32
Conduta Frente a Casos de Tuberculose Eletânia Esteves de Almeida Infectologista www.ccdionline.com

Conduta Frente a Casos de Tuberculose - Tubarãohnsc.org.br/f/publicacoes/79649.pdf · 35% hepatoesplenomegalia e 30% alterações SNC. Bacteriológico ... Diagnóstico Tuberculose

Embed Size (px)

Citation preview

Conduta Frente a Casos de

Tuberculose

Eletânia Esteves de Almeida Infectologista

www.ccdionline.com

Tuberculose

Mycobacterium tuberculosis;

Forma pulmonar: responsável pela manutenção da cadeia de transmissão.

Transmissão: pessoa a pessoa

Sintomático Respiratório

Indivíduos com tosse por tempo igual ou superior a três semanas.

Tuberculose pulmonar – Sintomas Clássicos

Comprometimento do estado geral;

Febre baixa vespertina;

Sudorese noturna;

Emagrecimento;

Inapetência.

Tuberculose pulmonar – Sintomas Clássicos

Tosse, inicialmente seca;

Tosse produtiva: sintoma mais frequente;

Hemoptise;

Dispnéia;

Dor torácica;

Rouquidão;

Tuberculose Miliar

Aspecto radiológico pulmonar;

Forma grave de doença;

1% dos casos de TB em HIV -;

10% dos casos em HIV +;

Apresentação clássica é a forma aguda;

Crianças e adultos jovens;

80% dos casos: febre, astenia, emagrecimento e tosse.

35% hepatoesplenomegalia e 30% alterações SNC.

Bacteriológico

Baciloscopia Direta do escarro: identificação de bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) pelo método

de Ziehl-Nielsen.

Método prioritário, permite identificar o paciente bacilífero em até 60 a 80% dos casos.

Deverá ser indicada para todos os indivíduos com tosse e expectoração por três semanas ou mais.

Baciloscopia Direta do escarro

Realizar em pacientes que apresentem alterações pulmonares nas radiografias de tórax;

Contatos de Tuberculose Pulmonar bacilíferos;

Utilizada para acompanhar a evolução bacteriológica do paciente em tratamento;

O controle bacteriológico deve ser mensal e, obrigatoriamente ao término do 2

, 4

e 6

mês de

tratamento.

Suspeita clínica de TB extrapulmonar.

Baciloscopia de escarro deve ser realizada, em no mínimo, duas amostras: uma, por ocasião da primeira consulta, e outra na manhã do dia

seguinte.

Duas baciloscopias positivas ou uma baciloscopia positiva associado a radiografia de tórax sugestiva

de TB= tratamento.

Cultura de Escarro ou Outras Secreções

Suspeita clínica e/ou radiológica TB com baciloscopia negativa;

Suspeitos de TB com amostra paucibacilares;

Suspeita de TB com dificuldade na obtenção da amostra (crianças);

Suspeito de TB extrapulmonar;

Casos suspeitos de infecções causadas por Micobactérias não tuberculosas (MNT);

Cultura Com Teste de Sensibilidade

Suspeita nos casos de resistência às drogas;

Pacientes imunossuprimidos, HIV;

Ao final do segundo mês de tratamento quando a baciloscopia se mantem positiva;

Retratamento após falência ao esquema básico;

Reinício após abandono

Diagnóstico – Radiografia Convencional

Melhor preditor da doença. Elevada sensibilidade e baixa especificidade. Diagnóstico precoce, pronto início da terapia

apropriada , reduzindo a morbidade. Diferenciar as formas típica e atípica e estudo da

extensão das lesões pulmomares. 15% dos casos de TB pulmonar não apresentam

alterações radiológicas.

Manifestações Radiológicas Tuberculose pós-primária

Cavitação: geralmente múltiplas e contribui para o diagnóstico.

Cavidade=Alta carga bacilar=ALTA INFECCIOSIDADE.

Correlação entre a baciloscopia positiva e a presença de lesões cavitárias á radiografia torácica.

Tomografia computadorizada

Imagens atípicas como pseudotumores e forma miliar.

Permiti distinguir lesões antigas e Tuberculose ativa.

Forma miliar: caracteriza com mais precisão o infiltrado micronodular e estudar o mediastino.

Indicada nos sintomático respiratórios com BAAR negativo e a radiografia é insuficiente.

Diagnóstico diferencial com outras doenças. Meningite por TB: hidrocefalia, espessamento

meníngeo e infartos parênquima cerebral.

Broncoscopia com Lavado Broncoalveolar

Doença pulmonar difusa;

Presença de imunossupressão (HIV positivo);

BAAR negativo + suspeita clínica de outra doença não TB.

Co-Infecção HIV/Tuberculose

O teste anti-HIV deve ser sempre oferecido com suspeita de TB;

Deve ser realizada cultura com teste de sensibilidade do escarro;

Apresentação clínica de acordo com o grau de imunossupressão;

Maior frequencia de formas extrapulmonares e disseminadas.

Diagnóstico Tuberculose Extrapulmonar

Brasil:15% dos casos de TB;

HIV – pleural e HIV + ganglionar;

TB pleural: toracocentese e biópsia de pleura;

TB ganglionar: biópsia dos linfonodos;

TB Vias Urinárias: cultura de urina para M. tuberculosis (positiva 40% dos casos); Biópsia e

cultura.

Diagnóstico Tuberculose Extrapulmonar

TB Osteoarticular: coluna vertebral, quadril e joelho. Biópsia e cultura.

TB entérica: região ileocecal e ceco ascendente. Biópsia e cultura.

TB meníngea: elevada taxa de mortalidade. Quadro clínico agudo e grave em crianças e crônico e

arrastado em adultos. 50% dos casos com doença pulmonar. Líquor e cultura.

Diagnóstico Tuberculose Extrapulmonar

TB miliar: Hemocultura, punção e biópsia de medula, biópsia transbrônquica;

TB do pericardio: líquido pericardico e/ou fragmento de pericárdio.

TB do trato genital: trompas, endométrio, epidídimo e testículos.

TB oftálmica: Conjuntivite flictenular nas formas agudas e uveíte anterior na subaguda.

Prova Tuberculínica/Teste Intradérmico

Consiste na inoculação intradérmica de um derivado proteico do M. tuberculosis para medir a resposta

imune celular a estes antígenos.

Utilizada para o diagnóstico de infecção latente pelo M. tuberculosis (ILTB).

Importante para o diagnóstico de TB doença em crianças.

Prova Tuberculínica/Teste Tuberculínico

Consiste na aplicação de tuberculina PPD por via intradérmica no terço médio da face anterior do

antebraço esquerdo.

A leitura é realizada após 72 horas da aplicação.

Medida do maior diâmetro tranverso na área de enduração palpável.

O resultado é registrado em milímetros.

Tuberculose Infecção Latente

OMS: redução do grande reservatório de indivíduos infectados pelo M. tuberculosis com risco de

progressão para doença.

Indivíduos recém-infectados e indivíduos infectados a qualquer tempo que apresentem condições para o

desenvolvimento da tuberculose-doença.

Brasil: 50 milhões de infectados.

Prevenção da Infecção Latente ou Quimioprofilaxia Primária

Recomenda-se a prevenção da infecção tuberculosa em recém-nascidos cohabitantes de caso índice

bacilífero.

Isoniazida 10 mg/kg de peso por 3 meses.

Faz-se PT ≥ 5mm Isoniazida por mais 3 meses.

Se PT < 5mm: Vacinação BCG.

Tratamento da Infecção Latente ou Quimioprofilaxia Secundária

Reduz em 60 a 95% o risco de adoecimento.

Isoniazida 300mg ao dia por 6 meses.

Indicações: depende da idade, probabilidade de infecção latente e o risco de adoecimento.

Tratamento

A Tuberculose é uma doença curável em praticamente 100% dos casos novos, sensíveis aos

medicamentos antiTB, desde que obedecidos os princípios básicos da terapia medicamento

O tratamento dos bacilíferos é a atividade prioritária para o controle da tuberculose, uma que permite

interromper a cadeia de transmissão.

Resistência aos Medicamentos

Aumento da resistência a Isoniazida de 4,4 a 6%;

Aumento da resistência a Isoniazida associada a Rifampicina de 0,9 a 1,4%;

II Inquérito Nacional de Resistência aos fármacos Anti-TB conduzido em 2007-2008.

Tratamento Básico para Adultos e Adolescentes

Rifampicina+Isoniazida+Pirazinamida+Etambutol

2 meses

Rifampicina+Isoniazida

4 meses