27
Código de Ética e Normas de Auditoria Tribunal de Contas da União - TCU Geógrafo e Professor Otaviano Batista Superintendência de Integração do Sistema – SIS Brasília, 29 de maio de 2014

Código de Ética e Normas de Auditoria Tribunal de Contas ... · Código de Ética e Normas de Auditoria Tribunal de Contas da União - TCU Geógrafo e Professor Otaviano Batista

Embed Size (px)

Citation preview

Código de Ética e Normas de Auditoria Tribunal de Contas da União - TCU

Geógrafo e Professor Otaviano Batista Superintendência de Integração do Sistema – SIS

Brasília, 29 de maio de 2014

A Declaração de Lima representa o fundamento, com seus conceitos gerais sobre a auditoria do setor público, em termos GLOBAIS.

O Código de Ética Internacional aplicado ao setor público, com sua declaração dos valores e princípios que orientam o trabalho diário dos auditores.

Um dos princípios estabelecidos no Código de Ética é a obrigação do auditor em aplicar normas de auditoria comumente aceitas.

Consta unicamente de princípios éticos básicos, visto que as diferenças nacionais de cultura, idioma e sistemas jurídicos e sociais fazem necessário adaptar esses princípios a cada país que venha a utilizá-los.

A conduta dos auditores deve ser irrepreensível em todos os momentos e em todas as circunstâncias. Qualquer deficiência em sua conduta profissional ou qualquer conduta inadequada em sua vida pessoal é prejudicial à imagem de integridade dos auditores

Um Código de Ética constitui um documento que engloba os valores e princípios que devem orientar o trabalho cotidiano dos auditores.

A independência, as competências e as responsabilidades do auditor no setor público suscitam enormes exigências éticas à entidade de fiscalização superior e ao pessoal por ela empregado ou contratado para o trabalho de auditoria.

É fundamentalmente importante que a entidade superior suscite credibilidade e confiança.

O auditor alcança essa credibilidade e confiança mediante a adoção e a aplicação das exigências éticas de noções embasadas nos seguintes conceitos chave:

integridade, Independência, Objetividade, confidencialidade e competência profissional.

Em todos os setores da sociedade existe a necessidade de credibilidade.

Por consequência, é essencial que terceiros possuidores de notório saber considerem os

relatórios e pareceres sejam exatos e confiáveis. Todo o trabalho realizado deve passar pelo crivo

do poder legislativo e/ou executivo, pela avaliação pública sobre sua correção e pelo exame comparativo com o Código de Ética Nacional, adaptado a partir da Declaração de Lima.

A integridade constitui o valor central de um Código de

Ética. Os auditores são obrigados a cumprir normas superiores de conduta, como por exemplo, honradez e imparcialidade, durante seu trabalho e em suas relações com o pessoal das entidades fiscalizadas.

Para preservar a confiança da sociedade, a conduta dos auditores deve ser irrepreensível e deve estar, sobretudo, acima de qualquer Suspeita.

“A integridade pode ser medida em função do que é correto e justo.”

É indispensável que os auditores tenham

independência em relação à entidade fiscalizada e outros grupos de interesse externo.

Isto significa que eles devem atuar de forma que aumente sua independência, ou para que esta não seja diminuída por nenhum conceito.

“É essencial que os auditores não somente sejam de fato independentes e imparciais mas que também o pareçam”

A independência dos auditores não deve ser afetada por interesses pessoais ou externos.

A independência não pode ser afetada por: Pressões ou influências externas Preconceito dos auditores em relação a pessoas, entidades

fiscalizadas, projetos ou programas; Por haver o auditor trabalhado recentemente na entidade

fiscalizada; Ou por relações pessoais ou financeiras que provoquem conflitos de lealdade ou de interesses.

“Os auditores são obrigados a manterem-se

afastados de qualquer assunto que seja de interesse pessoal”

Os auditores deverão proteger sua independência e evitar qualquer possível conflito de interesses, recusando presentes ou gratificações que possam ser interpretados como tentativas de influir sobre a independência e a integridade do auditor.

Os auditores devem evitar todo tipo de relação com os diretores ou funcionários da entidade fiscalizada, bem como com outras pessoas que possam influenciar, comprometer ou ameaçar a capacidade dos auditores atuarem, e parecer que atuam, com independência.

É essencial manter a neutralidade política – tanto a real como a percebida.

Para tanto, é importante que os auditores conservem sua independência em relação às influências políticas, a fim de desempenhar com imparcialidade suas responsabilidades de fiscalização.

Os auditores têm a obrigação de atuar sempre de maneira profissional e de manter altos níveis de profissionalismo na realização de seu trabalho, com o objetivo de desempenhar suas responsabilidades de maneira competente e imparcial.

Para refletir...

James P.

Lenfestey

UMA PESCARIA INESQUECÍVEL

Ele tinha onze anos e,

a cada oportunidade que surgia,

ia pescar no cais próximo ao chalé da família,

numa ilha que ficava em meio a um lago.

A temporada de pesca só começaria no dia seguinte,

mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar

apenas peixes cuja captura estava liberada.

O menino amarrou uma isca

e começou a praticar arremessos,

provocando ondulações

coloridas na água.

Logo, elas se tornaram

prateadas pelo efeito da lua

nascendo sobre o lago.

Quando o caniço vergou,

ele soube que havia algo enorme

do outro lado da linha.

O pai olhava com admiração,

enquanto o garoto habilmente,

e com muito cuidado, erguia

o peixe exausto da água.

Era o maior que já tinha visto,

porém sua pesca só era permitida

na temporada.

O garoto e o pai olharam para o peixe,

tão bonito, as guelras movendo para trás e para frente.

O pai, então, acendeu um fósforo

e olhou para o relógio.

Pouco mais de dez da noite...

Ainda faltavam quase duas horas

para a abertura da temporada.

Em seguida, olhou para o peixe

e depois para o menino, dizendo:

- Você tem que devolvê-lo, filho!

- Mas, papai, reclamou o menino.

- Vai aparecer outro, insistiu o pai.

- Não tão grande quanto este,

choramingou a criança.

O garoto olhou à volta do lago.

Não havia outros pescadores

ou embarcações à vista.

Voltou novamente o olhar para o pai.

Mesmo sem ninguém por perto,

sabia, pela firmeza em sua voz,

que a decisão era inegociável.

Devagar, tirou o anzol

da boca do enorme peixe e o

devolveu à água escura.

O peixe movimentou

rapidamente o corpo

e desapareceu.

Naquele momento,

o menino teve certeza de que

jamais pegaria um peixe tão

grande quanto aquele.

Isso aconteceu há trinta e quatro anos.

Hoje, o garoto é um arquiteto bem-sucedido.

O chalé continua lá,

na ilha em meio ao lago, e ele

leva seus filhos para pescar

no mesmo cais.

Sua intuição estava correta.

Nunca mais conseguiu pescar

um peixe tão maravilhoso

como o daquela noite.

Obrigado!

Fonte: Código de Ética e Normas de Auditoria – INTOSAI – 1998

Superintendência de Integração do Sistema - SIS