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O que é EPIDEMIOLOGIA?EPI=SOBRE

DEMO=POPULAÇÃO

LOGIA=ESTUDO

DOENÇAS

CAUSAS

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História da epidemiologiaA epidemiologia originou-se das observações

de Hipócrates feitas há mais de 2000 anos de que fatores ambientais influenciam a ocorrência de doenças. Entretanto, foi somente no século XIX que a distribuição das doenças em grupos humanos específicos passou a ser medida em larga escala.

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História da Epidemiologia A abordagem epidemiológica que

compara os coeficientes (ou taxas) de doenças em subgrupos populacionais tornou-se uma prática comum no final do século XIX e início do século XX.

A sua aplicação foi inicialmente feita visando o controle de doenças transmissíveis e, posteriormente, no estudo das relações entre condições ou agentes ambientais e doenças específicas.

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História da EpidemiologiaNa segunda metade do século XX, esses

métodos foram aplicados para doenças crônicas não transmissíveis tais como doença cardíaca e câncer, sobretudo nos países industrializados.

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Primeiras observações epidemiológicasJohn Snow identificou o local de moradia de

cada pessoa que morreu por cólera em Londres entre 1848-49 e 1853-54 e notou uma evidente associação entre a origem da água utilizada para beber e as mortes ocorridas.

A partir disso, Snow comparou o número de óbitos por cólera em áreas abastecidas por diferentes companhias e verificou que a taxa de morte foi mais alta entre as pessoas que consumiam água fornecida pela companhia Southwark.

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Primeiras observações epidemiológicasBaseado nessa sua investigação, Snow

construiu a teoria sobre a transmissão das doenças infecciosas em geral e sugeriu que a cólera era disseminada através da água contaminada.

Dessa forma, foi capaz de propor melhorias no suprimento de água, mesmo antes da descoberta do micro-organismo causador da cólera; além disso, sua pesquisa teve impacto direto sobre as políticas públicas de saúde.

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Primeiras observações epidemiológicas

Ficou demonstrado que, desde 1850, estudos epidemiológicos têm identificado medidas apropriadas a serem adotadas em saúde pública.

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A epidemiologia - ConceitosEpidemiologia é uma ciência que utiliza

métodos quantitativos para o estudo dos problemas de saúde.

Ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados a saúde. (PEREIRA, 1995).

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MédicoInvestigar alterações

no organismoExame clínicoSolicita exames

complementaresChega a um

diagnósticoIndica prescrição

• Epidemiologista– Investigar o agravo na

população

– Freqüência e distribuição da doença

– Informações - dados

– Hipóteses de fatores determinantes

– Associação fator-doença

– Profilaxia

Compreendendo o conceito de epidemiologia!

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Problema EpidemiológicoEm epidemiologia, o problema tem origem

quando doenças acometem grupos humanos.É a necessidade de remover fatores

ambientais contrários à saúde ou de criar condições que a promovam, que determina a problemática própria da epidemiologia.

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Alvo do estudo epidemiológicoO alvo de um estudo epidemiológico é

sempre uma população humana, que pode ser definida em termos geográficos ou outro qualquer.

Por exemplo, um grupo específico de pacientes hospitalizados ou trabalhadores de uma indústria.

Em geral, a população utilizada em um estudo epidemiológico é aquela localizada em uma determinada área ou país em um certo momento do tempo.

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Epidemiologia clínica A epidemiologia está, também,

preocupada com a evolução e o desfecho (história natural) das doenças nos indivíduos e nos grupos populacionais.

A aplicação dos princípios e métodos epidemiológicos no manejo de problemas encontrados na prática médica com pacientes, levou ao desenvolvimento da epidemiologia clínica.

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Epidemiologia

Tradicionalmente dividida:Descritiva: estuda a frequência e a

distribuição dos parâmetros de saúde ou de fatores de risco das doenças nas populações.

Analítica: testa hipóteses de relações causais

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Estado de saúde das populaçõesA epidemiologia é frequentemente utilizada para

descrever o estado de saúde de grupos populacionais.

O conhecimento da carga de doenças que subsiste na população é essencial para as autoridades em saúde.

Esse conhecimento permite melhor utilização de recursos através da identificação de programas curativos e preventivos prioritários à população.

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Estado de saúde da população

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Medir saúde e doençaMedir saúde e doença é fundamental para a

prática da epidemiologia. Diversas medidas são utilizadas para

caracterizar a saúde das populações. O estado de saúde da população não é

totalmente medido em muitas partes do mundo, e essa falta de informações constitui um grande desafio para os epidemiologistas.

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DadosExiste a necessidade de dados fidedignos e

completos para gerar as informações.Registro dos dados: - Forma contínua: óbitos, nascimentos, doenças de

notificação obrigatória; - Forma periódica: recenseamento da população; - Forma ocasional: pesquisas realizadas com fins

específicos: conhecer a prevalência da hipertensão arterial em uma comunidade, em determinado momento.

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DadosDados relevantes à saúde: - População: número de habitantes, idade, sexo, etc; - Sócio-econômicos: renda, ocupação, classe social,

tipo de trabalho, condições de moradia e alimentação;

- Ambientais: poluição, abastecimento de água, tratamento de esgoto, coleta e disposição de lixo;

- Serviços de saúde: hospitais, ambulatórios, unidades de saúde, acesso aos serviços;

- Morbidade: doenças que ocorrem na comunidade e; - Eventos vitais: óbitos, nascidos vivos e mortos.

Esses dados refletem a saúde – ou ausência dela – da população que se deseja estudar.

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Limitações“Ponta do iceberg”

- Refere-se a uma característica desses dados, ou seja, tanto morbidade quanto a mortalidade (especialmente a última) representam apenas uma parcela da população, a que morre ou a que chega ao serviço de saúde e tem seu diagnóstico feito e registrado corretamente.

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Ponta do iceberg

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Medidas de saúdeExiste dificuldade em medir saúdePara avaliar o nível de saúde de uma

população buscam-se os dados negativos (não-saúde):

MORTE, DOENÇA E AGRAVOS

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Medindo a falta de saúde“Saúde é um estado de completo bem-

estar físico, mental e social e não apenas a mera ausência de doença”.

O termo “doença” compreende todas as mudanças desfavoráveis em saúde, incluindo acidentes e doenças mentais.

Várias medidas da ocorrência de doenças são baseadas nos conceitos fundamentais de incidência e prevalência.

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Medindo a falta de saúdeUm importante fator a considerar no

cálculo das medidas de ocorrência de doenças é o total de pessoas expostas, ou seja, indivíduos que podem vir a ter a doença. Idealmente, esse número deveria incluir somente pessoas que são potencialmente suscetíveis de adquirir a doença em estudo.

Por exemplo, os homens não deveriam ser incluídos no cálculo da ocorrência de câncer de colo uterino.

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População de risco no estudo de carcinoma de colo uterino

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Risco e Fator de RiscoDevido ao seu caráter eminentemente observacional,

a lógica da moderna epidemiologia estrutura-se em torno de um conceito fundamental – RISCO - e de um conceito correlato – FATOR DE RISCO.

De modo simplificado podemos dizer que o objeto da epidemiologia é “o risco e seus determinantes”.

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Risco Refere-se ao conceito epidemiológico do

conceito matemático de probabilidade.

É a probabilidade de ocorrência de uma doença, agravo, óbito ou condição relacionada à saúde (incluindo cura, recuperação ou melhora), em uma população ou grupo, durante um período de tempo determinado.

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Risco É estimado sob a forma de uma proporção (razão

entre duas grandezas, na qual o numerador se encontra necessariamente contido no denominador).

A definição epidemiológica de risco compõe-se obrigatoriamente de três elementos:

• ocorrência de casos de óbito/doença/saúde (numerador)

• base de referência populacional (denominador)• base de referência temporal (período)

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Fator e marcador de riscoFator de risco – cujo efeito pode ser

prevenido (sedentarismo, obesidade, fumo, colesterol alto, contraceptivos orais para a doença coronariana)

Marcadores de risco – atributos inevitáveis, já dados, cujo efeito encontra-se, portanto, fora da possibilidade de controle (sexo e grupo étnico).

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IndicadoresAs informações epidemiológicas (riscos,

fatores de risco, etc) normalmente são apresentadas sob a forma de Indicadores de Saúde.

A construção de indicadores de saúde é importante para:

• Analisar a situação atual de saúde;• Fazer comparações;• Avaliar mudanças ao longo do tempo.

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IndicadoresOs indicadores de saúde podem ser expressos em

frequência absoluta ou frequência relativa.Números absolutos não são utilizados para

avaliar o nível de saúde, pois não levam em conta o tamanho da população.

Desta forma, os indicadores de saúde são construídos por meio de razões (frequências relativas), em forma de proporções ou coeficientes.

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Indicadores de SaúdeSão construídos a partir de:

• Dados relativos a eventos vitais (nascimentos, óbitos, etc);

• Estrutura da população;• Morbidade (doenças);• Serviços e atividades sanitárias.

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Tipos de Indicadores em Saúde:1. Demográficos2. Socioeconômicos3. Mortalidade4. Morbidade e fatores de risco5. Recursos6. Cobertura.

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Indicadores de Saúde1 – Demográficos

Exemplos:• População total• Razão de sexos• Proporção de idosos • Grau de urbanização

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Indicadores de Saúde2 – Socioeconômicos

Exemplos:• Taxa de analfabetismo• Proporção de pobres• Níveis de escolaridade• Taxa de desemprego• Taxa de trabalho infantil

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Indicadores de Saúde3- Mortalidade

Exemplos:• Taxa de mortalidade infantil• Taxa de mortalidade por causa específica• Taxa de mortalidade por causas externas• Taxa de mortalidade por acidentes de trabalho

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Indicadores de Saúde4- Morbidade e fatores de risco

Exemplos:• Incidência de febre amarela• Taxa de incidência de doenças relacionadas ao

trabalho• Prevalência de pacientes em diálise (SUS)• Proporção de nascidos vivos por idade materna

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Indicadores de Saúde5- Recursos

Exemplos:• Número de leitos por habitante• Gasto médio por atendimento ambulatorial• Gasto público com saúde, como proporção do PIB• Gasto federal com saneamento

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Indicadores de Saúde6- Cobertura

Exemplos:• Proporção de partos cesáreos• Número de consultas médicas SUS por habitante• Coberta de planos e seguros privados de saúde

suplementar• Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

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Indicadores de Saúde

Os coeficientes mais utilizados na área da saúde baseiam-se em dados sobre doenças (morbidade) e sobre eventos vitais (nascimentos e mortes).

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Coeficientes de MorbidadeCoeficiente de incidênciaCoeficiente de prevalênciaCoeficiente de letalidade

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Coeficientes de MorbidadeBaseiam-se em dados sobre doençasConsegue-se inferir os riscos de adoecer a

que as pessoas estão sujeitas.Coeficiente geral de morbidade:

Coeficiente Morbidade = n° casos da doença/período

população da mesma área/período

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Coeficientes de IncidênciaRepresenta o risco de ocorrência (casos

novos) de uma doença na população;Pode ser calculado por regra de três ou

através da seguinte fórmula:

CI = N° casos novos da doença/período________

N° pessoas expostas ao risco da doença/período

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Coeficientes de IncidênciaOriundos de uma população sob risco de

adoecimento, ao longo de um determinado período de tempo

Medem a freqüência com que as pessoas adoecem independentemente do tempo que ficam doentes

É necessário que cada indivíduo seja observado em no mínimo duas ocasiões:

t0 (“sadio”)---------------------------------------- t (caso novo)

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Taxa de ataque ou incidênciaO termo “taxa de ataque” é freqüentemente

utilizado, ao invés de incidência, durante uma epidemia de doença em uma população bem definida em um curto período de tempo.

A taxa de ataque pode ser calculada como o número de pessoas afetadas dividido pelo número de pessoas expostas.

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Coeficiente de prevalênciaRepresenta o número de casos presentes

(novos + antigos) em determinada população, em um período de tempo determinado.

Descreve a força com que subsistem as doenças nas coletividades

Descreve a proporção da população afetada por uma doença em um momento determinado

CP = _N° de casos novos + antigos da doença/período_

População da área/período

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Coeficiente de prevalênciaA prevalência pode ser afetada por casos de

pessoas que imigram (entram) na comunidade e por casos que saem (emigram), por curas e óbitos;

PrevalênciaCasos novosImigração

CuraÓbitoEmigração

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Incidência x Prevalência

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Incidência x Prevalência

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Coeficiente de LetalidadeA letalidade mede a severidade de uma

doença e é definida como a proporção de mortes dentre aqueles doentes por uma causa específica em um certo período de tempo.

CL = __N° óbitos por determinada doença/período_

N° de casos da doença/período

Pode ser uma característica da doença:Ex: Raiva Humana: 100% de letalidade

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Fatores que aumentam/diminuem a letalidade da doença na população:

• condições socioeconômicas• estado nutricional• acesso a medicamentos• aumento do diagnóstico• evolução da doença

A diferença entre a letalidade e mortalidade está no denominador: óbitos entre os casos da doença (letalidade) e óbitos na população (mortalidade)

Incidência x Prevalência

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Coeficientes de Mortalidade

Coeficiente de mortalidadeCoeficiente de mortalidade maternaCoeficiente de mortalidade infantilCoeficiente de mortalidade por causas específicasCurva de Nelson Morais – Mortalidade

proporcional

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Coeficiente de mortalidade geral Representa o risco de óbito na comunidade.Principais usos:• Descrição das condições de saúde de uma

população;• Investigação epidemiológica• Avaliação de intervenções saneadoras

CGM = __N° total de óbitos/período__ População total/período

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Limitações CGMExprimem gravidade, refletem uma história

incompleta da doença, uma vez que óbitos são eventos que incidem em pequena parcela da população

Danos que raramente levam a óbito não são representados (dermatologia, oftalmologia, etc)

As mudanças nas taxas de mortalidade são lentas

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Coeficiente de mortalidade InfantilO coeficiente (ou taxa) de mortalidade infantil

é comumente utilizado como um indicador do nível de saúde de uma comunidade.

Essa taxa mede o número de óbitos durante o primeiro ano de vida, dividido pelo número de nascidos vivos no mesmo ano.

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Mortalidade Infantil

22,5

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Mortalidade materna“ morte de uma mulher durante a gestação

ou até 42 dias após o término da gestação, independente da duração ou da localização da gravidez, devida a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais.”

Fonte: Classificação Internacional de Doenças (CID-10)

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Curva de Nelson Morais – Curva de Mortalidade Proporcional

Representação gráfica da mortalidade proporcional por idade.

O formato da curva indica o nível sanitário da região:

• I- Muito baixo (forma de N)• II- Baixo (J invertido)• III- Regular (forma de V)• IV- Elevado (forma de J)

Segue a lógica de que as crianças raramente morrem, a não ser que algo muito errado esteja ocorrendo.

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Curva de Nelson Morais – Curva de Mortalidade Proporcional

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Razão entre dois óbitos:• Numerador é composto pelos óbitos ocorridos de uma determinada

faixa etária• Denominador é composto pelo total de óbitos ocorridos em uma

dada população, em um período definido de tempo

A distribuição dos óbitos é feito em cinco grupos etários:

• Até 01 ano de vida• Entre 01 e 04 anos• Entre 05 e 19 anos• Entre 20 e 49 anos• Adultos de meia idade e velhos (> 50 anos)

Curva de Nelson Morais – Curva de Mortalidade Proporcional

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Esperança de vidaOu expectativa de vida:• Indicador síntese utilizado para expressar características

da mortalidade por idade, muito empregado na avaliação das condições de saúde de uma população.

• Número médio de anos que um indivíduo, de determinada idade, tem a probabilidade de viver, na suposição de que os coeficientes de mortalidade permaneçam os mesmos.

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Expectativa de vidaPara o mundo como um todo, a expectativa de

vida aumentou de 46,5 anos entre 1950-1955 para 65,0 anos entre 1995-2000 .

Inversões na expectativa de vida ocorreram em países subsaarianos devido à epidemia de AIDS.

Inversões similares ocorreram na antiga União Soviética, onde metade dos homens com idade entre 15 e 60 anos morreram em decorrência principalmente do consumo de álcool e tabaco.

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Esperança de vida

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Coeficientes de Natalidade

Coeficiente de natalidadeCoeficiente de fecundidade

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Coeficiente de NatalidadeN° de pessoas que nascem por 1000

habitantes durante um ano• Está relacionado com o tamanho da

população• Tem caido substancialmente ao longo dos

anos

CN = _nascidos vivos em determinada área/período_

população da mesma área/período

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Coeficiente de fecundidadeN° médio de filhos que uma mulher teria ao

final de sua idade reprodutiva. • Tem como denominador o n° de mulheres em idade

reprodutiva

CF = _nascidos vivos em determinada área/período_

Mulheres de 15 a 49 anos na mesma área/período

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Coeficiente de fecundidade

Em 1950 a mulher brasileira tinha, em média, 6,21 filhos. Cinquenta anos depois, esta média era de 2,38 filhos.

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Determinantes e indicadores de saúde

Os epidemiologistas estão preocupados não somente com a ocorrência das doenças, mas também com as suas principais conseqüências, que são limitação, incapacidade e deficiência, definidas pela OMS através da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIFIS).

A CIFIS é uma ferramenta útil para medir e entender esses tipos de desfechos limitação, incapacidade e deficiência, podendo ser usada dentro dos serviços formais de saúde e também em pesquisas populacionais.

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Os parâmetros-chave da CIFIS são:limitação: qualquer perda ou anormalidade de

estrutura ou de função psicológica, fisiológica ou anatômica;

incapacidade: qualquer restrição ou falta (resultante de uma limitação) de habilidade para realizar uma atividade considerada normal para o ser humano;

deficiência: desvantagem resultante de limitação ou incapacidade que impede o indivíduo de desempenhar uma vida normal (dependendo da idade, sexo, fatores sociais e culturais).

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Desfechos não fatais em saúde

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Determinantes e indicadores de saúdeOs determinantes de saúde são definidos

como fatores sociais, econômicos, culturais e ambientais, a maioria dos quais fora do setor saúde, mas responsáveis pela manutenção da saúde ou instalação da doença no indivíduo.

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Determinantes e indicadores de saúde Os indicadores de saúde também podem ser

utilizados como componentes no cálculo de inúmeros índices de desenvolvimento social.

O melhor exemplo é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que, baseado nos níveis de desenvolvimento econômico, social, literário, educacional e expectativa de vida ao nascer, classifica anualmente os países.

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Determinantes e indicadores de saúde.Diferentes causas afetam o estado de saúde

das populações. A longevidade de uma população associada a alguma noção da sua qualidade de vida é refletida na seguinte medida:

• anos potenciais de vida perdidos (APVP) baseados nos anos de vida perdidos em decorrência de morte prematura (antes de uma idade arbitrariamente determinada);