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Book Patrocínio Projeto Música para viajar

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Projeto proprietário da Nó de Rosa, viabilizado por Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

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O SOM DAS MONTANHAS Dino Sávio

Se Minas é um estado de espírito ou um retrato na parede que dói, a música que vem das montanhas é o reflexo puro dessa gente que ouve mais do que fala. Mineiro é aquele que fica rouco de tanto ouvir. E mudo, de tanto pensar. Presta mais atenção aos detalhes e, como diria Guimarães Rosa, sábio é aquele que, de repente, aprende.

Então, o mineiro vai amontoando essas coisas, aparentemente inúteis, em sua alma. Sai das montanhas, desemboca no mar, ganha o mundo. Mineiro é universal, como universal é a sua música. Que veio da África, que veio da Europa, que veio dos índios, que veio do sertão, de todas as partes do país. As minas gerais, de ouro, de diamantes, de pedras preciosas ou semipreciosas, trouxeram um bocado de aventureiros pra cá. Gente de toda a espécie, de reis e rainhas a desenganados, cada um deles deu seu contributo.

De alegria ou de dor, de sofrimento e paixão, de saudade ou de raiva, de ódio ou de amor. Ingredientes bons para criar um processo revolucionário, de inconfidências e de intermináveis sessões de segredos. A música de Minas também é assim. A barroca, do século XVIII, com claras influências européias, marcadas com os harmônicos e as harmonias das igrejas, do canto gregoriano, mas mesclada com o que se ouvia nos becos de nossas cidades.

Mesclada com o som do carro de boi, dos aboios, da cantoria de suas lavadeiras na beira de rios, com o som natural da terra, seus pássaros, suas cantorias. É por isso que Marco Antônio Araújo, Uakti, Marcos Vianna, Gilvan de Oliveira, Geraldo Viana, Weber Lopes, Juarez Moreira e Nelson Freire são mineiros de ouvidos. Do lamento de seus estrangeiros, saudosos de suas terras, doloridos em suas longas jornadas, decepcionados com o mapa do tesouro, nasceram João Bosco, Wagner Tiso, Silvya Klein, Zezé Gonzaga e Rhaíssa Cerqueira.

Da mescla de cultura e de raças, do caboclo e do sertanejo, do baiano e do

fluminense, do paulista e do gaúcho, do preto velho e das senzalas, do português e do índio, nasceu um som novo, novas melodias, um samba da montanha, próximo do samba de morro, mas bastante diferente. Ritmo e melodias com alma de federação, evocando a adoção de uma nação que canta e é feliz. Daí surgiu Aquarela do Brasil, que bem poderia ser o nosso hino nacional. Já imaginou o Brasil sem a música de Ari Barroso? Sem o congado, a folia de reis? Sem o catira, a serenata, o calango? Difícil imaginar a música popular brasileira sem essas raízes. Difícil imaginar a world music sem a voz inclassificável de Milton Nascimento, sem o timbre metálico de Beto Guedes, sem a beleza melódica de Lô Borges, sem a poesia de Márcio Borges, sem os versos de quintal de Fernando Brant.

Minas? Sim, tambores de Minas, do Bantuquerê, da alma cabocla e desconfiada de Celso Adolfo, da voz penetrante de Helena Penna e da voz soberana da Dona Jandira. Minas é assim, “sendo a vez, sendo a hora [...], entende, atende, toma tento, avança, peleja e faz”. Não é que o Sepultura, com aquele som de malucos, saiu do bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte e foi agitar platéias do mundo inteiro? Samba, rock, blues, jazz, música de raiz, calango, Beatles, tudo fica muito bem na voz de Marina Machado. Artista, sim, mas no palco é uma tsunami, vulcão em ação, talento jorrando nas platéias do mundo

Milton Nascimento percebeu logo e tratou de colocá-la ao seu lado. Revelou ao mundo o que Minas já sabia. Difícil imaginar Minas sem as violas de Chico Lobo, a prosa e a viola fantástica e caipira de Renato Andrade, de Pereira da Viola. Sem as vozes de Pena Branca e Xavantinho, sem o cavaquinho de Waldir Silva, de Ausier Vinícius. Qualquer som fica bem na guitarra de Toninho Horta, no sax de Nivaldo Ornellas, no piano de Túlio Mourão, na bateria de Neném.

Minas é assim: fluxo e refluxo, ausência e depois o mundo, uns vão, outros voltam. Perda não há. Os que ficam, continuam. Os que chegam, sabem o que fazer. Pode parecer pretensioso, mas é simples assim.

AEROPORTO, LUGAR DE

SENTIMENTOS MÚLTIPLOS.

TODOS INTENSOS.

ANSIEDADE E EXPECTATIVA.

MOVIMENTO E ESPERA.

AEROPORTO.

PESSOAS. PAÍSES. MUNDO.

ATRASOS.ENCONTROS.

COMPROMISSOS. TRABALHO.

LAZER. FÉRIAS.

CENÁRIO

Programar e produzir um calendário de atrações musicais para embalar, acalmar, entreter e apresentar um pouco da boa música produzida em Minas no embarque e no desembarque dos passageiros no Aeroporto Internacional Tancredo Neves .

OB

JE

TIV

O

Aumento de 20,4% na quantidade de passageiros transportados neste trimestre. Foram 2,018 milhões passageiros de janeiro a março deste ano, contra 1,68 milhões do ano passado.

CO

NFIN

S

Oferecer uma programação musical de bom gosto e de gêneros variados para os usuários do aeroporto de Confins. Jazz, blues, Samba, MPB, POP e Instrumental. Toda sexta, em 2 horários de pico, durante todo ano.

O QUE

QUEREMOS.

Rodica Blues Band

Juarez Moreira

Copo Lagoinha

Zé da Guiomar

Briga de Galo

Marina Machado

Kadu Vianna

Celso Adolfo

Rodrigo Borges e Gabriel

Guedes

Erika Machado

Affonsinho

Bobtostes

Pedacinho do

Céu

Célio Balona

Lúdica Música

Yan Guedes

Aline Calixto

Dona Jandira

Noli

Tavito

Vander Lee

Telo Borges

Chico Amaral

Toninho Horta

Tizumba

Adriano Campagnani

Flávio Henrique

Weber Lopes

Gilvan de Oliveira

Amaranto

ATRAÇÕES

Interna e externa

Usar os informativos internos do aeroporto para divulgar as ações para todas as pessoas que trabalham no aeroporto. É importante que eles saibam do projeto e conheçam nossos objetivos; Usar as mídias do aeroporto para divulgar o projeto; Criar um informativo do projeto com informações sobre todas as atrações convidadas, biografia, discografia e curiosidades sobre cada artista. Filmar e editar mini programas dos shows para veicular na TV aeroporto;

COMUNICAÇÃO E AÇÕES

Cota de Patrocínio R$ 200.000,00

Cota de Apoio R$ 100.000,00

Cota de Ativação R$ 50.000,00

COTAS

UM PROJETO