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REVISÃO JUDICIAL DE BENEFÍCIOS REVISÃO JUDICIAL DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS PREVIDENCIÁRIOS João Batista Lazzari João Batista Lazzari Ministrante

Beneficios Previdenciarios e Criterios de Revisao Parte II

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Page 1: Beneficios Previdenciarios e Criterios de Revisao Parte II

REVISÃO JUDICIAL DE BENEFÍCIOS REVISÃO JUDICIAL DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOSPREVIDENCIÁRIOS

João Batista LazzariJoão Batista LazzariMinistrante

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A) REVISÃO EM MATÉRIA DE DIREITO

B) REVISÃO EM MATÉRIA DE FATO:

-- reconhecimento de tempo rural

-- reconhecimento de tempo especial

-inclusão de tempo de serviço/contribuição decorrente de decisão trabalhista

- alteração do salário de contribuição decorrente de decisão trabalhista

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CRITÉRIOS DE CORREÇÃO

- Irredutibilidade do valor dos benefícios (art. 194, parágrafo único, IV – CF/88)

- Reajustamento para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei (art. 201, § 4º - CF/88)

- Esses critérios estão previstos no art. 41 da Lei n. 8.213⁄91.

- A partir de 2004, o reajuste geral dos benefícios ocorre na mesma data em que for majorado o salário mínimo, mantida a regra que determina o reajustamento proporcional.

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LEI Nº. 9.032/95 MAJORAÇÃO DAS COTAS DAS PENSÕES

- Lei nº 8.213/91: 80% + 10% cada dependente

- Lei nº 9.032/95: 100% do salário de benefício

- STJ – favorável à aplicação do novo coeficiente, a partir da vigência das novas regras (sem efeitos retroativos à DIB)

- Turma Nacional de Uniformização: Súmula n. 15: “O valor mensal da pensão por morte concedida antes da Lei n. 9.032, de 28 de abril de 1995, deve ser revisado de acordo com a nova redação dada ao art. 75 da Lei nº. 8.213, de 24 de julho de 1991”.

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LEI Nº. 9.032/95

- STF

- PLENO: - Relator Min. Gilmar Mendes – voto contrário à

aplicação do novo coeficiente de cálculos aos que já percebiam pensão por norte anteriormente à edição da Lei 9.032/95

- Min. Eros Grau – Voto favorável a revisão de todas as pensões concedidas anteriormente à Lei n. 9.032/95.

- Julgamento suspenso.

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LEI Nº. 9.032/95

- Aplicação do mesmo raciocínio para demais espécies de benefícios:

- aposentadoria por invalidez;

- aposentadoria especial;

- auxílio-acidente.

ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DOS DOZE ÚLTIMOS SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO PARA OS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTERIORMENTE À CONSTITUIÇÃO DE 1988 ???

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BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTERIORMENTE À CF/1988:

Salário-de-benefício:

aposentadorias por idade, tempo de serviço, especial e abono de permanência em serviço:

- média dos últimos 36 salários de contribuição, apurados em período não superior a 48 meses. Os anteriores aos 12 últimos, foram corrigidos por índices próprios divulgados pelo MPAS.

* Substituição pela variação da ORTN/OTN Súm. 02 TRF4- aplicada desde Lei 6.423/77 até 04-10-1988 – com reflexos

financeiros até os dias atuais- de 05-10-1988 a 04-04-1991 superada pelo artigo 144 da

Lei nº 8.213/91- após 05-04-1991 - inaplicável- em alguns casos pode dar resultado “negativo”

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SÚMULA N. 2 DO TRF DA 4ª REGIÃO

“Para o cálculo da aposentadoria por idade ou por tempo de serviço, no regime anterior à Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, corrigem-se os salários de contribuição anteriores aos doze últimos meses, pela variação da ORTN/OTN”.

Extravio do processo administrativo, apuração da existência de diferenças por meio de arbitramento, segundo tabela elaborada pela Contadoria Judicial

Não há qualquer correção para o auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão (não derivada), auxílio-reclusão, pois eram calculados pela média dos últimos 12 salários de contribuição.

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SÚMULA N. 260 DO TFR

No primeiro reajuste do benefício previdenciário, deve-se aplicar o índice integral do aumento verificado, independentemente do mês da concessão, considerado, nos reajustes subseqüentes, o salário mínimo então atualizado.

Reajustamentos Subseqüentes à DIB:

Benefícios deferidos antes da CF/1988 - efeitos financeiros até a aplicação do artigo 58 do ADCT-CF/1988 – prescrição

Exceção: aposentadoria por invalidez derivada de auxílio-doença, ambos anteriores à CF/1988 – altera o valor da RMI

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ART. 58 DO ADCT – CF/88

STF: Súmula 687 — A revisão de que trata o art. 58 do ADCT não se aplica aos benefícios previdenciários concedidos após a promulgação da Constituição de 1988.

TNU : Súmula 25 – A revisão dos valores dos benefícios previdenciários, prevista no art. 58 do ADCT, deve ser feita com base no número de salários mínimos apurado na data da concessão, e não no mês de recolhimento da última contribuição.

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- MANUTENÇÃO DO VALOR REAL DOS BENEFÍCIOS/EQUIVALÊNCIA DO VALOR DOS BENEFÍCIOS EM NÚMERO DE SALÁRIOS MÍNIMOS

STF - O art. 7º, IV, da CF, veda a vinculação ao salário mínimo para qualquer fim.

- EXPURGOS INFLACIONÁRIOS Súmula n. 36 do TRF/4: “Inexiste direito adquirido a reajuste de benefícios previdenciários com base na variação do IPC — Índice de Preços ao Consumidor — de março e abril de 1990”. Súmula n. 21 da TNU: “Não há direito adquirido a reajuste de benefícios previdenciários com base na variação do IPC (Índice de Preço ao Consumidor), de janeiro de 1989 (42,72%) e abril de 1990 (44,80%)”.

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- CONVERSÃO DOS BENEFÍCIOS PARA URV — LEI N. 8.880/94

STF - Constitucionalidade da palavra “nominal”, constante do inciso I do art. 20 da Lei n. 8.880/94 (RE n. 313.382).

Súmula n. 1 da TNU: “A conversão dos benefícios previdenciários em URV, em março/94, obedece às disposições do art. 20, incisos I e II da Lei 8.880/94 (MP n. 434/94)”.

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- APLICAÇÃO DO IRSM DE FEVEREIRO DE 1994

- Súmula nº 19 da TNU: “Para o cálculo da renda mensal inicial do benefício previdenciário, deve ser considerada, na atualização dos salários de contribuição anteriores a março de 1994, a variação integral do IRSM de fevereiro de 1994, na ordem de 39,67% (art. 21, § 1º, da Lei n. 8.880/94)”.

- Lei n. 10.999, de 15.12.2004, estendeu a todos os beneficiários do RGPS – Parcelamento em até 8 anos.

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- REAJUSTAMENTO DOS BENEFÍCIOS PELOS ÍNDICES INTEGRAIS DO IGP-DI NOS MESES DE JUNHO DE 1997, 1999, 2000 E 2001

- STF – Constitucional a sistemática de reajustes aplicado pelo INSS - RE n. 376.846/SC

- Súmula n. 8 da TNU: “Benefícios Previdenciários. Os benefícios de prestação continuada, no regime geral da Previdência Social, não serão reajustados com base no IGP-DI nos anos de 1997, 1999, 2000 e 2001”.

- Novas ações postulando a aplicação do INPC no período.

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- APLICAÇÃO DO NOVO TETO DOS BENEFÍCIOS FIXADOS PELA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 20/98 E 41/2003

Precedentes da TRSC: Alcançam também os benefícios concedidos anteriormente à elevação do teto, mas desde que na data de início tenham ficado limitados ao teto que vigorava à época.

Tem reflexos nos benefícios já limitados, mas NÃO implica reajuste para os benefícios em manutenção.

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- REAJUSTE DE 42,5% EM FACE DA ELEVAÇÃO DOS SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO DECORRENTE DA APLICAÇÃO DA EC N. 20/98 E DA EC. 41/2003

- Ausência de precedentes favoráveis na jurisprudência.

- TRSC : Não reconhece o direito ao reajuste, entendendo que houve alteração da tabela dos salários de contribuição para adequação aos novos tetos contributivos fixados pelas EC n. 20/98 e 41/2003. Falta de previsão constitucional pela revisão geral da renda mensal dos benefícios.

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- PRIMEIRO REAJUSTE APÓS A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO

I – A estipulação de teto para o Salário de Benefício já foi considerada constitucional pelo STF.

II – No entanto, por ocasião do 1º reajuste a ser aplicado aos benefícios após a sua concessão, a base de cálculo deve ser o valor do salário de benefício sem a estipulação do teto.

(TNU – Proc. n. 2003.33.00.712505-9)

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- ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DAS PARCELAS PAGAS EM ATRASO

Súmula n. 9 do TRF/4: “Incide correção monetária sobre os valores pagos em atraso, na via administrativa, a título de vencimento, remuneração, provento, soldo, pensão ou benefício previdenciário, face à sua natureza alimentar”.

Índices aplicáveis: IGP-DI, a partir de maio de 1996, por força da MP 1.415, de 29.04.96, convertida na Lei n. 9.711/98.

TRSC – Súmula n. 7 - O INPC substitui o IGP-Di desde 02-2004 (MP nº 167, convertida na Lei nº 10.887/2004, que acrescentou o artigo 29B à Lei nº 8.213/91, combinada com o art. 31 da Lei 10741/2003).

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- JUROS MORATÓRIOS

SÚMULA 75 do TRF da 4ª RegiãoOs juros moratórios, nas ações previdenciárias, devem ser fixados em 12% ao ano, a contar da citação.

Honorários: 10% sobre o valor da condenação = parcelas vencidas até a data da sentença.

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IMPOSTO DE RENDAIMPOSTO DE RENDA

O INSS deverá deixar de proceder ao desconto do IRRF, no caso de pagamentos acumulados ou atrasados, por responsabilidade da Previdência Social, oriundos de concessão, reativação ou revisão de benefícios previdenciários e assistenciais, ou seja, relativos a decisão administrativa ou pagamento administrativo decorrente de ações judiciais, cujas rendas mensais originárias sejam inferiores ao limite de isenção do tributo, sendo reconhecido por rubrica própria (Art. 390 da IN n. 118/2005).Ver REsp 617081/PR

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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIAPRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

A PRESCRIÇÃO atinge apenas as prestações vencidas A PRESCRIÇÃO atinge apenas as prestações vencidas antes do qüinqüênio anterior a propositura da ação.antes do qüinqüênio anterior a propositura da ação.

A DECADÊNCIA – que é de dez anos - atinge o direito à revisão do ato de concessão de benefício.

Estão a salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes. O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.