22
Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

Nuno de Santos LoureiroUniversidade do Algarve

Page 2: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

1992, Junho – Na Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, foi proposto à Assembleia

Geral das Nações Unidas o estabelecimento de um Comité Intergovernamental de Negociação (CIN) que deveria preparar, até 1994,

uma Convenção de Combate à Desertificação nos Países Afectados por Seca Grave e/ou Desertificação, particularmente em África

1994, 17 de Junho – 5ª Sessão do CIN, o texto da Convenção éformalmente aprovado

Page 3: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

desertificaçãodesertificação: degradação da terra nas zonas áridas, semi-áridas e sub-húmidas secas, resultantes de vários factores, incluindo as variações climáticas e as actividades humanas

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

por DEGRADAÇÃO DA TERRADEGRADAÇÃO DA TERRA entende-se a redução ou perdaredução ou perda, nas zonas áridas, semi-áridas e sub-húmidas secas, da produtividade biológica ou económicaprodutividade biológica ou económica e da complexidadecomplexidade das terras agrícolas de sequeiro, das terras agrícolas de regadio, das pastagens naturais, das pastagens semeadas, das florestas ou das áreas com arvoredo disperso, devido aosdevido aos sistemas de utilização da terrasistemas de utilização da terra ou a um processo ou combinação de processos, incluindo os que resultam da actividade do homemactividade do homem e das suas formas de ocupação do território, tais como:

erosão do soloerosão do solo causada pelo vento e/ou pela água

deterioração das propriedadesdeterioração das propriedades físicas, químicas e biológicas ou económicas do solo, e

destruição da vegetaçãodestruição da vegetação por períodos prolongados

zonas áridas, semi-áridas e sub-zonas áridas, semi-áridas e sub-húmidas secashúmidas secas: razão entre precipitação anual e evapotranspiração potencial está entre 0,05 e 0,65

secaseca: fenómeno que ocorre naturalmente quando a precipitação inferior aos valores normais, provocando um sério desequilíbrio hídrico que afecta negativamente os sistemas de produção dependentes dos recursos da terra

Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação

Page 4: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

Page 5: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Vulnerabilidade

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

Page 6: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

Particularidades da região norte-mediterrânicaParticularidades da região norte-mediterrânica

condições climatéricas semi-áridas afectando grandes áreas, secas periódicassecas periódicas, grande variabilidade pluviométrica e chuvadas repentinas e de grande intensidade

solos pobres e altamente erosionáveissolos pobres e altamente erosionáveis, propensos à formação de crostas superficiais

relevo acidentadorelevo acidentado, com declives acentuados e paisagens muito diversificadas

grandes perdas no coberto vegetal devido a incêndios florestais frequentesincêndios florestais frequentes

crise na agricultura tradicionalcrise na agricultura tradicional associada ao abandono da terra e deterioração das estruturas de protecção do solo e de conservação da água

exploração não sustentável dos recursos hídricosexploração não sustentável dos recursos hídricos, causadora de prejuízos ambientais graves, neles se incluindo a poluição química, a salinização e o esgotamento dos aquíferos

concentração da actividade económica no litoralactividade económica no litoral, como resultado do crescimento urbano, da actividade industrial, do turismo e da agricultura de regadio

Anexo 4Anexo 4

Page 7: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

EEA – European Environment Agency

Actual Soil Erosion Risk

Page 8: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

EEA – European Environment Agency

Potential Soil Erosion Risk

Page 9: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

Acção desenvolvida no quadro da Convenção das Acção desenvolvida no quadro da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), para os Países Norte-Mediterrâneos(UNCCD), para os Países Norte-Mediterrâneos

ObjectivosObjectivos

reforçar a cooperação e colaboração entre todos os agentesreforçar a cooperação e colaboração entre todos os agentes envolvidosenvolvidos

facilitar a troca de informação e estabelecer um sistema comum defacilitar a troca de informação e estabelecer um sistema comum de informação para monitorizar as condições físicas e socio-económicasinformação para monitorizar as condições físicas e socio-económicas das áreas afectadas ou ameaçadas pela desertificação e pela secadas áreas afectadas ou ameaçadas pela desertificação e pela seca

avaliar a extensão e tendência da degradação dos solos nessas áreasavaliar a extensão e tendência da degradação dos solos nessas áreas

ResultadosResultados

elaboração de mapas temáticos sobre a desertificação e da seca ao nívelelaboração de mapas temáticos sobre a desertificação e da seca ao nível do Mediterrâneodo Mediterrâneo

estabelecimento de bases de metadadosestabelecimento de bases de metadados

acesso à documentação existenteacesso à documentação existente

acesso aos resultados de projectos MED de I&Dacesso aos resultados de projectos MED de I&D

Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação

http://panda.igeo.pt/pancd/

PORTUGALPORTUGAL

Page 10: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

Índice de Susceptibilidade doCLIMA à DESERTIFICAÇÃO

Mapa que traduz as disponibilidades hídricas do solo, reflectindo as situações de humidade e de stress hídrico.

O mapa é relativo ao período 1961 - 1990 e resulta da operação de divisão do mapa de precipitação anual média pelo mapa de evapotranspiração potencial anual média.

Page 11: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

Índice Síntese da Susceptibilidade àDesertificação

Mapa que traduz a suscep-tibilidade à desertificação determinada com base no clima, na vegetação, e na qualidade e tipologia de uso do solo.

Page 12: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

ALGARVEVerões de 2003 e 2004

20% da área atingida pelo fogo40% da área florestal destruídadinâmicas…

1986

1996

Page 13: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

ONDA DE CALOR29 de JULHO A 14 AGOSTO DE 2003

A ocorrência de períodos prolongados com valores elevados da temperatura máxima do ar é um fenómeno que ocorre com alguma frequência em Portugal Continental.

Desde a década de 1940, em que existe informação meteorológica diária, em maior numero de estações, têm-se verificado ondas de calor, ainda que de extensão e duração variável; no entanto é na década de 90 que este acontecimento ocorreu com maior frequência (anos de 1990, 1991, 1992, 1995, 1997, 1998 e 1999).

De referir ainda que as maiores ondas de calor anteriormente registadas tiveram a duração de 10 dias (Castelo Branco em Julho de 1954 e Amareleja em Julho de 1991).

A actual que se iniciou a 29 de Julho e terminou a 14 de Agosto teve uma duração de 16 a 17 dias em grande parte das estações do interior.

Onda de calor (Warm-spell days) – número de dias por período, no qual em intervalos de pelo menos 6 dias consecutivos, a temperatura máxima é superior ao percentil 90, isto e, é superior ao valor da temperatura que ocorre em 10% do tempo ou que é susceptível de ser excedido em 10% do tempo.

www.meteo.ptCA

US

AS

DO

S I

NC

ÊN

DIO

S

Page 14: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

http://reports.eea.eu.int/climate_report_2_2004/en

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

CAUSAS DE INCÊNDIOS

Page 15: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

Page 16: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

PORTUGALpaís de reflorestação

a área florestal de Portugal continental era, em 1870, de 5% do território

um século depois o valor era já de 30%por outro lado, outros 30% de território estavam ocupados com matos, ecossistemas de susceptibilidade aos incêndios bastante semelhante à do uso florestal

ano área (km2)

1874 6 400

1902 19 570

1928 23 390

1956 27 630

1972 28 380

1978 28 860

1985 30 170

1995 32 030

Page 17: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

Page 18: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

tempo

valo

r d

o e

coss

iste

ma

estabilidade

estabilidade

incêndioincêndio

erosão hídrica do solo

recuperação do solo

por terrapor terraentende-se o ecossistema terrestre que compreende o solo,entende-se o ecossistema terrestre que compreende o solo,

a vegetação, outros componentes do biota e dos processos ecológicos ea vegetação, outros componentes do biota e dos processos ecológicos ehidrológicos que se desenvolvem dentro do sistemahidrológicos que se desenvolvem dentro do sistema

Page 19: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

Page 20: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

Page 21: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

INDISPENSÁVEL A ATITUDE PRÓ-ACTIVA?!

que futuro para o

território?

que cenários viáveis

existem?

que objectivos é

sensato perspectivar?

que actores considerar e

auscultar?

Page 22: Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve

Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

Nuno de Santos LoureiroUniversidade do Algarve