba Ramalho. A realização do São João do Pelô é uma parceria entre a Bahiatursa/Secretaria do Turismo e a SecultBA.

SECULT-SERINBienal dos Jovens Criadores da CPLP)

Em sua sexta edição, a primeira realizada no Brasil, a Bienal de Jovens Criadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aconteceu de 03 a 07 de dezem-bro, em Salvador, e teve como tema "Política de Juventude e Cultura Livre". A principal diretriz do evento foi contribuir para a integração e construção de novos caminhos para a formação cidadã das juventudes de seus países membros, por meio da aproximação e troca entre as diferentes identidades culturais e das políticas públicas para a juventude. As ações propostas, seja no campo da aproxi-mação pessoal, da vivência, apreciação e identificação com as criações artísticas, bem como da discussão e reflexão sobre temas contemporâneos e politizados, promovem uma aproximação singular que tem a intenção de ser transformadora. Além dos jovens brasileiros, a VI Bienal contou com a participação de representantes de mais sete países da CPLP: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

SECULT/Várias secretariasPlano Bahia Criativa

O Plano Bahia Criativa tem como objetivo planejar e promover ações de fomento aos segmentos da economia criativa, considerada o um grande motor do desenvolvi-mento no século XXI. A SecultBA, através da Diretoria de Economia da Cultura, ligada à Suprocult, reuniu represent-antes de órgãos e entidades da administração pública estadual e entidades não governamentais, para formarem o Grupo de Trabalho (GT) Bahia Criativa, que trabalha desde agosto de 2012 para compor esse documento. O Plano aponta diretrizes, metas e fontes de recursos para ações voltadas para linhas de atuação do setor. Cinco comissões temáticas foram instituídas para debater e formular propostas para cada uma das linhas de atuação do Plano Bahia Criativa: Territórios Culturais, Promoção, Fomento Especializado, Formação e qualificação e Informação e Reflexão.

SECULT/SEMAParque de Pituaçu / Espaço Mário Cravo

O Parque Metropolitano de Pituaçu é um dos raros e mais belos parques ecológicos brasileiros situados dentro da área urbana, remanescente da Mata Atlântica. Além de atividades esportivas, são realizadas atividades sociais de educação ambiental com escolas, grupos sociais ou empresas. No local, encontra-se o Espaço Mário Cravo (EMC) - Parque das Esculturas, onde os visitantes podem apreciar esculturas do acervo do artista. Aí acontece o Programa de Integração com a Rede de Ensino do EMC, que funciona com base no Sistema de Aprendizado, criado pelo próprio escultor, que consiste em ensinar, aliando teoria e prática. Crianças realizam também uma visita guiada à galeria que oferece exposição para o despertar da sensibilidade e da imaginação.

O Governo do Estado é o patrocinador master da Bienal do Livro da Bahia, evento literário mais importante do estado, onde os visitantes têm a oportunidade de se aproximar dos seus autores favoritos, folhear livros, viajar por lugares desconhecidos e participar de atividades culturais, lançamentos, oficinas e debates. Em 2013, a 11ª edição do evento foi realizada no Centro de Convenções de Salvador, em novembro, e contou com 385 expositores. No estande das secretarias de estado, houve uma série de atividades envolvendo o livro, a leitura e a literatura, com a presença de autores para leituras públicas, contação de histórias, lançamentos, oficinas e debates em torno da cadeia produtiva e criativa do livro da Bahia. Em 2013, o espaço homenageou importantes representantes da cultura afro-brasileira, entre eles Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1917-2013), o historiador Ubiratan Castro (1948-2013), o estudioso Edison Carneiro (1912-1972), o poeta Jonatas Conceição (1952-2009) e a ialorixá Stela de Oxóssi. Em 2011, a 10º edição do evento homenageou o Centenário de Nascimento do escritor Jorge Amado, comemorado em agosto de 2012.

SECULT-SEPLAN Pesquisas e publicações sobre o mapa cultural da Bahia e economia criativa

Mensurar os impactos da festa nas economias locais a partir da cadeia produtiva que abastece o São João. Este é o objetivo da pesquisa Efeitos da Festa de São João em Municípios Selecionados, que ouviu empresários, atores culturais e informais. Realizado em 2013 pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI/SEPLAN, em parceria com a SecultBA e SETUR, o estudo reuniu dados primários e secundários de nove municípios onde tradicionalmente ocorrem os festejos juninos: Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas, Jequié, Lençóis, Mucugê, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim e Piritiba. Já a publicação Bahia Criativa: Diretrizes e Iniciativas para o Desenvolvimento da Economia Criativa na Bahia é um plano de desenvolvimento da economia criativa para o estado, com objetivo de sistematizar uma carteira de iniciativas integradas para fortalecer a dimensão econômica do segmento. Em fase conclusão, a publicação foi elaborada pelo Grupo de Trabalho Bahia Criativa, que reúne 17 instituições da administração pública estadual e entidades não governamentais, sob coordenação da SecultBA.

SECULT-SEC/SETUR/SEFAZBienal do Livro da Bahia (2011 e 2013)

SECULT/SECEdital para premiação de literatura infantil

Um concurso das secretarias da Educação e de Cultura do Estado da Bahia irá selecionar 42 obras literárias infantis ilustradas, inéditas ou não. As inscrições foram encerradas em novembro de 2013. Serão premiados autores baianos, cujos textos literários tenham ênfase na tradição das culturas populares baianas e sejam voltados para estudantes do primeiro ano do ensino fundamental. As obras contempladas serão editadas e impressas pelas secretarias e utilizadas no âmbito do Programa Pacto pela Educação, que visa alfabetizar todas as crianças com até sete anos de idade. Os vencedores receberão R$ 10 mil para cada obra selecionada.

SECULT-SETUR/SECOMCarnaval

Em 2013, a SecultBA investiu aproximadamente R$ 14,5 milhões na maior festa popular de rua do mundo, o Carnaval de Salvador. A programação contempla os já tradicionais Carnaval do Pelô, Carnaval Ouro Negro e o Carnaval Pipoca, além do Palco do Rock, que garantem a diversidade musical e cultural à festa, bem como o acesso democrático às manifestações populares.

SECULT-Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos HumanosConselho Estadual de pessoa com deficiência

O Conselho Estadual Da Pessoa com Deficiência (COEDE) é órgão colegiado integrante da estrutura da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e tem como objetivo formular políticas e diretrizes e avaliar os programas e ações governamentais voltados para a defesa dos direitos da pessoa com deficiência. É ele que aprova planos e programas elaborados por órgãos e entidades da administração pública estadual relacionados aos interesses e direitos da pessoa com deficiência. Além disso, zela pela implantação da Política Estadual para inclusão da pessoa com deficiência, acompanha o planejamento, as resoluções das conferências específicas e avalia a execução das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer e política urbana relativas à pessoa com deficiência.

SECULT/SECOMPolítica para audiovisual

A SecultBA tem como objetivo, na área do audiovisual, de fortalecer o setor e sua radiodifusão, em articulação com a sociedade, para promover a cidadania, a democ-racia e a diversidade cultural da Bahia. Fazem parte do Programa de Fomento e Apoio à Produção Audiovisual: o Festival Nacional de Vídeo – Imagem em 5 Minutos e o Desenvolvimento de Roteiros de Longa-Metragem, além do Programa Memória Audiovisual e Sonora da Bahia, através da Cinemateca da Bahia. O Programa de Fomento e Apoio à Difusão realiza as seguintes ações: a revitalização da Sala Walter da Silveira, Quartas Baianas, Cinema no Vestibular, Sessões especiais, Cinema Paradiso, Projeto Sua Nota é um Show de Cinema e Ciranda Brasil de Cinema.

SECULT/SETURFestas juninas

O ciclo de festejos juninos ganha uma programação especial no Pelourinho, a cada ano. Em 2013, em um total de oito dias da maior festa regional do Brasil, o São João, o Pelô recebeu cerca de 120 mil pessoas. Foram realizadas apresentações gratuitas de alguns dos maiores nomes da música nordestina, como Alceu Valença, Genival Lacerda, Zelito Miranda, Gilberto Gil e Elba Ramalho. A realização do São João do Pelô é uma parceria entre a Bahiatursa/Secretaria do Turismo e a SecultBA.

SECULT-SERINBienal dos Jovens Criadores da CPLP)

Em sua sexta edição, a primeira realizada no Brasil, a Bienal de Jovens Criadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aconteceu de 03 a 07 de dezem-bro, em Salvador, e teve como tema "Política de Juventude e Cultura Livre". A principal diretriz do evento foi contribuir para a integração e construção de novos caminhos para a formação cidadã das juventudes de seus países membros, por meio da aproximação e troca entre as diferentes identidades culturais e das políticas públicas para a juventude. As ações propostas, seja no campo da aproxi-mação pessoal, da vivência, apreciação e identificação com as criações artísticas, bem como da discussão e reflexão sobre temas contemporâneos e politizados, promovem uma aproximação singular que tem a intenção de ser transformadora. Além dos jovens brasileiros, a VI Bienal contou com a participação de representantes de mais sete países da CPLP: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

SECULT/Várias secretariasPlano Bahia Criativa

O Plano Bahia Criativa tem como objetivo planejar e promover ações de fomento aos segmentos da economia criativa, considerada o um grande motor do desenvolvi-mento no século XXI. A SecultBA, através da Diretoria de Economia da Cultura, ligada à Suprocult, reuniu represent-antes de órgãos e entidades da administração pública estadual e entidades não governamentais, para formarem o Grupo de Trabalho (GT) Bahia Criativa, que trabalha desde agosto de 2012 para compor esse documento. O Plano aponta diretrizes, metas e fontes de recursos para ações voltadas para linhas de atuação do setor. Cinco comissões temáticas foram instituídas para debater e formular propostas para cada uma das linhas de atuação do Plano Bahia Criativa: Territórios Culturais, Promoção, Fomento Especializado, Formação e qualificação e Informação e Reflexão.

SECULT/SEMAParque de Pituaçu / Espaço Mário Cravo

O Parque Metropolitano de Pituaçu é um dos raros e mais belos parques ecológicos brasileiros situados dentro da área urbana, remanescente da Mata Atlântica. Além de atividades esportivas, são realizadas atividades sociais de educação ambiental com escolas, grupos sociais ou empresas. No local, encontra-se o Espaço Mário Cravo (EMC) - Parque das Esculturas, onde os visitantes podem apreciar esculturas do acervo do artista. Aí acontece o Programa de Integração com a Rede de Ensino do EMC, que funciona com base no Sistema de Aprendizado, criado pelo próprio escultor, que consiste em ensinar, aliando teoria e prática. Crianças realizam também uma visita guiada à galeria que oferece exposição para o despertar da sensibilidade e da imaginação.

O Governo do Estado é o patrocinador master da Bienal do Livro da Bahia, evento literário mais importante do estado, onde os visitantes têm a oportunidade de se aproximar dos seus autores favoritos, folhear livros, viajar por lugares desconhecidos e participar de atividades culturais, lançamentos, oficinas e debates. Em 2013, a 11ª edição do evento foi realizada no Centro de Convenções de Salvador, em novembro, e contou com 385 expositores. No estande das secretarias de estado, houve uma série de atividades envolvendo o livro, a leitura e a literatura, com a presença de autores para leituras públicas, contação de histórias, lançamentos, oficinas e debates em torno da cadeia produtiva e criativa do livro da Bahia. Em 2013, o espaço homenageou importantes representantes da cultura afro-brasileira, entre eles Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1917-2013), o historiador Ubiratan Castro (1948-2013), o estudioso Edison Carneiro (1912-1972), o poeta Jonatas Conceição (1952-2009) e a ialorixá Stela de Oxóssi. Em 2011, a 10º edição do evento homenageou o Centenário de Nascimento do escritor Jorge Amado, comemorado em agosto de 2012.

SECULT-SEPLAN Pesquisas e publicações sobre o mapa cultural da Bahia e economia criativa

Mensurar os impactos da festa nas economias locais a partir da cadeia produtiva que abastece o São João. Este é o objetivo da pesquisa Efeitos da Festa de São João em Municípios Selecionados, que ouviu empresários, atores culturais e informais. Realizado em 2013 pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI/SEPLAN, em parceria com a SecultBA e SETUR, o estudo reuniu dados primários e secundários de nove municípios onde tradicionalmente ocorrem os festejos juninos: Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas, Jequié, Lençóis, Mucugê, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim e Piritiba. Já a publicação Bahia Criativa: Diretrizes e Iniciativas para o Desenvolvimento da Economia Criativa na Bahia é um plano de desenvolvimento da economia criativa para o estado, com objetivo de sistematizar uma carteira de iniciativas integradas para fortalecer a dimensão econômica do segmento. Em fase conclusão, a publicação foi elaborada pelo Grupo de Trabalho Bahia Criativa, que reúne 17 instituições da administração pública estadual e entidades não governamentais, sob coordenação da SecultBA.

SECULT-SEC/SETUR/SEFAZBienal do Livro da Bahia (2011 e 2013)

SECULT/SECEdital para premiação de literatura infantil

Um concurso das secretarias da Educação e de Cultura do Estado da Bahia irá selecionar 42 obras literárias infantis ilustradas, inéditas ou não. As inscrições foram encerradas em novembro de 2013. Serão premiados autores baianos, cujos textos literários tenham ênfase na tradição das culturas populares baianas e sejam voltados para estudantes do primeiro ano do ensino fundamental. As obras contempladas serão editadas e impressas pelas secretarias e utilizadas no âmbito do Programa Pacto pela Educação, que visa alfabetizar todas as crianças com até sete anos de idade. Os vencedores receberão R$ 10 mil para cada obra selecionada.

SECULT-SETUR/SECOMCarnaval

Em 2013, a SecultBA investiu aproximadamente R$ 14,5 milhões na maior festa popular de rua do mundo, o Carnaval de Salvador. A programação contempla os já tradicionais Carnaval do Pelô, Carnaval Ouro Negro e o Carnaval Pipoca, além do Palco do Rock, que garantem a diversidade musical e cultural à festa, bem como o acesso democrático às manifestações populares.

SECULT-Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos HumanosConselho Estadual de pessoa com deficiência

O Conselho Estadual Da Pessoa com Deficiência (COEDE) é órgão colegiado integrante da estrutura da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e tem como objetivo formular políticas e diretrizes e avaliar os programas e ações governamentais voltados para a defesa dos direitos da pessoa com deficiência. É ele que aprova planos e programas elaborados por órgãos e entidades da administração pública estadual relacionados aos interesses e direitos da pessoa com deficiência. Além disso, zela pela implantação da Política Estadual para inclusão da pessoa com deficiência, acompanha o planejamento, as resoluções das conferências específicas e avalia a execução das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer e política urbana relativas à pessoa com deficiência.

SECULT/SECOMPolítica para audiovisual

A SecultBA tem como objetivo, na área do audiovisual, de fortalecer o setor e sua radiodifusão, em articulação com a sociedade, para promover a cidadania, a democ-racia e a diversidade cultural da Bahia. Fazem parte do Programa de Fomento e Apoio à Produção Audiovisual: o Festival Nacional de Vídeo – Imagem em 5 Minutos e o Desenvolvimento de Roteiros de Longa-Metragem, além do Programa Memória Audiovisual e Sonora da Bahia, através da Cinemateca da Bahia. O Programa de Fomento e Apoio à Difusão realiza as seguintes ações: a revitalização da Sala Walter da Silveira, Quartas Baianas, Cinema no Vestibular, Sessões especiais, Cinema Paradiso, Projeto Sua Nota é um Show de Cinema e Ciranda Brasil de Cinema.

SECULT/SETURFestas juninas

O ciclo de festejos juninos ganha uma programação especial no Pelourinho, a cada ano. Em 2013, em um total de oito dias da maior festa regional do Brasil, o São João, o Pelô recebeu cerca de 120 mil pessoas. Foram realizadas apresentações gratuitas de alguns dos maiores nomes da música nordestina, como Alceu Valença, Genival Lacerda, Zelito Miranda, Gilberto Gil e Elba Ramalho. A realização do São João do Pelô é uma parceria entre a Bahiatursa/Secretaria do Turismo e a SecultBA.

SECULT-SERINBienal dos Jovens Criadores da CPLP)

Em sua sexta edição, a primeira realizada no Brasil, a Bienal de Jovens Criadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aconteceu de 03 a 07 de dezem-bro, em Salvador, e teve como tema "Política de Juventude e Cultura Livre". A principal diretriz do evento foi contribuir para a integração e construção de novos caminhos para a formação cidadã das juventudes de seus países membros, por meio da aproximação e troca entre as diferentes identidades culturais e das políticas públicas para a juventude. As ações propostas, seja no campo da aproxi-mação pessoal, da vivência, apreciação e identificação com as criações artísticas, bem como da discussão e reflexão sobre temas contemporâneos e politizados, promovem uma aproximação singular que tem a intenção de ser transformadora. Além dos jovens brasileiros, a VI Bienal contou com a participação de representantes de mais sete países da CPLP: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

SECULT/Várias secretariasPlano Bahia Criativa

O Plano Bahia Criativa tem como objetivo planejar e promover ações de fomento aos segmentos da economia criativa, considerada o um grande motor do desenvolvi-mento no século XXI. A SecultBA, através da Diretoria de Economia da Cultura, ligada à Suprocult, reuniu represent-antes de órgãos e entidades da administração pública estadual e entidades não governamentais, para formarem o Grupo de Trabalho (GT) Bahia Criativa, que trabalha desde agosto de 2012 para compor esse documento. O Plano aponta diretrizes, metas e fontes de recursos para ações voltadas para linhas de atuação do setor. Cinco comissões temáticas foram instituídas para debater e formular propostas para cada uma das linhas de atuação do Plano Bahia Criativa: Territórios Culturais, Promoção, Fomento Especializado, Formação e qualificação e Informação e Reflexão.

SECULT/SEMAParque de Pituaçu / Espaço Mário Cravo

O Parque Metropolitano de Pituaçu é um dos raros e mais belos parques ecológicos brasileiros situados dentro da área urbana, remanescente da Mata Atlântica. Além de atividades esportivas, são realizadas atividades sociais de educação ambiental com escolas, grupos sociais ou empresas. No local, encontra-se o Espaço Mário Cravo (EMC) - Parque das Esculturas, onde os visitantes podem apreciar esculturas do acervo do artista. Aí acontece o Programa de Integração com a Rede de Ensino do EMC, que funciona com base no Sistema de Aprendizado, criado pelo próprio escultor, que consiste em ensinar, aliando teoria e prática. Crianças realizam também uma visita guiada à galeria que oferece exposição para o despertar da sensibilidade e da imaginação.

O Governo do Estado é o patrocinador master da Bienal do Livro da Bahia, evento literário mais importante do estado, onde os visitantes têm a oportunidade de se aproximar dos seus autores favoritos, folhear livros, viajar por lugares desconhecidos e participar de atividades culturais, lançamentos, oficinas e debates. Em 2013, a 11ª edição do evento foi realizada no Centro de Convenções de Salvador, em novembro, e contou com 385 expositores. No estande das secretarias de estado, houve uma série de atividades envolvendo o livro, a leitura e a literatura, com a presença de autores para leituras públicas, contação de histórias, lançamentos, oficinas e debates em torno da cadeia produtiva e criativa do livro da Bahia. Em 2013, o espaço homenageou importantes representantes da cultura afro-brasileira, entre eles Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1917-2013), o historiador Ubiratan Castro (1948-2013), o estudioso Edison Carneiro (1912-1972), o poeta Jonatas Conceição (1952-2009) e a ialorixá Stela de Oxóssi. Em 2011, a 10º edição do evento homenageou o Centenário de Nascimento do escritor Jorge Amado, comemorado em agosto de 2012.

Page 154: Bahia: Terra da Cultura

154

AlArgAmento dAS trAnSVerSAlidAdeS culturAiS

SECULT-SEPLAN Pesquisas e publicações sobre o mapa cultural da Bahia e economia criativa

Mensurar os impactos da festa nas economias locais a partir da cadeia produtiva que abastece o São João. Este é o objetivo da pesquisa Efeitos da Festa de São João em Municípios Selecionados, que ouviu empresários, atores culturais e informais. Realizado em 2013 pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI/SEPLAN, em parceria com a SecultBA e SETUR, o estudo reuniu dados primários e secundários de nove municípios onde tradicionalmente ocorrem os festejos juninos: Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas, Jequié, Lençóis, Mucugê, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim e Piritiba. Já a publicação Bahia Criativa: Diretrizes e Iniciativas para o Desenvolvimento da Economia Criativa na Bahia é um plano de desenvolvimento da economia criativa para o estado, com objetivo de sistematizar uma carteira de iniciativas integradas para fortalecer a dimensão econômica do segmento. Em fase conclusão, a publicação foi elaborada pelo Grupo de Trabalho Bahia Criativa, que reúne 17 instituições da administração pública estadual e entidades não governamentais, sob coordenação da SecultBA.

SECULT-SEC/SETUR/SEFAZBienal do Livro da Bahia (2011 e 2013)

SECULT/SECEdital para premiação de literatura infantil

Um concurso das secretarias da Educação e de Cultura do Estado da Bahia irá selecionar 42 obras literárias infantis ilustradas, inéditas ou não. As inscrições foram encerradas em novembro de 2013. Serão premiados autores baianos, cujos textos literários tenham ênfase na tradição das culturas populares baianas e sejam voltados para estudantes do primeiro ano do ensino fundamental. As obras contempladas serão editadas e impressas pelas secretarias e utilizadas no âmbito do Programa Pacto pela Educação, que visa alfabetizar todas as crianças com até sete anos de idade. Os vencedores receberão R$ 10 mil para cada obra selecionada.

SECULT-SETUR/SECOMCarnaval

Em 2013, a SecultBA investiu aproximadamente R$ 14,5 milhões na maior festa popular de rua do mundo, o Carnaval de Salvador. A programação contempla os já tradicionais Carnaval do Pelô, Carnaval Ouro Negro e o Carnaval Pipoca, além do Palco do Rock, que garantem a diversidade musical e cultural à festa, bem como o acesso democrático às manifestações populares.

SECULT-Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos HumanosConselho Estadual de pessoa com deficiência

O Conselho Estadual Da Pessoa com Deficiência (COEDE) é órgão colegiado integrante da estrutura da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e tem como objetivo formular políticas e diretrizes e avaliar os programas e ações governamentais voltados para a defesa dos direitos da pessoa com deficiência. É ele que aprova planos e programas elaborados por órgãos e entidades da administração pública estadual relacionados aos interesses e direitos da pessoa com deficiência. Além disso, zela pela implantação da Política Estadual para inclusão da pessoa com deficiência, acompanha o planejamento, as resoluções das conferências específicas e avalia a execução das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer e política urbana relativas à pessoa com deficiência.

SECULT/SECOMPolítica para audiovisual

A SecultBA tem como objetivo, na área do audiovisual, de fortalecer o setor e sua radiodifusão, em articulação com a sociedade, para promover a cidadania, a democ-racia e a diversidade cultural da Bahia. Fazem parte do Programa de Fomento e Apoio à Produção Audiovisual: o Festival Nacional de Vídeo – Imagem em 5 Minutos e o Desenvolvimento de Roteiros de Longa-Metragem, além do Programa Memória Audiovisual e Sonora da Bahia, através da Cinemateca da Bahia. O Programa de Fomento e Apoio à Difusão realiza as seguintes ações: a revitalização da Sala Walter da Silveira, Quartas Baianas, Cinema no Vestibular, Sessões especiais, Cinema Paradiso, Projeto Sua Nota é um Show de Cinema e Ciranda Brasil de Cinema.

SECULT/SETURFestas juninas

O ciclo de festejos juninos ganha uma programação especial no Pelourinho, a cada ano. Em 2013, em um total de oito dias da maior festa regional do Brasil, o São João, o Pelô recebeu cerca de 120 mil pessoas. Foram realizadas apresentações gratuitas de alguns dos maiores nomes da música nordestina, como Alceu Valença, Genival Lacerda, Zelito Miranda, Gilberto Gil e Elba Ramalho. A realização do São João do Pelô é uma parceria entre a Bahiatursa/Secretaria do Turismo e a SecultBA.

SECULT-SERINBienal dos Jovens Criadores da CPLP)

Em sua sexta edição, a primeira realizada no Brasil, a Bienal de Jovens Criadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aconteceu de 03 a 07 de dezem-bro, em Salvador, e teve como tema "Política de Juventude e Cultura Livre". A principal diretriz do evento foi contribuir para a integração e construção de novos caminhos para a formação cidadã das juventudes de seus países membros, por meio da aproximação e troca entre as diferentes identidades culturais e das políticas públicas para a juventude. As ações propostas, seja no campo da aproxi-mação pessoal, da vivência, apreciação e identificação com as criações artísticas, bem como da discussão e reflexão sobre temas contemporâneos e politizados, promovem uma aproximação singular que tem a intenção de ser transformadora. Além dos jovens brasileiros, a VI Bienal contou com a participação de representantes de mais sete países da CPLP: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

SECULT/Várias secretariasPlano Bahia Criativa

O Plano Bahia Criativa tem como objetivo planejar e promover ações de fomento aos segmentos da economia criativa, considerada o um grande motor do desenvolvi-mento no século XXI. A SecultBA, através da Diretoria de Economia da Cultura, ligada à Suprocult, reuniu represent-antes de órgãos e entidades da administração pública estadual e entidades não governamentais, para formarem o Grupo de Trabalho (GT) Bahia Criativa, que trabalha desde agosto de 2012 para compor esse documento. O Plano aponta diretrizes, metas e fontes de recursos para ações voltadas para linhas de atuação do setor. Cinco comissões temáticas foram instituídas para debater e formular propostas para cada uma das linhas de atuação do Plano Bahia Criativa: Territórios Culturais, Promoção, Fomento Especializado, Formação e qualificação e Informação e Reflexão.

SECULT/SEMAParque de Pituaçu / Espaço Mário Cravo

O Parque Metropolitano de Pituaçu é um dos raros e mais belos parques ecológicos brasileiros situados dentro da área urbana, remanescente da Mata Atlântica. Além de atividades esportivas, são realizadas atividades sociais de educação ambiental com escolas, grupos sociais ou empresas. No local, encontra-se o Espaço Mário Cravo (EMC) - Parque das Esculturas, onde os visitantes podem apreciar esculturas do acervo do artista. Aí acontece o Programa de Integração com a Rede de Ensino do EMC, que funciona com base no Sistema de Aprendizado, criado pelo próprio escultor, que consiste em ensinar, aliando teoria e prática. Crianças realizam também uma visita guiada à galeria que oferece exposição para o despertar da sensibilidade e da imaginação.

O Governo do Estado é o patrocinador master da Bienal do Livro da Bahia, evento literário mais importante do estado, onde os visitantes têm a oportunidade de se aproximar dos seus autores favoritos, folhear livros, viajar por lugares desconhecidos e participar de atividades culturais, lançamentos, oficinas e debates. Em 2013, a 11ª edição do evento foi realizada no Centro de Convenções de Salvador, em novembro, e contou com 385 expositores. No estande das secretarias de estado, houve uma série de atividades envolvendo o livro, a leitura e a literatura, com a presença de autores para leituras públicas, contação de histórias, lançamentos, oficinas e debates em torno da cadeia produtiva e criativa do livro da Bahia. Em 2013, o espaço homenageou importantes representantes da cultura afro-brasileira, entre eles Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1917-2013), o historiador Ubiratan Castro (1948-2013), o estudioso Edison Carneiro (1912-1972), o poeta Jonatas Conceição (1952-2009) e a ialorixá Stela de Oxóssi. Em 2011, a 10º edição do evento homenageou o Centenário de Nascimento do escritor Jorge Amado, comemorado em agosto de 2012.

SECULT-SEPLAN Pesquisas e publicações sobre o mapa cultural da Bahia e economia criativa

Mensurar os impactos da festa nas economias locais a partir da cadeia produtiva que abastece o São João. Este é o objetivo da pesquisa Efeitos da Festa de São João em Municípios Selecionados, que ouviu empresários, atores culturais e informais. Realizado em 2013 pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI/SEPLAN, em parceria com a SecultBA e SETUR, o estudo reuniu dados primários e secundários de nove municípios onde tradicionalmente ocorrem os festejos juninos: Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas, Jequié, Lençóis, Mucugê, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim e Piritiba. Já a publicação Bahia Criativa: Diretrizes e Iniciativas para o Desenvolvimento da Economia Criativa na Bahia é um plano de desenvolvimento da economia criativa para o estado, com objetivo de sistematizar uma carteira de iniciativas integradas para fortalecer a dimensão econômica do segmento. Em fase conclusão, a publicação foi elaborada pelo Grupo de Trabalho Bahia Criativa, que reúne 17 instituições da administração pública estadual e entidades não governamentais, sob coordenação da SecultBA.

SECULT-SEC/SETUR/SEFAZBienal do Livro da Bahia (2011 e 2013)

SECULT/SECEdital para premiação de literatura infantil

Um concurso das secretarias da Educação e de Cultura do Estado da Bahia irá selecionar 42 obras literárias infantis ilustradas, inéditas ou não. As inscrições foram encerradas em novembro de 2013. Serão premiados autores baianos, cujos textos literários tenham ênfase na tradição das culturas populares baianas e sejam voltados para estudantes do primeiro ano do ensino fundamental. As obras contempladas serão editadas e impressas pelas secretarias e utilizadas no âmbito do Programa Pacto pela Educação, que visa alfabetizar todas as crianças com até sete anos de idade. Os vencedores receberão R$ 10 mil para cada obra selecionada.

SECULT-SETUR/SECOMCarnaval

Em 2013, a SecultBA investiu aproximadamente R$ 14,5 milhões na maior festa popular de rua do mundo, o Carnaval de Salvador. A programação contempla os já tradicionais Carnaval do Pelô, Carnaval Ouro Negro e o Carnaval Pipoca, além do Palco do Rock, que garantem a diversidade musical e cultural à festa, bem como o acesso democrático às manifestações populares.

SECULT-Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos HumanosConselho Estadual de pessoa com deficiência

O Conselho Estadual Da Pessoa com Deficiência (COEDE) é órgão colegiado integrante da estrutura da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e tem como objetivo formular políticas e diretrizes e avaliar os programas e ações governamentais voltados para a defesa dos direitos da pessoa com deficiência. É ele que aprova planos e programas elaborados por órgãos e entidades da administração pública estadual relacionados aos interesses e direitos da pessoa com deficiência. Além disso, zela pela implantação da Política Estadual para inclusão da pessoa com deficiência, acompanha o planejamento, as resoluções das conferências específicas e avalia a execução das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer e política urbana relativas à pessoa com deficiência.

SECULT/SECOMPolítica para audiovisual

A SecultBA tem como objetivo, na área do audiovisual, de fortalecer o setor e sua radiodifusão, em articulação com a sociedade, para promover a cidadania, a democ-racia e a diversidade cultural da Bahia. Fazem parte do Programa de Fomento e Apoio à Produção Audiovisual: o Festival Nacional de Vídeo – Imagem em 5 Minutos e o Desenvolvimento de Roteiros de Longa-Metragem, além do Programa Memória Audiovisual e Sonora da Bahia, através da Cinemateca da Bahia. O Programa de Fomento e Apoio à Difusão realiza as seguintes ações: a revitalização da Sala Walter da Silveira, Quartas Baianas, Cinema no Vestibular, Sessões especiais, Cinema Paradiso, Projeto Sua Nota é um Show de Cinema e Ciranda Brasil de Cinema.

SECULT/SETURFestas juninas

O ciclo de festejos juninos ganha uma programação especial no Pelourinho, a cada ano. Em 2013, em um total de oito dias da maior festa regional do Brasil, o São João, o Pelô recebeu cerca de 120 mil pessoas. Foram realizadas apresentações gratuitas de alguns dos maiores nomes da música nordestina, como Alceu Valença, Genival Lacerda, Zelito Miranda, Gilberto Gil e Elba Ramalho. A realização do São João do Pelô é uma parceria entre a Bahiatursa/Secretaria do Turismo e a SecultBA.

SECULT-SERINBienal dos Jovens Criadores da CPLP)

Em sua sexta edição, a primeira realizada no Brasil, a Bienal de Jovens Criadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aconteceu de 03 a 07 de dezem-bro, em Salvador, e teve como tema "Política de Juventude e Cultura Livre". A principal diretriz do evento foi contribuir para a integração e construção de novos caminhos para a formação cidadã das juventudes de seus países membros, por meio da aproximação e troca entre as diferentes identidades culturais e das políticas públicas para a juventude. As ações propostas, seja no campo da aproxi-mação pessoal, da vivência, apreciação e identificação com as criações artísticas, bem como da discussão e reflexão sobre temas contemporâneos e politizados, promovem uma aproximação singular que tem a intenção de ser transformadora. Além dos jovens brasileiros, a VI Bienal contou com a participação de representantes de mais sete países da CPLP: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

SECULT/Várias secretariasPlano Bahia Criativa

O Plano Bahia Criativa tem como objetivo planejar e promover ações de fomento aos segmentos da economia criativa, considerada o um grande motor do desenvolvi-mento no século XXI. A SecultBA, através da Diretoria de Economia da Cultura, ligada à Suprocult, reuniu represent-antes de órgãos e entidades da administração pública estadual e entidades não governamentais, para formarem o Grupo de Trabalho (GT) Bahia Criativa, que trabalha desde agosto de 2012 para compor esse documento. O Plano aponta diretrizes, metas e fontes de recursos para ações voltadas para linhas de atuação do setor. Cinco comissões temáticas foram instituídas para debater e formular propostas para cada uma das linhas de atuação do Plano Bahia Criativa: Territórios Culturais, Promoção, Fomento Especializado, Formação e qualificação e Informação e Reflexão.

SECULT/SEMAParque de Pituaçu / Espaço Mário Cravo

O Parque Metropolitano de Pituaçu é um dos raros e mais belos parques ecológicos brasileiros situados dentro da área urbana, remanescente da Mata Atlântica. Além de atividades esportivas, são realizadas atividades sociais de educação ambiental com escolas, grupos sociais ou empresas. No local, encontra-se o Espaço Mário Cravo (EMC) - Parque das Esculturas, onde os visitantes podem apreciar esculturas do acervo do artista. Aí acontece o Programa de Integração com a Rede de Ensino do EMC, que funciona com base no Sistema de Aprendizado, criado pelo próprio escultor, que consiste em ensinar, aliando teoria e prática. Crianças realizam também uma visita guiada à galeria que oferece exposição para o despertar da sensibilidade e da imaginação.

O Governo do Estado é o patrocinador master da Bienal do Livro da Bahia, evento literário mais importante do estado, onde os visitantes têm a oportunidade de se aproximar dos seus autores favoritos, folhear livros, viajar por lugares desconhecidos e participar de atividades culturais, lançamentos, oficinas e debates. Em 2013, a 11ª edição do evento foi realizada no Centro de Convenções de Salvador, em novembro, e contou com 385 expositores. No estande das secretarias de estado, houve uma série de atividades envolvendo o livro, a leitura e a literatura, com a presença de autores para leituras públicas, contação de histórias, lançamentos, oficinas e debates em torno da cadeia produtiva e criativa do livro da Bahia. Em 2013, o espaço homenageou importantes representantes da cultura afro-brasileira, entre eles Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1917-2013), o historiador Ubiratan Castro (1948-2013), o estudioso Edison Carneiro (1912-1972), o poeta Jonatas Conceição (1952-2009) e a ialorixá Stela de Oxóssi. Em 2011, a 10º edição do evento homenageou o Centenário de Nascimento do escritor Jorge Amado, comemorado em agosto de 2012.

SECULT-SEPLAN Pesquisas e publicações sobre o mapa cultural da Bahia e economia criativa

Mensurar os impactos da festa nas economias locais a partir da cadeia produtiva que abastece o São João. Este é o objetivo da pesquisa Efeitos da Festa de São João em Municípios Selecionados, que ouviu empresários, atores culturais e informais. Realizado em 2013 pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI/SEPLAN, em parceria com a SecultBA e SETUR, o estudo reuniu dados primários e secundários de nove municípios onde tradicionalmente ocorrem os festejos juninos: Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas, Jequié, Lençóis, Mucugê, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim e Piritiba. Já a publicação Bahia Criativa: Diretrizes e Iniciativas para o Desenvolvimento da Economia Criativa na Bahia é um plano de desenvolvimento da economia criativa para o estado, com objetivo de sistematizar uma carteira de iniciativas integradas para fortalecer a dimensão econômica do segmento. Em fase conclusão, a publicação foi elaborada pelo Grupo de Trabalho Bahia Criativa, que reúne 17 instituições da administração pública estadual e entidades não governamentais, sob coordenação da SecultBA.

SECULT-SEC/SETUR/SEFAZBienal do Livro da Bahia (2011 e 2013)

SECULT/SECEdital para premiação de literatura infantil

Um concurso das secretarias da Educação e de Cultura do Estado da Bahia irá selecionar 42 obras literárias infantis ilustradas, inéditas ou não. As inscrições foram encerradas em novembro de 2013. Serão premiados autores baianos, cujos textos literários tenham ênfase na tradição das culturas populares baianas e sejam voltados para estudantes do primeiro ano do ensino fundamental. As obras contempladas serão editadas e impressas pelas secretarias e utilizadas no âmbito do Programa Pacto pela Educação, que visa alfabetizar todas as crianças com até sete anos de idade. Os vencedores receberão R$ 10 mil para cada obra selecionada.

SECULT-SETUR/SECOMCarnaval

Em 2013, a SecultBA investiu aproximadamente R$ 14,5 milhões na maior festa popular de rua do mundo, o Carnaval de Salvador. A programação contempla os já tradicionais Carnaval do Pelô, Carnaval Ouro Negro e o Carnaval Pipoca, além do Palco do Rock, que garantem a diversidade musical e cultural à festa, bem como o acesso democrático às manifestações populares.

SECULT-Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos HumanosConselho Estadual de pessoa com deficiência

O Conselho Estadual Da Pessoa com Deficiência (COEDE) é órgão colegiado integrante da estrutura da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e tem como objetivo formular políticas e diretrizes e avaliar os programas e ações governamentais voltados para a defesa dos direitos da pessoa com deficiência. É ele que aprova planos e programas elaborados por órgãos e entidades da administração pública estadual relacionados aos interesses e direitos da pessoa com deficiência. Além disso, zela pela implantação da Política Estadual para inclusão da pessoa com deficiência, acompanha o planejamento, as resoluções das conferências específicas e avalia a execução das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer e política urbana relativas à pessoa com deficiência.

SECULT/SECOMPolítica para audiovisual

A SecultBA tem como objetivo, na área do audiovisual, de fortalecer o setor e sua radiodifusão, em articulação com a sociedade, para promover a cidadania, a democ-racia e a diversidade cultural da Bahia. Fazem parte do Programa de Fomento e Apoio à Produção Audiovisual: o Festival Nacional de Vídeo – Imagem em 5 Minutos e o Desenvolvimento de Roteiros de Longa-Metragem, além do Programa Memória Audiovisual e Sonora da Bahia, através da Cinemateca da Bahia. O Programa de Fomento e Apoio à Difusão realiza as seguintes ações: a revitalização da Sala Walter da Silveira, Quartas Baianas, Cinema no Vestibular, Sessões especiais, Cinema Paradiso, Projeto Sua Nota é um Show de Cinema e Ciranda Brasil de Cinema.

SECULT/SETURFestas juninas

O ciclo de festejos juninos ganha uma programação especial no Pelourinho, a cada ano. Em 2013, em um total de oito dias da maior festa regional do Brasil, o São João, o Pelô recebeu cerca de 120 mil pessoas. Foram realizadas apresentações gratuitas de alguns dos maiores nomes da música nordestina, como Alceu Valença, Genival Lacerda, Zelito Miranda, Gilberto Gil e Elba Ramalho. A realização do São João do Pelô é uma parceria entre a Bahiatursa/Secretaria do Turismo e a SecultBA.

SECULT-SERINBienal dos Jovens Criadores da CPLP)

Em sua sexta edição, a primeira realizada no Brasil, a Bienal de Jovens Criadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aconteceu de 03 a 07 de dezem-bro, em Salvador, e teve como tema "Política de Juventude e Cultura Livre". A principal diretriz do evento foi contribuir para a integração e construção de novos caminhos para a formação cidadã das juventudes de seus países membros, por meio da aproximação e troca entre as diferentes identidades culturais e das políticas públicas para a juventude. As ações propostas, seja no campo da aproxi-mação pessoal, da vivência, apreciação e identificação com as criações artísticas, bem como da discussão e reflexão sobre temas contemporâneos e politizados, promovem uma aproximação singular que tem a intenção de ser transformadora. Além dos jovens brasileiros, a VI Bienal contou com a participação de representantes de mais sete países da CPLP: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

SECULT/Várias secretariasPlano Bahia Criativa

O Plano Bahia Criativa tem como objetivo planejar e promover ações de fomento aos segmentos da economia criativa, considerada o um grande motor do desenvolvi-mento no século XXI. A SecultBA, através da Diretoria de Economia da Cultura, ligada à Suprocult, reuniu represent-antes de órgãos e entidades da administração pública estadual e entidades não governamentais, para formarem o Grupo de Trabalho (GT) Bahia Criativa, que trabalha desde agosto de 2012 para compor esse documento. O Plano aponta diretrizes, metas e fontes de recursos para ações voltadas para linhas de atuação do setor. Cinco comissões temáticas foram instituídas para debater e formular propostas para cada uma das linhas de atuação do Plano Bahia Criativa: Territórios Culturais, Promoção, Fomento Especializado, Formação e qualificação e Informação e Reflexão.

SECULT/SEMAParque de Pituaçu / Espaço Mário Cravo

O Parque Metropolitano de Pituaçu é um dos raros e mais belos parques ecológicos brasileiros situados dentro da área urbana, remanescente da Mata Atlântica. Além de atividades esportivas, são realizadas atividades sociais de educação ambiental com escolas, grupos sociais ou empresas. No local, encontra-se o Espaço Mário Cravo (EMC) - Parque das Esculturas, onde os visitantes podem apreciar esculturas do acervo do artista. Aí acontece o Programa de Integração com a Rede de Ensino do EMC, que funciona com base no Sistema de Aprendizado, criado pelo próprio escultor, que consiste em ensinar, aliando teoria e prática. Crianças realizam também uma visita guiada à galeria que oferece exposição para o despertar da sensibilidade e da imaginação.

O Governo do Estado é o patrocinador master da Bienal do Livro da Bahia, evento literário mais importante do estado, onde os visitantes têm a oportunidade de se aproximar dos seus autores favoritos, folhear livros, viajar por lugares desconhecidos e participar de atividades culturais, lançamentos, oficinas e debates. Em 2013, a 11ª edição do evento foi realizada no Centro de Convenções de Salvador, em novembro, e contou com 385 expositores. No estande das secretarias de estado, houve uma série de atividades envolvendo o livro, a leitura e a literatura, com a presença de autores para leituras públicas, contação de histórias, lançamentos, oficinas e debates em torno da cadeia produtiva e criativa do livro da Bahia. Em 2013, o espaço homenageou importantes representantes da cultura afro-brasileira, entre eles Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1917-2013), o historiador Ubiratan Castro (1948-2013), o estudioso Edison Carneiro (1912-1972), o poeta Jonatas Conceição (1952-2009) e a ialorixá Stela de Oxóssi. Em 2011, a 10º edição do evento homenageou o Centenário de Nascimento do escritor Jorge Amado, comemorado em agosto de 2012.

TrANSVErSALIDADES

Page 155: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

155

SECULT-SEPLAN Pesquisas e publicações sobre o mapa cultural da Bahia e economia criativa

Mensurar os impactos da festa nas economias locais a partir da cadeia produtiva que abastece o São João. Este é o objetivo da pesquisa Efeitos da Festa de São João em Municípios Selecionados, que ouviu empresários, atores culturais e informais. Realizado em 2013 pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI/SEPLAN, em parceria com a SecultBA e SETUR, o estudo reuniu dados primários e secundários de nove municípios onde tradicionalmente ocorrem os festejos juninos: Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas, Jequié, Lençóis, Mucugê, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim e Piritiba. Já a publicação Bahia Criativa: Diretrizes e Iniciativas para o Desenvolvimento da Economia Criativa na Bahia é um plano de desenvolvimento da economia criativa para o estado, com objetivo de sistematizar uma carteira de iniciativas integradas para fortalecer a dimensão econômica do segmento. Em fase conclusão, a publicação foi elaborada pelo Grupo de Trabalho Bahia Criativa, que reúne 17 instituições da administração pública estadual e entidades não governamentais, sob coordenação da SecultBA.

SECULT-SEC/SETUR/SEFAZBienal do Livro da Bahia (2011 e 2013)

SECULT/SECEdital para premiação de literatura infantil

Um concurso das secretarias da Educação e de Cultura do Estado da Bahia irá selecionar 42 obras literárias infantis ilustradas, inéditas ou não. As inscrições foram encerradas em novembro de 2013. Serão premiados autores baianos, cujos textos literários tenham ênfase na tradição das culturas populares baianas e sejam voltados para estudantes do primeiro ano do ensino fundamental. As obras contempladas serão editadas e impressas pelas secretarias e utilizadas no âmbito do Programa Pacto pela Educação, que visa alfabetizar todas as crianças com até sete anos de idade. Os vencedores receberão R$ 10 mil para cada obra selecionada.

SECULT-SETUR/SECOMCarnaval

Em 2013, a SecultBA investiu aproximadamente R$ 14,5 milhões na maior festa popular de rua do mundo, o Carnaval de Salvador. A programação contempla os já tradicionais Carnaval do Pelô, Carnaval Ouro Negro e o Carnaval Pipoca, além do Palco do Rock, que garantem a diversidade musical e cultural à festa, bem como o acesso democrático às manifestações populares.

SECULT-Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos HumanosConselho Estadual de pessoa com deficiência

O Conselho Estadual Da Pessoa com Deficiência (COEDE) é órgão colegiado integrante da estrutura da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e tem como objetivo formular políticas e diretrizes e avaliar os programas e ações governamentais voltados para a defesa dos direitos da pessoa com deficiência. É ele que aprova planos e programas elaborados por órgãos e entidades da administração pública estadual relacionados aos interesses e direitos da pessoa com deficiência. Além disso, zela pela implantação da Política Estadual para inclusão da pessoa com deficiência, acompanha o planejamento, as resoluções das conferências específicas e avalia a execução das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer e política urbana relativas à pessoa com deficiência.

SECULT/SECOMPolítica para audiovisual

A SecultBA tem como objetivo, na área do audiovisual, de fortalecer o setor e sua radiodifusão, em articulação com a sociedade, para promover a cidadania, a democ-racia e a diversidade cultural da Bahia. Fazem parte do Programa de Fomento e Apoio à Produção Audiovisual: o Festival Nacional de Vídeo – Imagem em 5 Minutos e o Desenvolvimento de Roteiros de Longa-Metragem, além do Programa Memória Audiovisual e Sonora da Bahia, através da Cinemateca da Bahia. O Programa de Fomento e Apoio à Difusão realiza as seguintes ações: a revitalização da Sala Walter da Silveira, Quartas Baianas, Cinema no Vestibular, Sessões especiais, Cinema Paradiso, Projeto Sua Nota é um Show de Cinema e Ciranda Brasil de Cinema.

SECULT/SETURFestas juninas

O ciclo de festejos juninos ganha uma programação especial no Pelourinho, a cada ano. Em 2013, em um total de oito dias da maior festa regional do Brasil, o São João, o Pelô recebeu cerca de 120 mil pessoas. Foram realizadas apresentações gratuitas de alguns dos maiores nomes da música nordestina, como Alceu Valença, Genival Lacerda, Zelito Miranda, Gilberto Gil e Elba Ramalho. A realização do São João do Pelô é uma parceria entre a Bahiatursa/Secretaria do Turismo e a SecultBA.

SECULT-SERINBienal dos Jovens Criadores da CPLP)

Em sua sexta edição, a primeira realizada no Brasil, a Bienal de Jovens Criadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aconteceu de 03 a 07 de dezem-bro, em Salvador, e teve como tema "Política de Juventude e Cultura Livre". A principal diretriz do evento foi contribuir para a integração e construção de novos caminhos para a formação cidadã das juventudes de seus países membros, por meio da aproximação e troca entre as diferentes identidades culturais e das políticas públicas para a juventude. As ações propostas, seja no campo da aproxi-mação pessoal, da vivência, apreciação e identificação com as criações artísticas, bem como da discussão e reflexão sobre temas contemporâneos e politizados, promovem uma aproximação singular que tem a intenção de ser transformadora. Além dos jovens brasileiros, a VI Bienal contou com a participação de representantes de mais sete países da CPLP: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

SECULT/Várias secretariasPlano Bahia Criativa

O Plano Bahia Criativa tem como objetivo planejar e promover ações de fomento aos segmentos da economia criativa, considerada o um grande motor do desenvolvi-mento no século XXI. A SecultBA, através da Diretoria de Economia da Cultura, ligada à Suprocult, reuniu represent-antes de órgãos e entidades da administração pública estadual e entidades não governamentais, para formarem o Grupo de Trabalho (GT) Bahia Criativa, que trabalha desde agosto de 2012 para compor esse documento. O Plano aponta diretrizes, metas e fontes de recursos para ações voltadas para linhas de atuação do setor. Cinco comissões temáticas foram instituídas para debater e formular propostas para cada uma das linhas de atuação do Plano Bahia Criativa: Territórios Culturais, Promoção, Fomento Especializado, Formação e qualificação e Informação e Reflexão.

SECULT/SEMAParque de Pituaçu / Espaço Mário Cravo

O Parque Metropolitano de Pituaçu é um dos raros e mais belos parques ecológicos brasileiros situados dentro da área urbana, remanescente da Mata Atlântica. Além de atividades esportivas, são realizadas atividades sociais de educação ambiental com escolas, grupos sociais ou empresas. No local, encontra-se o Espaço Mário Cravo (EMC) - Parque das Esculturas, onde os visitantes podem apreciar esculturas do acervo do artista. Aí acontece o Programa de Integração com a Rede de Ensino do EMC, que funciona com base no Sistema de Aprendizado, criado pelo próprio escultor, que consiste em ensinar, aliando teoria e prática. Crianças realizam também uma visita guiada à galeria que oferece exposição para o despertar da sensibilidade e da imaginação.

O Governo do Estado é o patrocinador master da Bienal do Livro da Bahia, evento literário mais importante do estado, onde os visitantes têm a oportunidade de se aproximar dos seus autores favoritos, folhear livros, viajar por lugares desconhecidos e participar de atividades culturais, lançamentos, oficinas e debates. Em 2013, a 11ª edição do evento foi realizada no Centro de Convenções de Salvador, em novembro, e contou com 385 expositores. No estande das secretarias de estado, houve uma série de atividades envolvendo o livro, a leitura e a literatura, com a presença de autores para leituras públicas, contação de histórias, lançamentos, oficinas e debates em torno da cadeia produtiva e criativa do livro da Bahia. Em 2013, o espaço homenageou importantes representantes da cultura afro-brasileira, entre eles Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1917-2013), o historiador Ubiratan Castro (1948-2013), o estudioso Edison Carneiro (1912-1972), o poeta Jonatas Conceição (1952-2009) e a ialorixá Stela de Oxóssi. Em 2011, a 10º edição do evento homenageou o Centenário de Nascimento do escritor Jorge Amado, comemorado em agosto de 2012.

SECULT-SEPLAN Pesquisas e publicações sobre o mapa cultural da Bahia e economia criativa

Mensurar os impactos da festa nas economias locais a partir da cadeia produtiva que abastece o São João. Este é o objetivo da pesquisa Efeitos da Festa de São João em Municípios Selecionados, que ouviu empresários, atores culturais e informais. Realizado em 2013 pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI/SEPLAN, em parceria com a SecultBA e SETUR, o estudo reuniu dados primários e secundários de nove municípios onde tradicionalmente ocorrem os festejos juninos: Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas, Jequié, Lençóis, Mucugê, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim e Piritiba. Já a publicação Bahia Criativa: Diretrizes e Iniciativas para o Desenvolvimento da Economia Criativa na Bahia é um plano de desenvolvimento da economia criativa para o estado, com objetivo de sistematizar uma carteira de iniciativas integradas para fortalecer a dimensão econômica do segmento. Em fase conclusão, a publicação foi elaborada pelo Grupo de Trabalho Bahia Criativa, que reúne 17 instituições da administração pública estadual e entidades não governamentais, sob coordenação da SecultBA.

SECULT-SEC/SETUR/SEFAZBienal do Livro da Bahia (2011 e 2013)

SECULT/SECEdital para premiação de literatura infantil

Um concurso das secretarias da Educação e de Cultura do Estado da Bahia irá selecionar 42 obras literárias infantis ilustradas, inéditas ou não. As inscrições foram encerradas em novembro de 2013. Serão premiados autores baianos, cujos textos literários tenham ênfase na tradição das culturas populares baianas e sejam voltados para estudantes do primeiro ano do ensino fundamental. As obras contempladas serão editadas e impressas pelas secretarias e utilizadas no âmbito do Programa Pacto pela Educação, que visa alfabetizar todas as crianças com até sete anos de idade. Os vencedores receberão R$ 10 mil para cada obra selecionada.

SECULT-SETUR/SECOMCarnaval

Em 2013, a SecultBA investiu aproximadamente R$ 14,5 milhões na maior festa popular de rua do mundo, o Carnaval de Salvador. A programação contempla os já tradicionais Carnaval do Pelô, Carnaval Ouro Negro e o Carnaval Pipoca, além do Palco do Rock, que garantem a diversidade musical e cultural à festa, bem como o acesso democrático às manifestações populares.

SECULT-Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos HumanosConselho Estadual de pessoa com deficiência

O Conselho Estadual Da Pessoa com Deficiência (COEDE) é órgão colegiado integrante da estrutura da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e tem como objetivo formular políticas e diretrizes e avaliar os programas e ações governamentais voltados para a defesa dos direitos da pessoa com deficiência. É ele que aprova planos e programas elaborados por órgãos e entidades da administração pública estadual relacionados aos interesses e direitos da pessoa com deficiência. Além disso, zela pela implantação da Política Estadual para inclusão da pessoa com deficiência, acompanha o planejamento, as resoluções das conferências específicas e avalia a execução das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer e política urbana relativas à pessoa com deficiência.

SECULT/SECOMPolítica para audiovisual

A SecultBA tem como objetivo, na área do audiovisual, de fortalecer o setor e sua radiodifusão, em articulação com a sociedade, para promover a cidadania, a democ-racia e a diversidade cultural da Bahia. Fazem parte do Programa de Fomento e Apoio à Produção Audiovisual: o Festival Nacional de Vídeo – Imagem em 5 Minutos e o Desenvolvimento de Roteiros de Longa-Metragem, além do Programa Memória Audiovisual e Sonora da Bahia, através da Cinemateca da Bahia. O Programa de Fomento e Apoio à Difusão realiza as seguintes ações: a revitalização da Sala Walter da Silveira, Quartas Baianas, Cinema no Vestibular, Sessões especiais, Cinema Paradiso, Projeto Sua Nota é um Show de Cinema e Ciranda Brasil de Cinema.

SECULT/SETURFestas juninas

O ciclo de festejos juninos ganha uma programação especial no Pelourinho, a cada ano. Em 2013, em um total de oito dias da maior festa regional do Brasil, o São João, o Pelô recebeu cerca de 120 mil pessoas. Foram realizadas apresentações gratuitas de alguns dos maiores nomes da música nordestina, como Alceu Valença, Genival Lacerda, Zelito Miranda, Gilberto Gil e Elba Ramalho. A realização do São João do Pelô é uma parceria entre a Bahiatursa/Secretaria do Turismo e a SecultBA.

SECULT-SERINBienal dos Jovens Criadores da CPLP)

Em sua sexta edição, a primeira realizada no Brasil, a Bienal de Jovens Criadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aconteceu de 03 a 07 de dezem-bro, em Salvador, e teve como tema "Política de Juventude e Cultura Livre". A principal diretriz do evento foi contribuir para a integração e construção de novos caminhos para a formação cidadã das juventudes de seus países membros, por meio da aproximação e troca entre as diferentes identidades culturais e das políticas públicas para a juventude. As ações propostas, seja no campo da aproxi-mação pessoal, da vivência, apreciação e identificação com as criações artísticas, bem como da discussão e reflexão sobre temas contemporâneos e politizados, promovem uma aproximação singular que tem a intenção de ser transformadora. Além dos jovens brasileiros, a VI Bienal contou com a participação de representantes de mais sete países da CPLP: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

SECULT/Várias secretariasPlano Bahia Criativa

O Plano Bahia Criativa tem como objetivo planejar e promover ações de fomento aos segmentos da economia criativa, considerada o um grande motor do desenvolvi-mento no século XXI. A SecultBA, através da Diretoria de Economia da Cultura, ligada à Suprocult, reuniu represent-antes de órgãos e entidades da administração pública estadual e entidades não governamentais, para formarem o Grupo de Trabalho (GT) Bahia Criativa, que trabalha desde agosto de 2012 para compor esse documento. O Plano aponta diretrizes, metas e fontes de recursos para ações voltadas para linhas de atuação do setor. Cinco comissões temáticas foram instituídas para debater e formular propostas para cada uma das linhas de atuação do Plano Bahia Criativa: Territórios Culturais, Promoção, Fomento Especializado, Formação e qualificação e Informação e Reflexão.

SECULT/SEMAParque de Pituaçu / Espaço Mário Cravo

O Parque Metropolitano de Pituaçu é um dos raros e mais belos parques ecológicos brasileiros situados dentro da área urbana, remanescente da Mata Atlântica. Além de atividades esportivas, são realizadas atividades sociais de educação ambiental com escolas, grupos sociais ou empresas. No local, encontra-se o Espaço Mário Cravo (EMC) - Parque das Esculturas, onde os visitantes podem apreciar esculturas do acervo do artista. Aí acontece o Programa de Integração com a Rede de Ensino do EMC, que funciona com base no Sistema de Aprendizado, criado pelo próprio escultor, que consiste em ensinar, aliando teoria e prática. Crianças realizam também uma visita guiada à galeria que oferece exposição para o despertar da sensibilidade e da imaginação.

O Governo do Estado é o patrocinador master da Bienal do Livro da Bahia, evento literário mais importante do estado, onde os visitantes têm a oportunidade de se aproximar dos seus autores favoritos, folhear livros, viajar por lugares desconhecidos e participar de atividades culturais, lançamentos, oficinas e debates. Em 2013, a 11ª edição do evento foi realizada no Centro de Convenções de Salvador, em novembro, e contou com 385 expositores. No estande das secretarias de estado, houve uma série de atividades envolvendo o livro, a leitura e a literatura, com a presença de autores para leituras públicas, contação de histórias, lançamentos, oficinas e debates em torno da cadeia produtiva e criativa do livro da Bahia. Em 2013, o espaço homenageou importantes representantes da cultura afro-brasileira, entre eles Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1917-2013), o historiador Ubiratan Castro (1948-2013), o estudioso Edison Carneiro (1912-1972), o poeta Jonatas Conceição (1952-2009) e a ialorixá Stela de Oxóssi. Em 2011, a 10º edição do evento homenageou o Centenário de Nascimento do escritor Jorge Amado, comemorado em agosto de 2012.

SECULT-SEPLAN Pesquisas e publicações sobre o mapa cultural da Bahia e economia criativa

Mensurar os impactos da festa nas economias locais a partir da cadeia produtiva que abastece o São João. Este é o objetivo da pesquisa Efeitos da Festa de São João em Municípios Selecionados, que ouviu empresários, atores culturais e informais. Realizado em 2013 pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI/SEPLAN, em parceria com a SecultBA e SETUR, o estudo reuniu dados primários e secundários de nove municípios onde tradicionalmente ocorrem os festejos juninos: Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas, Jequié, Lençóis, Mucugê, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim e Piritiba. Já a publicação Bahia Criativa: Diretrizes e Iniciativas para o Desenvolvimento da Economia Criativa na Bahia é um plano de desenvolvimento da economia criativa para o estado, com objetivo de sistematizar uma carteira de iniciativas integradas para fortalecer a dimensão econômica do segmento. Em fase conclusão, a publicação foi elaborada pelo Grupo de Trabalho Bahia Criativa, que reúne 17 instituições da administração pública estadual e entidades não governamentais, sob coordenação da SecultBA.

SECULT-SEC/SETUR/SEFAZBienal do Livro da Bahia (2011 e 2013)

SECULT/SECEdital para premiação de literatura infantil

Um concurso das secretarias da Educação e de Cultura do Estado da Bahia irá selecionar 42 obras literárias infantis ilustradas, inéditas ou não. As inscrições foram encerradas em novembro de 2013. Serão premiados autores baianos, cujos textos literários tenham ênfase na tradição das culturas populares baianas e sejam voltados para estudantes do primeiro ano do ensino fundamental. As obras contempladas serão editadas e impressas pelas secretarias e utilizadas no âmbito do Programa Pacto pela Educação, que visa alfabetizar todas as crianças com até sete anos de idade. Os vencedores receberão R$ 10 mil para cada obra selecionada.

SECULT-SETUR/SECOMCarnaval

Em 2013, a SecultBA investiu aproximadamente R$ 14,5 milhões na maior festa popular de rua do mundo, o Carnaval de Salvador. A programação contempla os já tradicionais Carnaval do Pelô, Carnaval Ouro Negro e o Carnaval Pipoca, além do Palco do Rock, que garantem a diversidade musical e cultural à festa, bem como o acesso democrático às manifestações populares.

SECULT-Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos HumanosConselho Estadual de pessoa com deficiência

O Conselho Estadual Da Pessoa com Deficiência (COEDE) é órgão colegiado integrante da estrutura da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e tem como objetivo formular políticas e diretrizes e avaliar os programas e ações governamentais voltados para a defesa dos direitos da pessoa com deficiência. É ele que aprova planos e programas elaborados por órgãos e entidades da administração pública estadual relacionados aos interesses e direitos da pessoa com deficiência. Além disso, zela pela implantação da Política Estadual para inclusão da pessoa com deficiência, acompanha o planejamento, as resoluções das conferências específicas e avalia a execução das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer e política urbana relativas à pessoa com deficiência.

SECULT/SECOMPolítica para audiovisual

A SecultBA tem como objetivo, na área do audiovisual, de fortalecer o setor e sua radiodifusão, em articulação com a sociedade, para promover a cidadania, a democ-racia e a diversidade cultural da Bahia. Fazem parte do Programa de Fomento e Apoio à Produção Audiovisual: o Festival Nacional de Vídeo – Imagem em 5 Minutos e o Desenvolvimento de Roteiros de Longa-Metragem, além do Programa Memória Audiovisual e Sonora da Bahia, através da Cinemateca da Bahia. O Programa de Fomento e Apoio à Difusão realiza as seguintes ações: a revitalização da Sala Walter da Silveira, Quartas Baianas, Cinema no Vestibular, Sessões especiais, Cinema Paradiso, Projeto Sua Nota é um Show de Cinema e Ciranda Brasil de Cinema.

SECULT/SETURFestas juninas

O ciclo de festejos juninos ganha uma programação especial no Pelourinho, a cada ano. Em 2013, em um total de oito dias da maior festa regional do Brasil, o São João, o Pelô recebeu cerca de 120 mil pessoas. Foram realizadas apresentações gratuitas de alguns dos maiores nomes da música nordestina, como Alceu Valença, Genival Lacerda, Zelito Miranda, Gilberto Gil e Elba Ramalho. A realização do São João do Pelô é uma parceria entre a Bahiatursa/Secretaria do Turismo e a SecultBA.

SECULT-SERINBienal dos Jovens Criadores da CPLP)

Em sua sexta edição, a primeira realizada no Brasil, a Bienal de Jovens Criadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aconteceu de 03 a 07 de dezem-bro, em Salvador, e teve como tema "Política de Juventude e Cultura Livre". A principal diretriz do evento foi contribuir para a integração e construção de novos caminhos para a formação cidadã das juventudes de seus países membros, por meio da aproximação e troca entre as diferentes identidades culturais e das políticas públicas para a juventude. As ações propostas, seja no campo da aproxi-mação pessoal, da vivência, apreciação e identificação com as criações artísticas, bem como da discussão e reflexão sobre temas contemporâneos e politizados, promovem uma aproximação singular que tem a intenção de ser transformadora. Além dos jovens brasileiros, a VI Bienal contou com a participação de representantes de mais sete países da CPLP: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

SECULT/Várias secretariasPlano Bahia Criativa

O Plano Bahia Criativa tem como objetivo planejar e promover ações de fomento aos segmentos da economia criativa, considerada o um grande motor do desenvolvi-mento no século XXI. A SecultBA, através da Diretoria de Economia da Cultura, ligada à Suprocult, reuniu represent-antes de órgãos e entidades da administração pública estadual e entidades não governamentais, para formarem o Grupo de Trabalho (GT) Bahia Criativa, que trabalha desde agosto de 2012 para compor esse documento. O Plano aponta diretrizes, metas e fontes de recursos para ações voltadas para linhas de atuação do setor. Cinco comissões temáticas foram instituídas para debater e formular propostas para cada uma das linhas de atuação do Plano Bahia Criativa: Territórios Culturais, Promoção, Fomento Especializado, Formação e qualificação e Informação e Reflexão.

SECULT/SEMAParque de Pituaçu / Espaço Mário Cravo

O Parque Metropolitano de Pituaçu é um dos raros e mais belos parques ecológicos brasileiros situados dentro da área urbana, remanescente da Mata Atlântica. Além de atividades esportivas, são realizadas atividades sociais de educação ambiental com escolas, grupos sociais ou empresas. No local, encontra-se o Espaço Mário Cravo (EMC) - Parque das Esculturas, onde os visitantes podem apreciar esculturas do acervo do artista. Aí acontece o Programa de Integração com a Rede de Ensino do EMC, que funciona com base no Sistema de Aprendizado, criado pelo próprio escultor, que consiste em ensinar, aliando teoria e prática. Crianças realizam também uma visita guiada à galeria que oferece exposição para o despertar da sensibilidade e da imaginação.

O Governo do Estado é o patrocinador master da Bienal do Livro da Bahia, evento literário mais importante do estado, onde os visitantes têm a oportunidade de se aproximar dos seus autores favoritos, folhear livros, viajar por lugares desconhecidos e participar de atividades culturais, lançamentos, oficinas e debates. Em 2013, a 11ª edição do evento foi realizada no Centro de Convenções de Salvador, em novembro, e contou com 385 expositores. No estande das secretarias de estado, houve uma série de atividades envolvendo o livro, a leitura e a literatura, com a presença de autores para leituras públicas, contação de histórias, lançamentos, oficinas e debates em torno da cadeia produtiva e criativa do livro da Bahia. Em 2013, o espaço homenageou importantes representantes da cultura afro-brasileira, entre eles Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi (1917-2013), o historiador Ubiratan Castro (1948-2013), o estudioso Edison Carneiro (1912-1972), o poeta Jonatas Conceição (1952-2009) e a ialorixá Stela de Oxóssi. Em 2011, a 10º edição do evento homenageou o Centenário de Nascimento do escritor Jorge Amado, comemorado em agosto de 2012.

Page 156: Bahia: Terra da Cultura

156

Dinamizaç

ão

CulturalNem é preciso conhecer as cifras dos in-vestimentos públicos em cultura para entender que, na Bahia, há algo de

novo na gestão dos espaços culturais. Da capital ao interior, os 17 equipamentos ad-ministrados pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), por intermédio da Diretoria de Espaços Culturais (DEC), ga-nharam uma nova dinâmica com a política de gestão do setor. Todos os anos, ações estru-turadas pelo governo têm atraído a centros de

cultura, teatros, bibliotecas e museus um pú-blico cada vez maior. Conferências, encontros e festivais, aliados à comemoração de datas históricas, incrementam o menu de entrete-nimento a preços populares a todas as cama-das sociais. Ações de fomento beneficiam a classe artística e cultural, revelam novos ta-lentos, facilitam o acesso às artes e promo-vem, de quebra, promovem a inclusão social.

dIalogos na hIstorIa

PrOJETOS INCENTIVAM DEBATE SOBrE A CULTUrA, PrESErVAM A MEMórIA E ESTIMULAM qUALIFICAçãO

Page 157: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

157

CONVErSANDO SOBrE A SUA hISTórIA

que tal uma aula gratuita de história da Bahia, com pin-celadas de literatura, cinema e cultura popular? É assim o curso Conversando com a sua história, promovido há nove anos pelo Centro de Memória da Bahia da Funda-ção Pedro Calmon. Estudantes do ensino médio e supe-rior, docentes e pesquisadores participam de encontros gratuitos que tratam de assuntos como pós-abolição da escravatura e história oral. Para o ano de 2013, foram programados 20 encontros. Foram realizadas 45 pales-tras que abordaram diversos aspectos da história da Bahia do período colonial à atualidade, desenvolvidos por historiadores, professores universitários, doutores e mestres em história.

dIalogos na hIstorIa

PrOJETOS INCENTIVAM DEBATE SOBrE A CULTUrA, PrESErVAM A MEMórIA E ESTIMULAM qUALIFICAçãO

Page 158: Bahia: Terra da Cultura

158

CONVErSANDO SOBrE O PATrIMôNIO

Buscando possibilitar e promover o diá-logo entre o poder público e a sociedade civil acerca do patrimônio cultural – mate-rial e imaterial – na Bahia, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) criou o projeto “Conversando So-bre Patrimônio”. O objetivo é estabelecer discussões sobre as políticas públicas de salvaguarda e preservação dos bens cul-turais. Para tanto, foram realizados, em 2011, encontros mensais no Conselho Estadual de Cultura entre profissionais de instituições culturais, pesquisadores, universitários, dirigentes e técnicos mu-nicipais, estaduais e federais, e repre-sentantes da sociedade civil organizada.

Conversas Plugadas escritor Mia Couto

Aden

or G

ondi

m

Page 159: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

159

Além de auxiliar nas diretrizes das políticas públicas culturais, o Projeto publicou a Coleção Apostilas do IPAC, com as compilações desses deba-tes públicos. Entre os temas discutidos estão: plano de salvaguarda da Soledade; arquitetura e paisagem de Salvador e recôncavo; salvaguar-da do patrimônio cultural afro-brasileiro; patrimônio e festas populares; patrimônio material e imaterial no Cortejo do 2 de Julho; Circuitos Arque-ológicos da Chapada Diamantina e o ICMS Cultural.

CONVErSAS PLUGADAS

Criativas e enriquecedoras, as Conversas Plugadas são bate-papos que ofe-recem ao público em geral intercâmbio com profissionais de excelência no campo das artes, no cenário nacional e internacional que estejam de pas-sagem pelo Teatro Castro Alves (TCA). Em 2013, ano em que completa seis anos, o projeto contou com a participação da atriz e encenadora Tânia Farias, do ator, diretor, palhaço e pesquisador Demian reis, do diretor do Balé do TCA, Jorge Vermelho, além do escritor baiano Antonio Torres, recém nomeado para a Academia Brasileira de Letras e do ator, diretor e escritor baiano Aldri Anuciação, vencedor do Prêmio Jabuti de Literatura 2013.

Entre 2011 e 2012, o projeto realizou 28 edições e contou com nomes como o coreógrafo mineiro Tíndaro Silvano, a jornalista e escritora gaúcha Eliane Brum, o diretor italiano roberto Bacci, o diretor paulista José Possi Neto, o diretor baiano Marcio Meireles, o rapper Emicida, o fotógrafo Sté-phane Couturier e os escritores Mia Couto e José Eduardo Agualusa, além dos atores e diretores Cacá Carvalho e harildo Déda, entre outros. Desde 2011, edições do Conversas Plugadas são transmitidas na grade progra-mação da Televisão Educativa da Bahia.

Conversas PlugadasAtor, diretor e escritor Aldri Anuciação

Aden

or G

ondi

m

Page 160: Bahia: Terra da Cultura

160

FórUM DO PENSAMENTO CríTICO

Em 2012, primeiro ano do Fórum de Pensamento Crítico, o objetivo do projeto foi estimular debates sobre temas culturais através do olhar da cidade. Além disso, o fórum buscou agitar a agenda política, chamando a atenção para o campo cultural. O evento ocorreu mensalmente, reunindo gestores públicos, produtores, estudantes, acadêmicos e agentes culturais. realizado pela Secretaria Estadual de Cultura da Bahia (SecultBA), o projeto é coordenado pela Fundação Pedro Calmon. Em 2013, em parceria com a Fundação Perseu Abramo, as discussões discutiram, no segundo semestre, o tema “Cultura e Transformação Social”. Entre os convidados, estiveram o sociólogo Emir Sader, o economista Marcio Porchmann, a filósofa Marilena Chauí e o antropólogo Néstor Garcia Canclini.

CICLOS DE hISTórIA DA ArTE

A duas edições dos Ciclos de história da Arte bus-caram discutir a arte em suas várias vertentes e am-pliar a produção e o pensamento contemporâneos, tratando de temas relacionados à arte moderna, con-temporânea e latino-americana com os professores da Escola de Belas Artes da UFBA. No total, foram 19 palestras e um público de mais de 1.400 pessoas.

DIÁLOGOS NAS ArTES

A terceira edição do projeto foi promovida entre março e junho de 2012 e composta de oficinas de técnicas ar-tísticas, de trabalho em cerâmica, debates sobre arte e filosofia e diálogos com a música. A ação foi promovida no Palacete das Artes com o objetivo de promover a in-tegração comunidade/museu, por meio de um programa socioeducativo de abordagem didático-pedagógica e re-creativa. Novecentas e setenta e seis pessoas participa-ram da atividade.

DINAMIzAçãO CULTUrAL

Page 161: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

161

Fórum do Pensamento Crítico

Divu

lgaç

ão

Marilena Chauí, filósofa

Néstor García Canclini, antropólogo

Page 162: Bahia: Terra da Cultura

162

TEATrO, MúSICA, CINEMA E DANçA SEDUzEM PúBLICO DE SALVADOr NA COPA DAS CONFEDErAçõES

a Cultura entra em Campo

Tempo de jogo em campo, é tempo de celebrar a cul-tura enquanto a torcidas vibram com o futebol. Para oferecer ao público uma programação diferenciada no período da Copa das Confederações, a Secretaria de Cultura da Bahia (SecultBA) promoveu, em junho de 2013, uma programação especial em vários espaços culturais da capital e em centros de cultura do interior. O projeto Cultura em Campo incluiu a realização de shows de música, teatro, dança, exposições, exibições de filmes, além de ações de formação e debates sobre cultura e futebol.

Cerca de 20 equipamentos culturais da capital e do in-terior ofereceram ao público uma agenda com temática relacionada ao futebol. Música, teatro e dança foram pauta no Teatro Castro Alves, que recebeu os shows de Gilberto Gil com participação especial da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), as apresentações do Neo-jiba e da Orkestra rumpilezz, além dos espetáculos A quem possa Interessar, especialmente criado para o Balé Teatro Castro Alves, e o Baião de Nóis, que cele-brou a cultura dos sertões.

Page 163: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

163

A Mostra Canal 100 no MAM, no Jogando com a Ima-gem, promoveu a exibição de filmes com temática esportiva. Aconteceram também as exposições Es-quizópolis e Tupy todos os dias. Em campo, também, o Baba da Ladeira, intervenção do coletivo artístico GIA. A Fundação Cultural do Estado da Bahia - Fun-ceb, em parceria com a produtora huol Criações, reuniu artistas renomados da capital e do interior, na programação do MAM: Outras Sonoridades, que contou com a apresentação de grupos como Samba Chula de São Braz, Dão & A Caravana Black, Oqua-dro, Os Nelsons, BaianaSystem, Lazzo Matumbi e Márcia Castro.

No Complexo dos Barris, audiovisual e música se uniram no CINESomBA, a partir de mostras cinema-tográficas, instalações sonoras de Arto Lindsay, Fer-nando rabelo e Jarbas Jácome, show com André Luiz Oliveira, com participação de Glória de Lurdes; show em homenagem aos Novos Baianos, com Márcia Castro, Curumin, Anelis Assumpção e Karina Buhr; e show em homenagem a Caetano Veloso, com Ma-riella Santiago e Moreno Veloso.

No Palacete das Artes, durante o mês de junho, o públi-co pôde conferir as exposições: O jogo só acaba quan-do termina, Mário Cravo Jr, e rio Vermelho dos artistas e das artes. Além disso, a programação do Cinema no Palacete, contou com a exibição de filmes que abordam a temática do futebol. Nos Museus Tempostal e Solar Ferrão, as exposições permitiram aos visitantes conhe-cer mais sobre a Bahia por meio de cartões postais e fotografias de diversos artistas baianos.

Acer

vo S

ecul

tBA

Cultura em Campo - Espetáculo do BTCA A Quem Interessar Possa

Page 164: Bahia: Terra da Cultura

164

Acer

vo S

ecul

tBa

Acer

vo S

ecul

tBa

Acer

vo S

ecul

tBa

DINAMIzAçãO CULTUrAL

Page 165: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

165

A Fundação Pedro Calmon destacou em sua programação ex-posições e exibições de filmes, além de leituras públicas so-bre contos e crônicas de futebol com ficcionistas e jornalistas, como José roberto Torero, Ivan Maurício, Carlos ribeiro, Lupeu Lacerda, entre outros. Também foi realizada exibição comenta-da de jogo de futebol e o Seminário história Social do Futebol.

CENTrOS DE CULTUrA - Nos centros de cultura de Salvador e do interior houve o Dia de jogo = Dia de Festa. Trata-se da realização de apresentações culturais após a exibição dos jogos. Fizeram parte desta programação o Centro Cultural Plataforma, o Espaço Cultural Alagados, o Cine-teatro Solar Boa Vista (Brotas), o Espa-ço Xisto Bahia (Barris), a Casa da Música (Itapuã), o Centro de Cultura Amélio Amorim (Feira de Santana), Centro de Cultura João Gilberto (Juazeiro) e o Centro de Cultura de Porto Seguro.

Na Sala do Coro, no Vão Livre do Teatro Castro Alves e no entor-no do TCA aconteceu a Programação Baiana de Circo, Dança e Teatro. A escolha dos trabalhos se deu a partir de um recorte proposto por um comitê curatorial formado pelos coordenado-res, assessores e diretores de linguagens artísticas da Funceb, considerando também o universo de obras apoiadas através

dos projetos e mecanismos de apoio da SecultBA em anos anteriores, a exemplo do quarta que Dança, Temporada Verão Cênico e Kit Difusão do Teatro da Bahia.

A cultura popular da capital e do interior também teve desta-que na programação. O Centro de Culturas Populares e Identi-tárias promoveu encontros de manifestações culturais, como Encontro de Cheganças de Mouros e Marujadas, Encontro de Grupos de Mascarados, Encontro de Samba de roda, Samba Chula, Encontro de Capoeira, Maculelê, Encontro de Grupos de Manifestações de raízes Brasileiras e Encontro de Ternos de reis, reisados, Bois e Burrinhas.

Cascadura no Solar Boa Vista

Karina Buhr no Quadrilátero da Biblioteca Central dos Barris

Encontro de Samba de Roda no Pelourinho

Page 166: Bahia: Terra da Cultura

166

CENTENÁrIO DO ESCrITOr BAIANO É COMEMOrADO COM ESPETÁCULO SINFôNICO, EXPOSIçãO E CErIMôNIA rELIGIOSA

salve, jorge!

Jorge Amado teve uma festa de 100 anos à altura do seu legado. De exposições e homenagem em esco-la de samba a cerimônias no culto afro, com direito a reverência à memória no Ilê Axé Opó Afonjá, em São Gonçalo do retiro, em Salvador, a comemoração do centenário amadiano extrapolou os limites da Bahia. Celebrado em 2012, em Salvador e Ilhéus, o Ano Jorge Amado combinou três iniciativas: uma exposição, um concerto e um festival. A programação, realizada entre os meses de agosto de 2011 e dezembro de 2012, in-cluiu a exposição Jorge, Amado e Universal, o Concerto Ao Amado Amar e o Festival Amar Amado, em Ilhéus.

A abertura da exposição Jorge, Amado e Universal, no Museu de Arte Moderna (MAM), possibilitou ao público uma aproximação com aspectos do cotidiano do es-critor e dos personagens e ambientes criados por ele. Dividida em módulos distintos, cada um deles dedica-do a um aspecto na vida do escritor e de personagens como Gabriela e Nacib (Gabriela Cravo e Canela, 1958), a exposição traz fotografias, objetos, folhetos de cor-del, filmes e itens nunca antes apresentados ao gran-de público. Antes de chegar à Bahia, onde permaneceu até o mês de novembro e foi visitada por mais de 17 mil pessoas, a mostra havia passado pelo Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.

Page 167: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

167

Já o Concerto Ao Amado Amar, da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), foi realizado nos dias 10 e 11 de agosto, no Teatro Castro Al-ves e no Pelourinho, sempre com entrada gratuita. O evento contou com a participação especial de artistas como Moraes Moreira, Saulo Fernandes, Gerônimo, Luiz Caldas, Claudia Cunha, Manuela rodri-gues, Carla Visi, Alexandre Leão, roberto Mendes e Ana Mametto, ao lado de grandes músicos da Bahia.

“O foco principal foi homenagear o centenário do escritor com músicas de compositores ligados e interligados a ele, com uma miscigenação de sons e arranjos cuidadosamente escritos para que o público pudesse ler Jorge Amado, através das canções e dos coloridos dos instrumentos da também aniversariante Osba, que completou 30 anos em 2012”, elucida Luciano Calazans, diretor musical do concerto.

Concerto Amado JorgeRegente Enrique Diemecke

Adenor Gondim

Page 168: Bahia: Terra da Cultura

168

As ações comemorativas não se limitaram à capital baiana. A cidade de Ilhéus - onde o escritor, nascido em Ferradas, distrito de Itabuna, viveu sua infância e adolescência -, foi sede do Festival Amar Amado, que aconteceu entre os dias 4 e 12 de agosto. A vasta programação incluiu lançamento de livros e filmes, conversas com autores, feira de arte, exposi-ções, apresentações teatrais, musicais e de dança, com apresentações da Orquestra Afro Sinfônica da Bahia, Moraes Moreira, Margareth Menezes, Caeta-no Veloso e família Caymmi, além de artistas locais. O festival foi realizado pela Fundação Cultural de Ilhéus e Maná Produções, com patrocínio do Gover-no da Bahia, através da SecultBA.

OUTrAS COMEMOrAçõES - O centenário do escritor Jorge Amado mobilizou a Secretaria de Cultura des-de o início do ano de 2011. Já em março, a secretaria convidou um conjunto de instituições culturais e de personalidades próximas a Jorge e seu universo para imaginar conjuntamente o que depois foi denomina-do Ano Jorge Amado.

As festividades de abertura do Ano Jorge Amado aconteceram em 10 em agosto de 2011, no ani-versário de 99 anos de nascimento do escritor. A SecultBA participou da programação realizada pela Fundação Casa de Jorge Amado, no Pelourinho, e lançou o projeto Conversas Plugadas Especial, de-dicado à literatura, com o escritor moçambicano Mia Couto, considerado um dos mais importantes escritores do continente africano. Na ocasião, Cou-to ressaltou a importância de se fazer uma leitura africana das obras de Jorge Amado.

A série principal da Osba foi definida como Série Jor-ge Amado, em homenagem ao centenário do escritor que, ao longo do ano, realizou diversas apresenta-ções na Sala Principal do TCA, e trouxe convidados como Enrique Diemecke, Isaac Karabtchevsky, e so-

Detalhe de uma das instalações da exposição

de 100 anos de Jorge Amado

Page 169: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

169

listas como Antonio Menezes e Ilya Kaler. O Carnaval no Pelourinho recebeu decora-ção especial em suas ruas e largos, base-adas na obra O País do Carnaval. houve, ainda, desfile da escola de samba Impera-triz Leopoldinense, que apresentou o en-redo Jorge, Amado, Jorge, em homenagem ao escritor.

As bibliotecas públicas do estado cen-tralizaram diversas ações na literatura amadiana. O projeto Presença de Jorge, o Amado nas Bibliotecas promoveu ciclo de leitura e leituras dramáticas, exibição de filmes com debates, oficinas de arte lite-rária, montagem de espetáculos e leituras em praças públicas. O livro de zélia Gattai, Catálogo Fotográfico zélia Gattai - A Casa do rio Vermelho, com fotos de Jorge e sua família, recebeu apoio do Fundo de Cul-tura da Bahia. Merece destaque, ainda, o lançamento do livro ABC de Jorge Amado, um cordel idealizado pelo cantor e compo-sitor Moraes Moreira, com ilustrações de Bel Borba. Por sua vez, a mostra itineran-te Jorge Cine Amado, composta por adap-tações cinematográficas de obras como Tieta do Agreste e os documentários Jorge Amado no Cinema teve como público-alvo os estudantes de escolas públicas do inte-rior e da capital.

Detalhe de uma das instalações da exposição

de 100 anos de Jorge Amado

Page 170: Bahia: Terra da Cultura

170

ESTADO DINAMIzA PrOGrAMAçãO E TOrNA DEMOCrÁTICO ACESSO à CULTUrA NO CENTrO hISTórICO DE SALVADOr

Cultura em festa no pelô

Do Carnaval às homenagens a Santa Bárbara e Iansã, passando pelo Dia do Samba e a programação de Na-tal, o Centro histórico de Salvador é palco de eventos diversos do calendário de festas populares da capital. Com a intenção democratizar o acesso aos espaços cul-turais da região, o Centro de Culturas Populares e Iden-titárias (CCPI), órgão da Secretaria da Cultura da Bahia (SecultBA), realiza desde 2012 um trabalho inédito na forma de contratação de artistas para shows na região.

São as chamadas públicas que definem a programa-ção mensal do Pelourinho Cultural e eventos especiais nos Largos Pedro Archanjo, Tereza Batista, quincas Berro d’Água e no Forte de Santo Antonio Além do Carmo, o Forte da Capoeira. A SecultBA também dispo-nibiliza a solicitação de pauta para eventos, avaliada pela Coordenação Artística do Centro.

Ao longo do ano, mais de mil apresentações artísticas são realizadas nos espaços culturais. Segundo dados da Polícia Militar, cerca de 530 mil pessoas participam anualmente dos shows. Esta média exclui o público das grandes festas, como o São João do Pelô, que ofe-rece uma programação aberta e atrai cerca de 120 mil pessoas, e o Carnaval, a mais popular folia do ano.

Page 171: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

171

Grandes atrações do mundo da música já passaram pelo Pelô, muitos, inclusive, deram ali os primeiros passos de sua carreira. Magary Lord, Larissa Luz, Vivendo do ócio, Mr. Armeng, são alguns dos nomes que consideram o lugar marcante em sua trajetória. respeitando a regula-mentação disposta na Lei N° 12.573 de 11 de abril de 2012, é proibida inclusão de repertórios e a reprodução de músicas que desvalorizem, incentivem a violência, o constrangimento às mulheres, bem como manifestações de homofobia, discriminação racial e apologia ao uso de drogas ilícitas.

A cantora de arrocha Kelly Cristina, 31 anos, começou a carreira aos 14. hoje, é um nome presente na programa-ção do Centro histórico e conta o quanto é importante ter espaços democráticos como os do Pelô para a construção

Lazzo Matumbi no Pelourinho

Acer

vo S

ecul

tBA

Page 172: Bahia: Terra da Cultura

172

DINAMIzAçãO CULTUrAL

de sua carreira musical. “ há muito tempo venho procurando um espaço para divulgar meu tra-balho e hoje é maravilhoso subir ao palco e ver pessoas com camisas com minha foto, um públi-co que conquistei e que procuram sempre saber onde vou tocar para me acompanhar, e o mais gratificante é acabar de cantar e ver a vibração e os aplausos do público”, afirma.

Cidadania - O trabalho de dinamização do Cen-tro histórico vai além da parte artística. Através do CCPI, a SecultBA promove ações voltadas para a comunidade, entidades sem fins lucrati-vos e escolas públicas que têm acesso a ofici-nas, palestras e apresentações promovidas nos espaços do CCPI, e mesmo nas dependências de instituições localizadas no Pelourinho.

O órgão também fornece suporte técnico às ativi-dades desenvolvidas por estas instituições. “Esta parceria tem sido muito importante para a forma-ção dos nossos alunos. Eles aprendem a respeitar a comunidade tendo acesso às praças, aos largos e a eventos que normalmente não fariam parte de sua realidade. Assim, aprendem também a valo-rizar os espaços aqui do Pelourinho”, relata Jose-ane da Sé, diretora da Escola Municipal Vivaldo Costa Lima, no Centro histórico.

Um exemplo de ações que dão certo é o projeto Arte e Alegria no Ar, uma parceria com o artis-ta Eugenio Pipa, que teve primeira edição em 2012. Parte das comemorações do aniversário da cidade de Salvador, o projeto realizou soltu-ra de 500 pipas que coloriram ainda mais o céu do Centro histórico, além de promover oficinas para públicos de todas as idades. Os aprendizes

soteropolitanos se mostraram extremamente interessados. “As oficinas de pipas superaram as minhas expectativas. De todas as turmas que ministrei pelo Brasil, os participantes de Salva-dor foram os mais participativos. O carinho que recebi aqui, não tem preço”, afirmou Eugenio Pipa, satisfeito com os resultados.

Iluminar - Ainda com objetivo de dinamizar e ressaltar a imponência de algumas construções do Pelourinho, a SecultBA, através do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) desenvolve o Projeto de Iluminação Cenotécnica para 23 monumentos, com investimentos da or-dem de r$ 8 milhões. “O objetivo é ressaltar as linhas e estilos arquitetônicos das construções seculares, incorporando sombras e texturas como elementos de composição e contraste, para um impacto cênico ainda maior para quem visita o Pelourinho à noite”, esclarece o diretor do IPAC, Frederico Mendonça.

Na primeira etapa, que abarcou o Terreiro de Je-sus, foram contempladas a Catedral Basílica, a Faculdade de Medicina – primeira do Brasil –, e as igrejas de São Domingos, de São Pedro dos Clérigos e de São Francisco, famosa por ter cober-tura interna com lâminas de ouro. Em dezembro de 2012, o governador Jaques Wagner entregou a iluminação de cinco monumentos no Terreiro de Jesus e já estamos executando a licitação para mais outros quatro que estarão prontos para a Copa de 2014.

O projeto de iluminação seguirá para os bairros do Carmo, Saúde e Santo Antônio. A Ordem Ter-ceira de São Francisco, as igrejas do Boqueirão,

Acer

vo Ip

ac

Page 173: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

173

São Miguel, Santo Antônio e Saúde, o monumento Cruz do Pascoal e o prédio do Arcebispado, na Praça da Sé, são alguns dos monumentos a serem benefi-ciados. No Pelourinho, receberão iluminação a Igre-ja do rosário dos Pretos, Casa do Benin, Fundação Casa de Jorge Amado, Museu da Cidade e Centro Cultural Solar Ferrão, este último imóvel originário do século XVII e administrado pelo IPAC, através da sua Diretoria de Museus (Dimus).

O IPAC já havia implantado uma extensa iluminação nas ruas e travessas do Pelourinho. Em 2009, foram implantadas 305 luminárias em estilo ‘Caiscais’ – remetendo ao colonial – na grande extensão de ruas entre a Ladeira da Praça e o Largo do Carmo, com investimento de r$ 1,2 milhão do Tesouro Esta-dual. Esses lampiões têm mais durabilidade, baixo custo de manutenção e projeção de luz com alcance de 25 metros que garante iluminação para todos os pontos das ruas.

Iluminação cênica dos monumentos do Centro histórico de Salvador

Page 174: Bahia: Terra da Cultura

174

SAMBA, SUOr E rELIGIãO

Todos os anos, mais de 10 mil pessoas participam do Dia do Samba em Salvador. A data, 2 de dezembro, é comemorada desde 1972 para lembrar o dia em que o compositor Ary Barroso, autor do sam-ba Na Baixa dos Sapateiros, visitou a Bahia pela primeira vez. O diferencial das duas últimas edições da festa, em 2011 e 2012, é que sua programação foi composta primordialmente por atrações “prata da casa”.

Das 14h às 23h, em cinco palcos simultâneos, diversos grupos de samba da Bahia comandam a festa. “A primeira homenagem ao samba ocorreu aqui no Centro histórico. Para nós, é uma honra ter iniciado todo o processo e participar desse momento glorioso aqui no Pelourinho”, destacou Vadinho França, presidente do Alvorada, bloco de samba que foi uma das 47 atrações que movimentaram os festejos do dia em 2011.

Mas nem só de samba vive a rotina no Pelô. Todos os anos, no dia 4 de dezembro, a Igreja de Nossa Senhora do rosário dos Pretos faz uma grande homenagem à Santa Bárbara. No sincretismo religioso, a imagem é associada a Iansã. “O que mais podemos perceber na festa é o respeito religioso e a tolerância, que pode ser percebida através do sincretismo religioso com o candomblé”, destacou o Capelão da Igreja do rosário dos Pretos, padre Gabriel dos Santos Filho. Patrimônio imaterial desde 2008 por decreto do governador do estado, estima-se que, somando estes dois últimos anos, a festa reúne cerca de 25 mil fiéis.

O apoio aos eventos tem o objetivo de fortalecer as mais diversas manifestações populares do estado. “Com a Festa de Santa Bárbara não poderia ser diferente. É um dia de celebração e homenagens à mulher guerreira e lu-tadora que Bárbara representou e que serve de exemplo para grande parte das mulheres batalhadoras do nosso dia a dia, que acordam cedo e pegam pesado, no ba-tente”, explica a coordenadora do CCPI, Arany Santana. Atrações contratadas pelo CCPI e distribuídas por todos os largos diversificam a programação da festa.

Samba de Roda Folguedo

DINAMIzAçãO CULTUrAL

Acer

vo S

ecul

tBA

Page 175: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

175

Tai O

liver

Festa de Santa Bárbara

No fim do ano, o clima natalino se es-palha pelo Centro histórico com o Natal da Diversidade no Pelô. resultado de parceria entre CCPI, Funceb e TCA, uma programação multicultural toma conta das ruas, largos, ladeiras e becos. Uma atração a parte é a decoração, que inclui presépios, pórticos e árvores. Na pro-gramação, há música, dança e teatro de rua, além de apresentações de corais, orquestras, cameratas populares, autos de Natal e folguedos.

Page 176: Bahia: Terra da Cultura

176

BIBLIOTECAS PúBLICAS E MUSEUS INVESTEM EM PrOJETOS qUE DEMOCrATIzAM ACESSO à CULTUrA PArA PESSOAS COM DEFICIêNCIA

arte inClusiva

Inclusão e acessibilidade são palavras de ordem nas ações desenvolvidas pelas bibliotecas públicas e mu-seus do estado da Bahia. Através destas unidades, a SecultBA tem buscado meios de garantir a participação de pessoas com deficiência em atividades e promover seu acesso a serviços e produtos culturais. Estes espa-ços têm se preocupado não apenas com a moderniza-ção das suas unidades, mas também com a promoção de atividades que garantam a acessibilidade. O reco-nhecimento dessas ações possibilitou, por exemplo, a participação da Fundação Pedro Calmon no Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos humanos.

Page 177: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

177

Os voluntários copistas e ledores têm a função de auxiliar os deficientes, realizando leituras de livros, que são gravadas em CDs e MP3 para audição posterior dos cegos, sessões de leitura, cópia e transcrição de livros, além de ensinar o sistema Braille.

A biblioteca também possui uma estrutura ar-quitetônica voltada para a acessibilidade e con-ta ainda um setor infantil especializado no aten-dimento à crianças com deficiência.

Libras - Já a Biblioteca Anísio Teixeira (BAT) ofe-rece um serviço de referência no atendimento aos deficientes auditivos. Nesta unidade são realizados regularmente cursos e oficinas de libras, a Língua Brasileira de Sinais, língua ges-tual que os surdos utilizam para se comunicar. há ainda cursos de expressão facial e corporal para ajudar na comunicação e também de por-tuguês para pessoas com deficiências.

UM NOVO JEITO DE LEr

A Biblioteca Pública do Estado da Bahia, em Sal-vador, que comemorou 202 anos de atividade, possui um setor especializado em braille – sis-tema de leitura com o tato para cegos – há mais de 40 anos, onde podem ser encontradas cole-ções inteiras do escritor Jorge Amado, literaturas infantis e livros como harry Potter. Além disso, a Biblioteca promove a gravação de audiolivros e abriga o Grupo de Voluntários Copistas e Le-dores para Cegos (GVCLC), que desempenha ati-vidades de leitura, transcrição de textos, escrita em braille e digitação.

O público deste setor é formado por universitá-rios que encontram no espaço títulos e obras importantes para suas formações. Os livros sonoros e a informática são muito importantes para o desenvolvimento cultural dos deficientes visuais, mas o braille é o sistema base da sua educação acadêmica e pedagógica.

Usuário do setor braile da Biblioteca Pública do Estado da Bahia

Ner

ival

do G

óes

Page 178: Bahia: Terra da Cultura

178

Primavera da Inclusão

Crianças em atividadenas bibliotecas: referênciaem inclusão

Ner

ival

do G

óes

DINAMIzAçãO CULTUrAL

Page 179: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

179

Crianças em atividadenas bibliotecas: referênciaem inclusão

Desde 2006, a Biblioteca Anísio Teixeira promove o Curso de Noções Básicas de Libras, visando habilitar pessoas para o atendimento aos surdos. Os cursos formam, em média, 90 pessoas por ano. Além de estudantes de pedagogia, também procuram os cursos profissionais da saúde e pessoas que trabalham com turismo, buscando conheci-mento para melhor atender pessoas com necessidades auditivas.

“Também capacitamos pessoas não surdas para a comunicação em libras no dia-a-dia. Ter alguém que compreenda a linguagem dos sinais é muito importante para o cotidiano dos deficientes, seja em hospitais, supermercados ou escolas. É essencial para o exercício da cidadania dessas pessoas”, afirma Laura Galvão, diretora da BAT. “A Biblioteca tornou-se referência no atendimento às pessoas com defi-ciência auditiva e possui profissionais capacitados para atender em Libras”. A BAT comporta, ainda, um acervo com mais de 200 peças, entre livros, bibliografias, brinquedos e multimeios, voltados para pessoas surdas de todas as idades.

INCLUSãO E COMPArTILhAMENTO DE EXPErIêNCIAS

Outro projeto de relevância realizado pela FPC, por meio da sua direto-ria de Bibliotecas Públicas (Dibip) é o Primavera da Inclusão. A iniciati-va acontece durante todo o mês de setembro e engloba vários eventos com foco na acessibilidade. O projeto celebra a chegada da estação das flores e o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemo-rados em 21 de setembro. As programações geralmente contam com workshops, rodas de conversa, torneios de xadrez para cegos, além de palestras e oficinas.

Um exemplo de atividade desenvolvida dentro do projeto Primavera da Inclusão são os seminários sobre o autismo, realizados na Biblioteca Pública Thales de Azevedo. Com público de aproximadamente 150 pes-soas por edição, formado por familiares, psicólogos e psicopedagogos, o evento tem como propósito difundir informações sobre a vida e de-senvolvimento social dos autistas.

“realizar este trabalho é poder esclarecer e informar as pessoas sobre o autismo e assim contribuir para melhorar a qualidade de vida dos au-tistas” diz Conceição Andrade, diretora da Biblioteca Pública Thales de Azevedo. Para a diretora, o contato com o diferente, seja na biblioteca ou em outros espaços culturais, é também uma forma de estimular a participação cidadã dessas pessoas. A Biblioteca possui um rico acervo em braille para crianças e um setor voltado para pessoas com deficiên-cia auditiva.

Ner

ival

do G

óes

Page 180: Bahia: Terra da Cultura

180

DIÁLOGO ENTrE ArTE E CIDADANIA NOS MUSEUS

Para Uelinton Luís Santos Conceição, 25 anos, aluno do Centro de Formação e Acompanhamento Profissional da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Cefap/Apae), fazer parte da exposição Feira de Cores e Sabores, apresentada no Museu Udo Knoff de Azu-lejaria e Cerâmica entre julho e novembro de 2011, não lhe possibi-litou somente mostrar a todos que podia ser tão criativo quanto as pessoas ditas normais.

Expor o seu trabalho em um espaço como este trouxe o reconheci-mento da família. “Minhas irmãs tinham o costume de ir ao museu e ao teatro e eu passei a conhecer estes lugares por causa delas, mas foi na exposição que elas notaram o que eu podia fazer através da arte. às vezes, as pessoas só focam na necessidade e esquecem que aquele indivíduo pode produzir”, disse.

A mostra exibida no Museu Udo Knoff é o resultado de uma iniciativa contemplada pelo edital 14/2010 - Apoio a Projetos de Valorização do Patrimônio Cultural do Estado da Bahia, realizado pelo IPAC. A coordenadora de iniciação do Cefap, Márcia Tavares, acredita que este projeto trouxe mais visibilidade para as atividades desenvolvi-das pela Apae, que passou a receber vários convites de instituições de ensino e espaços culturais e expandiu a parceria com os museus.

Em março de 2012, uma nova exposição com criações dos edu-candos – A Arte de Ser diferente – foi exibida no Udo Knoff e, em seguida, ficou em cartaz no Museu Geológico da Bahia. No mesmo ano, integrando a programação da sexta Primavera dos Museus, a Companhia de Dança e Percussão Opaxorô se apresentou no Palácio da Aclamação. Pelo projeto Capoeira do Jogo Inclusivo, houve roda de capoeira e samba de roda no Solar Ferrão. A acessibilidade nos museus foi um dos pontos marcantes do evento.

Museu Udo Knoffe Museu de Arte Moderna da Bahia

DINAMIzAçãO CULTUrAL

Láza

ro M

enez

es

Page 181: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

181

A partir da visita à mostra Toque de Luz – Um novo olhar sobre a obra de Udo Knoff, fruto de uma parceria com o Instituto dos Cegos da Bahia (ICB) e voltada para cegos e pessoas com baixa visão, os educandos passaram a refletir sobre como pessoas com outros tipos de deficiência convivem com suas limitações. A exposição fi-cou em cartaz no Museu Udo Knoff entre setem-bro de 2012 e abril de 2013

A presença de um público mais diversificado também despertou um novo olhar nos pro-fissionais dos museus, que têm se esforçado em qualificar o atendimento. Em setembro de 2012, técnicos que atuam nos espaços museais vinculados ao IPAC participaram das Oficinas de

qualificação para Acessibilidade em Museus – Aprendendo e Convivendo com a Diversidade, ministradas no Museu de Arte da Bahia por re-presentantes da Apae, ICB, Sesi, Associação de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos (Apada), grupo Perspectivas em Movimento, Associação Baiana de Deficientes Físicos (Abadef) e Centro de Apoio Pedagógico (CAP).

No Museu de Arte Moderna da Bahia, a exposi-ção Jorge Amado e Universal, que ficou em car-taz até novembro de 2012, contou com visitas guiadas com audiodescrição para pessoas com deficiência visual e intelectual coordenadas pelo grupo de pesquisa Tramad.

Acer

vo S

ecul

tBA

Page 182: Bahia: Terra da Cultura

182

OSBA E NEOJIBA POPULArIzAM O ACESSO à MúSICA ErUDITA NA BAhIA E APrESENTAM MúSICA CLÁSSICA A MILhArES DE PESSOAS

sinfonia viva

Novos acordes ecoam no universo da música na Bahia. Mais do que os sons, uma imagem traduz com precisão o novo cenário: a sala principal do Teatro Castro Alves lotada para os concertos da Orquestra Sinfônica da Bahia e do programa Neojiba – Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia. A música erudi-ta, antes restrita a pequenos grupos, atrai uma quanti-dade cada vez maior de admiradores.

Na platéia diversificada, há espaço para todas as gera-ções e classes sociais, da baiana de acarajé de mais de 60 anos aos estudantes universitários, passando por adultos e até mesmo crianças. “hoje, as pessoas viven-ciam a música clássica na Bahia como uma coisa viva, como uma extensão integrada à sociedade. Por isso, digo que vivemos uma revolução sinfônica”, afirma o diretor da Osba, Carlos Prazeres.

quando assumiu a Orquestra, em 2011, seu primeiro desafio foi pensar em novas maneiras de aproximar a música clássica das pessoas, respeitando o concerto sinfônico, mas buscando formas alternativas de popu-larização. Dessa busca, nasceram projetos como o Cine Concerto, que apresenta versões orquestradas para clássicos da trilha sonora do cinema. A ideia deu tão Orquestra Juvenil da Bahia

no projeto Música em Trancoso

Page 183: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

183

Tatia

na G

olsm

an

Page 184: Bahia: Terra da Cultura

184

certo que os ingressos da apresentação de 31 de outubro de 2013 se esgotaram e, atendendo a pedidos, foi feita uma ses-são extra, também com casa cheia, em primeiro de novembro.

Cine Conceito - A sintonia com o público cresce a cada concerto. A iniciativa dos músicos da orquestra de subir ao palco fantasiados com o figurino dos persona-gens das telonas passou a ser adotada pelo público. Na plateia e no palco, O Poderoso Chefão, Superman, O homem Aranha e Darth Vader mostram que a me-lodia das peças envolve bem mais do que os ouvidos. “Por trás do Cine Concerto tem um Cine Conceito: divulgar a música clás-sica. O ouvinte veio escutar um soundtra-ck, mas vai para casa sabendo o que é um

oboé e um contrabaixo. Costumo brincar dizendo que somos traficantes de boa música, porque muitas vezes a pessoa re-torna para assistir aos nossos outros con-certos”, explica Prazeres. Além do Cine Concerto, outros destaques da programa-ção da Osba foram as apresentações com Gilberto Gil e com Bibi Ferreira, além da Celebração das Culturas dos Sertões.

O conceito forte é também um dos diferen-ciais do Neojiba: alcançar a excelência e a integração social por meio da prática cole-tiva da música. hoje, já são 890 crianças e jovens entre 6 e 29 anos em cinco nú-cleos na capital e interior. O programa do governo da Bahia, através da SecultBA, foi criado em 2007, inspirado no El Sistema, reconhecido programa venezuelano cria-

Cine Concerto da Osba - Regente Carlos Prazeres

Gravação do DVD César Camargo Mariano

Rumpilezz e OrquestraJuvenil da Bahia

Aden

or G

ondi

m

Page 185: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

185

do em 1975. “A expansão do Neojiba nos últimos dois anos se inscreve em nossa meta principal que é, através da música, promover um desenvolvimento social sus-tentável aos jovens e crianças de todo o estado da Bahia”, afirma ricardo Castro, diretor geral e artístico do Programa des-de a sua fundação.

Três anos depois, em 2010, foi criada a rede de Projetos Orquestrais da Bahia. Através da rede, o programa promove a integração e capacitação de 22 projetos orquestrais para crianças e jovens em 20 municípios baianos, pertencentes a 14 dos 27 Territórios de Identidade, através de diferentes atividades que beneficiam mais de 3,5 mil jovens. Entre 2011 e 2013, as orquestras e grupos do Neojiba realizaram 202 apresentações para um público de mais de 105 mil pessoas.

Os resultados já ultrapassam as fronteiras do Brasil. A Orquestra Sinfônica Juvenil da Bahia, principal grupo formado pelos mais avançados integrantes do Núcleo, foi a primeira orquestra juvenil brasileira a se apresentar na Europa, com concertos em Londres e Lisboa em 2010. Em 2011, foi convidada para concertos novamente em Londres, em Berlim e em Genebra ao lado de grandes músicos como os pianistas Maria João Pires e Lang Lang.

Um dos marcos da história do Neojiba foi sua associação inédita com a Columbia Artists Music LLC (CAMI Music), uma das principais agências de concertos dos Es-tados Unidos. A primeira ação resultante da associação será a turnê da Orquestra Sinfônica Juvenil da Bahia, principal for-mação do Núcleo, nos Estados Unidos, de 7 a 23 de fevereiro de 2014.

Tatia

na G

olsm

an

Page 186: Bahia: Terra da Cultura

186

30 ANOS DE MúSICA ErUDITA

Criada em 30 de setembro de 1982, a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) é uma companhia estadual que integra os corpos artísticos do Teatro Castro Alves. No ano em que completou três décadas, fo-ram realizadas 32 apresentações que atingiram um público de mais de 25 mil pessoas. “O aumento significativo do público e a presen-ça de grandes ícones da música clássica atual nos sinalizam que o caminho está correto e que os horizontes da orquestra são grandes como o mar que cerca Salvador”, afirma Carlos Prazeres. hoje, a or-questra comemora o sucesso com o público: a média de ocupação nos concertos é de 80%. Entre as apresentações, momentos memo-ráveis como os shows com Gilberto Gil, Bibi Ferreira e a Celebração das Culturas dos Sertões.

Em 2013, um dos destaques da programação foi o concerto que homenageou o centenário de Walter Smetak. “Por sua forte cultura popular, muitos não imaginam que a Bahia tem também uma tradi-ção importantíssima no âmbito da música de concerto. O legado de hans-Joachim Koellreutter e Walter Smetak é hoje um compromisso desta instituição, que cada vez mais se aproxima da sua identidade baiana”, analisa Prazeres.

Para além da capital, a orquestra também circulou pelo interior do estado, levando seu repertório para as cidades de Cipó, Lençóis, Ma-ragogipe e Santo Amaro da Purificação. Em Salvador, integrou as co-memorações pelos 12 anos da Jam no MAM (Museu de Arte Moderna da Bahia), com integrantes da escola de música Julliard School, de Nova York. Com Gilberto Gil no show Concerto de Cordas & Máquinas de ritmo, se apresentou em Salvador, recife, São Paulo e Brasília.

A Osba tem por tradição receber grandes nomes da música clássi-ca, tais como Luciano Pavarotti, Montserrat Caballé, Milla Edelman, ramón Vargas, Valentina Lisitsa, hélène Grimaud, Gil Shaham, en-tre outros. Destacam-se ainda as apresentações ao lado do Ballet Kirov, Ballet Bolshoi (rússia) e Ballet da Cidade de Nova York, além da participação na montagem de várias óperas.

Bibi Ferreira e Osba

Aden

or G

ondi

m

DINAMIzAçãO CULTUrAL

Page 187: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

187

Bibi Ferreira e OsbaAlém da Temporada de Concertos, a Osba realiza o Projeto Camera-tas, os Concertos Didáticos da Osba e também oferece, desde 2011, Seminários de Apreciação Musical, com foco principal na formação de público apreciador da música clássica. Já em sua sexta edição, o curso, intitulado A música e os seus segredos, acontece a cada semestre e é ministrado pela violoncelista da Osba Karina Martins Seixas. Semestralmente, são oferecidas 50 vagas gratuitas para qualquer pessoa acima de 15 anos, no horário noturno.

Já o projeto Cameratas possui uma programação mensal gratuita, com um amplo repertório que vai da música erudita de várias épo-cas aos clássicos da MPB. O projeto possui seis grupos formados por músicos da Osba, que circulam por espaços variados como es-colas, igrejas, bibliotecas públicas, hospitais, centros sociais, con-ventos, teatros, asilos, associações comunitárias e museus. O obje-tivo é atingir um número maior de pessoas e criar oportunidades de apreciação da música clássica.

Page 188: Bahia: Terra da Cultura

188

oSBA em Série

MANUEL INÁCIO DA COSTA

realizada nas igrejas baianas, grandes patrimônios arquitetônicos e culturais do Estado, esta série traz ao público o melhor da música de concerto de forma gratuita, aproveitando a beleza e a excelente acústi-ca das igrejas de Salvador.

JOrGE AMADO

realizada na Sala Principal do TCA, às quintas-feiras, é a principal série de concertos da Osba. Traz para a Bahia grandes nomes e obras nacionais e interna-cionais, colocando a orquestra no cenário principal da música de concerto do país. A série contempla ainda os principais compositores brasileiros, sobre-tudo os que são ligados à cultura baiana, tais como Lindembergue Cardoso e Ernst Widmer.

Regente Enrique Diemeckesolista Saul Medina

DINAMIzAçãO CULTUrAL

Page 189: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

189

GLAUBEr rOChA

Promove o encontro e o diálogo da música de con-certo com o cinema, apresentando um formato ino-vador de espetáculo, envolvendo o uso de fantasias. Nesta série estão presentes os célebres “Cine-Con-certos”, que ajudam a popularizar a música clássica de forma lúdica e divertida.

Regente Carlos Prazerespianista Cristina Ortiz

Aden

or G

ondi

m

Aden

or G

ondi

m

CArYBÉ

Proporciona ao público baiano o melhor do repertó-rio camerístico, aproveitando o espaço da Sala do Coro do TCA, propício a este tipo de repertório, além dos principais museus e dos centros culturais de Salvador e do interior do Estado.

Page 190: Bahia: Terra da Cultura

190

Orquestra Juvenil da Bahia em Berlim

DINAMIzAçãO CULTUrAL

Page 191: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

191

núcleos de Prática orquestral e Coral - nPos

Orquestra e Coral Santo Antônio – Núcleo Obras Sociais Irmã Dulce (Simões Filho)Orquestra de Cordas do ISHC – Núcleo Trancoso (Trancoso)Orquestra e Coral do Núcleo SESI Itapagipe (Salvador)Banda Sinfônica da Paz – Núcleo Bairro da Paz (Salvador)

Grupos Musicais do núcleo de Gestão e Formação Profissional - nGF

Orquestra Sinfônica Juvenil 2 de Julho – J2JOrquestra Castro Alves – OCAOrquestra Pedagógica Experimental – OPEOrquestra Sinfônica Juvenil da Bahia Coral do NEOJIBACentro de Documentação e MemóriaAtelier de LutheriaRádio Clássica

Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e infantis da Bahia

Tatia

na G

olsm

an

Page 192: Bahia: Terra da Cultura

192

Rede de PRoJetos oRQuestRais: Projeto Parceiro

1 Filarmônica Filhos do OesteAngical | OESTE BAIANO

2 Projeto Cultural Flor do Meu SertãoCapim Grosso | PIEMONTE DA DIAMANTINA

3 Orquestra Santo AntonioConceição do Coité | SISAL

4 Orquestra de Câmara de CuraçáCuraçá | SErTãO DO SãO FrANCISCO

5 Orquestra Sinfônica de Itabuna E Ibirapitanga - CISOItabuna | LITOrAL SUL

6 Camerata Canto das ArtesItapetinga | MÉDIO SUDOESTE DA BAhIA

7 Projeto Arte de Tocar - ProjartJacobina | PIEMONTE DA DIAMANTINA

8 MUS’ArTE Associação de Música e ArteJuazeiro | SErTãO DO SãO FrANCISCO

9 Projeto Música para TodosJuazeiro | SErTãO DO SãO FrANCISCO

10 Sociedade Filarmônica XV de NovembroMiguel Calmon | PIEMONTE DA DIAMANTINA

11 Orquestra Sopro de AlegriaPé de Serra | BACIA DO JACUíP

12 Sociedade de Ações Educativas e Sociais e Tecnológicas Pilão Arcado | SErTãO DO SãO FrANCISCO

13 AME – MusicartPorto Seguro | COSTA DO DESCOBrIMENTO

14 Projeto Escola Orquestra Sinfônica do DescobrimentoPorto Seguro | COSTA DO DESCOBrIMENTO

15 Estrelas MusicaisSalvador | METrOPOLITANA DE SALVADOr

16 IASA - Ambiente MusicalSanta Cruz Cabrália | COSTA DO DESCOBrIMENTO

17 Sofém Pró MúsicaSanto Estevão | POrTAL DO SErTãO

18 Oficina de Música EducacionalSociedade Filarmônica Lira 30 de MarçoSão Francisco do Conde | rECôNCAVO

19 Orquestra de Cordas da Filarmonica 30 de JunhoSerrinha | SISAL

20 Projeto Dando Corda para Paz e BemTeixeira de Freitas | EXTrEMO SUL

21 Projeto Orquestra Conquista SinfônicaVitória da Conquista | VITórIA DA CONqUISTA

22 AFAM Associação Filarmônica Amigos da MusicaWenceslau Guimarães | BAIXO SUL

DINAMIzAçãO CULTUrAL

Page 193: Bahia: Terra da Cultura

BAHIA: TERRA DA CULTURA

193

Page 194: Bahia: Terra da Cultura

194

Page 195: Bahia: Terra da Cultura
Page 196: Bahia: Terra da Cultura