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Bases Genéticas do Gosto Azedo Cristiane Vidal, Cristine Medeiros, Luciana Gazzo, Maína Strack e Mariana Bauer Monitora Orientadora Andressa Michels Professora Tatiana Roman

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Bases Genéticas do Gosto Azedo

Cristiane Vidal, Cristine Medeiros, Luciana Gazzo, Maína Strack e

Mariana BauerMonitora Orientadora Andressa

MichelsProfessora Tatiana Roman

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Gosto ou paladar

Sistema sensitivo

Avaliação da qualidade dos

alimentos a serem ingeridos

Olfato e visão

Reconhecimento final

Processos quimioreceptores na cavidade oral

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Células Receptoras Gustativas (TRCs)

• Detectam grande variedade de

substâncias químicas;

• Reconhecem sinais químicos; e

• Traduzem a informação para a linguagem

celular.

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Anatomofisiologia do Sistema Gustativo

PeriféricoÓrgãos

periféricos do gosto

Botões gustativos

Células gustativas

Epitélio da língua

Palato e orofaringe

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Localização das Células Gustativas

• Nos seres humanos, 2/3 dos botões

gustativos estão localizados na língua em

3 estruturas especializadas: Papilas

Linguais.

• as papilas fungiformes;

• foliadas; e

• circunvaladas.

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Células receptoras gustativas

Proteínas receptoras

gustativas

Funcionam como antenas na detecção do estímulo gustativo e sua posterior

transdução

O tipo de proteína receptora em cada

microvilosidade determina o tipo de sensação que será

percebido

Cascatas de transdução

Ativam as sinapses na região basolateral da célula

Excitação das fibras nervosas

Carregam o sinal ao cérebro

Central do gosto começa a processar a informação recebida

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Células no Botão Gustativo

• Existem 4 tipos de células:

• As tipos I, II, III são consideradas

células receptoras gustativas

(TRCs);

• As tipo IV são células de sustentação e

não contatam diretamente com

estímulos gustativos, elas envolvem as

células receptoras, exceto nos seus

ápices.

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Substituição das Células nos Botões Gustativos

Cada célula tem uma semi-vida de aproximadamente 10 dias, em seguida é substituída por diferenciação de células basais, que migram do epitélio circundante para a parte basal do botão gustativo. Isso implica em uma terminação nervosa ter de se destacar de uma célula envelhecida e encontrar uma célula em diferenciação para ligar-se a ela.

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Botões Gustativos Pequenos corpos neurosensíveis no epitélio das papilas;

Cada botão tem de 50-100 células individuais, agrupadas;

Degeneram com o tempo, diminuindo a sensação do gosto.

Sensibilidade a determinado

sabor

n° de células com receptores para este sabor

Fibras nervosas

EspecialistasGeneralistas*

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Estímulo Gustativo

Potencial de Ação Liberação do

neurotransmissor

Na+ e Ca+2

(despolarização)

K+

(repolarização e

pós-hiperpolarização)

Estimulo da fibra nervosa aferente

Neuromodu-ladores

do botão

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Função Neuromoduladora

• Noradrenalina e acetilcolina Gosto

celular

• Serotonina Células receptoras gustativas

• Por liberar hormônios envolvidos no prazer, a alimentação gera uma emoção diferente em cada pessoa, influenciando seu comportamento e sua ingestão

Agente parácrino

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Transdução Gustativa

• Amargo e Ácido: aversivos, refletem rejeição a componentes tóxicos;

• Salgado e Azedo: interação direta do estímulo com canais iônicos;

• Os botões gustativos transmitem as sensações em áreas especializadas.

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O Gosto Azedo• Detecção de frutas verdes e alimentos estragados (pH) danos no tecido

Ácidos cítrico e málico

Próton

H+

- Afetam todos canais iônicos

- Permeabilidade pelas junções oclusivas

Variedade de células alvo

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Genes Codificadores de Receptores do Gosto

Mecanismos de transdução

gustativa

- Receptores de membrana;

- Ligação do nucleotídeo guanina;

- Proteínas (ptn G);

- Segundos mensageiros;

- Canais iônicos.

Entretanto, segundo o estudo ‘Receptor that leaves a sour taste in the mouth’ foi identificado um DNA complementar que codifica um receptor para o sabor azedo.

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Transmissão dos Sinais Gustativos até o SNC

Nervos vago, glossofarínge

o e facialimpulsos

Tronco cerebral

Trato solitári

o

Núcleos salivatórios superior e

inferior

Glândulas salivares

Controle da

salivação durante ingestão

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Percepção do Sabor• Pouco é conhecido sobre a variação na percepção dos sabores, e ainda menos sobre a hereditariedade dessa variação;•Amadurecimento sistema sensorial

•Experiências e fatores cognitivos

Diferentes mundos sensoriais entre crianças e adultos

•Genética

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• Interage com aspectos do meio ambiente da alimentação para a produção de preferências alimentares fenotípicas;

Predisposição Genética

• É manisfestada nas preferências alimentares que dependem da adoção de dietas saudáveis no meio ambiente da alimentação.

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HEIGHTENED SOUR PREFERENCES DURING CHILDHOOD

Djin Gie Liem And Julie A.Mennella

Mães preencheram uma variedade de questionários;

Investigou os níveis de acidez preferidos e a habilidade para distinguir diferenças na intensidade de azedo:

Crianças entre 5 e 9 anos e suas mães;

Procedimento de eliminação por grau embutido no contexto de um jogo;

Às crianças foram feitas perguntas para avaliar seu temperamento, preferências alimentares e hábitos relacionados à preferência ao sabor azedo.

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Resultados:

100 % das mães e 92% das crianças foram capazes de classificar gelatinas com maior e menor sabor azedo;

35% das crianças, mas praticamente nenhum dos adultos, preferiu altos níveis de sabor azedo (0.25 M ácido cítrico).

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Resultados:

Quanto maior apresentou-se a preferência pelo azedo entre as crianças, maior foi a tendência a experimentar diferentes tipos de frutas.• As crianças preferiram sabores azedos generalizados para outras comidas como referido por crianças e mães.

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Estas descobertas são as primeiras evidências experimentais que demonstram que a

preferência pelo sabor azedo é aumentada durante

a infância.

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Hipóteses apontadas para explicar as diferenças na preferência ao

sabor azedo entre criança/criança e criança/adulto:

1°-talvez as crianças que preferiram o sabor extremamente azedo não pudessem distinguir entre as diferenças das gelatinas azedas;

2°-preferência das crianças pelo sabor azedo é secundária às suas preferências generalizadas por aventura e emoção;

3°-existem mudanças ontogenéticas na percepção do sabor.

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Algumas Conclusões: Talvez indivíduos que são menos neofóbicos em relação à alimentação sejam mais propensos a experimentar alimentos extremamente azedos

Preferência azedo Preferência

doces

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Pesquisas anteriores em adultos (Moskowitz et al.,1975) e crianças (Liem and Mennella,2002;Mennella and

Beauchamp,2002) revelaram que a exposição repetida à sabores azedos pode levar à posterior preferência.

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Teste em adultos: Se a aumentada preferência pelo sabor azedo diminuiu com a idade é desconhecido.

Circulação de saliva e pH

Estímulo do azedo

(Norris et al.,1984;Christensen et al.,1987;Spielman,1990)

Precisa ser determinado se a preferência pelo sabor azedo em crianças está relacionada às diferenças nestas medidas fisiológicas.

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Conclusão:

Diferenças nas preferências sensoriais podem desempenhar um papel importante na aceitação e preferência por certos alimentos e sabores. Considerando a relação entre os níveis de sabor azedo preferidos e o elevado consumo atual de alimentos com este sabor surge uma importante área para a pesquisa futura, no intuito de determinar os genes responsáveis pela determinação da preferência por um ou outro sabores.

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Dúvidas ?

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Referências Bibliográficas

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