Comercio Internacional - AFRF - Resumo

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RESUMO COMRCIO INTERNACIONALContedo Conceitos Bsicos 2. Acordos Internacionais GATT e OMC 3. Instituies Intervenientes no Comrcio Exterior no Brasil 4. Classificao Fiscal de Mercadorias 5. A Nomenclatura comum do MERCOSUL 6. Modalidades de Operao e Formas Contratuais 7. Os INCOTERMS 8. Transporte e Seguro Internacional 9. Importao 10. Regras de Origem 11. Valor Aduaneiro 12. Preo de Transferncia 13. Pagamentos Internacionais 14. Contencioso Aduaneiro 15. Imposto sobre Importao/Exportao de Bens Virtuais 16. Cmbio 17. Regimes Aduaneiros 18. Exportaes 19. Mecanismos de Financiamento do Mercado Exterior 20. Fontes de Financiamento Internacional 21. Incentivos s Exportaes no Brasil 22. Direito Aduaneiro1. Ateno: Configurar pgina: Ofcio II, largura 21,59cm, altura 33,02cm.

pag. 02 pag. 04 pag. 05 pag. 09 pag. 09 pag. 10 pag. 14 pag. 17 pag. 18 pag. 32 pag. 33 pag. 34 pag. 36 pag. 39 pag. 41 pag. 41 pag. 45 pag. 60 pag. 63 pag. 67 pag. 68 pag. 69

Alexandre Jos Granzotto

Julho a Outubro / 2002

RESUMO - COMRCIO INTERNACIONAL

www.ResumosConcursos.comResumo: Comrcio Internacional por Alexandre Jos Granzotto

1. CONCEITOS BSICOSComo os pases no conseguem produzir todos os produtos de que necessitam, especializam-se nas atividades produtivas para os quais se encontram mais aptos, permutando os produtos entre si. Este comrcio internacional ou comrcio exterior submete os produtores internos a um maior grau de concorrncia, reduzindo seu poder de mercado. Consequentemente, os consumidores internos compram produtos mais baratos, tanto dos produtores externos quanto dos produtores nacionais que devem manter seus preos em nveis competitivos. A poltica de comrcio exterior de um pas deve estar vinculada sua poltica interna, no plano econmico, social e legal.

Pressupostos necessrios para que um pas possa atingir tais objetivos: economia interna baseada na livre iniciativa e liberdade de mercado; liberdade poltica e social no mbito interno; controle do dficit pblico e da inflao; aprimoramento dos recursos humanos disponveis para a produo; especializao e aprendizado das novas tecnologias existentes no mercado externo; aproveitamento racional e otimizado dos recursos naturais e de infraestrutura; adoo de poltica racional para proteo da produo nacional; desenvolvimento de uma poltica de comrcio exterior independente e vinculada capacidade produtiva do pas; 1.1 Mercado e Mercados Diferenas existentes entre o comrcio interno e o comrcio internacional so devidas a diversos fatores, entre os quais:

variaes no grau de mobilidade dos fatores de produo fator trabalho

(mo de obra); facilidade de deslocamento; oposio, pelos outros pases, de diversas restries entrada tanto de trabalhadores quanto de matrias primas e demais produtos; natureza do mercado o mercado interno apresenta maior unidade de idioma, costumes, gostos, hbitos de comrcio, o que facilita a economia de produo em larga escala. Existncia de barreiras aduaneiras os impostos cobrados nos outros pases refletiro diretamente nos preos de seus produtos, ocasionando perda de capacidade competitiva; Longas distncias despesas com transporte, o tempo gasto e os eventuais prejuzos aos produtos transportados; Variaes de ordem monetria alteraes das taxas cambiais so fatores de risco; Variaes de ordem legal diferenas de ordenamento jurdico em cada pas;2

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1.2 Estruturas de Mercado

Concorrncia Perfeita:

Nmero elevado de empresascompradoras e vendedoras, agindo independentemente; Inexistncia de quaisquer diferenas entre os produtos ofertados; Perfeita permeabilidade entram e saem empresas do mercado sem quaisquer tipos de barreiras; Impossibilidade de que atitudes e manobras isoladas venham alterar as condies vigentes Monoplio:

Existncia de apenas uma empresa, dominando inteiramente a oferta do setor considerado; Inexistncia de produtos capazes de substituir aqueles produzidos pela empresa monopolista; Inexistncia de competidores imediatos devido s barreiras existentes para o ingresso de outras empresas; Considervel influncia sobre os preos e o regime de abastecimento do mercado; Dificilmente ocorrem publicidade;

Oligoplio:

Nmero pequeno de empresas dominando o mercado; Produo de bens e servios padronizados ou diferenciados; Controle sobre os preos pode ser amplo acordos, conluios e prticas conspiratrias so facilitadas; Concorrncia extra-preo considerada como vital - a guerra de preos prejudica todas as empresas do setor; Ingresso de novas empresas geralmente difcil;

Concorrncia Monopolista:

Um grande nmero de empresas concorrentes; Condies de ingresso so relativamente fceis; Algumas empresas possuem suas prprias patentes, capazes de diferenciao de seu produto criam um segmento prprio, dominando-o e mantendo-o para si;3

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1.3 Marketing e Poltica Comercial

Marketing

o processo social e gerencial atravs do qual indivduos e grupos obtm aquilo de que necessitam e desejam por meio de criao e troca de produtos e valores.

conceitos centrais necessidades, desejos, demandas, produtos, troca, transaes e mercados. Significa trabalhar com mercados para conseguir trocas com o propsito de satisfazer necessidades e desejos. Mercado vendedor aquele em que os vendedores tm mais poder e os compradores dependem mais do marketing Mercado comprador, os compradores tm mais fora e os vendedores necessitam utilizar-se do marketing mais ativamente. Antes de decidir vender ou no no exterior, uma empresa deve compreender completamente o ambiente de marketing internacional: as tarifas adotadas, as barreiras no-tarifrias, discriminao contra ofertas ou produtos originrios de determinados pases; O pas que adota um poltica comercial protecionista est na realidade impedindo os consumidores internos de adquirirem produtos melhores e mais baratos, motivo pelo qual a poltica que vem sendo adotada pela maior parte dos pases a mais liberal possvel. O marketing internacional adotado pelas maiores empresas realizado por meio de um completo planejamento estratgico, que possa oferece condies de competitividade para que tenha possibilidade de atingir o mercado internacional, abrangendo as seguintes etapas: Anlise e estruturao interna da empresa, objetivando aumentar a produtividade e reduzir os custos de produo; Anlise e seleo do mercado externo; Oportunidades comerciais oferecidas no comrcio exterior, direcionando suas aes; Composto mercadolgico produto, preo, distribuio e promoo que so decisveis na busca de competitividade; Controle no planejamento.

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2. ACORDOS INTERNACIONAISGATT e OMC Assunto tratado no Captulo V da disciplina RELAES ECONMICAS INTERNACIONAIS ACORDO SOBRE A IMPLEMENTAO DO Art. VII DO GATT Este acordo tratado no Captulo X Valor Aduaneiro SISTEMA HARMONIZADO DE CLASSIFICAO DE MERCADORIAS Este assunto tratado no Captulo IV Classificao Fiscal de Mercadorias

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3. AS INSTITUIES INTERVENIENTES NO COMRCIO EXTERIOR NO BRASIL3.1. CONSELHO MONETRIO NACIONAL CMN o rgo colegiado da estrutura do Ministrio da Fazenda; o rgo deliberativo mximo do Sistema Financeiro Nacional, competindo-lhe: estabelecer as diretrizes gerais das polticas monetria, cambial e creditcia; regular as condies de constituio, funcionamento e fiscalizao das instituies financeiras; disciplinar os instrumentos de poltica monetria e cambial O CMN composto pelos seguintes membros: Ministro da Fazenda (presidente do Conselho); Ministro do Planejamento; Presidente do Banco Central do Brasil Atividades relacionadas com o Comrcio Exterior:

regular o valor externo da moeda e o equilbrio do balano de pagamentos; fixar as diretrizes e normas da poltica cambial; outorgar ao Banco Central do Brasil o monoplio das operaes de cmbio quando ocorrer grave desequilbrio no balano de pagamentos; baixar normas que regulem as operaes de cmbio; regular o exerccio da atividade de corretores de cmbio. faz parte do Conselho de

3.2. CMARA DE COMRCIO EXTERIOR CAMEX Governo; integrada por:

Ministro do Desenvolvimento e Comrcio Exterior (presidente); Ministro Chefe da Casa Civil; Ministro da Fazenda; Ministro do Planejamento; Ministro das Relaes Exteriores; Ministro da Agricultura; Presidente do Banco Central do Brasil (convidado especial)

Objetivos da CAMEX

formular as polticas e coordenar as atividadesrelativas ao comrcio exterior de bens e servios, bem como avaliar a repercusso das polticas econmicas sobre o comrcio exterior serve de instrumento de dilogo e articulao junto ao setor produtivo.

Competncia da CAMEX

definir as diretrizes da poltica de comrcio exterior;6

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manifestar-se previamente sobre as normas e legislao sobre o comrcio exterior; estabelecer as diretrizes para: as alteraes das alquotas dos impostos de importao e exportao; as investigaes relativas prticas desleais de comrcio; financiamento e seguro de crdito exportao; desregulamentao do comrcio exterior. avaliar o impacto das medidas cambiais, monetrias e fiscais sobre comrcio exterior; fixar as diretrizes para a promoo de bens e servios brasileiros no exterior; indicar os parmetros para as negociaes bilaterais e multilaterais relativas ao comrcio exterior; atuar com um canal de comunicao entre o Governo e o setor produtivo. rgo da estrutura do

3.3. SECRETARIA DE COMRCIO EXTERIOR SECEX Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio. Competncia da SECEX

formular propostas de polticas e programas de comrcio exterior; propor medidas, no mbito das polticas fiscal e cambial: de financiamento; de recuperao de crditos exportao; de seguro; de transportes e fretes; de promoo comercial. propor diretrizes que articulem o emprego do instrumento aduaneiro; participar das negociaes relacionadas com o comrcio exterior; implementar os mecanismos de defesa comercial; apoiar o exportador submetido a investigaes de defesa comercial no exterior. dentre suas atribuies, est a de AUTORIZAR OPERAES DE IMPORTAO E EXPORTAO e EMITIR DOCUMENTOS EXIGIDOS por acordos multilaterais assinados pelo Brasil.

Atribuies

3.4. BANCO CENTRAL DO BRASIL - BACEN uma autarquia federal, vinculada ao Ministrio da Fazenda, criada para ser o agente da sociedadae brasileira na promoo da estabilidade do poder de compra da moeda brasileira. Objetivos

zelar pela adequada liquidez da economia; manter as reservas internacionais do Pas em nvel adequado; estimular a formao de poupana em nveis adequados; zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeioamento do Sistema Financeiro Nacional;7

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A Constituio de 1988 consagra dispositivos importantes para a atuao do BACEN,tais como:

exerccio exclusivo da competncia da Unio para emitir moeda; necessidade de aprovao prvia pelo Senado dos designados pelo Presidente da Repblica para os cargos de presidente e diretores; vedao na concesso direta ou indireta de emprstimos ao Tesouro Nacional.

Proposio de objetivos nos macroprocessos seguintes:

formulao e gesto das polticas monetria e cambial; regulamentao e superviso do Sistema Financeiro Nacional; prestao de servios de suporte s transferncias financeiras e ao meio circulante.

Funes do BACEN

Poltica Monetria tem por objetivo controlar a expanso da moeda e do crdito e exercer controle sobre a taxa de juros, utilizando-se dos instrumentos clssicos: Operaes de mercado aberto maior versatilidade em acomodar as variaes dirias da liquidez; Reservas compulsrias influenciar a disponibilidade das reservas bancrias e controlar a expanso dos agregados monetrios; Assistncia financeira de liquidez determina o custo no no cumprimento dessas exigibilidades compulsrias, influenciando a atuao dos agentes financeiros. Controle das Operaes de Crdito atua no contingenciamento do crdito ao setor pblico; divulga as decises do CMN; baixa normas complementares; executa o controle e a fiscalizao a respeito das operaes de crdito; Poltica Cambial e de Relaes Financeiras com o Exterior Na rea internacional, compete ao BACEN: Atuar no sentido de garantir o funcionamento regular do mercado de cmbio, a estabilidade relativa das taxas de cmbio e o equilbrio do balano de pagamentos; Administrar as reservas cambiais do Pas; Promover a contratao de emprstimos e a colocao de ttulos no exterior; Acompanhar e controlar os movimentos de capitais; Negociar com as instituies financeiras e com os organismos financeiros estrangeiros e internacionais;

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Superviso do Sistema Financeiro Nacional atua no sentido de aperfeioamento das instituies financeiras, de modo a zelar por sua liquidez e solvncia; Formular normas aplicveis ao Sistema Financeiro Nacional Conceder autorizao para o funcionamento das instituies financeiras; Fiscalizar e regular as atividades das instituies financeiras; Controle do Meio Circulante destinam-se a satisfazer a demanda de dinheiro indispensvel atividade econmico-financeira do Pas. Em conjunto com a Casa da Moeda do Brasil CMB (empresa pblica), desenvolve projetos de cdulas e moedas

Outras Funes do BACEN

regulamentar, autorizar e fiscalizar as atividades dos consrcios, fundos mtuos ou outras formas associativas; normatizar, autorizar e fiscalizar as sociedades de arrendamento mercantil, as sociedades de crdito imobilirio e as associaes de poupana e emprstimos; acompanhar as operaes de endividamento de estados e municpios;

3.5. SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SRF o rgo central de direo superior, subordinado ao Ministrio da Fazenda, responsvel pela administrao, arrecadao e fiscalizao dos tributos internos e aduaneiros da Unio, promovendo o cumprimento voluntrio das obrigaes tributrias, arrecadando recursos para o Estado e desencadeando aes de fiscalizao e combate sonegao. Administra os seguintes impostos e contribuies: II, IE, IPI, IR, IOF, ITR, COFINS, PIS/PASEP, CSSL, CPSS Contribuio para o plano de Seguridade dos Servidores; contribuio para o FUNDAF e CPMF. A SRF foi criada com os seguintes objetivos:

dinamizar a administrao tributria; apresentar a administrao tributria como uma representao nica frente ao contribuinte; definir critrios claros e eficientes de descentralizao.

Funes da SRF

planejamento; controle; superviso; avaliao e execuo das atividadesde: arrecadao, fiscalizao, tributao e tecnologia.9

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Atribuies na rea de Comrcio Exterior

interpretar e aplicar a legislao fiscal e correlata, baixando os atos normativos e instrues para a sua fiel execuo; preparar e julgar, EM PRIMEIRA INSTNCIA, os processos administrativos de exigncia de crditos tributrios da Unio; preparar e julgar, EM INSTNCIA NICA, os processos administrativos de perdimento de mercadorias, no mbito da legislao aduaneira; dirigir, supervisionar, orientar, coordenar e executar os servios de administrao, fiscalizao e controle aduaneiro, alm de controlar o valor aduaneiro de mercadorias importadas e exportadas; reprimir o contrabando, o descaminho e o trfico de entorpecentes e de drogas afim; estimar e quantificar a renncia de receitas administrativas e avaliar os efeitos da reduo de alquotas, de isenes tributrias e de incentivos ou estmulos fiscais.

3.6 MINISTRIO DAS RELAES EXTERIORES ITAMARATY compete auxiliar o Presidente da Repblica na formulao da poltica externa, assegurar sua execuo e manter relaes com Estados estrangeiros. O MRE o executor da poltica de comrcio exterior, no mbito externo. Atividades na rea de Comrcio Exterior a organizao de feiras, eventos e promoes visando a divulgar as oportunidades comerciais do Brasil e atrair investidores estrangeiros; manuteno do cadastro de exportadores e importadores estrangeiros; realizao de estudos e pesquisas sobre mercados estrangeiros; divulgao de oportunidades comerciais no Brasil; assistncia a empresrios brasileiros em visita ao exterior.

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4. A CLASSIFICAO FISCAL DE MERCADORIASConceito: so sistemas de designao e codificao de mercadorias para uso na formulao das estatsticas de comrcio exterior, nas negociaes de preferncias tarifrias e para uso aduaneiro.

TEC uma enorme relao de tipos diferentes de mercadorias associadas a cdigos numricos. A cada tipo de mercadoria e correspondente cdigo numrico indicada a respectiva alquota do imposto de importao.

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5. A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSULNCM - Nomenclatura Comum do Mercosul a nomenclatura padronizadano mbito do MERCOSUL, e abrange todas as operaes de comrcio exterior; segue critrios bastante rgidos e definidos, estabelecidos em acordo internacional: o Sistema Harmonizado de Designao e Codificao de Mercadorias SH (criado em 1983 para facilitar as operaes de comrcio exterior, a qual o Brasil ingressou em 1986), no qual foi baseado e adotado para formulao da Tarifa Externa Comum (TEC) e da Tabela de Incidncia do IPI (TIPI).

alquota ad valorem geral aplicvel a todos os produtos da NCM e prevalecer sobre a alquota convencional na hiptese em que, da aplicao das normas gerais, resultar tributao mais favorvel ao contribuinte no Sistema Harmonizado, as mercadorias esto ordenadas de forma progressiva, de acordo com seu grau de elaborao. os produtos so representados por cdigos numricos de 6 dgitos.

Estrutura do Sistema Harmonizado

Cdigos Numricos no Sistema Harmonizado

NBM/SH Nomenclatura Brasileira de Mercadorias pelo fato do Sistema Harmonizado ter como idiomas oficiais o ingls e o Francs, foi necessrio a criao de um grupo de trabalho binacional Brasil-Portugal para efetuar sua traduo para o portugus. o Brasil acrescentou mais 4 dgitos aos 6 do SH, que constituem itens e subitens. NALADI/SH Nomenclatura da Associao Latino Americana de Integrao foi aprovada como base comum para a realizao das negociaes previstas no Tratado de Montevidu de 1980, bem como para expressar as concesses outorgadas atravs de qualquer um de seus mecanismos e a apresentao das estatsticas de comrcio exterior dos pases membros.

TSP -

Tabela Simplificada de Codificao de Produtos esta tabela pode ser utilizada na formulao de Declarao Simplificada de Importao DSI para o despacho aduaneiro.

6. MODALIDADE DE OPERAO E FORMAS CONTRATUAISContrato Internacional de Compra e Venda A venda de bens mveis (produtos e mercadorias) internacional se a mercadoria vendida for entregue em outro pas diverso daquele em que ela se encontra no momento da concluso do negcio. Venda Internacional de acordo com a legislao uniforme (Conveno de Haia, 1964), uma venda ou compra internacional sempre que o estabelecimento ou, falta deste, a residncia habitual das partes se encontrem em territrio de diferentes Estados, e que ainda ocorra qualquer uma destas 3 condies:12

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que a coisa objeto do contrato esteja situada ou seja transportada entre territrios de Estados diversos; que os atos de oferta e aceitao sejam realizados em territrio de Estados diferentes; que a coisa deva ser entregue no territrio de um Estado diverso daquele em que se realizaram a oferta e aceitao. as frmulas contratuais tem como principal funo DETERMINARo momento em que o vendedor (exportador) cumpriu suas obrigaes, entregando a mercadoria ao comprador (importador), dentro dos requisitos legais, obtendo o direito de receber o valor transacionado.

Frmulas Contratuais

as frmulas contratuaismais utilizadas so: Definies Americanas Revisadas para o Comrcio Exterior, utilizadas no comrcio exterior dos EUA INCOTERMS International Commercial Terms, que so aplicadas universalmente nas operaes de comrcio internacional.

Espcies de Documentos Comerciais

contrato de compra e venda internacional no necessitam de uma forma padronizada, mas devem conter todos os dados essenciais da operao, podendo inclusive ser sob a forma de uma fatura pr-forma (Proforma Invoice); classificado, juridicamente, como CONSENSUAL, BILATERAL, ONEROSO, COMUTATIVO e TPICO

Fatura Comercial (Commercial Invoice) emitida pelo exportador, contendo todas as informaes sobre a operao, escrito na lngua do pas exportador ou em ingls; Saque ou Letra Cambial (Draft) emitida pelo exportador, utilizado nos pagamentos a prazo, quando o importador retira os documentos para desembaraar as mercadorias mediante aceite. Conhecimento de Embarque um documento de transporte internacional emitido pela companhia responsvel pelo transporte internacional; escrito em ingls; Romaneio de Embarque (Packing List) emitido pelo exportador que descreve todas as caractersticas das mercadorias transportadas; Certificados Especiais geralmente necessrios ao comrcio de produtos agrcolas, mdicos e perecveis.13

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LEASING um contrato de arrendamento mercantil, cuja operao envolve 3 participantes: o fabricante, o intermedirio e o arrendatrio. Desenvolve-se em 5 fases: 1 preparatria a proposta do arrendatrio empresa de leasing ou vice-versa; 2 essencial contituda pelo acordo de vontade entre as partes; 3 complementar - a empresa de leasing compra o bem ou equipamento ajustado com o arrendatrio; 4 arrendamento - a empresa de leasing entrega o bem ou equipamento ao arrendatrio; 5 trplice opo do usurio -ao fim do contrato de arrendamento, o arrendatrio poder: continuar com o arrendamento; d-lo por terminado, devolvendo-o; adquir-lo, compensando as parcelas pagas. Leasing Financeiro forma mais comum e o verdadeiro modelo bsico de leasing, pressupondo 3 participantes: o fabricante, o arrendatrio e o intermedirio (empresa financeira especializada neste tipo de operao) operao de arrendamento contratada diretamente com o fabricante; utilizado para produtos de boa aceitao no mercado e que tornam-se obsoletos em pouco tempo; quase um leasing financeiro, distinguindo-se pelo fato que o prprio arrendatrio que vende os bens e equipamentos, mudando seu ttulo jurdico em relao a estes bens, passando de proprietrio a arrendatrio;

Leasing Operacional

Lease Back

Dummy Corporation sociedade entre os investidores e arrendatrios, que emitem debntures, com as quais obtm numerrio para a aquisio de bens, os quais so dados em locao ao arrendatrio. FACTORING

liga-se necessidade de reposio do capital de giro nas empresas, geralmente nas pequenas e mdias.

assemelha-se ao desconto bancrio, repousando na sua substncia, numa mobilizao de crditos de uma empresa. Conventional Factoiring a empresa negocia seus crditos cedendo-os outra, que se incumbir de cobr-los, adiantando-lhe o valor desses crditos; Maturity Factoring no caso da empresa que cede seus crditos e recebe o valor pactuado somente no vencimento; Em qualquer caso a empresa que adquiriu os crditos obrigada a pag-los mesmo em caso de inadimplemento do devedor da empresa cedente.14

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Factor a empresa que se incumbe de cobrar os crditos; tem as seguintes funes: Garantia fica obrigada ao pagamento do crdito devido; Gesto de crdito examina os crditos, providencia sua cobrana e incumbe-se da contabilidade e do faturamento; Financiamento quando adianta os recursos referentes aos crditos cedidos; CRDITOS Exclusivos No exclusivos No exclusivos GARANTIA Total Nenhuma Parcial (estipulada) REMUNERAO Comisso Juros Prmio

TIPO DE CONTRATO FACTORING DESCONTO SEGURO FRANCHISING

atua no campo da distribuio e venda de bens e servios. a operao pela qual um comerciante, titular de um marca, cede seu uso, num setor geogrfico definido, a outro comerciante. O beneficirio da operao (franquiado) assume integralmente o financiamento de sua atividade e remunera o seu co-contratante (franqueador) com uma porcentagem calculada sobre o volume dos negcios ou mediante um valor fixo, pago de uma s vez ou em parcelas. repousa na clusula de exclusividade, garantindo ao beneficirio, em relao aos concorrentes, o monoplio da atividade atua mais como forma de dominao do mercado e inclusive dos distribuidores, do que como simples tcnica nova de venda. Caractersticas: A importncia da marca; Carter continuado da operao; Independncia formal do beneficirio (preso idia de transferncia de knowhow) Contrato bilateral, consensual, oneroso, indeterminado; Objeto: cesso do uso da marca; Exclusividade ou delimitao territorial um contrato que permite associao de capitais de 2 ou mais empresas com o objetivo de colaborao e aproveitamento dos recursos, conhecimentos tecnolgicos e demais vantagens, tudo isto sem a necessidade de estabelecimento formal de uma nova sociedade.

JOINT VENTURES

geralmente, ocorre quando da necessidade de empresas que isoladamente no teriam condies de empreender um grande projeto e, com a unio alcanada podem realiz-lo, sem perder a autonomia, ou sujeitar-se a outra empresa do mesmo porte ou maior. uma forma de empresas nacionais conseguirem, por meio de alianas com empresas internacionais, participar do comrcio exterior em condies competitivas;15

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EXPORTAO DE SERVIOS

a exportao de servios em forma de projetos, licenas, assessorias, know-how, etc. A prestao de assessorias e consultorias internacionais so regidas e amparadas pelos Contratos de Exportao de Servios o contrato pactuado entre a empresa exportadora estrangeira e as pessoas fsicas ou jurdicas nos pases importadores, que recebem a denominao de representantes comerciais, que INTERMEDIARO as operaes mercantis internacionais de compra e venda de produtos e servios.

CONTRATO DE REPRESENTAO

os representantes comerciais podem ser assalariados, recebendo uma remunerao fixa, mais comisso pelas vendas ou trabalharem por conta prpria, que o mais usual no pas, percebendo somente comisso sobre as vendas. podem assumir os seguintes procedimentos: Sole Agent assumem as obrigaes pelas vendas efetuadas; Del Credere assumem as responsabilidades pelas vendas efetuadas; Consignao s pagaro a mercadoria importada aps a efetiva venda.

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7. OS INCOTERMS verses 1990 e 2000

so representados por meio de siglas (3 letras), tratando-se efetivamente de condies de venda, pois definem os direitos e obrigaes (responsabilidades) mnimas do exportador e do importador quanto a fretes, seguros, movimentao em terminais, liberaes em alfndegas e obteno de documentos de um contrato internacional de venda de mercadorias.

refletem a redao sumria do costume internacional em matria de comrcio, com a finalidade de simplificar e agilizar a elaborao das clusulas dos contratos de compra e venda. A sua adoo FACULTATIVA, mas se adotada configura norma contratual e assume valor jurdico. as atualizaes sucessivas do INCOTERMS desde 1936, tm ocorrido por inicativa da CCI Cmara de Comrcio Internacional

1. EXM a partir do local de produo =

a mercadoria entregue ao comprador no estabelecimento do vendedor considerada uma venda no pas de exportao.

2. FAZ livre no costado do navio = o vendedor cumpre sua obrigao de entregar as mercadorias no porto indicado para embarque s pode ser usada no transporte aquavirio (martimo, fluvial ou lacustre) 3. FOB Livre a Bordo = o vendedor cumpre sua obrigao de entrega quando as mercadorias cruzam a amurada do navio, no porto de embarque designado. S pode ser aplicada para o transporte martimo ou de cabotagem

4. FCA transportador livre = o vendedor deve entregar a mercadoria para o transportador indicado pelo comprador, no local determinado. o comprador arca com todas as despesas a partir deste ponto; 5. CFR custo e frete = o vendedor deve pagar os custos e o frete necessrio para levar as mercadorias at o porto de destino designado, todavia o risco de perda ou dano s mercadorias so transferidas do vendedor ao comprador no momento em que a mercadoria embarcada. 6. CIF custo, seguro e frete = o vendedor tem obrigao de arcar com todas as despesas, inclusive seguro martimo e frete, at a chegada da mercadoria ao porto de destino.17

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os demais encargos correm por conta do vendedor a condio CIF no permitida nas importaes brasileiras, uma vez que o seguro de transporte internacional de mercadorias importadas deve ser realizado atravs de seguradoras estabelecidas no Brasil. o pagamento do frete pelo transporte das mercadorias at o destino designado pelo comprador. o risco por perda ou dano, bem como quaisquer despesas adicionais que ocorrerem aps as mercadorias serem entregues ao transportador, transferem-se do vendedor para o comprador. Este tipo de transporte pode ser realizado por meio ferrovirio, trreo, martimo, cabotagem ou por uma combinao destas modalidades, inclusive o multimodal. O termo CPT exige que o vendedor proceda ao desembarao das mercadorias para exportao. o pagamento do frete mais o seguro pelo transporte das mercadorias at o destino designado pelo comprador. idntico ao modo CPT, somente que neste modo o seguro tambm pago pelo vendedor; o vendedor deve entregar a mercadoria no ponto combinado, mas antes da divisa aduaneira do pas limtrofe. a partir deste momento, todas as despesas correm por conta do comprador; pode ser aplicado para qualquer modalidade de transporte, embora o transporte terrestre seja o mais utilizado; o vendedor deve colocar a mercadoria disposio do comprador a bordo do navio, no desembaraada, no porto de destino designado. o vendedor responsvel por perdas e danos que porventura a mercadoria vier a sofrer durante o transporte at o porto de destino o desembarao para importao devem ser providenciados pelo comprador esta frmula deve ser utilizada apenas para transporte martimo ou de cabotagem; o vendedor deve entregar a mercadoria desembaraada ao comprador no cais do porto de destino de responsabilidade do vendedor todas as despesas (inclusive direitos aduaneiros) bem assim como os riscos por perdas e danos at a entrega da mercadoria.18

7. CPT transporte pago at ... =

8. CIP transporte e seguros pagos at ... =

9. DAF entregue na fronteira =

10. DES entregue a partir do Navio =

11. DEQ entregue a partir do cais =

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S utilizado para transporte martimo ou de cabotagem o vendedor dever colocar a mercadoria disposio do comprador, no ponto designado no pas de importao. o vendedor assume todas as despesas e riscos envolvidos at a entrega da mercadoria. O comprador ser responsvel pelo pagamento de taxas e impostos aduaneiros e demais encargos oficiais incidentes na importao e dos custos e riscos do desembarao Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte; o vendedor dever entregar a mercadoria no pas do comprador, assumindo todas as despesas e obrigaes, incluindo os tributos da operao, em local designado pelo comprador. ao contrrio do termo EXM, este termo o que representa o mximo de obrigaes para o vendedor este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte. O saldo da Balana comercial de um pas expressa a contabilizao de suas operaes comerciais em um dado perodo, e utilizam em seus clculos OS VALORES FOB DAS EXPORTAES e OS VALORES CIF DAS IMPORTAES

12. DDU entregue direitos no pagos =

13. DDP entregue direitos pagos =

INCO TERMS

Responsabilidade do Vendedor at ... Mercadoria a disposio do Comprador junto ao Vendedor, com todas as custas p/ o Comprador Mercadoria entregue no porto de embarque indicado pelo Comprador Mercadoria tenha cruzado a amurada do navio, no porto de embarque Mercadoria entregue na transportadora indicada pelo Comprador

Frete

Seguro

Desembarao

Meio de Transporte

EXM

Todas as despesas ficam por conta do escolha do Comprador. considerada uma venda no Comprador pas de exportao.

FAZ FOB FCA CFR

Todas as despesas ficam por conta do Somente Comprador. Aquavirio Transporte Fretes e Seguro ficam por Por conta do Martimo e de conta do Comprador Vendedor Cabotagem Fretes e Seguro ficam por conta do Comprador

Qualquer modalidade de transporte Fretes e Seguro ficam por Transporte Mercadoria entregue no Por conta do conta do Vendedor, exceto Martimo e de porto de destino Vendedor custos por danos e perdas Cabotagem19

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CIF CPT

CIP

DAF DESINCO TERMS

Todas as despesas (Frete, Mercadoria entregue no Seguro, Impostos) correm porto de destino por conta do Vendedor Mercadoria com o frete Todas as despesas so pago at o local pagas pelo vendedor at o designado pelo momento da entrega da Comprador mercadoria ao Transportador Todas as despesas so Mercadoria com o frete pagas pelo vendedor at o e o seguro pagos at o momento da entrega da local designado pelo mercadoria p/Transportador, Comprador mais o seguro at o destino Mercadoria entregue Todas as despesas so antes da divisa pagas pelo vendedor at o aduaneira, no pas momento da entrega da limtrofe mercadoria na fronteira. Mercadoria colocada O vendedor responsvel no navio, no porto de pelas despesas at o porto destino, de destino no desembaraada Responsabilidade do Vendedor at ... Mercadoria colocada no navio, no porto de destino, desembaraada Mercadoria colocada no local designado pelo Comprador, no pas importador Mercadoria entregue no pas do Comprador, com todas as custas para o Vendedor Frete Seguro

Somente Aquavirio Ferrovia, Por conta do rodovia, mar, Vendedor cabotagem ou combinao Ferrovia, Por conta do rodovia, mar, Vendedor cabotagem ou combinao Ferrovia, rodovia, mar, cabotagem ou combinao Transporte Por conta do Martimo e de Comprador Cabotagem Desembarao Meio de Transporte

DEQ DDU DDP

Todas as despesas (Frete, Transporte Por conta do Seguro, Impostos) correm Martimo e de Vendedor por conta do Vendedor Cabotagem Todas as despesas (Frete, Qualquer Por conta do Seguro, Impostos) correm modalidade Comprador por conta do Vendedor de transporte Qualquer Todas as despesas ficam por conta do modalidade Vendedor. de transporte

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8. TRANSPORTE E SEGURO INTERNACIONAL Criao de Sistema de Transporte Internacional unificao ou unitizao da carga, que o agrupamento de pequenos volumes de mercadorias, constituindo unidades maiores e padronizadas, facilitando o transporte, desde o carregamento at a descarga no local de destino. As mercadorias podem ser transportadas nas seguintes modalidades: transportadas em um s veculo atravs de um nico meio de transporte, com apenas 1 contrato; transporte feito utilizando-se vrios veculos, em diferentes modalidades de transporte; pode haver vrios contratos. transporte efetuado por um ou mais veculos, mas dentro da mesma modalidade de transporte; pode haver mais de 1 contrato; transporte efetuado em 2 ou mais modalidades de transporte, mas com SOMENTE 1 CONTRATO. Exige obrigatoriamente contratos individuais para cada trecho do transporte e pagamento individualizado a cada transportador dos diferentes modais..

MODAL SEGMENTADO SUCESSIVO

INTERMODAL

Unidades de Carga Pallet um estrado sobre cuja superfcie so agrupadas as mercadorias; Pr-linguada Flat-Container Container uma rede especial destinada unitizao de mercadorias; um estrado de ao que serve de apoio lateral p/ as mercadorias;

um recipiente construdo de material resistente, que possibilita o transporte sob condies tcnicas e de segurana previstas pela legislao nacional e internacional; muito usado nos transportes Intermodais. TRANSPORTE MARTIMO contratados por meio dos Contratos ou Aplices de Fretamento (Charter-party), e o mais comumente usado o Conhecimento de Embarque (Bill of landing BL) Contratos de Fretamento p/ Transporte Martimo: Fretamento com entrega do navio; Por tempo (Time Charter); Por viagem (Voyage Charter); destina-se ao transporte de cargas leves e urgentes; o contrato formalizado no documento denominado Conhecimento Areo de Transporte Areo (Airway bill of landing)21

TRANSPORTE AREO

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TRANSPORTE TERRESTRE

pode ser rodovirio ou ferrovirio, podendo ser efetuados pelos prprios exportadores ou por empresas especializadas.

SEGURO

de acordo com o estabelecido nos regulamentos aduaneiros, em caso de sinistro mercadoria transportada, a responsabilidade imputada: ao TRANSPORTADOR, durante o transporte e descarga; ao RESPONSVEL, pelo seu armazenamento.

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9. IMPORTAOREGISTRO DO IMPORTADOR condio bsica para a realizao de operaes de importao o registro no REI Registro de Exportadores e Importadores

a pessoa fsica somente poder importar mercadorias em quantidade que no revele prtica de comrcio. Os importadores e exportadores sero inscritos automaticamente quando da 1 operao, sem o encaminhamento de quaisquer documentos, os quais podero ser solicitados, eventualmente, pelo DECEX, para verificao de rotina. para se efetuar uma importao necessrio obter uma licena administrativa, fornecida pela SECEX, atravs do SISCOMEX; requisito essencial para A IMPORTAO que o registro da declarao de importao seja efetivado;

LICENA DE IMPORTAO

Todas as operaes esto sujeitas a licenciamento Alguns tipos de mercadorias ficam sujeitas manifestao de outros rgos, tais como: animais vivos, carnes e miudezas comestveis ficam sujeitas s exigncias sanitrias do Ministrio da Agricultura; produtos farmacuticos ficam sujeitos s exigncias do Ministrio da Sade; armas e munies, suas partes e acessrios, ficam sujeitas anuncia prvia do Ministrio do Exrcito. dever ser providenciado anteriormente ao embarque da mercadoria no exterior; sujeitam-se ao licenciamento no automtico, as importaes objeto de arrendamento operacional simples sob regime de admisso temporria a serem utilizados em atividade econmica,

Licenciamento no automtico

IMPOSTO DE IMPORTAO SUJEITO PASSIVO sujeito passivo da obrigao principal a pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou penalidade pecuniria: Contribuinte quando tenha relao pessoal e direta com a situao que constitua o respectivo fato gerador;

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Responsvel -

quando, sem revestir a condio contribuinte, sua obrigao decorra expressa disposio de lei

de de

So Contribuintes do Imposto de Importao: - Importador qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no territrio nacional; indicado pelo respectivo remetente;

- Destinatrio de remessa postal internacional - Adquirente de mercadoria entrepostada;

Consignatrio de mercadoria submetida ao entreposto aduaneiro ao nacionalizar a mercadoria e promover o despacho aduaneiro para consumo em seu nome o regime aduaneiro especial que PERMITE, na importao e exportao, o depsito de mercadorias, em local determinado, com suspenso do pagamento de tributos e sob controle fiscal.

Entreposto Aduaneiro

So Responsveis pelo Imposto de Importao: - Transportador - quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno; - Depositrio qualquer pessoa incumbida da custdia de mercadorias de terceiros sob controle aduaneiro nos armazns de zona primria ou secundria.

a responsabilidade pelos tributos apurados em relao a avaria ou extravio de mercadorias ser de quem lhe deu causa; o Imposto de Importao, de competncia da Unio, incide sobre a importao de produto estrangeiro; associa-se ao registro da Declarao de Importao.

INCID NCIA

Incide tambm sobre mercadoria nacional ou nacionalizada exportada que retornar ao pais, salvo se: Enviada em consignao e no vendida no prazo autorizado; Devolvida por motivo de defeito; Por modificaes na sistemtica do pas importador; Por motivo de guerra ou calamidade pblica; Incide tambm sobre a mercadoria desnacionalizada que vier a ser importada e a mercadoria nacional ou nacionalizada que vier a ser reimportada (quando24

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descumpridas as condies do regime de exportao temporria do qual tenha sido beneficiada)

NO INCID NCIA

o IMPOSTO DE IMPORTAO no incide sobre:

mercadoria estrangeira que, corretamente declarada, chegue ao pas por erro manifesto ou comprovado de expedio e que for redestinada ao exterior; mercadoria objeto de troca; mercadoria objeto da pena de perdimento; mercadoria estrangeira DEVOLVIDA AO EXTERIOR antes do Registro da Declarao de Importao

FATO GERADOR

a entrada de mercadoria estrangeira no territrio nacional.

OCORRE na data do registro da declarao de importao de mercadoria despachada para consumo, inclusive a: ingressada no pas em regime suspensivo de tributao; contida em remessa postal internacional, quando aplicado o regime de importao comum; OCORRE no dia do lanamento respectivo, quando se tratar: mercadoria em remessa postal internacional; bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhadas ou no; mercadoria constante de manifesto ou documento equivalente, cuja falta ou avaria for apurada pela autoridade aduaneira;

TAXA DE CMBIO P/ EFEITOS FISCAIS

para clculo do Imposto de Importao necessria a converso do valor da mercadoria expresso em moeda estrangeira para moeda nacional, atravs da taxa de cmbio vigente na data em que se considera ocorrido o fato gerador.

"EX"- TARIFRIO:

foi criado por Portaria Ministerial, servindo para dar destaque a certas mercadorias classificveis em determinado cdigo tarifrio da TEC. Tem o fim exclusivo de fazer com que tais mercadorias deixem de sofrer a incidncia da alquota normal do Imposto de Importao prevista na TEC para elas. Aps a criao do EX, as mercadorias classificveis no correspondente cdigo tarifrio passam a sofrer a incidncia da alquota reduzida, de acordo com o estipulado na Portaria.25

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Para fazer jus alquota mais benfica do "EX", a mercadoria importada deve se identificar totalmente com aquela nele descrita.

TRATAMENTO TRIBUTRIO DECORRENTE DE ACORDOS INTERNACIONAIS prevalecer o tratamento previsto nos acordos firmados pelo Brasil, salvo se da aplicao das normas gerais resultar tributao mais favorvel ao importador, ou seja, a aplicao da alquota mais baixa para favorecer o importador.

a prova da origem da mercadoria, para efeito da aplicao de benefcio fiscal decorrente de acordos internacionais feita, normalmente, atravs de Certificado de Origem. a quantidade total de mercadoria que est sendo importada, de acordo com a unidade de medida (metro, kilo, tonelada, etc) em que o produto est relacionado na TEC;

BASE DE CLCULO DO IMPOSTO

no caso da aplicao da alquota AD-VALOREM, a base de clculo ser uma quantia em dinheiro que expresse o valor real de importao do produto, ou seja, ser o VALOR ADUANEIRO das mercadorias, conforme definido no Acordo de Valorao Aduaneira. para se configurar o fato gerador do imposto de importao e o momento de sua ocorrncia, para fins de clculo do imposto, so condies cumulativas: a ENTRADA DA MERCADORIA ESTRANGEIRA NO TERRITRIO ADUANEIRO e o REGISTRO NO SISCOMEX DA DECLARAO DE IMPORTAO PARA CONSUMO.

GATT Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comrcio um acordo internacional do qual o Brasil faz parte. administrado pela OMC Organizao Mundial de Comrcio.

para se regulamentar o artigo VII do GATT foi assinado outro tratado internacional o Acordo de Valorao Aduaneira, que apresenta 6 mtodos sequenciais para se encontrar o valor aduaneiro. Os mtodos devem ser usados, obrigatoriamente, na ordem estipulada.

Para se encontrar o VALOR ADUANEIRO: 1. 2. pelo valor da transao; pelo valor da transao da mercadoria importada idntica mercadoria objeto do despacho;26

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3. 4. 5.6.

pelo valor da transao da mercadoria importada similar mercadoria objeto do despacho; pelo valor da revenda da mercadoria importada; pelo valor computado, ou valor calculado da mercadoria importada; pelo valor obtido por meios razoveis e compatveis com o acordo.

PAGAMENTO

o pagamento dos tributos federais devidos na importao de mercadorias, no ato de registro, pelo SISCOMEX, da respectiva Declarao de Importao (DI), EFETUADO, EXCLUSIVAMENTE, por dbito automtico em conta bancria em agncia habilitada de banco integrante da rede arrecadadora de receitas federais, por meio de DARF eletrnico.

IPI VINCULADO IMPORTAO INCID NCIA O IPI, imposto de competncia da Unio, incide tanto sobre produtos industrializados nacionais quanto sobre os produtos industrializados importados. O contribuinte do IPI vinculado importao o importador. FATO GERADOR

O fato gerador do IPI, na importao, o desembarao aduaneiro de produto de procedncia estrangeira.

no constitui fato gerador desembarao aduaneiro de mercadorias que retornem ao Pas nas seguintes condies: enviada em consignao e no vendida no prazo autorizado; devolvida por defeito tcnico, que exija sua devoluo para reparo ou substituio; por motivo de modificaes na sistemtica de importao por parte do pas importador; por motivo de guerra ou calamidade pblica; por outros fatores alheios vontade do exportador.

BASE DE CLCULO E Alquotas A base de clculo o valor por ocasio do despacho de importao, somado ao montante deste tributo e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigveis. ISENO A iseno do IPI na importao no segue necessariamente a iseno do imposto de importao. Deve estar prevista em dispositivo prprio. PAGAMENTO efetuado quando do registro da declarao de importao.

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ISENES E REDUES RECONHECIMENTO DE BENEFCIO FISCAL O importador, ao formular a DI, poder pleitear benefcio fiscal citando a lei ou ato internacional em que se fundamenta. A legislao aduaneira que dispuser sobre a outorga de iseno ou reduo do Imposto de Importao deve ser interpretada literalmente; A iseno ou reduo do imposto somente reconhecida quando decorrente de lei ou de ato internacional. No caso de mercadorias importadas por via martima, o reconhecimento do direito a beneficio est condicionado: ao transporte em navio de bandeira brasileira ou em navio estrangeiro fretado por armador nacional; dispensa de tal obrigatoriedade concedida pelo rgo competente do Ministrio dos Transportes, por meio de documento de liberao de carga - waiver. No esto sujeitas esta obrigatoriedade: a importao de mercadorias em regime aduaneiro especial de drawback; a importao de bens doados por pessoa fsica ou jurdica residente ou sediada no exterior. Na hiptese de no ser concedido o benefcio fiscal pretendido, ser exigido o crdito tributrio correspondente

SIMILARIDADE a iseno ou reduo do Imposto de Importao s beneficia produto sem similar nacional. O rgo competente para a apurao de similaridade a SECEX. ISENO OU REDUO VINCULADA QUALIDADE DO IMPORTADOR Quando a iseno ou reduo for vinculada qualidade do importador, a transferncia da propriedade ou o uso dos bens obriga ao prvio pagamento do imposto. Esta iseno concedida s: misses diplomticas e reparties consulares de carter permanente; representaes de rgos internacionais de carter permanente, de que o Brasil seja membro. Um exemplo de beneficio vinculado qualidade do importador acontece quando instituies cientficas ou educacionais obtm o direito de importar equipamentos necessrios ao cumprimento de suas finalidades. ISENO OU REDUO VINCULADA A DESTINAO DOS BENS fica condicionada comprovao posterior do seu efetivo emprego nas finalidades que motivaram a concesso. exemplo de beneficio vinculado destinao dos bens, a importao de materiais de reposio e conserto, com iseno, para uso em embarcaes ou aeronaves estrangeiras.28

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BAGAGEM objetos novos ou usados destinados ao uso ou consumo pessoal do viajante, de acordo com as circunstncias de sua viagem, ou os objetos de pequeno valor, a serem oferecidos como presente. Incluem-se entre os bens de uso ou consumo pessoal aqueles destinados atividade profissional do viajante, bem como utilidades domsticas. Esto excludos do conceito de bagagem: bens cuja quantidade, natureza ou variedade configure importao ou exportao com fim comercial ou industrial; automveis, motocicletas, motonetas, bicicletas com motor, casas rodantes e demais veculos automotores terrestres; aeronaves; embarcaes de todo o tipo, motos aquticas e similares, e motores para embarcaes; cigarros e bebidas de fabricao brasileira, destinados a venda exclusivamente no exterior; bebidas alcolicas, fumo e seus sucedneos manufaturados, quando se tratar de viajante menor de dezoito anos; bens adquiridos pelo viajante em loja franca, por ocasio de sua chegada ao Pas. bagagem acompanhada: a que o viajante portar consigo no mesmo meio de transporte em que viaje, desde que no amparada por conhecimento de carga. bagagem desacompanhada: a que chegar ao Pas, ou dele sair, amparada por conhecimento de carga ou documento equivalente. No incidiro impostos sobre os bens compreendidos no conceito de bagagem:

NO-INCID NCIA DE IMPOSTOS de origem nacional; de origem estrangeira: a)

b) c)

comprovadamente sados do Pas como bagagem, quando do seu retorno, ainda que portados por terceiros, independentemente do prazo de permanncia no exterior e das razes de sua sada; remetidos ao exterior, pelo viajante, para conserto, reparo ou restaurao, quando do seu retorno; enviados ao Pas, em razo de garantia, para substituio de outro anteriormente trazido pelo viajante. A iseno aplicvel aos bens que constituam bagagem de viajante procedente do exterior abrange o imposto de importao e o imposto sobre produtos industrializados.29

ISENO DE CARTER GERAL -

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BAGAGEM ACOMPANHADA: A bagagem acompanhada est isenta relativamente a: I. Il. III. IV. livros, folhetos e peridicos; roupas e outros artigos de vesturio, artigos de higiene e de toucador, e calados, para uso prprio do viajante; outros bens, observado o limite de valor global de: a) b)

US$ 500.00, quando o viajante ingressar no Pas por via area ou martima; US$ 150.00, quando o viajante ingressar no Pas por via terrestre, fluvial ou lacustre.

O direito iseno geral pessoal do viajante, de forma que, por ocasio do despacho aduaneiro, vedada a transferncia, total ou parcial, da quota para outro viajante, ainda que seja pessoa da mesma famlia. O direito iseno a que se refere o item III somente poder ser exercido uma vez a cada trinta dias. A bagagem desacompanhada est isenta de impostos relativamente a:

BAGAGEM DESACOMPANHADA: I. II.

livros, folhetos e peridicos; se usados: roupas e outros artigos de vesturio, artigos de higiene e de touca dor, e calados, para uso prprio do viajante, em quantidade e qualidade compatveis com a durao e a finalidade da sua permanncia no exterior.

ISENO DE CARTER ESPECIAL BRASILEIRO OU ESTRANGEIRO QUE RETORNA AO PAS EM CARTER PERMANENTE: O brasileiro e o estrangeiro, portador de Cdula de Identidade de Estrangeiro expedida pelo Departamento de Polcia Federal, que tiverem permanecido no exterior por perodo superior a um ano e retornarem em carter definitivo, tero direito: I. II . iseno de carter geral, em relao aos bens integrantes da bagagem acompanhada; iseno de impostos para os seguintes bens, usados, trazidos como bagagem desacompanhada: a) roupas e outros artigos de vesturio, artigos de higiene e de toucador, e calados, para uso prprio do viajante; b) mveis e outros bens de uso domstico; c) ferramentas, mquinas, aparelhos e instrumentos necessrios ao exerccio de sua profisso, arte ou ofcio; d) obras por ele produzidas.30

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FUNCIONRIO INTEGRANTE DO SERVIO EXTERIOR BRASILEIRO E IMIGRANTE: A iseno que concedida a brasileiro ou a estrangeiro que retorna ao Pas em carter permanente tambm aplicada a: I. funcionrio brasileiro de carreira integrante do Servio Exterior Brasileiro ou o assemelhado carreira de diplomata, quando removido de ofcio para o Pas; imigrante, que ingresse no Pas para nele residir.

Il.

DIPLOMATAS, SERVIDORES DE ORGANISMOS INTERNACIONAIS E TCNICOS ESTRANGEIROS: Esto isentos de impostos os bens ingressados no Pas, inclusive automveis, pertencentes a estrangeiros: I. II. integrantes de misses diplomticas e carter permanente; representaes consulares de

funcionrios, peritos, tcnicos e consultores de representaes permanentes de rgos internacionais de que o Brasil seja membro, beneficiados com trata mento aduaneiro idntico ao outorgado ao corpo diplomtico; peritos e tcnicos que ingressarem no Pas para desempenhar atividades em decorrncia de atos internacionais firmados pelo Brasil, nos termos neles previstos.

III.

O funcionrio consular honorrio ter direito, apenas, iseno de carter geral para os bens que trouxer do exterior.

TRIPULANTE: A bagagem de tripulante procedente do exterior est isenta de impostos relativamente aos bens referidos nos subitens I e II do item "A" do tpico "ISENO DE CARTER GERAL "

TRIPULANTE DE NAVIO:

O tripulante de navio em viagem internacional, residente no Pas, que desembarcar definitivamente ou estiver impedido de prosseguir viagem por motivo devidamente justificado, ter direito iseno do item "A" do tpico "ISENO DE CARTER GERAL" para os bens que trouxer como bagagem acompanhada. Os bens adquiridos em loja franca, at o valor de US$ 500.00, GOZARO DE ISENO, desde que respeitados os termos, limites e condies que sero estudados no tpico31

BENS ADQUIRIDOS EM LOJA FRANCA:

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"Regimes Aduaneiros Atpicos", no Capitulo que trata dos "Regimes Aduaneiros".

DESPACHO ADUANEIRO DE IMPORTAO Conceito: o procedimento administrativo fiscal mediante o qual se processa o desembarao aduaneiro de mercadoria procedente do exterior, seja ela importada a ttulo definitivo ou no.

Toda mercadoria procedente do exterior por qualquer via, destinada a consumo ou a outro regime, sujeita ou no ao pagamento do imposto, dever ser submetida a despacho aduaneiro.

PROCESSAMENTO DO DESPACHO - O despacho ser processado no SISCOMEX com base em declarao a ser formulada pelo importador e apresentada repartio sob cujo controle estiver a mercadoria, na zona primria ou na zona secundria. INCIO DO DESPACHO Tem-se por comeado o despacho de importao na data do registro da DECLARAO DE IMPORTAO. Este registro consiste na NUMERAO da declarao, efetuada pelo SISCOMEX. Dever comear at 90 dias da descarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de zona primria, ou at 45 dias aps esgotar-se o prazo estabelecido para permanncia em recinto alfandegado de zona secundria. INTERRUPO DO DESPACHO Quando exigvel o depsito ou quaisquer nus financeiros ou cumprimento de obrigaes tramitao do despacho ficar satisfao da exigncia. o pagamento de cambiais ou o semelhantes, a sujeita prvia

Caso o despacho venha a ser interrompido, por ao ou omisso do importador, por prazo superior a 60 dias, a mercadoria SER CONSIDERADA ABANDONADA e sofrer PROCESSO DE PERDIMENTO. Fica dispensada de despacho de importao a entrada, no Pas, de mala diplomtica. o documento base do despacho de importao a Declarao de Importao.

DISPENSA DE DESPACHO -

DOCUMENTO BASE DO DESPACHO -

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OUTROS DOCUMENTOS DO DESPACHO

instrui o despacho aduaneiro de importao, alm da Declarao de Importao registrada no SISCOMEX, os seguintes documentos:

conhecimento de carga original; a fatura comercial; o certificado de origem, quando se tratar de mercadoria que goze de tratamento favorecido em razo da origem; a guia de importao. Em regra a declarao formulada pelo importador no SISCOMEX. No permitido agrupar, numa mesma declarao, mercadoria que proceda diretamente do exterior e mercadoria que se encontre no Pas em regime aduaneiro especial ou atpico. A declarao registrada pelo SISCOMEX, por solicitao do importador. A numerao automtica efetuada pelo sistema nica, seqencial e nacional, sendo reiniciada a cada ano. efetuado EXCLUSIVAMENTE POR dbito automtico em conta corrente do importador, em estabelecimento bancrio habilitado, por meio de DARF eletrnico. Efetivado o registro da declarao, o Sistema emitir, a pedido do importador, o extrato correspondente, em duas vias.

REGISTRO DA DECLARAO -

RECOLHIMENTO DO IMPOSTO -

EXTRATO DA DECLARAO -

RETIFICAO DA DECLARAO - a retificao de informaes prestadas na declarao, ou a incluso de outras, ser feita em declarao complementar INSTRUO DO DESPACHO DE IMPORTAO A declarao deve ser instruda com os seguintes documentos:

CONHECIMENTO DE CARGA -

O despacho de importao ser instrudo com o CONHECIMENTO DE CARGA ORIGINAL ou documento equivalente, como prova de posse ou propriedade da mercadoria.

a cada conhecimento de carga dever corresponder um nico despacho;

Carta Declaratria: O conhecimento de transporte documento que exterioriza o contrato de transporte. , tambm, um ttulo de crdito que faz prova de posse ou propriedade da mercadoria.33

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Ocorrendo situao em que determinada mercadoria venha a ser encontrada ao desamparo de conhecimento de carga, a prova de sua propriedade ser feita com a apresentao de carta declaratria emitida pela empresa que efetuou seu transporte.

MANIFESTO DE CARGA a omisso de volume em manifesto de carga, desde que tal volume conste no conhecimento emitido regularmente, PODER SER SUPRIDA se apresentada a mercadoria sob declarao escrita do responsvel pelo veculo e anteriormente ao conhecimento da irregularidade pela autoridade aduaneira. a no apresentao de manifesto de carga ou de documento equivalente em relao a qualquer ponto de escala no exterior ser considerada DECLARAO NEGATIVA DE CARGA, sujeitando-se o responsvel pelo veculo aos efeitos da decorrentes. Quando houver divergncia, para menos, de peso ou de dimenso do volume em relao ao declarado no manifesto de carga ou documento equivalente, ou ainda, se for o caso, aos documentos que instruram o despacho para trnsito, o TRANSPORTADOR o RESPONSVEL para efeitos fiscais. Se a autoridade aduaneira do local de descarga do veculo transportador constatar divergncia entre os dados constantes do manifesto de carga e os do CONHECIMENTO CORRESPONDENTE, este ter prevalncia, podendo a correo do manifesto ser feita de ofcio. O despacho de importao ser instrudo tambm com FATURA COMERCIAL, assinada pelo exportador, e que conter TODOS os dados referentes operao. Tem fora contratual e possui valor para fins de tributao.

FATURA COMERCIAL:

Simples enganos ou omisses na emisso da fatura comercial, corrigidos ou corretamente supridos na Declarao de Importao, no acarretaro a aplicao de penalidades. O conhecimento areo poder EQUIPARAR-SE fatura comercial, se contiver as indicaes de quantidade, espcie e valor das mercadorias que Ihe correspondam; O importador dever apresentar, por ocasio do despacho, a Guia de Importao ou documento equivalente, emitido pelo rgo competente, quando exigvel na forma da legislao em vigor.

GUIA DE IMPORTAO -

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A guia de importao, concedida diretamente no SISCOMEX, a licena administrativa para se importar determinada mercadoria. Alm do extrato da declarao e dos documentos normalmente instrutivos do despacho de importao, outros podem ser exigidos em decorrncia das condies da operao de importao ou da natureza da mercadoria, tendo em vista negociaes em acordo internacionais ou em legislao especfica. Merecem destaque especial:

CERTIFICADO DE ORIGEM -

o Certificado de Origem; O comprovante de pagamento ou de exonerao do ICMS; o documento que comprova a origem da mercadoria. Em geral, exigido para comprovar que determinada mercadoria originria de pas com o qual o Brasil celebrou acordo internacional concedendo benefcios fiscais mtuos. o fato gerador do ICMS, na importao, considera-se ocorrido no momento do desembarao aduaneiro da mercadoria.

Certificado de Origem:

Comprovante de pagamento ou de exonerao do ICMS -

CONFER NCIA ADUANEIRA - A conferncia aduaneira tem por finalidade identificar o importador, verificar a mercadoria, determinar seu valor e classificao, e constatar o cumprimento de todas as obrigaes, fiscais e outras, exigveis em razo da IMPORTAO .

A conferncia aduaneira PODER ser realizada na zona primria ou na zona secundria. Dever ser feita na presena do importador ou seu representante.

DESEMBARAO ADUANEIRO- Concluda a conferncia sem exigncia fiscal ou outra dar-se- o desembarao aduaneiro da mercadoria.

Desembarao aduaneiro o ato final do despacho aduaneiro em virtude do qual autorizada a entrega da mercadoria ao importador. No ser desembaraada a mercadoria sujeita a controles especiais, antes de cumpridas as exigncias pertinentes.

ENTREGA DA MERCADORIA - a mercadoria importada somente pode ser entregue ao importador aps o desembarao aduaneiro. Contudo, de acordo com a natureza da mercadoria, da operao de importao, e da via de transporte utilizada pode a entrega ser autorizada anteriormente ao desembarao, destacando35

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se os casos de entrega antecipada e de entrega fracionada. DESPACHO ANTECIPADO o despacho aduaneiro iniciado aps a chegada da mercadoria repartio aduaneira onde ser processado. Entretanto, de acordo com a natureza da mercadoria, a qualidade do importador ou a via de transporte utilizada, permitido o registro da declarao de importao antes da chegada da mercadoria. a entrega da mercadoria ao importador antes de totalmente realizada a conferncia aduaneira, em situaes de comprovada impossibilidade de sua armazenagem em local alfandegado ou, ainda, em outras situaes justificadas, em vista da natureza da mercadoria ou de circunstncias especficas da operao de importao.

ENTREGA ANTECIPADA -

Ex.: na importao de produtos qumicos ou material explosivo, por questes de segurana da repartio aduaneira, pode ser autorizada a entrega antecipada dos produtos. No caso de partida que constitua uma s importao e que no possa ser transportada num nico veculo, ser permitido o seu fracionamento em lotes, devendo cada veculo apresentar seu prprio manifesto, e o conhecimento de carga do total da partida.

ENTREGA FRACIONADA -

DESPACHOS SEM REGISTRO NO SISCOMEX - Assim, como exemplos, o despacho aduaneiro de importao processado sem registro no SISCOMEX em caso de:

amostras sem valor comercial, importaes sem cobertura cambial, bens de misses diplomticas e semelhantes, bagagem desacompanhada, doaes a instituies de assistncia social, catlogos, folhetos, manuais e semelhantes; remessas expressas; remessas postais internacionais; medicamentos importados por pessoa fsica; bens para admisso no regime aduaneiro atpico de depsito afianado - DAF; urna funerria contendo o corpo de pessoa falecida no exterior.

COMPROVANTE DE IMPORTAO - Aps o registro do desembarao aduaneiro no Sistema, ser emitido o comprovante de importao em via nica, a ser entregue ao importador.

O comprovante de importao no substitui a documentao fiscalexigida nos termos da legislao especfica para efeito de circulao da mercadoria no territrio nacional.36

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REVISO ADUANEIRA - o ato pelo qual a autoridade fiscal, aps o desembarao da mercadoria, reexamina o despacho aduaneiro, com finalidade de apurar a regularidade do pagamento do imposto e demais gravames devidos Fazenda Nacional ou do benefcio fiscal aplicado e da exatido das informaes prestadas pelo importador. MERCADORIA ABANDONADA As mercadorias e bens que ficam na zona primria ou em recintos alfandegados por prazo acima do permitido na legislao aduaneira (90 dias), assim como as mercadorias provenientes de naufrgio ou outros acidentes cujos interessados no foram localizados, so considerados abandonados.

A mercadoria ou bem abandonado sofre processo de perdimentoe, aps a aplicao da pena de perdimento, tem uma das destinaes previstas na legislao, como a incorporao Administrao Pblica ou a venda em leilo. A vistoria aduaneira destina-se a verificar ocorrncia de avaria ou falta de mercadoria estrangeira entrada no territrio aduaneiro, a identificar o responsvel e apurar o crdito tributrio dele exigvel.

VISTORIA ADUANEIRA

a vistoria aduaneira no ser realizada aps a entrega da mercadoria ao importador, sob hiptese alguma assistiro vistoria, necessariamente, o DEPOSITRIO, o IMPORTADOR e o TRANSPORTADOR; facultativamente, o SEGURADOR ou qualquer pessoa que comprove legtimo interesse.

10. REGRAS DE ORIGEMGeralmente os pases realizam acordos concedendo benefcios recprocos em suas trocas comerciais, estabelecendo, usualmente, a concesso de margens de preferncia tarifria. Estas so aplicadas sobre a alquota normal do imposto de importao fixada nas respectivas tarifas. No MERCOSUL foi adotado o Certificado de Origem (que exigido em todas as operaes comerciais realizadas no MERCOSUL), que tem a finalidade de comprovar a origem de mercadoria constante de acordos comerciais estabelecidos entre os37

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Estados-Parte. Assim, indispensvel a apresentao do certificado de origem em importao de mercadoria objeto de acordo comercial, para gozo do benefcio acordado. Regime de Origem do MERCOSUL - o instrumento que estabelece as regras para a determinao da nacionalidade dos produtos intercambiados nas operaes intra-zona. Requisitos Especficos de Origem - Os Estados-Partes podero estabelecer, de comum acordo, requisitos especficos de origem, que prevalecero sobre os critrios gerais de qualificao.

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11. VALOR ADUANEIROA primeira tarefa para calcular o Imposto de Importao incidente sobre uma mercadoria consiste em determinar a sua classificao fiscal na Tarifa Externa Comum TEC - do Mercosul, atravs da observncia das regras gerais de interpretao e classificao. Obtida a classificao correta, verifica-se a alquota aplicvel ao item tarifrio. A segunda tarefa diz respeito apurao da base de clculo do imposto. Sobre a base de clculo apurada aplica-se a alquota prevista, resultando no quantum de imposto devido. Na atualidade, a maioria dos pases adota alquotas ad valorem e da decorre a necessidade de se determinar corretamente o valor dos bens importados. Se o valor desses bens no for adequadamente apurado, o direito aduaneiro a ele aplicado no desempenhar com eficincia a funo tarifria a que se prope. O tributo poder no ser arrecadado no seu montante correto e a proteo alfandegria estabelecida poder ser frustrada. O Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comrcio - GATT, celebrado em 1947, estabeleceu, em seu artigo VII, princpios orientadores da apurao do valor aduaneiro: as regras deveriam ser equnimes, no discriminatrias e consistentes com as prticas comerciais..

O ACORDO DE VALORAO ADUANEIRA AVA / GATT

Para os pases desenvolvidos, o AVA/GATT entrou em vigor em 1981. No Brasil, em funo da carncia prevista, comeou a vigorar somente no dia 23 de julho de 1986, quando foi promulga do pelo Decreto n 92.930.

De acordo com as normas do Acordo, o valor aduaneiro deve ser determinado pela aplicao de um dos seguintes mtodos: Primeiro mtodo: Valor de Transao da mercadoria importada; Segundo mtodo: Valor de Transao da mercadoria importada idntica mercadoria objeto do despacho; Terceiro mtodo: Valor de Transao da mercadoria importada similar mercadoria objeto do despacho. Quarto mtodo: Quinto mtodo: Sexto mtodo:

Valor de revenda da mercadoria importada Valor computado da mercadoria importada Valor baseado em critrios razoveis, condizentes com os princpios e disposies gerais do GATT, e em dados disponveis no Pas

Os mtodos devem ser obrigatoriamente aplicados na ordem exposta, utilizandose o segundo mtodo somente quando o valor aduaneiro no puder ser determinado pelo primeiro, e assim sucessivamente.39

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Para a aplicao de cada mtodo, em regra, h condies e requisitos que se no satisfeitos, impedem a utilizao desse mtodo. O AVA / GATT, em regra, deve ser aplicado a todas as importaes brasileiras, efetuadas a qualquer ttulo.

12. PREO DE TRANSFER NCIAPara fins tributrios, Preo de Transferncia a prtica de transferir resultados para o exterior, mediante a manipulao dos preos pactuados nas importaes ou exportaes de bens, servios ou direitos, em operaes com pessoas vinculadas, residentes ou domiciliadas no exterior ou residentes em pases de tributao favorecida, quer sejam vinculadas ou no. PRINCPIO DO PREO SEM INTERFER NCIA Transfer Pricing" - Este princpio significa que o ajuste no preo de uma transao s deveria ser efetuado em nvel de lucro, com o objetivo de assegurar que os preos das vendas de bens, servios e direitos, em transaes internacionais realizadas entre empresas relacionadas sejam, para efeitos fiscais, equivalentes aos que seriam praticados entre empresas independentes. MTODOS RECOMENDADOS PELA OCDE O primeiro pas a disciplinar a matria foi os Estados Unidos, em 1928. Depois foi a Blgica, em 1948. Nessas oportunidades no houve muito interesse por parte dos outros pases. Organismos internacionais como a ONU e a OCDE contriburam para que aumentasse a ateno dispensada ao tema. Preos Independentes Comparados Compara o preo de bens, servios ou direitos transferidos em uma transao controlada com o preo cobrado em uma transao independente comparvel em circunstncias semelhantes. E a forma mais direta e confivel para se aplicar o princpio do preo sem interferncia.

Preo de Revenda

Compara o preo pelo qual um bem, que foi adquirido de uma empresa vinculada, revendido a uma empresa independente.

Mtodo do Custo + Margem de Lucro

Com base nos custos incorridos pelo fornecedor da propriedade do bem ou do servio em uma transao controlada, aos quais se soma uma margem apropriada de lucro. A dificuldade de aplicao desse mtodo consiste em aferir os custos diretos e indiretos imputados pelas diferentes empresas, setores e pases, de forma a ajusta e tratar estas inconsistncias contbeis.

A LEGISLAO BRASILEIRA 40

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Foram estipulados mtodos especficos para as operaes de importao, operaes de exportao e para operaes financeiras.

MTODOS PARA OPERAES DE IMPORTAO Preos Independentes Comparados PIC Definido como a mdia aritmtica dos preos de bens, servios e direitos, idnticos ou similares, apurado no mercado brasileiro, ou de outros pases, em operaes de compra e venda, em condies de pagamento semelhantes. Preo de Revenda menos Lucro- PRL Definido como a mdia aritmtica preos de revenda dos bens, servios ou direitos, diminudos: descontos incondicionais concedidos; dos impostos e contribuintes sobre vendas; das comisses e corretagens pagas; de margem de lucro. Definido como o custo mdio de produo de bens, servios ou direitos, idnticos ou similares, no pas onde tiverem sido originalmente produzidos, acrescidos dos impostos e taxas cobrados pelo referido pas, na exportao, e de margem de lucro de 20%, calculada sobre o custo apurado.

Custo de Produo mais Lucro CPL

MTODOS PARA OPERAES DE EXPORTAO Preo de Venda nas Exportaes PVEX Definido como a mdia aritmtica dos preos de venda nas exportaes efetuadas pela prpria empresa, para outros clientes ou por outra exportadora nacional de bens, servios ou direitos, idnticos ou semelhantes, durante o mesmo perodo de apurao do IR e em condies de pagamento semelhantes. Definido como a mdia aritmtica do preo de venda dos bens, idnticos ou similares, praticados no mercado atacadista do pas de destino, em condies de pagamento semelhantes, diminudos dos tributos includos no preo, cobrados no referido pas, e de margem de lucro de 15% sobre o preo de venda no atacado.

Preo de Venda por Atacado no Pas de Destino menos Lucro PVA

Preo de Venda a Varejo no41

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Pas de Destino menos o Lucro PVV

Definido como a mdia aritmtica dos preos de venda de bens, idnticos ou semelhantes, praticados no mercado varejista do pas de destino, em condies de pagamento semelhante, diminudos dos tributos includos no preo, cobrados no referido pas, de margem de lucro de 30% sobre o preo de venda no varejo.

Custo de Aquisio ou de Produo mais Tributos menos Lucro CAP Mdia aritmtica dos custos de aquisio ou de produo dos bens, servios ou direitos exportados, acrescidos dos impostos e contribuies cobrados no Brasil e da margem de lucro de 15% sobre a soma dos custos mais impostos e contribuies. MTODOS PARA OPERAES FINANCEIRAS Juros Passivos Dedutibilidade limitada ao montante que no exceda ao valor calculado com base na taxa Libor para depsitos em dlares pelo prazo de seis meses, acrescida de 3 % anuais a ttulo de spread. Reconhecer como receita financeira, correspondente operao, no mnimo o valor apurado com base na taxa Libor, para depsitos em dlares pelo prazo de seis meses acrescida de trs por cento anuais a ttulo de spread.

Juros Ativos

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13. PAGAMENTOS INTERNACIONAISA INTERVENO BANCRIA NO MECANISMO DE PAGAMENTO No mercado interno no h problemas quanto aos pagamentos, pois a prpria legislao probe que algum se recuse receber a moeda nacional, alm de proibir o uso de moedas estrangeiras nas operaes internas.

Todavia, quanto s operaes de comrcio internacional faz-se necessrio o pagamento das transaes comerciais na moeda do pas exportador. Os pagamentos feitos em moedas diferentes do origem ao procedimento de cmbio, ou seja, a troca de moedas de diversos pases. Para que esta troca se realize necessrio estabelecer uma relao de equivalncia, o preo de uma moeda em termos de outra, o que se denomina taxa cambial.

Os bancos mantm contas de depsitos entre eles, para possibilitar as operaes cambiais, quais sejam: Nostro Account: nossas contas junto a outros bancos", ou seja, o banco mantm depsitos em diferentes moedas junto a outros bancos no exterior, com a finalidade de atender os pagamentos de diferentes moedas estrangeiras por parte de seus clientes. contas que os bancos correspondentes mantm junto a ns". Assim, os bancos estrangeiros mantero contas em moeda nacional e outras moedas estrangeiras junto aos bancos nacionais, com o mesmo objetivo de atender os seus clientes quando no Brasil.

Vostro Account:

Loro Account:

conta de um terceiro banco, com o qual os outros dois bancos estejam envolvidos em alguma transao, podendo ser em moeda nacional ou estrangeira. Desse modo, possvel efetuar pagamentos internacionais sem a movimentao fsica de dinheiro.

Modalidades de transferncia de valores em moeda para o exterior so: Cheques: so utilizados geralmente para pequenos valores, em virtude do risco de falsificaes. So nominativos e emitidos em moeda conversvel (dlar, libras, etc), podendo ser sacados nos bancos em qualquer pas. assemelham-se aos cheques comuns, mas so feitos em papel especial e com algumas caractersticas prprias com a finalidade de dificultar as falsificaes. So emitidos em valores prdeterminados, geralmente em dlares americanos, possuindo uma grande aceitao no exterior. So assinados pelo possuidor quando de sua emisso no pas de origem e quando de seu43

Traveller's Checks:

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desconto o portador deve assin-lo, o que aumenta sua segurana e, por conseguinte sua aceitao. Ordem de pagamento: (via area, telex ou swift): so ordens de pagamento remetidas aos bancos do exterior da praa do beneficirio. O remetente optar, em funo da relao custo/benefcio, pelo meio de transmisso: por via area, via telex ou pela rede Swift (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication) que um servio de comunicaes de dados voltado especialmente para o setor bancrio. servio de remessa de valores ao exterior prestado pelos correios, destinado s remessas de pequeno valor, em virtude do custo e do prazo de remessa.

Vale Postal Internacional:

RISCOS E MODALIDADES DE PAGAMENTOS

As operaes de comrcio exterior apresentam riscos para os exportadores. A modalidade cobrana no oferece garantia ao exportador, mas so adotadas cautelas, como por exemplo, no caso da: modalidade de cobrana vista os documentos que permitiro a retirada da mercadoria s sero entregues ao importador aps o pagamento da operao. Mesmo assim, em caso de recusa de pagamento pelo importador, o exportador ter de arcar com prejuzos referentes ao transporte da mercadoria ou ento conceder vantagens ao importador, que muitas vezes age com este intuito. modalidade de cobrana a prazo o risco maior, pois o exportador j ter entregue a mercadoria ao importador e, em caso de inadimplemento, s restar o uso de medidas legais (protesto, ao de cobrana) que, pela distncia, torna-se impraticvel.

As modalidades de pagamento utilizadas no comrcio internacional so: PAGAMENTO ANTECIPADO: Nesta modalidade de pagamento o risco fica para o importador, que deve remeter o valor da transao, pois somente aps o exportador ter recebido o valor remeter a mercadoria e a documentao. Esta modalidade de pagamento tambm conhecida por REMESSA ANTECIPADA. So as importaes realizadas em que o importador recebe os documentos diretamente do exportador e promove o desembarao aduaneiro das mercadorias, remetendo o valor aps o desembarao. uma44

REMESSA SEM SAQUE:

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modalidade que oferece riscos para o exportador, que fica sem garantias do recebimento da quantia. Apesar disto, oferece vantagens em custos, pois as taxas operacionais so consideravelmente menores do que as cobradas nas outras modalidades.

COBRANA VISTA:

So operaes realizadas por meio dos bancos. O exportador (cedente) entrega ao banco remetente os documentos de embarque e um saque contra o importador (sacado). O banco remetente enviar os documentos para cobrana na praa do sacado, por intermdio de uma banco correspondente (cobrador) Aps o pagamento, o banco correspondente transfere o valor em moeda estrangeira para que o banco remetente efetue o pagamento ao exportador e entrega a documentao ao importador para que promova o desembarao aduaneiro das mercadorias. Trata-se de uma operao realizada nos moldes da cobrana vista, mas com vencimento futuro. Assim, o importador receber os documentos de desembarao do banco correspondente (cobrador), mediante aceite, sem ter efetuado o pagamento. Neste caso, o exportador estar financiando o importador, correndo os riscos advindos do negcio. A Red Clause (clusula vermelha), assim chamada por geralmente vir grifada em vermelho, uma clusula muito utilizada no comrcio exterior, que permite que o exportador receba antecipadamente o valor de seu crdito, total ou parcial.

COBRANA A PRAZO:

RED CLAUSE:

instituda quando o exportador necessitar de recursos para produzir o bem a ser entregue, pois s acertar as contas do adiantamento recebido quando entregar os documentos de embarque ao Banco. Assim como o pagamento antecipado, os riscos so por conta do importador, que s deve aceitar tal clusula se confiar no vendedor. Este tipo de modalidade de pagamento internacional a mais utilizada e a que oferece maiores garantias, tanto ao exportador quanto ao importador.

CRDITO DOCUMENTRIO:

Ex.: um banco (banco emitente), atendendo seu cliente importador emite um documento, comprometendo-se a efetuar um pagamento ao exportador, contra entrega de determinados documentos, desde que os termos e condies de crdito sejam cumpridos. O procedimento para a emisso do crdito documentrio envolve as seguintes fases: abertura, utilizao e liquidao.

Alguns tipos de Crdito Documentrio (cartas de crdito) especiais, expostos a seguir:45

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Carta de Crdito Rotativa:utilizada para aquisies continuadas de mercadorias entre os mesmos importadores e exportadores. H a emisso de apenas uma carta de crdito para diversas aquisies durante um perodo definido, com abertura de crdito rotativo. Crditos Back-to-Back: operao envolvendo um importador que adquire mercadorias do exportador, que por sua vez, adquire a mercadoria de um outro produtor oferecendo em garantia a carta de crdito recebida. Carta de Crdito de Viajante:carta de crdito remetidos por um banco a seus correspondentes no exterior para que faam o pagamento uma pessoa em trnsito. Bid Letter of Credit: um documento (tambm chamado bid bond) dado em cauo para participao em concorrncias internacionais, como garantia em caso de desistncia de cumprimento de contrato firmado como vencedor da concorrncia. Perfomance Letter of Credit: um documento (tambm chamado perfomance bond) dado em garantia para o cumprimento do contrato assinado em caso de concorrncias internacionais. Refundment Letter of Credit: um documento (tambm chamado refundment bond) dado em garantia pelo exportador em caso de pagamento de uma parcela antecipada pelo importador, como garantia em caso de descumprimento do contrato de entrega da mercadoria. Standy by Letter of Credit: um documento destinado a garantir operaes de importadores norte-americanos, pois os bancos dos EUA no podem, por determinao legal, conceder cartas de garantia. Em caso de no pagamento, o exportador emitir uma letra de cmbio contra o banco garantidor. Em resumo, o contrato pelo qual um banco assume o compromisso, em nome do importador, de EFETUAR O PAGAMENTO, mediante entrega dos documentos de embarque da mercadoria.

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14. CONTENCIOSO ADUANEIROO contencioso Aduaneiro tem por objeto a resoluo de um conflito de interesses submetido ao julgamento de um rgo atuando com funo jurisdicional, tendo por um lado o Estado, credor de uma obrigao tributrio-aduaneira, cujo crdito e sano so por ele reclamados e por outro lado, o suposto infrator, o contribuinte ou o demandado, que procura a prestao de uma justia e a defesa de seus direitos fundamentais O Contencioso Aduaneiro no Brasil a problemtica do contencioso aduaneiro brasileiro dividida em dois seguimentos:

um em que se aplica o rito processual geral, comum a todos os tributos de competncia da Unio; e o outro, ao qual se aplicam ritos especiais, diferenciados portanto daquele preconizado pelo Decreto regulamentador;

Processo de Determinao e Exigncia de Crditos Tributrios A determinao e exigncia de crditos tributrios decorrentes de infraes s normas aduanelras so apuradas mediante Processo administrativo fiscal. Os crditos tributrios podem ser constitudos em virtude de: Infraes apuradas no decorrer do despacho aduaneiro de mercadorias; Infraes apuradas em reviso do despacho aduaneiro procedida dentro do prazo decadencial de 5 anos a partir do registro da declarao de importao.

PROCESSOS ESPECIAIS PROCESSO DE PERDIMENTO DE MERCADORIAS: Perdimento do veculo quando o veculo transportador estiver em situao irregular,quanto s normas que o habilitem a exercer a navegao ou o transporte internacional correspondente sua espcie; ou quando o veculo conduzir mercadoria sujeita pena de perdimento, se pertencente ao responsvel por infrao punvel com aquela sano. se a mercadoria encontrar-se de alguma das maneiras abaixo, ser passvel de perdimento.

Perdimento da mercadoria

oculta, a bordo do veculo ou na zona primria, qualquer que seja o processo utilizado; existente a bordo do veculo, sem registro no manifesto, em documento equivalente ou em outras declaraes; estrangeira, encontrada ao abandono, desacompanhada de prova do pagamento dos tributos aduaneiros;47

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estrangeira, exposta venda, depositada ou em circulao comercial no Pais, se no feita a prova de sua importao regular; estrangeira, acondicionada sob fundo falso, ou de qualquer modo oculta. Verificada a ocorrncia de fatos que configurem dano ao errio, tal como definido na legislao, seja em ato de fiscalizao externa ou interna, deve ser lavrado Auto de Infrao. Sendo desfavorvel ao sujeito passivo a deciso, as mercadorias tem a destinao prevista na legislao e so as seguintes:

DESTINAO DOS BENS:

a) b) c)

por alienao, sendo o produto recolhido aos cofres pblicos como receita da Unio: por incorporao ao patrimnio; inutilizao: A determinao e exigncia do crdito tributrio decorrente de vistoria aduaneira ser formalizado em notificao de lanamento, instruda pelo termo de vistoria.

PROCESSO DE VISTORIA ADUANEIRA:

A vistoria aduaneira o procedimento fiscal que objetiva a verificao da ocorrncia de avarias ou falta de mercadoria estrangeira entrada no territrio aduaneiro, identificar o responsvel e apurar o crdito tributrio.

EXECUO DE TERMOS DE RESPONSABILIDADE: O termo de responsabilidade um titulo representativo de direito liquido e certo em favor da Fazenda Nacional, cujo inadimplemento acarreta ao devedor a imediata cobrana administrativa. O no atendimento intimao para satisfazer a obrigao espontaneamente implicar a sua remessa a Procuradoria da Fazenda Nacional para cobrana judicial.

15. IMPOSTO SOBRE IMPORTAO/EXPORTAO DE BENS VIRTUAIS Este tema abordado no Captulo 12 da disciplina Relaes Econmicas Internacionais

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16. CMBIOMODALIDADES As trocas de moedas estrangeiras so realizadas em diversas modalidades, que so:

mercado de cmbio manual- o comrcio de dinheiro em espcie, quando uma ou todas as moedas que estiverem sendo trocadas forem de pases estrangeiros. mercado de cmbio sacado- compreende a maior parte das operaes de cmbio realizadas pelos bancos, mormente compra e venda de divisas estrangeiras, representadas por depsitos, letras de cmbio, cheques, ordens de pagamento, etc. As operaes so feitas mediante dbitos ou crditos nas contas que os bancos mantm junto aos estabelecimentos bancrios correspondentes no exterior. mercado de cmbio primrio - so realizadas operaes entre o banco e os seus clientes, movimentando divisas, por exemplo, entre os exportadores e os importadores. mercado de cmbio interbancrio- em que so realizadas operaes cambiais entre os bancos. mercado de cmbio vista- so realizadas as operaes prontas de cambio (spot exchange) que so operaes de compra e venda de divisas para entrega imediata, de at dois dias teis contados da data da operao. mercado de cmbio a termo - so realizadas as operaes futuras de cmbio (fonnrard exchange). So operaes de compra e venda de divisas estrangeiras, com taxa cambial determinada na ocasio da contratao, a serem entregues em data futura, com a finalidade de evitar riscos de flutuaes nas taxas cambiais.

OPERAES PRONTAS E OPERAES FUTURAS

Operaes prontas (SPOT) so aquelas em que as moedas transacionadas devem ser entregues em at dois dias teis (working days), contados a partir da data da realizao da op