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Bibliotecas final

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E assim foi...O DIA NACIONAL DA LEITURA

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De 12 a 16 de outubro, quando se comemorava pela primeira vez o Dia Nacional da Leitura e a Sema-na Nacional da Leitura e Literatura, 40 Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso se mobilizaram pela reali-zação de atividades que celebrassem esse aconteci-

mento inaugural, fortalecendo a campanha sobre a importância de ler com e para crianças. Em comemoração ao marco do dia 12 de outubro como Dia Nacional da Leitura, o Instituto Ecofuturo premiou três Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso pelo planejamento, arti-culação e ações desenvolvidas.

Temos muito orgulho em encaminhar a todas as 85 Bibliotecas Comunitárias este dossiê, com as atividades de leitura realizadas. Recebemos 51 planos de trabalho, dos quais 41 se efetivaram. O resultado foi uma formidável rede de promoção de leitura, com ações que incluíram alunos dormindo e acordando em bibliotecas, confecção coletiva de colchas de retalhos que relembravam o pa-rentesco etimológico entre “tecer” e “texto”, leituras, contação de histórias e livros presenteados em postos de distribuição de leite.

A partir dos nossos critérios de seleção – Leitura de livros de litera-tura; Articulação com a comunidade; Criatividade e inovação; Uti-lização das publicações do Ecofuturo; Articulação com a prefeitura ou Secretaria de Educação e Cultura; Articulação para divulgação

das atividades (jornal e rádio, entre outros meios) e Busca de parce-rias ou patrocínios –, foram consideradas vencedoras as Bibliotecas de Itapirapuã Paulista (SP), Joselândia (MA) e Rui Barbosa (BA), por terem atendido efetivamente a todos esses quesitos.

Camocim de São Félix (PE) mereceu menção honrosa, por ter sido a única Biblioteca a desenvolver atividades com deficientes visuais, valendo-se do acervo em braile enviado pelo Ecofuturo. Além disso, Aimorés e Congonhas (MG), Alagoinhas e Itabatã (BA), Casinhas e Flores (PE), Porto Feliz (SP) e Taquari (RS) figuraram entre as finalis-tas, pela qualidade de seus trabalhos.

O Instituto Ecofuturo agradece a todas as Bibliotecas Comunitá-rias que realizaram atividades de leitura com o coração aberto, amor e alegria, como pede toda ação de mobilização social. O prazer de ler e ouvir histórias está vivo dentro de nós. No Dia e Semana da Leitura, esse prazer brilhou com a promoção de leitura em lares, praças, escolas, bibliotecas ou sob a sombra de árvores Brasil adentro.

Ventura para elas!

— Christine Castilho Fontelles Diretora de Educação e Cultura

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Itapirapuã Paulista (SP)

Premiada pelas suas ações na Semana Nacional da Leitura, a Bi-blioteca Comunitária de Itapirapuã promoveu leituras públicas e contação de histórias. Era só o começo. Tendo como foco a impor-tância da biblioteca para a formação de leitores, promoveu a pa-lestra Leitura e Educação. Voltado à relevância da leitura no dia a dia, um psicólogo voluntário falou para professores. Além disso, um escritor local comandou um workshop de leitura e escrita. Por inicia-tiva das crianças, aconteceu também a Caminhada da Leitura, com o tema Caminhos que a Leitura Pode nos Mostrar. Essa caminhada contou com a participação da comunidade, que, portando livros e cartazes nas mãos, cantava as músicas Brincar de ler e Viva a leitura. A Biblioteca propôs ainda a confecção de uma colcha de retalhos, produzida por um grupo de costureiras locais com pinturas feitas pela comunidade. (A delicadeza dessa atividade resgata, ludicamente, o parentesco entre as noções de “tecer” e “texto”, com a mesma raiz etimológica e que têm como paradigma Penélope e Ulisses, do épico A odisseia). A Biblioteca obteve apoio da Secretaria de Promoção e Desenvol-vimento Social.

“Os deuses não determinaram deixar sem nome esta casa, já que Penélope deu à luz um homem de tua fibra. Adiante!”

— Homero, A odisseia

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Joselândia (MA)

Esta também premiada Biblioteca Comunitária se destacou por pro-postas originais, como o programa Dormindo e acordando com os livros, ocasião em que 20 crianças foram convidadas a dormir na Biblioteca. O convite para essa atividade, elaborado com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), foi ilustrado pelas pró-prias crianças. Aos participantes foram oferecidos café da manhã e certificado de participação. A Feira de Leitura foi outra proposta desta Biblioteca: na praça central, foi montada uma “árvore de livros”, além do Espaço Menino Maluquinho, ao lado de uma bruxa e seu caldei-rão de livros. Na ressignificação da praça por essas intervenções lúdicas, ocorreram contação de histórias, dinâmicas de leitura e sor-teios de livros. Premiados também com livros foram os originalíssimos vencedores dos concursos Garoto Ler é Preciso e Miss Ler é Preci-so, realizados pela Biblioteca, que ainda articulou com seis escolas contação de histórias para crianças e adolescentes. Em todas essas ações estava implicado o uso do Passaporte Brincar de Ler. Para essas atividades, a Biblioteca Comunitária de Joselândia angariou recursos financeiros com o comércio local e, articulada com a Secretaria de Educação, obteve um carro de som para a divulgação e 60 livros para serem sorteados, além de ter mobilizado cursistas e voluntários.

“Só não existe o que não pode ser imaginado” — Murilo Mendes

Rui Barbosa (BA)

Moradores de Rui Barbosa se depararam com a Espaçonave da Leitura, toda coberta de textos, em plena praça central. No mesmo local ainda foram montados estandes de livros, divididos por faixa etária. Assim se construiu o cenário para as atividades, que envol-viam leituras e brincadeiras promovidas pela Biblioteca Comunitá-ria. No asilo Casa do Idoso, crianças, pais e avós se articularam para resgatar histórias já vivenciadas pelos moradores antigos. Pa-lestras foram oferecidas por poetas e escritores locais, que, por sua vez, receberam medalhas das mãos do prefeito, presente em todas as atividades. A Biblioteca, também premiada nessa edição da Semana Nacional da Leitura, promoveu ainda uma caminhada pe-las ruas da cidade, chamando as comunidades vizinhas para seu espaço. Articulada com escolas, asilos, creches e artistas locais, a Biblioteca de Rui Barbosa mobilizou um público de 3 mil pessoas.

“Uma ocasião,Meu pai pintou a casa todaDe alaranjado brilhante.Por muito tempo moramos numa casa,Como ele mesmo dizia,Constantemente amanhecendo”

— Adélia Prado, Impressionista

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Aimorés (MG)

A Biblioteca Comunitária de Aimorés promoveu atividades de inte-gração entre pais e filhos, das quais participaram 50 crianças e seus responsáveis com a realização de varais de livros em plena praça. Oito futuras mamães também foram orientadas por uma psi-cóloga da comunidade sobre a importância da leitura para os be-bês no período de gestação. A Biblioteca realizou ainda teatro de fantoches, musical e a Hora do Conto, tendo a personagem Emília de Monteiro Lobato como protagonista da principal atividade.

Camocim de São Félix (PE)

Articulada com a escola pública local e propiciando a participação de professores em atividades de leitura, interpretação e Hora do Conto, a Biblioteca Comunitária de Camocim, que recebe menção honrosa nesta edição, incentivou os alunos a realizarem leitura em voz alta de histórias infanto-juvenis, além de livros de imagens em salas de educação infantil. Todos os professores da escola local foram convidados a visitar a Biblioteca, que também articulou a re-cepção de crianças e adolescentes com deficiência visual, a fim de integrá-los aos demais usuários. Os participantes ganharam como brindes marcadores de livros produzidos pela própria Biblioteca, cujo número de usuários aumentou consideravelmente após a divul-gação na cidade.

“De que vale um livro que não nos transporte para além dos livros?” — Friedrich Nietzsche, A gaia ciência

“Eu vi a mulher preparando outra pessoaO tempo parou para eu olhar para aquela barriga

A vida é amiga da arte, é a parte que o sol me ensinouO sol que atravessa essa estrada que nunca passou”

— Caetano Veloso, Força estranha

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Casinhas (PE)

Em Casinhas também houve varal de livros nas árvores da pra-ça, enquanto a Caravana da Hora do Conto percorria escolas da comunidade rural, promovendo leituras e distribuindo brindes. As vovós e os vovôs também participaram da festa, em plena praça da cidade, em torno do Baú de Leitura, para os idosos do projeto Boa Idade, que ainda visitaram a Biblioteca. Com o patrocínio da Se-cretaria de Cultura e da prefeitura, bem como com a participação de artistas, escritores e autoridades locais, a Biblioteca Comunitária ainda promoveu leituras livres e exposições de livros e do Baú da Leitura da Unicef. Entre crianças, jovens, adultos e idosos, 600 pessoas da comunidade foram envolvidas.

Alagoinhas (BA)

Em Alagoinhas, o grande atrativo da Semana Nacional da Leitura foi o projeto Pracinha da Leitura, com muitos livros dependurados em árvores e crianças presenteadas com livros e lembrancinhas. A Biblioteca também promoveu rodas de leitura, histórias de um minuto e contação de histórias. Dentro do projeto cultural Conheça a sua cidade, realizado pela Biblioteca Comunitária, houve a Ci-randa de Poesia, com leitura de livros de José Olívio e Altamiro Lira, poetas locais. A Biblioteca ainda produziu em suas dependências um miniteatro, em que crianças contavam histórias com temas livres, além de uma exposição de fotos com o histórico da Biblioteca. As atividades, viabilizadas graças à articulação com o comércio local e a Secretaria de Educação, contou com o apoio de escritores, jor-nalistas e radialistas, além da mobilização de voluntários. Convites foram distribuídos nos principais pontos da cidade e os articulado-res concederam entrevista à radio local.

“Ler, ler, ler, viver a vidaQue outros sonharamLer, ler, ler, a alma olvidaAs coisas que passaram”

— Miguel de Unamuno, Ler, ler, ler

“E eu não sabia que minha históriaEra mais bonita que a de Robinson Crusoé”— Carlos Drummond de Andrade, Infância

Congonhas (MG)

A Biblioteca Comunitária de Congonhas organizou um sarau em homenagem aos 120 anos de nascimento da poeta goiana Cora Coralina. Também promoveu representações, cantigas de roda, te-atro de fantoches, bingo literário, roda de leitura (livro Flicts, de Ziraldo) e contação de histórias (realizada por um grupo cultural da cidade). Para essas atividades, a Biblioteca se articulou com a prefeitura e a Secretaria de Educação e teve a participação da comunidade e dos artistas locais. Contou também com a presença do prefeito e o envolvimento da escola. A divulgação dos eventos se deu por convites e cartazes distribuídos nos principais pontos da cidade, bem como anúncios na rádio comunitária, no jornal da cidade e no site da prefeitura.

“Eu sou a fonte original de toda vida.Sou o chão que se prende à tua casa”

— Cora Coralina, O cântico da terra

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Flores (PE)

Em Flores, a Biblioteca Comunitária ganhou uma versão itinerante e rodou pelas comunidades sem acesso à leitura ou bibliotecas na zona rural, onde também realizou palestra sobre o Dia da Leitura. Em parceria com professores da comunidade, viabilizou um concur-so de redação sobre as Oito Metas do Milênio, para o incentivo à escrita – incentivo esse que se deu também com a proposta para crianças de escreverem poemas a partir das observações do coti-diano do entorno. A Biblioteca ainda promoveu sarau de poesia e rodas de leitura com uma coleção de livros de Ruth Rocha. A divulgação se deu com a confecção de folders distribuídos nos principais pontos da cidade. A Biblioteca recebeu o apoio da pre-feitura para a promoção do evento.

“Vestindo xale ou turbanteCarregando cesta ou tochaUsando vidro ou diamanteCalçando bota ou galochaO mundo tem muitas RuthsMas só uma é Ruth Rocha”

— José Santos, Todas as Ruths do mundo

Itabatã (BA)

A Biblioteca Comunitária de Itabatã promoveu um recital com a presença do escritor local Charles A. Ramalho, que, além de ler seus poemas, lançou seu livro de poesia. Também houve a Hora do Conto e a Semana de Histórias, em que crianças de creches e escolas conheceram a Biblioteca. O evento contou com o apoio da prefeitura e a divulgação se deu através de cartazes e da rádio comunitária.

“Livro de imagensLivro de letrinhasLivro em que as palavrasAndam pelas linhas”

— Palavra Cantada, Brincar de ler

Porto Feliz (SP)

A Biblioteca Comunitária de Porto Feliz realizou o I Sarau de Con-tadores de Histórias – o que indica que vem mais por aí... Para estimular a leitura no dia a dia escolar, a ação envolveu escola e educadores, que participaram ainda da Trilha da Leitura, cujo objetivo era pôr crianças em contato com a poesia. A Biblioteca disponibilizou também um varal de livros, realizou teatro de fanto-ches e uma exposição de objetos e trajes associados aos contos de fada. Os alunos foram envolvidos na distribuição de convites à comunidade em vários pontos da cidade e também ao prefeito. A imprensa local fez a cobertura do evento, que teve o objetivo de chamar a atenção das pessoas para visitar a Biblioteca. A iniciativa deu certo: houve aumento significativo nos empréstimos de livros e no interesse pela leitura e pela Biblioteca, que, animada, já inseriu novas atividades para o Dia da Leitura no planejamento de 2010.

“Repetir, repetir, até ficar diferente”— Manoel de Barros

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Taquari (RS)

Nesta edição da Semana da Leitura, aconteceu a I Mostra de Ar-tes do Município de Taquari, promovida pela recém-inaugurada Biblioteca Comunitária, que contou com o apoio do Rotary Club e empresários para a realização do evento. Autoridades locais estiveram presentes na Mostra, que ainda se articulou com a pre-feitura, a Secretaria de Educação e a Câmara de Vereadores. Os responsáveis pela Biblioteca expuseram parte do acervo, promo-vendo o Cantinho Infantil e varal de livros. Durante todo o evento, promotores de leitura realizaram rodas de leitura, Hora do Conto e amostragens de livros. A iniciativa teve grande repercussão na cidade, mobilizando diversos públicos, entre alunos de todas as escolas municipais, professores e moradores. O estande da Biblio-teca Comunitária foi o mais visitado.

“Entrego o livro e assim me livro, na quarta capa não digo e digo. Sou quem eu sou, não vou e vou: brinco de livro!”

— Sylvia Orthof

Alambari (SP)

Com a colaboração de professores e outros funcionários munici-pais, a Biblioteca Comunitária de Alambari promoveu exposição de livros no coreto da praça, rodas de leitura, brincadeiras de leitu-ra livre e representação teatral dos alunos da rede municipal.

“O meu irmãoA minha irmãBrincam lendo livrosLendo lendo lindos livros”

— Palavra Cantada, Brincar de ler

Altinho (PE)

Em Altinho, a Biblioteca Comunitária promoveu as atividades Roda de Cordel, Ler na Praça e Hora do Conto. Essa última movimentou um concurso de redação em escolas das redes estadual e municipal e também particulares, premiando alunos que se destacaram no gênero “contos”. As atividades foram realizadas em parceria com a prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação.

“Ser alfabetizado é diferente de ser leitor”— Lucila Pastorello

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“Coitada, coitadinhaDa galinha-d’angolaNão anda ultimamenteRegulando da bola”

— Vinícius de Moraes, Arca de Noé

Bezerros (PE)

O Festival de Leitura e Artes de Bezerros (Feslab) já está na sua quarta edição. Aproveitando o ensejo e as mobilizações pelo evento, a Bi-blioteca Comunitária propôs suas ações. Houve atividades de leitura em conjunto com o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, a creche local, a Associação de Portadores de Deficiência, as escolas e os hospitais. Outras dinâmicas de leitura também foram promovidas na praça, onde a Biblioteca montou a Tenda da Leitura. As ações fo-ram divulgadas por um carro de som e contaram com a participação do poder público, comerciantes, artistas e escritores locais, além de alunos da rede pública.

“A leitura é a menos passiva das ações”— Emile-Auguste Chartier

Boa Nova (BA)

Com o apoio da Secretaria de Educação, as ações da Biblioteca Comunitária de Boa Nova objetivavam a participação de 52 crian-ças. Promoveu paródias de historinhas infantis, leitura do livro A galinha ruiva e leitura de cordel.

Bom Conselho (PE)

Para incentivar a leitura e a escrita, a Biblioteca de Bom Conselho promoveu, sob o tema A Cidade dos Meus Sonhos, um concurso de redação, que foi divulgado na rádio comunitária, em jornais locais e nas escolas. Além disso, celebrando a Semana da Leitura, articu-lou apresentações de peças teatrais e da Companhia de Palhaços Alegria, valorizando os artistas locais. Também foi viabilizada uma visita à biblioteca municipal e a apresentação à comunidade do acervo da Biblioteca, para estimular o intercâmbio.

“Textos são concebidos para ‘falarem’ conosco e, assim, se soubermos escutá los, sempre acabam por nos dizer algo”

— Franco Moretti

Belterra (PA)

Sob o tema Brincar de Ler, a Biblioteca Comunitária de Belterra promoveu Hora do Conto e diversos tipos de leitura: de imagens, individuais e compartilhadas. Houve também rodas de leitura e dra-matização. As ações, com o objetivo de utilizar o espaço para a democratização da leitura através do incentivo à leitura e da forma-ção de leitores, atingiram cerca de 200 pessoas.

“O vírus do amor ao livro é incurável, e eu procuro inocular esse vírus no maior número possível de pessoas”— José Mindlin

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Duque de Caxias (RJ)

A Biblioteca Comunitária de Duque de Caxias promoveu contação de histórias com registros de pictograma, para o estímulo à leitura no ambiente escolar. A atividade foi oferecida a 24 crianças de três a cinco anos. A Biblioteca ainda promoveu uma apresentação teatral para alunos de sete a 14 anos e armou a Tenda da Leitura.

“Eu queria dar ao menino/ Umas asinhas de arame e algodão./ Mas ele diz que não pode ser anjo,/ Pois todos já sabem que ele é índio e leão” — Cecília Meireles, “Cantiga da babá”

Estrela do Sul (MG)

A Biblioteca Comunitária de Estrela do Sul promoveu contação de histórias, com manuseio de livros infanto-juvenis e para todos os públicos. Houve também rodas de leitura e interpretação oral. Como resultado, aumentou o número de jovens cadastrados para empréstimos de livros. A Biblioteca alcançou seu principal objetivo, aproximando as crianças dos livros.

“Todos ali/ Gostam de ler/ Brincam lendo livros/ Lendo lendo lindos livros” — Palavra Cantada, Brincar de ler

Conceição da Barra (ES)

Com a participação de 23 alunos da escola municipal EMEF João Bastos Bernardo Vieira e da Escola Municipal de Conceição da Barra, a Biblioteca Comunitária da cidade promoveu a leitura do livro O coelhinho desobediente, a partir do qual desenvolveu ativi-dades de dramatização e interpretação.

“Dizem que gato não pensaMas é difícil de crer.Já que ele também não falaComo é que se vai saber?”

— Ferreira Gullar, Gato pensa?

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Garanhuns (PE)

Em Garanhuns, a Biblioteca Comunitária promoveu leitura de cor-del, com declamações do próprio cordelista e escritor da cidade conhecido como Gonzaga de Garanhuns, visando divulgar e va-lorizar a cultura local. Houve também contação de histórias, cujas personagens foram confeccionadas com garrafas PET, e roda de leitura.

“Foi os livro de valô/ Mais maió que vi no mundo,/Apenas da-quele autô/ Li o premero e o segundo”

— Patativa do Assaré, Aos poetas clássicos

Granito (PE)

Em Granito, a Biblioteca Comunitária promoveu atividades de in-centivo à preservação ambiental e show de palhaços, além de uma peça teatral de incentivo à leitura. A partir desta última atividade, as crianças da cidade estão voltando a frequentar a Biblioteca, que contou com a parceria do poder público local em todas as ações.

“Vamos brincar de poesia?” — José Paulo Paes

Itaguaí (RJ)

Com a participação de voluntários e o apoio da Secretaria de Educação e Cultura, a Biblioteca Comunitária de Itaguaí promo-veu exposição e leitura de livros, apresentação da Biblioteca aos alunos do EJA (que não costumam consultar os acervos) e o Sítio Literário, que consistiu em levar leitura a crianças em condições de vulnerabilidade social, sem acesso à leitura.

“Certa palavra dorme na sombra/ De um livro raro/ Como desencantá-la?/ É a senha da vida/ A senha do mundo./ Vou procurá-la”

— Carlos Drummond de Andrade, A palavra mágica

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Jardim Panorama (SP)

A Biblioteca Comunitária do Jardim Panorama promoveu dois con-cursos. O primeiro, de redação, objetivou fazer a comunidade rela-tar o local em que vive, seus problemas e sugestões de solução. O segundo, de desenho, visou à integração com a comunidade vizi-nha. A retratação da história lida foi avaliada como um sucesso.

“O homem confiará no homemComo um menino confia em outro menino”

— Thiago de Mello, Os estatutos do homem

“As bolas de sabão que esta criançaSe entretém a largar de uma palhinha

São translucidamente uma filosofia toda”

— Alberto Caeiro – heterônimo de Fernando Pessoa –,As bolas de sabão

Lagoa do Carro (PE)

A Biblioteca Comunitária de Lagoa do Carro promoveu a Hora do Conto e de Encanto, interpretação de leitura e bingo de palavras. Uma atividade complementava a outra, e a participação das crian-ças, manuseando e lendo livros, foi de suma importância. A empol-gação e o interesse dos participantes em repetir a experiência eram demonstrados a todo momento.

Lagoa dos Gatos (PE)

Em Lagoa dos Gatos houve contação de histórias e interpretação de leitura. As atividades aconteceram por iniciativa dos jovens, que montaram um espaço com diversos livros infantis, onde leram para as crianças e dramatizaram as histórias. O convite foi dirigido a diversas escolas do entorno. Assim, crianças que não conheciam a Biblioteca Comunitária tiveram oportunidade de conhecê-la.

“Quando eu tinha seis anosGanhei um porquinho-da-índia.

(...) Levava ele pra salaPra os lugares mais bonitos (...)

Ele não se importava:Queria era estar debaixo do fogão

Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas.– O meu porquinho-da-índia

foi a minha primeira namorada”

— Manuel Bandeira, Porquinho-da-Índia

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Panelas (PE)

A Biblioteca Comunitária de Panelas promoveu atividades de leitura literária para adultos do EJA nos cantos da vila. Para as crianças, promoveu também outras atividades de leitura e contação de histó-rias, com visitação às escolas de educação infantil.

“Cidadão do mundo eu sou”

— Milton Nascimento e Fernando Brant, Janela para o mundo

Salesópolis (SP)

Um dos principais objetivos da Biblioteca Comunitária de Salesó-polis nesta edição da Semana da Leitura foi divulgar a obra de vários autores, entre os quais Ziraldo. Para tanto, promoveu boliche e bingo literários (este último com o nome “Ação entre Leitores”) num espaço reservado com livros, painéis e fotos. Como prêmios, foram distribuídos livros do escritor mineiro. A Biblioteca promoveu também histórias com dobraduras e contação de histórias. Para o evento, foi de suma importância a colaboração de voluntários da comunidade, que, entre outras contribuições, doaram livros. A divulgação se deu com faixas e cartazes espalhados por pontos estratégicos da cidade, como escolas e casas comerciais.

“Ele dizia aos paisCheio de contentamento

Só tem um zerinho aíNum tal de comportamento!”

— Ziraldo, O menino maluquinho

Mogi das Cruzes (SP)

Em Mogi das Cruzes, a Biblioteca Comunitária promoveu roda de leitura, malabares com distribuição de prêmios, teatro de fantoches e dança de rua. O objetivo, que era deixar as crianças à vontade para ler os livros, foi alcançado.

“Estava à toa na vidaO meu amor me chamouPra ver a banda passarCantando coisas de amor”

— Chico Buarque, A banda

Mairiporã (SP)

Em Mairiporã, primeiro houve atividades em que as crianças conta-vam e interpretavam histórias. Num segundo momento, as mesmas crianças faziam as vezes de anfitriãs e ciceroneavam os pais pelas dependências da Biblioteca, pondo-os em contato com os livros. Muitos pais relataram que só haviam visitado uma biblioteca na época escolar.

“Eis a carta dos céus: tudoIndeterminado e imprevistoCria um amor fluenteE sempre vivo”

— Orides Fontela, Mapa

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Salvador (BA)

A Biblioteca Comunitária de Salvador teve como estratégia a leitura de histórias infantis associada ao convite às crianças para visitarem a Biblioteca, aumentando o número de visitantes. Houve contação e dramatização de histórias, além da apresentação de adultos ves-tidos de crianças. Abordando com as crianças o tema do precon-ceito racial e das diferenças físicas e mentais, foi contada a história Meu amigo Down, depois discutida com os pequenos, que, por sua vez, fizeram desenhos sobre o conteúdo. Por fim, foi a vez da criação de histórias com sons, quando a audição de onomatopeias inspirou as crianças.

“Não entender, não entender, até virar menino”

– João Guimarães Rosa

Saubara (BA)

A fim de incentivar as crianças a tomarem gosto pela leitura, de integrar a comunidade e de superar as dificuldades dos alunos no tratamento com a linguagem escrita, a Biblioteca Comunitária de Saubara promoveu uma oficina de leitura. Integrada a essa ativi-dade, estava a apresentação e manifestação cultural, que home-nageou os pescadores da comunidade: uma barquinha contava a história dos pescadores às crianças, que, ao final, faziam leituras e as transcreviam para o papel. A Biblioteca ofereceu também ofi-cinas de máscaras.

“As palavrasQuando contamSão históriasQuando lidasSão ideiasQuando ficamSão memórias”

— Palavra Cantada, Brincar de ler

São Roque (SP)

Em São Roque, as crianças ficaram encantadas com o varal de livros disposto dentro da Biblioteca Comunitária, onde os pequeni-nos ficaram livres para fazer suas leituras. Houve também contação de histórias, envolvendo toda a comunidade, quando a mãe de uma professora se encarregou de ler para os presentes. Além disso, a Biblioteca promoveu fabricação de papel reciclado, com o qual se produziram marcadores de página, distribuídos durante o even-to. As autoridades do poder público estiveram presentes e, num ato solene, o prefeito assinou o termo de compromisso Prefeito Amigo da Biblioteca.

“A queda é para as coisas, a cadência para as palavras”

— Antonio Vieira

Suzano (SP)

Em Suzano, a Biblioteca Comunitária promoveu contação de his-tórias, leitura com a técnica do rosto escondido, Quiz Semana da Leitura e Túnel Cultural. Houve também jogos e brincadeiras, como o bingo de palavras, cujo objetivo (aliás, alcançado) era a mo-tivação à leitura e o aumento do cadastro do público infantil na Biblioteca. Além disso, visando à Ação com Cidadania e Cultura, promoveu-se a campanha Beleza com Poesia: quem contasse uma história, declamasse um poema ou citasse uma parábola ou um dito do imaginário popular ganhava um corte de cabelo. Na finaliza-ção oficial do evento, o prefeito, em ato solene, assinou o termo de compromisso Prefeito Amigo da Biblioteca.

“Vinde, vinde,moços e velhos

Vinde todos apreciarComo isso é bom,Como isso é belo.Como isso é bom,

É bom demais”— Antônio Nóbrega, Vinde, vinde, moços e velhos

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Trindade (PE)

Em Trindade, a Biblioteca Comunitária promoveu sarau com apre-sentação de poetas do município (homenageados) e números mu-sicais. Além de rodas de leitura, contação de histórias com teatro de fantoches e oficinas de leitura de imagens, a Biblioteca também promoveu a Gincana Literária – com o objetivo de trabalhar o co-nhecimento literário com os alunos, ao tempo em que se arreca-davam alimentos, roupas e brinquedos para doação. O evento envolveu toda a comunidade.

“O pão da minha fome.– Liberdade que estais em mim,Santificado seja o vosso nome”

— Miguel Torga

Turmalina (MG)

A Biblioteca Comunitária de Turmalina reuniu crianças e jovens de projetos locais para o evento da Semana da Leitura, divulgado por cartazes espalhados pela cidade. Houve Dia da Leitura, roda de leitura e apresentação teatral, além das atividades “Uma história puxa a outra” (que consistiu em levar alunos para conhecerem a Biblioteca, onde puderam ler livros) e “Leite e leitura para a vida” (realizada no posto de distribuição de leite da cidade, com a en-trega de livros para crianças e gestantes, além de leitura em voz alta). Para esta atividade, a Biblioteca obteve apoio da Suzano, que doou livros para serem distribuídos.

“A arte é a coisa santa da humanidade (...) A arte é a verdade feita vida”

— Antero de Quental, Arte e verdade

Urbano Santos (MA)

“Hoje completei dez anos.Fabriquei um brinquedo com palavras”

— Manoel de Barros, Diário de Bugrinha

Envolver as crianças com o mundo da leitura foi o objetivo da Biblioteca Comunitária de Urbano Santos. Para tanto, foram pro-movidas rodas de leitura, em que crianças liam livros através de brincadeiras propostas. Houve também leitura do Passaporte da Leitura Brincar de Ler.

“Tudo vale a pena se a alma não é pequena” — Fernando Pessoa

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Venturosa (PE)

Em Venturosa, houve pescaria literária, roda de leitura e ponto de leitura. As atividades envolveram leitura de cordel e a exposição de livros de escritores locais e de parte do acervo da Biblioteca Comu-nitária. Além disso, uma versão itinerante da Biblioteca percorreu a zona rural, visitando as escolas. O evento foi divulgado por meio de informativos comunitários.

“Com leituras e viagens, fui compreendendo, aos poucos, o que o meu avô dizia sobre a sabedoria que existe

em cada um e todos os seres do planeta”

— Daniel Munduruku, Não somos donos da teia da vida

Vassouras (RJ)

Em Vassouras, a Biblioteca Comunitária promoveu roda de leitura, leitura na praça, sala de leitura e teatro. Mas teve mais: Sacolinha do Livro e Leitura em Minha Casa foram atividades que consistiram em levar livros até pessoas adoentadas e contar-lhes histórias. Hou-ve ainda o Chá Literário, que reuniu pessoas de todas as idades e escritores locais, que puderam ler seus livros. A participação de toda a comunidade nas atividades foi o grande êxito desta Biblio-teca, que não teve o apoio do poder público local.

“Um galo sozinho não tece uma manhã”— João Cabral de Melo Neto

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