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Correio de Luz - 1 Pág. 07 Caridade com os Criminosos Págs. 04 e 05 A Vida de Jesus - Reflexões à Luz do Espiritismo A execução de um brasileiro na Indonésia provocou acalorados debates acerca da pena imposta ao réu, que há muito cumpria sen- tença no país, onde existem mais muçulmanos em todo o mundo. Há, assim, um discurso que vez por outra vem à tona, dizendo que o Brasil deveria adotar a mesma pena para com os criminosos por aqui. Mas será mesmo que isso resolveria o problema? Por que, por exemplo, em países que adotam a pena de morte, ainda são consi- deráveis as taxas de criminalidade? E o Espiritismo, o que diz em seus postulados? Quais seriam, além da vida física, o destino dos sentenciados à morte? A estas e outras perguntas tentamos responder à luz da Doutri- na Espírita, que é clara e, a exemplo de todas as religiões cristãs, é terminantemente contrária à pena capital e sempre a favor da vida. Pág. 03 O médium Chico Xavier, em sua passagem pela vida física, psicografou muitas cartinhas consolando mães cujos filhos desen- carnaram. Suas cartas serviram de tema para o filme “As Mães de Chico Xavier”. Aqui no Vale do Paraíba, o médium Rogério Leite, da cidade de Lorena, já recebeu muitas cartinhas de filhos endereçadas às mães em sofrimento. O médium já visitou várias cidades, inclusive Taubaté, psicografando muitas mensagens. Aqui em Taubaté, o médium Ari Rangel recebeu muitas destas cartas, algumas já publicadas no jornal Palavra Espírita e outras neste jornal, quase sempre endereçadas a mães sofredoras. Nesta edição, estamos publicando uma destas cartinhas. Trata-se de um caso especial, mostrando o relacionamento do mundo espiritual com o mundo físico. Não foi a primeira comuni- cação do espírito, porém, é uma mensagem significativa em razão de vários detalhes que constam da mensagem. Contato com a Casa Espírita Na história de Jesus, tal como a conhecemos, há uma fusão entre a figura histórica daquele homem que viveu na Galileia e a figura mítica do Cristo, que reúne em si vários acontecimentos míticos, filosóficos, religiosos e esotéricos, já conhecidos muito antes do nascimento de Jesus. Assim, embora seja consenso, na comunidade científica atual, que Jesus realmente existiu e que alguns dos fatos narrados na Bíblia realmente ocorreram, outros fatos são apenas reproduções de Mitos preexistentes. Basta ver as coincidências entre fatos do Novo Testamento e as histórias de Krishna, Hórus, Buda, e tantos outros. Léon Denis, o consolidador da Filosofia Espírita, chama-nos a atenção para essa “mistura”, no livro “Depois da Morte”. Assim, podemos dizer que há um “Jesus histórico” e um “Jesus mítico” e que os dois foram misturados, propositalmente, pelos evangelistas, com vistas a formar as bases e estabelecer os princí- pios do Cristianismo nascente.

Caridade com os Criminosos · E o Espiritismo, o que diz em seus postulados? Quais seriam, além da vida física, o destino dos sentenciados à morte? ... propaganda positiva, quem

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Page 1: Caridade com os Criminosos · E o Espiritismo, o que diz em seus postulados? Quais seriam, além da vida física, o destino dos sentenciados à morte? ... propaganda positiva, quem

Correio de Luz - 1Pág. 07

Caridade com os Criminosos

Págs. 04 e 05

A Vida de Jesus - Reflexões à Luz do Espiritismo

A execução de um brasileiro na Indonésia provocou acalorados debates acerca da pena imposta ao réu, que há muito cumpria sen-tença no país, onde existem mais muçulmanos em todo o mundo.

Há, assim, um discurso que vez por outra vem à tona, dizendo que o Brasil deveria adotar a mesma pena para com os criminosos por aqui.

Mas será mesmo que isso resolveria o problema? Por que, por exemplo, em países que adotam a pena de morte, ainda são consi-deráveis as taxas de criminalidade?

E o Espiritismo, o que diz em seus postulados? Quais seriam, além da vida física, o destino dos sentenciados à morte?

A estas e outras perguntas tentamos responder à luz da Doutri-na Espírita, que é clara e, a exemplo de todas as religiões cristãs, é terminantemente contrária à pena capital e sempre a favor da vida.

Pág. 03

O médium Chico Xavier, em sua passagem pela vida física, psicografou muitas cartinhas consolando mães cujos filhos desen-carnaram. Suas cartas serviram de tema para o filme “As Mães de Chico Xavier”.

Aqui no Vale do Paraíba, o médium Rogério Leite, da cidade de Lorena, já recebeu muitas cartinhas de filhos endereçadas às mães em sofrimento. O médium já visitou várias cidades, inclusive Taubaté, psicografando muitas mensagens.

Aqui em Taubaté, o médium Ari Rangel recebeu muitas destas cartas, algumas já publicadas no jornal Palavra Espírita e outras neste jornal, quase sempre endereçadas a mães sofredoras.

Nesta edição, estamos publicando uma destas cartinhas. Trata-se de um caso especial, mostrando o relacionamento do

mundo espiritual com o mundo físico. Não foi a primeira comuni-cação do espírito, porém, é uma mensagem significativa em razão de vários detalhes que constam da mensagem.

Contato com a Casa Espírita

Na história de Jesus, tal como a conhecemos, há uma fusão entre a figura histórica daquele homem que viveu na Galileia e a figura mítica do Cristo, que reúne em si vários acontecimentos míticos, filosóficos, religiosos e esotéricos, já conhecidos muito antes do nascimento de Jesus. Assim, embora seja consenso, na comunidade científica atual, que Jesus realmente existiu e que alguns dos fatos narrados na Bíblia realmente ocorreram, outros fatos são apenas reproduções de Mitos preexistentes. Basta ver as coincidências entre fatos do Novo Testamento e as histórias de Krishna, Hórus, Buda, e tantos outros. Léon Denis, o consolidador da Filosofia Espírita, chama-nos a atenção para essa “mistura”, no livro “Depois da Morte”.

Assim, podemos dizer que há um “Jesus histórico” e um “Jesus mítico” e que os dois foram misturados, propositalmente, pelos evangelistas, com vistas a formar as bases e estabelecer os princí-pios do Cristianismo nascente.

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2- Correio de Luz

Órgão de divulgação espírita vinculado

à Casa de Eurípedes

Rua Pe. Roberto Landell Moura, 65

Taubaté/SP

End. p/ correspondência:

Av. Armando de Sales Oliveira, 274

Apt° 121 - CEP 12030-080 Taubaté/SP

Jornalista Responsável

Camões Filho (MTB 18411)

Colaboraram nesta edição:

Ari Rangel

Celia Elmy

Jair do Couto

Paulo Heitor L. Bruno

Roni Couto

Sérgio Wanderley

Valéria Wanderley

Apoio:Livraria Espírita ‘ Cairbar Schutel ’

PH EventosPraça Monsenhor Silva Barr0s, 254

Salas 05/06 - Piso 1 - Centro - Taubaté/SP

* As máterias assinadas são de reponsabilidade dos autores.

* Veja mais poesias e mensagens:www.correiomediunico.blogspot.com

Expediente

Movimento Espírita

Para Onde Apontam os Rumos da Assistência Social no Centro Espírita

Lembro-me que, quando iniciei na Moci-dade Espírita “A Caminho da Luz” no Centro Espírita “União e Caridade” em Taubaté, na década de 80, além dos preciosos es-tudos ministrados por Eurico Figueira, um movimento chamava a atenção dos jovens espíritas: aqueles senhores, que saiam todo

domingo cedo, carregando sacolas de pano, que voltavam cheias. Logo nos inteiramos que se tratava da Campanha do Quilo “Fran-cisco de Assis”. Aquilo nos entusiasmava e pedimos para participar. Fomos carinhosa-mente aceitos. A vistosa Rural azul e branca, a caminhonete do Senhor Melo, presidente do Centro, nos levava aos bairros mais dis-tantes para arrecadar alimentos. Mais tarde os jovens ensaiaram uma campanha só sua. Seu Melo incentivou. Por mim continuava junto deles, com a sua experiência, que tão amorosamente nos transmitiam, mas talvez precisássemos aprender a “caminhar com as próprias pernas”... Demos o nome de “Legião da Esperança” à nossa campanha. O fato é que, agora sem o respaldo dos adul-tos, tínhamos que decidir tudo sozinhos. Mapeamos a cidade e escolhíamos o bairro e como chegaríamos lá. Numa época em que quase nenhum jovem tinha carro nem carteira de motorista, o grande problema era transportar os alimentos arrecadados, mas os pais dos jovens davam uma força.

Enfim, esse trabalho nos uniu, deu-nos lições de humildade, perseverança e perdão, porque nem sempre éramos bem sucedidos nas casas onde batíamos. Formou futuros trabalhadores e dirigentes espíritas. Trou-xe-nos também algumas surpresas mara-vilhosas porque entregávamos mensagens espíritas e, às vezes, tínhamos o retorno quando voltávamos à mesma casa. Mas não conhecíamos o trabalho da entrega dos alimentos aos assistidos.

Em Tremembé, meu irmão Fantino fun-

dou a Campanha do Quilo “Irmão Fabio” no Centro Espírita “Jesus de Nazaré”. No começo, só ele e um amigo, Sebastião. Nessa época eu e Sergio, que participou de todo esse processo, pois nos conhecemos na mesma Mocidade Espírita, estávamos na “Campanha da Reencarnação”, recebendo

nossos filhos. Mais tarde, então como orientadores da Evangelização Infantil e Mocidade Espírita, saíamos às ruas, jovens e crianças realizando a Campanha do Quilo. E um grupo de tra-balhadores da Casa fazia a arrecadação em casas certas, que doavam todo mês. Anos 80, 90, a pobreza era gritante e urgente. Dona Anezia Cas-telli, presidente do Centro, completou nossa formação ensinando-nos a trabalhar com as famílias assistidas.

Hoje vemos com satisfação que o Esta-do vem cumprindo com a sua parte, sem adentrarmos se a realiza como deveria, mas é fato sabido que houve ascensão social no Brasil e, pelo menos, as necessidades básicas dos menos favorecidos estão sen-do supridas. Há pobres? Sim, certamente, mas não tantos, nem naquelas condições de penúria como os de antigamente, pelo menos na nossa região, creio. E uma crian-ça levou-me a uma reflexão: estávamos realizando uma atividade conjunta com as Famílias Assistidas e as crianças da Evange-lização Infantil, e uma destas veio me dizer, admirada, “ao pé do ouvido”: “Tia, eles tem celular!” Sim, eles tem celular. E não dá pra perceber ali quem é assistido e quem não é. A vestimenta já não diferencia as pessoas. Bendita China! Roupas a preços acessíveis igualam todos. Vejo isso com bons olhos. Vestidos adequadamente os pobres tem dignidade.

Mas, por outro lado, vem o questio-namento: esse trabalho de arrecadação e distribuição de alimentos é ainda necessá-rio? Estamos ajudando ou atrapalhando o progresso dessas pessoas? Estaríamos in-centivando a dependência e a acomodação? É chegada a hora de reavaliarmos o papel social do centro espírita na sociedade? Se as necessidades básicas estão sendo supridas pelo Estado, de que, efetivamente, o povo precisa? Creio firmemente que o centro es-pírita não deve ser uma ilha, ele deve estar inserido no contexto onde se encontra e aberto à comunidade. E, independentemen-

te de credo, deve prestar serviços sociais. E, tal qual o serviço de assistência social que vimos prestando até então, valeria como propaganda positiva, quem sabe não atrairia novos públicos, e o Espiritismo seja visto como Kardec queria, não somente como religião, mas também como filosofia e ciên-cia. Participar de programas já existentes na comunidade também é uma opção. Qual é a carência atual? Para onde devem se dire-cionar os esforços dos espíritas para atuar na sociedade? Devemos mudar de público e de atuação?

Celia [email protected]

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Correio de Luz - 3

Caridade com os CriminososDoutrina

Ari [email protected]

A execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, que estava preso na In-donésia por tráfico de drogas, reacendeu o debate sobre a pena de morte, quando a própria Presidente da República interveio, diplomaticamente, pedindo que aquele governo não se utilizasse da pena capital. O pedido foi negado, como todos sabemos, mesmo Dilma Roussef tendo ligado para o presidente Joko Widodo, dizendo que aquele pedido era um pedido humanitá-rio e materno mesmo, mas a resposta foi peremptória: não! A partir dessa decisão acirrou-se entre nós o debate entre prós e contras, inclusive com depoimentos acalo-rados nas redes sociais, asseverando alguns que o mesmo devia ser feito no Brasil, já que aqui, conforme pensam, a pena de morte já existe, menos para bandidos e coisas do gênero. Afora os depoimentos viscerais o fato é que a pena de morte existe ainda, segundo a Anistia internacional, em cerca de 57 países e outros 35 têm legislação que permite a pena de morte, mas não a aplicam há mais de 10 anos. Outro dado interessante é que em 98 países as execuções foram totalmente erradicadas. Segundo, ainda, o mesmo relatório da Anistia, em 2013, foram executadas 778 pessoas em 22 países. Das nações que ainda aplicam a pena destacam-se países com EUA, Japão, Afeganistão, Etiópia, Guatemala, Nigéria, etc, sem falar na China, que segundo as estimativas é o país que mais pratica execuções, e que, sozinho, tem mais executados que a soma de todos os países juntos, considerando-se os números que não são divulgados pelo governo chinês.

A execução do brasileiro, como disse-mos acima, ressuscitou o tema, defendido por alguns, a nosso ver, sem a devida caute-la. Mas e a Doutrina Espírita, o que ela nos diz? Temos o direito de tirar de circulação criminosos de alta periculosidade? Existirá tão somente a pena de morte como recurso para que não haja impunidade? O que acon-tece com o espírito dos penalizados com a execução? Como fica a alma deles depois de executados? Essas respostas certamente as encontramos na codificação espírita, que nos conclama à caridade com os criminosos. No capítulo XI de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, item 14, encontramos uma mensagem do espírito de Elizabeth de França incitando justamente à caridade para com aqueles que perpetram tudo o

que é condenável por nossas leis: “Deveis amar os infelizes, os criminosos, como

criaturas de Deus, para as quais, desde que se arrependam, serão concedidos o perdão e a misericórdia, como para vós mesmos, pelas faltas que cometeis contra a sua lei. Pensai que sois mais repreensíveis, mais culpados que aqueles aos quais recusais o perdão e a comiseração, porque eles quase sempre não conhecem a Deus, como O conheceis, e lhes será pedido menos do que a vós”. Já no capítulo VI do Livro “O Céu e o Inferno”, que aliás esta ano está completando 150 anos, Kardec o intitula de “Criminosos Arrependidos”, com o de-poimento daqueles que cometeram crimes e sofreram a pena capital, mostrando o suplício de quem passa por esta punição. Os relatos são expressões vivas de que a pena de morte, à medida que o homem avança moralmente, é extremamente desnecessária, pela sua ineficácia, pela sua total falta de sentimento humano, porque fazer justiça é uma coisa, agora, fazer vin-gança é outra bem diferente. No nosso país, por exemplo, onde há altíssimos índices de violência e assassinatos, não faltam aqueles discursos que dizem que “bandido bom é bandido morto”. Será mesmo? É claro que não! A maior prova de que a pena de morte é um equívoco é a própria condenação de Jesus. Então por que ao invés de lutarmos para a adoção da pena em nosso país, que graças a Deus está terminantemente proi-

bida pela constituição, em cláusula pétrea, ou seja, que não pode seja mexida, não lutamos contra as desigualdades sociais, tão gritantes em nosso país? Por que não trabalhamos por uma educação onde todos tenham igualdade de acesso? Não seria mais lógico perguntarmos se os altos índi-ces de criminalidade no Brasil não são frutos da indiferença social? Não seria razoável, antes de pleitearmos a mudança da lei, en-xergarmos que onde o estado não atua com políticas públicas verdadeiras, o crime toma conta? Onde o tráfico “adota” aqueles que são excluídos socialmente, por exemplo. É preciso, antes de se espumar o discurso odioso da pena de morte, pensar que ela acontece em estados totalitários, onde os direitos civis nunca são respeitados.

Daí a nossa completa repulsa por uma pena que, à medida em que o planeta Terra for se consolidando moralmente, há de ser completamente extinta, e é exatamente isso que o Evangelho de Jesus, a exemplo de outras religiões, pede: que amemos ao nosso próximo e não será com a revogada Lei de Talião que vamos ressuscitá-la. É exatamente à compaixão para com os crimi-nosos que a Doutrina Espírita nos conduz, entendendo o criminoso como alguém doente, que necessita, sim, de punição, mas também de tratamento e não será com a morte que iremos resolver o problema da criminalidade. É dever de todo cristão sincero, nestes momentos em particular, recorrer à cena em que Jesus, em meio à turba desvairada apedrejando a mulher adúltera, interveio caridosamente para nos mostrar que se tivermos sem pecados, que atiremos a primeira pedra...

Ao nosso irmão Marco Archer dirigi-mos os nossos mais sinceros sentimentos, sabendo que Deus jamais o abandonará, rogando a Ele que o abençoe na nova di-mensão, mesmo sabendo que caiu em ten-tação e se permitiu a um crime que como qualquer outro merece punição, mas jamais com a morte. E aos defensores intransigen-tes da pena capital a nossa reflexão para que entendam que neste caso, o silêncio é sempre uma poderosa prece.

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4- Correio de Luz

Correio Mediúnico

Cartas ConsoladorasNaquela tarde, eles vieram à Casa de Eurípedes. Não conheciam

a casa espírita. Um deles frequentava outro centro, do outro lado da cidade e acompanhava o amigo que estava doente. O doente detalhou o seu problema: tinha uma dor intensa no ombro, consul-tou vários médicos, tomou remédios, não deu resultado, nem soube a sua origem mesmo com radiografia. Por este motivo, explicou, estava vindo até o centro espírita por indicação do amigo que o acompanhava.

Submetido a uma série de passes, após alguns dias o nosso irmão estava curado. Ele mesmo afirmou isto quando procurou um dos dirigentes da casa, perguntando sobre o fun-cionamento da mesma e se a casa aceitava doações. Resposta afirmativa ele sa-cou um talão de cheque perguntando se poderia ajudar fazendo uma doação. O dirigente agradeceu a in-tenção, porém, não poderia aceitar a sua ajuda.

O nosso irmão ficou de-sapontado, quis saber o motivo.

O dirigente explicou que, conforme ele mesmo con-firmara, tinha sido curado e não era correto que ele fizesse qualquer doação, “dai de graça, o que recebes de graça”, (Mateus 10-8) portanto... Frisou o dirigente.

O nosso irmão ficou chateado, ele gostaria de ajudar, estava muito grato. Foi então que o dirigente lembrou-se de uma festi-nha em homenagem às mães, a ser realizada no sábado daquela semana. Perguntou ao irmão em questão se gostaria de abrilhan-tar a comemoração, tocando algumas músicas: o nosso irmão era excelente violonista.

Aceitando de pronto o convite, no sábado o nosso irmão retor-nou e não veio só. Chegou acompanhado de outros músicos fazendo uma apresentação maravilhosa. Junto com o grupo, veio um jovem que foi apresentado como seu filho.

O evento aconteceu no sábado e, passados três dias, ou seja, terça feira de madrugada, aquele jovem desencarnou. Não estava doente, foi deitar-se dentro da normalidade e não acordou mais para a nossa vida física.

O Retorno Alguns meses após sua passagem para a erraticidade, quando

um médium de outra cidade visitava Taubaté, o médium recebeu uma mensagem do jovem, dirigida aos pais. Aquela seria a primeira de muitas mensagens de Benedito Monteiro Junior aos seus pais Benedito Monteiro e Tucandira Martins Cruaia Monteiro.

Os pais, católicos, não tinham conhecimento sobre a continui-dade da vida na outra dimensão. Ficaram surpresos, a principio, e maravilhados depois.

Dona Tuca, como é chamada, tem a sua origem na tribo dos Cruaias. Seu cunhado Darã é cacique da tribo Tekoá-Porã, em Ita-poranga-SP, de origem tupi-guarani.

Sr Monteiro, músico, militar aposentado, artesão homenagea-

do pelo Rotary, Corpo de Bombeiros Club de Pindamonhangaba, pelas Prefeituras de Taubaté e de São Luis do Paraitinga, recebeu vários diplomas de diversas cidades onde expôs seus trabalhos de miniatura em madeira.

No dia 30 de agosto do ano passado, Junior, espírito, veio à festa do centenário de vida do seu pai, acompanhado de seus ancestrais, com se verifica na mensagem constada a seguir:

Mensagem do JúniorQuerida mãezinha Tucandira, querido papai Monteiro, mais uma

vez recorro aos corações ami-gos desta casa abençoada, onde podemos transmitir os nossos sentimentos àqueles que nem a morte consegue cessar. Por isso eu venho mais uma vez apenas para dizer que continuo amando-os com a mesma intensidade de sempre!

Ao se aproximar o Natal, época em que todos nos deixamos levar pela atmosfe-ra de luz que a bondade do Mestre Jesus nos traz, pensei que agora era a hora de eu vir por meio desta cartinha para

dizer o quanto continuo vivo e presente junto de seus corações. Sim, estamos mais próximos do que pensam! Vocês, vez por

outra, vêm até mim trazidos por benfeitores espirituais, e, sempre que posso, vou com os mesmos benfeitores para a rua 7 de Setem-bro, 530, o nosso lar de sempre.

Papai querido, o que falar sobre seu aniversário de 100 velinhas para soprar?! Que apenas os homens verdadeiramente disciplina-dos com as sábias leis da vida conseguem alcançar e o senhor tem sabedoria de sobra para seguir adiante.

Compareci com muitos amigos benfeitores à festa de Agosto. Emocionei-me junto deles com a presença de tantos seres ilumina-dos... Choramos todos ao ver chegar os xondaros vindos da nossa Tekoá-Porã, abençoados e representando Nhanderu1, para envol-vê-lo, meu pai, num gigante facho de luz, indescritível para os que os víamos, entoando um cântico sagrado maravilhoso e celebrado em sua homenagem...

A vovó Aparecida e o vovô Pedro, ao lado do tio João, dos tios Geraldo e Geraldinho entre antigos soldados que o conheciam também compareceram, felizes, ao seu centenário, onde, juntos, agradecemos a Deus por seus 100 bem vividos anos!...

Não tenho palavras para dizer o quanto ainda o venero como o melhor pai do mundo! Durante minha curta passagem pela escola terrena, por circunstâncias que fogem à nossa compreensão, vivi o suficiente para, assim mesmo, reconhecer a sua grandeza de ho-mem verdadeiramente de bem! Querendo presenteá-lo pedi ajuda aos benfeitores para que me ajudassem a construir alguns versos que traduzissem o quanto o estimo, meu paizinho querido. É uma composição simples, modesta, mas muito sincera. Espero que goste!

Legenda da foto*

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Correio de Luz - 5

Poesia Mediúnica

Soneto a meu Pai

Madeira secular de nobre linha, Talhada pelas sábias mãos da vida,

Seu paternal exemplo inda se aninhaNo coração dest’alma agradecida!...

Por isso, numa prece comovidaRogo ao Bom Deus por ele e por mãezinha,

Que, juntos, seguem firmes na casinhaDa 7 de Setembro tão querida...

Ditoso eu só serei quando algum diaSouber viver com igual sabedoria

Seus gestos de homem honesto e virtuoso,

Porquanto não há bem mais preciosoQue herdar de um pai, assim, tão valoroso

Lições de amor com tanta maestria!...Espero, enfim, meu querido papai, traduzir um pouco da imensa

gratidão que existe em mim. Sou e serei sempre o aprendiz, o filho e o aluno de um pai mestre, que estimarei por todo sempre!

Mãezinha, sei o quanto seu coração bate forte, quando, às ve-zes, adentro nosso lar... Devo dizer que a saudade só tem razão de ser quando morremos para o amor, amor que devemos ao nosso próximo mais necessitado. Basta lançarmos o olhar por aí e veremos que há muitos órfãos de pais vivos e órfãos pais de filhos vivos... Por isso é necessário dizer, em nome desse amor, que a gente pode sair a semear do jeito que Jesus, Nosso Senhor, nos ensinou. Toda vez que as mães trocam as lágrimas da saudade pelo amor sem fronteiras, seus filhos desencarnados sentem, na flor da pele, uma emoção intraduzível...

É Natal, paizinhos queridos, e não posso deixar de beijá-los com a satisfação de quem recebe um presente das mãos de Jesus!!! Quero deixar, assim, uma vez mais, o meu coração agradecido, desejando que prossigam convictos de que o filho de vocês continua vivo como sempre. Deus lhes pague!

Beijos do sempre filho dos melhores pais do mundo,

Júnior Benedito Monteiro Júnior

Permita Deus!

Ditoso porta-voz da caridade;Exemplo singular de amor cristão,

Sua existência é viva oraçãoServindo com Jesus à Humanidade!

Discípulo fiel da cristandade,Alçou aos céus o próprio coraçãoPara trazer à dor de cada irmãoMais esperança, fé e serenidade!

Quem dera ao mundo fosse mais fraternoA se espelhar no exemplo humilde e terno

Do servidor altivo e genuíno...

Também quando eu voltar um dia à Terra,Permita Deus que eu me declare guerra,

Para eu, enfim, ser vero vicentino!

J.E. de Souza

(Mensagem psicografada durante o Evangelho no lar, na casa da Srª Aparecida Bilard, em Taubaté-SP, no dia 20 de Janeiro de 2014,

pelo médium Ari Rangel).

Legenda da foto: da direita para a esquerda, Caricaturado Sr. Monteiro,foto com o Vice Presidente Michel Temer, Diploma cidadão Luisence, cidade

São Luis, Diploma cidadão Tremembeense, certificado de música, Diplomahonra ao mérito Rotary Club. Abaixo Rotary Club de Pindamonhangaba.

(1)Xondaros são guerreiros; Tekoá-Porã, aldeia ou local onde se localiza aaldeia; Nhanderu, Deus. Na língua Tupi Guarani.

Mensagem psicografada na “Casa de Eurípedes”, em Taubaté-SP, no dia 20 de dezembro de 2014, pelo médium Ari Rangel).

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6- Correio de Luz

Pesquisa

A Sociedade nos Dias de HojeTerminada a 2ª Guerra Mundial, uma

onda de pessimismo varreu a Terra. O trans-bordar das paixões apresentou uma ética com vários sintomas de desequilíbrio. A guerra havia sido calamitosa, a mais hedion-da de que a humanidade tinha notícias até então. Era natural que a filosofia (clássica) desta época estivesse se diluindo, o que se pôde ver na obra de Jean Paul Sartre, verdadeiro represen-tante deste pessimismo.

Este eminente filósofo Francês havia sido prisioneiro dos nazistas, de quem fugiu e contra quem com-bateu pelos os esgotos de Paris, em defesa de sua pátria. Tivera tempo de observar que a doutrina religiosa da ortodoxia ancestral não havia oferecido, às pessoas, aquela resistência moral que preconizava. E não poucas vezes, ele assistiu ce-nas alarmantes, de pais que entre-gavam suas filhas aos nazistas, em troca de uma barra de chocolate. A decepção que dele tomou conta fez com que ele, logo após, apresentasse a pro-posta da “Doutrina Existencialista”. Sartre (assim como Schopenhauer) assevera que a vida não tinha nenhum sentido, a não ser a morte.

Ética e Moral se tornaram artigos de luxo, existindo somente nas prateleiras em-poeiradas das bibliotecas do pensamento. Viver o agora intensamente, viver o hoje, fluir e gozar, por que de um momento para outro vem a bomba... e tudo é transformado no “Caos”.

Ao lado de Madame de Beauvoir, sua proposta inseriu-se no amargo contexto das décadas 40 e 50, ganhando a adesão da atriz cinematográfica Julliette Greco, eleita como a representante do existencialismo.

Voltando um pouco no tempo, recorda-mo-nos do ano 1793, na Catedral de Notre-Dame, quando se proclamou a morte de Deus. Por que Deus? A França dizia saber pensar, e que Deus era uma peça de museu. Elegeram então uma deusa: a Razão.

Da mesma forma, no fim do século XIX, Friedrich Nietzsche apresentava sua obra: “Assim falou Zaratustra”, em que apre-sentava a morte de Deus, através de sua personagem, que bem poderia ser o próprio Nietzsche, e que ao final pergunta: “Agora que matamos Deus, quem alimentará os peixes que vivem nos oceanos e os pássaros

que voam nos céus?” – E uma vaga de tris-teza tomou conta da multidão desvairada. Assim termina Zaratustra.

Por fim, entre 1945 e 1946, a multidão experimentava a mesma tragédia, com a morte de Deus e o nascimento do Existen-cialismo. Tal filosofia encontrou ressonân-

cia em um jovem da Argélia, igualmente atormentado e depressivo, Albert Camus, Nobel de Literatura, com “O Estranho”, retrato autobiográfico, talhado na filosofia do absurdo. Este seu personagem no cita-do livro é um estereótipo da criatura que perdeu tudo, perdeu a razão de viver, sem os objetivos de vida e amargurado. Em um momento infeliz, mata um árabe, é levado a julgamento e para sua surpresa, não o condenam tanto pelo seu crime, mas pela indiferença com que ele soube da morte de sua mãe, que estava em uma casa de anciãos. Testemunhas contam como ele se comportou no velório, logo após o qual ele teria um encontro sexual com uma jovem.

Este personagem narrado acima, pela obra de Albert de Camus, é o símbolo dos jovens de nossos dias, daqueles jovens de que se auto flagelam, com piercings, com arranhaduras, com estiletes aguçados, que sangram, para que ponham para fora seus conflitos.

É bem o biótipo daqueles que mergu-lham na alcoofilia, na drogadição, no desva-rio sexual, na desmedida da posse, para logo depois caírem no tédio da falta de objetivo existencial para viver.

Esta descrição acima é também a da nossa sociedade amorfa, indiferente a tanta imoralidade, a tanta corrupção, a tanto cinismo que tomou conta da Terra,

como se isto fosse de chofre, Terra essa na qual as guerras, que se não justificam, para esconderem o totalitarismo do poder econômico, assaltam países indefesos e desejam esmagá-los, enquanto cantam seus hinos a liberdade.

Recordo-me da célebre Jacobina, ma-dame Roland, nos dias de terror da Revolução Francesa, ela que representava sua região, cantando à liberdade, mas que foi levada à guilhotina pelos filósofos decaden-tes da época e quando ela estava diante da massa que queria sangue, ergueu a cabeça e lamentou e disse esta frase que se tornou imortal:

- Oh Liberdade, oh liberdade, quantos crimes se cometem em teu nome!

Dizemos hoje: oh democracia, oh democracia, quantos crimes se cometem em teu nome!

Quantas armas são disparadas para extermínios totais, químicas,

atômicas ou de expressão selvagem, dando surgimento ao Terrorismo Internacional, filho espúrio do egoísmo e das paixões dis-solventes que viscejam na criatura instintiva.

Na década de 1940, o professor, psicólo-go e filósofo espanhol Mira y López, escre-veu uma grande obra, que na sua época foi Best-Seller: “Os 04 Gigantes da Alma” (que já mencionamos em edição anterior – 13 – de O Correio de Luz).

Os 04 gigantes da Alma são: A Ansie-dade, O Medo, A Solidão e A Rotina. E na semelhança deste escritor, o espírito de Joanna de Ângelis, através da psicografia do médium Divaldo P. Franco, nos propõe uma obra: “Os Gigantes da Alma”, e assevera, o 5° gigante, “Amor”, é o maior de todos.

“Conhece-te a ti mesmo e a verdade te libertará”.

É com essa máxima, atribuída a Sócra-tes, que encerramos a matéria e deixamos aos nossos leitores o pensamento do Bom Combate com os nossos gigantes, para compreendermos porque estamos aqui, para sermos consertados e não somente termos medo destes 04 gigantes citados. Lembrem-se que o quinto e maior gigante de sua alma é o Amor.

Transformem-se para melhor e mudare-mos toda a sociedade!!!

Muita paz!PH

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Correio de Luz - 7

Estudo Doutrinário

Sérgio [email protected]

A Vida de Jesus- Reflexões à Luz do Espiritismo

Jesus histórico e Jesus míticoNa história de Jesus, tal como a conhe-

cemos, há uma fusão entre a figura histórica daquele homem que viveu na Galileia e a figura mítica do Cristo, que reúne em si vários acontecimentos míticos, filosóficos, religio-sos e esotéricos, já conhecidos muito antes do nascimento de Jesus. Assim, embora seja consenso, na comunidade científica atual, que Jesus realmente existiu e que alguns dos fatos narrados na Bíblia realmente ocorreram, outros fatos são apenas reproduções de Mitos preexistentes. Basta ver as coincidências entre alguns acontecimentos do Novo Testamento e as histórias de Krishna, Hórus, Buda, e tantos outros. Léon Denis, o consolidador da Filosofia Espírita, chama-nos a atenção para essa “mis-tura”, no livro “Depois da Morte”.

Assim, podemos dizer que há um “Jesus histórico” e um “Jesus mítico” e que os dois foram misturados, propositalmente, pelos evangelistas, com vistas a formar as bases e estabelecer os princí-pios do Cristianismo nascente. Atrevo-me a dizer que essa “mistura” pode ter sido sugerida e dirigida pelo próprio Jesus, ao revelar a nova doutrina a seus discípulos.

Antes de continuarmos, alertamos: acostumamo-nos equivoca-damente a tratar o “Mito” como se fosse uma mentira! É comum, por exemplo, diferenciar “Mito ou verdade”! Isto é um erro! O Mito não é o mesmo que mentira, ou história falsa! Mito é uma linguagem simbólica para representar uma verdade psicológica, espiritual, superior, que não pode ser compreendida pelo limitado pensamento racional, nem exposta em palavras. Assim, quando falamos de Jesus mítico, não queremos dizer que aquela parte da história é falsa, mas sim que ela tem um significado oculto, superior, direcionado diretamente para nossa alma, por meio de símbolos e alegorias (mitos). Exemplos? A história do Salvador nascido de uma virgem, mito que já existia antes, a exemplo de Tsong-Kaba, Krishna, Zoroastro, Lao-Tsé, e outros; ou, ainda, a tentativa de ma-tar o messias, quando criança, presente nos mitos de Buda, Zeus, Krishna, Moisés, etc.

As Fontes de InformaçãoAs principais fontes, sem dúvida, são os evangelhos oficiais,

constantes do Novo Testamento. Foram textos escritos após a morte de Jesus, direcionados para os primeiros cristãos, servindo de fonte para a teologia cristã.

Há quatro evangelhos oficiais, que compõem o cânone do Novo Testamento, ou seja, que foram tidos como legítimos pela Igreja pri-mitiva, através de concílios, e passaram a compor a Bíblia. São eles os Evangelhos de Mateus, Lucas, Marcos e João. Os três primeiros são chamados de sinóticos, por concordarem entre si e trazerem relatos semelhantes da vida de Jesus. O último é mais filosófico e místico (alguns dizem que João evangelista era espírito muito evoluído, tendo escrito o Evangelho sob inspiração divina, recheando-o com símbolos esotéricos, para proteger as informações ali presentes).

Devemos ter em mente, porém, que estes evangelhos foram modificados (tendo partes suprimidas, aumentadas ou alteradas), a partir de 325d.C., quando o imperador Constantino reuniu os sa-cerdotes católicos (catolicismo era uma das diversas linhas cristãs

de então), com a finalidade de criar uma religião oficial que pudesse reunificar o Império Roma-no. A religião Católica, como se vê, nasceu com uma finalidade mais política do que espiritual.

Há ainda outros evangelhos, já há muito tempo conhecidos, que não foram aceitos e nem incluídos na Bíblia pela Igreja primitiva (não entraremos no mérito dos porquês), mas que podem trazer informações relevantes para a pesquisa do Jesus histórico. São os chamados evangelhos apócrifos.

Vale mencionar que em meados do século passado, foram encontrados os Manuscritos do Mar Morto, que contêm inúmeras informações novas a respeito de Jesus, incluindo evangelhos apócrifos, alguns já conhecidos, outros não, ou-tros somente mencionados na Bíblia, mas nunca vistos, além de diversas informações compila-das pelos Essênios. Estas informações ainda estão em estudo por teólogos e cientistas, mas já forneceram centenas de novos dados acerca

do Cristo (embora muitos não os aceitem), que permitem ver um panorama bem mais amplo de nosso Mestre.

Há, ainda, alguns escassos documentos históricos, a exemplo de uma Carta de Pôncio Pilatos ao Imperador Tibério César, descreven-do Jesus (guardada na Biblioteca do Congresso, em Washington, D.C.), e outra escrita pelo Legado imperial de Roma, na Judéia, Publius Lentullus (uma das reencarnações de Emmanuel, guia de Chico Xavier), também dirigida a Tibério (carta que está guardada na Biblioteca do Vaticano), descrevendo Jesus como “um homem alto e de majestosa aparência; sua face, ao mesmo tempo severa e doce, inspira respeito e amor a quem a vê. Seu cabelo é da cor do vinho e desce ondulado sobre os ombros; é dividido ao meio, ao estilo nazareno. Sua fronte, pura e altiva, sua cútis pálida e límpida; a boca e o nariz são perfeitos; a barba é abundante e da mesma cor dos cabelos; as mãos, finas e compridas; os braços, de uma graça encantadora; os olhos azuis, plácidos e brilhantes. (...) Caminha com os pés descalços e a cabeça descoberta. Vendo-o à distância, há quem o despreze, mas em sua presença não há quem não estremeça com profundo respeito”.

Não podemos nos esquecer de outra fonte importantíssima de informações: as obras psicografadas. Citamos, a exemplo, obras de Emmanuel (psicografia de Chico Xavier), tais como “Há Dois Mil Anos” e “Cinquenta Anos Depois”, em que se mencionam aspectos da vida de Jesus e dos primeiros cristãos.

Citem-se, por fim, livros de pesquisadores diversos, entre eles Léon Denis, já conhecido por nós, Charles Lancelin (francês que escreveu sobre Jesus, quando encarnado e que, já no plano espi-ritual, ditou a obra “Iniciação – Viagem Astral”), Francisco Klors Werneck (autor espírita, que escreveu “Jesus, dos 13 aos 30 Anos”), Aristides Leterre (que publicou em 1934, pela FEB, o livro “Jesus e Sua Doutrina”), entre tantos outros.

- Recomendo, aos amigos leitores, uma consulta aos textos e livros menciona-dos nesta edição, alguns dos quais podem facilmente ser encontrados na internet. Indicarei, nas próximas edições, diversas outras fontes que podem enriquecer nossa pesquisa, contando com a companhia de todos, nessa jornada de estudos.

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8- Correio de Luz

Correio Mediúnico

Ajuda Prestimosa

Mensagem psicografada na “Casa de Eurípedes”, em Taubaté-SP, no dia 03 de dezembro de 2014, pelo médium Ari Rangel

Agenda Espírita

Amigos e irmãos em Jesus, muita paz a todos e que o Mestre Excelso de sempre nos abençoe mais e mais.

Passo por aqui apenas para agradecer aos corações amigos pela ajuda que me prestaram, conquanto eu saiba e reconheça que tudo, acima de tudo mesmo, vem de Deus, nosso pai. Mas, como dever de consciência vi-me obrigado a chegar até este lar para abraçar aqui, a cada coração, porque deste outro lado da existência custa-nos muito as benesses da gratidão.

Não ficaria feliz se não voltasse aqui para agradecer, in loco, a ajuda e o socorro que me foram prestados pelos amigos e irmãos deste lar, reconhecendo no serviço da Seara Mediúnica um posto de socorro de extrema importância para aqueles que atravessamos os portais da existência física.

Digo e reitero: meu Deus lhes pague pela ajuda prestimosa que deram.

Lembro-me que foi de repente! Uma dor sem saber de onde vi-nha abateu meu coração, o suficiente para que eu me desligasse do abençoado corpo físico.

Fora previdente e nunca abusei das forças orgânicas, contudo, por conta de débitos pretéritos estava assim “escrito”, sendo certo que eu retornaria no momento azado para as dimensões de onde agora falo aos corações amigos.

O mal súbito, o infarto fulminante, estavam marcados e não podia fugir ao que os benfeitores do mundo maior já me haviam traçado.

Fôra ainda espírita convicto e, por força da fé, os conhecimentos que me haviam iluminado a alma, sincera e humildemente, me ajuda-ram sobremaneira no novo plano da vida.

Lembro-me, contudo, ainda no veículo parado, cercado de an-jos humanos, quais sejam os nossos irmãos prestimosos do corpo, companheiros e amigos do 11º resgate, tentando me reanimar, que divisei entre os circunstantes benfeitores do mundo espiritual a me prestarem auxílio.

E, entre eles, vi a figura singular de um amigo chamado Altivo que me acalmava e pedia que eu o acompanhasse nas suas preces junto de outros abnegados benfeitores...

Não hesitei e a breve turno reconheci, resignadamente, um novo estágio. Tão logo me reconheci naquela movimentação toda, trouxeram-me para este lar, a fim de receber os, vamos assim dizer, primeiros socorros...

Havia um grupo em ambos os planos a tratarem fluidicamente centenas de doentes e recém-libertos das amarras físicas e assim fui encaminhado a um hospital que não mais era do plano físico. Procurei aceitar a nova condição conquanto me custasse deixar o lar querido sem o devido “até breve”, pois por mais noção que tenhamos do mundo espiritual, através das luzes da Doutrina Espírita, ainda nos custa muito deixar aqueles que nos são caros, assim, repentinamente, como foi o meu caso. Contudo, resta-me, depois de asserenar minha alma, vir aqui, conforme já disse, agradecer e, quando me for possível, colaborar neste posto de assistência espiritual com os denodados benfeitores deste lar, porquanto, há aqui a presença flagrante do amor de Deus e de nosso senhor Jesus Cristo, nas figuras abençoadas de bondosos irmãos como Eurípedes Barsanulfo, que de longe ou mes-mo de perto, prestam um trabalho que nos foge ao entendimento, tamanho o amor com que nos auxiliam.

Isso colocado, deixo a todos o meu mais fraterno abraço!Deus lhes pague!

José Rodrigues

Palestra com richard simonetti

tema: o espírito em Verdade

dia: 21 de FeVereiro

hora: 20h

c.e. União e caridade - rUa dr. soUza alVes, 142 - taUbaté - sp

15/3 - domingo - 9h - seminário - coordenação: anete gUimarães

tema: mediUnidade em crianças e JoVens

c. e. andré lUiz - r. mons. siqUeira, 97 - inscrição: r$ 20,00

22/3 - domingo - 9h - seminário - coordenação: rita Foelker

tema: Valores e aUtoestima na edUcação do espírito

c. e. irmã isabel- r. armando s. oliVeira, 407 - inscrição: r$ 20,00

150 anos do liVro: “ o céU e o inFerno ”

Use-intermUnicipal de taUbaté realiza

25° mês da Família espírita de taUbaté

“ a Família em bUsca de esperança e consolação”palestras e seminários

28/2 - sábado - 20h - João lUiz do nascimento ramos

cachoeira paUlista - spc.e. José de anchieta - rUa José marcelino m. Filho, 190

01/3 - domingo - 20h - rosângela pires

gUarUlhos - spa.e.b. Joana d’arc - rUa do colégio, 151

08/3 - domingo - 20h - palestra mUsical em comemoração ao dia

internacional da mUlher - célia tomboly - são Vicente - spc. e andré lUiz - rUa mons. siqUeira, 97

14/3 - sábado - 20h - anete gUimarães

rio de Janeiro - rJc. e. União e caridade - rUa soUza alVes, 142

15/3 - domingo 16h - paUla carValho gUimarães

pindamonhangaba - spc. e. aUta de soUza - r. isabel bUeno mattos, 40

são gonçalo

21/3 - sábado - 20h - rita Foelker JUndiaí - sp

g. e. irmã dUlce - r. com. Fernando b. morgado, 180parqUe aeroporto

22/3 - domingo 16h - ValqUíria cUnha taUbaté - sp

c. e. obreiros do bem - rUa maJor agarra, 78

28/3 - sábado - 20h - edUardo Ferreira Valério

são Jose dos campos - spc. e. caminho da lUz - r. bento enéas soUza castro, 126

29/3 - domingo - 20h - gUilherme soares azeredo

taUbaté - spc. e. irmão tomaz - rUa reboUças de carValho, 69