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Pág. 6 Planalto anuncia congelamento de salários para ‘compensar’ CPMF Pág. 8 Bloco dos Aposentados realiza ato em defesa de direitos, dia 24 de janeiro DIA DOS APOSENTADOS Aposentadoria digna para todos! Em defesa do Plano de Carreiras com paridade entre ativos e aposentados! Contra o congelamento de salários! Contra as gratificações produtivistas! Pagamento imediato das ações judiciais ganhas pelos servidores! Então você já sabe, toda vez que ele mexer no bolso, você dá uma mordida! Campanha Salarial Foto: Jesus Carlos/Imagem Latina

Campanha Salarial Planalto anuncia congelamento de ... · produtividade), o início dos processos de execu ção das ações dos 3,17% e dos 28,86% para os tra balhadores da Saúde

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Page 1: Campanha Salarial Planalto anuncia congelamento de ... · produtividade), o início dos processos de execu ção das ações dos 3,17% e dos 28,86% para os tra balhadores da Saúde

Pág. 6

Planalto anuncia congelamento de salários para ‘compensar’ CPMF

Pág. 8

Bloco dos Aposentados realiza ato em defesa de direitos, dia 24 de janeiro

dia dos aposentados

Aposentadoria digna para todos! Em defesa do Plano de Carreiras com paridade entre ativos

e aposentados! Contra o congelamento de salários! Contra as gratificações produtivistas! Pagamento imediato das ações judiciais ganhas

pelos servidores!

Então você já sabe, toda vez que

ele mexer no bolso, você dá uma mordida!

Campanha Salarial

Foto: Jesus Carlos/Imagem Latina

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2007 foi um ano de muitas lutas para os traba­lhadores da Seguridade Social e para os setores dos movimentos sociais que não se vergaram dian­te do governo Lula.

Já em março, mais de seis mil pessoas participa­ram do Encontro Nacional Unificado que aprovou uma jornada de mobilizações ao longo de todo o ano. Esta jornada culminou na marcha a Brasília, em outubro, quando mais de 16 mil pessoas disseram “não” as ‘reformas’ da Previdência, Universi­tária, Sindical e Trabalhista impostas pelo Planalto para retirar direitos.

Em São Paulo, os trabalhadores também abriram e fecharam o ano passado lutando: contra a “alta progra­mada”, a política salarial baseada em gratificações por produtividade, pelo cumprimento dos acordos que encer­raram a greve de 2005 e por melho­res condições de trabalho. A categoria também esteve presente em todos os protestos contra o desmonte do Estado e dos serviços públicos.

2007 também foi um ano de con­quistas. A mobilização garantiu a re­tomada do pagamento dos 47,11% na Saúde, o direito de retorno ao INSS para os servidores lotados na Super Receita, o reajuste da GDASS no

INSS (ainda que sob a forma de gratificação por produtividade), o início dos processos de execu­ção das ações dos 3,17% e dos 28,86% para os tra­balhadores da Saúde e do INSS.

Mas o governo Lula não se dá por vencido, e

aproveita os altos índices de popula­ridade reforçados pela grande mídia para impor novos ataques. Para 2008 está prevista a possibilidade de redu­ção salarial por conta das gratificações produtivistas, uma nova ‘reforma’ da Previdência para retirar ainda mais direitos dos trabalhadores do setor privado. O Planalto também faz chan­tagem com o fim da CPMF e ameaça congelar salários e suspender concur­sos. Mesmo com a manutenção da DRU (Desvinculação de Receitas da União, que retira dinheiro da saúde e da educação) preservada em meio a mais uma onda de negociatas.

Por isso, em 2008 a categoria deve estar preparada para mais uma vez enfrentar o projeto neoliberal e lutar por seus direitos e conquistas. Neste ano que se inicia, a palavra de ordem “Nenhum direito a menos, avançar nas conquistas” segue na ordem do dia. E isso só será possível com a participa­ção de cada um.

Página 02 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 248 18 de janeiro de 2008

Em 2008: Nenhum direito a menoseditorial

pérolas

“Nós prendíamos e mandávamos de volta (...) Isso não é crime” Jarbas Passarinho, ministro da “Educação” no governo Médici - o que mais torturou e matou durante da ditadura militar no país -, sobre a Operação Condor, na qual o Brasil participou ativamente da repressão coordenada pelas ditaduras do Cone Sul contra ativistas de esquerda.

Nesta edição, excepcionalmente, não é publicada a coluna CONJUNTURA

outras lutas

Sinsprev com D. Cappio contra a transposição do rio São Francisco

A diretoria do Sinsprev cha­ma toda a categoria a apoiar a luta contra a transposição do rio São Francisco. A alteração do curso das águas está sendo promovida pelo governo Lula para beneficiar gran­des exportadores da região nordeste do país.

A mobilização contra a mudan­ça do curso do rio tomou força em virtude de duas greves de fome re­alizadas pelo bispo de Barra (BA), Dom Luiz Flávio Cappio. Em 2005, o bispo jejuou por 11 dias - suspen­dendo o protesto após acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Sil­va para que as obras fossem para­lisadas e discutidas alternativas de menor impacto ambiental e finan­ceiro com a sociedade. No entanto, o governo Lula quebrou o acordo e deu continuidade à transposição.

Em resposta, Dom Cappio ini­ciou novo jejum, que desta vez du­rou 23 dias e foi encerrado no dia 19 de dezembro por determinação médica após o religioso perder a consciência devido à desidratação, à fome e à desilusão com a decisão do Supremo Tribunal Federal de cassar a liminar que impedia a con­tinuidade das obras.

A nova manifestação do bispo conquistou apoio em todo o país e também protestos internacionais. Os participantes do movimento

contra a transposição defendem projetos alternativos à obra, como a construção de cisternas para cap­tação de água das chuvas e projetos desenvolvidos pela Agência Nacio­nal de Águas a um custo inferior ao da transposição.

A obra da transposição, a mais cara do PAC (Programa de Acele­ração do Crescimento) de acordo com levantamento feito pelo jornal “Folha de SP”, já consumiu R$ 370 milhões dos cofres públicos. Só em 2007 foram R$ 186 milhões, en­quanto as ações de revitalização das bacias hidrográficas do país - que incluem o rio São Francisco ­ re­ceberam menos de R$ 60 milhões. Documentos do PAC mostram que, até 2010, a cada real investido na revitalização do São Francisco, se­rão gastos quatro com a transposi­ção, cujo custo estimado é de R$ 5 bilhões, a maior parte destinada ao pagamento de empreiteiras pri­vadas.

No próximo dia 20 de janeiro, às 14 horas, o bispo estará em São Paulo para fazer uma celebração na igreja de São Judas (Avenida Jaba­quara, 2682) a partir das 14 horas. Às 13 horas, várias entidades, entre elas o Sinsprev, realizam um ato em solidariedade ao bispo e contra a transposição. Toda a categoria está convidada.

‘A palavra de ordem “Nenhum direito a menos,

avançar nas conquistas”

segue na ordem do dia’

“Entre nós democracia não há, pois a ausência de um sistema de educa-ção, a maioria de fato padece, excluída do governo” (Ruy Barbosa, 1849-1923)

“Todo estado onde a multidão é pobre e sem regalia deve forçosamente ter um inimigo”(Aristóteles, 384-322 AC)

Sob uma política social a maioria do povo prospera, mas sob uma política privada, só a minoria abastada cresce e enriquece. Os trabalhadores sem noções de política geralmente votam na propaganda da minoria e sem representantes no poder ficam.Os que vivem do trabalho, ao obter aumento de salários, julgam que venceram, mas olvidam que os empresários anulam a vantagem ao aumentar os preços. Ninguém consegue corretamente votar se descon-hece a definição de política: “política é guerra por interesses” (Platão, 427-347 AC).

Maximiano L. Santos, servidor aposentado

Os mestres ensinampalavra do servidor

enquete

EnquEtE rEalizada pElo sitE do sinsprEv no pEríodo dE 12/11/07 a 17/01/08

Você concorda com o aumento no tempo de contribuição, sinalizado pelo Ministro da Previdência a fazer como parte da nova reforma?

97,11%NÂO

2,42% NãO sei/

NãO teNhO OpiNiãO

6,27% siM

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Página 03 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 248 18 de janeiro de 2008

Luta por direitos

Novo Jurídico: um ano de muito trabalho Execuções dos 28,86% e dos 3,17%, retomada do acompanhamento de processos e atendimento direto à categoria são as marcas do primeiro semestre de reestruturação do departamento Jurídico do Sinsprev * Diretoria e advogados preparam novas ações para 2008

Em janeiro do ano passado teve início o fun­cionamento do novo departamento Jurídico do sindicato. Após o término do inventário das ações movidas pelos advogados que foram desligados do Sinsprev, o novo corpo jurídico iniciou o acompa­nhamento dos processo de execução das ações que cobram os 3,17% (diferença salarial não paga entre janeiro de 1995 e dezembro de 2001, reconheci­da pelo Supremo Tribunal Federal com o descon­to das parcelas pagas hoje administrativamente) e os 28,86% (pedido de equiparação com o reajuste concedido aos militares por FHC em janeiro de 1993). Há 11 anos, os servidores esperam o paga­mento desses passivos.

Advogados reconhecidos coordenam execuções processuais

Para coordenar a execução das duas ações e tam­bém do processo que cobra diferenças do PCCS foram contratados temporariamente os advogados Glênio Ohweiller, Luiz Fernando Silva, Marcelo Trindade e Roberto Marinho – todos assessores da federação nacional (Fenasps) e com reconhecida ex­periência jurídica na obtenção de conquistas para a categoria.

A ação do PCCS para os trabalhadores do INSS (nº 3127/1995, que tramita na 70ª vara trabalhista)

já transitou em julgado e os advogados do sindicato estão iniciando o processo de execução. Não será necessária a outorga de procuração individual, pois a execução será feita coletivamente, para agilizar os pagamentos.

A ação do PCCS da Saúde (nº 3126/1995, em an­damento na 64ª vara) aguarda julgamento de recur­sos interpostos pelo Instituto e pela Advocacia Geral da União ­ que representa o Ministério da Saúde ­ junto ao Tribunal Superior do Trabalho. O sindicato já tomou as medidas jurídicas cabíveis.

Ampliação do departamento permite atendimento direto aos

servidoresAlém dos quatro advogados contratados espe­

cificamente para dar andamento aos processos de execução, o Sinsprev também contratou outros ad­vogados para acompanhar as demandas cotidianas da categoria.

Os advogados Cássio Lavorato, Luciane Castro e Orlando Faracco acompanham as demandas indivi­duais e coletivas de interesse da categoria (como os 28,86%, insalubridade, etc).

O advogado Lúcio França assessora o sindicato no acompanhamento de processos administrativos e judiciais relativos a questões criminais, que têm

aumentado consideravelmente no último período – especialmente em decorrência das políticas pro­dutivistas.

Novas ações também foram ajuizadas no últi­mo período para garantir o respeito a conquistas e reivindicações dos servidores (veja quadro ao lado). Com esta nova forma de funcionamento do Jurídico do sindicato, a diretoria do Sinsprev es­pera atender cada vez melhor à categoria. Para o diretor da Secretaria Jurídica do sindicato, Gilmar Miranda, “hoje a categoria tem acesso ao jurídico para defesa de seus interesses, tanto administra­tiva quando judicialmente, o que não ocorria an­tes. Mas queremos seguir melhorando. O próximo passo é disponibilizar a consulta processual por internet”.

Outros processos judiciais estão sendo prepara­dos para este início de ano.

Os advogados do sindicato também têm acom­panhado assembléias e reuniões da categoria, faci­litando a prestação de esclarecimentos necessários. O atendimento também cresceu. Só entre novembro e dezembro, foram respondidos 150 e­mails, reali­zados 250 atendimentos pessoais e por telefone pe­los advogados e mais de 700 ligações mensais para encaminhamento e informações sobre os processos foram registradas.

ISONOMIA GDASS/INSS – Coletiva que visa garantir a paridade no pagamento da gratificação aos servidores aposentados, conforme decisão conferida pelo STF a servidores do Ministério dos Transportes. Processo número 2007.61.00.00032161-4.

ISONOMIA GDAST/Saúde – Coletiva que visa garantir a paridade no pagamento da gratificação aos servidores aposentados, conforme decisão conferida pelo STF a servidores do Ministério dos Transportes. Processo número 2007.6100.00032162-6.

INSALUBRIDADE NA SAÚDE – Ação individual para servidora que pede conversão de tempo de serviço para fins de aposentadoria.

GESS/GDASS – Processos também individuais que questionam a redução ou retirada das gratificações nos contracheques de alguns servidores.

DISCRIMINAÇÃO NA SAÚDE – Diversas ações de grupos de ser-vidores aposentados (plúrimas) buscam reduzir a diferença dos valores pagos aos autores dos processos a título de proventos em relação ao que é pago a trabalhadores da ativa.

Novas ações movidas pelo Sinsprev

28,86% do Ministério da Saúde - a sentença transitou em jul-gado reconhecendo o direito às diferenças salariais nos termos da de-cisão do Supremo Tribunal Federal. Os advogados do sindicato estão buscando audiência com a Procuradoria Geral da União para fechar acordo sobre os valores a serem pagos, conforme decisão de assem-bléia, a fim de agilizar a quitação da dívida.

3,17% do INSS - Em 26 de julho de 2007, o INSS interpôs recurso de apelação contra a sentença que reconheceu o direito às diferenças salariais do reajuste de 3,17% acrescidas dos juros moratórios de 12% ao ano. O sindicato interpôs recurso adesivo à apelação do INSS e os dois pedidos aguardam julgamento no Tribunal Regional Federal da 3ª Região. O tema também será discutido no Grupo de Trabalho sobre passivos formado pelo governo, que deve retomar as atividades em março.

28,86% do INSS - O STF negou seguimento ao recurso do INSS que questionava a legitimidade do sindicato para atuar como substi-tuto processual da categoria. Esta decisão ainda não transitou em jul-gado, tendo em vista que a AGU peticionou requerendo a intimação pessoal da Procuradoria-Geral Federal Especializada (do INSS). Os advogados do Sinsprev buscam acordo com a União para pagamento das ações sobre as quais não cabe mais recursos.

PCCS do INSS – Está em fase de execução, pois ocorreu o trânsito em julgado no segundo semestre do ano passado, ou seja, não cabe mais recurso. O Jurídico está tomando as medidas cabíveis para acel-erar o pagamento.

PCCS do Ministério da Saúde – o processo está no TRF-3 aguar-dando decisão de recursos da União e Procuradoria Regional do Tra-balho perante o TST.

ação dos 28,86%

A diretoria do Sinsprev orienta a todos os servidores que tragam a docu­mentação necessária para o sindicato e que não assinem nenhuma procura­ção em nome de terceiros. Aqueles que eventualmente já tenham outorgado procuração a algum advogado têm o direito legal de revogá­la.

Todo os servidores que assinaram procuração para entrar nas ações plúrimas do sindicato também podem revogar os documentos e assinar novas procurações para os atuais advogados da entidade.

O Sinsprev não pode se responsabilizar juridicamente por ações que não estejam sob o patrocínio de advogados contratados formalmente pela entidade e, por isso, chama todos os servidores que estão nestas ações a comparecer no sindicato.

Sindicato convoca servidoresaçÕes Coletivas

Jurídico apresenta infome do andamento das ações da categoria

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Página 04 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 248 18 de janeiro de 2008

Luta contra produtividade e redução de salários continua com força em 2008

“O INSS está um caos. O ano é novo, mas os problemas são velhos, e estão se agravando”, esta é a opinião da diretora do Sinsprev Gilceli Lima, a Gil, lotada na APS Guarulhos.

Neste mês de janeiro, novamente a Dataprev errou muitos pagamentos, gerando inúmeros ca-sos de duplicidade de ordens de depósito dos benefícios. Para “corrigir” o equívoco, os dois comandos foram cancelados pelo sistema dei-xando segurados sem pagamento. “Também er-raram de novo as reativações, nos casos de alta programada, fazendo milhares de pagamentos errados, que temos que cancelar e refazer, de-pois passar para liberação. Nesses dois casos o segurado fica esperando mais de 10 dias pra re-ceber”, ressalta Gil.

As perícias, pedidos de prorrogação dos be-nefícios e de revisão dos resultados de perícia também estão estrangulados porque o sistema de internet não funciona, afetando os postos e o atendimento pelo “Disque 135”. Mesmo quando o segurado vai até às agências e consegue mar-car a perícia, após realizá-la o resultado não é enviado para a residência e, quando isso acon-tece, na maioria dos casos está havendo nega-tiva da concessão de benefícios. Em muitos ca-sos, pela demora no envio da correspondência o segurado acaba, em alguns casos, até mesmo perdendo o emprego. Isso ocorre porque quan-do o trabalhador recebe o resultado da perícia já se passaram muitos dias da alta médica e as empresas computam os dias não trabalhados

como falta.Muitos benefícios também têm sido in-

deferidos por negativa médica, e muito dos casos o segurado já perdeu o prazo para recorrer.

“Na APS/Guarulhos estamos atenden-do mais de mil segurados por dia, fora os que dispensamos por não conseguirmos dar senha. Todos os dias têm pessoas para serem atendidas após às 18 horas. Os servidores já estão esgotados”, rela-ta Gil.

Aumento da jornada pressiona ainda mais

servidores

Em Sorocaba, a Dirat (Diretoria de Atendimento) está exigindo das agên-cias um aumento de 40% no número de atendimentos mensais. “Sendo que não estão sendo aumentado o núme-ro de funcionários”, relata o também diretor do sindicato Marcelo Gomes Santana.

Essa pressão sobrecarrega os funcionários do atendimento, faz com que funcionários da retaguar-da sejam deslocados para o aten-dimento - causando prejuízos tan-to à APS como para os segurados que sentem a piora de qualidade dos serviços prestados.

Trabalhadores são pressionados a cumprir metas inatingíveis, segurados ficam sem benefício e governo inaugura agências sem funcionários

INSS

Além de prejudicar segurados e pressionar os servidores, o governo e a direção do INSS ainda ameaça os trabalhadores de terem redu-ção salarial. Neste mês de fevereiro teria iní-cio a avaliação de produtividade imposta pelo Planalto quando da concessão do reajuste da

GDASS - no ano passado. A produ-tividade será aferida individualmente e institucionalmente, abrindo as por-tas para perdas salariais. Embora o governo não tenha definido se vai aplicar os critérios de medição do cumprimento de metas já a partir de fevereiro, os servidores já sinalizam que não vão aceitar calados tama-nho ataque.

Durante a inauguração da agen-cia de Beneficios por incapacidade, no Glicério, os servidores alertaram que se houver redução salarial a categoria pode deflagra uma nova greve.

A direção do Sinsprev vai convocar a cate-goria para discutir as ameaças do governo e, na primeira reunião do Conselho de Represen-tantes deste ano, no dia 9 de fevereiro, serão debatidas as iniciativas de mobilização.

Ameaça de redução salarial gera indignaçãomobilização

Reunião do Conselho de

RepresentantesDia 9 de fevereiro

(sábado)

A partir das 9 horas, na sede do Sinsprev

Rua Antonio de Godoy, 88 2º andar - Centro

São Paulo

Foto:Manoel Messina

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Página 05 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 248 18 de janeiro de 2008

Ameaça da produtividade e discriminação de aposentados segue

Saúde

Embora o governo não tenha apre­sentado até agora nenhuma proposta oficial de negociação com os servi­dores, diversos sindicatos divulgaram o documento que foi levado à última reunião do GT/Seguridade em no­vembro do ano passado.

O assessor jurídico da federação nacional (Fenasps) e do Sinsprev, Luiz Fernando Silva, debruçou­se sobre o documento ventilado pelo governo no Grupo de Trabalho da Se­guridade Social em novembro do ano passado.

Por isso, esta edição do Jornal do Sinsprev publica os esclarecimen­tos feitos pelo advogado para que os servidores tenham clareza de toda a discussão apresentada e não fiquem à mercê de entidades que já têm defen­dido a “proposta” sem que ela sequer exista formalmente – o que pode le­var a prejuízos para a categoria.

Por todos os problemas existentes no esboço de proposta apresentado pelo governo, assembléia realizada pelo Sinsprev no dia 21 de novembro de 2007, deliberou pelo pedido de esclarecimentos ao Planalto sobre o detalhamento dos objetivos governa­mentais. Além disso, também foi en­caminhada à Fenasps proposta de que este detalhamento seja amplamente discutido com a categoria em todo o país antes de qualquer deliberação sobre a mesma, que deve se dar em plenária nacional dos trabalhadores da Seguridade Social.

O texto apresentado pelos repre­sentantes do Planalto em reunião re­alizada no dia 14 de novembro seria a base para uma proposta, ainda não for­

malizada, de reestruturação da tabela salarial dos servidores que fizeram opção pela denominada “Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho” (medida provisória 301/2006, poste­riormente convertida na lei 11.355, de 19 de outubro de 2006). Mas, para Luiz Fernando, restam ainda muitos pontos a serem esclarecidos pelo go­verno antes mesmo que os servidores possam se debruçar sobre a análise da “proposta”.

Antecipação do PCCS é negado pelo próprio

governo

O governo já negou que pretenda antecipar as parcelas do PCCS sem mobilização da categoria. De qual­quer forma, se fosse implementada, a “proposta” apresentada ao GT, a su­posta antecipação não incidiria sobre toda a remuneração dos servidores, mas apenas sobre o vencimento­base (a não ser nos casos das parcelas que são calculadas sobre o vencimento básico ­ anuênio, adicional de insa­lubridade e algumas vantagens judi­ciais – que também teriam o mesmo reajuste).

Há outro aspecto negativo, ve­rificado no documento. De acordo com Luiz Fernando, “ao somar­se ao vencimento­básico uma parcela do chamado ‘adiantamento do PCCS’, passamos a ter um novo vencimen­to­básico mais robusto, o que acaba reduzindo, na mesma proporção, a rubrica hoje percebido por alguns ser­vidores a titulo de ‘complementação de salário­mínimo’”.

O advogado explica ainda que

“servidores em idênticas situações, desta forma, acabam sofrendo refle­xos percentuais diferentes quando da incorporação das parcelas do PCCS, alguns deles chegando mesmo a não sentir qualquer alteração nas suas re­munerações finais”.

Governo não esclarece metodologia de

incorporação das gratificações nem garante paridade

Sobre a incorporação da GAE (gra­tificação por atividade executiva), VPI (vantagem pessoal identificada – abo­no de R$ 59,87 concedido pelo gover­no em 2003 no lugar da data­base) e das gratificações de produtividade aos vencimentos­básicos, Luiz Fernan­do alerta para o fato de que ainda há “diversas dúvidas ainda pairam no ar sobre a forma como este processo se daria, bem assim dos parâmetros to­mados por base para esta incorpora­ção” e que “a tabela apresentada pelo governo não é suficiente para explicar como este processo se daria”.

Uma das primeiras preocupações do advogado a este respeito é que o governo não deixou claro quais par­celas sofreriam as modificações de­correntes na tabela salarial. Além dis­so, não ficou esclarecido também se a incorporação da GDAST se dará pelo patamar de 60 pontos hoje pago aos servidores da ativa ou se a gratifica­ção será incorporada integralmente. Por último, em relação aos aposenta­dos, não está garantida da isonomia e a paridade.

Para Luiz Fernando, “as dúvidas remanescentes exigem esclarecimen­tos que nos dêem as condições míni­mas até mesmo de propor eventuais modificações na sistemática de incor­poração”.

Produtividade já foi rechaçada pela

categoriaO governo insiste na política sa­

larial produtivista. Mesmo na “pro­posta” informal apresentada no GT da Seguridade Social está prevista a criação de uma nova gratificação de desempenho, por pontos, em valores proporcionais à classe/padrão ocupa­da pelo servidor.

Na opinião de Luiz Fernando, ao propor a instituição de uma nova gratificação produtivista, “o próprio governo já adianta que manteria o tra­tamento diferenciado entre servidores ativos, aposentados e pensionistas”.

As gratificações produtivistas já foram rechaçadas pela categoria em fóruns do Sinsprev e outros sindica­tos estaduais e também nas atividades organizadas pela Fenasps.

Servidores devem ficar atentos a manobras dos setores governistas para tentar empurrar goela abaixo da categoria política salarial que pode trazer prejuízo embutido * Em reunião com entidades no dia 11 de janeiro governo afirma que não pretende antecipar parcelas do PCCS

No último dia 11 de janeiro, representantes do próprio Ministério do Planejamento negaram a pos-sibilidade de antecipação das parcelas do PCCS em reunião com dirigentes sindicais da categoria. A negativa foi apresentada em reunião com diri-gentes da federação nacional (Fenasps). Em nome do governo, participaram Nelson de Oliveira, Ana

Lúcia da Silva e Sandro Olivier – que integram o setor de Relações Sindicais e a Secretaria de Re-cursos Humanos do Ministério do Planejamento. A reunião aconteceu em Brasília.

A proposta que havia sido sinalizada no Gru-po de Trabalho da Carreira da Seguridade Social no final do ano passado e defendida pelos setores

governistas do movimento sindical, foi retirada sob a justificativa de que estaria inviabilizada pelo fim da CPMF.

As direções da Fenasps e do Sinsprev ressaltam para todos os servidores da Saúde que até o fecha-mento desta edição, nenhuma proposta oficial de negociação foi apresentada pelo Planalto.

Governo ainda não apresentou proposta de negociação no GT da Carreira da Seguridade

atenção

Advogado da Fenasps levanta vários aspectos negativos na política sinalizada pelo governo

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Página 06 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 248 18 de janeiro de 2008

“Bloco dos Aposentados” realiza protesto dia 24 de janeiro contra retirada de direitos

Ativos na luta

O próximo 24 de janeiro (quinta-feira) é Dia Nacional dos Aposenta­dos. Mais uma vez, aqueles que con­tribuíram por quase toda a vida para a construção da riqueza do país e, no caso específico da categoria, para o de­senvolvimento da Seguridade Social têm pouco a comemorar. Por isso, no­vamente o Sinsprev convida todos os trabalhadores – aposentados e também

ativos – a participarem da manifesta­ção que será realizada ao longo do dia em defesa dos aposentados e contra as políticas neoliberais que vêm sendo mantidas e aprofundadas pelo governo Lula. A partir das 9 horas, uma barraca do sindicato será montada em frente à gerência executiva regional do INSS em São Paulo (no Largo de Santa Ifi­gênia, 266, no centro da capital). Ao

longo da manhã serão distribuídos pan­fletos à população explicando porque a situação da Previdência e da Saúde pública no Brasil é tão grave e como as políticas governamentais só pioram a situação, além de retirar direitos de quem trabalhou a vida inteira. A partir das 14:30 horas, um ato será realizado no mesmo local. Depois, os servidores seguirão numa caminhada até a Praça da Sé, com o “Bloco dos Aposentados” dialogando com a população num ani­mado protesto que terá direito a banda de música, já que estamos às vésperas do carnaval. Serão distribuídas bananas à população para lembrar o que o go­verno vem dando para os aposentados.

A atividade foi aprovada na última reunião da Secretaria de Aposentados do sindicato, realizada no dia 10 de ja­neiro. Toda a categoria está convidada e se você está lendo esta matéria e tem amigos aposentados pode não só par­ticipar da manifestação, mas também ajudar na sua construção avisando a

seus colegas.O protesto vai cobrar a melhoria

dos benefícios sociais e defender apo­sentadorias dignas para todos os tra­balhadores, dos setores público e pri­vado, denunciar a quebra da paridade entre servidores ativos e aposentados promovida pelos sucessivos governos desde Fernando Collor e mantida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e repudiar a terceira ‘reforma’ da Previ­dência iniciada pelo governo Lula (com previsão de aprovação no Congresso Nacional ainda em 2008) para retirar direitos dos trabalhadores e aposenta­dos do setor privado. Um dos ataques já iniciados é a convocação de cerca de 3 milhões de aposentados por invalidez em todo o país, que podem perder seus benefícios. Outra manobra que vem sendo feita administrativamente pelo governo petista para preparar a nova ‘reforma’ da Previdência é a implanta­ção de medidas que dificultam a con­cessão de benefícios.

Panfletagem ao longo de todo o dia e protesto a partir das 14h30, em frente à gerência regional (Viaduto de Santa Ifigênia, 266 – Centro de São Paulo) denunciam discriminação a aposentados e ‘reforma’ da Previdência e exige melhoria dos serviços públicos

Passados 10 anos do início do proces-so de desmonte da Previdência pública no Brasil, com a ‘reforma’ promovida ainda no governo Fernando Henrique Cardo-so, o Supremo Tribunal Federal tem nas mãos mais uma vez a possibilidade de garantir o respeito à Constituição Fede-ral e revogar as mudanças feitas na car-ta constitucional à revelia da lei. No dia 19 de dezembro passado a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) pro-pôs ao STF ação direta de inconstitucio-nalidade (Adin), com pedido de liminar, questionando o inciso VI do artigo 93 da Constituição Federal. O dispositivo foi in-cluído na Constituição na ‘reforma’ pre-videnciária de FHC.

Como a mudança constitucional feita no go-verno Lula (emenda 41/2003) se deu com base na ‘reforma’ de FHC, também seria ilegal.

A Associação dos Juízes relembra que a ‘re-forma’ de FHC teve início com a proposta de emenda constitucional 33/95, que, depois de aprovada em dois turnos pela Câmara dos De-putados, em julho de 1996, foi encaminhada ao Senado, onde foi renumerada para PEC 33/96 e recebeu uma série de emendas. Na época, o senador Beni Veras (PSDB/CE) apresentou à Comissão de Constituição e Justiça do Senado

um substitutivo ao texto que fora aprovado na Câmara. O substitutivo foi aprovado no plená-rio da Casa e remetido novamente à Câmara, como previsto na Constituição. No entanto, a Ajufe ressalta que o texto aprovado na Câmara dos Deputados sofreu uma série de alterações e não voltou ao Senado.

Pelo parágrafo 2º do inciso II do artigo 60 da Constituição de 1988, a discussão e votação de emendas à Carta têm que passar obrigato-riamente pela Câmara e pelo Senado. Já o arti-go 65 determina que projeto emendado tem de voltar à casa iniciadora.

‘Reformas’ aprovadas com compra de votos e

mensalãoO desrespeito à Constituição não

foi a única ilegalidade das ‘reformas’ patrocinadas por FHC e Lula. Denún-cias de corrupção não faltaram à épo-ca do processo realizado por Fenando Henrique. A ‘reforma’ de Lula passou no Congresso Nacional sob a aura do ‘mensalão’ (caixinha paga a parlamen-tares para garantir a aprovação de pro-jetos do Planalto).

A revogação das duas ‘reformas’ pode trazer de volta uma série de direi-tos perdidos pelos trabalhadores.

A adin da Associação de Juízes recebeu o número 3998 no STF e sua tramitação pode ser acompanhada pela internet através da página www.stf.gov.br. O relator do processo é o mi-nistro Gilmar Mendes, que foi advogado geral da União no governo Fernando Henrique – mas com a divulgação da ação e a sociedade acom-panhando o processo pode-se obter a efetiva justiça na decisão do STF. Por isso, a diretoria do Sinsprev seguirá acompanhando a tramitação da Adin e novas informações serão repassadas à categoria.

Juízes questionam no STF ‘reformas’ previdenciárias de FHC e Lulaem defesa da aposentadoria

Ação pede declaração de inconstitucionalidade das mudanças feitas passando por cima da Constituição Federal * Servidores denunciaram ilegalidade das ‘reformas’ – aprovadas mediante liberação por esquemas de corrupção – desde 1998

Servidores de São Paulo durante a marcha contra as ‘reformas’ de Lula, em outubro de 2007, no DF

Foto:Manoel Messina

Ato dos aposentados em 2007

Foto: Jesus Carlos/Imagem Latina

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Página 07 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 248 18 de janeiro de 2008

Geap

Pressão dos trabalhadores garante permanência dos pais por mais 180 dias

Após meses de mobilização das entidades nacionais representativas do funcionalismo, o Ministério do Plane­jamento publicou portaria no último dia 27 de dezembro assegurando por 180 dias a manutenção dos pais e de­pendentes dos servidores nos planos de saúde mantidos pela Geap (Funda­ção Seguridade Social).

A portaria 01, que revoga a portaria 1983/2006, também determina que até março a Geap se adeque às determi­nações da Agência Nacional de Saúde complementar que vinham sendo des­cumpridas pela fundação. Embora a determinação não abarque as últimas mudanças relativas aos planos de saú­de publicadas no início deste ano pela ANS, já será muito importante para forçar o atendimento às normas cons­tantemente desrespeitadas pela Geap.

A luta agora é assegurar que o go­verno também cumpra a decisão da Justiça Federal, que concedeu liminar

garantindo atendimento a todos os ser­vidores federais e seus dependentes nos planos mantidos pela Geap.

A íntegra da portaria pode ser lida na página do sindicato na Internet (www.sinsprev.org.br). Os servidores que con­tinuarem tendo problemas com a fun­dação devem procurar imediatamente o departamento Jurídico do Sinsprev.

No entanto, a portaria já está desa­tualizada em relação à resolução nor­mativa 167, publicada pela ANS em 10 de janeiro deste ano. A Geap terá até março de 2008 para se adequar as novas normas da ANS, que entram em vigor em 1 de abril de 2008, para todos os planos de saúde complementar.

Os novos valores da contribuição per capta que o Ministério anunciou no ano passado como sendo referentes ao reajuste da tabela de financiamento da Geap ainda estão em discussão. Em reunião no Ministério do Orçamento, Planejamento e Gestão (MPOG) no dia

7 de dezembro, o governo anunciou a pretensão de aumentar os valores das contribuições per capta da Geap, mas dirigentes da federação nacional (Fenasps) propuseram dilatar o prazo desta discussão por 60 dias (até o mês de março). Na reunião no MPOG a única entidade nacional presente foi a

Fenasps, que ­ por isso – pediu a sus­pensão da discussão até o início deste ano. A diretoria da federação vai dis­cutir com as demais entidades repre­sentativas dos servidores federais uma proposta alternativa à do governo para evitar o aumento da oneração dos tra­balhadores com o plano.

Luta pela permanência definitiva dos pais segue * Fenasps vai discutir com as demais entidades nacionais do funcionalismo contra-proposta ao aumento da contribuição dos servidores

Sinsprev participou ativamente da luta pela revogação da portaria 1983/2006 que permitia a exclusão dos pais do plano de saúde

Foto: Manoel Messina

No final do ano passado a Agência Nacional de Vigilância Sa-nitária (Anvisa) firmou novo convênio com a Geap, devido ao en-cerramento do prazo do contrato anterior. A Geap, então, passou a argumentar que os servidores não seriam atingidos pela liminar que garantiu a permanência dos pais e dependentes dos trabalhadores nos planos mantidos pela Fundação Seguridade Social.

A opinião da direção da federação nacional (Fenasps) é dife-rente. A assessoria jurídica da federação peticionou, nos autos do processo em que foi conferida a liminar garantindo a todos os ser-vidores públicos federais a manutenção de pais e dependentes no plano, documento informando que o novo convênio caracterizaria descumprimento das respectivas decisões judiciais.

A direção da Fenasps também orienta todos os servidores a se-guirem pagando os boletos enviados pela Geap para garantir os plenos direitos de utilização dos planos.

A assessoria Jurídica da Fenasps também juntar às ações movi-das pela federação e sindicatos estaduais, entre eles o Sinsprev, a garantia de atendimento aos pais dos servidores e, no caso especí-fico da Anvisa, a devolução dos valores pagos pelos servidores pela associação dos pais aos planos.

Os servidores que encontrarem problemas devem entrar em contato com o Jurídico do sindicato.

Fenasps busca na justiça evitar prejuízos aos servidores da Anvisa

Geap - anvisa

Novo convênio tem sido usado pela gestão da Geap para burlar liminar que garante manutenção dos pais nos planos mantidos pela fundação

No último dia 21 de dezembro a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento publicou o ofício-circular 17. O documento de­termina que o período de trabalho no qual os servidores do INSS estavam vinculados ao regime geral de Previdência Social (regidos pelas normas da Consolidação das Leis do Trabalho) deverá ser averbado ao tempo de ser­viço automaticamente, sem a necessidade de emissão de certidão de tempo de serviço/contribuição por parte do Instituto.

Em 27 de novembro do ano passado, o INSS havia publicado o me­morando­circular 81, pedindo o sobrestamento das averbações, alegando que a instrução normativa 3/2006 não esclarecia que medidas deveriam ser tomadas para garantir o direito dos servidores. Então, em 21 de dezembro de 2007, o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Ferreira, publicou novo ofício-circular (de número 17) determi­nando que não haveria necessidade de emissão de certidão. A averbação, segundo Duvanier, deve ser feita automaticamente.

No último dia 11, memorando-circular da Diretoria de Benefícios do INSS reiterou o entendimento expresso pelo secretário de RH.

Agora, a direção do sindicato vai cobrar a todas as gerências que proce­dam a averbação imediatamente. “Entendemos que não haverá mais proble­mas para a averbação no INSS, inclusive para os servidores redistribuídos do ex-Inamps”, afirma o advogado Cássio Lavorato. Os servidores que ti­verem problemas devem procurar o Jurídico do sindicato.

A diretora da federação nacional (Fenasps) Diná dos Santos Neres ressalta que “ainda estamos aguardando a regulamentação para contagem de tempo de serviço do período regulamentado pelo RJU [Regime Jurídico Único, após 12 de dezembro de 1990]”. Neste caso, há um precedente jurídico pois o Supremo Tribunal Federal reconheceu o direito de uma servidora do Hospital Sara Kubitschek, em Brasília, à aposentadoria com 25 anos de serviço.

MPOG determina averbação de tempo insalubre no INSS

insalubridade

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Página 08 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 248 18 de janeiro de 2008

Lula joga conta da CPMF nas costas dos servidores públicos outra vez

Campanha Salarial

O governo Lula decidiu repassar a conta do fim da CPMF para os servi­dores e trabalhadores assalariados. Em entrevista coletiva na quarta­feira 2, o ministro do Planejamento, Paulo Ber­nardo, disse que as negociações com setores do funcionalismo que envol­vem “aumento de salários” estão sus­pensas por prazo indeterminado e que só podem vir a ser retomadas após o Planalto cortar 20 bilhões de reais do orçamento de 2008.

O anúncio de medidas tributárias e de cortes orçamentários, que só serão detalhados, segundo o governo, em fevereiro, foi fei­to por Bernardo ao lado de Guido Mantega, ministro da Fazenda. Eles anunciaram au­mento de 0,38% do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) para empréstimos para pessoas físicas ­ exatamente o per­centual que deixou de ser cobrado da CPMF, conhecido como ‘imposto do cheque’, que incidia sobre toda movi­mentação bancária – e o aumento, para abril, da alíquota da CSLL (Contribui­ção Social sobre Lucro Líquido) do se­tor financeiro de 9% para 15%.

Ao ser indagado por repórteres sobre um possível congelamento dos salários do funcionalismo, Mantega repassou a pergunta para Bernardo, que reafir­mou que as negociações que estavam em curso ao final do ano passado, en­tre elas a da seguridade social, estavam suspensas. “Não queremos fazer au­mentos nesse momento”, disse. “Esse

debate [as negociações salariais] vai ser fechado quando [alcançarmos] os 20 bilhões de cortes”, afirmou o mi­nistro.

Segundo Paulo Bernardo, no en­tanto, reajustes já aprovados em leis sancionadas não seriam afetados, ao menos por enquanto. “Aquilo que for lei não temos, até agora, intenção de mexer”, disse. Os ministros não cita­ram nenhuma situação específica, mas neste caso estaria incluída a equipara­ção salarial dos reintegrados da Funasa (Fundação Nacional de Saúde).

O ministro do Planejamento disse ain­da que concursos públicos previstos para este ano serão reavaliados. Ele também informou que não haverá au­mento de recursos, além do que está previsto na lei, para a saúde pública.

Na quinta­feira, 10, o Paulo Bernardo reafirmou que os reajustes a servidores públicos e milita­res estão suspensos até que o “rombo” de R$ 40 bilhões no orçamento, provocado pela extinção da CPMF esteja resolvido. “Nós queremos retomar o diálogo com os servidores, mas eu preciso reequilibrar o orçamento”.

Se Paulo Bernardo e o governo Lula acham que vão dialogar com o funcio­nalismo congelando salários e suspen­dendo reajustes terão como resposta a mobilização das categorias.

A federação nacional (Fenasps) deve convocar uma plenária nacional logo após o carnaval para discutir a mobilização.

Servidores já discutem greve em caso de congelamento salarial * Fenasps e sindicatos estaduais seguirão exigindo concurso público no INSS, até o fechamento desta edição mantido

JORNAL DO SINSPREV é uma publicação do sindicato dos trabalhadores em saúde e previdência no estado de são paulo. -- filiado a fenasps e a Cntss/Cut Jornalista responsável: luciana araujo (mtb: 39715). Colaborador: rodrigo mendes. editoração eletrônica: leon Cunha (mtb 50.649). fotolitos e impressão: editora forma Certa. tiragem: 20 mil exemplares. endereços: sede Capital – Centro: rua antonio de Godoy, 88 - 2º andar – Centro - fone: (11) 3361-4344 - e-mail: [email protected] - Cep: 01034-000. sede Capital – aclimação: rua senador felício dos santos, 404 – aclimação - fone: (11) 3207-9344 - e-mail: [email protected] - Cep: 01511-010. sub-sede de Guarulhos: rua dr. eloy Chaves, 208 - vila sorocabana - Guarulhos – sp - fone (11) 6421-0175 - Cep: 07024-181. delegacia regional de araçatuba: rua euclides da Cunha, 48 – araçatuba - fone/fax: (18) 3625-9002 - e-mail: [email protected] - Cep: 16015-453. delegacia regional da baixada santista: av. bernardino de Campos, 145ª - v. belmiro – santos - fone (13) 3221-3028 - e-mail: [email protected] - Cep: 11065-001. delegacia regional de marilia: rua Julio de mesquita, 112 – Jd maria izabel – marilia - fone/fax: (14) 3433-8159 - e-mail: [email protected] - Cep: 17515-230. delegacia regional de piracicaba: av armando salles oliveira, 642 – Centro – piracicaba - fone/fax (19) 3433-3920 ou 3434-3309 - e-mail: [email protected] - Cep: 13400-010. delegacia regional de presidente prudente: rua francisco machado de Campos, 503 - vila nova - presidente prudente - fone (18) 3223-1800 - e-mail: [email protected] - Cep: 19010-300. delegacia regional de ribeirão preto: r. amador bueno, 983 – Centro - ribeirão preto - fone/fax (16) 3625-3228 - e-mail: [email protected] - Cep: 14010-070. sub-sede de barretos: rua avenida 13, 570 – Centro - barretos – sp - fone (17) 3323-6859 - e-mail: [email protected] - Cep: 14780- 615. delegacia regional de são José do rio preto: rua major Joaquim borges de Carvalho, 497 – v. angélica - são José do rio preto - fone/fax (17) 3215-3648 - e-mail: [email protected] - Cep: 15050-170. delegacia regional do vale do paraíba: rua mauricio diamante, 45 – Jd matarazzo – são José dos Campos - fone/fax: (12) 3923-9037 - e-mail: [email protected] - Cep: 12209-570. DIRETORIA COLEGIADA - ADMINISTRAÇÃO: denise maria solimar diana, Gilceli leite lima, Josias de Jesus; APOSENTADOS: edna lopes rosa, maria aparecida vicente assencio, Gilberto silva; ASSUNTOS JURÍDICOS: sandro paulo sabbauskas, Gilmar rodrigues miranda, maria das Graças alves Candido; CULTURAL E POLÍTICAS SOCIAIS: irene Guimarães dos santos, tereza aparecida da Costa, eli nunes dos santos rossignatti; DELEGACIAS E NÚCLEOS: silvia Helena Garcia barreto, Cláudio José machado, maria do Carmo simões de oliveira; FINANÇAS: deise lucia do nascimento, regina Célia porfírio de lima silva, nair assis de oliveira; FORMAÇÃO POLÍTICA E RELAÇÕES INTER-SINDICAIS: rita de Cássia pinto, João maia, nélson novaes rodrigues; IMPRENSA E DIVULGAÇÃO: fábio antonio arruda, José rubens decares, Higino de souza pacanaro; SAÚDE, PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL: vinicius vasconcelos, rita de Cássia assis bueno, felipe antonio neto; SUPLENTES: flávio milton de souza, inez alquati, vanessa marques Castilho Hachuy, marcelo Gomes de santana, maria angelita da silva; CONSELHO FISCAL: leandro Gomes zamboni, Gilberto santos, márcia antonia p. puerro, simone dos santos, maria do Carmo damaceno; SUPLENTES DE CONSELHO FISCAL: odalina bueno de Camargo, José elesbão souza dos santos.

O congelamento salarial anun-ciado pelo governo Lula para ‘com-pensar’ parte das perdas na arreca-dação decorrentes do fim da CPMF é inconstitucional, de acordo com o presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), Walter Nunes, que afirmou no último dia 4 que a associação deverá entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal contra a medida.

A inconstitucionalidade decor-re do descumprimento da revisão anual dos salários prevista no arti-go 37, inciso 10, da Constituição.

O Supremo Tribunal Federal tem decisão favorável à revisão dos salários dos servidores, que vem sendo sistematicamente des-respeitada desde o governo FHC.

A diretoria do Sinsprev não só concorda com o juiz Walter Nunes quanto à inconstitucionalidade do congelamento salarial para os ser-vidores, como denuncia o governo Lula por mais uma vez jogar sobre as costas dos servidores a conta de seus compromissos com banquei-ros e especuladores. O aumento

do IOF – que praticamente dobrou para as pessoas físicas, em sua grande maioria trabalhadores – foi feito apenas para agradar os ad-ministradores do Fundo Monetário Internacional. Assim como a CPMF, que foi constantemente desviada da Saúde (finalidade para a qual ha-via sido criada) para o pagamento de juros aos banqueiros – como di-tam as regras do FMI. A decisão de congelar os salários – anunciada agora como fruto do fim da CPMF – também já havia sido tentada pelo governo Lula (por meio do PLP 001/20007, que faz parte do PAC). Ou seja, a desculpa do go-verno não vai colar. E, na opinião da direção do sindicato, se houve de fato congelamento salarial, os trabalhadores vão “congelar” tam-bém os serviços, fazendo uma nova greve para que sejam respeitados os acordos já firmados com o fun-cionalismo e garantida a reposição da inflação – com isonomia entre ativos e aposentados – para todos os servidores públicos.(Com informações do Sindsprev-RJ).

Servidores e juízes questionam congelamento salarial

reaJuste

Reunião do Conselho de Representantes, no dia 09 de fevereiro, vai debater o tema