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CONFISSÕES DE MULHERES APAIXONADAS

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São uma série de 06 contos fascinantes sobre mulheres que pelo amor pela paixão vivem momentos inusitados e inacreditáveis. Traz a tona desejos, segredos, vinganças, entregas. Elas mostram do que são capazes para alcançar aquilo que querem, aquilo que desejam, e mostram que são apaixonadas de verdade.

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Dedicado a toda vontade de sonhar e o desejo mais forte de realizar.

Confissões de Mulheres Apaixonadas Katia Caettano Rosa

CONFISSÕES

DE

MULHERES

APAIXONADAS

Por

Katia Caettano Rosa

3

1ª edição2014

Independente

Confissões de Mulheres Apaixonadas Katia Caettano Rosa

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ContosSumário

1. Só o amor... Mata?

2. Outra vida

3. Sonho ou realidade?

4. A vingança ou o amor

5. A protetora

6. Evidente

Confissões de Mulheres Apaixonadas Katia Caettano Rosa

SÓ O AMOR... MATA?♥

Tída, não via hora de chegar o grande momento da sua vida, entrar pela porta daquela local de

cerimônia de seu padroeiro o qual ela era devota e sempre participava de serviços voluntários. Ela sempre

acreditou em amor ao próximo e foi lá num desses dias de ação e ajuda a pessoas carentes que ela conheceu

Max, um homem loiro de olhos castanhos e aparência jovial, apesar dos seus quarenta e dois anos, ela já tinha

trinta mais casar nunca foi sua preocupação achava que se acontecesse seria providência de seu santo. Ela

simpatizou logo de cara com Max e pelo jeito ele também. Após se encontrarem algumas vezes perceberam

algumas coisas em comum que logo levaram os dois a terem um relacionamento mais sério, e menos de seis

meses Tída estava num dos quartos do convento que abrigava a capela do seu santo, se arrumando para o casamento, seu vestido reluzia com a luz que entrava no quarto, naquela linda manhã de primavera. Era de um

branco tão celeste que refletia o amor e a pureza de Tída por Max, após alguns instantes as devotas que a

ajudavam saíram do quarto deixando-a sozinha para que pudesse ter um momento de reflexão e agradecimento

pelo seu casamento. Após imaginar todos os pensamentos positivos, Tída ouviu cantos de passarinhos que

vinha do jardim do refúgio, eram um som mágico que lhe agradava os ouvidos, ela se aproximou da janela

para vê se conseguia ver esses passarinho que faziam tanto barulho, até parecia que lhe chamavam, vinha do

lado do jardim das devotas onde não era permitida a entrada de pessoas, nem mesmo Tída conhecia aquele

lugar, diziam que era um local para orações e penitência, mais aqueles passarinhos pareciam cantar cada vez

mais alto, e aquilo estava despertando sua curiosidade, ela iria apenas dar uma pequena olhada. Então Tída

levantou um pouco a cortina muito discretamente para não ser vista e poder ter a melhor visão daqueles

passarinhos festeiros. Por um segundo a cor de sua mão se confundiu com a cor branca e pálida da cortina, seus

olhos saltaram como se uma escuridão a tivessem penetrado, parecia que tinha morrido. Diante dos seus olhos

a visão era aterradora, suas mãos tremiam mais não conseguia soltar a cortina suas mãos ficaram literalmente

presas para que Tída tivesse a certeza do que estava vendo. Num segundo após os passarinhos silenciarem, ela

percebeu que eles queriam apenas avisar o fim da sua vida. Tída sentiu um calor tomar contar de seu corpo e

quando mais olhava para aquela cena, mais gelado. Eu coração ficava, até que finalmente ele não tinha mais

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vida. Não tinha mais amor, não tinha... Como era nauseante ver Max beijar com voracidade aquela jovem

devota de cabelos ruivos e pele clara como um rio gelado. Ver suas mãos levantarem sem pudor sua

vestimenta sagrada profanando a intimidade da não agora virgem, ele vestia seu fraque branco já amarrotado,

pelo fervor intenso das pequenas mãos santas... E faltavam apenas alguns minutos para ele lhe declarar amor

eterno, mais Tída via que Max já entregara sua carne a luxúria. Ela soltou a cortina e seu semblante era

assustadoramente calmo. Pegou seu buquê de rosas vermelhas e seguiu para a porta rumo ao encontro do seu

final, antes passou pela escrivaninha e pegou o punhal que uma das devotas usava para abrir suas cartas

familiares e seguiu calmante, sendo por algumas devotas que diziam não saber do noivo mais que o mesmo já

avisara pelo celular que estava caminho. E após intermináveis quinze minutos, Tída estava pronta na entrada da

capela de seu santo. As portas se abriram e lá estava Max com sorriso largo, satisfeito claro, pois já havia feito

sua despedida de solteiro, e enquanto caminhava solitária para o altar eis que a bela devota de pele clara como

um rio gelado, tocou-lhe braço e sorriu. Tída para sua marcha nupcial e a olha fixamente, e a bela jovem,

desfalece seu braço como se tivesse sido atingida por uma lepra. Senta-se no banco pondo a mão no peito

enquanto outras devotas lhe socorriam, percebendo que ela estava com falta de ar. Tída prosseguiu lentamente

e ao olhar para Max que presenciou tudo, já não apresentava mais encanto e nem sorriso no rosto, mais só uma

única certeza... Tída subiu ao altar e quase em desespero e com as mãos trêmulas e suadas Max segurou a sua,

e os dois ouviram a cerimônia em silêncio, nem um funeral era tão pesaroso como aquele casamento, uma as

devotas saiam do local da cerimônia, ate aquelas que ajudam a bela jovem de pele clara, como um rio gelado.

Finalmente havia chegado a hora do juramento, enquanto repetia as palavras de amor eterno para Max, Tída

sabia que havia chego a hora de parar de sofrer e com a mesma frieza declarou:-eu Tída, aceito você Max, como meu legítimo esposo, e prometo te amar, na saúde e na doença. Na

riqueza e na pobreza... E enfiou-lhe o punhal no abdômen e enquanto Max caía desfalecendo, ela finalmente sorriu para ele.

-... Até que a morte nos separe.E saiu caminhando com o buquê nas mãos. Passou pela jovem e lhe entregou o buquê também sorrindo

para ela.- ele é todo seu. E antes que chegasse a porta, Tída olhou para trás e viu a bela jovem também caí desfalecida ao chão

(envenenada por um copo de água que lhe foi dado enquanto estava passando mal). Tída seguiu andando e foi em direção ao jardim onde pela janela presenciou a marcante cena que matou o seu amor para sempre e sentou-se exatamente no lugar onde, eles se entregavam em prazeres carnais... Em poucos momentos ela ouvia o cantar dos passarinhos que pareciam fazer uma festa ao redor dela. Ela os tocava e sorria como nunca, enquanto olhava para imagem de seu padroeiro lhe jurando jamais amar nessa vida.

Confissões de Mulheres Apaixonadas Katia Caettano Rosa

♥ ♀ ♥

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OUTRA VIDA♥

Depois daquela tempestade nefasta, Camila olhava pelo vidro da porta da sacada as poucas

nuvens que restavam no céu. Parecia que o mundo entrava numa era do silêncio, nem o vento se atrevia a balançar sequer uma folha. As estrelas brilhavam timidamente e a lua espreitava por entre as nuvens como se esperasse que alguém lhe dizer que podia aparecer. Camila ouviu um barulho dentro do quarto e olhou de relance pelas costas mais seu olhar só alcançava a longa camisola preta que curiosamente, balançava. Ela passou a mão no vidro. Sua respiração agora ofegante embaçava toda a visão exterior. Fragilmente passou a mão no lindo e comprido cabelo negro e abriu quase que silenciosamente a porta da sacada, parecia que a noite lhe chamava, seu coração galopava como um corcel indomável, ela sentia como se tivesse asas e então esticou seus braços como se fosse voar, de repente um uivar estridente lhe fez recuar e fechar a porta e seus olhos brilhantes percorria todo o quarto como se tivesse acompanhando um vulto, mais Camila não via nada, passou a mão na garganta, parecia que lhe faltava o ar e dirigiu-se ao espelho. Era linda, passou as mãos nos longos cílios enquanto via o reflexo de seus olhos azuis, desceu a mão até os lábios desenhando-o delicadamente, estavam quentes, combinavam com o batom lilás. Ela abraçou o espelho como se quisesse abraçar a si mesma, pensou por um segundo como seria viver do outro lado, ter outra vida... Ela sabia, mais parecia que nunca tinha vivido antes. Em meio aos seus pensamentos confusos e tristes, ela soltou um grito e pegou um vidro de perfume jasmim lindamente trabalhado e o arremessou no vidro da porta da sacada e logo em segundos os estilhaços se misturavam ao cheiro do perfume e da tempestade que havia passado. Tomada por uma coragem suicida, correu para abrir as portas da sacada, ao mesmo tempo em que caia um raio vindo daquelas poucas nuvens no céu. E lá estava ele bem no meio do terraço olhando para Camila. Ela fechou os olhos e caminhou

Até ele, enquanto seus pés descalços pisavam os cacos de vidro no chão, mas não precisou caminhar muito, pois sentiu que ele já lhe roçava a pele com aquele pêlo rude e com o seu focinho cheirava-lhe a palma da mão, ele ficou então na sua frente enquanto ela acariciava aquele animal gigantesco. Enquanto ele uivava com o brilho da lua saindo por entre as nuvens que ainda insistiam em retardar aquele momento. E ela continuou imóvel apenas observando o agora não tão feroz animal. Seu olhar penetrou como uma faca afiada nos olhos dela então Camila pronunciou o seu fim: "Estou pronta". E finalmente enquanto a lua se libertava por completo daquelas nuvens deixando seu brilho intenso cair como um véu sobre eles, o lobo se contorcia em dores e ruivos e se levantava cada vez mais, até que na sua frente Camila já não via mais o passado, mais a imagem da mais bela criatura em forma de homem, que lhe pegou delicadamente por entre os cabelos e a trouxe para si e Camila que já não tinha pulsar, já não tinha calor e nem medo, selou eternamente seu pacto para outra vida.

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SONHO OU REALIDADE? ♥

Suas pernas já não respondiam ao comando de sua mente, mesmo assim, mais caindo do que

correndo, Mily insistia em seguir por uma trilha desconhecida. Certas plantas pareciam unhas que a arranhavam sem piedade, quando apenas com as mãos ela tentava abrir caminho. Parou um pouco e olhou para o alto, estava quase anoitecendo mais ainda tinha visão da floresta ao seu redor. Ela não podia se abater afinal de contas sua própria vida estava em jogo. Tentava não pensar no que havia acontecido mais era

Difícil não sentir aquelas mãos geladas lhe apertar a garganta enquanto indefesa era a observar o fim de Clen. Mily sentou atrás de uma grande árvore, não sabia nem mais chorar, estava irreconhecível, mas consciente. Consciente para saber que aquilo era real, e entender o quanto ela e Clen foram ingênuos a se aventurarem sem experiência no local desconhecido, na verdade era só pra quebrar a rotina, afinal de contas como disse o Clen: "-Um pedido de casamento tem de ser lembrado para sempre." Mais nada, nem mesmo o maior do pessimismo a levaria a achar que iria passar por tudo aquilo...

Parar o carro numa mata densa e deserta e apaixonadamente receber um lindo pedido de casamento, mas não ter a chance de aceitar. Eles chegaram do nada, quebraram o vidro do carro com tanta violência que em segundos Mily viu todo aquele momento mágico desaparecer. Correr era a única saída, mas para onde? Ela não conhecia nada, nunca havia estado naquele lugar, mas precisava correr se não seria vitima fatal de horrendos caçadores de almas, destruidores de sonhos reais... E naquele momento de horríveis lembranças, Mily percebera que já havia anoitecido. Mas como? Não podia ser? Ainda estava claro? Não importava, ela precisava correr, sem destino, sem olhar pra trás no mais pensaria nisso quando sua vida não estivesse mais por um fio. Mily levantou-se e percebeu uma pequena luz à sua frente pensou logo em pedir ajuda, precisava encontrar alguém e lhe contar o que havia acontecido. Precisava saber se o Clen estava vivo. Sem pensar, com suas ultimas forças se aproximou de uma fogueira onde havia duas pessoas de costas. Um sorriso de esperança lhe clareou a face, mas logo em seguida seu olhar de terror tomou conta de tudo quando viu as faces mórbidas daqueles que lhes roubaram seu sonho. Onde encontrar forças para correr novamente, restava-lhe apenas gritar, esse seria o seu ultimo pedido de socorro antes que...

...Clen sorriu para ela quando lhe segurava os ombros e Mily ainda assustada olhava em sua volta cada cantinho familiar do seu apartamento. Ajeitou-se no sofá enquanto tentava entender o que havia acontecido. A primeira vista parecia que ela teve um pesadelo. Olhou para suas mãos e braços e não encontrou marcas do infortúnio acontecido. Tocava a face de Clen procurando a certeza de que nada havia acontecido com ele. Aquilo sim parecia impossível de acreditar. Afinal de contas, onde ela estava? Num sonho ou numa realidade? O que era verdadeiro naquele momento? Será que se ela fechasse os olhos novamente voltaria a ver aquela horrenda cena ou pior... Não abriria mais os olhos? Em caso de dúvida, Mily não hesitou em abraçar Clen e amá-lo, não queria perder a oportunidade de tê-lo novamente mesmo que fosse num sonho.

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A VINGANÇA OU O AMOR♥

Kyra sempre foi uma garota independente, cresceu sabendo quais seus deveres e nunca foi de

questionar a ordem do seu clã. Ela não tinha pretensões, gostava apenas de fazer aquilo que lhe agradava, se infiltrar, colher amizades e perseguir suas vitimas. Era como um hobby nada mais. Mais naquele momento estava difícil controlar qualquer emoção. Tudo parecia não fazer mais sentido. Kyra criou dentro de si um desejo infinito de destruição, mesmo sabendo que ela corria grande risco de também ser aniquilada. No entanto ver sua família ser simplesmente destruída por capricho de um rapaz sem medo, a fez criar no seu ser a imagem da morte para Mark descendente dos Clodin um clã já inexistente por centenas de anos, que mal se ouvia falar deles, mais como um monstro adormecido, ele surgira para vingar o fim da sua linhagem pelos Bleycks. No momento ser um Bleycks era uma maldição mais não para Kyra que estava disposta a tudo para adormecer de vez esse assassino.

Após anos e anos mudando de cidade a caça incansável pelo Mark Clodin, finalmente ela o encontrara trabalhando numa grande empresa de Rede Social de uma grande capital. Se valendo de seus poderes Kyra e contratada pela empresa e é convidada a conhecer o gerente da empresa. Ela sabia que teria que ser breve, deveria usar toda sua experiência inclusive o segredo de destruição dos Bleycks para aniquilar seu inimigo.

Após alguns minutos de espera ela finalmente veria face de Mark. A secretária abriu a porta lentamente e Kyra estava pronta para observar a face da sua vitima e aniquila-lo o mais rápido possível. O que Kyra não contava era conhecer um ser tão atraente e enigmático, com delicadeza inglesa lhe beijar a mão enquanto seu olhar percorria cada curva dela. Era estranho sentir aquele frio lhe cortando-a ao meio e tirando seu chão.

Como pensar que aquela beleza e delicadeza eram tão frias? Kyra brigava com sua mente a cada som da voz de Mark, mais era impossível não ter pensamentos quentes com aquele homem. Após dez dias Kyra se odiava por dentro por não conseguir pensar no seu plano de vingança. Onde estava aquela garota sem pretensão? Seus planos? Seu ódio? E após tantas recusas lá estava ela num terraço de um café olhando a vista da cidade com Mark ao seu lado. A lua era intensa e o mundo parecia cala-se diante dos dois. Sem perceber sua fragilidade Kyra vira as costas para Mark que sutilmente lhe toca o pescoço e se aproxima como predador com presas lindamente à mostra, mais o que ele não esperava era ser surpreendido com a agilidade dela olhando bem nos seus olhos e sorria para lhe.

Mostrar o quanto os dois eram parecidos. Dois vampiros, dois inimigos, frente a frente iniciando um duelo sem precedentes. Por um momento pareciam dois animais querendo se devorar. Mais Mark agiu como dominado agarrando Kyra pela cintura e a beijando apaixonadamente. E Kyra mesmo com a certeza de sua vingança, se entregou loucamente aquele beijo. Era maior do que ela do que suas forças.

E na manhã seguinte ela o olhava adormecido debaixo dos lençóis da sua cama pronto para ser abatido, mais a batalha estava apenas começando dentro dela. Era uma luta que ela desconhecia o vencedor. A Vingança ou o Amor.

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A PROTETORA♥

Era difícil entender o que realmente havia acontecido. Num piscar de olhos Landra já não era mais

a mesma. Observar o mundo era o que ela mais gostava de fazer, vigiava cada passo e também atuava como protetora quando necessário, mais sua função era unir as pessoas perdidas. Não era nada fácil ver seu protegido sofrer mais ela com muita paciência o direcionava até finalmente ele (a) encontrar a pessoa perdida.

Num certo momento de sua missão foi designada a cuidar do Allan um homem de uns trinta e poucos anos que estava a procura de sua filha Bianca de sete anos. Após a separação quando sua filha ainda era um bebê Karla sua mulher mudou-se para outra cidade e perdeu totalmente o contato com ela até saber pelo noticiário sobre a morte dela em circunstâncias estranhas.

Allan era um renomado pintor de arte contemporânea, e como se dedicava muito ao trabalho nunca havia se preocupado em rever sua filha até sua própria mãe adoecer e lhe pedir que antes de falecer seu pedido fosse de ver sua neta, Allan não havia dado importância até saber da morte da sua ex-mulher. Landra acompanhou sua vida naquele momento e sentiu o sentimento dele aumentar pela pequena Bianca

-Landra-Mentor.-Landra, eu sei que suas missões são as mais difíceis, mais O Allan é um humano especial, ele precisa

encontrar sua filha é importante.-sim Mentor. Estou ciente disso. Como sempre farei com muita dedicação, ele ira encontrar sua filha.-Os caminhos que ele irá percorrer são tortuosos. Ele precisa dar valor a esse amor por sua filha. Mas,

lembre-se: nada poderá acontecer a ele.-Por que Mentor?- A mãe do Allan será uma protetora como você mais para isso ela precisará conhecer sua neta antes de

morrer, isso a fortalecerá. Caso não aconteça ela não sairá da sala da espera.-Sim Mentor. Estou ciente de tudo, nada irá acontecer ao Allan.Ele não hesitou e viajou para o Rio de Janeiro em busca de sua filha. A missão de Landra era acompanhar

Allan e unir pai e filha. Certo momento da busca Allan sofreu um assalto e foi morto num local onde raramente algum iria acha-lo temendo pela falha de sua proteção Landra desobedecendo todas as leis arrancou suas asas e cobriu o Allan trazendo-o de volta vida e tomando a forma humana. Ela o acolheu, cuidou dele e logo ele estava recuperado. Apenas se oferecendo como amiga Landra o acompanhou na buscar por Bianca, mesmo sabendo onde a encontrar ela tinha que deixa o Allan seguir todo o caminho até o encontro dos dois. Durante toda a busca Landra tentou se concentrar na sua missão mais como humana, estava difícil ficar lado a lado com um homem como Allan, a cada dia seu sentimento de missão mudava para um sentimento mais forte, mais mesmo assim ela reunia forças para conseguir prosseguir.

Certo momento da busca numa noite chuvosa onde os dois num quarto de pousada conversavam sobre a Bianca, Allan surpreendeu Landra com um beijo. Aquilo não podia ter acontecido ela sabia, mais não conseguia resistir ao contato caloroso do corpo de Allan e fechando os olhos para seu objetivo ela se entregou a uma intensa paixão que até então só tinha ouvido falar.

Era um momento único para Landra, e ela se sentia mais forte para seguir com sua missão especialmente agora que estava sentindo o que era paixão e experimentado o amor com um homem tão especial como o Allan. Nada poderia ser tão perfeito. E finalmente encontraram Bianca num orfanato da cidade e logo que Allan conseguiu provar sua paternidade pode levar sua filha para o Recife onde sua mãe os, aguardavam. E por insistência do próprio Allan, Landra os acompanhou. Durante o encontro emocionante de pai, neta e avô Landra se sentiu realizada mais não sabia mais o que fazer. O que seria da sua vida agora. Ela teria que prestar conta ao seu Mentor e ela poderia simplesmente desaparecer.

Após alguns dias a mãe do Allan piorou e no hospital curiosamente ela pediu para falar a sós com Landra. Ao entrar no quarto Landra sentiu que ela já havia partido e o quarto já não mais.

-Mentor

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-O que fez Landra?-Precisa salvar a vida dele mentor, ele precisa encontrar sua filha.- não estou falando do seu sacrifício.Landra baixou a cabeça sem saber o que falar.-Landra você é muito corajosa. - disse a mãe do Allan. – mais me sinto culpada pelo que aconteceu.-não se culpe- disse o mentor- é a lei, ela terá que desaparecer.Landra a partir de hoje nunca existiu.Um silêncio reinou e Landra percebeu que nem mesmo seu amor seria lembrado pelo Allan.-eu renuncio minha missão – a mãe do Allan chamou a atenção dos dois. –tenho esse direito. Darei

minhas asas para ela.- se você fizer isso, voltará à vida mais quando morrer será apenas um espírito. - disse o mentor- acredite, é melhor do que não existir.-Que assim seja- o mentor finalizou.Landra não tinha opção, ou aceitava ou não mais existiria, ela voltaria a ser protetora mais ao contrario do

Allan e sua família que esqueceriam, dela. Landra não esqueceria de nada do que viveu na terra, era como lição para que não acontecesse mais. Landra ás vezes quando não estava em uma missão observava Bianca e sua avó, ela ficava feliz por saber que a menina estava bem com sua recém-família. E sempre observava o Allan, quando estava pintando. Gostava de observar as pinturas, mais era doloroso lembrar tudo que viveu com ele. Certo dia ela acompanhou uma surpresa do Allan para sua mãe e sua filha, era um quadro que ele havia feito para uma grande exposição chamada “Anjos”, e para sua alegria e tristeza também a obra principal era de um anjo de asas abertas e mãos para frente protegendo uma pequena criança. Era a face dela. Aquilo era um sinal de que ele não havia se esquecido dela. Ou só coincidência? Não importava para ela, pois nada mais seria como antes.

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EVIDENTE♥

Selly sentia o calor da mão de Gustavo acariciando seu pescoço, era como uma pequena fogueira

quente e doce ao mesmo tempo. Mais seu olhar no espelho era de pânico e desesperança. Ela nunca percebeu nada. Pudera, ele era sempre tão gentil, educado, amoroso, tinha as palavras certas. Era o homem perfeito, aqueles de sonhos impossíveis, que para ela se tornara real.

Aqueles dias de faculdade estavam muitos enfadonhos, muita matéria, pouco tempo e desânimo. Mais aquele toque de celular despertou Selly para o amor, quando viu Gustavo entrando na sala como novo professor de química. Daí ate ele prestar atenção nas suas belas curvas e olhos de mel, foi um segundo e então tudo parecia bem na sua vida. Não sabia o que estava acontecendo no mundo, toda sua vida havia mudado. Selly não saía mais com os amigos e tinha deixado de ir, na casa de sua mãe. Sua vida agora girava em torno de Gustavo, um homem de traços fortes e lábios carnudos, pele bronzeada e cabelos enrolados. Além do físico tinha uma personalidade marcante.

Mais naquela noite quando finalmente foi conhecer o que ela achava ser sua futura família, se deparou com olhares curiosos de uma menina de doze anos de longos cabelos negros e pele pálida, uma mulher magra de olhos negros como o escuro de uma floresta medieval e um senhor de quem ao tocar sua mão para cumprimentá-lo, Selly sentiu a morte lhe abraçar. E agora estava no grande salão de cortinas vinho e paredes marrons.

Convidada a dançar pelo próprio Gustavo, ela rodopiava no salão aos olhares mórbidos dos familiares que não esboçavam nenhuma reação, pareciam meras estátuas enfeitando o ambiente tão gelado e sombrio. Selly tentou agir naturalmente mais estava evidente que as coisas haviam mudado, e tão repentinamente que ela só percebeu exatamente no fim, instintivamente ela sabia que depois daquela dança, ela não seria mais a mesma.

Gustavo a trouxe para si e ela já não sentia mais seu coração pulsar, suas mãos geladas se confundiam com as dele, até mais, pois por um segundo ele parou e a olhou com olhar de quem não estava entendendo por que ela estava assim, mais no outro segundo ele sorriu lindamente frio para ela era como se lhe dissesse "-será como num piscar de olhos".

"-quem dera." pensava Selly com um arrependimento profundo. "-eu pudesse voltar atrás." Mais ao olhar novamente para Gustavo ela já não tinha tanta certeza do seu arrependimento. Ele era tudo o que ela sempre quis, se havia algo de diferente nele por que não aceitar. Afinal tantas pessoas fazem loucuras impossíveis se tornarem possíveis por amor. Ela encostou seu rosto no dele e o beijou no pescoço, instintivamente ele se afastou dela e rodopiou próximo ao grande espelho no canto do salão e ficou atrás dela. Aquela visão a fez ter certeza dos seus temores, e na verdade aquele calor que ela sentia não era da mão de Gustavo, na verdade era o pulsar da sua própria veia que parecia está se rompendo. Selly sentiu falta de ar e aquela não visão no espelho da imagem de Gustavo, lhe deu a certeza de que querendo ou não o óbvio iria acontecer então que fosse para sua felicidade de qualquer jeito. Selly num piscar de olhos voltou a rodopiar no salão, agora com lindo vestido vermelho que balançava lindamente com o movimento praticamente leve daquela dança. Ao olhar para os familiares de Gustavo, ela os viu sorrindo e levemente aplaudindo aquele espetáculo a dois. E Selly rodopiava várias vezes em frente ao espelho. E sua imagem também já não refletia mais. E seu sorriso era de felicidade por ter encontrado um grande amor.

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FIM