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CHEGOU O NATAL! Este acontecimento, com tudo o que lhe está associado, não deixa nin- guém indiferente! Pesem as mais diversas motivações, de acordo com as crenças e condi- ções de cada um, a verdade é que falar em Natal é algo que mexe con- nosco. Assim está a acontecer na nossa Casa: Celebrações para Utentes e Colabora- dores; Utentes cujas famílias as vêm buscar para passarem o Natal com elas; Colaboradores e Voluntários que levam, generosa e dedicadamente Utentes que não têm possibilidade de ir com as famílias; grupos e pessoas isoladas que aderiram ao Projecto Visita Solidária e aqui se deslocam para visitar e estar com as Utentes; uma Freguesia que, em colaboração com a respectiva Junta, se organiza com a finalidade de visitar e levar uma lembrança aos seus conterrâ- neos institucionalizados, do qual beneficiaram 5 das nossas Utentes; o empenhamento dos Colaboradores na ornamentação de toda a Casa, etc. Tudo isso, e muito mais que podería- mos citar, é actualizar o Natal de Jesus; é tornar felizes os que o prati- cam e os que dele são objecto. Recriar a Hospitalidade a que somos desafiados, neste Centenário da parti- da para Deus de Bento Menni, passa também por aqui. Que o Senhor abençoe todo o empe- nhamento e esforço que está a desenvolver-se e a todos conceda um Novo Ano que responda às nossas melhores expectativas. Ir. Crisantina Nogueira O NOSSO NATAL No dia 18 de Dezembro houve a celebração do Natal das Utentes com eucaristia festiva onde algumas utentes participaram ativamente no ofertório ao Menino Jesus. As ofertas depois foram distribuídas por pessoas carenciadas. O coro estava afinado, cantando muito bem cân- ticos de natal. Depois do almoço, houve festa recreativa no Salão do Centro onde tivemos o prazer de ouvir a menina Daniela (estagiária), que tem uma voz divinal, adorei… Houve gran- de adesão de grupos de crianças que se deslocaram à Casa de Saúde do Espírito Santo, com o objetivo de partilharem os seus talentos artísticos e celebrarem connosco este dia festivo. O grupo de crianças de danças de salão Barbarense pode espelhar os seus dotes de dança para toda a plateia, até o tango dançaram, foi super agradável e único… outras crianças e utentes fizeram uma representação de um presépio vivo com o Menino Jesus. Algumas uten- tes disseram poesia e outras cantaram, finalizando com um lanche onde não faltou o bolo e o chá. Acho que ficamos todas mais felizes com esta juventude tão dotada e especial. O Salão estava muito bem decorado, a árvore de natal foi enfeitada pelos voluntários e algu- mas utentes e os cartazes alusivos à época natalícia foram elaborados pelo serviço de reabili- tação do Centro. Em cada unidade/serviço os colaboradores e utentes envolveram-se na ela- boração da árvore de natal e do presépio. Quero salientar que na 1ª Unidade, a árvore de natal e o presépio estão lindos. O presépio da Terapia Ocupacional está particularmente bonito e original. Bem-Haja a todos os que colaboraram. No dia 24 de Dezembro celebramos a consoada. Reunimos as mesas no refeitório para ficar- mos mais próximas. O Bacalhau estava muito bom. Foi uma ceia com tudo o que é bom, onde não faltaram os tradicionais figos passados, nozes, passas e ainda chocolates. Até para o ano! Na passagem de ano foi-nos servido um jantar muito delicioso… peru e acompanhamentos. Depois juntámo-nos na sala de televisão e um grupo de utentes celebraram a passagem de ano com um brinde de sumo de uva onde também não faltou o bolo-rei, bolachas e doces. Passámos a consoada e o ano com paz, alegria, carinho e amizade e esperamos fazer o mes- mo ou melhor o ano que vem. Para todos um Próspero Ano Novo, são os desejos de todas as utentes, colaboradores, enfer- meiros, voluntários e Irmãs. Um abraço, Lúcia Faria

CHEGOU O NATAL! - irmashospitaleiras.pt N.º... · seu compromisso com a humanidade sofredora. É esta característica da sua espiritualidade e ... Estimulação Cognitiva e Sensorial

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CHEGOU O NATAL!

Este acontecimento, com tudo o que

lhe está associado, não deixa nin-

guém indiferente!

Pesem as mais diversas motivações,

de acordo com as crenças e condi-

ções de cada um, a verdade é que

falar em Natal é algo que mexe con-

nosco.

Assim está a acontecer na nossa Casa:

Celebrações para Utentes e Colabora-

dores; Utentes cujas famílias as vêm

buscar para passarem o Natal com

elas; Colaboradores e Voluntários que

levam, generosa e dedicadamente

Utentes que não têm possibilidade de

ir com as famílias; grupos e pessoas

isoladas que aderiram ao Projecto

Visita Solidária e aqui se deslocam

para visitar e estar com as Utentes;

uma Freguesia que, em colaboração

com a respectiva Junta, se organiza

com a finalidade de visitar e levar

uma lembrança aos seus conterrâ-

neos institucionalizados, do qual

beneficiaram 5 das nossas Utentes; o

empenhamento dos Colaboradores

na ornamentação de toda a Casa, etc.

Tudo isso, e muito mais que podería-

mos citar, é actualizar o Natal de

Jesus; é tornar felizes os que o prati-

cam e os que dele são objecto.

Recriar a Hospitalidade a que somos

desafiados, neste Centenário da parti-

da para Deus de Bento Menni, passa

também por aqui.

Que o Senhor abençoe todo o empe-

nhamento e esforço que está a

desenvolver-se e a todos conceda um

Novo Ano que responda às nossas

melhores expectativas.

Ir. Crisantina Nogueira

O NOSSO NATAL

No dia 18 de Dezembro houve a celebração do Natal das Utentes com eucaristia festiva onde

algumas utentes participaram ativamente no ofertório ao Menino Jesus. As ofertas depois

foram distribuídas por pessoas carenciadas. O coro estava afinado, cantando muito bem cân-

ticos de natal. Depois do almoço, houve festa recreativa no Salão do Centro onde tivemos o

prazer de ouvir a menina Daniela (estagiária), que tem uma voz divinal, adorei… Houve gran-

de adesão de grupos de crianças que se deslocaram à Casa de Saúde do Espírito Santo, com

o objetivo de partilharem os seus talentos artísticos e celebrarem connosco este dia festivo.

O grupo de crianças de danças de salão Barbarense pode espelhar os seus dotes de dança

para toda a plateia, até o tango dançaram, foi super agradável e único… outras crianças e

utentes fizeram uma representação de um presépio vivo com o Menino Jesus. Algumas uten-

tes disseram poesia e outras cantaram, finalizando com um lanche onde não faltou o bolo e

o chá. Acho que ficamos todas mais felizes com esta juventude tão dotada e especial.

O Salão estava muito bem decorado, a árvore de natal foi enfeitada pelos voluntários e algu-

mas utentes e os cartazes alusivos à época natalícia foram elaborados pelo serviço de reabili-

tação do Centro. Em cada unidade/serviço os colaboradores e utentes envolveram-se na ela-

boração da árvore de natal e do presépio. Quero salientar que na 1ª Unidade, a árvore de

natal e o presépio estão lindos. O presépio da Terapia Ocupacional está particularmente

bonito e original. Bem-Haja a todos os que colaboraram.

No dia 24 de Dezembro celebramos a consoada. Reunimos as mesas no refeitório para ficar-

mos mais próximas. O Bacalhau estava muito bom. Foi uma ceia com tudo o que é bom,

onde não faltaram os tradicionais figos passados, nozes, passas e ainda chocolates. Até para

o ano!

Na passagem de ano foi-nos servido um jantar muito delicioso… peru e acompanhamentos.

Depois juntámo-nos na sala de televisão e um grupo de utentes celebraram a passagem de

ano com um brinde de sumo de uva onde também não faltou o bolo-rei, bolachas e doces.

Passámos a consoada e o ano com paz, alegria, carinho e amizade e esperamos fazer o mes-

mo ou melhor o ano que vem.

Para todos um Próspero Ano Novo, são os desejos de todas as utentes, colaboradores, enfer-

meiros, voluntários e Irmãs. Um abraço, Lúcia Faria

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NATAL DAS UTENTES

ALMOÇO DE NATAL DOS COLABORADORES

ÁRVORES DE NATAL E PRESÉPIOS

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VISITA SOLIDÁRIA

Ao longo da época natalícia decorreu na Casa de Saúde

do Espírito Santo a “Visita Solidária”. Trata-se de um pro-

jeto que teve como objetivo diminuir o estigma associa-

do à doença mental e psiquiátrica, assim como aumentar

o grau de conhecimento da comunidade em relação à

Instituição. Este consistiu em visitas da comunidade ao

Centro que foram divulgadas através dos seus colabora-

dores e por convites entregues/enviados a familiares e

outras partes interessadas.

As visitas decorreram em 5 dias nos meses de Dezembro

e de Janeiro com o seguinte programa:

-Apresentação da Congregação e do Centro;

-Entrega do Folheto do Centro, Boletim de Inscrição para

Voluntariado e Folheto de disseminação e inscrição para

adoção à distância;

-Visita a utente correspondente à unidade definida na

figura do presépio retirada da árvore de Natal;

-No final os visitantes podem deixar registo em livro

“Visita Solidária”, de modo a partilhar a experiência/

sentimentos e avaliação da visita efetuada.

Além disso, no dia 26 de Dezembro, decorreu no âmbito

deste projeto uma visita solidária realizada pelas crianças

e adolescentes familiares dos colaboradores, intitulada

“Visita dos Pequenos Hospitaleiros”, da qual fez parte

uma caça ao tesouro pela Instituição em que todos os

grupos encontraram o presépio escondido. Este momen-

to foi de grande expetativa e partilha para os “pequenos

hospitaleiros” como também para as utentes, que assisti-

ram a canções de natal interpretadas por estes.

A Direção da Casa de Saúde do Espírito Santo agradece a

todos os que participaram e se envolveram neste Projeto.

A equipa coordenadora do Projeto

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ÁRVORE DA VISITA SOLIDÁRIA DA COMUNIDADE

VISITA DOS “PEQUENOS HOSPITALEIROS”

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SERVIÇO DE PASTORAL

A PROPÓSITO DUM CENTENÁRIO, S. BENTO MENNI, 100 ANOS DEPOIS!….(continuação do n.º anterior)

Caros leitores!

Ao longo deste ano temo-nos referido a um acontecimento da História da Hospitalidade, que estamos a viver e a cele-

brar: O 1º. Centenário da partida para Deus de S. Bento Menni – 24.04.1914/24.04.2014.

No número anterior: Julho – Setembro, fizemos uma narrativa, muito sumária do seu percurso histórico, com incidência

na fundação da Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, à qual pertence esta Casa. Esta

fundação, Dom de Deus à Igreja e à sociedade, principalmente aos pobres e doentes, surge do seu zelo apostólico e do

seu compromisso com a humanidade sofredora. É esta característica da sua espiritualidade e personalidade que hoje

quero especialmente partilhar convosco.

Foi um homem e um santo totalmente comprometido com a causa dos pobres e dos doentes.

Desde muito novo, encontramo-lo Voluntário da Cruz Vermelha Italiana, para socorrer os feridos da guerra, como já

dissemos, e a partir daí a sua vida foi uma ascensão contínua na sensibilidade e na dedicação às pessoas em sofrimen-

to, particularmente as Crianças Deficientes e as pessoas afectadas por problemas do foro Psíquico.

Para elas fundou hospitais modelo, dotados de técnicos de reconhecida reputação e ciência, nos quais projectava e

infundia os sentimentos do seu nobre e misericordioso coração, levando-os a assumirem esta causa com competência

e empenhamento. Prova disso é a aceitação, por parte da sociedade do seu tempo, que levou à expansão tão rápida,

tanto da Ordem Hospitaleira por ele restaurada em Espanha, como da Congregação das Irmãs.

A sua vida foi um “gastar-se” contínuo, para fazer o Bem, Bem Feito, em favor dos necessitados. Àqueles a quem o

Senhor ia chamando para colaborarem com ele, exortava: “Gastemos a vida servindo os pobres e doentes, que

quanto mais o são mais representam ao vivo Jesus Cristo” As suas palavras eram o reflexo dos seus sentimentos!......

Hoje, “O seu coração sem fronteiras”, a tantos anos de distância, faz-nos o mesmo desafio. É verdade que as condi-

ções económicas, sociais, assistenciais etc. mudaram muito, em parte para melhor, mas não é menos verdade que a

marginalização, o estigma, o “ficar caído à beira do caminho”, por falta de oportunidades e incapacidade de acompa-

nhar o ritmo frenético que a vida actual impõe é hoje tanto ou ainda mais gritante que no seu tempo.

Que ele nos obtenha do Senhor a graça de não fecharmos os ouvidos e o coração; de não “passarmos ao largo”, para

não nos sentirmos incomodados. Que acolhamos o seu desafio de “gastar a vida”, para que os pobres a possam viver

com dignidade! Caros leitores, repetimos o nosso pedido: se quiserem enriquecer os vossos conhecimentos a respeito

do protagonista desta celebração, não deixem de nos contactar. Teremos muito gosto em oferecer-vos subsídios para

esse efeito. Irmã Crisantina Nogueira

DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO

A Casa de Saúde do Espírito Santo, no decorrer deste quadrimestre, proporcionou a um grupo de colaboradores for-

mação em Suporte Básico de Vida, ministrada pela equipa de formação da Proteção Civil. O grupo de formandos sen-

tiu esta formação como uma mais valia não só para o exercício da sua profissão mas também para a sua vida enquanto

cidadãos responsáveis e solidários. Não foi possível esta formação abranger todos os colaboradores, no entanto,

encontra-se planeada para o ano de 2015 para os restantes colaboradores.

Para todos os colaboradores do Centro decorreu formação sobre a prevenção das infecções associadas aos cuidados

de saúde, sendo uma temática muito pertinente e em constante processo formativo, pois nunca é demais debatê-la.

Durante o mês de Dezembro, decorreu o curso de formação “Desenvolvimento de competências relacionais” com as

seguintes temáticas: comunicação, relações interpessoais, controlo emocional e sociabilidade. Foi notória a adesão de

todos os formandos na discussão destas temáticas que fomentam o bom ambiente no local de trabalho.

A Casa de Saúde também ao longo deste quadrimestre contribuiu para a formação e desenvolvimento de competên-

cias de sete estagiários de enfermagem do 4º ano da Universidade dos Açores, no âmbito do ensino clínico de cuida-

dos continuados e promoção da qualidade de vida. Sónia Pereira

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. V EDIÇÃO DA SEMANA ABERTA “UM ESPAÇO ABERTO À COMUNIDADE”

A Casa de Saúde do Espírito Santo promoveu, na semana de 20 a 24 de Outubro, mais uma edição da Semana

Aberta “Um Espaço aberto à Comunidade”, no âmbito da comemoração do centenário da morte do seu funda-

dor, S. Bento Menni.

Esta iniciativa, que nasceu em 2004 na Casa de Saúde do Espírito Santo, pretende contribuir para a diminuição

do estigma social face às pessoas portadoras de doença mental, alertando a sociedade para esta problemática.

Sendo este um dos principais objetivos a atingir, a Casa de Saúde do Espírito Santo investiu num projeto com

maior abrangência e impacto, envolvendo toda a comunidade hospitaleira, a comunidade local e outras realida-

des institucionais, numa vertente informativa/ formativa, partilhando experiências e testemunhos. O atual for-

mato do projeto também contou com uma vertente lúdico-recreativa, envolvendo utentes e comunidade.

A Sessão de Abertura da V Edição da Semana Aberta contou com a presença, da 2ª conselheira do atual Gover-

no Provincial de Portugal das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, Ir. Paula Carneiro, do Sr. Diretor

Regional da Saúde, Dr. João Batista Soares, em representação do Sr. Secretário Regional da Saúde, Dr. Luís Men-

des Cabral e da Dra. Raquel Coelho, Diretora Gerente da Casa de Saúde do Espírito Santo.

Nas manhãs dos dias 20, 21 e 22 foram realizados ciclos de conferências com temáticas diversificadas, partilhan-

do-se experiências, conhecimento e projetos desenvolvidos pelas Instituições convidadas.

O período da tarde foi preenchido com atividades lúdicas, recreativas e de convívio, todas elas adaptadas aos

temas previamente estipulados para cada dia: “Arte e Cultura” (atuação do Grupo de Baile e Roda e do Grupo

de Teatro da CSES); “Exercício Físico, Estimulação Cognitiva e Sensorial (Aula de Zumba, Musicoterapia e aula de

exercício físico adaptado à população idosa); “Gastronomia e Alimentação Saudável” (Festival de Sopas, Work-

shop “Alimentação Saudável”/ Cozinha pedagógica).

Nos dias 23 e 24 foram realizadas visitas de várias escolas do Concelho de Angra do Heroísmo, com a tradicio-

nal caça ao tesouro realizada para os mais novos e uma breve apresentação sobre a Instituição realizada para os

alunos do 1º e 2º ano da Escola Superior de Enfermagem.

A semana terminou no dia 24 de Outubro pelas 15h depois da solene Sessão de Encerramento, com a partilha

das conclusões dos trabalhos realizados, pela Dra. Margarida Moniz (Diretora Clínica da CSES) e Ir. Lúcia Reduto

(Superiora da CSES). Desta forma, encerrou-se a semana de comemorações, com uma homenagem ao fundador

da Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus através da largada de 100 balões com as

cores da Instituição, simbolizando o centenário da sua morte. Mariana Correia

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COLABORADORES HOSPITALEIROS

Ide vós também para a minha vinha. (Christifideles laic- Concílio Vaticano II – Roma – Dezembro/1961/965). Referência a

Mateus: 20, 3-4. Convite de Cristo que continua a ser a razão da missão de todo o homem que vem a este mundo.

O projeto hospitaleiro tem uma vinha em todas as instituições da Congregação. S. Bento Menni ofereceu-nos as alfaias de tra-

balho para todas as nossas vinhas. Envolveu-as num fino e subtil pano, tecido com o fio do Dom do Espírito Santo. Abraçou-as

com um lindo laço, chamado Carisma Hospitaleiro. Escreveu uma recomendação para a sua correta utilização: Para ser partilha-

do por Irmãs e leigos a partir do seu compromisso vocacional. Todos somos enviados, como Comunidade hospitaleira, a curar os

doentes e a anunciar a todos a Reino de Deus. E assim tem sido desde sempre e sempre será nas nossas vinhas como em todas

as outras vinhas, porque os dons do Espírito são Universais.

As vinhas, em que a sua missão cultiva a saúde, sempre estiveram ligadas a contextos religiosos. Mesmo no advento da

modernidade e com o desenvolvimento da medicina científica, estudos antropológicos, atuais, mostram que as dimensões

religiosas e espirituais continuam presentes em todos os estratos sociais, como parte importante da compreensão dos proces-

sos de saúde/doença. Esta perspetiva foi contraposta pelo paradigma newtoniano e cartesiano de ciência, que separou o mun-

do da matéria do mundo do Espírito. Contudo, a crescente crítica aos pressupostos filosóficos da racionalidade científica, tem

vindo a criar condições, para o progresso de estratégias de saúde integradas numa visão de espiritualidade e religiosidade

humana. As nossas vinhas continuam na vanguarda.

O Colaborador Hospitaleiro tem um jeito diferente de conduzir as suas intervenções assistenciais. Diferenciando-se, pelo víncu-

lo emocional que desenvolve com as pessoas assistidas, gerando assim, um estado de espírito aberto, acolhedor e libertador.

O Colaborador Hospitaleiro utiliza as alfaias oferecidas por S. Bento Menni para semear a promoção da saúde mental.

As sementes utilizadas para cada uma das nossas vinhas são cuidadosamente preparadas na Comunidade Hospitaleira, para

depois serem semeadas nos terrenos dos valores hospitaleiros. Nestes terrenos, as sementes não são comidas pelas aves, nem

são queimadas pelo Sol, nem tão pouco as sufocam os espinhos, apenas crescem e dão frutos que amadurecem, para servirem

de sustento às dimensões complexas de cada ser humano que sofre.

Em todas as nossas vinhas, existe sempre sementes de reserva, devidamente acondicionadas nos armazéns das motivações e

nos sentimentos das necessidades da existência individual e coletiva.

O leigo, colaborador hospitaleiro, não semeia o protagonismo, deixa-se conduzir, sem perder a noção do seu compromisso

vocacional, porque acredita que todos os caminhos vão conduzi-lo à vinha. A sua bússola aponta sempre para o lugar dos últi-

mos de Mateus 19:30. Porque na vinha da Hospitalidade se alguém é ouvinte da Palavra e não praticante é semelhante a um

homem que contempla o próprio rosto no espelho. Tiago 1:23-25.

Parabéns às Irmãs Hospitaleiras pelos seus Colaboradores. Parabéns aos Colaboradores Hospitaleiros pelas suas Irmãs.

Eduardo Azevedo

AS MÃOS DA ROSA

Por estes dias comemoramos o nascimento de Jesus, uma festa que junta a família e celebra a partilha. É a exaltação do núcleo

fundacional da sociedade! Neste tempo revemos familiares, uns com quem contactamos mais frequentemente e outros mais

distantes que são lembrados por esta ocasião. A família é, assim, um conjunto de pessoas unidas em grupos mais próximos e

mais distantes com uma relação em comum. A Casa de Saúde do Espírito Santo constitui também uma família em que todos

estamos unidos por uma relação e onde cada um de nós desempenha uma função específica para um bem superior que é aju-

dar as pessoas mais necessitadas, que são a essência da nossa existência enquanto família.

Na missão que desempenho, quando tenho que tratar alguma das nossas utentes, não raras vezes necessito do auxílio de

outras mãos para controlar a paciente e assistir-me nas técnicas que tenho que empregar. Invariavelmente toco a campainha e

a Rosa prontamente aparece perguntando o que necessito. Respondo-lhe, pedindo que me «empreste as suas mãozinhas»!

Sempre com um sorriso pede-me que aguarde um pouco, enquanto fecha a porta do seu gabinete. A alegria e disponibilidade

que sempre emprega são contagiantes e induzem um bom ambiente, meio caminho para que o trabalho corra bem.

Esta atitude e entrega à sua missão personificam bem os valores Hospitaleiros desta família que me acolheu no ido ano de

2001. Nestes tempos de desenvolvimento científico, tecnológico e social, os Valores Hospitaleiros continuam atuais e Famílias

como a nossa continuam fazendo falta à sociedade. Pedro Pinto

FICHA TÉCNICA

CASA DE SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO

Coordenação e Redação

Ir.ª Crisantina Nogueira

Célia Aguiar

Colaboradores

Lúcia Faria

Sónia Pereira

Mariana Correia

Eduardo Azevedo

Pedro Pinto

Eduarda Câmara

Tiragem

50 Exemplares

Periodicidade

Trimestral

Preço

Por boletim: 0,60€

Contactos

Rua Dr. Aníbal Bettencourt, 251

9700-240 Angra do Heroísmo

Tel: 295 401 350 Fax: 295 214 852

E-mail: [email protected]

Para mais informações consulte o nosso

site: www.irmashospitaleiras.pt/cses/

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I ENCONTRO DE GRUPOS DE AUTO-REPRESENTAÇÃO DO INSTITUTO DAS IRMÃS HOSPITALEIRAS

O Encontro aconteceu a seis e sete de Outubro de 2014 na Casa de Saúde do Bom Jesus em Braga, tendo sido organiza-

do pelo Grupo de Auto-Representação (GAR) da respetiva Instituição.

Estiveram presentes todos os Grupos de Auto-Representação das doze Casas de Saúde do Instituto. Cada grupo apresen-

tou o seu projeto e atividades desenvolvidas. Existem grupos muito avançados no seu projeto e outros como o nosso

ainda no início.

Acerca do GAR da Casa de Saúde do Bom Jesus podemos constatar o seguinte:

-Realização de muitas atividades.

-Todas as sugestões assim como as reclamações estão afixadas num quadro junto ao Bar com as respostas da Direção.

-Tem um espaço para trabalhar e um computador para os seus trabalhos.

-As utentes da Casa de Saúde do Bom Jesus procuram-no para ajudar nos seus problemas.

-É sempre ouvido quando há situações que dizem respeito a todas as utentes.

-Reúne-se uma vez por mês com a nutricionista para colaborar nas ementas.

-Tem um regulamento e um logotipo.

-Todas as utentes com quem falamos conhecem-no e estão muito satisfeitas e dizem que tem feito muitas coisas boas

por elas.

No final, houve um jantar convívio que foi muito agradável e entregaram a cada grupo uma lembrança (um lenço borda-

do). Os grupos são muito activos, sendo que assistimos às intervenções de muitas utentes.

Eu, Eduarda Câmara, como porta-voz do Grupo de Auto-Representação da Casa de Saúde do Espírito Santo fiquei encan-

tada desde o início até ao fim, correu tudo maravilhosamente bem. O nosso Grupo apresentou-se em reunião de equipa

técnica no mês de Dezembro, sendo composto por seis elementos, que se reúnem semanalmente com o responsável do

projeto. Também semanalmente realizamos uma visita a todas as unidades de internamento com o objetivo de ouvir as

outras utentes. Um bem-haja a todos. Eduarda Câmara

SÃO MARTINHO PARA AS UTENTES E COLABORADORES