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CASE VISÃO DA UNDB Ser uma instituição nacionalmente reconhecida pela sua excelência em todas as suas áreas de atuação. MISSÃO DA UNDB Promover o conhecimento alicerçado em princípios éticos, científicos e tecnológicos, através de metodologias de vanguarda, visando à formação e ao aperfeiçoamento humano de profissionais comprometidos com o processo de desenvolvimento e mudança nos seus campos de atuação. 1. INFORMAÇÕES SOBRE A DISCIPLINA Disciplina: Planejamento e Controle da Produção II Carga Horária: 80 horas Professor (a): Fabio Carvalho Turno: Noturno Curso: Administração Período/Semestre: VI Pré-Requisito: Horário: Quinta (20:50 às 22:30) 2. OBJETIVOS Compreender como surge o a necessidade da utilização do estudo do Projeto, Medidas do Trabalho e Ergonomia na Gestão da Produção; Discutir o que cabe área de Administração da Produção, bem como ela esta inter- relacionada aos sistemas de Projeto e Medidas de Trabalho, assim como a Ergonomia; Provocar a discussão crítica acerca da natureza desses institutos da gestão da produção. 3. CASE: MT Plásticos Originalmente, a companhia MT Plásticos foi uma das primeiras a se especializar em injeção de produtos moldados industriais (componentes para outros produtos) de plástico. Embora fosse predominantemente uma empresa que trabalhava sob encomenda, no início da década de 80, a MT diversificou suas atividades, começando a manufaturar artefatos de plástico para uso doméstico – baldes, tigelas para lavar pratos, escorredores de louça, contêineres para alimentos (do tipo Tupperware) e outros similares. Em 1986, a companhia foi comprada por um de seus maiores clientes, um conglomerado, cujos interesses incluíam várias empresas de produção de bens de consumo durável – eletrodomésticos, ferramentas elétricas, brinquedos/e outros. Depois da compra, a MT se tornou totalmente dependente de clientes internos ao grupo, para colocar seus produtos plásticos industriais, ao mesmo tempo em que expandia sua outra linha, de produtos plásticos para uso doméstico, os quais a MT fornecia diretamente para grandes cadeias de varejistas (como Carrefour, o Wal Mart ou o Extra) e para atacadistas. Ao redor de 1993, as atividades da companhia estavam Página 1 de 5 Data: 28.01.2014 Revisão: 01

Case PCP II

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estudo de caso envolvendo gestão da produção

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001 - Ata de Reunio

VISO DA UNDB

Ser uma instituio nacionalmente reconhecida pela sua excelncia em todas as suas reas de atuao.MISSO DA UNDB

Promover o conhecimento alicerado em princpios ticos, cientficos e tecnolgicos, atravs de metodologias de vanguarda, visando formao e ao aperfeioamento humano de profissionais comprometidos com o processo de desenvolvimento e mudana nos seus campos de atuao.1. INFORMAES SOBRE A DISCIPLINA

Disciplina: Planejamento e Controle da Produo IICarga Horria: 80 horas

Professor (a): Fabio CarvalhoTurno: Noturno

Curso: Administrao Perodo/Semestre: VI

Pr-Requisito: Horrio: Quinta (20:50 s 22:30)

2. OBJETIVOS

Compreender como surge o a necessidade da utilizao do estudo do Projeto, Medidas do Trabalho e Ergonomia na Gesto da Produo;

Discutir o que cabe rea de Administrao da Produo, bem como ela esta inter-relacionada aos sistemas de Projeto e Medidas de Trabalho, assim como a Ergonomia;

Provocar a discusso crtica acerca da natureza desses institutos da gesto da produo.

3. CASE: MT Plsticos

Originalmente, a companhia MT Plsticos foi uma das primeiras a se especializar em injeo de produtos moldados industriais (componentes para outros produtos) de plstico. Embora fosse predominantemente uma empresa que trabalhava sob encomenda, no incio da dcada de 80, a MT diversificou suas atividades, comeando a manufaturar artefatos de plstico para uso domstico baldes, tigelas para lavar pratos, escorredores de loua, contineres para alimentos (do tipo Tupperware) e outros similares. Em 1986, a companhia foi comprada por um de seus maiores clientes, um conglomerado, cujos interesses incluam vrias empresas de produo de bens de consumo durvel eletrodomsticos, ferramentas eltricas, brinquedos/e outros. Depois da compra, a MT se tornou totalmente dependente de clientes internos ao grupo, para colocar seus produtos plsticos industriais, ao mesmo tempo em que expandia sua outra linha, de produtos plsticos para uso domstico, os quais a MT fornecia diretamente para grandes cadeias de varejistas (como Carrefour, o Wal Mart ou o Extra) e para atacadistas. Ao redor de 1993, as atividades da companhia estavam divididas em aproximadamente 50%/50% em valor entre produtos industriais e produtos domsticos.

Em 1993, o grupo decidiu reorganizar-se em divises, sendo cada uma delas auto-suficiente. Controversa que fosse, a inteno no explcita de um recm-empossado Diretor executivo era de reforar o resultado de cada uma das divises individuais e vend-las separadamente a investidores. A MT foi, ento, avisada pela administrao da corporao que, em menos de um ano, os clientes internos ao grupo parariam de comprar seus produtos, j que outras divises seriam encorajadas, durante este perodo, a desenvolver a capacidade de injetar seus prprios componentes plsticos.Adicionalmente presso por achar alternativas para os negcios de injeo industrial, a empresa tambm percebeu que suas atividades referentes aos produtos domsticos comeavam a sofrer presses de pequenas firmas que passaram a representar uma ameaa, j que estavam conseguindo competir eficazmente neste setor do mercado (tinham menos custos administrativos e alguns, se dizia no mercado, no honram todos os seus compromissos fiscais. Nas palavras do atual diretor-gerente:

Naquela poca, os nossos e, a rigor, os de todo mundo produtos domsticos eram vistos pelo consumidor como plstico antes e produtos domsticos depois. Ao mesmo tempo, estvamos sendo pressionados por pequenos fabricantes de fundo de quintal, alguns duty-free, que conseguiam produzir com baixos custos. Ns precisvamos repensar o que estvamos fazendo e como estvamos competindo.

As alternativas em 1993

A administrao da MT considerou que a empresa tinha trs alternativas estratgicas:

A. Aceitar a perda de metade das vendas, reduzir o tamanho da empresa rapidamente, respondendo ou antecipando-se queda prevista da demanda. Os tcnicos da empresa acreditavam que sua habilidade em aproveitar a nova tecnologia de moldes-mltiplos (esta tecnologia envolvia o uso de prensas de maior porte, que usam grandes e complexas matrizes, as quais produziam dois, quatro, seis ou mesmo oito produtos de cada vez) lhes permitiria reduzir os custos de manufatura dos produtos domsticos e ento competir com sucesso com os pequenos concorrentes e seus baixos custos indiretos. Uma vez restabelecida, atravs de domnio tecnolgico, como a concorrente de custo mais baixo, a MT poderia, ento, expandir seus negcios novamente.

B. Continuar com as mesmas atividades e achar clientes alternativos, fora do grupo, para as operaes referentes aos produtos industriais. A grande vantagem desta estratgia, argumentavam alguns dos gerentes da empresa, que ela capitalizaria pontos fortes da empresa. Qualquer outra alternativa dissiparia a combinao de mercado-capacitao da empresa na rea de produtos industriais.

C. Buscar um negcio que substitusse total e progressivamente os produtos industriais medida que estes fossem declinando. Novos produtos sugeridos incluam uma linha prpria de brinquedos de montar tipo Lego, ou mesmo o desenvolvimento de uma linha de bonecas pequenas cujas roupas e acessrios fossem de plstico e produtos e acessrios de estilo marcante, por exemplo, para escritrios sofisticados, para serem vendidos em lojas de design.

Ao final, e depois de muito debate, foi uma variante da ltima estratgia que venceu.

Produtos domstico de novo conceito

A empresa foi persuadida pela opinio de um de seus jovens projetistas de produto. Seu argumento era de que a gerao, ento entrando na casa dos 30 anos de idade, estaria gastando mais do que as geraes anteriores, com suas casas. Tambm seu estilo de vida seria tal que eles estariam prestando mais ateno ao design, qualidade e coordenao dos produtos que compram. Outra tendncia crescente era a valorizao da cozinha dentro das casas. As pessoas interessavam-se cada vez mais por culinrias e por convidar os amigos para encontros sociais na cozinha, enquanto os anfitries preparavam suas especialidades. Os revendedores e varejistas, clientes da MT, estariam, tambm, mudando seu perfil correspondentemente, e portanto, os fabricantes deveriam tambm mudar e adaptar-se. Hoje, havia vrias lojas sofisticadas, verdadeiras butiques de cozinha que aumentavam em importncia, como potenciais clientes.

A partir desta perspectiva inicial, a empresa estabeleceu uma determinao de projetar, produzir e vender linhas de produtos de moda, de alta qualidade, com bom desing e coordenados, que iriam reverter a imagem dos produtos de consumo da empresa com a finalidade de competir em um segmento diferente e crescente do mercado. Estes novos produtos passaram a ser conhecidos dentro da empresa como novo conceito para distingui-los dos produtos originais, de relativa baixa qualidade, o velho conceito, produtos estes que a empresa continuou a produzir, apesar de faz-los em nveis levemente reduzidos.

A posio em 1999

Os produtos do novo conceito foram um grande sucesso, desde o lanamento dos primeiros, em 1994. Comeando com produtos mais simples para cozinha e contineres para alimentos, a empresa tinha, desde ento, expandido a linha para incluir talheres, ferramentas, travessas (como saladeiras) mais sofisticadas, denominadas linha table top (ou linha que vai mesa). Todos os produtos eram de alta qualidade, design com estilo e produzidos em cores coordenadas.

Por volta de 1999, as vendas tinham crescido mais de trs vezes desde que o novo conceito foi introduzido. Veja alguns resultados numricos ao final do caso. Os produtos do velho conceito ainda eram produzidos, mas apenas as linhas com alto volume de produo foram mantidas, principalmente porque alguns produtos do velho conceito eram razoavelmente lucrativos, embora no ao nvel dos produtos do novo conceito. Os produtos plsticos industriais foram eliminados da linha MT no fim de 1994.

A implantao do novo conceito

A empresa foi obrigada a mudar em vrios aspectos desde 1993, de modo a implementar o novo conceito (table top). A manufatura, especialmente, teve algumas dificuldades. A entrada da nova linha de produtos trouxe consigo aumento significativo no nmero de tipos de matrias-primas, assim como em seus nveis de qualidade (consistncia de cores ao longo do tempo, por exemplo, no crucial no velho conceito e no trivial de obter). No comeo da mudana , houve muitas dificuldades tcnicas que no haviam sido previstas. Essas dificuldades variaram de especificaes tcnicas das mquinas alocadas para fazer o trabalho at propriedades fsicas (moldabilidade) das novas matrias-primas. O lanamento de novos produtos tambm se tornou uma fonte de irritao na fbrica, por ser agora muito mais frequente e os ciclos de vida dos produtos terem se tornado mais curtos, o que causa problemas, como testes constantes de matrizes para lanamentos, o que diminui, por exemplo, os nveis de utilizao de equipamentos. Ao mesmo tempo, o perfil da capacidade de produo disponvel mudou substancialmente, passando para as mquinas de maior porte ao longo dos ltimos anos. Com o proposito de manter os custos de produo baixos, a empresa comprou novas mquinas com a tecnologia de moldes-mltiplus. Isso fez com que a produtividade, especialmente em corridas longas, aumentasse, mas em compensao fez com que as trocas de produtos nas mquinas ficassem muito mais difceis, porque as matrizes mltiplas eram muito maiores e mais difceis de trocar. Todas estas mudanas alteraram tambm as relaes industriais: somos pagos como operadores, mas trabalhamos como tcnico, diziam os funcionrios; esta, uma referncia s formas de pagamento da empresa, baseada na quantidade produzida. Como as paradas de mquina aumentaram muito para trocas de matrizes, os funcionrios sentiram-se prejudicados. O planejamento e controle da produo tambm mudou. O design e o estilo do novo conceito introduzem uma complexidade extra, puramente pela quantidade adicional de componentes, embalagens e produtos envolvidos, para no falar das incertezas de demanda futura e questes de sazonalidade, muito maiores na nova linha: 46% das vendas da nova linha concentravam-se no Dia das Mes e no Natal.4. QUESTES PARA ANLISE

1. Quais so as diferenas-chave na forma que os produtos dos conceitos velhos e novo competem no mercado? Use o conceito de critrios competitivos ganhadores de pedidos, qualificadores e menos importantes, identificao do perfil de produtos, entre outros que voc considerar adequados para este caso.2. Em que as diferenas na forma de competir dos dois tipos de produto implicam termos de como a empresa deveria organizar sua manufatura? Considere os recursos tecnolgicos, humanos, organizacionais e informacionais.

3. Quais voc considera foram os maiores problemas para a MT implantar a estratgia do novo conceito? Como voc encaminharia possveis solues para estes problemas?

5. TEORIAS ENVOLVIDAS

Estratgia de Produo e Operaes; As mltiplas formas de competir no mercado;

Conflito (trade-off) entre aspectos de desempenho em operaes;

Importncia estratgica dos critrios: ganhadores de pedidos e qualificadores;

Desempenho comparado concorrncia;

Prioridades competitivas em produo.

6. OBSERVAES GERAIS

GERAIS:

- A aplicao do case seguir as instrues dispostas no Manual institucional do case;

- O aluno que deixar de apresentar o case programado, no ter direito reposio (artigo 75, ( 2 do Regimento Interno da UNDB);

- Em nenhuma hiptese sero aceitos trabalhos fora do prazo ou justificativa de ausncia; - A cpia de ideias alheias (sem indicao da fonte) ter como consequncia a atribuio de nota 0 (zero) para toda a avaliao, independentemente da extenso do plgio.

ESPECFICAS: - A sinopse do case ser elaborada individualmente, digitada, com o mnimo de duas laudas; - O aluno dever levar para a aula de discusso sua sinopse do case, contendo a(s) resposta (s) indagao(es) acima, em duas vias, sendo que uma dever ser entregue ao professor e a outra servir para subsidiar o trabalho nos grupos; - Na discusso, as notas sero atribudas a partir da apresentao dos relatores, aps a discusso em pequenos grupos. Ser atribuda, a princpio, nota nica a todos os membros do grupo. Nota diferenciada (para mais ou para menos) poder ser atribuda individualmente pela participao na discusso generalizada.

7. CRONOGRAMA

ENTREGADEVOLUO

SINOPSE DO CASE30/04/201507/05/2015

DEBATE (PEQUENOS E GRANDES GRUPOS)30/04/2015

DISSERTAO ARGUMENTATIVA21/05/201521/05/2015

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