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1. As epistolas paulinas Dos vinte e sete livros que compõe o N.T. a maior parte são cartas. Das vinte e uma (21) comumente aceitas, treze (13) são da autoria do apóstolo Paulo. As cartas foram escritas cobrindo um período que vai de 45 d.C até o final do primeiro século. O propósito comum das mesmas era orientar as igrejas a quem eram escritas ou a pessoa a quem a carta era endereçada visando sempre seu crescimento espiritual. Havia naquela época uma diferenciação entre uma carta e uma epistola que se percebia observando-se o seguinte: “ carta genuína” era pessoal e dirigida a uma pessoa referente a um problema da situação específica[1] . Enquanto que a “ epístola” era escrita visando não apenas um leitor, mas um grupo de pessoas que estivessem vivendo determinada situação. Embora, pudesse ser endereçada em nome de uma única pessoa. Hale observa que: A extensão média das cartas particulares naquela época era de cerca de noventa palavras, e a epístola tinha a média de 200 palavras. A carta mais curta de Paulo, Filemom, tem 335 palavras, e a mais extensa, Romanos, 7.101. A média de Paulo é de cerca de 1.300 palavras para todas as suas cartas. (Hale, 2001 pg.195) Observe-se também a estrutura geralmente utilizada para se escrever uma carta no período helenístico. 1. Cabeçalho: nome do remetente e um título que o identificaria ao destinatário, saudação inicial; 2. Mensagem: agradecimento, preces, orientações, explanações; 3. Saudação final: do próprio autor e, às vezes, também de amigos e conhecidos mútuos. Por conta desta estrutura é que as epístolas Paulinas, e as epistolas gerais são vistas também como cartas. As cartas escritas por Paulo, sem dúvida alguma foram aceitas como epistolas observando-se os seguintes aspectos: 1. Autoridade apostólica aceita pelas igrejas a quem se dirigiu 2. Extensão média de suas cartas 3. Universalidade do conteúdo 12. AS CARTAS PASTORAIS

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1. As epistolas paulinasDos vinte e sete livros que compe o N.T. a maior parte so cartas. Das vinte e uma (21) comumente aceitas, treze (13) so da autoria do apstolo Paulo. As cartas foram escritas cobrindo um perodo que vai de 45 d.C at o final do primeiro sculo.O propsito comum das mesmas era orientar as igrejas a quem eram escritas ou a pessoa a quem a carta era endereada visando sempre seu crescimento espiritual.

Havia naquela poca uma diferenciao entre uma carta e uma epistola que se percebia observando-se o seguinte: carta genunaera pessoal e dirigida a uma pessoa referente a um problema da situao especfica[1]. Enquanto que a epstola eraescrita visando no apenas um leitor, mas um grupo de pessoas que estivessem vivendo determinada situao. Embora, pudesse ser endereada em nome de uma nica pessoa. Hale observa que:

A extenso mdia das cartas particulares naquela poca era de cerca de noventa palavras, e a epstola tinha a mdia de 200 palavras. A carta mais curta de Paulo, Filemom, tem 335 palavras, e a mais extensa, Romanos, 7.101. A mdia de Paulo de cerca de 1.300 palavras para todas as suas cartas. (Hale, 2001 pg.195)Observe-se tambm a estrutura geralmente utilizada para se escrever uma carta no perodo helenstico.

1.Cabealho: nome do remetente e um ttulo que o identificaria ao destinatrio, saudao inicial;

2.Mensagem: agradecimento, preces, orientaes, explanaes;

3.Saudao final: do prprio autor e, s vezes, tambm de amigos e conhecidos mtuos.

Por conta desta estrutura que as epstolas Paulinas, e as epistolas gerais so vistas tambm como cartas.

As cartas escritas por Paulo, sem dvida alguma foram aceitas como epistolas observando-se os seguintes aspectos:1.Autoridade apostlica aceita pelas igrejas a quem se dirigiu

2.Extenso mdia de suas cartas

3.Universalidade do contedo

12. AS CARTAS PASTORAIS

Assim como as cartas da priso as cartas pastorais podem ser estudadas em conjunto. Elas receberam este ttulo pela primeira vez no sculo XVIII. interessante observar o que Hale afirma a respeito das mesmas: estas epstolas no so manuais de organizao eclesistica, disciplina da igreja, administrao eclesistica ou mtodos eclesisticos.[6]No entanto os princpios de orientao apresentados por Paulo nestas trs cartas podem ser aplicados em qualquer igreja observando seu contexto e sua necessidade.

12.1. DATA. 64-65 d.C. da macednia.

12.2. AUTOR: Paulo o apstolo de Cristo (I Tm.1:1; II Tm.1:1; Tt.1:1)

12.3. POR QUE DEVEMOS ESTUD-LAS?

Hendriksen apresenta algumas razes[7], entre estas desejamos destacar algumas:

a.Lanam luz sobre o importante problema da administrao eclesistica.1.Qual deve ser nosso procedimento no culto pblico (I Tm.2:8-15)

2.Quais os atributos de um bom Pastor (I Tm.3:1-7)

3.Qualificaes de um dicono (I Tm.3:8-13)

4.Participao das mulheres na igreja (I Tm.3:11)

5.Deveres da igreja com os necessitados (I Tm.5:1-21)

6.Como devemos tratar os idosos e os jovens (I Tm.5:1,2; Tt.2:1-10)

b.Porque enfatizam a s doutrina.1.A igreja a coluna e baluarte da verdade (I Tm.3:14-16)

2.Devemos perseverar na f (II Tm.1:6-14; 2:1-13;)

3.Devemos fugir da iluso das riquezas terrenas (I Tm. 6:1-19)

4.No devemos dar crdito a falsas doutrinas (I Tm.6:3-10)

5.Devemos corrigir os hereges (II Tm.2:14-26; Tt.1:10-16)

6.Ensinam a respeito dos gloriosos benefcios da graa (Tt.2:11-15)

7.Etc.

12.4. PROPSITOS

1.Fortalecer a f e motivar quanto ao ministrio (I Tm.4:14)

2.Orientar quanto a permanncia na s doutrina (I Tm.1:3-11, 18-20; cap.4 e 6)

3.Apresentar diretrizes quanto ao culto pblico (I Tm.2:8-15)

4.Insistir com Tito a ir ter com ele em Nicpolis, assim que um substituto houvesse assumido o trabalho em Creta (Tt.3:12)[8]5.Encaminhar Zenas, o intrprete da lei, e Apolo o evangelista eloqente (Tt.3:13)

6.Ministras diretrizes para a promoo do esprito de santificao nas relaes congregacionais, individuais, familiares e sociais

12.5 ESBOO[9]I EPSTOLA DE PAULO A TIMTEO

ESBOO

DATA: A.D. 64-65

LUGAR: Macednia

SAUDAO: (1:1,2)

DOUTRINA FALSA E DOUTRINA VERDADEIRA (1:3-20)

I A Necessidade em Corrigir Doutrina Falsa (1:3-11)

II A Experincia e Doutrina de Paulo (1:12-17)

III O Dever Imposto a Timteo (1:18-20)

ORDEM NO CULTO PBLICO (2:1-15)

I A Importncia da Orao Pblica (2:1-7)

II O Proceder Conveniente no Culto Pblico (2:8-15)

OS SERVOS DA IGREJA (3:1-16)

I Bispos (3:1-7)

II Diconos (3:8-13)

III O Propsito em Escrever (3:14-16)

ENSINO FALSO E COMO COMBAT-LO (4:1-16)

I Aceticismo Falso(4:l-5)

II Comportamento Cristo e Ensino Verdadeiro (4:6-16)

OS DEVERES DO MINISTRO PARA COM VRIAS CLASSES DENTRO DA IGREJA (5:1-25)

I Diferena de Idade e de Sexo (5:1,2)

II Vivas (5:3-16)

III Presbteros (5:17-25)

INSTRUES VRIAS (6:1-21)

I Aos Escravos e Senhores (6:1,2)

II Sobre Ensinos Falsos (6:3-10)

III Sobre Comportamento Verdadeiramente Cristo (6:11-16)

IV Aos Ricos (6:17-19)

V Conselho Final (6:20-21) BNO (6:21)

II EPSTOLA DE PAULO A TIMTEO[10]ESBOO

Data: A.D. 64-66

LUGAR: Roma

SAUDAO (1:1,2)

APELO E DESAFIO (1:3-18)

I Lembrar-se da Herana Espiritual (1:3-5)

II Colocar em Prtica os Dons Espirituais (1:6,7)

III Considerar o Exemplo de Cristo (1:8-10)

IV Considerar o Exemplo de Paulo (1:11-13)

V Guardar o Bom Depsito (1:14)

VI Considerar a Fidelidade e Infidelidade dos Amigos (1:15-18)

OS ESTMULOS PARA CORAGEM EM FACE DO SOFRIMENTO

(2:1-13)

I Exortao Para Se Fortificar na Graa de Cristo(2:1)

II O Dever de Treinar Mestres (2:2)

III Compartilhar em Sofrimentos com Paulo (2:3-7)

1. Como Soldado Resignao (2:4)

2. Como Atleta Disciplina (2:5)

3. Como Lavrador Perseverana (2:6,7)

IV Guardar em Mente a Relao com Jesus Cristo (2:8-13)

1. A Vitria de Jesus (2:8)

2. O Sofrimento de Paulo no Seu Ministrio (2:9,10)

3. Os Resultados de Fidelidade e de Infidelidade (2:11-13)

EXORTAO A LEALDADE PALAVRA DE DEUS (2:14-4:8)

I O Dever do Ministro (2:14-26)

1. Evitar Mtodos Errados (2:14-18)

2. Construir em Cima do Firme Fundamento de Deus (2:19)

3. Servir a Deus na Sua Casa com Devoo, Disciplina e Persuaso (2:20-26)

II Os Males e Perigos em Redor do Ministro (3:1-9)

1. Males dos ltimos Dias (3:1-5)

2. Perigos dos Dias Presentes (3:6-9)

III A Necessidade de Ficar Firme e Declarar a Palavra (3:10-4:8)

1. Cada Crente, como Timteo e Paulo, Sofrer (3:10-12)

2. Incrdulos Tornar-se-o Cada Vez Piores (3:13)

3. Ficar nas Instrues das Escrituras (3:14-17)

4. A Incumbncia Solene a Timteo (4:1-8)

INSTRUES PESSOAIS (4:9-18)

I Paulo Pede a Presena de Timteo (4:9-13)

II Uma Advertncia Particular (4:14,15)

III A Primeira Defesa Diante do Tribunal Romano (4:16-18)

SAUDAES (4:19-21) BNO (4:22)

EPSTOLA DE PAULO A TITO

ESBOO

Data: A.D. 64-66

LUGAR: Macednia

SAUDAO (1:1-4)

1. Diretrizes quanto santificao na vida congregacional

I Diretrizes quanto aos deveres e qualificaes de ministros (1:5-9)

II Diretrizes para repreenso os falsos mestres (1:10-16)

2. Diretrizes a fim de se obter santificao pessoal

I Conselho a todas as classes sociais (2:1-10)

II A graa de Deus o veculo da santificao (2:11-15)

3. Diretrizes a fim de se obter santificao na vida social

I Obedincia as autoridades (3:1-3)

II Demonstrao de amor a todos os homens (3:4-8)

III Abandono das discusses insensatas (3:9-11)

IV Recomendaes e saudaes finais (3:12-15)

BIBLIOGRAFIAS

Hale, Broadus David. Introduo ao estudo do Novo Testamento/ Broadus David Hale; Traduo de Cludio Vital de Souza. So Paulo: Hagnos 2001

Hendriksen, William. Comentrio do Novo Testamento/ Romanos. William Hendriksem. Traduo de Hope Gordon Silva e Valter Graciano Martins. So Paulo: Cultura Crist. 2001

Hendriksen, William. Comentrio do Novo Testamento/ 1 e 2 Tessalonicenses. William Hendriksem. Traduo de Hope Gordon Silva e Valter Graciano Martins. So Paulo: Cultura Crist. 1998

Hendriksen, William. Comentrio do Novo Testamento/ 1 e 2 Timteo e Tito. William Hendriksem. Traduo Valter Graciano Martins. So Paulo: Cultura Crist. 2001