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Prevenção: vacinação infantil

Medicamento: insulina para diabetesAparelho: implantecoclear

Exame diagnóstico:Tomografia computadorizada

Procedimento:laparoscopia

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Tecnologias em saúde são medicamentos,

equipamentos, procedimentos e os sistemas

organizacionais e de suporte dentro dos quais

os cuidados com a saúde são oferecidos.

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• Mudanças demográficas (envelhecimento)

•Transição epidemiológica

• Incorporação de novas tecnologias

• Variabilidade na prática médica

DEMANDA POR

CUIDADOS DE SAÚDE

RECURSOS DISPONÍVEIS

• Restrição orçamentáriaKobelt G. Health Economics: an introduction to economic evaluation. London: OHE, 2002

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procedimentos, equipamentos e medicamentos, envolvendo aspectos de segurança, efetividade, eficácia, factibilidade e indicações para uso, custo, custo-efetividade, bem como consequências sociais, econômicas e éticas de qualquer ação em saúde.

Portanto, possui um enfoque interdisciplinar

Tomada de decisão quanto ao abandono ou

incorporação

O que avaliar?

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Área do conhecimento interdisciplinar que

estuda as implicações médicas, econômicas,

sociais e éticas para desenvolvimento,

difusão e uso de tecnologia em saúde.

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saberes estruturados,normas, protocolos,

conhecimentos

Tecnologia leve

Tecnologia dura

Tecnologialeve-dura

Fonte:Merhy, (1997)

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Medicamentos

Equipamentos

Procedimentos

Sistema de suporte Organizacional

No setor da saúde

Fora do setor da saúde

Tecnologia Biomédica

Tecnologia Médica

Tecnologia de

atenção à Saúde

Tecnologia em Saúde

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Reflexão necessária neste contexto:Atendimento integral não significa incorporar todas tecnologias disponíveis no mercado, mas avaliar a oferta segundo:

› Necessidade social› Evidência científica› Prioridades da política nacional de saúde› Disponibilidade de recursos

O que estabelece a Constituição Federal de 1988?Acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde, garantido mediante políticas públicas... (art. 195)

Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais.

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Foi realizada uma comparação das recomendações

terapêuticas de um livro texto de 1927 com as de

outro de 1975.

Resultados:

• 60% dos medicamentos recomendados em 1927

eram perigosos, duvidosos;

• apenas 3% eram efetivos;

• observou-se que número de medicamentos cresceu

sete vezes e os duvidosos reduziram em dois terços

nas recomendações de 1975. Fonte: Beeson (apud Banta , 2003)

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“Quando foi lançado, em 1999, o Vioxx foi anunciado como um dos remédios mais eficazes para tratar a dor das vítimas de artrite.”

“Em 2006 essa história de sucesso foi interrompida. O motivo: o consumo diário de 25 miligramas do remédio, por mais de dezoito meses, dobra os riscos de infartos e derrames. “

Fonte: Revista Veja: 20/08/2006

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Surgiu como uma resposta às necessidades do

sistema de saúde de melhor compreender as

consequências da mudança tecnológica no processo

de cuidado à saúde

ATS é uma ferramenta de auxílio aosformuladores de política nas decisões

relacionadas à tecnologia médica

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Quanto à natureza material:

• Medicamentos

• Equipamentos e suprimentos: ventilador, marcapassos cardíacos, luvas cirúrgicas, kits de diagnóstico, etc;

• Procedimentos médicos e cirúrgicos;

• Sistema de suporte: bancos de sangue, sistema de prontuário eletrônico, etc;

• Sistema gerenciais e organizacionais: sistema de informação, sistema de garantia de qualidade, etc.

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Quanto ao propósito:

• Prevenção: visa proteger os indivíduos contra uma doença ou limitar a extensão de uma sequela (vacinas);

• Triagem: visa detectar a doença, anormalidade, ou fatores de risco em pessoas assintomáticas (mamografia, exame Papanicolau);

• Diagnóstico: visa identificar a causa e natureza ou extensão de uma doença com sinais clínicos ou sintomas (eletrocardiograma, raio X);

• Tratamento: visa melhorar ou manter o estado de saúde, evitar uma deterioração maior ou atuar como paliativo;

• Reabilitação: visa restaurar, manter ou melhorar a função de uma pessoa com uma incapacidade física ou mental.

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Quanto ao estágio de difusão:

• Futura: em estágio de concepção ou nos estágios iniciais de desenvolvimento;

• Experimental: quando está submetida a testes em laboratório usando animais ou outros modelos;

• Investigacional: quando está submetida a avaliações clínicas iniciais (humanos);

• Estabelecidas: considerada pelos provedores como um enfoque padrão para uma condição particular e difundida para uso geral;

• Obsoleta: sobrepujada por outras tecnologias ou foi demonstrado que elas são ineficientes ou prejudiciais.

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• Poucas tecnologias se mostram como uma resposta

definitiva para um problema de saúde;

• Cada vez mais surge novas tecnologias;

• Um conjunto complexo de mecanismo inter-

relacionados é posto em movimento a partir do

momento em que ela se difunde e é utilizada;

• Eventualmente ela será abandonada por uma série

de razões.

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Inovação – Ideia inicial, pesquisa básica, pesquisa aplicada, desenvolvimento, testes clínicos;

Difusão – divulgação pelo meio médico;

Incorporação – reconhecimento da eficácia da nova tecnologia;

Utilização – utilização plena da nova tecnologia;

Abandono – com o surgimento de novas tecnologias ocorre o abandono de outras.

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Escolha Decisões Determinam a utilização e a alocação de recursos;

Trade-offs (gastar mais em alguma coisa, nos deixa com menos para gastar em outras);

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Comparam duas ou mais estratégias alternativas de intervenção para prevenção, diagnóstico ou tratamento de determinada condição de saúde.

Usado para comparar alternativas que competem entre si (Ex: escolha entre 2 anti-hipertensivos).

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Não atribui valor monetário aos impactos das intervenções.

Unidades de medição: nº de doenças evitadas, internações prevenidas, casos detectados, nº de vidas salvas.

Razão de custo-efetividade: CE 12 = Custo2 – Custo1/ Efetividade 2 – Efetividade1

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Relação entre os custos totais de cada intervenção e os benefícios diretos e indiretos gerados.

É a forma de análise mais abrangente

Custos e benefícios são relatados usando uma métrica comum - atribui-se valor monetário aos benefícios ou impactos de uma ação.

“É socialmente rentável investir no projeto x?”

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Limitação: transformação monetária do benefício clínico. Atribuir valores monetários a impactos para a saúde difícil e controverso:

› “Quanto vale salvar uma vida?”› “Qual a disposição da sociedade a pagar para

reduzir a probabilidade de morte?”

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ACB é de máxima utilidade nos casos de programas de saúde que têm efeitos importantes no desenvolvimento econômico.

ACE é útil para avaliar diferentes métodos de luta contra a doença.

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Medidas dos efeitos de uma intervenção considera a medição de qualidade de vida relacionada com a saúde.

Utilizado para estudos destinados a comparar diferentes tratamento aplicados.

Unidade de medida em Anos de Vida Ajustados por Qualidade (AVAQ).

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Promover estudos de ATS para subsidiar a tomada de decisão no SUS.

Subsidiar as decisões de incorporação e utilização de tecnologias em saúde, com base em critérios de segurança, eficácia, efetividade, impacto econômico e social, ética e equidade.

Monitorar a utilização de tecnologias já incorporadas no SUS e as emergentes.

Capacitar os gestores e profissionais de saúde.

Disseminar resultados de ATS para gestores.

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Os três principais elementos de um uso eficiente dos recursos são:

1° - Não desperdiçar recursos;

2° - Produzir cada produto/intervenção de saúde ao seu

menor custo;

3° - Produzir os tipos e quantidades de produto/

intervenções de saúde que tem mais valor (no sentido,

de necessários) para as pessoas.

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Maior Menor

Maior Avalia-se AceitaBenefícios Igual Rejeita Aceita

Menor Rejeita Avalia-se

Custos

Análise Econômica em Saúde

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Custos e benefícios oriundos de uma intervenção em saúde

Fonte: Adaptado de Greenhalgh (1997).

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• Salvando mais vidas a um custo absoluto e relativo menor;

• Isolando-se apenas A e B, vemos que B tem um menor custo

absoluto, mas um maior custo na relação custo-efetividade (R$

5.000,00 contra R$ 3.000,00 de A).

MedicamentoCusto para Tratar

100 pacientes

Número de vidas salvas/100 pacientes

Razão custo-efetividade(custo por vida salva)

A R$ 30.000,00 10 R$ 3.000,00

B R$ 20.000,00 4 R$ 5.000,00

C R$ 18.000,00 18 R$ 1.000,00

Grande vantagem de C em relação a todos os demais produtos:

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Simulação de uma análise de minimização para dois antibióticos com perfis de eficácia e segurança equivalentes para uma mesma indicação

Item de Custo Antibiótico A Antibiótico BEficácia 96% 95%Tempo de resposta 5 dias 7 diasPreço de 1 fr/ampola R$ 59,00 R$ 56,00

Posologia1 fr/ampola a cada 4 horas (6

aplicações/dia)1 fr/ampola a cada 6 horas (4

aplicações/dia)

Custo do medicamentoR$ 59,00 × 6 aplicações × 5 dias

= R$ 1.770,00R$ 56,00 × 4 aplicações × 7 dias

= R$ 1.568,00Custo de internação R$ 100,00 × 5 dias = R$ 500,00 R$ 100,00 × 7 dias = R$ 700,00

Custos de exames1 hemograma/dia a R$5,00/exame = R$ 25,00

1 hemograma/dia a R$5,00/exame = R$ 35,00

Custos de infusãoR$ 10 × 6 aplicações × 5 dias=

R$ 300,00R$ 10 × 4 aplicações × 7 dias =

R$ 280,00Custos totais R$ 2.595,00 R$ 2.583,00

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• Percebe-se que o antibiótico B leva a uma economia

de R$ 12,00 por paciente tratado.

• Se a infecção a ser combatida afetasse um milhão

de indivíduos a cada ano, o uso deste produto

representaria uma economia de 12 milhões de reais

em relação ao Antibiótico A.

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Produzir informações relevantes, confiáveis, em Produzir informações relevantes, confiáveis, em tempo real e com linguagem adequada ao público tempo real e com linguagem adequada ao público alvo;alvo;

Mudar a cultura, baseada em princípios: éticos, Mudar a cultura, baseada em princípios: éticos, social, ambiental e responsabilidade humana;social, ambiental e responsabilidade humana;

Trabalhar com a pluralidade metodológica;Trabalhar com a pluralidade metodológica;

Transformar o processo de aprendizagem e de Transformar o processo de aprendizagem e de conhecimento para aprender a conhecer, conhecimento para aprender a conhecer, aprender a saber e aprender a ser.aprender a saber e aprender a ser.

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“A principal limitação, freqüentemente apontada pelos autores das avaliações, é a falta de estudos econômicos para todas as tecnologias, além da qualidade e validade questionável dos estudos existentes.”

Avaliação econômica em saúde – MS / 2008

“As técnicas de avaliação econômica dos serviços de saúde vêm gerando sobre a maior parte dos profissionais desta área sentimentos de amor e ódio.”

Maria A. Dominguez Ugá, ENSP/Fiocruz

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