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COMO EXPORTAR - investexportbrasil.dpr.gov.br · Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 5 Como Exportar EUA a economia norte-americana é a maior do mundo, detentora

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COMO EXPORTAR

Estados Unidos da América

COLEÇÃO ESTUDOS E DOCUMENTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR

Coleção: Estudos e Documentos de Comércio Exterior

Série: Como ExportarCEX: 248

Elaboração:Ministério das Relações Exteriores - MREDepartamento de Promoção Comercial e Investimentos - DPRDivisão de Inteligência Comercial - DICEmbaixada do Brasil em WashingtonSetor de Promoção Comercial - SECOM

Coordenação: Divisão de Inteligência Comercial

Distribuição: Divisão de Inteligência Comercial

Os termos e a apresentação de matérias contidas na presente publicação não traduzem expressão de opinião por parte do MRE sobre o status jurídico de quaisquer países, territórios, cidades ou áreas geográficas e de suas fronteiras ou limites. Os termos “desenvolvidos” e “em desenvolvi-mento” empregados em relação a países ou a áreas geográficas não implicam posição oficial por parte do MRE.

Direitos reservados.

O DPR, que é titular exclusivo dos direitos de autor, permite sua reprodução parcial, desde que a fonte seja devidamente citada.

(*) Este guia foi registrado no Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional (ISBN 978-85-97812-91-8).

O texto do presente estudo foi concluído em junho de 2016.

B823c Brasil. Ministério das Relações Exteriores. Divisão de Inteligência Comercial. Como Exportar: Estados Unidos da América / Ministério das Relações Exteriores._Brasília: MRE, 2016.

210 p.; il._ (Coleção estudos e documentos de comércio exterior).

1. Brasil – Comércio exterior. 2. Estados Unidos da América – Comércio Exterior. I. Título. II. Série.

CDU – 339.5 (73:81)

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 3

Como Exportar EUA

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ....................................................................................................5

Mapa DOS eUa .................................................................................................7

DaDOS BÁSICOS ...............................................................................................9

I – aSpeCTOS GeRaIS .....................................................................................11 1. Geografia ............................................................................................. 11 2. população, centros urbanos ................................................................. 13 3. Organização política e administrativa .....................................................21 4. participação e organizações e acordos internacionais ...........................22 II – eCONOMIa, MOeDa e FINaNÇaS ...............................................................23 1. Conjuntura econômica ......................................................................... 23 2. principais setores de atividade ............................................................. 25 3. Moeda e finanças................................................................................. 32 III – COMÉRCIO eXTeRIOR GeRaL DO paÍS .................................................... 37 3.1 evolução recente ............................................................................... 37 3.2 Origem e destino do comércio ............................................................ 38 3.3 Composição segundo produtos .......................................................... 41

IV – ReLaÇÕeS eCONÔMICaS BRaSIL – eUa ................................................. 47 1 Intercâmbio comercial bilateral .............................................................. 47 2 Investimentos bilaterais ......................................................................... 55 3 principais acordos econômicos com o Brasil ........................................ 59 4 Linhas de crédito de bancos.................................................................. 60

V – aCeSSO aO MeRCaDO ............................................................................ 69 1. Sistema tarifário ................................................................................... 69 2. Regulamento de importação ................................................................ 79 3. Documentação e formalidades ........................................................... 107 4. Regimes aduaneiros especiais ........................................................... 112

VI – INFRaeSTRUTURa De TRaNSpORTeS ................................................... 119 1. Infraestrutura interna .......................................................................... 119 2. Infraestrutura para importação/exportação ......................................... 126

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 20124

Como Exportar EUA

VII – eSTRUTURa De COMeRCIaLIzaÇÃO ....................................................131 1. Canais de distribuição ........................................................................ 131 2. promoção de vendas ......................................................................... 141 3. práticas comerciais............................................................................ 146 4. Comércio eletrônico ........................................................................... 156

VIII – ReCOMeNDaÇÕeS ÀS eMpReSaS BRaSILeIRaS ................................ 161

aNeXOS ........................................................................................................173 I. endereços .........................................................................................173 II. Fretes e comunicações com o Brasil .................................................201 III. Informações sobre o SGp ..................................................................203 IV. Informações práticas ........................................................................204

BIBLIOGRaFIa ...............................................................................................209

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 5

Como Exportar EUA

a economia norte-americana é a maior do mundo, detentora de um produto Interno Bruto, em 2015, da ordem de US$ 17,93 trilhões. O mercado norte--americano é altamente sofisticado, competitivo e muito exigente em relação tanto às práticas comerciais, quanto à qualidade dos produtos. a dimensão e aparente complexidade desse mercado, ou mesmo as limitações impostas pela crise econômica, não devem, no entanto, desencorajar os empresários interessados em exportar para os EUA. As dificuldades iniciais que se ante-põem à penetração naquele mercado poderão ser superadas mediante esfor-ço de adaptação aos requisitos de comercialização no país.

O guia “Como exportar-eUa” está estruturado em oito seções: i) aspectos gerais, ii) economia, moeda e finanças, iii) comércio exterior geral dos EUA; iv) relações econômicas Brasil-EUA; v) acesso ao mercado norte-americano; vi) infraestrutura de transportes; vii) estrutura de comercialização e viii) re-comendações às empresas brasileiras. em cada seção, são fornecidos deta-lhes que poderão ser úteis aos exportadores potenciais, bem como referên-cias de outras fontes de consulta, no caso de informações mais específicas. Brasil e eUa passam por momento bastante positivo de suas relações bilate-rais. Diversos mecanismos de diálogo foram criados nos últimos anos, com o intuito de impulsionar a agenda bilateral. Trata-se de momento apropriado para que as comunidades empresariais dos dois países aproveitem-se des-te momento positivo. esperamos que o guia “Como exportar- eUa” possa constituir ferramenta útil nesse processo.

INTRODUÇÃO

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Como Exportar EUA

Washington, DC.

Foto: iStockphoto/Thinkstock.

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Como Exportar EUA

MAPA

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Como Exportar EUA

Estação Grand Central.

Foto: Hemera/Thinkstock.

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Superfície: 9,8 milhões km² (inclusive Havaí e alaska)População: 323 milhões (est. Fevereiro 2016) Densidade demográfica: 35 habitantes/km²População economicamente ativa: 161,1 milhões (est.2014)

Principais cidades: Washington-DC (capital), atlanta (Ga), Baltimore (MD), Boston (Ma), Chicago (IL), Cincinnati (OH), Cleveland (OH), Dallas (TX), Denver (CO), Detroit (MI), Hartford (CT), Houston (TX), Indianapolis (IN), Jackson (MI), Las Vegas (NV), Los angeles (Ca), Memphis (TN), Miami (FL), Minneapolis (MN), New York (NY), New Orleans (La), philadelphia (pa), pho-enix (az), pittsburgh (pa), portland (OR), San antonio (TX), San Diego (Ca), San Francisco (Ca) e Seattle (Wa).

Moeda: US Dólar Cotação (média anual, 2015): US$ 1,00 = R$ 3,33PIB (preços correntes, est. 2015): US$ 17,93 trilhões Composição do PIB (2015 est.): Agropecuária 1,6%; Indústria – 20,8%; Serviços – 77,6%

Crescimento real do PIB (2012-2015)

Ano Variação Annual (%)2012 2,32013 2,22014 2,42015 2,4Fonte: U.S. Bureau of Economic Analysis

Crescimento real do PIB (previsão para 2016): 2,8% (FMI)PIB per capita (2014): US$ 54,629PIB per capita (previsão para 2016): US$ 52,723

DADOS BÁSICOS

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201210

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Comércio Exterior1

Comércio exterior dos EUA (2014): exportações: US$ 1,62 trilhão Importações: US$ 2,40 trilhões

Comércio exterior dos EUA (2015): exportações: US$ 1,50 trilhão Importações: US$ 2,28 trilhões

Intercâmbio comercial Brasil-EUA (2014): exportações: US$ 30,54 bilhões Importações: US$ 42,43 bilhões

Intercâmbio comercial Brasil-EUA (2015): exportações: US$ 27,41 bilhões Importações: US$ 31,67 bilhões

1 Comércio de bens. Os dados referentes ao intercâmbio comercial Brasil-eUa têm como fonte o MDIC.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 11

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1. Geografia

Localização e superfície

Os estados Unidos são o terceiro maior país do mundo em extensão territo-rial, depois de Rússia e Canadá. São constituídos de 48 estados contíguos e do Distrito de Columbia, sede da capital do país, ademais dos estados do alaska, a Noroeste do Canadá, e Hawaii, distante cerca de 3.400 km da Cos-ta Oeste norte-americana.

Compõem também os eUa os territórios de Ilhas Virgens, porto Rico, Guam, Samoa Americana e outras ilhas do Pacífico.

a superfície total dos eUa é de 9,8 milhões de km², estendendo-se 4.500 km da Costa Leste à Costa Oeste e 2.570 km de Norte a Sul. em comparação com outros países e regiões, os eUa são duas vezes maior do que a União europeia e têm área aproximadamente equivalente à metade da extensão territorial da Rússia e da américa do Sul e ligeiramente superior à do Brasil. O país faz fronteiras com o Canadá, ao Norte, com o México, ao Sul, e com os Oceanos Atlântico, ao Leste, e Pacífico, no Oeste, perfazendo um total de 19.924 km de litoral.

O país divide-se em seis regiões geográficas distintas. O povo norte-ame-ricano geralmente se refere às regiões geográficas do país por nomes já consagrados pelo uso: Nova Inglaterra (nordeste), Médio-atlântico, Sul, Meio Oeste, Região das Montanhas (“Mountain Region”) e região do Pacífico.

as Costas Leste e Oeste e a região dos Grandes Lagos reúnem as áreas de maior concentração populacional.

O clima é principalmente temperado, com predominância de clima tropical no Hawaii e na Flórida, ártico no alaska, semiárido nas planícies a oeste do Rio

I - ASPECTOS GERAIS

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201212

Como Exportar EUA

Mississipi, principal rio navegável do país, e árido no Sudoeste, onde estão localizados os grandes desertos norte-americanos.

Distâncias entre Washington, DC, e cidades selecionadas (km)

Cidades Distância Cidades Distância

atlanta 966 phoenix 3.701Minneapolis 1.770 Dallas 2.092Boston 724 pittsburgh 402New Orleans 1.770 Denver 2.575Baltimore 64 Salt Lake City 3.299New York 402 Detroit 805Chicago 1.127 San Diego 4.184Orlando 1.368 Houston 2.173Cleveland 563 San Francisco 4.587philadelphia 241 Las Vegas 3.862Columbus 693 Seattle 4.345

Fonte: U.S. Department of Defense Table of Official Distances

População e renda per capita dos países vizinhos (est. 2015)

País vizinho População(em milhares)

Renda per capita(em US dólares)

Canadá 35.852 45.900México 121.736 18.500

Fonte: CIa World Factbook

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 13

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Temperaturas e índices pluviométricos nas principais cidades

Temperatura Média Mensal (Celsius) Índices Pluviométricos Precipitação

Cidade Inverno primavera Verão Outonoanuais Médios

(mm) Média anual

de Neve (mm)

atlanta 5,5 16,6 25,9 16,8 1.235 48

Boston -1,3 9,3 23,1 12,7 1.113 1.062

Chicago -5,9 9,3 22,8 11,9 847 1.024

Houston 10,8 20,4 28,4 20,9 1.137 10

Los angeles

13,3 15,3 20,6 19,1 307 0

Miami 19,5 24,1 28,1 25,5 1.462 0

Minneapolis -11,6 7,8 22,8 9,8 670 1.242

New York -0,1 11,1 24,7 14,2 1.088 663

philadelphia -0,4 11,6 24,7 13,6 1.052 556

St. Louis -1,8 13,4 26,1 14,4 861 503

Washington, D.C.

1,8 13,7 26,1 15,2 991 432

Fonte: National Weather Service

2. População, centros urbanos e indicadores

População Os eUa possuem aproximadamente 324 milhões de habitantes. Segundo os dados do último Censo norte-americano, de 2010 a 2015 o crescimento regional foi mais acentuado nas regiões Sul e Oeste dos estados Unidos (5,50% e 5,44%, respectivamente) do que para o Meio Oeste (0,84%) e Nor-deste (1,62%). Os dez estados mais populosos possuem 54% da população dos eUa em 2015 (semelhante ao percentual de 2013), sendo que 26,9% da população dos eUa concentram-se nos três maiores estados: Califórnia

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201214

Como Exportar EUA

(o estado mais populoso desde o Censo de 1970), Texas, e Nova York. Os próximos sete estados mais populosos são Flórida, Illinois, pensilvânia, Ohio, Geórgia, Michigan e Carolina do Norte.

Evolução recente e projeções da população, em milhões (2012-2020)

Ano População2012 313,92013 316,42014 319,52015 321,42016 324,02017 326,62018 329,32019 331,92020 334,5

Composição da população por principais faixas etárias e sexo (julho 2014)2

Faixa Etária Participação % Sexo Masculino(milhões)

Sexo Feminino(milhões)

0-14 19,2 31.185 29.88315-19 6,6 10.784 10.28320-49 40,1 64.216 63.61450-64 19,6 30.399 32.249acima de 65 14,5 20.351 25.892Total 100,00 156.936 161.920

Fonte: U.S. Bureau of the Census

2 Últimos dados disponíveis. Não inclui membros das forças armadas lotados em outros países.

Hora do rush na Praça Times Square em Nova York.

Foto: Medioimages/Photodisc/Thinkstock.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 15

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População ativa total e por principais setores de atividade econômica, em milhares (2014)

Setor de Atividade Econômica População empregada Part. (%)Serviços de gestão em geral, de escri-tório e apoio administrativo

28.380 21,0

Finanças e seguros, e imóveis 6.829 5,1Operações de computador e matemá-tica

3.834 2,8

arquitetura e engenharia e ciências 3.563 2,6Serviços sociais 1.931 1,4Profissões jurídicas 1.053 0,8educação 8.436 6,2Varejo 14.248 10,5artes, entretenimento, lazer e hospita-lidade

18.226 13,5

Saúde 11.795 8,7Serviços de proteção e segurança 3.297 2,4Construção e manutenção 14.906 11,0agricultura, silvicultura, pesca, caça e mineração

447 0,3

Manufatura 8.934 6,6Transportes 9.249 6,8Total 135.128 100

Fonte: U.S. Bureau of the Census

Principais centros urbanos

aproximadamente 81% da população residiam em áreas urbanas, no que diz respeito aos dados de 2014 do U.S. Bureau of the Census.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201216

Como Exportar EUA

Principais cidades norte-americanas, em milhares de habitantes (est. 2014)

Área metropolitana PopulaçãoNew York-Newark-Jersey City, NY-NJ-pa 20.092.883Los angeles-Long Beach-anaheim, Ca Metro area 13.262.220Chicago-Naperville-elgin, IL-IN-WI Metro area 9.554.598Dallas-Fort Worth-arlington, TX Metro area 6.954.330Houston-The Woodlands-Sugar Land, TX Metro area 6.490.180philadelphia-Camden-Wilmington, pa-NJ-De-MD Metro area

6.051.170

atlanta-Sandy Springs-Roswell, Ga Metro area 5.614.323Boston-Cambridge-Newton, Ma-NH Metro area 4.732.161

Fonte: U.S. Bureau of the Census

Cidade PopulaçãoNew York (New York) 8,5Los angeles (Califórnia) 3,9Chicago (Illinois) 2,7Houston (Texas) 2,2philadelphia (pensilvânia) 1,6phoenix (arizona) 1,5San antonio (Texas) 1,4San Diego (Califórnia) 1,4Dallas (Texas) 1,3San Jose (Califórnia) 1,0

Fonte: U.S. Bureau of the Census

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 17

Como Exportar EUA

Principais indicadores socioeconômicos

Indicadores per capita, em dólares (2014)Indicador ValorRenda média per capita 41.945pIB per capita 54.629Consumo médio per capita 37.196

Fonte: U.S. Bureau of economic analysis

Distribuição da renda anual, em dólares (2015)Faixas de renda Participação %0 – 14.999 12,615.000-24.999 11,025.000-34.999 10,135.000-49.999 13,150.000-79.999 19,880.000-99.000 8,7acima de 100.000 24,7

Fonte: U.S. Bureau of the Census

Faixas de salários mensais, por ocupações selecionadas, percentual (2014)

Principais ocupações Abaixo de US$ 1.480

US$ 1.480 até US$ 2.999

US$ 3.000 até US$ 6.159

US$ 6.160 até US$ 12.599

Acimade

US$ 12.600

Cargos executivos 0,9 5,0 30,1 46,8 17,2

Operações financeiras 1,0 12,0 55,9 28,0 3,1

Setor de informática 0,5 7,8 42,5 45,9 3,3

arquitetura e engenharia 0,2 7,5 47,3 42,0 2,9

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201218

Como Exportar EUA

Ciências 1,1 17,4 51,0 27,9 2,7

Serviços sociais 3,3 42,0 48,6 6,1 0,1

Serviços jurídicos 0,7 12,2 39,2 31,3 16,5

educação 6,8 30,5 49,5 12,0 1,2

artes, design, entreteni-mento, esportes e média

7,8 33,2 41,8 14,5 2,8

Profissionais de saúde e ocupações técnicas

0,8 17,8 51,6 23,1 6,6

Ocupações em suporte à saúde

13,0 73,9 12,8 0,4 0,0

Serviços de proteção 10,5 43.1 36,4 10,0 0,1

preparação de alimentos e serviços relacionados

52,0 43.3 4,5 0,1 0,0

Construção, limpeza de obras e manutenção

27,4 61.5 10,9 0,2 0,0

Ocupações em vendas e serviços relacionados

26,6 44,1 20,6 7,1 1,6

Ocupações de apoio ad-ministrativo

9,2 58,3 30,9 1,5 0,0

agricultura, pesca e silvi-cultura

39,9 49.1 10,6 0,4 0,0

Construção e extração 2,7 43,0 45,8 8,4 0,0

Ocupações de instalação, manutenção e reparo

3,9 39,9 50,8 5,4 0,0

Ocupações de manufatura 10,2 58,2 29,4 2,1 0,0

Ocupações de movimen-tação de materiais

16,3 55,1 26,1 2,1 0,3

Fonte: U.S. Bureau of Labor Statistics/Occupational employment Statistics

Outros indicadores socioeconômicos

Indicador Quantidade

Número de aparelhos de TV 3 aparelhos por residência (2015)

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 19

Como Exportar EUA

Tempo de utilização médio de TV 34 horas por semana (2015)Número de celulares por 100 habitantes 98 (2015)Tempo de acesso médio à Internet 26.25 horas por semana (2015)

Fontes: entidades de classe e publicações especializadas

Perfil do consumidor norte-americano A recessão econômica resultante da crise financeira de 2008 teve profundo impacto no comportamento do consumidor norte-americano. ele se tornou mais exigente e comedido em suas decisões de compra. Hoje, o consumidor tende a pesquisar e comparar preços com maior frequência e busca reco-mendações na mídia social e outras fontes sobre produtos ou serviços, bem como sobre as empresas que os fornecem.3 a ligação do produto vendido nos eUa com uma causa social é muitas vezes fator determinante da decisão de compra. pesquisa recente realizada pela firma de consultoria Cone Communications revelou que essa característica é particularmente importante para cerca de 90% dos chamados “Millenials” (pessoas nascidas entre 1980 e meados dos anos 2000).4 Mais de dois terços dos consumidores nesse segmento (66%) utilizam as mídias sociais para se informarem sobre o assunto. O mercado consumidor norte-americano está se tornando cada vez mais etnicamente diverso. em 2015, cerca de 120 milhões de pessoas compu-nham esse segmento (38% da população total). O Serviço Censitário dos eUa projeta que, em 2044, a população será composta por uma “maioria de minorias”, com predominância de hispânicos e afrodescendentes. O governo norte-americano não compila dados sobre consumo de indiví-duos. As estatísticas oficiais referem-se a dados relativos ao consumo de

3 “State of the american Consumer Report, June 2014” (Gallup Inc.)

4 “2015 Cone Communications Millenials CSR Study”

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201220

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domicílios (unidade consumidora). Segundo dados do U.S. Bureau of La-bor Statistics, o consumo médio anual por domicílio, em 2014, foi de US$ 53.495,00. População estudantil

No ano letivo de 2015-2016, existiam cerca de 50 milhões de estudantes matriculados em aproximadamente 98.500 escolas públicas e 33.500 es-colas privadas de primeiro e segundo graus localizados nos 50 estados e no Distrito de Columbia. O número de estudantes de nível superior, inclusi-ve pós-graduação, doutorado e pós-doutorado, é de aproximadamente 22 milhões. existem atualmente nos eUa mais de 9.600 instituições de ensino superior. De acordo com o Serviço Censitário do Departamento de Comércio dos eUa, 87% da população com idade igual ou superior a 25 anos possui diploma secundário e 39%, diploma superior. a taxa de alfabetização (99%) é uma das mais altas do mundo.

População estudantil, em milhares (2014-2015)

Total Ensino fundamental Ensino médio Ensino superior

77.214Valor

absolutopart. (%)

Valor absoluto

part. (%)Valor

absolutopart. (%)

32.622 42,2 16.654 21,6 19.175 24,8Fonte: National Center for education Statistics (Departamento de educação dos eUa)

Índice de Desenvolvimento Humano (2014)

TOTAL Saúde Educação Renda RANKING0,915 0,923 0,939 0,869 8

Fonte: programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Human Development Reports)

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 21

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3. Organização política e administrativa

Organização política

Os estados Unidos são uma república federativa estabelecida pela Constitui-ção adotada pelos 13 estados originais em 1787. a Constituição consiste de sete artigos, que delegam e delimitam os poderes do Governo Federal, e de 27 emendas. O estado é baseado na Lei Comum e no Direito Consuetudiná-rio, estando os atos do Legislativo sujeitos à revisão do Judiciário. O poder executivo é exercido pelo Gabinete (Casa Branca e Ministérios). O poder legislativo cabe às duas casas do Congresso: o Senado e a Câmara dos Re-presentantes, cujos membros são eleitos pelo sistema de voto distrital. O regime de partidos políticos é pluripartidário. embora existam diversos partidos formalmente constituídos, o regime é praticamente bipartidário, com predominância dos partidos Democrata e Republicano. O Governo central consiste da Casa Branca, que sedia a presidência da República, e de 14 Ministérios, também denominados Departamentos: Rela-ções exteriores (“Department of State”), Finanças (“Department of the Trea-sury”), Defesa (“Department of Defense”), Segurança Interna (“Department of Homeland Security”), Justiça (“Department of Justice”), Interior (“Depart-ment of the Interior”), agricultura (“Department of agriculture”), Comércio (“Department of Commerce”), Trabalho (“Department of Labor”), Saúde e Serviços Sociais (“Department of Health and Human Services”), Habitação e Desenvolvimento Urbano (“Department of Housing and Urban Develop-ment”), Transportes (“Department of Transportation”), energia (“Department of energy”), educação (“Department of education”) e Relações com os Vete-ranos de Guerra (“Department of Veteran affairs”). Os principais órgãos dos setores econômico-financeiro e de comércio exterior, além de Ministérios, são os seguintes: Serviço alfandegário e de proteção das Fronteiras (“Customs and Border protection”), Banco Central (“Federal Reserve Bank”), Comissão de Valores Mobiliários (“Securities

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201222

Como Exportar EUA

and exchange Commission”), “exim-Bank”, escritório do Representante de Comércio exterior da Casa Branca (“United States Trade Representative – USTR”), Comissão de Comércio Internacional dos estados Unidos (“United States International Trade Commission – USITC”). 5

Organização administrativa

O país está dividido em 50 estados, um Distrito Federal (District of Colum-bia), sede da capital da Nação (Washington), 14 dependências, além de manter pactos de associação com Micronésia, palau e Marshall Islands. Cada estado tem a sua própria constituição e conta com considerável au-tonomia na organização e operação de seus poderes executivo, legislativo e judiciário. Geograficamente, os Estados são divididos em cerca de 3.000 condados (“Counties”) ou “parishes”, no caso de Nova Orleans.

4. Participação em organizações e acordos internacionais

Os estados Unidos são parte ou membro dos seguintes acordos e organiza-ções internacionais:

aNzUS, apeC, asDB, australia Group, BIS, CCC, Ce (observador), CeRN (observador), Cp, eapC, eBRD, eCe, eCLaC, eSCap, FaO, G-5, G-8, G10, Banco Mundial, Iaea, Banco Interamericano de Desenvolvimento, ICaO, ICC, ICFTU, ICRM, IDa, Iea, IFaD, IFC, IFRCS, IHa, ILO,FMI, IMO, Inmarsat, Intel-sat, Interpol, IOC, IOM, ISO, ITU, MINURSO, MIpONUH, NaM (convidado), OTaN, Nea, NSG, Oea, OCDe, OpCW, OSCe, pCa, SpC, ONU, UNCTaD, UNHCR, UNIDO, UNIKOM, UNMIBH, UNMIK, UNOMIG, UNRWa, UNTaeT, UNTSO, UNU, UpU, WCL, OMS, WIpO, WMO, OMC, zC.

5 Informações adicionais estão disponíveis no link: http://www.usa.gov/agencies/federal.shtml.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 23

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1. Conjuntura econômica em momento de baixa persistente no valor do petróleo e demais commo-dities, a economia norte-americana oscila entre o otimismo provocado por consistente redução no desemprego (de 10% em outubro de 2010 a 5% em abril de 2016) e o razoável desempenho do consumo doméstico (cresci-mento de 3,1% em 2015), contraposto à desconfiança decorrente de cresci-mento modesto do PIB (2,4% para o ano de 2015), de inflação preocupante-mente abaixo da meta de 2% e de cenário externo de baixo crescimento em parceiros importantes.

O Governo dos estados Unidos e o Banco Central dos eUa (Federal Reserve) esperam que a seguida queda do desemprego implique aumentos de salário, de renda disponível, do consumo e, por fim da inflação. Como efeito, houve incremento salarial de 5,2% entre abril de 2015 e abril de 2016. apesar de modesto, trata-se de ganho não desprezível, considerando que a inflação acumulada para o período girou na casa de 1,1%. Contudo, para caracterizar uma recuperação econômica mais sólida, ainda faltaria verificar, de forma mais decisiva, a conversão do incremento na renda das famílias em consu-mo (responsável por 2/3 do PIB), com reflexos nos índices de inflação.

De perspectiva monetária, essa oscilação de humores já foi responsável pelo retardamento, em mais de um ano, do aumento da taxa básica de juros da economia norte-americana (“Fed funds rate”), do patamar de zero a 0,25% ao ano, para o patamar atual de 0,25% a 0,50% ao ano. Sinalizada como eminente a partir de outubro de 2014, a decisão, que, esperava-se, marcaria plena recuperação da economia dos estados Unidos dos efeitos da crise ini-ciada em 2008 e, consequentemente, o início da “normalização” da política monetária deste país, foi finalmente implementada em dezembro de 2015. No cenário atual, de baixa persistente da inflação, com base, principalmente, em quedas sucessivas no preço do petróleo, bem como no ritmo de crescimento do pIB, analistas e operadores de mercado consideram improváveis novas elevações da taxa de juros estadunidense no futuro próximo.

II - ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS

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Evolução recente do Produto Interno Bruto (PIB), a preços correntes (2011-2015) (em US$ trilhões)

Ano PIBVariação %

Anual2011 15,52 3,72012 16,16 4,12013 16,66 3,12014 17,35 4,12015 17,94 3,4

Fonte: U.S. Bureau of economic analysis

Composição percentual do PIB por setor (2011-2015)

Ano Agricultura Indústria Serviços2011 1,1 18,6 80,42012 1,2 22,1 76,72013 1,1 19,5 79,42014 1,2 21,2 77,62015 (est.)

1,6 20,8 77,6

Fonte: US Bureau of economic analysis & CIa World Factbook

Taxa média de desemprego (2011-2015)

Ano Taxa de desemprego (%)

2011 8,92012 8,12013 7,4

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 25

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2014 6,22015 5,3

Fonte: U.S. Bureau of Labor Statistics

Variação anual média da inflação (2011-2015)

AnoPreços ao

ConsumidorPreços por

Atacado2011 3,16 7,82012 2,07 2,12013 1,46 0,42014 1,62 0,82015 0,12 5,1

Fonte: OeCD Statextracts

2. Principais setores de atividade

Agropecuário e florestal

Os eUa estão entre os maiores produtores agropecuários do mundo e são o maior produtor mundial de grãos e de carne bovina. a boa qualidade do solo, principalmente no Meio Oeste, a disponibilidade de novas tecnologias de pro-dução e o alto grau de mecanização são alguns dos fatores que contribuem para a elevada produtividade do setor. a participação do setor no comércio internacional também é significativa. Dados do Departamento de Agricultura indicam que as exportações norte-americanas de produtos agrícolas em 2015 foram de aproximadamente US$ 133 bilhões e as cifras referentes à importação, de US$ 114 bilhões.

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a indústria madeireira dos eUa é formada por aproximadamente 8.500 em-presas e tem receita anual de cerca de US$ 8 bilhões. as grandes empresas incluem Weyerhaeuser, plum Creek Timber, Rayonier e potlatch. a indústria é altamente fragmentada. Os principais estados produtores são Oregon, alaba-ma, Georgia, Washington, Carolina do Norte e Mississippi. O setor agropecuário e florestal nos Estados Unidos é composto por aproxi-madamente 2 milhões de empresas, responsáveis por receita anual combi-nada equivalente a US$ 420 bilhões.

Corte de madeira na Carolina do Norte.

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Produção agropecuária, em US$ bilhões (2015)

Estado-RegiãoValor da produção

Principais produtos

eUa (Valor Total) 421,51pecuária de leite, pecuária de corte, produtos lácteos, milho e soja.

Califórnia – Oeste 54,02produtos lácteos, hortaliças, uvas, alface e amêndoas.

Texas – Oeste/Sul 24,76produtos lácteos, pecuária de corte (gado e frango), algodão, e hortali-ças.

Iowa – Meio Oeste 30,65Milho, soja, pecuária de corte, produ-tos lácteos e suínos.

Nebraska – Meio Oeste 24,66Milho, soja, trigo, pecuária de corte e suínos.

Kansas – Meio Oeste 16,57Milho, soja, trigo, sorgo e pecuária de corte (gado).

Minnesota – Meio

Oeste 18,80Milho, soja, pecuária de corte, produ-tos lácteos e suínos.

Illinois – Meio Oeste 19,58Milho, soja, pecuária de corte, horta-liças e suínos.

Carolina do Norte – Sul 13,00Suínos, tabaco, hortaliças, frangos e perus.

Flórida – Sul 8,46Hortaliças, tomates, pecuária de cor-te, açúcar e laranjas.

Wisconsin – Meio Oes-te

12,77produtos lácteos, pecuária de corte, milho, hortaliças e soja.

Fonte: USDa Census of agriculture

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Mineração O valor estimado da produção de minerais, excluindo petróleo, em 2015, foi de US$ 78,3 bilhões, sendo US$ 37,7 bilhões em carvão mineral, US$ 46,1 bilhões em minerais para uso industrial – principalmente agregados para construção civil, e US$ 31,5 bilhões em minerais metálicos. Os principais minerais produzidos em 2015 foram rocha britada, cobre, ouro, cimento, minério de ferro, areia e cascalho para construção, concentrados de molibdênio, fosfato, calcário, zinco, sal, carbonato de sódio (barrilha), e argilas (de todos tipos). Os estados Unidos possuem grandes reservas de importantes metais, porém dependem de outras nações para o abas-tecimento de outros metais de difícil extração. Minério de ferro importado corresponde a 17% do material utilizado nos estados Unidos. Outros metais importados pelos estados Unidos são bauxita, alumínio, cromo, cobalto, manganês, níquel, metais de platina, tungstênio e zinco. Os principais países fornecedores são México, Canadá, Brasil, China, Rússia e Ucrânia.

Produção de minerais não combustíveis, 2015 (em US$ bilhões)

estado-Região Valor da produção principais produtos

eUa (Valor Total) 78,3 -

Nevada 8,87Ouro, cobre, prata, calcário, areia e agregados para construção

arizona 8,69Cobre, concentrado de molibdênio, areia e agrega-dos para construção, prata e cimento (portland)

Minesota 5,11Minério de ferro, areia e agregados para constru-ção, areia industrial, rocha britada e calcário

Flórida 3,63Fosfato, rocha britada, cimento (portland), areia e agregados para construção, gemas naturais

Texas 6,74Cimento (portland), rocha britada, agregados para construção, sal e areia industrial.

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alaska 3,95zinco, ouro, prata, chumbo, areia e agregados para construção

Utah 3,74Cobre, concentrado de molibdênio, ouro, barrilha e metal de magnésio

Califórnia 4,22Minérios de boro, agregados para construção, cimento (portland), ouro e rocha britada.

Wyoming 3,03O carbonato de sódio, argilas (bentonita), hélio (Grau-a), areia e agregados para construção, ci-mento (portland).

Missouri 3,27Cimento (portland), rocha britada, chumbo, calcá-rio e agregados para construção.

Fonte: The National Mining association

Indústria

a indústria norte-americana é responsável por aproximadamente 12% do produto Interno Bruto do país e 8,8% do total de empregos. em 2015, o valor da produção industrial foi de US$ 2,4 trilhões.

De acordo com o Departamento de Comércio, as pequenas e médias empre-sas perfazem 98% das firmas da indústria de transformação e são responsá-veis por cerca de metade dos postos de trabalho existentes nesse setor. em 2014, existiam 256.360 fabricantes nos eUa, dos quais, 252.700 eram de pequeno porte (menos de 500 empregados). a indústria tradicional norte-americana estava concentrada principalmente em torno das regiões dos Grandes Lagos e Nordeste dos estados Unidos (siderurgia e indústria automobilística). atualmente, no entanto, o estado que hoje lidera a produção de manufaturas no país está localizado no Oeste: a Califórnia responde pela liderança, tanto em volume produzido, quanto em valor agregado desses produtos. em seguida, em ordem decrescente do va-lor da produção, vêm Texas, Ohio, Illinois, Michigan, pennsylvania, Carolina do Sul e Nova York.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201230

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Ampla e diversificada, a produção industrial dos Estados Unidos engloba pra-ticamente todos os segmentos, com destaque para setores tais como com-putadores e softwares, produtos eletrônicos, equipamentos de transporte (aviões, veículos motorizados, trens e navios), produtos químicos (fertilizan-tes, remédios), alimentos, maquinário industrial, produtos de metal, produtos de plástico, siderurgia, material impresso, petróleo e derivados e móveis. algumas regiões estão associadas a certos tipos de indústrias. assim, por exemplo, a Califórnia é líder nos setores de tecnologia da informação e de transportes. Outros polos são Pensilvânia (siderurgia); Texas (petróleo e equipamento para exploração de petróleo); Washington/Kansas (setor ae-roespacial); Carolina do Norte e Carolina do Sul (têxteis), para citar apenas alguns exemplos.

“Reshoring”

Desde a recessão de 2008, tem-se verificado tendência de deslocamento de unidades fabris norte-americanas de volta para os estados Unidos ou países vizinhos. De acordo com a firma de consultoria Boston Consulting Group, mais de 300 empresas norte-americanas deslocaram suas fábricas na China e da Índia para a produção território nacional ou países vizinhos. Líderes de comércio internacional como apple, Google, General eletric e Ford Motor, serviram de exemplo em 2013, na transição para o “reshoring”, ao inaugura-rem plantas nos eUa. a gigante do varejo Walmart também aderiu ao “resho-ring” ao alocar US$ 50 bilhões para o investimento na produção nacional. essas empresas citam como fatores determinantes dessa nova estratégia, aumento do custo da mão de obra em países como China e Índia, maior con-trole de qualidade no mercado doméstico e melhor proteção de propriedade intelectual, entre outros.

Energia

em termos globais, os estados Unidos são o maior produtor, consumidor e importador líquido de energia. O país possui a décima-primeira maior reser-

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va de petróleo do mundo (39,9 bilhões de barris), a quinta maior reserva de gás natural (11,1 trilhões de metros cúbicos) e suas reservas de carvão estão entre as maiores do mundo. as reservas de petróleo concentram-se em sua maioria em três estados: Texas, alaska e Califórnia. a produção de petróleo oscila em torno de 9 milhões de barris/dia (est. 2015), colocando o país como o quarto maior produtor mundial. O consumo norte-americano é de cerca de 8,7 milhões de barris/dia. Os estados Unidos importam cerca de 46% do petróleo (bruto e refinado) que o país consome. Os principais forne-cedores são: Canadá, México, arábia Saudita, Venezuela e Nigéria. O crescente aproveitamento de reservas de petróleo contido em formações rochosas, conhecido como “petróleo de xisto”, tem contribuído para o au-mento da produção doméstica dos eUa nos últimos anos. Hoje, mais da metade da gasolina do país já é vendida com mistura de eta-nol, sendo a mais comum a e10 (90% gasolina e 10% etanol). a previsão do governo é de que o consumo de etanol deverá atingir cerca de 24 bilhões de galões em 2030. Segundo dados da U.S. energy Information administration (eIa), a matriz energética norte-americana pode ser descrita como se segue: 1% oriunda de petróleo, 27% oriunda de gás natural, 39% de carvão, 19% de energia nucle-ar, 6% de hidroelétrica e 7% de energias renováveis. as fontes de energia renováveis (solar, hidroelétrica, geotérmica, biomassa e eólica) são responsáveis pela geração de 8% da energia consumida nos eUa. a previsão é de que até 2030 a participação desses segmentos no con-sumo total de energia no país chegue a 12,5%.

Serviços O setor responde por aproximadamente 78% do pIB norte-americano, de acordo com o Banco Mundial. Os serviços distribuem-se da seguinte forma: bancos, seguros e imóveis (20%); governo (13%); comércio varejista (7%);

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comércio atacadista (6%); transportes e serviços de utilidade pública (5%), construção civil (4%), e outros serviços prestados pelo setor privado (26%). O setor de serviços emprega cerca de 80% da população economicamente ativa do país, e deverá, segundo o U.S. Bureau of Labor Statistics, ser res-ponsável pela maioria dos novos empregos criados no país, no curto prazo. No setor de serviços, as áreas onde se prevê crescimento mais acelerado são: assistência médica e social (hospitais públicos e privados e assistência de enfermagem, entre outros) e serviços educacionais. Outras áreas de des-taque do setor de serviços são: serviços profissionais e de negócios (cres-cimento previsto de 23% para o período 2006-2016), serviços tecnologia da informação (“software”, transmissão de informação pela Internet, serviços relacionados à tecnologia sem fio, etc.) e serviços de recreação e lazer.

3. Moeda e finanças

Moeda

Os Estados Unidos adotam o regime de câmbio flutuante, não havendo res-trições ou controles cambiais. O dólar norte-americano continua sendo a principal moeda conversível do mercado internacional. Os eUa não praticam taxas de câmbio diferenciadas.

Foto: iStockphoto/Thinkstock.

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Balanço de Pagamentos e Reservas Internacionais

Balanço de pagamentos, 2011-2015 (em US$ milhões)

Discriminação 2011 2012 2013 2014 2015

a. Balança Comercial (Bens)

(740.646) (742.096) (701.669) (741.462) (759.307)

exportações 1.499.240 1.561.689 1.592.784 1.632.639 1.513.453

Importações 2.239.886 2.303.785 2.294.453 2.374.101 2.272.760

B. Serviços (líquido) 192.020 204.490 225.276 233.138 (219.551)

Receita 627.781 654.850 687.410 710.565 710.165

Despesa 435.761 450.360 462.134 477.428 490.613

C. Renda (líquido) 220.961 202.993 199.654 237.984 191.324

Receita 759.727 762.885 780.120 823.353 783.077

Despesa 538.766 559.892 580.466 585.369 591.753

D. Transferências Uni-laterais

(131.680) (126.138) (123.515) (119.186) (135.645)

e. Transações correntes (a+B+C+D)

(871.913) (867.827) (824.759) (389.527) (484.078)

F. Conta capital (líquido) (1.186) 6.904 (412) (45) (45)

G. Conta Financeira (líquido)

(55.229) 30.353 30.008 (239.648) (209.203)

Investimentos Diretos (líquidos)

257.411 217.777 294.972 225.359 (64.757)

portfolio (líquido) 311.626 746.996 490.943 (166.972) (77.016)

Outros (408.036) (362.799) 231.753 (240.079) -

H. erros e Omissões (55.229) 30.353 30.008 149.923 274.920

I. Saldo (e+F+G+H)=superávit (+) ou Déficit (-)

(983.557) (867.759) (825.111) (479,297) (418.406)

Fonte: U.S. Bureau of economic analysis

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Reservas internacionais, em US$ milhões (em 29/04/2016)

Ativos de reservas oficiais 121,269

(1) Reservas em moeda estrangeira (em divisas conversíveis) 39.253

(a) Títulos de emissor sediado nos eUa, mas domiciliado no exterior 22.557

(b) Total de moeda e depósitos em: -

(i) Outros bancos centrais, BIS e FMI 20.070

(ii) Bancos sediados nos eUa -

dos quais: domiciliados no exterior -

(iii) Bancos sediados no exterior -

dos quais: domiciliados nos eUa -

(2) posição de reserva no FMI 16.778

(3) Direito especial de Saque (DeS) 50.823

(4) Ouro (inclusive depósitos de ouro) 11.041

Volume em milhões de onças troy 261

(5) Outros ativos de reservas 0

(a) Instrumentos derivativos -

(b) empréstimos a não residentes não bancários -

(c) Outros 0Fonte: U.S. Treasury Department

Finanças públicas

Orçamento público federal, em US$ milhões (2017)

Ministério ou programa Despesaparticipação percentual

Saúde e Serviços Humanos 1.172.540 28,3%Defesa (Militar) 616.980 14,9%previdência 972.600 23,4%agricultura 26.160 0,6%

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Veteranos 180.770 4,4%educação 107.560 2,6%Transportes 100.230 2,4%Defesa Civil 535.860 12,9%Habitação e Desenvolvimento Urbano 21.120 0,5%energia 7.170 0,1%Justiça 63.910 1,5%Relações exteriores, programas de ajuda externa

55.810 1,3%

administração do Serviço público 29.280 0,7%Comércio (22.480) -0,5%Recursos Naturais e ambiente 43.530 1,0%espaço, Ciência, e Tecnologia 31.500 0,8%Custos de Desastres 5.500 0,1%Juros 302.700 7,3%Recibos de Compensação não Distribuídos (108.490) -2,6%Total 4.150.000 100,0%

Fonte: Office of Management and Budget

Sistema bancário

O sistema bancário é regulado pelo Sistema da Reserva Federal (“Federal Reserve System”), no qual 12 bancos exercem as funções de banco central. Cada estabelecimento tem jurisdição sobre uma área importante do país, e todos são supervisionados por uma Junta de Diretores, sediada em Wa-shington e nomeada pelo presidente, com aprovação do Senado. O sistema é independente das diretrizes do Tesouro, que age apenas indiretamente, por meio de operações da dívida pública e das transferências de depósitos públi-cos de um Banco da Reserva para outro.

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De modo geral, as instituições bancárias dos eUa podem ser agrupadas em quatro grupos distintos: a) pequenos bancos independentes com enfoque no serviço às comunidades onde se localizam; b) instituições de médio porte de caráter regional; c) bancos de grande porte, regionais ou nacionais, capazes de oferecer linha completa de produtos e serviços financeiros (“one-stop shopping”) – inclusive seguros; d) organizações financeiras de grande porte cuja estratégia é a criação de economias de escala por meio da venda de produtos e serviços tipo “commodity”. existem aproximadamente 6.500 instituições bancárias no país, das quais cerca de 5.600 são bancos comerciais e 840 são instituições de poupança e crédito. Segundo o “Federal Reserve Bank”, mais de 20% das instituições financeiras dos EUA são estrangeiras, entre filiais (“branches”), agências e escritórios de representação. Seis bancos brasileiros estão presentes nos eUa: Banco do Brasil, Banco do estado do Rio Grande do Sul, Banco Itaú-Unibanco, Brades-co, Caixa Econômica Federal, Banco Sofisa (Sunstate Bank) e Banco Safra.

Loja de equipamento de mineração na Mina de Cobre Bingham Kennecott.

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1. Evolução recente

Considerações gerais

No setor externo, impulsionado por uma moeda cada vez mais forte, a balan-ça comercial de bens e serviços dos estados Unidos fechou 2015 com dé-ficit de US$ 531,5 bilhões, equivalente a 3% do PIB. Trata-se de incremento de 4,5% em relação ao déficit verificado em 2014, então equivalente a 2,9% do pIB. as exportações de bens e serviços caíram 4,8% (para US$ 2,23 trilhões) e as importações recuaram 3,1% (para US$ 2,76 trilhões). apenas no comércio de bens, o déficit aumentou 2,4% (para US$ 758,9 bilhões) na comparação com 2014. No comércio de serviços, houve recuo de 2,4% do superávit norte-americano (para US$ 227,4 bilhões), em relação ao obtido em 2014. O déficit em conta corrente aumentou para US$ 484,1 bilhões em 2015, quase 3% acima do verificado no anterior.

esse cenário motivou o executivo norte-americano a impulsionar a negocia-ção dos grandes acordos comerciais com a União europeia (“Transatlantic Trade and Investment Partnership” T-TIP) e com países do Pacífico (“Trans--Pacific Partnership TTP), ambos centrais para a estratégia de inserção co-mercial vislumbrada pela Casa Branca.

Evolução do Comércio Exterior em bens dos EUA, (2011-2015) (em US$ milhões)

Ano 2011 2012 2013 2014 2015 Var. (%)2011-15

exportações 1.499.240 1.562.578 1.592.043 1.632.639 1.513.888 0,98

Importações 2.239.886 2.303.749 2.294.630 2.374.101 2.272.821 1,47

Balança Comercial

-740.646 -741.171 -702.587 -741.462 -758.934 -2,47

Fonte: U.S. Census Bureau

III - COMÉRCIO EXTERIOR

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2. Origem e destino do comércio dos EUA

(a) – Importações de bens por principais regiões geográficas e países, em US$ milhões (2011-2015) Áreas e Países 2011 2012 2013 2014 2015 Part.

(%)Var. (%) 2011-15

Total Geral 2.207.824 2.275.320 2.268.321 2.347.685 2.241.086 100,00% 1,51%

NaFTa 578.211 601.506 613.082 641.872 589.931 26,32% 2,03%

Canadá 315.347 323.937 332.553 347.798 295.190 13,17% -6,39%

México 262.864 277.570 280.529 294.074 294.741 13,15% 12,13%

europa 448.488 455.301 460.664 491.188 490.591 21,89% 9,39%

União europeia

368.355 381.208 387.591 418.201 426.006 19,01% 15,65%

alema-nha

98.663 108.708 114.345 123.260 124.390 5,54% 25,82%

Reino Unido

51.236 54.962 52.817 54.392 57.805 2,58% 12,82%

França 40.040 41.750 45.708 46.874 47.644 2,13% 18,99%

Itália 33.951 36.939 38.692 42.115 44.005 1,96% 29,62%

Ásia 899.980 966.496 972.743 1.014.230 1.004.290 44,80% 11,59%

China 399.362 425.579 440.448 466.755 481.881 21,50% 20,66%

Japão 128.925 146.392 138.573 134.004 131.120 5,85% 1,70%

Coréia do Sul

56.661 58.896 62.386 69.518 71.827 3,21% 26,77%

Taiwan 41.405 38.858 37.940 40.582 40.708 1,82% -1,68%

Índia 36.153 40.514 41.845 45.244 44.741 2,00% 23,76%

Tailândia 24.830 26.108 26.173 27.123 28.595 1,28% 15,16%

Cinga-pura

19.113 20.232 17.843 16.426 18.235 0,81% -4,60%

américa do Sul e américa Central

174.276 171.7811 158.513 150.691 115.872 5,17% -33,51%

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 39

Como Exportar EUA

Vene-zuela

43.256 38.724 158.513 30.219 15.564 0,69% -64,02%

Brasil 31.736 32.123 27.634 30.537 27.405 1,22% -13,65%

Colôm-bia

23.113 24.620 21.626 18.300 14.057 0,63% -39,18%

Chile 9.074 9.371 10.384 9.476 8.880 0,40% -2,13%

argen-tina

4.502 4.350 4.644 4.243 3.948 0,18% -12,30%

Uruguai 292 357 423 456 606 0,03% 107,92%

paraguai 110 197 277 197 162 0,01% 47,45%

Opep 191.504 180.770 152.690 132.349 66.150 2,95% -65,46%

África 93.009 66.817 50.061 34.590 25.391 1,13% -72,70%

Nigéria 33.854 19.014 11.724 3.839 1.916 0,09% -94,34%

África do Sul

9.487 8.673 8.465 8.318 7.335 0,33% -22,68%

egito 2.059 3.000 1.615 1.410 1.406 0,06% -31,70%

austrália 10.241 9.549 9.272 10.672 10.862 0,48% 6,06%

Fonte: U.S. Census Bureau

(b) - Exportações de bens por principais regiões geográficas e países, em US$ milhões (2011-2015)

Áreas e Países

2011 2012 2013 2014 2015 Part. (%) Var. (%) 2011-15

Total Geral 1.480.432 1.545.709 1.579.593 1.620.532 1.504.914 100,00% 1,65%

NaFTa 479.267 508.471 527.689 552.670 516.704 34,33% 7,81%

Canadá 280.890 292.540 301.610 312.421 280.327 18,63% -0,20%

México 198.378 215.931 226.079 240.249 236.377 15,71% 19,16%

europa 328.742 329.205 326.727 333.292 320.552 21,30% -2,49%

União europeia

268.474 265.360 262.151 276.143 272.688 18,12% 1,57%

Reino Unido

55.881 54.851 47.353 53.823 56.353 3,74% 0,85%

alema-nha

49.156 48.797 47.362 49.363 49.947 3,32% 1,61%

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201240

Como Exportar EUA

França 27.803 30.806 31.745 31.301 30.077 2,00% 8,18%

Itália 16.001 16.098 16.755 16.968 16.249 1,08% 1,51%

Ásia307.897 387.361 439.241 456.538 345.758

22,97%

12,30%

China 103.940 110.484 121.736 123.676 116.186 7,72% 11,78%

Japão 65.706 69.955 65.206 66.827 62.472 4,15% -4,92%

Coréia 43.415 42.284 41.715 44.471 43.499 2,89% 0,19%

Cinga-pura

31.223 30.525 30.672 30.237 28.657 1,90% -8,22%

Taiwan 25.889 24.349 25.472 26.670 25.929 1,72% 0,16%

Índia 21.501 22.106 21.842 21.608 21.530 1,43% 0,13%

Tailândia 10.900 10.888 11.797 11.810 11.247 0,75% 3,19%

américa do Sul e américa Central

16.8782 183.188 184.399 184.019 153.306 10,19% -9,17%

Brasil 42.944 43.806 44.119 42.429 31.666 2,10% -26,26%

Chile 15.986 187.66 17.515 16.515 15.587 1,04% -2,50%

Colôm-bia

14.321 16.355 18.392 20.107 16.503 1,10% 15,24%

Vene-zuela

12.343 17.516 13.204 11.138 8.317 0,55% -32,62%

argen-tina

9.917 10.268 10.354 10.826 9.336 0,62% -5,86%

paraguai 1.975 17.43 1.933 2.116 1.504 0,10% -23,88%

Uruguai 1.257 1.359 1.753 1.606 1.302 0,09% 3,60%

Opep* 64.620 81.722 84.679 82.346 72.781 4,84% 12,63%

África 32.848 32.738 35.175 38.077 26.868 1,79% -18,21%

África do Sul

7.257 7.552 7.293 6.370 5.459 0,36% -24,78%

egito 6.222 5.499 5.177 6.473 4.748 0,32% -23,69%

Nigéria 4.912 5.029 6.392 5.968 3.410 0,23% -30,58%

austrália 27.542 31.151 26.130 26.582 25.038 1,66% -9,09%

Fonte: U.S. Census Bureau

* Organização dos países exportadores de petróleo

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 41

Como Exportar EUA

3. Composição segundo produtos

(a) - Importações dos EUA por principais produtos, (2011-2015)

(em US$ milhões)

Capítulos da HTS 2011 2012 2013 2014 2015Var. (%)2011-15

85 - Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; aparelhos de gravação ou de reprodu-ção de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e acessórios.

276.234 289.121 293.33 311.607 321.690 16,46

84 - Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, apare-lhos e instrumentos mecâ-nicos, e suas partes.

284.521 303.881 300.91 320.181 317.557 11,61

87 - Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios.

202.998 239.94 249.46 261.581 277.594 36,75

27 - Combustíveis mi-nerais, óleos minerais e produtos da sua destilação; matérias betuminosas; ceras minerais.

427.984 396.662 351.78 316.377 180.921 -57,73

30 - produtos farmacêu-ticos

65.881 64.782 63.25 73.769 88.750 34,71

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201242

Como Exportar EUA

90 - Instrumentos e apa-relhos de óptica, de foto-grafia, de cinematografia, de medida, de controle ou de precisão; instrumentos e aparelhos médico--cirúrgicos; suas partes e acessórios.

65.703 68.337 70.702 74.606 76.713 16,76

98 - (Reservado para usos especiais pelas partes Con-tratantes)

46.332 53.575 58.121 63.562 68.055 46,89

71 - pérolas naturais ou cultivadas, pedras precio-sas ou semipreciosas e semelhantes, metais pre-ciosos, metais folheados ou chapeados de metais preciosos (plaquê), e suas obras; bijuterias; moedas.

69.113 64.238 66.399 64.706 58.975 -14,67

94 - Móveis; mobiliário médico cirúrgico; colchões, almofadas e semelhantes; aparelhos de iluminação não especificados nem compreendidos noutros Capítulos; anúncios, car-tazes ou tabuletas e placas indicadoras, luminosos e artigos semelhantes; cons-truções pré-fabricadas.

39.699 44.326 47.558 51.847 56.759 42,97

29 - produtos químicos orgânicos.

66.491 62.472 61.402 57.731 49.479 -25,58

39 - plásticos e suas obras.

39.022 41.672 43.749 47.442 47.339 21,31

61 - Vestuário e seus aces-sórios, de malha.

41.774 41.059 42.629 44.879 46.555 11,45

62 - Vestuário e seus aces-sórios, exceto de malha.

36.893 36.614 37.794 37.785 38.888 5,41

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 43

Como Exportar EUA

73 - Obras de ferro fundi-do, ferro ou aço.

31.947 37.557 34.127 37.278 36.110 13,03

88 - aeronaves e aparelhos espaciais, e suas partes.

21.519 24.283 29.413 34.292 35.166 63,42

95 - Brinquedos, jogos, ar-tigos para divertimento ou para esporte; suas partes e acessórios.

27.677 27.029 26.575 27.530 29.701 7,31

64 - Calçados, polainas e artefatos semelhantes; suas partes.

22.553 23.752 24.625 25.748 27.249 20,82

72 - Ferro fundido, ferro e aço.

28.232 29.038 25.261 34.084 26.357 -6,64

40 - Borracha e suas obras.

27.746 28.372 27.200 27.452 26.244 -5,41

22 - Bebidas, líquidos alco-ólicos e vinagres.

17.253 19.256 19.596 19.728 20.737 20,19

Fonte: U.S. International Trade Commission, DataWeb

(b) - Exportações dos EUA por principais produtos, (2011-2015)

(em US$ milhões)

Capítulos da HTS 2011 2012 2013 2014 2015 Var. (%) 2011-15

84 - Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumen-tos mecânicos, e suas partes.

205.826 215.180 213.482 219.766 205.821 0.002

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201244

Como Exportar EUA

85 - Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; aparelhos de gravação ou de repro-dução de som, aparelhos de gravação ou de repro-dução de imagens e de som em televisão, e suas partes e acessórios.

159.469 162.434 165.841 172.368 169.754 6.45

88 - aeronaves e apa-relhos espaciais, e suas partes.

87.757 104.440 114.898 125.186 131.09 49.38

87 - Veículos automó-veis, tratores, ciclos e outros veículos terres-tres, suas partes e aces-sórios.

120.012 133.078 134.084 135.972 127.113 5.92

27 - Combustíveis mi-nerais, óleos minerais e produtos da sua destila-ção; matérias betumino-sas; ceras minerais.

130.567 137.332 148.872 155.608 106.143 -18.71

90 - Instrumentos e aparelhos de óptica, de fotografia, de cinema-tografia, de medida, de controle ou de precisão; instrumentos e aparelhos médico-cirúrgicos; suas partes e acessórios.

79.384 83.367 84.353 84.966 83.385 5.04

39 - plásticos e suas obras.

58.744 59.006 60.980 63.037 60.251 2.57

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 45

Como Exportar EUA

71 - pérolas naturais ou cultivadas, pedras preciosas ou semipre-ciosas e semelhantes, metais preciosos, metais folheados ou chapeados de metais preciosos (plaquê), e suas obras; bijuterias; moedas.

72.611 72.995 72.493 64.878 58.726 -19.12

30 - produtos farmacêu-ticos.

38.341 40.129 39.708 43.995 47.303 23.37

98 - (Reservado para usos especiais pelas partes Contratantes)

39.378 40.638 42.135 42.237 42.888 8.91

29 - produtos químicos orgânicos.

45.682 46.079 46.600 42.340 38.834 -14.99

38 - produtos diversos das indústrias químicas.

23.881 25.327 27.028 27.259 25.926 8.57

12 - Sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diver-sos; plantas industriais ou medicinais; palhas e forragens.

21.232 29.688 26.955 28.862 23.625 11.28

73 - Obras de ferro fundi-do, ferro ou aço.

18.519 21.154 22.056 22.628 19.643 6.07

10 - Cereais 28.348 20.616 20.300 22.850 18.821 -33.60

48 - Papel e cartão; obras de pasta de ce-lulose, de papel ou de cartão.

16.945 16.057 16.400 16.337 15.681 -7.46

72 - Ferro fundido, ferro e aço.

25.361 22.838 19.681 18.565 14.614 -42.37

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201246

Como Exportar EUA

8 - Frutas; cascas de citrinos e de melões.

11.767 13.263 14.533 14.858 14.472 22.98

2 - Carnes e miudezas, comestíveis.

15.357 16.096 16.276 17.570 14.260 -7.14

40 - Borracha e suas obras.

14.889 15.724 14.789 14.923 13.617 -8.54

Fonte: U.S. International Trade Commission, DataWeb

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Porto de Oakland na Califórnia.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 47

Como Exportar EUA

1. Intercâmbio comercial bilateral

Evolução recente

Os estados Unidos são o segundo principal parceiro comercial do Brasil, à frente da argentina e atrás apenas da China, que tomou a primeira posi-ção em 2009. Também são o principal destino de exportação de produtos manufaturados e semimanufaturados, compondo cerca de 75% da pauta exportadora brasileira aos eUa, enquanto que, para o resto do mundo, essa participação não chega a 50% (e, para a China, gira em torno de 15%). pelos dados do Ministério da Indústria, Comércio exterior e Serviços (MDIC), de 2000 a 2013, com exceção de 2009, a corrente de comércio cresceu constantemente, de US$ 26,1 bilhões a US$ 60,6 bilhões. Nesse intervalo, a balança comercial bilateral observou um período de superávits brasilei-ros crescentes (de 2000 a 2005, quando o saldo chegou a quase US$ 10 bilhões), seguido de períodos de superávits decrescentes (2006 a 2008); e de déficits praticamente crescentes (de 2009 a 2013, quando o saldo ne-gativo chegou a US$ 11,3 bilhões). em 2014, a corrente de comércio ainda avançou para US$ 62 bilhões e o déficit brasileiro recuou, para cerca US$ 8 bilhões. em 2015, a corrente de comércio caiu para US$ 50,5 bilhões. em relação ao ano anterior (2014), houve leve queda nas exportações brasileiras (de US$ 27 bilhões para US$ 24,1 bilhões) e redução significativa das importações (de US$ 35 bilhões para US$ 26,5 bilhões). Como resultado, o déficit bra-sileiro recuou para US$ 2,4 bilhões. Como a ocorrência dos déficits comer-ciais do Brasil com os eUa a partir de 2009 resultou, em larga medida, do impacto da taxa de câmbio sobre a competitividade dos produtos brasileiros, a correção cambial verificada a partir de 2014 e, principalmente, ao longo de 2015, tem aberto perspectivas para que setores como os de máquinas e aparelhos mecânicos e elétricos, têxteis, vestuário, algodão, calçados, ma-

IV - RELAÇÕES ECONÔMICAS BRASIL – ESTADOS UNIDOS

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201248

Como Exportar EUA

deiras e móveis incrementem suas exportações aos eUa. Também na conta petróleo, com a queda das cotações do produto e seus derivados, há mar-gem para redução do tradicional déficit bilateral brasileiro com os EUA. Se forem utilizados os dados oficiais norte-americanos do Departamento de Comércio (DoC), o fluxo de comércio de 2015 foi de US$ 59,7 bilhões, com déficit de US$ 4,3 bilhões para o Brasil (em 2014, o déficit registrado foi de US$ 12,1 bilhões). Em 2015, o Brasil figurou como o país com o qual os eUa detiveram o décimo maior superávit comercial (US$ 4,3 bilhões), atrás de Hong Kong, países Baixos, emirados Árabes Unidos, Bélgica, austrália, Cingapura, panamá, Chile e argentina. ainda de acordo com os dados de 2015 do DoC, no ano passado o Brasil foi o décimo segundo principal par-ceiro comercial dos eUa (corrente de comércio de US$ 59,1 bilhões), o dé-cimo primeiro principal destino das exportações norte-americanas (US$ 31,7 bilhões) e o décimo sétimo fornecedor norte-americano (com importações americanas de produtos brasileiros somando US$ 27,4 bilhões). De 2004 a 2014, as exportações dos eUa para o Brasil cresceram a 15,1% ao ano (quase dobrando a participação do Brasil nas exportações totais es-tadunidenses, de 1,6% a 3%). Trata-se de taxa equivalente ao crescimento das exportações dos eUa para a China no mesmo período, posicionando as exportações dos eUa ao Brasil acima do exportado pelos eUa aos demais países BRICS (Rússia, Índia e África do Sul) combinados, excetuada a China.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 49

Como Exportar EUA

Brasil: intercâmbio comercial com os EUA, 2011-2015 (em US$ milhões)

Descrição 2011 2012 2013 2014 2015Var. (%)2011-15

exportações 25.804 26.700 24.653 27.027 24.079 -6,69%

Importações 33.970 32.362 36.018 35.018 26.471 -22,08%

Balança comercial

-8.165 -5.661 -11.365 -7.990 -2.391 -70,72%

Corrente de comércio

59.774 59.062 60.671 62.046 50.551 -15,43%

Fonte: aliceweb (MDIC)Fatores conjunturais e estruturais, como a mudança na taxa de câmbio e o maior crescimento da economia, norte-americana apontam para cenário mais favorável ao Brasil em 2016 e em 2017, tanto no que se refere às ex-portações quanto às importações. Composição do intercâmbio comercial bilateral

a pauta de exportações brasileiras para os estados Unidos é composta ma-joritariamente por produtos industrializados (cerca de 75% do total), incluin-do produtos manufaturados e semimanufaturados. Os principais produtos exportados aos eUa em 2015 foram: máquinas mecânicas (13,67%), aviões (12,71%), produtos semimanufaturados de ferro e aço (12,32%), e óleos brutos de petróleo (9,08%). as exportações brasileiras ao mercado norte-americano corresponderam, em 2015, a cerca de 12,5% do valor global exportado. O quadro 30 demons-tra os 20 produtos mais exportados ao mercado norte-americano e sua participação percentual. O quadro 31 representa os 20 produtos com maior volume de importação brasileira de produtos oriundos dos eUa, onde predo-mina a importação de derivados de petróleo e componentes voltados para a indústria aeronáutica.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201250

Como Exportar EUA

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0,00

26.4

71.3

4510

0,00

1. p

rodu

tos

bási

cos

2.58

3.66

87,

172.

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5,76

1.22

5.58

74,

63

2. p

rodu

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os33

.434

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92.8

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.757

95,3

7

Se

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anuf

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578.

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832

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382.

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32.8

56.2

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,27

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62.9

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3. T

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açõe

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--

--

--

Font

e: M

DIC/

SeCe

X

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 51

Como Exportar EUA

Brasil: principais capítulos exportados para os EUA, 2013-2015 (em US$)

Cap. NCM

Descrição 2013 2014 2015Var. (%)2013-15

84

Reatores nucleares, caldeiras, máqui-nas, equipamentos mecânicos.

2.881.878.328 3.590.902.439 3.292.307.750 14,24%

88aeronaves e outros aparelhos aéreos, etc. e suas partes.

1.381.486.211 2.242.969.825 3.059.964.123 121,50%

72Ferro fundido, ferro e aço

3.128.859.595 3.843.978.167 2.965.466.312 -5,22%

27

Combustíveis minerais, óleos minerais, etc. ceras minerais.

3.622.355.002 3.587.719.948 2.187.225.391 -39,62%

9Café, chá, mate e especiarias.

981.571.777 1.316.955.638 1.314.363.200 33,90%

29produtos químicos orgânicos.

935.787.313 853.440.422 513.903.791 -45,08%

47

pastas de madeira ou matérias fibro-sas celulósicas, etc.

1.027.963.497 973.886.792 983.650.621-4,31%

68Obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica, etc.

841.784.084 863.631.447 859.315.8652,08%

44Madeira, carvão vegetal e obras de madeira.

724.239.024 819.307.259 851.542.86817,58%

85

Máquinas, apa-relhos e material elétricos, suas partes, etc.

796.255.656 776,757.288 693.907.371 -12,85%

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201252

Como Exportar EUA

20preparações de produtos hortíco-las, de frutas, etc.

458.638.323 477.704.152 463.838.646 1,13%

22Bebidas, líquidos alcoólicos e vina-gres.

1.101.857.490 496.671.836 458.460.313 -58,39%

87

Veículos automó-veis, tratores, etc. suas partes/aces-sórios.

404.891.545 371.802.771 391.936.350 -3,20%

73Obras de ferro fun-dido, ferro ou aço.

344.212.065 416.939.111 364.841.753 5,99%

40Borracha e suas obras

391.825.193 390.862.746 351.663.868 -10,25%

28produtos químicos inorgânicos, etc.

353,113,602 379,516,898 334.702.595 -5,21%

71pérolas naturais ou cultivadas, pedras preciosas, etc.

190.745.788 262.684.621 318.522.611 66,99%

16

preparações de carnes, peixes ou de crustáceos, de moluscos ou de ou-tros invertebrados aquáticos.

219.490.140 226.350.700 283.092.020 28,98%

26Minérios, escorias e cinzas.

227.079.199 362.391.247 274.253.450 20,77%

Fonte: aliceweb (MDIC)

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 53

Como Exportar EUA

Brasil: principais capítulos importados dos EUA, 2013-2015 (em US$)

Cap. NCM

Descrição 2013 2014 2015Var.%2013-2015

84

Reatores nucle-ares, caldeiras, máquinas, equipamentos mecânicos.

7.040.483.159 6.781.329.861 5.869.916.120 -16,63%

27

Combustíveis minerais, óleos minerais, etc. ceras minerais.

6.772.467.485 7.428.568.626 3.943.441.924 -41,77%

29produtos quími-cos orgânicos

2.295.707.238 2.240.210.012 1.891.292.489 -17,62%

39plásticos e suas obras

2.205.909.562 2.080.324.303 1.784.203.093 -19,12%

85

Máquinas, apa-relhos e material elétricos, suas partes, etc.

2.855.151.210 2.475.034.336 1.691.397.412 -40,76%

90

Instrumentos e aparelhos de óptica, fotogra-fia, etc.

2.103.017.565 2.008.159.724 1.685.518.792 -19,85%

38produtos diver-sos das indús-trias químicas

1.609.964.752 1.582.934.101 1.313.860.549 -18,39%

30produtos farma-cêuticos

1,320,465,731 1,388,144,878 1,176,683,122 -10,89%

87

Veículos auto-móveis, trato-res, etc. suas partes/acessó-rios.

1.040.446.241 967.129.160 813.548.493 -21,81%

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201254

Como Exportar EUA

28produtos quími-cos inorgânicos, etc.

781.136.066 715.269.498 710.672.767 -9,02%

88

aeronaves e outros apare-lhos aéreos, etc. e suas partes.

1.039.006.835 962.225.687 674.508.444 -35,08%

31adubos ou ferti-lizantes

847.706.439 827.869.313 652.824.454 -22,99%

40Borracha e suas obras

676.359.826 587.931.470 460.540.956 -31,91%

73Obras de ferro fundido, ferro ou aço.

582.066.506 606.957.871 420.152.457 -27,82%

22Bebidas, líqui-dos alcoólicos e vinagres.

99.766.839 224.848.030 271.018.428 171,6%

86

Veículos e ma-terial para vias férreas, seme-lhantes, etc.

265.655.552 174.609.733 270.186.549 1.71%

32

extratos tanan-tes e tintoriais, taninos e deriva-dos, etc.

258.609.789 243.667.873 211.765.832 -18,11%

34

Sabões, agentes orgânicos de superfície e preparações.

238.272.719 229.976.135 204.917.528 -14,00%

Fonte: aliceweb (MDIC)

as indústrias norte-americanas dos setores aeronáutico, petroquímico, mi-neração e transportes têm tradicionalmente significativa participação nas vendas ao Brasil.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 55

Como Exportar EUA

2. Investimentos bilaterais

Os estados Unidos são o país com maior estoque de investimentos no Brasil, somando US$ 111,7 bilhões em 20146, cerca de um quinto do total do in-vestimento externo direto no país. Já o investimento de empresas brasileiras nos EUA teve crescimento significativo, totalizando um estoque de US$ 13,1 bilhões em 2014. Os fluxos têm-se tornado mais equitativos, não porque os investimentos norte-americanos caíram, mas porque os investimentos brasileiros cresceram em ritmo mais acelerado – em 2000, para cada dólar investido nos eUa por empresas brasileiras, cerca de US$ 47 eram inves-tidos no Brasil por empresas norte-americanas; em 2014, essa razão caiu para 3 dólares de empresas norte-americanas para cada dólar investido por empresas brasileiras. Segundo dados do Banco Central, os eUa investiram, em 2014, US$ 8,5 bi-lhões no Brasil, o que o posiciona como o segundo maior investidor estran-geiro no País, em termos de fluxos. Os referidos investimentos representam 15,2% do total de IeD recebido pelo Brasil naquele ano. Os investimentos brasileiros diretos (IBD) tiveram nos estados Unidos o terceiro principal destino em 2014, atrás das Ilhas Cayman (país considera-do paraíso fiscal) e Portugal. O fluxo representou 11,5% do total de IBD em 2014. em termos de estoque de investimentos, os eUa ocupavam, em 2014, o oitavo lugar entre os países com maior volume de capitais brasileiros, com US$ 14 bilhões.

6 Os dados relativos a 2015 deverão ser divulgados pelo BaCeN no primeiro semes-tre de 2017.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201256

Como Exportar EUA

Brasil: posição dos principais investimentos e reinvestimentos, em US$ milhões, e distribuição por país do investidor final (2014)

país estoque dos investimentos participação %estados Unidos 111.715 21,0%

países Baixos71.352

13,4%

espanha 59.483 11,2%Reino Unido 36.739 6,9%França 31.602 5,9%Japão 26.820 5,0%alemanha 18.192 3,4%Brasil 18.069 3,4%Itália 17.092 3,2%México 15.242 2,9%Suíça 14.875 2,8%Luxemburgo 14.223 2,7%China 12.219 2,3%Canadá 10.565 2,0%Bermudas 8.865 1,7%Noruega 6.422 1,2%portugal 5.915 1,1%Chile 5.706 1,1%portugal 5.339 1,0%Chile 5.273 1,0%Demais países 35.737 6,7%Total 531.445 100%

Fonte: Banco Central do Brasil (Censo de Capitais estrangeiros 2015, ano-Base 2014)

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 57

Como Exportar EUA

Brasil: posição dos principais investimentos e reinvestimentos dos Es-tados Unidos, por ramos de atividade. Posição em 31.12.2014. (em US$ milhões)

Ramos de Atividade Valor % agricultura, pecuária, produção Florestal e aqui-cultura

1.854 1.7

Indústrias extrativas 1.995 1.8 Indústrias de Transformação 36.998 33.1 eletricidade e Gás 4.075 3.6 Construção 653 0.6 Comércio, Reparação de Veículos automotores e Motocicletas

12.803 11.5

Transporte, armazenagem e Correio 581 0.5 alojamento e alimentação 207 0.2 Informação e Comunicação 2.988 2.7 atividades Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados

38.078 34.1

atividades Imobiliárias 4.837 4.3 Outros 6.646 5.9TOTaL 111.715 100.0

Fonte: Banco Central do Brasil

Investimentos brasileiros nos Estados Unidos É crescente a presença de empresas de capital brasileiro nos estados Uni-dos, que são o principal destino dos investimentos diretos brasileiros no exterior. existem hoje 27 empresas brasileiras listadas na Bolsa de Valores de Nova York, nos mais diversos ramos de atividade: siderurgia, alimentação, aviação civil, petroquímico, mineração, entre outras.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201258

Como Exportar EUA

Os principais setores de destino dos investimentos brasileiros nos eUa são siderurgia, construção civil, aviação civil, alimentos e petroquímica. empre-sas brasileiras de grande porte, tais como embraer, JBS, Marfrig, Odebrecht, Grupo Gerdau, petrobras, Braskem, Camargo Corrêa e Votorantim, têm am-pliado a presença de capitais brasileiros nos estados Unidos. A Flórida, por sua proximidade geográfica e cultural com o Brasil, tem sido utilizada como porta de entrada para empresas brasileiras no mercado norte--americano. estão presentes no estado restaurantes como Coco Bambu, Giraffas, Spoletto, Rubaiyat, Viena e Vivenda do Camarão. São exemplos de outras franquias brasileiras: DNA Natural, especializada em comida saudável; Açay, alimentos e bebidas energéticas; Pão to Go, rede de padarias “drive--thru”; Embracentro e Miss Hollywood, que oferecem programas de dietas e estética; e Patroni Pizza, que deverá atuar inicialmente em parceria com a rede Spoletto. Fontes do setor indicam que os estados Unidos concentram o maior percentual de franquias brasileiras fora do Brasil, com aproximada-mente 40 marcas. O Banco do Brasil (BB) inaugurou, em março de 2015, agência em Orlando, como parte de sua estratégia de expansão naquele estado. Uma vez conso-lidada sua presença na Flórida, o Banco do Brasil américas passaria a abrir agências em outros estados norte-americanos a partir de 2016, com ênfase em Nova York, Nova Jersey e Massachusetts.em sentido inverso, estima-se que cerca de 2.900 empresas de capital nor-te-americano estejam instaladas no Brasil. O investimento americano distri-bui-se em ampla gama de setores, entre os quais se destacam: extração de petróleo e gás natural, bancos de investimento, telecomunicações, empreen-dimentos imobiliários, extração de minérios de metais preciosos, fabricação de automóveis, fabricação de álcool, fabricação de adubos e fertilizantes, metalurgia do alumínio e suas ligas, fabricação de máquinas e equipamentos para agricultura e pecuária, fabricação de cosméticos, artigos de perfumaria e higiene pessoal, fabricação de fios e cabos e cultivo de cereais.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 59

Como Exportar EUA

Brasil: posição dos principais investimentos e reinvestimentos nos Esta-dos Unidos, por principais ramos de atividade. Posição em 31/12/2014 (em US$ milhões)

Ramo de atividade Valor %

agricultura, pecuária, produção Florestal e aquicultura 108 0.9

Indústrias extrativas (c) -

Indústrias de Transformação 756 6.4

eletricidade e Gás - -

Construção 120 1.0

Comércio, Reparação de Veículos automotores e Motocicletas 255 2.2

Transporte, armazenagem e Correio 26 0.2

alojamento e alimentação 52 0.4

Informação e Comunicação 394 3.3

atividades Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados 8.124 68.8

atividades Imobiliárias 468 4.0

Atividades Profissionais, Científicas e Técnicas 912 7.7

atividades administrativas e Serviços Complementares 424 3.6

artes, Cultura, esporte e Recreação 6 0.1

Outras atividades de Serviços 163 1.4

Outros 4 0.0

Total 11.812 100Fonte: Banco Central do Brasil (pesquisa CBe - Capitais Brasileiros no exterior, 2015, ano--Base 2014)(c) Dado confidencial, composto por menos de três declarantes.

3. Principais acordos com o Brasil

Os principais acordos de interesse do empresário brasileiro vigentes entre os dois países são os seguintes:

- patent prosecution Highway (ppH) documento assinado entre Instituto Na-

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201260

Como Exportar EUA

cional de propriedade Industrial (INpI) e o escritório americano de patentes e Marcas (USpTO, na sigla em inglês) que consolida um projeto piloto de cooperação para exame de patentes. O acordo prevê a cooperação entre os dois órgãos e permite uma “via expressa” para análise de concessão de pa-tentes e o compartilhamento de informações sobre o exame realizado pelos escritórios. O programa piloto terá duração de dois anos a contar de janeiro de 2016 e será limitado a 150 pedidos de patentes de cada lado.

- Memorando de Intenções sobre Normas e avaliação da Conformidade, assinado em junho de 2015, durante a visita oficial da presidenta Dilma Rousseff aos estados Unidos. empresas brasileiras dos setores de máquinas e equipamentos, eletroeletrônicos e luminárias a partir de agora poderão certificar seus produtos no Brasil para exportá-los para os Estados Unidos. A mudança vai reduzir o prazo em 75% (de um ano para três meses) e os gas-tos com ensaios e testes laboratoriais ficarão 30% mais baratos, em média. além disso, as empresas não terão mais despesas com o envio de amostras para laboratórios norte-americanos.

- acordo sobre a melhoria da observância tributária internacional e da imple-mentação da Lei de Conformidade Tributária sobre Contas no exterior (Fo-reign account Tax Compliance act - Fatca), assinado em setembro de 2014.

- acordo de Cooperação econômica e Comercial (aTeC, na sigla em inglês), para a discussão de temas diversos da agenda econômico-comercial.

- acordo bilateral sobre o transporte marítimo, estabelecido em 30 de setem-bro de 2005, permitindo que embarcações de bandeira de um país possam transportar cargas reservadas a embarcações do outro país.

4. Linhas de crédito de bancos

atualmente, o sistema público de crédito às exportações é baseado nos seguintes instrumentos: financiamentos do BNDES/EXIM ou PROEX - Finan-

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 61

Como Exportar EUA

ciamento, Seguro de Crédito à exportação (SCe), ao amparo do Fundo de Garantia à exportação (FGe), e o mecanismo de equalização do pROeX. a Secretaria executiva da CaMeX é responsável pela elaboração de informa-ções sobre o assunto, disponíveis nos sítios: www.camex.gov.br e www.mdic.gov.br

O Programa PROEX

O programa de Financiamento às exportações (pROeX) é um programa do Governo Federal de apoio às exportações brasileiras de bens e serviços que viabiliza financiamento em condições equivalentes às praticadas no mercado internacional.

O Banco do Brasil S.a. é o agente exclusivo da União para o pROeX. O pRO-EX oferece duas modalidades de apoio à exportação: financiamento e equali-zação.

PROEX Financiamento O PROEX - Financiamento provê financiamento direto ao exportador brasilei-ro, ou ao importador, com recursos do Tesouro Nacional. O programa visa apoiar as exportações brasileiras de micro, pequenas e médias empresas, com faturamento bruto anual de até R$ 600 milhões. Os prazos de financiamento variam de 60 dias a 10 anos de pagamento, de-finidos de acordo com o conteúdo tecnológico da mercadoria exportada ou a complexidade do serviço prestado. Para os financiamentos com prazo de até 2 anos, o percentual financiado pode chegar a 100% do valor da exportação. Nas operações com prazo superior, a parcela financiada fica limitada a 85% do valor das exportações. Os bens e serviços elegíveis para o programa estão elencados na Resolução CaMeX nº126, de 26 de dezembro de 2013. Se a exportação é elegível ao PROEX, o exportador deve, depois de finda a negociação com o importador

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201262

Como Exportar EUA

e a definição da garantia, realizar o Registro de Operação de Crédito (RC) no Sistema Integrado de Comércio exterior (SISCOMeX), onde solicita o enqua-dramento no pROeX. Cabe então ao Banco do Brasil S.a. a aprovação do RC, com a consequente concessão da habilitação da operação no pROeX. O programa admite como garantias Carta de Crédito, aval, Fiança ou Seguro de Crédito à exportação. Outros tipos de garantia podem também ser ad-mitidos a critério do Comitê de Financiamento e Garantias das exportações (COFIG).

PROEX Equalização

O pROeX-equalização apoia as exportações brasileiras de empresas de qualquer porte, em financiamentos concedidos pelo mercado financeiro, por intermédio de bancos múltiplos, comerciais, de investimento e de desenvol-vimento, sediados no país ou no exterior, sejam eles públicos ou privados. O PROEX assume parte dos encargos financeiros, tornando-os equivalentes àqueles a que os concorrentes das empresas brasileiras têm acesso. As características do financiamento (prazo e percentual financiável, taxa de juros e garantias) podem ser livremente pactuadas entre as partes, e não necessariamente devem coincidir com as condições de equalização. O beneficiário da equalização é a instituição financiadora da exportação bra-sileira. A equalização é paga ao financiador por intermédio da emissão de Notas do Tesouro Nacional, da Série I (NTN-I). A equalização pode ser concedida nos financiamentos ao importador, para pagamento à vista ao exportador brasileiro, e nos refinanciamentos conce-didos ao exportador. Os prazos de equalização variam de 60 dias a 15 anos, definidos de acordo com o valor agregado da mercadoria ou a complexidade dos serviços prestados. O percentual equalizável pode chegar a até 100% do valor da exportação.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 63

Como Exportar EUA

BNDES EXIM O BNDeS eXIM é um programa do Banco Nacional de Desenvolvimento econômico e Social - BNDeS, cujo objetivo é a expansão das exportações brasileiras, mediante a criação de linha de crédito em condições competitivas com as linhas similares oferecidas no mercado internacional. O apoio do BNDeS destinado à exportação de bens e serviços nacionais pode ser aplicado tanto na fase pré-embarque como na fase pós-embarque. BNDES EXIM Pré-embarque

O BNDES EXIM Pré-embarque tem o intuito de financiar a produção dos bens e serviços a serem exportados. Os recursos são provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e o financiamento é fornecido por meio de uma rede de instituições financeiras credenciadas. podem ser clientes do BNDeS eXIM pré-embarque empresas exportadoras, de qualquer porte, constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede e administração no Brasil. Caso o cliente não seja o produtor dos bens a serem exportados – como acontece com trading companies, empresas comercial exportadoras ou cooperativas – os recursos serão transferidos diretamente às empresas produtoras dos bens objeto do financiamento. O BNDES disponibiliza, em seu sítio eletrônico, lista dos produtos financiá-veis. De uma forma geral, há três grupos de bens elegíveis: Grupos I, II e III. Bens do Grupo III não terão aprovação automática, de maneira que o finan-ciamento só será concedido após prévia análise por parte do BNDeS. O financiamento concedido pode ser de até 90% do valor da exportação para micro e pequenas empresas, e até 80% para médias e grandes empresas. a taxa de juros aplicada ao financiamento será formada da seguinte maneira: Taxa de juros = Custo financeiro + Remuneração básica do BNDES + Re-muneração da Instituição Financeira Credenciada.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201264

Como Exportar EUA

O prazo de financiamento é de até 2 anos para máquinas constantes do Gru-po I e 1 ano e 6 meses para os demais itens. As garantias do financiamento deverão ser negociadas entre a instituição financeira credenciada e o expor-tador, observadas as normas pertinentes do Banco Central do Brasil, excluí-das aplicações financeiras vinculadas ao contrato de financiamento.

BNDES EXIM Pós-embarque

O BNDeS eXIM – pós-embarque apoia a comercialização de bens e serviços brasileiros no exterior. O produto dispõe de duas modalidades: supplier´s credit e buyer´s credit. Na modalidade supplier´s credit, a colaboração financeira consiste no refi-nanciamento ao exportador, e ocorre por meio da apresentação, ao BNDeS, de títulos ou documentos do principal e juros do financiamento concedido pelo exportador ao importador. esses títulos são descontados pelo BNDeS, sendo o resultado do desconto liberado à empresa exportadora. Já na modalidade buyer’s credit, os contratos de financiamento são estabe-lecidos diretamente entre o BNDeS e a empresa importadora, com interve-niência do exportador. as operações são analisadas caso a caso, podendo atender estruturas específicas de garantia e desembolso. Por terem condi-ções diferenciadas e envolverem diretamente o importador, possuem custo relativo mais elevado que a modalidade supplier’s credit, além de possuírem prazo de análise mais longo. O BNDES disponibiliza, em seu sítio eletrônico, a relação de produtos finan-ciáveis pelo programa. além de bens, a exportação de serviços também é passível de apoio. a comercialização de serviços associados a bens elegí-veis pode ser financiada, limitado a 30% do valor da exportação dos bens. além disso, é também elegível para apoio a comercialização no exterior de serviços de construção civil e engenharia. As condições financeiras da modalidade buyer’s credit serão definidas con-

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 65

Como Exportar EUA

forme a estrutura de cada operação. Já a modalidade supplier´s credit dis-põe de condições pré-definidas. Nas operações beneficiadas pelo Sistema de Equalização do Programa de Financiamento às exportações (pROeX) poderá ser aplicado, a critério do BNDeS, redutor na taxa de desconto. além da taxa de desconto, outros encargos são cobrados pelo BNDeS para a operação. São eles a Comissão de administração, encargo por Compro-misso e Outros Encargos. Outros encargos, específicos às características de cada operação, podem ser cobrados. a forma de aplicação dos encargos e das comissões financeiras incidentes sobre as operações do BNDES está disponível no sítio eletrônico do Banco. O financiamento pode ser de até 100% do valor da exportação, por um prazo máximo de 12 anos. O BNDeS exige que a operação tenha garantias ou se-guro, que podem ser definidos na análise da operação.

BNDES EXIM Automático O BNDeS eXIM – automático destina-se ao apoio da comercialização de bens brasileiros no exterior, na fase pós-embarque, por meio de uma rede de bancos credenciados do BNDeS no exterior. O produto foi desenvolvido motivado pela demanda de exportadores por um financiamento de maior pra-zo, competitivo e ágil. assim como o BNDeS eXIM-pós-embarque, pode ser operado em duas modalidades: supplier´s credit e buyer´s credit. A modalidade supplier´s credit, modalidade tradicional de financiamento, é feita por meio de desconto de carta de crédito ou de títulos de crédito ava-lizados pelo banco no exterior, emitidos em favor do exportador. Na modali-dade buyer´s credit, o banco no exterior é o devedor direto da operação de financiamento, por meio de instrumento contratual específico com o BNDES. Nesse caso, há emissão de autorizações de desembolso de recursos direta-mente para o exportador.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201266

Como Exportar EUA

O produto beneficia tanto o exportador brasileiro quanto o importador e os bancos no exterior. ao exportador são fornecidas condições competitivas para comercializar seus produtos no exterior, sem correr os riscos, comercial e político da operação. O importador, por sua vez, terá acesso ao financia-mento do BNDeS para adquirir bens brasileiros, por meio de bancos locais, com limite de crédito para operar junto ao BNDES EXIM Automático. Por fim, os bancos no exterior terão um mecanismo de crédito competitivo e maior facilidade para originar operações com seus clientes locais. São financiáveis bens de capital e de consumo brasileiros. O prazo do finan-ciamento é de até 5 anos, com pagamento de principal e de juros semestral. a taxa de juros aplicada é LIBOR acrescida da remuneração do BNDeS, que varia de 0,4% 8 a 1,2% ao ano, dependendo do país importador. além disso, o exportador deve arcar com o encargo de administração do BNDeS e com a comissão de administração do banco mandatário no Brasil. a remuneração do banco no exterior deve ser negociada entre ele e o importador. O pedido de financiamento deverá atender aos procedimentos operacionais definidos no âmbito da Linha de Financiamento BNDES Exim Automático. Os formulários estão disponíveis no sítio eletrônico do BNDeS.

Seguro de Crédito à Exportação

O SCe visa garantir as operações de crédito à exportação contra os riscos comerciais (não pagamento por falência ou mora), políticos (moratórias, guerras, revoluções entre outros) e extraordinários (desastres naturais) que possam afetar a produção ou a comercialização de bens e serviços brasilei-ros no exterior. Podem utilizar o SCE exportadores, instituições financeiras e agências de crédito à exportação que financiarem, refinanciarem ou garanti-rem exportações brasileiras.

O SCe tem como amparo o Fundo de Garantia à exportação (FGe). O FGe é um fundo de natureza contábil, vinculado ao Ministério da Fazenda, que tem como finalidade dar cobertura às garantias prestadas pela União nas opera-

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 67

Como Exportar EUA

ções de Seguro de Crédito à exportação.

a agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S.a. (aBGF), empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda, é a única empresa seguradora autorizada a operar o Seguro de Crédito à exportação (SCe) ao amparo do FGe. O exportador deve submeter sua operação à análi-se da aBGF.

A ABGF trabalha com as seguintes formas de concessão de seguro:

- Operações de Curto Prazo para MPMEexportações com pagamento em até dois anos. O SCe/FGe para operações de curto prazo pode ser concedido em financiamentos a exportações reali-zadas por micro, pequenas ou médias empresas (com faturamento anual de até R$ 90 milhões e com exportações de até US$ 3 milhões).

- Operações de Médio e Longo Prazo Caracterizadas por exportações financiadas com prazos de pagamento su-periores a 2 anos e, em geral, relacionadas a projetos envolvendo bens de capital, estudos e serviços ou contratos com características especiais. as solicitações de seguro de crédito nesta modalidade são analisadas pela aBGF e garantidas pela União. as apólices podem ser de dois tipos: Supplier’s Credit: a apólice é emitida em favor do exportador. O próprio exportador concede crédito ao seu cliente no exterior. porém, o exportador poderá solicitar um refinanciamento (podendo ser feito através do desconto dos títulos de crédito oriundos da operação de exportação), transferindo ao banco financiador o direito às indenizações cobertas pela apólice de seguro. Buyer’s Credit: a apólice é emitida em favor dos bancos. O exportador re-cebe o pagamento à vista de seu comprador, que obtém um financiamento junto ao banco financiador.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201268

Como Exportar EUA

Cobertura de risco político e extraordinário as seguradoras privadas de crédito à exportação demonstram algum apetite para o risco comercial nas exportações para países com maior grau de risco de crédito, mas não para o risco político e extraordinário. Dessa forma, o SCe disponibiliza cobertura para os riscos políticos e extraordinários, para operações com prazos inferiores a dois anos. a empresa exportadora inte-ressada pode assumir o risco comercial da operação ou adquirir a cobertura do risco comercial de uma seguradora privada, combinando-a com a cober-tura do risco político e extraordinário do SCe/FGe.

Foto: Ron Chapple Studios/Thinkstock.

Vista aérea de tanques de armazenamento líquido na refinaria de petróleo de Los Angeles (Califórnia).

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 69

Como Exportar EUA

1. Sistema Tarifário

Território Alfandegário

O território alfandegário dos estados Unidos consiste dos 50 estados, do Distrito de Columbia e de porto Rico, excetuadas as zonas francas.

Classificação de mercadorias

Nenhum produto de importação poderá ser introduzido nos eUa se não estiver classificado de acordo com a tabela aduaneira dos Estados Unidos, intitulada “Harmonized Tariff Schedule of the United States (HTSUS)”. Cabe ao importador certificar-se da correta classificação da mercadoria no HTSUS. Caso necessário, a alfândega norte-americana possui serviço de au-xílio aos importadores para efeitos de classificação tarifária. Para acessá-lo, deve-se enviar solicitação, por escrito, à alfândega norte-americana (“Na-tional Commodity Specialist Division – Classification Ruling Requests”, em Nova York7), com o intuito de se obter informações acerca da correta clas-sificação da mercadoria (“binding ruling”). Para tanto, amostras do produto ou descrição detalhada e fotografias do mesmo devem ser encaminhadas ao referido órgão. O importador geralmente recebe resposta da NCSD em apro-ximadamente 30 dias a partir da data da solicitação, mas esse prazo pode se estender a até 90 dias.

7 Segue indicações para contato com a NCSD: U.S. Customs and Border protec-tion, Director, National Commodity Specialist Division - attn: CIe/Ruling Request - One penn plaza,10th Floor - New York, NY 10119 - Tel.: (646) 733-3068, 3062 ou 3071. O NCSD de-verá ter novo endereço a partir do segundo semestre de 2016.

V - ACESSO AO MERCADO

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201270

Como Exportar EUA

a solicitação pode ser feita também por via eletrônica (“e-rulings”)8. Caso necessário, a Divisão de Inteligência Comercial do Itamaraty (DIC)9 e o De-partamento de Operações de Comércio exterior (DeCeX)10, do Ministério da Indústria, Comércio exterior e Serviços (MDIC) poderão fornecer orientações adicionais no processo.

Estrutura da tarifa

as alíquotas norte-americanas podem ser “ad valorem”, como proporção do valor internalizado (exemplo: automóveis classificados na subposição 8703.21, com tarifa de 2,5%); específica, como função da unidade de co-mercialização do produto (exemplo: suco de laranja classificado na linha tarifária 2106.90.48, com tarifa de 7,85 cents por litro) ou mista, como com-binação de “ad valorem” e específica (exemplo: calçados classificados na linha tarifária 6404.11.79, com tarifa de 90 cents por par mais 37,5%). as informações completas sobre as regras de interpretação do sistema ta-rifário norte-americano podem ser encontradas no endereço eletrônico da USITC no sítio https://hts.usitc.gov/current (seção “General Notes”), onde também a USHTS pode ser consultada, na íntegra, ou por capítulo. A tabela é apresentada da seguinte forma: classificação do produto em até dez dígitos; descrição do produto; unidade de comercialização do produto; e tratamento tarifário. a parte relativa a tratamento tarifário divide-se em duas colunas. a primeira coluna (coluna 1) contém as informações sobre tarifa geral e especial. a indicação de tarifa geral refere-se à alíquota aplicável a

8 Os procedimentos para apresentação de petição por essa via são descritos em detalhe na página da alfândega no link https://help.cbp.gov/app/answers/detail/a_id/280/~/binding-ruling-requests.

9 DIC – Divisão de Inteligência Comercial - e-mail: [email protected]

10 DeCeX – Departamento de Operações de Comércio exterior - Tel.: (0xx61) 2109-7160 - Fax: (0xx61) 2109-7980.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 71

Como Exportar EUA

países que dispõem de tratamento preferencial naquela linha tarifária (trata--se da alíquota de nação-mais-favorecida da OMC). em geral, as alíquotas aplicáveis ao Brasil podem ser encontradas na coluna geral. Já a coluna especial engloba tratamento preferencial, em geral acordos de livre comércio e arranjos preferenciais unilaterais (como o SGp, Sistema Geral de preferên-cias). a coluna 2 refere-se a importações porventura oriundas de Cuba e da Coreia do Norte. Os Estados Unidos firmaram acordos de livre comércio com os seguintes países: austrália, Bahrain, Canadá, Chile, Cingapura, Colômbia, Coreia do Sul, Costa Rica, el Salvador, Guatemala, Honduras, Israel, Jordania, Mar-rocos, México Nicarágua, Oman, panamá, peru e República Dominicana. Os EUA concluíram, no final de 2015, negociações com países da Bacia do Pacífico para criação de uma área de livre comércio regional (“Trans-Pacifif partnership” – TTp) e está negociando com a União europeia o estabeleci-mento da parceria Transatlântica sobre Comérico e Investimento (T-TIp, na sigla em inglês). No momento da finalização deste documento (março de 2016), a Tpp ainda não havia sido apreciada pelo Congresso dos eUa. a HTS dispõe na seção “General Notes” de seu capítulo introdutório as listas de países beneficiários dos acordos ou arranjos acima mencionados. Os as-teriscos denotam exclusão de produtos originários de certos países para fins de redução ou isenção tarifária. O sinal (+) refere-se a tratamento preferen-cial nas importações oriundas de países de menor desenvolvimento relativo (pMDRs ou LDCs, na sigla em inglês)

Base de incidência e cálculo para efeitos de valoração aduaneira, a alfândega norte-americana geralmente leva em conta o valor pago pela mercadoria no país de origem, adicionado de eventuais despesas incorridas pelo comprador com embalagens, comissões, “royalties” ou taxas de licenciamento e “assists” – assistência prestada pelo comprador ao vendedor, gratuitamente ou a preço reduzido, na produção da mercadoria (insumos, componentes, partes, especificações, desenho, etc.).

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201272

Como Exportar EUA

Caso haja desacordo com relação à valoração da mercadoria, o importador poderá recorrer da decisão das autoridades aduaneiras. para tanto, terá que encaminhar requerimento (formulário Customs 19 - http://forms.cbp.gov/pdf/CBp_Form_19.pdf) ao diretor do porto por onde a mercadoria foi internali-zada, no prazo de 180 dias a contar da data da decisão. Se a solicitação for indeferida, o importador poderá ainda recorrer ao Tribunal de Comércio Inter-nacional dos estados Unidos (“United States Court of International Trade”), em Nova York, no prazo de 180 dias11. Faixas de alíquotas “ad valorem” da pauta geral

De acordo com relatório da OMC publicado em 201512, a tarifa de importa-ção média aplicada nos estados Unidos, em 2014, foi de 3,5%, sendo 3,2% para bens industriais e 5,1% para produtos agrícolas. Vale lembrar, contudo, que certos produtos recebem proteção tarifária bem mais elevada, superior a 50%. São exemplos dessa situação: tabaco, amendoim, alguns laticínios, açúcar e alguns tipos de calçados. as tarifas incidentes sobre a importação de tabaco alcançam 350%, no equivalente “ad valorem”. Cabe notar, por outro lado, que o Brasil é país beneficiário do Sistema Geral de preferências dos estados Unidos (SGp). assim, uma vasta gama de pro-dutos provenientes do Brasil é isenta do imposto de importação.

11 U.S Court of International Trade, Clerk of U.S. Court of International Trade - One Federal plaza - New York, NY 10007 - Tel.: (212) 264-2800

12 World Tariff Profiles 2015 (Organização Mundial do Comércio)

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 73

Como Exportar EUA

EUA – Médias tarifárias13

Ano TotalProdutos agrícolas

Produtos não-agrícolas

Média tarifária simples consolidada na OMC (%)

3,5 4,8 3,3

Média tarifária simples apli-cada MFN (%)

2014 3,5 5,1 3,2

Média ponderada pelo vo-lume de comércio (%)

2013 2,2 4,1 2,1

Importações (US$ bilhões) 2013 2.168,2 108,8 2,059,3Fonte: Organização Mundial do Comércio

13 a média tarifária simples consolidada na OMC refere-se à média aritmética de todos os compromissos tarifários dos eUa na OMC, ou seja, o máximo permitido para apli-cação da tarifa. a média tarifária simples aplicada MFN refere-se às tarifas efetivas cobradas na internalização dos produtos com base no conceito de nação-mais-favorecida- NMF.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201274

Como Exportar EUA

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Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 75

Como Exportar EUA

Tarifas e importações por grupos de produtos (2014)*

Grupos de produtos

Tarifas Consolidadas na OMC

Tarifas MFN aplicadas Importações

MédiaDuty--Free (%)

Max MédiaDuty--Free(%)

Maxpart. (%)

Duty--Free (%)

produtos de origem animal

2,3 30,8 26 2,2 30,8 26 0,4 24,9

produtos lácteos 16,6 0,3 188 17,2 0,3 188 0,1 14,2

Frutas, legumes, plantas 4,9 20,2 132 4,7 21,1 132 1,3 28,8

Café, chá 3,3 53,5 44 3,3 53,5 44 0,5 74,4

Cereais 3,5 21,0 44 3,0 20,1 44 0,7 31,5

Oleaginosas, gorduras e óleos

4,4 23,9 164 7,3 25,9 164 0,4 36,5

açúcares e produtos de confeitaria

12,3 2,9 55 11,7 2,7 55 0,2 6,3

Bebidas e tabaco 14,8 27,8 350 18,6 26,2 350 1,1 48,2

algodão 4,8 38,3 18 4,8 38,3 18 0,0 79,0

Outros produtos agrí-colas

1,1 58,9 52 1,0 61,0 52 0,3 67,5

produtos da pesca e peixe

1,0 82,1 35 0,8 84,6 35 0,8 90,4

Minerais e metais 1,7 60,6 38 1,8 60,9 38 12,5 73,4

petróleo 7,1 0 11 1,3 0 11 13,4 0,0

produtos químicos 2,8 40,1 7 2,8 40,8 7 9,8 65,0

Madeira e papel 0,5 90,2 14 0,5 90,1 14 3,5 92,3

Têxteis 8,0 14,8 41 7,9 15,0 41 1,9 12,6

Vestuário 11,6 2,9 32 12,0 2,8 32 3,8 1,8

Couro e calçados 3,9 39,4 55 3,8 39,1 54 2,7 17,6

Máquinas não- elétricas 1,2 65,2 10 1,2 65,2 10 14,0 79,4

Máquinas elétricas 1,7 48,5 15 1,7 49,0 15 13,2 68,3

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201276

Como Exportar EUA

equipamentos de trans-porte

3,0 55,7 25 3.1 55.3 25 13,0 15,0

Manufaturados não--especificados

2,3 44,5 36 2,5 44,2 36 6,6 70,8

Fonte: Organização Mundial do Comércio, Trade Profiles 2015*Último dado disponível

Sistema Geral de Preferências (SGP)

Todas as importações norte-americanas de produtos enquadrados no SGp são isentas de tarifas de importação, mas nem todos os produtos provenien-tes de países em desenvolvimento se qualificam para o programa. Alguns produtos estão proibidos de receber tratamento do SGp, com base no “Trade act of 1974”. entre estes se encontram a grande maioria dos produtos têx-teis, relógios, calçados, bolsas, malas, artigos similares de couro, luvas de trabalho e outros produtos de vestiário feitos de couro. produtos considera-dos “sensíveis” à importação também não têm direito ao tratamento do SGp. Exemplos desses produtos, especificamente citados na lei do SGP, são aço, vidro e eletrônicos. Certos produtos podem também ter sido excluídos do SGp por decisão, no contexto de revisão anual do Subcomitê do SGp, ou por excesso dos limites de exclusão. para receber tratamento preferencial dentro do SGp, o artigo importado deve preencher os seguintes requisitos:1) Constar da lista de produtos enquadrados no SGP; 2) Ser proveniente de país que consta da lista de países qualificados para o SGP; 3) Não estar o país de origem excluído do programa por decisão no contexto de revisão do Subcomitê do SGP; 4) Estar de acordo com os dispositivos de Regra-de-Origem vigentes; 5) Ser importado diretamente do país de origem previamente qualificado para os EUA; e 6) Ter a isenção de tarifas do SGp solicitada à alfândega norte-americana pelo importador local através da colocação do Indicador de programa espe-

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 77

Como Exportar EUA

cial (Special program Indicator – SpI) no início do número HTSUS corres-pondente ao produto importado. O SPI é utilizado para a identificação dos produtos enquadrados no SGP. Para cadaum desses produtos, o HTSUS designa SpIs, utilizando os símbolos a, a+ ou a*, queaparecem na coluna “Especial” daquela publicação, identificando a condição aplicável aoproduto dentro do SGP para fins de isenção tarifária. Segue a definição de cada símbolo:A: o produto se enquadra no SGP se proveniente de país qualificado para oprograma;A+: o produto se enquadra no SGP se proveniente de PMD; ea*: o produto se enquadra no SGp se o país de origem não foi excluído doprograma naquele produto.

Os Limites de exclusão ou Competitivos (CNLs, na sigla em inglês) impõem limites ao tratamento preferencial dentro do SGp para cada produto e país. Um país perderá automaticamente a sua qualificação ao SGP para determi-nado produto se seu CNL for excedido, ou seja, se no ano mais recente as importações norte-americanas do produto daquele país: (1) equivalerem a 50% ou mais do valor total das importações daquele produto, ou (2) Se o valor das importações do produto daquele país, no ano imediatamente ante-rior, exceder determinado valor em dólares. Informações detalhadas acerca do funcionamento do SGp dos eUa podem ser encontradas na nota geral número 4 da HTS. a referida nota contém in-formações atualizadas sobre a lista de beneficiários do programa, a lista de produtos que perderam elegibilidade ao programa (graduados) por país, bem como informações sobre regras de origem e outras. Atualmente cerca de 4.900 produtos se qualificam para o SGP e podem ser importados nos eUa livres de impostos. De acordo com a mais recente re-

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201278

Como Exportar EUA

novação do SGp, que prorrogou o programa até dezembro de 2017 e autoriza o reembolso retroativo para empresas que realizaram importações no perío-do no qual o SGP não vigorou (deste de junho de 2013), há 122 beneficiários do SGp norte-americano, 42 deles sendo países de menor desenvolvimento relativo (pMDs). as importações de produtos brasileiros isentas de tarifas no âmbito do SGp norte-americano atingiram US$ 1,9 bilhão no ano de 2015, o que represen-tou 7% do total importado do Brasil. as importações brasileiras concentram--se em: autopeças, rochas ornamentais, motores e geradores elétricos, cou-ros bovinos trabalhados, transmissões, e outros.

Outras taxas e gravames à importação

i) Direitos “antidumping”14 – a legislação norte-americana determina que se qualquer mercadoria estrangeira estiver sendo vendida nos eUa por valor inferior ao de mercado, o Secretário de Comércio denunciará o fato à Comissão de Tarifas, para que esta determine se há evidente prejuízo para alguma indústria americana já estabelecida ou a ser instalada. Se for positiva a resposta da comissão de tarifas, o Secretário deve declarar, de público, a existência de “dumping” e aplicar “direitos antidumping” iguais à diferença entre o preço de mercado ou preço “constituído” e o preço de compra ou exportação; ii) Direitos compensatórios – sobretaxas impostas pelo Governo norte-americano na importação de mercadorias objeto de subsídios do go-verno do país de origem e cuja internação no país é considerada nociva à indústria nacional concorrente. as petições iniciais podem ser apresentadas tanto pela indústria, quanto pelo governo. a determinação da margem de subsídios cabe à administração do Comércio Internacional (“International Trade administration”), do Departamento de Comércio. a determinação de

14 Ver Comissão do Comércio Internacional (USITC): https://usitc.gov/trade_remedy.htm e Departamento de Comércio (DoC): http://trade.gov/enforcement/operations/.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 79

Como Exportar EUA

dano cabe à Comissão de Comércio Internacional dos EUA; se positiva, uma tarifa compensatória idêntica à margem de subsídio é estabelecida; iii) “Excise tax” – certas mercadorias (gasolina, derivados de taba-co, bebidas, etc.) estão sujeitas ao “excise Tax”, imposto indireto cobrado pelo governo federal, ao nível do fabricante ou importador, em percentuais variados; iv) “Harbor maintenance fee (HMF)” – taxa de manutenção dos portos – equivalente a 0,125% sobre o valor da mercadoria; v) “Merchandise processing fee (MPF)” – taxa de processamento de mercadorias cujo valor mínimo é de US$ 25,00 por carregamento ou 0,3464%, não podendo a taxa ser acima de US$ 485.00; vi) “Sales tax” – imposto sobre vendas cobrado pela maioria das administrações estaduais e/ou locais, podendo atingir aproximadamente 10%15.

2. Regulamentação de importação

2.1 Regulamentação geral

Política geral de importação

a tarifa média dos estados Unidos é relativamente baixa, cerca de 3,5%. No entanto, a legislação de importação do país é vasta e complexa, exigindo do exportador considerável esforço na identificação, obtenção e interpretação de milhares de regulamentos federais, estaduais, municipais e locais que disciplinam a comercialização de mercadorias e serviços no mercado norte--americano. Diversos mecanismos da legislação comercial dos eUa podem afetar as

15 Informações adicionais e lista de alíquotas por estado estão disponíveis no sítio eletrônico da entidade Tax Foundation na página http://taxfoundation.org/article/state-and--local-sales-tax-rates-2015.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 201280

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exportações brasileiras. entre eles, incluem-se mecanismos para remediar práticas de concorrentes estrangeiros que configuram alegada “concorrên-cia desleal“ com produtores nacionais, como “dumping” e subsídios, até restrições a título de segurança nacional, passando por instrumentos que permitem contestar um súbito influxo de importações no mercado interno ou pressionar pelo fim de barreiras alegadamente discriminatórias à exportação de produtos norte-americanos a outros países. No que se refere especificamente às exigências no comércio com os EUA após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, novas medidas de segurança foram adotadas, as quais podem afetar exportações: a) Iniciativa para Segurança de Containers (Container Security Initiative - CSI) e Noti-ficação Prévia de Embarque de Carga (“24 Hour Advance Notice of Cargo Manifests”); b) A Parceira Alfândega-Comércio contra o Terrorismo (Cus-toms-Trade Partnership Against Terrorism-CPAT; c) a Lei do Bioterrorismo (“Bioterrorism Act”); e d) Lei de Modernização da Segurança Alimentar da FDa (“Food Safety Modernization act”)16.

Licenciamento

além de estarem sujeitas aos regulamentos normais da alfândega, as impor-tações devem também, em vários casos17, obedecer a leis e regulamentos específicos estabelecidos pelos órgãos do Governo norte-americano. Essas disposições podem, por exemplo, proibir a entrada, limitá-la a certos portos, colocar limitações à distribuição, armazenamento ou uso, requerer tratamen-to, rotulagem ou processamento prévio à liberação das mercadorias. Nesses casos, recomenda-se ao exportador brasileiro certificar-se de que dispõe das informações corretas sobre exigências relativas ao acondicionamento,

16 Ver informações em português no link (http://www.fda.gov/downloads/Food/Gui-danceRegulation/FSMa/UCM463927.pdf ).

17 animais e derivados, plantas e derivados (inclusive certos legumes e frutas e vegetais), produtos de tabacaria, armas e munições, bebidas alcóolicas, entre outros.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 81

Como Exportar EUA

rotulagem e outras aplicáveis, bem como confirmar que o importador tomou as providências que lhe cabem para entrada da mercadoria nos estados Unidos. a propósito, a alfândega americana vem implementando uma polí-tica de transparência, denominada “Informed Compliance”, que visa prover à comunidade empresarial informações detalhadas, em linguagem simples, sobre procedimentos, normas e regulamentos.18

Contingenciamentos

O sistema de quotas constitui uma das principais modalidades de barreira não tarifária nos eUa. a alfândega norte-americana administra a maioria das quotas atualmente em vigor nos estados Unidos. as quotas de importação norte-americanas podem ser divididas em dois tipos:

i. Quota absoluta – estabelece limite quantitativo para a entrada da mercadoria a que se aplica, num determinado período. preenchida a quota, o excedente poderá ser reexportado ou armazenado até o próximo período. em 1º. de janeiro de 2005, a instituição de quotas absolutas para produ-tos têxteis e de confecções foi eliminada como resultado de negociações no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). a medida não se aplica a produtos originários de países não membros da OMC. Os países membros da OMC mantêm, contudo, o direito de imposição de salvaguar-das na forma de quotas absolutas, com vistas a impedir surtos atípicos de importação.

ii. Quotas-tarifárias19 – estabelece a quantidade de mercadoria que

18 Lista disponível no sítio (http://www.cbp.gov/trade/rulings/informed-compliance--publications).

19 Informações sobre o preenchimento de quotas poderão ser obtidas junto aos distritos alfandegários americanos, ou ao DeCeX. estão disponíveis também no seguinte endereço: U.S. Customs Service, Quota Branch - 1300 pennsylvania avenue, NW - Wash-ington, DC 20229 - Tel.: (202) 863-6508 - e-mail: [email protected] ou na página relativa a quotas no sítio da CBp (http://www.cbp.gov/trade/quota)

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pode ser importada a uma tarifa reduzida. a quantidade que exceder a esse limite físico estará sujeita a alíquota mais elevada. algumas quotas são de aplicação global ao passo que outras se aplicam a países específicos. A situ-ação de um produto sujeito a quota tarifária não pode ser determinada antes da entrada da mercadoria nos estados Unidos. a alfândega informa a todos os distritos alfandegários sobre o momento a partir do qual a quota tarifária para importação de determinado produto está preenchida e ordena a cobran-ça, a partir daquele momento, da tarifa mais elevada. algumas das quotas absolutas são preenchidas em curto prazo após a abertura de um novo perí-odo. a abertura é feita no primeiro dia do período de quotas, de maneira que todos os importadores interessados possam ter igual oportunidade. Quando a quantidade limite é superada pelas propostas apresentadas, a quantidade equivalente à quota é rateada entre os diversos importadores, assegurando--se uma distribuição equitativa. entre os produtos sujeitos a quotas-tarifárias de importação, enumeram-se os seguintes: açúcar em bruto; leite integral fresco; creme de leite; leite em pó; álcool etílico; atum; algodão (“upland”); tabaco; chocolate; condimentos e temperos, misturados; amendoins; e manteiga de amendoim20.

Importações proibidas ou suspensas

a importação de certos artigos pode ser proibida ou suspensa, e o embar-que de tais artigos para os EUA pode resultar em apreensão e confisco. Mui-tas proibições ou suspensões decorrem de exigências alfandegárias, bem como das leis e regulamentos administrados por outras repartições federais, com as quais a alfândega coopera na sua execução.

20 Informações adicionais ou lista atualizada poderão ser obtidas no sítio:http://www.cbp.gov/trade/quota/guide-import-goods/commodities

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Proibidas

além das proibições e restrições indicadas na seção sobre normas técnicas, é proibida a importação nos eUa nos seguintes casos:

Quaisquer artigos falsificados, imitações de moedas e ações dos EUA e de outros países;

Substâncias controladas, incluindo narcóticos, marijuana e outras drogas pe-rigosas é proibidas, exceto quando submetidas aos regulamentos da “Drug Enforcement Administration”, do Departamento de Justiça;

Competição desleal – a Seção 337 do “Tariff act” de 1930, com emendas, proíbe a importação de mercadorias que supostamente estão infringindo direitos de propriedade intelectual fora dos eUa caso o presidente sancione determinação da “U.S. International Trade Commission” de que existem práti-cas desleais na vendas das mesmas aos EUA;

Mercadorias originárias de países objeto de sanções impostas pelos eUa21;

Fósforos brancos ou amarelos, certos fogos de artifício banidos por regulamentos federais ou municipais, canivetes automáticos, pimenta em grãos, bilhetes de loteria;Publicações, fotografias e outros artigos considerados obscenos, imorais ou subversivos;

Arte pré-colombiana e outros artefatos arqueológicos;

Mercadorias produzidas ou extraídas, total ou parcialmente, por prisioneiros ou em regime de trabalho forçado.

21 Informações atualizadas podem ser obtidas junto ao “Office of Foreign Assets Control”, do Departamento do Tesouro, no sítio https://www.treasury.gov/resource-center/sanctions/programs/pages/programs.aspx

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Suspensas

Geralmente, as mercadorias sujeitas a suspensão – entendida como inter-rupção temporária do fluxo de comércio – são aquelas que possam vir a co-locar em risco a saúde ou a segurança do consumidor. Todas as suspensões são indicadas no capítulo 99 da Tabela aduaneira dos estados Unidos.22

Medidas “antidumping”

a demonstração de “dumping” exige comprovar que o produto importado é comercializado nos eUa a preços inferiores ao valor justo (“fair value”), daí derivando dano material à indústria nacional. a determinação da margem de “dumping” cabe à administração do Comércio Internacional (International Trade Administration) do Departamento de Comércio. a determinação de dano cabe à Comissão do Comércio Internacional (US International Trade Commission – USITC), órgão governamental independente; se positiva, uma tarifa idêntica à margem de “dumping” é automaticamente estabelecida. as margens “antidumping” são revistas anualmente e, a cada cinco anos, o órgão faz um revisão da “Ordem antidumping” para determinar se existem elementos necessários e suficientes para sua revogação23.

Eventuais medidas de retaliação comercial: condições de aplicação

para determinar se uma mercadoria está sendo exportada para os eUa a um preço inferior a seu valor normal, são feitas comparações entre o preço líqui-do “ex-factory”, cobrado ao importador norte-americano e o preço líquido “ex-factory” cobrado a clientes no mercado interno do país produtor. Caso o produto esteja sendo vendido FOB, em determinado porto, ou CIF, para os eUa, as necessárias deduções serão feitas para que seja alcançado o preço que permita uma comparação. Caso o produto em questão não seja vendido

22 Disponível no link https://hts.usitc.gov/current.

23 Ver informações adicionais no link https://www.cbp.gov/sites/default/files/docu-ments/adcvd_faq_3.pdf.

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no mercado interno do país produtor, a comparação é feita com o preço de exportação para terceiros países. Se a mercadoria vendida nos eUa e a produzida no mercado interno não apresentarem as mesmas características, a comparação dos preços é feita por meio do sistema de construção do valor, previsto no “Trade agreement act”, de 1979, que leva em consideração:

O custo da matéria prima, mão de obra e fabricação;Os custos administrativos, inclusive os indiretos e a margem de lucro costu-meira em produtos similares;O custo de embalagem e outras despesas na preparação da mercadoria para a exportação. O documento considera que os custos com administração devem elevar-se a menos 10% do valor agregado no item (i), e o lucro deve pelo menos repre-sentar 8% dos custos somados de (i) e (ii). em casos especiais (quando o importador é uma subsidiária do exportador), outros preços são considerados para a comparação, que será feita entre o preço do produto para o consumidor no país produtor, ou em terceiro país, e o preço de exportação para os eUa, deduzidos os custos de transporte, tari-fa aduaneira, comissão e processamento eventual da mercadoria nos eUa.

Outras medidas restritivas, temporárias ou não. Situação do Brasil

Os estados Unidos impõem restrições à entrada de diversos produtos brasi-leiros. as barreiras impostas pelo país aos produtos brasileiros incluem quo-tas, subsídios, tarifas mistas e outras. Os principais produtos afetados são: açúcar, algodão, cachaça, camarão, carne bovina in natura, carne de frango, carne suína, etanol, frutas e hortaliças, lácteos, milho, siderúrgicos, soja, sucos de fruta, tabaco e têxteis e confecções.

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as principais medidas restritivas à entrada do produto brasileiro podem ser assim resumidas24:

• Açúcar: quota-tarifária; os níveis de tarifa extra quota são proibitivos;• algodão: quota-tarifária e distorções causadas por subsídios nos eUa• Camarão: direitos antidumping elevados;• Carne bovina “in natura”: quota-tarifária (tarifa extra quota elevada); • Carne de frango “in natura” ou processada: ainda proibidas por questões

sanitárias;• Carne suína: questões sanitárias. Liberado para Santa Catarina;• Etanol: subsídios; a tarifa secundária sobre a importação foi abolida em

dezembro de 2011;• Frutas e Hortaliças: questões fitossanitárias;• Lácteos: quotas-tarifárias;• Milho: subsídios;• Produtos siderúrgicos: direitos antidumping e medidas compensatórias;• Soja: escalada tarifária relativa ao óleo de soja;• Sucos de frutas: antidumping, questões fitossanitárias e tarifas elevadas;

e• Tabaco: quota-tarifáriaDentre as principais restrições de caráter horizontal que podem afetar as exportações brasileiras destacam-se: subsídios à produção agrícola domés-tica, subsídios à exportação de produtos agrícolas; regras de rotulagem; me-didas antiduping; regras sobre compras governamentais (Buy American Act), medidas relacionadas ao combate ao terrorismo, entre outras.

24 a lista apresentada é meramente indicativa e não exaustiva. em muitos casos existem combinações de barreiras. procurou-se apresentar apenas as restrições mais signi-ficativas.

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Importações via postal25

Todas as mercadorias enviadas por via postal estão sujeitas a inspeção aduaneira, com exceção de quatro itens: 1) pacotes endereçados a embai-xadores e ministros diplomáticos de outros países, 2) cartas endereçadas a organizações internacionais públicas apontadas pelo presidente como mem-bros da “International Organizations Immunities act”, e cartas a ministros diplomáticos e embaixadores contendo documentos ou correspondência, 3) documentos oficiais endereçados a membros do governo norte-americano, e 4) os procedimentos são diferentes quando a correspondência tem como destino final territórios americanos. as mercadorias expedidas por via postal devem estar acompanhadas de uma declaração de conteúdo e valor e pela fatura comercial. esses documentos podem ser inseridos no próprio volume ou presos à embalagem. Junto com o endereço, devem constar os seguintes dizeres: “Invoice enclosed” e “May be opened for customs purposes before delivery”. esta última frase poderá ser substituída pelo formulário C1 da União postal Universal. para a maioria das mercadorias de valor igual ou inferior a US$ 2.500,00 – limite para importação pelos correios nos eUa - o desembaraço é feito por funcionário da alfândega, mediante preenchimento do formulário “Customs Mail entry (CpB Form 3419aLT)”, e eventuais impostos são cobrados ao destinatário. em se tratando de importações livres de imposto, a mercadoria é liberada sem qualquer formalidade alfandegária, exceto quando exceder aquele valor. Neste último caso, o destinatário deverá preparar e preencher a documentação pertinente e apresentá-la à alfândega para a liberação do produto.

25 as remessas pela via postal e pelos serviços de entrega rápida (courier) podem ser objeto de procedimentos de desembaraço e regulamentos aduaneiros distintos. O ex-portador deve ter em mente que os serviços de entrega rápida (Courier) utilizam despachan-tes aduaneiros para desembaraçar as mercadorias, para os que pagam-lhes uma taxa de serviço que é adicionada ao valor da mercadoria.

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a alfândega cobra uma taxa de US$ 5,50 por encomenda processada. além disso, o Serviço postal cobra uma taxa pelo serviço de desembaraço alfan-degário de US$ 5,35. ambas são igualmente cobradas pelo correio no mo-mento da entrega do produto ao destinatário.

Amostras, catálogos e material publicitário

amostras, catálogos e material publicitário podem entrar no território norte--americano isentos do pagamento de impostos por meio de três procedi-mentos principais: importação sob classificação do capítulo 98, subcapí-tulo XI (9811.00.20 para amostras de bebidas, 9811.00.40 para tabaco e 9811.00.60 para demais produtos, cujo valor não pode ser exceder US$ 1); admissão temporária (“Temporary Importation under Bond”); e importação regular. a mercadoria deverá ainda conter a marcação “SaMpLe”, ou qual-quer outra marcação ou alteração que inviabilize sua venda comercial. No caso específico de calçados, a marcação deverá ser “SAMPLE – NOT FOR ReSaLe”. Outro mecanismo existente é a admissão temporária, que exige pagamento de caução (geralmente equivalente ao dobro da alíquota) e pro-messa de exportação ou destruição da mercadoria. Os produtos devem estar classificados no capítulo 98, subcapítulo 13 (9813.00.05 a 9813.00.75). a importação de material promocional (painéis, banners, etc.) deverá ser classificada sob o código 9813.00.50 (“professional equipment” ou “tools of trade”). a importação temporária, porém, nem sempre representa a solução mais econômica ou conveniente para o exportador. Frequentemente, o pagamento dos direitos e taxas por meio de importação regular é a forma mais prática e rápida para a entrada de amostras nos estados Unidos. De qualquer maneira, o exportador deve atentar para o fato de que a internação de amostras está sujeita aos procedimentos usuais de desembaraço alfandegário, inclusive o pagamento de impostos, taxas, e apresentação de qualquer documento adi-cional aplicável. a vantagem dessa opção é de poder comercializar a merca-doria no mercado americano. O exportador brasileiro deve manter em mente, igualmente, que a mercadoria poderá estar incluída na lista do Sistema Geral

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de preferências, gozando, portanto, de redução ou isenção.

Alimentos e bebidas

a preocupação com a possibilidade de atentados bioterroristas que possam ameaçar a saúde pública levou os eUa a promulgar, em junho de 2002, a chamada “Lei do Bioterrorismo” (“public Health Security and Bioterrorism preparedness and Response act of 2002”). em seu Título III, a Lei estabe-leceu novos requisitos para a proteção da cadeia alimentar contra riscos terroristas, incluindo registro de empresas da área alimentar (domésticas e estrangeiras) junto à “Food and Drug Administration” (FDA) e notificação prévia da importação de alimentos para consumo ou trânsito por território norte-americano.

a exigência do cadastramento de fornecedor estrangeiro junto à FDa aplica--se também às empresas que enviam amostras a potenciais importadores norte-americanos pela primeira vez. O cadastramento pode ser feito online, pela própria empresa ou por representante norte-americano, no seguinte sítio da FDa: www.access.fda.gov (opção “Food Facility Registration Module”). embora o fornecedor possa se registrar diretamente, a FDa exige que a em-presa constitua representante nos estados Unidos (pessoa física ou jurídica) antes de fazê-lo. Neste mesmo sítio, o exportador brasileiro, ou seu repre-sentante nos EUA, poderá também fazer a notificação prévia (opção “Prior Notice System Interface”).

a importação de amostras de alimentos e bebidas nos eUa está sujeita, de modo geral, aos mesmos regulamentos aplicados na importação para con-sumo, inclusive no que diz respeito ao trâmite alfandegário. Cabe, contudo, tecer os seguintes comentários:

O desembaraço aduaneiro das mercadorias pode ser feito pelo importador, por representante do exportador ou por despachante aduaneiro. Caso os produtos sejam enviados por empresa de remessa expressa, tais como UpS, FeDeX e DHL – é proibida a importação por via postal, o desembaraço será

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providenciado por essas organizações e a mercadoria será liberada mediante pagamento, pelo destinatário, de eventuais impostos e taxas.

a importação de amostras pode ser feita em regime temporário (“Temporary Importation under Bond”), desde que seja depositada uma fiança para garan-tir a reexportação dos produtos no prazo de um ano. Geralmente, o valor da fiança é o dobro do imposto de importação estimado, sendo restituído após a reexportação das mercadorias. Cabe lembrar, no entanto, que alguns dos produtos mencionados pela Ctcomex estão incluídos no do Sistema Geral de preferência (água mineral, linguiça, cachaça e vinho de caju) e podem gozar de isenção do imposto de importação.

No que se refere especificamente à importação de bebidas alcóolicas, inclusive amostras, o importador deverá requerer licença de importação (“Importer’s Basic permit”) junto ao TTB (alcohol and Tobaco Tax and Trade Bureau - TTB), órgão que regulamenta as importações de bebidas alcoólicas nos estados Unidos. O processo para obter o “Importer’s Basic permit” dura pelo menos 90 (noventa) dias. Vale ressaltar que, ao importar pela primeira vez, os importadores devem anexar ao pedido de licença cópia do contrato de importação ou carta do fornecedor com lista dos produtos que serão importados. após a obtenção da licença e antes da iniciar suas operações comerciais, o importador precisa também registrar-se junto a TTB como distribuidor (“alcohol Dealer Registration”). a regulamentação pertinente está consubstanciada no Código de Regulamentos Federais, Volume 27, cujo tex-to na íntegra está disponível na Internet no sítio http://ecfr.gpoaccess.govAdemais, o importador deverá requerer junto ao TTB o Certificado de Apro-vação do Rótulo (Certificate of Label Approval – COLA). O processo poderá ser conduzido por correio ou eletronicamente, por meio do serviço “COLa--online”26. É importante observar que alguns produtos precisam ser avalia-dos pelo TTB antes da emissão do COLa. a avaliação é feita por meio de análise laboratorial ou com base em carta de pré importação. O importador

26 http://www.ttb.gov/labeling/colas.shtml

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poderá, no entanto, solicitar dispensa do COLa na importação de amostras, desde que todos os critérios abaixo relacionados sejam atendidos:

a) o importador já dispõe de licença de importação; b) eventuais impostos e taxas aplicáveis às amostras devem ser pagos pre-viamente ao desembaraço alfandegário;c) as garrafas devem conter os dizeres “For Sample purposes Only – Not for Sale”;d) as garrafas devem conter a seguinte advertência quanto aos malefícios de seu uso: “Government Warning: (1) According to the Surgeon General, wo-men should not drink alcoholic beverages during pregnancy because of the risk of birth defects; (2) Consumption of alcoholic beverages impairs your ability to drive a car or operate machinery, and may cause health problems.” Veja informações adicionais no Código de Regulametos Federais, Volume 27, Parte 16, disponível no site mencionado anteriormente;e) as garrafas de vinhos devem conter no rótulo a advertência “Contain sul-fites”;f) Os rótulos com as informações mencionadas nos itens (c), (d) e (e) de-vem ser afixados antes do embarque das amostras no país de origem.além da legislação federal, o importador deverá ter em mente as legislações estadual e local. Informações sobre as exigências locais poderão ser obtidas junto às agências de controle da comercialização de bebidas alcóolicas “al-cohol Beverage Control Boards”27. Lista completa destes órgãos está dispo-nível no sítio http://www.ttb.gov/wine/state-aBC.shtml

Com relação a derivados de carnes, inclusive amostras, os embarques para os EUA estão sujeitos aos regulamentos fitossanitários sob a jurisdição da agência de Sanidade animal e Vegetal (apHIS) e da agência de Inspeção e Segurança alimentar (FSIS), ambas subordinadas ao Departamento de agri-cultura norte-americano (USDa). Os produtos devem ser originários de es-tabelecimentos aprovados pela FSIS, virem acompanhados de certificado de

27 Lista completa destes órgãos está disponível no sítio http://www.ttb.gov/wine/state-aBC.shtml.

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inspeção do Ministério da agricultura do Brasil e podem ser inspecionados pelo FSIS antes do desembaraço alfandegário caso os produtos se destinem a degustação ou outras atividades de promoção de vendas junto aos consu-midores locais. em se tratando de amostras para análises ou testes labora-toriais, a FSIS exige notificação prévia da intenção de importar. Neste caso o interessado deve usar o formulário FSIS 9540-528.

Água mineral – a FDa baixou um conjunto de normas de melhores práticas de fabricação que se aplicam especificamente ao engarrafamento de água. essas normas estão consubstanciadas no Volume 21 (Title 21) do Código de Regulamentos Federais – 21 CFR parte 129. além disto, a FDa promulgou regulamentos que estipulam a definição de vários termos que podem apare-cer nos rótulos de garrafas de água mineral destinadas a venda no varejo (21 CFR parte 165)29. embora os mecanismos existentes para a admissão temporária de mercado-rias possam ser utilizados, no caso de amostras, nem sempre representam a solução mais econômica ou conveniente para o exportador. Frequentemente, o pagamento dos direitos (que não costumam ser elevados) é a forma mais prática e rápida para a solução do problema:

i) Se o valor da mercadoria for inferior a US$ 2.500,00, a liberação poderá ser feita diretamente pelo importador e é dispensado o desembaraço formal (“formal entry”). Quando o produto está sujeito ao pagamento de di-reitos, mas o conhecimento de embarque traz os dizeres “amostra sem valor comercial”, o produto poderá ser liberado sem pagamento de direitos, caso,

28 Informações detalhadas sobre os regulamentos da FSIS e da apHIS estão dispo-níveis nos sítios eletrônicos das duas agências (http://www.fsis.usda.gov/wps/portal/fsis/topics/international-affairs/importing-products/samples-for-research-and-testing e https://www.aphis.usda.gov/aphis/ourfocus/importexport, respectivamente)

29 ambos dispositivos estão disponíveis no link http://www.ecfr.gov/cgi-bin/eCFR?page=browse

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no julgamento das autoridades alfandegárias, esteja caracterizado aquela condição; ii) Mercadorias, de valor inferior a US$ 2.500,00, sujeitas a pagamento de direitos, poderão ser isentas, se forem importadas no âmbito do Sistema Geral de Preferências; iii) Todo embarque de valor superior a US$ 2.500,00, mesmo que o co-nhecimento de embarque contenha os dizeres “amostras sem valor comer-cial”, deve obedecer às exigências para um desembaraço formal, isto é, deve vir acompanhado dos documentos exigidos para um desembaraço formal. Caso elegíveis no quadro do SGP, e acompanhadas do Certificado de Origem, as mercadorias estarão isentas do pagamento de direitos; iv) Se a mercadoria for destinada a reexportação, poderá ser liberada em regime de importação temporária, com o depósito em garantia do dobro dos direitos devidos; v) Deve-se evitar, sempre que possível, incluir numa mesma fatura mer-cadorias com classificações tarifárias distintas, tendo em vista que, neste caso, os eventuais direitos devidos serão cobrados sobre o valor do embar-que, com base no produto que tiver a maior alíquota, mesmo que nele es-tejam incluídos outros produtos isentos do imposto de importação, ou com alíquotas menores; vi) Certas amostras, sobretudo aquelas destinadas a exposição, podem ser liberadas através de licença especial para entrega imediata (“Customs Form 3461”), ou outro documento requerido pelo diretor do porto de entrada, com pagamento dos direitos estimados pelo consignatário, a quem poderá ser solicitado depósito de garantia, na eventualidade de ser exigido um adi-cional de direitos, posteriormente à liberação, como resultado da liquidação do processo de admissão pelas autoridades alfandegárias (o julgamento inicial da alfândega pode ser revisto). No caso de liberação da mercadoria através de despachante, o depósito que este já tem junto à alfândega, para poder operar, serve para cobrir o depósito que teriam de fazer os seus clien-tes. O custo para desembaraço por meio de despachante é de pelo menos US$ 150 a US$ 200.

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2.2. Regulamentação específica

Regulamentos e Normas técnicas

Há nos estados Unidos inúmeros regulamentos técnicos federais, estaduais e municipais aplicáveis tanto à produção doméstica quanto às importações. esses regulamentos abrangem rotulagem, embalagem, práticas sanitárias e de boa fabricação, aditivos, pesticidas e colorantes em alimentos, cer-tificação de farmacêuticos, produtos biológicos, alimentos enlatados de baixa acidez, bem como padrões industriais e inspeções oficiais. Existem aproximadamente três mil autoridades estaduais e municipais nos eUa que, frequentemente, não apresentam padrões uniformes. Os padrões são, ge-ralmente, mais rígidos no plano estadual do que no federal. Vários produtos agrícolas e alimentícios estão também sujeitos a práticas de comercialização (“marketing orders”) e padrões de qualidade e tamanho (“grade standards”). O Sistema de análise de Riscos e pontos Críticos de Controle (“Hazard analysis and Critical Control point System – HaCCpS”) é o principal instru-mento de controle de sanidade dos produtos consumidos nos eUa em cinco áreas: alimentos enlatados de baixa acidez, pescados processados, sucos de frutas (sob a égide da FDa, “Food and Drug administration”), carnes e frango (sob a competência do Departamento de agricultura). a FDa anunciou a implementação, ao longo de 2016 e 2017, de regulamen-tos no âmbito da Lei de Modernização da Segurança de alimentos (“Food Safety Modernization act” - FMSa) que ampliam o poder de monitoramento da agência e o leque de exigências no que diz respeito à observância de nor-mas de segurança no país de origem previstas no dispositivo legal30.

enumeram-se, a seguir, produtos selecionados cuja importação é proibida ou está sujeita a restrição devido a normas ou regulamentos técnicos31:

30 Ver informações a respeito das novas regras no endereço http://www.fda.gov/Food/GuidanceRegulation/FSMa/ucm253380.htm . 31 O Departamento de agricultura americano lançou, em 2008, uma excelente base de dados interativa com informações sobre tratamentos administrativos denominado FaVIR

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i. Queijo, leite e produtos lácteos – as importações de queijo e subprodutos estão sujeitas aos regulamentos da FDa e do Departamento de agricultura (USDa). a maior parte das importações de queijo está sujeita a licença prévia e quotas. as importações de leite e cremes de leite estão su-jeitas às normas do “Food, Drug and Cosmetic act” e do “Import Milk act”, que só permitem a importação por empresas com licença para tal; ii. Frutas, legumes e castanhas – certos produtos agrícolas32

têm sua importação sujeita aos regulamentos sobre tamanho, qualidade e estado de maturação. para ingresso desses produtos no mercado norte-americano exige-se a apresentação de um certificado reconhecido pelo “Food Safety and Inspection Service” do USDa. esses produtos estão sujeitos, ainda, a restrições impostas pela “plant Health Inspection Service”, do Departamento da agricultura, no âmbito do “plant Quarentine act”, e pelo FDA, no quadro do “Food, Drug and Cosmetics Act”; cabe notar, ainda, que para os produtos com potencial de exportação para os eUa, mas ainda não certificados, a maior barreira é a complexidade do processo da USDA para exame dos dados fornecidos pelos produtores/exportadores. O Comitê Consultivo agrícola Brasil-eUa (CCa) é o canal de diálogo entre o Mapa e o Departamento de agricultura em que se espera obter encaminhamento satisfatório para este tipo de problemas; iii. Insetos – é proibida a entrada nos estados Unidos de insetos vivos, exceto aqueles usados nas pesquisas científicas e de acordo com os regulamentos do “animal and plant Health Inspection Service”, do USDa, e do “U.S. Fish and Wildlife Service (USFWS)”; iv. Gado e outros animais – os animais vivos das espécies bovina, suína, caprina, ovina e equina, bem como seus subprodutos (peles frescas, pelos, ossos, glândulas, órgãos, extratos ou secreções de ruminantes e su-ínos, embriões e sêmen, têm sua importação sujeita aos regulamentos de

– iniciais do nome em inglês Fruits and Vegetables Import Requirements, a nova ferramenta pode ser acessada pela Internet no sítio: www.aphis.usda.gov/favir.

32 Inclui tomates frescos, abacates, mangas, limas, laranjas, pomelos, pimentões, batatinhas, pepinos, berinjelas, cebolas secas, nozes, avelãs, tâmaras processadas, ameixas, passas e azeitonas em conserva.

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inspeção e quarentena estabelecidos pelo “animal and plant Health Inspec-tion Service (apHIS)”33. Caso sejam destinados à fabricação de alimentos, drogas ou cosméticos, os subprodutos animais estão também sujeitos aos regulamentos da FDa. Os animais não domesticados estão sujeitos também aos regulamentos do USFWS; v. Carne e seus derivados – os embarques de carne seus derivados para os eUa estão sujeitos aos regulamentos do Departamento de agricultu-ra e à inspeção do apHIS e do “Food Safety and Inspection Service” antes de serem liberados pela alfândega norte-americana. Ver item ix, da seção sobre rotulagem, a seguir; vi. Plantas e produtos derivados – as importações desses produtos estão sujeitas aos regulamentos do Departamento de agricultura – “animal and plant Health Inspection Service (apHIS)”. Certas espécies consideradas em extinção podem ter sua entrada proibida ou sujeita a licença prévia. Os produtos do reino vegetal, particularmente frutas e vegetais comestíveis, têm sua importação regulamentada pela FDA; vii. Aves e subprodutos – as importações de aves vivas ou abatidas, ovos e subprodutos estão sujeitas ao controle da apHIS e do “Food Safety and Inspection Service” do Departamento de agricultura. Sua liberação de-pende da licença prévia, bem como de marcação especial e rotulagem, e, em alguns casos, certificado de inspeção para produto estrangeiro. Esses produtos podem também estar sujeitos aos regulamentos da FDa e do “U.S. Fish and Wildlife Service”. O ingresso do frango processado no mercado norte-americano depende de que o sistema brasileiro de inspeção sanitária seja certificado como equivalente ao dos EUA pelo “Food Safety Inspection Service (FSIS)” do Departamento de agricultura. viii. Sementes – a importação de sementes e refugos é regulamen-tada pelo “Federal Seed act”, de 1939, e controlada pelo “agricultural Marke-ting Service”, do Departamento de agricultura. a liberação de carregamentos depende de testes a serem realizados com amostras do produto;

33 as seis etapas principais que comportam este processo de aprovação são ela-boradas no estudo sobre Barreiras às exportações de produtos Brasileiros para os estados Unidos.

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ix. Armas, munições, explosivos e apetrechos de guerra – a impor-tação desses é regulamentada pelo “Bureau of alcohol, Tobacco, Firearms and explosives” (aTF), conforme os dispositivos do Código de Regulamentos Federais, Volume 27, Seções 447 e 555. a importação desses produtos está sujeita a anuência prévia (licença de importação) expedida pelo aTF a empre-sas autorizadas; x. Materiais radioativos e reatores nucleares – as importações desses produtos estão sujeitas aos regulamentos da “Nuclear Regulatory Commission”, além das restrições eventualmente aplicáveis por outros ór-gãos americanos. Radioisótopos e outras fontes radioativas destinada a usos médicos estão sujeitos aos regulamentos da FDA; xi. Utensílios domésticos – refrigeradores, congeladores, lava--louças, secadoras de roupa, aquecedores d’água, aparelhos de ar condicio-nado, equipamentos de calefação, aparelhos de televisão, fogões e fornos, máquinas de lavar roupa, umidificadores, centrais de ar condicionado e outros utensílios domésticos estão sujeitos aos padrões estabelecidos pelo “National energy Conservation policy” e aplicadas pelo Departamento de energia, bem como às exigências legais quanto a rotulagem impostas pela Comissão Federal de Comércio; xii. Equipamentos comerciais e industriais – o “energy policy act of 1992 (epaCT)” estabelece normas referentes ao consumo de energia para diversos equipamentos, entre os quais incluem-se: sistemas de ar condicio-nado e de calefação, caldeiras, aquecedores d’água, motores elétricos de grande porte (acima de 200 hp) – importados separadamente ou como parte de um conjunto e lâmpadas fluorescentes selecionadas, lâmpadas incandes-centes reflexivas; O epaCT estabelece também padrões de consumo de conservação de água para certos artigos e acessórios de metal e de louça para cozinha e banheiro (torneiras, vasos sanitários, tanques e outros)34.

34 Informações adicionais poderão ser obtidas junto ao “Energy Efficiency and Re-newable Energy Office”, do Departamento de Energia: http://www1.eere.energy.gov/buildin-gs/appliance_standards.

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xiii. Brinquedos e artigos infantis – a importação desses produtos está sujeita às normas de segurança do “Federal Hazardous Substances act (FHSa)” e pelo “Child Safety protection act (CpSC)”. Brinquedos ou outros artigos destinados a crianças com menos de três anos não podem conter pequenas peças e partes que possam oferecer riscos de asfixia caso sejam engolidas. No caso de brinquedos ou artigos destinados a crianças entre três e seis anos de idade e que contenham pequenas partes ou peças, a merca-doria e/ou embalagem devem conter aviso sobre os mencionados riscos. Têm importação proibida dardos e pequenas bolas para crianças com idade inferior a três anos. entre os produtos regulados pela CpSC enumeram-se: balões, chupetas, bolinhas de gude, brinquedos elétricos e berços; xiv. Tintas contendo chumbo – o FHSa proíbe a importação de tintas que contenham mais de 0,06 por cento de chumbo. estão também sujeitos a essa proibição móveis e brinquedos ou outros artigos infantis nos quais tenham sido utilizada tinta contendo mais de 0,06 por cento de chumbo. a CpSC tem autoridade para impedir a comercialização de qualquer outro bem de consumo que contenha chumbo em níveis nocivos à saúde do usuário; xv. Tecidos inflamáveis – O “Flammable Fabrics act” estabelece nor-mas referentes a riscos de combustão (“flammability”) para qualquer artigo têxtil de vestuário ou decoração, carpetes, tapetes e colchões. a Seção 11(c) do “Flammable Fabrics act” permite a importação desses produtos para tratamento final nos Estados Unidos, com vistas ao cumprimento das exigên-cias impostas pela CPSC; xvi. Material artístico – de acordo com o “Labeling of Hazardous art Materials act (LHaMa)”, todo material artístico comercializado nos eUa deve conter rótulo-padrão (norma aSTM D-4236) com declaração de que o produto foi examinado por toxicólogo e indicação de eventuais riscos que oferece ao consumidor; xvii. Produtos emissores de radiação – receptores de televisão, tubos de descarga catódico frio, fornos de micro-ondas, instalações e apa-relhagem para diagnóstico de raio-X, CDROMS, telefones sem fio e celulares, e outros produtos eletrônicos estão sujeitos aos padrões estabelecidos pelo “Federal Food, Drug, and Cosmetic act, Chapter V, Subchapter C--electronic product Radiation”. a importação desses produtos só é permitida mediante

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fornecimento pelo importador do formulário FDa 2877, que pode ser obtido junto ao “Center for Devices and Radiological Health” da FDA; xviii. Aparelhos radiofônicos – as importações de aparelhos de rádio, gravadores, duplicadores e televisões para os eUa e outros aparelhos radiofônicos estão sujeitos aos padrões estabelecidos pelo “Communica-tions Act of 1934” e devem estar acompanhadas de certificado emitido pela “Federal Communications Commission (FCC)” (formulário FCC 740)35;

xix. Alimentos, cosméticos, etc. – a importação de alimentos36 – ex-ceto aqueles regulados pelo Departamento de agricultura – drogas e cosmé-ticos é regulada pelo “Federal Food, Drug, and Cosmetic act”, sob a respon-sabilidade da FDa. É proibida a importação de artigos adulterados ou cujos rótulos contenham informações falsas ou enganosas. É também proibida a importação de produtos farmacêuticos que não tenham sido aprovados pela FDa. Como já indicado em outros itens desta seção, diversos produtos horti-frutigranjeiros e carnes são regulados pelo Departamento de agricultura. es-pécies aquáticas selecionadas podem também estar sujeitas a regulamentos do “National Marine Fisheries Service”; xx. Drogas biológicas – a fabricação e a importação de tais produ-tos para consumo humano são reguladas pelo “public Health Service act”. É exigido o licenciamento tanto do estabelecimento produtor como do produto a ser fabricado ou importado. as drogas biológicas fabricadas ou impor-tadas para o consumo animal são reguladas pelo “Virus Serum Toxin act”, administrado pelo Departamento de agricultura. esses produtos estão tam-bém sujeitos a exigências legais quanto à rotulagem; xxi. Materiais orgânicos e vetores – a importação de vírus, soro, toxinas, antitoxinas ou produtos análogos, está sujeita a licença prévia do “Department of Health and Human Services”. Cada carregamento deverá estar acompanhado de amostras do produto para encaminhamento, pela alfândega, ao diretor do “Center for Biologics evaluation and Research”, em

35 Informações adicionais, inclusive lista de isenções, poderão ser obtidas junto à FCC (https://www.fcc.gov/oet/ea/importation).

36 Ver informações sobre o Food Safety Modernization act na seção “Normas Técni-cas”, a seguir.

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Bethesda, Maryland; xxii. Drogas narcóticas e derivativas – a importação de substâncias controladas, incluindo narcóticos, marijuana e outras drogas perigosas é proibida, exceto quando submetidas aos regulamentos da “Drug enforce-ment Administration”, do Departamento de Justiça; xxiv. Ouro e prata – o “National Stamping act”, com emendas (15 U.S.C. 291-300), fixa os limites de tolerância para o conteúdo de metal pre-cioso nos artigos de ouro e de prata. para ouro é tolerada, no máximo, uma diferença de meio quilate para artigos de ouro, em relação ao número de quilates indicado. No caso de artigos feitos de ouro e suas ligas, incluindo aqueles em que existe solda e ligas de qualidade inferior, a diferença máxima permitida é de um quilate em relação ao número indicado. Com respeito a prata, os artigos com o selo “sterling”ou “sterling silver” devem ter no míni-mo 0.925 de prata pura, com uma tolerância máxima de 0.004. Os artigos marcados “coin” ou “coin silver” devem conter pelo menos 0.900 de prata pura, com uma tolerância de 0.004. a importação de ouro, que antes de 1974 era sujeita a outras restrições, é livre, sujeita apenas às exigências adu-aneiras, o mesmo ocorrendo com a prata; xxvi. Meios monetários – de acordo com o “Currency and Foreign Transactions Reporting act” (31 U.S.C. 5311), a entrada de importâncias superiores a US$ 10.000, em moeda americana ou estrangeira, ou em qual-quer outro instrumento monetário, deverá ser comunicada à alfândega dos eUa mediante o preenchimento da “Customs Declaration” (“Form 6059B”). Nesta hipótese, solicitar ao funcionário da alfândega o FinCen105 Currency Reporting Form”. Tal exigência se aplica inclusive à moeda (papel-moeda, cheque bancário, cheque de viagem, ordens de pagamento) trazida com o indivíduo37. em decorrência de regulamentação implementada no âmbito da legislação antiterrorismo “U.S. patriot act”, aprovada em 2003, as empresas do setor financeiro passaram a ser obrigadas a estabelecer sistemas de pre-venção de lavagem de dinheiro;

37 Os regulamentos do Departamento do Tesouro referentes ao assunto estão conti-dos no documento “31 CFR part 103”.

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xxvii. Pesticidas, substâncias tóxicas e perigosas – a importação desses produtos está sujeita aos seguintes regulamentos: “Federal Insectici-de, Fungicide, and Rodenticide Act (FIFRA) as amended, 1988”; “Toxic Subs-tances Control Act (TSCA)”; e, no caso de substâncias perigosas, cáusticas ou corrosivas, acondicionadas em embalagens próprias para uso doméstico, “Hazardous Substance Act”; “Caustic Poison Act”; “Food, Drug and Cosme-tic act” e “Consumer product Safety act”38;

xxviii. Animais selvagens e domésticos – a importação de animais selvagens e domésticos, pássaros, ou produtos derivados, ovos, etc., está sujeita aos regulamentos de inspeção e quarentena e licença prévia estabele-cida pelo “U.S. Fish and Wildlife Service” e outros órgãos americanos. a im-portação de pássaros abrangidos pela “Convention on International Trade in endangered Species (CITeS)” é regulada pelo “Wild Bird Conservation act”, de 1992; xxix. Bebidas alcoólicas e artigos de confeitaria que contenham álcool – a importação de bebidas alcóolicas destiladas, vinhos, cervejas e bebidas similares está sujeita aos regulamentos do “Federal alcohol admi-nistration act”. O importador deve estar devidamente licenciado pelo alcohol and Tobacco Tax and Trade Bureau (TTB). a alfândega exige que as bebidas alcóolicas importadas em garrafas ou barris com capacidade acima de 1 galão (3,785 litros) deverão estar acompanhadas de uma cópia do conhe-cimento de embarque, fatura com o nome do consignatário, certificado de origem, natureza e quantidade do conteúdo, idade, etc. e outras informações relevantes. as bebidas alcóolicas, exceto cerveja e similares, devem obede-cer às especificações do sistema métrico. Em função do recipiente (garrafas, barris, etc.) e do conteúdo (vinho, cerveja, etc.), há exigências específicas quanto à rotulagem. Os rótulos devem receber um certificado de aprovação, expedido ao importador pelo TTB. É proibida a importação dessas merca-dorias por via postal ou para um determinado estado em desacordo com

38 as exigências legais quanto à marcação, rotulagem, embalagem e transporte desses artigos deverão ser obtidas junto ao U.S. Department of Transportation, pipeline and Hazardous Materials Safety administration - 1200 New Jersey avenue, Se, east Building, 2nd Floor - Washington, DC 20590 - Tel.: (202) 366-4433 - Fax: (202) 366-3666 - http://www.phmsa.dot.gov/

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regulamentos estaduais específicos. De acordo com a Lei Pública 100-690, é obrigatória a inclusão nos rótulos dos vasilhames de bebidas alcoólicas o seguinte aviso: Government Warning: (1) According to the Surgeon General, women should not drink alcoholic beverages during pregnancy because of the risk of birth defects. (2) Consumption of alcoholic beverages impairs your ability to drive a car or operate machinery and may cause health problems. xxxi. Veículos automotores e barcos e partes de barcos – as im-portações de veículos automotores, equipamentos automobilísticos e bar-cos, novos ou usados, deverão atender aos padrões de segurança fixados pela lei federal aplicável em cada caso e regulados pela “National Highway Traffic Safety Administration”. Estão isentos dos padrões de segurança aque-les veículos ou equipamentos automotores destinados à pesquisa, demons-trações, investigações, estudos, unicamente à reexportação. Os padrões de emissão de gases, regulados pelo “Clean air act”, devem ser observados para a importação de veículos automotores (automóveis, de passageiros, caminhões, motocicletas). a conformidade com os padrões exigidos é atestada por certificado expedido pela “U.S. Environmental Protec-tion agency (epa)”. Os veículos, para evidenciar que estão de acordo com as especificações da EPA, deverão trazer rótulo nos motores, onde deverão constar, além das informações de marca e fabricação, os seguintes dizeres: “Vehicle emission Control Information”. Barcos importados e seus equipamentos estão sujeitos aos regulamentos de segurança da “U.S. Coast Guard” e aos padrões do “Federal Boat Safety act”, de 197139.

Embalagem

É importante ter presente que a embalagem usual para as vendas no mer-

39 Informações adicionais sobre os regulamentos de importação dos produtos deste item poderão ser obtidas diretamente junto aos seguintes órgãos: “National Highway Traffic Safety Administration, Office of Vehicle Safety Compliance”; “U.S. Environmental Protection agency (epa)”, “U.S. Coast Guard”.

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cado interno pode ser inadequada nas vendas ao mercado externo, pois as condições de transporte e manuseio, tanto no embarque como no desem-barque, apresentam maiores riscos de perdas e danos. Não há requisitos legais para as embalagens externas, exceto os de marca-ção. entretanto, é aconselhável que as embalagens contenham produtos de um só tipo, porque se os fiscais considerarem que mercadorias sujeitas a diferentes alíquotas estão em desordem, não possibilitando a determinação do valor exato de cada tipo, todo o embarque ficará sujeito ao pagamento da alíquota mais elevada. as companhias aéreas e marítimas podem informar sobre a embalagem mais adequada para a mercadoria destinada ao mercado americano. Contribuirão para o rápido desembaraço do embarque, as seguintes provi-dências sugeridas pela Alfândega: a) especificar o conteúdo de cada volume na fatura e no próprio volume; b) evitar colocar mercadorias com classifi-cações tarifárias distintas num mesmo volume, conforme indicado no item acima.

Rotulagem

a rotulagem de produtos é regulada por diversas leis norte-americanas. as principais – entre elas algumas já citadas na seção (2b) – são: i. “Fair Packaging and Labeling Act - FPLA” – de acordo com o “Fair packaging and Labeling act-FpLa”, de 1967, cabe à “Federal Trade Commission (FTC)” e à FDa a responsabilidade pela elaboração e implemen-tação de regulamentos referentes à rotulagem de bens de consumo produzi-dos e/ou comercializados nos estados Unidos. O FpLa determina que conste em todo rótulo a identificação precisa do produto, nome e endereço do fabri-cante ou distribuidor e volume líquido do conteúdo (em unidades do sistema métrico e em libra/onça). O FpLa autoriza também os mencionados órgãos a expedirem regulamentos visando a proibição de reivindicações enganosas e a facilidade de comparação de preços. O FDa administra o FpLa no que concerne a alimentos, cosméticos, medicamentos e aparelhos médicos,

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cabendo à FTC a regulamentação de rótulos da maioria dos demais bens de consumo não duráveis de uso doméstico; ii. “Nutrition Labeling and Education Act” – determina a inclusão de informações sobre nutrientes nos rótulos da maioria dos produtos ali-mentícios. Determina também que os rótulos que contenham reivindicações especiais sobre nutrientes e benefícios à saúde do consumidor estejam em conformidade com requerimentos específicos contidos no regulamento40.

iii. “Textile Fiber Products Identification Act” e “Wool Products Labeling Act” – a Seção “70g” dispõe sobre a identificação de artigos têx-teis importados. Todos os produtos têxteis devem conter as seguintes infor-mações na etiqueta, em conformidade com os regulamentos do “Textile Fiber Products Indentification Act”:• nome da fibra e/ou fio e percentual em relação ao peso bruto do produto;

outras fibras e/ou fios presentes e respectivo percentual. As fibras ou fios com maior percentual devem vir em primeiro lugar. Fibras com percentu-al de 5% ou menos devem receber a designação de “outras fibras”;

• o nome do fabricante e número de identificação do distribuidor nos EUA na “Federal Trade Commission”;

• o nome do país de fabricação.No caso de produtos de lã, com exceção de carpetes, tapetes, capachos, es-tofados e artigos de mais de 20 anos, se aplicam os regulamentos do “Wool products Labeling act”, de 1939. O rótulo deve conter:• o percentual no peso bruto do produto, excluídos a ornamentação de (1)

lã; (2) lã processada; (3) outras fibras ou fios cuja participação no peso total seja de 5% ou mais; (4) o percentual do agregado de todas as ou-tras fibras contidas no produto de lã;

• o percentual máximo de outras fibras ou fios contidos no produto de lã, em relação ao peso bruto total;

40 Informações adicionais estão disponíveis na FDa nos seguintes endereços: Food and Drug Administration, Center for Food Safety and Applied Nutrition, Office of Food La-beling - 5100 paint Branch parkway, CpK-1 Bldg, Room 4C-095 - College park, MD 20740 - Tel.: (301) 436-2373 - Fax: (301) 436-2639. Veja também o guia para etiquetagem (http://www.fda.gov/FoodLabelingGuide) e o guia para etiquetagem de Comidas e Nutrição (http://www.fda.gov/food/labelingnutrition/default.htm).

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• nome do fabricante e o número do importador e/ou distribuidor na “Fede-ral Trade Commission”.

Caso o fabricante ou o importador disponham de marca registrada no “Uni-ted States Patent Office”, esta poderá substituir o nome do fabricante, desde que uma cópia do registro seja fornecida à FTC. “Care Labeling of Textile Wearing apparel and Certain piece Goods, as amen-ded Effective September 1, 2000” – É obrigatória a afixação nos artigos têx-teis, domésticos ou importados, de etiqueta contendo instruções referentes a procedimentos de lavanderia41; iv. “Insecticide, Fungicide, and Rodenticide Act, as amended by the Federal Environmental Pesticide Control Act” – regula a importação de pesticidas e dispositivos utilizados no combate a pragas e dispõe sobre padrões de rotulagem, classificação e registro desses produtos na “Environ-mental Protection Agency”; v. “Dietary Supplement Health and Education Act of 1994” (emen-da ao “Food, Drug and Cosmetics Act”) – contém dispositivo sobre a rotu-lagem de suplementos dietéticos (vitaminas, etc.); vii. “Federal Alcohol Administration Act” – a regulação da rotula-gem de bebidas alcoólicas está contida no documento “27 CFR Subpart a parts 4, 5 e 742”;

viii. “National Organic Program” – estabelece as condições neces-sárias para a utilização do termo “Organic” em rótulos de produtos orgâni-cos, in natura ou processados. produtos com rótulo “100% Organic” devem conter apenas ingredientes orgânicos (excluindo sal e água); produtos com rótulo “Organic” devem conter 95% de ingredientes orgânicos; e produtos

41 Informações adicionais estão disponíveis nos seguintes endereços na Internet: http://www.ftc.gov/os/statutes/textilejump.htm e https://www.ftc.gov/tips-advice/business--center/guidance/clothes-captioning-complying-care-labeling-rule

42 Descrição detalhada das exigências referentes a rótulos encontram-se disponíveis no sítio da agência reguladora “alcohol Tobacco Tax and Trade Bureau” na Internet (http://www.ttb.gov).

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com rótulo “Made with Organic Ingredients” devem conter um mínimo de 70% de ingredientes orgânicos. Os três tipos de rotulagem necessitam ser certificados por agências aprovadas pelo Departamento de Agricultura, nos eUa ou no país de origem do produto. No Brasil, o Instituto Biodinâmico (IBD), em Botucatu, São paulo, foi reconhecido pelo USDa como uma agên-cia certificadora de produtos orgânicos. ix. “Country of Origin Labeling – COOL” – exigência de rotulagem para país de origem aplicável à comercialização varejista de cortes de carne bovina, ovina e suína, peixe, frutas, vegetais e amendoim, exceto quando usados como ingredientes de um produto alimentar processado. após longo processo de discussão com o setor privado, o Departamento de agricultura decidiu implementar, em março de 2009, os dispositivos previstos no COOL. as regras abrangem cortes e carne moída de carneiros, frangos, cabras, crustáceos e peixes criados em cativeiro ou selvagens, commodities agríco-las perecíveis (frutas e verduras frescas e congeladas), macadâmia, gengi-bre, noz pecan e amendoim. Os produtores ou distribuidores deverão infor-mar no produto, no seu recipiente, ou na documentação que acompanha o produto, a identificação do país de origem e o método de produção – “wild” (silvestre) ou “farm-raised” (aquicultura). O regulamento original incluía na lista de produtos cobertos cortes e carnes moídas bovinas e suínas. estes produtos foram retirados da lista em função de decisão do Congresso dos eUa, em dezembro de 2015, decorrente de decisão da Organização Mundial em processo contra a medida aberto por Canadá e México.

Marcas e patentes

Não é permitida a entrada nos eUa de artigos que tenham um nome que co-pie ou imite o de um fabricante ou comerciante dos eUa ou de um país es-trangeiro que conceda direitos semelhantes a cidadãos americanos. Tampou-co é permitida a entrada de artigos que tenham um nome que copie ou imite marca registrada no “United States Patent and Trademark Office (USPTO)” e no Departamento do Tesouro, exceto quando importados pelo proprietário da marca registrada ou nome comercial, ou em seu nome, ou ainda através de

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seu consentimento, por escrito43.

Regime cambial

Não existem controles cambiais nos estados Unidos. O governo americano não regulamenta os prazos de financiamento de importadores. Os importa-dores tratam diretamente com seus bancos os termos do financiamento.

3. Documentação e formalidades

Embarques no Brasil44

O exportador brasileiro deve levar em consideração os procedimentos decor-rentes das exigências do governo norte-americano no âmbito da legislação de combate ao terrorismo criadas em resposta aos ataques de 11 de setem-bro de 2001 (vide seção 2 – política geral de importação, neste capítulo). antes do desembaraço das mercadorias junto à alfândega, o importador deve estar de posse de todos os documentos necessários. a fatura comer-cial é o documento mais importante entre os documentos fornecidos pelo exportador. Outros documentos incluem conhecimento de embarque (“bill of lading” ou “airway bill”, dependendo do tipo de transporte), certificado de origem, se cabível, e certificado de seguro. a carta de crédito e ordem de compra declaram, normalmente, os documen-tos exigidos pelo importador. estes documentos devem ser enviados, através do banco, ao importador ou agente autorizado.

43 O exportador brasileiro encontrará informações adicionais sobre o assunto na página do USpTO: http://www.uspto.gov

44 Ver o capítulo 7 da publicação “exportação passo a passo” que está disponível no portal Guia de Comércio exterior e Investimentos (http://www.investexportbrasil.gov.br/exportacao-passo-passo).

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Para evitar dificuldades, demoras e possíveis penalidades ao importador, o exportador deve ter em mente que os documentos exigidos devem ser entre-gues no período apropriado e corretamente preenchidos. a alfândega norte--americana é muito rigorosa quanto ao preenchimento correto e pormenori-zado da fatura, principalmente com relação à formação de preço, à descrição das mercadorias e à exata identificação das partes envolvidas na transação. Omissão de dados nos documentos exigidos pode resultar em apreensão da mercadoria e multa ao importador. De acordo com a alfândega norte-ame-ricana são os seguintes os erros mais frequentes (geralmente envolvendo o valor da mercadoria): • Omissão na fatura de comissões, “royalties” e outras despesas que o

exportador assume serem isentos do imposto de importação; • Faturamento do preço de custo ou preço FOB, para mercadorias vendi-

das CIF, ao invés do preço de entrega (“delivered price”);• Omissão de declaração de desconto eventualmente oferecido, a partir da

lista básica de preços, mostrando-se apenas preço líquido;• Omissão do custo de insumos ou componentes fornecidos pelo importa-

dor no preço final do produto.

Desembaraço alfandegário nos EUA

No contexto da política da Administração Obama de simplificar o processo de importação e exportação no país, a alfândega norte-americana criou sistema de “janela única” (“single window”) para a apresentação e proces-samento eletrônico da documentação de importação e desembaraço alfan-degário de mercadorias. O novo sistema é denominado “automated Com-mercial environment” (aCe). a utilização da nova plataforma, que substituiu o Sistema Comercial automatizado (aCS, na sigla em inglês) e o “automated Broker Interface” (aBI), passou a ser obrigatória a partir de 31 de março de 201645, para todas as transações de importação e exportação.

45 Ver informações adicionais na homepage da alfândega dos eUa nos seguintes endereços: http://www.cbp.gov/document/report/aceopedia e https://www.cbp.gov/trade/automated.

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O desembaraço alfandegário das mercadorias pode ser feito pelo importador, por representante do exportador ou por despachante aduaneiro. Caso os produtos sejam enviados por empresa de remessa expressa, tais como UpS, FeDeX e DHL, o desembaraço será providenciado por essas organizações, em nome do importador. Caso se trate de encomenda feita pelo consumidor final, a mercadoria será liberada mediante pagamento, pelo destinatário, de eventuais impostos e taxas.46

O importador deverá fazer Notificação Prévia de Embarque de Carga, que determina que sejam transmitidos avisos sobre contêineres destinados aos eUa 24 horas antes de seu embarque (“24-hour rule”). Inicialmente aplicada apenas ao transporte marítimo, a exigência passou a vigorar para os demais meios de transporte a partir de 2004. a medida Importer Security Filing and Additional Carrier Requirements, também conhecida como “10+2 regula-tion”, exige que o importador forneça dez tipos de informação47, 24 horas antes do embarque da carga com destino aos eUa, e que a empresa de transporte forneça mais dois conjuntos de informação48, com antecedência mínima de 48 horas com relação a sua chegada. Quando uma remessa de mercadoria chega aos eUa, o importador baseia-se

46 Mercadorias de valor superior a US$ 2.500,00 enviadas pela via postal, só podem ser liberadas no porto de entrada, visto que estão sujeitas a “desembaraço formal” (“Formal entry”). Lista completa de portos de de entrada está disponível no site da alfândega Norte-americana no link http://www.cbp.gov/contact/ports

47 Nome e endereço completos do fabricante ou fornecedor, do vendedor, do com-prador, da pessoa responsável pelo recebimento da mercadoria depois do desembaraço, do local onde a mercadoria foi colocada no contêiner, do consolidador responsável pelo carregamento no contêiner; número de identificação do importador (“importer of record”); número de documento da pessoa ou firma para quem a mercadoria está sendo enviada; país de origem; código HTS6.

48 Vessel Stow plan (plano de Distribuição da Carga na embarcação) e Container Status Messages (Indicação da Situação do Contêiner).

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na fatura enviada, para requerer, no prazo de quinze dias úteis, o desembara-ço alfandegário, no porto de entrada por ele escolhido. Findo o prazo, o dire-tor da alfândega mandará guardá-la num armazém geral, por conta e risco do importador. Se o importador desejar a imediata liberação da mercadoria, deverá dar en-trada de Requerimento de permissão especial para entrega Imediata (“Cus-toms Form 3461”) e fará o depósito dos direitos aduaneiros, conforme es-timativa prévia da alfândega. O procedimento de desembaraço para entrega imediata é utilizado nos seguintes casos: • artigos destinados a exposição em feiras e exposições;• mercadorias sujeitas a quotas, tarifárias ou absolutas;• mercadorias depositadas em armazém alfandegário, em circunstâncias

especiais, desde que a documentação apropriada seja providenciada até dez dias úteis depois.

Se o destinatário quiser protelar a liberação de mercadorias tributáveis e que não sejam perecíveis ou explosivos, poderá guardá-la em entreposto aduaneiro, mediante entrada de requerimento para armazenagem. antes de admitidas no armazém alfandegário, as mercadorias poderão ser deposita-das numa das zonas de comércio exterior. Nesse armazém, as mercadorias poderão permanecer por um período de até cinco anos, a partir da data de importação. a qualquer momento, durante esse período, as referidas merca-dorias poderão ser exportadas sem pagamento de direitos ou retiradas para venda ou consumo interno, mediante o pagamento dos direitos vigentes na data da retirada.

Documentação

Deve ser feita uma fatura comercial para cada embarque de mercadoria cujo valor exceda a US$ 500,00, a menos que as mercadorias exportadas este-jam expressamente dispensadas da fatura. Se a fatura comercial não for entregue quando da entrada da mercadoria,

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deve ser apresentada uma declaração em forma de fatura (Fatura proforma) e um termo de responsabilidade assegurando a apresentação da fatura apro-priada, no prazo máximo de quatro meses. Cada fatura não pode cobrir mais do que um embarque de um exportador para determinado importador, em dado meio de transporte. entretanto, uma fatura pode conter várias cargas diferentes, desde que enviadas pela mesma via e para o mesmo importador, ou quando os embarques para o mesmo im-portador são feitos por mais de um veículo transportador e cheguem todos ao porto de entrada dentro de um período máximo de sete dias. a alfândega exige apenas a primeira via da fatura especial ou comercial, que deve ser preparada em inglês, embora não seja rejeitada a fatura redigida no idioma do país de origem do embarque. além dos documentos mencionados acima, o importador, despachante ou agente autorizado deve preencher uma Declaração de Desembaraço adua-neiro (“entry Manifest Customs Form 7533”) ou Declaração de Internação/entrega Imediata (“Customs Form 3461”) e estar de posse dos seguintes documentos:• Conhecimento de embarque marítimo ou aéreo (“bill of lading” ou • “airway bill”);• Evidência do direito de fazer o desembaraço, se solicitada;• Romaneio (“Packing List”), se aplicável;• Outros documentos, quando exigíveis.

Certificados sanitários de segurança ou qualidade

São exigidos no caso de certas importações de alimentos para consumo humano ou animal. em casos especiais é necessário que o embarque seja acompanhado de certificado da autoridade sanitária do país de origem reco-nhecido pelo governo americano. porém, de modo geral, a legislação prevê testes ou análises dos produtos depois de chegados aos eUa, não levando em conta certificados provenientes de outros países. (Ver também a seção

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012112

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“Normas Técnicas”).

Certificação de Conformidade de Produtos Manufaturados Todo produto estrangeiro manufaturado a partir de 12 de novembro de 2008 e que esteja sujeito a qualquer regulamento sobre segurança de produtos de consumo terá, obrigatoriamente, que ser acompanhado de certificado de conformidade. a nova regulamentação determina que o produto seja testado pelo fabricante ou importador consoante normas pertinentes49.

4. Regimes Aduaneiros Especiais

Admissão temporária

as mercadorias não destinadas a venda podem entrar nos estados Unidos isentas dos impostos de importação, desde que seja depositada uma fiança para garantir sua reexportação no prazo de um ano – no caso de automó-veis, partes de automóveis e autopeças destinados a mostras, o prazo é de seis meses. Geralmente, o valor da fiança é o dobro do imposto de impor-tação estimado, sendo restituído após a reexportação das mercadorias. O limite de um ano para reexportação pode ser prorrogado duas vezes, por iguais períodos. O regime de admissão temporária é aplicado aos seguintes produtos, entre outros: Mercadorias ou bens para reparo, ou operação que não altere sua natureza ou características; Produtos destinados a exame ou teste técnico; Catálogos ilustrados, folhetos ou material para publicidade;Amostras (não há isenção de eventuais quotas);Mercadorias destinadas a feiras e exposições; Equipamentos profissionais (“tools of trade”).

49 Informações detalhadas podem ser obtidas pelo exportador na homepage da CpSC no sítio http://www.cpsc.gov/en/Business--Manufacturing/Import-Safety.

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Declaração de trânsito aduaneiro

O transporte de mercadorias em trânsito é feito mediante o pagamento de fiança à Alfândega americana, quando aplicável. O prazo de trânsito é de 10 dias a partir da internação da mercadoria – 15 dias se o destino final for um ponto dentro dos estados Unidos ou se a mercadoria for reembarcada em localidade diferente daquela por onde entrou. No caso de cargas aéreas, o embarque deve estar acompanhado do formulário “Customs Form 7509”, no qual deve constar os dizeres “Transportation entry and Transit air Cargo Manifest”. Se a mercadoria não for reexportada diretamente do porto de en-trada, é necessário afixar, na presença de funcionário da Alfândega, aviso em cada pacote, em papel vermelho, de 12,5 cm por 20 cm ou 7,5 cm por 12,5 cm, com o seguinte texto:

U.S. Customs

This package is under bond and must be delivered intact to theCustoms officer in charge at the port of destination or to such otherplace as authorized by Customs.

Warning. Two years’ imprisonment, $5,000 fine, or both, is thepenalty for unlawful removal of this package or any of its contents.Transportation Entry No. --------; From ----------To ----------; Thispackage to be delivered to Customs at ---------------- (If other thanport of destination)

as mercadorias regulamentadas pelo “Bureau of export administration” po-derão ser transportadas “em trânsito” no território alfandegário dos eUa ape-nas mediante emissão, no ponto de entrada, dos documentos alfandegários “Transportation and exportation (T.& e.)” ou “Immediate exportation (I.e.)50.

50 a regulamentação pertinente é publicada no Código de Regulamentos Federais, Volume 19, Seção 18. O documento pode ser consultado no sítio http://ecfr.gpoaccess.gov/

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“Drawback”

O regime aduaneiro especial de “drawback” permite ao exportador norte--americano solicitar o reembolso de até 99% dos direitos de importação incidentes sobre mercadoria reexportada ou destruída sob supervisão da alfândega, por qualquer razão, ou sobre mercadoria importada que tenha sido utilizada na industrialização, ou acondicionamento, de produtos a serem exportados.

as solicitações de drawback só podem ser efetuadas junto a escritórios da alfândega que dispõem de centros de processamento de “drawback”. a alfândega norte-americana publicou excelente brochura sobre o assunto. O documento, intitulado “Drawback: a Refund for Certain exports”, indica a legislação pertinente, descreve em detalhe os vários tipos de drawback e fornece informações sobre os procedimentos a serem seguidos para apre-sentação de pedido de restituição de impostos recolhidos na importação. O documento pode ser obtido no sítio: http://www.cbp.gov/trade/programs--administration/entry-summary/drawback

Zonas Francas

Os regimes aduaneiros especiais nos eUa são chamados de “zonas de Co-mércio exterior” (“Foreign Trade zones – FTzs”). Foram criados em 1934 e são administrados pelo “Foreign Trade zones Board”, que é composto por representantes dos Departamentos de Comércio (DoC) e Tesouro e operado pelo DoC. O “Board” tem a função de regulamentar o funcionamento e autori-zar licenças de FTzs. Os benefícios previstos em FTzs são a isenção de alíquotas de importação (“duty-free treatment”) para itens a serem processados e reexportados, e a isenção de taxas de exportação e de alguns impostos sobre consumo (“ex-cise taxes”). em alguns casos, restrições por quotas também são suspensas para a entrada de produtos em FTzs e, de acordo com a legislação e os

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incentivos locais, as mercadorias também podem ser isentas de impostos estaduais e municipais. Sobre os bens produzidos nas FTzs e vendidos em território americano extra-FTz são aplicadas as tarifas aduaneiras de praxe, uma vez que as zonas estão, do ponto-de-vista legal, fora do “território adu-aneiro” dos eUa. as atividades em FTzs podem ser tanto industriais (“manu-facturing”) quanto de armazenamento (“warehousing”), e entre as empresas beneficiadas destacam-se montadoras de automóveis, estaleiros navais e eletroeletrônicas. Qualquer área próxima a posto aduaneiro de entrada (entre os mais de 300 por terra e mar existentes nos eUa) pode ser habilitada como FTz, bastando a aprovação dos planos de trabalho para a área e projetos específicos. Não é o Governo Federal quem determina de antemão a localização e o número de FTZs; cabe-lhe julgar as diversas candidaturas apresentadas por autoridades municipais, administrações de portos e aeroportos ou agências de desenvol-vimento econômico, sempre com o apoio dos governos estaduais. Também podem ser autorizadas as chamadas “subzonas”, que usufruem dos mesmos benefícios das FTzs, e estão quase sempre localizadas em instalações industriais individuais. as FTzs têm de ser situadas num raio má-ximo de cerca de 100 quilômetros do posto aduaneiro (60 milhas), mas as subzonas podem ser instaladas fora deste perímetro. em razão dessa deso-brigação espacial e geográfica, a maioria das plantas industriais americanas poderia candidatar-se à condição de subzonas. De acordo com relatório de 2014 do “FTz Board” ao Congresso norte--americano, naquele ano existiam 179 zonas e 311 subzonas em operação, espalhadas por todo o território norte-americano, da Flórida ao alaska. Se-gundo o FTz Board, atualmente, as maiores empresas utilizando-se do FTz são refinarias de petróleo. Apesar disso, contribuição considerável também acontece da parte de indústrias automobilísticas, farmacêuticas e de eletrôni-cos. Segundo dados de 2014, cerca de 2.700 empresas operavam em FTzs e subzonas, empregando cerca de 420 mil trabalhadores.

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Tratamento das mercadorias nas Zonas de Comércio Exterior as mercadorias desembarcadas nos estados Unidos, que não se destinem a venda imediata, poderão permanecer por tempo ilimitado nas “Foreign Trade Zones”, e beneficiar-se de suspensão temporária do pagamento de direitos aduaneiros, sem pagamento de fiana. Nas zonas francas, as mercadorias podem ser armazenadas, exibidas, se-paradas, classificadas, montadas, distribuídas, limpas, reempacotadas, ou misturadas com outras de origem norte-americana ou estrangeira e objeto de qualquer espécie de manipulação, inclusive processamento. O produto final poderá ser reexportado ou transferido para o território aduaneiro norte-ame-ricano. No caso de desembaraço para consumo, deverão ser pagos os direi-tos correspondentes à mercadoria no estado em que foi admitida na zona de Comércio Exterior, se tiver sido classificada como “mercadoria estrangeira privilegiada” anteriormente ao processamento. Em alguns casos específicos, o “Foreign Trade Zone Board” pode proibir ou restringir operações na FTz que sejam consideradas nocivas ao interesse público ou que representem risco à saúde pública ou à integridade física da população. por exemplo, é proibida a fabricação nas FTzs de produtos su-jeitos a tributação pelo Fisco americano. entre eles, enumeram-se bebidas alcoólicas, perfumes com conteúdo alcóolico, derivados de tabaco, armas e açúcar, relógios e mecanismos para relógios. Os direitos sobre mercadorias estrangeiras envolvidas na operação são ape-nas cobrados sobre as quantidades transferidas da zona de Comércio exte-rior para o mercado norte-americano. Os refugos irrecuperáveis resultantes do processamento ou manipulação não estarão sujeitos ao pagamento de direitos aduaneiros. Outro aspecto importante das zonas de Comércio exterior é a possibilidade de exibição das mercadorias dentro das zonas, por tempo ilimitado, sem depósito de fiança, obrigação de reexportação ou pagamento dos direitos. O

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proprietário da mercadoria pode exibi-la, montar suas próprias instalações ou associar-se a outros importadores para estabelecer com eles uma exposição permanente. No entanto, as atividades de varejo estão sujeitas a anuência prévia do FTzB. apenas mercadorias desembaraçadas pela alfândega podem ser comercializadas no varejo dentro das FTzs51.

Importação em consignação

Não há tratamento tributário especial para as mercadorias remetidas em con-signação. a menos que sejam armazenadas em entrepostos alfandegários ou zonas de comércio exterior, estão sujeitas ao pagamento de todos os direitos devidos.

51 para uma lista completa de zonas de livre comércio nos eUa e outras informações sobre o assunto, visite o sítio do “Foreign Trade zone Board”: http://enforcement.trade.gov/ftzpage/index.html

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Foto: Kristy-Anne Glubish / Design Pics/Thinkstock.

Vista aérea de um porto Chicago, Illinois.

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1. Infraestrutura interna

Os estados Unidos possuem uma boa infraestrutura de transportes. apro-ximadamente 12 milhões de caminhões, locomotivas, vagões ferroviários e embarcações transportam bens na rede de transportes local. O número de automóveis e embarcações se manteve relativamente estável nos últimos anos. Segundo a administração Federal das estradas do Departamento de Trans-portes, os movimentos de carga em todos os modais de transporte devem aumentar até 2040 de 19.662 milhões de toneladas para 28.520 milhões de toneladas, equivalente à um aumento de 45%. atualizado em 2011 pelo De-partamento de Transporte, o mapa a seguir demonstra os principais modais de transporte nos estados Unidos.

Modal rodoviário

a malha rodoviária dos estados Unidos é a maior do mundo, com 6,5 mi-lhões de km de estradas. O Sistema Nacional de Rodovias é composto de cerca de 260 km de rodovias. Os eUa também contam com 75.639 km de rodovias interestaduais e 6.097 805 km de outras estradas de rodagem. De modo geral, as rodovias norte-americanas são de boa qualidade e são man-tidas regularmente. No entanto, prevê-se que até 2020, 90% das rodovias interestaduais do país estarão operando em capacidade máxima. em 2005, o governo criou o programa de investimentos de longo prazo denominado “Highways for LIFe”52 com o objetivo de investir na melhoria e ampliação de rodovias e pontes.

52 O programa “LIFe” diz respeito ao desenvolvimento de “infraestruturas rodoviárias mais duradouras utilizando inovações para a construção rápida de autoestradas e pontes eficientes e seguras”. O programa é parte da legislação SAFETEA-LU, sigla para “Safe, Ac-countable, Flexible, Efficient Transportation Equity Act: A Legacy for Users”.

VI - INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

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Os principais “hubs” rodoviários em termos de valor da mercadoria transpor-tada são: Laredo-Texas, Detroit-Michigan, Buffalo/Niagara Falls-Nova York, port Huron-Michigan, o porto de el paso-Texas, Otay Mesa-Califórnia, Cham-plain/Rouses point-Nova York, Hidalgo-Texas, Nogales-arizona, pembina--North Dakota, Blaine-Washington, eagle pass-Texas e portal-North Dakota. as principais rodovias interestaduais para o transporte de cargas são as de código I-10, I-20, I-40, I-80, I-84, I-90, I-94, I-5, I-15, I-35, I-55, I-65, I-75, I-81, I-85 e I-9553. O mapa a seguir, elaborado pela administração Federal das Rodovias do Departamento de Transporte, apresenta o sistema nacional de rodovias (vermelho) e as rodovias interestaduais (azul).

Rede rodoviária e frota nacional (2013)*

extensão da Malha (km) 6,5 milhões pavimentada 4,3 milhões Outras 2,2 milhõesparque automobilístico (registrados) 255,8 milhões automóveis de passageiros 192,6 milhões Motocicletas 8,4 milhões Caminhões 2,4 milhões Utilitários 51,5 milhões Ônibus 864 mil

Fonte: U.S. Department of Transportation, National Transportation Statistics * Último dado disponível

Modal ferroviário a malha ferroviária norte-americana possui 228 mil km de extensão, espa-

53 as rodovias interestaduais de Leste a Oeste recebem números pares, a partir do Sul. as rodovias no sentido Norte-Sul, recebem números ímpares que crescem no sentido Oeste-Leste.

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lhada por todos os estados, exceto o Havaí. O estado com a maior extensão ferroviária é o Texas, que possui 16.848 km de trilhos. Os outros principais estados são: Illinois, Califórnia, Ohio, pennsylvania, Kansas, Georgia, Min-nesota, Indiana e Missouri. Grande parte das ferrovias é de propriedade do setor privado. O país conta com cerca de 560 empresas de transporte ferroviário. elas es-tão divididas em categorias (“Classes”) de acordo com seu faturamento anu-al. As maiores são as classificadas na “Classe I”. Incluem-se nesta categoria as empresas que faturam acima US$ 250 milhões ao ano. as menores são classificadas como “Classe II (faturamento entre US$ 20 e 250 milhões) e “Classe III” (faturamento de até US$ 20 milhões). as principais empresas de transporte ferroviário dos eUa são: BNSF Railway, CSX Transportation, Grand Trunk Corporation, Kansas City Southern Railway, Norfolk Southern Combi-ned Railroad Subsidiaries, Soo Line Railroad, and Union Pacific Railroad. a taxa média de frete de carga por tonelada/milha gira em torno de 4 centa-vos de dólar (2011).54 estudo da association of american Railroads apre-senta taxas médias para segmentos selecionados: carvão (2 cents); quími-cos (6 centavos); produtos agrícolas (3 centavos); papel e pasta química de madeira (6 centavos); equipamento de transportes (15 centavos). as principais ferrovias dos eUa são aquelas administradas pelas maiores empresas de carga ferroviária do país, tais como a CSX e Union Pacific. Os principais “hubs” ferroviários estão localizados em atlanta, Chicago, Houston e Los angeles. Nos eUa existem mais de 3 mil estações ferroviárias. as principais estão situadas em Washington-DC, Nova York, Filadélfia, Pittsburgh, Atlanta, Ja-

54 Dado obtido no documento “Multimodal Transportion Indicator – December 2015”, publicado pelo Bureau of Transportation Statistics do Departamento de Transportes dos eUa. O dado refere-se somente a empresas da categoria “Classe I”.

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cksonville, Miami, Nova Orleans, St. paul/Minneapolis, Milwaukee, Chicago, Kansas City, Omaha, Ft. Worth, Albuquerque, Denver, Salt Lake City, Spokane, Seattle, Portland, Sacramento, Oakland/Emeryville, Los Angeles e São Francisco.

Rede ferroviária (2013)

extensão da Malha (km)* 228 milparque ferroviário estações de carga 3,2 mil estações de passageiros 516

Fonte: U.S. Department of Transportation, National Transportation Statistics Obs: Inclui linhas nacionais, regionais e locais

Modal hidroviário

existem mais de 41 mil km de rotas navegáveis nos estados Unidos. Os por-tos fluviais dos EUA escoam um volume de mais de 2,5 bilhões de toneladas anuais de mercadorias domésticas e importadas. entre as mais importantes hidrovias enumeram-se o Rio Mississippi e seus tributários e o complexo dos “Grandes Lagos”, formado por sete hidrovias distintas. Segundo o U.S. Army Corps of Engineers (USACE), 41 estados são servidos por hidrovias. as principais hidrovias internas para o transporte de cargas, de acordo com o USaCe, são o Rio Mississippi e o Rio Ohio. Principais portos fluviais por volume de carga transportada, milhões de toneladas (2016)

Porto Fluvial e Estado Volume de carga

South Louisiana, Louisiana 267,3Houston, Texas 234,3

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New York, New York and New Jersey 126,1Beaumont, Texas 87,2Long Beach, California 85Corpus Christi, Texas 84,9New Orleans, Louisiana 84,4Baton Rouge, Louisiana 69,2Mobile, alabama 64,2Los angeles, California 61

Fonte: U.S. army Corps of engineers, Waterborne Commerce Statistics Center*Inclui Kentucky, Ohio e West Virginia

O USaCe prevê ate 2040 haverá um aumento de 74% na quantidade de car-ga transportada por navios porta-contêineres. para acomodar as novas de-mandas, o USaCe foi autorizado pelo Congresso norte-americano a avaliar o desenvolvimento de estratégia para a modernização de portos e hidrovias. O estudo considerará os custos associados com a expansão e aprofundamento de “deep-draft harbors”, os benefícios de hidrovias e portos modernizados para as exportações de produtos agrícolas e manufaturados, eventuais im-pactos da modernização no meio ambiente, bem como outros fatores. Em 2010, o Secretário de Transportes, Ray LaHood, identificou 18 corre-dores marítimos, oito projetos e seis iniciativas para o desenvolvimento do “programa dos Corredores das Hidrovias Norte-americanas”. a administra-ção Marítima do Departamento de Transportes alocou US$ 7 milhões para o projeto. O projeto prioriza corredores de transporte marítimo que apresentam alternativas para vias de transporte rodoviário ou ferroviário já saturadas. Segundo o programa, o transporte hidroviário tem o benefício adicional de contribuir para a redução da emissão de gases que provocam o efeito estufa. a composição de fretes e seguros é função do primeiro porto de chegada nos eUa. Seu valor é a soma do valor aduaneiro e custos de importação, excluindo as taxas de importação.

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Modal aéreo

Os estados Unidos possuem o maior sistema aeroportuário do mundo. Os maiores aeroportos comerciais dispõem de facilidades necessárias ao rápido e eficiente processamento de passageiros e ao manuseio e armazenagem de cargas. a frota nacional é de aproximadamente 7.800 aeronaves para o transporte de passageiros e cargas. Os eUa não possuem uma companhia aérea “nacional”. as principais em-presas aéreas norte-americanas são: american airlines, Delta airlines, Sou-thwest air, United airlines, e US airways. Os eUa dispõem de mais de 19,3 mil aeroportos (5.145 públicos, 13.863 privados e 286 militares), dos quais 537 são classificados pela “Federal aviation administration (Faa)” como aeroportos comerciais (com mais de 415 mil embarques em 2013). Desse total, a FAA classifica 30 como “large hub airports” (responsáveis por ao menos 1% dos embarques de passagei-ros nos eUa). De acordo com dados do Departamento de Transportes, no ano 2015 as companhias aéreas norte-americanas transportaram 820 milhões de pas-sageiros, em um total de 8,7 milhões de voos. em 2014, em movimento de passageiros, os 10 maiores aeroportos foram atlanta, Los angeles Chicago, Dallas/Fort-Worth, Denver, Nova York, San Francisco, Charlotte, Las Vegas e phoenix. pelos aeroportos norte-americanos passam, por ano, aproximadamente 9,3 milhões de toneladas de comércio exterior. em 2013, em volume de carga, os principais aeroportos foram Memphis, anchorage (alaska), Louisville (Kentucky), Miami, Chicago, Indianapolis, Los angeles, New York, Dallas/Fort Worth, e Newark. a composição de fretes e seguros depende do primeiro aeroporto de chega-da. O valor é o valor agregado pelos “custos de importação” mais o “valor

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aduaneiro”, excluindo as taxas de importação. Quase todos os aeroportos comerciais de grande porte nos eUa são de pro-priedade do setor público. ademais, a maior parte dos aeroportos no país é administrada pelos próprios governos estaduais ou locais, diretamente, ou por meio de uma autoridade aeroportuária (“authority”), entidade estabeleci-da para a operação do aeroporto. a atuação da esfera federal (“Faa”) diz res-peito à emissão de certificados de operação e à supervisão da observância de regras de segurança. em alguns casos, entra em cena entidade multimodal (uma “port authority”), exemplo mais conhecido da qual é a “port authority of New York and New Jersey” que administra diversos aeroportos comerciais da região (JFK, La-Guardia, Newark), bem como lida com transporte ferroviário, túneis e portos marítimos. O administrador é responsável pelo planejamento de curto e longo prazo, performance financeira e cumprimento das normas federais, estaduais e locais. a maior parte dos aeroportos comerciais é administrada por funcio-nários da própria entidade que detém o controle sobre a unidade. em alguns poucos casos, recorre-se a empresas especializadas em administração de aeroportos, embora não se trate de prática comum nos eUa. empresas concessionárias estrangeiras participam da operação de número limitado de terminais, como nos casos do pittsburgh International airport, onde está presente a empresa British airport authority – Baa USa, subsidiá-ria da Baa plc a quem pertencem diversos aeroportos no Reino Unido. atu-almente existem vários grandes projetos de expansão e renovação da malha, em diferentes aeroportos do país, financiados pelos governos estaduais.

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2. Infraestrutura para importação/exportação

Portos e conexões marítimas

O sistema portuário norte-americano consiste de 361 portos comerciais, por onde passam 9,5 bilhões de toneladas métricas de mercadorias (inclusive comércio exterior) por ano. a frota mercante norte-americana consiste de 214 navios com capacidade acima de 1.000 toneladas brutas. atualmente, os eUa possuem mais de 150 portos públicos de calado profun-do. estima-se que cerca de 80% dos terminais em portos públicos nos eUa sejam operados por empresas estrangeiras. O grau de controle privado das instalações portuárias é mais acentuado nos portos do interior do que nos portos localizados nas duas costas e na região dos Grandes Lagos. estima--se que mais que 90% do transporte marítimo seja conferenciado (um navio operando sob diversas empresas). Os 50 principais portos do país concentram aproximadamente 99% do co-mércio total marítimo do país. O movimento de contêineres predomina nos principais portos das Costas do atlântico55 e do Pacífico56, o de cargas líqui-das e a granel nos principais portos do Golfo do México. Os principais por-tos em movimento de carga em 2014 foram: Los angeles, Nova York, Long Beach, Houston, Oakland, Norfolk, Savannah (Georgia), Seattle, Charleston, Baltimore, Tacoma e Nova Orleans. Os principais portos, por volume, que registraram comércio com o Brasil, em 2014, foram, por ordem decrescente: Houston (8,3 milhões de toneladas), Newport News-Virginia (3,1 milhões de toneladas), Corpus Christi (3 milhões de toneladas), Mobile-alabama (2,8 milhões de toneladas), Norfolk-Virginia

55 Baltimore (Maryland), Charleston (Carolina do Sul), Miami (Flórida), Norfolk (Virgí-nia), Nova York/Nova Jersey e Savannah (Georgia).

56 Los Angeles, Long Beach e Okland (Califórnia); Portland (Oregon), Seattle e Taco-ma (estado de Washington).

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(2,7 milhões de toneladas) e Baltimore (2,4 milhões de toneladas). algumas empresas que transportam cargas entre o Brasil e os eUa são Libra, aliança, World Carrier express, C. Steinweg, e Kintetsu World express. O acordo bilateral sobre transporte marítimo entre os eUa e o Brasil, assi-nado em 2005, representa uma sucessão de acordos marítimos que datam dos anos 1970. O acordo garante as mesmas condições de acesso para os navios dos dois países. Os custos portuários dependem das dimensões da mercadoria importada. Com vistas a estabelecer um sistema nacional de segurança portuária contra ameaças terroristas, o presidente George Bush sancionou em 25 de no-vembro de 2002 a Lei pública 107-295, denominada Lei sobre Segurança do Transporte Marítimo (“Maritime Transportation Security act – MTSa”). as medidas, adotadas no âmbito do “International Ship and port Security Code – ISpS” afetam aproximadamente 10 mil embarcações, bem como 5 mil instalações nos estados Unidos, 361 portos e 40 instalações no exterior. Informações adicionais podem ser obtidas no seguinte endereço:

US DOT Maritime administration e-mail: [email protected]://www.marad.dot.gov/Federal Maritime Commission http://www.fmc.gov/U.S. army Corps of engineers - USaCee-mail: [email protected] www.iwr.usace.army.mil

ao contrário do que ocorre em outros países, não existe nos eUa uma auto-ridade portuária nacional. Contudo, a Constituição norte-americana confere ao governo federal jurisdição exclusiva sobre as águas navegáveis do país, inclusive canais de acesso aos portos. essa autoridade é delegada princi-palmente à Guarda Costeira e ao Corpo de engenheiros do exército dos eUa (“U.S. army Corps of engineers”). No entanto, o governo federal não tem

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jurisdição sobre os portos propriamente ditos. as autoridades portuárias (“port authorities”) nos estados Unidos são instrumentos de governos es-taduais e locais geralmente estabelecidas por decretos legislativos. Nem o Congresso, nem o governo federal têm poder legal para nomear ou demitir os membros dessas agências. No que se refere a segurança, a Guarda Costeira é encarregada da segurança das instalações portuárias e das embarcações, ao passo que à Customs and Border protection cabe o monitoramento de contêineres e inspeção de car-gas. Regulamentos da Guarda Costeira e diretrizes e procedimentos de segu-rança do Customs and Border protection determinam que os operadores de terminais portuários disponham de infraestrutura básica de segurança e pro-cessem cargas de acordo com normas da autoridade alfandegária previstas na legislação pertinente, tais como parceira alfândega-Comércio contra o Terrorismo e o Registro de Segurança do Importador (também conhecido como “Regra 10+2”). Aeroportos e conexões internacionais

Seis dos vinte maiores aeroportos internacionais, por movimentação de pas-sageiros, estão nas cidades norte-americanas de atlanta, Chicago, Los an-geles, Dallas/Ft. Worth, Denver e Nova York. Os maiores aeroportos comer-ciais dispõem de facilidades necessárias ao rápido e eficiente processamen-to de passageiros e ao manuseio e armazenagem de cargas. a frota nacional é de aproximadamente 7.800 aeronaves para o transporte de passageiros e cargas. pelos aeroportos norte-americanos passam anualmente aproximada-mente 9,3 milhões de toneladas de produtos transacionados com o exterior. existem atualmente sete empresas operando voos diretos para passageiros entre o Brasil e os eUa: duas brasileiras (TaM, azul), quatro americanas (american airlines, Delta, U.S. airways e United) e a Korean air. acordo celebrado entre os governos brasileiro e americano permitiu a abertura de novas rotas entre os dois países, bem como o aumento no número de voos. Os principais aeroportos internacionais nos eUa são: Nova York-JFK, Mia-

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mi, Los angeles, Newark, Chicago, atlanta, São Francisco, Houston-Bush, Washington-Dulles e Dallas/Fort Worth.Há várias rotas alternativas usadas para voar do Brasil para os eUa que pas-sam pela américa Central, geralmente Bogotá ou Cidade do panamá.

Aeroporto Internacional de Miami – “Cargo Hub” 57

O aeroporto Internacional de Miami é responsável por cerca de 85% das importações provenientes da américa Latina e 81% das exportações para a região. O Brasil lidera o movimento de cargas nos dois sentidos.

Tráfego de mercadorias no Aeroporto Internacional de Miami (2014)

ProdutosVolume(toneladas)

Valor(US$ milhões)

ImportaçõesFlores 206.866 938,9peixes e crustáceos 165.888 2.274,4Vegetais e roots 119.132 250,0Frutas e sucos 45.020 154,5exportaçõesComputadores e periféricos 42.518 5.473,8Máquinas industriais e peças 33.746 2.206,4equipamentos de telecomunicações 27.801 4.172,3Metais e artigos de metal 24.583 389,8autopeças e pneus 19.884 605,5

57 Ver http://www.miami-airport.com/pdfdoc/MIa_Cargo_Brochure.pdf e http://www.miami-airport.com/pdfdoc/facts_at_a_glance.pdf

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Foto: iStockphoto/Thinkstock.

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1. Canais de distribuição

Considerações gerais

Os eUa têm dimensões continentais e não deve ser considerado um merca-do monolítico. A diversidade geográfica, climática e étnica são fatores impor-tantes na seleção de estratégia de marketing apropriada. a seleção do canal de distribuição depende do tipo de produto ou serviço a ser exportado e do mercado alvo.

Nos estados Unidos, os canais de distribuição estão organizados basica-mente em função do tipo de produto a ser exportado, seu estágio de elabo-ração e a natureza da demanda no mercado interno. Geralmente os próprios fabricantes utilizam-se dos canais existentes. É relativamente comum, tam-bém, o fabricante montar seu próprio esquema de distribuição atacadista ou, em muitos casos, proceder à verticalização completa da rede, com a instalação de sua própria rede de lojas, principalmente no caso de produtos de consumo. Como regra geral, a escolha do canal adequado de comercialização está condicionada a um conjunto de fatores, entre os quais:a) Categoria do produto. Nos eUa, os canais de distribuição estão capaci-tados a atender as necessidades de comercialização das diversas categorias de produtos. Bens de consumo não duráveis, por exemplo, necessitam de uma distribuição ampla, de forma a atingir o maior número possível de va-rejistas. Bens de consumo duráveis, por outro lado, necessitam de uma dis-tribuição relativamente menos abrangente, mas ainda assim em grau muito maior do que, por exemplo, bens de capital ou insumos industriais;b) Grau de diferenciação do produto. É o que vai determinar as caracterís-ticas de sua colocação junto ao consumidor. produtos de melhor qualidade devem ser comercializados em lojas especializadas, que possuem uma clientela específica, disposta a pagar um preço maior por um produto melhor.

VII - ESTRUTURA DE COMERCIALLZAÇÃO

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produtos com menor grau de diferenciação, por outro lado, serão, de modo geral, comercializados em lojas de departamentos, lojas de variedades ou em cadeias de lojas;c) Consumidor final do produto. a estratégia para distribuição de um produ-to deverá ser definida tendo em vista o consumidor que se pretende atingir;d) Conhecimento do mercado. Numa fase inicial, é aconselhável a utilização da estrutura de distribuição existente. apenas depois de familiarizado com os diversos elementos componentes do canal de distribuição, e com seu modo de operação, poderá o exportador vir a controlar uma ou mais fases do processo, o que implicará para ela uma maior parcela do preço final do seu produto;e) As opções existentes dentro da estrutura de comercialização para o produto. Mesmo a estrutura de comercialização existente para determinado produto pode apresentar mais de uma opção (por exemplo, vender para ata-cadista ou para uma cadeia de lojas de departamentos). ao exportador cabe a seleção do canal mais apropriado, em virtude do que pretende alcançar no mercado norte-americano, devendo levar em consideração a maior ou me-nor facilidade de atingir o consumidor final, bem como o efeito das margens de comercialização ao longo do canal sobre o preço final do produto. Este último fator é muito importante, na medida em que pode limitar ou ampliar a penetração do produto num mercado muito competitivo como é o norte--americano. Durante as últimas três décadas, as principais tendências observadas no sistema de distribuição norte-americano foram a consolidação dos setores atacadista e varejista, a verticalização da rede de distribuição, a ascensão do comércio eletrônico - no varejo e nas transações entre fabricantes e ataca-distas/distribuidores (“business-to-business”), comércio através de sítios de leilão na Internet (a exemplo do “e-Bay”58, “e-marketplaces”), “private label”, vendas por catálogos eletrônicos operados por terceiros, sítios próprios de

58 a Comissão Federal de Comércio (FTC) dos eUa publicou um guia para vendedo-res e compradores que utilizam os sítios de leilão na Internet. O documento está disponível na homepage da FTC no sítio http://www.ftc.gov/bcp/edu/pubs/consumer/tech/tec07.shtm

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atacadistas e distribuidores, e a utilização de programas de gestão de redes de fornecedores (“supply chain management”), principalmente por empresas de grande porte59. predomina no país o regime de livre concorrência, com mínima intervenção do estado nas atividades industriais, comerciais e de serviços. as autorida-des públicas atuam basicamente como reguladoras da atividade econômica. Estrutura geral do comércio atacadista e do varejista

Comércio Atacadista

De acordo com estimativas do Censo econômico de 2012 (o censo é rea-lizado a cada cinco anos), existiam 315.051 empresas do ramo atacadista nos eUa, as quais operavam aproximadamente 420.500 estabelecimentos dedicados a atividades de comércio atacadista. essas empresas geram ne-gócios de aproximadamente US$ 7.7 trilhões (2014) ao ano. Os distribuido-res atacadistas são especializados por produtos. alguns exemplos, entre as principais empresas do setor, são: SYSCO, C&S Wholesale Grocers, Super-valu (alimentos e outros produtos para supermercados); BrakeThru Beverage Group, Glazer’s e Southern Wine and Spirits (bebidas alcóolicas destiladas e vinho); Advanced Auto parts, Autozone e Pep Boy (autopeças); McKesson, Henry Schein e Cardinal Health (produtos médico-hospitalares), Fastenal, HD Supply e WW Grainger (suprimentos industriais). O segmento é altamente fragmentado.60 Os 50 maiores distribuidores são

59 É comum essas empresas incluírem em seus sítios eletrônicos páginas onde potenciais fornecedores podem oferecer seus produtos por meio do preenchimento de ficha cadastral. Cita-se, como exemplo, a rede de lojas de materiais de construção Home Depot (https://homedepotlink.homedepot.com/en-us/pages/default.aspx ) e a cadeia de lojas de departamentos Macy’s (https://www.macysinc.com/vendors).

60 De acordo com o sistema norte-americano de classificação de indústrias – NaICS, na sigla em inglês, o setor atacadista consiste de cerca de 70 segmentos.

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responsáveis por cerca de um quarto do faturamento do setor. a maioria dos distribuidores atende mercados regionais ou locais. porém, a tendência é de consolidação em alguns setores, tais como alimentos, bebidas alcóolicas destiladas e vinho, produtos médico-hospitalares e medicamentos, setores em que os 50 maiores distribuidores são responsáveis por 70% das vendas. estima-se que fabricantes sejam responsáveis por aproximadamente 30% do comércio atacadista. por outro lado, alguns grandes varejistas, como a Wal-mart e Target61, operam seus próprios sistemas de distribuição. Boa parte do volume comercializado pelo setor atacadista tem origem ex-terna. O produto pode ser importado de subsidiárias ou subcontratadas de empresas norte-americanas, ou pode ser importado de fornecedores inde-pendentes. a operação de cadeias de suprimento pelas empresas de maior porte tem levado alguns distribuidores a lidarem diretamente com os fabricantes e ou-tros fornecedores. a margem média de lucro para o setor como um todo é de 20%, mas varia consideravelmente dependendo do produto. a margem é de aproximadamen-te 25% para bens duráveis, como maquinaria industrial; 15% para alimentos; e 6% para derivados de petróleo.

Principais canais atacadistas

a) Distribuidor/atacadista nacional - adquirem grandes quantidades de pro-dutos para revenda, em geral a atacadistas menores, grandes organizações de compradores e varejistas. É comum trabalharem por meio de contrato que lhes garanta exclusividade. De acordo com estudo publicado pela as-sociação Nacional de atacadistas e Distribuidores (“National association of

61 Ver http://www.mwpvl.com/html/walmart.html e http://www.mwpvl.com/html/target.html .

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Wholesale-Distributor - NaW”), a expectativa das empresas do setor é de que aproximadamente um terço do faturamento seja gerado por encomendas online; b) Distribuidores/atacadista regional - De um modo geral, adquirem as mercadorias de grandes distribuidores, para vendê-las a empresas varejistas. O atacadista menor pode também comprar diretamente de um fabricante es-trangeiro;c) Importadores - Tradicionalmente, é a denominação de atacadistas que compram de fornecedores estrangeiros para distribuição a outros atacadistas e/ou varejistas. Não raro, operam com os fornecedores numa base modifica-da de consignação, adaptada segundo as leis do país exportador. Contudo, em busca de redução de custos fabricantes e varejistas passaram a importar diretamente nos últimos anos. d) Compradores industriais - Grandes fabricantes compram insumos in-dustriais e matérias-primas diretamente dos produtores no exterior. Também adquirem produtos acabados, para complementarem sua linha. É cada vez mais comum a instituição por essas empresas de sistema institucional de administração dos fornecedores (“supply chain management”), inclusive, em muitos casos, com uso intensivo de interação eletrônica;e) Logística terceirizada (“third-party logistics” ou 3PL) – este canal de distribuição está se tornando crescentemente popular, principalmente entre empresas de maior porte. De acordo com o mesmo estudo da NaW, as empresas 3pL estão em rota de colisão com os distribuidores e atacadistas tradicionais pelo controle da rede de fornecimento (“supply chain”). São em-presas que se especializaram nas mais diversas atividades da cadeia logísti-ca: transporte, armazenagem, pedido de compras, empacotamento, etique-tagem, e pagamento de frete, entre outros. Cerca de 80% das 200 maiores empresas do ramo já competem diretamente com os atacadistas/distribuido-res em atividades tradicionalmente desempenhadas por estes últimos. atual-mente, mais da metade das empresas de grande porte que compõem a lista das 500 maiores empresas norte-americanas da revista de negócios Fortune (Fortune 500) terceirizam atividades de “supply chain”. Contudo, os ataca-distas continuariam tendo vantagem competitiva em serviços pós-venda e assistência técnica.

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Comércio varejista

O setor varejista dos eUa é composto de cerca de 3,8 milhões de estabe-lecimentos, com faturamento anual de aproximadamente US$ 5,2 trilhões (2014). Os principais segmentos do ramo varejista são veículos automóveis (16,8% das vendas do setor); lojas de departamentos (12,8%), supermerca-dos (11%). a margem de lucro média é de 30% a 40%, podendo variar signi-ficativamente dependendo do tipo de produto e do tamanho do varejista. a tendência no ramo varejista norte-americano tradicional é a utilização do conceito de varejo multicanal. Os varejistas tradicionais viram neste conceito a resposta para a pressão competitiva representada pelos varejistas virtuais puros (“pure players”) surgidos na esteira do crescimento exponencial da Internet em transações comerciais. O varejo multicanal consiste da utiliza-ção, de forma integrada e complementar, de lojas tradicionais (“brick-and--mortar”) e vendas por catálogo e pela Internet. Outra tendência do setor varejista norte-americano, principalmente em su-permercados e drogarias, é oferecer ao consumidor final marca própria da loja (“private label”). De acordo com a associação de Fabricantes de produ-tos private Label dos estados Unidos (“The private Label Manufacturers as-sociation - pLMa”), um em cada quatro produtos vendidos em supermerca-dos e drogarias no país é de marca própria da loja (“store brand” ou “private label”). em 2015, as vendas totais nessa categoria chegaram a US$ 118,4 bilhões, dos quais US$ 62 bilhões no segmento de supermercados.62 estudo da empresa de consultoria IRI, divulgado pela entidade “The Food Institute”, indica que a participação da categoria “private label” no total das vendas de produtos de consumo embalados é de cerca de 17%, em valor, e 20% em quantidade.

62 Ver informações divulgadas no sítio eletrônico da pLMa no sítio http://plma.com/storeBrands/marketprofile2016.html

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estimativas da empresa de consultoria “IRI”63 indicam que cerca de 46% dos norte-americanos compraram produtos “private label” regularmente, com-parado com 36% no cinco anos antes. em geral a participação desse tipo de produto no faturamento total de supermercados em todo o país é de 14%. Os principais tipos de produtos vendidos com marcas próprias de supermer-cados e drogarias nos eUa são: comidas frescas ou refrigeradas, enlatados, lanches, comidas étnicas, comidas para animais de estimação, produtos de beleza, medicamentos sem receita médica, cosméticos, produtos de limpe-za, produtos de jardinagem, tintas, produtos de utilidades domésticas, entre outros.

Valor das vendas no varejo, por principais tipos de lojas (2014).

Em US$ bilhões

Tipo de Loja Vendas % do total

Revenda de automóveis 875,4 16,8Lojas de Departamentos 666,9 12,8Supermercados 573,9 11,0postos de gasolina 534,7 10,3Restaurantes e similares 500,7 9,6Clubes de compras e hipermercados 433.3 8,3Comércio eletrônico e catálogos 386,1 7,4Materiais de construção 273,5 5,2Farmácias e drogarias (“drugstores”) 251,7 4,8Lojas de Vestuário e acessórios de moda 183,0 3,5eletroeletrônicos 104,1 2,0

63 private Label and National Brands: Dialing in on Core Shoppers, Janeiro de 2015 (disponível no sítio da entidade “Food Institute” - https://www.foodinstitute.com/images/me-dia/iri/TTJan2015.pdf)

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Móveis e artigos de decoração 99,7 1,9autopeças e pneus 86,0 1,7Bebidas alcóolicas (destilados, cervejas e vinhos) 48,5 0,9Venda direta 38,0 0,7Calçados 33,5 0,6Joalherias 31,6 0,6Bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas

21,7 0,4

Lojas de calçados 15,1 0,3artigos para escritório 15,7 0,3presentes e lembranças (“souvenires”) 17,3 0,3Outras 21,1 0,4TOTaL 5.211,5 100,0

Fonte: Bureau of the Census, annual Retail Trade Survey 2014 (divulgado em 7 de março de 2016)

Principais canais varejistas

Cadeias de varejistas - Muito comum no caso de bens de consumo, podem ou não estar organizadas como lojas de departamentos. Incluem-se nesta categoria as “drugstores” – farmácias que também vendem artigos de be-leza, certos tipos de alimentos e outros produtos de consumo – e franquias (“franchises”);Lojas de departamentos - Comercializam com uma grande variedade de bens de consumo, tais como vestuário e outros artigos de moda; roupas de cama, mesa e banho; e utensílios domésticos;Hipermercados, supermercados, mercearias e lojas de conveniência - es-tes são os principais canais de distribuição de produtos alimentícios no vare-jo. Segundo o “Food Marketing Institute”, existem atualmente nos eUa cerca de 50 mil supermercados e outros mercados de menor porte (faturamento até US$ 2 milhões), bem como aproximadamente 154 mil lojas de conveni-ência;

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Lojas especializadas – São lojas que vendem apenas um tipo de produto – vestuário infantil, roupas para gestantes, roupas de noiva, acessórios para automóveis, presentes;Lojas de variedades – em termos de preço, encontram-se numa posição intermediária entre as lojas de departamento e as lojas de descontos. espe-cializa-se na venda de artigos populares, geralmente a baixos preços;Lojas de desconto – Trabalham geralmente com variedade menor, mas com os mesmos tipos de produtos que as lojas de departamentos;Catálogos – Canal bastante utilizado nos eUa. existe um grande número de empresas especializadas em venda por catálogo (eletrônicos e impressos). Segundo a associação de Marketing Direto dos eUa (“Direct Marketing as-sociation”), 50% dessas vendas são realizadas por catálogo impresso. este canal é também utilizado por empresas financeiras, que utilizam seus cadas-tros para promover a venda de produtos de maior valor unitário. Há os cha-mados “pure players” que concentram todas as suas vendas exclusivamente neste canal e lojas que buscam diversificar seus canais de distribuição utilizando este meio. O processo de aprovação de um produto para venda, ou seja, do contato inicial até o efetivo anúncio, costuma levar de 120 a 180 dias. É praxe neste canal a apresentação, por parte do exportador, de apólice de seguro abrangendo possíveis ações civis contra o produto em território americano (“liabilities”). Já as empresas que utilizam o sistema de vendas por catálogo como canal complementar de vendas, normalmente grandes lojas de departamentos, costumam ter critérios mais rígidos de seleção.

Vendas diretas

De acordo com dados divulgados pela associação americana de Vendas Diretas, relativos a 2014, cerca de 18 milhões de pessoas estão envolvidas com essa atividade nos eUa (75% mulheres e 25% homens). entre 2009 e 2014, o mercado de vendas diretas cresceu 36%, passando de US$ 28 bi-lhões para US$ 34,5 bilhões. as principais estratégias utilizadas nesse canal consistem na venda porta-a-porta (72%) e festas promocionais organizadas por revendedores independentes (22%).

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as categorias de produtos mais vendidos são “wellness” (30%), “utilidades domésticas” (17%), artigos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (16%); e roupas e acessórios de moda (10%). Com base no faturamento global em 2014, o setor é liderado pelas empre-sas amway (US$ 10,8 bilhões), avon (US$ 8,9 bilhões), Herbalife (US$ 5 bilhões), Mary Kay (US$ 4 bilhões), Tupperware (US$ 2,6 bilhões), Nu Skin (US$ 2,6 bilhões), ambit energy (US$ 1,5 bilhão), primerica (US$ 1,5 bilhão) e Stream energy (US$ 918 milhões). entre as empresas que atuam apenas no mercado norte-americano, as prin-cipais, por faturamento em 2014, são: ambit energy (US$ 1,5 bilhão), Stre-am energy (US$ 918 milhões), advoCare International (US$ 399 milhões), Team National Inc. (US$ 328 milhões), Origami Owl (US$ 250 milhões), Fa-mily Heritage Life (US$ 237 milhões), Take Shape for Life (US$ 206 milhões) e princess House (US$ 161 milhões).

Canais recomendados

a escolha do canal de distribuição ideal para determinado produto não é ta-refa fácil, podendo levar algum tempo até o exportador identificar a fórmula que melhor atenda a seus interesses. O importante é deixar o caminho aber-to para uma mudança de opção, pelo menos em médio prazo. Numa primeira fase, o exportador brasileiro poderá sentir a necessidade de se utilizar de um agente ou representante, para estabelecer o contrato inicial de seu produto com o sistema de distribuição existente. a escolha aqui, de-verá ser em relação a concessão de exclusividade ou não ao representante. Geralmente, para produtos que atendem o mercado industrial original, o contrato com representantes americanos é exclusivo. No caso de produtos de reposição e ao consumidor, a exclusividade é usualmente por regiões. Na medida em que for acumulando experiência e informações sobre o mercado, poderá estabelecer um contato mais direto com os componentes do sistema de distribuição e até integrar-se nele.

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Nos casos de associação com integrantes do canal de distribuição (distri-buidores, atacadistas, fabricantes), o exportador tem a vantagem de poder garantir a venda de seu produto no mercado por períodos mais longos, inde-pendentemente de negociações frequentes além de ganhar poder de decisão dentro do sistema de distribuição, na proporção de sua participação socie-tária. São comuns os casos de “joint-venture” entre produtores estrangeiros e fabricantes norte-americanos para o fornecimento de produtos que irão completar a linha destes últimos (o chamado “outsourcing”). Outro procedimento comum é a fabricação, por produtores estrangeiros, sob licença, de produtos que em última instância destinam-se ao mercado ame-ricano. embora possa exigir maiores investimentos por parte do exportador, a associação com empresários locais é uma das formas mais seguras de penetração no mercado americano. Dependendo do setor em que atua, fabricantes brasileiros de produtos de maior valor agregado têm ainda a opção de utilizar o Centro de Negócio da agência de Brasileira de promoção de exportações e Investimento (apeX Brasil) em Miami (CN-Miami). Informações adicionais sobre o CN-Miami poderão ser obtidas na seguinte página da apeX - http://www.apexbrasil.com.br/cn/

2. Promoção de vendas

Considerações gerais

Vários instrumentos de marketing podem ser utilizados pelo exportador para atingir sua clientela. a escolha do instrumento (ou instrumentos) a ser em-pregado é função de um conjunto de fatores, entre os quais se destacam: a) a categoria do produto (bens de capital, bens intermediários, insumos indus-triais, bens de consumo – duráveis ou não- duráveis); b) a clientela potencial identificada; c) o montante de recursos financeiros que se está disposto a investir no processo de comercialização. Os instrumentos mais indicados no

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processo de comercialização são a viagem de negócios (inclusive a partici-pação em missões empresariais, feiras e/ou rodadas de negócios), a criação de página na Internet, a remessa direta pelo correio de folhetos e catálogos a clientes potenciais, cuidadosamente selecionados, o anúncio em publicações especializadas ou em sítios especializados na Internet, inclusive veiculação de oportunidade de exportação na Vitrine do exportador do portal “Guia de Comércio exterior e Investimentos (www.investexportbrasil.gov.br)” e a parti-cipação ou visita a eventos especializados. O exportador brasileiro deve considerar opções menos óbvias, como a participação em mostras e outros eventos que ofereçam oportunidade de exposição de produtos e realização de contatos com potenciais compradores (congressos, conferências, reuniões anuais, etc.), mesmo quando não se trate de evento do setor em que atua. por exemplo, a exposição de produtos para consumo em navios de cruzeiro na SeaTRaDe, maior feira americana de empresas especializadas em cruzeiros marítimos (www.cruiseshipping.net) ou a convenção anual da Federação Nacional de Varejo dos eUa (www.bigshow16.nrf.com/recap). Outro exemplo: promoção de artigos de pape-laria, cosméticos e outros produtos comercializados em “drug stores” no evento anual Total Store expo, organizado pela “National association of Chain Drug Stores” (http://tse.nacds.org). No caso de utilização de intermediários, a repartição dos custos de promo-ção dependerá, em parte, do canal de distribuição selecionado e deverá ser definida em negociação. Em qualquer caso, é importante sublinhar a neces-sidade de resposta imediata e detalhada a consultas de potenciais clientes sobre o produto promovido.

Principais Feiras e Exposições

a participação em feiras setoriais constitui excelente oportunidade não ape-nas para a promoção de produtos de exportação, mas também para a obten-ção de inteligência comercial referente aos competidores – norte-americanos e estrangeiros -, tais como tecnologia de fabricação, apresentação do produ-

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to, embalagem, nível de preço, estratégias de promoção, etc. a maioria dos setores realiza exposições com periodicidade anual. alguns setores promovem mais de um evento por ano, que podem ou não ter lugar na mesma cidade. O aluguel de estande é fixado em função de sua área, que, na maioria dos casos, é de aproximadamente 9 metros quadrados (10x10 pés). O portal oficial “Guia de Comércio Exterior e Investimento” publica relação das feiras no exterior que compõem o Calendário Brasileiro de Feiras.64 além disso, o exportador deve procurar se informar também sobre o programa de feiras e eventos no exterior implementado pela apeX-Brasil e pelo Ministério da agricultura, pecuária e abastecimento (Mapa). além do calendário de feiras e exposições acima mencionado, o exportador encontrará informações sobre eventos setoriais norte-americanos em vários sítios especializados na Internet, como o “Trade Show News Network”. entre as principais feiras norte-americanas que têm contado com participa-ção brasileira, vale mencionar as seguintes: Food and Beverage of the ame-ricas, Summer Fancy Food Show e Natural Products Expo (setor alimentício); FN plataform (calçados), Cosmoprof North america (higiene pessoal, per-fumaria e cosméticos); Curve NY, Coterie NY e Miami Swim Show and Lin-gerie Show (moda); Florida Medical Equipment Trade – FIME (equipamentos médico-hospitalares); International Production and Processing Expo – IPPE (máquinas e equipamentos para processamento de carnes); e Coverings (re-vestimentos cerâmicos). Veículos publicitários

existe no país uma enorme variedade de veículos. São várias redes nacionais

64 Ver http://investexportbrasil.dpr.gov.br/Feirasexterior/Busca/frmBuscaFeiraexterior.aspx.

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de televisão (excluídas as redes de TV a cabo), mais de 1.800 estações lo-cais de televisão, mais de 60 redes de televisão a cabo que veiculam propa-ganda comercial, cerca de 13 mil estações de rádio (aM e FM) e aproxima-damente 1.400 jornais diários – sete nacionais e centenas de revistas sobre assuntos gerais e especializados. Destaca-se ainda a expansão de redes de televisão e rádio voltadas para o público latino-americano nos estados Uni-dos, sendo os canais “Univision” e “Telemundo” os de mais alcance.65

Vale ressaltar também a enorme popularidade da utilização da Internet como veículo publicitário nos estados Unidos, que é líder mundial no número de usuários da Rede (300 milhões de pessoas, ou 94% da população norte--americana). estima-se que a Internet detenha cerca de 30% do bolo publici-tário. No primeiro semestre de 2015 (último dado disponível), esse segmento faturou cerca de US$ 27,5 bilhões.66 a seleção de veículo apropriado depende, em parte, do tipo de produto e da estratégia da empresa exportadora quanto à cobertura do mercado norte--americano. por exemplo, na promoção de bens de capital ou bens de con-sumo durável, a empresa pode utilizar revista especializada de circulação nacional, ou publicação regional de assuntos gerais ou de negócios, como a publicação Business Journals (http://www.bizjournals.com/). De qualquer maneira, é essencial que se busque obter informações sobre a circulação e o tipo de público alcançado antes da escolher o veículo.

Gastos com promoção publicitária, por meio de comunicação (em US$ mi-lhões)

65 Uma boa fonte de informação sobre veículos publicitários é o catálogo eletrônico aBYz News Links (http://www.abyznewslinks.com/unite.htm). No que se refere a publica-ções especializadas, o exportador encontrará no portal Trade publications uma extensa relação de periódicos (http://www.tradepub.com/).

66 pesquisa IaB/priceWaterhouse Coopers

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Mídia 2008 2014 2015 Part. %(2015)

Var.2008/20152008-2015

Online 12.225 33.605 47.808 41,9 291,1Jornais 25.733 15.802 14.628 12,8 -43,2Televisão 12.092 12.055 11.014 9,7 -8,9Rádio 14.882 10.677 10.957 9,6 -26,4Mala direta 10.559 8.321 8.067 7,0 -23,6Magazines 9.782 7.811 7.259 6,4 -25,8Catálogos 9.221 6.836 6.387 5,6 -30,7TV a Cabo 3.496 3.580 3.763 3,3 7,6Cinema 307 3.011 3.723 3,3 1.112,7Outdoors 1.369 1.381 1.288 1,1 -5,9Total 99.666 103.079 114.894 100,0 14,5

Fonte: Borrel associates

No que se refere à repartição de custos de promoção e publicidade, ge-ralmente o fabricante cobre de 35% a 50% dos custos. Dependendo dos termos acordados entre o fornecedor e o varejista, o fabricante pode se res-ponsabilizar pela criação da peça ou campanha publicitária, ou apenas cobrir os custos de veiculação na mídia.

Consultoria de “marketing”

existe um grande número de empresas de consultoria de marketing nos eUa. O porte varia de empresa constituída por alguns profissionais autônomos a gigantes do setor.67

Uma fonte alternativa, e mais barata, seriam as faculdades de administração

67 O sítio eletrônico da empresa promacher Marketing Consultants é uma boa fonte de informações sobre custos de serviços de marketing (ver http://marketing.promatcher.com/cost).

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de empresas e negócios. É comum a inclusão nos currículos de cursos de pós-graduação da prestação de serviços de consultoria a empresas pré--selecionadas pelas faculdades.

3. Práticas comerciais

Negociações e contratos de importação

a correspondência deve ser redigida em inglês. Seu conteúdo deve ser claro, sucinto e objetivo, contendo informações cadastrais completas sobre a em-presa, referências bancárias e comerciais, capacidade de produção, oferta exportável, prazo de entrega, condições de venda (DDp, FOB, CIF, etc.), forma de pagamento, descrição da embalagem e outros aspectos que o exportador considerar relevantes. a comunicação escrita poderá ser no formato de cor-respondência postal, fax ou mensagem eletrônica, sendo essa última a mais comum. para atingir o importador local é necessário apresentar material promocional em bom inglês, impresso ou em mídia eletrônica (catálogos de boa qualidade gráfica e com códigos de identificação, especificações técnicas, etc.) e lista de preços em dólares americanos. O exportador deverá atentar para a necessidade de responder com presteza as consultas recebidas de importadores norte-americanos interessados em seus produtos. Devem também estar prontos para responder questões em relação à quantidade disponível para exportação, os prazos de entrega para determinadas quantidades e preços nas condições de vendas mais comuns (FOB/FCa, CIF e DDp). a formalização do negócio de importação é feita por um contrato de venda, que é o instrumento de defesa do importador e do exportador, em caso de controvérsia ou litígio. De acordo com o “United States Uniform Commercial

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Code”68, na venda de bens de valor agregado superior a US$ 500,00, todo contrato comercial deve estar por escrito para ser válido perante a lei. a complexidade do contrato deve refletir a complexidade da transação. De modo a prevenir conflitos, é aconselhável a utilização de terminologia consagrada no comércio internacional, como a consolidada no documento “Incoterms”, elaborado pela Câmara de Comércio Internacional. as partes devem ter um entendimento definitivo quanto a pelo menos os seguintes aspectos básicos: bens transacionados (quantidade, tipo e qualidade), pre-ço da mercadoria, data de entrega, prazo e meio de pagamento, foro para a solução de controvérsias e inclusão de cláusula de arbitragem comercial. além disto, é importante que as responsabilidades de cada parte contratante sejam claramente especificadas no contrato. O exportador brasileiro deve apresentar-se no mercado americano bem pre-parado. para tanto, deve levar em consideração os seguintes aspectos socio-culturais na negociação com empresário local:

a) Língua a língua estrangeira mais falada nos eUa é o espanhol. O domínio de outras línguas que não o inglês é pouco comum. É comum o uso de jargões, gírias e analogias (principalmente com esportes em geral, e, baseball e futebol americano, em particular). Caso o exportador brasileiro não fale inglês, ou tenha muita dificuldade em se comunicar nesse idioma, recomenda-se pro-curar os serviços de um intérprete, de preferência com alguma experiência em comércio exterior. É possível ainda que o exportador brasileiro tenha que lidar com empresários originários de outros países, principalmente de países de língua espanhola, árabe ou asiática (principalmente chinês).

68 Ver https://www.law.cornell.edu/ucc

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b) ambiente e tecnologia as negociações podem ser conduzidas nos mais variados ambientes: no escritório do importador, no hotel onde está hospedado o exportador, em um restaurante, etc. É comum a condução de negócios durante almoços e cafés da manhã.

c) Organização social Não há uma divisão formal da sociedade em classes, embora o nível de renda acabe por determinar a posição do indivíduo na sociedade. embora as políticas das organizações sejam rigorosamente observadas, o indivíduo tem precedência sobre a mesma. É comum a negociação individual ou em pe-quenos times. Observa-se mínima diferença de tratamento entre hierarquias. De modo geral, o empresário norte-americano é informal. Há grande preocu-pação em ser politicamente correto (respeito às minorias e a outras religiões, por exemplo), e piadas preconceituosas não são toleradas.

d) Concepção de autoridade De modo geral, o negociador americano, mesmo não sendo o dono da em-presa ou executivo de alto escalão, tem autonomia para determinar os ter-mos do contrato e para fechar o negócio. e) Concepção de tempo O norte-americano concebe o tempo como algo inflexível. Agendamento é essencial; tem precedência sobre o relacionamento pessoal. Planejamento e agendamento são de suma importância. “Time is money”. a pontualidade nos encontros agendados é levada muito a sério, principal-mente na Costa Leste em geral, e na cidade de Nova York, em particular. Os empresários da Costa Leste mantêm um ritmo geralmente mais acelerado do que o de empresários de outras regiões do país.

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Designação de agentes

para muitas empresas, especialmente as pequenas e médias, a designação de agente constitui, em muitos casos, a alternativa mais indicada e econômi-ca de penetração no mercado. embora a simples troca de correspondência possa consubstanciar um contrato gerador de obrigações para as partes envolvidas, recomenda-se a assinatura de contrato formal de agenciamento, que, a exemplo do contrato de vendas, deve indicar de forma clara e objetiva os direitos e obrigações das partes envolvidas. Na negociação do contra-to, o exportador deve ter presente os chamados “commission protection acts - Cpas”, leis estaduais que regulam o relacionamento entre o fabrican-te doméstico ou exportador estrangeiro e representante local. Segundo a “Manufacturer’s agents National association - MaNa”, entidade que congre-ga milhares de representantes sediados nos eUa, os Cpa’s vigoram em 37 estados. em muitos casos, os Cpa’s exigem contrato por escrito. Relacionam-se, abaixo, alguns dos pontos que devem merecer a atenção do exportador brasileiro:

• determinar qual deverá ser o idioma adotado para fins de solução de con-trovérsias, e qual a lei estadual aplicável;especificar se o contrato será feito com o indivíduo ou com a firma a que ele pertence;• especificar se o agente pode transferir o acordo a um sucessor;• efetuar uma clara descrição dos produtos e serviços cobertos pelo acordo;determinar se o exportador poderá nomear outro agente, no caso de lança-mento de produto novo similar;• especificar os métodos de remuneração do agente e a base para cálculo da comissão (preço FOB, CIF, etc.);•especificar se a exclusividade é ou não recíproca, isto é, se o agente se compromete a não trabalhar com produtos de competidores. atentar para o fato de que o termo “exclusividade” tem, frequentemente, diferentes signifi-cados. Por exemplo, a concessão de “exclusividade territorial” pode signifi-car apenas que o exportador não designará outros agentes ou distribuidores

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no território objeto do contrato. Pode, por outro lado, significar que o agente ou distribuidor não poderá efetuar vendas fora do território designado;• determinar quem deverá arcar com as despesas operacionais (telefone-mas, faxes, despesas de importação, etc.);• estabelecer o período de vigência do contrato;• definir as eventuais obrigações do agente em termos de publicidade, e a informação promocional que a empresa se compromete a fornecer;• estabelecer as maneiras de cancelar o acordo e os termos de compensa-ção por rescisão prematura;• determinar qual deverá ser o processo de renovação;• estabelecer a periodicidade dos relatórios sobre o mercado a serem enca-minhados pelo agente.

No caso de importadores/distribuidores, devem ser considerados ainda os seguintes pontos:• especificar se existe ou não exigência de volume mínimo de importação;determinar qual deverá ser o alcance da garantia do produto e como deverá ser feita a repartição dos custos de assistência técnica ou de “recall” do produto (procedimento exigido pela “Consumer product Safety Commission” quando é identificada a possibilidade de ocorrência de acidentes em função de defeitos de fabricação);• determinar se a empresa poderá representar mercadorias similares de outros produtores, no caso de o exportador ficar temporariamente impossibi-litado de fornecer as mercadorias;• definir se o agente comprará diretamente do exportador, para depois reven-der, ou se os produtos continuarão de propriedade do exportador até a venda final. ao iniciar o processo de seleção de candidato a representante comercial da empresa nos eUa, o exportador deve se pautar pelos seguintes critérios, além dos pontos já mencionados acima:• linha de produtos com que trabalha o agente e sua experiência anterior com o tipo de produto que a empresa deseja colocar no mercado norte--americano;

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• território coberto pelo potencial candidato (coincide com a área geográfica de interesse do exportador);• comissão desejada;t • amanho da equipe de vendas;• capacidade de acesso ao mercado que possui, poder de barganha dentro do canal de distribuição. Na busca por candidatos qualificados, o exportador deve valer-se de entida-des de classe, câmaras bilaterais de comércio dedicadas à promoção do co-mércio entre o Brasil e os eUa, publicações especializadas, websites, feiras setoriais e outras fontes citadas em outras partes deste guia. Recomenda-se, igualmente, a veiculação de anúncios em publicações e websites especiali-zados. A MANA, por exemplo, vende espaço para anúncios classificados na revista “agency Sales”, publicada mensalmente pela entidade e publica ver-sões eletrônica e impressa de seu catálogo de associados. para informações adicionais, visite o sítio da MaNa (http://www.manaonline.org). a organização norte-americana Fundação de pesquisas educacionais sobre Representes Comerciais (“The Manufacturers’ Representatives educational Research Foundation – MReFR”) publica em sua homepage vários artigos sobre o processo de escolha de representantes comerciais, que poderão ser úteis para o exportador brasileiro. Os documentos estão disponíveis no sítio: https://mrerf.org/resources-3. além disso, a MReFR mantém base de dados de representantes diplomados pela entidade e lista de associações membros da fundação (https://mrerf.org/certifications-and-training/cpmr/find-a-cpmr).

Abertura de escritório de representação comercial, de empresa filial e de franquia

a decisão de abrir escritório de representação nos eUa deve ser precedida de cuidadosa avaliação das alternativas de penetração do mercado e das condições legais para instalação da firma. Deve-se avaliar ainda a localiza-ção pretendida, o período do contrato, o acesso à tecnologia e mão-de-obra especializada, e quando necessário, o processo de obtenção de licenças e

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seguro. essa decisão, porém, pode não ser a alternativa mais adequada para uma empresa que não tenha ainda consolidado a sua posição no mercado americano. Os custos de estabelecimento e manutenção do escritório, inclu-sive com encargos sociais, podem ser elevados e, dependendo de sua estru-tura organizacional, o exportador estará sujeito ao recolhimento de impostos federais, estaduais e, em alguns casos, municipais, sobre lucros decorrentes de suas operações no país.69

Tendo em vista a complexidade das legislações fiscal e trabalhista norte--americanas, é aconselhável a contratação dos serviços de escritório de advocacia empresarial especializado. É importante também buscar a asses-soria de corretor imobiliário local com experiência em alocações comerciais. O processo de estabelecimento de pessoa jurídica nos eUa por empresa estrangeira interessada em se instalar neste mercado é conduzido no plano estadual. O processo varia de estado para estado, mas de modo geral envol-ve as seguintes etapas:a) Formalização do registro da pessoa jurídica junto a autoridade estadual competente. por exemplo, Florida Department of State, Division of Corpora-tions; Maryland Department of Assessments and Taxation; New York Division of Corporations; e Texas Department of State, Corporations Section. A maio-ria dos estados exige a designação de pessoa residente nos eUa para rece-ber documentação legal em nome da empresa estrangeira;b) Obtenção, junto à Receita Federal americana (IRS, na sigla em inglês), do “Employer Identification Number – EIN”, equivalente ao Cadastro Nacional de

69 Uma opção mais barata seria a utilização do modelo de trabalho ´co-working´, que se baseia no compartilhamento de espaço e recursos de escritório. a entidade Global Workspace association divulga lista de escritórios compartilhados nos eUa em seu sítio (http://www.globalworkspace.org/office-locations). Ver também ferramenta de busca nacio-nal da Workspace association of New York (http://www.searchofficespace.com/wany.html) e os sítios esuite.com (http://www.esuite.com/index.htm) e Share Business.com (https://www.sharedbusinessspace.com).

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Pessoas Jurídicas, para fins de declaração do imposto de renda.70

Informações adicionais atualizadas sobre o assunto poderão ser obtidas junto aos Setores de promoção Comercial (SeCOMs) da embaixada do Brasil em Washington e dos Consulados brasileiros nos eUa.

Formação de joint-ventures

São comuns os casos de “joint-venture” entre produtores estrangeiros e fabricantes norte-americanos para o fornecimento de produtos que irão com-pletar a linha destes últimos (o chamado “outsourcing”). Outro procedimento comum é a fabricação, por produtores estrangeiros, sob licença, de produtos que em última instância destinam-se ao mercado americano. embora possa exigir maiores investimentos por parte do exportador, a associação com em-presários locais é uma das formas mais seguras de penetração no mercado americano. Nos estados Unidos, a formação de “joint ventures” é regida por leis esta-duais. Vários estados norte-americanos adotam a Uniform partnership act. a parceria é geralmente resultado de um contrato, explícito ou implícito, sem nenhum requerimento formal (tal como a assinatura de um documento). Do ponto de vista jurídico, os tribunais norte-americanos consideram os seguin-tes critérios, entre outros, para determinar se uma parceria existe ou não: (a) intenção das partes; (b) participação nos lucros ou perdas; (c) gestão e controle compartilhados das atividades empresariais da parceria; e (d) inves-timento de capital realizado por cada sócio. 71

O empresário brasileiro interessado na formação de uma joint venture deve atentar para algumas questões importantes que devem ser consideradas antecipadamente, tais como: a) propósito e escopo; b) forma de joint ventu-

70 Veja guia publicado pelo IRS no link https://www.irs.gov/pub/irs-pdf/p1635.pdf.

71 Fonte: Legal Information Institute da Universidade de Cornell. http://uniformlaws.org/

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re (filial ou subsidiária) c) controle do capital; d) governança; e) liquidez do investimento; e) capital necessário; f) acesso a propriedade intelectual; g) resolução de disputas; e h) dissolução da parceria.

Seguros de embarques

O tipo de apólice e a extensão da cobertura do seguro a serem utilizados dependem dos termos de comércio (“Incoterms”) acordados entre o expor-tador brasileiro e importador americano. Qualquer um dos dois pode fazer o seguro, de acordo com as condições do contrato. Os termos de comércio explicitam o ponto de transferência da propriedade da mercadoria, fator im-portante na determinação da responsabilidade pelo pagamento do seguro. De modo geral, cabe ao exportador o pagamento do seguro se a venda for FOB, e-Term, ex-Works, FCa, FOR/FOF, FaS, FOB aeroporto, C-Term, C&F/CFR ou CpT. a responsabilidade pelo pagamento é do importador se os ter-mos forem CIF, CIp, D-Terms ou DDp.O seguro pode ser feito para cargas específicas ou à base de “open policy”. Neste último caso, a apólice garante a cobertura a todos os embarques, glo-balmente.

Supervisão de embarques

a supervisão do embarque das mercadorias é normalmente efetuada pela Alfândega para avaliação de eventuais direitos e verificação de cumprimento de exigências legais que eventualmente se apliquem ao produto. Financiamento das importações

A maior parte das importações americanas é financiada por bancos comer-ciais, mas algumas delas o são por instituições de financiamento, empresas de compra de ativos realizáveis em curto prazo e outras instituições espe-cializadas. O financiamento é concedido quase sempre sob forma de aceites (títulos de crédito), adiantamentos em curto prazo e empréstimos para capi-tal de giro.

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O exportador brasileiro deve ter em mente os programas de financiamento às exportações disponíveis no Brasil, tais como pROeX e proger, do Banco do Brasil, BDNeS-exim, adiantamento sobre Contrato de Câmbio (aCC), adiantamento sobre Cambiais de exportação ou Cambiais entregues (aCe) e Letras de exportação.

Litígios e arbitragem comercial

Nos contratos de compra e venda de mercadorias, os principais casos de litígio entre as partes ocorrem, geralmente, devido às seguintes causas: a) falta de pagamento; b) atuação distinta da acordada; c) reclamação quanto à quantidade e/ou qualidade dos bens e serviços fornecidos; d) não cumpri-mento de uma ou mais cláusulas do contrato. Caso todas as eventualidades não possam ser previstas no contrato, uma solução mais rápida do que as disputas judiciais é a arbitragem comercial internacional. em 1923, foi proposto pela Câmara de Comércio Internacional um acordo relativo à criação de uma Corte de arbitragem. Graças a esse acordo, divergências entre exportadores e importadores de todo o mundo são corriqueiramente julgadas por uma corte internacional sediada em paris. Nela os custos são mais baixos do que na justiça comum e os prazos de decisão mais rápidos.

existem várias organizações de arbitragem, mas para uma empresa estran-geira envolvida em disputa comercial com firma americana, as três mais importantes são a Câmara Internacional de Comércio (ICC), com sede em paris, a “London Court of International arbitration (LCIa)” (Câmara de ar-bitragem Internacional de Londres) e a “american arbitration association (aaa)” (associação americana de arbitragem), sediada em Nova York. Uma das vantagens da utilização da aaa é o fato de os tribunais americanos estarem familiarizados com a organização e seus procedimentos. para infor-mações adicionais ou para submeter um caso à aaa, as partes interessadas deverão contatar o Centro Internacional para Solução de Conflitos da asso-

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ciação (120 Broadway, Floor 21, New York, NY 10271; Tels.: 212/484-4181, 212/716-5833; Fax: 212/246-7264; www.adr.org).

4. Comércio Eletrônico

Aspectos gerais, evolução e tendências

a adoção de métodos seguros de pagamento, tais como paypal, e ebillme, levaram os consumidores a se sentirem mais confortáveis com o uso de cartões de crédito e débito para fazer compras na Internet. Isto tem contribu-ído para o aumento significativo das vendas online, tornando cada vez mais populares sítios de comércio eletrônico como amazon, ebay, Overstock, O comércio eletrônico B2B nos estados Unidos já movimenta valor superior ao dobro das vendas registradas no segmento B2C. estima-se que as ven-das B2B em 2015 chegaram a US$ 780 bilhões (excluídas operações eDI). Segundo a firma de consultoria Forrester Research, esse valor deverá ultra-passar a marca de US$ 1,1 trilhão, equivalente a fatia de 12% do total das transações entre empresas. A firma projeta crescimento de 7,7% ao ano no neste segmento até 2020. Muitas das grandes companhias americanas adotaram o uso de transações online para seus fornecedores. em pesquisa inédita, o portal de inteligência sobre comércio eletrônico Internet Retailer ranqueou e analisou as transa-ções das 300 maiores companhias norte-americanas por vendas no seg-mento B2B em 2015 (fabricantes, atacadistas, distribuidores e varejistas). Juntas essas empresas são responsáveis por 70% do total das vendas. entre as empresas incluídas na lista, citam-se 3M, Laboratórios abbott, amazon Business, Ford, General Motors, Hewlett-packard, IBM, Kellogg, Home Depot, Boeing,WW Grainger e apple. Os ramos de petróleo e derivados de petróleo, farmacêuticos e artigos de consumo vendidos em drogarias, são as principais categorias no segmento

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de B2B e deverão deter a maior fatia desse mercado nos próximos anos. a indústria farmacêutica deverá ter 20% de suas vendas realizadas online. Contudo, os segmentos mais dinâmicos entre 2015 e 2020 serão, segundo a referida firma, veículos automóveis, autopeças e suprimentos automotivos, eletroeletrônicos, e máquinas, equipamentos e suplementos industriais. por outro lado, de acordo com os dados da administração de pequenos Ne-gócios (“Small Business administration”), a introdução do comércio eletrôni-co nas compras governamentais tem avançado e os proprietários de peque-nas empresas devem adotar essa nova estratégia de negócios online para permanecerem competitivos. Novas tecnologias para criação de websites, como “Dotster” e “NameCheap”, contribuem para o aumento da participação de empresas no comércio eletrônico. a utilização das redes sociais como canal de vendas ainda é relativamente modesta. Contudo, pesquisas recentes das empresas ComScore e UpS mostram que as redes sociais influenciam a decisão da compra do consu-midor e promovem o marketing online. a empresa “comScore” mostra que 86% dos consumidores satisfeitos com as suas compras compartilham no Facebook, 34% no Twitter, 23% no Google+, 21% no pinterest e 19% no Instagram. porém, a compra e venda de mercadorias no comércio eletrônico que é oferecida por meio de redes sociais, ainda mantém-se relativamente baixa.

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Vendas anuais por comércio eletrônico, por principais ramos, 2012-2014 (em US$ bilhões)

Ramo 2012 2013 2014

Vendas totais 195,1 221,0 254,7

Vestuário e acessórios (inclusive calçados) 33,6 40,3 46,8

Móveis e artigos de decoração 16,3 20,4 24,3

eletroeletrônicos 22,5 23,2 23,4

Medicamentos, artigos médico-hospitalares para uso doméstico, artigos para cuidados com a beleza

14,6 17,5 18,9

Computadores (hardware) 14,2 14,8 16,0

Livros e revistas 9,7 10,3

artigos e equipamentos esportivos 6,3 7,9

Brinquedos, jogos e artigos de “hobby” 6,1 S 10,9

Software 5,4 5,5 9,4

alimentos, cerveja e vinho 4,9 5,2 6,3

Outras mercadorias* 29,4 33,9 40,9

Fonte: U.S. Bureau of the Census*Esta categoria inclui autopeças e acessórios; equipamentos e suprimentos para jardina-gem; joias; “souvenires”; artigos para colecionadores; entre outros.

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Aspectos legais

Nos estados Unidos, a Comissão Federal de Comércio (Federal Trade Com-mission) é a principal agência reguladora das atividades relacionadas a co-mércio eletrônico, tais como mensagens eletrônicas comerciais, propaganda online e privacidade do consumidor. Outra organização com a qual proprietá-rios de sítios ou portais de e-commerce devem se familiarizar, é o Payment Card Industry Security Standards Council. essa entidade oferece normas e regulamentos para o manuseio e armazenamento de dados financeiros de compradores. Cada um dos 50 estados possui sua própria legislação comercial e sistemas judiciários. as legislações estaduais possuem uma lei denominada ´long--arm statute´ que define as pessoas e organizações sobre as quais os tribu-nais locais têm jurisdição.

Deveres do Fornecedor

pela lei, o fornecedor não deve vender sua mercadoria online se não tiver motivos para acreditar que terá condições de realizar a entrega dentro de um determinado prazo, anunciado no site ou não, que não pode passar de 30 dias. a regra determina, no entanto, que se o fornecedor não puder cumprir o prazo de entrega por razões imprevistas, deve obter o consentimento do comprador para a entrega com atraso. Se isto não for possível, seja porque o cliente não tenha expressamente concordado, o vendedor deverá ressarcir o comprador pelo valor pago, mesmo que o mesmo não o tenha solicitado.

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Foto: Hemera/Thinkstock.

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1. Acesso ao mercado

ao buscar comercializar os seus produtos nos estados Unidos, o exportador brasileiro deve atentar para o fato de que o mercado norte-americano é so-fisticado e altamente competitivo e que este é um país de dimensões conti-nentais e de grande diversidade geográfica, climática e étnica, não devendo, por isso, ser considerado um mercado homogêneo e monolítico. além disso, é essencial o conhecimento prévio do tratamento tarifário, dos regulamentos e normas técnicas e outras eventuais restrições não tarifárias aplicáveis ao produto a ser exportado, bem como das práticas comerciais locais. No acesso ao mercado, podem ser elementos decisivos, para viabilizar a co-locação do produto, principalmente os manufaturados e semimanufaturados, o aproveitamento das vantagens de ordem tarifária porventura existentes no quadro do Sistema Geral de preferências (SGp) norte-americano, bem como das facilidades e privilégios oferecidos pelo sistema de zonas de Comércio exterior (“Foreign Trade zones-FTz”). entre as vantagens oferecidas pela FTz enumeram-se a considerável flexibilidade no manuseio, transformação ou montagem de mercadorias internadas na zona, sem necessidade de controle estrito da alfândega, bem como a possibilidade de estabelecimento de “sho-wroom”, onde os produtos poderão ser mostrados a potenciais importadores locais antes do desembaraço da mercadoria.

2. Informações atualizadas sobre tarifas e regulamentos de importação

Informações atualizadas sobre tarifas e regulamentos de importação podem ser obtidas por intermédio da Divisão de Inteligência Comercial (DIC) do Mi-nistério das Relações exteriores ou junto ao Departamento de Operações de Comércio exterior, da Secretaria de Comércio exterior do Ministério da Indús-tria, Comércio Exterior e Serviços. Informações sobre produtos específicos podem estar também disponíveis no sítio do Guia de Comercio exterior e

VIII - RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS BRASILEIRAS

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Investimento – Invest&exportBrasil (http://www.investexportbrasil.gov.br). alternativamente, o exportador poderá consultar os Setores de promoção Comercial e de Investimentos da embaixada do Brasil em Washington e dos Consulados-Gerais do Brasil nos eUa, cujos endereços estão listados no anexo I, ou os órgãos reguladores americanos listados nos capítulos anterio-res ou nos anexos a este Guia.

3. Remessa de amostras e de material publicitário aos importadores lo-cais

amostras, catálogos e material publicitário, que podem entrar o território americano isentos do pagamento de impostos através de três procedimentos principais: importação sob classificação fiscal do capítulo 98, subcapítu-lo 11 (9811.00.20 para amostras de bebidas, 9811.00.40 para tabaco e 9811.00.60 para demais produtos); admissão temporária (“Temporary Im-portation under Bond”); e importação regular. No primeiro caso, o valor dos produtos não pode exceder US$ 1, cada (amostra sem valor comercial). a mercadoria deverá ainda conter a marcação “SaMpLe”, ou qualquer outra marcação ou alteração que inviabilize sua venda comercial. No caso especí-fico de calçados, a marcação deverá ser “Sample – Not For Resale”. Outro mecanismo existente é a admissão temporária, que exige pagamento de cau-ção (geralmente equivalente ao dobro da alíquota) e promessa de exportação ou destruição da mercadoria. Os produtos devem estar classificados sob o capítulo 98, subcapítulo 13 (9813.00.05 a 9813.00.75). a importação de material promocional (painéis, banners, etc.) deverá ser classificada sob o código 9813.00.50 (“professional equipment” ou “tools of trade”). a impor-tação temporária, porém, nem sempre representa a solução mais econômica ou conveniente para o exportador. Frequentemente, o pagamento dos direitos e taxas através de importação regular é a forma mais prática e rápida para a entrada de amostras nos estados Unidos. De qualquer maneira, o exportador deve atentar para o fato de que a internação de amostras está sujeita aos procedimentos usuais de desembaraço alfandegário, inclusive o pagamento

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de impostos, taxas, e apresentação de qualquer documento adicional apli-cável. a vantagem dessa opção é de poder comercializar a mercadoria no mercado americano. O exportador brasileiro deve manter em mente, igual-mente, que a mercadoria poderá estar incluída na lista do Sistema Geral de preferências, gozando, portanto, de redução ou isenção tarifária (desde que acompanhada de Certificado de Origem – “Form A”). O pedido para liberação de amostras na alfândega norte-americana é feita por meio do formulário “Customs Form 3461 – entry/Immediate Delivery”, ou outro documento re-querido pelo diretor da alfândega no porto de entrada.

4. Documentação e formalidades embarque No contexto da política da Administração Obama de simplificar o processo de importação e exportação no país, a alfândega norte-americana criou sistema de “janela única” (“single window”) para a apresentação e proces-samento eletrônico da documentação de importação e desembaraço alfan-degário de mercadorias. O novo sistema é denominado “automated Com-mercial environment” (aCe). a utilização da nova plataforma, que substituirá o Sistema Comercial automatizado (aCS, na sigla em inglês) e o “automated Broker Interface” (aBI), passou a ser obrigatória a partir de 31 de março de 2016.72. O importador deverá fazer Notificação Prévia de Embarque de Carga, que determina que sejam transmitidos avisos sobre contêineres destinados aos eUa 24 horas antes de seu embarque (“24-hour rule”). Inicialmente aplicada apenas ao transporte marítimo, a exigência passou a vigorar para todos os demais meios de transporte a partir de 2004. a medida Importer Security Filing and additional Carrier Requirements, também conhecida como “10+2 regulation”, exige que o importador forneça dez tipos de informação, 24

72 Ver informações adicionais no sítio http://www.cbp.gov/document/report/aceope-dia

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horas antes do embarque da carga com destino aos eUa, e que a empresa de transporte forneça mais dois conjuntos de informação, com antecedência mínima de 24 horas com relação a sua chegada.O exportador brasileiro deve considerar os procedimentos decorrentes das exigências do governo norte-americano no âmbito da legislação de combate ao terrorismo criadas em resposta aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. a fatura comercial é o documento mais importante entre os documentos fornecidos pelo exportador. Outros documentos incluem conhecimento de embarque, Certificado de Origem, se cabível, e Certificado de Seguro. A carta de crédito e ordem de compra declaram, normalmente, os documentos exigidos pelo importador, os quais devem ser entregues no prazo e correta-mente preenchidos. Omissão de dados nos documentos exigidos pode resul-tar dificuldades e demoras no desembaraço da mercadoria e até mesmo em apreensão da carga e multa ao importador. Quando um carregamento chega aos eUa, o importador baseia-se na fatura enviada para requerer, no prazo de quinze dias úteis, o desembaraço alfande-gário no porto de entrada por ele escolhido. Findo o prazo, o diretor da alfân-dega mandará guardá-la num armazém geral, por conta e risco do importa-dor. Deve ser feita uma fatura comercial, em inglês, para cada embarque de mercadoria cujo valor exceda a US$ 500,00, a menos que as mercadorias exportadas estejam expressamente dispensadas da fatura. além da fatura, devem ser apresentados os seguintes documentos no desembaraço das mercadorias: conhecimento de embarque, “Carrier’s Certificate” (documento emitido pela companhia transportadora, caso o desembaraço seja feito por pessoa ou firma por ela designada), evidência do direito de fazer o desem-baraço, se solicitada – em muitos casos pode ser o conhecimento de em-barque, romaneio e outros documentos, quando exigíveis. Se o importador desejar a imediata liberação da mercadoria, deverá dar entrada do documen-to “Customs Form 3461” e fará depósito dos direitos aduaneiros estimados pela alfândega. Se quiser protelar a liberação de mercadorias tributáveis e que não sejam perecíveis ou explosivos, poderá guardá-las em entreposto

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aduaneiro mediante requerimento para armazenagem ou depositá-las numa das zonas de comércio exterior. Certificados sanitários, de segurança ou qualidade são exigidos em muitos casos, conforme indicado no capítulo V. De modo geral a legislação america-na prevê testes ou análises dos produtos depois de chegados aos eUa, não levando em conta certificados provenientes de outros países. a supervisão do desembarque das mercadorias é normalmente efetuada pela Alfândega para avaliação de eventuais direitos e verificação de cumprimento de exigências legais que eventualmente se apliquem ao produto.

5. Canais de distribuição

Como regra geral, o exportador brasileiro atentar para o fato de que a esco-lha do canal adequado de comercialização está condicionado a um conjunto de fatores, tais como a categoria do produto, grau de diferenciação, consu-midor-alvo, nível de conhecimento do mercado e opções existentes dentro da estrutura de comercialização para o produto. a escolha do canal de distri-buição não é tarefa fácil, podendo levar algum tempo até o exportador iden-tificar a fórmula que melhor atenda a seus interesses. Ao exportador cabe a seleção do canal mais apropriado, em virtude do que pretende alcançar no mercado americano, devendo levar em consideração a maior ou menor facilidade de atingir o consumidor final, bem como o efeito as margens de comercialização ao longo do canal sobre preço final do produto. Numa primeira fase, o exportador brasileiro poderá sentir a necessidade de se utilizar um agente ou representante, para estabelecer o contato inicial de seu produto com o sistema de distribuição existente. Na medida em que for acumulando experiência e informações sobre o mercado, o exportador po-derá estabelecer um contato mais direto com os componentes do sistema de distribuição, tais como importadores e atacadistas, até integrar-se nele.

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a opção pelo comércio eletrônico (vendas pela Internet) deve ser precedida de criteriosa avaliação das vantagens e eventuais desvantagens desse canal, porém, deve ser considerada como mais uma alternativa além dos canais de distribuição tradicionais. O exportador poderá, ainda, utilizar os serviços prestados pelo Centro de Negócios da agência Brasileira de promoção das exportações e Investimen-tos – apeX Brasil.

6. Promoção de vendas

a seleção do instrumento de marketing depende de fatores tais como cate-goria do produto (bens de capital, bens industriais, bens de consumo durá-veis ou não duráveis), a clientela potencial identificada e o montante dos re-cursos financeiros que se está disposto a investir no processo de comerciali-zação. Os instrumentos mais indicados são a viagem de negócios (inclusive a participação em missões empresariais, feiras e/ou rodadas de negócios), a criação de página na Internet, a remessa direta de folhetos e catálogos em inglês - de boa qualidade gráfica e livres de incorreções - a clientes cuida-dosamente selecionados, o anúncio em publicações especializadas ou em sítios especializados na Internet, inclusive promoção dos produtos na vitrine virtual (“Vitrine do exportador”) da Invest&exportBrasil (http://www.investex-portbrasil.gov.br), e a participação ou visita a mostras especializadas. para a viagem de negócios aos eUa, recomenda-se evitar realizá-la duran-te o verão (de meados de junho a meados de setembro), período de férias escolares e época em que a maioria das pessoas tira férias do trabalho. a combinação de viagem de negócios e visita a potenciais clientes com a participação em feira setorial contribuirá para a redução dos custos de promoção dos produtos de exportação. a participação em feiras setoriais constitui excelente oportunidade não ape-nas para a promoção de vendas, mas também para a obtenção de inteligên-

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cia comercial referente aos competidores – norte-americanos e estrangeiros - tais como tecnologia de fabricação, apresentação do produto, embalagem, nível de preço e estratégias de promoção.

7. Serviços de consultoria de “marketing”

existem inúmeras empresas de marketing nos estados Unidos. O exportador poderá obter informações sobre empresas especializadas nos setores em que atua mediante consulta às fontes mencionadas no item 2 do capítulo VI. Uma fonte alternativa, e mais barata, seria as faculdades de administração de empresas e negócios. É comum a inclusão nos currículos de cursos de pós-graduação da prestação de serviços de consultoria para empresas pré--selecionadas pelas faculdades.

8. Práticas comerciais

É essencial que o exportador se apresente bem preparado no mercado norte-americano. a comunicação deve ser em inglês e seu conteúdo claro e objetivo. É preciso manter em mente que há a possibilidade de lidar com empresários americanos originários de outros países, principalmente de língua espanhola, árabe ou oriental. a correspondência escrita pode ser no formato de correspondência postal, fax ou mensagem eletrônica. ao utilizar a mensagem eletrônica, a forma de comunicação mais utilizada atualmente, o exportador deve atentar para a correção gramatical e sempre incluir dados completos para contato (telefone, fax e e-mail). as cotações são usualmente solicitadas em bases FOB, CIF ou DDp, e as cartas de crédito são o principal meio de financiamento da importação na fase inicial. A formalização do ne-gócio é feita por um contrato de venda, o qual deve refletir a complexidade da transação e especificar claramente as responsabilidades de cada parte contratante. as negociações podem ser conduzidas nos mais variados am-bientes (escritório do importador, hotel, etc.) e é comum terem lugar durante almoços e cafés da manhã. De modo geral, o negociador norte-americano

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tem autonomia para determinar os termos do contrato e para fechar negócio, mesmo que não seja o dono da empresa ou executivo de alto escalão. O es-tilo de negociação é informal e direto. agendamento de encontros é essencial e a pontualidade é levada muito a sério.

9. Designação de representantes ou instalação de escritório ou filial local

Não raro alternativa mais indicada e econômica, a designação de represen-tante deve ser feita no contexto de uma estratégia de penetração do merca-do americano. a seleção do agente deve ser criteriosa, levando em conta aspectos tais como conhecimento do mercado, linha de produtos, tamanho da equipe de vendas, capacidade de acesso ao mercado que possui e poder de barganha dentro do canal de distribuição. Recomenda-se a assinatura de contrato formal de agenciamento, o qual, a exemplo do contrato de vendas, deve indicar de forma clara e objetiva os direitos e obrigações das partes envolvidas. A decisão de abrir escritório de representação ou filial nos EUA deve ser pre-cedida de cuidadosa avaliação das alternativas de penetração do mercado, das condições legais para a instalação da firma e dos custos de estabeleci-mento e manutenção. O exportador interessado em se instalar neste mercado deve seguir as se-guintes etapas básicas: a) formalização do registro da pessoa jurídica junto a autoridade estadual competente, mediante apresentação de contrato social (“articles of associa-tion”) em inglês ou traduzido na embaixada ou Consulados americanos ou por tradutores autorizados. O processo demora cerca de 2 semanas, e custa aproximadamente US$ 200; b) obtenção, junto à Receita Federal Americana (IRS), do “Employer Identification Number - EIN”, equivalente ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, para fins de declaração do imposto de renda; c) registro de capital estrangeiro junto ao “Bureau of economic analysis - Bea”, do Departamento de Comércio (formulários Be-13, Be-607), no prazo

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de 45 dias a partir da data de aprovação do registro da empresa; e d) certi-ficação junto à Divisão de Corporações dos Departamentos de Estado das Unidades Federativas onde o exportador pretenda manter transações comer-ciais. De todo modo, é importante que a empresa brasileira considere que os estatutos federais referentes à tributação, trabalho, imigração, propriedade intelectual, proteção ao meio ambiente, proteção ao consumidor, comércio interestadual, responsabilidade comercial (“product liability”), antitruste, e comércio exterior (lei antidumping, zonas de comércio exterior, etc.), bem como legislações e regulamentos estaduais específicos referentes ao setor em que atua ou aos produtos com que trabalha (http://www.hg.org/usstates.html contém links para cada um dos 50 estados). Com vistas a evitar erros onerosos para o exportador, recomenda-se a consulta a empresas locais de advocacia empresarial - ou até mesmo a sua contratação, dependendo do escopo do investimento e da natureza das operações. alguns desses escritórios publicam documentos do tipo “Doing Business with....” em que se apresentam, esquematicamente, roteiros da legislação norte-americana de interesse do investidor estrangeiro. O sítio in-dicado acima contém uma extensa base de dados sobre firmas de advocacia nos eUa (http://www.hg.org/practiceareas.html).

10. Reclamações, litígios e arbitragem comercial

eventuais reclamações comerciais são encaminhadas diretamente ao parcei-ro comercial. em alguns casos, o importador norte-americano busca o apoio das representações diplomáticas brasileiras nos eUa. Na impossibilidade de se chegar a um acordo satisfatório, cabe às partes recorrer a recursos legais e mecanismos alternativos de solução de controvérsias (mediação, arbitragem, etc.). Tem-se observado em anos recentes, nos estados Unidos, crescente utilização desses meios alternativos. a arbitragem é de longe o meio mais popular de solução de disputas comerciais e sua popularidade

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Como Exportar EUA

tem crescido como alternativa ao litígio. existem várias organizações de arbitragem, mas para uma empresa estran-geira envolvida em disputa comercial com firma americana, as três mais im-portantes são a Câmara Internacional de Comércio-ICC, com sede em paris, a “London Court of International arbitration-LCIa” (Câmara de arbitragem Internacional de Londres) e a “american arbitration association – aaa” (as-sociação americana de arbitragem), sediada em Nova York. Uma das vantagens da utilização da aaa é o fato de os tribunais americanos estarem familiarizados com a organização e seus procedimentos. para infor-mações adicionais ou para submeter um caso à aaa, as partes interessadas deverão contatar o Centro Internacional para Solução de Conflitos da asso-ciação (120 Broadway, Floor 21, New York, NY 10271; Tels.: 212/484-4181, 212/716-5833; fax: 212/246-7264; www.adr.org).

11. Viagens de negócios

É importante que o exportador brasileiro apresente-se nos estados Unidos bem preparado. Deve trazer consigo material promocional de boa qualidade gráfica e escrito em bom inglês, lista de preços em dólar, informações de-talhadas sobre sua empresa – preferivelmente em forma de brochura, e boa quantidade de cartões de visita, impresso em inglês. Caso o exportador não fale inglês, ou tenha muita dificuldade em se comunicar no idioma, é reco-mendável a contratação de intérprete com experiência em comércio exterior. a época menos recomendada para a realização de viagem de negócios aos estados Unidos é o período de verão (junho, julho, agosto), meses em que a maioria das pessoas tira férias, aproveitando o período de férias escolares. Deve-se evitar, também, viagens em datas próximas aos principais feriados nacionais (Independência, “Thanksgiving”, etc.). Chama-se a atenção para as observações contidas no item práticas Comerciais acima, particularmente no que se refere a agendamento de encontros, que devem ser marcados com razoável antecedência.

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O empresário brasileiro deve atentar para as medidas de segurança imple-mentadas nos aeroportos norte-americanos em decorrência dos ataques terroristas de 2001. Recomenda-se solicitar informações atuais ao agente de viagens ou às representações diplomáticas americanas no Brasil e as repre-sentações diplomáticas brasileiras nos eUa antes da partida.

12. Assistência profissional aos empresários brasileiros

O exportador brasileiro conta com um leque de opções de assistência profis-sional nos eUa. existem quatro Setores de promoção Comercial (SeCOMs), diversas “tradings” brasileiras, principalmente na Flórida, bem como o Centro de Negócios da apeX-Brasil (CN-Miami) e inúmeras instituições públicas e privadas americanas. Na fase inicial de planejamento das exportações para os eUa, a empresa brasileira poderá obter informações mercadológicas (oportunidades comer-ciais, pesquisas de mercado, tendências de mercado, dados estatísticos, relação de importadores, e outras) no sítio eletrônico do Guia de Comercio exterior e Investimento (http://www.investexportbrasil.gov.br). Informações complementares sobre o acesso ao mercado e canais de dis-tribuição poderão ser solicitadas diretamente aos SeCOMs, os quais estão preparados, também, para prestar os seguintes serviços: organização de programas de visitas de exportadores brasileiros ao eUa e de importadores americanos ao Brasil, gestões junto a órgãos americanos para o trato de assuntos de interesse do exportador, assistência ao expositor brasileiro que participe de feiras e exposições norte-americanas, identificação de empre-sas de consultoria e organizações de classe que possam constituir fonte de inteligência comercial e apoio ao esforço exportador e follow-up de viagens de negócios. Outras fontes de assistência profissional a empresários brasileiros nos EUA são as agências e escritórios de representação de bancos brasileiros e as

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“tradings” especializadas no comércio Brasil-estados Unidos, bem como as câmaras bilaterais de comércio sediadas em atlanta, Dallas, Houston, Los angeles, Miami, Nova York e Orlando e as Câmaras americanas de Comércio no Brasil.

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Ônibus espacial Endeavour decola do Centro Espacial Kennedy.

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I – ENDEREÇOS

ÓRGÃOS OFICIAIS

1.1. Nos Estados Unidos

Representação diplomática e consular brasileira

Embaixada do Brasil 3006 Massachusetts avenue, N.W.Washington, DC 20008-3634Tel.: (202) 238-2700Fax: (202) 238-2827http://washington.itamaraty.gov.br/Horário de funcionamento: 9h às 19h

Setor de Promoção Comercial e Investimentos - SECOMBrazilian embassyTels.: (202) 238-2788 / 2769 / 2770 / 2757 / 2762e-mail: [email protected]

Consulado-Geral do Brasil em Washington D.C.1030 15th Street, N.W., Suite 280WWashington, DC 20005Tel.: (202) 461-3000e-mail: [email protected]://cgwashington.itamaraty.gov.br/

Horário de atendimento ao público: 9h às 13hJurisdição consular: Washington D.C., Carolina do Norte, Delaware, Kentu-cky, Ohio, Maryland, Virginia, West Virginia, bases norte-americanas, exceto Guam.

ANEXOS

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Consulado-Geral em Atlanta One alliance Center - 3500 Lenox Road N.e., Suite 800atlanta, Ga 30326Tel.: (404) 949-2400http://atlanta.itamaraty.gov.br/pt-br/ Horário de Funcionamento: das 9h às 16h.Jurisdição consular: alabama, Georgia, South Carolina, Mississippi e Tennes-see

SECOMTel.: (404) 949-1208e-mail: [email protected]ário de Funcionamento: 9h às 18h

Consulado-Geral em Boston175 purchase Street (Financial District) Boston, Ma 02110Tel.: (617) 542-4000e-mail: [email protected]://boston.itamaraty.gov.br Horário de atendimento ao público: 8h às 13h Jurisdição consular: Maine, Massachusetts, New Hampshire, Vermont

Consulado-Geral em Chicago e SECOM401 North Michigan avenue, Suite 1850Chicago, IL 60611Tel.: (312) 464-0244e-mail: [email protected]://chicago.itamaraty.gov.br/en-us/Horário de atendimento ao público: 9h às 13hJurisdição consular: Illinois, Indiana, Iowa, Michigan, Minnesota, Missouri, Nebraska, North Dakota, South Dakota, Wisconsin

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SECOMTel.: (312) 464-0244, ramais 5034 / 5024e-mail: [email protected]://chicago.itamaraty.gov.br/pt-br/setor_comercial.xml

Consulado-Geral em Hartford1 Consitution plazaHartford, CT 06103Tel.: (860) 760-3100e-mail: [email protected]://hartford.itamaraty.gov.br/pt-br/ Horário de funcionamento: 8h às 13hJurisdição consular: Connecticut, Rhode Island

Consulado-Geral em Houston 1233 West Loop South, Suite 1150Houston, TX 77027Tel.: (713) 961-3063 / 4 / 5e-mail: [email protected] http://houston.itamaraty.gov.br/pt-br/Horário de funcionamento: 9h às 13h Jurisdição consular: arkansas, Colorado, Kansas, Louisiana, New Mexico, Oklahoma e Texas

SECOMTel.: (713) 961-3063, ramais: 115 / 116 e-mail: [email protected]://houston.itamaraty.gov.br/pt-br/promocao_comercial.xml

Consulado-Geral em Los Angeles8484 Wilshire Boulevard, Suites 711/730Beverly Hills-Los angeles, Ca 90211-3216Tel.: (323) 651-2664 e-mail: [email protected]

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Como Exportar EUA

http://losangeles.itamaraty.gov.br/pt-br/Horário de funcionamento: 9h às 13h Jurisdição consular: estados de arizona, Hawaii, Idaho, Montana, Nevada, Utah, Wyoming, e Califórnia (municípios de Imperial, Kern, Los angeles, Orange, Riverside, San Bernardino, San Diego, San Luis Obispo, Santa Bar-bara, e Ventura)

SECOMTel.: (323) 651-2664 e-mail: [email protected]://losangeles.itamaraty.gov.br/pt-br/promocao_comercial.xml

Consulado-Geral em Miami3150 SW 38th avenue - TérreoMiami, FL, 33146Tel.: (305) 285-6200 e-mail: [email protected]://miami.itamaraty.gov.br/Horário de funcionamento: 9h às 13h.Jurisdição consular: Florida, porto Rico e Ilhas Virgens americanas

SECOMTel.: (305) 285-6217e-mail: [email protected] Horário de funcionamento: 10h às 16hhttp://miami.itamaraty.gov.br/pt-br/setor_comercial.xml

Consulado-Geral em Nova York225 east 41st StreetNew York, NY 10017-6927Tel.: (917) 777-7777 e-mail: [email protected]://novayork.itamaraty.gov.br/pt-br/Jurisdição consular: Delaware, New Jersey, New York, pennsylvania e Ilhas Bermuda

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Como Exportar EUA

SECOM Tel.: (917) 777-7799e-mail: [email protected] http://novayork.itamaraty.gov.br/pt-br/promocao_comercial.xml

Consulado-Geral em São Francisco300 Montgomery Street, Suite 300San Francisco, Ca 94104Tel.: (415) 981-8170e-mail: [email protected]://saofrancisco.itamaraty.gov.brHorário de funcionamento: 9:h às 12h; e 14h às 15h Jurisdição consular: Oregon, alaska, Washington e Califórnia (municípios de alameda, alpine, amador, Butte, Calaveras, Colusa, Contra Costa, Del Norte, el Dorado, Fresno, Glenn, Humboldt, Inyo, Kings, Lake, Lassen, Madera, Ma-rin, Mariposa, Mendocino, Merced, Modoc, Mono, Monterey, Napa, Nevada, placer, plumas, Sacramento, San Benedito, San Francisco, San Joaquin, San Mateo, Santa Clara, Santa Cruz, Shasta, Sierra, Siskiyou, Solano, Sonoma, Stanislaus, Sutter, Tehama, Trinity, Tulare, Tuolumne, Yolo e Yuba)

SECOMTel.: (415) 820-5283 / (415) 820-5284e-mail: [email protected]://saofrancisco.itamaraty.gov.br/pt-br/promocao_comercial.xml

Centro de Negócios da APEX-Brasil em Miami Miami Center Building, 201 South Biscayne Blvd, Suite 1200Miami, FL 33131Tel.: (305) 704-3500e-mail: [email protected]

Centro de Negócios da APEX-Brasil em São Francisco180 Sansome Street, 4th floor

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San Francisco, Ca, 94104Tels.: (415) 230-2181 / (415) 230-2182e-mail: [email protected]

Órgãos oficiais locais de interesse para os empresários brasileiros

O portal oficial do Governo norte-americano (www.usa.gov) serve como ponto de partida para a busca de informações e dados para contato nos três poderes (executivo, legislativo, judiciário) e nos três níveis de governo (fede-ral, estadual e local), além das agências independentes do governo.

Regulamentos e normas técnicas

U.S. Customs and Border Protection(Serviço alfandegário dos estados Unidos)Tels.: (877) 227-5511/ (202) 325-8000 (international callers) www.cbp.gov

Drawback Centers

Chicago U.S. Customs and Border protection Drawback Chief: (847) 928- 8070Houston U.S. Customs and Border protection Drawback Chief: (281) 985-6890 New York/Newark U.S. Customs and Border protection Drawback Chief: (973) 368-6950 San Francisco U.S. Customs and Border protection Drawback Chief: (415) 782-9245

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U.S. Food and Drug Administration – FDATel.: (888) 463-6332 www.fda.gov

Bureau of Alcohol, Tobacco, Firearms and Explosives – ATFe-mail: [email protected]

U.S. Department of Agriculture – USDATel.: (202) 720-2791 www.usda.gov

Environmental Protection Agency – EPAe-mail: [email protected]

Consumer Product Safety Commission – CPSCe-mail: [email protected] www.cpsc.gov

Federal Trade Commission – FTCTel.: (202) 326-2222www.ftc.gov

Textile Section, Division of Enforcement - FTCTel.: (202) 326-3553Fax: (202) 326-3197

National Institute of Standards and Technology – NIST e-mail: [email protected] www.nist.gov; www.nssn.org http://www.regulations.gov/#%21aboutprogram

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Estatísticas econômicas e de comércio exterior

Federal Government Statistics Portal www.fedstats.gov Economics and Statistics Administration http://www.esa.doc.gov/Federal Reserve Board www.federalreserveonline.org Bureau of Economic Analysis – BEAe-mail: [email protected]. Bureau of the Census e-mail: [email protected]; [email protected]; www.census.gov/foreign-trade/wwwU.S. International Trade Commission – USITCTel.: (202) 205-2000www.usitc.govBureau of Labor Statistics e-mail: [email protected] www.bls.govBureau of Transportation Statistics e-mail: [email protected] of Water Resources e-mail: [email protected]

1.2. No Brasil

Representações diplomáticas e consulares dos Estados Unidos

Embaixada dos EUA em BrasíliaSeS - avenida das Nações, Quadra 801, Lote 3 70403-900 – Brasília – DF

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Tel.: (61) 3312-7000 e-mail: [email protected] http://portuguese.brazil.usembassy.gov/Horário de funcionamento: 8h às 17h Jurisdição consular: acre, amapá, amazonas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, pará, Rondônia, Roraima e Tocantins

Escritório Comercial em Brasília Tel.: (61) 3312-7000 e-mail: [email protected]/brazil

Consulado em São Pauloe-mail: [email protected] Home page: http://saopaulo.usconsulate.gov/Horário de funcionamento: 7h às 16hJurisdição consular: Mato Grosso do Sul, paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São paulo

Escritório Comercial em São PauloTel.: (11) 5186-7300 e-mails: [email protected] / [email protected]

Consulado no Rio de Janeiroe-mail: [email protected]://riodejaneiro.usconsulate.gov/Horário de funcionamento: 8h às 17hJurisdição consular: Bahia, espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro

Escritório Comercial no Rio de Janeiro Tel.: (21) 3823-2400 e-mail: [email protected]

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Consulado em Belo Horizonte (virtual)http://brazil.usvisa-info.com (para informações de visto)Horário de funcionamento: 8h às 17he-mail: [email protected]

Escritório Comercial em Belo HorizonteTel.: (31) 3213-1583 e-mail: [email protected]

Consulado em Recifee-mail: [email protected] http://portuguese.recife.usconsulate.gov/Horário de funcionamento: 7h às 16h Jurisdição consular: alagoas, Ceará, Maranhão, paraíba, pernambuco, piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe

Escritório Comercial em RecifeTel.: (81) 3416-3075e-mail: [email protected]

Consulado em Porto Alegre Tel.: (51) 3226-3344e-mail: [email protected]://portuguese.brazil.usembassy.gov/pt/portoalegre.htmlHorário de funcionamento: 9h às 13h

Escritório Comercial em Porto Alegre Tel.: (51) 3328-6080 e-mail: [email protected]

Agência Consular dos Estados Unidos em FortalezaTel.: (85) 3021-5200e-mail: [email protected]ário de Funcionamento: 8h às 12h

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Agência Consular dos Estados Unidos em Manaus Tel.: (92) 3611-3333e-mail: [email protected] Horário de funcionamento: 9h às 13h. (O atendimento funciona apenas atra-vés de agendamento) Agência Consular dos Estados Unidos em Salvador Tel.: (71) 3113-2090/2091 e-mail: [email protected] expediente: 14h às 16h Horário de funcionamento: 8h às 11h (O atendimento funciona apenas atra-vés de agendamento)

Órgãos oficiais brasileiros

Divisão de Inteligência Comercial – DICMinistério das Relações exterioresesplanada dos Ministérios, Bloco H, anexo I, sala 51370170-900 – Brasília – DFTel.: (61) 2030-8932 e-mail: [email protected]ções sobre o mercado, inclusive condições de acesso, importadores locais e oportunidades comerciais Divisão de Operações de Promoção Comercial – DOCMinistério das Relações exterioresesplanada dos Ministérios, Bloco H, anexo I, sala 42770170-900 – Brasília – DFTel.: (61) 2030-8531 e-mail: [email protected] a viagens e missões de empresários brasileiros aos eUa ou a missões econômicas e comerciais norte-americanas no Brasil:

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Departamento de Operações de Comércio Exterior – DECEXMinistério da Indústria, Comércio exterior e Serviçose-mail: [email protected]://www.mdic.gov.br/sitio/Informações sobre o mercado, documentação e formalidades de embarque; emissão exclusiva de certificados de origem para o SGP: Departamento de Negociações Internacionais – DEINT e-mail: [email protected]@desenvolvimento.gov.br

Coordenação-Geral de Exportação e Drawback - CGEXRegistros de exportação e Drawback, modalidades suspensão e isençãoTel.: (61) 2027-8279/7429e-mail: [email protected]

Coordenação-Geral de Informação e Desenvolvimento do SISCOMEX - CGISSISCOMeXTel.: (61) 2027-8283e-mail: [email protected]

Coordenação-Geral de Importação - CGIMLicenças de Importação no âmbito do DeCeXTel.: (61) 2027-7690e-mail: [email protected]

Coordenação de Operações de Importação de Usados e Similaridade - COIMPLicenças de Importação de bens usados e de bens novos sujeitos ao exame de similaridadeTel.: (61) 2027-7555e-mail: [email protected]

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Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio – DPI/SRITel.: (61) 3218-2425 e-mail: [email protected]

2. EMPRESAS BRASILEIRAS

JBSwww.jbssa.com AmBev USA, Inc.www.ambev.com Marfrig (Marfood USa, Inc.)www.marfrig.com.br Embraerwww.embraer.com Odebrecht Construçãowww.odebrecht.com Petrobras USAwww.petrobrasusa.usStefanini ITe-mail: [email protected] www.stefanini.com Coteminas (Springs Global, Inc.)www.springs.com Cutrale North America, Inc.www.cutrale.com Braskem (subsidiária da Odebrecht)www.braskem.com.br Gerdau Ameristeel Corporationwww.gerdau.com Votorantimwww.votorantim.com.br H. Stern e-mail: [email protected] / [email protected]

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www.hstern.net Brazil Industries Coalition e-mail: [email protected] / [email protected] http://www.bic-us.org

3. CÂMARAS DE COMÉRCIO

3.1. Nos Estados Unidos

U.S. Chamber of Commercee-mail: [email protected]. Business Councile-mail: [email protected] Trade Centers Association (WTCA)e-mail: [email protected] Chamber of Commerce of Georgiae-mail: [email protected] / [email protected] www.bacc-ga.comBrazil-California Chamber of Commercee-mail: [email protected] Brazil-Texas Chamber of Commerce (BRATECC)e-mail: [email protected] Brazilian-American Chamber of Commerce of Floridae-mail: [email protected], [email protected] www.brazilchamber.org Association of Bi-National Chambers of Commerce in South Florida, Inc. (ABiCC)e-mail: [email protected]

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www.abicc.orgBrazilian american Chamber of Commerce of New York e-mail: [email protected] Florida Brazilian-American Chamber of Commerce, Inc. (CFBACC)e-mail: [email protected] Business Councile-mail: [email protected]://www.brazilfloridabusiness.com/ 3.2. No Brasil

Tipos de serviços oferecidos aos empresários: Defesa dos interesses das empresas associadas através de ações de advocacy; contato frequente com autoridades governamentais das três esferas de poder no Brasil e nos Estados Unidos, em eventos e reuniões privadas; novas oportunidades de negócios e empreendimentos no Brasil e no exterior; acesso a informações de comércio; valores diferenciados em todos os produtos e serviços ofere-cidos pela Amcham; facilitação no agendamento de entrevista para vistos de negócios para os Estados Unidos; estrutura para realização de eventos de diferentes portes; eventos de networking; comitês temáticos; inteligência de comércio; auxílio na abertura de empresas nos EUA; agendamento de reuni-ões com companhias em outros países; missões empresarias; relatório de agências reguladores

Câmara Americana de Comércio – São Pauloe-mail: [email protected] www.amcham.com.brCâmara Americana de Comércio – Rio de Janeiroe-mail: [email protected]

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Regionais Belo Horizontee-mail: [email protected] http://www.amcham.com.br/belo-horizonte Brasíliae-mail: [email protected]: [email protected] Grandee-mail: [email protected] Curitibae-mail: [email protected]: [email protected] Goiânia e-mail: [email protected]: [email protected] Porto Alegree-mail: [email protected]: [email protected]ão Preto e-mail: [email protected]: [email protected] Uberlândia e-mail: [email protected]

Câmara Texana de Comércio e-mail: [email protected]

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4. PRINCIPAIS ENTIDADES DE CLASSE LOCAIS

Alimentos, Bebidas, Fumos e Óleos Vegetais

United Fresh Fruit & Vegetable Associatione-mail: [email protected] www.unitedfresh.org Produce Marketing Associatione-mail: [email protected] American Beverage Institute e-mail: [email protected] Spirits Council of the U.S.e-mail: [email protected] Association of Beverage Importers, Inc. e-mail: [email protected]://www.bevimporters.org/

Autopeças

Automotive Aftermarket Industry Association (AAIA)e-mail: [email protected] Equipment Suppliers Association (OESA)e-mail: [email protected] www.oesa.org

Calçados

Footwear Distributors and Retailers of America (FDRA)e-mail: [email protected]

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American Apparel and Footwear Associatione-mail: [email protected]://www.wewear.orgNational Shoe Retailers Association (NSRA)e-mail: [email protected]

Materiais de Construção

Ceramic Tile Distributors Associatione-mail: [email protected] Tile Institute of America e-mail: [email protected] American Hardware Manufacturers Associatione-mail: [email protected]; [email protected]://www.ahma.orgNorth American Retail Hardware Associatione-mail: [email protected]; [email protected] www.nrha.orgHardwood Plywood and Veneer Association e-mail: [email protected] Association of Floor Covering Distributors e-mail: [email protected] Wood Flooring Associatione-mail: [email protected]; www.woodfloors.orgTile Council of North America, Inc. (TCNA)e-mail: [email protected]/World Floor Covering Association

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e-mail: [email protected] and Hardware Institute (DHI)e-mail: [email protected] Wood Products Associatione-mail: [email protected]://www.iwpawood.org/

Confecções e Têxteis

American Apparel and Footwear Associatione-mail: [email protected]://www.wewear.orgAmerican Fiber Manufactures Associatione-mail: [email protected] / [email protected] Home page: www.afma.orgNational Council of Textile Organizationse-mail: [email protected] http://www.ncto.org/ Industrial Fabrics Association Internationale-mail: [email protected]

Informática e Software

Business Software Alliancee-mail: [email protected]

Joias e gemas

Jewelers of Americae-mail: [email protected]

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www.jewelers.orgAmerican Gem Trade Association (AGTA) e-mail: [email protected] International Colored Gemstone Associatione-mail: [email protected] / [email protected]/

Mobiliário e Artigos de Decoração

American Home Furnishings Alliance e-mail: [email protected] www.ahfa.us/Gift and Home Trade Associatione-mail: [email protected] www.giftandhome.org International Home Furnishing Marketing Associatione-mail: [email protected] Unfinished Furniture Associatione-mail: [email protected]

Plásticos

International Association of Plastics Distributione-mail: [email protected] Society of the plastics Industry www.plasticsindustry.org

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Zonas de Livre Comércio

National Association of Foreign-Trade Zones e-mail: [email protected]; [email protected]

5. PRINCIPAIS EMPRESAS DE E-COMMERCE

as principais empresas de e-commerce dos estados Unidos são Amazon.com e Ebay.com e Overstock.com, mas a maioria das grandes redes de lo-jas norte-americanas também vende seus produtos online. Veja, abaixo, lista das principais, com indicação das cidades onde estão sediadas:

Walmart.com (Bentonville, arkansas)Costco.com (Seatlle, Washington)Target.com (Minneapolis, Minnesota)Bestbuy.com (Richfield, Minnesota)Newegg.com (City of Industry, Califórnia)Macys.com (Cincinnati, Ohio)

Órgãos de Defesa ao Consumidor

U.S. Consumer Product Safety Commission (CPSC)e-mail: [email protected] www.cpsc.govCouncil of Better Business Bureaus (BBB)www.bbb.org/us/Federal Trade Commission, Bureau of Consumer Protectionwww.ftc.gov/bcp

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6. PRINCIPAIS BANCOS

6.1. Bancos Brasileiros nos Estados Unidos

Banco do Brasil S.A.e-mail: [email protected] do Brasil S.A.e-mail: [email protected]://bbusa.bb.com.br Banco do Brasil AméricasTel.: (855) 377-2555 Caixa Econômica FederalHá 81 escritórios da Caixa econômica Federal nos estados Unidoshttp://www.caixa.gov.br/caixainternacional/atendimento. Banco Bradesco S.A.e-mail: [email protected] www.bradesco.com.brBanco Itaú Unibanco Holding S.A. / Itaú BBA USA Securitieswww.itau.com / www.itausecurities.comBanco Itaú Europa Internationalwww.itauprivatebank.com/usBanrisul S.A. e-mail: [email protected] Bank (Banco Sofisa S.A.)www.sofisa.comSafra National Bank of New York (Banco Safra S.a.)Tel.: (212) 704-5500

6.2. Bancos Locais

existem atualmente nos eUa mais de 9 mil bancos. praticamente todos os principais bancos norte-americanos contam com subsidiárias ou agências no Brasil.

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7. MEIOS DE COMUNICAÇÃO

7.1. Principais jornais

USa Today (McLean, Virgínia), The Wall Street Journal (Nova York), New York Times, Los angeles Times, The Washington post, Miami Herald, Chicago Tribune, San Francisco Chronicle, Boston Globe.Vale mencionar, também, o jornal de negócios Bizjournals (www.bizjournals.com).

7.2. Principais revistas

as principais revistas de circulação nacional são: Business Week, Forbes, Fortune, Time, Newsweek, US News & World Report, The economist.

7.3. Canais de TV

São as seguintes as principais redes nacionais de televisão: aBC, NBC, CBS, FOX, CNN, MSNBC, eSpN, MTV, CW, pBS, Univisión, Telemundo, HSN, entre outras.

7.4. Estações de rádio

atualmente, existem mais de 14 mil estações de rádio licenciados pela Comissão Federal de Comunicações nos eUa. Na última década, estações de rádio por satélite (SiriusXM, entre outros), bem como estações de rádio online individualizadas (pandora, Jango, Last.FM, entre outros) ganharam popularidade, especialmente entre os mais jovens do país.

7.5. Principais agências de publicidade

Omnicom Group Inc. e-mails: [email protected] / [email protected]

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www.omnicomgroup.com The Interpublic Group of Companies, Inc.e-mail: [email protected] www.interpublic.comTMP Worldwide Inc.e-mail: [email protected]; [email protected] http://www.tmp.com/ Grey Global Group Inc.e-mail: [email protected] / [email protected]: [email protected] www.grey.com

8. CONSULTORIAS

existem nos eUa inúmeras empresas de consultoria de marketing. as três principais fontes de informação sobre essas empresas são:

American Association of Advertising Agencieswww.aaaa.orgescritório em Washington, aaaa Tel.: (202) 331-7345 American Marketing Association (AMA) e-mail: [email protected] Research Association e-mail: [email protected] http://www.marketingresearch.org/

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9. AQUISIÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO

Os principais documentos oficiais de comércio exterior são: a) Nomenclatura aduaneira dos estados Unidos (“Harmonized Tariff Sche-dule of the United States (HTSUS)”), publicada pela “U.S. International Trade Commission”; b) Regulamentos aduaneiros dos estados Unidos (“Customs Regulations of the United States”); c) “USa Trade”, base de dados estatísticos publicada pelo Departamento de Comércio, disponível online. Os dois primeiros podem ser adquiridos junto ao Government Printing Office (GPO), órgão oficial responsável pela venda de documentação produzida pelo Governo Federal, no seguinte endereço:

Government Printing OfficeTel.: (202) 512-1800 / (866) 512-1800www.gpo.gov U.S. Department of CommerceTel.: (202) 482-2000e-mail: [email protected]://www.commerce.gov/

a HTSUS pode também ser acessada online, gratuitamente, no sítio da Co-missão de Comércio Internacional dos eUa no seguinte link: http://hts.usitc.gov

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COMPANHIAS DE TRANSPORTES COM O BRASIL

Marítimas

Aliança Navegação e Logística Ltda. (aliança Lines, Inc.)www.alianca.com.br/Escritórios regionais Fort Lauderdale, FL 33316 e-mail: [email protected], TX 77008 e-mail: [email protected]

Companhia Libra de Navegação e-mail: [email protected]://www.grupolibra.com.br/

aéreas

existem atualmente sete empresas operando voos diretos para passageiros entre o Brasil e os eUa: duas brasileiras (LaTaM, azul), quatro americanas (american airlines, Delta, US airways e United) e a Korean air. acordo cele-brado entre os governos brasileiro e norte-americano permitiu a abertura de novas rotas entre os dois países, bem como o aumento no número de voos.

LATAMEscritório principalwww.tam.com.br Escritório norte-americanoTel.: (305) 406-2826 Fax: (305) 263-5875

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FedExEscritório principalwww.fedex.com Escritório brasileirowww.fedex.com/brDHLEscritório principalwww.dhl.com Escritório brasileirowww.dhl.com.br United Parcel Service, Inc.Escritório principalwww.ups.com Escritório brasileirowww.ups.com/latin/br/porindex.html

Empresas de transporte ferroviário Classe 1

BNSF Railway e-mail: [email protected]://www.bnsf.com/CSX Transportatione-mail: [email protected]://www.csx.com/Canada National Railway (Grand Trunk Corporation)e-mail: [email protected]://www.cn.ca/en/Kansas City Southern Railway e-mail: [email protected] http://www.kcsouthern.com/en-us Norfolk Southern Combined Railroad Subsidiariese-mail: [email protected]://www.nscorp.com

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Canadian Pacific Railway (Soo Line Railroad) http://www.cpr.ca/en Union Pacific Railroad http://www.up.com/

SUpeRVISÃO De eMBaRQUeS

Bureau Veritas North America, Inc.Tel.: (954) 525-4114Fax: (954) 763-9718Bureau Veritas Consumer Products Services, Inc.Tel.: (716) 505-3300Fax: (716) 505-3301Escritório no Rio de JaneiroTel.: (21) 2206-9200 e-mail: [email protected] Intertek (Inglesa)e-mail: [email protected]ório em São PauloTel.: (11) 2842-0444Fax: (11) 5015-4200SGS (Suíça)www.sgs.comEscritório em São PauloTel.: (11) 3883-8800Fax: (11) 3883-8900 Class NK (Japonesa)e-mail: [email protected]ório no Rio de Janeiroe-mail: [email protected]

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II – FRETES E COMUNICAÇÕES COM O BRASIL

1. INFORMAÇÕES SOBRE FRETES Marítimos

Para informações específicas e atualizadas sobre fretes marítimos Brasil--eUa, os empresários brasileiros interessados deverão dirigir consulta, no Brasil, às empresas de transportes marítimos relacionadas no anexo I, item 10.

Terrestres

Os preços de transporte terrestre de carga dependem de fatores tais como tipo de mercadoria, volume, destino, distância e da companhia transportado-ra utilizada. a “american Trucking association” fornece em sua página na In-ternet uma lista de empresas de logística terrestre membros da associação. em relação ao transporte ferroviário, a “association of american Railroads” também oferece empresas prestadoras do serviço nos estados Unidos. para informações atualizadas, os empresários interessados deverão, todavia, dirigir uma consulta às empresas de transporte rodoviário, ferroviário ou flu-vial.

Aéreos

Como os fretes aéreos médios podem variar significativamente com base em uma variedade de fatores, para informações atualizadas, os empresários de-verão dirigir consulta à seção de carga das companhias aéreas relacionadas no anexo I.

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2. COMUNICAÇÕES: TARIFAS NORTE-AMERICANAS

2.1. Telefone/fax

a desregulamentação do setor de telecomunicações nos eUa, com-binada com a alta competitividade no setor e a propagação da tecnologia VoIp (“voice over Internet protocol”), bem como de aplicativos como o Whatsapp (www.whatsapp.com) e Viber (www.viber.com), reduziu signifi-cativamente os custos de comunicação. além da possibilidade de utilização gratuita dos referidos aplicativos, é possível realizar ligações internacionais com tarifas de menos de US$ 0,01 por minuto, caso a ligação se beneficie de um dos inúmeros planos residenciais ou comerciais oferecidos pelas em-presas norte-americanas de telefonia.

2.2. Telegramas Devido as modernas técnicas de comunicação, o envio de telegra-mas para fins comerciais não é mais utilizado.

2.3. Correspondência postal

As tarifas do serviço postal norte-americano (“US Post Office”) va-riam de acordo com as medidas, peso e tipo de correspondência, bem como prazo de entrega.

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III – INFORMAÇÕES SOBRE O SISTEMA GERAL DE PREFERÊNCIAS

Dada a extensão da lista de produtos beneficiados pelo SGP nos Estados Unidos, bem como as alterações periódicas a que está sujeita, recomenda--se aos empresários brasileiros interessados dirigir consulta específica a um dos seguintes órgãos:

Divisão de Inteligência Comercial (DIC), do Ministério das Relações exterio-res, em Brasília;Divisão de política Comercial (DpC), do Ministério das Relações exteriores, em Brasília;Departamento de Negociações Internacionais (DeINT), da SeCeX, do Minis-tério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, em Brasília;escritório Comercial da embaixada americana em Brasília ou do Consulado Americano mais próximo;Câmara Americana de Comércio mais próxima;CNI, FIESP e AEB;entidades de classe do setor.

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IV – INFORMAÇÕES PRÁTICAS

Moeda

a moeda norte-americana é o dólar (US$ ou simplesmente $). as cédulas mais frequentemente usadas são as de 1, 5, 10, 20, 50 e 100 dólares. as cédulas de 500, 1.000, 5.000 e 10.000 dólares só são utilizadas em transa-ções bancárias. O dólar norte-americano é dividido em 100 centavos. Descrevem-se, abaixo, as moedas divisionárias:

Denominação e Valor

“penny” 1 c ou $.01 ou 1 cent (um centavo)“Nickel” 5 c ou $.05 ou 5 cents (cinco centavos)“Dime” 10 c ou $.10 ou 10 cents (dez centavos)“Quarter” 25 c ou $.25 ou 25 cents (vinte e cinco centavos)“Half dollar” 50 c ou $.50 ou 50 cents (cinquenta centavos)

em telefones públicos e máquinas que fornecem selos postais, cigarros, alimentos, bebidas, etc., somente podem ser utilizadas as moedas de 5, 10 e 25 centavos (“nickel”, “dime”, “quarter”).

Sistema de pesos e medidas O sistema de pesos e medidas utilizado nos eUa é o “Sistema Imperial” (inglês) modificado. No entanto, há previsão de conversão total, em longo prazo, para o sistema métrico. Conforme já mencionado na seção referente a regulamentação de importação, no Capítulo V, a legislação atual determina que o volume líquido de um produto seja indicado no rótulo também em uni-dades do sistema métrico.

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existem diversos sítios onde estão disponíveis tabelas de conversões das unidades de medidas. Um exemplo é o sítio (http://www.megaconverter.com/mega2). Feriados

ano Novo – 1o de janeiroNascimento de Martin Luther King – 3a segunda-feira de janeiroDia dos presidentes – 3ª segunda-feira de fevereiroMemorial Day – última segunda-feira de maioDia da Independência – 4 de julhoDia do Trabalho – 1a segunda-feira de setembroColumbus Day - 2a segunda-feira de outubroDia do Veterano – 11 de novembroDia de ação de Graças – última quinta-feira de novembroNatal – 25 de dezembro

Fusos horários

existem nove fusos horários nos estados Unidos. Tomando-se como base a hora de Brasília (12h), são os seguintes os horários em cada fuso:11h – Hora do atlântico (“atlantic Time”) – porto Rico e Ilhas Virgens.10h – Hora da Costa Leste (“eastern Standard Time – eT”) – Região Nordes-te e sub-região do atlântico Sul e estados de Ohio, Indian e Michigan. princi-pais cidades: Nova York, Washington, atlanta, Miami e Boston.9h – Hora Central (“Central Standard Time – CT”) – estados de Minnesota, Iowa, Illinois, Wisconsin, Missouri, Kansas, alabama, Mississipi, arkansas, Louisiana, Oklahoma e Texas. principais cidades: Chicago, New Orleans, Dallas e Houston.8h – Hora da Montanha (“Mountain Standard Time – MT”) – sub-região da Montanha, exceto Nevada. principais cidades: Denver, Salt Lake City e phoe-nix.7h – Hora do Pacífico (“Pacific Standard Time – PT”) – Estados de Nevada, Washington, Oregon e Califórnia. principais cidades: Los angeles, São Fran-

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cisco e Seattle.6h – Hora do alasca (“alaska Time”)5h – Hora do Havaí e das Ilhas aleutas (“Hawaiian-aleutian Standard Time”) 4h – Hora do Samoa americana (“Samoa Standard Time”)1h (+1 dia) – Hora dos territórios dos eUa de Guam e as Ilhas Marianas do Norte (“Chamorro Standard Time”) De meados de abril a meados de outubro, é utilizado o chamado “horário de verão”, durante o qual a diferença da hora de Brasília, em relação às zonas horárias americanas, é diminuída de uma hora.

Horário comercial

O horário de expediente dos escritórios, tanto no setor privado como no setor público, é de 9h às 17h, com intervalo de aproximadamente uma hora para o almoço. O horário comercial de lojas, de uma maneira geral, é de 10h às 20h (as lojas de departamentos e shopping centers ficam abertos até 21h horas). Os bancos geralmente funcionam entre 9h e 17h.

Corrente elétrica

a corrente elétrica é alternada, de 120 e 60 ciclos. O tipo de tomada mais utilizado nos eUa é o de pinos em forma de lâminas.

Períodos recomendados para viagem

Recomenda-se evitar viagens de negócios durante os meses de verão (me-ados de junho a meados de setembro), época de férias nos estados Unidos. Os SeCOMs poderão prestar informações sobre o período mais indicado para visitas a estados localizados na área sob sua jurisdição. Deve-se ter em mente a realização de grandes feiras ou encontros importantes do setor em que atua o exportador brasileiro.

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Visto de entrada

a embaixada dos estados Unidos no Brasil mantém sítio na Internet onde o empresário encontrará informações detalhadas sobre tipos de vistos e exigências para sua obtenção. as informações estão disponíveis no site: https://br.usembassy.gov/pt/vistos/emprego-temporario. para informações adicionais, favor contatar a repartição diplomática americana mais próxi-ma.

Vacinas

Não há requerimento de vacinação de brasileiros para entrada nos eUa.

Hotéis

para uma lista representativa dos hotéis, de categoria média e superior na capital dos estados Unidos (Washington, DC), consultar o site: http://www.dchoteldirectory.com

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Foto: Hemera/Thinkstock.

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para a elaboração do presente estudo foram consultadas várias fontes de informação e dados estatísticos dos estados Unidos da américa, sendo as principais:

U.S. Department of agriculture. animal plant and Health Inspection Service (http://www.aphis.usda.gov)

U.S. Department of agriculture. economic Research Service (http://www.ers.usda.gov) U.S. Department of Commerce. Bureau of the Census (http://www.census.gov/foreign-trade/)

U.S. Department of Commerce. Bureau of economic analysis (http://www.bea.gov)

U.S. Department of energy. energy Information administration (http://www.eia.doe.gov)

U.S. Department of Labor. Bureau of Labor Statistics (http://www.bls.gov)

U.S. Department of Transportation. National Transportation Statistics (http://www.bts.gov/publications/national_transportation_statistics)

U.S. Department of the Treasury. U.S. Customs and Border protection (http://www.cbp.gov/xp/cgov/trade)

Government Printing Office. GPO Access Economic Indicators (https://www.gpo.gov/fdsys/browse/collection.action?collectionCode=eCONI)

BIBLIOGRAFIA

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Federal Trade Commission. (http://www.ftc.gov)

Consumer product Safety Commission (http://www.cpsc.gov)

U.S. Food and Drug administration (http://www.fda.gov)

United States International Trade Commission. (http://www.usitc.gov)

Organização Mundial do Comércio. World Tariff Profiles 2016 (https://www.wto.org/english/res_e/statis_e/statis_e.htm)

MDIC/SeCeX/Balança Comercial Brasileira (http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/)

Banco Central do Brasil (http://www.bcb.gov.br/)