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Caderno de Apoio ao Educador - Historia de Vida 171011 2 · a história e a identidade de um povo, assim como a valorização do outro. Neste Caderno de Apoio, apresentamos elementos

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Realização

Comunicação e Cultura

Rua Castro e Silva, 121 - 60030.010 - Fortaleza

(85) 3455.2150 - [email protected]

www.jornalescolar.org.br

www.comcultura.org.br

Parceria

Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação

Instituto C&A

Comunicação e Cultura

Colaboração Institucional

Museu da Pessoa.

Direção Karen Worcman

Edição da Metodologia Simone Mattos de Alcântara Pinto

Edição

Daniel Raviolo

Conteúdo

Daniel Raviolo, Marina Mesquita, Silene Silvino,

Isabel Lima Conceição e Isabelle Câmara

Projeto Gráfico

Carlos Machado

Capa e contracapa

Gil Dicelli

Revisão de textos

Rafael Rodrigues da Costa, Vânia Monteiro Soares Riose Ana Karla Dubiela

Imagens

Arquivos Comunicação e Cultura

Fortaleza

2011

MAIS EDUCAÇÃO

Ministério daEducação

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Caderno de Apoio ao Educador

HISTÓRIA DE VIDA

(Inclui Sequência Didática, com planos de aula)

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Parceria firmada entre a Secretaria de Educação Básica do Ministério

da Educação, o Instituto C&A e a ONG Comunicação e Cultura

viabiliza o apoio aos professores e monitores do Programa Mais

Educação engajados na publicação de jornais escolares.

A estratégia contempla a distribuição de materiais pedagógicos, a

criação de sequências didáticas e o acompanhamento e formação a

distância. Há, ainda, suporte nas áreas de programação visual,

diagramação eletrônica e impressão.

I n fo r m a ç õ es a t ravé s d o p o r ta l w w w. j o r n a l es c o l a r. o rg . b r o u

escrevendo para [email protected]

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Introdução ................................................................................................... 007

História de vida ............................................................................................ 008

Memória individual, memória coletiva ........................................................... 008

Memória e História ...................................................................................... 009

História de vida como narrativa .................................................................... 012

Elementos do gênero textual História de Vida ............................................. 012

Outros tipos de textos narrativos ................................................................. 113

Sequência Didática História de Vida ............................................................ 014

Roteiro da Sequência .................................................................................. 015

Oficina 1 ...................................................................................................... 017

Oficina 2 ...................................................................................................... 019

Oficina 3 ...................................................................................................... 021

Oficina 4 ...................................................................................................... 023

Oficina 5 ...................................................................................................... 024

Oficina 6 ...................................................................................................... 026

Oficina 7 ...................................................................................................... 028

Oficina 8 ...................................................................................................... 031

Oficina 9 ...................................................................................................... 033

Oficina 10 .................................................................................................... 035

Oficina 11 .................................................................................................... 037

Oficina de pré-diagramação ......................................................................... 039

Oficina A ...................................................................................................... 043

Oficina B ..................................................................................................... 045

Material Didático .......................................................................................... 047

Sumário

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Introdução

Iniciamos esta série de Sequências Didáticas para o jornal escolar com o gênero textual Artigode Opinião, com o objetivo de permitir que os alunos vivenciassem a experiência da expressãopública, debatendo temas escolhidos por eles mesmos. Dessa maneira, ficava marcado o sentidodo jornal escolar, dentro de uma visão pedagógica que reconhece e promove a cidadania decrianças e adolescentes.

Na segunda sequência trabalhamos o gênero Notícia, orientando os alunos para um novo olharsobre o território, valorizando o bairro como um espaço vivo, onde acontecem inúmeros fatossignificativos, muitas vezes desconhecidos dos próprios moradores. Essa sequência propiciavatambém a valorização do jornal e seu uso na comunicação comunitária. A busca da integraçãoescola-comunidade é um pressuposto da educação integral no Programa Mais Educação.

Nesta terceira sequência, aprofundamos o investimento na valorização do território e de suacultura, e, consequentemente, no diálogo da escola com a comunidade. Os alunos recolherão eselecionarão histórias de vida contadas por moradores, para publicação no jornal. O trabalhocom memória oral propiciará aprendizagens em vários campos: domínio da língua escrita - poiso registro tem de ser competente - mas também compreensão da complexa trama que constituia história e a identidade de um povo, assim como a valorização do outro.

Neste Caderno de Apoio, apresentamos elementos conceituais sobre o gênero História de Vida,para orientação e formação do educador, junto com uma sequência didática com 11 planos deaula, para trabalhar a produção desse tipo de texto.

Também consta o roteiro de uma oficina - chamadas de "flutuante" - que acontece quando ojornal produzido anteriormente retorna da gráfica. Os alunos avaliam a publicação e escrevemrelatos de histórias que viveram por causa do jornal (são inseridas na nova edição que estásendo elaborada).

O Caderno de Apoio ao Educador traz, ainda, o material didático a ser utilizado nas oficinas.

A Sequência Didática foi construída com uma visão integral que prioriza a mobilização dosalunos, a construção da autonomia e o trabalho cooperativo. Para participar do acompanhamentoa distância, trocar ideias com outros educadores do Mais Educação e receber apoio, inscreva-se no ambiente de Formação a Distância do portal www.jornalescolar.org.br ou escreva [email protected].

Boa leitura e bom trabalho!

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História de VidaNesta sequência didática vamos trabalhar a produção de textos narrativos, construídos a partirhistórias de vida autobiográficas, relatadas aos alunos por pessoas da família, da comunidade oumesmo outros colegas. Vamos trabalhar, portanto, com o registro da memória oral.

A principal aprendizagem propiciada pelo trabalho com histórias de vida é a compreensão dooutro, que passamos a conhecer melhor. Essa aprendizagem está vinculada com o respeito àdiversidade. Cada história de vida tem o seu valor e a memória de cada um compõe e enriquece amemória coletiva de um grupo, ajudando a construir sua identidade.

Os conhecimentos adquiridos a partir de uma história de vida são diversos: podemos perceber asmudanças de uma cultura, a evolução da comunidade onde vivemos, a continuidade - ou não - dastradições familiares, o funcionamento das relações de poder e outros.

O registro da memória oral ajuda crianças e adolescentes, assim com os leitores do jornal esco-lar, a terem uma nova percepção da comunidade, como um tecido feito de histórias significativas.Os relatos dos próprios alunos, ao trazer à tona aspectos ou questões desconhecidas da suasvidas, reforçam os vínculos do grupo. A história deixa de ser apenas a história oficial, contida noslivros didáticos, para passar a ser algo vivo, que acontece no cotidiano. Os alunos percebem,ainda, que a história acontece em diferentes níveis, sendo um deles essa construção do territórioe do ambiente social onde as pessoas passam a maior parte de tempo.

Memória individual, memória coletiva

A memória individual "reúne as experiências, os saberes, as sensações, as emoções, os senti-mentos que, por um motivo ou outro, escolhemos para guardar. Cada um de nós carrega dentro desi suas vivências, impressões, acompanhadas de suas aprendizagens. Não guardamos tudo, poisa memória é sempre seletiva. A história de cada um de nós contém a história de um tempo, dosgrupos a que pertencemos e das pessoas com quem nos relacionamos."

A memória coletiva "é o conjunto de re-gistros eleitos pelo grupo como signifi-cativos, que estabelece sua identida-de, seu jeito de ser e viver o mundo edecorre dos seus parâmetros históricose culturais. A possibilidade de compartilhardessa memória é que dá a cada um o sensode pertencimento. Trata-se de uma relação cri-ativa e dinâmica entre o indivíduo e o grupo".

(Tecnologia Social da Memória. Para comunidades,movimentos sociais e instituições registrarem suashistórias. Fundação Banco do Brasil, Abravídeo eMuseu da Pessoa: São Paulo, 2009).

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Existe uma relação estreita entre a memória individual e a memória coletiva:

"O indivíduo carrega em si a lembrança, mas está sempre interagindo com a sociedade,seus grupos e instituições. É no contexto destas relações que construímos as nossaslembranças. A rememoração individual se faz na tessitura das memórias dos diferentesgrupos com que nos relacionamos. Ela está impregnada das memórias dos que nos cer-cam, de maneira que, ainda que não estejamos em presença destes, o nosso lembrar e asmaneiras como percebemos e vemos o que nos cerca se constituem a partir desse emara-nhado de experiências, que percebemos qual uma amálgama, uma unidade que pareceser só nossa. As lembranças se alimentam das diversas memórias oferecidas pelo grupo,a que o autor denomina 'comunidade afetiva'.

E dificilmente nos lembramos fora deste quadro de referências. Tanto nos processos deprodução da memória como na rememoração, o outro tem um papel fundamental.

Esta memória coletiva tem, assim, uma importante função de contribuir para o sentimen-to de pertinência a um grupo de passado comum, que compartilha memórias. Ela garanteo sentimento de identidade do indivíduo calcado numa memória compartilhada não só nocampo histórico, do real, mas, sobretudo, no campo simbólico.

A memória se modifica e se rearticula conforme posição que ocupo e as relações queestabeleço nos diferentes grupos de que participo. Também está submetida a questõesinconscientes, como o afeto, a censura, entre outros. As memórias individuais alimen-tam-se da memória coletiva e histórica e incluem elementos mais amplos do que a me-mória construída pelo indivíduo e seu grupo."

(KESSEL, Zilda, "Memória e Memória Coletiva", http://www.museudapessoa.net/oquee/biblioteca/zilda_kessel_memoria_e_memoria_coletiva.pdf, consultado em 30.10.2010).

Memória e história

O papel da memória é uma questão debatida entre historiadores. Inicialmente, as narrativas his-tóricas fundamentaram-se na tradição oral e na memória. Outro modelo preponderante a partirdo surgimento do pensamento iluminista no século XVIII, fez perder importância à consideraçãodas histórias vividas. O Iluminismo propaga a crença na ciência e nas verdades objetivas, àsquais se chega, em termos historiográficos, através da utilização de documentos escritos, princi-palmente. Desconfia-se dos relatos de história vividas por estarem condicionadas pela subjetivi-dade de quem relata.

No século XX, as contribuições de outras áreas - antropologia, sociologia, economia, permitiramoutros olhares sobre a história. Descobre-se a "história de longa duração" (a história das menta-lidades ou a do mercado, por exemplo) que convivem com outras histórias (a história institucionalde um país) que têm ciclos mais curtos e se movimentam em ritmos diferentes.

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"Incorporando as noções de tempo vivido, de tempos relativos e múltiplos [os fenômenoshistóricos] serão, finalmente, problematizados em um contexto mais amplo de rupturas,transformações sociais e mudanças culturais. A temporalidade da historiografia tradicio-nal, que compreendia os acontecimentos num espaço de tempo meramente cronológico,não seria mais suficiente para a interpretação da história: esta seria construída segundodiferentes ritmos. Em lugar do estrato superficial, mais importante seria o estudo emprofundidade das realidades que mudam devagar.

Concomitantemente à perspectiva da existência de diferentes durações históricas, assis-te-se também a uma intensificação do desejo de colocar a explicação no lugar da narra-ção, ao renascimento do interesse pelo evento, pela "micro-história" e pelo desenvolvi-mento de uma ‘história imediata’. (...) O universal, portanto, reside agora no fragmentá-rio, restando obsoletas as formulações deterministas ou supra-culturais.

Como corolário desses progressos epistemo-metodológicos, merece destaque a crescen-te revalorização da memória, tanto na esfera individual como nas práticas sociais, aomesmo tempo em que a história convive com uma ainda insuficiente reflexãohistoriográfica."

(FREITAS, Fabiano Junqueira e BRAGA, Paula Lou Ane Matos, "Questões introdutórias para uma discussãoacerca da história e da memória", Histórica, revista on line do Arquivo Público de São Paulo, edição nº 13de agosto de 2006, http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao13/

materia03/).

O resgate da memória como fonte historiográfica acontece concomitantemente com uma críticada história oficial. Ao lado da história que consta nos livros consagrados (inclusive ou sobretudonos livros didáticos) e é reconhecida socialmente como "verdadeira", há muitos outros relatos dehistórias ignoradas, transgressoras, complementares ou mesmo opostas à história oficial.

"É interessante ainda apontar que a memória é um objeto de luta pelo poder travadaentre classes, grupos e indivíduos. Decidir sobre o que deve ser lembrando e tambémsobre o que deve ser esquecido integra os mecanismos de controle de um grupo sobre ooutro. Desse embate resultam, entre outras, as escolhas sobre os currículos escolares. Oque será lembrado, que datas receberão atenção e comemoração, que histórias, conside-radas importantes para todos deverão integrar os livros e os saberes necessários aosalunos para receberem aprovação.(...)Durante muito tempo, os estudos de História privilegiaram os documentos escritos, osobjetos, enfim, os vestígios que possibilitassem ao historiador realizar o seu trabalho:compreender e construir a história apoiando-se nos documentos que garantiriam a vera-cidade dos acontecimentos e processos ali registrados. Os temas tratados privilegiaramos grandes movimentos e a história dos grupos dominantes das diferentes sociedades.Foi a partir de meados do século XX que grupos de historiadores começaram a questionarestes procedimentos, na medida em que eles baniam da História os grupos oprimidos,

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minoritários e os temas relativos ao cotidiano, às mentalidades e às experiências dosdiferentes grupos. Nesta perspectiva, seu foco voltou-se para a memória coletiva dosgrupos acessível, sobretudo, pela utilização das metodologias alternativas ao trabalhoestrito com documentos, como é o caso dos trabalhos apoiados na metodologia de histó-ria oral. Desta maneira, emergiram as histórias de mulheres, negros, trabalhadores, en-fim, a História, ao invés de se configurar numa grande narrativa comum a todos, passoua acolher e dar existência e visibilidade às várias narrativas."

(KESSEL, Zilda, "Memória e Memória Coletiva", http://www.museudapessoa.net/oquee/biblioteca/zilda_kessel_memoria_e_memoria_coletiva.pdf, consultado em 30.10.2010)

DONA GUIOMAR FERREIRA

Dona Guiomar Vieira da Silva, filha do Senhor Zito Vieira de Santana e Joana Alves deLima, nasceu em 23/03/39 na cidade de Valparaíso, interior de São Paulo, e depois foimorar no Paraná.

Conta Dona Guiomar que seus pais eram agricultores, plantavam arroz, feijão, café emilho... Ela ajudava nos afazeres, plantava e colhia. Na invernada, seus pais lidavamcom criação de animais. Também tinha tempo para as brincadeiras, ela brincava comboneca feita de milho.

Dona Guiomar estudou até a segunda série do antigo primário, hoje chamado ensinofundamental.

Em 1959, veio para São Paulo. Em 1971, já casada, morava no bairro do Ipiranga.

Conta Dona Guiomar que ela e o marido juntaram dinheiro para comprar um terrenojunto com um primo, no Jardim Romano. Com emoção, disse que quando chegou aquiteve vontade de voltar no mesmo caminhão que fez a mudança. As casinhas ficavamumas longe das outras, não tinham muro nem nada, parecia pasto! Aqui, as criançasbrincavam. As pessoas eram unidas e tudo era tranquilo, não existia medo como agora.

A escola do Jardim Romano era uma casinha pequenininha, não tinha a quarta série,então matriculou seus filhos no Jardim das Oliveiras. Era uma caminhada muito difícil!

Através do tempo, foi chegando muita gente. O marido quis mudar, mas ela não quis.Conta que falou ao marido que aqui tinha amigos, amizade com todo mundo! Aqui,os seus filhos tiveram infância com liberdade.

Contou-nos, sorrindo, sobre o tempo que fazia piquenique no Rio Tietê. Disse que orio era limpinho, a areia branquinha, depois começaram a tirar a areia em volta e asolarias faziam os tijolos para as pessoas que estavam comprando os terrenos. Com otempo, chegaram mais pessoas e não respeitavam o rio, jogavam lixo dentro. Atéhoje, passa a coleta de lixo, mas tem gente que joga o lixo no rio.

Depoimento colhido no site do Museu da Pessoa, www.museudapessoa.net,em 30.10.2010. Editado com alguns cortes.

http://www.museudapessoa.net/MuseuVirtual/hmdepoente/depoimentoDepoente.do?action=ver&idDepoenteHome=7610&forward=HOME_DEPOIMENTO_VER_GERAL

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História de Vida como narrativa

A História de Vida é colhida pelo aluno em uma narrativa oral, que deverá ser transcrita para umanarrativa escrita, respeitando as informações dadas pelo depoente. Possivelmente, o aluno ouvi-rá a história em primeira pessoa, devendo transcrevê-la para um relato em terceira pessoa.

"O tipo narrativo apoia-se em fatos, personagens, tempo e espaço. Relata mudanças deestado entre os fatos ou episódios, seja marcando essas mudanças nos tempos verbaisou não. Além disso, há uma relação de anterioridade e posterioridade entre os fatosnarrados e, frequentemente , esses fatos mantêm entre si uma relação de causa e efeito.Por isso, muitas vezes, a ordem em que se enuncia os fatos é relevante para a sequêncianarrativa."

GESTAR II, Caderno de Teoria e Prática 3, MEC, Brasília, 2006, p. 105

Elementos do gênero textual História de Vida

Narrador: No nosso caso será um aluno que irá, através do seu texto, contar aos leitores umahistória vivida por outra pessoa (depoente).

Depoente ou Contador da História: pessoa que relata sua história ao narrador

História de Vida: É o conjunto de ações e acontecimentos que se sucedem na história, encadea-dos entre si. Sem ação, não pode haver um texto narrativo.

Espaço ou ambiente: É o cenário onde acontece a história. A descrição do espaço, além de situaro leitor, ajuda-nos a entender melhor as personagens da história. Há três tipos de espaços.

O espaço físico é o espaço real, onde aconteceram os eventos.

O espaço social é o ambiente que rodeava as personagens - as outras pessoas da comunida-de, por exemplo.

O espaço psicológico, que consiste no sentimento das pessoas perante o espaço físico ousocial (uma criança do interior migra com a sua família à cidade e a paisagem urbana lheprovoca a tristeza de sentir que não mais poderá brincar nos cajueiros, por exemplo).

Tempo: É o "quando" da história. Há três tipos de tempo em uma história de vida:

O tempo cronológico é aquele em que se sucedem, na ordem em que aconteceram, as açõese fatos relatados.

O tempo psicológico, que não se mede em horas ou dias, mas é contado através dos senti-mentos (é o tempo que acelera ou demora demais a passar, por causa da ansiedade ou domedo, um tempo angustiante ou um tempo de felicidade...).

O tempo histórico é aquele que permite contextualizar os acontecimentos e fatos que serelatam. Por exemplo: "na época do Presidente Getúlio Vargas".

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Outros tipos de textos narrativos

Romance: Em geral é um tipo de texto que possui vários núcleos, sendo um deles principal. Váriashistórias acontecem ao mesmo tempo, vinculadas de um modo ou outro. É um texto longo eficcional.

Novela: muitas vezes confundida com o Romance, é um tipo de narrativa menos longa, com ape-nas um núcleo (acompanha a trajetória de apenas uma personagem). Tem uma extensão e umatrama narrativa mais complexas que o conto.

Conto: É uma narrativa curta, com um único núcleo e poucas personagens. Pode ter um caráterreal e/ou fantástico.

Crônica: É um texto curto, que narra fatos do cotidiano das pessoas, com interpretações do autor.Bastante utilizado nos jornais.

Fábula: Semelhante a um conto em sua extensão, tem como objetivo dar algum ensinamento deíndole moral. As personagens são animais humanizados, isto é, com comportamento de sereshumanos.

Parábola: É uma fábula com personagens humanas.

Anedota: É um gênero que tem como objetivo produzir o riso, através de uma história engraçadaou divertida. É gênero utilizado sobretudo oralmente.

Cordel: É uma história contada em verso. Bastante popular no Nordeste. Narrar histórias em versoé uma prática muito antiga: a Ilíada - que relata a Guerra de Troia- e a Odisseia – que conta asperipécias de um dos heróis na volta para casa – foram escritos dessa forma, no século VII a.C.

Os jogos de RPG (Role Playing Game), que dependem da interpretação dos jogadores, são base-ados em gênero narrativos.

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Sequência Didática História de VidaA Sequência História de Vida é composta de 11 oficinas de 1h20min.

Neste momento da produção do jornal escolar, os alunos já se conhecem bem, pois interagiramintensamente durante a preparação da primeira e segunda edição. Tudo pronto, então, para umaprofundamento da cooperação entre eles.

O educador também já conhece bem a turma, o que facilitará a aplicação desta nova sequênciadidática e o acompanhamento dos alunos que mais precisam do seu apoio.

A Sequência Didática História de Vida propõe atividades que levam os alunos a valorizar a históriado outro e a encontrar nos relatos dessas vivências a trama da cultura comum. Desse modo, ojornal escolar reforça sua contribuição para a percepção da riqueza do espaço comunitário.

Recomendamos que as oficinas sejam acompanhadas na íntegra. Caso contrário, existe o risco deencaminhamentos importantes serem esquecidos ou de se quebrar a lógica sequencial. O trabalhoperderia, assim, a sua coerência. Cabe ao educador, logicamente, fazer as adaptações que julguenecessárias.

***

Os alunos iniciam esta sequência didática imediatamente após finalizar asequência anterior (Notícia) durante a qual produziram a segunda edição dojornal.

Como atividade complementar, umasemana depois de iniciar o trabalhocom História de Vida, são afixadosna escola os cartazes feitos duranteo ciclo de anterior de oficinas, parapreparar a chegada do jornal naescola.

Quando o jornal retorna da gráfica, asequência é interrompida para dar lugara duas oficinas, durante as quais os alunos avaliama publicação e colhem depoimentos na comunidadee na escola, que serão divulgados na nova edição queestão preparando.

Público a que se destinam.

As oficinas estão direcionadas aos alunos das séries finais do Ensino Fundamental e do EnsinoMédio. Caso não seja esse o público do Programa Mais Educação na escola, o educador deveráfazer as adaptações necessárias.

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Roteiro da Sequência

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Tempus fugit 1

1 Tempus fugit éuma expressãolatina que significa“O tempo foge”,traduzida normal-mente como “otempo voa”. Foiusada pela primeiravez nas Geórgicas,obra do poetaromano Virgílio (70a.C. – 19 a.C.).“Mas ele foge:irreversivelmente otempo foge”.Fonte: Wikipédia.

O “tempo que voa” é um dos piores inimigos do educador. Com efeito,

os melhores planos de aula são frequentemente desconstruídos pelos

minutos que fogem na ponta dos pés, dissimuladamente, enquanto o

educador demora em uma das etapas de sua proposta de trabalho...

Com isso, atividades que seguem na sequência do plano de aula, e

que precisam de tempo para o diálogo e a assimilação, acabam tendo

de ser realizadas às pressas. Boa parte do esforço do educador

perde-se, assim, irremediavelmente.

Por isso, recomendamos o uso de um relógio de pulso e a atenção ao

tempo programado para cada atividade. Um aluno pode auxiliar o

educador nesse controle.

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PLANO DE AULAAtividade Duração Material

OBJETIVORetomar as atividades, introduzindo a reflexão sobre o conceito de Memória.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.- Leitura do conteúdo conceitual deste Caderno.

SÍNTESE DA OFICINA1. Retomada.2. História do nome.3. Conceituar Memória.4. Reflexão sobre aspectos interessantes de Histórias de Vida de pessoas mais velhas.

05 min

Oficina 01/11

Sequência Didática História de Vida

15 min

Folhas depapelsulfitecoloridas ecanetas.Lousa egizcolorido

RETOMADA

Informe sobre o andamento da segunda edição (envio do jornal para agráfica, previsão de retorno, o que foi decidido sobre distribuição etc.).Anuncie que o grupo irá começar a preparar uma nova edição do jornal.

A HISTÓRIA DO MEU NOME

Os alunos contam a origem de seus nomes. Por que os pais ou outraspessoas escolheram seus nomes?

Alguns alunos relatarão que receberam seus nomes por referênciasfamiliares, outros porque estavam na moda quando nasceram, outrospor "invencionice" familiar. O educador vai "puxando" as histórias queaparecem.

Haverá alunos que não terão nenhuma história para contar. Deixe claroque isso é absolutamente normal, pois muitas vezes os pais escolhemos nomes "à toa".

No final da atividade, pergunte aos alunos o que conheceram sobreseus colegas a partir dessas histórias.

CONCEITUANDO MEMÓRIA

1. Explique aos alunos que se fez uma "viagem ao passado", aomomento em que os pais escolheram seus nomes. O grupo trabalhousobre um pedacinho de história que é propriedade de cada um.

25 min

MaterialDidático

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2. Pergunte para os alunos o que eles sabem sobre Memória. Deixeque se manifestem e vá anotando no quadro as ideias maisimportantes.

3. Explique o conceito de Memória, utilizando/dialogando com asanotações do quadro.

4. Em seguida, peça que os alunos acompanhem no Material Didáticoo tópico sobre Memória. Após a leitura, certifique-se se todosentenderam e esclareça as dúvidas.

ESTÍMULO PARA A REFLEXÃO

1. Pergunte: "Quais são as coisas interessantes que uma pessoa maisvelha pode nos contar"?

2. Anote no quadro as respostas mais interessantes.

Para estimular a reflexão e fazer uma ponte com a sequência didáticaanterior, peça para os alunos pensarem na pessoa que entrevistarampara escrever a notícia. O que ela poderia contar da sua vida?

3. Terminado esse momento, passe a explorar o Material Didático (Oquê uma pessoa mais velha pode nos contar?).

TEMPESTADE DE IDEIAS

1. Explique que o jornal vai publicar Histórias de Vida contadas porpessoas da família, da escola ou da comunidade.

2. Peça para os alunos concentrarem o pensamento em uma pessoada qual gostam ou acham que tenha coisas interessantes para contar.

3. Peça para anotarem o nome dessa pessoa no caderno e as coisasque eles se lembrem que ela viveu ao longo da sua vida. Soliciteque escrevam o maior número possível de situações.

TAREFA DE CASA: Peça para os alunos ficarem pensando em outrascoisas interessantes que essa pessoa poderia contar.

DICA: Na oficina seguinte, irá acontecer a leitura de uma História deVida contida no Material Didático.

Caso seja possível, pode substituir esta atividade convidando alguémpara vir até a escola no horário da oficina e contar sua história à turma,realizando uma rodada de perguntas.

20 min

15 min

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CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA | 19

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HISTÓRIA DE VIDA1. Explique que o dia será dedicado a ouvir Histórias de Vida.2. Organize uma roda de leitura e solicite que os alunos leiam uma

das Histórias de Vida que está no Material Didático. A leitura éindividual e posteriormente coletiva (em voz alta, por trechos).

3. Após a leitura, inicia-se a conversa sobre o texto:- o que os alunos acharam?- acham que as pessoas iriam se interessar por essa história?

Chame atenção para o fato de que todos têm histórias para contar.Histórias pessoais podem esclarecer aspectos importantes dopassado.OBSERVAÇÃO: é possível substituir esta atividade pelo depoimentode alguma pessoa convidada especialmente para contar sua históriaaos alunos. Nesse caso, organize a turma em círculo, peça silêncio eatenção, e deixe que o convidado conte a sua história. No fim dacontação, faça uma ou duas perguntas e deixe que alguns alunos façamtambém perguntas, controlando o tempo disponível.

AQUECENDO A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS1. Peça para os alunos apresentarem aos colegas a pessoa que

gostariam de entrevistar para contar a história de vida. Solicite queolhem no caderno.

PLANO DE AULAAtividade Duração Material

OBJETIVOConhecer o gênero textual História de Vida.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.- Leitura da História de Vida do Material Didático.

SÍNTESE DA OFICINA1. Leitura de História de Vida do Material Didático, seguida de discussão.2. Rodada de contação de histórias.

Sequência Didática História de Vida

30 min

Oficina 02/11

MaterialDidático

45 min

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20 | CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA

20

2. Os alunos explicam o porquê da escolha (qual é a história que apessoa pode contar).

TAREFA DE CASA- Os alunos devem confirmar na próxima aula o nome da pessoa que

irão entrevistar.- Lembre que as pessoas que entrevistaram para pedir uma notícia

para a edição anterior do jornal podem ter uma boa história para contar.- Aconselhe que perguntem a seus familiares e amigos se eles

conhecem pessoas que tenham histórias interessantes para contar.

05 min

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CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA | 21

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PLANO DE AULAAtividade Duração Material

OBJETIVOConstruir os roteiros de entrevistas.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.- Leitura do Roteiro de Entrevistas do Material Didático.

SÍNTESE DA OFICINA1. Listar as Histórias de Vida.2. Construir um roteiro de entrevistas.

Sequência Didática História de Vida

05 min

Oficina 03/11

MaterialDidático

30 min

ACOLHIDA1. Lembre à turma que na terceira edição do jornal serão publicadas

Histórias de Vida de pessoas que tenham lembranças interessantespara contar.

2. A atividade do dia será organizar a escrita dessas Histórias de Vida.

LISTANDO HISTÓRIAS1. Escreva no quadro, em três colunas:

Contador - Assunto - Responsável2. Em seguida, peça para os alunos dizerem os nomes das pessoas

que escolheram para contar uma história e o assunto e vá registrando.

CONSTRUÇÃO DO ROTEIRO DAS ENTREVISTAS (I)1. Para facilitar a compreensão da importância do roteiro de perguntas

a partir do imaginário, será utilizada a imagem de um bombom.Explique que todo bombom tem dois componentes: o recheio e acobertura.O "recheio" é o núcleo da história, é o motivo que nos leva aentrevistar uma pessoa.A "cobertura" envolve o recheio e ajuda a dar o gosto.

Os bombons mais gostosos têm esses dois componentes, do mesmojeito que as histórias melhor contadas.

20 min

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22 | CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA

22

25 min

2. Realize a apropriação com os alunos do item Preparando o Roteiroda Entrevista do Material Didático.

3. Escolha uma ou duas histórias propostas pelos alunos e conduzauma preparação coletiva do roteiro de entrevista, seguindo o modeloabaixo, que deverá desenhar no quadro:

OBSERVAÇÃO: É aconselhável escolher as histórias dos alunos maisavançados para fazer essa adaptação. Esses alunos darão apoio aosdemais, na atividade seguinte.4. Questione qual é o núcleo do bombom (da história).

Escreva no círculo central a(s) pergunta(s) que levará o narrador acontar sua história.

5. Pergunte qual é a cobertura do bombom (contexto da história).Peça para os alunos formularem pelo menos quatro perguntas,escrevendo-as nos segmentos do círculo exterior.

DICA: Fique atento, pois alguma pergunta pode ser, na verdade, umcomplemento da pergunta principal. Nesse caso, agregar ao círculocentral.

CONSTRUÇÃO DO ROTEIRO DAS ENTREVISTAS (II)1. Exercício individual de preparação de roteiros de entrevistas.

Os alunos fazem no caderno um desenho igual ao apresentadoanteriormente e preparam as perguntas. Os dois alunos maisavançados, que tiveram seus roteiros preparados coletivamente,ajudam os colegas.

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CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA | 23

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OBJETIVOCapacitação para a realização das entrevistas

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.- Leitura do tópico Organizando a Entrevista, do Material Didático

SÍNTESE DA OFICINA1. Aperfeiçoamento do roteiro de entrevista.2. Treinamento para o registro das entrevistas.

Sequência Didática História de Vida

INÍCIO.Informe que o dia será dedicado à preparação de uma boa entrevista.

APERFEIÇOAMENTO DO ROTEIRO1. Forme trios de alunos. Cada um lê as perguntas que preparou para

sua entrevista. Os colegas indicam outras perguntas possíveis.2. Cada aluno passa a limpo seu roteiro de perguntas.

ORGANIZANDO A ENTREVISTA1. Anuncie que a tarefa de casa será fazer a entrevista.2. Explique como organizar a entrevista, com ajuda do Material Didático.

TREINANDO O REGISTRO DA ENTREVISTAA tarefa é feita por duplas.1. Um aluno conta para outro suas lembranças do seu primeiro dia de

aula. O outro aluno vai perguntando e escrevendo.2. Uma vez completado o relato, invertem-se os papéis; quem estava

contando passa a perguntar e escrever.3. Terminada essa etapa, o primeiro aluno a escrever lê para o colega

suas anotações, verificando se estão completas. A seguir, invertem-se os papéis.

TAREFA DE CASAOs alunos devem entrevistar a pessoa que escolheram para contar ahistória, seguindo o roteiro de perguntas que prepararam. Trazem oresultado para a próxima oficina.

PLANO DE AULAAtividade Duração Material

05 min

25 min

Oficina 04/11

40 min

10 min MaterialDidático

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24 | CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA

24

OBJETIVOPrimeira redação

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.

SÍNTESE DA OFICINA1. Realização da primeira escrita.2. Leitura atenta dos textos produzidos.

Sequência Didática História de Vida

INÍCIOInicie uma conversa sobre as entrevistas. Todo mundo fez? Foiprazeroso? Tiveram dificuldades?

PRIMEIRA ESCRITA1. Explique que no Material Didático consta um roteiro para facilitar a

escrita da História de Vida. Explique o roteiro.2. Peça para os alunos organizarem as informações coletadas na

entrevista seguindo esse roteiro. A escrita é feita em folhas soltas.3. No final da atividade, recolha os textos produzidos.

LEITORES ATENTOS1. Informe que todo mundo vai ser agora um leitor atento dos textos

produzidos pelos colegas, para ajudar com dicas que permitamaperfeiçoar as histórias.

2. Forme trios de alunos. Distribua os textos escritos na atividadeanterior (nos grupos), para cada equipe revisar, seguindo os tópicosabaixo. Ninguém revisa seu próprio texto.- A pessoa que viveu a história está bem apresentada? O que falta?- As outras pessoas importantes da história são apresentadas? O

que falta?- Há uma apresentação do que pensavam ou sonhavam as

pessoas que viveram a história?

PLANO DE AULAAtividade Duração Material

05 min

40 min MaterialDidático

Oficina 05/11

35 min

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CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA | 25

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- Os fatos estão relatados em uma sequência correta? Sentiramfalta de alguma coisa para o leitor entender?

- O lugar onde acontece a história está bem descrito?3. Escreva no quadro uma pergunta do roteiro e peça para os alunos

comentarem cada texto a esse respeito, em uma folha solta, paracada um dos textos que revisam.Somente quando todos os grupos terminarem com uma questão, aoutra é escrita no quadro. Repita o procedimento com todas asperguntas.

4. Recolha todos os comentários e entregue aos alunos, junto comseus textos.

FINALIZAÇÃOOs textos e os comentários ficam com os alunos. Anuncie que napróxima aula será feita a reescrita. Aconselhe os alunos a procuraremmais informações com as pessoas que contaram as histórias, casoestejam faltando.

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26 | CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA

26

OBJETIVOFixar os conhecimentos sobre gramática e realizar a reescrita do texto.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.- Leitura dos Tópicos sobre Gramática do Material Didático.

SÍNTESE DA OFICINA1. Relembrar os conhecimentos de Gramática.2. Reescrita dos textos.

Sequência Didática História de Vida

ACOLHIDAA atividade do dia será reescrever a História de Vida a partir doscomentários feitos pelos colegas e, também, das noções de gramáticaque o grupo vem trabalhando.

REMEMORANDO FRASES E CONECTIVOS1. Forme duplas de trabalho.

- Frases e Conectivos2. Pergunte: quem lembra o que é uma frase? Quais são os dois

elementos mais importantes para que uma frase esteja bem escrita?- Não colocar na mesma frase duas ideias ou informações que

"batem cabeça".- As ideias que estão na mesma frase devem estar ligadas com

conectivos (o educador pode escrever alguns conectivos no quadro).3. Peça que os alunos leiam seus textos e marquem as frases onde

duas ideias ou informações diferentes "batem cabeça". repetição4. Depois, peça para marcar as frases onde é necessário melhorar as

conexões entre as ideias.

REMEMORANDO PARÁGRAFO1. Lembre à turma que na preparação da Notícia, trabalhamos

parágrafo.

PLANO DE AULAAtividade Duração Material

02 min

20 min MaterialDidático

Oficina 06/11

25 min MaterialDidático

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CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA | 27

27

10 min

05 min

2. Para lembrar, peça para acompanharem no Material Didático.Certifique-se se todos entenderam, e tire as dúvidas.

3. Peça para os alunos observarem se os parágrafos que escreveramnão precisam ser modificados (juntando-os ou separando-os).Solicite que marquem no texto.

CAÇA ÀS PALAVRAS REPETIDAS1. Explique que um defeito bastante comum na escrita é repetir a

mesma palavra várias vezes, mas que isso é fácil de resolver.2. Essas palavras podem ser substituídas por sinônimos (palavras

diferentes que significam a mesma coisa). Também se pode darum jeito na frase, para que a palavra repetida deixe de sernecessária.

SINÔNIMOS. Peça que acompanhem no Material Didático e faça umabreve explanação:

- Sinônimo é uma palavra que tem um significado idêntico ousemelhante ao de outra. Os sinônimos enriquecem o vocabuláriocom novos sentidos ou associações. Também tornam possívelevitar a repetição e a monotonia em um texto.

3. Peça que sublinhem em seus textos as palavras que se repetem namesma frase.

Dica: é interessante levar para essa oficina alguns dicionários. Casoconsidere necessário, ensine como utilizar.

REESCRITA1. Os alunos reescreves suas histórias aproveitando os comentários

feitos na oficina anterior (cada aluno deve ter sua folha decomentários) e as marcações de gramática que acabam de serrealizadas.

2. Auxilie os alunos com maiores dificuldades. Os alunos podemmostrar suas redações uns aos outros.

FINALIZAÇÃOOs textos ficam com os alunos que poderão seguir aprimorando-osem casa, inclusive procurando mais informações junto às pessoas quecontaram a História de Vida.Anuncie que na próxima oficina será feita a seleção dos textos que irãopara o jornal.

03 min

MaterialDidático

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28 | CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA

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OBJETIVOCriar os títulos das Histórias de Vida e selecionar os textos que serão publicados.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.

SÍNTESE DA OFICINA1. Produzir títulos criativos2. Selecionar os textos que serão publicados.

Sequência Didática História de Vida

ACOLHIDA

Informe que as atividades do dia serão: criar as manchetes e selecionaras histórias a serem publicadas.

TÍTULOS CRIATIVOS

1. Um título chamativo desperta a curiosidade do leitor. Exemplos:- Título: Pai por um jogo.

Conta a história de um garoto apaixonado por futebol, que pedia asenhores que conhecia antes dos jogos que dissessem que eramseus pais para ajudá-lo a entrar no estádio.

- Título: Tem boi na linhaConta a história da festa de um casamento que foi invadida porum boi.

2. Divida a turma em tr ios e sol ici te que cada aluno conteresumidamente sua história aos colegas e, juntos, criem títuloscriativos.

3. Ao finalizar, todos contam os títulos que construíram, relacionando-os com a história em questão.

SELEÇÃO

OBSERVAÇÃO: Veja na página 30 as indicações para calcular quantostextos entram no jornal. Para estimar a quantidade de Histórias de Vidaa selecionar, é necessário descontar os Artigos de Opinião, que serãoproduzidos na oficinas 8, 9 e 10.

PLANO DE AULAAtividade Duração Material

05 min MaterialDidático

40 min

Oficina 07/11

35 min

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CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA | 29

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Explique aos alunos que nem todas as histórias podem ser publicadasno jornal, porém todas as produções são importantes e poderão serdivulgadas na escola através de um mural.

1. A turma é dividida em quartetos ou quintetos (o tamnho dos gruposvai depender da quantidade de textos que é possível publicar). Cadagrupo troca seus textos com o vizinho.

2. Os alunos escolhem o texto que mais gostaram.

3. Um representante de cada grupo lê o texto escolhido para a turma,explicando o porquê da escolha.

IMPORTANTE

O Projeto Editorial do Jornal pode reservar um espaço para oeducador publicar textos dos alunos que ele mesmo escolher.

Esta é a terceira edição do jornal e alguns alunos ainda nãoparticiparam. Será que é justo?

Esclarecer a situação antes da votação. Caso contrário, osalunos podem pensar que houve "marmelada" e o educadorperde a confiança do grupo.

TAREFA DE CASA

Os alunos que tiveram Histórias de Vida selecionadas devem conversarnovamente com as pessoas entrevistadas, perguntando se asinformações estão corretas e se elas gostariam de incluir outras.Devem também solicitar uma foto para publicar no jornal.

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30 | CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA

30

Em um jornal de quatro páginas tamanho A4 é pos-

sível inserir 38 textos como o que consta ao lado

(supondo que 20% do espaço do jornal já esteja ocu-

pado por ilustrações ou textos manuscritos). Se o jor-

nal tiver oito páginas serão 76 textos, e assim por

diante.

O texto do exemplo tem 651 caracteres. Esse é um

tamanho médio (alguns textos poderão ser maiores,

outros menores).

Quantos textos selecionarpor turma?

Primeiro determine quantas páginas serão ocupadas pelos alunos do Mais Educação. Lembreque o jornal pode reservar espaço para outros textos: produzidos pelos alunos do turno, textoslivres, comunicados da direção, do Grêmio etc. Veja a esse respeito o Guia do Jornal Escolar.

Quantos textos selecionar de cada turma?

Situação A.: As quatro páginas do jornal ficam para os alunos do Mais Educação. Bastadividir 38 pela quantidade de turmas:

A escola tem 6 turmas. Cada turma pode publicar 38 dividido por 6 = 6,3 textos,que arredondamos para 7.

Situação B: Apenas três páginas ficam para os alunos do Mais Educação.

Primeiro calculamos quantas textos entram nessas páginas aplicando uma regrade três:. 38 dividido por 4 x 3 = 28,5 textos, que arredondamos para 29 textos.

Se temos 6 turmas do Mais Educação, por exemplo,cada turma pode publicar 29dividido por 6 = 4,8 textos, que arredondamos para 5.

Situação C: o jornal tem mais de 4 páginas. Utilizam-se os procedimentos anteriores,aumentando a base de cálculo para 76 textos (jornais de 8 páginas); 114 textos (jornais de12 páginas) etc.

O que acontece se o tamanho médio dos textos for diferente?

Textos maiores: diminui a quantidade que pode ser publicada. Exemplo: se os textos forem dodobro de tamanho, caberão apenas 19 textos (38 dividido por 2).

Textos menores: aumenta a quantidade que poderá ser publicada. Exemplo: se os textos foremde metade do tamanho, caberão 76 textos (38 x 2).

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CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA | 31

31

OBJETIVOReescrita das Histórias de Vida selecionadas e preparação do grupo para escrever Artigos deOpinião.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.- Leitura do tópico sobre Artigo de Opinião para o material Didático.

SÍNTESE DA OFICINA1. Reescrita das Histórias de Vida selecionadas.2. Rememorar o gênero textual Artigo de Opinião.

Sequência Didática História de Vida

Forme dois grupos de trabalho, como segue:

GRUPO 1 - REESCRITA DAS HISTÓRIAS DE VIDA SELECIONADASEste grupo é formado pelos alunos que tiveram Histórias de Vidaselecionadas para publicação.1. Os alunos leem seus textos e analisam, seguindo o roteiro que está

no Material Didático2. Feito isso, cada aluno faz uma reescrita individual, para aprimorar

seu texto. Os textos ficam com o educador.OBSERVAÇÃO: os alunos que mais dominam a escrita podem atuarcomo monitores deste grupo, para ajudar no aprimoramento domesmo.Quando os alunos terminarem seus textos, juntam-se à atividade dosegundo grupo.

GRUPO 2 - RELEMBRANDO ARTIGO DE OPINIÃO1. Enquanto os alunos que tiveram Histórias de Vida selecionadas

reescrevem seus textos, explique ao restante da turma que o jornalpublicará opiniões sobre temas que sejam relevantes e polêmicos.A turma irá escrever Artigos de Opinião.

2. Proponha uma leitura coletiva do texto Artigo de Opinião, que constano Material Didático.

PLANO DE AULAAtividade Duração Material

Oficina 08/11

20 min

20 min

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32 | CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA

32

30 min

Enfatize o fato de que se deve escrever sobre temas polêmicos, quecausam controvérsia, ou seja, que podem originar um debate de ideias.Para ilustrar, escreva no quadro: OPINIÃO = POLÊMICA

TEMPESTADE DE IDEIAS1. Proponha aos alunos que identifiquem temas relacionados à escola,

à comunidade ou ao mundo, que mereçam ser discutidos. Estimulea participação da turma, de modo que todos os participantes digam,pelo menos, um tema. Anote no quadro as ideias que surgem.

2. Inicia-se uma conversa sobre cada tema proposto: Qual a relevânciadesse tema? É um tema polêmico? O tema interessa ao público dojornal?

3. Ao final da atividade, explique aos alunos que esse foi um exercíciode aquecimento para a escolha dos temas.

Estimule os alunos a "ficarem ligados" no que está acontecendo, poisna aula seguinte eles deverão falar sobre o tema escolhido.

TIPOS DE ARGUMENTO1. Leitura e apropriação da tabela que consta no Material Didático.

TAREFA DE CASAOs alunos deverão escolher o tema sobre o qual irão escrever e trazê-lo na próxima aula. Solicite, ainda, que eles comecem a pensar quaisargumentos farão parte de seus textos.

25 min MaterialDidático

05 min

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CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA | 33

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OBJETIVOApresentar os temas sobre os quais os alunos irão opinar e escrever os Artigos de Opinião.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.- Leitura do tópico sobre Gramática do Material Didática.

SÍNTESE DA OFICINA1. Apresentação das propostas.2. Relembrar os conhecimentos adquiridos sobre gramática.3. Escrita dos textos.

Sequência Didática História de Vida

APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS E AVALIAÇÃO DOSARGUMENTOS1. Cada aluno apresenta o tema que escolheu para opinar no jornal e

explica o porquê. Após cada apresentação, o educador encaminhauma conversa:- O tema provoca polêmica? Alguém precisa mudar de atitude e

ser convencido?2. Solicite que, em uma folha solta, cada estudante escreva o tema

sobre o qual quer opinar, seu ponto de vista e, pelo menos, doisargumentos para defender suas ideias.

3. Divida a turma em pares. As duplas trocam seus textos. Peça queos alunos avaliem os argumentos dos colegas, a partir dasseguintes questões, que escreve no quadro:- Os argumentos são convincentes? Dê uma nota de 0 a 5.- Indique um argumento que convença o leitor do texto.

4. Ao fim da atividade, as folhas com os comentários voltam para osautores da proposta.

PLANO DE AULAAtividade Duração Material

45 min

Oficina 09/11

ESCRITA.1. Os alunos escrevem seus textos. Peça para olharem o esquema

que consta no Material Didático (recomenda-se reproduzir noquadro).Acompanhe e dê apoio, focando nos alunos com maioresdificuldades.

35 min MaterialDidático

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34 | CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA

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Neste momento, revise os textos e oriente os alunos a utilizaremas recomendações de Gramática do Material Didático. Estimule osalunos a trabalharem cooperativamente, mostrando seus textos unspara os outros.

TAREFA DE CASA: Indique aos autores que procurem mais argumentospara aperfeiçoar seus textos.

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CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA | 35

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OBJETIVOReescrita dos Artigos de opinião e seleção dos textos que serão publicados no jornal.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.

SÍNTESE DA OFICINA1. Autoavaliação dos textos.2. Reescrita.3. Seleção.

PLANO DE AULAAtividade Duração Material

05 min

25 min

Sequência Didática História de Vida

ACOLHIDAExplique que o dia será dedicado à reescrita dos artigos de opinião e àseleção dos textos que serão publicados no jornal.

AUTOAVALIAÇÃO - GRAMÁTICA1. Solicite que a turma revise os seus textos, baseando-se nas

indicações abaixo, a serem escritas no quadro.- Marcar as frases onde duas ideias diferentes "batem cabeça".- Circular as passagens do texto onde é necessário melhorar as

conexões.- Marcar no texto os parágrafos que precisam ser separados ou

unificados.- Sublinhar as palavras que se repetem na mesma frase.

2. Circule pela sala e auxilie os alunos com maiores dificuldades.

REESCRITA1. Após todos concluírem, solicite que os alunos reescrevam seus

textos, com base em suas anotações da atividade anterior e nosargumentos pensados ou pesquisados em casa.

SELEÇÃO1. Explique que os alunos que tiveram Histórias de Vida selecionadas

não poderão publicar Artigos de Opinião, para que outros estudantestenham oportunidade de publicar seus textos.

Oficina 10/11

20 min

30 min

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36 | CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA

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2. Divida a turma em trios, que recebem três textos de opiniãoproduzidos por outros colegas (excluídos os textos dos alunos quejá participam do jornal com Histórias de Vida).

3. Peça para avaliarem, com base nos itens abaixo, que deverão serescritos no quadro:- O tema é importante?- Fala da comunidade ou da escola?- Está bem argumentado?

4. Cada trio seleciona um ou dois textos.

OBSERVAÇÃO: A quantidade total a ser selecionada em cada turmadeverá ser definida pelo educador antes de iniciar a aula.

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CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA | 37

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OBJETIVOProduzir títulos para os Artigos de Opinião, avaliar o trabalho feito e produzir cartazes de divulgação.

Esclarecimento: algumas turmas realizam esta oficina, enquanto outra faz a pré-diagramação.O Plano de Aula da oficina de pré-diagramação é apresentado a seguir.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.

SÍNTESE DA OFICINA1. Produzir títulos interessantes para os textos.2. Avaliar o desempenho do grupo.3. Produzir cartazes para divulgar o jornal.

PLANO DE AULAAtividade Duração Material

05 min

30 min

Sequência Didática História de Vida

Oficina 11/11

30 min

ACOLHIDAAnuncie que este será o último encontro referente à terceira edição dojornal. Explique que, além de criar os títulos dos artigos de opiniãoselecionados, o dia será dedicado aos processos de avaliação.

CRIANDO TÍTULOS INTERESSANTES1. Divida a turma em equipes, de forma que possa ser entregue a

cada uma delas um artigo de opinião.2. Solicite que as equipes leiam os artigos e criem dois ou três títulos

possíveis para os textos. Incentive-os a soltarem a criatividade. Qualé o título que mais chamará a atenção dos leitores?

3. Quando todos concluírem, peça que as equipes, uma de cada vez,leiam para o grupão os títulos que criaram. Organize uma votaçãopara escolher o título mais criativo entre as opções apresentadas eescreva no quadro o resultado.

AVALIAÇÃO DO GRUPO.1. As mesmas equipes da atividade anterior vão conversar sobre os

pontos abaixo, que devem ser escritos no quadro:- Em quê o grupo avançou na produção do jornal?- Onde é preciso melhorar?

2. As equipes conversam e escrevem os pontos principais. Emseguida, escolhem o orador do grupo, que deverá contar para ogrupão as conclusões às quais chegaram. Debate.

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38 | CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA

38

05 min

20 min Cartolinas,lápis decor,canetinhas,tesoura,cola erevistas.

MURAL1. Distribua cartolinas, lápis de cor, canetinhas, tesoura, cola e revistas

para recortar para as mesmas equipes da atividade anterior.2. Solicite que os grupos criem cartazes criativos, para divulgar a

terceira edição do jornal. Os cartazes ficam com o educador, paraserem afixados posteriormente (antes da distribuição do jornal).

FINALIZAÇÃO1. Ao fim da oficina, o educador parabeniza a turma e solicita uma

salva de palmas.

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OBJETIVOFazer a pré-diagramação do jornal (determinar em que página será publicado cada texto eilustração).

PREPARAÇÃO

Ler o Plano de Aula e conteúdo da página 41 (Pré-diagramação) Trazer para a oficina os textos escolhidos pelas diferentes turmas, já digitados e impressos

(se não conseguiu fazer isso, veja na página 41 como trabalhar com textos manuscritos) Contar e anotar a quantidade de linhas ao lado de cada texto. Trazer os desenhos e ilustrações escolhidos para esses textos (grampeados aos textos

respectivos).

SÍNTESESeleção de textos e ilustrações para cada página.Preparação do esboço da diagramação de cada página.

10 min

30 min

PLANO DE AULAAtividade Duração Material

INTRODUÇÃO.

Explique ao grupo o trabalho do dia (pré-diagramação).

SELEÇÃO PARA A PRIMEIRA PÁGINA - ESTRATÉGIA DO FUNIL

- No primeiro momento, cada aluno recebe dois ou três textose seleciona aquele que considera mais importante ouinteressante para a primeira página do jornal. Devolve parao educador os textos que sobraram.

- A seguir, os alunos se juntam em trios, socializam os textosque escolheram na atividade individual anterior, e escolhemapenas um para a primeira página. Devolvem para oeducador os textos que sobraram.

- Os alunos podem solicitar a publicação de mais de um texto,caso considerem que são igualmente importantes.

OBSERVAÇÃO: Evite que sejam selecionados para primeira páginaapenas textos da própria turma que está fazendo a pré-diagramação(“panelinha”).

Sequência Didática História de Vida

Oficina de pré-diagramação

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40

SEGUNDA FASE.

Organize os alunos em dois grupos.

Grupo A. Cinco alunos vão trabalhar na primeira página. Elesrecebem os textos escolhidos na atividade anterior e os desenhos efotos correspondentes:

- verificam se os textos cabem na primeira página (informarquantas linhas eles devem ter, veja página ao lado); caso sobremtextos, repassam para o grupo B;

- escolhem as ilustrações que desejam publicar (deverão subtrair,da área disponível para textos, o espaço que elas ocupam);

- fazem o esboço de diagramação (dedicar alguns minutos aexplicar como se faz, com a ajuda dos modelos da página 42).

OBSERVAÇÃO: Os autores dos textos selecionados para a primeirapágina não participam deste grupo.

Grupo B. Demais alunos:

- inicialmente, agrupam os textos que sobraram por temas afins;

- a seguir, escolhem as páginas onde esses textos serãopublicados;

- determinam onde serão publicados os textos "soltos" (aquelesnão agrupados por tema).

OBSERVAÇÃO: Acompanhe o trabalho deste grupo para evitar quese coloque uma quantidade excessiva de textos em uma página epoucos em outra.

TERCEIRA FASE.

1. Forme uma equipe para cada página do jornal (excluída a primeira,que já foi finalizada).

2. Cada equipe recebe os textos escolhidos para a sua página;também recebe os desenhos/fotos correspondentes.

3. Repete-se o procedimento realizado pelo grupo da primeirapágina na fase anterior.

4. Os textos que sobram são devolvidos ao educador.

OBSERVAÇÃO: Se a quantidade de alunos for muito grande, épossível dispensar os alunos que participaram do grupo da primeirapágina e já tiveram a experiência completa da pré-diagramação.

20 min

20 min

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Pré-diagramaçãoA diagramação consiste no ordenamento dos textos e ilustrações, a escolha do tipo e tamanhodas letras etc. Ela é feita no computador, o que dificulta a participação de muitas pessoas.

A solução é fazer uma PRÉ-DIAGRAMAÇÃO, que é a preparação das instruções para os diagramadores,sem uso do computador. Muitas pessoas podem participar, como acabamos de ver.

A condição é saber quantos textos entram na página, o que é feito através do procedimento quesegue:

Digite as matérias em Times New Roman tamanho 11, em páginas formatadas com margenslaterais de três centímetros. Siga esse padrão rigorosamente.

Conte quantas linhas tem cada texto digitado da maneira indicada. Desconsidere o título.

Veja na tabela abaixo quantas dessas linhas entram em cada página do jornal (linhas digitadasda maneira indicada no ponto 1, voltamos a dizer). Perceba que a quantidade varia conformehaja outros conteúdos na página.

Selecione os textos conforme a quantidade de linhas que cabem na página.

Envie ao diagramador os arquivos com os conteúdos(textos e ilustrações) e uma folha indicando a localizaçãode cada um, assim como outras instruções - “colocardentro de um quadro”, “esta é a matéria principal” etc.Pode também fazer um esboço (veja na página seguinte).

OUTRAS INDICAÇÕES:

- Revise a digitação! Isso não é tarefa do diagramador.

- Textos manuscritos e desenhos devem ser feitos ourepassados com tinta preta. Letras ou detalhes pequenosnão terão boa visibilidade. Os desenhos devem sernumerados.

- As fotos não devem ser tiradas a muita distância. Numerartambém.

Pré-diagramação comtextos manuscritos

Cada aluno conta quantoscaracteres tem seu texto,incluindo o espaço entre aspalavras. Divide por 100. Oresultado é igual ao númerode linhas que o texto teria sefosse digitado no padrãotécnico da pré-diagramação.Abaixo do texto, registra oresultado do cálculo.O resto do procedimento éidêntico.

75 linhas

63 linhas

56 linhas

47 linhas

37 linhas

32 linhas

50 linhas

42 linhas

Página semdesenhosou fotos

1/4 ocupadopor desenhose fotos

1/2 ocupadopor desenhose fotos

1/3 ocupadopor desenhose fotos

Conteúdo da página Número de linhas que entram

Tem cabeçalho ourodapé de 4cm de altura

Não tem cabeçalhonem rodapé

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DUAS FORMAS DE REPASSAR AS

INSTRUÇÕES AO DIAGRAMADOR (*)

Identifique os textos eilustrações de cada páginado jornal.

11111○

Faça um esboço,indicando a posiçãoque cada produçãodeverá ocupar napágina.

○○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

22222

(*) As instruções são repassadas ao diagramador junto com os arquivos dos textos, desenhos e fotos.Enviar os originais de desenhos e fotos, caso não estejam digitalizados.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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OBJETIVOAvaliação pelos alunos da primeira edição do jornal e preparação da coleta de opiniões nacomunidade e escola.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.

SÍNTESE1. Avaliação da primeira edição pelos autores.2. Preparação da coleta de opiniões na comunidade e escola.

OFICINAS “FLUTUANTES”

Estas duas oficinas acontecem depois que o jornal impresso for distribuído na escola.Elas interrompem momentaneamente a sequência principal (Notícia).

ENTREVISTANDO O COLEGA1. Organize os alunos por pares. Escreva no quadro o roteiro que segue

e peça para os alunos entrevistarem uns aos outros.- O que você mais gostou no jornal?- O que você achou menos interessante?- Apresente uma ideia para melhorar o jornal.

Os alunos escrevem as respostas do colega no caderno. Expliqueque tem que escrever em detalhe a resposta, em primeira pessoa, dojeito que a outra pessoa está falando "O que eu mais gostei..."

SOCIALIZANDO IMPRESSÕES E AVALIAÇÃO1. Forme equipes de quatro alunos (basta juntar dois pares da atividade

anterior) e peça para todos lerem as respostas que coletaram doscolegas.

2. Depois da socialização, peça para os grupos debaterem a partirdas seguintes perguntas geradoras: o jornal saiu como queríamos?O que faltou?

PLANO DE AULAAtividade Duração Material

15 min

25 min

Oficina A

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CONTINUANDO A AVALIAÇÃOForma-se o círculo; cada grupo relata o que conversou. Abre-se espaçopara uma conversa geral.

PREPARANDO A COLETA DE OPINIÕES JUNTO AOS LEITORES1. Proponha coletar opiniões dos leitores sobre o jornal. É válido

publicar opiniões dos leitores?2. Sugira que sejam feitas aos leitores as mesmas perguntas

respondidas pelo grupo na atividade anterior (estarão escritas noquadro).- O que você mais gostou no jornal?- O que você achou menos interessante do jornal?- Apresente uma ideia para melhorar o jornal.

Pergunte se alguém tem outras perguntas para agregar. Feito oconsenso, os alunos anotam o roteiro no caderno.

TAREFA DE CASA: os alunos devem escolher uma pessoa para fazera coleta de opinião, fazendo as perguntas do roteiro e anotando asrespostas em uma folha solta (devem ser coletadas em primeirapessoa - “eu gostei...”), assim como o nome completo da pessoaentrevistada. Outros dados podem ser interessantes também, comoidade e profissão.

15 min

20 min .

05 min

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OBJETIVOSSelecionar os depoimentos para publicar no jornal. Conversar sobre possíveis atitudes por partedos leitores que tenham desagradado à turma.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.

SÍNTESE1. Seleção das opiniões.2. Incentivo ao grupo.

ACOLHIDA:Pergunte como foi fazer a coleta das opiniões (depoimentos). Aspessoas aceitaram falar? Alguém teve alguma dificuldade?

SELEÇÃO DE OPINIÕES (DEPOIMENTOS)1. Divida a turma em equipes de três ou quatro alunos, que trocam

entre si os depoimentos que coletaram (por isso será necessárioformar um número par de grupos).

2. Os alunos leem as opiniões (depoimentos) e escolhem as duasmais interessantes.

PARTILHA1. Forma-se a roda. Um orador de cada grupo lê as respostas

escolhidas e explica os critérios.2. Pergunte se alguém ficou com a impressão de que alguma opinião

valiosa não foi aproveitada. Se for o caso, peça para ler e perguntaao grupo se também acha que deveria ser publicada.

3. Terminada as apresentações das opiniões escolhidas, abra espaçopara uma conversa. As opiniões e dicas que nos deram foramvaliosas? Estamos dando um espaço legal para os leitores no jornal?

FINALIZAÇÃODivida a turma em dois grupos.1. Os alunos que t iveram respostas de seus entrevistados

selecionadas para publicação, aprimoram a redação e completam

PLANO DE AULAAtividade Duração Material

05 min

20 min

20 min

Oficina B

20 min

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15 min

as informações (nome da pessoa, o que ela faz etc). Agregue aesse grupo, se já não fizerem parte, um ou dois alunos com boaredação e ortografia, além de boa liderança, que nomeará como"auxiliar(es) de redação". Os textos, no final da atividade, ficam como educador.

2. Promova uma conversa com os outros alunos, incentivando-os afalarem sobre como o jornal foi recebido na escola pelos colegas.Deixe que extravasem as mágoas que possam haver por atitudesdepreciativas do esforço feito pelos editores, ajudando-os asuperá-las.

RETOMADA SEQUÊNCIA HISTÓRIA DE VIDAUtilize este tempo para preparar a retomada da sequência História deVida, que acontecerá na aula seguinte. Lembre ao grupo o ponto ondeparou essa sequência e, eventualmente, as tarefas pendentes.Peça aos alunos que tiveram depoimentos selecionados, que consigamfotos das pessoas entrevistadas, para publicar no jornal.

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OFICINA 1:

MEMÓRIA

Recordar é viver, dizia uma antiga canção. Por meio de uma recordação, podemos retomar emnossas mentes fatos ocorridos no passado. Dessa maneira, experimentamos novamente sensa-ções e sentimentos que a situação vivida havia nos proporcionado.

Porém, nunca nossas memórias correspondem exatamente ao que vivemos. Muitas coisas soli-citam nossa atenção e não somos capazes de apreender tudo. Nossa percepção é sempredirecionada por aquilo que nos interessa. A memória é essencialmente seletiva.

É rebuscando nossa coleção pessoal de vivências que nos orientamos no mundo. É assim queparte importante de nossa identidade é definida. Somos o que lembramos e o que esquecemos.

Esse processo não ocorre apenas em um nível individual, pois as memórias também são parti-lhadas por diferentes tipos de comunidades. Podemos pensar em uma memória construídacoletivamente: a memória de uma família, de um bairro, de um país etc. Esse tipo de memóriaé um importante fator de solidariedade ou de conflito, gerando diversos arranjos e formas desociabilidade.

O QUE UMA PESSOA MAIS VELHA PODE NOS CONTAR?

- Momentos importantes da história da comunidade.

- Momentos importantes da história da escola.

- Costumes de antigamente.

- Festas de antigamente.

- Mudanças que aconteceram no bairro ao longo dos anos.

- Participação na fundação de comércios tradicionais do bairro.

- Pode falar sobre a fundação de alguma igreja.

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OFICINA 2:

HISTÓRIAS DE VIDAS

BRUNO CÉSAR FERREIRA

O que motiva um jovem a se preocupar em tentar fazer a diferença? Um jovem que poderia

dedicar o seu tempo a tantos prazeres da vida, mas escolhe ir na contramão de tantos outros?!

Pois, este jovem chama-se Bruno César Ferreira, de 20 anos de idade, nascido no dia 19 de

novembro de 1989. Hoje é consultor de empresas. Mas, a sua maior profissão é ser "clown"

(palhaço).

Quando criança, tinha muita cobrança, por parte de seus pais, com relação aos estudos. O

resultado disso é que quando entrou na pré-escola, ele já sabia ler e escrever.

Na escola, às vezes era deixado de lado, pelo fato de ser "gordinho". Então, nas aulas de

Educação Física, Bruno sempre era goleiro.

Com nove anos, o sorriso sumiu de seu rosto devido a um problema cardíaco. Um dia, no

hospital que estava internado, ele recebeu a visita dos "Doutores da Alegria". Aquilo foi

tão engraçado que Bruno não pode segurar o riso. E, logo depois, teve alta sem nenhuma

sequela. Ele acredita que foi este o dia em que despertou o desejo no seu coração de ser

"Clown". "Percebi a importância do riso na vida das pessoas", disse Bruno.

Em 2003, foi estudar em Limeira, onde fez Informática e Qualidade. AÍ conheceu o Grupo

Sonrrisato e, em 2004, começou fazer parte deste grupo. Neste grupo, foi fazer uma

apresentação em um creche. Chegando na instituição, os integrantes ficaram muito felizes

pela quantidade de crianças que havia no local. Mas, ao olhar mais de perto, ocorreu algo

que marcou a vida do Bruno: as crianças estavam muito marcadas, machucadas, por

agressão familiar. Naquele momento, ele se sentiu diminuído, pois não havia nada que

pudesse fazer por aquelas crianças, a não ser dar-lhes um dia de felicidade. "Por mais

que se leve a alegria às pessoas, tem coisas que não conseguiremos mudar", concluiu.

Hoje, Bruno faz parte do Grupo Gandaiá (Gandaia de Indaiá). Ele usa esse talento também

em sua profissão como consultor de empresas. Através da descontração e alegria, dá as

orientações que uma empresa precisa.

O mais importante é que quando a pessoa se torna um "Clown", a alegria é garantida, e

- Pode falar sobre a fundação de associações de moradores.

- Tem histórias de família interessantes para contar.

- Pode falar sobre locais de lazer tradicionais.

- Participação em lutas da comunidade.

- Organização de eventos da escola.

- Se foi um esportista ou participou da fundação de clubes de esporte.

- Se veio de muito longe para morar no bairro.

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para isso ela cria o seu próprio nome. O do Bruno é "JACK BANANA", um palhaço espirituoso

que tem enchido os corações das pessoas de alegria, pessoas que pensam que perderam a

esperança.

Depoimento colhido no site do Museu da Pessoa,www.museudapessoa.net, em 30.10.2010. Editado com alguns cortes.

http://www.museudapessoa.net/MuseuVirtual/mdlp/

homeDepoente.do?action=verDepoenteColecao&key=15885&idProjeto=129

DONA GUIOMAR FERREIRA

Dona Guiomar Vieira da Silva, fi lha do Senhor Zito Vieira de Santana e Joana Alves de

Lima, nasceu em 23/03/39 na cidade de Valparaíso, interior de São Paulo, e depois foi

morar no Paraná.

Conta Dona Guiomar que seus pais eram agricultores, plantavam arroz, feijão, café e

milho... Ela ajudava nos afazeres, plantava e colhia. Na invernada, seus pais lidavam com

criação de animais. Também tinha tempo para as brincadeiras, ela brincava com boneca

feita de milho.

Dona Guiomar estudou até a segunda série do antigo primário, hoje chamado ensino

fundamental.

Em 1959, veio para São Paulo. Em 1971, já casada, morava no bairro do Ipiranga.

Conta Dona Guiomar que ela e o marido juntaram dinheiro para comprar um terreno

junto com um primo, no Jardim Romano. Com emoção, disse que quando chegou aqui

teve vontade de voltar no mesmo caminhão que fez a mudança. As casinhas ficavam

umas longe das outras, não tinham muro nem nada, parecia pasto! Aqui, as crianças

brincavam. As pessoas eram unidas e tudo era tranquilo, não existia medo como agora.

A escola do Jardim Romano era uma casinha pequenininha, não tinha a quarta série,

então matriculou seus filhos no Jardim das Oliveiras. Era uma caminhada muito difícil!

Através do tempo, foi chegando muita gente. O marido quis mudar, mas ela não quis.

Conta que falou ao marido que aqui tinha amigos, amizade com todo mundo! Aqui,os

seus filhos tiveram infância com liberdade.

Contou-nos, sorrindo, sobre o tempo que fazia piquenique no Rio Tietê. Disse que o rio

era limpinho, a areia branquinha, depois começaram a tirar a areia em volta e as olarias

faziam os tijolos para as pessoas que estavam comprando os terrenos. Com o tempo,

chegaram mais pessoas e não respeitavam o rio, jogavam lixo dentro. Até hoje, passa a

coleta de lixo, mas tem gente que joga o lixo no rio.

Depoimento colhido no site do Museu da Pessoa, www.museudapessoa.net, em 30.10.2010.Editado com alguns cortes.

http://www.museudapessoa.net/MuseuVirtual/hmdepoente/depoimentoDepoente.do?action=ver&idDepoenteHome=7610&forward=HOME_DEPOIMENTO_VER_GERAL

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OFICINA 3:

PREPARANDO O ROTEIRO DA ENTREVISTA

O roteiro de entrevista é uma lista de perguntas preparadas com antecipação. Servecomo guia para o entrevistador, auxiliando-o durante a coleta das informações.

O recheio é o núcleo da história;é o motivo (tema central) que nosleva a entrevistar uma pessoa.

A cobertura de chocolate, que en-volve o recheio, é o restante dasinformações (de contexto), quecompletam e ajudam a dar umgosto à história.

Exemplo: vamos entrevistar umapessoa que teve a festa de casa-mento invadida por um boi.

Informações do núcleo da história

- Quem estava se casando?

- Quando aconteceu o casamento?

- Onde aconteceu o casamento?

- De onde veio o boi?

- O que os convidados fizeram?

- Como se solucionou a questão? A festa continuou?

Perguntas de contexto

- Naquela época, ainda havia sítios no bairro? A festa foi no interior?

- Como eram as festas de casamento nesse tempo?

- Eram muitos convidados?

- E o boi, que fim levou?

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OFICINA 4:

ORGANIZANDO A ENTREVISTA

1º passo

Marcar a conversa. É importante informar que a conversa será tema de um texto de memória, que oestudante irá fazer para o jornal da escola. Deve dizer, ainda, que nem todas as histórias serãopublicadas no jornal, mas que todas elas serão lidas, discutidas e divulgadas na escola.

DICA: Escolher uma boa hora e um bom local para a conversa, que possibilitem ao contador dahistória sentir-se à vontade para falar.

2º passo

Levar todas as perguntas do roteiro de entrevista anotadas, para não esquecer de nada.

3º passo

No início da conversa, perguntar o nome completo, a idade, a ocupação e outros dados paraapresentar a pessoa que conta a história. Anotar bem essas informações.

4º passo

Anotar os pontos mais importantes da conversa de forma resumida.

DICA 1: Ao escrever, utilizar apenas "ele" ou "ela" para designar o contador. Dessa maneira, épossível escrever mais rápido;

DICA 2: Se o contador falar rápido demais, pedir para fazer uma pausa para poder escrever oque falou, mas não o corte no meio de uma fala (aguarde até terminar a ideia).

5º passo

Pedir que os entrevistados descrevam as cenas, os lugares, os costumes sobre os quais falam.

6º passo

Ao terminar, leia suas anotações para o contador da história e complete junto com ele o queestiver faltando.

OFICINA 6:

APRIMORANDO FRASES

Veja estas quatro frases.

Cada uma dessas frases é uma ideia completa. Elas ficam bem sozinhas, mas é possível conectá-las, para que fiquem melhor ainda:

A chuva é proveitosa para as pessoas do campo. Os animais gostam de pasto verde.

Os agricultores estão felizes. As enchentes são um grave problema.

A chuva é proveitosa para as pessoas do campo, mas as enchentes são um grave problema.A chuva é proveitosa para as pessoas do campo, pois os animais gostam de pasto verde.

Vemos que dentro de uma mesma frase é possível colocar mais de uma ideia, mas as ideias que sejuntam têm de casar perfeitamente.

Não faz sentido escreverOs agricultores estão felizes porque as enchentes são um grave problema.

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Você não diz:

Amo Maria porque é boa pessoa um pouco bagunceira.

Você diz:

Amo Maria porque é boa pessoa, mesmo sendo um pouco bagunceira.

A frase passa a fazer sentido!

Exemplos de conectivos:

- e / aliás / até

- mas / porém / no entanto

- porque / já que / devido

- como / menos que / mais que

- isto é / ou seja / por exemplo

- quando / enquanto / a partir de

- logo / assim / portanto

Parágrafo

Parágrafo é uma frase ou várias frases escritas umas após as outras, sobre o mesmo assunto.Isto que você está lendo agora é um parágrafo.

Este é outro parágrafo. Quando se escreve manualmente, recomenda-se começar com umafastamento na primeira linha. Mas quando se escreve no computador - como é o caso aqui- basta fazer uma separação entre os parágrafos.

Veja que cada parágrafo trata de um aspecto diferente. O primeiro que escrevemos explicao que é um parágrafo. O segundo fala de uma questão específica (o recuo) que não poderiaestar no primeiro. O terceiro - este que você está lendo - explica como se organiza umparágrafo.

três assuntos = três parágrafos

Essa é a regra geral: juntar todas as informações sobre um assunto no mesmo parágrafo.Informações que não digam respeito ao tema vão para outro parágrafo.

ConectivosDentro de uma mesma frase, é possível colocar mais de uma ideia, como falamos anteriormente.No entanto, além de fazer sentido, essas ideias precisam estar conectadas entre si.As palavras que fazem essa conexão são chamadas de conectivos.

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SinônimosSinônimo é uma palavra que tem um significado idêntico ou semelhante ao de outra. Ossinônimos ajudam a quem fala ou escreve a enriquecer seu texto, evitando a repetição e amonotonia.

Abaixo, seguem alguns exemplos de frases nas quais determinadas palavras foram substi-tuídas por sinônimos:

1. Quando vamos à praia, sempre voltamos bastante cansados, porém bastante felizes.1. Quando vamos à praia, sempre voltamos bastante cansados, porém muito felizes.2. A casa da Mariana fica longe da escola, por isso também fica longe da minha casa.2. A casa da Mariana fica longe da escola, por isso também fica distante da minha casa.

OFICINA 8:

ROTEIRO DE REVISÃO DA HISTÓRIA DE VIDA

- A pessoa que viveu a história está bem apresentada?

- As outras pessoas importantes da história são apresentadas?

- Os fatos estão relatados em uma sequência correta?

- Falta alguma coisa para o leitor entender?

- O lugar onde acontece a história está bem descrito?

ARTIGO DE OPINIÃO

Não existe cidadania se não temos opinião sobre a situação de nossa comunidade, de nossopaís e do mundo, sobre nossos direitos e nossos deveres, sobre a ação do poder público etc.Mas também temos opinião sobre o desempenho do nosso time de futebol, os aconteci-mentos do trabalho e da escola, a novela...

Podemos emitir opiniões à toa - na base do "eu acho" ou do "é assim porque é assim" - oufundamentá-las com argumentos e informações. Qual das duas tem mais peso?

Nos jornais, uma maneira de se opinar é através do artigo de opinião, escrito por pessoasque desejam expor suas posições sobre assuntos que provocam controvérsias.

Isto é um dado importante: só se escreve um artigo de opinião sobre assuntos nos quais háembate ou disputa na sociedade.

A polêmica acontece de forma aberta, quando diversas pessoas pensam diferente sobre omesmo assunto.

Uma pessoa ou corrente de opinião é a favor da legalização do aborto, outra contra.

Também pode haver debate a respeito de questões sobre as quais aparentemente todosconcordam, no entanto as atitudes concretas mostram que existem opiniões contraditórias.

Todos concordamos que não se deve sujar a cidade, mas muitas pessoas jogam lixo na rua.

Convencer, dialogar, rebaterNão basta o autor argumentar a favor de sua tese. Ele deve considerar a existência depessoas que pensam de maneira diferente ou mesmo oposta à sua.

Ao utilizar um argumento, o autor deve pensar que outras pessoas podem objetá-lo, domesmo modo que ele fez com opiniões contrárias. Ele pode considerar antecipadamenteessa possível objeção e já contra-argumentar.

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Exemplo de argumentação considerando opiniões contrárias:

"Alguém pode considerar impossível evitar que as pessoas joguem o lixo na rua,pois o caminhão de coleta passa a cada três dias. Não obstante, é possível acondici-onar o lixo em sacolas adequadas, para evitar mau cheiro, e guardá-las em um can-tinho do quintal."

Com base em Gagliard, Eliana; Amaral, Heloisa. Pontos de vista. Cenpec - São Paulo: Peirópolis, 2004.“Iniciativa Fundação Itaú Social”.

Tipo Explicação Exemplos

TIPOS DE ARGUMENTOS

OFICINA 9:

ORGANIZAÇÃO DO TEXTO DE OPINIÃO

Esquematicamente, um artigo de opinião está organizado em três partes.

De autoridade Reproduz declarações de umespecialista, de uma pessoarespeitável (líder, artista, político), deuma instituição consideradaautoridade no assunto.

O aumento no número de cobras encontradas em diversas cidades dopaís pode ser provocado pelo desmatamento e pela destruição dohabitat natural desses animais. É o que explica o coordenador de faunado Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis (Ibama), João Pessoa Moreira, em declaração ao site G1,em 26 de novembro de 2009.

A demissão do senhor Vicente Francisco do Espírito Santo, daEletrosul, em março de 1992, porque seu chefe pretendia “clarear oambiente”, foi um caso emblemático de discriminação racial. Ofuncionário entrou com processo e foi reintegrado ao quadro funcionalda empresa três anos depois.

Relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura eAlimentação indica que o desmatamento ocorrido no Brasil entre 2000 e2005 responde por 42% da perda de áreas florestais no mundo. Ainformação foi publicada no sitedo Greenpeace, em 26 de novembro de 2009.

A vida é sagrada e ninguém tem o direito de retirá-la de outra pessoa.Por isso a pena de morte é inaceitável.

Os abortos feitos de forma clandestina e insegura provocam sériosriscos à saúde da mulher, como a perda do útero, hemorragias emesmo a morte.

Relata um fato ocorrido com oautor ou com outra pessoa, paramostrar que o argumentodefendido é válido.

Comprova seus argumentos cominformações incontestáveis: dadosestatísticos, fatos históricos,acontecimentos notórios.

Refere-se a valores éticos ou moraissupostamente irrefutáveis.

Exemplos

Afirma que um fato ocorre emdecorrência de outro.

Provas

Princípios oucrença pessoal

De causa econsequência

Introdução

Desenvolvimento

Conclusão

Descrição do assunto que gera a polêmica

Tese do autor (proposta ou posicionamento)Tese contrária (ou atitudes contrárias)Refutação da tese ou das atitudes contrárias.Argumentos a favor da tese do autor

Fechamento do texto, que reforça a tese do autor

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CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - HISTÓRIA DE VIDA | 55

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Caderno de Apoio ao Educador - História de Vida

Bibliografia.

- GAGLIARD, Eliana; AMARAL, Heloisa. Pontos de vista. Cenpec - São Paulo: Peirópolis, 2004. “Iniciativa FundaçãoItaú Social”.

- GESTAR II, Caderno de Teoria e Prática 3, MEC, Brasília, 2006.- Tecnologia Social da Memória. Para comunidades, movimentos sociais e instituições registrarem suas histórias. Funda-

ção Banco do Brasil, Abravídeo e Museu da Pessoa: São Paulo, 2009.- KESSEL, Zilda, Memória e Memória Coletiva, http://www.museudapessoa.net/oquee/biblioteca/

zilda_kessel_memoria_e_memoria_coletiva.pdf, consultado em 30.10.2010.- FREITAS, Fabiano Junqueira e BRAGA, Paula Lou Ane Matos, "Questões introdutórias para uma discussão acerca da

história e da memória", Histórica, revista on line do Arquivo Público de São Paulo, edição nº 13 de agosto de 2006,http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao13/materia03/ consultado em 30.10.2010.

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