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CURSO EM PDF DIREITO PROCESSUAL CIVIL Analista Judiciário TRT- SP Profª Vanessa Patricio www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 1 Olá Guerreiro Concurseiro! Meu nome é Vanessa Patricio e foi com muito prazer e satisfação que aceitei o convite do Canal dos Concursos para estar aqui com você, contribuindo com sua preparação para a prova de Analista Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP). Sou advogada formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e especialista em Direito Civil e Processo Civil com capacitação para o Ensino no Magistério Superior pela Faculdade de Direito Professor Damásio de Jesus. Atuei como assessora jurídica na Prefeitura de São Paulo, posteriormente ingressando em uma instituição financeira, na área de Contratos e Direitos do Consumidor. Agora que já fomos apresentados, quero lhe parabenizar pela escolha! Estudar de forma direcionada fará toda diferença em sua preparação. Mas lembre-se, será necessário muita dedicação e estudo! Esse período entre a divulgação do edital e a realização da prova deve ser aproveitado intensamente, e da melhor maneira possível. Estude agora para aproveitar depois, comemorando sua aprovação! A banca que irá organizar o concurso será, pela tradição, a Fundação Carlos Chaves (FCC). O edital ainda não foi publicado, portanto, seguiremos a matéria do último concurso . Aproveite e saia na frente, comece a estudar hoje! Com relação ao curso, abordaremos todos os itens exigidos no edital da forma mais didática possível. Trarei esquemas, organogramas, tabelas e exercícios, tudo pensando em você e em como facilitar seu entendimento e fixação, mas repito: a parte principal é sua, ESTUDE! APRESENTAÇÃO

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Olá Guerreiro Concurseiro!

Meu nome é Vanessa Patricio e foi com muito prazer e

satisfação que aceitei o convite do Canal dos Concursos para estar aqui com

você, contribuindo com sua preparação para a prova de Analista Judiciário do

Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP).

Sou advogada formada pela Universidade Presbiteriana

Mackenzie e especialista em Direito Civil e Processo Civil com capacitação para

o Ensino no Magistério Superior pela Faculdade de Direito Professor Damásio

de Jesus.

Atuei como assessora jurídica na Prefeitura de São Paulo,

posteriormente ingressando em uma instituição financeira, na área de

Contratos e Direitos do Consumidor.

Agora que já fomos apresentados, quero lhe parabenizar

pela escolha! Estudar de forma direcionada fará toda diferença em sua

preparação.

Mas lembre-se, será necessário muita dedicação e estudo!

Esse período entre a divulgação do edital e a realização da prova deve ser

aproveitado intensamente, e da melhor maneira possível. Estude agora para

aproveitar depois, comemorando sua aprovação!

A banca que irá organizar o concurso será, pela tradição, a

Fundação Carlos Chaves (FCC). O edital ainda não foi publicado, portanto,

seguiremos a matéria do último concurso. Aproveite e saia na frente,

comece a estudar hoje!

Com relação ao curso, abordaremos todos os itens

exigidos no edital da forma mais didática possível. Trarei esquemas,

organogramas, tabelas e exercícios, tudo pensando em você e em como

facilitar seu entendimento e fixação, mas repito: a parte principal é sua,

ESTUDE!

APRESENTAÇÃO

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Nossas aulas serão divididas da seguinte forma:

MATÉRIA

AULA DEMO NOÇÕES DE JURISDIÇÃO E DA AÇÃO – PARTE 1 Da jurisdição

AULA 1 NOÇÕES DE JURISDIÇÃO E DA AÇÃO – PARTE 2 Da ação

AULA 2 SUJEITOS DO PROCESSO

Das partes e dos procuradores

Do juiz

AULA 3 DOS ATOS PROCESSUAIS

AULA 4 DA FORMAÇÃO, DA SUSPENSÃO E DA EXTINÇÃO DO

PROCESSO

AULA 5 DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO – PARTE 1 Da petição inicial Da resposta do réu

Do julgamento conforme o estado do processo

AULA 6 DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO – PARTE 2 Das provas Da audiência

Da revelia Da sentença e da coisa julgada

AULA 7 DOS RECURSOS

AULA 8 DO PROCESSO DE EXECUÇÃO

AULA 9 DA EXECUÇÃO FISCAL – LEI 6.830/1980

AULA 10 DO PROCESSO CAUTELAR

AULA 11 DA IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA – LEI

8.009/1990

Espero que aproveitem ao máximo o curso e que ele seja

uma das ferramentas do seu sucesso!

Bons estudos e conte comigo!

Abraços,

Profª Vanessa Patricio

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SUMÁRIO

1. DA JURISDIÇÃO

1.1 Noções Gerais

1.2 Conceito

1.3 Aspectos e Finalidades

1.4 Características

1.5 Princípios

1.6 Poderes

1.7 Modalidades

1.8 Órgãos

1.9 Bibliografia

QUESTÕES TESTES

GABARITO

QUESTÕES COMENTADAS

GABARITO

1. DA JURISDIÇÃO

1.1 Noções gerais

Atualmente, tendo em vista a existência de um Estado de

Direito organizado, regulado por um conjunto de normas, com força suficiente

para impor sua vontade à dos cidadãos, o poder de resolver os conflitos entre

as partes é exclusivo do Estado, representado, neste caso, pelo Poder

Judiciário, mas nem sempre foi assim.

Quando da inexistência desse Estado organizado, a

solução dos conflitos era feita pelas próprias partes, pelo que se chamava

autotutela, fazendo prevalecer a lei do mais forte.

Tempos depois, mas ainda na presença de um Estado não

totalmente organizado, surgiu a autocomposição, onde uma das partes

sacrifica sua pretensão em prol da solução de conflitos. Por fim, surge a

arbitragem, na qual a solução é dada por um terceiro desinteressado, eleito

pelos próprios envolvidos no conflito (hoje regulada pela Lei 9.307/1996).

Para ajudar nos seus estudos, preparei uma série de

esquemas que tornarão o entendimento muito mais fácil, vamos conferir?

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FORMAS DE SOLUÇÃO DE

CONFLITO

AUTOTUTELA

Uma das partes impões à outra a solução que julga ser a melhor, sem se importar com a existência ou inexistência do direito, satisfazendo-se simplesmente pela força.

AUTOCOMPOSIÇÃO

Limita-se a fixar a existência ou inexistência do direito. Resulta do sacrifício parcial ou total da pretensão das partes envolvidas. Nos tempos iniciais, o cumprimento da decisão continuava dependendo de solução violenta e parcial.

JURISDIÇÃO

O juiz, provocado pelas partes e com base nos preceitos jurídicos, busca a melhor solução para o conflito, sendo investigada a existência ou não do direito e a quem ele pertence. As partes não podem mais fazer "justiça com as próprias mãos" (autotutela).

AUTOCOMPOSIÇÃO

JUDICIAL

OU

EXTRAJUDICIAL

DESISTÊNCIA

RENÚNCIA À PRETENSÃO

Uma das partes renuncia ao seu direito.

SUBMISSÃO

RENÚNCIA À RESISTÊNCIA OFERECIDA À PRETENSÃO

Uma das partes se submete à vontade da outra, sacrificando por inteiro seu interesse.

TRANSAÇÃO

CONCESSÕES RECÍPROCAS

Cada uma das partes abre mão parcialmente de seu direito, a fim de

que o conflito seja resolvido.

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Desistência, Submissão e Transação são soluções parciais de conflito

e dependem de ato das próprias partes.

Autotutela e Autocomposição são formas não jurisdicionais de

solução de conflito, ou seja, não contam com a figura do Estado-juiz.

Essas formas de solução de conflito são também chamadas de

Equivalentes Jurisdicionais.

TRANSAÇÃO

CONCILIAÇÃO

O conciliador, que é um terceiro imparcial, tenta fazer com que as partes cheguem a um acordo dentro do que está sendo discutido.

MEDIAÇÃO

É uma das formas de autocomposição que ganhou autonomia. O mediador, que é um terceiro imparcial, propõe uma nova solução, uma forma de satisfação do interesse das partes. O mediador não decida nada, quem decide são as partes.

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E então, não ficou bem mais fácil assimilar a matéria?

Agora que você já tem uma noção geral das formas de solução de conflitos e

sua evolução, está na hora de aprofundar um pouco mais. Vamos comigo?

FORMAS ALTERNATIVAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITO NO

DIREITO MODERNO

AUTOTUTELA

COMO EXCEÇÃO

Exemplos:

Direito de Retenção (v.g. arts. 558, 644, 1219, 1433, II e 1434, ambos do Cód. Civil); Penhor Legal (art. 1467 do Cód. Civil); Poder de efetuar Prisões em Flagrante; Atos realizados em Legítima Defesa ou Estado de Necessidade (arts. 188, 929 e 930 do Cód. Civil); Direito de cortar raízes em árvores limítrofes que ultrapassem a extrema do prédio (art. 1283 do Cód. Civil).

Motivos pelos quais se admite a autotutela:

A)Impossibilidade da presença do Estado-Juiz ante à iminênica ou a violação de um direito;

B)Ausência de confiança para a autocomposição.

AUTOCOMPOSIÇÃO Principalmente mediante a

CONCILIAÇÃO

ARBITRAGEM

Lei 9.307/1996

Arbitragem não é Equivalente Jurisdicional como a Autotutela e a Autocomposição. Na arbitragem um terceiro escolhido pelas partes decide o conflito (HETEROCOMPOSIÇÃO).

Resulta de um negócio jurídico celebrado pelas partes que optam por escolher um terceiro para resolver o conflito.

Somente direitos disponíveis podem ser objeto da arbitragem.

Hoje a posição majoritária no Brasil é de que Arbitragem é Jurisdição, sendo a decisão executada, e não apenas homologada, pelo Juiz estatal.

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1.2 Conceito

Conforme acabamos de estudar, com o surgimento do

Estado de Direito, a tarefa de solucionar os conflitos passa para o Estado, o

grande responsável pela organização e pelo controle social. Enquanto poder

soberano, o Estado exerce três funções básicas: legislativa, executiva e

judiciária.

A atividade jurisdicional é uma das mais importantes

atividades do Estado, que tem o objetivo de aplicar a norma editada no caso

concreto.

Mas o que é jurisdição? Para melhor compreender, vamos

buscar ajuda na origem da palavra:

“dizer o direito”

ESTADO

SEPARAÇÃO DOS

PODERES

PODER LEGISLATIVO

FUNÇÃO LEGISLATIVA

Elaboração de leis, de normas gerais e abstratas, impostas coativamente a todos.

PODER

EXECUTIVO

FUNÇÃO EXECUTIVA

OU ADMINISTRATIVA

Adminstração do Estado, de acordo com as leis elaboradas pelo Poder Legislativo.

PODER

JUDICIÁRIO

FUNÇÃO JUDICIÁRIA

OU JURISDICIONAL

Atividade jurisdicional do Estado, de distribuição da justiça e aplicação da lei ao caso concreto, em situações de litígio, envolvendo conflitos de interesses qualificados pela pretensão resistida.

INSTITUTOS

FUNDAMENTAIS

DO

PROCESSO CIVIL

JURISDIÇÃO

JURIS

(direito)

DICTIO

(dizer) AÇÃO

EXCEÇÃO

OU

DEFESA

PROCESSO

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Visto isto, podemos conceituar jurisdição como:

O exercício da jurisdição, pelo Estado, normalmente está

relacionado com a existência de uma lide1, que as partes levam ao juiz para

ser solucionada de forma justa. Note: a parte (ou as partes) interessada

deve levar o conflito ao conhecimento do juiz (Estado-juiz) que

somente após ser acionado por um dos interessados, e por meio de um

processo, irá aplicar a lei ao caso concreto, buscando dar solução ao

conflito.

1 De acordo com o Dicionário Jurídico de Bolso, lide é o conflito de interesses suscitado em juízo.

A atividade do Estado, exercida por intermédio

do juiz, que busca a pacificação dos conflitos

em sociedade pela aplicação da lei aos

casos concretos.

Cansado de tanto esperar “A” (credor) procura o Judiciário e, em posse dos

documentos que comprovam a existência

da dívida, convence o juiz.

“A” (credor)

cobra dívida

de “B”

(devedor) que

se recusa a

pagar.

O Estado, através do Juiz, profere a

sentença (exerce seu poder

jurisdicional) e declara “B” devedor,

condenando-o a pagar a dívida. Caso

“B” não realize o pagamento, o

Estado possui meios de,

coativamente, obrigá-lo a satisfazer

a obrigação (por exemplo, processo

de execução).

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Daí decorre que a jurisdição é sempre inerte, visto que o

juiz aguardará a provocação das partes, as quais incumbe dar início ao

processo, conforme expresso no próprio CPC:

“Art. 2o Nenhum juiz prestará a tutela

jurisdicional senão quando a parte ou

o interessado a requerer, nos casos e

forma legais.”

A decisão tomada pelo juiz frente ao caso concreto torna-

se imutável, porque a partir de um determinado momento não pode mais ser

discutida (faz-se coisa julgada2).

2 Coisa julgada é a qualidade conferida à sentença judicial contra a qual não cabem

mais recursos, tornando-a imutável e indiscutível. Atualmente tem por objetivos a segurança jurídica e impedir a perpetuação dos litígios.

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1.3 Aspectos e Finalidades

JURISDIÇÃO

4 ASPECTOS

é um PODER do

Estado

É também chamado de PODER-DEVER pois é

obrigação do Estado solucionar os conflitos

levados à sua apreciação.

é um DIREITO da parte

é uma FUNÇÃO do Judiciário

(via de regra)

Nos termos do CPC: "Art. 1o A jurisdição civil, contenciosa e

voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o

território nacional, conforme as disposições

que este Código estabelece." (grifo

nosso) é uma ATIVIDADE dos

órgãos jurisdicionais

(representados, via de regra, pelo

juiz, também chamado de Estado-Juiz)

FINALIDADES

(ESCOPOS)

SOCIAL

VISA TRAZER A PAZ SOCIAL; APROXIMAR O JUDICIÁRIO DA

SOCIEDADE

JURÍDICA

COMPOSIÇÃO DE LITÍGIOS ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DO DIREITO AO CASO

CONCRETO

POLÍTICA

REALIZAÇÃO DA JUSTIÇA;

FORTALECIMENTO DA IMAGEM DO ESTADO COMO

PODER SOBERANO

EDUCACIONAL OU

PEDAGÓGICO

EDUCAR AS PARTES E AOS DEMAIS

JURISDICIONADOS SOBRE SEUS DIREITOS E DEVERES

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1.4 Características

Caro aluno, muito embora este não seja um tópico exigido

no edital, sugiro que leia com atenção os itens abaixo, pois seu entendimento

contribuirá para melhor absorção e compreensão do instituto ora em estudo.

De forma resumida e didática, passemos à análise de cada uma das

características da jurisdição:

a) Inércia (Princípio Dispositivo ou da Demanda): A

jurisdição (representada pela figura do Estado-juiz) só

atua mediante provocação da parte. Neste sentido, o

CPC é expresso:

“Art. 2o Nenhum juiz prestará a tutela

jurisdicional senão quando a parte ou

o interessado a requerer, nos casos e

forma legais.” (grifo nosso)

O princípio dispositivo, ou da demanda, informa que é

do cidadão, e não do juiz, a iniciativa de movimentar

(ou não) o Poder Judiciário. É o que se depreende da

leitura dos seguintes artigos do mesmo Código:

“Art. 262 O processo civil começa por

iniciativa da parte, mas se desenvolve

por impulso oficial.” (grifo nosso)

“Art. 128 O juiz decidirá a lide nos

limites em que foi proposta, sendo-lhe

defeso conhecer de questões, não

suscitadas, a cujo respeito a lei exige

iniciativa da parte.” (grifo nosso)

Cabe lembrar, entretanto, que existem exceções, ou

seja, situações nas quais o juiz pode (e deve) agir

mesmo sem a solicitação das partes, por exemplo, o

inventário (art. 989 do CPC) e procedimentos da

jurisdição voluntária (arts. 1113, 1129, 1142, todos

do CPC).

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“Art. 989 O juiz determinará, de

ofício, que se inicie o inventário, se

nenhuma das pessoas mencionadas

nos artigos antecedentes o requerer

no prazo legal.” (grifo nosso)

b) Lide (ou Justa Solução da Lide): A jurisdição, em

regra, atua para solucionar uma lide. Para Cândido

Rangel Dinamarco existem duas espécies de lide:

b.1. LIDE REAL, em que há conflito de interesse entre

as partes, qualificado por uma pretensão resistida.

b.2. LIDE PRESUMIDA, não há conflito entre as partes,

que tem uma pretensão comum, mas a lei resiste à

pretensão das partes, impedindo a solução da situação

pela via extrajudicial. Ex.: Jurisdição Voluntária.

O pressuposto para o exercício da

jurisdição não é a lide, mas uma situação fática

relevante, que pode ser uma lide (é a regra), o risco

de dano (tutela preventiva) ou uma situação

individual relevante.

Excepcionalmente haverá jurisdição sem

lide, exemplos: na separação, divórcio e inventário

consensuais, sem incapaz ou testamento, e as partes

optam pela via judicial; na tutela preventiva (onde há

apenas o risco de dano).

c) Imperatividade: A jurisdição é imposta às partes,

independentemente de prévia anuência. O juiz exerce o

PODER e as partes ficam em estado de sujeição.

d) Imparcialidade: Imparcialidade do juiz ou do terceiro

imparcial investido na condição de juiz. Põe em prática

a vontade da lei, sem privilegiar qualquer das partes.

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e) Definitividade: Somente a decisão tomada pelo

Estado-juiz, em um dado momento, pode tornar-se

definitiva (imutável, imodificável).

Nem sempre a jurisdição é dotada de

definitividade. Para que a decisão prestada pelo

Estado-juiz tenha tal caráter é necessário que a

demanda (o processo) seja apreciado em seu mérito,

ou seja, que o conflito seja resolvido.

f) Substitutiva: Ao exercê-la o juiz substitui as partes na

solução do conflito. A vontade do Estado (da lei)

substitui a vontade das partes.

g) Declaratória de direitos (ou Declarativa): A

jurisdição não cria direitos para as partes, apenas

reconhece direitos pré-existentes.

1.5 Princípios

Agora que já estudamos as características da jurisdição,

falaremos de seus princípios, estes sim pedidos no edital. Estude e memorize

cada um deles, pois este é um ponto que você não pode perder na hora da

prova!

a) Indeclinabilidade (ou Inafastabilidade da

Jurisdição): Não poderá o juiz se eximir de julgar

(salvo nos casos de impedimento, suspeição e

incompetência). Veja como o princípio foi inserido em

nosso Código de Processo Civil e, em seguida, confira o

amparo constitucional:

“Art. 126. O juiz não se exime de

sentenciar ou despachar alegando

lacuna ou obscuridade da lei. No

julgamento da lide caber-lhe-á aplicar

as normas legais; não as havendo,

recorrerá à analogia, aos costumes e

aos princípios gerais de direito.” (grifo

nosso)

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“Art. 5º, XXXV a lei não excluirá da

apreciação do Poder Judiciário lesão

ou ameaça de direito.”

b) Inevitabilidade: Ligado à característica da

Imperatividade (ver item 1.4, letra c). Uma vez ativada

pelas partes, a jurisdição é forma de exercício do poder

estatal, e o cumprimento de suas decisões não pode

ser evitado pelas partes, sob pena de cumprimento

coercitivo.

PRINCÍPIO DA

INDECLINABILIDADE OU

INAFASTABILIDADE DA

JURISDIÇÃO

2 VERTENTES

TODO CIDADÃO TEM

DIREITO DE LEVAR UMA

DEMANDA À APRECIAÇÃO

DO PODER JUDICIÁRIO,

NÃO PODENDO O JUIZ

NEGAR-SE A APRECIÁ-LA.

O PROCESSO DEVE

GARANTIR O ACESSO A

UMA ORDEM JURÍDICA

JUSTA.

PRINCÍPIO DA INEVITABILIDADE DA JURISDIÇÃO

VINCULAÇÃO OBRIGATÓRIA AO

PROCESSO

VINCULAÇÃO OBRIGATÓRIA

AOS EFEITOS DA JURISDIÇÃO

Depois que a parte (ou as partes) procura o Poder Judiciário para por fim a um conflito, não pode desistir da demanda.

A parte (ou as partes) fica vinculada à

decisão do juiz, devendo suportar seus efeitos.

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c) Juiz Natural: Este princípio deve ser estudado sob

dois aspectos:

PRINCÍPIO DA INEVITABILIDADE DA

JURISDIÇÃO

JUIZ NATURAL

PARA O

ESTADO

É vedado ao Estado a criação de

Tribunais de Exceção, ou seja, criados após determinado fato e somente para o julgamento dele, conforme preceitua nossa Constituição Federal em seu art. 5º, XXXVII "não haverá juízo ou

tribunal de exceção;".

PARA A

PARTE INTERESSADA

É proibida a escolha do Juízo, ou

seja, o Estado determinará quem será o juiz competente para julgamento da causa. Observe o disposto no CPC:

"Art. 253. Distribuir-se-ão por

dependência as causas de qualquer natureza: I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada; II - quando, tendo sido extinto o

processo, sem julgamento de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda; “. (grifo nosso)

Exceções:

- Arbitragem: É um acordo de vontades,

celebrado entre pessoas capazes que,

preferindo não se submeter à morosidade de

um crivo judicial, utilizam-se de árbitros

para a solução de suas controvérsias ou

litígios, quando estas recaírem sobre direitos

patrimoniais disponíveis, isto é, aqueles que

podem ser objeto de transação entre os

interessados. Assim sendo, as partes não

estarão vinculadas ao processo ou aos

efeitos da jurisdição.

- Nomeação à autoria: o nomeado citado

pode se recusar a ser réu naquele processo. (art. 67 do CPC)

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A criação de varas especializadas não viola o princípio do Juiz

Natural, pois se trata de regra abstrata e impessoal.

d) Investidura: A jurisdição deve ser exercida por

autoridade regularmente investida.

e) Territorialidade (Aderência ao Território ou

Improrrogabilidade): Cada órgão jurisdicional exerce

suas atividades dentro de uma área pré-determinada

(dentro de um limite territorial).

Não confundir JURISDIÇÃO com COMPETÊNCIA.

Um Juiz, por exemplo, tem jurisdição em todo o

território nacional, entretanto, possui

competência limitada territorialmente, ou seja,

deve atuar somente dentro dos limites de sua

comarca3.

3 Segundo o Dicionário Jurídico de Bolso, comarca é a circunscrição judiciária sob a jurisdição de um ou mais juízes de direito.

ESTADO PODER

JURISDICIONAL

ESTADO DELEGA

PODER

JURISDICIONAL AOS

SEUS AGENTES

(JUÍZES). A

INVESTIDURA DA

FUNÇÃO

JURISDICIONAL

ACONTECE DE DUAS

FORMAS:

ATRAVÉS DE CONCURSO

PÚBLICO PARA A MAGISTRATURA

ART. 93, I DA CF/88

ATRAVÉS DO QUINTO

CONSTITUCIONAL

ART. 94 DA CF/88

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Cuidado com as pegadinhas na hora da prova, o

examinador vai testá-lo, mas você estará

preparado!

Importante lembrarmos que o princípio da

territorialidade traz exceções. Vejamos alguns

exemplos:

Quando a ação versa sobre imóvel situado em

mais de um Estado ou comarca, o juízo de

qualquer delas tem competência para julgar

sobre o imóvel todo.

Art. 107, CPC “Se o imóvel se achar

situado em mais de um Estado ou

comarca, determinar-se-á o foro pela

prevenção, estendendo-se a

competência sobre a totalidade do

imóvel.”

A citação pelo correio para qualquer comarca do

país.

Art. 222, CPC “A citação será feita

pelo correio, para qualquer comarca

do país...”

COMPETÊNCIA = MEDIDA

OU QUANTIDADE DE

JURISDIÇÃO ATRIBUÍDA

AOS SEUS ÓRGÃOS

EXISTENTES. CADA ÓRGÃO

TERÁ PODER DENTRO DE

UM LIMITE TERRITORIAL.

LIMITE JURISDIÇÃO =

TERRITÓRIO BRASILEIRO

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Citação e intimação por oficial de justiça nas

comarcas contíguas e de fácil acesso ou da

mesma região metropolitana.

Art. 230, CPC “Nas comarcas

contíguas, de fácil comunicação, e nas

que se situem na mesma região

metropolitana, o oficial de justiça

poderá efetuar citações ou intimações

em qualquer delas.”

A penhora de imóvel em qualquer lugar do país

com base na certidão de matrícula.

A penhora online de dinheiro em qualquer banco

do país.

f) Indelegabilidade: Também deve ser estudado sobre

dois aspectos:

g) Inafastabilidade da Jurisdição ou Garantia de

Acesso à Justiça: Nenhuma “lesão ou ameaça de

lesão” (fundamento da tutela preventiva) a direito será

excluída da apreciação do Poder Judiciário. Observe a

previsão constitucional:

INDELEGABILIDADE

ASPECTO

EXTERNO

O Judiciário não pode delegar suas funções a outro poder, salvo exceções expressas, como as previstas no art. 102, I, "m" da CF/88, e arts. 201 e 492 do CPC;

ASPECTO

INTERNO

Um órgão jurisdicional não pode delegar suas funções a outro, por exemplo, o Juiz "A" não pode delegar ao Juiz "B" sua competência para julgamento de determinada demanda.

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“Art. 5º, XXXV a lei não excluirá da

apreciação do Poder Judiciário lesão

ou ameaça a direito;”

Deste princípio decorrem duas regras:

1ª) Toda decisão administrativa pode ser revista pelo

Judiciário.

2ª) É possível recorrer diretamente ao

Judiciário. Não é necessário o prévio esgotamento das

vias administrativas. Exceção: JUSTIÇA DESPORTIVA

– ART. 217, §1º CF/88, que diz: “O Poder Judiciário

só admitirá ações relativas à disciplina e às

competições desportivas após esgotarem-se as

instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.” (grifo

nosso)

h) Unicidade: Muito embora se fale em jurisdição civil e

penal, Justiça Federal e Estadual, na realidade esse

poder-dever é uno e indivisível, ou seja, é exercido da

mesma forma em todo o território nacional.

A atividade jurisdicional é dividida apenas para melhor funcionalidade.

JURISDIÇÃO

COMUM

CIVIL ESTADUAL

FEDERAL

PENAL

ESTADUAL

FEDERAL

ESPECIAL

MILITAR

ELEITORAL

TRABALHISTA

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Agora que estudamos cada uma das características e

princípios da jurisdição, é importante memorizar para não confundir na hora da

prova. Vamos treinar?

MEMORIZANDO

1.6 Poderes

Quando se fala em poderes da jurisdição, na verdade se

está fazendo uma referência aos atributos inerentes à atividade jurisdicional,

ou seja, poderes decorrentes de tal atividade. São eles:

CARACTERÍSTICAS DA

JURISDIÇÃO

PRINCÍPIOS DA

JURISDIÇÃO

INÉRCIA

INDECLINABILIDADE

LIDE

INEVITABILIDADE

IMPERATIVIDADE

JUIZ NATURAL

IMPARCIALIDADE

INVESTIDURA

DEFINITIVIDADE

TERRITORIALIDADE

SUBSTITUTIVA

INDELEGABILIDADE

DECLARATÓRIA DE

DIREITOS

INAFASTABILIDADE

UNICIDADE

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a) Poder de decisão

Consiste na atividade jurisdicional de por fim aos

conflitos sociais, aplicando o direito ao caso concreto,

decidindo a lide. É o poder-dever de dizer o direito.

b) Poder de polícia

Para assegurar que suas decisões sejam cumpridas, o

Poder Judiciário pode fazer uso da força pública. Assim,

poder de polícia4 é aquele dado ao magistrado para

dirigir o processo, conforme previsto nos arts. 445 e

446 do CPC:

“Art. 445. O juiz exerce o poder de

polícia, competindo-lhe:

I - manter a ordem e o decoro na

audiência;

II - ordenar que se retirem da sala da

audiência os que se comportarem

inconvenientemente;

III - requisitar, quando necessário, a

força policial. (grifo nosso)

Art. 446. Compete ao juiz em

especial:

I - dirigir os trabalhos da audiência;

II - proceder direta e pessoalmente à

colheita das provas;

III - exortar os advogados e o órgão

do Ministério Público a que discutam a

causa com elevação e urbanidade.

Parágrafo único. Enquanto depuserem

as partes, o perito, os assistentes

técnicos e as testemunhas, os

advogados não podem intervir ou

apartear, sem licença do juiz.”

4 Consoante disposto no Dicionário Jurídico de Bolso, poder de polícia é atividade da administração pública que, limitando ou disciplinado direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

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c) Poder de coerção

Decorre da força coercitiva das decisões emanadas pelo

poder judiciário, substituindo a vontade das partes e

impondo a observância desses comandos. Alguns

abordam poder de coerção e poder de polícia

conjuntamente.

d) Poder de documentação

É aquele que resulta da necessidade de documentar, de

modo a fazer fé, de tudo o que ocorre perante os

órgãos judiciais ou sob sua ordem (termos de

assentada, da constatação, de audiência, de provas,

certidões de notificações, de citações, etc.). Segundo o

art. 169 do CPC:

“Os atos e termos do processo serão

datilografados ou escritos com tinta

escura e indelével, assinando-os as

pessoas que neles intervieram.

Quando estas não puderem ou não

quiserem firmá-los, o escrivão

certificará, nos autos, a ocorrência.”

e) Poderes jurisdicionais

São os decorrentes dos atos praticados pelo juiz no

curso do processo, com o fim de lhe dar andamento.

JURISDIÇÃO PODERES

DE DECISÃO

DE POLÍCIA

DE COERÇÃO

DE DOCUMENTAÇÃO

JURISDICIONAIS

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1.7 Modalidades

Nenhum poder estatal exerce com exclusividade suas

funções inerentes, há casos em que, atipicamente, um poder pode exercer as

atividades típicas de outro.

Assim, é possível que o Judiciário exerça funções distintas

daquelas que lhe são inerentes, ora assumindo função legislativa, ora

praticando atos de pura administração.

Observe o art. 1º do CPC:

“A jurisdição civil, contenciosa e

voluntária, é exercida pelos juízes, em

todo o território nacional, conforme as

disposições que este Código

estabelece.” (grifo nosso)

Agora vamos ao estudo da parte mais importante, qual

seja, as diferenças entre estas duas principais modalidades de jurisdição. O

quadro comparativo a seguir tornará a fixação do conteúdo mais fácil e

certamente o ajudará no momento da prova!

JURISDIÇÃO CIVIL

CONTENCIOSA

Atividade inerente ao Poder Judiciário.

É jurisdição.

VOLUNTÁRIA

ATENÇÃO!!!!!

Não é, na realidade, jurisdição, correspondendo mais a uma simples atribuição administrativa conferida em lei - chamada também de administração pública de interesses privados .

Exemplos: casamento, que deve ser realizado perante o oficial do cartório de registro de pessoas civis; separação judicial consensual, entre outras.

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JURISDIÇÃO CONTENCIOSA

JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA

Função Jurisdicional ATIVIDADE Atribuição Administrativa

Visa à composição/solução de conflito de interesses

Há uma “LIDE”

CAUSA

Visa à integração do Estado para dar validade a um

negócio, ato ou providência jurídica

NÃO há “LIDE”, e sim um acordo de vontades

Partes contrapostas

ASPECTOS SUBJETIVOS

“Interessados” (art. 1104 do CPC5) na tutela de um

mesmo interesse

Por meio de ação, em que se formula o pedido do autor contra o réu

INICIATIVA

Por meio simples “requerimento”, em que se indica a providência judicial

postulada. Essa providência não é contra ninguém, mas

apenas em favor do requerente

Mediante um “processo”, observando os princípios

do contraditório e da ampla defesa

MANEIRA DE PROCEDER

Simples procedimento administrativo

Produz “coisa julgada” Sentença de mérito (o juiz

aplicará o direito ao caso concreto)

SENTENÇA

Não produz a “coisa julgada”, podendo ser

modificada em face de circunstâncias supervenientes (art. 1111

do CPC6). Homologação, pelo Poder Judiciário, de um

acordo de vontade entre as partes, cuja validade, em razão de determinação

legal, depende da manifestação do juiz

5 “Art. 1104 O procedimento terá início por provocação do interessado ou do Ministério Público, cabendo-lhes formular o pedido em requerimento dirigido ao juiz, devidamente instruído com os documentos necessários e com a indicação da providência judicial.” (grifo nosso) 6 “Art. 1111 A sentença poderá ser modificada, sem prejuízo dos efeitos já produzidos, se ocorrerem circunstâncias supervenientes.”

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O da “legitimidade”, com a

aplicação do direito objetivo para a eliminação do conflito

CRITÉRIO DE

JULGAMENTO

Não é obrigatória a

“legalidade estrita”, podendo o juiz ater-se a critérios de equidade,

conveniência e oportunidade (art. 1109 do CPC7)

Aplicam-se os efeitos da revelia

REVELIA Não se aplicam os efeitos da revelia (vez que não há

conflito)

Predomina o Princípio Dispositivo

PRINCÍPIO

PREDOMINANTE

Predomina o Princípio Inquisitivo ou Princípio da Investigação de Ofício, ou

seja, o juiz tem plenos poderes para investigar

livremente os fatos alegados pelas partes e ordenar de ofício a realização de

qualquer prova. Pode, ainda, decidir de modo

diverso da vontade das partes (art. 1107 do CPC8)

INTERVENÇÃO DO MP

Considerando o interesse público envolvido, o

Ministério Público deverá intervir em todos os procedimentos de jurisdição

voluntária (art. 1105 do CPC9)

Podemos falar, ainda, em outras espécies de jurisdição,

são elas:

7 “Art. 1109 O juiz decidirá o pedido no prazo de 10 (dez) dias; não é, porém, obrigado a

observar critério de legalidade estrita, podendo adotar em cada caso a solução que reputar mais conveniente ou oportuna.” 8 “Art. 1107 Os interessados podem produzir as provas destinadas a demonstrar as suas alegações; mas ao juiz é licito investigar livremente os fatos e ordenar de ofício a realização de quaisquer provas.” 9 “Art. 1105 Serão citados, sob pena de nulidade, todos os interessados, bem como o Ministério Público.”

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CLASSIFICAÇÃO PELO CRITÉRIO DE SEU OBJETO

JURISDIÇÃO

CIVIL

causas e pretensões não-penais

PENAL

causas penais e pretensões

punitivas

CLASSIFICAÇÃO PELO CRITÉRIO DA POSIÇÃO HIERÁRQUICA DOS

ÓRGÃOS QUE A EXERCEM

JURISDIÇÃO

INFERIOR

exercida pelos juízes que ordinariamente

conhecem do processo desde o seu início

(competência originária)

SUPERIOR

exercida pelos órgãos aos quais cabem

recursos contra as decisões proferidas

pelas juízes inferiores (TJ, TRF, TRT, TRE, STJ,

TST, TSE, STF...)

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CLASSIFICAÇÃO PELO CRITÉRIO DA FONTE DE DIREITO COM BASE NA

QUAL O JULGAMENTO É PROFERIDO

JURISDIÇÃO

DE DIREITO

o juiz decide de acordo com as leis

DE EQUIDADE

o juiz decide sem as limitações impostas pela

lei, podendo aplicar a norma de forma mais

individualizada, de acordo com cada caso concreto

Art. 127 do CPC "O juiz só decidirá por equidade nos

casos previstos em lei.

CLASSIFICAÇÃO PELO CRITÉRIO DOS ORGANISMOS JUDICIÁRIOS QUE A

EXERCEM

JURISDIÇÃO

COMUM

FEDERAL ESTADUAL

ESPECIAL

TRABALHO ELEITORAL MILITAR

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1.8 Órgãos

Conforme vimos anteriormente, quando do estudo dos

princípios, a jurisdição é una, sendo a atividade jurisdicional dividida apenas

por questão de funcionalidade. A estrutura baseada em órgãos distintos visa

garantir celeridade e maior alcance de sua função.

Dito isso, a organização do Poder Judiciário é composta

pelos seguintes órgãos (segundo arts. 92, 98, 125, § 3º e 126, todos da

CF/88):

a) Supremo Tribunal Federal (STF)

b) Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

c) Superior Tribunal de Justiça (STJ)

d) Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais (TRF’s)

e) Tribunais e Juízes do Trabalho (TST, TRT’s)

f) Tribunais e Juízes Eleitorais (TSE, TRE’s)

g) Tribunais e Juízes Militares (STM, TJM)

h) Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e

Territórios (TJ’s)

Ficou confuso? Ainda tem dúvida? Não se preocupe, o

organograma e a tabela a seguir irão ajudá-lo!

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À MATÉRIA

JURISDIÇÃO

JUSTIÇA

ESTADUAL

JUSTIÇA

FEDERALIZADA

TRABALHO ELEITORAL MILITAR FEDERAL

COMUM

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Fonte: Blog Direito Acadêmico

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ÓRGÃO COMPETÊNCIA COMPOSIÇÃO

STF

A esse órgão está reservada a função maior de guarda do

respeito aos preceitos constantes da Constituição

Federal. Suas atribuições estão

elencadas do Art. 102 da CF/88.

O STF é composto por 11 Ministros, com idade superior a

35 e inferior a 65 anos, que possuam reputação ilibada e

notável conhecimento jurídico. É cargo privativo de brasileiro nato.

Os componentes são nomeados

diretamente pelo Chefe do Poder Executivo, após a aprovação por maioria absoluta no Senado

Federal.

CNJ Compete ao CNJ o controle da atuação administrativa e

financeira do poder judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, entre

outras atribuições conferidas pelo art. 103-b, §4º e incisos.

O CNJ é composto por 15 membros, na forma prevista no

art. 103-b da CF/88.

STJ É o guardião do sistema federativo, devendo zelar,

como principal atribuição estabelecida pela Constituição

Federal, pela lei federal. Suas competências estão

estabelecidas no art. 105 da CF/88.

O STJ é composto de, no mínimo, 33 Ministros, com idade

superior a 35 e inferior a 65 anos, que possuam reputação

ilibada e notável conhecimento jurídico.

Os ministros são nomeados pelo Presidente da República, após

aprovação pela maioria absoluta do Senado e demais requisitos previstos no art. 104, parágrafo

único, da CF/88.

STM Sua competência está descrita no artigo 124 da CF/88, julgando os crimes militares.

É composto por 15 ministros vitalícios indicados pelo Presidente da República e

aprovados pelo Senado Federal, na forma do art. 123 da CF/88.

TRF Responsável, especialmente,

por causas envolvendo

interesses da União, de suas autarquias e empresas

Em definição, os Tribunais Regionais Federais são a 2ª

instância da Justiça Federal, sendo responsáveis por julgar os

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públicas.

Suas funções estão descritas no artigo 108 da CF/88, que

também disciplina quais são as matérias a serem

abarcadas por estes Tribunais.

recursos oriundos da 1ª instância

(juízes federais). Compõem-se de, no mínimo, 7 juízes, na forma do disposto no

art. 107 da CF/88.

Os Tribunais Federais são divididos, atualmente, em 5 regiões. (LEI 9.788/1999 QUE

PREVÊ A REESTRUTURAÇÃO DA JUSTIÇA FEDERAL).

TST A competência da justiça do trabalho vem prevista no art. 114 da CF/88, com destaque

para a solução das controvérsias decorrentes da

relação de trabalho.

O TST é formado por 27 ministros, com idade mínima de 35 e máxima de 65 anos,

nomeados pelo Presidente da República após a aprovação do

Senado Federal. (ver art. 114-A da CF/88)

TSE Órgão que se ocupa somente de matéria eleitoral.

O TSE é composto de, no mínimo, 7 membros, escolhidos

na forma do art. 119 da CF/88.

TRT Julgam, em suma, litígio

trabalhista, para tanto, se estrutura no binômio

empregado – empregador.

O TRT compõem-se de, no

mínimo, 7 juízes, nomeados pelo Presidente da República na forma

do art. 115 da CF/88.

TRE Os TRE's são os órgãos do

Poder Judiciário encarregados de gerenciar as eleições em

nível estadual, abrangendo desde o registro dos partidos

políticos até a impressão de boletins e mapas de apuração durante a totalização das

contagens do voto. Pode-se incluir também, entre as

atribuições do Tribunal Regional Eleitoral, o cadastro dos eleitores, pela constituição

das juntas e zonas eleitorais e pela apuração de resultados e

diplomação dos eleitos em nível estadual.

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TJM Atuam na órbita estadual e

tem como função primordial julgar as condutas que violem o Código Penal Militar,

restringindo sua função aos integrantes das Forças

Auxiliares – Polícia Militar e Corpos de Bombeiros Militares.

Sua jurisdição é restrita apenas aos estados que

possuem o contingente militar superior a vinte mil indivíduos (art. 125, § 3º da CF/88). No

caso do Brasil só há Tribunais de Justiça Militar em SP, MG E

RS. Na esfera federal a Justiça

Militar está estruturada em Conselhos de Justiça, com a

presença de um auditor militar que atua em situações relativas às Forças Armadas –

Exército, Aeronáutica e Marinha.

TJ Devido a sua organização, é permitido que funcione

descentralizadamente, isto é, seja constituído Câmaras

regionais, com a finalidade de garantir o pleno acesso das

partes envolvidas à justiça, em todas as fases que decorrem do processo. (art.

125, §6º da CF/88)

Da mesma forma, possui competência para julgar os recursos e decisões oriundos

da primeira instância (decorrente das varas) e as

causas que lhe são reservadas, consoante a legislação.

A escolha de seu Conselho de Magistratura feita mediante

votação secreta, em que elegem entre os juízes mais antigos,

quais serão os titulares dos cargos de direção, com o

mandato de dois anos (um biênio), vedada a reeleição.

Reservado um quinto das vagas para membros do Ministério

Público e advogados.

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*Juizados

Especiais

Estes órgãos do Poder

Judiciário estão subordinados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e tem como ponto de

sustentação a busca pela pacificação social e evitar a

sobrecarga desnecessária do Judiciário.

O Juizado Especial Cível tem como atribuições julgar causas

com menor complexidade e que envolvam um montante de até quarenta (40) salários

mínimos, sendo facultativa a utilização de um advogado em

questões que envolvam até vinte (20) salários mínimos. Deve-se ainda salientar, que

foi vedado a esse juizado, julgar questões relativas à

natureza alimentar, falência, interesses da Fazenda pública, incluindo ainda situações

referentes acidentes de trabalho.

Quanto ao Juizado Especial Criminal, prevê em suas

atribuições a função de julgar situações que envolvem

questões de menor potencial ofensivo para a sociedade e

que tenham como período de sanção igual ou inferior a dois (02) anos.

Parabéns Guerreiro! Você acaba de concluir o

estudo da primeira parte do item 1 do edital,

com isso, deu o primeiro passo na sua longa e

vitoriosa jornada rumo ao TRT-SP! Agora é hora

de treinar e fixar os conhecimentos, o que

acha? Mãos à obra e até nosso próximo

encontro, onde terminaremos este primeiro

item, falando sobre a Ação. Abraços e até mais!

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Bibliografia

BARROSO, Carlos Eduardo Ferraz de Mattos. Processo

civil: teoria geral do processo e processo de conhecimento, volume 11 – 3. ed.

rev. – São Paulo: Saraiva, 2000 – (Coleção sinopses jurídicas).

FELIPPE, Donaldo Jr. Dicionário jurídico de bolso: terminologia jurídica: termos e expressões latinas de uso forense; atualizado

por Afonso Celso F. Rezende – 17. ed. – Campinas, SP: Millennium Editora, 2006.

GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo curso de direito processual civil, volume 1: teoria geral e processo de conhecimento (1ª parte)

– 4. ed. rev. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2007. HOUAISS, Antônio e Villar, Mauro de Salles. Minidicionário

Houaiss de língua portuguesa – 3. ed. rev. e aum. – Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.

MENNA, Fabio de Vasconcellos. Processo Civil. São Paulo:

Primas Cursos Preparatórios, 2004.

VADE MECUM: 2012: COM FOCO NO EXAME DA OAB E EM

CONCURSOS PÚBLICOS/ Alexandre Gialluca, Nestor Távora [Organizadores]. – Niterói, RJ: Ímpetus, 2012.

Apostilas do Canal dos Concursos: Curso em PDF – Processo Civil – TRE/SP – Analista

Judiciário – Área Judiciária. Prof. Renan Araújo. Curso em PDF – Direito Processual Civil – Exercícios CESPE

– Profa. Elisa Pinheiro.

Outras Apostilas: MPE-RJ – MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO – Técnico do Ministério Público – Área de Notificação e Atos

Intimatórios – Nível Médio – Conhecimentos Básicos e Específicos. Atualizada até 08/2011.

Sites consultados:

http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4159

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAsDIAB/teoria-geral-processo

http://ns2.webartigos.com/artigos/organizacao-da-jurisdicao-no-brasil/11316/

http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=964

www.qinet.com.br/sala28/aula_8_jurisdicao.ppt

www.francis.med.br/direitofaj/materias.../jurisdicao_luciana_001.ppt

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QUESTÕES - TESTES

CESPE - 2008 - TST - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA

A jurisdição é a atividade desenvolvida pelo Estado por meio da qual são resolvidos conflitos de interesses visando-se à pacificação social. Acerca desse tema, julgue os itens seguintes.

1 ) A jurisdição pode ser dividida em ordinária e extraordinária.

( )CERTO ( )ERRADO 2) A jurisdição pode ser classificada em comum ou especial.

( )CERTO ( )ERRADO

3) Por seu inegável alcance social, a justiça trabalhista é exemplo claro de jurisdição comum. ( )CERTO ( )ERRADO

4) CESPE – TJ-ES/2011 – ANALISTA JUDICIÁRIO

Uma das características da atividade jurisdicional é a sua inércia, razão pela qual, em nenhuma hipótese, o juiz deve determinar, de ofício, que se inicie o

processo. ( )CERTO ( )ERRADO

5) CESPE – TJ-ES/2011 – ANALISTA JUDICIÁRIO A função jurisdicional é, em regra, de índole substitutiva, ou seja, substitui-se

a vontade privada por uma atividade pública. ( )CERTO ( )ERRADO

6) CESPE – DETRAN-DF/2009 - ADVOGADO O direito de ação é exercido contra o Estado-juiz e não contra quem, na

perspectiva de quem o exercita, lesiona ou ameaça direito seu. ( )CERTO ( )ERRADO

7) CESPE - 2011 - TJ-ES - ANALISTA JUDICIÁRIO - DIREITO - ÁREA JUDICIÁRIA

A jurisdição civil pode ser contenciosa ou voluntária, esta também denominada graciosa ou administrativa. Ambas as jurisdições são exercidas por juízes, cuja atividade é regulada pelo Código de Processo Civil, muito embora a jurisdição

voluntária se caracterize pela administração de interesses privados pelos órgãos jurisdicionais, ou seja, não existe lide ou litígio a ser dirimido

judicialmente. ( )CERTO ( )ERRADO

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8) CESPE - 2008 - TRT - 5ª REGIÃO (BA) - ANALISTA JUDICIÁRIO -

ÁREA ADMINISTRATIVA O contraditório, a eventualidade e a oralidade são princípios informadores e fundamentais inerentes à jurisdição.

( )CERTO ( )ERRADO

9) CESPE - 2007 - TRT-9R - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA A jurisdição voluntária, visando à composição de conflitos de interesses, tem

por finalidade resguardar a segurança jurídica e a decisão nela proferida, aplicando, dessa forma, o direito no caso concreto, de acordo com a pretensão

ou a resistência das partes. ( )CERTO ( )ERRADO

10) CESPE - 2008 - TRT - 5ª REGIÃO (BA) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA

Sobre jurisdição, partes, procuradores, intervenção de terceiros e Ministério Público, julgue.

O contraditório, a eventualidade e a oralidade são princípios informadores e fundamentais inerentes à jurisdição.

( )CERTO ( )ERRADO 11) CESPE – TJ/RR – 2006 – TÉCNICO JUDICIÁRIO

Assinale a opção correta no que diz respeito a jurisdição e competência. a) A jurisdição penal é exercida pelos juízes estaduais comuns, pela justiça

militar estadual, pela justiça militar federal, pela justiça federal, pela justiça eleitoral e pela justiça do trabalho. b) Chama-se de jurisdição inferior aquela exercida pelos juízes que

ordinariamente conhecem do processo desde o seu início, a exemplo dos juízes de direito na justiça estadual.

c) Sendo o STF órgão máximo de jurisdição superior, os magistrados e ministros das instâncias inferiores são subordinados hierarquicamente ao

presidente desse tribunal. d) No processo penal, o foro comum é determinado predominantemente no interesse do réu, em atenção ao princípio da ampla defesa e ao princípio da

verdade real.

12) CESPE – TJ/RR – 2006 – TÉCNICO JUDICIÁRIO Em relação a jurisdição, sob enfoque do processo civil, assinale a opção correta.

a) A jurisdição contenciosa tem por objeto assegurar a ordem jurídica e a paz social e, independentemente da existência de discussão judicial e de pendência

ou litígio, promover a composição dos conflitos de interesses por meio da homologação formal do acordo de vontades. b) Cabe ao proponente a escolha do procedimento a ser adotado no

julgamento do litígio por ele ajuizado. No entanto, se a escolha for pelo

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procedimento de jurisdição voluntária, o qual exige acordo de vontade entre as

partes, esse procedimento deve seguir até a sentença final. c) A jurisdição civil é a função estatal, exercida no processo, por órgão do poder judiciário, mediante propositura de ação, visando compor um litígio não-

penal e tem como finalidade a resolução justa do litígio. d) Ao poder judiciário, com exclusividade, é atribuída a função jurisdicional. No

exercício dessa função, ao compor os conflitos, seja de jurisdição voluntária ou contenciosa, substitui a vontade das partes litigantes por uma sentença e as decisões proferidas revestem-se de caráter jurisdicional e fazem coisa julgada

material.

13) CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO Paulo e Hélio, maiores de idade e capazes, não tendo entrado em acordo quanto ao pagamento de dívida que o segundo contraíra com o primeiro,

concluíram que seria necessária a intervenção de terceiro, capaz de propor solução para o problema. Levaram, então, o caso ao conhecimento de Lúcio,

professor emérito da faculdade onde Paulo e Hélio estudavam, que propôs que apenas dois terços da dívida fossem pagos no prazo de trinta dias, o que foi aceito pelos interessados.

Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta.

a) Ao aceitarem a solução intermediária, os interessados realizaram autocomposição. b) Configura-se, no caso, a autotutela, dada a inexistência de intervenção do

Estado-juiz. c) A figura do terceiro que conduz os interessados a solução

independentemente de intervenção judiciária indica a ocorrência de mediação. d) Como a solução proposta se fundamenta na regra jurídica aplicável e tem executividade própria, trata-se de verdadeira jurisdição.

e) Dada a ocorrência de solução por intervenção de terceiro, fica caracterizada a arbitragem.

14) VUNESP – OAB/SP – 2007

Os procedimentos de interdição e de separação consensual são exemplos de a) jurisdição voluntária. b) jurisdição contenciosa.

c) ação ordinária. d) ação sumária.

15) IESES - 2011 - TJ-CE - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS

a) Pelo princípio da aderência os juízes e tribunais exercem a atividade jurisdicional apenas no território nacional. Essa atividade é repartida de acordo

com as regras de competência. Todavia, a eficácia erga omnes ou ultra partes da coisa julgada, de sentença proferida em ação coletiva, pode eventualmente estender os limites subjetivos da coisa julgada para além dos

limites territoriais da competência do juiz.

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b) A jurisdição voluntária, também denominada pela doutrina de jurisdição

contenciosa, é forma de administração pública de interesses privados. c) Instituído juízo arbitral por convenção de arbitragem celebrada entre as partes, embora o árbitro seja juiz de fato e de direito, sua sentença se

submete a recurso e precisa ser homologada pelo Poder Judiciário – detentor do monopólio da jurisdição – para ter força de coisa julgada material.

d) Na jurisdição voluntária há processo e lide, embora não haja partes, mas interessados. Não incide o princípio dispositivo, mas o inquisitório. Não prevalece o princípio da legalidade estrita, pois o juiz pode decidir por

equidade.

16) MARQUE A ALTERNATIVA INCORRETA: a) A jurisdição estadual tem competência expressa na Constituição, restando à jurisdição federal a denominada competência residual.

b) A jurisdição voluntária é forma de administração pública de interesses privados vez que nela não há conflito jurídico.

c) A jurisdição penal aplica-se aos casos de conflito jurídicos envolvendo bens tutelados pelo direito penal material. d) As jurisdições especializadas (Trabalho, Eleitoral e Militar) são todas

organizadas por lei federal.

17) MARQUE A ALTERNATIVA QUE NÃO REPRESENTA UMA CARACTERÍSTICA OU PRINCÍPIO DA JURISDIÇÃO. a) É exercida apenas quando provocada e sempre nos limites em que foi feita

esta "provocação”. b) É uma função privativa do Estado não podendo ser delegada a outras

entidades e/ou instituições. c) É exercida em caso de conflitos jurídicos, não sendo submetidos a ela conflitos que não estejam tutelados pelo Direito.

d) É inasfatável, mas o Estado-Juiz pode, na falta de norma expressa que regule o caso, deixar de exercê-la, desde que apresente justificativa.

18) MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:

a) A jurisdição é uma expressão do poder soberano aplicando-se, quando necessário, fora das fronteiras do estado para proteger nacionais em territórios estrangeiros.

b) A jurisdição atua com objetivo de garantir a ordem jurídica, notadamente as normas de direito material, em caso de violação.

c) A vedação a autotutela significa que apenas depois de tentar resolver amigavelmente o conflito, pode a parte provocar a atuação do Estado-Juiz. d) A jurisdição voluntária não se submete aos mesmos princípios da jurisdição

contenciosa.

19) QUAIS DAS CARACTERÍSTICAS ABAIXO NÃO SE APLICAM A JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA: a) Definitividade da decisão;

b) Lide;

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c) Inafastabilidade;

d) Inércia. 20) COM RELAÇÃO ÀS CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO:

I - Uma das características próprias das decisões jurisdicionais é que elas tornem-se imutáveis;

II – Dizer que a Jurisdição é una significa dizer que nenhuma outra pessoa física ou jurídica pode exercê-la, a não ser por delegação de poderes feita pelo Estado; III – A existência de conflito jurídico a ser solucionado é essencial a

atuação da jurisdição, que atua sempre por provocação. São falsas as afirmativas:

a) Apenas I; b) Apenas II; c) Apenas I e III;

d) Todas as alternativas estão corretas.

21) FCC - 2010 - TRT - 22ª REGIÃO (PI) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA A indeclinabilidade é uma característica:

a) da ação. b) da jurisdição.

c) do processo. d) da lide. e) do procedimento.

22) TRT 19ª 2008 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA

A respeito da jurisdição e da ação, considere: I. Nenhum juiz prestará tutela jurisdicional, senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais.

II. O direito de ação é objetivo, decorre de uma pretensão e depende da existência do direito que se pretende fazer reconhecido e executado.

III. Na jurisdição voluntária, não há lide, tratando-se de forma de administração pública de interesses privados.

É correto o que se afirma APENAS em a) II. b) II e III.

c) I. d) I e II.

e) I e III. 23) TRT 2ª REGIÃO (SP) - 2010 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - JUIZ

a) Possui caráter substitutivo, uma vez que a atividade do Estado afasta qualquer outra possibilidade de quem tem uma pretensão de invadir a esfera

jurídica alheia para satisfazer-se. b) É função estatal cometida exclusivamente ao Poder Judiciário, de acordo com o critério orgânico.

c) Pode ser delegada de um juiz a outro por meio de carta precatória.

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d) Rege-se pelo princípio da inércia, excetuadas as hipóteses de atuação ex

officio expressamente previstas em lei. e) Quando provocada, impõe-se por si mesma, salvo cláusula contratual em que se estipule sua inaplicabilidade ao caso concreto.

24) FCC - 2009 - TJ-PA - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA

Jurisdição é a) a faculdade atribuída ao Poder Executivo de propor e sancionar leis que regulamentem situações jurídicas ocorridas na vida em sociedade.

b) a faculdade outorgada ao Poder Legislativo de regulamentar a vida social, estabelecendo, através das leis, as regras jurídicas de observância obrigatória.

c) o poder das autoridades judiciárias regularmente investidas no cargo de dizer o direito no caso concreto. d) o direito individual público, subjetivo e autônomo, de pleitear, perante o

Estado a solução de um conflito de interesses. e) o instrumento pelo qual o Estado procede à composição da lide, aplicando o

Direito ao caso concreto, dirimindo os conflitos de interesses. 25) PGT - 2008 - PGT - PROCURADOR DO TRABALHO

A propósito da Jurisdição, considere as seguintes proposições: I - enquanto manifestação da soberania do Estado, a jurisdição não é passível

de delegação a terceiros, sendo exercida exclusivamente por magistrados investidos em conformidade com as regras da Constituição Federal; II - por força do princípio da aderência, a jurisdição está limitada ao espaço

geográfico sobre o qual se projeta a soberania do Estado; III - a ideia matriz do princípio do juiz natural legitima a instituição de juízos e

tribunais especiais, destinados à solução de conflitos prévios e determinados, gravados de especial interesse social; IV - embora não se instaure de ofício a jurisdição, os órgãos jurisdicionais do

Estado devem oferecer respostas a todos os conflitos que lhes sejam submetidos, ainda que omissa ou obscura a legislação em vigor.

De acordo com as assertivas acima, pode-se afirmar que:

a) o item I é certo e o item II é errado; b) o item II é certo e o item III é errado; c) o item III é certo e o item IV é errado;

d) o item IV é certo e o item I é errado; e) não respondida.

26) CESPE - 2008 - TST - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA Considerando-se a sistemática federativa vigente no Brasil, a justiça comum é

dividida em federal e estadual. ( )CERTO ( )ERRADO

27) CESPE - 2008 - OAB-SP O princípio do juiz natural tem por finalidade garantir a prestação da tutela

jurisdicional por juiz independente e imparcial.

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( )CERTO ( )ERRADO

28) CESPE – 2010 – MPE – RO – PROMOTOR DE JUSTIÇA O princípio da indelegabilidade estabelece que a autoridade dos órgãos

jurisdicionais, considerados emanação do próprio poder estatal soberano, impõe-se por si mesma, independentemente da vontade das partes ou de

eventual pacto para aceitarem os resultados do processo. ( )CERTO ( )ERRADO

29) CESPE - 2010– MPE – RO – PROMOTOR DE JUSTIÇA O princípio da inércia, um dos princípios basilares da jurisdição, não admite

exceção. ( )CERTO ( )ERRADO

30) FCC - 2009 - TJ-MS - JUIZ É princípio informativo do processo civil o princípio

a) dispositivo, significando que o juiz não pode conhecer de matéria a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte. b) da inércia, significando que o processo se origina por impulso oficial, mas se

desenvolve por iniciativa da parte. c) da congruência, significando que o juiz deve ser coerente na exposição de

suas razões de decidir. d) da eventualidade, significando que as partes devem comparecer em todos os atos do processo, manifestando- se eventualmente.

e) da instrumentalidade das formas, significando que o ato deve ser considerado em si mesmo, sem preocupações teleológicas.

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QUESTÕES – TESTES

GABARITO

1. ERRADO 2. CERTO 3. ERRADO 4. ERRADO 5. CERTO

6. ERRADO 7. CERTO 8. ERRADO 9. ERRADO 10. ERRADO

11. B 12. C 13. C 14. A 15.A

16. A 17. D 18. B 19. B 20. D

21. B 22. E 23. D 24. C 25. B

26. C 27. C 28. E 29. E 30. A

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QUESTÕES COMENTADAS

1) FCC - 2012 - TRT - 11ª REGIÃO (AM) - JUIZ DO TRABALHO Sobre jurisdição, é correto afirmar:

a) No Brasil existe uma justiça especializada para julgar as causas de interesse do Estado.

b) O fracionamento em órgãos jurisdicionais implica dualidade de jurisdição. c) Nos procedimentos não contenciosos, há função jurisdicional apenas sob um ponto de vista estritamente formal.

d) A expropriação é medida adequada à consecução dos objetivos da atividade jurisdicional voluntária.

e) A função jurisdicional contenciosa é delegável.

2) FCC - 2010 - TCE-RO - AUDITOR A jurisdição contenciosa civil a) é divisível.

b) é atividade substitutiva. c) é exercida pelo Tribunal de Contas da União.

d) é exercida por membro do Ministério Público. e) não pressupõe território.

3) FCC – 2010 – DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA – PSICOLÓGO Um meio de resolução de controvérsias, referentes a direitos patrimoniais disponíveis, no qual ocorre a intervenção de um terceiro independente e imparcial, que recebe poderes de uma convenção para decidir por elas, sendo

sua decisão equivalente a uma sentença judicial é denominado de: A) Mediação

B) Arbitragem

C) Conciliação

D) Audiência

E) Avaliação

4) FCC – 2008 – TRT 19 RG – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA

JUDICIÁRIA A respeito da jurisdição e da ação, considere:

I. Nenhum juiz prestará tutela jurisdicional, senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais.

II. O direito de ação é objetivo, decorre de uma pretensão e depende da existência do direito que se pretende fazer reconhecido e executado. III. Na jurisdição voluntária, não há lide, tratando-se de forma de

administração pública de interesses privados.

É correto o que se afirma APENAS em: A) II. B) II e III.

C) I.

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D) I e II.

E) I e III.

5) FCC – 2006 – TRT 20 – TÉCNICO JUDICIÁRIO No que concerne à Jurisdição e à Ação, de acordo com o Código de Processo

Civil, é correto afirmar que: A) a jurisdição civil contenciosa e voluntária é exercida pelos juízes e membros do Ministério Público em todo o território nacional.

B) o juiz prestará a tutela jurisdicional ainda que não haja requerimento da parte ou do interessado, nos casos e formas legais. C) para propor ou contestar ação basta ter legitimidade.

D) ninguém poderá pleitear, em regra, em nome próprio, direito alheio. E) o interesse do autor não pode limitar-se à declaração de inexistência de

relação jurídica.

6) CESPE/UnB – TJ-ES - 2010 – OFICIAL DE JUSTIÇA

A jurisdição civil pode ser contenciosa ou voluntária, esta também denominada graciosa ou administrativa. Ambas as jurisdições são exercidas por juízes, cuja

atividade é regulada pelo Código de Processo Civil, muito embora a jurisdição voluntária se caracterize pela administração de interesses privados pelos

órgãos jurisdicionais, ou seja, não existe lide ou litígio a ser dirimido judicialmente.

( )CERTO ( )ERRADO

7) VUNESP - 2008 - TJ-SP – JUIZ Como é sabido, a jurisdição é o poder de dizer o direito objetivo, função do Estado, desempenhada por meio do processo, na busca da solução do conflito

que envolve as partes, para a realização daquele e a pacificação social. Sobre o assunto em questão, assinale a resposta correta.

A) O exercício espontâneo da jurisdição, na condição de regra geral, implicaria em possível prejuízo da imparcialidade do juiz na solução da lide. B) Quando em causa direitos indisponíveis, mais se reforça o entendimento de

que os órgãos jurisdicionais não hão de ficar inertes no que se refere à

iniciativa de instauração do processo, não devendo eles ficar à espera de

provocação de algum interessado para a atuação da vontade concreta da lei. C) No exercício da jurisdição voluntária, tal e qual se passa na jurisdição contenciosa, o juiz busca a pacificação social. Então, as duas jurisdições se

confundem, sem consequências práticas.

D) O juiz não conta com impedimento para conceder ao autor tutela

jurisdicional diversa da postulada, contanto que se mostre qualitativa ou quantitativamente superior.

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8) CESPE - 2007 - TRT-9R - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA

ADMINISTRATIVA

A jurisdição voluntária, visando à composição de conflitos de interesses, tem por finalidade resguardar a segurança jurídica e a decisão nela proferida,

aplicando, dessa forma, o direito no caso concreto, de acordo com a pretensão ou a resistência das partes.

( )CERTO ( )ERRADO

9) CESPE - 2007 - TRT-9R - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA

ADMINISTRATIVA

O poder jurisdicional é exercido em sua plenitude pelos órgãos dele investidos. Entretanto, o exercício válido e regular desse poder por esses órgãos é limitado legalmente pelo que se denomina competência. Assim, a competência

legitima o exercício do poder pelo órgão jurisdicional, em um processo concretamente considerado.

( )CERTO ( )ERRADO

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QUESTÕES COMENTADAS

GABARITO

1) FCC - 2012 - TRT - 11ª REGIÃO (AM) - JUIZ DO TRABALHO

Sobre jurisdição, é correto afirmar: a)No Brasil existe uma justiça especializada para julgar as causas de interesse

do Estado. b)O fracionamento em órgãos jurisdicionais implica dualidade de jurisdição. c)Nos procedimentos não contenciosos, há função jurisdicional apenas sob um

ponto de vista estritamente formal. d)A expropriação é medida adequada à consecução dos objetivos da atividade

jurisdicional voluntária. e)A função jurisdicional contenciosa é delegável.

CORRETA: LETRA C - Na jurisdição voluntária, não podemos falar que

existe LIDE, e consequentemente uma jurisdição material, apenas uma

jurisdição formal.

2) FCC - 2010 - TCE-RO - AUDITOR

A jurisdição contenciosa civil a) é divisível. b) é atividade substitutiva.

c) é exercida pelo Tribunal de Contas da União. d) é exercida por membro do Ministério Público.

e) não pressupõe território. CORRETA: LETRA C - A Jurisdição Contenciosa é a atividade inerente ao

Poder Judiciário, com o Estado-juiz atuando substitutivamente às partes na solução dos conflitos, mediante o proferimento de sentença de mérito que aplique o direito ao caso concreto. (Sinopse Jurídica, Ed. Saraiva, 2010)

3) FCC – 2010 – DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA – PSICOLÓGO

Um meio de resolução de controvérsias, referentes a direitos patrimoniais disponíveis, no qual ocorre a intervenção de um terceiro independente e

imparcial, que recebe poderes de uma convenção para decidir por elas, sendo

sua decisão equivalente a uma sentença judicial é denominado de: A) Mediação. ERRADA: Na mediação há a figura do mediador, que é uma pessoa que promove um acordo entre as partes, fornecendo meios alternativos

para a solução da controvérsia, mas sua atuação não obriga as partes. B) Arbitragem.

CORRETA: A arbitragem é a forma de solução alternativa de conflitos prevista no enunciado. Nesta hipótese, não há “acordo”. As partes,

previamente, decidem que uma terceira pessoa, da confiança de ambas, decidirá a questão em caso de conflito. A decisão do árbitro NÃO PODE SER REVISTA PELO JUDICIÁRIO.

A arbitragem está regulamentada na lei 9.307/97, e só pode ser utilizada para a solução de conflitos que envolvam direitos disponíveis (Direito de família,

sucessões, por exemplo, não são passíveis de solução por arbitragem!).

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C) Conciliação.

ERRADA: A conciliação é semelhante à mediação, mas aqui o conciliador (terceiro) não dá novas “ideias” para a solução do conflito, simplesmente estimula as partes a transigirem, mostrando-lhes os

benefícios deste meio de solução de controvérsias. D) Audiência.

ERRADA: A audiência é mero ato processual, e dentre suas características não se encontra a indeclinabilidade, até porque a audiência não é necessária, sempre, no processo.

E) Avaliação. ERRADA: A avaliação é outro ato processual, e não guarda qualquer

relação com o princípio da indeclinabilidade, que, como já falado, pertence à Jurisdição.

4) FCC – 2008 – TRT 19 RG – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA A respeito da jurisdição e da ação, considere: I. Nenhum juiz prestará tutela jurisdicional, senão quando a parte ou o

interessado a requerer, nos casos e formas legais.

CORRETA: Esta é a redação do art. 2° do CPC. II. O direito de ação é objetivo, decorre de uma pretensão e depende da existência do direito que se pretende fazer reconhecido e executado. ERRADA: Estudaremos melhor este tema na próxima aula, mas adianto a vocês que a questão está errada, pois o direito de ação não é objetivo, é abstrato, pois sua existência independe da existência do

direito material alegado. III. Na jurisdição voluntária, não há lide, tratando-se de forma de administração pública de interesses privados.

CORRETA: De fato, na Jurisdição voluntária não há lide, que é um conflito de interesses caracterizado pela pretensão de uma das partes

resistida pela outra. Na Jurisdição voluntária ambas as partes desejam a mesma coisa, e pleiteiam, tão somente, a chancela do Judiciário, daí

se dizer que não há propriamente Jurisdição nestes casos, dado seu

caráter não substitutivo (não substitui a vontade das partes pela do

Estado, pois são idênticas – Embora haja controvérsias).

É correto o que se afirma APENAS em: A) II.

B) II e III. C) I.

D) I e II. E) I e III.

5) FCC – 2006 – TRT 20 – TÉCNICO JUDICIÁRIO No que concerne à Jurisdição e à Ação, de acordo com o Código de Processo

Civil, é correto afirmar que:

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A) a jurisdição civil contenciosa e voluntária é exercida pelos juízes e membros

do Ministério Público em todo o território nacional. ERRADA: Os membros do MP não estão investidos no Poder

Jurisdicional, que compete apenas aos órgãos do Poder Judiciário,

conforme art. 1º do CPC. B) o juiz prestará a tutela jurisdicional ainda que não haja requerimento da

parte ou do interessado, nos casos e formas legais. ERRADA: O requerimento da parte é indispensável à prestação da

Tutela Jurisdicional. Trata-se do princípio da inércia da Jurisdição, previsto no art. 2º do CPC. C) para propor ou contestar ação basta ter legitimidade. ERRADA: Embora não se trate de tema da nossa aula, para propor ou

contestar ação o CPC exige que se tenha legitimidade e interesse, nos

termos do art. 3º do CPC. D) ninguém poderá pleitear, em regra, em nome próprio, direito alheio.

CORRETA: Não se trata de questão referente à nossa matéria de hoje, mas vamos lá: A regra é a de que somente se pode pleitear em Juízo,

em nome próprio, direito próprio, nos termos do art. 6° do CPC. E) o interesse do autor não pode limitar-se à declaração de inexistência de

relação jurídica.

ERRADA: Nos termos do art. 4°, I do CPC.

6) CESPE/UnB – TJ-ES - 2010 – OFICIAL DE JUSTIÇA

A jurisdição civil pode ser contenciosa ou voluntária, esta também denominada graciosa ou administrativa. Ambas as jurisdições são exercidas por juízes, cuja

atividade é regulada pelo Código de Processo Civil, muito embora a jurisdição voluntária se caracterize pela administração de interesses privados pelos

órgãos jurisdicionais, ou seja, não existe lide ou litígio a ser dirimido judicialmente. CORRETA. Como estudamos, existem duas grandes espécies de

jurisdição: contenciosa e voluntária. A banca (CESPE) adota a

corrente ADMINISTRATIVISTA da jurisdição voluntária, pois o gabarito

dá a questão como correta.

7) VUNESP - 2008 - TJ-SP – JUIZ Como é sabido, a jurisdição é o poder de dizer o direito objetivo, função do Estado, desempenhada por meio do processo, na busca da solução do conflito

que envolve as partes, para a realização daquele e a pacificação social. Sobre o assunto em questão, assinale a resposta correta.

A) O exercício espontâneo da jurisdição, na condição de regra geral, implicaria em possível prejuízo da imparcialidade do juiz na solução da lide. CORRETA: Conforme já vimos e revimos, a inércia é uma das

características da Jurisdição. E um dos motivos dessa característica é preservar o status de imparcialidade do Juiz.

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B) Quando em causa direitos indisponíveis, mais se reforça o entendimento de

que os órgãos jurisdicionais não hão de ficar inertes no que se refere à

iniciativa de instauração do processo, não devendo eles ficar à espera de

provocação de algum interessado para a atuação da vontade concreta da lei.

ERRADA: Embora em alguns casos haja autorização para instauração de processo por iniciativa do Juiz, trata-se de casos

excepcionalíssimos e que dependem de previsão legal. A questão está errada pois dá a entender que a mera análise do caso concreto e da presença de interesses indisponíveis poderia levar o Juiz a determinar

a abertura de um processo de ofício. C) No exercício da jurisdição voluntária, tal e qual se passa na jurisdição

contenciosa, o juiz busca a pacificação social. Então, as duas jurisdições se

confundem, sem consequências práticas.

ERRADA: Na jurisdição voluntária o Juiz não busca a pacificação social porque não há um conflito social prévio, já que as partes se encontram em consenso de vontades.

D) O juiz não conta com impedimento para conceder ao autor tutela jurisdicional diversa da postulada, contanto que se mostre qualitativa ou

quantitativamente superior.

ERRADA: A concessão de tutela jurisdicional diversa é vedada pelo ordenamento jurídico, posto que seria uma burla ao princípio (ou

característica) da inércia da Jurisdição, já que não houve provocação do Estado para concessão dessa tutela. Por exemplo: Se João ajuíza

um ação pleiteando danos materiais em face de um banco, não pode um Juiz condenar o banco ao pagamento de danos morais, pois não foi

objeto do pedido. Se assim o fizesse, seria o mesmo que instaurar um processo para conceder ao autor danos morais em face do Banco, o que é inadmissível.

8) CESPE - 2007 - TRT-9R - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA

ADMINISTRATIVA

A jurisdição voluntária, visando à composição de conflitos de interesses, tem por finalidade resguardar a segurança jurídica e a decisão nela proferida,

aplicando, dessa forma, o direito no caso concreto, de acordo com a pretensão ou a resistência das partes.

ERRADA. O erro da questão reside exatamente em dizer que na jurisdição voluntária há resistência das partes, ou seja, que prevalece

o litígio, uma vez que na jurisdição voluntária ou graciosa ou administrativa não há litígio, não há resistência das partes. A jurisdição voluntária não serve para que o juiz diga quem tem razão,

mas para que tome determinadas providências que são necessárias para a proteção de um ou ambos os sujeitos da relação processual.

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9) CESPE - 2007 - TRT-9R - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA

ADMINISTRATIVA

O poder jurisdicional é exercido em sua plenitude pelos órgãos dele investidos. Entretanto, o exercício válido e regular desse poder por esses órgãos é

limitado legalmente pelo que se denomina competência. Assim, a competência legitima o exercício do poder pelo órgão jurisdicional, em um processo

concretamente considerado.

CERTA. A questão está correta, pois apesar da jurisdição ser una, para possa ser bem exercida, há de ser feita por diversos órgãos distintos.

Neste sentido, as causas são distribuídas pelos vários órgãos jurisdicionais, em conformidade com as suas atribuições, que tem seus

limites definidos em Lei. Desta forma, a competência é o resultado de critérios para distribuir entre vários órgãos as atribuições relativas ao

desempenho da jurisdição.