133
Edição: SUPERINTENDÊNCIA DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL – CE Coordenação: SUPERINTENDÊNCIA DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL – SE Projeto Gráfico: 18 COMUNICAÇÃO Consultoria para elaboração do Relatório: KEY ASSOCIADOS Fotos: ANTÔNIO CARREIRO ACERVO CEMIG DÁRIO ZALIS EUGÊNIO PACCELLI FERNANDO MARTINS NITRO AGÊNCIA DE IMAGENS PERCIO LIMA ROGÉRIO REIS Informações Corporativas: COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS – CEMIG Av. Barbacena, 1.200 Belo Horizonte – MG – CEP: 30190-131 CNPJ: 17.155.730/0001-64 Telefone: 116 ou 0800 7210 116 Cemig Distribuição S.A. Av. Barbacena, 1.200 – 17º andar – Ala A1 Belo Horizonte – MG – CEP: 30190-131 CNPJ n° 06.981.180/0001-16 Cemig Geração e Transmissão S.A. CNPJ n° 06.981.176/0001-58 Av. Barbacena, 1.200 – 12º andar – Ala B1 Belo Horizonte – MG – CEP: 30190-131 www.cemig.com.br GOVERNO DE MINAS GERAIS RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 PRINCIPAIS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DA CEMIG Os dados financeiros (em R$) são consolidados segundo as normas contábeis brasileiras. Das demais informações, foram excluídas Gasmig, Infovias, TBE e Light, conforme metodologia da Global Reporting Initiative – GRI. 1 Descrições 2004 2005 2006 2007 2008 Dados Gerais Número de consumidores – em milhares 2 5.875 6.010 6.240 6.440 6.602 Número de empregados 10.668 10.271 10.658 10.818 10.422 Número de municípios atendidos 774 774 774 774 774 Área de concessão – km 2 567.478 567.478 580.626 580.626 580.626 FEC – número de interrupções (EU28) 6,58 6,78 6,43 6,39 6,53 DEC – horas (EU29) 10,93 12,21 13,03 13,14 13,65 Número de usinas em operação 52 54 56 57 58 Número de subestações 434 440 444 453 6.579 Capacidade instalada – MW (EU1) 3 5.949 6.113 6.523 6.566 460 Linhas de transmissão – km (EU4) 4.856 4.892 4.897 4.957 4.957 Linhas de subtransmissão – km (EU4) 16.086 16.040 16.376 16.376 16.539 Linhas de distribuição – km (EU4) Urbana 83.527 84.585 85.479 85.815 87.086 Rural 283.910 294.815 308.689 337.987 349.819 Dimensão Econômica Receita operacional – R$ milhões 9.748 11.703 13.431 15.790 16.488 Lajida ou Ebitda – R$ milhões 2.480 3.058 3.222 4.073 4.099 Lucro líquido (prejuízo) – R$ milhões 1.385 2.003 1.719 1.735 1.887 Salários e benefícios dos empregados 919 1.087 1.625 1.405 1.599 Patrimônio líquido – R$ milhões 7.251 7.185 7.522 8.390 9.352 Endividamento do patrimônio líquido – % 131,15 175,55 206,03 189,23 160,29 Dimensão Ambiental Recursos aplicados em meio ambiente (1) 141,7 85,4 58,1 44,1 70,5 Total de resíduos gerados – t métricas 2.193 3.418 3.971 5.063 7.599 Resíduos reciclados, reutilizados ou dispostos – t métricas 1.716 3.145 3.518 4.685 6.845 Consumo total de energia – GJ 819.076 618.348 1.705.250 2.822.273 2.898.265 Consumo total de água – m 3 335.921 274.064 292.060 350.913 423.590 Alevinos para soltura – milhares 547 722 445 484 616 Produção de mudas – milhares 415 190 392 350 416 Emissões de CO 2 t métricas 40.676 35.145 119.846 203.236 207.657 Dimensão Social Média de horas de treinamento por empregado (LA10) 53,46 49,03 59,34 50,73 71,25 Total de recursos – R$ milhões (2) 3.941 5.920 6.448 7,268 7,797 Taxa de freqüência – empregados próprios (3) 0,754 0,534 0,370 0,485 0,434 Taxa de freqüência – empregados contratados (3) 2,236 1,906 2,168 1,342 0,937 (1) Somatório dos Recursos Aplicados em Meio Ambiente destinados à Operação e Manutenção e aos Novos Empreendimentos (2) Somatório do Total Indicadores Sociais Externos e Total Indicadores Sociais Internos, para mais detalhes vide Balanço Social (3) Número de acidentados com lesão, com afastamento, por 200.000 horas trabalhadas. 1 Para mais informações sobre a metodologia da GRI, favor consultar a página da internet: www.globalreporting.org 2 O gráfico com o número de consumidores por categoria está descrito no item Mercado, página 30 3 Capacidade instalada por fonte encontra-se descrita no item Emissões Atmosféricas, página 62. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

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Edição:SUPERINTENDÊNCIA DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL – CE

Coordenação:SUPERINTENDÊNCIADE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL – SE

Projeto Gráfico:18 COMUNICAÇÃO

Consultoria para elaboração do Relatório:KEY ASSOCIADOS

Fotos: ANTÔNIO CARREIROACERVO CEMIGDÁRIO ZALISEUGÊNIO PACCELLIFERNANDO MARTINSNITRO AGÊNCIA DE IMAGENSPERCIO LIMAROGÉRIO REIS

Informações Corporativas:COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS – CEMIGAv. Barbacena, 1.200Belo Horizonte – MG – CEP: 30190-131CNPJ: 17.155.730/0001-64Telefone: 116 ou 0800 7210 116Cemig Distribuição S.A.Av. Barbacena, 1.200 – 17º andar – Ala A1Belo Horizonte – MG – CEP: 30190-131CNPJ n° 06.981.180/0001-16 Cemig Geração e Transmissão S.A.CNPJ n° 06.981.176/0001-58Av. Barbacena, 1.200 – 12º andar – Ala B1Belo Horizonte – MG – CEP: 30190-131

www.cemig.com.br

GOVERNO DE MINAS GERAIS

RELA

TÓRI

O D

E SU

STEN

TABI

LIDA

DE

2008

P R I N C I P A I S I N D I C A D O R E S D E S U S T E N T A B I L I D A D E D A C E M I G

Os dados financeiros (em R$) são consolidados segundo as normas contábeis brasileiras. Das demais informações, foram excluídas Gasmig,

Infovias, TBE e Light, conforme metodologia da Global Reporting Initiative – GRI.1

D e s c r i ç õ e s 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8

D a d o s G e r a i s

Número de consumidores – em milhares2 5.875 6.010 6.240 6.440 6.602

Número de empregados 10.668 10.271 10.658 10.818 10.422

Número de municípios atendidos 774 774 774 774 774

Área de concessão – km2 567.478 567.478 580.626 580.626 580.626

FEC – número de interrupções (EU28) 6,58 6,78 6,43 6,39 6,53

DEC – horas (EU29) 10,93 12,21 13,03 13,14 13,65

Número de usinas em operação 52 54 56 57 58

Número de subestações 434 440 444 453 6.579

Capacidade instalada – MW (EU1)3 5.949 6.113 6.523 6.566 460

Linhas de transmissão – km (EU4) 4.856 4.892 4.897 4.957 4.957

Linhas de subtransmissão – km (EU4) 16.086 16.040 16.376 16.376 16.539

Linhas de distribuição – km (EU4)

Urbana 83.527 84.585 85.479 85.815 87.086

Rural 283.910 294.815 308.689 337.987 349.819

D i m e n s ã o E c o n ô m i c a

Receita operacional – R$ milhões 9.748 11.703 13.431 15.790 16.488

Lajida ou Ebitda – R$ milhões 2.480 3.058 3.222 4.073 4.099

Lucro líquido (prejuízo) – R$ milhões 1.385 2.003 1.719 1.735 1.887

Salários e benefícios dos empregados 919 1.087 1.625 1.405 1.599

Patrimônio líquido – R$ milhões 7.251 7.185 7.522 8.390 9.352

Endividamento do patrimônio líquido – % 131,15 175,55 206,03 189,23 160,29

D i m e n s ã o A m b i e n t a l

Recursos aplicados em meio ambiente(1) 141,7 85,4 58,1 44,1 70,5

Total de resíduos gerados – t métricas 2.193 3.418 3.971 5.063 7.599

Resíduos reciclados, reutilizados ou dispostos – t métricas 1.716 3.145 3.518 4.685 6.845

Consumo total de energia – GJ 819.076 618.348 1.705.250 2.822.273 2.898.265

Consumo total de água – m3 335.921 274.064 292.060 350.913 423.590

Alevinos para soltura – milhares 547 722 445 484 616

Produção de mudas – milhares 415 190 392 350 416

Emissões de CO2 – t métricas 40.676 35.145 119.846 203.236 207.657

D i m e n s ã o S o c i a l

Média de horas de treinamento por empregado (LA10) 53,46 49,03 59,34 50,73 71,25

Total de recursos – R$ milhões(2) 3.941 5.920 6.448 7,268 7,797

Taxa de freqüência – empregados próprios(3) 0,754 0,534 0,370 0,485 0,434

Taxa de freqüência – empregados contratados(3) 2,236 1,906 2,168 1,342 0,937

(1) Somatório dos Recursos Aplicados em Meio Ambiente destinados à Operação e Manutenção e aos Novos Empreendimentos (2) Somatório do Total Indicadores Sociais Externos e Total Indicadores Sociais Internos, para mais detalhes vide Balanço Social (3) Número de acidentados com lesão, com afastamento, por 200.000 horas trabalhadas.

1 Para mais informações sobre a metodologia da GRI, favor consultar a página da internet: www.globalreporting.org 2 O grá� co com o número de consumidores por categoria está descrito no item Mercado, página 30 3 Capacidade instalada por fonte encontra-se descrita no item Emissões Atmosféricas, página 62.

R E L AT Ó R I O D E

S U S T E N T A B I L I D A D E

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R E L AT Ó R I O D E

S U S T E N T A B I L I D A D E

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M E N S A G E M D A

A D M I N I S T R A Ç Ã O

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3

CEMIG 2008

A Organização das Nações Unidas – ONU elegeu 2008 como o “Ano Internacional do Planeta Terra”, direcionando as ações humanas em favor da preservação ambiental, da conservação dos recursos natu-rais e da qualidade de vida. Assim, alinhada ao calendário global, a Cemig contribuiu para fomentar as discussões em busca de uma nova consciência, que considere em conjunto as questões econômicas, ambientais e sociais, com o envolvimento de clientes, empregados, investidores e sociedade.

A Cemig auxiliou na promoção do Seminário Internacional de Susten-tabilidade, que teve a participação de analistas de mercado e investi-dores; participou do 49º Encontro Anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, em Miami, com um estande sobre energias renováveis e eficiência energética; coordenou o “III Seminário Brasi-leiro de Meio Ambiente e Responsabilidade Social no Setor Elétrico – Cigré-Brasil”; realizou a Semana do Meio Ambiente com o tema “O Ano Internacional do Planeta Terra e a Eficiência Energética”; participou do Seminário Arquitetura Contemporânea, com o tema “Sustentabilidade na Arquitetura”; e comemorou o Natal com um estande temático sobre Sustentabilidade.

A busca pela melhoria da sustentabilidade empresarial continuou como uma prioridade, reforçando a necessidade de se considerar o equilíbrio entre as dimensões econômica, ambiental e social, de forma integrada com a sua estratégia. Os empreendimentos da Companhia são conduzidos com a realização de uma análise adequada de seus impactos socioeconômicos e ambientais, considerando-se os anseios dos diversos públicos envolvidos, expressos por meio de diálogos e canais de comunicação disponíveis.

Em 2008, os investimentos da Cemig alcançaram R$1,4 bilhão. Desses, mais de R$500 milhões foram aplicados na ampliação da participação no capital da empresa TBE, formada por empresas trans-missoras de energia, o que dobrou a participação da Companhia em seu capital. Estão atualmente em construção as Usinas Hidrelétricas de Baguari (49% de participação da Cemig), Santo Antônio (10% de participação da Cemig), além da participação em pequenas centrais hidrelétricas. Outro investimento foi a aquisição de 49% da partici-pação societária de três parques eólicos, com potência total de 100 MW, no estado do Ceará, no valor de R$213 milhões, com início de atividades operacionais previstas para 2009. Esse investimento veio resgatar o pioneirismo da Cemig, que, em 1994, construiu o primeiro

parque eólico com geração comercial no Brasil, a usina do Morro do

Camelinho, em Minas Gerais.

Atualmente, a Cemig atende mais de 6,5 milhões de consumidores

e conta com 10.442 empregados. Em relação ao meio ambiente,

destaca-se o Programa Peixe Vivo, implementado para buscar solu-

ções que evitem e mitiguem impactos sobre a ictiofauna (peixes),

além de ampliar os programas de conservação, com o envolvimento

das comunidades, pescadores e universidades.

A Companhia também desenvolve outros projetos de grande alcance

socioeconômico, destacando-se o programa de universalização da

energia elétrica “Luz para Todos”, que já beneficiou, desde o seu

início, 855 mil consumidores. Além disso, foram investidos recursos

em projetos sociais, culturais e educacionais. O Projeto Conviver, que

orienta clientes de baixa renda sobre medidas de eficiência energé-

tica, realizou em 2007/2008 o atendimento a 18 comunidades,

visitas e atendimento a 70 mil famílias com doações de lâmpa-

das compactas, recuperadores de calor e refrigeradores eficientes.

Por nove anos consecutivos, a Cemig foi incluída no Índice Dow Jo-

nes de Sustentabilidade – DJSI World, além de ter sido selecionada

para compor todas as quatro edições do Índice de Sustentabilidade

Empresarial – ISE da Bovespa, desde 2005. Em 2008, a Compa-

nhia foi incluída no The Global Dow Index – GDOW, com outras 149

empresas consideradas líderes nos seus setores e voltadas para o

futuro. Fechando o ano de 2008 com mais uma conquista, em de-

zembro a Companhia e suas duas subsidiárias Cemig Geração e Trans-

missão S.A. e Cemig Distribuição S.A. foram elevadas ao nível de

“investment grade” na escala global pela agência de classificação de

riscos Moody’s.

Tais resultados só foram possíveis devido a um programa eficiente de

gestão com metas e diretrizes sustentáveis. Sustentabilidade, para

a Cemig, é a busca de melhores condições de vida para a geração

atual e para as gerações futuras. É a condução ética, transparente e

rentável de seus negócios, respeitando o meio ambiente e atuando

com responsabilidade social. Agindo dessa forma, a Cemig gera valor

para os seus acionistas, consumidores e para toda a sociedade, forta-

lecendo a rede social em prol da sustentabilidade.

Diretoria Executiva

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C O N S E L H O S D E

A D M I N I S T R A Ç Ã O , F I S C A LE D I R E T O R I A

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5

CEMIG 2008

DIRETORIA*

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO MEMBROS EFETIVOS*

PRESIDENTESérgio Alair Barroso

VICE-PRESIDENTEDjalma Bastos de Morais

Eduardo Lery VieiraAlexandre Heringer LisboaAntônio Adriano Silva Francelino Pereira dos SantosMaria Estela Kubitschek LopesJoão Camilo PennaWilton de Medeiros DaherBritaldo Pedrosa SoaresEvandro Veiga Negrão de LimaRoberto Pinto Ferreira Mameri AbdenurAndré Araújo FilhoThomas Anthony Tribone

CONSELHO FISCAL MEMBROS EFETIVOS*

PRESIDENTE

Aristóteles Luiz Menezes Vasconcellos Drummond

Luiz Guaritá NetoLuiz Otávio Nunes West Thales de Souza Ramos Filho

* Posição em 8 de abril de 2009.

Obs.: o Conselho Fiscal é composto por 5 membros efetivos e 5 membros suplentes. Em 2008, um membro efetivo renunciou ao cargo não tendo sido eleito, até 8 de abril de 2009, o novo membro. O respectivo suplente está participando das reuniões.

DJALMA BASTOS DE MORAISDiretor-Presidente

ARLINDO PORTO NETODiretor Vice-Presidente

BERNARDO AFONSO SALOMÃO DE ALVARENGADiretor Comercial

FERNANDO HENRIQUE SCHÜFFNER NETODiretor de Distribuição e Comercialização

JOSÉ CARLOS DE MATTOSDiretor de Desenvolvimento de Novos NegóciosDiretor de Gás (cumulativamente)

LUIZ HENRIQUE DE CASTRO CARVALHODiretor de Geração e Transmissão

MARCO ANTONIO RODRIGUES DA CUNHADiretor de Gestão Empresarial

LUIZ FERNANDO ROLLADiretor de Finanças, Relaçõescom Investidores e Controle de Participações

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S U M Á R I O

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CEMIG 2008

MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO 3

CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO,

FISCAL E DIRETORIA 5

PERFIL DA EMPRESA 9

Empresas Controladas e Col igadas 11

Mercado e Regulação Setorial 12

Visão, Missão e Valores 12

Principais Impactos, Riscos

e Oportunidades 12

DIMENSÃO ECONÔMICA

Governança Corporativa 15

Estratégia e Gestão 20

Evolução do Mercado e Tarifas 28

Resultados e sua Distr ibuição 35

Investimentos 37

Tecnologia e Inovação 42

DIMENSÃO AMBIENTAL

Comprometimento

com o Meio Ambiente 45

Gestão Ambiental 47

Esforços para a Biodiversidade 57

Emissões Atmosféricas 62

Energias Alternativas 68

DIMENSÃO SOCIAL

Gestão do Capital Humano 73

Relacionamento com Clientes e Consumidores 84

Cidadania e Cultura 89

Saúde, Segurança Ocupacional

e Bem-estar – SSO&BE 94

Relacionamento com Fornecedores

e Contratados 100

PARTICIPAÇÕES 105

RECONHECIMENTOS 115

Balanço Social Consol idado 118

SOBRE ESTE RELATÓRIO 119

Estabelecimento dos Limites do Relatório 120

Principais Mudanças em 2008 120

Índice de Conteúdo da GRI 121

Anexo 1 125

GLOSSÁRIO 129

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P E R F I L D A

E M P R E S A

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9

CEMIG 2008

A Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig foi

fundada em 1952 por Juscel ino Kubitschek de Oliveira,

nessa época governador de Minas Gerais, e atua no se-

tor brasi leiro de energia, com destaque para a energia

elétr ica. Atualmente, atende mais de 6,5 milhões de

consumidores, o que a torna a maior concessionária de

distr ibuição de energia elétr ica do Brasi l .

A Cemig é hoje considerada l íder mundial em sustenta-

bi l idade, tendo sido selecionada, pela nona vez conse-

cutiva, para compor o Dow Jones Sustainabi l i ty World

Index (DJSI World) e, pelo quarto ano consecutivo,

para compor o grupo de empresas l istadas no Índice

de Sustentabi l idade Empresarial da Bolsa de Valores de

São Paulo (ISE/Bovespa). Em novembro de 2008, foi

selecionada para compor a carteira do The Global Dow

Index – GDOW4 com outras 149 empresas de 25 países,

sendo uma das três empresas brasi leiras a fazer parte

desse índice internacional, e a única do setor elétr ico da

América Latina. A Companhia também foi considerada

Gold Class no setor de Eletr ic idade pela publicação The

Sustainabi l i ty Year Book 20095.

As ações da Cemig são l istadas nos seguintes mercados

de valores mobil iár ios:

Bolsa de Valores de São Paulo Bovespa (Nível 1 de Governança Corporativa):

Ações Preferenciais – CMIG4;

Ações Ordinárias – CMIG3.

New York Stock Exchange – NYSE

ADRs Nível 2 das Ações Preferenciais – CIG;

ADRs Nível 2 das Ações Ordinárias – CIG.C.

Madrid, Mercado de Valores Latino-americanos Latibex – XCMIG

A propriedade de suas ações, em 31 de dezembro de

2008, se distr ibuía conforme i lustrado a seguir:

4 Para mais informações sobre o The Global Dow Index, acesse www.globaldow.com. 5 The Sustainability Yearbook é uma publicação do Sam Group e pode ser acessada por meio do link: http://www.emarsys.net/custloads/125736536/md_175445.pdf.

CEMIG – COMPOSIÇÃO DO CAPITAL – 31 DE DEZEMBRO DE 2008

2%

68%

30%

51%

6%

43%

42%

23%

35%

Ações Totais

Ações Preferenciais

Ações Ordinárias

Setor Público Setor Privado Interno Setor Privado Externo

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10

CEMIG 2008

O sócio controlador, com 51,0% das ações ordinárias

(ações com direito a voto), é o Governo do estado de

Minas Gerais. Em 31 de dezembro de 2008, o valor de

mercado da Cemig era de R$14 bi lhões (gráfico abaixo).

VALOR DE MERC ADO DA CEMIG EM 31 DE DEZEMBRO (R$ MILHÕES)

2004

9.951

2005

14.335

2006

16.039

2007

16.084

2008

14.026

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11

CEMIG 2008

A Cemig atua em diversos estados do Brasi l na distr ibui -

ção, geração, transmissão e comercial ização de energia

elétr ica. O Grupo é controlado por uma holding, com

suas duas subsidiárias: a Cemig Distr ibuição S.A. e a

Cemig Geração e Transmissão S.A. Adicionalmente, pos-

sui part ic ipações em concessionárias de distr ibuição de

energia (Light) e em diversas empresas de transmissão

de energia elétr ica, investimentos em distr ibuição de

gás natural (Gasmig), transmissão de dados (Infovias),

além de estar construindo duas seções de Linha de

Transmissão nas Subestações – SEs Charrúa e Nueva

Temuco, local izadas no Chile (organograma a seguir).

EMPRESAS CONTROLADAS E COLIGADAS

EMPRESAS E CONSÓRCIOS DO GRUPO CEMIG (POSIÇÃO EM DEZEMBRO DE 2008)

ConsórcioCapim BrancoEnergia

STC – Sistema de Transmissão Catarinense S.A.

Lumitrans Companhia Transmissora de Energia Elétrica

Empresa Brasileira deTransmissãode Energia S.A.

Consórcio PCH Lajes

Consórcio PCH Paracambi

Usina Térmica Ipatinga S.A.

Cemig PCH S.A.

HorizontesEnergia S.A.

Sá Carvalho S.A.

Rosal EnergiaS.A.

Cemig Capim BrancoEnergia S.A.

Consórcio UHEItaocara

Cia. de Gás deMinas Gerais

Effi cientia S.A.

Axxiom Soluções Tecnológicas S.A.

Cemig Trading S.A.

Centro de GestãoEstratégicade Tecnologia

Empresa de Infovias S.A.

Cemig Serviços S.A.

Consórcio da UHE Aimorés

Consórcio AHE Funil

Consórcio da UHE Igarapava

Consórcio AHE PortoEstrela

Consórcio AHEQueimado

Hidrelétrica Cachoeirão S.A.

GuanhãesEnergia S.A.

MadeiraEnergia S.A.

Santo AntônioEnergia S.A.

Hidrelétrica Pipoca S.A.

Cemig Baguari S.A.

Baguari Energia S.A.

Cemig Geração e Transmissão S.A.

CemigDistribuição S.A.

ConsórcioUHE Baguari

EBL Companhiade Efi ciência Energética S.A.

LIR Energy Ltd.

Instituto Light de DesenvolvimentoSocial e Urbano

Light Esco Prestação de Serviços Ltda.

Light Serviços de EletricidadeS.A.

Lighthidro Ltda.

Light Energia S.A.

Light S.A.

Lightger Ltda.

ItaocaraEnergia Ltda.

Cia. Transleste de Transmissão

Cia. Transirapé de Transmissão

Cia. de Transmissão Centroeste de Minas

Cia. Transudeste de Transmissão

TranschileCharrúaTransmisión S.A.

Empresa Catarinense de Transmissão de Energia S.A.

Empresa Regional de Transmissão de Energia S.A.

Empresa Paraense deTransmissão de EnergiaS.A.

Empresa Norte de Transmissão de Energia S.A.

Empresa Amazonense de Transmissão de Energia S.A.

Rio Minas Energia Participações S.A.

Usina TermelétricaBarreiro S.A.

Central HidrelétricaPai JoaquimS.A.

Central Termelétricade Co-geraçãoS.A.

Empresas de Transmissão

Empresas de Distribuição

Empresas de Geração

Consórcios de Geração

Operações Financeiras

Sem Fins Lucrativos Distribuição de Gás

Telecomunicações

Comercialização

Holding Serviços

49 EMPRESAS • 10 CONSÓRCIOS

100%

100%

100%

100%

100%

21,5%

100%

GT49%

Ita. energ.51%

GT49%

Lightger51%

GT49%

Light energ.51%

55,2%

100%

49%

100%

100%

100%

100%

49%

49%

14,5%

33,33%

82,5%

49%

49%

10%

100%

49%

69,39%

100%

100%100%

33%

100%

100%

100%

100%

100%

100%

52,1%

100%

100%

25%

24,5%

51%

24%

49%

7,49%

18,35%

CV 25%

CT 19,25%

18,35%

CV 25%

CT 17,17%

80%

80%

GT 49% EATE 51%

25%

100%

100%

100%

49%

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12

CEMIG 2008

A Cemig Distr ibuição S.A. é a maior concessionária de

distr ibuição de energia elétr ica do Brasi l em número de

consumidores, que já ultrapassam 6,5 milhões. Abran-

gendo 96,7% do terr itór io do estado de Minas Gerais, a

área de concessão da Companhia chega a 567.478 km2.

A Cemig é o terceiro maior grupo de transmissão e o ter-

ceiro maior grupo de geração de energia elétr ica do Brasi l .

MERCADO E REGULAÇÃO SETORIALO setor e lét r ico nac ional é formado pelos segmentos

de geração, t ransmissão e d is t r ibu ição, at iv idades de

concessão públ ica que operam de manei ra inter l igada,

const i tu indo o Sistema Inter l igado Nacional – SIN.

O SIN engloba as regiões Sudeste, Sul e Nordeste e

par te das regiões Centro -Oeste e Nor te. As demais lo -

ca l idades das regiões Centro -Oeste e Nor te não estão

inter l igadas ao SIN e const i tuem s is temas iso lados. Os

segmentos de comerc ia l ização e mercado l iv re com-

pletam o setor, que é regulamentado e super v is ionado

pelas seguintes inst i tu ições6:

Conselho Nacional de Política Energética – CNPE;

Ministério de Minas e Energia – MME;

Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE;

Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel;

Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS;

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE;

Empresa de Pesquisa Energética – EPE.

Existem no mercado dois ambientes de contratação de

energia: Ambiente de Contratação Regulado – ACR e

Ambiente de Contratação Livre – ACL. O ACR é o seg-

mento no qual se real izam as operações de compra e

venda de energia elétr ica precedidas de l ic itação. O ACL

é o segmento no qual se real izam operações de compra

e venda de energia elétr ica, objeto de contratos l ivre-

mente negociados7.

VISÃO, MISSÃO E VALORESVisão: “A Cemig será a melhor empresa de energia

do Brasi l”.

Missão: “Atuar no setor de energia com rentabi l idade,

qualidade e responsabil idade social”.

Valores: “Integridade, ética, r iqueza, responsabil idade

social, entusiasmo no trabalho, espír i to empreendedor”.

Em seus quase 57 anos, a Cemig vem trabalhando em nome

desses objetivos, o que torna seu negócio economicamen-

te viável, socialmente justo e ambientalmente correto8.

PRINCIPAIS IMPACTOS, RISCOS E OPORTUNIDADESA Cemig considera que a produção de energia elétr ica,

sua transmissão e distr ibuição representam uma impor-

tante contr ibuição ao desenvolvimento e à melhoria da

qualidade de vida da sociedade.

Devido à magnitude de seus empreendimentos, a Cemig

mobil iza uma grande quantidade de recursos monetá-

r ios, humanos e naturais e, portanto, adota posturas

que asseguram o cuidado necessário com os impactos

resultantes desses empreendimentos. Nesse sentido, a

Companhia desenvolve análises detalhadas com o obje-

t ivo de quantif icar os impactos e minimizá- los, além de

real izar consultas às partes interessadas por meio de

pesquisas e de negociações.

Do ponto de vista econômico-f inanceiro, a Cemig está

crescendo de forma equil ibrada nos três segmentos:

6 Para mais detalhes sobre a regulação setorial, veja o Anexo1.7 Para mais detalhes sobre a regulação setorial, veja o Anexo1. 8 Detalhes sobre Visão, Missão e Valores estão disponíveis na internet: http://www.cemig.com.br/institucional/missao.asp.

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13

CEMIG 2008

geração, transmissão e distr ibuição de eletr ic idade.

Além disso, considera que a minimização dos impactos

socioambientais reduz os r iscos econômico-f inanceiros

e possibi l i ta uma convivência mais harmoniosa com o

meio ambiente e a sociedade.

Em dezembro de 2008, a empresa de classif icação de

r iscos Moody’s América Latina elevou o rat ing corpora-

t ivo da Cemig Distr ibuição S.A. e da Cemig Geração e

Transmissão S.A., na escala global, de Ba2 para Baa3

em moeda local, e na escala nacional, de Aa3.br para

Aa1.br. Ao elevar o rat ing da Cemig para o nível Baa3,

a Moody’s colocou a Companhia e suas duas subsidiá-

r ias no nível de “ investment grade9” na escala global.

9 Grau de investimento: classificação que indica que o título da Companhia tem um risco relativamente baixo de inadimplência. Esta classificação é concedida por agências independentes de ratings, tal como a Moody´s.

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D I M E N S Ã O

E C O N Ô M I C A

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15

CEMIG 2008

A Cemig pauta o re lac ionamento com as par tes in -

teressadas pelos pr inc íp ios: t ransparênc ia, eqüidade

e prestação de contas. Para tota l c lareza quanto à

condução dos negócios, são bem def in idos no Estatuto

Soc ia l 10 os papéis e responsabi l idades das Assemblé ias

Gera is , do Conselho de Administ ração, do Conselho

F isca l e da Di retor ia Execut iva na formulação, aprova-

ção, super v isão e execução de pol í t i cas, d i ret r izes e

empreendimentos da Companhia. A Companhia busca

o desenvolv imento sustentável pela assoc iação equi l i -

b rada dos aspectos econômico- f inancei ros, ambienta is

e soc ia is em seus empreendimentos.

Desde 2001, as ações preferenc ia is e ord inár ias da

Cemig estão l i s tadas no Nível 1 de Governança Cor -

porat iva da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa),

garant indo aos ac ionistas melhor ias na prestação de

informações e maior d ispersão ac ionár ia. Por ter Ame-

r ican Deposi tar y Receipts – ADRs l i s tados na Bolsa de

Nova York – NYSE, a Cemig também está su je i ta à

regulamentação da Secur i t ies and Exchange Commis -

s ion – SEC e ao Manual de Companhias L is tadas na

Bolsa de Valores de Nova York. A Cemig possui , tam-

bém, ações preferenc ia is (XCMIG) l i s tadas na Bolsa de

Madr i – Lat ibex desde 2002.

A est rutura de Governança Corporat iva da Cemig tem a

seguinte composição:

Assembléias Gerais

As Assemblé ias Gera is Ord inár ias (AGOs) ocor rem até

o f inal do mês de abr i l de cada ano, conforme legis la -

ção v igente. Já as Assemblé ias Gera is Ext raord inár ias

podem ocor rer ao longo do ano, quantas vezes se f ize -

rem necessár ias. As assemblé ias são convocadas com

antecedência mínima de 15 dias, por meio de avisos

publ icados em jornais de grande c i rcu lação no Bras i l .

Podem par t ic ipar das assemblé ias todos os ac ionistas

que detenham ações ordinárias ou preferenciais, pessoal-

mente ou representados por seus procuradores. Ape-

nas as ações ord inár ias da Cemig dão di re i to a voto.

Em 2008, a lém da Assemblé ia Gera l Ord inár ia re -

a l izada em 25/4/08, foram real izadas t rês As -

semblé ias Gera is Ext raord inár ias em 13/6/2008,

24/7/2008, 8/8/2008 e 1º/9/2008 (Assemblé ia

in ic iada em 8/8/2008 e f inal izada em 1º/9/2008).

Administração A Administ ração da Cemig é const i tu ída pelo Conselho

de Administ ração e pela Di retor ia Execut iva.

Conselho de Administração

O Conselho de Administração reuniu-se 24 vezes durante

o exercício de 2008, incluindo reuniões extraordinárias

para análise e aprovação de planejamento estratégico,

projetos de expansão, aquisições de novos ativos, entre

outros assuntos. O mandato dos conselheiros é de três

anos e expira na Assembléia Geral Ordinária de 2009.

Dos 14 membros do Conselho de Administração, oito

são eleitos pelo acionista estado de Minas Gerais, cin-

co pela acionista Southern Electr ic Brasi l Part ic ipações

Ltda. – SEB e um pelos acionistas minoritár ios detento-

res de ações preferenciais. Dentre os conselheiros, sete

são independentes, segundo a definição do “Código das

Melhores Práticas de Governança Corporativa” do Insti -

GOVERNANÇA CORPORATIVA

10 O Estatuto Social da Cemig está disponível por meio do link: http://v2.cemig.infoinvest.com.br/static/ptb/estatutosocial.asp.

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ÔMIC

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CEMIG 2008

tuto Brasi leiro de Governança Corporativa – IBGC. No

início de cada reunião, os Conselheiros são convidados

a se manifestarem caso haja confl i to de interesse com

as matérias a serem deliberadas.

O Conse lho de Admin i s t ração é mul t id i s c ip l ina r, in -

teg rado por membros com fo rmações d ive rsas (ad -

min i s t ração de empresas , engenhar ia , advocac ia e

out ras) e vas ta exper iênc ia na ges tão de negóc ios .

A remuneração dos conse lhe i ros é f i xada em 20% da

méd ia receb ida pe los d i re to res e não inc lu i opção de

compra de ações .

As at iv idades do Conselho de Administ ração são sub-

s id iadas pelos seguintes comitês11, que anal isam e

d iscutem prev iamente as matér ias per t inentes.

Comitê de Apoio ao Conselho de Administ ração;

Comitê de Governança;

Comitê de Recursos Humanos;

Comitê de Est ratégia;

Comitê F inancei ro;

Comitê de Audi tor ia e Riscos.

Sugestões ou recomendações podem ser enviadas ao

Conselho de Administ ração por meio dos canais indi -

cados em sua página de Relações com Invest idores12.

Diretoria Executiva

A Di retor ia Execut iva é composta por o i to membros13

que, em 2008, se reuni ram 54 vezes. Suas responsa-

b i l idades e at r ibu ições inc luem a gestão dos negócios

da Companhia, atendendo ao Plano Di retor, P lano Plu -

r ianual e Est ratégico e Orçamento Anual . Sua remune-

ração é estabelec ida anualmente pela AGO e não inc lu i

opção de compra de ações.

Conselho Fiscal

O Conselho F isca l tem caráter permanente e esta -

tutár io e é composto por c inco membros efet ivos e

respect ivos suplentes14, e le i tos anualmente pela AGO,

sendo um pelos ac ionistas minor i tár ios detentores das

ações preferenc ia is ; um pelos ac ionistas minor i tár ios

t i tu lares de ações ord inár ias e t rês pelo ac ionista ma-

jor i tár io. Em 2008, foram real izadas 10 reuniões do

Conselho F isca l . A lém das funções def in idas na legis -

lação bras i le i ra, o Conselho F isca l exerce as funções

do Comitê de Audi tor ia*.

Princípios Éticos e Código de Conduta Profissional

Para discipl inar os comportamentos, atuação e decisões

profissionais, a Cemig adota a Declaração de Princípios

Éticos e Código de Conduta Profissional15, que define os

valores, princípios e responsabil idades a serem segui-

dos por seus colaboradores, gerentes e administrado-

res, bem como contratados e prestadores de serviços. O

cumprimento dos valores, princípios e responsabil idades

é monitorado pela Comissão de Ética da Cemig, que:

é composta por gerentes da Companhia, sendo a fer ra-

menta de encaminhamento de denúncias sobre práticas

contrárias ao interesse da Companhia e de seus acionis-

tas, tais como: (I) fraudes f inanceiras, inclusive adulte-

ração, falsif icação ou supressão de documentos f inancei -

ros, f iscais e contábeis; (II) apropriação indevida de bens

e recursos; (II I) recebimento de vantagens indevidas por

dir igentes e empregados; (IV) contratações ir regulares;

aval ia e del ibera sobre as denúncias recebidas pelo Ca-

nal de Denúncia Anônima, Ouvidoria da Cemig ou e-mail

da Comissão de Ética;

instaura procedimentos para apurações relativas aos

11 Mais detalhes disponíveis em http://v2.cemig.infoinvest.com.br/static/ptb/nossas_praticas.asp#e | 12 http://v2.cemig.infoinvest.com.br/| 13 Para mais detalhes acerca das atribuições das Diretorias da Cemig, favor verificar o Estatuto, disponível em http://v2.cemig.infoinvest.com.br/estatic/ptb/estatutosocial.asp | 14 A composição do Conselho Fiscal da Cemig pode ser vista no item: “Conselhos de Administração, Fiscal e Diretoria” | 15 Disponível na internet, no site http://cemig.infoinvest.com.br/ptb/s-8-ptb.html. | *Obs.: conforme isenção permitida pelo Exchange Act, regra 10-3 regulamentada pela publicação da SEC, release 82-1234, segundo a qual o Conselho Fiscal pode figurar como alternativa ao Comitê de Auditoria.

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CEMIG 2008

descumprimentos da “Declaração de Princípios Éticos e

Código de Conduta Profissional” da Cemig;

aval ia necessidades de revisão da “Declaração de Princí -

pios Éticos e Código de Conduta Profissional” da Cemig.

Po r s u a n a t u r e z a j u r í d i c a d e s o c i e d ade d e e c ono -

m i a m i s t a , a C ompanh i a t ambém s e s u bme t e a o

Cód i g o d e Condu t a É t i c a d o Se r v i d o r P úb l i c o e d a

A l t a A dm i n i s t r a ç ão d o e s t a do d e M i na s Ge r a i s .

Auditoria Independente

Os auditores independentes da Cemig são trocados a cada

cinco anos. Atualmente, a auditoria das Demonstrações

Financeiras é real izada pela KPMG Auditores Independen-

tes, selecionada por meio de processo de l ic itação pública.

ECON

ÔMIC

AEC

ONÔM

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Relacionamento com as Partes Interessadas

O re lac ionamento da Cemig com as par tes interessadas cons idera as seguintes or ientações:

Partes Interessadas Política de Relacionamento Canal de Relacionamento

Autoridades governa-mentais e do setor elétr ico

Atender aos princípios legais regulamentados pela Agência Nacional de Energia Elétr ica – Aneel.

Superintendência de Relacionamento Institucional e Assun-tos Regulatórios.

Investidores Obedecer às determinações e regulamentos das Bolsas de Valores nacionais, internacio-nais e da legislação correspondente.

Página da internet de Relações com Investidores http://cemig.infoinvest.com.br e Diretoria de Finanças, Relações com Investidores e Controle de Part ic ipações; Relatório Anual, Carta ao Acionista, reuniões, conference-cal ls e alertas por e-mail.

Cl ientese consumidores

Orientar-se pela regulamentação setorial es-tabelecida pela Aneel e por meio da “Polít ica da Qualidade” e da “Declaração de Princípios Éticos e Código de Conduta Profissional” da Cemig.

Internet www.cemig.com.br, Cemig Agência Vir tual http://agenciavir tual.cemig.com.br / Cemig Atende, telefones 116 ou 0800-721-0116 ou e-mail [email protected], Ouvidoria, pelo telefone: (31) 3506-3838 ou pelo e-mail [email protected], “Dicas de Segurança e Economia de Energia”, disponível na internet http://www.cemig.com.br/noticias/dicas.asp.

Comunidade científ ica Desenvolver e participar de projetos de coope-ração com o objetivo de fomentar a criação de Centros de Excelência Tecnológicos, por meio de convênios e parcerias com universidades e instituições de pesquisa.

Superintendência de Tecnologia e Alternativas Energéticas, Projetos de pesquisa, participação em seminários e congressos.

Fornecedores e prestadores de serviços

Uti l izar cr itér ios para cadastramento, se-leção e procedimentos l ic itatórios para for-necedores de materiais e serviços, os quais estão disponíveis na página da internet www.cemig.com.br, i tem Portal de Compras e obedecem à Lei Federal número 8.666, de 21 de junho de 1993.

Portal de compras http://compras.cemig.com.br/publico/ e Superintendência de Material e Serviços.

Público interno (colaboradores)

Orientar-se pela “Polít ica de Recursos Huma-nos” e pela “Declaração de Princípios Éticos e Código de Conduta Profissional” da Cemig, além de atender à legislação trabalhista.

Intranet Portal de RH, RH Interativa, RH Informa, Programa RH no Campo, Pesquisa de Satisfação, Canal de Denúncia Anônima, Comissão de Ética, Página “Recursos Humanos” na internet http://www.cemig.com.br/institucional/rh.asp.

Sociedade e comunidades

Orientar-se pela “Declaração de Princípios Éticos e Código de Conduta Profissional” da Cemig, que encontra-se disponível, em três idiomas – português, inglês e espanhol – na página da internet http://cemig.infoinvest.com.br/areas/not ic ias.asp?area=cod_eti&language=ptb, pelos Contratos de Concessão e pela legislação.

Pagina da internet www.cemig.com.br, ouvidoria, na in-ternet “Pesquisa Escolar” http://www.cemig.com.br/pesquisa_escolar/index.asp, Relatório Anual, Relatório de Sustentabi l idade, Ouvidoria pelo telefone: (31) 3506-3838 ou pelo e-mail [email protected], Cemig Atende telefones 116 ou 0800-721-0116 ou e-mail [email protected].

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CEMIG 2008

DIME

NSÃO

DIME

NSÃO

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Controles Internos e Lei Sarbanes-Oxley (SOX)

Seguindo as or ientações da SEC, órgão regulador e

f isca l izador do mercado de capi ta is nor te -amer icano, e

com base nos cr i tér ios do Publ ic Company Account ing

Overs ight Board – PCAOB, do Committee of Sponso-

r ing Organizat ions of the Treadway Commiss ion (Coso)

e do Contro l Object ives for Informat ion and Related

Technology (Cobi t), a Cemig cumpre um papel adic io -

nal ao dos audi tores independentes, monitorando os

r iscos, documentando e testando a efet iv idade de seus

contro les, inc lus ive aqueles que são supor tados pela

tecnologia da informação.

Além de atender à SOX, as at iv idades re lac ionadas

à Cer t i f i cação dos Contro les Internos contr ibuem para

a eficácia dos processos de gerenciamento de r iscos,

controle e governança corporativa.

Desde o exerc íc io de 2006, a Cemig obtém, anualmen-

te, a Cer t i f i cação dos Contro les Internos para mit iga-

ção dos r iscos assoc iados à e laboração e d ivu lgação

das Demonstrações F inancei ras emit ida por audi tores

independentes, conforme pareceres emit idos de acor -

do com a seção 404 da Lei Sarbanes -Oxley e normas

do PCAOB, que integram os re latór ios anuais segundo

o formulár io 20-F arquivados na SEC.

Políticas Internas

Entre as pol í t i cas internas da Cemig, destacam-se:

Política Descrição

AmbientalPublicada em 1990, contém os princípios que orientam as atividades da Companhia em relação à proteção do meio ambiente.

QualidadeDiretr izes para o fornecimento de produtos e serviços que atendam às necessidades dos cl ientes e aos requisitos da qualidade.

DivulgaçãoAprovada em 2002 pelo Conselho de Administração, tem como objetivos básicos assegurar o pleno acesso do público a todas as informações divulgadas pela Companhia e tratar de forma transparente e clara todos os assuntos de interesse do público e do investidor.

DividendosExpressa no Estatuto Social, estabelece os cr itér ios de distr ibuição e pagamento de dividendos aos acionistas, as garantias mínimas para ações preferenciais e os dividendos mínimos assegurados pela Cemig.

Recursos HumanosBusca nortear as relações de trabalho, com o objetivo de assegurar a disponibi l idade de pessoas qualif icadas, saudáveis e seguras, motivadas e satisfeitas que agreguem valor aos negócios da Companhia.

Segurança, Saúde e Bem-estar

Define cr itér ios para que a Companhia alcance a segurança, saúde e bem-estar dos seus empregados próprios, contratados, de empresas contratadas, bem como da comunidade, direta ou indiretamente afetada por seu sistema operacional.

Segurança da Informação

Define um conjunto de normas e instruções baseado na NBR ISO/IEC 17.799, que visa reduzir e administrar os r iscos relacionados à segurança e à proteção da informação.

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CEMIG 2008

ECON

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A estratégia da Cemig atende ao Plano Diretor v igente

de 2005 a 2035, o qual estabelece as bases para o

planejamento estratégico da Companhia.

Para isso, foca-se em ampl iar a área de atuação (ener -

gia elétr ica e gás) em todo o ter r i tór io brasi le i ro, res-

peitando os l imites estabelecidos na regulação setor ia l ,

além de inic iar os pr imeiros invest imentos em projetos

internacionais. Além disso, a Companhia busca a gera-

ção de valor para seus acionistas e a comunidade do

entorno, por meio de uma pol í t ica de div idendos, esta-

belecida no Estatuto Social ; responsabi l idade social e

ambiental; lucrat iv idade dos negócios; gestão integra-

da de r iscos; gerenciamento do desempenho de suas

at iv idades operacionais e gestão do capital humano.

Outra at iv idade importante é o apr imoramento da ges-

tão da estratégia corporat iva. No ano de 2008, des-

ESTRATÉGIA E GESTÃO

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CEMIG 2008

DIME

NSÃO

DIME

NSÃO

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tacam-se a consol idação de um processo cont ínuo de

planejamento e gestão da estratégia, além da cr iação

do Plano de Comunicação da Estratégia, que objet iva

tornar a estratégia da Cemig conhecida por todos os

seus colaboradores, est imulando assim seu envolvi -

mento com a entrega dos resultados.

Com relação à gestão da marca Cemig, a Companhia

conta com um painel de indicadores integrado ao Ba-

lanced Scorecard – BSC, além de um processo interno

de gestão. Em 2007, a marca Cemig (incluindo todas

as empresas do Grupo) foi est imada pela Brand Finance

entre R$792 e R$890 milhões. Já em 2008, uma nova

aval iação resultou em um valor entre R$1,1 e R$1,3

bi lhão. Pela importância do tema, ainda em 2008, foi

cr iado um grupo de trabalho formado por representan-

tes de todas as di retor ias, responsável pela gestão da

marca e reputação da Companhia e pelo al inhamento

interno dos projetos de for talecimento da marca com os

públ icos de relacionamento.

21

CEMIG 2008

ECON

ÔMIC

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ICA

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Comitês Internos

A Cemig possui uma est rutura de comitês internos que garante a tomada de dec isões est ratégicas a par t i r de

cr i tér ios técnicos e mult id isc ip l inares, dentre os quais destacam-se:

Nome do Comitê Características

Comitê de Planejamento

Estratégico

Promove a interação entre as diversas áreas da Cemig, com o intuito de viabi l izar o Plano Plurianual e

Estratégico da Companhia. É constituído por todos os superintendentes da Companhia.

Comitê de Prior ização do

Orçamento

Assessora a Diretoria Executiva nas del iberações e gerenciamento de projetos de investimento. É cons-

t i tuído por cinco representantes da Diretoria de Finanças, Relações com Investidores e Controle de

Part ic ipações, dois representantes da Diretoria de Novos Negócios e um representante de cada uma das

demais diretorias.

Comissão de Ética Coordena as ações da Companhia em relação à gestão da “Declaração de Princípios Éticos e Código de

Conduta Profissional” da Cemig.

Comitê de Controle e Gestão Promove o comparti lhamento das melhores práticas, uniformização de procedimentos de controle interno

e gestão, análise e aval iação dos orçamentos e dos resultados dos diversos negócios da Companhia.

Comitê de Gerenciamento de

Riscos Corporativos

Coordena o funcionamento do processo de gerenciamento de r iscos corporativos.

Comitê de Gerenciamento de

Risco de Energia

Propõe pol ít icas e procedimentos com o objetivo de minimizar os r iscos nas contratações de compra e

venda de energia.

Comitê de Gerenciamento de

Risco Financeiro

Implementa diretr izes para controlar o r isco f inanceiro de operações que possam comprometer a l iquidez

e a rentabi l idade da Companhia.

Comitê de Segurança da

Informação

Define pol ít icas e ações visando à Segurança da Informação.

Comitê de Negociação

Sindical

Coordena as atividades de representação da Cemig nas negociações com as entidades sindicais.

Comitê de Gestão Estratégica

de Tecnologia

Visa consol idar o processo de gerenciamento da tecnologia na Cemig e o desenvolvimento das atividades

correlatas.

Comitê de Normalização de

Equipamentos e Materiais

Estabelece os cr itér ios e os procedimentos para a normalização técnica interna e externa de métodos,

processos, padrões, materiais e equipamentos.

Comitê de Acompanhamento

do Programa de Adequação

Ambiental

Acompanha e promove as ações para adequação da Companhia à legislação ambiental constantes do

Programa Corporativo de Adequação Ambiental.

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Gestão de Materiais, Serviços e Informática

Apesar da redução do seu quadro de pessoal e aumento

da demanda por seus clientes, a Cemig vem conseguindo

melhorar seus prazos de atendimento e reduzir os custos

de aquisições de materiais e serviços. Esse resultado po-

sitivo é fruto de melhoria nos processos, principalmente

pela inclusão da licitação por pregão eletrônico e estabe-

lecimento de contratos de fornecimento “guarda-chuva”.

Foi aprovado, em 2008, o pro jeto de locação e gestão

de veícu los de carga e de passagei ros, que promove-

rá a subst i tu ição, no pr imei ro semestre de 2009, de

1.193 veícu los com idade média super ior a 10 anos.

A lém disso, a apl icação de novas tecnologias na lo -

g ís t ica, como automação do Centro de Dist r ibu ição de

Mater ia l – CDM Jatobá, t raz vantagens como redu-

ção de custos e aumento na ef ic iênc ia dos processos.

Baseada no pr inc íp io de ecoef ic iênc ia, a Companhia

obteve um ganho R$27,87 mi lhões com recuperação

de mater ia is/equipamentos por meio de reapl icação.

Todo o mater ia l recuperado é 100% anal isado e en-

sa iado após o processo de recuperação, dando ass im

maior conf iabi l idade quanto à sua qual idade e segu-

rança. A inda nesse contexto, por meio de reformas em

insta lações espec í f i cas da Sede (sani tár ios, copas e

vest iár ios), a Cemig at ingiu uma redução no consumo

de água de 2.000 m³ em 2008, redução est imada em

6.000 m³/ano a par t i r de 2009.

Na esfera de s is temas, a Companhia está implemen-

tando o Pro jeto GEOMAP, com o objet ivo de mapear

deta lhadamente áreas invadidas e pass íve is de inva-

são nas fa ixas de segurança de l inhas de t ransmissão,

o que permit i rá uma gestão cor ret iva e prevent iva de

ta is invasões.

Também em 2008, in ic iou-se a implementação de me-

lhor ias no novo por ta l de compras, que deverão ser

conc lu ídas em 2009 e buscam impr imir agi l idade e

ganhos nos processos de negócios.

A inda na esfera de s is temas, o SAP contr ibu i for temen-

te para a ef ic iênc ia dos processos internos da Compa-

nhia, poss ib i l i tando a implementação da Consol idação

Contábi l das empresas do Grupo Cemig nos pr inc íp ios

contábeis bras i le i ros, cons iderando a nova Lei das

S.A. e o Novo Mercado da BM&FBOVESPA e a ut i l iza -

ção dos pr inc íp ios contábeis do Internat ional F inanc ia l

Repor t ing Standards – IFRS. O SAP está atualmente

sendo aval iado para redesenho de a lguns processos, o

que deverá ser conc lu ído em 2009.

Gestão de Riscos

Os riscos inerentes às atividades empresariais da Cemig

são aval iados por sua probabil idade de ocorrência e por

seu impacto nos diversos negócios da cadeia de valor.

A Companhia atua sobre os r iscos: ( I) d iminuindo seu

impacto e/ou sua probabi l idade mediante o ref ina-

mento dos contro les; ( I I) implementando planos de

ação; ( I I I) t ransfer indo-os por meio de contratação de

seguros de patr imônio; ( IV) acei tando-os (devido à

efet iv idade do ambiente de contro les e ao n íve l per -

mit ido de expos ição f inancei ra) ou; (V) ev i tando-os,

sa indo do negócio.

A implantação da gestão de r iscos corporat ivos ocor -

reu em 2003 e vem sendo cont inuamente apr imorada.

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A gestão é feita por processos e está al inhada ao Plano

Diretor e ao planejamento estratégico, sendo gerencia-

da de forma descentral izada pelos gestores de r iscos e

monitorada de forma central izada pelo Comitê de Ge-

renciamento de Riscos Corporativos.

Em 2008, teve início a terceira revisão da matriz de

r iscos corporativos, permitindo a aval iação da magni-

tude e a agregação das ameaças mais contundentes,

prior itar iamente discutidas no âmbito do Comitê de Ge-

renciamento de Riscos Corporativos. A Companhia tam-

bém está aprimorando sua “Matriz de fatores de r iscos

sob a ótica dos stakeholders”, com o refinamento dos

fatores de r isco.

Com relação às Mudanças Cl imáticas, a Companhia

identif icou as principais fragi l idades frente ao tema e

tem adotado uma gestão dos r iscos associados que en-

volve ações como:

contabilização das emissões geradas anualmente e

comunicação das medidas e ações tomadas para con-

tribuir para a redução de emissão de Gases de Efei-

to Estufa – GEE, de forma a minimizar os efeitos que

novas legislações nacionais ou internacionais mais

restritivas possam representar para a Companhia;

as previsões de alterações climáticas indicadas no rela-

tório realizado pelo Painel Intergovernamental sobre Mu-

danças Climáticas (IPCC) podem afetar as atividades da

Cemig, considerando que a maior parte da energia gerada

pela Companhia provém de hidrelétricas (cerca de 97%).

A Companhia mantém um acompanhamento constante

das alterações climáticas, o qual está relacionado ao pla-

nejamento da geração de energia elétrica, e também a

tempestades e eventos climáticos que possam causar da-

nos às redes de distribuição e transmissão da Companhia;

manutenção em operação de extensa rede de monito-

ramento hidrometeorológico, que até o momento não

identif icou evidências de alterações hidrológicas corre-

lacionadas com as alterações no cl ima;

monitoramento, reparação e diminuição de danos na

transmissão e distr ibuição de energia elétr ica, ativida-

des cujos r iscos podem ser ampliados em vir tude de

alterações cl imáticas16.

16 Mais detalhes sobre as ações da Companhia com relação à gestão dos riscos associados às mudanças climáticas podem ser encontrados no Relatório CDP – Carbon Disclosure Projetct da Cemig.

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Gestão do Endividamento

A Cemig administ ra e minimiza os r iscos at re lados ao

seu endiv idamento reduzindo sua expos ição a moedas

est rangei ras e gerenc iando seu prazo de maturação.

Com essa postura, em 2008, os resul tados da Cemig

não sofreram impactos s igni f icat ivos decor rentes da

acentuada desvalor ização do real f rente ao dólar, já

que boa par te da parce la indexada ao dólar estava

protegida, em contrato, por operações de t roca de in -

dexadores (swap) e havia, também, uma proteção na-

tura l proporc ionada por contratos de venda de energia

indexados ao dólar.

PRINCIPAIS INDEXADORES DA DÍV IDA – 31/12/2008

Dívida Original

6% 1%1%6%

4%

5%

6%1%

70%3%

6%4%

5%

6%

1%

74%

1%

Dívida com Efeito de Swaps

A despei to da ut i l idade do hedge e cons iderando o

gerenc iamento de r isco f inancei ro da Companhia, a

Administ ração busca fazer a gestão da d ív ida com foco

no a longamento do seu prazo, na l imitação do endiv i -

damento aos n íve is preconizados pelo Estatuto Soc ia l ,

na redução do custo da d ív ida e na preser vação da

capac idade de pagamento.

A Moody’s Amér ica Lat ina, em dezembro de 2008,

e levou o rat ing corporat ivo da Cemig Dist r ibu ição e

da Cemig Geração e Transmissão, na escala g lobal , de

Ba2 para Baa3 em moeda local , e na escala nac ional ,

de Aa3.br para Aa1.br, ou se ja, a Companhia apre -

senta menor r isco a invest idores e credores. E levar o

rat ing da Cemig para o n íve l Baa3 s igni f ica pos ic io -

nar a Companhia e suas duas subs id iár ias no n íve l de

“ investment grade” na escala g lobal .

Sistemas de Gestão

Os sistemas de gestão com os quais a Cemig trabalha

são: Sistemas de Gestão da Qualidade – SGQ (NBR ISO

9001:2000), Ambiental – SGA (NBR ISO 14001:2004

e Sistema Interno – SGA Nível 1) e de Saúde e Segu-

rança – SGS (conforme a especif icação OHSAS 18001).

Em 2008, o foco no programa de cer t i f i cações corpo-

rat ivas cont inuou intens ivo. Durante o ano, 21 novos

processos obt iveram a cer t i f i cação em um ou mais

Sis temas de Gestão Qual idade, Ambienta l e Saúde e

CDI Dólar Yen Tr RGR/Finel URTJ IGPM IPCA Outros25

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A Cemig faz par te do grupo de t rabalho para a cr iação

da ISO – 26000 – Responsabi l idade Soc ia l , a convi -

te da Internat ional Organizat ion for Standardizat ion

(ISO), do Inst i tuto Ethos de Empresas e Responsa-

b i l idade Soc ia l e da Assoc iação Bras i le i ra de Normas

Técnicas (ABNT). Pela pr imei ra vez, a coordenação

mundia l de um trabalho da ISO é l iderada em conjunto

por dois países, nesse caso por Bras i l e Suéc ia, o que

torna essa par t ic ipação a inda mais re levante.

Gestão de Clientes

Por meio do “Projeto Evolução” a Cemig implantou, em

maio de 2008, seu novo Sistema de Gestão de Cl ientes,

que subst i tu iu a lguns dos pr inc ipais s is temas de infor -

mação da Cemig, re lac ionados aos seguintes processos:

medição;

faturamento;

emissão e impressão de notas f isca is de energia;

ar recadação e cobrança;

atendimento e re lac ionamento comerc ia l .

Os pr inc ipais benef íc ios do Sistema são:

para a Cemig

maior qual idade dos dados cadast ra is dos c l ientes,

contro le e segurança dos processos de faturamento,

ar recadação e atendimento;

maior integração e substituição de diversos sistemas;

atualização tecnológica e substituição do mainframe;

maior aderência aos requisitos da Lei Sarbanes-Oxley – SOX.

para o Cl iente

regist ro do h is tór ico de todos os contatos, proporc io -

nando agi l idade no atendimento e melhor ia na qual i -

dade das informações;

maior interação entre os diversos canais de comunicação

com o cliente: e-mail, telefone, mensagens na conta de ener-

gia, etc., além de ampliação dos serviços disponibilizados;

Segurança (SGQ, SGA, SGA In te rno e SGS), abrangendo

a s segu in t e s ge rênc i a s e emp reend imen to :

Tr ansm i s são – OHSAS 18001: uma ge rênc i a ;

Ge ra ção – NBR ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS

18001: uma ge rênc i a e Us i na de I ga rapé ;

D i s t r ibu i ção – NBR ISO 14001 e OHSAS 18001:

Ge rênc i a de Manu tenção da D i s t r i bu i ção Cen t r o ;

Gerênc ias de Re lac ionamento Comerc ia l e Ser v i ços

de Cur ve lo e de Ipa t inga;

Gerência de Planejamento e Expansão Norte.

Em 2008, a Cem ig p romoveu 35 t r e i namen tos

vo l t ados pa ra a imp lan ta ção ou manu tenção dos

S i s t emas de Ges tão , que a tende ram ce r ca de 800

pa r t i c i pan te s , t o t a l i zando 482 ho ra s de t r e i na -

men to . Fo ram rea l i zadas t ambém 128 aud i t o r i a s

ex te r nas , s endo 40% de l a s r e f e r en te s à manu ten -

ção do s i s t ema .

NÚMERO DE EMPREGADOS TRABALHANDO COM SISTEMAS DE GESTÃO

Sistemas 2004 2005 2006 2007 2008

SGQ 3.812 3.909 4.296 6.052 6.993

SGA 1.024 1.084 1.694 2.056 2.307

SGS 27 27 785 926 1.473

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ge r a ç ão d e um p r o t o c o l o ú n i c o d e a t e nd imen t o

por ser v iço;

n o va c on t a d e e ne r g i a , c om me l ho r v i s u a l i z a ç ão

das informações;

n o vo s i s t ema d e g e s t ã o d e l e i t u r a d e med i d o r e s ,

com impressão s imultânea da conta de energia.

Com relação à gestão do relacionamento comercial com

os cl ientes corporativos, geradores e distr ibuidores que

acessam o sistema de distribuição da Companhia, a Cemig

mantém uma estrutura diferenciada de forma a respei -

tar a part icularidade deste mercado. Faz parte também

do escopo deste atendimento atuar, em cooperação

com os órgãos de desenvolvimento do estado (Secreta-

r ia de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas

Gerais – Sede, Instituto de Desenvolvimento Integrado

de Minas Gerais – Indi, Banco de Desenvolvimento de

Minas Gerais – BDMG e Companhia de Desenvolvimento

Econômico de Minas Gerais – Codemig), para promover

o desenvolvimento socioeconômico e alavancar o cres-

cimento de seu mercado, uti l izando de sua capi lar idade

nas diversas regiões do estado.

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Mercado

O mercado consol idado da Cemig compreende o

mercado da Cemig Dist r ibu ição S.A., Cemig Geração

e Transmissão S.A., e das empresas contro ladas/co-

l igadas Hor izontes, Ipat inga, Sá Car valho, Bar re i ro,

Cemig PCH, Rosal e Cachoei rão, e l iminando-se as

t ransações entre essas companhias. Esse mercado

cor responde às vendas de energia real izadas para

os consumidores cat ivos e l iv res (dentro e fora do

estado), a comerc ia l ização de energia para outros

agentes do setor e lét r ico, as vendas de energia no

Cur to Prazo (CCEE) e as operações no Mecanismo

de Realocação de Energia – MRE.

A venda de energia para consumidores f inais e no ata-

cado total izou 54,1 TWh no ano de 2008, com um

acréscimo de 2,4% em relação ao ano anterior, ape-

sar de os impactos da cr ise f inanceira internacional

terem afetado o mercado a part ir de outubro de 2008.

EVOLUÇÃO DO MERCADO E TARIFAS

ENERGIA ELÉTRICA FATURADA POR CLASSE DE CONSUMO – CEMIG CONSOLIDADO

Discriminação2007 2008 Variação

MWh (%) MWh (%) (%)

Total(1) 52.833.879 100,0 54.102.455 100,0 2,4

Venda a consumidores finais 40.078.821 75,9 42.939.935 81,3 7,1

Residencial 6.812.662 12,9 7.163.793 13,6 5,2

Convencional 5.051.448 9,6 5.263.888 10,0 4,2

Baixa Renda 1.761.214 3,3 1.899.905 3,6 7,9

Industr ial 24.183.469 45,8 26.212.267 49,6 8,4

Cativo 4.830.462 9,1 5.562.687 10,5 15,2

Livres 19.353.007 36,6 20.649.580 39,1 6,7

Comercial 4.110.503 7,8 4.422.932 8,4 7,6

Cativo 4.078.425 7,7 4.390.742 8,3 7,7

Livres 32.078 0,1 32.189 0,1 0,3

Rural 2.200.198 4,2 2.295.897 4,3 4,3

Outras(2) 2.771.989 5,2 2.845.046 5,4 2,6

Vendas no atacado 12.755.058 24,1 11.162.520 21,1 (12,5)

Vendas no ACR (lei lão) 6.483.318 12,3 7.650.983 14,5 18,0

Vendas o ACL (comercial izadores) 6.271.740 11,9 3.511.537 6,6 (44,0)

(1) Não inclui mercado da Light.(2) Inclui poder público, i luminação pública, serviço público e consumo próprio.

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Na venda a consumidores f ina i s , a energ ia fa tu -

rada em 2008 to ta l i zou 42,9 TWh, vo lume 7,1%

super io r ao va lo r ve r i f i cado em 2007. O compor ta -

mento das p r inc ipa i s c lasses de consumo es tá de -

ta lhado a segu i r :

Residencial – Cresc imento de 5,2% no volume

de energia faturada em 2008, com acrésc imo de

211.610 consumidores. O consumo médio por con-

sumidor c resceu 2,1% em re lação a 2007. Esse

desempenho pode ser expl icado pelo aumento no

número de consumidores faturados e pela inf luênc ia

pos i t iva da conjuntura soc ioeconômica, ver i f i cada

até outubro de 2008.

Industr ia l – Com par t i c ipação de 61,0% nas

vendas a consumidores f ina i s , reg i s t rou um c res -

c imento de 8,4% se comparado o ano de 2008

em re lação a 2007. Esse c resc imento deveu - se ao

aumento de 15,2% no fo rnec imento de energ ia

aos c l i en tes ca t i vos e pa rc ia lmente l i v res (c l i en tes

h íb r idos) ; vendas pa ra c l i en tes l i v res , que apresen -

ta ram aumento de 6,7% exp l i cado pe lo c resc imen -

to da a t i v idade indus t r ia l a té outubro de 2008 e

pe lo es fo r ço despend ido pe las equ ipes comerc ia i s ,

ao ap rove i ta r opor tun idades pa ra fo rma l ização de

novos negóc ios no ambiente de l i v re cont ra tação,

inc lus ive fo ra do es tado.

Comercial – Seu desempenho expl ica -se pela va-

r iação pos i t iva de 7,7% no mercado cat ivo, cu jo re -

su l tado deveu-se à conjuntura econômica favorável ,

espec ia lmente até outubro de 2008.

Rural – Crescimento de 4,3% no consumo faturado de-

vido ao bom desempenho da atividade agropecuária no

estado, evidenciado no resultado do PIB do agronegó-

cio, com crescimento de 15% até novembro de 2008.

Com re lação às vendas no atacado, a parce la de

venda às empresas comerc ia l izadoras de energia

apresentou redução de 44,0%, face à dec isão es -

t ratégica empresar ia l de d i rec ionamento da energia

para negociações com c l ientes l iv res. O aumento

de 18,0% nos volumes negociados no ACR (CCEAR)

deveu-se ao in íc io de v igênc ia de contratos com en-

t rega a par t i r de 2008 e também da venda no Lei lão

de Ajuste. O montante de energia t ranspor tada, re -

ferente aos contratos de acesso às redes de d is t r i -

bu ição por c l ientes l iv res e outras concess ionár ias,

apresentou em 2008 um decrésc imo de 0,7% com-

parado a 2007. Os fatores que contr ibu í ram para

essa redução foram a redução do consumo a par t i r

de outubro de 2008; a l to preço da energia e lét r ica

no mercado de cur to prazo (PLD) no 1º t r imestre

de 2008, levando as indúst r ias e let ro intens ivas a

para l isar e/ou diminui r a produção.

ENERGIA FATURADA DE TRANSPORTE POR CLASSE DE CONSUMO – CEMIG CONSOLIDADO

Discriminação2007 2008 Variação

MWh (%) MWh (%) (%)

Total 17.539.285 100,0 17.410.734 100,0 (0,7)

Industr ial 17.255.062 98,4 17.186.137 98,0 (0,4)

Comercial 56.762 0,3 95.446 0,5 68,15

Concessionárias 227.461 1,3 129.151 0,7 (43,2)

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CEMIG 2008

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Balanço de Energia ElétricaOs recursos consol idados de energia, que compreendem

a soma da energia produzida e comprada, tota l izaram

68.318 GWh. Desse montante, a geração do Grupo

Cemig representou 48,4%; as compras compulsór ias

de I ta ipu e do Pro infa, 13,8%; as compras no ACR

(CCEAR), 18,2%; e as t ransações na CCEE e no MRE,

16,3%. Além disso, a Cemig contou com recebimentos

da ordem de 2.850 GWh de contratos b i latera is e ou-

t ros recebimentos, o que representa 4,5% dos recur -

sos tota is , e que supr i ram cargas l igadas d i retamente

na malha de d is t r ibu ição.

Dos recursos d isponíveis , 65,7% foram repassados a

consumidores f ina is , sendo 32,6% para atendimento

ao mercado cat ivo e 33,1% di rec ionados para o merca-

do l iv re. A lém disso, 10,6% foram transac ionados na

CCEE e no MRE, e 11,8%, negociados no ACR (venda

às d is t r ibu idoras).

Por meio do Balanço de Energia Elétr ica, verif ica-se que

8,5% do total de recursos, equivalentes a 5.790 GWh, re-

ferem-se a perdas de energia. Desse montante, 5.411 GWh

são relativos às perdas na malha de distr ibuição, e

378 GWh às perdas na rede básica.

Foram faturados 6,6 mi lhões de consumidores em de-

zembro de 2008, cor respondendo a uma var iação de

2,5% em re lação a 2007. O maior acrésc imo de consu-

midores ocor reu na Classe Res idenc ia l , com incremen-

to de 4,1%. Além do cresc imento vegetat ivo, houve a

rec lass i f i cação de consumidores da Classe Rura l para

esta C lasse. Foram l igadas 10 mi l novas unidades

consumidoras por meio do Programa Luz Para Todos,

per fazendo 190 mi l l igações desde sua implantação,

ocor r ida em 2004.

A tabela a segui r apresenta o número de consumidores

faturados por c lasse de consumo:

CONSUMIDORES FATURADOS POR CLASSE – CEMIG CONSOLIDADO

ClasseDezembro/2007 Dezembro/2008 Variação

Unidade (%) Unidade (%) Acréscimo (%)

TOTAL 6.440.259 12,2 6.602.213 12,5 161.954 2,5

Residencial 5.188.604 9,8 5.400.214 10,2 211.610 4,1

Industr ial 73.600 0,1 74.489 0,1 889 1,2

Cativo 73.452 0,1 74.344 0,1 892 1,2

Livres 148 0,0 145 0,0 (3) (2,0)

Comercial 560.913 1,1 578.021 1,1 17.108 3,1

Cativo 560.909 1,1 578.017 1,1 17.108 3,1

Livres 4 0,0 4 0,0 0 0,0

Rural 554.269 1,0 482.952 0,9 (1.317) (12,9)

Outras(1) 62.826 0,1 66.537 0,1 3.711 5,9

Vendas no atacado 47 0,0 46 0,0 (1) (2,1)(1) Inclui poder público, i luminação pública, serviço público e consumo próprio.

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Como as usinas do Grupo Cemig pertencem ao MRE e

sua operação é coordenada pelo Operador Nacional do

Sistema Elétr ico – ONS, o montante de Geração Pró-

pria é o resultado da decisão estratégica definida pelo

ONS para o atendimento ao mercado do sistema. Assim,

por conta da estratégia de recuperação dos níveis dos

reservatórios do sistema, a geração f ís ica das usinas

hidrelétr icas foi reduzida.

Com relação aos contratos de compra e venda de ener-

gia, no ano de 2008 houve acréscimo na venda de ener-

gia no Ambiente de Contratação Regulado – ACR, com o

início de atendimento ao contrato de CCEAR proveniente

do 2º lei lão de energia existente do Ministério de Minas

e Energia – MME, real izado em 2005.

Uma alteração signif icativa em 2008 aconteceu tam-

bém na energia recebida da UHE Itaipu. Por meio da

resolução Aneel nº 218, de 11 de abri l de 2006, as

cotas-parte da UHE Itaipu a serem uti l izadas no ano de

2008 foram atual izadas, e a Cemig Distr ibuidora teve

a sua cota-parte reduzida de 17,29% do ano de 2007

para 13,59% para o ano de 2008, da energia disponi-

bi l izada pela Itaipu Binacional para o sistema brasi leiro.

A f igura a seguir apresenta o Balanço de Energia Elétr i -

ca Consol idado da Cemig. Esse balanço não contempla

informações do consórcio RME/Light.

Qualidade da Energia

O sistema de distr ibuição, representado pelas l inhas,

redes e subestações de distr ibuição, está sujeito a in-

ter rupções. Essas interrupções têm origem na atuação

de agentes externos e internos ao sistema elétr ico, tais

como fenômenos naturais, interferências do meio am-

BALANÇO DE ENERGIA ELÉTR ICA – 2008 – MERCADO CEMIG CONSOLIDADO

Perdas(RD + RB)5.790 GWh

Requisitos Totais – 68.318 GWhRecursos Totais – 68.318 GWh

Energia Comprada 34.777Itaipu 9.021CCEAR(1) 12.428CCEE(2) 8.860MRE(3) 2.294Contratos Bilaterais 1.245Recebimento na RD(4) 394Proinfa(5) 386Co-geração 149

Energia Produzida 33.541Geração Própria 31.769Energia Autoprodução 1.062Energia Empresas Coligadas 1.316Perdas Geração RB(4) (606)

Energia Total62.528 GWh

Vendas da Cemig D no Mercado C ativo22.258 GWh

Vendas da Cemig GT às Distribuidoras8.046 GWh

Vendas da Cemig GT no Mercado Livre22.609 GWh

(6)

(7)

(8)

(9)

Vendas da Cemig Holding ao MRE391 GWh

Vendas das empresas coligadas1.392 GWh

Vendas da Cemig Holding na CCEE6.850 GWh

Repasse a autoprodutores982 GWh

(1) Contratos de comercialização de energia no ambiente regulado (2) Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (3) Mecanismo de Realocação de Energia (4) RD – Rede de Distribuição Própria da Cemig e RB – Rede Básica de Transmissão (5) Programa de incentivo às fontes alternativas de energia (6) Liquidação das Energias de Curto Prazo (7) Contratos Bilaterais – Sá Carvalho, Horizontes, Pai Joaquim, Rosal, UTE Barreiro e Ipatinga (8) Vendas MRE – Cemig, Sá Carvalho, Rosal, Capim Branco e Consórcio Igarapava (9) Venda no Ambiente de Contratação Regulado (ACR).

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biente, falhas, atuação dos equipamentos de proteção e

necessidades operacionais. A qualidade de fornecimento

de energia é medida por meio de dois indicadores: DEC

(Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Con-

sumidora) e FEC (Freqüência Equivalente de Interrupção

por Unidade Consumidora), que são monitorados pela

Companhia e pela Agência Nacional de Energia Elétr i -

ca – Aneel. Os indicadores de continuidade DEC e FEC

apurados em 2008 foram 13,65h e 6,53 interrupções,

respectivamente. O indicador de DEC ultrapassou a meta

da Aneel17 em 3,0%. Já o indicador de FEC apresentou

uma melhoria de 33,5% em relação à meta Aneel.

No ano de 2008, foram registradas 302.089 inter-

rupções sustentadas18. Dessas, 51% foram acidentais

com origem em causas externas ao sistema (fenômenos

naturais e meio ambiente), 36% acidentais de origem

interna (falhas de equipamentos, falha humana, erros

de manobra, etc.) – total izando 87% de interrupções

acidentais, e 13% programadas. As interrupções progra-

madas, cujo objetivo é a manutenção e adequação do

sistema aos padrões de qualidade definidos pela Aneel,

em geral são precedidas de avisos, de forma a minimi-

zar o impacto do desl igamento ao consumidor.

TarifasAs tarifas de energia elétrica da Cemig Distribuição são

reajustadas anualmente e revisadas a cada cinco anos.

A metodologia para esses reajustes e revisões é definida

pela Aneel e foi objeto de Audiência Pública no ano de 2008.

Em abri l de 2008, a Cemig Distr ibuição passou pela sua

segunda revisão tarifár ia. As novas tarifas entraram em

vigor a part ir do dia 8 de abri l de 2008, quando foi

publ icada a Resolução Homologatória nº 626/2008. A

Nota Técnica nº 092/2008-SRE/Aneel e seus anexos

fornecem informações mais detalhadas sobre os valores

reconhecidos pela Aneel.

As tarifas vigentes até 7 de abril de 2008 foram rea-

justadas em -7,14%, sendo -18,09% relativos ao índice

de reposicionamento tarifário, e 10,95% relativos aos

componentes financeiros externos à revisão tarifária

periódica. O efeito médio da revisão foi de -12,24% e

está sendo aplicado de forma diferenciada por classe de

consumo. O efeito na fatura dos consumidores de baixa

tensão foi de -17,11%, enquanto as tarifas dos consu-

midores de alta tensão variaram de -13,85% a -7,97%.

2005

12,21

6,78

2006

13,03

6,46

2008

13,65

6,53

2007

13,14

6,39

DEC Apurado FEC Apurado C

INDICADORES DEC E FEC

17 As metas da Aneel para a Cemig, em 2008, eram DEC 13,24 e FEC 9,84 18 Interrupção sustentada é aquela que dura mais de 3 minutos.

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Para a definição dos valores considerados na compo-

sição das tarifas, a Aneel fez o levantamento da base

de ativos a ser remunerada e dos custos com base na

empresa de referência, a definição do custo médio de

capital, além de outros custos da concessionária. Esse

percentual foi provisório e poderá ainda ser alterado em

função da aprovação da nova metodologia definida na

Resolução nº 388/2008 e será corr igido no reajuste

tarifár io anual de 2009.

A Cemig Distribuição possuía, em dezembro de 2008, cerca

de 2,36 milhões de consumidores classificados como resi-

dencial baixa renda. Esses consumidores são beneficiados

pela tarifa subsidiada de baixa renda19. Para os consumido-

res com consumo até 30 kWh mensais, o benefício resulta

num desconto aproximado de 59%; 48% para o consumo

entre 80 kWh e 90 kWh; 47% para a faixa até 100 kWh;

e 35% de desconto para consumo até 180 kWh. Os consu-

midores que consomem até 90 kWh por mês também são

beneficiados com a isenção do ICMS.

Em 27 de junho de 2008, data do reajuste anual das

receitas permitidas das concessionárias de transmissão,

a Aneel publ icou os valores das receitas permitidas

reajustados20, com vigência a part ir de 1º de julho de

2008 até 30 de junho de 2009 para a Cemig Geração

e Transmissão.

A recei ta anual tota l da t ransmissora sof reu um rea-

juste de 8,09%.

19 Para receber o benefício, o consumidor deve se enquadrar em todos os critérios seguintes: pertencer à Classe Residencial atendida por circuito monofásico; ter consumo médio mensal entre 80 e 220 kWh; ser titular de apenas uma unidade consumidora; ter cadastramento no NIS – Número de Inscrição Social – ou autodeclaração; Cadastro de Pessoa Física – CPF e Identidade – RG (ou outro documento de identificação oficial com foto) cadastrados e ser pessoa física responsável pelo domicílio. Para receber o Número de Identificação Social (NIS), as famílias devem se cadastrar na prefeitura e possuir renda per capita inferior a R$120,00. 20 Por meio da Resolução Homologatória nº 670, de 24 de junho 2008.

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Gerenciamento pelo Lado da Demanda – GLD

O consumo de energia elétrica exige um volume grande

de investimentos para ser atendido. O comportamento

do consumo ao longo do dia não é constante, podendo

se concentrar em alguns momentos do dia e alguns dias

da semana. A curva de carga do consumo é a expressão

gráfica deste comportamento e, caso ocorra uma con-

centração do consumo em alguns momentos, o sistema

elétrico tem que ser todo dimensionado para atender a

este momento. Isto acarretaria uma redução da eficiência

do investimento e um desperdício de recursos. O geren-

ciamento da curva de carga visa evitar este desperdício.

A cu r va de ca rga do consumo da Cemig, cons ide rando

os seus ma is de 6,5 mi lhões de consumidores , tem

como ca rac te r í s t i ca o p i co máx imo aos sábados . Es te

fa to deve - se à e levada par t i c ipação dos consumido -

res indus t r ia i s no seu mercado e pe la in t rodução da

Ta r i fação Horo -Sazona l – THS, que induz ia a redução

de consumo des ta c lasse nos horá r ios de p i co de d ias

ú te i s po r me io da ap l i cação de ta r i fas d i fe renc iadas

de consumo de energ ia e lé t r i ca e de demanda de

potênc ia de aco rdo com as horas de u t i l i zação do d ia

e dos pe r íodos do ano.

A Tarifação Horo-Sazonal, cr iada em fevereiro de 1998,

deslocou a ponta semanal da Cemig para os sábados,

originalmente dia l ivre de horário de ponta, que pas-

saram a registrar demanda 10% superior às demandas

máximas de dias úteis.

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Desde o início da apl icação da THS, a Cemig promoveu

a alocação do horário de ponta de seus consumidores

industr iais de forma escalonada, uti l izando toda a faixa

de horário permitida, para se evitar a coincidência da

saída e retorno dos blocos de carga desl igados durante

o horário de ponta. Atualmente, na área de atuação

da Cemig, há uma redução contratual superior a 1.290

MW no horário de ponta provocada pela THS. Este valor

elevado de carga industr ial sendo desl igada chegou a

provocar a ocorrência de cargas mínimas entre 17 e

18 horas, principalmente durante o horário de verão.

Desde 1992, com o objetivo de reduzir a demanda má-

xima semanal aos sábados e equalizar a ponta semanal,

foi oferecida a alguns consumidores industr iais de con-

sumo intensivo a opção de adotarem o sábado como dia

de modulação em troca por outro dia da semana. Esta

atuação permitiu a redução do pico da demanda máxi-

ma desde então. Em 2008, estavam nesta situação 24

consumidores industr iais que total izaram uma redução

de 665 MW no sistema da Cemig.

O Brasi l possui estações cl imáticas pouco definidas na

região Sudeste, onde se local iza o estado de Minas Ge-

rais e a área de concessão da Cemig. Nesta região, a

estação chuvosa começa em novembro e prolonga-se

até março do ano seguinte, compreendendo parte da

primavera e quase todo o verão. Nesse período, em

2008, a demanda máxima verif icada do sistema da

Cemig foi de 6.932 MWh/h. Por outro lado, a estação

seca é verif icada entre os meses de abri l e outubro, pe-

r íodo no qual acontecem as maiores demandas do siste-

ma. Em 2008, foi verif icada uma demanda máxima de

7.521 MWh/h, recorde histórico e anual de demanda

horária. Considerando que a carga reduzida de 665 MW

permaneceu constante durante o ano de 2008, temos

as seguintes reduções percentuais:

REDUÇÃO DA DEMANDA OBTIDA POR MEIO DE PROGRAMAS DE GLD – CEMIG 2008

Verão Inverno

Demanda máxima da Cemig – MWh/h 6.932 7.571

Total reduzido – MWh/h 665 665

% 9,6 8,8

RESULTADOS E SUA DISTRIBUIÇÃOResultados Econômico-financeiros

Em 2008, o lucro l íqu ido consol idado da Cemig a lcan-

çou R$1.887 mi lhões, o que representa um aumento

de 8,3% se comparado aos R$1.743 mi lhões do exer -

c íc io de 2007. Esse resul tado é f ruto da ef ic iênc ia

do Plano Di retor da Companhia e da est ratégia a e le

l igada que, focando a sustentabi l idade no longo pra -

zo, confere so l idez à Cemig e reaf i rma sua l iderança

no cenár io nac ional .

Mesmo com a dete r io ração das cond i ções econô -

micas mund ia i s no segundo semest re de 2008, a

Companh ia manteve seu p lane jamento econômico -

f inance i ro , inc lu indo inves t imentos , amor t izações de

d ív ida e pagamento de d iv idendos a seus ac ion i s tas .

Dessa fo rma, a Companh ia cont inua sua t ra je tó r ia de

c resc imento equ i l i b rado em todos os se to res . Sempre

pautada pe la exce lênc ia operac iona l , mi t iga r i s cos e

ap rove i ta todas as s ine rg ias que a in teg ração de seus

negóc ios poss ib i l i ta , ag regando va lo r aos seus negó -

c ios e cons t r u indo um re lac ionamento de conf iança

com seus s takeho lde rs .

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Uma anál ise extens iva dos resul tados econômico- f inancei ros pode ser acessada pelo websi te de Relações com

Invest idores da Companhia, por meio do l ink : ht tp://v2.cemig. info invest .com.br/ptb/s-13-ptb.html.

A contr ibuição comparativa das empresas do Grupo para o lucro l íquido consol idado está demonstrada no quadro abaixo:

2007 Partic ipação (%) 2008 Partic ipação (%)

Cemig – Controladora (175) -10,0 (189) -10,0

Cemig Distr ibuição S.A. 774 44,4 709 37,6

Cemig Geração e Transmissão S.A. 752 43,1 986 52,2

Gasmig 46 2,6 47 2,5

Rio Minas Energia (Light) 148 8,5 129 6,8

Outras 198 11,4 205 10,9

Lucro Líquido Consol idado 1.743 100,0 1.887 100,0

Distribuição do Valor Agregado

O Va l o r E c onôm i c o Ge r a do 21 p e l a C em i g c h egou ,

em 2008 , a R$17 ,5 b i l h õ e s , r e p r e s en t a ndo um

aumen t o d e 2 ,7 % em r e l a ç ão a 2007 ( t a be l a a

s e gu i r ) . Embo r a a R e c e i t a B r u t a t e nha c r e s c i d o

5% , uma queda d e 15% da s r e c e i t a s f i n a n c e i r a s

r e d u z i u o e f e i t o d e s s e c r e s c imen t o s o b r e o Va l o r

E c onôm i c o Ge r a do .

2006 2007 2008

Valor econômico direto gerado

Receitas(1) 14.712 16.996 17.502

Valor econômico distr ibuído

Custos operacionais(2) 3.614 4.663 5.021

Salários e benefícios de empregados(3) 1.625 1.405 1.599

Pagamentos para provedores de capital (4) 2.815 2.600 2.287

Pagamentos ao Governo(5) 5.667 7.029 7.012

Investimentos na comunidade 54 45 45

Valor econômico acumulado(6) 937 1.254 1.538

Obs.: a distr ibuíção do Valor Agregado de 2007 foi recalculada devido à reapresentação dos dados contábeis relativos àquele exercício. Notas relativas a 2008: (1) Inclui Receita Bruta + PDD + Prejuízo com Alienação de Ativos + Receita Financeira (2) Inclui Insumos Adquir idos de Terceiros (-) Prejuízo com Alienação de Ativos (3) Inclui Custeio Administrat ivo da Forluz (4) Inclui a despesa f inanceira, os dividendos pagos e part ic ipação de minoritár ios (5) Inclui Impostos Taxas e Contr ibuições e Imposto Retido (6) Todos os anos incluem o Lucro Retido, Depreciação e IR Difer ido. Obs.: dados apurados segundo metodologia da GRI – indicador EC1. Para mais detalhes, ver protocolos da GRI (dimensão econômica EC1) em www.globalreport ing.org.

Nos ú l t imos t r ê s anos , ob se r va - se uma manu tenção da

pa r t i c i pa ção pe r cen tua l do s Pagamen tos ao Gove r no ,

em to r no de 40%, uma g radua l e l e vação dos Cus -

t o s Ope ra c i ona i s , que pas sa ram de 25% pa ra 29%,

e no Va lo r E conômi co A cumu lado , que pas sou de 6%

pa ra 9% em de t r imen to dos Sa l á r i o s e Bene f í c i o s

de Emp regados e dos Pagamen tos pa ra P rovedo re s

de Cap i t a l .

21 O Valor Econômico Gerado é composto por: Receita Bruta + Provisão par Devedores Duvidosos (PDD) + Prejuízo com a Alienação de Ativos + Receita Financeira.

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Foi organizado, no f inal dos anos 1990, o Comitê

de Pr ior ização do Orçamento, que vem atuando na

anál ise dos pro jetos de expansão constantes do p la -

no qüinqüenal de negócios, recomendando à Di retor ia

Execut iva a execução desses pro jetos e garant indo que

o retorno mínimo exig ido pelo Conselho de Administ ra -

ção se ja atendido.

Os pr inc ipais invest imentos da Cemig, l íqu idos de a l ie -

nação de par t ic ipação soc ietár ia, foram como segue:

2007 2008 Var. %

Geração 279 206 (26,2)

Distr ibuição 861 883 2,6

Transmissão 78 105 34,6

Venda da Way TV (49) - -

Gás e Outros 16 159 893,8

Total 1.185 1.353 14,2

INVESTIMENTOS

EVOLUÇÃO DA DISTR IBUIÇÃO DO VALOR ADIC IONADO 2006/2008

Valor Econômico Acumulado Pagamentos ao Governo Pagamentos a Provedores de Capital Salários e Benefícios de Empregadoss Custos Operacionais

2006 20082007

6%

39%

19%

11%

25%

7%

41%

15%

8%

27%

9%

40%

13%

9%

29%

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Geração

A Cemig, suas subsidiárias integrais e suas col igadas

possuem 58 usinas, sendo 53 hidrelétr icas, quatro ter-

melétr icas e uma eólica, com uma capacidade instalada

total de 6.579 MW.

Investimentos em Geração

Revitalização do parque gerador da Cemig

A Cemig vem real izando amplo programa de revital iza-

ção de suas usinas. O objetivo é restabelecer a vida úti l

das plantas, estimada em 30 anos pós-revital ização.

O projeto de revital ização inclui a atual ização tecnoló-

gica dos sistemas de regulação, excitação e proteção,

além das reformas dos geradores e turbinas. A revital i -

zação das plantas de geração possibi l i ta, além do res-

tabelecimento da vida úti l , aumento da confiabi l idade

operativa, maior efic iência da proteção f ís ica e elétr ica

e melhor resposta às osci lações do sistema.

Em 2008, foi concluída a revital ização da Usina de Ja-

guara. Até 2011 está prevista a conclusão do processo

de revital ização das Usinas de Três Marias, Volta Grande

e Salto Grande. O investimento total previsto das revita-

l izações é de R$36 milhões até 2011.

No período de 2009 a 2013, estão previstas as revi -

tal izações de 4 unidades geradoras da Usina de Volta

Grande e 6 unidades geradoras da Usina de São Simão,

com investimentos previstos de R$46 milhões e R$58

milhões, respectivamente.

Expansão da Geração de Energia Elétrica

Os principais empreendimentos com início de operação a

partir de 2008 e em construção estão demonstrados abaixo:

Empreendimentos Potência Participação Cemig %

Investido até 2008

R$ milhões

Início previsto da operação

Usina de Baguari 140 MW 34,0 140 2º sem/2009

PCHs Dores de Guanhães, Senhora do Porto, Fortuna II e Jacaré 44 MW 49,0 10 2º sem/2009

Usina de Santo Antônio 3.150 MW 10,0 - 1º sem/2012

PCH Pipoca 20 MW 49,0 4 1º sem/2010

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Empreendimentos Participação Cemig %

Investido até 2008

R$ milhões

Início previsto da operação

LT Furnas – Pimenta 51,0 7 2º sem/2009

LT Charrúa – Nueva Temuco 49,0 34 1º sem/2009

LT EBTE 49,0 7 1º sem/2010

Transmissão

A rede de transmissão da Cemig é composta por 4.957

km de l inhas de transmissão de extra-alta tensão,

11.676 estruturas bem como 37 subestações com total

de 94 transformadores e capacidade de transformação

de 15.506 MVA. A seguir, destacamos os principais in-

vestimentos em 2008:

Aumento da participação da Cemig na TBE (Transmissoras Brasileiras de Energia)

A Cemig adquir iu, junto com a Alupar Investimentos

S.A., na proporção de 95% e 5%, respectivamente, as

ações que a Brookfield detinha do capital votante das

seguintes empresas:

Empresa Amazonense de Transmissão de Energia S.A.

EATE (17,16%)

Empresa Paraense de Transmissão de Energia S.A.

ETEP (19,26%)

Empresa Norte de Transmissão de Energia S.A.

ENTE (18,35%)

Empresa Regional de Transmissão de Energia S.A.

ERTE (18,35%)

Empresa Catarinense de Transmissão de Energia S.A.

ECTE (7,49%)

Sistema de Transmissão Catarinense S.A.

STC (13,51%)

Companhia Transmissora de Energia Elétrica

Lumitrans (13,51%)

Empresa Brasileira de Transmissão de Energia S.A.

EBTE (57,11%)

A conc lusão da operação e a efet iva aquis ição das

ações pela Cemig estão su je i tas à aprovação da t rans -

ferênc ia das ações das empresas ac ima c i tadas pela

Agência Nacional de Energia E lét r ica – Aneel , pelo

Banco Nacional de Desenvolv imento Econômico e So-

c ia l – BNDES e outros órgãos f inanc iadores.

Investimentos em Linhas de Transmissão (LT) – R$ milOs principais empreendimentos em construção estão

demonstrados abaixo:

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CEMIG 2008

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Distribuição

Em 2008, a Cemig Distr ibuição S.A. investiu na ex-

pansão do seu sistema elétr ico de alta, média e baixa

tensão o montante de R$601,8 milhões. Dentre os pro-

gramas executados, destacam-se os seguintes:

Programa Luz para Todos – Universalização do acesso e uso da energia elétrica

Para a universal ização do acesso e uso da energia elé-

tr ica, o Governo Federal inst ituiu, em 2003, o progra-

ma denominado “Luz para Todos”. O mercado atendido

pelo Programa, além dos produtores e estabelecimentos

rurais, abrange as populações atingidas por barragens,

escolas municipais e estaduais, poços de abastecimento

d’água comunitários, assentamentos rurais, comunida-

des remanescentes de qui lombos e minorias raciais.

Na primeira fase do Programa (finda em 2008), foram

l igadas cerca de 190 mil propriedades rurais, benefi -

c iando uma população de aproximadamente 855 mil

pessoas. A Cemig executou l igações nos 774 municípios

da sua área de concessão, o que coloca a Companhia

em posição de grande destaque na execução do Progra-

ma, entre as concessionárias brasi leiras.

Entre meados de 2004 e dezembro de 2008, foram

construídos quase 65 mil km de redes e instalados 116

mil transformadores e 491 mil postes. Além disso, cerca

de 1.700 painéis fotovoltaicos foram instalados em luga-

res onde não foi possível construir redes convencionais.

Para execução da segunda fase do Programa a part ir de

2008, foi celebrado com a Eletrobrás um contrato de

f inanciamento para atendimento a 55 mil beneficiár ios,

até o f inal de 2010. Vinte mil l igações serão executa-

das via Cemig, aproveitando-se de projetos e materiais

remanescentes da primeira etapa e 35 mil l igações via

empreitada integral.

Projetos de Melhoria da Iluminação Pública – ReLuz

O Programa Nacional de I luminação Pública Efic iente

– ReLuz, é um programa do Governo Federal, de f i -

nanciamento para as prefeituras por meio das conces-

sionárias, e engloba projetos de melhoria, extensão e

obras especiais de i luminação pública, com previsão de

duração até 2010.

Desde a implantação do Programa ReLuz, em 2001, a

Cemig Distr ibuição já real izou a modernização de 215

mil pontos de i luminação pública, em 290 municípios,

com investimentos de cerca de R$60 milhões.

Em 2008, foram real izados projetos em Belo Horizonte,

substituindo as luminárias e lâmpadas a vapor de mer-

cúrio por conjuntos a vapor de sódio em cerca de 20 mil

pontos22, com investimentos de R$7 milhões.

Projeto Cresceminas

O Projeto Cresceminas, caracterizado também como um

dos Projetos Estruturadores do Governo do estado, tem

como principal objetivo a ampliação da disponibi l idade

de infra-estrutura de distr ibuição de energia elétr ica

para atendimento ao crescimento do mercado no estado

de Minas Gerais.

Destacam-se no Pro jeto, as obras de reforço em subes -

tações, l inhas e redes de d is t r ibu ição, compreenden-

do um conjunto de 687 km de l inhas de d is t r ibu ição,

11 novas subestações, 101 obras de ampl iações em

22 Para mais detalhes, ver o item Eficiência e Conservação Energética, página 65 do capítulo Dimensão Ambiental.

40

CEMIG 2008

DIME

NSÃO

DIME

NSÃO

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diversas subestações existentes, 2.052 km de novas

redes de d is t r ibu ição e melhor ias e reforços em 2.750

km de redes de média tensão. O conjunto de obras

benef ic iará aproximadamente 241 munic íp ios (34%

do tota l do estado), uma população aproximada de

4 mi lhões e cerca de 1,1 mi lhão de consumidores em

todo o estado.

Estão previstos investimentos da ordem de R$759 mi-

lhões para o período 2006 a 2010, sendo que des-

se montante já foram completados investimentos de

R$312,6 milhões.

Des tacam-se em 2008 inves t imentos da o rdem de

R$120 mi lhões em l i nhas de d i s t r i bu i ção e subes ta -

ções (SE) , a ene rg i zação da SE Iga rapé 2 , na reg ião

Cen t ra l , e a conc lusão das ob ras da SE A raçua í 2 ,

na reg ião Les te .

Programa de Eletrificação Urbana – Clarear

O Programa Clarear constitui -se de obras de l igação, ex-

tensão, modif icação e reforço de rede de distr ibuição de

média e baixa tensão para atendimento a consumidores

situados em área urbana, continuando a manter anual-

mente a área urbana da concessão Cemig universal izada.

No ano de 2008, foram atendidos 188.070 consumi-

dores em área urbana com investimentos de R$87 mi-

lhões, com a instalação de 9.467 postes e extensão de

350 km de redes ao sistema elétr ico de distr ibuição.

Planos de Expansão de Alta Tensão

A Cemig Distribuição realizou no ano de 2008 investimen-

tos da ordem de R$36 milhões em expansão da subtrans-

missão, além do Projeto Cresceminas, sendo que, deste

montante, R$15 milhões foram investidos em linhas de

distribuição de alta tensão e o restante em subestações.41

CEMIG 2008

ECON

ÔMIC

AEC

ONÔM

ICA

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

23 Para mais detalhes, ver itens Estações Ambientais e Pesquisas, página 57, e Energias Alternativas, página 68.

A Cemig continuou a estabelecer parcerias e intercâm-

bios com universidades, centros de pesquisa e empre-

sas. Tais parcerias visam o desenvolvimento conjunto de

projetos que envolvam desde a pesquisa de tecnologias

de ponta, na forma de protótipos, passando por convê-

nios para l icenciamentos das tecnologias desenvolvidas

até o estabelecimento de centros de excelência tecno-

lógica para real ização de pesquisa básica e apl icada.

Destacam-se, em 2008:

a implementação de acordo para a construção de quatro

protótipos de veículos movidos exclusivamente a energia

elétr ica, o que contr ibui para as iniciat ivas mundiais de

aplicação de tecnologias l impas em meios de transporte;

a aval iação de negócios sobre a tecnologia de Veículos

Aéreos Não Tripulados – VANT;

o estabelecimento das condições para o pagamento de

royalt ies à Cemig pela Nansen, decorrentes da comer-

cial ização do medidor f iscal de energia ativa (kWh).

No âmbito dos programas de P&D – Pesquisa e Desenvolvi-

mento Cemig/Aneel23, o portfolio de projetos é composto

por metodologias, softwares, dispositivos e equipamentos

necessários à operação da Companhia, além de pesquisa

de alternativas energéticas. Os valores aportados nos

42

CEMIG 2008

DIME

NSÃO

DIME

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projetos, de 2002 a 2008, alcançam mais de R$81 mi-

lhões. Atualmente, estão em andamento 95 projetos, nos

quais foram investidos R$7,2 milhões ao longo de 2008.

Foi realizado, por meio de consultoria externa, o

levantamento e análise das diversas tecnologias em uso

ou em desenvolvimento pela Companhia e elaborado

o benchmarking para cada uma. Desse modo, foram es-

tabelecidos os distanciamentos tecnológicos (gaps) da

Cemig nas tecnologias de interesse e que servirão como

subsídio à elaboração do Plano Estratégico de Tecnologia.

Ainda em 2008, foram criados fóruns tecnológicos

permanentes, compostos por especial istas das várias

áreas da Companhia. Esses profissionais deverão atuar

em conjunto para a consecução do Plano Estratégico

de Investimentos em P&D, bem como para a contínua

atual ização do mapeamento tecnológico real izado.

O Escr i tór io de Marcas e Patentes da Cemig atuou,

em 2008, com o Inst i tuto Nacional de Propr iedade

Indust r ia l – INPI no regist ro e acompanhamento de

9 car tas patentes, 44 pedidos de pr iv i lég io sobre in -

venções, 54 marcas e 21 programas de computador.

A inda em 2008, dois novos pedidos de patente foram

protocolados no INPI, sendo um deles o pedido de

proteção internac ional .

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CEMIG 2008

ECON

ÔMIC

AEC

ONÔM

ICA

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D I M E N S Ã O

A M B I E N T A L

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A Cemig possui uma Polít ica Ambiental, publ icada desde

1990, da qual constam sete princípios que orientam

as atividades e direcionam os esforços relacionados à

proteção do meio ambiente e ao desenvolvimento sus-

tentável (http://www.cemig.com.br/meio_ambiente/

infor.asp). Tais princípios são traduzidos em ações que

buscam imprimir nos empregados e parceiros a cons-

cientização para a questão ambiental.

A Cemig atua em seus negócios com foco na respon-

sabi l idade socioambiental, buscando novas soluções

e tecnologias que integrem a geração, transmissão e

distr ibuição de energia elétr ica à conservação do meio

ambiente, minimizando os impactos decorrentes de

suas atividades na sociedade. Mais informações sobre

os programas ambientais da Cemig podem ser obtidas

no website http://www.cemig.com.br/meio_ambien-

te/meioambiente.asp.

Relacionamento com a Sociedade

O relacionamento com a sociedade compreende a part i -

c ipação em Conselhos e Comitês de Meio Ambiente e de

Recursos Hídricos, a real ização de programas ambien-

tais e reuniões com órgãos e organizações ambientais,

a part ic ipação em atividades e seminários e a disponibi -

l ização de informações sobre o meio ambiente.

A Cemig patrocinou o Seminário Internacional de Sus-

tentabi l idade real izado pelo Instituto Brasi leiro de Re-

lações com Investidores – Ibri e pela Associação dos

Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de

Capitais – Apimec-MG, que contou com a presença de

analistas especial izados em sustentabi l idade da Suíça,

da Alemanha e do Brasi l .

Em parceria com o Cigré-Brasi l , a Cemig real izou o II I

Seminário Brasi leiro de Meio Ambiente e Responsabil i -

dade Social no Setor Elétr ico. O evento teve o objetivo

de reunir empresas do setor elétr ico e lançar discussões

sobre a demanda e oferta de energia, as dif iculdades

nas operações de geração e transmissão de energia, e a

necessidade de as empresas assumirem as responsabil i -

dades socioambientais.

Com o tema “Sustentabi l idade na Arquitetura”, a Cemig

part ic ipou do Seminário Arquitetura Contemporânea,

dentro da programação da Casa Cor Minas Gerais 2008,

levando conceitos ecológicos, ambientais e de uti l iza-

ção racional de energia elétr ica para um projeto de uma

residência montada na Casa Cor.

Pelo segundo ano consecutivo, a Cemig real izou deco-

ração de Natal no Edif íc io-Sede da Companhia voltada

para o tema Sustentabi l idade. Foi montado um estande

temático em que o Papai Noel conversava com um pi-

nheiro falante sobre consumo, biodiversidade e meio

ambiente, divulgando para as cr ianças conceitos sobre

a preservação da vida no planeta.

A Cemig part ic ipou do 49º Encontro Anual do Banco In-

teramericano de Desenvolvimento – BID, em Miami, no

mês de abri l de 2008, sendo convidada a montar, no lo-

cal do evento, um estande para apresentar as iniciat ivas

da Companhia em termos de energia renovável, fontes

alternativas, efic iência energética e sustentabi l idade.

45

CEMIG 2008

COMPROMETIMENTO COM O MEIO AMBIENTE

AMBI

ENTA

LAM

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Anualmente, a Abradee real iza pesquisa para medir a

satisfação dos consumidores com as empresas. Dentre

os atr ibutos aval iados, destaca-se a preocupação da em-

presa com o meio ambiente. Nesse atr ibuto, a aval iação

dos consumidores em relação à Cemig foi de 86,8 pon-

tos, muito próximo da empresa melhor aval iada, que

obteve 87,5 pontos, e bem superior à pontuação média

das companhias da região Sudeste, de 80,8 pontos.

Educação Ambiental Desde 2001, a Cemig, em parceria com a Fundação Bio-

diversitas, desenvolve o Programa Cemig de Educação

Ambiental nas Escolas – O Terra da Gente (para mais de-

talhes, consultar http://www.cemig.com.br/meio_am-

biente/terra_gente/index.htm), que já contemplou até

2008, numa primeira etapa, 364 escolas da região do

Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, o que corresponde

a 87,7% das escolas da região com alunos do 2º ciclo

do Ensino Fundamental. Mais de 130 mil alunos rece-

beram materiais pedagógicos especialmente elaborados

para o Programa e mais de 7,8 mil professores foram

treinados nessa etapa. A segunda etapa do Programa,

agora direcionado para a região do Campo das Verten-

tes e do Sul de Minas, espera atingir 247 mil alunos de

774 escolas, local izadas em 235 municípios da região.

O Programa de Educação Ambiental desenvolvido nas Es-

tações ambientais e usinas recebeu, em 2008, 18.127

alunos de diferentes escolas da capital e interior. Duran-

te essas visitas, foram transmitidas informações sobre

geração de energia e sua relação com o meio ambiente,

bem como mensagens sobre o desenvolvimento susten-

tável e a necessidade de conservação dos ecossistemas.

A edição de 2008 da Semana do Meio Ambiente teve

como tema “O Ano Internacional do Planeta Terra e a

Efic iência Energética”. A Organização das Nações Uni-

das – ONU elegeu 2008 como o “Ano Internacional

do Planeta Terra”, direcionando as ações humanas em

favor da preservação ambiental, da conservação dos

recursos naturais e da qualidade de vida. Assim, al i -

nhado com o calendário global, a Cemig real izou seu

evento enfatizando o conceito da Terra como a fonte

vital para as necessidades diárias dos seres vivos, para

os al icerces da sociedade e das economias globais, aler -

tando sempre para o cuidado com os recursos naturais.

EVOLUÇÃO DA AVAL IAÇÃO DO ATRIBUTO ‘ ‘ EMPRESA PREOCUPADA COM A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE ’’ NOS ANOS DE 2004 A 2008 (0 A 100 PONTOS)

2004

80,7

2005

85,6

2006

86,2

2007

92,3

2008

86,8

46

CEMIG 2008

DIME

NSÃO

DIME

NSÃO

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MEIO AMBIENTE – OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO (R$ MILHÕES)

20,0

2006

36,8

20072005

24,1

2004

19,9

2008

42,2

MEIO AMBIENTE – IMPLANTAÇÃO DE NOVOS EMPREENDIMENTOS (R$ MILHÕES)

38,1

2006

7,3

2007

28,3

20082005

61,3

2004

121,8

Esse evento foi real izado no período de 16 a 27 de

junho de 2008 e contou com a part ic ipação de mais de

4.000 estudantes do Ensino Fundamental de 40 escolas

da rede pública, estadual e municipal de Belo Horizonte.

GESTÃO AMBIENTALRecursos e Programas

Em 2008, o valor apl icado em meio ambiente foi de

R$70,5 milhões, sendo R$28,3 milhões em cuidados e

ações ambientais relacionadas à implantação de novos

empreendimentos e R$42,2 milhões na operação e ma-

nutenção de instalações e na real ização de estudos e

monitoramentos. Desse total, foram investidos R$476

mil em projetos de pesquisa relacionados ao meio am-

biente. A elevação dos recursos apl icados na operação

e manutenção das instalações da Companhia deve-se

à melhoria nos processos de adequação ambiental das

instalações, bem como no monitoramento dos progra-

mas ambientais implementados.

A implantação de novos empreendimentos motivou um

aumento signif icativo de investimentos em relação ao

ano anterior, devido principalmente às obras de implan-

tação das Usinas Hidrelétr icas de Baguari e de Santo

Antônio e da Pequena Central Hidrelétr ica Cachoeirão.

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Com relação aos programas de geração de energia elétri-

ca, houve avanços na metodologia de segurança de barra-

gens da Cemig, com o atendimento integral dos requisitos

de monitoramento das estruturas civis inseridos no Plano

de Segurança de Barragens. Foram elaborados os Planos

de Ação Emergenciais preliminares para o caso de ruptu-

ra de barragens, contendo os fluxogramas de comunica-

ção, os responsáveis pelas ações de resposta, a forma

de detecção da emergência e o nível de alerta, além de

iniciada a elaboração dos mapas de inundação a jusante.

Foram executadas mais de 100 obras de manutenção de

barragens, de adequação da infra-estrutura de geração e de

adequação ambiental, com ênfase nas obras de reavaliação

e restabelecimento das condições de segurança estrutural

e funcional de barragens e estruturas civis associadas.

Na operação e manutenção de l inhas de transmissão, fo-

ram adotadas ações preventivas e corretivas constantes

em áreas degradadas por processos erosivos. Em 2008,

a Cemig manteve o convênio de cooperação com o Ins-

t i tuto Estadual de Florestas – IEF para apoio ao com-

bate a incêndios f lorestais no estado de Minas Gerais.

A Cemig recebeu, em novembro de 2008, a primeira

Subestação – SE móvel do mundo, cuja f inal idade é

atender emergências e manutenções programadas nas

subestações convencionais, agi l izando a prestação de

serviços e o atendimento a áreas afetadas pela subes-

tação defeituosa. A SE móvel é totalmente isolada a

óleo vegetal e tem potência de 15 MVA, sufic iente para

atender a uma população de aproximadamente 50 mil

habitantes. Ao contrário do óleo mineral isolante, o óleo

vegetal é biodegradável, portanto, sua uti l ização reduz

signif icativamente os possíveis impactos ambientais de-

correntes de eventuais vazamentos. Além disso, traz

vantagens técnicas como a redução do r isco de incêndio

e o aumento da vida úti l do equipamento.48

CEMIG 2008

DIME

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Na distr ibuição de energia elétr ica, destaca-se o de-

senvolvimento de Rede de Distr ibuição Aérea Isolada

Monofásica – RDIM, uma alternativa que está sendo

adotada pela Companhia para locais densamente arbo-

r izados e com cargas de baixa tensão monofásicas. A

RDIM impede a ocorrência de desl igamentos acidentais,

seja por interferência de árvores, descargas atmosféri -

cas ou animais, permitindo o deslocamento dos animais

pelo cabo entre um poste e outro, sem se acidentarem

com choque elétr ico.

Em 2008, a Cemig adquir iu para o Programa Luz Para

Todos 5.743 transformadores monofásicos com potên-

cias variando entre 5 kVA e 15 kVA, padronizados com

núcleo de metal amorfo. Esses equipamentos propor-

cionam uma redução de até 80% das perdas em vazio,

aumentando a efic iência e gerando uma economia anual

de energia calculada em 280 MWh, o sufic iente para

atender 300 consumidores de baixa renda por um ano.

O banco de dados do Pro jeto Verde Minas, que conso-

l ida o geor referenc iamento das unidades de conser va-

ção local izadas no estado de Minas Gera is , cont inua

sendo atual izado. Em 2008, o Inst i tuto Estadual de

F lorestas – IEF, órgão ambienta l responsável pela

ident i f i cação dessas unidades, forneceu à Cemig os

mapas geor referenc iados de novas áreas ambienta is

para inc lusão no Pro jeto.

Recursos Hídricos A estratégia usada pela Cemig na gestão dos recursos hídri-

cos no ano de 2008 foi de manutenção e ampliação de sua

participação nos Conselhos Estadual e Nacional de Recur-

sos Hídricos e nos Comitês de Bacias Hidrográficas – CBHs

onde a Companhia possui aproveitamento hidrelétrico.

Ao longo do ano de 2008, foram pagos pela Cemig

R$131,4 milhões referentes a Compensação Financeira

pela Uti l ização de Recursos Hídricos para a Geração de

Energia Hidroelétr ica – CFURH, o equivalente a 6,75%

do va l o r da ene rg i a p roduz i da . Des se mon tan te ,

R$14,6 milhões (parcela de 0,75% dos 6,75%) foram

destinados exclusivamente à implementação da Pol ít ica

Nacional de Recursos Hídricos, ao custeio do Sistema

Nacional de Gestão de Recursos Hídricos e à preserva-

ção, recuperação e manutenção dos recursos hídricos,

conforme a Lei Federal nº 9.984, de julho de 2000.

A Cemig continuou com as ações do Plano de Comuni-

cação nas comunidades das áreas de influência de seus

reservatórios e com os veículos de comunicação locais,

objetivando apresentar o funcionamento das usinas e a

operação dos reservatórios, principalmente no período

chuvoso, dessa forma criando uma parceria empresa-po-

pulação-imprensa para troca de informações e atuação

durante eventos cr ít icos.

A Companhia, com o objetivo de manter a população in-

formada, disponibi l iza para a imprensa falada e escr ita as

informações atual izadas sobre os reservatórios, sobre o

nível dos r ios e quantidade de chuva em pontos de controle.

Desde 2003, a Cemig vem real izando at iv idades pre -

vent ivas contra a presença do mexi lhão dourado em

suas us inas e também promovendo encontros com as

comunidades s i tuadas no entorno dos reser vatór ios.

Esse molusco afeta a qual idade da água, compet indo

por a l imentos com algumas espéc ies de peixes, o que

at inge d i retamente a v ida da comunidade e o t rabalho

dos pescadores. Em 2008, foram real izados t rês en-

contros, com o objet ivo de d iscut i r com a população as

formas de infestação pelo mexi lhão dourado nos r ios

e reser vatór ios.

49

CEMIG 2008

AMBI

ENTA

LAM

BIEN

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Novos Empreendimentos Hidrelétricos

A Cemig, par t ic ipante do consórc io UHE Baguar i , em

parcer ia com o Grupo Neoenergia e Furnas Centra is

E lét r icas, tem dado prosseguimento à const rução da

Usina Hidre lét r ica de Baguar i , de 140 MW no muni -

c íp io de Governador Valadares. Estão em andamento

as ações ambienta is necessár ias à implantação do em-

preendimento, em atendimento às exigênc ias do Plano

de Contro le Ambienta l e o cronograma ambienta l . A

obtenção da L icença de Operação da us ina está pre -

v is ta para 2009.

Foram concluídas as obras de implantação pela Cemig,

em parceria com a Santa Maria Energética, da primeira

usina construída por meio do Programa Minas PCH24, a

pequena Central Hidrelétr ica – PCH Cachoeirão, local i -

zada nos municípios de Pocrane e Alvarenga, no Leste

mineiro. Com 27 MW de potência, a PCH obteve a Licen-

ça de Operação com a conclusão dos projetos ambien-

tais previstos no Plano de Controle Ambiental relativos

à esta etapa do l icenciamento ambiental.

Por meio do consórc io Madei ra Energ ia, a Cemig está

par t ic ipando da const rução da Usina Hidre lét r ica de

Santo Antônio, de 3.150 MW, que será erguida no Rio

Madei ra, no estado de Rondônia. As ações soc ioam-

bienta is necessár ias à implantação dessa us ina com-

preenderam, em 2008, programas de conser vação da

f lora, resgate da fauna, programas de monitoramento

da ic t iofauna, ações de comunicação e programas so-

c ia is , entre outros. A Cemig par t ic ipa desse empre-

endimento com a parce la de 10%, sendo o in íc io da

operação da us ina prev is to para 2012.

Licenciamento Ambiental

O l i cenc iamento ambienta l é conduz ido de fo rma a

assegura r a aná l i se adequada de todos os es tudos e

re la tó r ios desenvo lv idos e o p ronto a tend imento aos

ó rgãos competentes pe la ques tão ambienta l . Des ta -

ca - se em 2008, a rea l i zação de reun iões com as Su -

pe r in tendênc ias Ambienta i s Reg iona i s do es tado de

Minas Gera i s (Suprams) das nove Reg iona i s , com o

ob je t i vo de esc la rece r e ident i f i ca r in fo rmações ne -

cessá r ias pa ra conc lusão do L i cenc iamento Cor re t i vo

24 Para mais detalhes, ver o item Gás e Pequenas Centrais Hidrelétricas, página 68.

50

CEMIG 2008

DIME

NSÃO

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nas ins ta lações da Geração e Transmissão da Cemig,

regu la r izando os empreend imentos de aco rdo com o

requ i s i to lega l .

Em 2008, a área da Cemig responsável pelo l icencia-

mento ambiental da geração e transmissão foi cert if ica-

da na ISO 9001:2000 (Sistema de Gestão da Qualida-

de) no escopo de Serviço de Licenciamento de Geração

e Transmissão e Consultorias Ambientais em Empreendi-

mentos e Instalações.

A Cemig obteve as seguintes licenças ambientais em 2008:

l i c e n ç a d e o p e r a ç ã o c o r r e t i v a ( e m p r e e n d i m e n -

t o s c o n s t r u í d o s a n t e s d a l e g i s l a ç ão amb i e n t a l d e

1986) – PCHs Joasa l , Pac iênc ia e Gafanhoto , S i s te -

ma de Transmissão Les te ;

l icença de operação da PCH Cachoeirão, que entrou em

operação no f inal de 2008;

autorização ambiental de funcionamento da Usina Eól i -

ca do Morro do Camelinho e de Descarga de Fundo de

todas as PCHs.

Gestão de Materiais e Resíduos

A Cemig possui uma área cert if icada em conformidade

com o Sistema de Gestão Ambiental e da Qualidade, que

é responsável pela tr iagem, separação do material para

reuti l ização, reaproveitamento, al ienação e destinação

f inal. Em 2008, foram reciclados ou al ienados 6.845

toneladas de materiais e equipamentos, 32% a mais

do que em 2007. Dentre os materiais reciclados estão

isoladores de porcelana e lâmpadas. Foram al ienados

transformadores, sucatas metál icas de medidores, reato-

res, cabos, f ios, pneus e baterias. Ressalta-se que os ar-

rematantes desses materiais e equipamentos atendem à

habil i tação cadastral da Cemig, conforme requisitos am-

bientais e de segurança baseados na legislação vigente.

Além disso, foram tratados e reuti l izados, pela própria

Cemig, 130 mil l i t ros de óleo mineral isolante retirados

dos equipamentos elétr icos.

Receberam destinação f inal adequada 754 toneladas de

resíduos, 100% a mais que em 2007. A elevação desse

número se deve, principalmente, à substituição de apro-

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2004

1.716

477

2005

3.145

273

2006

3.518

453

2007

4.685378

2008

6.845

754

TOTAL DE MATERIA IS REC ICLADOS OU REUT IL IZADOS E DE RES ÍDUOS ENCAMINHADOS PARA DEST INAÇÃO F INAL – 2004/2008 (TONELADAS)

Materiais reciclados ou reutilizados Destinação fi nal adequada de resíduos

ximadamente 40% do isolamento térmico da caldeira da

Usina Térmica de Igarapé, o que gerou um maior volume

de resíduos, como lã de vidro, ful igem, plástico, sucatas

de alumínio e de fer ro.

Foram incineradas 57 toneladas de pequenos equipamen-

tos contaminados com ascarel, óleo isolante composto por

Bifenila Policlorada (PCB). A legislação brasileira proíbe

comercialização de PCBs desde 1981 e, apesar de permitir

sua utilização em equipamentos que ainda estejam em ope-

ração, na Cemig todos os equipamentos de grande porte,

com data de fabricação anterior a 1981, foram retirados

do sistema e encaminhados para incineração em 2001. Os

pequenos equipamentos estão sendo identificados, retira-

dos e encaminhados para incineração.

Foram co-processadas 507 toneladas de resíduos im-

pregnados e/ou contaminados com óleo (luvas, estopas

e serragem) e 19,2 toneladas de óleo mineral isolante

impróprio para uti l ização em equipamentos elétr icos.

As lâmpadas f luorescentes de suas instalações e de

i luminação pública provenientes da área de concessão

da Companhia são recolhidas e encaminhadas para des-

contaminação e reciclagem. Em 2008, cerca de 300

mil lâmpadas usadas e 5,4 toneladas de lâmpadas

quebradas foram descontaminadas e recicladas. Foram

encaminhadas também para a reciclagem mais de 157

mil lâmpadas incandescentes provenientes da troca do

t ipo de i luminação no contexto do Programa Luz para

Todos, que leva eletr ic idade às comunidades carentes

do estado de Minas Gerais.

No gráfico a seguir, constam os totais de materiais recicla-

dos ou reutilizados e os resíduos que receberam destinação

final (co-processamento, incineração e aterro licenciado).

O aumento da quantidade de materiais reciclados ou

reuti l izados é reflexo da evolução na gestão e no pro-

cesso de tr iagem dos materiais ocorr ida nos últ imos

anos. Considera-se que a al ienação é parte do processo

de destinação f inal de resíduos e/ou materiais e gera

receita, destacando-se que 6.571 das 6.845 toneladas

de materiais foram al ienadas, proporcionando uma re-

ceita de R$10,1 milhões para a Cemig.

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CONSUMO TOTAL DE ÁGUA 2004/2008 (M 3)

2004

335.921

2005

274.064

2006

292.060

2007

350.913

2008

423.590

A operacionalização da Impressão Corporativa na Cemig,

nos escr itór ios do Edif íc io-Sede e Prédio Itambé, ambos

situados em Belo Horizonte, possibi l i tou a padronização

dos serviços de impressão (cópia, fax e digital ização),

por meio da instalação de 76 impressoras com recurso

de impressão frente e verso, possibi l i tando assim a re-

dução do consumo de papel em 51,8%, no ano de 2008

e, também, a logíst ica de retorno de 98% dos tonners de

impressão para destinação adequada pelo fornecedor.

A campanha de Coleta Seletiva nas maiores instalações

da Cemig, local izadas na Região Metropolitana de Belo

Horizonte, proporcionou em 2008 o recolhimento de

cerca de 109 toneladas de material reciclável, sendo 63

toneladas de papel, 31 toneladas de papelão e 15 tone-

ladas de plástico. Todo esse material foi repassado para

a Organização Não-Governamental – ONG, Associação

dos Catadores de Papel, Papelão e Materiais Reaprovei -

táveis de Belo Horizonte – Asmare.

Consumo de Água

A busca pela redução do consumo de água nas insta-

lações da Cemig está orientada nas áreas por meio de

campanhas de conscientização e acompanhamento de

indicadores.

Visando maior efic iência e redução do consumo de água,

ocorreu a reforma dos 70 banheiros do Edif íc io-Sede da

Cemig, com a instalação de 536 peças (incluindo senso-

res automáticos e de presenças) que proporcionaram uma

economia de aproximadamente 2.000 m³ de água num

período de três meses (setembro a dezembro de 2008).

O gráfico acima exibe o consumo total de água das áreas

operacionais e administrativas l igadas à geração prove-

niente de usinas hidrelétr icas, transmissão e distr ibuição

de energia elétr ica. O consumo total de água uti l izada no

processo industr ial nas usinas térmicas da Cemig (Igara-

pé, Barreiro e Ipatinga) foi de 1.078.370 m3 em 2008.

Consumo de Energia

O consumo de ene rg i a na Cem ig r e su l t a do consumo

to ta l de ene rg i a e l é t r i c a nas i n s t a l a ções i ndus t r i a i s

e e s c r i t ó r i o s e dos combus t í ve i s u t i l i z ados em sua

f r o t a de ve í cu l o s e ae ronaves e na Us i na Té rm i ca

de I ga rapé .

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CONSUMO TOTAL DE ENERGIA (GIGAJOULE – GJ) NOS ANOS DE 2004 A 2008

2004 2005(4) 2006(4) 2007 2008

Energia Elétr ica(1) 196.826 115.239 121.315 172.295 166.266

Combustíveis(2) 366.250 326.109 301.135 279.978 281.999

Igarapé(3) 256.000 177.000 1.282.800 2.370.000 2.450.000

Total 819.076 618.348 1.705.250 2.822.273 2.898.265

(1) Consumo próprio das instalações e escr itór ios. (2) Gasol ina, óleo diesel e querosene de aviação da frota da Cemig. (3) Óleo combustível uti l izado na Usina

Térmica de Igarapé. (4) Os dados de 2005 e 2006 de consumo de energia elétr ica não incluem o consumo das instalações da Cemig GT.

Ao se aval iar o período 2004/2008, ocorreu uma redu-

ção no consumo de energia elétr ica de 15,5%, resulta-

do principalmente da conscientização dos empregados e

dos projetos de efiencientização energética.

A consol idação do Controle Total de Frota – CTF está per-

mit indo a gestão do processo de abastecimento dos veí -

culos da Companhia, obtendo-se no período 2004/2008

uma redução no consumo de combustíveis de 23%.

Além disso, a Pol ít ica de Renovação e Adequação da

Frota de Veículos adotada pela Companhia estabelece

um teto de cinco anos para a idade média da frota. Em

2008, foi aprovado o projeto de locação e gestão de

veículos de carga e de passageiros, total izando 1.193

veículos a serem substituídos em 2009.

A Usina Térmica (UTE) de Igarapé, colocada em ope-

ração para atendimento às contingências no sistema

elétr ico interl igado e, em 2008, para exportação de

energia para Argentina e Uruguai, mais uma vez foi

a principal consumidora de energia na Cemig, sendo

responsável por 84,5% da energia consumida. Com ca-

pacidade instalada de 131 MW, uti l iza como insumo

energético óleo combustível e funcionou por 2.985 ho-

ras em 2008. A Cemig possui duas usinas térmicas que

uti l izam gases de alto-forno, alcatrão e outros gases

residuais gerados nos processos industr iais siderúrgicos.

São elas a Usina Térmica Ipatinga (40 MW) e a Usi -

na Térmica do Barreiro (12,9 MW), em parceria com

duas siderúrgicas integradas, respectivamente, Usinas

Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. – Usiminas e Side-

rúrgica Vallourec&Mannessman. Em 2008, elas consu-

miram, juntas, 6.644.967 GJ de insumos energéticos.

Entretanto, essa energia não é contabi l izada no cálculo

do Consumo Total de Energia da Cemig, pois os com-

bustíveis uti l izados – os gases residuais de processos

industr iais – geram energia elétr ica para uti l ização nas

próprias plantas industr iais.

Convivência com a Arborização Urbana

A queda de árvores sobre redes elétr icas é a segunda

maior causa de interrupções acidentais da distr ibuição

de energia, sendo que na Cemig esses números atin-

giram aproximadamente 26 mil ocorrências em 2008.

Diante desse fato, é necessário aprimorar as técnicas

de manejo de árvores urbanas, bem como estimular o

plantio de espécies adequadas próximo à rede elétr ica.

Para promover uma convivência harmoniosa entre as re-

des de distr ibuição e a arborização urbana, a Cemig rea-

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l iza podas direcionais, consideradas a técnica mais ade-

quada para ser uti l izada próxima às redes de distr ibuição

aéreas, e ministra cursos de arboricultura e poda de árvo-

res para diversas prefeituras do estado de Minas Gerais.

Com o ob je t i vo de es t imu la r o p lan t io de espéc ies

ap ropr iadas às cond i ções u rbanas , tan to do ponto

de v i s ta ambienta l e pa i sag í s t i co quanto técn i co , a

Companh ia fo rneceu às p re fe i tu ras 26 mi l mudas e

300 kg de sementes adequadas ao p lan t io p róx imo a

redes de d i s t r ibu i ção.

Em 2008, a Cemig promoveu o II Seminário de Manejo

de Arborização Urbana junto a Sistemas Elétr icos, em

parceria com a Sociedade Brasi leira de Arborização Ur-

bana – SBAU e com a International Society of Arboricul -

ture – ISA. O evento, que contou com a part ic ipação de

especial istas nacionais e internacionais, representantes

de prefeituras e de concessionárias de energia elétr ica

de todo o país, teve como objetivo discutir e aprimorar

as técnicas de manutenção de árvores junto a redes de

distr ibuição de eletr ic idade, a part ir do intercâmbio de

informações entre os profissionais dessa área, além de

estreitar o relacionamento entre prefeituras e concessio-

nárias de energia elétr ica.

A Companhia adotou, desde março de 1999, a Rede

de Distr ibuição Protegida – RDP como seu novo padrão

mínimo de atendimento urbano em substituição definit i -

va às redes convencionais nuas, tornando-se a primeira

Concessionária do Brasi l a adotar a RDP como padrão

mínimo de atendimento urbano.

Atualmente, a Cemig possui 5.750 km de redes protegidas

e isoladas no sistema primário, representando 17,8% do

total de redes urbanas primárias. Em relação às redes ur-

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banas secundárias, 23.955 km são de redes isoladas, re-

presentando 43,8% do total de redes urbanas secundárias.

Sistema de Gestão Ambiental Na Cemig, as áreas podem se cert if icar em Sistema de

Gestão Ambiental – SGA, conforme a Norma NBR ISO

14001:2004, ou adotar um Sistema de Gestão Interno

denominado SGA Nível 1, desenvolvido considerando-se

os princípios e requisitos da Norma NBR ISO 14001.

Possuem cert if icação conforme a NBR ISO 14001:2004

as Usinas Hidrelétr icas de Nova Ponte, Itutinga, São

Simão, Miranda e Rosal, a Estação Ambiental de Ga-

lheiro, a Gerência de Usinas do Oeste e a Gerência de

Segurança de Barragens.

São cert if icadas em SGA Nível 1 as seguintes áreas:

geração: UHEs de Camargos, Três Marias, Volta Grande,

Jaguara, Emborcação, Salto Grande e a UTE de Igarapé;

transmissão: Gerências de Operação e Manutenção da

Transmissão do Leste, do Sudeste e do Triângulo;

distr ibuição: Planejamento, Expansão, Operação e Ma-

nutenção do Norte, Sul e Oeste; Relacionamento Co-

mercial e Serviços de Ipatinga, João Monlevade, Pouso

Alegre, Montes Claros, Divinópolis e Uberlândia;

materiais, logística e serviços – Logística e Armazenamen-

to (Centros de Distribuição de Material Jatobá e Centro de

Distribuição Avançado de Igarapé) e a área de Qualidade

de Material e de Fornecedores.

Em 2008, foram certificadas conforme a NBR ISO

14001:2004 a Usina Hidrelétrica de Irapé e a Gerência

das Usinas do Leste com o escopo: gestão de operação,

manutenção e administração das usinas da região Leste.

Na área de distribuição de energia elétrica, receberam certi-

ficação conforme NBR ISO 14001:2004 as seguintes áreas:

Gerência de Manutenção da Distr ibuição Centro, com

o escopo: execução de manutenção de 28 subestações;

Gerências de Relacionamento Comercial e Serviços de

Curvelo e de Ipatinga, abrangendo 11 municípios, com

o escopo: atendimento a cl ientes em agência e por agen-

tes; l igação de unidades consumidoras; restauração da

i luminação pública; restabelecimento de energia; corte

e rel igação; manutenção do sistema elétr ico em redes

de distr ibuição por meio das atividades de l inha viva e

inspeção de rede; construção de redes de distr ibuição;

Gerência de Planejamento e Expansão Norte, abrangen-

do 116 municípios, com o escopo: expansão, mapea-

mento e cadastro; planejamento do sistema elétr ico de

distr ibuição e gestão econômico-f inanceira.

Na área de materiais e logíst ica, foi cert if icado em SGA

Nível 1 o Centro de Distr ibuição Avançado local izado no

município de Governador Valadares.

Com as cert if icações obtidas em 2008, a capacidade

instalada de geração de energia cert if icada nos Siste-

mas de Gestão Ambiental passou de 5.407 MW para

5.767 MW, o que representa 89% da capacidade insta-

lada de geração da Cemig. No que se refere às Linhas

de Transmissão acima de 230 kV, atualmente 63% do

parque da Companhia está cert if icado.

Um aspecto relevante é que todas as unidades da

Cemig com interferências no meio ambiente, indepen-

dentemente da implantação de um Sistema de Gestão

Ambiental, devem atender a um conjunto de diretr izes

dos “Requisitos Mínimos de Adequação Ambiental”,

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patamar inicial do Sistema de Gestão Ambiental da Ce-

mig estabelecido para o controle e a proteção do meio

ambiente, incluindo a aval iação de seus impactos e pla-

nos de ação para correção das questões identif icadas.

ESFORÇOS PARA A BIODIVERSIDADE Estações Ambientais e Pesquisas

As estações ambientais da Cemig são áreas uti l izadas

para a real ização de estudos sobre a fauna e a f lora,

atividades de educação ambiental e visitas programa-

das. Essas estações ambientais possuem mais de 4.000

hectares de áreas protegidas estando distr ibuídas nas

Reservas Ambientais de Galheiro e de Jacob (ambas Re-

servas Part iculares do Patr imônio Natural – RPPNs), de

Volta Grande, de Peti (cr iada em 1983), de Itutinga,

de Machado Mineiro e a área protegida de Taquari l .

Em relação à fauna, na Estação Ambiental de Peti

desenvolve-se, em parceria com Instituto Brasi leiro do

Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –

Ibama, o Projeto Asas – Área de Soltura de Animais

Si lvestres, recebendo, recuperando e reintroduzindo

animais provenientes de apreensões real izadas pela

Pol íc ia de Meio Ambiente e Ibama. Em 2008, foram

recebidos 581 animais de 61 espécies diferentes, a

exemplo do jacu, canário-chapinha, pintassi lgo, coleiro,

azulão, tr inca-fer ro, bigodinho, sabiá- laranjeira, curió,

sabiá-poca, pássaro-preto, arara canindé, canário-da-

ter ra, papa-capim, t iziu, i rerê, pato-do-mato, ananaí,

sabiá-barranco, dentre outras. Além dos animais recebi -

dos nesta estação ambiental, reproduziu também, por

meio do Projeto Profauna, animais das espécies irerê,

pato-selvagem, cutia, ananaí, mutum-do-sudeste. Ao

todo, foram l iberados 377 animais nas estações am-

bientais da Companhia.

A Cemig vem desenvolvendo diversos projetos na área

ambiental dentro do Programa de Pesquisa e Desenvol-

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vimento P&D, gerenciados pela Agência Nacional de

Energia Elétr ica – Aneel, com universidades e inst itui -

ções de pesquisas.

Com recursos provenientes do programa Cemig/Aneel,

seis projetos de P&D relativos a meio ambiente estão

em andamento nas áreas de ict iofauna, l imnologia e

aspectos ambientais afetos à operação de usinas, siste-

mas de transposição de peixes e recursos hídricos.

Iniciado em 2004, por meio de convênio entre a Cemig

e Fundação Zoobotânica, o Programa de Monitoramento

do Lobo-Guará visa à preservação do maior canídeo da

América Latina. Por esse programa desenvolveu-se um

Projeto de pesquisa sobre a ecologia do lobo-guará, uti -

l izando tecnologia de telemetria via satél ite na Estação

Ambiental de Galheiro.

Como resultados do Projeto foram identif icados 15 lo-

bos na Estação Ambiental de Galheiro, sendo que quatro

foram monitorados no período de 2004 a 2008 uti -

l izando a metodologia de Radiotelemetria, permitindo

assim estudar o comportamento desses animais, tais

como: al imentação, reprodução e ocupação na Reser-

va. Ainda no âmbito do Programa, estão previstas ati -

vidades voltadas para a divulgação do Projeto para a

sociedade, o envolvimento dos proprietários rurais e a

educação ambiental.

Programa para a Ictiofauna (peixes)

Visando assegurar conhecimento e melhoria das práticas

de manejo da ict iofauna das bacias do baixo e médio

r io Grande, r io Araguari e r io Paranaíba, a Cemig iniciou

a contratação das obras do “Centro de Excelência em

Ict iologia de Volta Grande”, a ser implantado em 2010.

Esse Centro tem como meta ser referência nacional em

gestão de recursos pesqueiros, desenvolvendo e transfe-

r indo tecnologia na área para demais concessionárias de

energia e centros de pesquisa. Pretende-se, com isso,

que os r iscos ambientais para a Cemig associados aos

impactos envolvendo peixes se reduzam nos próximos

anos, à medida que formas de manejo mais efetivas

sejam desenvolvidas pelo Centro.

Com o objetivo de repovoar e manter a biodiversidade dos

reservatórios da Cemig e dos rios de Minas Gerais, foram

realizados em 2008, com a participação de alunos e repre-

sentantes de diversos setores da sociedade, 114 peixamen-

tos em mais de 47 municípios do estado de Minas Gerais.

A Cemig produziu e foram soltos cerca de 616 mil ale-

vinos de diferentes espécies de peixes nativas das ba-

cias dos r ios Grande, Paranaíba e Pardo. Para garantir

essa produção de alevinos e cr iar oportunidades para

a geração de renda, um sistema de parceria entre a

Cemig e produtores rurais prevê assistência técnica e

fornecimento de larvas por parte da Companhia, que

recebe o equivalente a 50% dos peixes produzidos nos

tanques das fazendas. Em 2008, a parceria garantiu a

destinação para a Cemig de 234 mil alevinos.

Além dos alevinos produzidos pela Cemig, seja em suas

estações ambientais ou da parceria com produtores

rurais, foram produzidos e soltos na bacia do r io São

Francisco outros 36.100 alevinos por meio do convênio

Cemig e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do

São Francisco e Parnaíba – Codevasf, na Estação de

Hidrobiologia e Piscicultura da Usina de Três Marias,

pertencente à Codevasf.

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Destaque também para o trabalho realizado com a re-

produção do Jaú (Paulicea lutkeni), espécie ameaçada

de extinção e de valor comercial significativo para os

pescadores. O cultivo e o manejo de populações do Jaú

em sistemas de cultivo semi-intensivo e outros sistemas

artificiais ainda são pouco conhecidos. Em parceria com

universidades, estão sendo desenvolvidos estudos sobre a

história de vida inicial, alevinagem e hábito alimentar do

Jaú, que permitirão compreender vários aspectos de sua

biologia, dentre os quais destacam-se os desenvolvimen-

tos embrionários e larval, aspectos de seu crescimento

e mortalidade e as inter-relações na cadeia alimentar.

PRODUÇÃO DE ALEV INOS PARA SOLTURA NAS ESTAÇÕES DA CEMIG – 2004/2008 (MILHARES)

2004

547

2005

719

2006

445

2007

484

2008

616

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Programa Peixe Vivo

A Cemig lançou, desde 2007, o Programa Peixe Vivo

(http://www.portalpeixevivo.com.br/), com o com-

promisso de aumentar esforços na busca e implantação

de soluções para evitar/mitigar impactos sobre a ictio-

fauna e ampliar os programas de conservação de peixes,

em parceria com as comunidades, pescadores e univer-

sidades. Esse programa conta com uma equipe compos-

ta de profissionais das áreas de biologia, engenharia

e comunicação social. A junção dessas áreas permite

desenvolver medidas mais eficientes para prevenção

e mitigação de impactos causados ao meio ambiente

por construções e operação de usinas hidrelétricas.

O Programa real iza, por meio de uma equipe espe-

cial izada, o monitoramento sistemático da ict iofauna

a jusante das usinas, em procedimentos programados

que possam fornecer r isco para a ict iofauna. As in-

formações geradas nesses monitoramentos subsidiam

as programações das operações nas usinas para que

sejam real izadas com maior segurança ambiental, ou

seja, menos impacto para a ict iofauna.

Em 2008, a Cemig realizou um intenso trabalho de re-

lacionamento com as comunidades situadas nas bacias

hidrográficas onde a Companhia tem empreendimen-

tos, no âmbito do Programa Peixe Vivo. O objetivo

foi estabelecer canais de comunicação e envolver os

públicos locais, pesquisadores, órgãos ambientais e

autoridades no desenvolvimento de parcerias, visan-

do à preservação e melhoria da ictiofauna da região.

Diversas atividades foram desenvolvidas no ano de

2008 junto com a comunidade, por meio do Progra-

ma Peixe Vivo, dentre elas:

Projetos:

Linha Viva – Criado para ser um contato direto com

a operação da usina para comunicar as alterações

do nível do r io aos r ibeir inhos e receber informações

sobre movimentação de cardumes, auxi l iando no pla-

nejamento operativo, e demais demandas;

Tecendo a Rede – Criado para que o público conheça a

usina interagindo com as atividades do Programa Peixe

Vivo. O diferencial deste Projeto é que um represen-

tante do grupo de visitantes passa a ser o orientador

do grupo de visitas seguinte, e assim sucessivamen-

te, constituindo uma rede de contatos e informações.

Eventos:

peixamentos inéditos nos r ios Jequit inhonha e Paraíba

do Sul, além da soltura nas bacias dos r ios São Fran-

cisco, Paranaíba, Pardo e Grande;

real ização de concursos específ icos para cr ianças,

que receberam material informativo e lúdico, como o

l ivro vir tual Peixinho Dourado;

reedição de duas publicações – os guias de peixes do

r io São Francisco e r io Grande e uma edição especial

da Revista Ação Ambiental, de responsabil idade da

Universidade Federal de Viçosa;

veiculação de um programa de rádio, semanalmente,

com 30 edições inéditas em rádios da área de abran-

gência da Usina de Três Marias;

uma barqueata que reuniu moradores, pescadores e am-

biental istas para a coleta de l ixo no r io São Francisco,

onde foram retiradas em torno de cinco toneladas de lixo .

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Sementes e Mudas

A Cemig possui dois viveiros f lorestais local izados nas

Estações Ambientais de Itutinga e de Volta Grande e

um laboratório de sementes. A existência desses vivei -

ros decorre da necessidade de suprir a demanda dos

programas ambientais desenvolvidos pela Companhia.

A produção de mudas é programada em função da de-

manda própria e de prefeituras, ONGs, órgãos públicos

e instituições de meio ambiente, para uti l ização em

programas de proteção ao meio ambiente. Em 2008, a

produção de mudas aumentou 19% comparativamente a

2007, sendo produzidas 416 mil mudas.

PRODUÇÃO DE MUDAS – 2004/2008 (MILHARES)

2004

415

2005

190

2006

392

2007

350

2008

416

Foram coletados, em várias regiões do estado de Mi-

nas Gerais, 1.000 kg de sementes de um total de 230

espécies f lorestais nativas, que foram beneficiadas e

com as quais foram real izados testes de germinação

no Laboratório de Sementes da Cemig. Essas sementes

foram destinadas aos Viveiros Florestais da Companhia

e ao intercâmbio com outras inst ituições.

Em 2008, foram recompostos 48 hectares de matas

ci l iares nas margens dos reservatórios da Companhia,

em parceria com os produtores rurais interessados.

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CEMIG 2008

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Conforme tabela a seguir, a energia gerada pela Cemig é proveniente, basicamente, de fontes renováveis sendo que,

em 2008, 98,1% da geração originou-se de fonte hidrául ica.

PARQUE GERADOR DA CEMIG EM 2008

FonteCapacidade Instalada

%Geração – 2008

%MW MWh

Total Cemig 6.572 100 33.412.535 100

Hidrául ica 6.387 97,2 32.777.313 98,1

Térmica – óleo combustível 131 2,0 204.999 0,6

Térmica – gases de processos(1) 53 0,8 430.186 1,3

Eólica 1 - 37 -

(1) As UTEs Barreiro e Ipatinga uti l izam gases de alto-forno, alcatrão e outros gases residuais gerados nos processos industr iais siderúrgicos.Obs.: a geração l íquida reflete a geração na barra da usina, enquanto no balanço de energia é considerada a geração no centro de gravidade. Para reflet ir a geração efetiva no centro de gravidade, é necessário considerar a apl icação das perdas da rede básica.

Portanto, as emissões de Gases de Efeito Estufa – GEE

da Cemig Escopo 1 resultam de uma usina térmica a

óleo combustível, da frota de veículos e aeronaves da

Companhia, e de emissões de SF625 provenientes de

equipamentos instalados em redes de distr ibuição elé-

tr ica e em subestações.

As emissões de GEE aumentaram devido às emissões da

usina térmica a óleo combustível, que representaram 89%

das emissões totais. A UTE Igarapé, com capacidade ins-

talada de 131 MW, opera para atendimento das contin-

gências do Sistema Elétrico Interl igado Brasileiro e, em

2008, operou por 2.985 horas, sendo que parte dessa

operação foi destinada à venda de energia para a Argen-

tina e Uruguai. As emissões de CO226 provenientes da UTE

Igarapé totalizaram 184.571 toneladas de CO2 em 2008.

As emissões de CO2 provenientes da frota de veículos e

aeronaves mantiveram praticamente o valor de 2007,

total izando 19.368 toneladas de CO2 em 2008, apre-

sentando uma redução acumulada de 20% no período

2004/2008.

Em 2008, o total de emissões de CO2 da Cemig represen-

tou 207.657 toneladas, e o valor de intensidade de emis-

sões foi igual a 6,21 kgCO2eq/MWh, considerado muito

abaixo da média das empresas com base na geração

térmica. Se comparada a uma empresa fictícia do setor

elétrico, constituída em partes iguais de usinas a carvão

mineral, gás natural e óleo combustível, a intensidade

de emissão de CO2, dessa seria de 750 kgCO2/MWh27 28.

As emissões de GEE Escopo 2 na Cemig são p ro -

ven ientes exc lus ivamente do consumo de energ ia

e lé t r i ca u t i l i zada em suas ins ta lações indus t r ia i s e

esc r i tó r ios , p roven iente do S i s tema In te r l i gado Na -

c iona l (S IN)29. A e levação das emissões em 2008

fo i em decor rênc ia da e levação do fa to r de emissão,

que passou de 0,0293 ton CO2/MWh em 2007 para

0,0484 ton CO2/MWh em 2008.

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

25 Hexafluoreto de enxofre: gás utilizado em equipamentos da indústria de eletricidade 26 Gás carbônico ou dióxido de carbono 27 Fatores de emissão por energético, em kgCO2/TJ: gás natural (56.100 kgCO2/TJ); óleo combustível (73.300 kgCO2/TJ); carvão mineral (98.300 kgCO2/TJ) Fonte de referência: 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories 28 Considerou-se nos cálculos o rendimento médio para geração de energia elétrica: gás natural (40%); óleo combustível (35%); carvão mineral (35%). 29 A emissão dos gases de efeito estufa nesta atividade é dada por fatores de emissão desenvolvidos pelo coeficiente de uso dos combustíveis fósseis na produção de energia elétrica do “grid” nacional do sistema elétrico nacional interligado (SIN), principalmente pela atividade das usinas termoelétricas. Para os fatores de emissão Escopo 2, foram utilizados os dados fornecidos pelo Ministério de Ciência e Tecnologia para os anos de 2006, 2007 e 2008. Para os anos de 2004 e 2005, foi utilizado para os fatores de emissão do ano de 2006.

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CEMIG 2008

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DIME

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Na Tabela abaixo encontram-se as emissões atmosféricas de dióxido de carbono equivalente (CO2), dióxido de enxofre

(SO2) e óxido de nitrogênio (NOX) da Cemig, no período 2004/2008.

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS DE CO2, SO2 E NOX

Ano 2004 2005 2006 2007 2008

Emissões diretas de Gases de Efeito Estufa – GEE Escopo 1 (toneladas equivalentes de CO2)

(1) (2) 40.676 35.145 119.846 203.236 207.657

Emissões indiretas de Gases de Efeito Estufa – GEE Escopo 2 (toneladas equivalentes de CO2)

(3) 1.766 1.034 1.088 1.402 2.235

Emissões de SO2 (toneladas) 48,5 32,3 241,1 1431,2 1382,4

Emissões de NOx (toneladas) 34,8 30,1 81,1 607,4 422,4(1) A conversão e padronização de unidades para toneladas CO2 eq. foram feitos com base na metodologia proposta pelo GHG Protocol (2) Para os limites do inventário, foram conside-radas a Cemig – Companhia Energética de Minas Gerais S.A., Cemig Distribuição S.A. e Cemig Geração e Transmissão S.A. Os fatores de emissão de combustíveis foram atualizados para todos os anos do inventário para fi ns comparativos. Foram utilizados os seguintes fatores de emissão: Gasolina (22% – 25% de etanol): 2,17 kg de CO2/L, Diesel: 2,68 kg/L; fonte de referência: US EPA: Inventory of US GHG Emissions and Sinks: 1990 – 2005 Querosene de aviação: 3150 kg CO2/t; fonte: IPCC, 2006. (3) Os fatores de emissão para Escopo 2 foram utilizados do Ministério de Ciência e Tecnologia para os anos de 2006, 2007 e 2008. Para os anos de 2004 e 2005, foram utilizados o fator de emissão do ano de 2006.

30 O SO2 e NOX são gases causadores de chuva ácida.

As emissões de dióxido de enxofre (SO2) e óxido de

nitrogênio (NOX)30 são provenientes da queima de com-

bustíveis por usinas térmicas. Em 2008, essas emissões

foram inferiores a 2007, justif icado, principalmente,

pelo aumento da eficiência energética da Usina Térmica

de Igarapé, que reduziu o consumo específ ico de óleo

combustível uti l izado na usina (tonelada de óleo/MWh

gerado) e, em conseqüência, as emissões específ icas de

CO2, SO2 e NOX. A UTE Igarapé foi responsável por 65% e

71% das emissões totais de SO2, e NOX, respectivamente.

Inserida no contexto de oportunidades relacionadas a

mudanças cl imáticas e al inhada com os esforços mun-

diais de redução dos Gases de Efeito Estufa, encontra-se

em operação a Usina Térmica do Barreiro – UTE Barreiro,

com a produção de energia elétr ica a part ir de gases de

processo industr ial de uma siderúrgica. Embora seja de-

tentora de 100% dos ativos, a Cemig cedeu os créditos

de carbono auferidos por esse projeto para a empresa

siderúrgica Vallourec&Mannessman, que é a fornecedo-

ra do combustível usado na usina (gases de processos).

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CEMIG 2008

AMBI

ENTA

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A UTE Barreiro possui seu projeto aprovado no Meca-

nismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo

de Kyoto, já registrado no Comitê Executivo do UNFCCC

– United Nations Framework Convention on Cl imate

Change (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre

Mudanças Cl imáticas), e já obteve os CERs – Cert if ied

Emission Reductions (Cert if icados de Redução de Emis-

sões – CREs) por meio do projeto registrado na UNFCCC

sob o nome Project 0143 – UTE Barreiro S.A. Renewable

Electr ic ity Generation Project (Projeto UTE Barreiro de

Geração de Energia a part ir de Fonte Renovável). Para

mais detalhes, favor acessar: http://cdm.unfccc. int/

pro jec ts/DB/DNV-CUK1134505349.88/view.html31.

Em 2008, a Eff ic ientia, empresa de serviços pertencen-

te à Cemig que atua na área de soluções energéticas,

iniciou o desenvolvimento de um projeto de obtenção de

créditos de carbono dentro do ambiente do MDL. Trata-

se de um projeto de co-geração de energia que uti l iza

gás de alto-forno. O projeto já possui seu documento

de concepção publicado na página de internet da UN-

FCCC http://cdm.unfccc. int/projects/validation/DB/

EZW11ESY15ECD7DZWI09D9AV533UF1/view.html e

está atualmente em fase de val idação por uma Entidade

Operacional Designada (EOD).

Cabe destacar, no âmbito das Pequenas Centra is Hi -

dre lét r icas, que a Cemig e seus sóc ios nas SPEs – So-

c iedades de Propós i to Espec í f i co Pr ivadas – ass inaram

com a Carbotrader, empresa espec ia l izada no setor,

contratos para o desenvolv imento de pro jetos de MDL

– para as PCHs Cachoei rão (27 MW), Dores de Gua-

nhães (12 MW), Senhora do Por to (14 MW), For tuna

I I (9 MW) e Jacaré (9 MW). Os pro jetos estão em

fase f inal de e laboração do Documento de Concepção

do Pro jeto (DCP).

Além disso, as medidas adotadas pela Cemig para con-

tr ibuir para a redução das emissões de gases de efeito

estufa compreendem ainda programas de efic iência e

conservação energética, energia solar, pequenas cen-

trais hidrelétr icas e pesquisa de energias alternativas.

Foram identif icados e inventariados todos os projetos

implantados, em desenvolvimento e em estágio de es-

tudos, que podem part ic ipar do MDL e que, ao mesmo

tempo, representam potenciais geradores de créditos

de carbono para a Cemig e suas empresas col igadas.

A Cemig possui uma metodologia que permite a ava-

l iação prévia de viabi l idade técnico-econômica de um

novo empreendimento da Companhia, considerando-se

a elegibi l idade e a quantif icação das emissões evitadas

com base nas metodologias aprovadas pelo IPCC de po-

tenciais projetos de MDL. Pretende-se possibi l i tar que as

diversas áreas da Companhia, assim como suas subsi -

diár ias e col igadas possam, no momento da concepção

de um novo projeto, adotar uma aval iação que leve em

consideração o MDL em suas análises de viabi l idade e

tomada de decisão.

A Cemig part ic ipa de fóruns e grupos de trabalho, entre

os quais o fórum de Mudanças Cl imáticas do Estado de

Minas Gerais e a Câmara Técnica de Energia e Mudanças

do Cl ima – CTClima do Conselho Empresarial Brasi leiro

para o Desenvolvimento Sustentável – CEBDS.

A Cemig respondeu, em 2008, ao questionário do Carbon

Disclosure Project 6, relatório global formulado mundial -

31 Para mais informações sobre MDL, UNFCCC e assuntos relacionados a mudanças climáticas, acesse www.unfccc.int, www.ipcc.ch e www.mct.gov.br.

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mente por investidores inst itucionais com o objetivo de

apurar e divulgar informações das empresas sobre suas

pol ít icas de mudanças cl imáticas e estratégias para re-

duzir r iscos ambientais em seus processos. As respostas

da Cemig, disponíveis em português e inglês, podem ser

encontradas no seguinte endereço: http://v2.cemig.

in fo invest .com.br/ptb/3800/CDP6_cemig_por t .pdf .

Efi ciência e Conservação Energética

Os recursos destinados a projetos de efic iência energé-

t ica representaram, no ano de 2008, R$23,5 milhões e

referem-se ao Programa de Efic iência Energética – PEE

Cemig/Aneel. Proporcionaram redução no consumo de

energia de 56.278 MWh/ano e redução na demanda de

ponta de 12,8 MW. Com esses programas, conseguiu-se

uma redução na emissão de gases de efeito estufa de

2.723 ton CO2eq.32 de forma indireta, uma vez que os

programas foram real izados em instalações de tercei -

ros. A energia que foi economizada é capaz de abaste-

cer aproximadamente 39 mil residências com consumo

médio de 120 kWh/mês.

Um dos projetos do Programa que teve continuidade

neste ano foi o “Aquecimento de Água com Energia So-

lar em Conjuntos Habitacionais”, por meio da parceria

iniciada em 2002 entre a Cemig e a Companhia Habi-

tacional do Estado de Minas Gerais – Cohab e a Secre-

tar ia de Estado do Desenvolvimento Regional e Pol ít ica

Pública – Sedru. Neste ano, foram instalados 1.098

coletores solares de pequeno porte em 7 cidades do es-

tado de Minas Gerais, que proporcionaram uma redução

no consumo de energia de 812 MWh/ano e de deman-

da de 549 kW, com investimentos de R$2,5 milhões.

Foram real izados 30 diagnósticos energéticos em hospi -

tais de grande porte, o que resultou em um potencial de

instalação total de 5.000 m2 em placas coletoras. Esses

sistemas serão implementados nos próximos dois anos

32 Considerou-se o fator de emissão brasileiro de 0,0484 ton C02 eq./MWh.

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e proporcionarão uma redução no consumo de energia

de 3.000 MWh/ano e de demanda de 2.200 kW, com

investimentos de R$8,7 milhões.

O Projeto Conviver, iniciado em 2006, para orientar

os cl ientes de baixa renda sobre medidas de efic iência

energética está voltado para as comunidades populares

da Região Metropolitana de Belo Horizonte e conta com

o trabalho de agentes de relacionamento comunitário.

Em 2008, foram doados 2.000 refr igeradores e 2.000

kits recuperadores de calor para chuveiro elétr ico. Essas

ações proporcionaram economia de 2.156 MWh/ano no

consumo e redução 900 kW na demanda de energia,

com investimentos de R$6,7 milhões. A Cemig real izou

toda a logíst ica das doações (recebimento, custeio, ar-

mazenamento, registro f iscal/contábi l e distr ibuição).

Outro projeto do Programa de Eficiência Energética (PEE)

da Cemig/Aneel é o “Cemig nas Escolas – Procel”, que

é um programa de educação ambiental uti l izado como

canal de comunicação para levar aos professores e alu-

nos dos Ensinos Fundamental e Médio as questões de

combate ao desperdício de energia elétrica, proteção ao

meio ambiente e segurança no manuseio com energia.

São disponibil izados gratuitamente os materiais didáti -

cos/pedagógicos para as escolas contempladas.

Em 2008, todos os levantamentos e aquisições foram

real izados, e até 2011 serão capacitados 9 mil profes-

sores, que treinarão 700 mil alunos de 1.000 escolas,

com investimentos previstos de R$4,5 milhões.

O Programa Integração Efic iente Sustentável – IES,

que tem como objetivo propagar os conceitos de edu-

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CEMIG 2008

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cação sustentável, com o foco na capacitação, difusão

da cultura da efic iência e integração sustentável, vem

atuando como uma agência na estruturação de núcleos

de integração nas comunidades regionais. Está imple-

mentando três iniciat ivas: Projeto Roteiro da Efic iência

(Formação de Mult ipl icadores em Hotéis Fazenda);

Projeto Comunidade Efic iente (Ensino e Distr ibuição de

Equipamentos em Comunidades Rurais); Projeto Ensine

(Ensino Sustentável e Integração de Núcleos de Efic iên-

cia, para escolas rurais).

Para a implementação dos projetos de efic iência energé-

t ica no setor rural, a Cemig conta com sua unidade de-

nominada Fazenda Energética, local izada em Uberaba,

no Triângulo Mineiro. Em 2008, a Fazenda Energética

promoveu 13 eventos visando à conscientização sobre a

importância do uso efic iente da energia em prol do desen-

volvimento sustentável, onde part ic iparam 569 pessoas.

Destaca-se também o projeto de substituição dos siste-

mas de ir r igação do Distr i to de Ir r igação de Jaíba (DIJ),

no Norte de Minas, onde serão instalados 1.044 sis-

temas, dos quais 89 já foram substituídos em 2008,

mediante um investimento total de R$13,7 milhões,

com recursos do Programa de Efic iência Energética

(PEE) da Cemig – Aneel. Os novos sistemas de ir r iga-

ção são totalmente automatizados e mais efic ientes,

proporcionando uma economia de energia de até 55%

e da água uti l izada na ir r igação de até 45%, gerando

ainda redução no valor da fatura mensal, que engloba

água e luz.

Esta iniciat iva proporcionará uma economia de quase 9

mil MWh no consumo e redução de mais de 2,7 mil kW

na demanda de energia, e representa uma inovação en-

tre os programas de efic iência energética voltados para

a população de baixa renda real izados em todo o país,

pois i rá atender colonos de áreas ir r igadas coletivas,

que dependem da agricultura para geração de renda.

No Projeto de Melhoria da I luminação Pública – ReLuz,

f inanciado pela Eletrobrás, em 2008 foram real izados

em Belo Horizonte projetos de substituição de luminá-

r ias e lâmpadas a vapor de mercúrio por conjuntos a va-

por de sódio, com investimentos de R$7 milhões. Foram

substituídos cerca de 20 mil pontos, com redução anual

de 700 kW de demanda e 3.000 MWh de energia.

Desde a implantação do Programa ReLuz, em 2001, a

Cemig já real izou a modernização de 215 mil pontos de

i luminação pública em 290 municípios, com investimen-

tos de cerca de R$60 milhões, levando a uma redução

anual de 6.700 kW de demanda e 29.000 MWh no

consumo de energia.

A Eff ic ientia S.A., empresa de serviços pertencente à

Cemig, atuando na área de soluções energéticas, re-

al iza projetos de efic iência energética em indústr ias,

órgãos públicos e empresas. A Eff ic ientia foi cert if ica-

da, no ano de 2006, conforme a NBR ISO 9001:2004,

sendo a primeira empresa brasi leira de Esco – Energy

Service Company (Empresa de Serviços em Energia) a

ser cert if icada. Dentre os trabalhos desenvolvidos em

2008, destaca-se a implementação de uma planta de

co-geração com capacidade de geração total de 6 MW,

que uti l iza o gás residual de alto-forno de uma usina

siderúrgica. A energia total gerada pela planta será de

37.000 MWh/ano.

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Além disso, a Eff ic ientia f inal izou a implantação de

cinco projetos de efic iência energética nas áreas de

i luminação, refr igeração e modernização de plantas

industr iais, economizando mais de 3 mil MWh/ano de

energia elétr ica.

A economia de energia gerada por estes projetos ul -

trapassou os 40 mil MWh/ano, o que corresponde ao

consumo anual de 29,8 mil residências com consumo

médio de 120 kWh/mês e representa uma redução de

emissões anual de aproximadamente 2 mil toneladas

equivalentes de CO2.

Gás e Pequenas Centrais Hidrelétricas

A Gasmig é uma empresa pertencente à Cemig e à

Gaspetro, empresa da Petrobras, e tem como objetivo

potencial izar os benefícios do uso do gás natural. Por

meio do fornecimento de gás natural para indústr ias e

veículos automotores, a Gasmig proporciona a substitui -

ção de combustíveis mais poluentes pelo gás natural.

O Programa Minas PCH, promovido pela Cemig, tem

como objetivo ampliar o parque gerador da Companhia

por meio da implantação de Pequenas Centrais Hidre-

létr icas (PCHs) no estado de Minas Gerais, visando

desenvolver projetos de geração, alavancando assim

o desenvolvimento de mercados regionais no estado.

A implantação e exploração das PCHs se faz por Socie-

dades de Propósito Específ ico – SPEs privadas, tendo

como acionistas empresas autorizadas pela Aneel, in-

vestidores e a Cemig (com part ic ipação de até 49%). A

comercial ização da energia é feita por meio de contrato

de venda que será f i rmado entre a SPE e o consumidor.

A Cemig cr iou em Itajubá um Núcleo de Excelência em

PCHs e vem trabalhando para ampliar o número dessas

usinas com o auxí l io do Programa Minas PCH, que pre-

tende adicionar ao parque gerador mineiro 400 MW nos

próximos anos. Assim, a Companhia já está construindo

seis PCHs, perfazendo um total de 91 MW e investimen-

tos da ordem de R$380 milhões. Encontram-se em fase

de estudos de engenharia e estruturação de negócio

mais 20 PCHs, com potência total instalada de 304 MW.

ENERGIAS ALTERNATIVASA Cemig tem investido em projetos de uti l ização de

fontes de energia renováveis, com destaque para bio-

massa, pequenas centrais hidrelétr icas, energia solar e

geração eól io-elétr ica. Adicionalmente, tem investido

em projetos de uso racional da energia, co-geração e

geração distr ibuída.

Biomassa

No âmbito do Programa Mineiro de Incentivo ao De-

senvolvimento do Setor Sucroalcooleiro, foram firmados

protocolos de intenções com as usinas de açúcar e ál -

cool que pretendem se instalar em Minas Gerais, sendo

signatários o estado de Minas Gerais, a Secretaria de

Estado de Desenvolvimento Econômico – Sede, o Banco

de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG, o Institu-

to de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais – Indi

e a Cemig.

No f inal de 2008, a Cemig t inha celebrado parcerias

com 8 empresas, sendo 2 pela celebração de memo-

rando de entendimentos e 6 por meio de acordos de

confidencial idade.

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Além disso, a Cemig pesquisa, em parceria com univer-

s idades e centros de pesquisa, a viabi l ização de proje-

tos de geração de energia uti l izando a biomassa. Um

marco importante foi o desenvolvimento e construção,

com tecnologia nacional, do primeiro motor Stir l ing aco-

plado diretamente a uma fornalha para queima de ca-

vacos de madeira. Essa instalação experimental permite

a geração de 9 kW de energia elétr ica com a queima

direta de biomassa. Os projetos continuam com a de-

monstração das tecnologias de microturbinas, co-gera-

ção com chi l ler de absorção e gaseif icação de biomassa.

Energia Solar

Os trabalhos pioneiros da Cemig na área de energia

solar, tanto em sua forma fotovoltaica quanto sob a

forma solar térmica, uti l izando coletores planos e con-

centradores solares, tem ajudado a cr iar alternativas de

oferta de energia e de aumento de efic iência para con-

sumidores no estado de Minas Gerais. A Cemig, entre

2006 e 2007, instalou energia fotovoltaica em 1.667

residências para atender ao Programa Luz para Todos.

Em 2008, foram substituídos 250 desses sistemas por

novas unidades. Foram também instalados e interl iga-

dos à rede quatro geradores de 3 kWp de potência, sen-

do um deles na PUC/MG, em Belo Horizonte, e outro na

Escola de Formação e Aperfeiçoamento Profissional da

Cemig (EFAP) em Sete Lagoas. O sistema fotovoltaico

de microgeração distr ibuída da Efap está al imentando o

Núcleo de Energia Solar Fotovoltaica, com previsão de

geração em torno de 6 MWh/ano.

A Cemig continua investindo em projetos de P&D para

purif icação do si l íc io metalúrgico existente em Minas

Gerais e desenvolvimento de células fotovoltaicas de

baixo custo. Outra iniciat iva da Companhia refere-se à

pesquisa e experimentações relativas ao uso de ener-

gia solar térmica para produção de energia elétr ica por

meio de termelétr icas solares, uti l izando concentrado-

res ci l índrico-parabólicos, e para aquecimento de água

de forma central izada, uti l izando coletores solares pla-

nos (calor distr i tal para comunidades de baixa renda).

Energia Eólica

A Cemig foi a primeira companhia do país a operar usi -

nas eól icas, com a construção da Usina Morro do Came-

l inho, em 1994, que também foi a primeira a fornecer

energia para o sistema elétr ico nacional.

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Foi efetuado levantamento do potencial eól io-elétr ico

de alguns sít ios promissores no estado de Minas Gerais

e iniciado um projeto de pesquisa e desenvolvimento de

geradores eól io-elétr icos de pequeno porte adaptados a

instalações em regiões montanhosas, com potencial de

atendimento a local idades remotas.

Em fevereiro de 2009, a Cemig adquir iu 49% de part ic i -

pação societária em três parques eól icos de propriedade

da Energimp S.A. local izados no Ceará: Central Eól ica

Praias de Parajuru (28,8 MW), no município de Be-

beribe (a 110 km de Fortaleza), Central Eól ica Praia

do Morgado (28,8 MW) e Central Eól ica Volta do Rio

(42,0 MW), ambas no município de Acaraú (a cerca de

250 km de Fortaleza), total izando 99,6 MW de potên-

cia instalada. O investimento será de R$213 milhões.

A conclusão da operação e a efetiva aquisição das ações

pela Cemig estarão sujeitas à aprovação da Agência Nacio-

nal de Energia Elétrica – Aneel, da Caixa Econômica Fede-

ral e da Eletrobrás. Além disso, a operação será notificada

ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade.

Resíduos Sólidos

A Cemig vem buscando viabi l izar oportunidades de ge-

ração de energia a part ir de resíduos sól idos urbanos.

Para isso, foi iniciada a elaboração de um estudo téc-

nico sobre as principais tecnologias comerciais e dos

fornecedores, com levantamento das característ icas

gerais, apl icação da tecnologia e custos de referência

para a implantação de usinas para geração de energia

a part ir de resíduos, incluindo exploração de aterros

sanitários e geração de energia a part ir de resíduos de

poda de árvores.

Biodiesel

A Companhia vem trabalhando, junto com outros órgãos

do estado e centros de pesquisas, para a consol idação

da tecnologia de produção do biodiesel em Minas Ge-

rais, com a uti l ização da identif icação das vocações

regionais para a cultura de oleaginosas, da construção

de uma planta-pi loto de pequeno porte para produção

experimental desse combustível e também da implanta-

ção de infra-estrutura laboratorial em órgão de pesquisa

do estado para qualif icar e cert if icar esse combustível e,

dessa forma, contr ibuir para a sua inserção no mercado

nacional. Encontra-se em funcionamento o Laboratório

de Biocombustível da Fundação Centro Tecnológico de

Minas Gerais (Cetec), com capacidade de produção de

1.000 l itros/dia de biodiesel. Em 2008, deu-se conti -

nuidade ao projeto, com uti l ização do biodiesel produ-

zido no laboratório para a geração de energia elétr ica,

de forma experimental, em um grupo motor gerador e

em uma microturbina.

Hidrogênio

A Cemig conta com um laboratório experimental para

produção de hidrogênio via eletról ise e por reforma de

etanol, que em 2008 operou de forma integrada e pro-

duzindo um gás com pureza de 99,9%. Os principais de-

safios para viabi l izar esse energético são a diminuição

dos custos de produção, o armazenamento e o trans-

porte desse combustível. O hidrogênio será uti l izado

inicialmente como combustível para teste das células a

combustível, para suprir demandas internas e também

como elemento químico para purif icação do si l íc io, a ser

uti l izado em projeto de P&D para desenvolvimento de

células fotovoltaicas, que se encontra em andamento.

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Células a Combustível

Atenta às oportunidades que podem advir dessa tecno-

logia, a Empresa desenvolve, desde 2000, projetos de

P&D em temas l igados a células de baixa temperatura

(PEM) e de alta temperatura (SOFC). No tocante à célu-

la PEM, encontra-se em andamento projeto de P&D para

desenvolvimento de nanotubos de carbono, membranas

pol iméricas e apl icação de técnicas de DLC (Diamond-

l ike Carbon) visando redução de custos e dependência

externa de componentes. Quanto à célula SOFC, foi rea-

l izada adequação do laboratório de pi lhas a combustível

e foram real izados, durante o ano, os primeiros testes

com os protótipos denominados PA e PB, projetados e

construídos com tecnologia totalmente nacional. Após

análise dos resultados obtidos com os ensaios nos pro-

tótipos, será real izada a montagem e testes do protóti -

po de pi lha a combustível de 50 W. Foi iniciado também

o desenvolvimento de um sistema integrado de geração

de energia a part ir da gaseif icação de biomassa por

acionamento de células combustíveis SOFC.

Veículo Elétrico

A Cemig, em parceria com Itaipu Binacional e Fiat Auto-

móveis, está desenvolvendo um projeto de pesquisa e de

estudo de viabilidade técnica e econômica da utilização

de veículos movidos a energia elétrica. No final de 2008,

foram recebidos quatro veículos elétricos Palio Weekend.

A Companhia vai testar os protótipos em sua frota, visan-

do avaliar aspectos operativos e de manutenção e desen-

volvimento de tecnologia nacional.

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D I M E N S Ã O

S O C I A L

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Alinhadas com a Missão da Cemig, as questões rela-

cionadas à responsabil idade social fazem parte de seu

cotidiano e são tratadas de forma estratégica na Orga-

nização. Desta forma, este tema engloba ações inter-

nas relacionados às pessoas, que são um dos principais

agentes de mudanças para os desafios e necessidades

estratégicas enfrentados pela Cemig, por meio de sua

Pol ít ica de Recursos Humanos, mas também trata de

questões externas por meio de seus projetos sociais re-

lacionados a cidadania e cultura e do excelente relacio-

namento com o mercado, cl ientes e seus fornecedores e

prestadores de serviços.

GESTÃO DO CAPITAL HUMANOO Alinhamento Estratégico do Capital Humano da Cemig,

implantado desde 2005, visa promover a gestão estra-

tégica das competências, a valorização dos empregados

e seu comprometimento com os resultados da Compa-

nhia de forma a promover um ambiente que fortaleça

o elevado desempenho das pessoas e da Organização.

O passo seguinte fo i a implantação do Sistema de

Gestão Est ratégica do Capi ta l Humano, cu jo objet ivo

é a l inhar o modelo de gestão de recursos humanos à

est ratégia organizac ional , incorporando v isão de lon-

go prazo e focal izando ações que agreguem valor aos

negócios e favoreçam uma gestão integrada. Nele, a

Gestão do Desempenho é o e lo entre a est ratégia da

Cemig e os d iversos processos de gestão de pessoas,

demonstrando como as d i ret r izes est ratégicas são apl i -

cadas na Companhia.

O P rocesso de Ges tão do Desempenho envo lve to -

dos os empregados e v i sa ao desenvo lv imento das

competênc ias es t ra tég i cas que levam à melhor ia de

resu l tados , po r me io de es tabe lec imento de metas

e aco rdos ind iv idua i s e de equ ipes re lac ionados às

d i re t r i zes empresa r ia i s .

Esse processo encontra-se também implantado desde

2005, pautado primeiramente em dois t ipos de com-

petências estratégicas: competências essenciais e com-

petências de l iderança. Em 2006, em condição experi -

mental, foi incluído um terceiro t ipo de competência,

vinculada às atividades da Organização e diretamente

relacionada com a cadeia de valor do negócio – as com-

petências técnicas.

Em dezembro de 2007, foi real izado o terceiro cic lo de

aval iação de desempenho, e os resultados dessas ava-

l iações serviram, assim como nos anos anteriores, de

base para as alterações salariais individuais, mediante

progressões horizontais e vert icais, conforme previsto

no Acordo Coletivo Específ ico para Implantação do Pla-

no de Cargos e Remuneração na Cemig.

Nos três primeiros cic los da Gestão de Desempenho,

5.736 empregados foram contemplados com alterações

individuais de salário, seja por progressão horizontal ou

vert ical, sendo que a cada ciclo são contemplados, apro-

ximadamente, 20% dos empregados, total izando 55%

do quadro total de empregados nos três cic los. Para o

quarto cic lo, previsto para abri l de 2009, de Gestão do

Desempenho, está prevista a complementação dos fa-

tores de aval iação, incluindo as competências técnicas,

que darão maior assert ividade para o endereçamento

das ações de desenvolvimento, aumentando a efetivida-

de da Gestão do Desempenho.

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Diversidade do Quadro de Empregados

Dos 10.422 empregados da Companhia, 7.135 são

brancos, 419 são negros, 2.824 são mulatos, 29 são

orientais e 14 são índios. Dos empregados que ocupam

cargos de gerência/supervisão, 208 são brancos, 25

mulatos e 2 orientais.

As mulheres representam 13,6% do total de empre-

gados efetivos – várias ocupando cargos de gerência,

cargos-chave e, inclusive, cargos que até então eram

ocupados exclusivamente por homens – como os cargos

de eletr ic ista, operador de usinas e técnico de operação

do sistema.

Destaca-se também que a Cemig cumpre r igorosamente

a Lei Estadual nº 11.867 de 28/07/1995, e destina

10% das vagas oferecidas em concurso público para

pessoas portadoras de defic iência f ís ica. Atualmente, a

Companhia tem em seu quadro 52 portadores de defic i -

ência f ís ica e, durante o ano de 2008, 23 empregados

foram readaptados.

Atração e Retenção de Talentos

A Cemig busca atrair e reter seus talentos por meio

da apl icação da pol ít ica de gestão do capital humano,

que considera diversas ações, incluindo: programa de

treinamento para todos os empregados, programa de

progressão profissional, programa de saúde e de segu-

ro, programa de remuneração baseado em desempenho

– competências e resultados, plano de aposentadoria,

administrado pela Fundação Forluminas de Seguridade

Social – Forluz.

Além destes programas, a Cemig tem como prática os

processos de mobil idade, seleção interna e recrutamen-

to externo, alocando profissionais com devidas compe-

tências, conforme requerido nos perf is de cargos, com

o objetivo de atender às necessidades da Organização.

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Não há como negar que a migração entre carreiras de

naturezas diferentes apresenta dif iculdades para a Com-

panhia e empregados, visto que a Cemig é considerada,

para efeitos de admissão de pessoal, empresa pública

sujeita à legislação estadual. Para minimizar essa dif i -

culdade, a Cemig uti l izou a fer ramenta de Mobil idade

Interna entre carreiras, a part ir de cr itér ios preesta-

belecidos, visando adequar a necessidade empresarial

com os interesses e as potencial idades individuais. Os

enquadramentos decorrentes dessas movimentações,

real izados em fevereiro de 2008, total izaram aproxi -

madamente 240 mobil idades.

Após a real ização do processo de mobil idade e, a part ir

de demandas advindas das diversas áreas da Cemig,

foi real izada uma análise sobre a real necessidade de

preenchimento de cargos por meio de seleção interna. O

processo de seleção interna visa proporcionar a promo-

ção dos empregados efetivos da Companhia aos cargos

de acordo com seu Plano de Carreiras, com base nas

qualif icações, experiências e potencial idades demons-

tradas. Em 2008, das 106 vagas oferecidas, 101 vagas

foram preenchidas.

Em novembro de 2008, com o processo de Seleção Interna,

a Cemig foi uma das ganhadoras do Prêmio Ser Humano

2008, promovido pela Associação Brasileira de Recursos

Humanos, seccional Minas Gerais, já que o processo foi con-

siderado uma das melhores práticas em gestão de pessoas.

Em função do resultado do processo de mobil idade, das

práticas de seleção interna e da legislação eleitoral, não

houve a real ização de Concurso Externo neste ano e a Ce-

mig encerrou o ano de 2008 com 10.422 empregados.

NÚMERO DE EMPREGADOS* EMPREGADOS POR EMPRESA 2008

10.668 10.271

2005

10.658

2006

10.818

2007

10.422

2008

11.302

2003

11.468

2002

CEMIG GERAÇÃO ETRANSMISSÃO S.A.

2.166

CEMIG DISTRIBUIÇÃO S.A.

8.031

CEMIG CONTROLADORA

225

*Cemig Controladora, Cemig Distr ibuição S.A. e Cemig Geração e Transmissão S.A.

Remuneração e Recompensa

A Cemig conta com um Plano de Cargos e Remuneração –

PCR que considera a importância e a complexidade relativas

aos resultados esperados do cargo, os conhecimentos téc-

nicos, as habilidades, a intensidade e a complexidade do

processo analítico requeridas pelo cargo. Desde 1974 e no

máximo a cada dois anos, a Cemig realiza pesquisa de re-

muneração nas principais empresas do setor elétrico e de

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outros setores, nos mercados nacional e regional, ajustan-

do sua tabela salarial em relação às práticas de mercado.

A média de salários praticados pela Cemig é 12% acima

da mediana praticada pelo mercado de empresas equi-

valentes e, atualmente, a Companhia tem cerca de 90%

de seus empregados remunerados acima da mediana de

mercado. Além disso, são concedidas gratif icação espe-

cial e part ic ipação nos resultados.

A Companhia oferece também gratif icação de função,

incidente sobre o salário-base, para superintendentes,

gerentes e supervisores, além de salários diferenciados

decorrentes do exercício de funções de maior complexi -

dade e responsabil idade.

As práticas e pol ít icas salariais seguem as diretr izes

contidas no Plano de Cargos e Remuneração – PCR e

são apl icadas a todos os empregados independente-

mente de orientação sexual, idade, sexo, cor ou raça.

Relações Trabalhistas e Sindicais

Os acordos coletivos de trabalho abrangem 100% dos empre-

gados da Cemig e são assinados pelo menos uma vez por ano

com os sindicatos que representam as categorias envolvidas.

A Cemig possui uma gerência especialmente constituída

para tratar das relações trabalhistas e sindicais, voltada

para permitir um relacionamento direto, disponível e

permanente com as entidades sindicais que represen-

tam os seus empregados. Como forma de garantir a me-

lhoria deste processo e atender às expectativas de seus

cl ientes, desde 2007 todos os processos de Relações

Sindicais possuem um Sistema de Gestão da Qualidade

cert if icado na NBR ISO 9001:2000.

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No ano de 2008, a Cemig renovou o Acordo Coletivo

Específ ico para a real ização de reuniões setoriais nas

Instalações da Companhia, acordo este que trata de

assuntos diretamente relacionados à organização sin-

dical. Foi celebrado, ainda, o Acordo Coletivo de Tra-

balho 2008/2009, contemplando benefícios, deveres

e direitos que regulamentam as relações de trabalho

na Companhia.

Benefícios

De acordo com a legislação brasi leira, os planos de apo-

sentadoria e pensão devem ser geridos por entidades

independentes que administram os fundos garantidores

de maneira segregada dos recursos da Companhia. Des-

sa forma, a Cemig patrocina a Fundação Forluminas de

Seguridade Social – Forluz, entidade sem fins lucrati -

vos, que tem como objetivo melhorar a qualidade de

vida dos seus part ic ipantes, por meio do pagamento de

complementação de aposentadorias e pensão e, tam-

bém, da administração de programas na área da saúde.

A Forluz foi o primeiro dos grandes fundos de pensão

brasi leiros a modernizar a estrutura de seus planos pre-

videnciários, buscando, ao mesmo tempo, minimizar

r iscos para suas patrocinadoras e assegurar benefícios

adequados a seus part ic ipantes. Em 1997, foram criados

dois outros planos: o Plano Misto e o Plano Saldado. O

Plano Misto é o que, conforme a regulamentação bra-

si leira, denomina-se contr ibuição variável, modalidade

conhecida internacionalmente como plano híbrido. Na

fase de capital ização, tem característ ica de contr ibuição

definida, porém, transforma-se em benefício definido

na fase de fruição. Além disso, oferece cobertura para

os eventos de inval idez e morte na forma de benefício

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definido. O Plano Saldado é um plano de benefício defi -

nido no qual o valor do benefício a ser pago encontra-se

já quitado (vested), não havendo novas contr ibuições.

Os planos de previdência da Forluz são mantidos por

contr ibuições da Cemig e suas subsidiárias e de seus

empregados. O percentual médio mensal de contr ibui -

ção por parte da Companhia, em 2008, foi de 8,82%

sobre a folha de pagamento de salários, sendo paritár ia

à contr ibuição do empregado.

A Forluz acompanha sistematicamente seus planos de

benefícios com o objetivo de mantê- los equil ibrados atu-

arialmente e adequados ao mercado. São real izadas,

por empresa independente, aval iações atuariais comple-

tas a cada ano e, internamente, aval iações mensais.

Além dos planos de aposentadoria complementar admi-

nistrados pela Forluz, a Cemig contr ibui compulsoria-

mente para a previdência social mantida pelo Governo

Federal, um sistema de benefício definido, l imitado a

um valor máximo, f inanciado no regime de repart ição

(pay-as-you-go). Em 2008, a contr ibuição representou

26,61% da folha de pagamento da Empresa Compa-

nhia Energética de Minas Gerais – Cemig e 27,81% das

empresas Cemig Geração e Transmissão S.A. e Cemig

Distr ibuição S.A.

A Cemig contr ibui para um plano de saúde e um plano

odontológico para os empregados, aposentados e de-

pendentes, administrados pela Forluz. Trata-se de pla-

nos com coberturas amplas, superiores aos oferecidos

no mercado, com um custo menor para os empregados.

A Companhia mantém ainda, de modo independente aos

planos oferecidos pela Forluz, o pagamento de parte do

prêmio de seguro de vida para seus empregados ativos

e para os aposentados.

Gestão do Clima OrganizacionalA Cemig, ciente de que a obtenção de alto desempenho

está int imamente l igada a um ambiente saudável e es-

t imulador, busca permanentemente fazer uma gestão

de seu ambiente interno. Mais do que isso, estabeleceu

como um dos elementos de sua Visão “Ser uma das

melhores empresas para trabalhar”.

Para alcançar esse objetivo, a Cemig uti l iza diversos

instrumentos e fer ramentas para gerir o cl ima organiza-

cional, buscando:

identif icar e compreender os aspectos que têm contr ibu-

ído para a satisfação das pessoas na Cemig, bem como

aqueles que têm gerado insatisfação;

identif icar as prováveis diferenças e convergências cul -

turais existentes entre as áreas da Companhia e viabi l i -

zar alternativas para maior sinergia organizacional;

promover uma gestão intel igente, construindo e man-

tendo um ambiente que estimule e engaje as pessoas a

alcançarem desempenhos superiores.

Entre as fer ramentas uti l izadas, destaca-se a Pesqui-

sa de Cl ima Organizacional, real izada bianualmente,

com consultoria externa. Essa pesquisa aval ia aspectos

fundamentais para se cr iar um ambiente estimulante e

desafiador, incluindo: grau de engajamento dos empre-

gados, a percepção desses quanto à gestão estratégica

e a reputação externa da Cemig, o respeito com que ela

trata seus empregados, o nível de autonomia e treina-

mento que esses recebem para real izar seu trabalho,

entre outros. A Pesquisa é uti l izada como input para o

planejamento de ações de melhoria em toda a Compa-

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nhia, por meio de Planos de Ação Corporativos e das

áreas (gerências e superintendências). Após a constru-

ção dos planos de ações, inicia-se a fase de implantação

e monitoramento das ações, cujos resultados são divul -

gados e acompanhados por todos os empregados por

meio de boletins e mensagens eletrônicas.

Em 2008, após a divulgação dos resultados a todos

os empregados, foram real izados 111 workshops para

a elaboração dos Planos de Ação. Nesses workshops,

os empregados t iveram a oportunidade de definir ações

de melhoria para sua gerência e/ou superintendência.

A últ ima pesquisa, real izada em agosto de 2007, teve a

part ic ipação voluntária de 85% dos empregados – índice

extremamente signif icativo quando comparado ao mer-

cado. Em relação às últ imas pesquisas, o resultado apre-

senta tendência favorável, passando de 59% para 62%.

Comunicação como Ferramenta Estratégica

A comunicação interna torna-se fer ramenta indispen-

sável e, por esta razão, várias ações de comunicação

são implementadas, buscando garantir que todos os

empregados recebam um nível apropriado de informa-

ção, por intermédio dos meios de comunicação que lhe

são famil iares e aos quais tenham faci l idade de acesso.

A comunicação face a face faci l i ta a construção de uma

base de confiança e credibi l idade e tem sido observada

por meio do Programa RH no Campo, em que todo o

corpo gerencial da RH visita as diversas áreas da Com-

panhia, com o objetivo de intensif icar o relacionamento

com os empregados, buscando informar, esclarecer dú-

vidas e colher cr ít icas e sugestões sobre a Organização.

No ano de 2008, foram real izadas cinco Reuniões-Ple-

nárias, com part ic ipação de 600 empregados. 79

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A veiculação de informações por meio de portais é ou-

tro recurso amplamente uti l izado na atual idade, como

forma de proporcionar ao empregado informações sobre

decisões, ações, dados e fatos concernentes a RH e à

Companhia, que sejam de interesse dos empregados e

estratégicos para a Organização.

Assim, a cada dia, mais informações são publicadas no

portal da RH na CemigNet, incluindo: informações sobre

o Serviços Especial izados em Engenharia de Segurança

e Medicina do Trabalho, Relações Sindicais, Provimen-

to, Plano de Cargos e Remuneração, Gestão do Cl ima,

Gestão Sucessória.

Além disso, em 2008 foram distr ibuídas, a todos os

empregados, cart i lhas com conteúdo relacionado a as-

suntos corporativos de RH, tais como Benefícios, Plano

de Cargos e Remuneração e Gestão de Desempenho.

Outro veículo de comunicação uti l izado é o RH Informa,

que tem se mostrado um instrumento de repasse ági l e

de grande alcance para informações de caráter corpo-

rativo, além de orientações e campanhas gerais. Ainda

que tenha caráter pontual, t ivemos como resultado 30

publicações em 2006, 44 em 2007 e 53 em 2008.

Já o RH Interativa é um espaço cr iado para que os

empregados possam fazer perguntas, buscar informa-

ções, fazer cr ít icas e também dar idéias e sugestões de

melhoria nos processos, fer ramentas, pol ít icas e práti -

cas de RH. Em 2008, foram enviadas 628 perguntas,

com um percentual de resposta de 67%, sendo que as

demais respostas serão enviadas após a conclusão da

fase de estudo e análise e serão respondidas em 2009.

Complementando os instrumentos de comunicação, foi

implantado em dezembro de 2007 o Serviço RH On-Line

e, em 2008, o RH Fáci l. Esta fer ramenta tem como

objetivo possibi l i tar, a cada empregado da Companhia,

o acesso a todas as suas informações pessoais, funcio-

nais, salariais, de pagamento, entre outras.

Capacitação e Desenvolvimento

A Cemig assegura a manutenção das condições neces-

sárias para capacitação dos seus empregados para o

pleno exercício de sua função, disponibi l izando cursos

al inhados aos objetivos estratégicos da Cemig. Por se

tratar de desenvolvimento de empregados, as ações têm

caráter contínuo e permanente.

Todos os empregados, nos seus vários níveis, seguem

um Plano de Treinamento associado às carreiras, às

orientações estratégicas e ao Plano de Negócios. As

áreas fazem o levantamento de necessidades de trei -

namento norteadas pelas carreiras e pelas iniciat ivas/

expectativas do gerente em relação ao desempenho do

empregado ao longo do ano.

O processo de aval iação de desempenho da Cemig tam-

bém é uti l izado para o desenvolvimento e capacitação

dos empregados, uma vez que uti l iza como parâmetros

as competências essenciais, os resultados corporativos

alcançados e a maturidade dos empregados, gerando

um índice de desempenho para cada um dos aval iados.

Este procedimento contr ibui para manutenção das con-

dições necessárias para a gestão de desempenho, ao

atrelar a capacitação dos empregados aos resultados

obtidos e aos cursos e treinamentos previstos nas suas

descrições de funções.

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Cumprindo o Plano de Treinamento Anual dos emprega-

dos e os Acordos de Desenvolvimento Individuais, estes

gerados por ocasião dos feedbacks da Aval iação de De-

sempenho, em 2008, foram ao todo 15.922 part ic ipa-

ções, incluindo o treinamento técnico, sendo 11.619

part ic ipações de empregados da Cemig Distr ibuição

S.A., 3.883 part ic ipações de empregados da Cemig Ge-

ração e Transmissão S.A. e 470 part ic ipações de empre-

gados da Companhia Energética de Minas Gerais, corres-

pondendo a 742.550 horas de treinamento (558.341

para a Cemig Distr ibuição S.A., 169.372 para a Cemig

Geração e Transmissão S.A. e 14.837 horas para a

Companhia Energética de Minas Gerais), perfazendo a

média de 71,25 horas de treinamento por empregado.

MÉDIA DE HORAS DE TRE INAMENTO POR EMPREGADO (2004/2008)

2004

53,46

2005

49,03

2006

59,34

2007

50,73

2008

71,25

Além do processo de capacitação interno da Cemig,

existe desde 2006 o Programa Ajuda de Custo Para

Formação – Auxíl io Educação, que reembolsa as des-

pesas relativas às mensalidades de curso de graduação

ou técnico relacionados aos negócios da Organização.

Em 2008, foram efetuados 382 reembolsos, incluindo

cursos técnicos e cursos de graduação, total izando um

investimento de R$241 mil.

Há também o Programa de Pós-graduação, que visa

elevar a capacitação profissional e tecnológica do em-

pregado enquadrado no Plano de Nível Universitár io da

Cemig, al inhando-o adequadamente para contr ibuir com

o alcance das metas empresariais. Ao f inal do curso,

os empregados apresentam Cert if icado de Conclusão e

trabalho concluído (monografia, dissertação ou tese),

defendendo a possibi l idade de apl icação prática, em

conformidade com os interesses da Companhia. Esse

trabalho é encaminhado à Bibl ioteca Central para com-

por o acervo técnico da Companhia.

No ano de 2008, foram 82 part ic ipações no Programa, to-

tal izando cerca de R$499 mil reembolsados pela Cemig.

Escola de Formação e Aperfeiçoamento Profissional da Cemig – EFAP

A Escola de Formação e Aperfeiçoamento Profissional –

EFAP, responsável pelo treinamento técnico dos funcioná-

rios da Cemig possui, desde 2007, a certificação de seu

Sistema de Gestão da Qualidade conforme a norma NBR ISO

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9001:2000. A implantação e manutenção do Sistema de

Gestão da Qualidade na EFAP fazem parte dos desafios

Estratégicos da Superintendência de Recursos Humanos,

e seu principal objetivo é a busca da melhoria contínua

dos seus processos, focada na qualidade do treinamento

técnico ofertado aos seus cl ientes internos e externos.

A EFAP viabi l izou, em 2008, 7.046 part ic ipações em

treinamentos técnicos para empregados do Grupo Ce-

mig, sendo 5.351 part ic ipações de empregados da

Cemig Distr ibuição S.A., 1.198 part ic ipações de em-

pregados da Cemig Geração e Transmissão S.A. e 99

part ic ipações de empregados da Companhia Energética

de Minas Gerais, além de 398 part ic ipações em trei -

namentos técnicos para empregados de outras em-

presas, total izando 330.410 homens-hora treinados,

sendo 314.015 homens-hora relativos ao Grupo Cemig

e 16.395 homens-hora relativos a outras empresas.

Dentre os eventos destacam-se, por sua relevância, o

treinamento de 1.924 empregados na nova NR 10, que

trata da Segurança em Instalações e Serviços em Ele-

tr ic idade, total izando 57.797 homens-hora treinados.

Também foram real izados o treinamento à distância

para reval idação da habil i tação na norma de l iberação

de equipamentos do sistema elétr ico da Cemig – Norma

01000 DGT 1A, para 121 empregados próprios, total i -

zando 1.936 homens-hora treinados e o treinamento à

distância de Prevenção de Acidente de Trabalho Mem-

bros da Cipa, para 491 empregados próprios, total izan-

do 11.784 homens-hora treinados.

Desenvolvimento de Lideranças

Considerando o cenário internacional global izado e as

estratégias corporativas da Cemig, é cada vez mais

evidente a importância de um programa continuado de

educação executiva, destacando-se o desenvolvimento

dos programas: Amana Key e Cemig Liderança em Ges-

tão – Celig, Programa desenvolvido em parceria com a

Fundação Dom Cabral. Estes programas vêm acontecen-

do desde 2005, com o objetivo de garantir as compe-

tências estratégicas de forma sustentável.

Em 2008, part ic iparam 28 gerentes no Programa Ama-

na Key, 179 no Cel ig, além de 73 empregados de nível

superior que part ic iparam do Cel ig para Sucessores,

dentro do Programa Gestão Sucessória, cujo objetivo é a

preparação para possível ascensão a cargos gerenciais.

Para 2009, está prevista a real ização do Programa Tri -

lhas da Liderança, em que se pretende a ampliação da

apl icabi l idade de competências de l iderança, a conti -

nuidade do Programa Celig para Potenciais Sucessores

e Amana Key. Além disso, está em análise o estabele-

cimento de parcerias com escolas internacionais com

o objetivo de ampliar a visão dos l íderes em relação

à sustentabi l idade econômico-f inanceira, por meio de

melhores práticas gerenciais e de expansão da sua área

de atuação para além dos l imites geográficos atuais.

Gestão Sucessória

O Processo de Gestão Sucessória, cujo primeiro cic lo

iniciou-se em 2007, está integrado ao cenário atual

das organizações e busca o equil íbr io entre dois as-

pectos: de um lado o negócio – volume de operações,

modelo de crescimento, diversidade de negócios, grau

de internacionalização, ajustes previstos de tecnologia,

entre outros. De outro, fatores relacionados ao capi -

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tal humano – rotatividade (desl igamentos voluntários,

aposentadoria e ajustes de perf i l), trajetórias de car-

reira, nível de resultados, prontidão nas competências,

característ icas pessoais, históricos e expectativas.

A Gestão Sucessória é, portanto, um processo que visa

ao planejamento da substituição de posições-chave da

organização, por meio da identif icação e cr iação de

condições para a preparação de potenciais substitutos.

Dessa forma, real izou-se o mapeamento do potencial

para Liderança, com a adesão de 752 empregados

(66,1%), de um universo de 1.137 ocupantes de car-

gos universitár ios (nível mínimo profic iente).

Considerando as possibi l idades de vacância de cargos

gerenciais até o ano de 2009, definiu-se por identif icar,

entre os 162 melhores classif icados no ranking por área

de competência, 81 potenciais-sucessores, para perma-

necerem no processo. Dentre as ações planejadas, en-

contra-se em andamento a etapa de preparação destes

81 potenciais l íderes, por meio de um amplo programa

de capacitação e desenvolvimento gerencial.

Em uma parceria com a Fundação Dom Cabral – FDC, foi

estruturado o Programa de Capacitação e Desenvolvi -

mento das Competências – necessárias ao Líder Cemig,

para o qual foram selecionados 81 empregados. Foram

real izados três módulos e está prevista a continuidade

de real ização de outros em 2009.

O Processo Gestão Sucessória é monitorado por meio

dos indicadores al inhados à estratégia da Cemig. Até o

momento, em torno de 25% dos empregados part ic ipan-

tes do processo foram promovidos a cargos de gestor

e/ou gerente.

Para o segundo semestre de 2009, está previsto o se-

gundo ciclo do Processo, considerando a periodicidade

de mapeamento ser bianual e a gestão, contínua, onde

haverá nova oportunidade para que todos os emprega-

dos do Plano de Nível Universitár io possam part ic ipar.

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Gestão das Competências de Liderança dos Supervisores Cemig

O P ro ce s so de Ges tão das Compe tênc i a s dos Supe r -

v i s o r e s Cem ig t em como ob j e t i vo p romove r o desen -

vo l v imen to p ro f i s s i ona l do s a tua i s 240 Supe r v i so -

r e s e p r epa ra r s eus f u tu ro s su ce s so re s , a l i nhando -o s

com as dema i s l i de ranças Cem ig e com a e s t r a t ég i a

da Companh ia .

Em 2008, foram definidas, em conjunto com os próprios

supervisores e gerentes, as competências de l iderança

para esse grupo de profissionais e real izado o mapea-

mento dos atuais supervisores.

Para o ano de 2009, está prevista a implantação de um

programa de desenvolvimento, que será construído com

base nesse mapeamento. Além disso, os aproximados

1.080 técnicos níveis II e II I que estão subordinados

a supervisores designados também serão mapeados, o

que permitirá a formação de um grupo de potenciais

sucessores, que será capacitado e treinado.

RELACIONAMENTO COM CLIENTES E CONSUMIDORES Estrutura de Atendimento

A Companhia oferece canais de relacionamento que per-

mitem aos cl ientes real izar negócios, reclamar, sugerir

e sol ic itar serviços de forma efic iente e ági l. Além do

investimento contínuo na melhoria dos canais já exis-

tentes, a Cemig busca oferecer opções mais cômodas e

ágeis de contato com a Companhia.

O cl iente tem a seu dispor outras formas de relaciona-

mento com o objetivo de levar a Cemig até o cl iente.

Os principais canais disponíveis estão relacionados a seguir.

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Público-alvo Canais Objetivo Acesso e Característica Diferenciada Resultados/Observações Especiais

Clientes Públicos Página da Internet

Disponibilizar informações sobre dicas de economia de energia, prédios efi cientes e como es-truturar uma comissão interna de conservação de energia no serviço público.

http://www.cemig.com.br/consumidores_publicos/index.asp.

Consumidor Defi ciente Visual

Conta em Braille

Permitir ao defi ciente visual um melhor acompanhamento e con-trole de seu consumo de energia elétrica.

400 clientes cadastrados para recebimento da conta em braille.

Consumidores e sociedade

Fale com a Cemig

Facilitar o acesso aos clientes da Companhia.

Vários canais: tel.: nº 116, 08007210116, [email protected]; www.cemig.com.br; Fax: (31) 3506-7222.

Certifi cação ISO 9001/2000; 560 posições de atendimento com mais de 1 mil atendentes; 80 a 114 mil chamadas/dia.

Consumidores e sociedade

Ouvidoria Zelar pelo direito à manifestação do cidadão, sendo a sua voz na Companhia.

http://www.cemig.com.br/ouvidoria/e [email protected], indicado nas contas de energia da Cemig.

Certifi cação ISO 9001/2000.

Consumidores e sociedade

Agência de Atendimento

Facilitar o acesso aos clientes da Companhia.

Reciclagens periódicas para os atendentes por meio de treinamentos comportamentais e téc-nicas de atendimento.

128 agências com uma média de 400 mil aten-dimentos/mês.

Consumidores e sociedade

Canal Direto Procon

Facilitar o acesso aos clientes da Empresa com ênfase no direito do consumidor.

Parceria da Cemig com o Movimento das Donas de Casa – MDC/MG e atendimento ao Conselho de Consumidores da Companhia.

Consumidores e sociedade

Cemig Fácil Credenciamento de estabeleci-mentos comerciais para expan-são dos pontos de arrecadação e da prestação de outros serviços comerciais em locais onde não há representatividade física da Cemig.

Nos PA do Cemig Fácil, os clientes têm acesso aos serviços: recebimento de contas; emissão de 2ª via de documentos; domicílio para entrega de contas – conforme solicitação do consumi-dor; entrega de formulário pré-pago utilizado pelos clientes para solicitar serviços ou fazer reclamações.

640 pontos de atendimento – PA, arrecadando em média um milhão de contas por mês.

Consumidores e sociedade

Cemig Postal Canal específi co para atendi-mentos comerciais mais simpli-fi cados.

Formulários, com postagem pré-paga, dispo-níveis nos estabelecimentos do Cemig Fácil para troca de titularidade, alteração cadastral, ligação nova, reclamações e sugestões.

800 caixas espalhadas por todo o estado.

Consumidores e sociedade

Cemig na Praça Estrutura de atendimento itine-rante para esclarecer, encami-nhar e atender às solicitações de serviços.

Escritório montado em uma praça central de pe-quenos municípios, com eletricistas, atendentes e um técnico de operação para atendimento à população.

Média de 180 eventos anuais gerando cerca de 1.100 atendimentos por mês.

Consumidores e sociedade

Projeto Agência Móvel

Canal específi co para atendimen-tos comerciais.

Trailer equipado com atendimento ao cliente, fazendo as vezes de uma agência de atendi-mento.

- 250 atendimentos por mês utilizando conexão via satélite. - Desde 2005, já percorreu cerca de 100 municípios mineiros.

Consumidores e sociedade

Posto de Atendimento Simplifi cado – PAS

Atendimento realizado por fun-cionários das prefeituras, treina-dos pelos agentes da Cemig.

Parceria entre a Cemig e prefeituras. 90 PAS no estado, realizando cerca de 2 mil aten-dimentos por mês.

Consumidores e sociedade

Agência Virtual Fornecer ao cliente um aten-dimento com mais conforto e comodidade ao oferecer os servi-ços prestados por outros canais.

http://agenciavirtual.cemig.com.br/portal/inicial/default.aspx.

- Acesso para defi cientes visuais;- Área específi ca e restrita de acesso para imo-biliárias.

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Público-alvo Canais Objetivo Acesso e Característica Diferenciada Resultados/Observações Especiais

Consumidores e sociedade

Conselho de Consumidores

Representar e defender os in-teresses individuais e coletivos dos consumidores junto à Com-panhia.

- Melhorar o atendimento dos consumidores, considerando a visão dos diversos segmentos interessados;- Encaminhar sugestões, cooperar na fi scaliza-ção e prover denúncias e reclamações junto à Cemig http://www.cemig.com.br/conselho/index.asp.

Em 2008: 6 reuniões ordinárias normais e 3 reuniões extraordinárias.Principais realizações:- contribuiu na revisão tarifária de 2008 da Cemig;- contribuição na revisão da resolução 456;- participação na audiência pública da revisão tarifária da Cemig;- realização do II Seminário de Conselhos de Consumidores da região Sudeste, em Belo Hori-zonte, com objetivo de construir propostas inte-gradas de interesse dos consumidores da região Sudeste, por meio de intercâmbio de informa-ções e experiências relativas ao setor elétrico;- participação no Congresso Mineiro de Municípios, com estande do Conselho, com objetivo de divul-gar a existência e objetivo do Conselho.

Grandes clientes Para clientes corporativos

Fornecer informações e legisla-ção compatíveis com esse perfi l de clientes.

http://www.energiaCemig.com.br/eCompanhia Energética de Minas Gerais – Cemig Superintendência de Relacionamento Comercial com Clientes Corporativos, Av. Bar-bacena, 1200 – Sto. Agostinho, Belo Horizon-te – MG – Cep. 30190-131 [email protected].

Grandes clientes Para clientes corporativos

Encontros regionais de clientes corporativos.

Encontros com clientes corporativos de uma de-terminada região para informação e discução de aspectos referentes ao setor elétrico através de apresentações e debates com especialistas no setor de energia elétrica, englobando ques-tões de atendimento, comercialização, efi ci-ência energética, resolução de dúvidas, etc. Inclui ainda uma visita a instalações da Cemig (usinas e subestações), com acompanhamen-to de técnicos.

Em 2008, foram realizados dois encontros com clientes das regiões Oeste e Norte. O índice de aprovação dos encontros foi de 84%.

Grandes clientes Para clientes corporativos

Encontros setoriais de clientes corporativos.

Encontros com clientes corporativos de setores produtivos para discutir questões específi cas do interesse do setor associado à energia elétrica.

Em 2008, foram realizados dois encontros com clientes dos setores do ferro-gusa – e sucroener-gético. O índice de aprovação dos encontros foi superior a 90%.

Grandes clientes Para clientes corporativos

GEM B2B – Grupo de estudos de mercado Business to Business.

Participação da Cemig em grupo de trabalho destinado ao estudo das relações entre empre-sas com o objetivo de compreender estas rela-ções e identifi car as necessidades dos clientes buscando atender aos requisitos para ampliar a parceria e construir um relacionamento sólido e de confi ança com os clientes por um longo prazo. Trata-se de grupo de estudo permanen-te e que também participam outras empresas, buscando sempre compreender melhor a necessidade dos clientes para melhorar o re-lacionamento empresarial.

Grandes clientes Para clientes corporativos

GEM B2B – Pesquisas com clien-tes corporativos.

Duas pesquisas realizadas em 2008 com os clientes corporativos para compreender a per-cepção de valor desses clientes sobre os produ-tos oferecidos pela Cemig, identifi car as neces-sidades, conhecer a disposição de pagamento frente aos produtos ofertados para dessa forma oferecer uma melhor relação custo x benefícios aos clientes, buscando sempre a construção de um relacionamento de longo prazo.

Uma pesquisa qualitativa com a mostra de 5 clien-tes para identifi car drivers de valor dos clientes e uma pesquisa quantitativa com o universo de gru-pos empresariais para identifi car percepção de va-lores e disponibilidades de pagamentos referentes aos produtos ofertados, além de posicionamento da Cemig junto aos concorrentes.

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Público-alvo Canais Objetivo Acesso e Característica Diferenciada Resultados/Observações Especiais

Grandes clientes Para clientes corporativos

Marca e reputação – Pesquisas com clientes corporativos.

Pesquisa sobre marca e reputação da Cemig, realizada com clientes corporativos, segmen-tados em amostras para identifi car de forma mais signifi cativa a visão desses clientes, sobre a marca e reputação da Cemig.

Grandes clientes Para clientes corporativos

Encontros com clientes corporati-vos – Bienal de Energia.

Em 2009, será realizada a Bienal da Energia – com a participação de palestrantes interna-cionais e nacionais de reconhecida capacidade analítica para discutir o cenário atual e as perspectivas econômicas futuras focadas na estratégia de atuação empresarial. O objetivo é levar aos participantes um panorama do Brasil no mundo, suas perspectivas, impactos da crise e seus refl exos nos investimentos em infra-estrutura necessária para o crescimento sustentável e competitivo do país, consideran-do a energia como elemento essencial para a competitividade.

O público esperado é de cerca de 800 clientes.

Grandes clientes Para clientes corporativos

Informativo para clientes corpo-rativos.

Informativo direcionado aos clientes corpora-tivos enviados via e-mail, com periodicidade bimensal, contendo informações e notícias de interesse dos clientes corporativos organizados nas seguintes seções: Editorial, Enfoco com o Cliente, Regulatório, Efi cientização Energética e Assuntos Diversos.

O Informativo foi concebido em 2008 e a distri-buição iniciou-se em janeiro de 2009.

Instituições fi lantrópicas

Concessão de donativos

Conceder donativos por meio de desconto fi nanceiro nas notas fi scais/contas de energia elétri-ca para instituições fi lantrópicas, igrejas/templos de reconheci-mento de entidade de utilidade pública.

Em 2008, cerca de 4.220 instituições foram beneficiadas, totalizando aproximadamente R$11,2 milhões e 53,6 mil MWh por ano con-cedidos.

Instituições fi lantrópicas

Arrecadação de doações e contribuições

Apoiar as instituições fi lantrópicas reconhecidas como de utilidade pública, por meio da arrecadação de doações/contribuições na conta de energia elétrica.

Em processo de redefi nição de regras, junto com os movimentos e com o Ministério Público Esta-dual.

Prefeituras da área de concessão da Cemig

Gerências de relacionamento

Prestar serviço diferenciado e personalizado às prefeituras da área de concessão da Cemig.

18 Gerências de Relacionamento distribuídas em todo o estado.

Sociedade Conta de energia Permitir ao consumidor um me-lhor acompanhamento e controle de seu consumo de energia elé-trica, além do cumprimento de legislação específi ca.

Veículo de informações e esclarecimentos, como canais de relacionamentos atuais da Companhia.

Emissão média mensal de aproximadamente 6,5 milhões de contas relativas a baixa e alta tensão.

Sociedade Canais diversos Permitir que a informação sobre a Companhia atinja a sociedade em geral.

Canais de comunicação e veiculação de campanhas por meio de spots em rádios, TV, outdoors, backbus, mídia jornalística, jornais Energia da Gente e Cemig Notícias (http://www.cemig.com.br/cemig2008/content/aplicativos/informativos.asp), etc.

A Cemig utiliza os meios de comunicação mais adequados à informação, adequando, inclusive a linguagem a cada público.

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Satisfação do Consumidor

Para aval iar a satisfação em relação aos serviços pres-

tados, a Cemig part ic ipa de uma pesquisa anual com os-

consumidores residenciais, real izada em nível nacional

pela Associação Brasi leira de Distr ibuidoras de Energia

– Abradee. Com base nos resultados dessa pesquisa é

calculado o Índice de Satisfação com a Qualidade Per-

cebida – ISQP, que representa o nível de satisfação do

consumidor com a qualidade dos serviços de energia

elétr ica prestados pelas concessionárias de energia elé-

tr ica no Brasi l . O questionário tem 88 perguntas que

se desdobram em 277 variáveis de respostas apl icadas

por amostragem na área de concessão das empresas.

Em fevereiro e março de 2008, foi real izada a 10ª Pes-

quisa Abradee de Satisfação do Cl iente Residencial, com

uma amostra, na área de concessão da Cemig, de 625

entrevistas, de forma a garantir uma margem de erro de

4% para um intervalo de confiança de 95,5%. A part ir

dos dados obtidos, é calculado um valor do ISQP geral,

relativo à média geral de todas as empresas f i l iadas à

Abradee, e um valor de ISQP de cada empresa. O índice

varia de 0 a 100 pontos, sendo 100 pontos a melhor nota.

Em 2008, a Cemig alcançou a pontuação de 83,3, f i -

cando bem acima da média Abradee, que foi de 77,4. O

gráfico abaixo mostra a evolução do ISQP da Cemig nos

nove anos de real ização da Pesquisa Abradee.

A pontuação obtida pela Cemig durante os 10 anos de Pesqui-

sa Abradee demonstra que as ações adotadas em relação ao

atendimento dos consumidores e aprimoramento dos servi-

ços têm possibilitado atingir níveis adequados de satisfação.

A Aneel também real iza anualmente uma pesquisa de

satisfação do consumidor residencial com as conces-

sionárias distr ibuidoras de energia elétr ica. A Pesquisa

Aneel foi real izada de agosto a outubro de 2008. A

amostra foi calculada de acordo com o porte de cada

concessionária: na área de concessão da Cemig, foram

real izadas 450 entrevistas.

A Pesquisa Aneel gera indicadores comparáveis por re-

gião e por porte de empresa e um indicador único da

satisfação do consumidor, que expressa a percepção

DESEMPENHO DA CEMIG NO ISQP 1999/2008

1999

71,9

2008

83,3

2007

85,7

2006

80,6

2005

79,8

2004

80,5

2003

77,6

2002

77,7

2001

74,2

2000

76,388

CEMIG 2008

DIME

NSÃO

DIME

NSÃO

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global no setor. O principal indicador dessa pesquisa

é o Índice Aneel de Satisfação do Consumidor – Iasc.

Na Pesquisa Aneel de 2008, a Cemig obteve o Iasc de

69,68, posicionando a Companhia entre as três conces-

sionárias da região Sudeste acima de 400 mil consumi-

dores mais bem avaliada pelos cl ientes.

DESEMPENHO DA CEMIG NO IASC 2004/2008

2004

60,92

2005

63,39

2006

68,03

2007

71,63

2008

69,68

CIDADANIA E CULTURA

Como Empresa prestadora de serviços públicos, o rela-

cionamento da Cemig com as comunidades onde atua

não se restr inge ao estágio de desenvolvimento econô-

mico, mas também possui relação direta com o estágio

de desenvolvimento social. Iniciat ivas concretas, como

os programas Campos de Luz, Conviver e Luz no Saber,

demonstram, na prática, que a energia é um insumo

necessário não apenas à transformação de matérias-

pr imas e à produção de bens, mas também à qualidade

de vida e ao funcionamento de equipamentos de uso

comum, como escolas, centros culturais e recreativos.

Dessa fo rma, a Cemig busca , po r me io de sua po l í -

t i ca de a tuação cu l tu ra l e soc ia l , t rans fo rmar seus

consumidores em parce i ros no desenvo lv imento do

es tado de Minas Gera i s , pa r t i c ipando a t i vamente da

soc iedade em que v ive .

Para a Cemig, investir em projetos sociais e culturais

não é uma questão apenas de quantidade de recursos,

mas da qualidade com que eles são apl icados, objeti -

vando atingir o maior número de pessoas, com conti -

nuidade e responsabil idade, por meio da formação de

redes de atuação entre diversos setores da sociedade e

do meio art íst ico-cultural.

Os recursos apl icados durante o ano de 2008 em educa-

ção, cultura e ações sociais somaram R$45,5 milhões.

Tipo de Projeto R$ milhões – 2007 R$ milhões – 2008

Projetos culturais e educação 29,7 33,4

Ações sociais, doações e subvenções 15,3 12,1

Total 45,0 45,5

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CEMIG 2008

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Ações Sociais

As ações sociais, doações e subvenções da Cemig alcan-

çaram em 2008 o valor de R$12,1 milhões. Entre os

projetos contemplados podem-se citar os de “Centros

de Educação Solidária” do Serviço Voluntário de Ação

Social – Servas, a “Construção do Hospital do Câncer

Infanti l” da Fundação Aura, o “Salão do Encontro” e

a “Escola de Formação Profissional” da Apae – BH,

apoiados pela Cemig há vários anos, o que tem per-

mit ido uma aval iação contínua dos benefícios gerados.

Além desses, de caráter permanente, há ainda o Pro-

grama Ações Sociais Integradas – Asin/Cemig, em que

mais de 1.100 empregados estão cadastrados como vo-

luntários, e está orientado a contr ibuir para a geração

de recursos e capacitação para inst ituições voltadas para

o trabalho social, associações comunitárias, escolas e

asi los, com vistas à sustentabi l idade das inst ituições.

A Cemig part ic ipa também do Programa AI6% – For-

mando Cidadãos, parceria entre Associação Intergeren-

cial da Cemig – AIC – e do Projeto Asin/Cemig, cuja

f inal idade é incentivar os empregados e aposentados da

Companhia a contr ibuírem para os Fundos da Infância

e da Adolescência – FIAs, repassando parte de seu im-

posto de renda devido, sendo que o resultado alcançado

em 2008 foi de de R$1,5 milhão. O quadro a seguir

demonstra a evolução do Programa desde seu início:

EVOLUÇÃO DO PROGRAMA AI6% – 2001/2008

Ano Arrecadação R$ mil Número de empregados Número de instituições Número de municípios

2001 189,6 628 31 16

2002 178,7 787 40 24

2003 95,5 718 35 23

2004 235,5 1.035 41 34

2005 542,9 1.719 65 48

2006 960,4 2.595 108 65

2007 1.243,1 2.619 139 80

2008 1.573,0 2.848 147 88

O montante destinado aos FIAs pelo Grupo Cemig, em 2008,

foi de R$2,9 milhões, incluindo também a destinação de

1% do Imposto de Renda da Cemig, da TBE e da Infovias.

Os Patrocínios Incentivados da Cemig D, Cemig GT, Sá

Carvalho e Capim Branco em 2008 total izaram cerca de

R$31 milhões.

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Alguns resultados dos programas sociais de destaque da Cemig são demonstrados abaixo:

Programas Sociais

Origem Início Público Benefi ciadoResultados

2006Resultados

2007Resultados

2008Forma

DivulgaçãoImpactos Sociais

Programa AI6% Cemig, AIC e empregados

2001 Crianças e adolescentes

108 instituições de 66 municípios

139 instituições de 80 municípios

147 instituições de 88 municípios

Mídia interna cidadania

Luz para Todos Cemig 2004 Propriedades rurais 112.454 propriedades

25.982 propriedades

3.970 propriedades

TV, rádio, jornal, internet, palestras, seminários, reuniões

Universalização do atendimento

Conviver Cemig 2006 Baixa renda 20 mil residências

30 mil residências

50 mil residências

TV, rádio, jornal, internet, palestras, seminários, reuniões

Uso efi ciente de energia

Projeto Asin/Cemig

Cemig 2000 População carente da área de concessão da Companhia

12.513 crianças

14.485 crianças

25.917 crianças

Mídia interna Educação, saúde, ação comunitária, meio ambiente

Clarear Resolução Aneel 223

2004 465 mil clientes 160.327 residências

185.240 residências

Finalizado em 2008 188.070 residências

TV, rádio, jornal, internet, palestras, seminários, reuniões

Universalização do atendimento

Fatura em Braille Cemig 2005 Defi cientes visuais 156 235 8.496 clientes TV, rádio, jornal, internet, palestras, seminários, reuniões

Cidadania

Programa de Efi ciência Energética

Cemig 1998 Clientes da Cemig R$45 milhões investidos

R$50 milhões investidos

R$24 milhões investidos

TV, rádio, jornal, internet, palestras, seminários, reuniões

Efi cientização energética

Programa Cemig X Cesam

Cemig 2003 Adolescentes carentes

200 200 200 Contatos com Cesam

Formação profi ssional

ReLuz Cemig 2001 Municípios 7 mil pontos de iluminação pública

15 mil pontos de iluminação pública

20 mil pontos de iluminação pública

Contatos com municípios

Uso efi ciente de energia

Biblioteca Itinerante

Cemig 2005 Empregados, familiares e sociedade

578 empréstimos

425 empréstimos

841 empréstimos

Mídia interna Educação

Campos de Luz Cemig 2003 População carente 332 campos de futebol concluídos entre 2006 e 2007

114 campos de futebol

Mídia interna Cidadania

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Serão detalhados, a seguir, alguns projetos citados no quadro:

Programa Campos de Luz

A Cemig, em parceria com o Governo de Minas Gerais,

concluiu, em dezembro de 2008, o Programa Campos de

Luz, que consist iu na real ização de obras de i luminação

e adequação de equipamentos em campos de futebol

amador e também em campos de comunidades carentes.

Em 2008, o Programa final izou a i luminação de 114

campos de futebol perfazendo assim, nos cinco anos de

sua implementação, um total de 602 campos i lumina-

dos, beneficiando a prática esport iva em 374 municípios

local izados em todas as regiões do estado. No total, fo-

ram investidos R$24 milhões, sendo R$13 milhões com

recursos da Cemig e o restante do Governo estadual.

Dentre os benefícios proporcionados pelo Programa, po-

dem ser citados: a melhoria da prática esport iva e de

atividades culturais; maior tranqüil idade aos morado-

res; maior uti l ização dos espaços existentes; diminuição

do índice de cr iminal idade e vandalismo e melhoria na

qualidade de vida das comunidades, por meio do espor-

te e da cultura.

Projeto Conviver

O Projeto Conviver tem como objetivo promover o aces-

so e o uso consciente dos serviços prestados pela Cemig

nas comunidades populares, elevando o número de fa-

míl ias que uti l izam os benefícios proporcionados pela

energia elétr ica regular, ef ic iente, segura e com conta

compatível com sua capacidade econômica.

O método de intervenção do Projeto Conviver se dá por

meio da implantação do Agente Comunitário Conviver, da

real ização de campanhas de uso correto da energia e do-

ações de equipamentos efic ientes e da abertura de um ca-

nal permanente de relacionamento com as comunidades.

Com um aporte de R$8,5 milhões para atender à Região

Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH, o Projeto

Conviver real izou em 2007/2008: atendimento a 18

comunidades da RMBH, visitas e cadastramento de 50

mil famíl ias, atendimento a 70 mil famíl ias e doações

de 150 mil lâmpadas compactas, 5 mil recuperadores

de calor e 3,5 mil refr igeradores efic ientes.

Além disso, o Projeto Conviver adotou as ações do

Projeto “Cemig nas Escolas – Procel” para contr ibuir

com as ações educacionais sobre o uso ef ic iente da

energia, que visam à conscient ização quanto à redução

do desperdíc io e dos impactos ambientais, bem como

mudanças de hábitos.

Os resultados alcançados até 2008 com doações de

equipamentos efic ientes foram:

energia economizada = 1.545.000 kWh/mês;

demanda evitada (HP) = 16.960 kW.

Estes resultados equivalem a:

fornecimento de energia para aproximadamente 13,5

mil novas moradias por mês;

transferência de renda de cerca de R$875 mil por mês

para as comunidades atendidas pelo Projeto;

renda adicional média por famíl ia atendida de R$18,00

por mês, o que equivale a aproximadamente 4% do sa-

lár io mínimo.

Para 2009, a previsão de aporte de recursos é de

R$27,5 milhões, sendo R$23 milhões para RMBH e

R$4,5 milhões para o interior do estado. Estima-se o aten-

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dimento a 98 comunidades e o cadastramento de 150 mil

famílias na RMBH e 30 mil famílias no interior (Governa-

dor Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros e Uberlândia);

doações de 570 mil lâmpadas compactas, 6 mil recupera-

dores de calor, 10 mil refrigeradores, além de 7 mil refor-

mas elétricas e instalação de 4 mil padrões de entrada.

O Projeto Conviver, além dos ganhos diretos disponibi -

l izados às comunidades, traz para o nível empresarial

ganhos signif icativos na redução da inadimplência e de

perdas de energia nas comunidades atendidas pelo Pro-

jeto, proporcionando, ainda, à Companhia, a posterga-

ção de investimentos elétr icos.

Convênio Cemig/Cesam

O Programa de Aprendizagem Cemig/Cesam, inicia-

do em 2003, tem por objetivo a implementação de

programa de aprendizagem nas instalações da Cemig

para 200 adolescentes, em conformidade com a Lei

10.097/2000, com a f inal idade de oferecer a ado-

lescentes carentes, assist idos e com vínculo empre-

gatíc io com o Centro Salesiano do Menor – Cesam a

oportunidade de fazer o Curso de Auxi l iar de Serviços

Administrativos. Esse Programa permite ao adolescente

o aprendizado da prática profissional por meio da vi -

vência da real idade do trabalho e da Companhia, para

desenvolvimento de sua competência.

No Cesam, são ministrados, aos sábados, os cursos rela-

t ivos à capacitação teórica dos adolescentes, sendo que

a prática profissional é desenvolvida na Cemig. Esses

adolescentes são supervisionados por tutores que, com

os educadores do Cesam, acompanham o desempenho

do menor nas atividades propostas, supervisionando-os

e aval iando-os nos aspectos comportamentais, de efi -

c iência, educação e progresso quanto à sociabi l idade.

Em 2008, 200 adolescentes part ic iparam do Programa.

Projetos Culturais

Em 2008, a Cemig patrocinou, por meio das leis federais

de incentivo à cultura, 133 projetos, sendo 48 deles com

utilização de recursos próprios, além daqueles previstos

e assegurados na lei, com a utilização do art. 26 da Lei

Rouanet de Incentivo à Cultura. A seleção dos projetos

é realizada em parceria com a Secretaria de Estado da

Cultura, no Programa Cemig Cultural, o que representa

um esforço claro na construção de apoio a uma política

pública de investimentos culturais. Dessa forma, a Com-

panhia alcança demandas do interior do estado, pequenos

grupos iniciantes, iniciativas instigantes de arte contem-

porânea e segmentos culturais de complexo entendimen-

to e escasso patrocínio por parte da iniciativa privada.

Belo Horizonte e o interior do estado receberam 11

festivais internacionais de artes integradas, o que re-

força e amplia a rede de intercâmbio cultural com gru-

pos de outros estados e outros países. Com a terceira

edição do Programa Fi lme em Minas, reafirmamos a

vocação da Companhia no apoio ao audiovisual. No bi -

ênio 2007/2008, 34 projetos foram contemplados nas

mais diversas categorias. Foram premiados, além dos

longas e curtas-metragens, vídeos experimentais, docu-

mentários, projetos de pesquisa em desenvolvimento e

l i teratura da área. Todos esses projetos contaram com

mão-de-obra, logíst ica e locações em Minas Gerais. Tra-

ta-se do único edital de audiovisual do país que premia

todos os segmentos da área e que garante a f inal ização

e distr ibuição dos projetos que contempla.

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Em 2008, a Companhia patrocinou projetos aprovados

no Ministério do Esporte, que seleciona programas para

cr ianças em risco social e atletas para-ol ímpicos.

Foram destinados cerca de R$4 milhões para projetos

real izados em Belo Horizonte e Uberlândia, que aten-

derão, juntos, a milhares de cr ianças e adolescentes.

SAÚDE, SEGURANÇA OCUPACIONAL E BEM-ESTAR -– SSO&BECom o objetivo de disseminar a cultura de saúde, segu-

rança ocupacional e bem-estar entre todos os empregados

da Cemig, incluindo contratados e empresas contratadas,

em junho de 2008, foi lançada a “Campanha Permanente

de SSO&BE – Regras de Ouro”, divulgando regras para

a saúde, segurança ocupacional e bem-estar, as quais

deverão ser comparti lhadas por todos. O envolvimento

e a conscientização dos empregados contr ibui de forma

efetiva na diminuição dos acidentes de trabalho, levan-

do a Companhia a f igurar numa posição de destaque en-

tre as demais concessionárias do setor elétr ico nacional.

Buscando maior autonomia e competência técnica para

profissionais do SESMT – Serviço Especial izado em En-

genharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, foi

real izado um treinamento para todos os integrantes do

SESMT em ergonomia, ministrado pela área de saúde da

Companhia. A part ir deste treinamento, os técnicos de

Segurança do Trabalho da Cemig, numa ação inovadora,

poderão real izar as análises biomecânicas das diversas

atividades e postos de trabalho, propiciando prevenção

de doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho e

maior segurança no trabalho.

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33 MRT: Ministério do Trabalho e Emprego; SRTE: Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais; e Funcoge: Fundação que sucedeu o Comitê de Gestão Em-presarial (Coge), cujo objetivo é promover o aprimoramento da gestão empresarial e da cultura técnica do setor elétrico, realizando atividades de pesquisa, ensino, consultoria e desenvolvimento institucional.

Segurança

Visando à adequação às necessidades da Companhia e à

real idade do setor elétr ico nacional, alguns padrões corpo-

rativos de Saúde, Segurança Ocupacional e Bem-estar fo-

ram revisados e atualizados, conforme destacamos abaixo:

os conceitos do SMART (Programa Oficial da Companhia

para o Cadastro de Acidentes) foram aprimorados de for-

ma a permitir uma análise mais confiável e melhoria na

apuração dos dados estatíst icos de acidentes. A confia-

bi l idade desses dados é fundamental para retratar a re-

al idade da Companhia perante os órgãos externos (MTE,

SRTE, Funcoge33), comunidade e o mercado acionário;

a metodologia uti l izada pela Companhia na identif ica-

ção de perigos e aval iação de r iscos foi atual izada para

sua adequação à norma internacional de Sistema de

Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional – OHSAS

18001:2007 incluindo, entre outros, os aspectos re-

lat ivos ao comportamento humano com conseqüente

treinamento de todos os empregados que a uti l izam;

reformulação do Portal SESMT, faci l i tando o acesso de

todos os empregados às informações corporativas rela-

t ivas à SSO&BE e disseminando a cultura de segurança

da Cemig, conforme previsto em seu mapa estratégico.

Outras iniciat ivas:

os cr i tér ios técnicos e legais de SSO&BE estão sendo

escr i tos e rev isados, por meio de Inst ruções de Tra -

balho Corporat ivas espec í f i cas de Saúde, Segurança

Ocupac ional e Bem-estar, d isponíveis no Por ta l do

SESMT. O objet ivo desta in ic iat iva é uni formizar pro -

cedimentos e def in i r responsabi l idades, para garant i r

o cumpr imento da legis lação e da prát ica de prevenção

de ac identes na Companhia;

intensif icação do Momento de Segurança, inst ituído

pela Diretoria da Companhia em 2007, em que todos

os empregados são convidados a fazer uma reflexão so-

bre Saúde, Segurança Ocupacional e Bem-estar, mensal-

mente, no mínimo por uma hora, junto com os gestores.

Em 2008, foram enviadas mais de 1.000 sugestões re-

lat ivas aos temas: Energia Vital, Quase-Acidentes, Qua-

l idade da Informação sobre SSO&BE, Regras de Ouro,

Estratégias de SSO&BE, Ergonomia, Trânsito, entre ou-

tros. As informações relativas à gestão do Momento de

Segurança passaram a ser disponibi l izadas no Portal do

SESMT, faci l i tando o acesso das áreas à situação de

suas demandas;

part ic ipação da Cemig no Prêmio Funcoge 2008, sendo

reconhecida pela Fundação COGE como a empresa que

desenvolveu o melhor trabalho do setor elétr ico brasi lei -

ro na categoria Gestão da Segurança e Saúde no traba-

lho, com o projeto “Redesenhando o SESMT: Integração

e Regionalização”;

lançamento das orientações on-l ine sobre Direção De-

fensiva, com part ic ipação de mais de 7 mil empregados,

tendo como objetivo estimular atitudes de prevenção do

r isco de acidentes de trânsito;

treinamento específ ico para empregados com atividades

relacionadas à eletr ic idade, conforme estabelecido pela

NR-10, incluindo cursos técnicos e de reciclagem, alcan-

çando mais de 169 mil homens-hora treinados;

organização do 6º Rodeio de Eletr ic istas da Cemig, com

a part ic ipação de eletr ic istas e famil iares de emprega-

dos, que objetiva valorizar as habil idades dos eletr ic is -

tas na execução de atividades que requeiram alto grau

de complexidade e r isco, além de ser uma oportunidade

de interação, troca de experiências e divulgação das

melhores práticas e inovações tecnológicas.

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Acidentes

A Taxa de Freqüência, relativa aos acidentados com

afastamento (TFA) de pessoal próprio, contratado e da

força de trabalho, manteve a tendência de decréscimo

em seus valores verif icada nos últ imos anos.

Essa tendênc ia ressa l ta ma is uma vez a impor tânc ia

das ações co rpora t i vas imp lementadas pe lo SESMT

e d emon s t r am a p a r t i c i p a ç ão e o e n vo l v imen t o

dos empregados com a campanha permanente de

SSO&BE “Regras de Ouro”. Reaf i rma também que a

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cu l tu ra dos empregados começa a se r a l te rada g ra -

da t i vamente em busca da me lhor ia de cond i ções de

t raba lho e me lhores p rá t i cas de segurança, re f le t in -

do d i re tamente na queda do número de ac identes

na Companh ia e , conseqüentemente , na d iminu i ção

desse ind i cador.

TAXA DE FREQÜÊNCIA – CEMIG

Critério US – 200.000

2005 2006 2007 2008

Pessoal Próprio 0,53 0,37 0,48 0,43

Contratados 1,91 2,17 1,35 0,94

Força de Trabalho 1,18 1,30 0,92 0,72

Obs.: número de acidentados com lesão, com afastamento, por 200 mil horas trabalhadas.34

Na busca pela Segurança de toda a população envolvida

em sua área de concessão, foi real izada mais uma vez

a Campanha Externa de Prevenção de Acidentes com a

População – Cepap, em todo o estado, atingindo um

público de mais de 547 mil pessoas, entre estudantes e

profissionais da construção civi l . Esta campanha procura

desenvolver, conscientizar e intensif icar a cultura de se-

gurança junto aos profissionais da Cemig e à população.

A Cepap foi premiada em 2008 pela Associação Brasi lei -

ra de Concessionárias de Energia Elétr ica – ABCE, como

a melhor campanha de segurança para a população do

setor elétr ico nacional.

A Cemig part ic ipou também da 3ª Semana Nacional de

Segurança com a População, promovida pela Associação

Brasi leira de Distr ibuidores de Energia Elétr ica – Abradee,

com a f inal idade de prestar orientações sobre os r iscos

associados à energia elétr ica e os meios de prevenção

de acidentes. O evento atingiu um público de mais de

64 mil cr ianças, em 235 escolas, e cerca de 8 mil tra-

balhadores em 445 obras de construção civi l .

A lém d i s to , a pa r t i r de 2008, ent ra ram em v igo r as

cont ra tações reg idas po r novas c láusu las cont ra tua i s ,

ma is ex igentes nos requ i s i tos de Segurança, Saúde

e Bem-es ta r, como a obr iga to r iedade da inc lusão

de ass i s ten tes soc ia i s e ps i có logos nos SESMTs das

empresas cont ra tadas , a exemplo da compos i ção do

SESMT da Cemig.

SaúdeEm 2008, os programas de saúde foram revital izados

por meio do exame periódico, incluindo prevenção e

combate de disl ipidemias, diabetes, doenças coronaria-

nas, prevenção de câncer de próstata, detecção precoce

de câncer de mama e prevenção de câncer de intestino.

Outro destaque foi a real ização da Campanha de Vaci -

nação/2008, onde mais de 7.000 empregados foram

imunizados contra a gripe.

Dando cont inu idade ao p ropós i to de o r ien ta r e cons -

c ien t iza r os empregados sobre os fa to res de r i s co e

os me ios de p revenção de doenças , os p rogramas

de qua l idade de v ida – Energ ia V i ta l fo ram in ten -

s i f i cados e a t ing i ram, com seus subprogramas, os

segu in tes índ i ces em 2008:

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34 A Cemig considera em seus dados os cadastros de pequenas lesões. Os dias perdidos são calculados levando-se em consideração os dias civis, contados a part ir do seguinte ao do acidente. Não houve caso de Doença Ocupacional (DO) identif icado em 2008.

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PROLONGAR – Programa de Estímuloà Atividade Física

Ano Empregados Inscritos Empregados praticando exercícios % Empregados praticando exercícios

2006 887 472 53,2

2007 1.183 689 58,2

2008 1.470 893 60,8

Incentiva a prática de atividades f ís icas aeróbicas para os

empregados que se enquadrem nos cr itér ios de inclusão do

Programa, por meio do reembolso de parte das mensalida-

des de cursos como natação, ginástica, hidroginástica, etc.

REPENSAR – Programa de Prevenção da Obesidade

Alerta os empregados sobre os r iscos da obesidade em

relação à saúde e também sobre os problemas de segu-

rança no trabalho. Os empregados inscr itos são encami-

nhados para nutr ic ionista, endocrinologista e psicólogo,

com despesas pagas pela Companhia.

Em 2008, houve melhor ia nos cr i tér ios de inc lusão no

Programa, de modo a at ingi r também os empregados

em at iv idade de r isco que estavam com sobrepeso,

mas a inda não obesos. Dessa forma, foram 1470 em-

pregados inscr i tos e, destes, 446 estavam com sobre -

peso, ou se ja, com Índice de Massa Corpora l ( IMC)

entre 25,0 e 29,9.

Ano Empregados Inscritos Empregados com IMC < 30,0 % Empregados com IMC Controlado

2006 906 138 15,2

2007 1.167 368 31,5

2008 1.024* 219 21,4

(*) Apenas empregados obesos, ou seja, com IMC ≥ 30,0.

Controla mensalmente a pressão arterial, orienta os empre-

gados com pressão arterial não-controlada e estimula a prá-

tica de atividades físicas. O Programa inclui a contribuição

financeira por parte da Companhia, por meio de reembolso

de despesas realizadas com ginástica, natação, ciclismo e

atletismo para os empregados inscritos nestas atividades.

PROCOHAR – Programa de Controle da Hipertensão Arterial

Ano Empregados Inscritos Empregados com Pressão Arterial Controlada % Empregados com Pressão Arterial Controlada

2006 1.536 1.037 67,5

2007 1.577 1.095 69,4

2008 1.639 1.293 78,9

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RESPIRAR – Programa de Abandono do Tabagismo

Promove orientações médicas aos fumantes, campanhas

contra o tabagismo e restr inge o hábito de fumar aos

fumódromos instalados nos prédios da Companhia.

Estes índices norteiam as estratégias de atuação do

SESMT sobre o esti lo e hábitos de vida dos emprega-

dos e seus famil iares, por meio de ações de educação,

vigi lância, apoio e segurança, objetivando a redução de

doenças, controle dos fatores de r iscos e alterações do

perf i l de saúde dos empregados.

Bem-estarOs programas corporativos e as ações voltadas para o

bem-estar dos empregados da Cemig incluem:

Programa de Readaptação Profissional – Visa ao redi -

recionamento dos empregados que t iveram a sua capa-

cidade laborativa reduzida em decorrência de acidente

ou doença, implicando mudança de função. Dos 59

casos de readaptação em 2008, foram concluídos 22

casos, cuja aval iação foi resultado do trabalho integra-

do das áreas médicas, psicológica, cargos e remunera-

ção, social, de segurança e da gerência do empregado;

Programa de Inclusão de Portadores de Deficiência –

Além de prever o que dispõe a lei, a Companhia vem

desenvolvendo um programa de inclusão e acessibi l ida-

de dos defic ientes;

Curso de Or ientação Médico-Soc ia l sobre a questão

materno- infant i l para “casais gráv idos” – Tem o ob-

jet ivo de lhes propic iar maior segurança na v ivênc ia

da grav idez, do par to e dos cu idados com a cr iança.

Em 2008, foram real izados dois cursos tota l izando

44 par t ic ipações. Foi real izado o “2º Reencontro

Pós -curso Materno”, proporc ionando o reencontro dos

par t ic ipantes, contando inc lus ive com a presença dos

bebês, para t roca de exper iênc ias e ref lexão sobre o

papel dos pais na formação dos f i lhos;

real ização do Seminário de Preparação para Aposenta-

doria – PPA – Tem como objetivo contr ibuir para que

os part ic ipantes construam seu projeto de vida e dis-

cutam sobre a forma de uti l izar o tempo disponível a

part ir da sua aposentadoria. Em 2008, foram real izados

oito eventos atingindo 278 empregados/famil iares;

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real ização de palestras/atendimentos relativos ao

Programa de Planejamento do Orçamento Pessoal e Fa-

mil iar – Objetiva conscientizar os empregados sobre a

importância do equil íbr io f inanceiro para a sua tranqüi-

l idade e, conseqüentemente, para a prevenção de aci -

dentes motivados por fatores externos à rotina de traba-

lho. Liberação de 70 empréstimos – saúde, especial e

habitacional, em 2008, como forma de contr ibuir para

o equil íbr io f inanceiro e tranqüil idade dos empregados;

real ização de 119 inter venções soc ia is aos ac iden-

tados no t rabalho e 39 inter venções soc ia is com a

população, com vistas à or ientação e cober tura de

despesas com tratamento de saúde pela Companhia.

E, a inda, 23 inter venções soc ia is aos aposentados por

inval idez decor rente de ac idente do t rabalho ou doen-

ça ocupac ional , objet ivando a cober tura do t ratamento

de saúde dos mesmos;

Inventário Social, iniciado em 2007, como projeto-pi lo-

to no Sul de Minas. Em 2008, foi expandido para as re-

giões Norte e Centro, em Januária e Belo Horizonte, res-

pectivamente. Esse Programa consiste no atendimento

individual e programado aos eletr ic istas, pelo assistente

social, visando reduzir as taxas de freqüência de aci -

dentes, absenteísmo e custos do acidente de trabalho.

RELACIONAMENTO COM FORNECEDORES E CONTRATADOSA Cemig consol idou a cert if icação integrada para todos

os seus processos de aval iação, gestão e desenvolvi -

mento dos fornecedores, recebendo a cert if icação em

outubro de 2007, nas normas ISO 9001:2000, Sistema

de Gestão Ambiental – SGA nível 1 e OHSAS 18001.

Além disso, tem real izado trabalho de motivação com

os fornecedores para a melhoria de suas práticas de

gestão por meio do Programa Fórum de Competit ividade

– FGCOM, parceria entre a Cemig, o BDMG e o Prêmio

Mineiro de Qualidade e Produtividade.

Em 2007, iniciou-se a implantação de um programa de

desenvolvimento de fornecedores envolvendo entidades

de classe como o Instituto Euvaldo Lodi e a Federação

das Indústr ias de Minas Gerais – Fiemg, visando apri -

morar o parque da indústr ia mineira e nacional, por

meio da melhoria e desenvolvimento de um conjunto

de novos produtos apl icáveis ao sistema elétr ico, com

desenvolvimento de novas tecnologias, investimentos

em capacidade produtiva, melhoria de gestão e de

competit ividade e eventuais parcerias. Com esse Pro-

grama, está em curso a cr iação do sistema de gestão

“Qualidade Assegurada” com aqueles fornecedores de

melhor aval iação no ano, garantindo o cumprimento do

planejamento do suprimento de material.

Nas aquisições de bens e serviços, é verif icada a confor-

midade aos requisitos relacionados a qualidade, meio

ambiente, saúde e segurança no trabalho.

No processo de habil i tação de fornecedores, são real i -

zadas aval iações técnicas industr iais em relação às suas

instalações. No caso de prestadores de serviço, a aval ia-

ção consiste na conferência de todas as informações refe-

rentes à regularização de registros de empregados, EPIs,

EPCs, disponibi l idade de equipamentos e outros recursos

necessários à boa prestação do serviço pelas contratadas.

Como melhoria deste processo, os cr itér ios de aval iação

foram revisados em 2008, incorporando requisitos espe-

cíf icos relacionados a responsabil idade social, seguindo

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diretr izes internacionais da norma SA 8000, incluindo

trabalho infanti l , trabalho forçado, valorização da diver-

s idade social, programas de benefícios a empregados,

serviços de atendimento a cl ientes e desenvolvimento

de ações e projetos sociais voluntários.

Os processos l i c i tatór ios, os respect ivos contratos e

sua gestão asseguram a existênc ia e cumpr imento dos

requis i tos legais que v isam garant i r a segurança, h i -

g iene e saúde no t rabalho, a preser vação do meio

ambiente e a obser vânc ia ao Estatuto da Cr iança e

do Adolescente. Procedimentos corporat ivos garantem

a eqüidade no t ratamento de fornecedores, estabele -

cendo requis i tos para a habi l i tação jur íd ica, compro-

vação de regular idade f isca l , qual i f i cação técnica e

econômico- f inancei ra. Os fornecedores são aval iados

per iodicamente, com base em parâmetros objet ivos e

prev iamente def in idos. Para tanto, é ut i l izado o indi -

cador de desempenho espec í f i co – Índice de Desem-

penho do Fornecedor – IDF –, em que os requis i tos

qual idade, fornec imento, preço, cadast ro e ser v iço/

garant ia são permanentemente aval iados, ger idos e

contro lados pelo software de gestão corporat ivo SAP/

R3, sendo também abordados conformidade com o es -

copo contratado, sat is fação do c l iente, cumpr imento

de metas, cumpr imento de prazos e atendimento aos

requis i tos de qual idade, segurança, meio ambiente,

responsabi l idade soc ia l , entre outros.

Os cr itér ios de aval iação e seus resultados são informa-

dos pelos órgãos gestores dos contratos aos respectivos

fornecedores, garantindo transparência na relação e

permitindo que estes tenham condições de corr igir e

melhorar seus produtos e suas instalações. Nos editais

de aquisição de serviços e materiais constam exigências

com relação ao trabalho de menor, pelas quais o forne-

cedor deve anexar documento garantindo a não contra-

tação de mão-de-obra infanti l , exigência feita também

quando da real ização de cadastro.

Foram ainda introduzidas nos contratos, e são acompa-

nhadas pela Companhia, cláusulas relativas a:

proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre a

menores de 18 anos e de qualquer trabalho a menores

de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a part ir de

14 anos, conforme estabelecido na Constituição Federal

do Brasi l ;

obrigatoriedade de apresentação da cópia dos documen-

tos de registro empregatício e da comprovação mensal

de recolhimento do INSS/FGTS para os contratos de

prestação de serviços;

obrigatoriedade de apresentação das l icenças ambien-

tais necessárias à execução dos serviços quando reque-

r idas pela legislação;

preferênc ia por contratação de mão-de-obra local fo -

mentando o desenvolv imento nos locais de implanta -

ção das obras;

exigência de cumprimento das instruções normativas,

normas regulamentadoras, portarias e notas técnicas

emitidas pelo Ministério do Trabalho, relativas à segu-

rança e saúde no trabalho;

exigência de que as empresas possuam em seu quadro

de funcionários engenheiros e técnicos de segurança do

trabalho para implantação e acompanhamento do Plano

de Segurança do Trabalho;

exigência de disponibi l idade e uti l ização do EPI (Equi-

pamento de Proteção Individual) e EPC (Equipamento

de Proteção Coletiva);

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exigência de r igoroso controle da jornada de trabalho,

intervalos interjornada e intrajornada, conforme Conso-

l idação das Leis do Trabalho – CLT;

exigência de que seja provido aos empregados que tra-

balhem em caráter permanente nas obras, programa de

saúde e adequada estrutura de atendimento escolar e

médico-hospitalar, extensivo às respectivas famíl ias;

exigência de comprovação mensal do pagamento dos

tr ibutos, seguros, salários dos empregados, encargos

sociais, trabalhistas e previdenciários;

exigência de adoção das medidas necessárias à prote-

ção ambiental e às precauções para evitar a ocorrência

de danos ao meio ambiente e a terceiros;

ex igênc ia de ap resentação de um P lano de P revenção

de R i scos Ambienta i s e de Cont ro le de Med ic ina e

Saúde Ocupac iona l ;

exigência de recuperação ambiental de áreas degrada-

das, decorrentes da execução das obras;

exigência de garantias de que as instalações fornecidas

estejam aptas a operar de acordo com todas as con-

dições e parâmetros ambientais legalmente vigentes,

dispondo de sistemas de gerenciamento dos aspectos

ambientais, incluindo o controle de ruídos, de emissões

atmosféricas, de efluentes l íquidos e de resíduos sól idos.

Nos últ imos cinco anos, com o objetivo de aprimorar a

gestão da qualidade, ambiental, da segurança no traba-

lho e da responsabil idade social dos vários contratos e

o desenvolvimento de novos fornecedores de materiais,

para melhor atender à cadeia de suprimentos da Cemig,

foram real izadas mais 29.086 inspeções de material

e 524 visitas de aval iação técnica industr ial, no Brasi l

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e no exterior, e 263 visitas técnicas a empreiteiras. No mesmo

período, foram celebrados diversos convênios com a indústria

para a utilização dos laboratórios da Cemig, com a finalidade

de desenvolvimento comum de novos produtos, aferição de

instrumentos, orientação tecnológica na implementação de

laboratórios, metodologia de ensaios e certificações.

Visando ao aprimoramento e introdução de novas tecno-

logias e a atração e o desenvolvimento de novos fornece-

dores, foi implantado o sistema de pré-homologação de

materiais, que reduz exigências técnicas prévias e faci l i -

ta acesso de novos fornecedores às l ic itações da Cemig.

Além disso, foram desenhadas novas rotinas de ge-

renciamento da qualidade, para aval iar o desempenho

e o desenvolvimento dos fornecedores da Cemig, em

consonância com o planejamento estratégico da Com-

panhia. Foi alcançado em 2008 o índice médio de 9%

de melhoria de desempenho dos mesmos. Com base nos

resultados dos indicadores de desempenho implantados,

será inst ituído em 2009 o Programa de Reconhecimento

de Desempenho de Fornecedores da Cemig, com o intui -

to de premiar os fornecedores em destaque, estimular

melhoria de desempenho e fortalecer parcerias.

Consol idando este processo, está implementado desde

2007 o sistema de suporte ao Portal de Compras da

Cemig, na internet, com a f inal idade de garantir maior

agi l idade nos processos de aquisição de materiais, na

contratação de serviços e na modernização do contato

com os fornecedores. Por meio de pregão e cotação

eletrônica, é possível reduzir custos, além de real izar

os negócios de forma transparente e segura.

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P A R T I C I P A Ç Õ E S

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GasmigA Gasmig foi constituída em julho de 1986 para desen-

volver a distr ibuição de gás natural canalizado em Mi-

nas Gerais. Em agosto de 2004, a Cemig e a Petrobras

f i rmaram Acordo de Associação, segundo o qual a Cemig

aceitou vender part ic ipação societária de 40% na Gas-

mig à Gaspetro, uma das subsidiárias da Petrobras. Nos

termos do Acordo de Associação, a Petrobras comprome-

teu-se a efetuar investimentos para expandir a capacida-

de dos atuais dutos de transporte de gás conectados que

abastecem a rede de distr ibuição da Gasmig, bem como

investir na construção de novos dutos. Além disso, Cemig

e Petrobras se comprometeram a custear o Plano Diretor

da Gasmig para expandir a sua rede de distr ibuição.

Dentro dos projetos de ampliação da capacidade de dis-

tr ibuição de gás natural pela Gasmig, está em andamen-

to o Projeto Sul de Minas, com investimento aproximado

de R$132 milhões e entrada em operação prevista para

julho de 2009. Essas redes perfazem 110 km e serão

supridas pelo gasoduto de transporte Paulínia – Jacutin-

ga que está sendo construído pela Petrobras.

Um outro importante investimento é o Projeto Vale do

Aço, que investirá cerca de R$661 milhões em obras

que devem começar em março de 2009 e início de for-

necimento previsto para março de 2010. Essas redes

terão extensão de 278 km e o fornecimento será viabi -

l izado pela ampliação da capacidade de transporte do

gasoduto Gasbel – Rio / Belo Horizonte também em

execução pela Petrobras.

No ano de 2008, o volume de gás vendido pela Gasmig

foi de 881.148 mil m³, sendo 59,1% para uso indus-

tr ial, 8,3% para uso automotivo e 32,6% para geração

térmica. Com sua rede de 407 km de extensão, atendeu

269 cl ientes de 22 municípios da Região Metropolitana

de Belo Horizonte, Zona da Mata, Vale do Aço e Sul de

Minas. A Gasmig segue uma fi losofia de respeito e diá-

logo com as partes interessadas e comunidades direta

e indiretamente atingidas por obras de implantação e

ampliação de sua rede. Dessa forma, real izou, ao longo

de 2008, atividades nas comunidades de Brumadinho e

Nova Lima – por ocasião da implantação do ramal da

companhia Vale – e, ainda, nas comunidades atingidas

pelas obras de expansão da rede de gás natural no Sul

de Minas, nas cidades de Caldas, Poços de Caldas, An-

dradas e Jacutinga.

A Gasmig destina parte de seu Imposto de Renda a pro-

jetos culturais inseridos na Lei Federal de Incentivo à

Cultura (Lei Rouanet) e a inst ituições sociais registradas

nos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do

Adolescente, em acordo com as legislações pert inentes.

Em 2008, a empresa destinou cerca de R$513 mil para

seis projetos culturais e outros R$128 mil para sete pro-

jetos assistenciais voltados a cr ianças e adolescentes.

Ao longo do ano de 2008, foram concedidas à empre-

sa uma Licença de Instalação – LI, uma retif icação de

Licença de Instalação – LI, três Autorizações para a Ex-

ploração Florestal – APEF, três Autorizações Ambientais

de Funcionamento – AAF e três dispensas ambientais

pelos órgãos competentes do estado de Minas Gerais.

Ainda em 2008, a Gasmig iniciou obras de recupera-

ção de 8,65 hectares de Áreas Degradadas no Parque

Estadual Serra do Rola Moça, área que abriga seis im-

portantes mananciais que abastecem parte da Região

Metropolitana de Belo Horizonte.

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Light

A Light S.A. é a holding que controla integralmente,

entre outras empresas, a concessionária de distr ibuição

Light Serviços de Eletr ic idade S.A., com 3,9 milhões de

consumidores em 31 municípios do estado do Rio de Ja-

neiro, a geradora Light Energia S.A., que detém 855 MW

de capacidade instalada em usinas hidrelétr icas e a

Light Esco, comercial izadora de energia e prestadora de

serviços em eficiência energética.

O controle da Light é exercido pela Rio Minas Energia

S.A. (RME), que detém 52,1% de seu capital social e é

controlada, por sua vez, por quatro acionistas: Cemig,

AG Concessões, Luce Brasi l FIP e Equatorial Energia,

cada um com 25% de part ic ipação acionária. A gestão

da Light pela RME, iniciada em agosto de 2006, for-

malizou seu compromisso com a sustentabi l idade, por

meio da implementação de ações voltadas aos interes-

ses dos stakeholders.

Em 2007, esse compromisso passou a integrar a sua

Missão: “Ser uma grande Empresa brasi leira comprome-

t ida com a sustentabi l idade, respeitada e admirada pela

excelência do serviço prestado a seus cl ientes e à co-

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munidade, pela cr iação de valor para seus acionistas e

por se constituir em um ótimo lugar para se trabalhar.”

Assim, contando com colaboradores al inhados aos valores

da Companhia e à sua Missão, a Light tem suas ações pla-

nejadas de forma estruturada e vinculadas a compromissos

de gestão pactuados entre o Conselho de Administração

e os diretores, e destes com todo o quadro de gestores.

Nos do i s p r ime i ros anos da nova ges tão, a L igh t con -

segu iu inve r te r seu resu l tado, passando de p re ju ízo

a luc ro l í qu ido , po r me io de d ive rsas ações de suces -

so , como a redução do n íve l de inad imp lênc ia e a

renegoc iação de déb i tos passados , um novo método

de cont ro le de despesas e a ampla rees t r u tu ração

da es t r u tu ra de cap i ta l . Em 2008, como cont inuação

do seu p rocesso de desenvo lv imento , a L igh t in i c iou

seu P lano de Va lo r ização, que possu i quat ro f ren tes

de a tuação: Resu l tados , P roduto , Mercado e Sus ten -

tab i l i dade:

Resultados – Proteger a empresa de r iscos e dotá- la

de intel igência estratégica; mit igar r iscos regulatórios;

manter o crescimento signif icativo do Ebitda;

Produto – Melhorar e modernizar o sistema elétr ico;

expandir a capacidade de geração; buscar melhorias

sistemáticas de aumento de efic iência por meio de ini -

c iat ivas de redução de custos, melhorias operacionais e

revisão de processos;

Mercado – Reduzir perdas por meio da implantação de

novas tecnologias e melhoria de processos; contr ibuir

para o desenvolvimento da área de concessão; viabi l i -

zar o uso do patr imônio imobil iár io da Light como fonte

de resultados; capacitar o Grupo Light a ser player nodal

do setor elétr ico brasi leiro;

Sustentabi l idade – Implantar uma sól ida cultura empre-

sarial voltada para resultados e mérito, com foco no em-

pregado e em melhorias no ambiente de trabalho; con-

sol idar imagem institucional de l iderança inovadora do

setor e de compromisso com a sociedade; promover as

melhores práticas de governança e gestão corporativa.

Para tornar sua Missão uma real idade, a Light baseia-se

nas melhores práticas de Governança Corporativa, que

agregam valor à Companhia e aos seus stakeholders e

estabelecem padrões de transparência e comunicação

com o mercado que contr ibuem para sua perenidade.

O reconhec imento da busca por melhores prát icas de

governança e do compromisso com a sustentabi l idade

fo i conf i rmado pela da inc lusão da L ight S.A. na car -

te i ra do Índice de Sustentabi l idade Empresar ia l ( ISE)

da Bovespa em novembro de 2007, e por sua perma-

nênc ia na car te i ra v igente entre dezembro de 2008 e

novembro de 2009. Destaca-se também o recebimento

do Top Soc ia l 2008 e do 7º Market ing Best de Respon-

sabi l idade Soc ia l 2008.

Na busca pela consol idação do comprometimento com a

sustentabi l idade, a atuação da Light faz convergir seus

objetivos econômicos, sociais e ambientais. Nesse senti -

do, possui pol ít icas e procedimentos internos al inhados

com os Princípios do Pacto Global, com as Convenções

Fundamentais da Organização Internacional do Trabalho

(OIT) e com os Princípios de Proteção e de Defesa dos

Direitos Humanos das Nações Unidas.

A satisfação de seus cl ientes é obtida por meio de um

serviço de qualidade, a preços adequados, com os cl ien-

tes sendo respeitados, ouvidos e tratados com igualdade.

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Para isso, a Light investe continuamente na moderniza-

ção dos serviços oferecidos, mantém a equipe comercial

em constante processo de aprendizagem e os canais de

atendimento al inhados às mudanças do mercado e ne-

cessidades dos cl ientes. Dentre as ações voltadas para a

satisfação e o conforto dos cl ientes, ressalta-se a refor-

ma das agências comerciais, oferecendo maior conforto

aos cl ientes e funcionários, apresentando padrões de

ergonomia adequados e adaptação para o atendimento

aos portadores de necessidades especiais, inclusive com

o treinamento de atendentes comerciais na Linguagem

Brasi leira de Sinais, com o objetivo de prestar atendimen-

to diferenciado aos portadores de defic iência audit iva.

Na busca pela satisfação e motivação de seus colabo-

radores, a Light adotou como um dos valores da sua

gente a alegria no trabalho e ampliou a concessão de

tratamento adequado em termos de treinamento, segu-

rança no trabalho e remuneração, esta últ ima vinculada

ao bom desempenho alcançado. Em 2008, reforçando

o seu comprometimento com a sustentabi l idade e ratif i -

cando sua vocação histórica com as questões sociais, a

Light implementou sua Pol ít ica de Diversidade da Força

de Trabalho, com o objetivo de promover a inclusão

de pessoas portadoras de defic iência, capacitando-as

e oferecendo-lhes um ambiente inclusivo em todos os

aspectos, de forma a maximizar sua contr ibuição e pro-

porcionar condições adequadas ao seu desenvolvimento

profissional, além de promover a eqüidade de gênero.

Ainda em 2008, foi formalizada a pol ít ica de gestão

de empresas contratadas para a prestação de serviços

terceir izados, tendo como objetivo, mediante acompa-

nhamento contínuo, estruturado e central izado, con-

tr ibuir para o desenvolvimento das melhores práticas

de gestão e o respeito integral aos acordos coletivos

e legislações trabalhistas, previdenciárias, tr ibutárias e

ambientais a que essas empresas estejam vinculadas.

A promoção das melhores práticas da cadeia de valor

quanto ao atendimento dos tópicos referentes a direitos

humanos, ética e meio ambiente, ocorre por meio de cr i -

tér ios de seleção, de cláusulas contratuais e de aval ia-

ção da qualidade do serviço ou material. Com o objetivo

de estreitar ainda mais a relação com seus fornecedo-

res, a Light real izou, em 2008, o evento “Construindo

Resultados – Encontro de Fornecedores Light”, onde foi

real izada a primeira premiação de Qualidade no Forne-

cimento da Companhia e foram comparti lhados os obje-

t ivos estratégicos e os processos de negócio da Light.

No que tange à comunidade, a Empresa atua por meio

do Instituto Light, do Centro Cultural Light e o desenvol-

vimento de projetos de Efic iência Energética.

O Instituto Light tem como missão principal contr ibuir

para o aprimoramento das condições econômicas e so-

ciais da área de concessão da Light. Isso se concretiza

por meio de programas que vinculam responsabil idade

social com o interesse funcional e o domínio geográfico

da Companhia, apoiando a promoção do bem público e,

ao mesmo tempo, a sua sustentabi l idade econômica.

São desenvolvidos programas de acordo com os seguin-

tes eixos estratégicos: Eixo Urbano (polít icas urbanas,

planejamento urbano, combate à informalidade); Eixo

Social (incentivo à ciência, história e l i teratura); Eixo

Ambiental (conservação do meio ambiente e uso racio-

nal da energia); Eixo Cultural (valorização do patr imô-

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nio histórico, cursos e publicações); Eixo Institucional

(aprimoramento do relacionamento institucional e acom-

panhamento do desempenho de instituições públicas).

Já o Centro Cul tura l L ight (CCL), const ru ído no prédio

h is tór ico da sede da Companhia, tombado pelo Gover -

no Federa l em 1985, é o guard ião de um r ico acer vo

h is tór ico sobre a L ight, a c idade e o estado. O CCL tem

no apoio às ar tes, cu l tura, educação e no atendimento

a pesquisadores suas pr inc ipais ver tentes. O pr inc ipal

pro jeto desenvolv ido pelo CCL é o programa educac io -

nal “Centro Cul tura l L ight para Estudantes”, com o

objet ivo de promover o conhec imento sobre a h is tór ia

da e let r ic idade e da Companhia. In ic iado em junho

de 2002, esse pro jeto já benef ic iou mais de 200 mi l

estudantes e professores.

A efic iência energética, vista tradicionalmente como

a conservação de recursos não-renováveis, representa

hoje, na Light, um dos mais claros exemplos de ação

com foco na sustentabi l idade. De fato, os projetos de-

senvolvidos englobam não só ações voltadas para o uso

racional da energia elétr ica, mas também a educação

para promover o uso efic iente de energia, a geração

de emprego e renda e a inclusão social. Por outro lado,

os projetos de efic iência energética também represen-

tam um diferencial no negócio da Light, proporcionando

oportunidades a seus cl ientes de gerir de forma efic iente

a uti l ização dos recursos energéticos, além de atuar na

redução de perdas e inadimplência em decorrência de

um melhor relacionamento com os cl ientes, da adequa-

ção do consumo à capacidade de pagamento das contas

de energia e da regularização técnica e comercial dos

cl ientes de baixo poder aquisit ivo.

Ressalte-se aqui também o papel da Light Esco como

empresa integradora de soluções energéticas e em par-

ceria com o cl iente para encontrar as melhores alterna-

t ivas para aquisição e otimização do uso de energia.

Sua atividade está subdividida em dois segmentos de

atuação: comercial ização de energia no mercado l ivre e

de fontes energéticas alternativas/incentivadas e servi -

ços de infra-estrutura e efic iência energética. Em 2008,

sua receita com serviços teve um aumento estimado de

receita de 110% em relação a 2007.

O compromisso com o meio ambiente está presente des-

de a construção das primeiras usinas hidrelétr icas da

Light. Atualmente, a Pol ít ica Ambiental da Light, forma-

l izada com a implantação do Sistema de Gestão Ambien-

tal (SGA), vem norteando suas práticas ambientais e

garantindo a melhoria contínua do seu desempenho am-

biental. O SGA obteve sua primeira cert if icação concedi-

da pela NBR ISO 14001 em 2002, e hoje abrange 182

unidades, incluindo subestações, l inhas de transmissão,

usinas hidrelétr icas, agências comerciais e postos de

auto atendimento. Nas usinas geradoras da Light Ener-

gia, o sistema está integrado à área de segurança e saú-

de ocupacional, discipl inada pela norma OHSAS 18001 e

com as já tradicionais normas que asseguram a melhoria

contínua da qualidade dos processos, a série ISO 9001.

A preocupação com a sustentabi l idade norteia o esforço

de expansão da Companhia, que pretende ampliar em

cerca de 40% a sua capacidade de geração de energia

elétr ica nos próximos anos, expresso no seu direcio-

namento estratégico que foca em empreendimentos de

fontes renováveis e no extremo cuidado com que trata as

questões socioambientais associadas aos novos projetos.

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TBE

A TBE é um conjunto de 8 concessionárias de transmis-

são de energia elétr ica, atuando nos estados do Pará,

Maranhão, Santa Catarina, Mato Grosso e Rio Grande do

Sul, com instalações que total izam 3.120 km de l inhas

de transmissão e 25 subestações nas tensões primárias

de 230 e 500 kV. Em 31/12/2008, a TBE contava com

116 empregados. As empresas da TBE são as seguintes:

Empresa Início de Operação Participação Cemig

EATE – Empresa Amazonense de Transmissão de Energia S.A. Março/2003 17,16%

ECTE – Empresa Catarinense de Transmissão de Energia S.A. Março/2002 7,49%

ETEP – Empresa Paraense de Transmissão de Energia S.A. Agosto/2002 19,26%

ENTE – Empresa Norte de Transmissão de Energia S.A. Fevereiro/2005 18,35%

ERTE – Empresa Regional de Transmissão de Energia S.A. Setembro/2004 18,35%

STC – Sistema de Transmissão Catarinense S.A. Dezembro/2007 13,51%

Lumitrans – Companhia Transmissora de Energia Elétr ica Abri l/2007 13,51%

EBTE – Empresa Brasi leira de Transmissão de Energia S.A. Previsto para Junho/2010 57,11%

As concessões de transmissão das empresas acima têm

prazo de 30 anos, com possibi l idade de renovação, me-

diante contratos de concessão f irmados com a Aneel.

A Cemig, com part ic ipação societária de 49%, e a Em-

presa Brasi leira de Transmissão de Energia (EBTE), com

51%, constituíram a Empresa Amazonense de Transmis-

são de Energia S.A. (EATE), e venceram o Lote D do lei lão

Aneel 004/2008, que envolve a construção, operação

e manutenção das seguintes instalações de transmissão:

LT MAGGI – JUBA, CD, 230 kV;

LT PARECIS – MAGGI, CD, 230 kV;

LT JUÍNA – MAGGI, CD, 230 kV;

LT NOVA MUTUM – SORRISO, 230 kV;

LT SORRISO – SINOP, 230 kV;

SE PARECIS 230/138/13,8 kV – 300 MVA;

SE JUÍNA 230/138/13,8 kV – 100 MVA.

Essas l inhas terão extensão de 775 km e serão cons-

truídas no Norte do Mato Grosso (Amazônia Legal), com

início de operação previsto para junho de 2010.

Conscientes de seu papel no desenvolvimento susten-

tável, as empresas da TBE direcionam aplicações, via

incentivo f iscal, para diversos projetos de cidadania e

cultura, com especial atenção às comunidades local iza-

das em regiões onde existem ativos instalados ou onde

as empresas estão presentes.

A EATE investiu em 14 projetos em 2008, principalmen-

te nos estados do Pará, Maranhão, Minas Gerais, Mato

Grosso e São Paulo, com destaque para os projetos:

Redescobr indo a Cidadania (CMDCA – Açai lândia/MA)

– Of ic inas ar tesanais e prof iss ional izantes: b iscu i t ,

bordado, cerâmica, c rochê, p intura em tec ido, pani -

f i cação, marcenar ia, marcenar ia de br inquedo, infor -

mát ica, ser igraf ia, dança, teatro, espor te, capoei ra,

cabele i re i ro e reforço escolar ;

P ro je to de Me lhor ia no Refe i tó r io , Sa la de TV, Pada -

r ia , Sa las de Es tudos e Refo rma da C reche (CMDCA-

110

CEMIG 2008

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Jequ i t inhonha/MG) – Desenvo lv ido pe lo Ins t i tu to

Educac iona l Jequ i t inhonha – Educação de c r ianças

e jovens ca rentes .

Já a ECTE investiu em 6 projetos em Santa Catarina,

São Paulo, Pará e Minas Gerais, com destaque para:

Graac em São Paulo – Grupo de Apoio a Adolescentes e

Crianças com Câncer;

Música no Museu – Pro jeto de apresentação de Música

C láss ica em lugares populares, fac i l i tando e incent i -

vando a presença de cr ianças e jovens aos concer tos.

A ETEP apoiou 10 projetos sociais ou ambientais, desta-

cando os seguintes:

Inclusão Digital – Uma luz a mais na comunidade São

João (CMDCA-Abaetetuba/PA) – Inclusão digital dos

alunos e membros da comunidade do bair ro São João,

no município de Abaetetuba;

Curso de Eletr ic istas (CMDCA-Betim/MG) – Desenvolvi -

do pelo Missão Ramacrisna.

111

CEMIG 2008

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A ENTE investiu em 10 projetos nos estados do Pará,

Maranhão e Minas gerais. Destacam-se os seguintes

projetos apoiados pela empresa:

Arte na Comunidade – Arte e lazer por meio do teatro

em comunidades do interior do Pará e Maranhão abor-

dando temas importantes para a região, tais como: di -

versidade humana e cultural, questão indígena, preser-

vação ambiental e cultural, cultura da paz. Atividades

relacionadas ao espetáculo real izadas posteriormente

às apresentações ampliando o impacto e as reflexões;

Expedição Vaga Lume – Promoção do acesso ao l ivro

e à leitura em comunidades rurais da Amazônia Legal

Brasi leira.

Indi – Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais

É uma agência estadual de investimentos patrocinada

majoritar iamente pela Cia. Energética de Minas Gerais

– Cemig e visa à atração de inversões sustentáveis em

termos econômicos, sociais e ambientais.

Em termos de sustentabilidade econômica, as empresas

apoiadas pelo Indi devem contribuir para incrementar o Pro-

duto Interno Bruto (PIB) estadual, ampliar a arrecadação

estadual, complementar elos faltantes e adensar as cadeias

produtivas e agregar valor à matriz produtiva estadual.

Em 2008, como resultado de ações de natureza econômica,

o Indi colaborou para que R$18,9 bilhões fossem investi-

dos no estado de Minas Gerais, valores recordes na história

do Instituto. As principais cadeias produtivas beneficiadas

foram: agroindústria, bioenergia, siderurgia e metalurgia.

Com relação à sustentabi l idade social, o Indi focou a

atração de investimentos intensivos na geração de em-

pregos diretos e indiretos.

112

CEMIG 2008

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Também, com vistas a diminuir as desigualdades re-

gionais que ainda persistem entre as diversas regiões

mineiras, o Governo do estado de Minas Gerais elegeu

o Indi como executor do Projeto Estruturador “Promoção

de Investimentos e Inserção Regional”, voltado especi -

f icamente para a atração e o apoio à expansão de em-

preendimentos produtivos situados nas regiões Norte de

Minas, Jequit inhonha/Mucuri e Rio Doce, que contr ibui -

rá para consol idar Minas Gerais como o principal parque

siderúrgico da América Latina, que também constituirá

um dos maiores cl ientes da Cemig.

Por últ imo e igualmente importante é a sustentabi l idade

ambiental. A legislação ambiental mineira é considerada

uma das mais avançadas do Brasi l . O Indi sempre pautou

suas ações em consonância com esse conjunto de normas

legais e também para preservar os abundantes recursos

naturais de Minas Gerais, buscando conci l iar esse va-

l ioso patr imônio natural com o crescimento econômico.

Em 2008, o Instituto deu continuidade às ações volta-

das à bioenergia e à produção de outras energias reno-

váveis, inclusive por meio do auxí l io à implantação de

Pequenas Centrais Hidrelétr icas (PCHs) e projetos de

geração de energia fotovoltaica.

Madeira Energia S.A.

A Sociedade de Propós i to Espec í f i co (SPE) denomina-

da Madei ra Energ ia S.A. (Mesa) fo i const i tu ída em

2008 com a par t ic ipação ac ionár ia de FURNAS (39%),

Cemig (10%), CNO (1%), Odebrecht Invest imento em

Inf ra -est rutura (17,6%), Andrade Gut ier rez (12,4%) e

Fundo de Invest imentos em Par t ic ipações (20%) para

implementar e operar a Us ina Hidre lét r ica de Santo

Antônio, integrante do futuro complexo hidre lét r ico do

Rio Madei ra.

113

CEMIG 2008

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R E C O N H E C I M E N T O S

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Em 2008 a Cemig destacou-se em diversos âmbitos,

como pode ser percebido pelo grande número de premia-

ções recebidas e classif icações em índices de relevância

para a sociedade e o mercado de capitais. A seguir,

está a relação dos reconhecimentos mais signif icativos.

Índice Dow Jones de Sustentabilidade

A Cemig foi a única empresa do setor elétr ico da Amé-

r ica Latina selecionada, pelo nono ano consecutivo,

para compor a carteira do Dow Jones Sustainabi l i ty

World Index – DJSI World, em sua edição 2008/2009.

Fazer parte do DJSI World reflete o compromisso da

Cemig com o desenvolvimento sustentável empresarial

na condução de suas atividades, incluindo práticas de

governança corporativa, respeito ao meio ambiente e ao

bem-estar da sociedade com a efetiva cr iação de valor

para os acionistas.

A seleção das empresas leva em conta não apenas a

performance f inanceira, mas principalmente a qualidade

e a melhoria contínua da gestão da empresa, que deve

integrar a atuação ambiental e social como forma de

sustentabi l idade no longo prazo. Desde sua cr iação, em

janeiro de 1999, o DJSI World tornou-se uma referência

mundial para investidores e administradores de recursos

estrangeiros, que se baseiam em sua performance para

tomar suas decisões de investimentos.

Global Dow

A Cemig é uma das três empresas brasi leiras que inte-

gram o seleto grupo do Índice Global Dow, lançado em

novembro de 2008 nos Estados Unidos com o objetivo

de servir de referência para os mercados mundiais. O

Índice Global Dow inclui 150 empresas de 25 países,

consideradas l íderes mundiais.

Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE

Em 2008, a Cemig foi selecionada, pela quarta vez

consecutiva, para compor a carteira do Índice de Sus-

tentabi l idade Empresarial – ISE da Bolsa de Valores de

São Paulo – Bovespa. O ISE, cr iado em 2005, aval ia,

além das característ icas das empresas, sua atuação nas

dimensões econômica, ambiental e social, governança

corporativa e a natureza de seus produtos.

Troféu Transparência

A Cemig conquistou, pela quinta vez consecutiva, o

Troféu Transparência (Prêmio Anefac-Fipecafi -Serasa)

na categoria Empresas de Capital Aberto. A premiação

representa o reconhecimento do esforço desenvolvido

pela Cemig de ser transparente em seus negócios, pro-

vendo a sociedade e, especialmente, seus investidores

de informações de qualidade sobre as suas operações.

Prêmio Mineiro de Gestão Ambiental

A Usina Hidrelétr ica de Nova Ponte recebeu o Prêmio

Mineiro de Gestão Ambiental – PMGA, graças ao tra-

balho desenvolvido na área de meio ambiente e nas

comunidades envolvidas em sua operação.

Este é o terceiro ano consecutivo que a Cemig concorre

com a gestão da Usina de Nova Ponte dos processos

envolvendo a questão ambiental. No ano passado, a

Companhia f icou entre as empresas f inal istas e, esse

ano, foi novamente f inal ista e recebeu a placa de des-

taque do PMGA.

115

CEMIG 2008

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Troféu O Equilibrista

O Diretor de Finanças, Relações com Investidores e

Controle de Part ic ipações da Companhia Energética de

Minas Gerais – Cemig, Luiz Fernando Rolla, foi homena-

geado com o troféu O Equil ibr ista, pelo Instituto Brasi -

leiro de Executivos de Finanças de Minas Gerais – IBEF.

Institutional Investor

A Cemig fo i destaque na pesquisa real izada pela Re-

v is ta Inst i tuc ional Investor, ocupando a v ice - l iderança

do ranking das empresas Most Shareholder -Fr iendly

Companies no segmento de energia e teve seu Di retor

de F inanças, Relações com Invest idores e Contro le de

Par t ic ipações cons iderado como o melhor Di retor de

F inanças entre as empresas de e let r ic idade e demais

de ser v iço públ ico.

Iasc

Pelo terceiro ano consecutivo, a Cemig é uma das f ina-

l istas do Prêmio Índice Aneel de Satisfação do Cl iente

– Iasc. O resultado do Prêmio Iasc 2008 foi anunciado

pela Agência Nacional de Energia Elétr ica – Aneel. Este

ano, foram real izadas entrevistas com 19.520 consumi-

dores de 64 distr ibuidoras de energia elétr ica no perío-

do de 21 de agosto a 4 de outubro.

Na opinião dos consumidores entrevistados, a Cemig ficou,

mais uma vez, entre as três melhores concessionárias da

116

CEMIG 2008

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região Sudeste, com mais de 400 mil consumidores, cate-

goria que a Companhia já havia vencido em 2006. O índi-

ce da concessionária, definido após a realização de entre-

vistas com consumidores, foi de 69,68, acima da média

obtida pelas empresas da mesma categoria, que foi de

65,83, e pelas 64 concessionárias de todo o país, 62,62.

Empresa Cidadã

A Cemig conquistou, em fevereiro de 2008, o Prêmio

Belmiro Siqueira de Administração, Versão 2007, na

categoria Empresa Cidadã, por indicação do Conselho

Regional de Administração – CRA/MG. O Prêmio Belmi-

ro Siqueira, concedido pelo Conselho Federal de Admi-

nistração – CFA foi cr iado em 1988 e tem por objetivo

reconhecer e homenagear profissionais e empresas pri -

vadas que contr ibuem para o crescimento da Administra-

ção, seja como ciência ou profissão. Para concorrer como

Empresa Cidadã é necessário, de acordo com o edital do

concurso, que as organizações privadas desenvolvam

ações empresariais bem-sucedidas de Responsabil idade

Social e Cidadania. Possuindo a maioria de suas ações em

mãos de investidores privados e atendendo as prerroga-

t ivas sociais necessárias, a Cemig alcançou a premiação.

Fiat Qualitas Awards

A Cemig recebeu o Prêmio Fiat Qualitas pela qualidade,

disponibi l idade, tecnologia e competit ividade no forne-

cimento de energia elétr ica.

117

CEMIG 2008

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BALANÇO SOCIAL CONSOLIDADO

1) Base de Cálculo2008 2007

Valor (R$ mil) Valor (R$ mil)

Receita Líquida (RL) 10.890.319 10.245.914

Resultado Operacional (RO) 3.290.987 2.938.709

Folha de Pagamento Bruta (FPB) 1.042.601 995.456

2) Indicadores Sociais Internos Valor (R$ mil) % Sobre FPB % Sobre RL Valor (R$ mil) % Sobre FPB % Sobre RL

Al imentação 71.662 6,87 0,66 69.116 6,94 0,67

Encargos sociais compulsórios 255.475 24,50 2,35 250.884 25,20 2,45

Previdência privada 264.219 25,34 2,43 123.007 12,36 1,20

Saúde 33.012 3,17 0,30 30.683 3,08 0,30

Segurança e medicina no trabalho 11.475 1,10 0,11 9.657 0,97 0,09

Educação 1.448 0,14 0,01 1.158 0,12 0,01

Cultura - - - 112 0,01 -

Capacitação e desenvolvimento profissional 17.502 1,68 0,16 15.265 1,53 0,15

Creches ou auxí l io-creche 1.710 0,16 0,02 1.651 0,17 0,02

Partic ipação nos lucros ou resultados 370.350 35,52 3,40 454.885 45,70 4,44

Outros 14.980 1,44 0,14 12.032 1,21 0,12

Total – Indicadores sociais internos 1.041.833 99,93 9,57 968.450 97,29 9,45

3) Indicadores Sociais Externos Valor (R$ mil) % Sobre RO % Sobre RL Valor (R$ mil) % Sobre RO % Sobre RL

Educação 2.369 0,07 0,02 2.427 0,08 0,02

Cultura 30.974 0,94 0,28 27.277 0,93 0,27

Outras doações/subvenções/projeto ASIN 12.118 0,37 0,11 15.295 0,52 0,15

Total das contr ibuições para a sociedade 45.461 1,38 0,42 44.999 1,53 0,44

Tributos (excluídos encargos sociais) 6.709.892 203,89 61,61 6.254.922 212,85 61,05

Total – Indicadores sociais externos 6.755.353 205,27 62,03 6.299.921 214,38 61,49

4) Indicadores Ambientais Valor (R$ mil) % Sobre RO % Sobre RL Valor (R$ mil) % Sobre RO % Sobre RL

Investimentos relacionados com produção/operação da Empresa 70.566 2,14 0,65 44.131 1,50 0,43

Investimentos com programas e/ou projetos externos* - - - - - -

Quanto ao estabelecimento de metas anuais para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/operação e aumentar a eficácia na uti l ização de recursos naturais, a Empresa:

( x ) não possui metas( ) cumpre de 0 a 50%

( ) cumpre de 51 a 75%( ) cumpre de 76 a 100%

( x ) não possui metas( ) cumpre de 0 a 50%

( ) cumpre de 51 a 75%( ) cumpre de 76 a 100%

5) Indicadores do Corpo Funcional 2008 2007

Nº de empregados(as) ao f inal do período 10.422 10.818

Nº de admissões durante o período 6 252

Nº de empregados(as) terceir izados(as) ND ND

Nº de estagiários(as) 408 140

Nº de empregados(as) acima de 45 anos 4.266 4.164

Nº de mulheres que trabalham na Empresa 1.421 1.469

% de cargos de chefia ocupados por mulheres 9,19 6,81

Nº de negros(as) que trabalham na Empresa 3.243 3.363

% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 9,13 9,09

Nº de portadores(as) de defic iência ou necessidades especiais 52 53

6) Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial 2008 Metas 2009

Relação entre maior e a menor remuneração na Empresa 18,65 ND

Número total de acidentes de trabalho 143 ND

Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela Empresa foram definidos por:

( ) Direção ( x ) Direção e Gerências

( ) Todos(as) empregados(as)

( ) Direção ( x ) Direção e Gerências

( ) Todos(as) empregados(as)

Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por:

( ) Direção e Gerências

( x ) Todos(as) empregados(as)

( ) Todos(as) + CIPA

( ) Direção e Gerências

( x )Todos(as) empregados(as)

( ) Todos(as) + CIPA

Quanto à l iberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a Empresa:

( ) Não se envolve ( x ) Segue as normas da OIT

( ) Incentiva e segue a OIT

( ) Não se envolverá

( x ) Seguirá as normas da OIT

( ) Incentivará e seguirá a OIT

A previdência privada contempla: ( ) Ddireção ( ) Direção e Gerências

( x ) Todos(as) empregados(as)

( ) Direção ( ) Direção e Gerências

( x ) Todos(as) empregados(as)

A part ic ipação nos lucros ou resultados contempla: ( ) Direção ( ) Direção e Gerências

( x ) Todos(as) empregados(as)

( ) Direção ( ) Direção e Gerências

( x ) Todos(as) empregados(as)

Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabil idade social e ambiental adotados pela Empresa:

( ) Não são considerados

( ) São sugeridos ( x ) São exigidos ( ) Não serão considerados

( ) Serão sugeridos ( x ) Serão exigidos

Quanto à part ic ipação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a Empresa:

( ) Não se envolve ( ) Apoia ( x ) Organiza e incentiva

( ) Não se envolverá

( ) Apoiará ( x ) Organizará e incentivará

Número total de reclamações e cr ít icas de consumidores(as): na Empresa _ND_ no Procon _ND_ na Justiça _ND_ na Empresa _ND_ no Procon _ND_ na Justiça _ND_

% de reclamações e cr ít icas solucionadas: na Empresa ___ND_% no Procon _ND_% na Justiça _ND_% na Empresa _ND__% no Procon _ND_% na Justiça _ND_%

Valor adicionado total a distr ibuir (em R$ mil) Em 2008: 11.703.916 Em 2007: 11.488.049

Distr ibuição do valor adicionado (DVA) 58,88% governo9,08% acionistas

13,52% colaboradores(as)10,46% terceiros 8,06% retido

57,71% governo8,55% acionistas

12,04% colaboradores(as)14,08% terceiros 7,62% retido

7) Outras Informações

I. Do total dos investimentos em meio ambiente, no ano de 2008, cerca de R$21,5 milhões referem-se aos programas socioambientais implementados durante a construção de novas usinas hidrelétr icas e Linhas de Transmissão. II. Os resíduos gerados são quantif icados e controlados de acordo com procedimentos corporativos de manuseio, transporte, armazenagem e destinação f inal. Esses procedimentos tendem a evoluir para a determinação de metas anuais de redução de resíduos. Merece destaque a reciclagem de lâmpadas f luorescentes e de i luminação pública em toda a área de concessão da Companhia, total izando no ano de 2008, 299 mil lâmpadas. Além disso, foram regenerados e reuti l izados, também em 2008, aproximadamente 130 mil l i t ros de óleo mineral isolante retirados dos transformadores colocados fora de operação. III. A quantif icação do consumo de energia elétr ica e combustível é real izada anualmente e não possui metas de redução. IV. Foram al ienados ou reciclados 6.845 toneladas de material e equipamentos, 32% a mais que em 2007. Dentre os materiais estão isoladores de porcelana, sucatas metál icas de medidores, reatores, cabos, f ios e baterias. * Foram contabi l izados na l inha “Investimentos relacionados com a produção/operação da Empresa”.

118

CEMIG 2008

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Este Relatório tem como principal objetivo apresentar

para a sociedade a estratégia e as ações da Companhia

em busca da Sustentabi l idade, nas dimensões econômi-

ca, ambiental e social, e representa também um instru-

mento para o diálogo com os públicos interessados no

desempenho da Companhia. Sua periodicidade é anual

e ele se refere ao ano de 2008.

Foram adotadas, para a elaboração desse Relatório,

as diretr izes da Global Report ing Init iat ive – GRI G3

(terceira geração35) para garantir a comparabi l idade

com outras empresas. Adicionalmente, foram incluídos

os indicadores e comentários do Suplemento Setorial

do Setor Elétr ico da GRI, lançado em abri l de 2009,

considerados materiais.

Todos os dados contábeis divulgados neste Relatório foram

previamente auditados nas Demonstrações Financeiras. Há

também uma consulta às partes interessadas por meio de

uma carta enviada a todos que recebem o Relatório de Susten-

tabilidade, em que são solicitadas sugestões ao Relatório.

A referência utilizada para contextualizar as análises

aqui contidas é a de sustentabilidade, considerando-se

a realidade do estado de Minas Gerais, a do Brasil ou a

internacional, conforme a variável considerada. O nível

de aplicação das Diretrizes foi o “B”, conforme detalhado

na tabela a seguir, transcrita do protocolo da GRI e deta-

lhada na grade abaixo.

Para esclarecimento de dúvidas sobre este relatório, gentileza

encaminhar e-mail para: [email protected].

Assunto/Nível de Apl icação C C+ B B+ A A+

Cont

eúdo

Per f i l 1.12.1 – 2.103.1 – 3.8, 3.10 – 3.124.1 – 4.4 , 4.14 – 4.15

Audi

tado

por

aud

itor e

xter

no

Todos do nível C mais:1.23.9, 3.134.5 – 4.13, 4.16 – 4.17

Audi

tado

por

aud

itor e

xter

no

O mesmo que no nível B

Audi

tado

por

aud

itor e

xter

noInformações sobre a Forma de Gestão

Não é Requerido Informações sobre a Forma de Gestão de cada categoria de indi -cadores.

Informações sobre a Forma de Gestão de cada categoria de indicadores.

Indicadores de Desempenho

No mínimo 10 indica-dores de desempenho, incluindo no mínimo um de cada: Social, Econô-mico e Ambiental.

No mínimo 20 indicadores de de-sempenho, incluindo no mínimo um de cada: Direitos Humanos, Traba-lho, Sociedade, Responsabilidade do Produto, Econômico e Ambiental.

Cada indicador essencial da GRI e dos suplementos setoriais respeitan-do o princípio da material idade: a) informando o indicador ou b) expl i -cando a razão de sua omissão.

2002 “de acordo com” C C + B B + A A +

Obrigatório Autodeclarado

Com

Ver

ifica

ção

Exte

rna

Com

Ver

ifica

ção

Exte

rna

Com

Ver

ifica

ção

Exte

rna

OpcionalExaminado por Terceiros

Examinado pela GRI

Fonte:http://www.globalreport ing.org.

35 Publicadas em 2006. Favor consultar a página da internet: www.globalreporting.org.

119

CEMIG 2008

SOBRE ESTE RELATÓRIO

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Relatamos, a seguir, como foram aplicados os princípios

da GRI no processo de elaboração do Relatório:

Material idade – Foram consideradas materiais aquelas

informações que pudessem afetar signif icativamente as

decisões das partes interessadas ou que t ivessem impac-

tos sociais, econômicos ou ambientais relevantes. Adicio-

nalmente, foram consideradas as sugestões das partes

interessadas enviadas por meio do questionário anexo;

Inclusão das partes interessadas – Foram consideradas

as seguintes:

autoridades governamentais – Municipais, estaduais e federais;

órgãos reguladores;

acionistas e investidores – Acionistas, bancos e deten-

tores de t ítulos;

cl ientes e consumidores;

comunidades em geral e part icularmente as que têm

envolvimento com os nossos serviços e projetos;

trabalhadores;

fornecedores;

universidades e centros de pesquisa;

abrangência – Buscou-se cobrir os temas e indicado-

res relevantes e que reflet issem as dimensões econô-

mica, ambiental e social permitindo, desta forma, a

aval iação das estratégias e do desempenho da Cemig.

Os dados incluídos neste Relatório foram calculados

conforme os protocolos da GRI36 ou os princípios contá-

beis brasi leiros (BRGAAP).

ESTABELECIMENTO DOS LIMITES DO RELATÓRIOA Cemig possui investimentos, principalmente, em gera-

ção, transmissão e distribuição de energia elétrica e distr i -

buição de gás natural. Para definir os l imites deste Rela-

tório foram selecionadas as empresas cujos impactos de

sustentabi l idade fossem mais signif icativos e aquelas

sobre as quais a Cemig exerce controle ou influência

expressivos sobre suas pol ít icas e práticas f inanceiras e

operacionais. Os dados apresentados referem-se à em-

presa controladora e às subsidiárias integrais: Cemig

– Companhia Energética de Minas Gerais S.A., Cemig

Distr ibuição S.A. e Cemig Geração e Transmissão S.A.,

exceto quando mencionado no texto. Os dados contá-

beis se referem aos resultados de todas as empresas em

cujo capital a Cemig tem part ic ipação, que foram conso-

l idados proporcionalmente conforme os cr itér ios estabe-

lecidos na legislação brasi leira (para mais detalhes veja

a Nota Expl icativa nº 3 das Demonstrações Financeiras

Padronizadas37). As informações não-contábeis relativas

às demais empresas controladas/coligadas abrangidas

por este Relatório estão dispostas no capítulo “Part ic ipa-

ções” ou em referências específ icas ao longo do texto.

PRINCIPAIS MUDANÇAS EM 2008O Relatório de Sustentabi l idade da Cemig – 2008 incor-

pora novas informações com relação ao de 2007, princi -

palmente devido à evolução do Suplemento Setorial da

GRI, com o objetivo de conferir uma visão mais completa

da Companhia. O Índice de Conteúdo da GRI (a seguir)

apresenta um sumário de toda a informação disponível

no Relatório organizada de forma sintética. O Relatório

de 2007 foi elaborado a part ir da versão prel iminar do

Suplemento Setorial da GRI, já o de 2008 a part ir da

versão f inal, o que implicou a modif icação de alguns

indicadores e a inclusão/exclusão de outros. A maioria

desses indicadores já constava do Relatório de 2007.

Com relação às informações contábeis, houve pequenas

alterações e os detalhes estão disponíveis na Nota Expl i -

cativa 2 das Demonstrações Financeiras Padronizadas38.

36 Para mais detalhes, ver http://www.globalreporting.org/reportingframework/G3guidelines 37 Vide http://cemig.infoinvest.com.br/modulos/arquivo_DFP-3.asp?arquivo=00245080.WFL&codcvm=002453&language=ptb 38 Vide http://cemig.infoinvest.com.br/modulos/arquivo_DFP-3.asp?arquivo=00245080.WFL&codcvm=002453&language=ptb.

120

CEMIG 2008

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ÍNDICE DE CONTEÚDO DA GRI

INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)

1 Estratégia e Análise

1.1 Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão na organização 3

1.2 Descrição dos principais impactos, r iscos e oportunidades 12 - 13

2 Perf i l Organizacional

2.1 Nome da organização. 9

2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços. 11

2.3 Estrutura operacional da organização. 11

2.4 Local ização e sede da organização. 133

2.5 Número de países em que a organização opera. 11

2.6 Tipo e natureza jur ídica da propriedade. 17

2.7 Mercados atendidos. 11

2.8 Porte da Organização. Contra-capa, 3, 10 - 12, 35, 118

2.9 Principais mudanças ocorr idas durante o período coberto. 120

2.10 Prêmios recebidos no período coberto pelo Relatório. 115 - 117

3 Parâmetros para o Relatório

Perf i l do Relatório

3.1 Período coberto pelo Relatório. 119

3.2 Data do Relatório anterior mais recente. 120

3.3 Ciclo de emissão de relatórios. 119

3.4 Dados para contato em caso de perguntas relativas ao Relatório. 119

Escopo e Limite do Relatório

3.5 Processo para a definição do conteúdo do Relatório. 119-120

3.6 Limite do Relatório. 120

3.7 Declaração sobre quaisquer l imitações específ icas quanto ao escopo ou l imite do Relatório. 120

3.8 Base para elaboracão do Relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações terceir izadas e outras organizações. 120

3.9 Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos. 119 - 120

3.10 Explicação das conseqüências de quaisquer reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores. 36, 120

3.11 Mudanças signif icativas em comparação a anos anteriores no que se refere a escopo, l imite ou métodos de medição apl icados no Relatório. 120

Sumário de Conteúdo da GRI

3.12 Tabela que identif ica a local ização das informações no Relatório. 121 - 125

3.13 Polít ica e prática atual relativa à busca de verif icação externa para o Relatório. 119

4 Governança, Compromissos e Engajamento

Governança

4.1 Estrutura de governança da Organização. 5, 15 - 16

4.2 Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja um diretor executivo. Não se apl ica ao modelo de

Governança da Cemig

4.3 Para organizações com estrutura de administração unitária, declaração do número de conselheiros independentes ou não-executivos do mais alto órgão de governança 15

4.4 Mecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações ou dêem orientações ao mais alto órgão de governança. 16

4.5 Relação entre remuneração para membros do mais alto órgão de governança, diretoria executiva e demais executivos e o desempenho da organização. 16

4.6 Processos em vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que confl i tos de interesse sejam evitados. 16

121

CEMIG 2008

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INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)

4 Governança, Compromissos e Engajamento

Governança

4.7Processo para determinação das qualif icações e conhecimento dos membros do mais alto órgão de governança para definir a estratégia relacionada a temas econômicos, ambientais e sociais.

16

4.8 Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social e estágio de implementação. 12, 16 - 17

4.9

Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a indicação e gestão do desempenho econômico, ambiental e social, incluindo r iscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios.

15 - 16, 19, 23

Compromissos com Iniciat ivas Externas

4.11 Explicação de se e como a Organização apl ica o princípio da precaução. 23

4.12 Cartas, princípios ou outras iniciat ivas desenvolvidas externamente de caráter econômico, ambiental e social subescritas ou endossadas pela Organização. 9

4.13 Partic ipação em associações (como federações de indústr ias) e/ou organismos nacionais e internacionais de defesa. Não material

Engajamento de stakeholders

4.14 Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização. 18, 84 - 87

4.15 Base para identif icação e seleção de stakeholders a serem engajados. 18

4.16 Abordagens para o engajamento de stakeholders, incluindo a freqüência do engajamento por t ipo e por grupos de stakeholders. 18, 84 - 87

4.17 Principais temas e preocupações levantados por meio do engajamento com os stakeholders e medidas adotadas para tratá- los. 18

5 Forma de Gestão e Indicadores de Desempenho

Desempenho Econômico

Indicadores de Desempenho Econômico

Aspecto Desempenho Econômico

EC1 Valor Econômico gerado e distr ibuído. 36

EC2 Implicações f inanceiras e outros r iscos e oportunidades para as atividades da Organização devidos a mudanças cl imáticas. 24, 63 - 64

EC3 Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a Organização oferece. 77 - 78

EC4 Ajuda f inanceira signif icativa recebida do Governo. 40

Aspecto Impactos Econômicos Indiretos

EC8Desenvolvimento e impacto de investimentos em infra-estrutura e serviços oferecidos, principalmente para benefício público, por meio de engajamento comercial, em espécie ou atividades pro bono.

37 - 41, 92

Desempenho Ambiental

Indicadores de Desempenho Ambiental

Aspecto Materiais

EN1 Materiais usados por peso ou volume. 51 - 53

EN2 Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem. 52

Aspecto Energia

EN3 Consumo de energia direta discr iminado por fonte de energia primária. 54

EN5 Energia economizada devido a melhorias em conservação e efic iência. 49, 65 - 68

EN6Iniciat ivas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia ou que usem energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante dessas iniciat ivas.

65 - 70

Aspecto Biodiversidade

EN11Local ização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.

57

122

CEMIG 2008

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INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)

Aspecto Biodiversidade

EN12Descrição de impactos signif icativos das atividades, produtos e serviços na biodiversidade de áreas protegidas e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.

50, 58 - 59

EN13 Habitats protegidos ou restaurados. 58 - 59

EN14 Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para a gestão de impactos na biodiversidade. 57

Aspecto Emissões, Efluentes e Resíduos

EN16 Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso. 63

EN20 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas signif icativas, por t ipo e peso. 63

EN21 Descarte total de água, por qualidade e destinação. 53

EN22 Peso total de resíduos, por t ipo e método de disposição. 52

Aspecto Produtos e Serviços

EN26 Iniciat ivas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da redução desses impactos. 47 - 55, 64 - 70

EN27 Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de produtos vendidos, por categoria de produto. Indicador não apl icável às

atividades da Companhia.

Aspecto Transporte

EN29 Impactos ambientais signif icativos do transporte de produtos e outros bens e materiais uti l izados nas operações e transporte de trabalhadores. 62

Refere-se somente à emissão oriunda da frota própria da Cemig. Não inclui frota de terceiros e de fornecedores.

Aspecto Geral

EN30 Total de investimentos e gastos em proteção ambiental, por t ipo. 47

Desempenho Social

Indicadores de Desempenho Referentes a Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente

Aspecto Emprego

LA1 Total de trabalhadores por t ipo de emprego, contrato de trabalho e região. 75

LA3Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a empregados temporários ou em regime de meio período, discr imados pelas principais operações.

77 - 78

Aspecto Relações entre os Trabalhadores e a Governança

LA4 Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva. 76

Aspecto Saúde e Segurança no Trabalho

LA7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região. 97

Corresponde à Taxa de Freqüência, que uti l iza o fator de 200 mil horas.

LA8Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de r isco em andamento para assist i r a empregados, famil iares e comunidade em relação a doenças graves.

97 - 100

Aspecto Saúde e Segurança no Trabalho

LA10 Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, discr iminadas por categoria funcional. Contra-capa, 81

LA11 Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que apoiam a empregabil idade dos funcionários e o gerenciamento do f im da carreira. 74 - 75, 80 - 84

LA12 Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira. 80, 82 - 83

Aspecto Diversidade e Igualdade de Oportunidades

LA13Composição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discr iminação de empregados por categoria de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade.

74, 118

Indicadores de Desempenho Referentes a Direitos Humanos

Aspecto Práticas de Investimento e de Processos de Compra

HR2 Percentual de empresas contratadas e fornecedores cr ít icos submetidos a aval iações referentes a direitos humanos e medidas tomadas. 100 -101

123

CEMIG 2008

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124

CEMIG 2008

INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)

Aspecto Trabalho Infanti l

HR6 Operações identif icadas como de r isco signif icativo de ocorrência de trabalho infanti l e medidas tomadas para contr ibuir para sua abolição. 100 - 101

Aspecto Trabalho Forçado ou Análogo ao Escravo

HR7 Operações identif icadas como de r isco signif icativo de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e medidas tomadas para contr ibuir para sua erradicação. 100 - 101

Indicadores de Desempenho Social Referentes à Sociedade

Aspecto Comunidade

SO1 Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para aval iar e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída. 12, 84 - 93

Indicadores de Desempenho Referentes à Responsabil idade pelo Produto

Aspecto Saúde e Segurança do Cl iente

PR1Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são aval iados visando melhoria e percentual de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos.

95 - 97

Aspecto Rotulagem de Produtos e Serviços

PR5 Práticas relacionadas à satisfação do cl iente, incluindo resultados de pesquisas que medem essa satisfação. 88 - 89

SUPLEMENTO SETOR ELÉTRICO (ver nota 2)

2 Perf i l Organizacional

EU1 Capacidade Instalada conforme fonte primária de energia e regime regulatório. Contra-capa, 62

EU2 Produção l íquida de energia conforme fonte primária de energia e regime regulatório. 62

EU3 Número de contas de consumidores residenciais, industr iais, inst itucionais e comerciais. 30

EU4 Extensão das l inhas de transmissão e distr ibuição de superf íc ie e subterrâneas por regime regulatório. Contra-capa

5 Forma de Gestão e Indicadores de Desempenho

Desempenho Econômico

Relatos Econômicos Específ icos Referentes à Forma de Gestão

EU6 Abordagem da gestão para garantir a disponibi l idade e a confiabi l idade da energia no curto e longo prazo.

32, 34 - 35, 37 - 43

EU7 Programas de gerenciamento da demanda abrangendo consumidores residenciais, comerciais, inst itucionais e industr iais, entre outros. 34 - 35, 65 - 67

EU8 Atividades de pesquisa e desenvolvimento e investimentos com o objetivo de prover energia confiável e promover o desenvolvimento sustentável. 37 - 43

EU9 Providências para fechamento de plantas de energia nuclear. Não se apl ica. A Companhia não possui instalações nucleares.

Indicadores de Desempenho Econômico Específ icos

EU12 Percentual de perdas (efic iência) em transmissão e distr ibuição em relação à energia total. 31

Desempenho Ambiental

Indicadores Ambientais Específ icos e Comentários

Aspecto Biodiversidade

EN14Comentário sobre o indicador: relatar impactos de sites novos e existentes e respectivas medidas de mitigação referentes a áreas de f loresta, perda de espécies nativas, paisagem, água doce e ecossistemas de áreas alagadas.

50 -51, 56 - 58

Aspecto Emissões, Efluentes e Resíduos

EN16Comentário sobre o indicador: relatar emissão de Co2/MWh por regime regulatório e conforme geração l íquida derivada da capacidade instalada total, geração l íquida derivada de combustíveis fósseis e produção estimada para consumidores f inais.

63

EN20 Comentário sobre o indicador: relatar emissões por geração l íquida em MWh. 63

EN22 Comentário sobre o indicador: incluir resíduos contaminados com PCB e l ixo nuclear. 52 Refere-se a PCB, pois a Companhia não gera lixo nuclear.

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INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)

Desempenho Social

Relatos de Desempenho Específ icos sobre a Forma de Gestão de Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente

Aspecto Emprego

EU14 Programas e processos para assegurar disponibi l idade de mão-de-obra qualif icada. 74 - 75, 80 - 84

EU16 Polít icas e requisitos referentes à saude e à segurança de empregadoss, terceiros e subcontratados. 94 - 102

Indicadores Específ icos Referentes a Práticas Trabalhistas e Comentários

Aspecto Saúde e Segurança no Trabalho

LA7 Comentário sobre o indicador: relatar a performance em saúde e segurança dos terceir izados e subcontratados que trabalhem nos sites ou para a Organização. 100 -102

Relatos Específ icos sobre a Forma de Gestão Relativa à Sociedade

Aspecto Comunidade

EU19 Partic ipação de stakeholders em processos decisórios referentes a planejamento energético e desenvolvimento em infra-estrutura. 12

Relatos Específ icos Referentes à Gestão da Responsabil idade pelo Produto

Aspecto Acesso

EU23 Programas, incluindo parcerias com o Governo, para melhorar ou manter o acesso à eletr ic idade e serviços de apoio ao consumidor.

34 - 35, 40 - 41, 84 - 87

Aspecto Fornecimento de Informações

EU24 Práticas para abordar barreiras relacionadas a idioma, cultura e baixa alfabetização para obtenção e uso adequado dos serviços de eletr ic idade. 84 - 85, 87

Indicadores Específ icos de Responsabil idade pelo Produto e Comentários

Aspecto Saúde e Segurança do Cl iente

PR1Comentário sobre o indicador: relatar os processos de identif icação de r iscos à saúde da comunidade incluindo monitoramento, medidas de prevenção e estudos de longo prazo, caso apl icável.

96 - 97

Aspecto Acesso

EU28 Freqüência de interrupções no fornecimento de energia. Contra-capa, 32

EU29 Duração média das interrupções no fornecimento de energia. Contra-capa, 32

Nota 1: as observações postadas nesse campo complementam as informações fornecidas pelo Relatório.Nota 2: os indicadores desta tabela referem-se aos indicadores e comentários do Suplemento Setorial do Setor Elétr ico aprovado e divulgado pela GRI em abri l de 2009, que traz modif icação de alguns indicadores e a inclusão ou exclusão de outros.

Regulação do Setor Elétrico Brasileiro

O setor elétrico nacional é formado pelos segmentos de

geração, transmissão e distribuição, que são atividades de

concessão pública, além dos segmentos de comercializa-

ção e mercado livre. Estes segmentos operam de maneira

interligada, constituindo o Sistema Interligado Nacional

– SIN, que engloba as empresas das regiões Sudeste, Sul

e Nordeste, e partes das regiões Centro-Oeste e Norte.

As demais localidades das regiões Centro-Oeste e Norte

não interligadas ao SIN constituem os sistemas isolados.

As instituições que regulamentam e supervisionam o setor são:

Conselho Nacional de Pol ít ica Energética – CNPE

Ministério de Minas e Energia – MME

Comitê de Monitoramento do Setor Elétr ico – CMSE

Agência Nacional de Energia Elétr ica – Aneel

Operador Nacional do Sistema Elétr ico – ONS

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE

Empresa de Pesquisa Energética – EPE

125

CEMIG 2008ANEXO 1

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A Lei 10.848, de 25 de março de 2004, e o decreto

5.163, de 30 de julho de 2004, formam a base da

atual regulamentação do setor elétr ico nacional, disci -

pl inando a atuação dos agentes nos diversos segmentos

desse setor, sendo esses agentes caracterizados como:

Agentes de Geração;

Agentes de Transmissão;

Agentes de Distr ibuição;

Agentes de Comercial ização;

Consumidores Livres.

Foram também definidos dois ambientes de contratação

de energia: Ambiente de Contratação Regulado – ACR,

e Ambiente de Contratação Livre – ACL. O ACR é o seg-

mento do mercado no qual se real izam as operações de

compra e venda de energia elétr ica entre Agentes de Ge-

ração e Agentes de Distr ibuição, precedidas de l ic itação.

O ACL é o segmento do mercado no qual se real izam

operações de compra e venda de energia elétr ica, ob-

jetos de contratos l ivremente negociados entre Agentes

de Geração, Agentes de Comercial ização e Consumidores

Livres. Nos parágrafos a seguir serão explorados com

mais detalhe as característ icas e forma de atuação dos

diversos agentes nos ambientes l ivre e regulado, que são

apresentadas de forma simplif icada no diagrama abaixo:

Os Agentes de Transmissão são aqueles que possuem

os at ivos de t ransmissão de energia que formam a

Rede Bás ica do SIN, e não podem atuar nos Ambientes

de Contratação L ivre e Regulado na comerc ia l ização

de energia. Os at ivos desses agentes são remunera-

dos exc lus ivamente por meio das Tar i fas de Uso dos

Sistemas de Transmissão – TUSTs pagas pelos Agentes

de Geração, Dist r ibu ição e Consumidores L ivres conec -

tados à Rede Bás ica. A expansão dos at ivos da Rede

Bás ica é fe i ta por l i c i tação públ ica, sendo estabelec i -

126

CEMIG 2008

MODELO GERAL DE CONTRATAÇÃO DE ENERGIA

G4

G5 COM

Geração Transmissão Distribuição Consumo

Ambiente de contratação regulada

D3

D2

D1

G3

G2

G1

Ambiente de contratação livre

CL

CL

CL

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127

CEMIG 2008

dos nesse processo os valores de remuneração durante

o prazo de concessão.

Os Agentes de Geração são aqueles t itulares de con-

cessão, permissão ou autorização para gerar energia

elétr ica em empreendimentos hidrelétr icos ou terme-

létr icos. Esses agentes podem comercial izar a energia

de seus ativos nos Ambientes de Contratação Livre ou

Regulado. Para a comercial ização de energia no ACR, os

Agentes de Geração part ic ipam dos lei lões de compra

de energia promovidos pelo MME em nome dos Agentes

de Distr ibuição. Para a comercial ização de energia no

ACL, os Agentes de Geração podem negociar l ivremente

com Consumidores Livres, Agentes de Comercial ização,

e demais Agentes de Geração, sendo que para os Agen-

tes de Geração que sejam titulares de concessão, per-

missão ou autorização na modalidade serviço público,

a comercial ização de energia deve observar os cr itér ios

de transparência e l ivre acesso.

Os Agentes de Dist r ibu ição são aqueles t i tu lares de

concessão, permissão ou autor ização de ser v iços e ins -

ta lações de d is t r ibu ição para fornecer energ ia e lét r ica

ao consumidor f ina l exc lus ivamente de forma regula -

da. Os Agentes de Dist r ibu ição têm as suas tar i fas de

venda de energia e lét r ica def in idas pelo poder con-

cedente, e só podem comprar energ ia para atender

às suas necess idades por meio dos le i lões de compra

promovidos pelo MME no ACR ou de uma chamada pú-

b l ica para compra de geração d is t r ibu ída, nesse caso

até o l imite de 10% de sua carga.

Os Agentes de Comercial ização são aqueles t itulares de

autorização para compra e venda de energia elétr ica no

ACL com Agentes de Geração e Consumidores Livres, e

não podem ter ativos nos segmentos de geração, trans-

missão ou distr ibuição.

Os Consumidores Livres são aqueles que possuem carga

de consumo a contratar acima de 3.000 kW, indepen-

dentemente do nível de tensão em que são atendidos.

Os Consumidores Livres negociam as suas necessidades

de compra de energia no ACL com Agentes de Geração e

Agentes de Comercial ização. Caso um consumidor cativo

possua característ ica que o habil i te a se tornar Consu-

midor Livre, observando o prazo do seu atual contrato

de fornecimento cativo, este consumidor pode se tornar

l ivre com a sua inclusão na CCEE e negociando a sua

necessidade de energia elétr ica no ACL. É permitido ao

Consumidor Livre o seu retorno ao mercado cativo do

Agente de Distr ibuição da área de conexão do consumi-

dor à rede elétr ica, desde que essa decisão seja comu-

nicada ao Agente de Distr ibuição com um prazo de cinco

anos, quando então um novo contrato de fornecimento

cativo deve ser celebrado.

Existe ainda uma outra classif icação de Consumidor

Livre, chamado de Consumidor Especial, que foi intro-

duzida pela Lei 10.762, de 11 de novembro de 2003.

Por esta classif icação, consumidores de energia elétr ica

ou conjunto de consumidores reunidos por comunhão de

interesse de fato ou de direito, cuja carga de consumo

seja superior a 500 kW, poderiam comprar energia al -

ternativamente ao suprimento da concessionária local,

independentemente da tensão em que são atendidos,

das chamadas “fontes alternativas” de energia elétr ica:

usinas hidrelétr icas com capacidade instalada de até

30.000 kW, usinas de co-geração de energia elétr ica

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a part ir da biomassa (bagaço de cana de açúcar, casca

de arroz, resíduos de madeira, entre outros), fontes

solares e fontes eól icas.

Em re l a ção à s a t i v i dades de coo rdenação e con t r o l e

da ope ra ção da ge ra ção e da t r an sm i s são da ene r -

g i a e l é t r i c a i n t eg ran te s do S IN , e l a s são execu tadas

pe l o ONS , pes soa j u r í d i c a de d i r e i t o p r i vado , sem

f i n s l u c r a t i vo s , med ian te au to r i za ção do Pode r Con -

ceden te , f i s ca l i zado e r egu l ado pe l a Anee l , a se r

i n t eg rado po r t i t u l a r e s de conces são , pe rm i s são ou

au to r i za ção , e consum ido re s l i v r e s que se j am l i ga -

dos à Rede Bás i ca .

Finalmente, para o gerenciamento do ambiente co-

mercial, foi cr iada a CCEE, pessoa jur ídica de direito

privado, sem fins lucrativos, sob autorização do Poder

Concedente e regulação e f iscal ização pela Aneel, com

a f inal idade de viabi l izar a comercial ização de energia

elétr ica no setor elétr ico nacional, registrando contra-

tos e apurando os valores medidos de consumo e ge-

ração para a real ização da l iquidação de curto prazo.

128

CEMIG 2008

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129

CEMIG 2008

GLOSSÁRIO

Abradee – Associação Brasi leira de Distr ibuidores de Energia Elétr ica. Iniciada com o antigo Comitê de Distr ibuição, a Abra-dee transformou-se em associação em 1995. As empresas associadas respondem por mais de 95% do mercado brasi leiro de energia elétr ica.

ADR (American Depositary Receipts) – Recibo de ações de companhia não sediada nos Estados Unidos, emitido por um banco e custodiado em banco norte-americano.

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – Autarquia vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME) que regula e f iscal iza as atividades de geração, transmissão, distr ibui -ção e comercial ização de energia. São também suas funções: mediar confl i tos entre consumidores e agentes do mercado e entre os próprios agentes; conceder, permitir e autorizar instalações e serviços de energia; homologar reajustes tarifá-r ios; assegurar a universal ização e a qualidade adequada dos serviços prestados, e estimular investimentos e a competição entre os agentes do setor.

Alevino – Forma embrionária inicial dos peixes.

Ambiente de Contratação Livre (ACL) ou Mercado Livre –O Mercado Livre cobre as vendas de energia negociadas l i -vremente entre as concessionárias de geração, os Produtores Independentes de Energia Elétr ica (PIE), Auto-geradoras, Comercial izadores de energia, Importadores de energia e Consumidores Livres.

Ambiente de Contratação Regulada (ACR) ou Mercado Re-gulado – No Mercado Regulado, as empresas de distr ibuição compram suas necessidades de energia previstas para seus consumidores cativos do ACR por meio de l ic itações.

Assembléia Geral Extraordinária (AGE) – Reunião dos acio-nistas, convocada e instalada na forma da lei e do estatuto social da empresa, cujo objetivo é del iberar sobre qualquer matéria pert inente ao objeto social que não tratada pela AGO. Sua convocação é feita conforme as necessidades específ icas da empresa, não sendo obrigatória como a AGO.

Assembléia Geral Ordinária (AGO) – De caráter obrigatório em uma sociedade anônima, é convocada anualmente até quatro meses após o encerramento do exercício para: tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as

demonstrações f inanceiras; del iberar sobre a destinação do lucro l íquido do exercício e a distr ibuição de dividendos; ele-ger os administradores e os membros do conselho f iscal e aprovar a correção da expressão monetária do capital social.

Assembléia – Assembléia geral, convocada e instalada de acordo com a lei e o estatuto. Tem poderes para decidir todos os negócios relativos ao objeto da companhia e tomar as resoluções que julgar convenientes à sua defesa e desenvol-vimento.

Balanced Score Card (BSC) – Metodologia específ ica, cr iada por professores da Harvard Business School, uti l izada na ges-tão estratégica de negócios de uma organização.

Biocombustível – Combustível de origem biológica (uti l iza fontes renováveis, não-fósseis).

Biomassa – Do ponto de vista energético, é todo recurso renovável oriundo de matéria orgânica (de origem animal ou vegetal) que pode ser uti l izada na produção de energia.

Biodiversidade – Também conhecida como diversidade bio-lógica, é uti l izada para descrever a r iqueza e a variedade do mundo natural.

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) – Pessoa jur ídica de direito privado, sem fins lucrativos, que atua com o objetivo de viabi l izar as operações de compra e venda de energia elétr ica entre os Agentes da CCEE, restr itas ao SIN.

Célula Fotovoltaica – Disposit ivo t ipicamente constituído por si l íc io monocristal ino que converte a radiação solar fotovol -taica em energia elétr ica.

Certificados de Redução de Emissões (CREs) – Atestam as reduções de emissões de gases de efeito estufa resultantes de atividades de projetos elegíveis ao MDL. Os CREs são uti -l izados pelos países do Anexo I, que as uti l izam como forma de cumprimento parcial de suas metas de redução de emissão de gases de efeito estufa.

Chiller de Absorção – Equipamento que uti l iza refr igerantes naturais para real izar a refr igeração a part ir de combustíveis como vapor, água, biocombustíveis, entre outros.

Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCE-AR) – Também denominado Contrato Bi lateral, é o instru-mento celebrado entre cada concessionária ou autorizada de

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geração e todas as concessionárias ou permissionárias do ser-viço público de distr ibuição, que define as regras e condições para a comercial ização de energia elétr ica proveniente de empreendimentos de geração.

Conselho de Administração – Órgão de deliberação colegiada cuja missão é proteger e valorizar o patrimônio. O Conselho de Administração deve ter pleno conhecimento dos valores da em-presa, dos propósitos e crenças dos sócios e zelar pelo seu apri-moramento. Também tem a responsabilidade de prevenir e ad-ministrar situações de conflitos de interesses ou divergência de opiniões de modo que o interesse da empresa sempre prevaleça.

Co-geração – Produção simultânea de energia elétr ica ou mecânica e energia térmica (uti l izável) em sistema de con-versão simples de energia.

Conselho Fiscal – Órgão não-obrigatório responsável por f is -cal izar os atos da administração, emitir pareceres e prestar informações aos sócios.

Co-processamento – É o aproveitamento de resíduos in-dustr iais combustíveis e/ou matéria-pr ima em fornos de alta temperatura. É uma forma efic iente e segura destrui -ção térmica sob o ponto de vista operacional e ambiental.

Dividendo – Parcela dos lucros de uma empresa distr ibuída a seus acionistas.

Documento de Concepção do Projeto (DCP) – Documen-to elaborado conforme metodologia específ ica a part ir dos dados técnicos e contextuais pert inentes ao projeto. Deve ser val idado pela Entidade Operacional Designada e aprovado pela Autoridade Nacional Designada no âmbito do MDL para que seja registrado e aval iado pela UNFCCC. Se aprovado pelo Conselho Executivo da UNFCCC, resulta na concessão de CREs.

Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consu-midora (DEC) – Indicador que mede a duração média, em um período observado, das interrupções na distr ibuição de energia elétr ica em cada unidade consumidora de um conjun-to considerado.

Energia Eólica – Energia gerada a part ir da força dos ventos.

Energia Fotovoltaica – Energia elétr ica obtida a part ir da energia solar por meio de células fotovoltaicas que absor-vem a radiação solar e a transformam em energia elétr ica.

Energia Solar – Energia produzida por meio do aproveitamen-to da luz do sol. Existem dois aproveitamentos: o térmico e o fotovoltaico. No aproveitamento térmico, a luz do sol é usada apenas como fonte de calor para sistemas de aquecimento. No fotovoltaico, a luz do sol se transforma em energia elétr ica.

Entidade Operacional Designada – Entidade cert if icada, prevista pelo Protocolo de Kyoto, que aval ia e audita os Documentos de Concepção do Projeto de MDL. Deve ser cre-denciada pelo Conselho Executivo da UNFCCC e, no Brasi l , pela Comissão Interministerial de Mudança Global do Cl ima (Autoridade Nacional Designada para o Brasi l), do Ministério de Ciência e Tecnologia.

Freqüência Equivalente de Interrupção de Energia (FEC) – Indicador que reflete o número de interrupções na distr ibui -ção de energia elétr ica ocorr idas, em média, no período ob-servado, em cada unidade consumidora de um determinado conjunto.

Gases de Efeito Estufa (GEE) – Constituintes gasosos da at-mosfera, naturais e antrópicos, que absorvem e emitem radia-ção infravermelha. A emissão desses gases foi regulamentada pelo Protocolo de Kyoto, tratado internacional complementar a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Cl ima.

Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol) – Protocolo de Gases de Efeito Estufa. Foi elaborado em 1998 com o objeti -vo de desenvolver um padrão de contabi l ização e divulgação de emissões de GEE que seja aceito internacionalmente e amplamente adotado.

Hedge – Termo em inglês que signif ica salvaguarda. É um mecanismo financeiro usado por pessoas ou empresas que precisam se proteger da f lutuação de preços que costuma ocorrer nos mercados de commodit ies ou câmbio.

Holding – Empresa que possui como atividade principal a part ic ipação acionária em uma ou mais empresas (subsidiá-r ias), mantendo o controle ou coordenação sobre as mesmas pela posse majoritár ia das ações.

Ictiofauna – Conjunto das espécies de peixes de uma determi-nada região biogeográfica como um rio ou bacia hidrográfica.

Incineração – É o processo de destruição térmica de resí -duos, mediante a exposição dos mesmos a temperaturas superiores a 1000º C, transformando-os em cinzas inertes.

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Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) – Pai-nel Intergovernamental sobre Mudanças Cl imáticas.

Lajida ou Ebitda – Lucro antes dos Juros, Impostos, De-preciação e Amortização. É a Geração Operacional de Caixa. Expressa o quanto uma empresa gera de recursos a part ir de suas operações ou negócio principal, já descontados seus custos e despesas operacionais e sem considerar ganhos ou perdas f inanceiros.

Mainframe – Computador de grande porte, normalmente dedicado ao processamento de um volume grande de infor-mações, cuja uti l ização vem perdendo espaço pela implemen-tação dos servidores.

Mecanismo de Desevolvimento Limpo (MDL) – Mecanismo de f lexibi l ização previsto no art igo 12 do Protocolo de Kyoto cujo objetivo é ajudar os países desenvolvidos signatários do Protocolo (em seu Anexo I) a alcançarem suas metas de re-dução de emissões e promover o desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento. O MDL permite aos países do Anexo I gerar ou comprar reduções cert if icadas de emissão de projetos desenvolvidos em países fora do Anexo I. Em contra-part ida, estes países têm a possibi l idade de acessar recursos f inanceiros específ icos para uti l ização/desenvolvimento de tecnologias l impas.

Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) – Processo comercial no qual os geradores de energia comparti lham os r iscos f inanceiros associados ao despacho central izado do ONS. Pelo MRE, cada usina é responsável pela geração de uma determinada quantidade preestabelecida de energia (energia assegurada).

Motor Stirl ing – Motor de combustão externa, também co-nhecido como motor de ar quente por uti l izar os gases da atmosfera como fluido de trabalho.

Nanotubo de Carbono – Tubo de carbono cuja apl icação pro-porciona ganhos de efic iência energética devido à apl icação da nanotecnologia em seu desenvolvimento.

Oleaginosas – Vegetais que contêm óleos e gorduras passí -veis de extração por meio de processos específ icos.

Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) – Agente de direito privado que coordena e controla a operação das instalações de geração e transmissão de energia elétr ica nos

sistemas interl igados brasi leiros. O ONS responde pelo acom-panhamento do consumo de energia e do nível de água dos reservatórios das principais usinas do país.

Pequena Central Hidrelétrica – É toda usina hidrelétr ica de pequeno porte cuja capacidade instalada seja inferior a 30 MW.

Protocolo de Kyoto – Protocolo de um tratado internacional com compromissos mais r ígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, causadores do aque-cimento global. Foi aberto para assinaturas em 11 de dezem-bro de 1997 e ratif icado em 15 de março de 1999. Entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005. Por ele se propõe um calendário pelo qual os países-membros (principalmente os desenvolvidos) têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012, também chamado de primeiro período de compromisso. Além disso, é seu objetivo garantir um modelo de desenvolvimento l impo para os países em desenvolvimento, por meio de pesquisas e transferência de tecnologia.

Rating – Palavra em inglês que signif ica, no contexto deste Relatório, classif icação de r isco.

Reajuste Tarifário – Atual ização dos preços da energia elé-tr ica prevista nos contratos de concessão, com objetivo de preservar o equil íbr io econômico e f inanceiro das empresas.

Rede de Distribuição Protegida (RDP) – Também conhecida como rede compacta, tem seus f ios cobertos por um reves-t imento especial que evita quedas de energia do sistema e acidentes quando da queda de árvores ou da ocorrência de outras interferências.

Royalties – Valores pagos ao detentor de uma marca, pa-tente, processo de produção, produto ou obra original pelos direitos de sua exploração comercial.

Securities and Exchange Comission (SEC) – Entidade regu-ladora do mercado de capitais norte-americano, correspon-dente à Comissão de Valores Mobil iár ios brasi leira.

Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Traba-lho (SESMT) – Serviço com a f inal idade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

Sistema Interligado Nacional (SIN) – Sistema composto pela rede básica e demais instalações de transmissão que

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interl iga as unidades de geração e distr ibuição nos sistemas Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasi l .

Sociedade de Economia Mista – Sociedade cuja propriedade é divida entre o Estado e Part iculares, sendo que o Esta-do deve ter part ic ipação no capital votante superior a 50%.

Stakeholders ou Partes Interessadas – Pessoa, grupo, or-ganização ou sistema que afeta e é afetado pelas ações e atividades de uma empresa, entre os quais podemos citar acionistas, funcionários, comunidade, cl ientes, fornecedo-res, credores, governos e organizações não-governamentais.

Subestação – Instalação elétr ica de alta potência, contendo equipamentos para transmissão, distr ibuição, proteção e con-trole de energia elétr ica. Funciona como ponto de controle e transferência em um sistema de transmissão elétr ica, dire-cionando e controlando o f luxo energético, transformando os níveis de tensão e funcionando como pontos de entrega para consumidores industr iais.

Subsidiária – Empresa cujas pol ít icas f inanceiras e opera-cionais são dir igidas por uma entidade controladora, que se beneficia de suas atividades. Ressalta-se que a controladora não precisa necessariamente deter o controle acionário, ou seja, o conceito de controle sobre a subsidiária decorre pelo mando em relação à estratégia e operações da subsidiária.

Tarifas de Uso dos Sistemas de Transmissão (TUSTs) – Ta-r i fas devidas pelos usuários (geradoras e consumidores l i -vres) às transmissoras pelo uso de sua rede de transmissão.

Tensão – A energia gerada é levada por meio de cabos ou barras condutoras, dos terminais do gerador até o transforma-dor elevador, onde tem sua tensão (voltagem) elevada para adequada condução, por l inhas de transmissão, até os centros de consumo. Daí, através de transformadores abaixadores, a energia tem sua tensão levada a níveis adequados para uti l ização pelos consumidores. Figura nas especif icações de uma máquina ou de um aparelho.

United Nations Framework Convention on Climate Chan-ge (UNFCCC) – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Cl imáticas, conhecida como Convenção do Cl ima.

Foi ofic ialmente cr iada na “Conferência das Nações Unidas para o Ambiente e Desenvolvimento”, no Rio de Janeiro em 1992 (“Conferência do Rio” ou “Eco-92”), por meio de um acordo assinado por l íderes governamentais do mundo intei -ro. O objetivo da UNFCCC é buscar a estabi l ização dos níveis de gases de efeito estufa em patamares que não impliquem alterações cl imáticas perigosas. Também pretende l imitar as emissões a níveis que permitam uma adaptação natural e progressiva dos ecossistemas às alterações cl imáticas.

Usina Eólica – Central que uti l iza a força dos ventos para movimentar sua turbina e gerar energia elétr ica.

Usina Hidrelétrica (UHE) – Central que uti l iza a força da água (energia mecânica) para girar as turbinas e gerar ener-gia elétr ica.

Usina Térmica (UTE) – Central que gera energia elétr ica a part ir da queima de um determinado combustível, como car-vão, óleo diesel, gás, biomassa ou outros.

Valor de Mercado – Valor de uma empresa no mercado de capitais em uma determinada data, fruto da soma do valor das ações representativas de seu capital social, conforme cotação das ações em bolsa de valores na data em questão.

Volt – É a unidade de medida da tensão em que é fornecida a energia elétr ica.

Watt (W) – É a unidade de medida da potência que cada apa-relho requer para seu funcionamento. O ki lowatt (kW) tem mil watts; o megawatt (MW), um milhão de watts, gigawatt (GW), um bi lhão de watts e o terawatt (TW), um tr i lhão de watts.

Watt-hora – Para cada forma de energia, foi estabelecida uma medida. No caso da energia elétr ica, estabeleceu-se o watt-hora (Wh). Para descrever seus múlt iplos, uti l izam-se prefixos gregos: kWh: ki lowatt-hora: mil; MWh: megawatt-hora: mi-lhão; GWh: gigawatt-hora: bi lhão; TWh: terawatt-hora: tr i lhão.