46
1

Capi sua voz no senado

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Capi sua voz no senado

Citation preview

Page 1: Capi sua voz no senado

1

Page 2: Capi sua voz no senado

2

Para assumir o mandato de senador que me foi confiado pelos eleitores do Amapá tive

que empreender uma luta tenaz no decorrer do ano de 2011.

Vencida essa etapa, tomei posse do mandato em 29 de novembro de 2011, apesar de ter assumido com um injusto atraso de dez meses, corri contra o tempo para fazer o que fui impedido de realizar durante quase um ano.

Apesar dessas adversidades, consegui que o ano de 2012 fosse um ano profícuo de realizações legislativas em prol do Amapá e do país.

Muitos foram os embates.

Mas, posso dizer que o ano chega ao final com grandes avanços.

O combate à corrupção no Amapá, por exemplo, se tornou eficaz graças ao empenho do Ministério Público e da Justiça.

Tenho buscado incansavelmente trazer à luz fatos que ocorrem nos rincões mais distantes do Brasil, longe da atenção da mídia nacional e das autoridades, porque precisamos avançar.

Procurei apresentar no Senado Federal projetos de interesse nacional que, a exemplo da Lei da Transparência, de minha autoria, servirão para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.

Orgulho-me de ser considerado o precursor da transparência no país, pois foi graças à Lei 131/2009, conhecida como Lei da Transparência ou Lei Capiberibe, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 27 de maio de 2009, que foi aberto o caminho para a aprovação e sanção pela presidente Dilma Rousseff, em 18 de novembro de 2011, da Lei de Acesso à Informação.

O sucesso da transparência levou-me a ousar e apresentar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 024, que institui um Fundo Nacional de Desenvolvimento da Segurança Pública, pois não se faz política pública sem orçamento.

A PEC 024 foi abraçada com entusiasmo pelos agentes de segurança pública de todo o país, que criaram, inclusive, a Frente Brasil pela PEC 024, e pela sociedade.

Pela primeira vez, a questão da segurança pública é tratada da maneira que necessita e como exige a sociedade brasileira.

A PEC 24 representará para o País o que o Fundeb representa hoje para a Educação.

Outro projeto de minha autoria é o PLS 076/2012, ou, simplesmente, “Impostos às Claras”, já aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Ele prevê medidas para o esclarecimento da população quanto ao volume de tributos pagos ao governo, descritos em nota fiscal.

Uma iniciativa antes de tudo pedagógica, pois mostrará aos brasileiros que todos sem exceção pagam altíssimos impostos aos governos, derrubando a lenda que só os ricos pagam tributos.

Além disso, mostrará que infelizmente a sociedade brasileira, ainda, não tem uma contrapartida condizente com a dimensão dessa carga tributária.

Poderia também discorrer sobre outros projetos já apresentados por mim nesta Casa e outros, ainda em fase de elaboração, mas não me faltarão oportunidades de apresentá-los a você. Com muita alegria, entrego em suas mãos esta publicação, que é um breve relato das minhas atividades parlamentares em 2012, como forma de prestar contas de um mandato que você me confiou.

Muito obrigado!

João CapiberibeSenador da RepúblicaPSB – AP

Page 3: Capi sua voz no senado

3

•Capiberibe cobra agilidade dos processos eleitorais no Brasil

•Brasileiros clandestinos na Guiana Francesa poderão ser regularizados

•Porto de Santana é compromisso com a sociedade do Amapá, afirma Capi

•João Capiberibe pede prioridade para a produção pesqueira na região Norte

•Capiberibe cobra negociação de dívida da companhia energética do Amapá

•Recursos para a produção baseada na biodiversidade amazônica

•Senador Capiberibe cobra resultado da operação ‘Mãos Limpas’ ao ministro da Justiça

•Autor da Lei da Transparência mostra como acompanhar os gastos de governo

•Homenagem ao professor Alain Ruellan

•João Capiberibe e a trajetória do índio no Amapá

•Capi recebe Diploma de Destaque Parlamentar

•Crise institucional no Amapá não é surpresa para João Capiberibe

•Evento sobre transparência reúne mais de 100 estudantes, na Unb

•Lei criada por Capiberibe recebe elogios em plenário•Punição severa aos culpados pelo rombo nos cofres do AP

•Capi defende investigação do

Ministério Público na ALAP

•Capiberibe saúda federalização da CEA e cobra celeridade na conclusão de inquérito de operação da PF

•Senador Capiberibe recebe menção honrosa na Itália

•Rio+20

•Nota fiscal: Capiberibe apresenta projeto para detalhamento de impostos

•Ministério garante R$7 milhões para a Saúde no Amapá

•Segurança Pública: Lideranças criam a Frente Brasil pela PEC 024

•“Amapá está resgatando a credibilidade perdida”, afirma Capiberibe

•Violência no Campo é tema de audiência pública proposta por Capiberibe

•Capiberibe aponta avanços registrados no Amapá

•Audiência pública discute Fundo Nacional da Segurança Pública

•Azul e Avianca prometem a Capiberibe ampliar voos para o Norte do País

•Investimentos em pesquisa na Amazônia são insuficientes, afirma Capiberibe•Acordo sobre área da Infraero é a saída para desafogar tráfego em Macapá

•Melhorar a segurança pública e a pesquisa cientifica são objetivos de Capiberibe

•Projeto “Impostos às Claras” é aprovado na CAE

•PEC 24 recebe amplo apoio dos policiais e bombeiros, em Goiânia

•João Capiberibe solicita medidas urgentes para tornar navegação na Amazônia mais segura

•Aprovado requerimento de Capiberibe para ouvir medalhistas das Olimpíadas 2012

•Espetáculo “Ponte Entre Povos” ganha simpatia da ministra da Cultura

•Políticas de incentivo ao biogás são insignificantes no Brasil

•Capiberibe pede explicações à ANP sobre a falta de combustíveis no Amapá

•Drama vivido pelos índios Guarani-Kaiowá é debatido na CDH

•Em BH, PEC 24 é aperfeiçoada com novas contribuições

•Capiberibe elogia novo Portal da Transparência do MP do Amapá

•Situação carcerária no Brasil é acúmulo de irresponsabilidades públicas, afirma Capiberibe

Na revista

Expediente

Textos: Aline Guedes Francisco Emilio de Aquino Bruno Sizan Luis Esberci

Fotos:Aline GuedesAgência Senado

Diagramação: Murilo Caldas

Page 4: Capi sua voz no senado

4

O senador João Capiberibe (PSB/AP) foi recebido pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowsk, no começo de fevereiro, em Brasília. Eles conversaram sobre a morosidade no julgamento dos processos eleitorais no Brasil e Capiberibe questionou o ministro sobre a possibilidade de ações conjuntas do TSE com o Congresso Nacional, para a criação de leis ou regulamentações que agilizem esses trâmites.

Na opinião do senador, a demora de meses e até anos para os julgamentos ultrapassa, muitas vezes, os períodos de mandato, fazendo as ações perderem o sentido. “Ao longo da minha trajetória política, respondi e movi várias ações eleitorais, nas diversas instâncias da Justiça Eleitoral, mas não lembro de um único processo que tenha baixado em diligência, provocando atraso no julgamento. Trago aqui um caso concreto, do prefeito de Macapá, Roberto Góes, cassado sete vezes em primeira instância e continua no exercício do mandato, sustentado por liminares, aguardando julgamento definitivo no TSE. Está concluindo o mandato e, caso não haja julgamento até o

final desse ano, o processo morre por perda de objetivo. Sem falar que esse é apenas um caso, País afora” – disse.

Para Lewandowski, estipular um prazo linear para o julgamento dos processos seria complexo por causa dos detalhes incorridos em cada ação. Ele explicou que a última reforma eleitoral, ocorrida em 2010, encurtou prazos, mas salientou: “cada caso é um caso”.

“A menos que se pretenda cercear os números de recursos, as apreciações dependem de cada

Capiberibe cobra agilidade dos processos eleitorais

Tribunal, de cada juiz” – avaliou.

O ministro aconselhou Capiberibe a verificar o andamento das revisões processuais junto à Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), e propôs o envio de um documento oficial do Congresso ao TSE, visando à formalização de parcerias. “Fico muito satisfeito com a possibilidade desse trabalho conjunto e vou me empenhar ainda mais para que essa iniciativa seja uma realidade no País” – concluiu Capiberibe.

Page 5: Capi sua voz no senado

5

O Governo da França disponibilizou 10 milhões de euros para ações conjuntas entre o Brasil, o Suriname e a República da Guiana. A informação foi dada pelo presidente da Região Guiana, Rodolphe Alexandre, ao senador João Capiberibe (PSB/AP), em Brasília, em 30/01.

Alexandre pediu apoio e solicitou propostas ao senador, uma vez que o Estado do Amapá faz fronteira com a Guiana Francesa. Uma das principais preocupações é resolver problemas relacionados à permanência ilegal de garimpeiros em território guianense e seus trâmites de imigração.

“A Guiana adquiriu maior autonomia nas decisões políticas. Por isso, estamos estudando a possibilidade de regularizar a situação dos imigrantes, inclusive, concedendo vistos temporários e elaborando, em parceria com o Governo brasileiro, uma carteira de identidade para as populações do Oiapoque e de Saint Georges de l’Oyapock. A intenção é facilitar a vida dos moradores, que só precisarão apresentar esse documento para transitar entre as fronteiras” – informou o presidente.

Capiberibe ressaltou a importância de regularizar a atividade garimpeira, que mobiliza grande parte de mão de obra de brasileiros clandestinos. Para isso ocorrer mais rapidamente, uma das condições é a inauguração da ponte sobre o rio Oiapoque, que depende apenas da solução de problemas burocráticos envolvendo a contratação de seguro, a Alfândega e a Vigilância Sanitária.

O senador se prontificou a apoiar a realização dessas parcerias, que também dependem de negociações entre o Itamaraty e o Quai d´Orsay (o Ministério da Relações Exteriores da França).

Brasileiros clandestinos na Guiana Francesa poderão ser regularizados

Governador Guianense pediu apoio ao senador Capiberibe para essa e outras ações

O senador João Capiberibe (PSB/AP) viajou a Macapá na quinta-fei-ra, 02/02, onde recebeu o Ministro do Portos, Leônidas Cristino, em visita ao Porto de Santana. A pro-gramação foi organizada pelo Go-verno do Estado, com o objetivo de analisar potencialidades, vocações da região e realizar projeções futu-ras.

Construído em 1980, o porto tinha o objetivo de atender à movimen-tação de mercadorias por via flu-vial, transportadas para o Estado do Amapá e para a Ilha de Marajó. No entanto, a posição geográfica privilegiada, o transformou numa das principais rotas marítimas de navegação, permitindo conexão com portos de outros continentes.

O porto de Santana faz parte de um projeto mais amplo envolven-do a BR156, que integra o Amapá, distribuindo cargas para os países vizinhos. Para Capiberibe, “essa ação é extremamente importan-te para a econômica local, porque gera emprego e renda em várias áreas, para os moradores. É um dos compromissos que eu assumi com a sociedade do Amapá” – ressalta.

A funcionalidade do porto é vital para o desenvolvimento do Esta-do, sendo uma das prioridades do mandato do senador Capi. Na reu-nião com o secretário Leônidas, fo-ram discutidos os investimentos e as maneiras de acelerar o desenvol-vimento das atividades do porto.

Porto de Santana é compromisso com a sociedade do Amapá, afirma Capi

Page 6: Capi sua voz no senado

6

O senador João Capiberibe (PSB-AP) fez um apelo em Plenário, na quinta-feira (8/3), ao recém-empossado ministro da Pesca e Aqüicultura, Marcelo Crivella, para que dedique atenção especial ao desenvolvimento da produção pesqueira na região Norte, particularmente a proveniente da aqüicultura.

João Capiberibe aproveitou para parabenizar Crivella pela posse no cargo de ministro. Segundo ele, mesmo sendo a região Norte o maior reservatório de água doce do planeta, abrigando uma enorme biodiversidade, a aqüicultura é pouco desenvolvida ali.

A produção da aqüicultura da região, informou o parlamentar, representa apenas 8,7% da produção total do país e está concentrada nos estados do Amazonas e Pará.

De acordo com João Capiberibe, para que a região Norte viabilize seu grande potencial no setor, são necessários investimentos em pesquisa, geração e difusão de tecnologia, infraestrutura, através de programas de

Prioridade para a produção pesqueira na região Norteincentivos à produção pesqueira e que atinja todos os segmentos da cadeia produtiva.

Com relação ao Amapá, João Capiberibe observou que devido ao predomínio de vegetação de mangue em seus quase 700 quilômetros de costa, o seu litoral é um local excepcional para a pesca, visto que os mangues são importantes áreas de reprodução e proteção de numerosas espécies de peixes.

Mesmo assim, conforme explicou, embora o estado disponha desse importante patrimônio natural, sua produção pesqueira é pequena.

- Na realidade, os bancos pesqueiros da costa do Amapá são explorados por centenas de barcos de outros estados que percorrem diariamente a região praticando a pesca industrial, entrando em conflito com os pescadores tradicionais do Amapá, que são estimados em nove mil pescadores – lamentou.

Page 7: Capi sua voz no senado

7

A dívida bilionária da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) com a Eletronorte foi tema do discurso do senador João Capiberibe (PSB/AP), na quinta-feira, 09/02, no Plenário do Senado Federal, em Brasília (DF). Ele tem em mãos documentos de sua época à frente do Governo do Estado do Amapá (GEA), que comprovam a sua busca por soluções para o problema e a falta de sensibilidade do Governo Federal quanto às questões da Companhia.

Segundo Capiberibe, em 1995, a CEA pagou integralmente a energia produzida e entregue pela Eletronorte. No entanto, de 1996 a 1998, alguns meses deixaram de ser pagos, porque o Governo Federal, na tentativa de asfixiar e privatizar a empresa, cortou o Amapá dos financiamentos para investimentos do Fundo Setorial de Energia Elétrica. Segundo o senador, privatizar a Companhia significava o isolamento de cerca de dez municípios, que deixariam de ser contemplados pelo fornecimento de energia elétrica.

“Por esse motivo, fomos obrigados a utilizar recursos da Eletronorte para investir na CEA, comprando medidores de energia e recuperando perdas, por exemplo. O fornecimento, que ocorria sem medição, podia ser comparado a um açougue vendendo carne sem pesar” – exemplificou. Mas a partir de 1999 a CEA voltou a pagar rigorosamente em dia o suprimento da Eletronorte, no entanto ao deixar o governo, em 05 de abril de 2002, para concorrer ao Senado, os pagamentos deixaram de ser efetuados, sendo que dessa vez os recursos não foram aplicados na empresa, e todo o processo de negociação com a Eletronorte foi por águas abaixo, de tal forma que de 2002 a 2010 a dívida atingiu patamares absurdos, sem que o Ministério das Minas e Energia (MME) intervisse para estancar a

hemorragia provocada pela má gestão. Até hoje ninguém foi responsabilidade pela condução temerária e desonesta que levou a empresa ao caos.

Em 1999, a dívida da CEA junto a Eletronorte girava em torno de R$ 37 milhões; em 2006 atingiu R$ 200 milhões; chegando em 2010 a R$ 1.070 bilhão, segundo os cálculos da Eletronorte, que somada a outras dívidas superam R$ 1.600 bilhões. Em agosto de 2011, o governo do Amapá propôs amortizar R$ 441 desse montante, sugerindo que a União capitalize a Companhia no valor restante, de R$ 1.160 milhões, promovendo uma inversão do patrimônio líquido da empresa.

Com essa proposta, o controle acionário da CEA passaria para a União, por meio da Eletrobrás, com a participação de 84,1% no capital, sendo 15,8% para o Governo do Amapá e

0,1% para as prefeituras. Atualmente, o Estado é o maior acionista da CEA, com 97% de controle. Outra saída seria o Governo do Estado - ou o povo, pagar a dívida, contraindo um empréstimo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O valor, entretanto, é de mais da metade do orçamento anual do Amapá e comprometeria a capacidade de endividamento do estado, o que é inaceitável, na opinião de João Capiberibe.

“Um parecer jurídico do Tribunal de Contas da União (TCU) para a empresa Boa Vista Energia S/A afirma ser inaplicável a cobrança de multa entre pessoas jurídicas de direito público. Desta forma, há que se abater, na dívida, a multa cobrada à CEA que ultrapassa R$ 100 milhões, por se tratar de um bem pertencente a toda a sociedade do Amapá, que não merece pagar por uma responsabilidade que não é sua” – defendeu.

Capiberibe cobra negociação de dívida da companhia energética do Amapá

Page 8: Capi sua voz no senado

8

O fortalecimento de cadeias produtivas a partir da biodiversidade amazônica foi tema de reunião entre o senador João Capiberibe (PSB/AP) e o diretor da ONG Amigos da Terra, Roberto Smeraldi, na tarde da terça-feira, 14/02, em Brasília.

Recursos para a produção baseada na biodiversidade amazônica

A ONG tem buscado informações sobre a importância que os produtos da biodiversidade amazônica têm na obtenção de créditos junto ao Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) e quais atividades do setor primário são prioritárias na obtenção de recursos do órgão.

Segundo Smeraldi, existem deficiências no financiamento da cultura de produtos como o açaí e cupuaçu, por exemplo, e a solução perpassa pela elaboração de políticas públicas específicas. Daí, afirmou, “a importância da retomada do diálogo com um senador como Capiberibe”.

“É uma grande satisfação retomar esse diálogo com um parlamentar referência no Congresso, assim como foi enquanto governador” – elogiou.

Reconhecida pelo Ministério da Justiça, a ONG Amigos da Terra existe desde 1989 e atua na promoção de interesses difusos, tais como direitos humanos, cidadania e desenvolvimento, a partir da valorização do capital natural. Atua nas políticas públicas, nos mercados, nas comunidades locais e no mundo da informação, por meio de atividades inovadoras, na região amazônica.

Os senadores João Capiberibe (PSB/AP) e Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) foram recebidos na quinta-feira, 22/03, pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em Brasília/DF. Na reunião, foram apresentados e discutidos os problemas enfrentados pelo Amapá, em decorrência da operação Mãos Limpas, que investiga o desvio de recursos públicos do Estado e da União.

Mesmo tendo acarretado a prisão de 18 pessoas, inclusive do então governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PPS), do ex-governador, Waldez Góes, da ex-primeira dama, Marília Góes, e do prefeito de

Macapá, Roberto Góes (PDT), a operação, desencadeada pela Polícia Federal em 2010, permanece sem resultados concretos. A preocupação de Capiberibe é não deixar que a ação caia no esquecimento e a lentidão do processo ocasione a prescrição dos crimes e a impunidade.

“O ministério tem ascensão sobre a Polícia Federal e, portanto, competência para disponibilizar os meios financeiros para a agilização dos processos. Precisamos avançar, com maior rapidez, para saber, definitivamente, quem são os responsáveis pelo saque que o

Amapá sofreu. A justiça precisa ser célere, porque justiça que tarda não é justiça” – afirma o senador.

Já Randolfe Rodrigues pediu ao ministro Cardozo a liberação de uma emenda de bancada para a aquisição de um helicóptero, a fim de reforçar as ações de Segurança e de Saúde Pública do Amapá. O ministro garantiu empenho no atendimento dos pleitos e manifestou o desejo de visitar o Amapá, especialmente o Oiapoque, que faz fronteira com a Guiana Francesa, onde será inaugurada, em breve, a Ponte da Amizade, ligando os dois países.

Capiberibe cobra resultado da operação Mãos Limpas ao ministro da Justiça

Page 9: Capi sua voz no senado

9

O senador João Capiberibe (PSB/AP) ministrou a palestra “A sociedade no Acompan-hamento da Gestão Pública”, no Teatro das Bacabeiras, em Macapá (AP), dentro da programação da 1ª Conferência Estadual sobre Transparência e Controle Social (1ª Consocial), promovida pela Controladoria-Geral da União (CGU), de 28 a 30 de março. O intuito foi promover a transparência pública e estimu-lar a participação da sociedade no acompanhamento e controle da gestão pública, contribuindo para um controle social mais efetivo e democrático.

João Capiberibe elogiou a iniciativa, por contribuir para a conscientização dos cidadãos quanto à responsabili-dade de observar a forma como são

Autor da Lei da Transparência mostra como

acompanhar os gastos de governo

feitos os gastos de governo. “É um importante espaço de discussão e incentivo à promoção dos debates, em todas as esferas” – completa.

O senador é autor da Lei Comple-mentar N°131, de 27 de maio de 2009, que institui a transparência nas contas públicas. Quando governador do Amapá, de 1995 a 2002, Capiberibe acessava a evolução do orçamento estadual por uma rede interna e

entendeu que todos os cidadãos deveriam ter esse mesmo direito. Decidiu, então, em 2001, publicar todas as contas do Governo do Estado na internet, instituindo esta forma de transparência nas contas públicas.

“Todos os cidadãos podem e de-vem acompanhar os gastos públi-cos, já que se tratam de recursos

pagos por esses mesmos cidadãos, por meio dos impostos” – afirma.

Pela Lei, a União, Estados, Distrito Federal e municípios com mais de 100 mil habitantes e os municípios entre 50 mil e 100 mil habitantes já são ob-rigados a disponibilizar seus gastos na internet, desde maio de 2011. O prazo para os municípios com menos de 50 mil habitantes se encerra em maio de 2013.

Cerca de 50 pessoas homenagearam o professor francês Alain Ruellan, na noite da terça-feira, 03/04, no auditório da biblioteca do Senado Federal, em Brasília. Presidida pelo senador João Capiberibe (PSB/AP), a solenidade teve participação do vice-presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Roberto Amaral, da deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP) e dos senadores Antonio Carlos Valadares (PSB/SE), Lídice da Mata (PSB/BA), Cristovam Buarque (PDT/DF) e Randolfe Rodrigues (PSOL/AP), além de pesquisadores e mestres, cuja amizade com Ruellan vem de longa data.

Geógrafo renomado, especialista em solos, escritor e estudioso da sustentabilidade nos países em desenvolvimento, o professor

Ruellan tem uma forte ligação com o Brasil. Em julho de 1947, tinha apenas 16 anos quando participou de uma expedição ao Planalto Central, cuja finalidade era definir onde seria construída a nova capital do País. Sua relação com o Brasil foi estreitada durante o Governo do Desenvolvimento Sustentável do Amapá, de 1995 a 2002.

João Capiberibe ressaltou a importância de Ruellan no estreitamento das relações entre o Brasil e a França, particularmente nas relações Amapá-Guiana Francesa. Para ele, “o histórico de trabalho de cooperação e pesquisa, além da sua postura humana, com destaque no acolhimento de exilados brasileiros, durante a ditadura militar, tornou o professor Ruellan essa figura tão importante e significativa para todos nós” – ressaltou.

O casal Capiberibe, o professor Ruellan e sua esposa Françoise conheceram-se no início da década de 1980, em Pernambuco, durante o governo de Miguel Arraes. Desde então mantêm relação estreita em ações pelo desenvolvimento sustentável, principalmente da Amazônia. Durante o Governo do Desenvolvimento Sustentável do Amapá, Ruellan difundiu o projeto que estava sendo implantado no estado amazônico, conseguindo apoios importantes e tornando-o muito conhecido na Europa.

Na solenidade, Ruellan ouviu atento a cada depoimento e afirmou, emocionado: “Estou muito feliz com este presente recebido, com essa solenidade tão linda”. O pesquisador esteve acompanhado pelo filho Denni’s Ruellan e permaneceu em Brasília até o dia 07/04, quando seguiu para o Amapá e, depois, para Pernambuco. Ele faleceu em 15 de junho, na França, por complicações respiratórias, aos 81 anos.

Homenagem ao professor Alain Ruellan

Page 10: Capi sua voz no senado

10

O Dia do Índio, comemorado na quinta-feira, 19, foi instituído em 1943, pelo presidente Getúlio Vargas, com o decreto lei número 5.540. A data foi criada para rememorar os direitos indígenas e faz com que o povo brasileiro saiba da importância que eles têm na História. Com base nos Censos de 1991, 2000 e 2010, divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, 18, o número de pessoas que se autodeclaram indígenas praticamente triplicou nos últimos trinta anos, passando de 294.131, em 1991, para 817.963, em 2010.

A pesquisa revela, ainda, que os indígenas representam 0,4% da população brasileira. Comparando-se o Censo de 2000, a população indígena cresceu 11,4% (ou 84 mil pessoas), de 734.127 para 817.963, número menor se cotejado com o período de 1991 a 2000, quando o aumento foi de 150% (ou 440 mil pessoas), de 294.131 para 734.127.

A queda da mortalidade infantil, a erradicação de doenças graves, as políticas públicas visando à proteção destas populações, bem como a valorização pelos índios de sua própria identidade constituem as principais razões deste crescimento populacional.

A valorização dos índios no Amapá

De acordo com relatos históricos, os primeiros contatos entre o índio e o europeu têm o registro de 1500, quando o navegador espanhol Vicente Yañez Pinzón teria chegado em janeiro daquele ano, ao norte do Cabo Orange, atual fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa, portanto, um pouco antes da chegada dos portugueses ao Brasil.

O Amapá abriga várias etnias, distribuídas em 49 aldeias: Galibi, Karipuna, Palicur, Tiriyó, Kaxuyana, Wayana, Apalaí e Waiãpi. A história

A trajetória do índio no Amapádos índios se confunde com a do Estado, que ainda carrega o título de mais preservado da Amazônia. São os únicos do País que têm o privilégio de possuir todas as suas reservas demarcadas, sem invasões de garimpeiros, madeireiros e agricultores.

Uma política para os povos da floresta

O senador João Capiberibe (PSB), que governou o Amapá no período de 1995 a 2002, conviveu com os povos da floresta. Conheceu situações de pobreza, de injustiças e de devastação do meio ambiente. Deparou-se com a grande força da natureza e percebeu as fabulosas possibilidades de um desenvolvimento não destrutivo.

Inspirado por esta realidade, tornou viável a implantação de uma política voltada para os povos da floresta. Surgia naquela época, um projeto inovador, nunca antes implantado em lugar nenhum, o Plano de Desenvolvimento Sustentável do Amapá (PDSA), que, além de uma proposta política, era também uma estratégia econômica capaz de criar canais efetivos de participação popular, incentivando a organização das comunidades locais, aproximando sociedade e Estado.

Na época, Capiberibe anteviu as ameaças ao planeta e as preocupações sobre o aquecimento global e buscou o desenvolvimento aliado à preservação ambiental. Junto com a deputada federal Janete Capiberibe, sua esposa, João Capiberibe viu como um dos pontos fortes do programa, a valorização da cultura local. Os índios, além das parteiras tradicionais e das comunidades negras ganharam reconhecimento e apoio para suas atividades e manifestações culturais.

“Em nenhum outro momento, a cultura e a tradição do Estado do Amapá foram tão valorizadas quanto naquele período. Respeitou-se a diversidade étnica, beneficiando as comunidades indígenas com apoio nas áreas de educação e saúde, além do apoio financeiro e institucional para a garantia de seus territórios” – relembra Capi.

Graças ao processo de descentralização e às parcerias firmadas com as associações indígenas, os investimentos nos setores produtivos - agricultura, pecuária e artesanato - bem como na infraestrutura das aldeias - moradia, saneamento, saúde e educação - atingiram mais de R$ 2,3 milhões, somente em 1995/96.

O projeto de educação bilíngue/bicultural, que fazia parte do processo de inclusão, preocupou-se em ensinar o português sem deixar de lado a língua nativa, com professores formados para lidar com essa dinâmica, por meio da coordenação do Núcleo de Educação Indígena do Amapá (NEI).

Unindo política, economia e questões ambientais, foram anos de crescimento sustentável. Sensível às causas populares e aberto a novas ideias de desenvolvimento, Capiberibe surpreendeu o mundo com o tratamento dispensado à população mais carente, tratando lideranças indígenas com a dignidade que merecem.

Passados mais de oito anos, a população indígena do Amapá volta a ter reconhecimento e respeito com o retorno do PSB ao comando do Estado. Camilo Capiberibe, filho do senador João Capiberibe, tem em seu programa de governo o incentivo às comunidades tradicionais, incluindo novamente os povos da floresta.

Page 11: Capi sua voz no senado

11

O senador João Capiberibe foi agraciado com o Diploma de Destaque Parlamentar Brasileiro em Desenvolvimento e Responsabilidade Social, expedido pelo Instituto Ambiental Biosfera e o Instituto Socioambiental para Desenvolvimento Sustentável. O certificado foi entregue em 24/04, pelo presidente do Instituto Ambiental Biosfera, professor Dorival Correia Bruni, no gabinete do senador, em Brasília.

O documento reconhece como relevante a atuação do senador no apoio e estímulo a programas e projetos direcionados à promoção do desenvolvimento sustentável no País. No certificado, os Institutos também evidenciam a consonância do trabalho de Capiberibe com os princípios da responsabilidade social e da proteção ambiental, o que, para eles, tem contribuindo de modo marcante para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira.

Bruni aproveitou a visita para convidar Capiberibe a participar do Seminário Internacional sobre

Prevenção, Mitigação e Recuperação de Desastres Ambientais, marcado para março de 2013, em Búzios (RJ). João Capiberibe, que é membro da Subcomissão Temporária de Acompanhamento da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), desenvolve

ações importantes na área do meio ambiente, desde a época em que foi governador do Amapá, quando implementou ações visando ao crescimento e preservação, por meio do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá (PDSA).

Capi recebe Diploma de Destaque Parlamentar

Page 12: Capi sua voz no senado

12

O assunto levado à Tribuna do Senado na quinta-feira, 26 de abril, pelo senador João Capiberibe (PSB/AP), foi objeto de um artigo publicado em 25 de dezembro de 2000 no jornal “O Estado de São Paulo”, o Estadão. O artigo tratava do embate entre o Governo do Amapá e os demais poderes do Estado - A Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e o Tribunal de Contas.

Na época, Capiberibe era governador eleito para o segundo mandato e trabalhou para “equilibrar as finanças estaduais e moralizar os hábitos políticos locais. Mas, eu era impedido de fazê-lo em razão de manobras escusas perpetradas pelos demais poderes”.

“Se eu volto ao tema novamente, 12 anos depois, disse Capi, é para mostrar que todo o trabalho desempenhado por meu governo visando ao equilíbrio das contas estaduais entre janeiro de 1995 e abril de 2002, foi completamente dilapidado nos oito anos seguintes, pelos dirigentes que se instalaram no Poder Executivo” – explicou.

Capi também ressaltou que “infelizmente, a batalha para equilibrar as finanças estaduais e moralizar os hábitos políticos locais sempre foi ladeada pelas manobras dos demais interessados em se apossar do dinheiro público e o nosso empenho foi desperdiçado nos oito anos seguintes, pelos que se instalaram no Poder Executivo Estadual”.

O editorial “A cassação adiada”, publicado pelo jornal ‘O Estado de São Paulo’, em 25 de dezembro de 2000, explica bem toda a atual situação política do Estado. Vale a pena ler novamente, para entender melhor toda a realidade das instituições do Amapá.

- Eu fiz questão de ler este editorial para mostrar a diferença entre dois

momentos na história do nosso país. Àquela época, havia uma convivência pacífica com a corrupção, com o desvio de recursos públicos. Hoje, dadas as inúmeras denúncias e a atuação decisiva da Polícia Federal e do Ministério Público para coibir a corrupção, há uma aparência que a corrupção é maior do que ontem, mas não é. Hoje ela está mais exposta e submetida a uma vigilância maior, tanto da sociedade quanto das instituições públicas. Hoje, com a CPI, podemos fazer deste momento um momento histórico para o país – afirmou.

A cassação adiadaA decisão de se autodissolver, adotada pela comissão processante da Assembleia Legislativa do Amapá, interrompendo assim o processo de cassação do mandato do governador Alberto Capiberibe, surpreendeu a todos, especialmente, ao governador, que já dava como certa a sua cassação. A crise institucional do Amapá, no entanto, não terminou. Um grupo de deputados estaduais está disposto a aprovar o impeachment de Capiberibe e já anunciou que voltará

a carga, saneando as falhas jurídicas que levaram à dissolução da comissão processante.Eleito pela primeira vez em 1994 – quatro anos depois foi reeleito, com grande apoio popular -, para ser diplomado e empossado, Capiberibe precisou recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral. Recebeu de herança o compromisso de pagar um substancial aumento ao funcionalismo, retroativo a março de 199, para ser pago em 1995, além de restos a pagar, correspondentes a obras superfaturadas e fornecimentos duvidosos, no valor de R$ 160 milhões. A dotação anual destinada ao Judiciário, Legislativo, Ministério Público e Tribunal de Contas estaduais foi dobrada antes de sua posse, passando de R$ 49,2 milhões, em 1994, para R$ 104 milhões em 1995.

A cada tentativa do governador de equilibrar as finanças estaduais e de moralizar os hábitos políticos locais, a oposição respondeu com um processo na Justiça. Em menos de seis anos, acumularam-se contra Capiberibe 479 processos, desde ações populares até

Crise institucional no Amapá não é surpresa

Page 13: Capi sua voz no senado

13

a acusação de desvios de recursos do Fundef, que deu origem ao processo de cassação, cuja tramitação foi suspensa esta semana.

O conflito entre o governador e os Poderes Legislativo e Judiciário tornou-se crítico a partir do momento em que ele convidou, no início deste ano, a CPI do Narcotráfico, para investigar o crime organizado em seu Estado. O relatório da CPI, divulgado em 05 de dezembro, sugere o indiciamento da presidente do Tribunal de Contas do Estado, Margarete Salomão, do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fran Junior, e dos deputados Jorge Salomão e Paulo José, por suspeita de envolvimento com o narcotráfico e com a lavagem de dinheiro.Segundo o governador João Capiberibe, “o real motivo da crise do Amapá é a discrepância de objetivos na aplicação dos recursos públicos: enquanto a meta político-administrativa do Executivo é investir na melhoria da qualidade de vida da população, membros do Legislativo querem apropriar-se dos recursos disponíveis sem justificar sua aplicação.Este é um diagnóstico eufemístico do que se passa no Amapá. O antigo

território, na verdade, transformou-se um Estado sem lei, administrado durante longos anos por oligarquias que se habituaram a tratar a coisa pública como se fosse propriedade privada. Que a população local estava farta dos desmandos, não resta a menor dúvida: em duas eleições seguidas escolheu o governador João Capiberibe, apoiando uma plataforma de governo financeiramente austera e politicamente moralizadora.Mas só isso não saneará o Estado. As práticas imorais estão profundamente entranhadas na vida política e institucional do Amapá. Em julho, por exemplo, o Supremo Tribunal Federal suspendeu por liminar a vigência das leis estaduais que haviam servido como base para a instauração de processo de impeachment de Capiberibe. Apesar disso, a Assembleia votou o pedido de instalação da comissão processante, que foi aprovado por 14 votos contra 4, quando o mínimo exigido para que a denúncia de crime de responsabilidade tivesse sequência de 16 votos favoráveis.A comissão foi, mesmo assim, formada com a participação de cinco

deputados e de seis desembargadores. O que sustou o processo foi a constatação, pelos desembargadores, de que ao governador havia sido negado amplo direito de defesa. Isso salvou temporariamente o mandato do governador João Capiberibe.Mas ele continua sujeito a novo processo de impeachment, porque seus adversários já declararam que não esmorecerão enquanto não o tirarem do governo. Enquanto isso, causa pasmo a inércia dos diretórios nacionais dos partidos a que estão filiados os deputados estaduais que não apenas dilapidaram o Tesouro do Amapá, como estão acusados de envolvimento com o crime organizado. Mas causa maior espécie que o governo federal, dispondo de instrumentos poderosos como a Polícia Federal e Receita Federal, assista, sem nada fazer, ao que se passa no Amapá.

‘O Estado de São Paulo’ – 25 de dezembro de 2000

Page 14: Capi sua voz no senado

14

Mais de cem pessoas, entre auto-ridades e estudantes dos diversos cursos da Universidade de Brasí-lia (Unb), participaram da pales-tra do senador João Capiberibe (PSB/AP), sobre transparência nos gastos públicos, em 04/05.

A palestra integrou a programa-ção da mesa redonda “Transpar-ência, Ética e representação no Brasil”, promovida pelo Centro de Estudos Avançados Multidisci-plinares (Ceam), no auditório da Reitoria da UnB, em Brasília.

Autor da lei complementar 131, ou Lei Capiberibe, o senador conclamou os alunos a acompan-harem a forma como os órgãos públicos, a exemplo da própria universidade onde estudam, estão

Evento sobre transparência reúne mais de 100 estudantes, na Unb

aplicando seus recursos.

“Sugiro aos graduandos da En-genharia, por exemplo, a acom-panharem a execução das obras que estão em andamento aqui mesmo, dentro do Campus. Vocês já tiveram a curiosidade de anal-isar como está o procedimento? Qual a previsão de entrega? Tudo isto está disponível, nas mãos de vocês” – ressaltou.

Para João Capiberibe, a divul-gação das informações ainda precisa de aperfeiçoamentos, mas ressaltou o empenho de todos os cidadãos e, particularmente, da classe estudantil no acompanha-mento dos gastos como uma luta gradual de combate à corrupção.

Em pronunciamento na quinta-feira (17/05), o senador Rodrigo Rollemberg (PSB/DF) declarou que o Brasil consolidou e aprofundou sua democracia com a instalação da Comissão da Verdade e a recente entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação.

Ele elogiou firmemente o autor da Lei da Transparência (131/2009), senador João Capiberibe (PSB/AP) e defendeu a transparência como a melhor forma de combater os desvios no regime democrático.

Para Rollemberg, a Comissão da Verdade é composta por “sujeitos extraordinários” que, a serviço de diferentes governos, sempre lutaram contra os abusos do Estado e contribuirão sem revanchismo para o esclarecimento histórico dos fatos ocorridos durante a ditadura militar. Também recebeu elogios a Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor na quarta-feira (16).

O senador também apoiou o projeto de João Capiberibe, que garante a transparência nas contas públicas. “A melhor forma de combater os desvios, os equívocos na democracia, a corrupção é colocar luzes, dar transparência, tornar as questões cristalinas. Todo cidadão tem o direito de saber aquilo que é de interesse público. Este é o princípio. O sigilo é exceção. O princípio é a transparência total” – disse.

Lei criada por Capi recebe elogios em plenário

Page 15: Capi sua voz no senado

15

Um novo esquema de desvio de re-cursos públicos na Assembleia Legis-lativa do Amapá foi tema do discurso do senador João Capiberibe (PSB/AP) na terça-feira, 29/05, na Tribuna do Senado. Ele citou reportagem di-vulgada pelo jornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo, e lamentou o fato de, quase um ano e meio depois da Op-eração Mãos Limpas, a Assembleia “reincidir em práticas delituosas”.

“O Poder Legislativo do meu Estado já é alvo de outros oito inquéritos, o que demonstra, pelo visto, nada mudou naquela Casa” – ressaltou.

De acordo com investigações da Polícia Federal, o desvio de dinheiro público em licitações e contratos superfaturados passou de R$ 100 milhões. Já outro esquema denuncia-do pelo Ministério Público Estadual

durante a Operação Eclésia, funcio-nava com a emissão de notas frias e, até, na falsificação de assinaturas em cheques sacados à boca do caixa, cujo montante era depositado na conta de um componente do es-quema, para posterior rateio entre os demais.

“Esse crime foi detectado pelo Minis-tério Público cruzando os saques na boca do caixa e os posteriores depósitos” – relatou o senador.

João Capiberibe também informou que, segundo apuração do MPE, participam do esquema empresas de terceirização de mão de obra, de aluguel de veículos, além de agências de viagem.

“A reportagem, continuou o senador, traz a público, ainda, que o prédio

anexo da Assembleia Legislativa pertence à família de um deputado. É um esquema de enriquecimento ilícito por meio de recursos públicos, em atitudes imorais e antiéticas, com aparência de legalidade” – disse.

Para Capiberibe, os tempos são outros no Amapá. “A subserviência e malversação dos recursos públicos fazem parte de uma história triste que começou a ser desconstruída no dia 10 de setembro de 2010, quando ruiu uma parte do esquema de cor-rupção que infelicitou o Amapá por oito anos”.

O senador conclamou a sociedade para pressionar pela punição severa dos culpados pelo rombo dos cofres do Estado.

Capi cobra punição severa aos culpados pelo rombo nos cofres do Amapá

Page 16: Capi sua voz no senado

16

O senador João Capiberibe (PSB-AP) conclamou as bancadas de senadores e deputados federais de seu estado a apoiar o aprofundamento das inves-tigações, pelo Ministério Público do Amapá sobre o novo esquema de desvio de recursos públicos na As-sembleia Legislativa do Amapá, que foi denunciado na segunda-feira, 28 de maio, em reportagem do jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo.

De acordo com João Capiberibe, en-

quanto o Ministério Público Estadual trabalha para repor a moralidade administrativa, a Assembleia Leg-islativa, por meio de um grupo de deputados estaduais, tenta pres-sionar os procuradores e promotores, abrindo uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Ministério Público Estadual.

— Em vez de saudarem a atitude do Ministério Público Estadual, um grupo de deputados tenta confundir

Capi defende investigação do Ministério Público na ALAP

a opinião pública com a tática, já conhecida, de tentar colocar todos no mesmo balaio de gatos — disse.

Segundo ele, a CPI foi criada sem motivo nenhum, logo depois de cumpridos os mandados de busca e apreensão pela polícia, decorren-tes da ação do Ministério Público Estadual, na Assembleia Legislativa e nas residências de vários deputados estaduais.

O senador João Capiberibe (PSB/AP) ministrou palestra na sexta-feira, 7, no Fórum Nacional de Defesa do Especialista, em Brasília, com o tema “A cirurgia plástica na visão do Legislativo”.

Capiberibe agradeceu à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), na pessoa de seu presidente, o Dr. José Horácio Aboudib, e ressaltou que a cirurgia plástica tem, de fato, chamado a atenção do Congresso Nacional, pelo menos em duas frentes principais: as cirurgias nos casos de violência contra a mulher e as cirurgias de reconstrução nos casos de câncer de mama.

O parlamentar ressaltou que, no início de 2012, o assunto teve evidência no Senado, em razão da audiência pública realizada pelas Comissões de Direitos Humanos e de Assuntos Sociais, com a participação, inclusive, da SBCP, por meio de seu vice-

presidente, Dr. Luciano Chaves.

“Sei do empenho da Sociedade na solução dos problemas das mulheres que passam por mastectomias e necessitam das cirurgias de reconstrução mamária. Sei, também, do problema relativo à baixa remuneração que os cirurgiões plásticos recebem do Sistema Único de Saúde por essas intervenções. Trata-se de situação penosa para pacientes e médicos, que precisa ter solução breve, infelizmente, fora do âmbito do Congresso Nacional. Por isto, tenho reivindicado constantemente junto ao Poder Executivo, em cujas mãos está posto o problema” – lamentou.

Capiberibe defende cirurgia reparadora gratuita às mulheres vítimas de violência

Page 17: Capi sua voz no senado

17

A atuação bem sucedida do senador João Capiberibe (PSB/AP) quando governador do Amapá ultrapassou as fronteiras. Ele viajou à Alemanha em 13/05, a convite do governo local, para participar de um debate sobre Sustentabilidade e outras experiências de sucesso realizadas no Brasil.

O evento “Sustentabilidade Sem Fronteiras – Alianças climáticas e outras experiências“ ocorreu na prefeitura de Berlim, e serviu também como uma preparação para a Rio+20, ocorrida em junho, no Rio de Janeiro.

O objetivo geral do debate na Alemanha foi discutir política, justiça ambiental e direitos humanos, além de apresentar alternativas para o desenvolvimento sustentável. Dentre os temas tratados, as expectativas para a Rio + 20; experiências que mostram o caminho para a sustentabilidade sem fronteiras; e povos indígenas da América Latina e sua relação com os sindicalistas alemães.

João Capiberibe falou sobre as ações implementadas na sua gestão quando era governador do Amapá, e destacou medidas tomadas para

incentivar a economia sustentável e iniciativas voltadas para a alimentação, educação, energia e estilo de governo. Os organizadores do evento também pediram que o senador detalhasse a cooperação firmada com entidades da Guiana Francesa.

“Tomamos como base os anos de gestão do senador Capiberibe junto ao Governo do Amapá, em questões como economia, solidariedade, educação, e outras. Estamos ansiosos por sua presença no evento“ – afirmou a professora Clarita Müller-Plantenberg, uma das organizadoras do debate.

A expectativa, segundo Clarita, é atuar de modo prático na Aliança Climática, para apoiar projetos de longo prazo nos territórios que estão em consonância com as organizações indígenas, sugerindo uma reconstrução ecológica/atmosférica das cidades, para manutenção das florestas. Cerca de 1600 cidades europeias já aderiram à Aliança.Histórico

A “Aliança de cidades europeias com os povos indígenas das florestas tropicais“ foi iniciada antes da Agenda 21, especificamente antes

Atuação de João Capiberibe é modelo na Alemanha

da queda do Muro de Berlim, em meados de 1989. Uma troca permanente de informações entre aliados levou a processos de aprendizagem pela manutenção da atmosfera do mundo.

Pelo tratado, as cidades comprometem-se a fomentar o processo de reconstrução ecológica e apoiar programas de organizações indígenas que querem manter sua floresta. Cada vez mais regiões têm entendido que precisam recuperar sua capacidade de fornecimento de alimentos e energia, reduzindo o uso de combustíveis fósseis e recursos de energia nuclear. Na Europa, diversos municípios têm percebido que o bem comum está em jogo. Nesse sentido, estudiosos e populações locais estão envidando esforços, para assegurar alternativas sustentáveis para as gerações futuras.

“Tomamos como base os anos de gestão do senador Capiberibe junto ao Governo do Amapá, em questões como economia, solidariedade, educação, e outras.”

Clarita Müller-Plantenberg

Page 18: Capi sua voz no senado

18

O senador João Capiberibe (PSB-AP) voltou à tribuna do Plenário do Senado para falar, mais uma vez, da proposta de federalização da Com-panhia de Eletricidade do Amapá – CEA – preparada pelo Governo do Amapá e entregue ao Ministério das Minas e Energia em agosto do ano passado. Capiberibe fez questão de ressaltar que a proposta conta com o apoio da totalidade da bancada do Amapá no Congresso Nacional - O apoio da bancada federal é a demonstração de que nossos parlamentares colocam o Amapá acima das divergências políticas. Uma demonstração de maturidade política, disse o senador. Segundo o senador, a proposta de federalização vem percorrendo um longo caminho desde agosto passa-do, mas está perto do fim, tanto que hoje, técnicos da Eletrobrás estão no Amapá para realizar um diagnóstico da Companhia. Capiberibe detalhou que os estudos são preliminares e fazem parte do processo de federalização da em-

presa. - A Eletrobrás fará um levanta-mento de todo o funcionamento da CEA, desde a área administrativa, técnica, comercial até a operacio-nal para elaborar o diagnóstico que vai nortear suas ações a partir da mudança no controle acionário que deixará de ser do Estado e passará para a União, afirmou Capiberibe. A equipe da Eletrobrás é coordenada pelo Dr. Luiz Henrique Hamann, técnico experiente da Eletrobrás que já esteve no Amapá na década de 80 fazendo trabalhos na CEA. Para o senador “tudo isso é fruto do trabalho do governo do Amapá, que conta com o apoio irrestrito da bancada do Estado no Senado e na Câmara dos Deputados”. Segundo Capiberibe, “a situação at-ual da CEA, que levou o governo do estado a solicitar a sua federalização, infelizmente faz parte da herança maldita de oito anos de malversa-ção do dinheiro público herdada no dia 1º de janeiro de 2011 pelo atual governo”.

Capiberibe saúda federalização da CEA e cobra celeridade na conclusão de inquérito de operação da PF

- É por isso, que semanalmente uso essa tribuna para pedir a Polícia Fed-eral, ao Ministério Público Federal e ao Superior Tribunal de Justiça, celeridade na conclusão do inquérito da Operação Mãos Limpas. A poster-gação do inquérito vem causando transtornos à governança do Estado.

“A situação atual da CEA faz parte da herança maldita de oito anos de malversação do dinheiro público herdada no dia 1º de janeiro de 2011 pelo atual governo”

Page 19: Capi sua voz no senado

19

Na terça-feira, 12/06, o senador João Capiberibe (PSB/AP) reuniu a equipe de seus gabinetes localizados em Brasília (DF) e em Macapá (AP), por meio de videoconferência, diretamente do Interlegis. O objetivo da reunião foi apresentar desdobramentos da visita do parlamentar à Itália, na semana anterior, quando foi condecorado com menção honrosa na entrega do Prêmio Nacional de Ecologia “Verde Ambiente 2012”, em destaque por sua militância na área socioambiental.

O senador viajou acompanhado da deputada Janete Capiberibe, a convite do senador italiano Guido Pollice, membro da Green Cross

Itália e presidente da associação ambientalista italiana Verdi Ambiente e Società (VAS). Ali, ficou acertado um intercâmbio entre agricultores familiares amapaenses e italianos, bem como aposentados e pessoas que queiram iniciar uma nova atividade econômica, nos padrões de uma comunidade sustentável.

A iniciativa deverá ser contemplada com recursos do Fundo da União Europeia, porque o Amapá faz fronteira com a Guiana Francesa. O prefeito de Sorrento, Giuseppe Cuomo, também ficou interessado na realização da parceria, dadas as características turísticas, tanto daquela cidade italiana, quanto do

Amapá.

“Os debates mostraram que é possível haver uma cooperação entre as comunidades brasileiras e europeias, unindo saberes e proporcionando a troca de conhecimentos, para a construção de um novo processo de desenvolvimento, a partir de ideias socioambientais” – ressaltou.

Lei da TransparênciaJoão Capiberibe constatou que a Itália não tem perspectivas de aprovar leis nos moldes das leis brasileiras, como a da Transparência. Ele observou que está em discussão no Parlamento italiano um documento semelhante à Lei de Acesso à Informação, mas sem contemplar os gastos públicos.

“Observo que nós, mesmo tendo avançado muito, ainda precisamos continuar agindo para que estas leis aprovadas continuem sendo úteis. Trata-se de um trabalho permanente junto à sociedade, para o efetivo exercício do controle social” – preocupa-se.

A equipe do senador está elaborando uma série de cartilhas explicativas sobra a Lei de Acesso à Informação, à Lei Complementar 131 (Transparência) e outras, com ilustrações e linguagem acessível, para serem distribuídas em escolas, bibliotecas e órgãos públicos. “Voltei convencido de que precisamos avançar no sentido de estimular a sociedade a buscar o controle social. Se não nos mobilizarmos, todo o nosso esforço terá sido inútil” – afirmou.

Senador Capiberibe recebe menção honrosa na Itália

Page 20: Capi sua voz no senado

20

A sexta-feira, 22/06, marcou o encerramento da Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20. O evento reuniu autoridades de diversas partes do mundo, no Rio de Janeiro, para discutir ações e assegurar um comprometimento político pelo futuro do planeta.

Para o senador amapaense João Capiberibe (PSB/AP), a reunião foi válida, mas não haverá mudanças significativas sem a efetiva fiscalização do cumprimento dos acordos pelos parlamentos do mundo inteiro. “É necessário vigiar e acompanhar os pactos estabelecidos pelos chefes de Estado ao longo do evento. Eu fico imaginando como teríamos avançado, caso tivesse ocorrido a mesma ideia há 20 anos atrás, quando da Eco-92” – avalia.

O senador elencou alguns acordos firmados nas negociações diplomáticas da Eco-92, como a Convenção da Biodiversidade e a Agenda 21, que estabeleceu a importância de cada país se comprometer a refletir, global e localmente, sobre as formas de cooperação no estudo de soluções para os problemas socioambientais.

O problema, segundo Capiberibe, é que as ações não foram devidamente implementadas pelos governos locais, nem acompanhadas.

Protocolo de intençõesJoão Capiberibe é membro do Globe International, organização mundial que discute ações legislativas relativas à questão ambiental e às mudanças climáticas. Na Rio+20, os parlamentares membros da organização firmaram um documento de intenções que tem como principais pontos a redução da pobreza, a justiça social, o compromisso com o não retrocesso da legislação ambiental, a reafirmação das responsabilidades comuns, porém diferenciadas entre os países, além do financiamento, transferência de tecnologias e capacitação para os países em desenvolvimento.

O documento foi entregue ao Secretário Geral da ONU para a Rio+20, Sha Zukang, com o pedido de que seja reconhecido como uma contribuição para a conferência e para a implementação de suas decisões.

Na reunião, também foi estabelecida a “Cúpula de Legisladores”, que se reunirá

a cada dois anos, no Rio de Janeiro, para acompanhar o cumprimento dos acordos firmados na Rio+20. Dentre os compromissos da Cúpula, está a busca pelo fortalecimento da governança para o desenvolvimento sustentável nos níveis internacional, regional e local; o fortalecimento do engajamento nas políticas públicas em relação ao meio ambiente e à economia verde e a promoção de políticas públicas de erradicação da pobreza.

João Capiberibe lamentou a ausência de países considerados ricos nas discussões da Rio+20 e avalia que o texto avançou pouco em ações efetivas. Para ele, o desenvolvimento sustentável depende do efetivo acompanhamento da agenda 21, de medidas de proteção da biodiversidade e ainda da formação de um parlamento global que regule as ações no mundo inteiro.

“Embora tenha ficado aquém das nossas expectativas, a Conferência foi um momento significativo. O papel de liderança exercido pelo Brasil possibilitou a consciência de que a agenda de desenvolvimento sustentável pode deixar, sim, uma herança positiva” – finalizou.

Balanço positivo da Rio+20

Page 21: Capi sua voz no senado

21

O senador João Capiberibe (PSB/AP) apresentou Projeto de Lei 076 no Senado, em conjunto com os senadores Casildo Maldaner (PMDB/SC), Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) e Angela Portela (PT/RR), para tornar claros os impostos embutidos em bens e serviços pagos pelos consumidores brasileiros. O projeto adota medidas para detalhamento do valor líquido das operações, seguido pelo valor de cada um dos tributos na nota ou cupom fiscal, inclusive quando emitida por via eletrônica.

Capiberibe explica que a Constituição Federal de 1988 prevê medidas para esclarecimento da população, mas não inclui, entre tais informações, o valor dos tributos repassados aos consumidores. “Estou propondo corrigir esta omissão, para determinar que a oferta e a apresentação de produtos ou serviços não só devem assegurar dados corretos, claros e precisos sobre os bens oferecidos, como devem informar com precisão a carga de impostos indiretos incidentes sobre o consumo” – explica o senador.

Os tributos a que se refere o artigo 1º da Lei proposta por Capiberibe são: o Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros (II); Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico relativa às Atividades de Importação ou

Comercialização de Petróleo e seus Derivados, Gás Natural e seus Derivados e Álcool Combustível (CIDE-Combustíveis); d) Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

Segundo o projeto, as normas se aplicam a toda peça publicitária relacionada aos produtos nela mencionados, assim como aos produtos expostos nas vitrines, gôndolas e demais espaços de exposição ao público. Ficam dispensadas as microempresas com receita bruta anual inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e o microempreendedor individual que optou pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta do mês. Quem omitir os dados poderá ser enquadrado no artigo 66 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que prevê detenção de três meses a um ano, mais multa.

João Capiberibe já é autor da Lei Complementar N°131, de 27 de maio de 2009, que institui a transparência nas contas públicas. Para ele, o detalhamento dos impostos é um

passo a mais na Transparência, tornando mais clara a relação entre o governo, que frequentemente apresenta propostas de aumento de carga tributária, e os contribuintes, que muitas vezes reclamam da grande quantidade de tributos incidentes sobre os produtos e serviços.

“Na maior parte dos países mais desenvolvidos, isso se faz há décadas. Além disso, a informação ostensiva sobre os tributos suportados pelo consumidor proporciona saber quanto poderá ser sonegado pelo vendedor, caso não seja solicitada a nota fiscal de venda do produto. Por conseguinte, o contribuinte, passará a solicitar com maior frequência a emissão do documento, contribuindo para a redução do elevado grau de sonegação fiscal atualmente observado no País” – ressalta o senador.

Nota fiscal: Capiberibe apresenta projeto para detalhamento de impostos

Page 22: Capi sua voz no senado

22

O senador João Capiberibe (PSB/AP) e a deputada federal Janete Capiberibe (mesmo partido) foram recebidos no final da tarde desta terça-feira, 3/7, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Brasília (DF). Aos parlamentares, o ministro confirmou a liberação

de recursos na ordem de mais de R$ 7 milhões, para a aquisição de equipamentos médico-hospitalares: R$6,4 milhões para o hospital do município de Santana e R$ 809 mil para o hospital de Laranjal do Jari.

Segundo João Capiberibe, a ação vai reestruturar a rede hospitalar local e atender à demanda nos hospitais estaduais, que chega a 60 pacientes em espera. Além disso, os recursos serão aplicados na implementação do “Projeto Suporte” a ser desenvolvido pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) no Amapá, cuja data da primeira etapa está prevista para o período de 9 a 13 de julho de 2012 (com a

realização das cirurgias por traumas) e a segunda etapa a ser definida para 20 de julho até o fim agosto de 2012 (com a realização das cirurgias de alta complexidade).

O senador Capiberibe, por meio de sua Assessoria, está acompanhando a realização dos empenhos, para que ocorram na maior brevidade possível. “Com isto, estamos buscando apoiar as ações do Governo do Amapá, para melhoria da qualidade do atendimento no Sistema de Saúde do Estado. Buscaremos a celeridade das liberações das propostas, que têm ênfase nos Hospitais de Santana e de Laranjal do Jari” – destacou.

Ministério garante R$7 milhões para a Saúde no Amapá

Santana e Laranjal do Jari serão os primeiros beneficiados

Page 23: Capi sua voz no senado

23

O senador João Capiberibe (PSB/AP) apresentou em audiência pública nesta segunda-feira, 13/08, o projeto de sua autoria, que institui o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Segurança Pública. O evento aconteceu na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e teve participação de diversas entidades ligadas à Segurança Pública de todo o país.

De acordo com o presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul (ACS), Edmar Soares, o evento contou com a presença de representantes de mais de 500 mil policiais militares e bombeiros. “Temos aqui representantes de 90% dos seguimentos da segurança pública”, destacou.

João Capiberibe (PSB/AP) explicou que a PEC 024 vai melhorar as condições de atuação das forças policiais estaduais, mas para o cidadão, o fundo não representará aumento na carga tributária. De acordo com o projeto, o fundo será formado a partir de parcelas do IPI (Imposto sobre Produtos Industriais) e do ICMS (Imposto sobre circulação de Mercadorias e Serviços) recolhidos da venda de armas e material bélico, porcentagem dos impostos pagos por empresas do ramo de serviços de segurança, e parte do lucro líquido de bancos e instituições financeiras.

Para o presidente da Associação Nacional das Entidades Representativas de Cabos e Soldados Policiais e Bombeiros Militares do Brasil (Anercs), Leonel Lucas, o projeto poderá resolver problemas

estruturais graves, como falta de coletes à prova de bala, de viaturas, e até de rádio e de serviços de tecnologia.

“Nós vemos que a saída está bem próxima, mas para isso temos que procurar os nossos senadores. Esse trabalho é de cada um, de procurar os representantes, para aprovar a emenda constitucional”, disse Leonel.

Um fórum nacional foi criado ao longo do evento, com essa finalidade. A PEC 24 está na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, e o relator é o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Ela ainda precisa passar pelas comissões temáticas, antes de ir ao plenário e depois para a tramitação na Câmara dos Deputados. As próximas audiências sobre a PEC serão realizadas em Minas Gerais e em Goiânia.

Segurança Pública: Lideranças criam a Frente Brasil pela PEC 024

Page 24: Capi sua voz no senado

24

O senador João Capiberibe (PSB/AP) participou na tarde da quarta-feira, 15/08, no Palácio do Governo do Amapá, da solenidade de assinatura do contrato de obras da segunda etapa do conjunto habitacional Macapaba. A primeira etapa do projeto, em execução desde junho deste ano, é de 2218 unidades habitacionais, que, somadas às previstas no contrato agora assinado pelo governo do Amapá com a Caixa Econômica e a empresa construtora Direcional, vão contemplar a população de Macapá com mais de 4 mil casas e apartamentos.

O total do investimento é de R$ 134.958.000,00 (R$ 121.650.000,00 do Programa Minha Casa, Minha Vida II, do governo federal, e R$ 13.308.000,00 de contrapartida do governo do Estado com recursos BNDES). O prazo de conclusão das

obras está previsto para 24 meses, e vai gerar cerca cinco mil empregos.

“A política - disse o senador Capiberibe ao pronunciar-se na solenidade – é o mais importante instrumento transformador da sociedade, para o bem o para o mal”. Capiberibe referia-se aos oito anos que antecederam o atual governo socialista no Amapá. “Foi um período de transformação para o mal, para a inadimplência e para o descrédito, que hoje está sendo resgatado a custo de muito sacrifício do governo e da própria população”, enfatizou Capiberibe, manifestando-se otimista com relação ao futuro do Amapá, lembrando que “o governo do PSB tirou o Estado das últimas posições no cumprimento das obras do PAC, colocando-nos em quarto lugar, e, agora, construindo para a população sem teto do Amapá o segundo maior

empreendimento público habitacional do país”, comemorou o senador Capiberibe.

O senador não se esqueceu de pontuar no seu pronunciamento a acertada decisão do governador Camilo em exigir das empresas responsáveis pelas obras do conjunto habitacional Macapaba a contratação de empresas locais para a produção e fornecimento das peças de carpintaria das unidades, incluindo, principalmente, portas, janelas e esquadrias: “(...) não se pode perder essa oportunidade de prestigiar e incentivar o empresariado do Amapá, motivando a economia do estado e criando oportunidades de emprego e renda para os que integram a cadeia produtiva moveleira”, concluiu o senador João Capiberibe.

O Amapá está resgatando a credibilidade perdida

“O governo do PSB tirou o Estado das últimas posições no cumprimento das obras do PAC, colocando-nos em quarto lugar, e, agora, construindo para a população sem teto do Amapá o segundo maior empreendimento público habitacional do país”

Page 25: Capi sua voz no senado

25

Uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH), na manhã da segunda-feira, 02/07, discutiu e buscou alternativas para acabar com a violência contra as lideranças sindicais no campo brasileiro.

O evento, proposto pelo senador João Capiberibe (PSB/AP) e apoiado pelo presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT/RS), contou com a participação da deputada federal, Janete Capiberibe (PSB/AP), presidente da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, Gercino José Filho, secretário executivo do Conselho Indigenista Missionário, Cleber César Buzatto, delegado da Polícia Federal, Antonio Carlos Moriel Sanchez, dentre outras autoridades.

Algumas das principais razões identificadas para os conflitos no campo são a extração ilegal de madeira, a ausência de reforma agrária e a impunidade dos criminosos, que agem no Brasil como numa “terra sem lei”. “É impensável um País como o nosso ter de conviver com qualquer tipo de violência e, principalmente, com a violência contra as lideranças sindicais no campo brasileiro” – declarou João Capiberibe.

Para o senador, as fronteiras brasileiras precisam de uma efetiva presença do Estado, que poderia acontecer com a criação de uma Polícia Federal Comunitária Indígena, por meio de ações integradas com a Polícia Federal, e de um estatuto definido em amplos processos de discussão.

O representante da Central da União de Índios e Aldeias, índio Guarani Araju Sepeti, ressaltou que a discriminação dos povos indígenas fere a Constituição e a Legislação brasileira. Ele defendeu a criação de uma “bancada indígena” no Congresso Nacional, para que a sua comunidade tenha voz dentro

do Legislativo. “Nós queremos compaixão e reconhecimento dos indígenas, independente de onde estejamos. Não é porque você usa roupa e usa tecnologia que deixa de ser indígena. Queremos uma pátria livre do preconceito e racismo” – afirmou Araju.

João Capiberibe lamentou que a luta pela recuperação do direito à posse de terras seja intensa e acarrete nos conflitos. “E, quando se trata das populações mais vulneráveis, há sempre um atraso muito grande” – lamentou.

Já a deputada Janete Capiberibe (PSB/AP) lembrou que, de 2007 até agora, 17 lideranças foram assassinadas. Ela lamentou a ausência de representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Fundação Nacional do Índio (Funai), tanto no evento de hoje, quanto na audiência pública realizada na Câmara, em 19 de junho e citou um dos últimos graves casos de violência no campo, ocorrido em março de 2012: o da extrativista Dinhana Nink, morta a tiros, aos 28 anos, na frente do filho de seis, em Porto Velho (RO).

Violência no Campo é tema de audiência pública proposta por Capiberibe

Page 26: Capi sua voz no senado

26

Em pronunciamento na segunda-feira (2/7), o senador João Capiberibe (PSB-AP) elogiou a indicação da juíza Sueli Pereira Pini para o cargo de desembargadora do Tribunal de Justiça do estado e o lançamento do programa de investimentos Pró-Amapá.

Segundo o senador, Sueli Pini, indicada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foi a criadora do projeto Justiça Itinerante, que serviu de modelo para iniciativas similares em outros estados.

– Fóruns sobre barcos ou sobre rodas, esses Juizados Especiais recriaram a relação entre Justiça e cidadãos, se transformando em exemplos de eficiência e rapidez no trabalho jurídico de garantir direitos dos cidadãos. Cada vez que eles precisam de um árbitro para os seus problemas, o juiz se apresenta em sua porta – disse.

InvestimentosCapiberibe também elogiou o Programa de Obras e Ações para Mudar o Amapá (Pró-Amapá), lançado pelo governo estadual, com investimento de mais de R$ 300 milhões no aperfeiçoamento de serviços públicos. Segundo o senador, trata-se do “maior programa de investimentos feito desde a criação do estado”.

Capiberibe disse que todos os municípios amapaenses serão beneficiados, com investimentos na infraestrutura de turismo; pavimentação de vias e estradas; ampliação da rede de distribuição de água e coleta de esgoto; melhoria na rede de distribuição de energia elétrica; construção de casas; investimentos na saúde, educação e segurança pública; e fortalecimento da agricultura.

– A assunção de Sueli Pini ao cargo de desembargadora do Tribunal de Justiça do Amapá e o lançamento do Pró-Amapá são uma clara demonstração de que os bons ventos voltaram a correr pelo Amapá. Sãos os ventos da ética, da credibilidade e do desenvolvimento que, com certeza, varrerão para outras paragens as aves de agouro que, durante um tempo, infestaram o Amapá e infelicitaram a vida dos amapaenses – declarou Capiberibe.

Capiberibe aponta avanços registrados no Amapá

Page 27: Capi sua voz no senado

27

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, por meio da Comissão de Segurança Pública e Defesa Social, realizou na segunda-feira (13/8), audiência pública para discutir a criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Segurança Pública, prevista na PEC 24/12 (Proposta de Emenda à Constituição).

O evento teve a participação do senador João Capiberibe (PSB-AP), autor da proposta, e do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini. Representantes do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária do Estado de Mato Grosso do Sul), Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis), ABSS (Associação Beneficente dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais), ACS (Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar) e Anercs (Associação Nacional das Entidades Representativas de Cabos e Soldados Policiais e Bombeiros Militares do Brasil) marcaram presença.

“Para contribuir com a redução da violência, o senador João Capiberibe propôs a criação do fundo nacional para segurança pública. Com a aprovação da PEC 24, será possível a implantação de uma política nacional de segurança pública, onde os estados serão os executores dos recursos arrecadados pelo fundo”, destacou Cabo Almi, presidente da Comissão de Segurança Pública.

De acordo com a PEC 24, o fundo será constituído a partir de parcelas do IPI (Imposto sobre Produtos Industriais) e do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) recolhidos da venda de armas e material bélico, porcentagem do ISS (Imposto sobre Serviços

de Qualquer Natureza) pagos por empresas de vigilância privada e 3% do lucro líquido de bancos e instituições financeiras. Será mantido também com doações e parte do chamado imposto sobre grandes fortunas, que ainda está em fase de regulamentação.

“O objetivo da criação do fundo é garantir recursos regulares e frequentes para a manutenção e melhoria da segurança pública no país. É importante ressaltar que não irá alterar nenhuma alíquota dos impostos cobrados do cidadão. Os critérios de repartição levarão em consideração os indicadores de violência, capacitação e formação das polícias estaduais e a remuneração dos servidores policiais”, explicou João Capiberibe.

Para o secretário Wantuir Jacini, a expectativa é perenidade das políticas de segurança pública. “O maior problema da segurança pública é a descontinuidade orçamentária e financeira. As políticas terminam quando acabam o orçamento e as finanças. A PEC 24

garante a perenidade das políticas voltadas para o setor.”

De acordo com Capiberibe, a PEC 24 está em análise na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado Federal, tendo como relator o senador Aécio Neves (PSDB-MG). “A comissão irá realizar algumas audiências públicas para aprimorar a proposta. Acreditamos que existem outras fontes de financiamento para engrossar o fundo. Das audiências, vamos retirar novas ideias e propostas”, informou o senador.

Audiência pública discute Fundo Nacional da Segurança Pública

“Com a aprovação da PEC 24, será possível a implantação de uma política nacional de segurança pública, onde os estados serão os executores dos recursos arrecadados pelo fundo”,

Cabo AlmiPresidente da Comissão de

Segurança Pública ALMS

Page 28: Capi sua voz no senado

28

O senador João Capiberibe (PSB/AP) conversou ontem (14/08) com o diretor de Relações Institucionais da Azul Linhas Aéreas, Adalberto Febeliano, sobre a possibilidade da criação de novos voos para a Região Norte do País, especialmente para o Estado do Amapá.

Capiberibe foi informado de que a empresa já está operando com voos de Manaus (AM) a Belém (PA), e está em fase de compartilhamento com a

Trip Linhas Aéreas para atender outras capitais da região Norte. Febeliano garantiu que a empresa vai operar com voos para todas as capitais brasileiras.

Empenhado nesta causa, João Capiberibe também conversou com o presidente da Avianca, José Efromovich, que prometeu avaliar a proposta da aérea passar a operar voos para Macapá. Segundo ele, a empresa está ampliando sua frota e concluindo a criação dos voos para

Azul e Avianca prometem a Capiberibe ampliar voos para o Norte do País

o Nordeste. A última cidade da região a receber os voos da Avianca será Maceió (AL) no inicio de setembro. O passo seguinte será a abrangência para Região Norte.

Capiberibe aproveitou para registrar a Efromovich que em recente viagem a Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, constatou que as poltronas das aeronaves da Avianca são espaçosas e confortáveis.

Para tratar do aumento da oferta de voos para a Região Norte, já foi aprovado requerimento dos senadores Capiberibe, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Jorge Viana (PT-AC) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado. A ideia é incentivar a livre concorrência, proporcionando preços acessíveis à população.

Foram convidados o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos; o diretor-presidente da Anac, Marcelo Pacheco dos Guaranys; e o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, além dos presidentes das empresas aéreas Avianca, Trip, TAM e Gol. A data será definida.

Page 29: Capi sua voz no senado

29

O senador João Capiberibe (PSB/AP) deixou claro seu empenho por resultados práticos pelo desenvolvimento da ciência, da pesquisa e da pós-graduação na Amazônia, durante a realização do Fórum de Reitores das Universidades da Região, ocorrido na terça-feira, 28,/08 em Brasília/DF.

Capiberibe presidiu a mesa, que foi composta pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, o representante do Ministério da Educação, Amaro Lins, a deputada Marinha Raupp (PMDB/RO), o vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Dr. Ennio Candotti,

e o coordenador da Regional Norte do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação das Instituições de Ensino Superior (Forprop), Emmanuel Zagury Tourinho.

João Capiberibe reclamou da desigualdade no acesso ao conhecimento e disse que são insuficientes os investimentos em pesquisa para o desenvolvimento da Região. “Dos 81.725 pesquisadores doutores do Brasil, existem apenas 3.877 na Amazônia. Em 2010, a União investiu R$ 959 milhões em bolsas de estudos no País e no exterior, e, deste total, apenas R$ 36 milhões, ou 3,7%, na Região Norte.

É como se não existíssemos!” – protestou.

Para o senador, “as universidades têm papel decisivo nas sociedades e podem ter papel decisivo também na construção de um projeto amazônico encaixado na realidade do País”.

O ministro Raupp garantiu que contribuirá para a agilidade das decisões de ordem política. “A maioria das necessidades apontadas no Fórum de Reitores passa por iniciativas de Governo, decisões de ordem política, e eu sou favorável à união de esforços para que isto aconteça”.

Investimentos em pesquisa na Amazônia são insuficientes, afirma Capiberibe

Page 30: Capi sua voz no senado

30

Os reitores apresentaram seus anseios, dentre os quais se destacam: a necessidade da pesquisa passar a ser considerada investimento; ampliação das bolsas de pesquisa (tanto em número quanto em valores); a instituição de bolsas de fixação, para manter os pesquisadores; a elaboração de uma política da ‘Amazônia para a própria Amazônia’, com uma maior integração entre os atores locais.

O reitor da Universidade Estadual de Roraima, José Hamilton Gondim, enfatizou que o Senado deve mesmo trazer uma ampla discussão sobre este assunto, e asseverou que os três senadores de Roraima equivalem aos mesmos três senadores de um Estado

como São Paulo, e, portanto, não deve haver distinções.

Já o vice-presidente da SBPC, Dr. Ennio Candotti, frisou que “para promover o desenvolvimento científico na Amazônia, primeiro é necessário decidir se estamos em um jogo ou em uma guerra. No jogo, há regras a serem seguidas. Numa guerra, é necessário vencer, independentemente dos meios. Assim, precisamos concentrar esforços, porque não se faz ciência com membros individuais, mas com grupos fortalecidos, com a criação de institutos”.

Emmanuel Zagury Tourinho agradeceu o empenho de João

Capiberibe e disse que contará com o apoio dele e da deputada Marinha para reunir a bancada e colocar as propostas do Fórum no orçamento anual do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Capiberibe instituiu o Fórum permanente, com a próxima reunião já marcada para novembro, na Unifap, durante a realização da AmazonTech, em Macapá (AP). Um relato do evento de hoje será encaminhado para os governadores e para a bancada de parlamentares da região Amazônica, para sensibilizá-los quanto à importância do assunto.

“As universidades têm papel decisivo nas sociedades e podem ter papel decisivo também na construção de um projeto amazônico encaixado na realidade do País”.

Senador João Capiberibe

Page 31: Capi sua voz no senado

31

As negociações extrajudiciais em torno de áreas do sítio do Aeroporto Internacional de Macapá alcançaram um estágio significativo, mas têm sofrido paralisias que, para os representantes do Amapá na mesa de negociação junto à Secretaria de Aviação Civil (SAC), sinalizam má vontade de alguns setores dos órgãos federais.

Com o objetivo de buscar uma solução definitiva para o problema, o senador João Capiberibe, a deputada federal Janete Capiberibe, o governador Camilo Capiberibe, todos do PSB, se reuniram na quarta-feira, 19/09, com o ministro da SAC, Wagner Bittencourt.

Iniciadas em 2008, as negociações a respeito do Aeroporto, que tem 12 milhões de metros quadrados, se estagnaram. Até mesmo o ministro Bittencourt afirmou, pelo menos três vezes durante a reunião, que está há um ano e meio à frente da SAC, está cansado com o impasse e quer solucioná-lo rapidamente, em consonância com o que pretendem a Prefeitura de Macapá e o Governo do Amapá. “Eu pensei que estivéssemos num estágio mais avançado para o acordo”, protestou o ministro.

O governador Camilo apresentou um vídeo mostrando o estrangulamento do tráfego entre as Zonas Norte e Sul, possível apenas por uma via, argumentando para a necessidade

premente das áreas pedidas pelo Governo do Estado à Infraero para melhorar a fluidez do tráfego entre as duas regiões de Macapá.

Já o senador Capiberibe reclamou da falta de interesse de alguns setores do governo federal. “Eu acompanho esta situação desde 1989, mas não havia pressão. A partir de 1990, a pressão explodiu em cima das áreas urbanas e houve um remanejamento das famílias em 1696, quando criamos o bairro Infraero I, mas as obras não foram tocadas. Criamos o Infraero II, mas eu estou com medo de criarem o Infraero III, sem que se resolva o problema. É hora da decisão e o melhor momento é hoje, é agora”, afirmou o senador, que já foi prefeito de Macapá e governador do Amapá. Ele também protestou contra a paralisia das obras do aeroporto, que se arrastam desde 2004.

A reunião foi encerrada porque a SAC considera parte do bairro Pacoval, consolidado há mais de 40 anos, como área do sítio aeroportuário, ignora os limites entre o Canal do Jandiá e o Bairro Pacoval, além não atender à necessidade do Governo do Estado de construir uma nova ligação com a Zona Norte, pela Avenida Janary Nunes e Rua Floriano Waldeck. A alegação é que a área pretendida para a construção da pista, sem edificações comerciais ou residenciais, fica na rampa de aproximação da cabeceira.

A cessão das áreas onde está o Bairro Alvorada II e onde está sendo construída a rodovia Norte-Sul está pacificada. Tanto o Governo do Estado quanto a Prefeitura manifestaram a vontade de assinar o termo sobre os segmentos já acordados, condição que não foi aceita pela SAC, pelo menos até a próxima reunião técnica entre os órgãos federais, que deverá eliminar as arestas.

O governador Camilo afirmou que, com a cessão da área na cabeceira Sul, realocará os moradores dos locais inadequados do Canal do Jandiá para parte das 4,3 mil unidades habitacionais que estão sendo construídas pelo Governo do Amapá dentro do Programa Minha Casa Minha Vida. O programa integra o conjunto de ações do ProAmapá, tendo os critérios acertados no Acordo.

O representante da prefeitura de Macapá, Alberto Góes, disse que o Executivo municipal proporá à Câmara de Vereadores a alteração do plano diretor da cidade para limitar a altura das edificações na rampa de aproximação da cabeceira. As negociações extrajudiciais iniciaram em 2008, quando a deputada federal Janete Capiberibe trouxe a disputa dos moradores do bairro Alvorada II – cuja situação já está pacificada – para ser debatida num grupo de trabalho coordenado pela Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional que presidia.

Naquela ocasião, os moradores do Alvorada II estavam na iminência de terem suas casas demolidas. A persistência, a capacidade de negociação e a sensibilidade do Governo Federal para garantir as moradias de pelo menos três centenas de famílias foram fundamentais para atingir um estágio de solução.

Acordo sobre área da Infraero é a saída para desafogar tráfego em Macapá

Page 32: Capi sua voz no senado

32

Em entrevista concedida ao programa “Café com Notícia”, da Diário FM de Macapá, apresentado pelas jornalistas Márcia Corrêa e Ana Girlene, o senador João Capiberibe explicou os motivos que o levaram a propor um Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Segurança Pública, através de uma Proposta de Emenda Constitucional que destinará recursos permanentes para a segurança pública, a exemplo do que ocorre com as áreas de educação e saúde. Se a proposta for aprovada pelo Congresso Nacional ela contribuirá com a redução da violência, pois será possível a implantação de uma política nacional de segurança pública, onde os estados serão os executores dos recursos arrecadados pelo fundo. - O objetivo da criação do fundo é garantir recursos regulares e frequentes para a manutenção e melhoria da segurança pública no país. É importante ressaltar que não irá alterar nenhuma alíquota dos impostos cobrados do cidadão. Os critérios de repartição levarão em consideração os indicadores de violência, capacitação e formação das polícias estaduais e a remuneração dos servidores policiais, explicou João Capiberibe.

De acordo com a proposta, o fundo será constituído a partir de parcelas do IPI (Imposto sobre Produtos Industriais) e do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) recolhidos da venda de armas e material bélico, porcentagem do ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) pagos por empresas de vigilância privada e 3% do lucro líquido de bancos e instituições financeiras. Será mantido também com doações e parte do chamado imposto sobre grandes fortunas, que ainda está em fase de regulamentação. Outro assunto tratado durante a entrevista foi realização na próxima terça-feira (28), no auditório do Interlegis, no Senado Federal, do Fórum de Reitores das Universidades da Amazônia, mais uma iniciativa do senador João Capiberibe, que contará com as presenças já confirmadas dos ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e da Educação, Aloizio Mercadante. A iniciativa do senador atende a uma solicitação do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação das Instituições de Ensino Superior

– Coordenação da Região Norte (Forprop), que busca o incentivo e o aceleramento da pesquisa e da pós-graduação na Região. Capiberibe explicou aos ouvintes do programa, que de acordo com relatório do Forprop, os resultados das últimas políticas criadas pela Capes, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para incentivar o desenvolvimento científico na Região Norte ainda são insatisfatórios e evidenciam a necessidade de iniciativas mais ousadas. “Vamos ouvir pró-reitores e reitores, sobre as dificuldades enfrentadas pelas pequenas Universidades da Amazônia e definir estratégias de ação para suprir as necessidades” – destacou o senador Capiberibe. A iniciativa do Fórum, segundo João Capiberibe, é uma “retomada do trabalho em defesa das Universidades da Região Norte, interrompido pela injusta cassação do meu primeiro mandato”.

Melhorar a segurança pública e a pesquisa cientifica são objetivos de Capiberibe

Page 33: Capi sua voz no senado

33

O Projeto de Lei 076/2012, que prevê o detalhamento de impostos pagos pelo contribuinte, foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), de onde segue direto para a Câmara dos Deputados, por ser terminativo.

O projeto, de autoria do senador João Capiberibe (PSB/AP), em conjunto com os senadores Casildo Maldaner (PMDB/SC), Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) e Angela Portela (PT/RR), e relatado pela senadora líder do PSB no Senado, Lídice da Mata (BA), visa tornar claros os impostos embutidos em bens e serviços pagos pelos consumidores brasileiros. O documento adota medidas para detalhamento do valor líquido das operações, seguido pelo valor de cada um dos tributos na nota ou cupom fiscal, inclusive quando emitida por via eletrônica.

Capiberibe explica que a Constituição Federal de 1988 prevê medidas para esclarecimento da população, mas não inclui, entre tais informações, o valor dos tributos repassados aos consumidores. “Estou propondo corrigir esta omissão, para determinar que a oferta e a apresentação de produtos ou serviços não só devem assegurar dados corretos, claros e precisos sobre os bens oferecidos, como devem informar com precisão a carga de impostos indiretos incidentes sobre o consumo” – explica o senador.

Os tributos a que se refere o artigo 1º da Lei proposta por Capiberibe são: o Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros (II); Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico relativa às Atividades de Importação ou Comercialização de Petróleo e seus Derivados, Gás Natural e seus Derivados e Álcool Combustível (CIDE-Combustíveis); d) Imposto sobre Operações relativas à Circulação

de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

Segundo o projeto, as

Projeto “Impostos às Claras” é aprovado na CAEDe autoria do senador João Capiberibe (PSB/AP), projeto segue para a CMA

normas se aplicam a toda peça publicitária relacionada aos produtos nela mencionados, assim como aos produtos expostos nas vitrines, gôndolas e demais espaços de exposição ao público. Ficam dispensadas as microempresas com receita bruta anual inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e o microempreendedor individual que optou pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta do mês. Quem omitir os dados poderá ser enquadrado no artigo 66 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que prevê detenção de três meses a um ano, mais multa.

João Capiberibe é autor da Lei Complementar N°131, de 27 de maio de 2009, que institui a transparência nas contas públicas. Para ele, o detalhamento dos impostos é um passo a mais na Transparência, tornando mais clara a relação entre o governo, que frequentemente apresenta propostas de aumento de carga tributária, e os contribuintes, que muitas vezes reclamam da grande quantidade de tributos incidentes sobre os produtos e serviços.

“Na maior parte dos países mais desenvolvidos, isso se faz há décadas. Além disso, a informação ostensiva sobre os tributos suportados pelo consumidor proporciona saber quanto poderá ser sonegado pelo vendedor, caso não seja solicitada a nota fiscal de venda do produto. Por conseguinte, o contribuinte, passará a solicitar com maior frequência a emissão do documento, contribuindo para a redução do elevado grau de sonegação fiscal atualmente observado no País” – ressalta o senador.

Page 34: Capi sua voz no senado

34

O senador João Capiberibe (PSB/AP) recebeu menção honrosa na segunda-feira, 24/09, durante o II Fórum Nacional das Entidades Representativas dos Policiais e Bombeiros Militares, pela criação da PEC 24, que institui o Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Segurança Pública. O senador foi recebido na Fundação Tiradentes, em Goiânia (GO), onde apresentou o projeto a mais de cem policiais e bombeiros, além de comandantes das duas corporações. A proposta foi amplamente elogiada pelos participantes, que enfatizaram a PEC 24 como um meio de solidificar os sonhos e anseios dos que fazem a Segurança Pública do País. O presidente da Associação Nacional das Entidades Representativas de Cabos e Soldados Policiais e Bombeiros Militares do Brasil, Leonel Lucas, ressaltou o apoio do senador para melhorar o trabalho da categoria. “É uma satisfação imensa ter o senhor conosco, e com os policiais militares de todo o Brasil. A sua proposta vai dizer adeus à falência da nossa profissão, não apenas em questões salariais, mas nas nossas condições de trabalho”. Já o presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACS), Gilberto Cândido, cumprimentou o senador pela iniciativa da matéria, lembrando a responsabilidade do Estado frente às forças de Segurança. “Uma ação como esta nos dá condições de trabalho com dignidade, para que possamos ter os nossos propósitos alcançados. O senhor é exemplo de homem que pensa na sociedade, porque, sem Segurança, ninguém consegue sobreviver”. João Capiberibe ressaltou que a Segurança Pública foi delegada

aos Estados para proteger as elites estaduais, mas esta realidade mudou nos dias atuais. “Hoje, o conjunto da sociedade brasileira exige segurança pública e por isto a necessidade de termos uma política nacional, e não apenas um ônus para os Estados” – frisou. O objetivo da PEC 24, segundo ele, é provocar a União a definir uma política nacional de Segurança Pública, onde o Governo federal será obrigado a alavancar recursos, a exemplo do que já ocorre com as pastas da Educação e Saúde.

Ao dizer que o Fundo terá um gerenciamento autônomo, onde a União repassará os recursos para os Estados gerenciarem, João Capiberibe recebeu aplausos. “Na regulamentação, será definida a forma de distribuição dos recursos: pelos índices de criminalidade, estudantes matriculados na educação básica, formação dos profissionais, também se podendo acrescentar outras fontes de receitas” – disse. Ele ainda acentuou o fato de que os governadores devem comprar menos helicópteros e armamento, para investirem mais nos profissionais, “o que é a chave para melhorar a

PEC 24 recebe amplo apoio dos policiais e bombeiros, em Goiânia

Segurança Pública” – ressaltou. Nos próximos dias, Capiberibe pretende realizar uma audiência pública em Brasília, com a presença de representantes do Governo Federal. A intenção é concentrar esforços para que a PEC seja aprovada até o final de 2013. “Dá pra gente fazer um belíssimo trabalho. Articular com os parlamentares dos Estados, para termos um grupo deles engajado nesta causa” – finalizou.

Page 35: Capi sua voz no senado

35

A convite do senador João Capiberibe e da deputada federal Janete Capiberibe, ambos do PSB/AP, o defensor público-geral federal, Haman Tabosa de Moraes e Córdova, e a coordenadora nacional do projeto de Erradicação do Escalpelamento da DPU, defensora pública federal Luciene Strada, se reuniram na quarta-feira (19/09) com a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti.

Capiberibe solicitou da ministra a implantação de políticas diferenciadas para o desenvolvimento da navegação de cargas e passageiros na Amazônia e o apoio nas ações de prevenção e erradicação dos acidentes com escalpelamentos, além de medidas reparadoras às vítimas desse tipo de acidente ribeirinho.

“É preciso abrir uma linha de crédito com recursos do Fundo da Marinha Mercante subsidiado pelo Tesouro para a renovação da frota ribeirinha, implantar escolas de carpintaria naval tradicional e de navegação fluvial, fortalecer as capitanias da Marinha do Brasil na Amazônia, reservar recursos para as campanhas de prevenção aos acidentes e destinar recursos do Sistema Único de Saúde para as ações reparadoras, conforme previsão legal, como são as cirurgias plásticas que, no Amapá, são custeadas pelo governo do estado e voluntariado humanitário dos cirurgiões da SBCP, ao custo superior a R$ 50 mil por paciente”, disse a deputada Janete, autora da Lei 11.970/2009, que obriga a cobertura do volante e eixo dos

motores estacionários adaptados à navegação ribeirinha.

O cirurgião plástico Luciano Chaves elogiou a iniciativa do governo do estado do Amapá, onde foi possível realizar quatro etapas do mutirão de cirurgias reparadoras neste ano, depois de tentativas que duraram cinco anos. “Pudemos iniciar agora,com o apoio do governo”, ressaltou, para reforçar o pedido de políticas públicas para erradicar os acidentes. Se isso não acontecer, disse ele, “vamos continuar enxugando gelo”. A ministra Ideli revelou espanto ao ouvir os relatos e ver fotografias de acidentes mostradas por Chaves.

A defensora Luciene contou que neste ano já aconteceram 12 acidentes com escalpelamentos, média de um a cada 15 dias. O mais recente vitimou uma adolescente, há 45 dias. Strada explicou para a ministra o modelo de uma linha de crédito para substituir os motores estacionários adaptados por outros mais seguros e entregou

uma proposta de projeto para a ministra Ideli.

O debate sobre o financiamento subsidiado aos pequenos e médios estaleiros da Amazônia para tornar as embarcações mais seguras foi iniciado em 2008, dentro do Governo Federal, por uma indicação da deputada Janete Capiberibe ao Ministério dos Transportes. Na nova linha de crédito, os recursos seriam oriundos do Fundo da Marinha Mercante, ideia que já teria o aval do ministro Pedro Passos, para quem o gestor da linha de crédito não pode ser sua pasta. Os motores usados serviriam como parte do pagamento e o restante dos recursos seria financiado durante cinco anos. A iniciativa aqueceria a economia das localidades onde estão instalados os estaleiros, gerando emprego e renda.

O senador Capiberibe propôs à ministra Ideli que a minuta entregue na audiência seja transformada em Medida Provisória, para que tenha vigência imediata.

João Capiberibe solicita medidas urgentes para tornar navegação na Amazônia mais segura

Page 36: Capi sua voz no senado

36

Foi aprovado na terça-feira, 16/10, na Comissão de Educação, Cultura e Desporto do Senado, requerimento do senador João Capiberibe (PSB/AP) para a realização de uma audiência pública que ouvirá os atletas medalhistas nas olimpíadas de 2012, ocorridas entre 27 de julho e 12 de agosto, em Londres.

Organizada pelo Comitê Olímpico Brasileiro, a delegação brasileira foi composta por 259 atletas, disputando 32 modalidades olímpicas. O Brasil conquistou apenas 17 medalhas, sendo três de ouro, cinco de prata e nove de bronze.

De acordo com Capiberibe, a audiência pública tem o objetivo de ouvir sobre as dificuldades enfrentadas pelos atletas no dia a dia, suas formas de superação, bem como obter sugestões para melhoria do desempenho dos atletas brasileiros nas olimpíadas de 2016, no Brasil.

Os convidados são a Judoca Sarah Menezes (medalha de ouro, categoria ligeiro, até 48 kg); o judoca Felipe Kitadai (medalha de bronze, categoria até 60 kg); o nadador Thiago Pereira (medalha de prata, natação masculina, 400 metros medley); a judoca Mayra Aguiar (medalha de bronze na categoria até 78 kg); o judoca Rafael Silva (medalha de bronze na categoria acima dos 100 kg); o nadador Cesar Cielo (medalha de bronze nos 50 metros livres); os velejadores Robert Scheidt e Bruno Prada (medalha de bronze, classe Star); o ginasta Arthur Zanetti (medalha de ouro nas argolas). A data da audiência pública ainda será marcada pela Comissão de Educação.

Aprovado requerimento de Capiberibe para ouvir medalhistas das Olimpíadas 2012

O senador João Capiberibe e a deputada federal Janete Capiberibe, ambos do PSB do Amapá, reuniram-se na terça-feira, 30/10, com a ministra da Cultura Marta Suplicy. Pediram apoio ao projeto “Ponte Entre Povos”, cuja emenda da deputada Janete prevê o aporte de R$ 300 mil.

A intenção é reeditar o projeto na inauguração da ponte binacional entre o Amapá e a Guiana Francesa. A ministra recebeu um CD com as músicas do projeto realizado no final do governo Capiberibe no Amapá e um DVD com o espetáculo apresentado no SESC Pinheiros, em São Paulo, e no Teatro Nacional, em Brasília. Marta mostrou-se interessadíssima no projeto e manifestou a vontade de incluí-lo na agenda do Ministério da Cultura.

Coordenado pela cantora, compositora e musicóloga Marlui Miranda, o Ponte Entre Povos envolveu estudantes de música erudita da Escola de Música Walkíria Lima, músicos da Orquestra do Teatro Municipal de São Paulo e cantadores indígenas das etnias Wayana, Apalai, Katxuyana, Tiriyó, do Parque Indígena do Tumucumaque, e Palikur, do Oiapoque, na fronteira com a Guiana Francesa.

Em outro ponto da pauta, a ministra disse que vai priorizar a liberação dos recursos previstos em emendas parlamentares da deputada Janete ao saber que há comprometimento do Governo do Estado do Amapá na execução dos projetos. “O governador Camilo assumiu o compromisso de alocar todos os recursos de contrapartida”, afirmou Janete.

A socialista destinou recursos para incentivar a filmagem de documentários, para modernizar o museu da imagem e do som, para fortalecer os espaços e pontos de cultura (Projeto 15 Horas Pontando Cultura) e para incentivar o estudo, produção e uso de corantes naturais para fins artísticos. Os projetos serão realizados pela Secretaria de Estado de Cultura no valor total de R$ 850 mil mais R$ 76 mil de contrapartida do Governo do Amapá.

Espetáculo “Ponte Entre Povos” ganha simpatia da ministra da Cultura

Page 37: Capi sua voz no senado

37

A importância da elaboração de uma política nacional de incentivo à produção do biogás foi discutida na quarta-feira, 31/10, em Audiência Pública na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado.

Participaram o autor do requerimento, senador João Capiberibe (PSB/AP), Roberto Meira Junior, do Ministério de Minas e Energia (MME), Thaís Oliveira, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Rodrigo Chaves, gerente executivo de Engenharia da MAN América Latina (fabricante de caminhões e ônibus), Joachim Werner Zang, coordenador de Pesquisa e Inovação do Instituto Federal de Educação de Goiás, e Volker Niklans, conselheiro para Alimentação, Agricultura e Defesa do Consumidor da Embaixada da Alemanha.

Werner Zang explicou que o biogás

é uma mistura gasosa composta principalmente de gás metano (CH4) e é obtido pela digestão anaeróbia, ou seja, sem oxigênio, de matéria orgânica. A produção de biogás pode ocorrer de forma natural, como nos aterros sanitários, ou com a implantação de uma usina de biogás, cujo processo é totalmente limpo e sustentável.

Apesar de ser uma alternativa energética renovável e com potencial de alavancagem da economia que favoreceria a preservação ambiental, as políticas de incentivo à produção do biogás são insignificantes no Brasil. Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, 75,9% da energia elétrica do País vêm de hidrelétricas; 8,5% de energia importada; 3,0% de energia nuclear; 4% de gás natural; 1,6% de carvão e derivados; 2,5% de derivados do petróleo; 4,2% de biomassa; e 0,05% de origem eólica.

Para Volker Niklans, o Brasil poderia seguir o exemplo da Alemanha, onde 4,2% da geração de energia são provenientes de biogás, uma das alternativas para a sustentabilidade.

O senador Capiberibe ressaltou

Políticas de incentivo ao biogás são insignificantes no Brasil

que as políticas de uso das energias renováveis no Brasil são ineficientes e, por isto, defende a urgente a elaboração de estratégias para o aproveitamento delas, em nível nacional. “Nós vamos insistir neste debate, porque apesar de ter um alto potencial de fortalecimento da economia, sem agressão ao meio ambiente, as formas de aplicação do biogás são pouco discutidas e difundidas no nosso País” – afirmou Capiberibe.

“O Brasil poderia seguir o exemplo da Alemanha, onde 4,2% da geração de energia são provenientes de biogás, uma das alternativas para a sustentabilidade.”

Volker Niklans

Especialistas discutiram o assunto em Audiência Pública no Senado

Page 38: Capi sua voz no senado

38

O senador João Capiberibe (PSB/AP) foi o primeiro parlamentar a se pronunciar sobre o grave problema da falta de combustíveis que afetou o Estado do Amapá no final de outubro. Assim que tomou conhecimento, Capiberibe procurou a presidente da Petrobras, Graça Foster, o coordenador da ANP na Região Norte, Noel Santos, o diretor de Operações da Ipiranga Produtos de Petroleo, José Augusto Nogueira, solicitando esclarecimentos e soluções para o caso.

Em nota, via email, a presidente da Petrobras informou que a estatal intensificou esforços para o suprimento de combustíveis no Amapá. Segundo ela, o volume comercializado na rede de postos Petrobras está 80% acima das quantidades normalmente vendidas, para compensar as dificuldades logísticas apresentadas por outras distribuidoras.

Uma balsa a serviço da BR chegou a Macapá com cerca de 1,5 milhão de litros de Gasolina C (pronta para consumo). Ainda de acordo com a nota, até o próximo sábado (20), chegarão outras duas balsas ao Estado, uma da BR e outra da Ipiranga. Foster garantiu a João Capiberibe que as empresas manterão suas operações durante todo o final de semana, até a regularização das entregas.

O senador também enviou requerimento ao Ministério de Minas e Energia (MME) e à Agência Nacional do Petróleo (ANP), exigindo a elucidação dos motivos que levaram à interrupção do abastecimento no Amapá, para que a população seja informada e medidas sejam tomadas, a fim de evitar novas ocorrências danosas como esta à economia do Estado. Segundo Capiberibe, a falta de informações oficiais aos consumidores amapaenses agravou a situação.

Capiberibe pede explicações à ANP sobre a falta de combustíveis no Amapá

“Exigi a brevidade na divulgação destes esclarecimentos e o compromisso de que as falhas sejam devidamente corrigidas, para que não se repita novo desabastecimento. Também solicitei à Ipiranga a ampliação da base de armazenamento de combustíveis no Amapá, construída nos anos 1950, o que, convenhamos, atesta que o atual equipamento não atende aos novos tempos econômicos experimentados pelo Amapá” – assinalou Capiberibe.

Já a ANP informou ao senador que o problema teve origem no Porto de Belém (Pará), por causa de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Dois inspetores da Agência foram enviados para levantar informações sobre o problema que atinge seriamente o Amapá, único Estado da Federação sem uma base da Petrobrás. Somente em Macapá e Santana, a frota soma mais de 100 mil veículos.

Page 39: Capi sua voz no senado

39

O senador João Capiberibe (PSB/AP) esteve em Belo Horizonte (MG), nesta segunda-feira (05/11), onde participou do “3º Fórum Nacional das Entidades Representativas dos Policiais e Bombeiros Militares – Frente Brasil PEC 24”. A proposta, de autoria do senador, cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Segurança Pública.

O evento foi organizado pelo Centro Social dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CSCS/ PMCBM-MG), juntamente com a Associação Nacional das Entidades representativas de Cabos e Soldados Policiais Militares e Bombeiros Militares do Brasil (ANERCS-PM/BM), suas entidades filiadas, e com o apoio das entidades de classe dos profissionais da segurança pública de Minas Gerais e dos Comandos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Ocorrido no Auditório do Colégio Salesiano, o evento teve a participação de policiais e bombeiros militares representantes de mais de vinte Estados brasileiros, dentre eles, o vereador Cabo Júlio (PMDB/BH), o presidente do CSCS, Cabo Coelho, o comandante geral da PM, coronel Márcio Martins Sant’ana, o comandante geral dos Bombeiros Militares, coronel Sílvio Antônio de Oliveira Melo, o deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT/MG), o deputado federal Paulo Abi Ackel (PSDB/MG), representando o relator da PEC 24 junto à Comissão de Constituição e Justiça do Senado,

senador Aécio Neves (PSDB/MG), o deputado federal Cabo Juliano Rabelo (PSB/MT), o presidente da Associação Nacional das Entidades Representativas de Cabos e Soldados Policiais e Bombeiros Militares (ANERCS), Leonel Lucas, e o deputado estadual Major Olímpio (PDT/SP).

O deputado Sargento Rodrigues destacou a importância do Fórum, lembrando que a destinação de recursos por parte do Governo Federal é fundamental. “Não há como fazer segurança pública sem a participação do governo federal, que hoje tem se omitido completamente. Estamos atentos e cobrando dos governos”, ressaltou. Este mesmo encontro já aconteceu no Mato Grosso do Sul, no mês de agosto de 2012, e em Goiás, no último mês de setembro. Agora, foi a vez da etapa mineira, onde os profissionais da segurança pública obtiveram mais informações e contribuíram com sugestões para o aprimoramento da PEC 24.

Recursos para a habitação“Onde o policial mora? O policial mora onde ele combate o crime”, disse Cabo Júlio, durante o 3º Fórum Nacional das Entidades Representativas dos Policiais e Bombeiros Militares.

Ele criticou a falta de políticas de habitação para o policial, ressaltando o fato de que muitos vivem em áreas de risco, exatamente onde combatem o crime. “Sugiro que

sejam vinculados à PEC 024 recursos para a habitação para os profissionais da Segurança Pública em todo País” – disse.

A situação dos policiais militares do Estado de São Paulo também foi muito debatida. Cerca de 90 agentes já foram mortos desde janeiro e o mau exemplo serviu de crítica para a falta de uma política de segurança pública específica no País, segundo João Capiberibe.

“No Brasil, Educação e Saúde deram um passo adiante, vinculando verbas orçamentárias. Falta garantir as fontes de financiamento para a Segurança e a nossa proposta é que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Segurança Pública garanta o repasse constitucional para os 26 Estados e o Distrito Federal. Assim, pela primeira vez, a questão será tratada da maneira que necessita e como exige a sociedade brasileira” – destacou o senador Capiberibe.

O Fundo terá um Conselho Consultivo e de Acompanhamento, com participação de representantes da sociedade civil. A execução financeira dos recursos deverá ser realizada por meio de transferência aos Estados e ao Distrito Federal e a fiscalização caberá ao TCU (Tribunal de Contas da União) e aos órgãos de controle interno do Poder Executivo Federal.

Entre as propostas de destinação dos recursos do Fundo estão a aquisição de fardamentos, armamentos, munições, veículos e equipamentos de comunicação, que visem ao reforço da estrutura-base, contemplando os Estados que mais investirem em melhorias salariais para os trabalhadores.

O projeto pode ser acessado por meio do link: http://www.senado.gov.br/atividade/materia/getPDF.asp?t=107846&tp=1

Em BH, PEC 24 é aperfeiçoada com novas contribuições

Page 40: Capi sua voz no senado

40

O Ministério Público Estadual do Amapá (MPE/AP) lançou na segunda-feira (12/11) o seu novo Portal da Transparência. O evento contou com a participação do senador João Capiberibe (PSB/AP), autor da Lei 131/2009 (Lei da Transparência), que estabelece a publicidade em tempo real, através de portais na internet, das verbas públicas utilizadas por órgãos federais, estaduais e municipais.

O novo portal do MPE além de oportunizar aos usuários todo o detalhamento de suas ações financeiras, tem como principais características a amostragem dos valores pagos em salários e benefícios para promotores e

serventuários da instituição, além de colocar a disposição todo o tramite de processos licitatórios que são desenvolvidos pela instituição.

Segundo a Procuradora-Geral de Justiça do Ministério Público do Amapá, Ivana Lúcia Franco Cei, o portal é um compromisso do MPE de cumprir a legislação e transforma-lo em um instrumento para que a sociedade tenha conhecimento da utilização dos recursos públicos.

“Na verdade as contas são públicas e como públicas a sociedade deve acompanha-las. Essa Lei foi um grande avanço nacional e nós ficamos muito felizes pelo Ministério Público do Amapá ser o pioneiro

Capiberibe elogia novo Portal da Transparência do MP do Amapá

nesta situação em todo o país. Tanto que o Conselho Nacional do Ministério Público que ainda executa a sua prestação de contas por meio gráfico, convidou nossos técnicos para apresentarem o nosso portal que no Amapá detalha as informações necessárias a sociedade praticamente em tempo real”, enfatizou Ivana Cei.

Para o senador Capiberibe, o novo portal do MPE é um exemplo para todo o País. “A tecnologia que eles usam demonstra que é possível o País todo disponibilizar as informações em tempo real. É fundamental que todos os entes públicos façam isso, pois o dinheiro gasto vem do bolso de cada cidadão brasileiro. O novo portal da transparência do Ministério Público do Amapá é absolutamente completo e as outras instituições como Tribunal de Justiça do Amapá, Tribunal de Contas e Assembleia Legislativa, devem tirar como exemplo”, destacou o senador.

O novo Portal da Transparência do Ministério Público do Amapá pode ser acessado no endereço eletrônico: https://www.mp.ap.gov.br/portal2011/transparencia

O senador João Capiberibe (PSB/AP), precursor da Transparência no Brasil, enviou Ofício na terça-feira, 20/11, ao presidente do Senado Federal, senador José Sarney (PMDB/AP), abrindo mão do 14º e 15º salários pagos aos parlamentares.

Capiberibe disse que os políticos têm

a missão de representar a sociedade, e considera certos privilégios um abuso da função. O senador também abriu mão do carro oficial e utiliza táxis para circular por Brasília, por ser mais barato para o Erário.

“Sou um cidadão a quem foi delegada a honradíssima tarefa de

representar a população brasileira. Não me cabe usurpar tal atribuição, em detrimento de privilégios que não se estendem a todos os demais trabalhadores ” – destacou João Capiberibe, cuja decisão de abrir mão dos benefícios foi acompanhada por sua companheira, a deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP).

Capiberibe abre mão de 14º e 15º salários

Page 41: Capi sua voz no senado

41

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado realizou audiência pública, na manhã da quinta-feira, 01/11, sobre a situação dos índios Guarani-Kaiowá, que temem a expulsão de suas terras tradicionais na região de Dourados (MS).

A área habitada por 170 integrantes da etnia Guarani-Kaiowá é motivo de conflito com fazendeiros. No último mês de setembro, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) determinou a reintegração de posse, com a retirada das famílias indígenas, mas eles se recusam a sair do local por considerarem que as terras sempre pertenceram a seus antepassados. Na terça-feira, 30/11, o mesmo tribunal cassou a liminar que determinava a desocupação das terras.

Em carta que teve grande repercussão, os Guarani-Kaiowá prometeram permanecer na área até a morte. A mensagem foi interpretada na imprensa e nas redes sociais como uma ameaça de suicídio em massa, hipótese descartada pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Participaram da audiência o procurador da República no município de Dourados, Marco

Antonio Delfino; a presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marta Maria do Amaral Azevedo; o procurador do estado de Mato Grosso do Sul, José Aparecido Barcello de Lima; o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de MS, Eduardo Correa Riedel; o secretário executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Cléber César Buzatto; o líder atyguasú (em guarani, assembleia ou grande reunião), Eliseu Lopes Kaiowá; o antropólogo especialista na etnia Kaiowá, Tonico Benites; e o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Raymundo Damasceno Assis.

O senador João Capiberibe (PSB/

AP) propôs que a CDH faça o levantamento de todos os processos relativos às terras indígenas nas três instâncias do Poder Judiciário. A intenção é identificar os litigantes e as áreas onde estes processos incidem e observar as datas das petições iniciais para a tomada de providências quanto à demora no processo judiciário.

– Justiça que tarda não é justiça, é injustiça. Não é possível continuarmos legislando sem que as leis sejam devidamente cumpridas. O Judiciário tem obrigações e nós precisamos responsabilizá-lo por este descumprimento – afirmou.

Capiberibe também pediu ao

Drama vivido pelos índios Guarani-Kaiowá é debatido na CDH

Page 42: Capi sua voz no senado

42

Ministério da Justiça e ao Ministério Público que informem sobre os inquéritos policiais em andamento, relativos a assassinatos de lideranças indígenas da etnia indígena Guarani-Kaiowá. O senador disse que os inquéritos também não andam devido às divergências políticas nos Estados.

O líder da etnia indígena Guarani-Kaiowá, Eliseu Lopes Kaiowá, pediu que o governo demarque as terras a que seu povo tem direito. Ele relatou a situação de vida precária enfrentada pela etnia e as várias mortes de lideranças que ainda não foram punidas pela justiça, confirmando as informações divulgadas pela imprensa e pelas redes sociais. Segundo Eliseu, a liminar que impediu a expulsão da etnia da terra que ocupa no Mato Grosso do Sul não resolve o problema, pois são 200 pessoas vivendo em um hectare de terra.

- Enquanto o governo está se preparando, nós já vamos retomar o que é nosso. Nós não aguentamos

mais viver em baixo de uma lona preta, as crianças tomando água suja, sem ter condição de vida digna com suas famílias. Guarani-Kaiowá vem morrendo de atropelamento na beira da estrada, ataque de pistoleiro, todos os dias, muitos matando nossas lideranças. Nós não aguentamos mais isso. A quem vamos denunciar? Qual justiça do Brasil vai nos atender? – disse Eliseu.

O líder indígena também reclamou

da impunidade quanto à morte de muitas lideranças e pediu pela segurança dos líderes que estão lutando e sendo ameaçados. Só em 2011, foram 26 mortos, a maioria deles na faixa dos 15 aos 19 anos, segundo dados do Cimi. 90% da população guarani-kaiowá confinada nas terras indígenas no Mato Grosso do Sul sobrevive com cestas básicas doadas pelo Governo Federal. Situação considerada humilhante e vergonhosa pelos índios.

Page 43: Capi sua voz no senado

43

O senador João Capiberibe (PSB/AP) subiu à Tribuna do Senado na segunda-feira, 19/11, para falar sobre a situação carcerária no Brasil, partindo de sua prisão no presídio São José, no ano de 1971. O senador ressaltou a declaração dada na semana passada pelo ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, sobre a precariedade do sistema carcerário brasileiro, o que provocou enorme repercussão nas mais diversas autoridades do País e nos meios de comunicação.

Para Capiberibe, a questão carcerária é resultado de uma enorme acumulação de irresponsabilidades públicas e até da invisibilidade desse problema, que vem de muitos anos.

- Como vítima da ditadura, também, passei por uma penitenciária de presos comuns e vivi seis meses da minha vida em uma prisão em Belém, superlotada, disse ele.

Para Capiberibe, o ministro Cardozo tem inteira razão.

Situação carcerária no Brasil é acúmulo de irresponsabilidades públicas, afirma Capiberibe

Page 44: Capi sua voz no senado

44

- Já era assim, lá atrás, com uma população carcerária infinitamente menor do que a existente hoje. Vivi numa cela de 50 m2 com outros 95 presos, éramos fechados a partir das 18h e saíamos no dia seguinte. Para dormir eram três andares de redes sobrepostas. Belém é uma cidade quente e úmida. O calor chegava facilmente aos 40 graus. Era impossível dormir nessas condições, lembrou o senador.

Capiberibe ressaltou um levantamento feito por ele, que aponta, no Brasil, a quarta população carcerária do mundo, com 514.582 presos, dos quais, o país só poderia abrigar 1/3. Sessenta e seis por cento são superpopulação.

Em seguida, vem a Rússia, com 740 mil encarcerados, seguida da China, com 1,6 milhão, e dos Estados Unidos, com 2,2 milhões.

- Agora, se formos levantar as causas das prisões no Brasil – e isso é algo que nos chama a atenção –, mais de 134 mil presos têm entre 18 e 24 anos. Então, a nossa juventude está encarcerada e isso tem quase o dobro que estão com condenação, tem ordem de prisão expedida, mas que não tem onde serem colocados, afirmou.O senador defende a necessidade de revisão da política de encarceramento e também de se criar uma política nacional de Segurança Pública.

- Na esperança de levantar este debate, apresentei nesta Casa a Proposta de Emenda Constitucional nº 24, que institui o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Segurança Pública. A ideia, na verdade, é que se discuta a criação de uma política de segurança nacional começando pelo orçamento. Sem orçamento, não há política e só se faz política com orçamento, defendeu.

Segundo a proposta de Capiberibe, a instituição do Fundo terá recursos provenientes de parcelas do ICMS e do IPI sobre vendas de armas e material

bélico, parcela do ISS das empresas de vigilância privada, além de uma contribuição de 3% sobre o lucro líquido dos bancos.

- Na verdade, eu acho que os bancos poderiam até oferecer um pouco mais, em função da sua grande necessidade de proteger seu patrimônio. Por falar em patrimônio, 240 mil desses 514 mil encarcerados no País estão presos por causa de crimes contra o patrimônio: roubo, furto e estelionato. Então, tenho a impressão de que os bancos também têm todo o interesse de ajudar no combate à violência, destacou Capiberibe.

“Já era assim, lá atrás, com uma população carcerária infinitamente menor do que a existente hoje. Vivi numa cela de 50 m2 com outros 95 presos, éramos fechados a partir das 18h e saíamos no dia seguinte. Para dormir eram três andares de redes sobrepostas. Belém é uma cidade quente e úmida. O calor chegava facilmente aos 40 graus. Era impossível dormir nessas condições.”

Page 45: Capi sua voz no senado

45

Esta quinta-feira, 29 de novembro, marca um ano da posse de João Capiberibe (PSB/AP) no Senado Federal. Mesmo tendo recebido votos suficientes para se eleger normalmente (130 mil), o parlamentar assumiu sua cadeira com dez meses de atraso. Tal postergação foi um ulterior resultado da farsa que lhe custou o mandato em 2004, e que foi desmascarada por uma série de reportagens publicadas pela ‘Folha de São Paulo’ em 2010/11. Na época, o Tribunal Superior Eleitoral fez valer a Lei da ‘Ficha Limpa’, contrariando o artigo 16 da Constituição. A ação proporcionou aos adversários usar uma série de artifícios jurídicos e publicitários durante a campanha eleitoral e a consequente delonga da posse de Capiberibe, mesmo depois de o Supremo Tribunal Federal ter decidido, em 23 de março de 2011, que a lei não poderia ter vigorado nas eleições de 2010. “Corri contra o tempo para fazer o que me impediram de realizar durante quase um ano e, apesar dessas adversidades, consegui que 2012 fosse profícuo de realizações legislativas em prol do Amapá e do País” – destaca o senador. Precursor da Transparência no Brasil, João Capiberibe é autor da Lei 131/2009, conhecida como Lei da Transparência ou Lei Capiberibe, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 27 de maio de 2009. Esta mesma lei abriu caminho para a aprovação e sanção pela presidente Dilma Rousseff, em 18 de novembro de

2011, da Lei de Acesso à Informação. O sucesso desta cultura da Transparência levou o socialista a ousar e apresentar outros projetos de interesse nacional, que servirão para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Uma destas é a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 024, que institui um Fundo Nacional de Desenvolvimento da Segurança Pública. Neste sentido, foram realizadas audiências públicas em Campo Grande (MS), Goiânia (GO) e Belo Horizonte (MG), onde a PEC 024 foi abraçada com entusiasmo pelos agentes de segurança pública de todo o país, que criaram, inclusive, a ‘Frente Brasil pela PEC 024’. “A PEC 24 representará para o País o que o Fundeb representa hoje para a Educação. Pela primeira vez, a questão da segurança pública é tratada da maneira que necessita e como exige a sociedade brasileira” – explica o autor. Mais uma proposta de Capiberibe é o PLS 076/2012, ou, simplesmente, “Impostos às Claras”, já aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O projeto dispõe sobre medidas para o esclarecimento da população quanto ao volume de tributos pagos ao governo, descritos em nota fiscal. “A iniciativa é, antes de tudo, pedagógica, pois mostrará aos brasileiros os altíssimos impostos pagos aos governos e mostrará que, infelizmente, a sociedade brasileira

ainda não tem uma contrapartida condizente com a dimensão dessa carga tributária” – afirma. Combate à corrupçãoOutra ação incisiva de João Capiberibe é o combate à corrupção. Em 2012, ele buscou, incansavelmente, trazer à luz fatos que ocorrem nos lugares mais distantes do Brasil, longe da atenção da mídia nacional e das autoridades. Em documento recentemente enviado a todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Procuradoria-Geral da República (PGR), Tribunal Regional Federal (TRF – 1ª Região), Controladoria Geral da União (CGU), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Presidência da República, órgãos de Imprensa e Bancada Federal do Amapá, os senadores Capiberibe e Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) denunciam os desvios de recursos públicos que se repetiram por anos no Poder Executivo do Estado do Amapá. Para João Capiberibe, o dispositivo mais eficiente para inibir a corrupção é o controle social, ou seja, o acompanhamento dos gastos públicos pela população, nos portais de Transparência. “Na verdade, todos devem tomar conhecimento destas informações, mesmo quem mora distante” – defende o senador. Fiel às suas origens regionais e de classe, Capiberibe também abriu mão do 14º e 15º salários pagos aos parlamentares. Ele disse que os políticos têm a missão de representar a sociedade, e considera certos privilégios um abuso da função. O senador também não deve imposto de renda e não utiliza carro oficial para circular por Brasília, por ser mais barato para o Erário.

Senador Capiberibe comemora primeiro ano de mandato

Page 46: Capi sua voz no senado

46