11
114 UNIDADE 3 Cônicas e números complexos Sheff/Shutterstock/Glow Images Por que secções cônicas? Porque são curvas obtidas por meio da interseção entre um cone circular reto e um plano, que diferem de acordo com o ângulo com que o plano secante corta o cone. As superfícies parabólicas, elípticas e hiperbólicas possuem propriedades de reflexão que podem ser observadas em diversas aplicações tecnológicas. Os refletores elípticos usados pelos dentistas têm por objetivo concentrar o máximo de luz na área de trabalho, além de evitar que os raios luminosos ofusquem a visão do paciente, causando desconforto.

Cônicas e números complexos · secções cônicas Cônicas é o título da obra em que o matemático e astrônomo grego Apolônio de Pérgamo (2 62 a.C.-1 90 a.C.) apresenta o mais

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114

UNIDADE

3 Cônicas e números complexos

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eff

/Sh

utt

ers

tock

/Glo

w I

ma

ge

s

Por que secções cônicas? Porque são curvas obtidas

por meio da interseção entre um cone circular reto e

um plano, que diferem de acordo com o ângulo com que

o plano secante corta o cone.

As superfícies parabólicas, elípticas e hiperbólicas

possuem propriedades de reflexão que podem ser

observadas em diversas aplicações tecnológicas.

Os refletores elípticos usados pelos dentistas

têm por objetivo concentrar o máximo de luz

na área de trabalho, além de evitar que os

raios luminosos ofusquem a visão do paciente,

causando desconforto.

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115

Ro

ge

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essm

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Co

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tin

sto

ck

1. A que se deve o renome mundial do forno solar de Odeillo?

2. Que tipos de formatos de espelhos são usados em alguns telescópios?

Ch

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Co

rbis

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tin

sto

ck

O forno solar de Odeillo, localizado nos Pireneus franceses, é formado por um espelho parabólico com a altura de um edifício de sete andares.É um dos dois maiores fornos solares do mundo, junto com o de Parkent (Usbequistão), e deve sua reputação à sua especialização na investigação de concentração de radiação solar e do comportamento dos materiais submetidos a temperaturas extremas.

O espelho hiperbólico é também usado em telescópios (esta imagem é do telescópio de Hale) como um espelho secundário, além do espelho parabólico principal. Sua importância está em redirecionar a luz do foco principal para um ponto mais conveniente.

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5CAPÍTULO

Geometria analítica: secções cônicas

Cônicas é o título da obra em que o matemático e astrônomo grego

Apolônio de Pérgamo (262 a.C.-190 a.C.) apresenta o mais completo

estudo das curvas obtidas a partir de cortes (secções) específicos em

cones: a parábola, a hipérbole e a elipse, atribuindo a elas os nomes

como são conhecidas até hoje. Essa obra auxiliou o trabalho de muitos

pensadores, principalmente astrônomos.

3. Elipse2. Hipérbole1. Parábola

Copérnico, Kepler, Halley e Newton, por exemplo, fizeram uso de suas

configurações para explicar fenômenos físicos, como as trajetórias dos

planetas e a trajetória descrita por um projétil.

Da

lmin

go

/Sh

utt

ers

tock

/Glo

w I

ma

ge

s

Ao serem inseridas na Geometria analítica, as secções cônicas, defini-

das como lugares geométricos (conjuntos de pontos que verificam certa

propriedade), ganharam uma expressão algébrica, ampliando ainda mais

sua importância e sua aplicabilidade.

Neste capítulo vamos partir das definições desses lugares geomé-

tricos para as equações algébricas que as representam, estudar suas

propriedades e identificar seus elementos.

Representação do Sistema Solar. (Esta imagem não segue a proporção e as cores reais.)

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117Capítulo 5 • Geometria analítica: secções cônicas

1 Reconhecendo formasConsideremos as seguintes situações:

• A trajetória de um projétil, em queda livre, é um arco de parábola.

• Os planetas giram em torno do Sol em uma trajetória cuja

forma é uma elipse.

• O gráfico que relaciona pressão (P) e volume (V) de um gás à temperatura constante,

como o da figura, é um ramo de hipérbole.

« Vejamos mais algumas situações em que aparecem a parábola, a elipse e a hipérbole. Tente associar

cada figura a seguir a uma das cônicas citadas.

2 Parábola*

OrigemVamos considerar um cone circular reto seccionado por um plano paralelo à geratriz, como mostram as

ilustrações seguintes:

geratriz

plano paralelo à geratriz

Nesse caso, dizemos que foi obtida uma secção cônica chamada parábola:

Sol

P

V

Ilu

str

açõ

es:

Da

m d

’So

uza

/A

rqu

ivo

da

ed

ito

ra

* Vamos retomar e aprofundar o que você já estudou no capítulo 4 do volume 1 – Função quadrática.

parábola

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Unidade 3 • Cônicas e números complexos118

Definição e elementosInicialmente consideremos, no plano do papel, uma reta d e um

ponto F que não pertence a ela.

Vamos marcar, agora, uma série de pontos que estão a uma

mesma distância do ponto fixado F e da reta d. Na prática, isso pode

ser feito com o auxílio de uma régua, um esquadro, lápis, alfinete e

barbante. Veja:

Construindo o gráfico ponto a ponto teremos:

DV

F

M

A

B

C

E

G

d

H

N

P

Q

R

S

DV

c

F

M

A

B

Cd

N

P

A parábola é o conjunto de todos os pontos do plano que estão à mesma distância de F e d.

Na figura devemos destacar:

• o ponto F, foco da parábola;

• a reta d, diretriz da parábola;

• o ponto V, vértice da parábola (ponto médio de tFDu, distância de F até d);

• a reta que passa por F, perpendicular à diretriz d, que se chama eixo de simetria da parábola;

• a medida de tFDu, parâmetro (2c) da parábola.

Assim, definimos que parábola é o lugar geométrico dos pontos do plano que distam igualmente de

uma reta fixa d, chamada diretriz, e de um ponto fixo F, não pertencente à diretriz, chamado foco.

F

d

Fo

rma

to C

om

un

ica

çã

o/A

rqu

ivo

da

ed

ito

ra

d

F

Fique atento!

VF � FD

2 � c

Fique atento!Todo ponto da parábola

tem essa propriedade e

todo ponto do plano que

possui essa propriedade

pertence à parábola.

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119Capítulo 5 • Geometria analítica: secções cônicas

Equação da parábola

Equação da parábola com vértice na origemA partir do foco (F) e da diretriz (d), podemos chegar à equação da parábola formada por todos os pontos

P(x, y) do plano tais que d(P, F) � d(P, d).

1o caso: diretriz x � �c e foco F(c, 0)

y

d

OxF(c, 0)

Q(�c, y) P(x, y)

x � �c

d(P, F) � d(P, Q) ⇒ ( ) ( )   ( ) ( )x c y x c y y� � � � � � �2 2 2 2

0 ⇒ (x � c)2 � y2 � (x � c)2 ⇒

⇒ x cx c y x cx c2 2 2 2 22 2� � � � � � ⇒ y2 � 4cx

Nesse caso, o vértice está na origem e a parábola é simétrica em relação ao eixo Ox, que é o eixo da parábola.

2o caso: diretriz y � �c e foco F(0, c)

F(0, c) P(x, y)

Q(x, �c)y ��c

y

x

O

d

d(P, F) � d(P, Q) ⇒ ( ) ( )   ( ) ( )x y c x x y c� � � � � � �02 2 2 2

⇒ x2 � (y � c)2 � (y � c)2 ⇒

⇒ x y c y c y c y c2 2 2 2 22 2� � � � � �  ⇒ x2 � 4cy

Nesse caso, o vértice está na origem e a parábola é simétrica em relação ao eixo Oy, que é o eixo da parábola.

3o caso: diretriz x � c e F(�c, 0)

y

d

O xF(�c, 0)

Q(c, y)P(x, y)

x � c

y2 � �4cx

Fique atento!c indica a distância do foco ao vértice e é sempre positivo. Logo, �c indica um número negativo.

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Unidade 3 • Cônicas e números complexos120

4o caso: diretriz y � c e F(0, �c)

F(0, �c)P(x, y)

Q(x, c)y � c

y

x

d

O

x2 � �4cy

Assim, parábolas com foco em um dos eixos, diretriz paralela ao outro eixo e vértice V(0, 0) têm essas

equações. Vale também a recíproca do que foi visto: as equações y2 � 4cx, x2 � 4cy, y2 � �4cx e x2 � �4cy,

com c � 0, representam parábolas com foco em um dos eixos, diretriz paralela ao outro eixo e vértice V(0, 0).

Fique atento!O valor do coeficiente c

indica a dist‰ncia do foco

ao vŽrtice e, consequente-

mente, a concavidade da

par‡bola.

Exercícios resolvidos

1. Determine a equação da parábola de foco F(0, �5) e diretriz y � 5.

P(x, y)F(0, �5)

y � 5(x, 5)

V(0, 0)

y

x

d

Resolução:

Usando a propriedade de todo ponto P(x, y) da parábola, temos:

d(P, F) � (     ) (     )x y(  (     ) (  (  � �  )x yx y  )0 5  )  )0 5(     )  )x y  )  ) (  (  � �  )  )x yx y  )  ) �2 2(     )0 50 5(     )  )x y(  (  � �� �x yx yx y � � x y2 2x yx y2 22 2(  x yx y   )2 22 2

52 22 2

� �2 22 2x yx y2 22 2x yx y(  x yx y2 22 2x yx y

A distância de P à reta y � 5 é igual à distância de P até (x, 5), que é igual a (     ) (     ) .x x(  (     )  ) y(  (  � �  )x xx x  )  ) �2 2(     )(  (  � �� �   )  )  )  )

Como as distâncias são iguais, temos:x2 � (y � 5)2 � 02 � (y � 5)2 ⇒

⇒ x2 � y yy y22y yy yy y10y yy y 2525� �y y� �y yy y10y yy y � y yy y22y yy yy y10y yy y 2525� �y y� �y yy y10y yy y ⇒ x2 � �20y

2. Determine o foco e a diretriz da parábola de equação y2 � 5x.

Resolução:

Podemos escrever y2 � 5x como y2 � 4 � 5

4x .

A distância do vértice (0, 0) ao foco é c � 5

4.

Logo, F ( )( )5

40,  e a diretriz é x � �

5

4.

y

d

xV(0, 0)

5

4x �

[ , 0]5

4

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121Capítulo 5 • Geometria analítica: secções cônicas

3. Esboce os gráficos das parábolas de equação:

a) y2 � x � 4 � 1

4x b) y2 � 4x � 4 � 1x c) y2 � 8x � 4 � 2x

Resolução:

a) x y

0 0

1 1

1 �1

4 2

4 �2

y

x

F

[ , 0]F1

4

1

1

2

2 3 4

b) x y

0 0

1 2

1 �2

4 4

4 �4

F(1, 0)

y

x

F 2

1

�1

3 4

2

�2

3

�3

4

�4

c) x y

0 0

1

2 2

1

2�2

2 4

2 �4

F(2, 0)

y

x

F

1

1

2

3

4

1

2�1

�2

�3

�4

Observação: Como o valor do coeficiente c indica a distância do foco ao vértice e a concavidade da parábola, compare as parábolas do exercício resolvido 3: em y2 � 8x (c � 2), a concavidade é maior que em y2 � 4x (c � 1), pois 2 � 1.

2. Determine o foco, o vértice e a diretriz da parábola a partir das equações:a) y2 � 28x c) x2 � 10y

b) x2 � �4y d) y2 � �16x

1. Determine a equação da parábola de foco F e diretriz d nos seguintes casos:a) F(9, 0) e d: x � �9 c) F(0, 7) e d: y � �7

b) F(0, �6) e d: y � 6 d) F(�5, 0) e d: x � 5

ATENÇÃO!Não escreva no

seu livro!Exercícios

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Unidade 3 • C™nicas e nœmeros complexos122

Equa•‹o da par‡bola com vŽrtice em um ponto qualquer

Vamos determinar a equa•‹o da par‡bola que tem como diretriz a reta de equa•‹o x � �4 e como

foco o ponto F(6, 2):

D(�4, 2)

Q(�4, y)

F(6, 2)

P(x, y)

V

d

x

yx � �4

Nesse caso, o vŽrtice Ž o ponto mŽdio do segmento FD, no qual F(6, 2) e D(�4, 2):

V6 4

2

2 2

2

� �,

⇒ V(1, 2)

Pela dist‰ncia de V atŽ F encontramos o valor de c:

c � ( ) ( )6 1 2 22 2

� � � � 5

Os pontos P(x, y) da par‡bola s‹o tais que d(P, F) � d(P, Q), em que Q(�4, y):

d(P, F) � d(P, Q) ⇒ ( ) ( )x y� � �6 22 2 � ( ) ( )x y y� � �4

2 2 ⇒

⇒ (x � 6)2 � (y � 2)2 � (x � 4)2 ⇒ (y � 2)2 � (x � 4)2 � (x � 6)2 �

� x2 � 8x � 16 � x2 � 12x � 36 � 20x � 20 ⇒ (y � 2)2 � 20(x � 1)

Observemos que na equa•‹o obtida aparecem as coordenadas do vŽrtice xV � 1 e yV � 2 e tambŽm

o valor c � 5:(y � 2)2 � 20 (x � 1)

4 � 5

c

yv xv

Reciprocamente, a partir da equa•‹o da par‡bola, (y � 2)2 � 20(x � 1), podemos chegar ao vŽrtice e ao

valor de c (dist‰ncia de V a F ou de V ˆ diretriz d) e, da’, ao foco e ˆ diretriz:

(y � 2)2 � 20(x � 1) � 4 � 5(x � 1)

em que V(1, 2) e c � 5.

Esbo•ando o gr‡fico, vem:

V(1, 2)

x � 1 � 5

F(1 � 5, 2)

d

x

Logo, F(6, 2) e diretriz x � �4.

Generalizando, podemos dizer que, a partir do foco e da diretriz, Ž poss’vel determinar o vŽrtice V(xV, yV)

e o valor de c e, da’, a equa•‹o da par‡bola e a posi•‹o correspondente.

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123Capítulo 5 • Geometria analítica: secções cônicas

Veja os casos poss’veis:

(y � yV)2 � 4c(x � xV)

d

F

(y � yV)2 � �4c(x � xV)

d

F

(x � xV)2 � 4c(y � yV)

d

F

(x � xV)2 � �4c(y � yV)

d

F

Devemos lembrar que vale a rec’proca: a partir da equa•‹o da par‡bola podemos chegar ao vŽrtice e

ao valor de c e, da’, ao foco e ˆ diretriz.

Observação: No volume 1 desta cole•‹o, estudamos as fun•›es quadr‡ticas

y � ax2 � bx � c, cujos gr‡ficos s‹o par‡bolas. Aquelas par‡bolas e as

estudadas neste cap’tulo s‹o as mesmas, pois, quando usamos a tŽcnica

de completar quadrados, podemos transformar qualquer equa•‹o do tipo

y � ax2 � bx � c, vista no volume 1, em uma do tipo (x � xV)2 � �4c(y � yV),

como temos trabalhado neste volume.

Para refletirQuando estudamos a par‡bola como gr‡fico de uma fun•‹o quadr‡ tica, n‹o havia possibilidade de o eixo de si metria ser horizontal. Por qu•?

Fique atento!Cuidado! O c de y � ax2 � bx � c n‹o Ž o mesmo c de y � yV � �4c(x � xV)2.

4. Determine a equa•‹o e as coordenadas do vŽrtice da par‡bola que tem foco no ponto F(1, 5) e a reta diretriz de equa•‹o y � �3.

Resolução:

Os dados do problema permitem fazer um esbo•o do gr‡fico e, assim, identificar o tipo da equa•‹o:

F(1, 5)

D(1, �3)

V

y � �3

(x � xV)2 � 4c(y � yV)O vŽrtice Ž o ponto mŽdio de tFDu. Ent‹o:

V ( )( )1 1

2

5 3

2, 

� �1 11 1 5 35 3 ⇒ V(1, 1)

Pela dist‰ncia de V a F encontramos o valor de c:

c � (     ) (     )1 1(  (     )  ) 5 1(  (     )  )2 2(     )5 1(  (     )  )� �  )1 11 1  )  )2 22 25 15 1 � 0 160 10 1 � 4

Podemos escrever agora a equa•‹o procurada:(x � xV)2 � 4c(y � yV) ⇒ (x � 1)2 � 4 � 4(y � 1) ⇒ (x � 1)2 � 16(y � 1)Logo, a equa•‹o Ž (x � 1)2 � 16(y � 1) e V(1, 1).

Exerc’cios resolvidos

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Unidade 3 • C™nicas e nœmeros complexos124

5. Se uma parábola tem como equação x2 � 4x � 12y � 8 � 0, determine as coordenadas do vértice, as coordenadas do foco, a equação da reta diretriz da parábola e a equação do eixo de simetria.

Resolu•‹o:

Completando os quadrados perfeitos, temos:x2 � 4x � 12y � 8 � 0 ⇒ x2 � 4x � 12y � 8 ⇒ x2 � 4x � ……4 � 12y � 8 � ……4 ⇒ x x y

x

2x xx x4x xx x 4 12 1y 2

2(

� �x xx x4x xx x � �4 14 12 12 1y

� �� �� �� �� �� �

)) ( )2

12( )( )� ( )( )y( )( )

⇒ (x � 2)2 � 4 � 3(y � 1) em que xV � 2, yV � �1 e c � 3

Fazendo um esboço do gráfico, vem:

(2, �1 � 3)

(2, �1)

(2, �1 � 3)

3

3

y � �4

Logo, V(2, �1), F(2, 2), a diretriz é y � �4 e o eixo de simetria é x � 2.

6. Determine a equação, o foco F e a diretriz d da parábola com vértice V(�2, �3), sabendo que o foco está no quarto quadrante, d é paralela ao eixo y e o parâmetro, p (2c), é 8.

Resolu•‹o:

p � 8 indica que c � 4, pois c � p

2.

As informações do problema levam a um esboço do gráfico ao lado.

A posição da parábola indica que a equação é da forma (y � yV)2 � 4c(x � xV).Daí, vem:V(�2, �3)c � 4F(�2 � 4, �3) ⇒ F(2, �3)D(�2 � 4, �3) ⇒ D(�6, �3)diretriz x � �6

Substituindo as informações na fórmula, temos:(y � yV)2 � 4c(x � xV) ⇒ (y � 2)2 � 4 � 4(x � 3) ⇒ (y � 2)2 � 16(x � 3)Logo, a parábola tem equação (y � 2)2 � 16(x � 3), F(2, �3) e diretriz x � �6.

d

x

y

D(�2 �4, �3) V(�2, �3) F(�2 � 4, �3)

3. Determine a equação da parábola que tem:a) foco no ponto F(3, 0) e diretriz de equação x � �3;

b) diretriz de equação y � 3 e vértice V(0, 0);

c) foco no ponto F(1, 2) e diretriz de equação x � �2;

d) diretriz de equação x � 2 e vértice V(�1, �3).

4. A parábola de equação x2 � 6x � y � 8 � 0 intersec-ta o eixo x nos pontos A e B. Sendo V o vértice da pa-rábola, determine a área do triângulo VAB.

Exercícios

5. Encontre as coordenadas do vértice, as coordenadas do foco, a equação da reta diretriz e a equação do eixo de simetria das parábolas de equações:a) y2 � 6y � 12x � 21 � 0b) x2 � 2x � y � 4 � 0

6. Determine a equação das parábolas:a) de vértice V(�1, 4), eixo paralelo ao eixo y e que

passa pelo ponto A(3, 0);b) de vértice V(4, 2) e foco F(4, 5).