59
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA Faculdade de Tecnologia de São Sebastião Cursos Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial ANDERSON ALVES PEREIRA SEVERINA DE FÁTIMA FERREIRA DA SILVA MERCHANDISING: o estudo de caso do Supermercado do Frade. São Sebastião 2015

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · RESUMO Este trabalho de graduação tem como corpus de análise o Supermercado do Frade, que foi inaugurado em 05 de maio de1971

Embed Size (px)

Citation preview

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

Faculdade de Tecnologia de São Sebastião

Cursos Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial

ANDERSON ALVES PEREIRA SEVERINA DE FÁTIMA FERREIRA DA SILVA

MERCHANDISING: o estudo de caso do Supermercado do Frade.

São Sebastião 2015

ANDERSON ALVES PEREIRA SEVERINA DE FÁTIMA FERREIRA DA SILVA

MERCHANDISING: o estudo de caso do Supermercado do Frade.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de São Sebastião, como exigência parcial para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Empresarial. Orientador: Prof. Me. Ricardo Lima Ribeiro

São Sebastião

2015

ANDERSON ALVES PEREIRA SEVERINA DE FÁTIMA FERREIRA DA SILVA

MERCHANDISING: o estudo de caso Supermercado do Frade.

Apresentação de Trabalho de Graduação à Faculdade de Tecnologia de São Sebastião, como condição parcial para a conclusão do curso de Tecnologia em Gestão Empresarial. São Sebastião, 18/12/2015

BANCA EXAMINADORA

___________________________________

PROFº. ME. RICARDO DE LIMA RIBEIRO

___________________________________

PROFª. ME. SORAYA MIRA REIS

___________________________________

PROFº. ESP.DOUGLAS MARTINS DE SOUZA

MÉDIA FINAL: ___________________

Dedicatória

Dedicamos este trabalho aos nossos pais e aos nossos professores.

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar gostaríamos de agradecer a Deus por nos dar força para concluir

esse projeto, ao nosso orientador Professor Ricardo pelo apoio e incentivo

incondicional que nos deu força para perseverar na conclusão do trabalho. A todos

nossos amigos que com palavras gentis e gestos simples foram capazes de

transmitir tanta força para persistimos e por fim, mas não menos importante a nós

mesmos por insistirmos perseverarmos e conquistarmos mais uma vitória em nossas

vidas. Essa é só mais uma vitória que conquistamos e sem dúvidas não será a

última. Seguiremos fortes e de cabeça erguida para construir nossos próprios

sonhos com nossas mãos.

Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, Lembrai-vos de que as grandes coisas do homem

Foram conquistadas do que parecia impossível.

Charles Chaplin

RESUMO

Este trabalho de graduação tem como corpus de análise o Supermercado do Frade,

que foi inaugurado em 05 de maio de1971 e hoje domina o mercado graças ao seu

marketing. Dentre as ferramentas que utiliza, suas técnicas de merchandising

destacam-se e constituem o tema desta pesquisa, que tem como objetivo geral

mostrar se as ferramentas de merchandising no determinado comércio são utilizadas

com eficiência. Tal tema justifica-se por proporcionar um estudo mais aprofundado

sobre uma ferramenta de destaque no âmbito da Gestão Empresarial, podendo,

portanto, servir como fonte de pesquisa aos futuros gestores. A metodologia usada

foi um estudo de caso qualitativo, por meio da aplicação de um questionário com o

proprietário, por meio do qual se chegou à conclusão de que as ferramentas de

merchandising estão sendo utilizadas eficientemente.

Palavras-chave: Merchandising. Marketing, Ferramentas de Promoção.

ABSTRACT

This degree work is analysis of the corpus Frade supermarket, which opened on May

05 de1971 and today, dominates the market thanks to its marketing. Among the tools

it uses, its merchandising techniques stand out and are the subject of this research,

which has the overall objective of showing that the merchandising tools in particular

trade are used efficiently. Such a theme is justified by providing a more detailed

study of a prominent tool within the Management and can therefore serve as a

research source for future managers. The methodology used was a study of

quantitative and qualitative case, by applying a questionnaire with the owner, through

which it came to the conclusion that the merchandising tools are being used

efficiently.

Keywords: Merchandising. Marketing, promotional tools.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Mix de Marketing ......................................................................................... 18

Figura 2 Layout ......................................................................................................... 27

Figura 3 Prateleiras e corredores .............................................................................. 28

Figura 4 Vitrine .......................................................................................................... 29

Figura 5 Logomarca .................................................................................................. 30

Figura 6 Fachada ...................................................................................................... 30

Figura 7 Sinalização .................................................................................................. 31

Figura 8 Catálogo ...................................................................................................... 32

Figura 9 Display de chão ........................................................................................... 33

Figura 10 Display de balcão ...................................................................................... 33

Figura 11 Display de prateleira .................................................................................. 34

Figura 12 Display de ponta de gôndola ..................................................................... 35

Figura 13 Faixa de Gôndola ...................................................................................... 35

Figura 14 Cross merchandising ................................................................................. 36

Figura 15 Layout do supermercado Frade ................................................................ 40

Figura 16 Prateleiras e corredores do Supermercado Frade .................................... 41

Figura 17 Logotipo do Supermercado Frade ............................................................. 42

Figura 18 Fachada do Supermercado Frade ............................................................. 43

Figura 19 Catálogo do Supermercado Frade ............................................................ 44

Figura 20 Vitrine do Supermercado Frade ................................................................ 45

Figura 21 Sinalização do Supermercado Frade ........................................................ 46

Figura 22 Gôndola do Supermercado Frade ............................................................. 47

Figura 23 Faixa de Gôndola do Supermercado Frade .............................................. 48

Figura 24 Papel de Forração do Supermercado Frade ............................................. 48

Figura 25 Display de chão Supermercado Frade ...................................................... 49

Figura 26 Display interativo do Supermercado Frade ............................................... 50

Figura 27 Etiqueta de preço do Supermercado Frade............................................... 51

Figura 28 Móbile do Supermercado Frade ................................................................ 52

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Objetivos de comunicações ........................................................................ 23

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 12

1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA ............................................................................... 12

1.2 PROBLEMA ...................................................................................................... 12

1.3 OBJETIVO ........................................................................................................ 13

1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................... 13

1.3.2 Objetivo específico ........................................................................................... 13

1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ..................................................................... 14

2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................... 15

2.1 MARKETING ..................................................................................................... 15

2.2 MIX DE MARKETING ....................................................................................... 18

2.2.1 Produto ............................................................................................................ 18

2.2.2 Preço................................................................................................................ 19

2.2.3 Praça/Distribuição ............................................................................................ 21

2.2.4 Promoção......................................................................................................... 21

2.3 MERCHANDISING ........................................................................................... 23

2.3.1 Ferramentas de merchandising ........................................................................ 26

2.3.1.1 Layout ............................................................................................................ 27

2.3.1.2 Vitrine ............................................................................................................ 28

2.3.1.3 Logomarca .................................................................................................... 29

2.3.1.4 Fachada ........................................................................................................ 30

2.3.1.5 Sinalização .................................................................................................... 31

2.3.1.6 Catálogo ........................................................................................................ 31

2.3.1.7 Display ........................................................................................................... 32

2.3.1.7.1 Display de chão .......................................................................................... 32

2.3.1.7.2 Display de balcão ....................................................................................... 33

2.3.1.7.3 Display de prateleiras ................................................................................. 34

2.3.1.7.4 Display de ponta de gôndola ...................................................................... 34

2.3.1.8 Faixa de gôndola ........................................................................................... 35

2.3.1.9 Cross merchandising ..................................................................................... 36

3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS ......................................................... 37

3.1 APRESENTAÇÃO DO SUPERMERCADO....................................................... 38

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 40

4.1 Entrevista com o proprietário ............................................................................ 52

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 55

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 56

APÊNDICE A - Roteiro do questionário aplicado ao proprietário ...................... 59

12

INTRODUÇÃO

O trabalho apresentado consiste em analisar quais as ferramentas de

merchandising o supermercado do Frade utiliza. Este estudo ressalta que o

consumidor quer cada vez mais a praticidade e opções claras na escolha de uma

marca ou de um produto para seu consumo diário. Sendo assim, neste trabalho

são explorados os conceitos de merchandising como ferramenta estratégica que

informa e destaca produtos nos pontos de venda.

Apropriadamente Blessa (2010) comenta que o merchandising bem feito

aumenta a média geral de vendas, eleva o índice de compra por impulso, atrai novos

clientes para a loja e aumenta os lucros.

1.1 JUSTIFICATIVAS DO TEMA

Merchandising é qualquer técnica, ação ou material promocional usado no

ponto de venda que proporcione informação e melhor visibilidade a produtos,

marcas ou serviços, com o propósito de motivar e influenciar as decisões de compra

dos consumidores. Por isso, esta pesquisa justifica-se por mostrar a importância das

ferramentas de merchandising que o Supermercado do Frade utiliza e servir como

fonte de pesquisa para estudantes e profissionais da área.

1.2 PROBLEMA

O problema vem a explicar como o autor chegou aos motivos mais relevantes

que levaram a abordagem do assunto (SEVERINO, 2002).

Neste caso, a explicação para os motivos são: As ferramentas de

merchandising que o supermercado do Frade utiliza são eficientes?

1.3 OBJETIVO

13

“O objetivo é o resultado que se pretende em função da pesquisa.

Geralmente, é uma ação proposta para responder á questão que se representa o

problema”. (FACHINI, 2005, p.113).

1.3.1 Objetivo geral

O resultado que se pretende nesta pesquisa é analisar a eficiência das

ferramentas de merchandising que a empresa utiliza.

1.3.2 Objetivos específicos

Verificar se as técnicas de merchandising utilizadas pelo comércio pesquisado

estão sendo usadas corretamente.

Identificar que tipo de material de merchandising é mais utilizado no mercado.

14

1.4 - ORGANIZAÇÕES DO TRABALHO

O presente trabalho está organizado em 5 capítulos. O capítulo 1 é a

introdução, onde consta, o tema, justificativa do tema, problema, hipótese e os

objetivos do trabalho. Enquanto que no capítulo 2, está o referencial teórico do

trabalho, que descreve uma introdução do marketing e das ferramentas de

promoção dando ênfase ao merchandising. Já no capítulo 3, constam os

procedimentos metodológicos onde mostra os métodos utilizados para o

desenvolvimento da pesquisa. No capítulo 4, é apresentado as discussões sobre os

dados obtidos. Por fim, no capítulo 5, uma análise dos resultados.

15

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1- Marketing

Richers e Lima (1991) afirmam que o marketing teve o seu início nos EUA e a

sua aceitação pelo mundo foi lenta principalmente na Europa. No Brasil, o termo

começou a ser utilizado quando os primeiros cursos de administração começaram a

ser oferecido por uma missão norte-americana na Escola de Administração de

Empresas em São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas, em meados do ano de 1954.

O marketing foi crescendo e ganhando espaço no mercado. Conforme Kotler;

Armstrong, 2007, p.4:

Muitas pessoas pensam em marketing apenas como vendas e propaganda. Isso não causa nenhuma surpresa; afinal, todos os dias somos bombardeados com comerciais de televisão, campanhas de mala direta e de tele marketing e ofertas na internet. Entretanto, vendas e propagandas constituem apenas a ponta do iceberg do marketing.

Grandes e pequenas empresas investem no marketing para aumentar o lucro

da empresa. O marketing está presente na vida do consumidor seja através da

mídia, rede social, vitrine, entre outros, influenciando cada vez mais os

consumidores a realizarem compras. Segundo Kotler e Armstrong (2007, p.4)

Se o profissional de marketing entender as necessidades, desenvolver produtos e serviços que ofereçam valor superior e definir preços, distribuir os produtos e promove- lós de maneira eficiente, produtos serão vendidos com facilidade, de acordo com o guru da administração Peter Drucker: o objetivo do marketing e tomar a venda desnecessária. Vendas e propagandas é apenas uma peça de um “mix de marketing” -um conjunto de ferramentas de marketing que operam juntas para satisfazer as necessidades dos clientes e construir relacionamentos com eles.

De acordo com Las Casas (2009, p.4), “o objetivo do marketing é aproveitar a

necessidade que o cliente tem e explora-la de maneira positiva para a empresa.”

O marketing não serve apenas como uma maneira de aumentar as vendas

das empresas. De acordo com Las Casas (2006, p.26).

Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes as relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essa relação causam no bem estar da sociedade.

16

Blessa (2010) analisa que o marketing é o processo de planejamento,

execução, preço, comunicação e distribuição de ideias, bens e serviços, de modo a

criar trocas que satisfaçam aos objetivos individuais e organizacionais. A ação de

marketing é mais ou menos ampla, conforme o enfoque de cada empresa.

O marketing tem grande poder de satisfazer o cliente. Apropriadamente,

Kotler e Keller, (2006, p.4) colocam que o “marketing envolve a identificação e a

satisfação das necessidades humanas e sociais, para defini-lo de uma maneira bem

simples, podemos dizer que ele sempre supre necessidades lucrativamente.”.

De acordo com os autores, o marketing está presente em nossas vidas formal

ou informalmente. O marketing tem se tornado uma ferramenta indispensável para o

sucesso nas empresas, afetando profundamente a vida cotidiana, está presente

tanto nas roupas que os clientes usam quanto nos sites que eles clicam passando

pelos anúncios que eles vêem.

Para Las Casas (2009), existe uma contradição do termo marketing em sua

tradução em inglês. Em 1954, no Brasil, foi traduzido como mercadologia.

Entretanto, o termo em inglês significa ação no mercado.

No mesmo sentido, Kotler e Armstrong (2007) conceituam o marketing como

o processo de troca, em que dois ou mais indivíduos trocam algo de valor, com

objetivo de satisfazer necessidades em comum.

O marketing é o processo de criar e resolver relações com os clientes para

Kotler (2000, p.86). Para este autor, "marketing é o processo de planejamento e

execução da concepção, preço, promoção e distribuição de ideias, bens e serviços,

organizações e eventos para criar trocas que venham a satisfazer objetivos

individuais e organizacionais”.

Las Casas (2009, p.8) argumenta que “para um melhor entendimento

podemos analisar a evolução do conceito a partir da mudança da comercialização

que basicamente passou por três fases, que são a era da produção, era de vendas e

era do marketing”.

Na era da produção a procura era maior que a oferta. Segundo Las Casas

(2006, p.21) “os consumidores estavam ávidos por produtos e serviços. A produção

era artesanal. Com a Revolução Industrial apareceram as primeiras indústrias

organizadas aplicando a administração de Taylor. A produtividade aumentou”.

17

Na era de venda, a produção aumentou e a oferta ficou maior que a procura.

Os fabricantes começaram a produzir produtos em série nas grandes fábricas. Isto

ocasionou um grande aumento nos estoques das empresas e a oferta passou a

superar a demanda. Esse período foi o período onde as empresas estavam

completamente focadas nas vendas (COBRA, 2009).

Já na era do marketing, Las Casas (2006) destaca que as empresas

começaram a perceber que não adiantava apenas vender e que era necessário ter

uma fidelidade com o cliente, e assim se possibilitar a venda contínua.

Para Las Casas (2009, p.8), nesta época “o mais importante era a conquista e

a manutenção dos negócios em longo prazo, mantendo uma relação constante com

o cliente”. Cobra (2009) salienta que nesse período o consumidor passou a ter mais

valor e começou a exigir mais das empresas.

De acordo com Las Casas (2006, p.20), “estava determinado o conceito de

marketing no qual o consumidor passava a ser considerado o rei”.

Neste sentido, a função do marketing, mais do que qualquer outra nos

negócios, é lidar com os clientes, administrar relacionamentos e obter lucro com o

cliente, atrair novos clientes, prometendo-lhes valor superior, manter e cultivar os

clientes atuais, propiciando-lhes satisfação e a fidelização (KOTLER; ARMSTRONG,

2007).

2.2- Mix de Marketing

Segundo Kotler e Keller (2006), o mix de marketing é composto por 4 p’s que

são produto, preço, promoção, praça ou ponto (canais de distribuição) . Esses

elementos são as variáveis controláveis que as organizações usam para se adaptar

ao mercado alvo ou para influenciá-lo. A fim de alcançar seus objetivos, as

organizações devem desenvolver estratégias em que esses elementos estejam. O

mix de marketing é um conjunto de ações para satisfazer as necessidades de

desejos dos consumidores, conforme Figura 1.

18

Figura 1 - Mix de Marketing

Fonte: Kotler e Armstrong (2011, p.42)

2.2.1- Produto

O produto é aquilo que é transformado pelo o homem e apresentado ao

consumidor. Segundo Tuleski (2009, p.2), “produto é um conjunto de benefícios que

pode satisfazer um desejo ou uma necessidade do consumidor e pelo qual ele está

disposto a pagar para adquiri-lo em função da sua disponibilidade de recursos. O

produto deve, obrigatoriamente, ser aquele desejado pelo cliente, estar dentro de

suas expectativas e satisfazer suas necessidades”.

Tuleski (2009) salienta que produto é um conjunto de bem ou serviço, tangíveis

ou intangíveis, composto através do processo de produção, para atendimento

de necessidades reais ou simbólicas, e que pode ser negociado no mercado,

mediante um determinado valor de troca quando então se converte em mercadoria.

Para Kotler e Armstrong (2007, p.200), “produto é qualquer coisa que possa

ser oferecida a um mercado para atenção, aquisição, uso ou consumo, e que possa

satisfazer a um desejo ou necessidade”.

19

Muitos clientes compram produtos pelo prestigio da marca. Muitas vezes

esses consumidores estão preocupados com o status. Cobra (1992, p.43) ressalta

que,

Para satisfazer às necessidades dos consumidores, é preciso que os produtos ou serviços a serem ofertados tenham boa qualidade, que as características atendam aos gostos dos consumidores, com boas ações de modelos e estilos, com nome atraente de marca, acondicionados em embalagens sedutoras, em variados tamanhos de produtos, com serviços e quantias aos usuários que proporcionem adequados retornos financeiros à organização.

O produto é um objeto de troca que o mercado oferece e busca satisfazer

necessidade do cliente. Em consonância com isso, Gomes Filho (2005, p.41) coloca

que:

Um produto é o bem que é ofertado numa transação comercial e deve dispor de características essenciais às necessidades do consumidor. Para que os produtos possam ser mais atrativos, mais competitivos e encantar mais o cliente, muitos deles são ofertados com benefícios extras, como garantia, entrega gratuita, instalação gratuita, embalagens diferenciadas, etc.

Segundo Certo e Peter (2010), a sobrevivência de muitas organizações

depende do êxito no desenvolvimento e na comercialização dos novos produtos ou

serviços, bem como da capacidade de gerencia lós durante seu ciclo de vida.

2.2.2- Preço

Ao elaborar um preço de um produto deve-se ter o cuidado de conciliar o

lucro que traz para a empresa e também o que o cliente pode ou está disposto a

pagar. Para Tuleski (2009, p.4)

Quando analisa que preço é o valor que o cliente vai pagar pelo o produto, ele deve ser suficientemente alto, para proporcionar lucro a quem o está produzindo ou comercializando, porém não pode ser tão alto que desestimule a compra. Afinal, sempre se procura comprar produtos mais baratos. Ele também deve ser suficientemente baixo, a fim de que seja atrativo aos clientes. Contudo, não pode ser demasiadamente baixo, pois pode depreciar o produto aos olhos dos clientes, que podem pensar que há algo de errado nele, além de não ser interessante produzi-lo e comercializá-lo, pois não gerará lucro significativo.

20

Churchill e Peter (2005, p. 20) expressam que “o elemento preço está

relacionado à quantidade de dinheiro ou outros recursos que os profissionais de

marketing pedem por aquilo que oferecem”.

O preço é o único componente do mix de marketing que gera receita e é um

dos principais elementos na determinação da participação de mercado de uma

empresa. A determinação do preço de um produto ou serviço nem sempre é uma

tarefa simples. É preciso considerar que, quando bem posicionado, o preço de um

produto ou serviço é de fator primordial ao sucesso do plano de marketing. Segundo

Las Casas (2006, p.198) “para estabelecer os preços para os produtos

comercializados, a empresa dispõe de varias opções para a adoção de uma política

para fins de obtenção dos objetivos”. As opções são: preço psicológico, preço

geográfico, preço com desconto e preço promocional os quais serão citados a baixo:

Las Casas, (2006) revela que o preço psicológico é quando o comerciante

chama a atenção do consumidor com o preço quebrado, exemplo R$ 1,99, 189,90

essa tática induz o consumidor a comprar mais.

Segundo Las Casas (2006) o preço geográfico acontece quando a empresa

vende o produto que será transportado, nesse caso a empresa poderá acrescentar

ou não o preço do frete no produto, em certos casos o preço do produto pode

aumentar demasiadamente.

Ainda referenciando Las Casas (2006) o autor expressa que o preço por

desconto pode ser concedido por quantidade de produtos comprados é quando o

comprador compra uma grande quantidade de produto e a empresa reduz o preço

do produto, já no pagamento a vista é concedida para os compradores que não

atrasa seu pagamento enquanto que os descontos sazonais acontecem fora da

época da estação, a empresa abaixa o preço e tenta manter seu estoque o ano todo,

esse tipo de preço é muito utilizado em hotéis.

Segundo Kotler e Keller (2006), a palavra promoção é usada para indicar

descontos de preço na hora da compra de um produto ou serviço. Preço

promocional é uma oferta que a empresa pode fazer por um período de tempo,

acontece muito na época do natal, dia das crianças, dia das mães etc. serve para a

empresa vender mais, mas a empresa tem que ter um controle no fluxo das vendas

para saber se está tendo lucro ou prejuízo com a promoção.

21

2.2.3- Praça

Gomes Filho (2005) destaca que praça ou canal de distribuição refere-se ao

modo em que o produto chega ao consumidor final, ou seja, distribuição em

marketing é a disponibilização do produto ao cliente de maneira mais fácil para

adquiri-lo.

Uma organização deve ter um canal de distribuição bem resolvido, pois sua

venda depende dessa ferramenta. No entendimento de Kotler e Armstrong (2007,

P.304).

Gerar um produto ou serviço e disponibiliza-lo aos compradores requer a construção de relacionamentos não somente com os clientes, mas também com fornecedores e revendedores na cadeia de suprimento da empresa. Essa cadeia de suprimento consiste em parceiros “nos níveis para cima” e “nos níveis para baixo”. A cadeia para cima em relação à empresa é o conjunto de empresas que fornecem as matérias- primas, os componentes, as peças, as informações, as finanças e o conhecimento especializado necessário para criar um produto ou serviço. As empresas, entretanto, tradicionalmente se focam no lado “para baixo” da cadeia de suprimento nos canais de marketing ou canais de distribuição que se volta para os clientes.

Kotler e Keller (2006), afirmam que as decisões de canais de marketing estão

entre as mais complexas em que os gestores lidam no dia-a-dia. A escolha de um

canal de marketing influência em todo o planejamento de marketing; o preço, a força

de vendas e a propaganda dependem das decisões a respeito do canal.

Kotler e Armstrong (2007) denominam praça como sendo as atividades da

empresa que fazem com que o produto esteja disponível para os consumidores –

alvo.

Para Churchill e Peter (2005), canal de distribuição é uma rede (ou sistema)

organizada de órgão e instituições que executam todas as funções necessárias para

ligar os produtores aos usuários finais, a fim de realizar a tarefa de marketing.

2.2.4- Promoção

Na concepção de Las Casas (2009, p.36) “promoção inclui todas as

atividades desempenhadas pela empresa para comunicar e promover seus produtos

ao mercado-alvo”.

22

Para Blessa (2010, p.2), “promoção é qualquer esforço feito para comunicar e

promover empresas ou produtos, sem utilizar mídia convencional com o objetivo de

promover vendas”. Ainda para a autora, é a promoção que oferece ofertas ou

condições especificas de venda visando a uma maior rotatividade do produto ou a

um aumento da demanda do serviço.

No entendimento de Kotler (2000), a promoção é uma das ferramentas mais

importante no marketing, porque é a parte da comunicação que se compõe das

mensagens destinadas a estimular as pessoas a tomar consciência dos vários

produtos e serviços da empresa, fazendo-as conhecer e interessar-se por eles. As

empresas lançam mão da propaganda, da promoção de vendas, do pessoal de

vendas e das relações públicas para disseminar mensagens destinadas a atrair a

atenção e interesse.

Convém observar que Las Casas (2006) ressalta que a promoção pode

estimular a demanda por reduções de preços de curto prazo. Oferece uma ampla

variedade de ferramentas a serem escolhidas, sendo um incentivo de curto prazo

que encoraja a compra ou a venda de um produto.

A publicidade é uma forma gratuita de apresentação de ideias, produtos e/ou

serviços. Normalmente é quando uma empresa vai lançar um novo produto, ou

houve determinada evolução, os meios e comunicação divulgam informação sobre

eles, como notícia, como cita Kotler (2000). Para Gomes Filho (2005) trata-se do

desenvolvimento de apelos junto ao consumidor utilizando-se histórias e

dramatizações. Publicidade é toda comunicação em que não se paga por sua

veiculação. Por exemplo, quando um artigo sobre um produto é publicado em um

jornal ou revista, as características do produto são comunicadas ao público sem

ônus para a empresa.

Segundo Blessa (2010), a propaganda é a principal ferramenta que o

marketing disponibiliza para informar o mercado sobre o produto de seus

anunciantes, são os meios que as empresas utilizam para satisfazer seus clientes e

para atrair mais cliente.

Apropriadamente Blessa (2010) coloca que promoção de vendas serve para

facilitar a apresentação de novos produtos no ponto de venda, estimular o

entusiasmo da força de vendas por marcas novas, manter os atuais usuários

encorajando a repetição de compra, antecipar-se aos concorrentes envolvendo os

consumidores, reforçar a publicidade.

23

Churchill e Peter (2010) consideram que a promoção ao consumidor pode ser

utilizada para realizar diversos objetivos de comunicação, como mostra a Tabela 1.

Tabela 1 - Objetivos de comunicações

Fonte: Churchill e Peter (2010, p. 491)

2.3- MERCHANDISING

Conforme Blessa (2005), merchandising é uma ferramenta de marketing que

exige planejamento e controle, mas, sendo utilizado da maneira adequada faz com

que a loja alcance resultados positivos. É necessário lembrar que apenas o

merchandising não garante o sucesso de uma loja, ele deve ser aplicado no ponto

de venda somado às outras estratégias como preço, qualidade dos produtos,

propaganda, publicidade, atendimento ao cliente e marketing. Todas essas

ferramentas devem caminhar juntas para fortalecer a imagem da marca da loja e

garantir o seu crescimento.

Para Las Casas (2006, p. 190), “merchandising é todo esforço de

apresentação do produto ou serviço no ponto de venda. Os serviços comercializados

no varejo lojista ajustam-se às suas técnicas”.

24

Blessa (2010) considera que o merchandising é uma palavra inglesa que

significa mercadoria e merchandising r significa negociante.

Ainda referente a mesma autora, o merchandising é uma atividade muito

antiga como a venda em si, pois desde que os homens da idade média começaram

a escolher as ruas para expor suas mercadorias, gritando e correndo com os demais

mascates para chamar a atenção dos passantes para seus produtos, já se estava

fazendo merchandising.

Conforme Parente (2000), atualmente o preço não é mais o único atrativo na

hora do cliente realizar a compra, e as empresas entendo isso estão buscando

novos meios para conseguir atrair a atenção dos consumidores um desses são as

estratégias de merchandising, que é a técnica de trabalhar o ambiente no ponto de

venda, auxiliando na criação de identidade e conceito de marca.

Apropriadamente Blessa (2005) coloca que a tradução da palavra

merchandising significa medicalização, que em português não corresponde

exatamente ao significado da atividade como é escolhida. Merchandising seria

então uma derivação da palavra merchandise (mercadoria), que se pode traduzir

como operação com mercadorias.

Segundo Blessa (2005), merchandising desde seu surgimento, era feito para

dar destaque a todas as mercadorias, e isso começava a partir do layout da loja,

seus corredores e prateleiras, até a disposição dos produtos e sua promoção.

Atualmente, o merchandising, segundo Blessa (2005), tem uma abrangência

maior, não está mais voltado apenas para o destaque dos produtos, mas para um

conjunto de estratégias que vai desde a adequação da sua imagem ao ponto de

venda até o acompanhamento desses resultados junto ao cliente. Ainda segundo a

autora, o merchandising é definido como qualquer técnica, ação ou material

promocional usado no ponto de venda que visa proporcionar além de uma melhor

visibilidade a produtos, marcas ou serviços, mas também, oferecer informação ao

consumidor, com o propósito de atrair, motivar e influenciar as decisões de compra.

Geary (1998) afirma que o Visual Merchandising é o efeito final de todos os

estímulos visuais no ambiente comercial, abrangendo tudo aquilo que o cliente vê de

forma global.

Para Blessa (2005) é a técnica de trabalhar o ponto de venda por meio da

decoração, arquitetura e decoração para ambientar os produtos e a loja. A autora

ainda afirma que o merchandising visual é utilizado para induzir e motivar os clientes

25

à compra. Podem-se definir algumas técnicas para tornar o ambiente de compra

agradável e fazer com o cliente aumente suas compras.

Segundo Parente (2000), a apresentação da loja tanto interna quanto eterna é

extremamente importante para atrair o consumidor, pois é responsável por causar a

primeira impressão que ele tem sobre a qualidade e o tipo de loja, a imagem que o

ambiente externo deve passar tem que ser compatível com que está dentro da loja.

Por meio de aspectos como visibilidade, tamanho, estilo arquitetônico, material de

acabamento, fachada, comunicação externa, vitrinas e conservação a loja projeta a

sua imagem.

Parente (2000) considera que os principais fatores que devem ser

considerados para se definir a imagem externa da loja, são a visibilidade da loja, a

compatibilidade com o ponto, conveniência do consumidor e as facilidades que o

consumidor pode encontrar para fazer suas compras sem perder muito tempo, como

um estacionamento.

Para Geary (1998), o Visual Merchandising é uma excelente ferramenta de

Marketing que se requer planejamento e controle, mas, sendo utilizado da maneira

correta é garantia de sucesso e crescimento de qualquer loja de Varejo.

Segundo Geary (1998), assim como é importante usar estratégias para atrair

o público na área externa da loja também é necessário utilizar algumas técnicas

para fazer com que o cliente, que já está dentro dela permaneça o maior tempo

possível e realize as compras. Vários elementos compõem essa apresentação:

layout, temperatura, cores, aroma, iluminação e som. Como o consumidor é

sensorial, Underhill (1999) conclui que deve-se utilizar os estímulos de marketing

como cor, sabor, cheiro, som e toque para fazer com que os indivíduos percebam os

produtos. Um ambiente agradável influencia na permanência do cliente e em seu

bem-estar.

Blessa (2005) afirma que fazer merchandising é essencial para chamar a

atenção do consumidor e para o aumento das vendas, pois os hábitos do

consumidor brasileiro estão mudando, essa estratégia de marketing é responsável

pela definição de marcas e por despertar no cliente compras por impulsos. De

acordo com a autora, 85% da decisão de compra são tomadas dentro do ponto de

venda. Com isso nota-se que a decisão do consumidor está sendo desempenhada

nesses ambientes. Portanto esses locais representam os momentos e os lugares

26

onde estão concentrados todos os elementos a venda: o produto, o consumidor e o

dinheiro.

Para Geary (1998), há algumas décadas atrás os varejistas não davam

grande importância as ferramentas de merchandising. Pois isto era para ele uma

despesa que não trazia retorno mensurável. Hoje nota-se uma mudança nesse

conceito pois ele deixou de ser uma função simplesmente estética e transformou-se

em uma valiosa ferramenta estratégica para aumentar as vendas, agora com

resultados que podem ser medidos e analisados pelos varejistas visando tornar o

ambiente da compra mais agradável para o consumidor e consequentemente atingir

os seus objetivos que é a melhoria nas vendas.

O varejista percebeu que utilizar o merchandising pode significar lucro e cada

um desenvolve sua estratégia. Segundo informações de Parente (2000) , o

Carrefour fez um investimento alto para iniciar a modernização de suas lojas no

Brasil. Entre as mudanças pode-se perceber o sortimento, a organização dos

produtos, ambientação dos setores, praticidade e o visual.

Parente (2000) afirma ainda que o Boticário também reformulou suas lojas.

O layout de suas lojas foi alterado e o balcão foi eliminado, nas lojas o vendedor

auxilia o cliente apenas quando é solicitado. Com essa mudança a rede registrou um

aumento de 20% em suas vendas e alguns produtos passaram a sair do estoque

rapidamente. As vitrines também passaram por alterações, são atualizadas a cada

15 dias e novos detalhes são introduzidos a cada semana.

Segundo Blessa (2010), o merchandising desperta desejo e emoção no

consumidor através de diversos métodos de apresentação gerando o consumo do

indivíduo no local.

Ainda referenciando Blessa (2010) , a autora considera que o consumidor

está cada vez mais exigente e em busca de praticidade, conforto e bom

atendimento, já que tem menos tempo. Essa condição faz com que os varejistas

busquem estratégias criativas e eficazes para satisfazer o seu público-alvo,

atendendo às suas exigências e principalmente buscando estratégias para encantá-

los e motivá-los a comprar.

2.3.1- Ferramentas de merchandising

27

O merchandising possui muitas ferramentas e recursos que são utilizados

para expor produtos e assim maximizar a venda deles no ponto de venda.

Blessa (2010) ressalta que as ferramentas de merchandising têm por objetivo

dar vida ao produto, criar um ambiente favorável à compra e tornar o ponto de venda

atraente, colocando produto e consumidor frente a frente. O local de vendas é

apreciado como o lugar perfeito por reunir o produto e o consumidor, e por ser onde

se concretiza o processo de compra. Algumas das mais conhecidas são: layout,

prateleiras e corredores, vitrines, logotipo, fachada, sinalização dentro da loja,

catálogo, displays, gôndola, faixa de gôndola.

2.3.1.1- Layout

Segundo Blessa (2010) layout é uma planta baixa com a localização dos

equipamentos necessários para o planejamento de seu bom funcionamento e de

circulação de público, levando em consideração o mobiliário, áreas de circulação,

disposição de vitrines, depósitos, áreas de descanso e estacionamento, a escolha

de cada item desses irá influenciar como o consumidor age dentro da loja. Os

corredores, por exemplo, devem ser planejados de forma a convidar o cliente para

entrar até o fundo da loja, como mostra a Figura 2.

Figura 2- Layout de uma loja.

Fonte: Google (2015)

De acordo com Blessa (2005), prateleiras e corredores possuem um layout

composto por produtos ligados a mesma categoria, por exemplo, a padaria ao lado

28

da seção de frios. Para Blessa (2010), essa técnica leva o cliente a comprar

produtos que não estava na sua lista de compra, ou seja, o cliente compra por

impulso, levando a aumentar a venda dos produtos do mesmo segmento, como

mostra a Figura 3.

Figura 3 - Prateleiras e Corredores

Fonte: Google (2015)

2.3.1.2 - Vitrine

Geary (1998) afirma que a vitrine tem como objetivo atrair o cliente para o

interior da loja, por esse motivo ela pode ser considerada o cartão de visita da loja.

Através de uma vitrine bem planejada, o consumidor pode identificar a atmosfera e a

imagem da loja e se identificar ou não com ela. Para Geary (1998) as vitrines

externas da loja são uma oportunidade a mais de fazer com que o cliente que passa

preste atenção à sua loja, portanto devem ser atraentes para estimular o cliente no

momento decisivo da compra. Deve ser um espaço formador de imagem e uma área

de exposição e demonstração para os novos lançamentos de mercadorias, usando

cenários e temas que possua correspondência à imagem de sua loja.

Parente (2000) afirma que as vitrines procuram não só apresentar uma

amostra representativa do tipo de produtos que a loja oferece, mas também

estimular que os consumidores entrem na loja. O autor ainda ressalta que o varejista

deve se preocupar com alguns aspectos relacionados às vitrines, como, quantidade,

29

tamanho, formato, cores, temas, produtos expostos e a frequência de vezes em que

elas são renovadas, conforme mostra a Figura 4

Figura 4 - Vitrine

Fonte: Google (2015)

2.3.1.3-Logomarca

Quanto à logomarca, Geary (1998) conceitua como sendo o elemento de

identidade visual que projeta a imagem de sua loja, podendo ser chamada de

logotipo, ícone, símbolo ou insígnia, através de combinação de palavras e imagens,

utilizando cor, forma, tipo de letra, textura e estilo para destacá-la.Na

conceituação técnica, a logomarca é a marca que não se utiliza de caracteres

tipográficos e logotipo, é um símbolo constituído por palavras ou grupo de letras.

Segundo Geary (1998) uma logomarca ou logotipo de sucesso necessita ser

único; indicar seus produtos e serviços; corresponder à impressão global que você

deseja passar aos clientes; ser profissional e bem feita, como mostra a Figura 5.

30

Figura 5 – Logomarca

Fonte: Google (2015)

2.3.1.4- Fachada

A fachada de uma loja é a parte exterior de um local de vendas. A fachada

deve criar uma atmosfera de vendas. Para Geary (1998) fachadas de parar o

trânsito, com objetivo de provocar uma primeira impressão positiva, utilizam uma

combinação equilibrada de arquitetura de exteriores, sinalização e exposições de

vitrine, conforme mostra a Figura 6.

Figura 6 - Fachada

Fonte: Google (2015)

31

2.3.1.5- Sinalização

Para Geary (1998), a sinalização dentro da loja dá aos lojistas uma

oportunidade a mais de comunicar-se com o cliente sem ter de falar uma palavra

sequer. A autora identifica como comunicadores silenciosos de grande impacto,

como mostra a Figura 7.

Figura 7 – Sinalização

Fonte: Google (2015)

2.3.1.6- Catálogo

Conforme Santos (2009), o catálogo divulga informações técnicas do produto,

como dimensões, peso, volume, potência e capacidade; quando se trata de serviço,

deve ser exposto no que ele consiste e o que ele oferece. A linguagem é informativa,

evita os adjetivos e contém a terminologia técnica utilizada pelo setor ao qual se

destina. A intenção é mais de orientar do que de persuadir. Um bom catálogo

possui: texto sucinto, linguagem técnica e riqueza de informações e ilustrações que

permitam acentuar as vantagens oferecidas, como mostram a Figura 8.

32

Figura 8 - Catálogo

Fonte: Google (2015)

2.3.1.7 – Display

Para Santos (2009), função do display é colocar o produto em evidência. O

display deve apresentar como qualidade primordial, a aparência de uma unidade

onde vários produtos expostos se integrem, mas ao mesmo tempo discriminem no

ambiente, a atenção.

Ainda referenciando Santos (2009), os displays servem para aumentar o

potencial de venda de um produto com o objetivo de despertar a atenção, o

interesse do produto sobre o consumidor para provocar o impulso de compra.

Alguns dos mais conhecidos são: display de chão, display de balcão, display de

prateleiras e display de ponta de gôndola.

2.3.1.7.1 Display de chão

Segundo Zenone e Buairide (2009), display de chão são todos os grandes

displays, independente de gôndolas, que ficam apoiados no chão. A maioria ocupa

em média um metro quadrado de espaço na loja, ocupando cantos ou corredores.

São aqueles que ficam apoiados diretamente no chão e não dependem de

prateleiras, são muito usados, pois não ocupam muito espaço como podemos

observar na Figura abaixo:

33

Figura 9 - Display de Chão

Fonte: Google (2015)

2.3.1.7.2 Display de balcão

De acordo com Santos (2009) display de balcão são aqueles utilizados em

lojas especializadas que costumam fazer atendimento personalizado, onde ficam

expostos sobre os balcões, como mostra a figura 10.

Figura 10 - Display de Chão

Fonte: Google (2015)

34

2.3.1.7.3 Display de prateleiras

Para Zenone e Buairide (2009), o display de prateleiras é semelhante ao

display de balcão. Ele necessariamente precisa encaixar-se no tamanho das

prateleiras dos supermercados ou lojas, conforme mostra a figura 11.

Figura 11 - Display de prateleira.

Fonte: Google (2015)

2.3.1.7.4 Display de ponta de gôndola

Segundo Santos (2009), displays de ponta de gôndola devem ser feitos sob

medida, com a negociação e a permissão da loja. A ponta de gôndola é o local mais

cobiçado para expor um produto ou uma linha de produtos da mesma empresa. No

Brasil, é sinônimo de promoção ou preço baixo. Ainda referenciando o mesmo autor,

Santos considera que a maioria dos consumidores entende que comprar o que está

na ponta de gôndola é vantajoso, por isso este espaço é alugado.

A Figura 12 mostra um tipo de display de ponta de gôndola.

35

Figura 12 - Display de ponta de gôndola

Fonte: Google (2015)

2.3.1.8- Faixa de Gôndola

Para Blessa (2005) a faixa de gôndola deve informar a presença de produto

na prateleira e também serve como delimitador de espaço entre os produtos

concorrentes.

Blessa (2005) considera que a faixa de gôndola deve ser feita em cores

contrastantes com a embalagem e pode ter texto curto com tipos grandes e divulgar

alguma qualidade do produto.

A arrumação em gôndola pode, segundo Blessa (2010, p. 51), “sempre dar

noção de ordem e alinhamento nas embalagens. Isso ajuda a identificar mais

rapidamente o produto procurado”.

Figura 13 - Faixa de gôndola

Fonte: Google (2015)

36

2.3.1.10- Cross Merchandising

Ainda referenciando Blessa (2010) a autora relata que o cross-merchansiding

é uma técnica de associação de mercadorias e usos em pontos extras. Quando

vemos no corredor de massas um display com alças plásticas cheio de pacotinhos

de queijo ralado dependurado nas colunas das gôndolas, sabe-se que lá não é a

seção de queijos, mas o melhor ponto extra para lembrar a quem vai comprar o

macarrão.

No entendimento de Geary (1998), cross merchandising é uma técnica que

tem por finalidade cruzar os produtos no ponto de venda que tenham entre si relação

direta de consumo destacando-os entre os demais.

Segundo Blessa (2010) o objetivo do cross merchandising é aumentar as

vendas de produtos que normalmente são esquecidos pelos clientes, e que através

de técnicas de estímulo por associação passam a adquiri-lo por impulso ou

conveniência, como mostra a Figura 14.

Figura 14 - Cross merchandising

Fonte: Google (2015)

37

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia seguida para realizar esse trabalho foi de uma abordagem

qualitativa que emerge de uma interação intensa com pessoas, fatos e locais que

constituem objetos de pesquisa. (MARCONI; LAKATOS, 2012)

A presente pesquisa também é uma pesquisa descritiva, que segundo Gil

(2010) tem como objetivo a descrição das características de determinada população.

Podem ser elaboradas também com finalidade de identificar possíveis relações entre

variáveis. Este trabalho tem como objetivo de pesquisa a finalidade de verificar a

relação entre o uso das ferramentas de promoção, particularmente o merchandising,

e a venda das mercadorias no Supermercado do Frade.

O procedimento técnico empregado neste estudo foi a pesquisa de campo

que no entendimento de Andrade (2009, p.127) “exige um planejamento e um plano

de pesquisa para ser feita a coleta de dados, é preciso ser feito um relatório de cada

uma das etapas da pesquisa e também dos resultados obtidos”.

Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir

informações ou conhecimentos acerca de um problema para o qual se procura uma

resposta. (MARCONI; LAKATOS, 2012, p.69).

De acordo com Gil (2008) a pesquisa de campo procura o aprofundamento

de uma realidade específica. É basicamente realizada por meio da observação

direta das atividades do grupo estudado.

O delineamento de pesquisa utilizado neste trabalho foi a pesquisa

bibliográfica que permitirá que o pesquisador se situe com o assunto abordado, irá

proporcionar um embasamento ao trabalho.

Gil (2010) revela que a pesquisa bibliográfica é elaborada com base em

material já publicado. Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui material

impresso, como livros revistas, jornais, teses, dissertações e canais de eventos

científicos. Nesta pesquisa, foram utilizados basicamente, livros específicos sobre o

assunto.

Apropriadamente Marconi e Lakatos (2009) colocam que o objetivo da

pesquisa bibliográfica é proporcionar ao pesquisador um contato direto com tudo o

que já foi escrito a respeito daquele determinado assunto. Porém a pesquisa

bibliográfica não é apenas uma repetição do que já foi dito ou escrito sobre

38

determinado assunto, mas ela propicia uma análise do tema com outro foco,

chegando a conclusões inovadoras.

O procedimento técnico nessa pesquisa é o método de estudo de caso, que

segundo Siqueira (2005) é utilizado para descrever uma intervenção e o contexto na

vida real em que o fato ocorre, obtendo ênfase na totalidade e simplicidade nos

procedimentos de coleta e análise das informações obtidas por diferentes motivos. O

caso avaliado aqui é do supermercado do Frade.

A técnica de coletas de dados empregada é a entrevista. A entrevista é um

encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a

respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza

profissional. É um procedimento utilizado na investigação social, para a coleta de

dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social.

(MARCONI; LAKATOS, 2010, p.81).

Os dados foram coletados a partir de entrevista estruturada com o proprietário

do Frade. Segundo Gil (2010) , a entrevista estruturada desenvolve-se a partir de

uma relação fixa de perguntas, cuja ordem e redação permanece invariável para

todos os entrevistados, que geralmente são em grande número. Por possibilitar o

tratamento quantitativo dos dados, este tipo de entrevista torna-se o mais adequado

para o desenvolvimento de levantamentos sociais.

3.1 Apresentação do Supermercado

O Supermercado do Frade existe há mais de 40 anos e já faz parte da história

da cidade. Localizado na Avenida Princesa Isabel, 1126, no Bairro do Perequê, foi

fundado no dia 05 de Maio de 1971 pelo Senhor Joaquim Francisco da Silva, pai do

atual proprietário.

O Supermercado do Frade ao longo desses anos passou por muitas

mudanças e enfrentou algumas dificuldades. Ao começar pelo espaço de 80m² na

época em que era conhecido como Cerealista Silva. O curto espaço da loja era

tomado por um imenso balcão, pelo qual a clientela efetuava suas compras,

apontando às mercadorias que eram embaladas por um dos seis (6) empacotadores

a disposição, sendo o sétimo (7°) o operador de caixa que realizava as contas

logicamente à base de papel e caneta.

39

Mas no decorrer dos 40 anos o proprietário ampliou a empresa, que hoje

possui corredores espaçosos oferecendo conforto para os clientes realizarem suas

compras.

40

4 RESSULTADOS E DISCUSSÃO

Para que fosse possível a realização desta pesquisa, foi realizada uma

análise no supermercado do Frade na cidade de Ilhabela com o intuito de

Identificar que tipo de material de merchandising é mais utilizado no mercado. E

Verificar se as técnicas de merchandising utilizadas estão sendo usadas

corretamente.

Figura 15 - Layout do Supermercado do Frade

Fonte: Elaborado pelos autores.

A Figura 15 mostra como é o layout do Supermercado do Frade. Verifica-se

que o layout do Supermercado do Frade proporciona espaço e conforto para os

clientes efetuarem suas compras. Possui corredores bem planejados que chamam a

atenção do cliente. O Supermercado aproveita muito bem seu espaço de maneira

ordenada e organizada, o que facilita a circulação dos clientes.

Desta forma, o layout do supermercado do Frade demonstra o uso correto da

ferramenta de merchandising, pois Blessa (2010) mostra que um layout bem

planejado é crucial para o bom funcionamento e para a circulação do público, bem

como o aumento das vendas devido a compra por impulso.

41

Figura 16 - Prateleiras do Frade

Fonte: Elaborado pelos autores.

A Figura 16 mostra como são as prateleiras do Supermercado do Frade. Um

quesito muito importante é a organização e ordenação dessas prateleiras ,

expostas na loja de forma ordenada com produtos do mesmo segmento sempre

muito bem apresentados e bem expostos para facilitar o acesso ao produto.

Segundo Blessa (2010) as prateleiras e corredores são compostos de

produtos da mesma categoria devidamente organizados. Para facilitar a decisão de

compra e escolha dos produtos.

A Figura 17 mostra como é o logotipo do supermercado do Frade.

42

Figura 17- Logotipo do Supermercado.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Conforme a Figura 17, esse é o logotipo da empresa pelo qual ela se

identificada visualmente pelo público e seus concorrentes; possui letras grandes

que possibilitam uma fácil identificação e uma figura de um frade. O logotipo do

supermercado é uma assinatura institucional, a representação gráfica da marca.

Hoje o logotipo do supermercado Frade é facilmente reconhecido e tem uma marca

fidelizada , tanto no município de Ilhabela , como em são Sebastião.

Segundo Geary (1998), é o elemento de identidade visual que projeta a

imagem de sua loja, podendo ser chamada de logotipo, ícone, símbolo ou insígnia,

através de combinação de palavras e imagens.

Geary (1998) comenta que Um bom logotipo pode oferecer muitos benefícios

para a empresa, tais como aproximar o consumidor da empresa, atrair mais clientes,

aumentar o reconhecimento da empresa e principalmente ser um elemento para

distinguir a empresa de seus concorrente.

A Figura 18 mostra como é a fachada do Supermercado do Frade.

43

Figura 18 - Fachada do Supermercado do Frade

Fonte: Elaborado pelos autores

A Figura 18 mostra que a fachada do Supermercado do Frade constitui a

parte exterior da loja é bem situada no centro comercial de Ilhabela, de frente a

principal avenida de Ilhabela. Tem uma excelente apresentação do mercado além de

disponibilizar espaços específicos para os ciclistas e também possuir um

estacionamento próprio do supermercado. Para Geary (1998), a fachada deve criar

uma atmosfera de vendas. Ela também possui vitrines e entradas amplas que

possibilitam uma visão previa do interior da loja e seus produtos expostos na loja

são sem dúvida muito atrativa.

A Figura 19 mostra como é o catálogo de promoção de produtos que o

Supermercado do Frade distribui dentro e fora da sua loja.

44

Figura 19 - Catálogo de Produtos do Supermercado do Frade

Fonte: Autores

O Supermercado do Frade trabalha com a divulgação dos seus produtos por

meio de catálogo divulgado a cada 15 dias com as ofertas do supermercado. A

distribuição desses catálogos é feita por funcionários temporários que entregam

esses catálogos nas residências do município de Ilhabela, disponibilizando de

maneira fácil e rápida os preços dos produtos em promoção do mercado. Esses

catálogos também ficam disponíveis dentro do mercado facilitando a identificação

dos produtos em promoção. Conforme Santos (2009) o catálogo divulga informações

técnicas do produto, como dimensões, peso, volume, potência e capacidade;

quando se trata de serviço, deve ser exposto no que ele consiste e o que ele

oferece.

Esse tipo de ferramenta é muito adotada pelos clientes do supermercado. Em

nossa visita observa-se que vários clientes utilizam essa ferramenta para se

programar e agilizar suas compras.

Para Parente (2000), a vitrine é fundamental porque ajuda a complementar a

identificação com o consumidor. Observar-se na Figura 20 que as vitrines do

supermercado estão sempre cheias de produtos e bem organizado de modo que

sempre estão muito atrativas para os clientes, expondo os produtos de maneira

45

ordenada. O supermercado possui vitrines internas e externas em sua entrada e em

outras áreas do ambiente do mercado, divididas por produtos específicos. É notável

uma preocupação grande das balconistas em organizar e repor mercadorias são

vendidas de maneira muito eficiente. A Figura 20 mostra como é a vitrine do

Supermercado do Frade.

Figura 20 - Vitrine do Supermercado do Frade

Fonte: Elaborado pelos Autores

A Figura 21 mostra como é a sinalização do Supermercado do Frade em

outubro de 2015.

O supermercado possui sinalizações aéreas em todos os seus corredores

divididos por seguimentos ou tipos de produto. Para Geary (1998) a sinalização

ajuda o consumidor identificar o produto que procura e uma loja bem sinalizada

ajuda o consumidor a ganhar tempo na hora compras.

A sinalização existente no interior do supermercado em questão comunica ao

cliente onde está o produto que ele procura. Em cada setor do supermercado existe

uma placa de sinalização que indica os corredores e os tipos de produtos

diferenciados, o que facilita e agiliza os clientes na hora de suas compras. conforme

Figura 21 .

46

Figura 21 - Sinalização do Supermercado do Frade.

Fonte: Elaborado pelos autores

Na Figura 22 pode-se ver um modelo de gôndola que o supermercado do

Frade utiliza.

A gôndola ajuda a expor e identificar melhor os produtos deixa uma

apresentação mais alinhada e organizada, além de valorizar os espaços da loja.

Essa gôndola fica localizada no setor de doces da loja alinhada a outras gôndolas

com produtos semelhantes. Ela é customizada para atrair melhor seu público alvo,

as crianças e seus pais.

Segundo Blessa (2010), nas gôndolas devem ser expostos todos os produtos,

de qualquer tamanho, sempre preenchendo os espaços da prateleira até em cima.

47

Figura 22 - Gôndola do Supermercado do Frade

Fonte: Elaborado pelos autores

A faixa de gôndola pode ser chamada de aparador ou cantoneira pode conter

mensagens ou imagens sobre o produto como slogans. Tem o objetivo de passar

alguma mensagem sobre a marca e impedir que os produtos caiam no chão e sejam

danificados, o que prejudica a qualidade dos produtos. Estes elementos são

disponibilizados pelos fornecedores para proteger e organizar os produtos nas

prateleiras ou gôndolas, deixando do os de maneira ordenada. Conforme Blessa

(2010), gôndola são faixas feitas de papelão ou plástico que servem para informar a

presença do produto na prateleira e auxiliar o consumidor a localizar dentre tantos

outros produtos.

A empresa utiliza essa ferramenta de maneira funcional. Segundo o

proprietário do supermercado todas as faixas de gôndolas são providenciadas pelos

fornecedores o que mostra uma grande preocupação deles com os seus produtos.

A figura 23 mostra um modelo de faixa de gôndola que o supermercado utiliza.

48

Figura 23 - Faixa de Gôndola

Fonte: Elaborado pelos autores

A Figura 24 mostra um dos tipos de papel de forração que o Supermercado

do Frade utiliza.

Figura 24 - Papel de Forração

Fonte: Elaborado pelos autores

O mercado utiliza essa ferramenta para dar mais destaque em suas

promoções de produtos aproveitando os materiais cedidos pelos fornecedores.

49

Conforme Blessa (2010), esse tipo de material é cedido pelo fornecedor e

normalmente é plástico e traz uma mensagem sobre o produto é utilizado nas

gôndolas ou qualquer outro local que permita visualização destacada do tipo de

produto.

A Figura 25 mostra um dos modelos de display de chão que o Supermercado

do Frade utiliza.

Figura 25 - Display de chão

Fonte: Elaborado pelos autores

Esses displays são cestos ou caixas para deposito de produtos e são

cedidas por fornecedores para fortalecer a divulgação de suas marcas além de

disponibilizar praticidade para os clientes. Segundo Blessa (2010) são todos os

grandes displays independente de gôndolas que ficam apoiados no chão. A maioria

toma em média um metro quadrado de espaço na loja e são aconselhados para

lojas que possuam espaço extra.

A Figura 26 mostra um dos displays interativo que o Supermercado do Frade

utiliza.

Os Displays interativos são compactos e computadorizados pelos quais o

consumidor obtém informações sobre o produto, preços ou informações técnicas de

utilização do produto.

Segundo Blessa (2010) displays interativos são compactos stands ou

terminais computadorizados ou eletrônicos quais os consumidores obtêm

informações, divulgação, receitas, cupons por meio de um programa informatizado

sem um auxílio de um vendedor.

50

Figura 26 - Display Interativo

Fonte: Elaborado pelos autores

A Figura 27 mostra as etiquetas de preços que o Supermercado do Frade

utiliza.

Figura 27 - Etiquetas de preço

Fonte: Elaborado pelos autores

51

As etiquetas de preços ajudam os clientes a verificar os preços dos produtos

e são destacados. Segundo Blessa (2010) etiquetas de preço são materiais de

responsabilidade exclusiva da loja e são obrigatórias e ajudam o consumidor a

definir sua compra.

A Figura 28 mostra os móbiles que o Supermercado do Frade utiliza.

Móbile consiste em um material aéreo, sustentado por fios para fixação no

ponto de venda. O Supermercado do Frade aproveita muito bem esse tipo de

ferramenta. Existe diferentes tipos dessa mesma ferramenta que dão um toque

diferenciado no ambiente do mercado. Esses são móbiles que ficam informando

tipos de produtos específicos. Para Blessa (2010) móbile e uma peça promocional

sustentada por fios que ficam dependurados ao teto ou presas entre gôndolas.

Figura 28 - Móbile

Fonte: Elaborado pelos autores

52

4.1- Entrevista com Proprietário

Nessa entrevista o proprietário do supermercado deixou claro seu

entendimento sobre merchandising. Segundo ele o merchandising é uma ferramenta

para promoção dos produtos expostos na loja, além da promoção da própria

empresa. O Supermercado do Frade utiliza diversas maneiras, seja por exposições

de destaque, montagens de terminais e ilhas promocionais, além de ações

específicas de promoções voltadas a redução de preços destes produtos.

Blessa (2005) argumenta que o merchandising cuida de toda a imagem e

comunicação da loja. Hoje, está cada vez mais difícil criar uma diferenciação , a

partir da mercadoria, dos preços, das promoções e da localização. E a própria loja

tem se tornado uma oportunidade para criar esta diferenciação utilizando esta

técnica que pode fazer com que o cliente fique mais tempo dentro da loja e

transformar a compra em uma experiência única.

O proprietário ressaltou os benefícios e a importância de se investir em

promoção na empresa. Segundo ele, “nenhum produto se vende sozinho

independente da marca, tradição ou qualidade. Se o produto não for trabalhado

como merece, seja em espaço em gôndola, destaque na loja. Ou posicionamento

de preço, ele não se torna atrativo e não resulta em vendas”. Segundo ele pelo

tamanho da empresa e para a região, as melhores ações de merchandising são as

executadas dentro da loja, que resultam em percepção de valor por parte do cliente.

Ações como cross merchandising, exposições e espaços promocionais bem

executadas, aumentam a percepção de valor por parte do cliente.

As parcerias com os fornecedores são muito benéficas, pois os maiores

disponibilizam materiais como expositores, forrações, testeiras e até mesmo

televisores para promoção de seus produtos, o que agrega valor aos produtos .

Além do materiais, essas empresas oferecem promotores profissionais, contratados

por elas para trabalharem no mercado na organização de seus produtos.

O proprietário mostrou, em suas respostas, uma grande preocupação com as

promoções sazonais. Informou que o mercado possui ações pré-determinadas para

execução dessas promoções na loja. Atualmente, por exemplo, planejam ações

voltadas ao natal e final de ano.

53

Ele também ressaltou que os produtos sazonais são os que mais demandam

atenção. Em sua maioria, estes produtos possuem “oportunidade única de venda”.

Desta maneira, exigem planejamento e atenção muito mais apurados. Por que se

não forem bem trabalhados e vendidos no tempo certo, resultam em prejuízos e

reduções de margens.

Portanto identificou-se que as ferramentas de merchandising presente no

Supermercado do Frade são eficientes.

54

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O problema deste trabalho era verificar se as ferramentas de

merchandising que o Supermercado do Frade utiliza são eficientes. Através de

um estudo de caso e uma entrevista com o proprietário do Frade, foi possível

verificar que todas as ferramentas de merchandising que o Supermercado do

Frade utiliza são eficientes.

Este trabalho permite concluir que o proprietário do supermercado do

Frade sabe da importância da utilização das ferramentas de merchandising para a

sua loja e por isso investi nessas ferramentas e as utiliza com eficiência.

Identificou-se que a ferramenta de merchandising que o supermercado

mais investiu é o cross merchandising e espaço promocional essas ações

promocionais são feitas através dos colaboradores da loja.

Espera-se que esse estudo possa futuramente ajudar estudantes

interessados no tema.

55

REFERÊNCIAS

ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico. 9. ed. São Paulo:

Atlas, 2009.

BLESSA, R. Merchandising no ponto-de-venda. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

BLESSA, R. Merchandising no ponto-de-venda. 6 ed. – São Paulo: Atlas, 2010.

CERTO, PETER, J. P. Administração estratégica: planejamento e implantação

de estratégias. Trad. Reynaldo C. Marcondes, Ana Maria R. Cesar. 3 ed. São

Paulo: Pearson Education do Brasil, 2010.

CHURCHIL, G. PETER JR, Paul. Marketing: Criando valor para os clientes. São

Paulo: Saraiva, 2005.

CHURCHILL, JR. PETER J. Marketing criando valor para os clientes. 2ª Ed. São

Paulo: Saraiva, 2010.

COBRA, M. Administração de marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006. COBRA, M. Marketing Básico: Uma Abordagem Brasileira. 4. ed., São Paulo: Atlas,

2009.

FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

GEARY, D. O impacto visual de sua loja: o primeiro passo para atrair

clientes.Tradução:Valéria Silva Bacon. Belo Horizonte:CITC/CDL-BH, 1998.

GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GIL, A. C. Como elaborar um projeto de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

56

GOMES, I. M. Manual como elaborar um plano de marketing. Belo Horizonte:

SEBRAE. MG, 2005.

GOOGLE. Figuras das ferramentas de merchandising. Disponível em:

< http://www.implantandomarketing.com/o-que-e-cross-merchandising/ > Acesso em:

25 nov. 2015.

KOTLER, P. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.

KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson

Prentice Hall, 2007.

KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 12. ed. São Paulo:

Pearson Prentice Hall, 2006.

LAS CASAS, A. L. Marketing conceitos exercícios casos 7ª . ed. São Paulo: Atlas,

2006.

LAS CASAS, A. L. Marketing. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

LAS CASAS, A. L. Marketing de serviços. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2006.

MARCONI, M, A,; LAKATOS M, E. Técnicas de pesquisa: planejamento e

execução de pesquisas, amostragem e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e

interpretação de dados. 7. ed. 6. reimp. São Paulo: Atlas, 2012.

PARENTE, J. Varejo no Brasil: gestão e estratégia. São Paulo: Atlas, 2000.

RICHERS, R. e LIMA, C. Segmentação: opções estratégicas para o mercado

brasileiro. São Paulo: Nobel, 1991.

SANTOS, G. F. et al. Como utilizar as técnicas de merchandising, atendendo as

necessidades de uma organização para obterem resultados gratificantes.

Unisalesiano, Lins, 2009.

57

SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2002,.

TULESKI, Y. M. Mix de Marketing: 4 P´s (produto, preço, promoção e praça). Centro

de Desenvolvimento Profissional e Tecnológico (CEDET), 2009. Disponível em: .

Acesso em: 15 de março de 2015.

UNDERHILL, P. Vamos as Compras! : A Ciência do Consumo. Rio de Janeiro:

Campus, 1999.

ZENONE, L. C.; BUAIRIDE, A. M. R. Marketing de promoção e merchandising:

conceitos e estratégias para ações bem-sucedidas. São Paulo: Thomson, 2009.

58

QUESTIONÁRIO

1. Qual o seu entendimento sobre merchandising e sua utilização?

2. Em sua opinião porque a empresas precisa investir em merchandising?

3. Quais são as ferramentas de promoção merchandising que o supermercado do frade utiliza?

4. Em sua opinião qual e a ferramenta mais eficiente de merchandising?

5. Na sua visão, as técnicas de merchandising, contribuem para atrair os clientes, e assim, impulsioná-los à compra?

6. Você acha que investe o suficiente nesse tipo de ferramenta?

7. O frade possui parcerias com grandes marcas para divulgação de seus produtos?

8. Os fornecedores cedem materiais promocionais extras?

9. Os fornecedores disponibilizam pessoas qualificadas para repor prateleiras ou treinar funcionários para a tarefa?

10. A empresa possui um plano merchandising para as épocas secionais?

11. A empresa tem uma equipe já definida para planejar suas promoções?

12. Que tipo de produtos conta com maior planejamento das técnicas de merchandising?