Contabilidade Geral Apostila e

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1) CONTABILIDADE 1.1) Histria O desenvolvimento inicial do mtodo contbil esteve intimamente associado ao surgimento do Capitalismo, como forma quantitativa de mensurar os acrscimos ou decrscimos dos investimentos iniciais alocados a alguma explorao comercial ou industrial. No menos verdade dizer que a economia de mercado e seu florescer foram, por sua vez, fortemente amparados pelo surgimento e aperfeioamento das partidasdobradas, o que equivale dizer que se verificou uma interao entre os dois fenmenos. No sculo passado, serviu por outro lado como forte instrumento de controle nos paises que adotaram regimes polticos com economia controlada pelo governo de forma centralizada. Hoje, o mtodo tem aplicao a qualquer tipo de pessoa, fsica ou jurdica, com finalidades lucrativas ou no, que tenha necessidade de exercer atividades econmicas para alcanar suas finalidades, mesmo que tais atividades econmicas no sejam atividades-fim. 1.2) Conceito A contabilidade, na qualidade de cincia social aplicada, com metodologia especialmente concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenmenos que afetam as situaes patrimoniais, financeiras e econmicas de qualquer ente, seja este Pessoa Fsica, Empresas de Direito Privado e de Direito Pblico tais como Estado, Municpio, Unio, Autarquia, Entidade de Finalidades no Lucrativas, tem um campo muito amplo. Com a sua utilizao as pessoas passam a conhecer toda a estrutura econmicofinanceira das Entidades, facilitando sua interpretao.Captar (o departamento contbil vai receber e organizar toda documentao), Registrar (vai registrar todos os atos e fatos contbeis do perodo), Acumular (aps estes registros do perodo, os mesmos so acumulados com os fatos que j foram feitos nos perodos anteriores), Resumir (apresentao dos relatrios contbeis como Balano Patrimonial, Livro Dirio, etc), Interpretar (fazer a anlise dos registros para tomada de decises, que vamos ver mais a frente). Autarquia (servio autnomo criado por lei com patrimnio e receita prprios para executar atividades da administrao publica. Ex: Municipal=Demae, Estadual=Ademg, Federal=CEF/OAB).

1.3) Objetivo O objetivo da contabilidade o Patrimnio. 1.4) Finalidade A finalidade da contabilidade a de controlar e planejar o patrimnio com o objetivo de fornecer informaes sobre a sua composio e suas variaes. 1.4.1) Finalidade de Controle: O Controle pode ser conceituado como um processo pelo qual a administrao da entidade se certifica, na medida do possvel, de que a organizao est agindo em conformidade com os planos e polticas traados pelos donos de capital e pela prpria administrao, a qual utiliza os seguintes processos de controle: A) Como meio de comunicao: utiliza tcnicas exclusivas tais como: Escriturao Contbil, que o registro dos fatos que envolvem o patrimnio. Demonstraes Contbeis, que a exposio dos fatos atravs de Balano Patrimonial, Balancetes, Demonstrao de Apurao do Resultado do Exerccio, Inventrios, etc... Anlise de Balano, que a interpretao das demonstraes contbeis. (geralmente feita por contador especialista em analisar as contas para um fim especfico). Auditoria, que o exame feito por profissionais tcnicos na rea contbil, para comprovao e verificao dos registros das demonstraes contbeis. (consiste na confrontao dos lanamentos contbeis e os documentos registrados em determinado perodo). B) Como meio de motivao: a no ser que a empresa seja do tipo individual, a responsabilidade da administrao consiste em controlar os negcios da organizao. Isto requer, em primeiro lugar, que o pessoal seja contratado e formado dentro da organizao, e, em segundo lugar, que a organizao seja motivada de forma que venha a fazer o que a administrao quer que se faa. C) Como meio de verificao: periodicamente, a administrao necessita avaliar a qualidade dos servios executados pelos empregados. A apreciao desse desempenho pode resultar em acrscimo de salrios, promoes, readmisses, aes corretivas das mais variadas, ou, em casos extremos, demisses. A informao contbil pode auxiliar esse processo de avaliao, embora o desempenho humano no possa ser julgado apenas pela informao contida nos registros contbeis. (Ex: Um Departamento X da empresa que no apresenta os relatrios nas datas corretas por motivo de relaxamento na execuo dos servios). 1.4.2) Finalidade de Planejamento: O Planejamento, por sua vez, o processo de decidir que curso de ao dever ser tomado para o futuro, mesmo em caso de decises isoladas sobre vrias alternativas possveis, onde normalmente utiliza-se grande quantidade de informao contbil. (dependendo do resultado no final de um exerccio contbil, a empresa ter que tomar uma srie de providencias a fim de sanar os problemas. No sendo possvel tomar todas, devero ser tomadas as providncias possveis).

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1.5) Campo de Aplicao O campo de aplicao da contabilidade muito vasto, abrangendo todas as entidades de Direito Pblico ou Privado, com fins lucrativos ou no. 1.6) Funo Econmica A funo da contabilidade apurar o resultado da entidade, que pode ser Lucro, Prejuzo ou Nulo. Vejamos abaixo exemplos prticos:*Receita > Despesa = LUCRO..........................Receitas R$10.000,00 (-) Despesas R$8.000,00 = R$2.000,00. *Receita < Despesa = PREJUZO.....................Receitas R$8.000,00 (-) Despesas R$10.000,00 =(-)R$2.000,00. *Receita = Despesa = RESULTADO NULO...Receitas R$10.000,00 (-) Despesas R$10.000,00 = R$0,00.

1.7) Usurios da Contabilidade Todas as pessoas fsicas ou jurdicas que demonstrem interesse na avaliao patrimonial de uma entidade so consideradas usurias da contabilidade. Entre elas podemos citar: A) Scios/Acionistas/Proprietrios de quotas: Essas pessoas, primariamente interessadas na rentabilidade e segurana de seus investimentos, que muitas vezes se mantm afastadas da direo das empresas, necessitam de informaes resumidas que dem respostas claras e concisas s suas perguntas. Por exemplo: Qual a taxa de lucratividade proporcionada a seu investimento? Ser que a empresa continua a oferecer a mdio e longo prazos perspectivas de rentabilidade e segurana para o seu investimento? Houve lucro ou prejuzo? Existe alguma alternativa mais adequada para seus investimentos? Normalmente, relatrios elaborados pela Contabilidade Geral (tambm conhecida por Contabilidade Financeira) e esclarecimentos prestados pela administrao das entidades so suficientes para responder a tais perguntas. B) Administradores/Diretores/executivos dos mais variados escales: O interesse nos dados contbeis dessas pessoas atinge um grau de profundidade e anlise, bem como de freqncia, muito maior do que para os demais grupos. De fato, so eles os agentes responsveis pelas tomadas de decises dentro de cada entidade a que pertencem. Tais decises visam principalmente o futuro, mas, para se preparar para agir no futuro, necessrio no apenas conhecer detalhadamente o que aconteceu no passado, como tambm o que est acontecendo no momento. Note-se que as informaes fornecidas pela contabilidade no se limitam, como julgam muitos, ao Balano Patrimonial e Demonstrao de Resultados. Alm dessas demonstraes bsicas e finais de um perodo contbil, a contabilidade fornece aos administradores um fluxo continuo de informaes sobre os mais variados aspectos da gesto financeira e econmica das empresas. O administrador inteligente, que sabe usar a informao contbil e que conhece suas limitaes, tem em suas mos um poderoso instrumental de trabalho que lhe permite tomar decises visando ao futuro com maior segurana, bem como conhecer a situao atual e o grau de acerto ou desacerto de suas decises passadas. (Ao contrrio dos usurios acima que querem uma informao mais simples dos fatos, este grupo o responsvel pelas tomadas de decises). C) Governo: (Fisco municipal/estadual/federal) busca informaes sobre o movimento da empresa, com vista ao levantamento dos impostos, taxas e contribuies a que tem direito. D) Bancos/Financiadores/Capitalistas/Emprestadores de Dinheiro: Quando a empresa opera com prejuzo ou comea a operar ineficientemente, muito provvel que os scios continuem a investir nela seus capitais na esperana de uma melhoria (isto acontece muito nas mdias e pequenas empresas), ao passo que os bancos, agentes financiadores e emprestadores de dinheiro, cuja nica finalidade a rentabilidade e segurana de retorno de seus investimentos sero os primeiros a abandonar o barco em perigo de naufrgio. Sendo assim, avaliam o patrimnio da empresa com vista liberao de emprstimos e outros. (Como feita esta avaliao? Atravs dos relatrios das demonstraes contbeis. Sempre que os nossos clientes (empresas) precisam de algum tipo de financiamento ou emprstimo, a primeira coisa que o agente financiador (banco) pede, so, alm do cadastro bancrio, toda a documentao da empresa como: CNPJ, contrato social, balano patrimonial do ltimo exerccio, entre outros). E) Fornecedores: avaliam a capacidade da empresa para poderem liberar crditos referentes ao fornecimento de bens e servios. (Geralmente atravs de ficha cadastral, seguida de documentao da empresa + balano patrimonial). F) Pessoas Fsicas: A Contabilidade no deixa de desempenhar seu papel de ordem e controle das finanas tambm no caso dos patrimnios individuais, onde ajuda no controle, ordem e equilbrio de seus oramentos domsticos. (no caso do casal que possui uma casa, um carro, tem que manter sua vida financeira em ordem para que no haja surpresas desagradveis, tais como penhora de um bem qualquer para pagamento de uma dvida).

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2) ESPECIFICAES CONTBEIS E FUNES CONTBEIS TPICAS 2.1) Planificao da Contabilidade Entre as providncias iniciais para se colocar em funcionamento a mquina organizacional de qualquer empresa, impe-se a planificao geral do setor contbil. O contador estuda a natureza da Entidade, verifica os vrios tipos de transaes que provavelmente ocorrero e planeja a maneira pela qual essas transaes devero ser registradas, sintetizadas e evidenciadas. Elabora, finalmente um Plano de Contas adequado, que dever ser observado obrigatoriamente pela empresa. Outro trabalho que se enquadra dentro da planificao diz respeito escolha do processo de escriturao a ser adotado. Essa escolha depende do volume e da complexidade dos registros e pode recair sobre processos, normalmente eletrnicos, integrados, preferencialmente ou no aos demais sistemas. O trabalho de planificar a Contabilidade um dos que exigem mais experincia, perspiccia e bom-senso do contador. 2.2) Escriturao Contbil Quando a escriturao bem planejada, grande parte do processo de escriturao se torna rotineira e pode ser realizada por escriturrios, sob a superviso de um contador. Todavia, em qualquer empresa surgem a todo momento problemas que s podem ser resolvidos por profissional habilitado. s vezes, trata-se de problemas de interpretao e classificao de novos fatos ou operaes que no estavam previstos na planificao inicial (no caso de um novo tributo criado pelo governo, no qual dever ser alterado o plano de contas, acrescentando esta nova conta). Outras vezes, verifica-se a necessidade de aperfeioar o plano de contas, ou o processo de escriturao, quando se deseja melhorar a qualidade e a rapidez das informaes. 2.3) Elaborao e Interpretao dos Relatrios Os relatrios contbeis, tais como Balano Patrimonial, Demonstrao de Resultado do Exerccio, Livro Dirio, Fluxo de Caixa, etc., so o resultado final do processo de escriturao e de alguns julgamentos de valor que o contador efetua com relao a eventos futuros. Todo o trabalho de acumulao de registros e dados sistematicamente classificados, que constitui a rotina contbil, devem ser interpretados pelo contador, afim de proporcionar administrao e aos demais interessados informaes relevantes para tomadas de decises. 3)PATRIMNIO 3.1) Conceito Patrimnio um conjunto de Bens, Direitos e Obrigaes, pertencente a uma pessoa fsica ou jurdica. 3.2) Composio O Patrimnio composto por: A) Bens Materiais: (veculos, mercadorias, imveis, moveis, maquinas, dinheiro, etc). B) Bens Imateriais: (marcas e patentes, ponto comercial, etc). C) Direitos: (duplicatas a receber, ttulos a receber, impostos a recuperar, etc). D) Obrigaes: (duplicatas a pagar, ttulos a pagar, aluguel a pagar, salrios a pagar, etc). Obs.: Direitos = Crditos do Patrimnio / Obrigaes = Dbitos do Patrimnio. 3.3) Diviso O Patrimnio se divide em duas partes. A) Ativo: representa a parte positiva do Patrimnio e compe-se de Bens e Direitos. B) Passivo: representa a parte negativa do Patrimnio e compe-se das Obrigaes. REPRESENTAO GRFICA DO QUADRO ATIVO Bens Direitos PASSIVO Obrigaes

3.4) Aspectos Gerais No estudo do Patrimnio, se evidenciam dois aspectos: A) Aspecto Qualitativo: considera a natureza dos componentes patrimoniais. Ex.: mercadorias, veculos, duplicatas a receber, duplicatas a pagar, ttulos a pagar, salrios a pagar, etc. B) Aspecto Quantitativo: considera os valores monetrios dos componentes patrimoniais. Ex.: mercadorias = R$5.000,00 / veiculos=R$6.000,00 / duplicatas a pagar=R$2.000,00 / ttulos a pagar=R$2.000,00 / salrios a pagar=R$1.500,00, etc.

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Sob o aspecto quantitativo, o Patrimnio considerado como fundo de valores, representado pelo Ativo (bens e direitos) e pelo Passivo (obrigaes). ATIVO Mercadorias........................5.000,00 Veiculos...............................6.000,00 TOTAL DO ATIVO.........11.000,00 PASSIVO Dpl. A pagar........................2.000,00 Titulos a pagar....................2.000,00 Salarios a pagar...................1.000,00 TOTAL DO PASSIVO.......5.000,00

3.5) Grfico Patrimonial Contabilmente o Patrimnio apresentado atravs de um grfico composto por duas colunas. Na coluna da esquerda figuram os Bens e Direitos, representando a parte positiva do Patrimnio, que o Ativo. Na coluna da direita figuram as Obrigaes, representando a parte negativa do Patrimnio, que o Passivo. Inclui-se tambm nesta coluna, o Patrimnio Liquido (que a situao liquida patrimonial da empresa, que vamos ver logo frente). ATIVO Bens Direitos Obrigaes Patrimnio Liquido 3.6) Equao Patrimonial A representao quantitativa do Patrimnio de uma Entidade conhecida entre ns pela expresso Balano Patrimonial, que pela prpria definio, Patrimnio o conjunto de Bens, Direitos e Obrigaes de uma Entidade. Atravs do aspecto quantitativo podemos demonstrar a equao fundamental do Patrimnio. PATRIMONIO LQUIDO (OU SITUAO LIQUIDA) = ATIVO (-) PASSIVO De acordo com o Item 3.4 acima, teremos a seguinte Equao Patrimonial PL(Patrimnio Liquido)=A(Ativo) (-) P(Passivo) PL = 11.000,00 5.000,00 PL = 6.000,00 J que na maioria das Entidades o Ativo (Bens e Direitos) suplanta o Passivo (Obrigaes), a representao mais comum de seu Patrimnio, isto , seu Balano Patrimonial assume a seguinte forma: ATIVO = PASSIVO + PATRIMONIO LIQUIDO 11.000,00 = 5.000,00 + 6.000,00 ATIVO Bens .......11.000,00 Direitos Patrimnio Liquido.......6.000,00 Se o Passivo (obrigaes) suplantar o Ativo (bens e direitos), teremos o chamado Patrimnio Lquido Negativo, melhor denominado de Passivo a Descoberto. ATIVO + PASSIVO A DESCOBERTO = PASSIVO ATIVO PASSIVO Bens .............11.000,00 Obrigaes...................15.000,00 Direitos Passivo a Descoberto........4.000,00 11.000,00 + 4.000,00 = 15.000,00 3.7)Patrimnio Bruto Analisando a estrutura patrimonial podemos afirmar que o Patrimnio Bruto corresponde ao Ativo. (Se o PL = Ativo Passivo, naturalmente o Patrimnio Bruto = Ativo Integral). PASSIVO Obrigaes....................5.000,00 PASSIVO

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Neste caso, de acordo com o quadro acima, teremos um Patrimnio Bruto na ordem de R$11.000,00. 4)PATRIMNIO LQUIDO 4.1)Conceito O Patrimnio Liquido (ou situao liquida) a parte positiva que pertence aos proprietrios da entidade. Representa a Grandeza Patrimonial. Anteriormente vimos que o Patrimnio Lquido a diferena entre o Ativo e o Passivo de uma entidade. A Lei n11.638/2007 trouxe mudanas significativas com relao s contas patrimoniais constantes do Balano Patrimonial. 4.2)Composio O Patrimnio Lquido composto por: Capital Social; Reservas; Prejuzos acumulados. Apesar de figurar na coluna do Passivo, o Patrimnio Lquido no pertence a este. Por aparecer no lado do Passivo sem, no entanto, ser Passivo, o Patrimnio Lquido tambm conhecido como Passivo Fictcio, enquanto as obrigaes representam o Passivo Real. ATIVO PASSIVO PATRIMONIO LIQUIDO (+)Capital Social (+)Reservas de Capital (+)Ajustes de Avaliao Patrimonial (+)Reservas de Lucros ( -)Prejuzos Acumulados

4.3)Situao Lquida Analisando e comparando os componentes patrimoniais (Ativo e Passivo), podemos determinar as situaes lquidas do Patrimnio. Para avaliar a situao patrimonial faremos o confronto entre o Ativo e o Passivo. Sendo assim, teremos: (A > P) = SITUAO LQUIDA POSITIVA (A < P) = SITUAO LQUIDA NEGATIVA (Passivo a Descoberto) (A = P) = SITUAO LQUIDA NULA 4.4)Representao Grfica A representao grfica do Patrimnio de uma Entidade conhecida entre ns pela expresso Balano Patrimonial, que pela prpria definio, Patrimnio o conjunto de Bens, Direitos e Obrigaes de uma Entidade. A seguir, demonstraremos algumas situaes de representao grfica do Patrimnio Lquido: Primeira Situao (A>P): Ocorre quando o valor do Ativo (bens e direitos) maior do que o Passivo (obrigaes). Neste caso temos uma Situao Lquida Positiva ou Superavitria (supervit). Pode-se ocorrer uma situao lquida positiva em dois momentos: a) Quando o Ativo maior do que o Passivo, sendo o Passivo maior que zero: A P PL (SL) (10.000,00 = 6.000,00 - 4.000,00) b) Quando o Ativo maior do que o Passivo, sendo o Passivo igual a zero, ou seja, inexiste obrigaes. A > 0 (=10.000,00) (A = Ativo) P=0 (=0,00) (P = Passivo) PL (SL) SL > 0 (=10.000,00) (PL = Situao Lquida) (10.000,00 = 10.000,00) Em ambos os casos, o Patrimnio apresenta existncia de Riqueza Prpria, conhecida como Situao Lquida Positiva. Quando o Ativo igual Situao Lquida, indica que a Entidade no tem nenhuma dvida para com terceiros, ou seja, tudo que ela tem lhe pertence. Esta situao ocorre quando da constituio da Entidade, como veremos a seguir. Ex.: Ao constituir uma empresa com o capital social no valor de R$10.000,00 em dinheiro, teremos a seguinte demonstrao: A = PL A P A = P + PL A > 0 (= 10.000,00) P > 0 (= 6.000,00) PL > 0 (= 4.000,00) (A = Ativo) (P = Passivo) (PL = Situao Lquida)

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ATIVO Caixa..................10.000,00

PASSIVO

PATRIMONIO LIQUIDO Capital Social............10.000,00 Total do Ativo.....10.000,00 Total do Passivo........10.000,00 No exemplo acima podemos notar que no existe nenhuma obrigao para com terceiros, ou seja, o valor do Passivo Zero. Ao comprar um veculo a prazo no valor de R$8.000,00, a empresa assume compromisso surgindo uma Obrigao. Com isto teremos a seguinte demonstrao: ATIVO PASSIVO Caixa..................10.000,00 Dupls.a pagar...............8.000,00 Veculos............. 8.000,00 PATRIMONIO LIQUIDO Capital Social.............10.000,00 Total do Ativo....18.000,00 Total do Passivo.........18.000,00 No exemplo acima, verifica-se que, mesmo existindo uma Obrigao, o valor do Ativo maior que o Passivo, surgindo uma Situao Lquida Positiva que corresponde ao valor do Patrimnio Lquido. Segunda Situao (A0 (=0,00) P > 0 (=10.000,00) SL > 0 (=10.000,00) (10.000,00=10.000,00) P A + PD = P A > 0 (=18.000,00) P > 0 (=28.000,00) PD > 0 (=10.000,00) (18.000,00+10.000,00=28.000,00)

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ATIVO

PASSIVO A DESCOBERTO....10.000,00 Total do Ativo......10.000,00 Total do Passivo........ 10.000,00 Neste caso, a entidade s tem Obrigaes, indicando uma Situao Liquida Negativa. OBS: Dificilmente ocorre uma situao com estas caractersticas. Terceira Situao (A=P): Ocorre quando o valor do Ativo (bens + direitos) igual ao valor do Passivo (Obrigaes). Neste caso temos uma situao nula ou compensada. A Situao Lquida nula quando o que a empresa tem pertence a terceiros, ou seja, ela no possui nada. A P A=P PL (SL) Exemplo: ATIVO Caixa.....................10.000,00 Veculos................ 8.000,00 Mercadorias..........11.000,00 PASSIVO Dupls.a pagar................8.000,00 Ttulos a pagar............ 20.000,00 Salrios a pagar.............1.000,00 A > 0 (=29.000,00) P > 0 (=29.000,00) PL = 0 (=0,00) (29.000,00 = 29.000,00)

PASSIVO Dupls.a pagar................8.000,00 Ttulos a pagar............ 1.000,00 Salrios a pagar.............1.000,00

Total......................29.000,00 Total............................29.000,00 Analisando o quadro verificamos que o valor do Ativo igual ao valor do Passivo. Com isto, os Bens que a empresa possui no valor de R$29.000,00 correspondem ao total das Obrigaes (R$29.000,00). Isto indica que os Bens da empresa pertencem a terceiros. Dificilmente existem empresas nesta situao, ou seja, uma situao quase impossvel de acontecer. 4.5)Fontes de Financiamentos (origens e aplicaes) Para a constituio de uma empresa necessrio que de incio ela possua um Capital. Este capital ser registrado no Departamento Nacional de Registro de Comrcio (Junta Comercial do Estado de origem da empresa), ou, quando for o caso, no Cartrio de Registro Civil de Pessoas Jurdicas, atravs do Contrato Social da empresa (no caso de dois ou mais scios), ou Empresrio (ex-Firma Individual - no caso de apenas nico componente). PRPRIO = Patrimnio Lquido CAPITAL DE TERCEIROS = Passivo (Obrigaes)(Capital alheio) Capital Prprio: corresponde aos recursos financeiros ou materiais aplicados na empresa por parte dos proprietrios (scios). (Ex: integralizao entrega de capital empresa, feita pelos scios em dinheiro). Capital de Terceiros: (Capital Alheio) corresponde aos recursos financeiros ou materiais pertencentes a pessoas fsicas ou jurdicas, e que foram colocados disposio da empresa. (integralizao entrega de capital feita atravs de emprstimos/financiamentos/fornecedores/etc). Veremos frente como ficam os lanamentos contbeis. Graficamente teremos: ATIVO (aplicaes) Bens PASSIVO + PL (origens) Obrigaes

= Capital de Terceiros......... CTE (+) Direitos Patrimnio = Capital Prprio................. CP Liquido (=) CT (Capital Total) Analisando o quadro constatamos que o Capital que a empresa precisa para sua movimentao (inicial e normal) fica registrado na coluna da direita do grfico patrimonial. Com isso, os valores constantes na coluna

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da direita, ou seja, o que compreende PASSIVO e PATRIMNIO LIQUIDO, corresponde ORIGEM dos recursos que sero aplicados no Ativo (Bens e Direitos). Ento: PASSIVO + PATRIMNIO LQUIDO APLICAO ATIVO (Ex: o scio de uma empresa compra um determinado bem (mercadorias) para a empresa, a prazo. ORIGEM = DUPLICATAS A PAGAR (Passivo) APLICAO = MERCADORIAS (ESTOQUE) (Ativo) Em qualquer situao, o valor das ORIGENS ser sempre igual ao valor das APLICAES. ORIGEM = APLICAO Todos os valores que ingressam numa empresa passam pelo Passivo e Patrimnio Liquido. A empresa s poder aplicar em Bens + Direitos aquilo que tem origem nas Obrigaes + Patrimnio Lquido. (Principio Fundamental da Entidade) ATIVO APLICAES Bens Direitos PASSIVO ORIGENS Capital de Terceiros (+) Capital Prprio ORIGEM

Exemplo: No momento da constituio da empresa, os scios integralizam (entregam) R$10.000,00, em moeda corrente (dinheiro), correspondente ao Capital Inicial (capital social). Ento teremos: ATIVO PASSIVO + PL Caixa.....................10.000,00 PATRIMNIO LQUIDO Capital Social............. 10.000,00 Total do Ativo......10.000,00 Total do Passivo.........10.000,00 importante ficar claro que o valor do Passivo + Patrimnio Liquido que representa a ORIGEM tem que ser igual ao valor do Ativo que representa a APLICAO. No exemplo do quadro temos: ATIVO PASSIVO (PL) R$10.000,00 R$10.000,00 (=) APLICAO (=) ORIGEM

4.6)Capital (conceito / tipos de capital) 4.6.1) Conceito Contabilmente Capital significa RECURSOS. Anteriormente, vimos que o Capital pode ser: PRPRIO (PL), ou de TERCEIROS (obrigaes). CAPITAL SOCIAL: o investimento efetuado na empresa pelos scios, abrangendo tambm valores obtidos pela empresa (lucros) que por deciso dos scios podero compor o Capital Social. O valor do Capital Social obrigatoriamente deve constar no Contrato Social que ser registrado na Junta Comercial. Qualquer alterao no valor do Capital Social ser realizada aps modificao (alterao contratual) no contrato social da empresa, devidamente formalizada na Junta comercial do Estado de origem da empresa, ou, quando for o caso, no Cartrio de Registro Civil de Pessoas jurdicas. 4.6.2) Tipos de Capital A) Capital Realizado (subscrito): a totalidade ou parcela do capital efetivamente integralizado pelos scios da empresa. Corresponde diferena entre o Capital Social e o Capital a Realizar. CAPITAL SOCIAL........................ (-)CAPITAL A REALIZAR............. (=)CAPITAL REALIZADO............ R$10.000,00 R$6.000,00 R$4.000,00

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ATIVO PASSIVO + PL Caixa..................... 4.000,00 PATRIMNIO LQUIDO....... 4.000,00 Capital Social............................ 10.000,00 (-) Capital a Realizar................. 6.000,00 Total do Ativo...... 4.000,00 Total do Passivo.......................... 4.000,00 No caso acima, ficou estabelecido no Contrato Social da empresa em constituio, que os scios se comprometem a integralizar um capital total de R$10.000,00, porm, no momento da constituio, eles somente vo entregar empresa R$4.000,00, ficando os R$6.000,00 restantes a serem entregues em uma data j determinada no referido contrato social. B)Capital a Realizar (a integralizar): o valor do Capital Social que ainda no foi colocado disposio da empresa. Deve figurar no Patrimnio Lquido como conta retificadora. No exemplo acima este valor figura como R$6.000,00. C)Capital Circulante: o excesso do Ativo Circulante sobre o Passivo Circulante. conhecido tambm como Capital de Giro. ATIVO PASSIVO + PL Ativo Circulante Passivo Circulante Caixa................................ 5.000,00 Fornecedores a Pagar.......... 1.000,00 Bancos............................. 10.000,00 Salrios a Pagar.................. 4.000,00 Impostos a Pagar................. 2.000,00 Total do AC.......................... 15.000,00 Total do PC.............................. 7.000,00 Neste caso, o valor do Capital Circulante ser de R$8.000,00. D)Capital Autorizado: (exclusivo das sociedades annimas) o limite que o Capital poder atingir sem que haja alterao do estatuto social. (geralmente os estatutos das S/A estabelecem limites de capital social o qual negociado atravs de aes nominais). Capital Social = Capital Nominal = Capital Registrado. A seguir termos alguns exemplos de aplicao de Capital: 1) A empresa Turma Trs Contabilidade Ltda constituda com o capital de R$6.000,00, integralizado totalmente em moeda corrente nacional, ou seja, em dinheiro. Aplicao: Caixa (Ativo) Origem....: Capital Social (Patrimnio Lquido) ATIVO PASSIVO + PL Caixa..................... 6.000,00 PATRIMNIO LQUIDO Capital Social............. 6.000,00 Total do Ativo...... 6.000,00 Total do Passivo.......... 6.000,00 No quadro acima temos um Capital Nominal de R$6.000,00, que corresponde ao valor do Patrimnio Lquido (Capital Prprio). 2) No perodo seguinte a empresa compra mercadorias a prazo no valor de R$1.000,00. Aplicao: Mercadorias (Ativo) Origem....: Duplicatas a Pagar/Fornecedores (Passivo) ATIVO PASSIVO + PL Caixa..................... 6.000,00 Dupls. a Pagar............ 1.000,00 Mercadorias.......... 1.000,00 PATRIMNIO LQUIDO Capital Social............. 6.000,00 Total do Ativo....... 7.000,00 Total do Passivo.......... 7.000,00 Aps as operaes registradas, teremos: -Capital Prprio........................ = R$6.000,00 (PL) -Capital de Terceiros................ = R$1.000,00 -Capital Total........................... = R$7.000,00 (capital prprio e de terceiros)

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3) Em seguida, a empresa vende as mercadorias vista pelo valor de R$1.000,00. Aplicao: Caixa (Ativo) Origem....: Mercadorias (Ativo) ATIVO PASSIVO + PL Caixa..................... 7.000,00 Dupls. a Pagar............ 1.000,00 PATRIMNIO LQUIDO Capital Social............. 6.000,00 Total do Ativo...... 7.000,00 Total do Passivo.......... 7.000,00 Assim teremos: -Capital Prprio........................ -Capital de Terceiros................ -Capital Nominal...................... -Capital Total........................... = R$6.00,00 (PL) = R$1.000,00 = R$6.000,00 = R$7.000,00 (capital prprio e de terceiros)

O Patrimnio Liquido, atualmente representado graficamente da seguinte forma: (+) (+) (+) (+) (+) (-) PATRIMNIO LQUIDO Capital social Reservas de Capital Reservas de Reavaliao Ajuste de Avaliao Patrimonial Reservas de Lucros Prejuzos Acumulados

As contas que apresentam o sinal (-) sua esquerda so chamadas de contas retificadoras. 5) CONTAS 5.1) Conceito Existem, basicamente, dois tipos de contas: 1) Contas Patrimoniais so as contas pertencentes ao grupo do Ativo (Bens e Direitos), Passivo (Obrigaes), e Situao Lquida (Patrimnio Lquido ou Passivo a Descoberto), que permitem a demonstrao da situao patrimonial da empresa em um determinado instante, ou, em cada exerccio social, ou perodo contbil. 2) Contas de Resultado so as contas pertencentes ao grupo das Receitas e Despesas, que possibilitam a apurao dos lucros e prejuzos da empresa em cada exerccio social, ou perodo contbil. Os elementos que formam o Patrimnio e suas alteraes so controlados por meio de contas. A funo das contas registrar e expor os bens, os direitos, as obrigaes e a situao lquida patrimonial, alm das receitas e despesas, com base nos quais so apurados os lucros e prejuzos decorrentes das atividades das empresas. Existem as contas patrimoniais que representam os bens, direitos e a situao lquida. H tambm as contas de resultado, que indicam as variaes positivas (receitas), e as variaes negativas (despesas) ocorridas no patrimnio, em virtude das atividades da empresa. Os elementos que compem o patrimnio e as operaes desenvolvidas variam significativamente de uma empresa para outra. Elas podem realizar atividades industriais, comerciais, agrcolas, extrativas e de servios. Existem tambm as seguradoras, bancos, transportadoras, telecomunicaes, etc. Em razo desta diversidade, cada empresa pode ter um elenco prprio de contas patrimoniais. A funo das contas representar os itens patrimoniais e de resultado. Assim, a conta pode traduzir um elemento patrimonial (bens, direitos, obrigaes e situao lquida), ou de resultado (receitas e despesas). O funcionamento da conta se d pelo mecanismo de dbito e crdito, que indica o aumento ou diminuio do saldo da conta. So vrios os conceitos apresentados para Contas:

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Conta a representao grfica dos Dbitos e dos Crditos que qualifica os componentes patrimoniais. Conta o Titulo que identifica um componente do Patrimnio. Conta um termo tcnico utilizado pela Contabilidade para registrar as ocorrncias que envolvem o Patrimnio, as Receitas e as Despesas. Exemplo de Contas: 1) Contas Patrimoniais Ativo: Caixa / Bancos Conta Movimento / Estoques / Duplicatas a Receber. Passivo: Fornecedores a Pagar / Emprstimos a Pagar / Salrios a Pagar. Patrimnio Lquido: Capital Social / Reservas de Lucros / Prejuzos. 2) Contas de Resultado Receitas: Receitas de Vendas Vista / Receitas de Servios. Despesas: Despesas com Salrios / Despesas com Energia Eltrica, etc. As Contas geralmente so distribudas em 5 (cinco) grupos: 1) ATIVO 2) PASSIVO 3) PATRIMNIO LQUIDO 4) RECEITAS 5) DESPESAS Obs: Existe tambm o grupo das Contas de Custos e Apurao do Resultado do Exerccio, que veremos mais adiante. 5.2) Elementos de uma Conta Os elementos fundamentais de uma conta so: A) Data de Operao: a data em que est sendo efetivado o fato contbil. B) Titulo: o nome da Conta onde identifca-se o que ela representa. C) Dbito: so os registros efetuados na coluna do Dbito das Contas. D) Crdito: so os registros efetuados na coluna do Crdito das Contas. E) Histrico: relata o fato acontecido em relao ao patrimnio, com a meno das caractersticas principais dos documentos comprobatrios da operao. F) Valor: o valor da operao, em moeda (dinheiro). G) Saldo: a diferena existente entre o Dbito e o Crdito de uma Conta. Uma Conta pode apresentar os seguintes saldos: G1) Saldo Devedor: quando o Dbito maior do que o Crdito. G2) Saldo Credor: quando o Crdito maior do que o Dbito. G3) Saldo Nulo: quando o Dbito igual ao Crdito. 5.3) Representao Grfica Oficialmente uma Conta tem a seguinte ilustrao (representao grfica): Conta : Receita de Vendas VistaDATA HISTRICO SALDO ANTERIOR DBITO CRDITO SALDO ATUAL

09/08/2010

Venda vista conforme nota fiscal n 000325 - Empresa X Ltda.

1.000,00

0,00

3.000,00

4.000,00

Na verdade, as Contas Patrimoniais podero ter lanamentos, tanto a dbito, quanto a crdito, num determinado perodo contbil, podendo seu saldo oscilar para mais ou para menos. Porm, vias de regra, as Contas de Resultado no tem este mesmo tratamento, sendo que as contas de Receitas somente aceitaro lanamentos a crdito, e, as contas de Despesas somente aceitaro lanamentos a dbito. OBS: Para estudos, explicaes, resolues de problemas, etc., sempre usaremos o grfico simplificado, denominado Conta T, Razonete, ou Razonete em T, que mostraremos a seguir: (Titulo da Conta) - CAIXA Dbito Crdito

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O lado esquerdo da Conta chama-se Dbito (onde so lanados os valores a dbito da conta), enquanto o lado direito da Conta chama-se Crdito (onde so lanados os valores a crdito da conta). 5.4) Funo e Funcionamento da Conta 5.4.1) Funo A funo das Contas a de registrar as operaes que ocorrem com o Patrimnio. Exemplo: FUNO Registrar as operaes de recebimentos e pagamentos em dinheiro. Registrar os valores que constituem o Capital Social registrado pela Entidade. Veculos................... Registrar as aquisies e baixas de veculos pertencentes s empresas. Salrios.................... Registrar o valor dos salrios pagos aos funcionrios da empresa. Bancos c/Mov.......... Registrar as operaes de depsitos e retiradas efetuados em contas da empresa nos bancos. 5.4.2) Funcionamento das Contas Patrimoniais - Mtodo das Partidas Dobradas O funcionamento das contas tem por base o Mtodo das Partidas Dobradas, que foi desenvolvido em 1494 por Luca Paccioli, e que tem o seguinte princpio: PARA TODO DBITO, EXISTE UM CRDITO DE IGUAL VALOR E VICE-VERSA Ou seja, no h dbito sem crdito. A essncia do mtodo, universalmente aceito, que o registro de qualquer operao implica que a um dbito numa ou mais contas deve corresponder um crdito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual soma dos valores creditados. No h dbito sem crdito correspondente. A expresso Partidas Dobradas no indica duplicidade ou repetio de um mesmo registro. Baseado neste principio, as contas so debitadas ou creditadas conforme o fato contbil a ser registrado. 5.5) Mecanismo do Dbito e Crdito Para uma melhor compreenso dos registros a Dbito ou a Crdito das Contas, utilizaremos o esquema abaixo: CONTAS ATIVO PASSIVO PATRIMNIO LQUIDO RECEITAS DESPESAS DBITO AUMENTA DIMINUI DIMINUI DIMINUI AUMENTA CRDITO DIMINUI AUMENTA AUMENTA AUMENTA DIMINUI SALDO DEVEDOR CREDOR CREDOR CREDOR DEVEDOR CONTA Caixa........................ Capital Social...........

A seguir, veremos alguns exemplos de lanamentos contbeis de acordo com o Mtodo das Partidas Dobradas: 1) Depsito no banco feito na conta-corrente da empresa = R$10.000,00: D- (aplicao) - Bancos c/movimento (Ativo) C- (origem) Caixa (Ativo) (titulo) Bancos c/Movimento D (Vr.debitado) 10.000,00 C D Caixa (titulo) C 10.000,00 (Vr.creditado)

A conta Bancos Conta Movimento foi debitada indicando onde ocorreu a aplicao dos recursos, enquanto que a conta Caixa foi creditada indicando a origem dos recursos. 2) Compra de mercadorias a prazo = R$1.500,00: D- (aplicao) Mercadorias (Ativo) C- (origem) - Duplicatas a pagar (Passivo)

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(titulo) Mercadorias D (Vr.debitado) 1.500,00 C

Duplicatas a Pagar (titulo) D C 1.500,00 (Vr.creditado)

A conta Mercadorias foi debitada indicando onde ocorreu a aplicao dos recursos, enquanto que a conta Duplicatas a Pagar foi creditada indicando a origem dos recursos. 3) Pagamento de duplicata com cheque n 000120 = R$500,00: D- (aplicao) - Duplicatas a pagar (Passivo) C- (origem) - Bancos c/movimento (Ativo) (titulo) Duplicatas a Pagar D (Vr.debitado) 500,00 C Bancos c/movimento (titulo) D C 500,00 (Vr.creditado)

A conta Duplicatas a Pagar foi debitada indicando onde ocorreu a aplicao dos recursos, enquanto que a conta Bancos c/movimento foi creditada indicando a origem dos recursos. 4) Integralizao de capital social feita pelos scios em dinheiro = R$30.000,00: D- (aplicao) Caixa (Ativo) C- (origem) - Capital Social (Passivo) (titulo) Caixa D (Vr.debitado)30.000,00 C Capital Social (titulo) D C 30.000,00 (Vr.creditado)

A conta Caixa foi debitada indicando onde ocorreu a aplicao dos recursos, enquanto que a conta Capital Social foi creditada indicando a origem dos recursos. As contas que representam Bens, Direitos e Despesas apresentam sempre saldos devedores, j as contas que representam Obrigaes, Patrimnio Liquido e Receitas apresentam sempre saldos credores 5.6) Dbito e Crdito Todas as operaes ocasionam aumentos e diminuies no Ativo, Passivo e Patrimnio Lquido. Esses aumentos e diminuies so indicados atravs dos Dbitos e Crditos efetuados nas Contas. O lado esquerdo de uma conta chamado o lado do DBITO, e o lado direito chamado o lado do Crdito. Um lanamento no lado esquerdo de uma conta denominado LANAMENTO A DBITO ou simplesmente DBITO. Um lanamento no lado direito de uma conta chamado de LANAMENTO A CRDITO ou simplesmente CRDITO. Utilizam-se tambm os verbos DEBITAR E CREDITAR. Sendo assim: Debitar uma Conta registrar um valor na coluna do Dbito. Creditar uma conta registrar um valor na coluna do Crdito. Os leigos em Contabilidade, geralmente, so levados a pensar que DBITO significa algo desfavorvel, e CRDITO algo favorvel. Na realidade, isto no ocorre, pois tais denominaes so, hoje, simplesmente convenes contbeis, com uma funo especfica em cada conta, como veremos adiante. A diferena entre o total de dbitos e o total de crditos feitos em uma conta, em determinado perodo, denominada de SALDO. Se o valor dos dbitos for superior ao valor dos crditos, a conta ter um SALDO DEVEDOR. Se acontecer o contrrio, a conta ter um SALDO CREDOR. Como j vimos, as Contas possuem dois lados (esquerdo e direito); dessa forma, os aumentos podem ser registrados em um lado e as diminuies no outro. A natureza da Conta que ir determinar o lado a ser utilizado para os aumentos e o lado a ser utilizado para as diminuies, como veremos a seguir.

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5.7 - Contas do Ativo Os elementos que compem o ATIVO (Bens e Direitos) figuram no lado esquerdo do Balano Patrimonial. Em coerncia, as contas do ATIVO (Bens e Direitos) sempre devem apresentar saldos devedores, pois representam a origem dos recursos aplicados pelo PASSIVO (obrigaes), ou seja, para que exista um valor no Ativo, obrigatoriamente este teve origem no Passivo. Tendo em vista esta situao, o Ativo sempre um devedor do Passivo. Convm notar que uma empresa possui ou no bens e direitos. No existem bens negativos e tampouco direitos negativos. Portanto, as contas de Ativo possuem saldo devedor ou nulo. Para que uma conta de Ativo tenha saldo devedor, necessrio que os aumentos e as diminuies nela ocorridos sejam assim registrados: (titulo) Caixa (Ativo) D Aumentos C Diminuies

5.8 - Contas do Passivo Como as contas do PASSIVO (obrigaes) aparecem sempre no lado direito do Balano Patrimonial, e, portanto, tero sempre saldo credor, deve acontecer com elas o inverso do que acontece com as contas do Ativo, isto , os aumentos e diminuies do Passivo devem ser registrados da seguinte maneira: (titulo)Fornecedores (Dpl a Pagar) (Passivo) D Diminuies C Aumentos

5.9 - Contas do Patrimnio Lquido Como o Patrimnio Lquido (situao lquida positiva) ocupa o lado direito do Balano Patrimonial, o funcionamento de suas contas ser igual ao funcionamento das contas do Passivo, ou seja: (titulo)Capital Social (Patrimnio Lquido) D Diminuies C Aumentos

Quando o Patrimnio Lquido em seu valor total for negativo, estar no lado esquerdo do Balano Patrimonial, junto com o Ativo. Obs: O patrimnio Lquido (Ativo Passivo) poder ser positivo, negativo ou nulo. A seguir, daremos exemplos de fatos contbeis, fazendo os lanamentos de acordo com a origem e aplicao das contas patrimoniais, com a utilizao de Razonetes em T: Fato contbil 1: Contrato Social registrado na Jucemg com o capital totalmente integralizado em moeda corrente nacional feito pelos scios em 12/01/2010 no valor de R$8.000,00: D APLICAO C ORIGEM CAIXA CAPITAL SOCIAL

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Titulo CaixaDDBITO 8.000,00

Capital Social TituloDCRDITO

C

C8.000,00

Fato contbil 2: Depsito feito no Banco Real S/A em 13/01/2010 no valor de R$5.000,00: D APLICAO C ORIGEM BANCOS C/MOVIMENTO CAIXA D Caixa Titulo CCRDITO 5.000,00

Titulo Bancos c/movimento D CDBITO 5.000,00

Fato contbil 3: Compra de mercadorias vista em 14/01/2010 no valor de R$1.000,00: D APLICAO C ORIGEM ESTOQUES /MERCADORIAS CAIXA D Caixa Titulo CCRDITO 1.000,00

Titulo Estoques/mercadorias D CDBITO 1.000,00

Fato contbil 4: Compra de mercadorias, a prazo, em 15/01/2010 no valor de R$2.000,00: D APLICAO C ORIGEM ESTOQUES/MERCADORIAS FORNECEDORES(dpl a pagar) D Fornecedores (dpl a pagar) Titulo CCRDITO 2.000,00

Titulo Estoques/mercadorias D CDBITO 2.000,00

Fato contbil 5: Pagamento de duplicata (fornecedores) com cheque n 000266 do Banco Real S/A em 16/01/2010 no valor de R$1.000,00: D APLICAO C ORIGEM FORNECEDORES (dpl a pagar) BANCOS C/MOVIMENTO D1.000,00 DBITO

Titulo Bancos c/movimento D CCRDITO

Fornecedores Titulo C1.000,00

A seguir, utilizaremos os exemplos de fatos contbeis acima com a utilizao de Razonetes em T, agora com os saldos acumulados das contas patrimoniais:

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Fato contbil 1: Capital integralizado em moeda corrente nacional feito pelos scios em 12/01/2010 no valor de R$8.000,00: D CAIXA C CAPITAL SOCIAL Titulo CaixaDSALDO ANTERIOR DBITO SALDO ATUAL

APLICAO ORIGEM Capital Social TituloD CSALDO ANTERIOR CRDITO SALDO ATUAL

C

Fato contbil 2: Depsito feito no Banco Real S/A em 13/01/2010 no valor de R$5.000,00: D BANCOS C/MOVIMENTO C CAIXA APLICAO ORIGEM Caixa Titulo DSALDO ANTERIOR CRDITO SALDO ATUAL

Titulo Bancos c/movimento D CSALDO ANTERIOR DBITO SALDO ATUAL

C

Fato contbil 3: Compra de mercadorias vista em 14/01/2010 no valor de R$1.000,00: D ESTOQUES /MERCADORIAS C CAIXA APLICAO ORIGEM Caixa Titulo DSALDO ANTERIOR CRDITO SALDO ATUAL

Titulo Estoques/mercadorias D CSALDO ANTERIOR DBITO SALDO ATUAL

C

Fato contbil 4: Compra de mercadorias, a prazo, em 15/01/2010 no valor de R$2.000,00: D ESTOQUES/MERCADORIAS C FORNECEDORES APLICAO ORIGEM Fornecedores Titulo D CSALDO ANTERIOR CRDITO SALDO ATUAL

Titulo Estoques/mercadorias D CSALDO ANTERIOR DBITO SALDO ATUAL

Fato contbil 5: Pagamento de duplicata com cheque n 000266 Banco Real S/A em 16/01/2010 no valor de R$1.000,00: D FORNECEDORES C BANCOS C/MOVIMENTO APLICAO ORIGEM Fornecedores Titulo D CSALDO ANTERIOR CRDITO SALDO ATUAL DBITO SALDO ATUAL

Titulo Bancos c/movimento D CSALDO ANTERIOR

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Em seguida, sintetizamos (agrupamos) nos Razontes, os lanamentos acima feitos diariamente nas contas patrimoniais, da seguinte forma: Titulo Caixa DSALDO ANTERIOR DBITO SALDO ATUAL 0,00 8.000,00 2.000,00

CCRDITO 6.000,00

DDBITO

Capital Social Titulo C0,00 SALDO ANTERIOR CRDITO SALDO ATUAL 0,00 8.000,00 8.000,00

Titulo Bancos c/movimento D CSALDO ANTERIOR DBITO SALDO ATUAL 0,00 5.000,00 4.000,00 CRDITO 1.000,00

D

Estoques/Mercadorias Titulo C0,00 3.000,00 3.000,00 CRDITO 0,00

SALDO ANTERIOR DBITO SALDO ATUAL

Titulo Fornecedores DDBITO 1.000,00

C

SALDO ANTERIOR 0,00 CRDITO 2.000,00 SALDO ATUAL 1.000,00

A seguir fazemos a verificao (conferncia) em cada grupo de contas, para aps esta verificao, transferirmos seus saldos para o Balano Patrimonial.CAPITAL SOCIAL S.ANTERIOR= 0,00 (+) 8.000,00 S. ATUAL= (+)8.000,00 CAIXA S.ANTERIOR= 0,00 (-) 8.000,00 (+) 5.000,00 (+) 1.000,00 S. ATUAL= (-) 2.000,00 BANCOS C/MOVIMENTO S. ANTERIOR= 0,00 (-) 5.000,00 (+) 1.000,00 S. ATUAL= (-) 4.000,00 ESTOQUES MERCADORIAS S. ANTERIOR= 0,00 (-) 1.000,00 (-) 2.000,00 S. ATUAL= (-) 3.000,00 FORNECEDORES DPL. A PAGAR S. ANTERIOR= 0,00 (+) 2.000,00 (-) 1.000,00 S. ATUAL= (+) 1.000,00

ATIVO: PASSIVO (+) PL:

____________-____________-____________= (-) _______________. ____________+____________+___________= (+) _______________.

Aps a conferncia feita nos lanamentos, transferimos os saldos das contas patrimoniais para o Balano Patrimonial. BALANO PATRIMONIAL EM 31/12/2010ATIVO CAIXA............................................ BANCOS C/MOVIMENTO........... ESTOQUES(mercadorias).............. 2.000,00 4.000,00 3.000,00 PASSIVO FORNECEDORES(dpl a pagar).... 1.000,00

PATRIMNIO LIQUIDO CAPITAL SOCIAL......................... 8.000,00 TOTAL DO ATIVO::::::::::::::::::: 9.000,00 TOTAL DO PASSIVO:::::::::::::: 9.000,00

A seguir, faremos um exerccio para fixao da matria dada.

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De acordo com os fatos contbeis abaixo, separe as contas patrimoniais nos grupos de Ativo e Passivo, d as contas patrimoniais de Origem e Aplicao, elabore tais contas no Razonete em T, a verificao das contas patrimoniais, e, aps, faa o Balano Patrimonial dos fatos contbeis. Contas Patrimoniais: Caixa Capital Social Estoques (mercadorias) Bancos c/movimento Veculos Fornecedores (dpl a pagar) Duplicatas a Receber Mquinas e Equipamentos Imveis. Fato contbil 1: Contrato Social com capital social totalmente integralizado em moeda corrente nacional feito pelos scios em 05/01/2010 no valor de R$10.500,00: Fato contbil 2: Compra de mercadorias, vista, em 08/02/2010 no valor de R$1.800,00: Fato contbil 3: Depsito no Banco Real S/A feito em 10/03/2010 no valor de R$1.350,00: Fato contbil 4: Compra de um veiculo, a prazo, em 11/04/2010 no valor de R$2.300,00: Fato contbil 5: Compra de mercadorias, a prazo, em 12/05/2009 no valor de R$2.320,00: Fato contbil 6: Pagamento de duplicata com cheque n 000267 Banco Real S/A em 16/06/2010 no valor de R$350,00: Fato contbil 7: Venda de mercadorias, vista, em 18/07/2010 no valor de R$1.050,00: Fato contbil 8: Venda de mercadorias, a prazo, em 19/07/2010 no valor de R$500,00: Fato contbil 9: Compra de um trator, a prazo, em 22/08/2010 no valor de R$5.980,00: Fato contbil 10: Depsito no Banco Real S/A, em 23/09/2010 no valor de R$950,00: Fato contbil 11: Pagamento de duplicata em 24/10/2010 no valor de R$1.000,00: Fato contbil 12: Compra de um cmodo comercial, a prazo, em 25/11/2010 no valor de R$6.500,00: Fato contbil 13: Pagamento de duplicata, em dinheiro, em 26/12/2010 no valor de R$850,00:

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6) Agrupamento das Contas (Conceito / Plano de contas / Grupos) 6.1) Conceito O agrupamento das Contas obedece Lei n 6.404/76, alterada pela Lei n 11.638/07 (Lei das S/A), bem como tcnica contbil. Oportuno ressaltar que nada obsta a que as regras destinadas s Companhias Abertas (S/A) sejam observadas pelas Companhias Fechadas (LTDA). Lei n 6.404/76 Art. 178, alterada pela Lei n 11.638/07: No Balano Patrimonial, as Contas sero classificadas segundo os elementos do Patrimnio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a anlise da situao financeira da Entidade. Pargrafo 1 - No Ativo: Como regra, as Contas do Ativo sero dispostas no Balano, observado os elementos que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a anlise da situao financeira da Entidade. A) Ativo Circulante. B) Ativo No Circulante (dividido em: Realizvel a Longo Prazo / Investimentos / Imobilizado / Intangvel). Pargrafo 2 - No Passivo: as Contas sero classificadas nos seguintes grupos: A) Passivo Circulante. B) Passivo No Circulante (dividdo em: Exigvel a Longo Prazo / Resultados de Exerccios Futuros). C) Patrimnio Lquido (dividido em: Capital Social, Capital a Realizar, Reservas de Capital, Reservas de Reavaliao, Ajuste de Avaliao Patrimonial, Reservas de Lucros, Prejuzos Acumulados). Sendo assim, com esta disposio preliminar de agrupamento de contas, nosso plano de contas sinttico fica assim descrito: ATIVO ATIVO CIRCULANTE ATIVO NO CIRCULANTE Realizvel a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangvel PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO NO CIRCULANTE Exigvel a Longo Prazo Resultados de Exerccios Futuros PATRIMONIO LIQUIDO Capital Social (-) Capital a Realizar Reservas de Capital Reservas de Reavaliao Ajuste de Avaliao Patrimonial Reservas de Lucros (-)Prejuzos Acumulados

6.2) Plano de Contas Plano de Contas o conjunto de todas as Contas utilizadas pela empresa, agrupadas de acordo com a esquematizao do Balano Patrimonial. O Plano de Contas um dos aspectos mais importantes da organizao contbil, orientando o registro de todas as operaes realizadas pelas entidades. O Plano de Contas no deve ser rgido e inflexvel, ele deve ser organizado, permitindo que seja possvel fazer tantas alteraes quantas sejam necessrias (incluso e excluso de contas). O Plano de Contas ser elaborado de acordo com a estrutura e o tamanho da empresa, obedecendo o que determina a Lei n 6.404/76, alterada pela Lei n 11.638/07, quanto ao agrupamento das Contas. De acordo com a estrutura, o Plano de contas possui (pelo menos) 5 grupos de contas, sendo eles: Ativo, Passivo (incluindo neste grupo o Patrimnio Lquido), Receitas, Despesas e Resultado do Exercicio, e cada grupo destes possui pelo menos 4 graus (nveis) de posicionamento das contas patrimoniais e de resultado. Alguns planos de contas atingem o 5 grau (nvel).

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Exemplo do Grupo Ativo: Nvel 1 Ativo Nvel 2 Ativo Circulante Nvel 3 Bancos Conta movimento Nvel 4 Banco Real S/A Exemplo do Grupo Passivo: Nvel 1 Passivo Nvel 2 Passivo Circulante Nvel 3 Fornecedores (dupl. a pagar) Nvel 4 Cruzeiro Indstria e Comrcio Ltda. A seguir, mostraremos um Plano de Contas, visando dotar o aluno de conhecimentos prticos sobre a composio e estrutura de um Plano Geral de Contas. PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO - RESUMO I-ATIVO (Nvel 01) ATIVO CIRCULANTE (Nvel 02) ATIVO NO CIRCULANTE (Nvel 02) REALIZAVEL A LONGO PRAZO (Nvel 03) INVESTIMENTOS (Nvel 03) IMOBILIZADO (Nvel 03) INTANGIVEL (Nvel 03) II-PASSIVO (Nvel 01) PASSIVO CIRCULANTE (Nvel 02) PASSIVO NO CIRCULANTE (Nvel 02) PATRIMONIO LIQUIDO (Nvel 02) CAPITAL SOCIAL (Nvel 03) CAPITAL A REALIZAR RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE REAVALIAO AJUSTE DE AVALIAO PATRIMONIAL RESERVAS DE LUCROS (-)PREJUZOS ACUMULADOS III-RECEITAS (Nvel 01) RECEITAS DE VENDAS (Nvel 02) RECEITAS DE SERVIOS (Nvel 02) OUTRAS RECEITAS (Nvel 02) RECEITAS NO OPERACIONAIS (Nvel 02) IV-DESPESAS (Nvel 01) DESPESAS ADMINISTRATIVAS (Nvel 02) DESPESAS TRIBUTRIAS (Nvel 02) DESPESAS FINANCEIRAS (Nvel 02) DESPESAS NO OPERACIONAIS(Nvel 02) CUSTO DE MERCADORIAS VENDIDAS (CMV) (Nvel 2) V-RESULTADO DO EXERCICIO (Nvel 01) APURAO DO RESULTADO DO EXERCICIO (Nvel 02) PLANO DE CONTAS ANALITICO I-ATIVO 1.1-ATIVO CIRCULANTE

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1.1.1-Caixa 1.1.2-Bancos Conta Movimento 1.1.3-Duplicatas a Receber 1.1.4-Estoques (Mercadorias) 1.2-ATIVO NO CIRCULANTE 1.2.1-REALIZAVEL A LONGO PRAZO 1.2.1.1-Duplicatas a Receber 1.2.1.2-Aplicaes Financeiras 1.3.1-INVESTIMENTOS 1.3.1.1-Imveis no Destinados ao Uso 1.3.2-IMOBILIZADO 1.3.2.1-Veculos 1.3.2.2-Imveis e Instalaes 1.3.2.3-Mquinas e Equipamentos 1.3.2.4-Mveis e Utenslios 1.3.3-INTANGIVEL 1.3.3.1-Marcas e Patentes 1.3.3.2-Gastos de implantao 1.3.3.3-Pesquisas e desenvolvimento II-PASSIVO 2.1-PASSIVO CIRCULANTE 2.1.1-Fornecedores (Dupl. a Pagar) 2.1.2-Emprstimos a Pagar 2.1.3-Financiamentos a Pagar 2.1.4-Honorrios a Pagar 2.1.5-Salrios a Pagar 2.1.6-FGTS a Pagar 2.1.7-INSS a Pagar 2.1.8-Aluguis a Pagar 2.1.9-PIS a Pagar 2.1.10-Cofins a Pagar 2.2-PASSIVO NO CIRCULANTE 2.2.1-EXIGIVEL A LONGO PRAZO 2.2.1.1-Fornecedores (Dupl. a Pagar) 2.2.1.2-Emprstimos a Pagar 2.2.1.3-Financiamentos a Pagar 2.3.1-RESULTADO DE EXERCICIOS FUTUROS 2.3.1.1-Receitas de Exerccios Futuros 2.3-PATRIMONIO LIQUIDO 2.3.1-CAPITAL SOCIAL 2.4.1.1-Capital Social Subscrito 2.4.1.2-(-) Capital a Realizar 2.3.2-RESERVAS DE CAPITAL 2.3.3-RESERVAS DE REAVALIAO 2.3.4-AJUSTE DE AVALIAO PATRIMONIAL 2.3.5-RESERVAS DE LUCROS 2.3.6-(-)PREJUZOS ACUMULADOS 2.3.6.1-(-)Prejuzos do Exerccio 2.3.6.2-(+)Lucros do Exerccio III-RECEITAS 3.1-RECEITAS DE VENDAS 3.1.1-Receitas de Vendas Vista 3.1.2-Receitas de Vendas a Prazo 3.2-RECEITAS DE SERVIOS 3.2.1-Receitas de Servios Vista 3.2.2-Receitas de Servios a Prazo 3.3-OUTRAS RECEITAS

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3.3.1-Rendimentos de Aplicaes Financeiras 3.3.2-Juros Ativos 3.4-RECEITAS NO OPERACIONAIS 3.4.1-Receitas na alienao de Bens do Ativo Permanente 3.4.1.1-Receitas de Vendas do APInvestimentos 3.4.1.2-Receitas de Vendas do APImobilizado 3.4.1.3-Receitas de Vendas do APIntangvel IV-DESPESAS 4.1-DESPESAS ADMINISTRATIVAS 4.1.1-Salrios e Ordenados 4.1.2-Honorrios Contbeis 4.1.3-Lanches e Refeies 4.1.4-Viagens e Estadias 4.1.5-Frias 4.1.6-13 Salrio 4.1.7-Materiais de Escritrio 4.1.8-Aluguel 4.1.9-Energia Eltrica (Cemig) 4.1.10-gua e Esgoto (Demae) 4.1.11-Correios 4.1.12-Fretes e Carretos 4.1.13-Propaganda e Publicidade 4.1.14-Servios de Terceiros 4.1.15-Multas Fiscais 4.1.16-Encargos Sociais (INSS/FGTS) 4.2-DESPESAS TRIBUTRIAS 4.2.1-Impostos Federais (PIS/COFINS) 4.2.2-IRPJ 4.2.3-CSLL 4.2.4-DAS/Simples 4.2.5-Impostos e Taxas sobre Imveis 4.3-DESPESAS FINANCEIRAS 4.3.1-Despesas com Juros (juros passivos) 4.3.2-Despesas com Financiamentos 4.3.3-Despesas com Emprstimos 4.3.4-Tarifas e Taxas Bancrias 4.3.5-Multas e ATM s/Impostos e Taxas 4.4-DESPESAS NO OPERACIONAIS 4.4.1-Custo de Bens do Ativo Permanente 4.4.1.1- Custo de Bens do AP-Investimentos 4.4.1.1- Custo de Bens do AP-Imobilizado 4.4.1.1- Custo de Bens do AP-Diferido 4.5-CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CMV) 4.5.1-Compra de Mercadorias (CMV) V-RESULTADO DO EXERCICIO 5.1-APURAO DE RESULTADO 5.1.1-APURAO DO RESULTADO DO EXERCICIO 6.3) Grupos Nos dois grupos (Ativo e Passivo) anteriormente citados, as Contas sero classificadas do seguinte modo: ATIVO A) ATIVO CIRCULANTE: O Ativo Circulante das empresas mercantis representado pelas disponibilidades financeiras e outros bens e direitos que se espera sejam transformados em disponibilidades, vendidos ou usados dentro de um ano aps a publicao do Balano Patrimonial, ou no decorrer de um ciclo operacional. Em contabilidade, uma referncia aos bens e direitos que podem ser convertidos em dinheiro em curto prazo. Os Ativos que podem ser considerados

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circulantes incluem: Caixa (dinheiro), Bancos (conta movimento, conta poupana, aplicaes financeiras...), Duplicatas a Receber (Contas a Receber...), Estoques (mercadorias, matriasprimas...), etc. O Ativo Circulante aquele que ir se cumprir at o Exerccio Social seguinte, ou seja, no mximo um ano aps a publicao do Balano Patrimonial relativo ao fato contbil ter ocorrido. B) ATIVO NO CIRCULANTE: Os recursos aplicados no Ativo No Circulante, esto todas as aplicaes de recursos feitas pela empresa de forma permanente (fixa), que so representadas pelos: - Bens durveis de longo prazo adquiridos para uso da empresa. - Aplicaes de recursos na compra de aes ou cotas de outras empresas de carter permanente. - Aplicao de recursos em despesas que devam onerar o resultado de vrios exerccios. Sendo assim, o Ativo No Circulante ser dividido em: B1) REALIZVEL A LONGO PRAZO: qualquer conjunto de bens e direitos que iro realizar-se aps um ano da data da publicao do Balano Patrimonial a que faz parte. Exemplos clssicos so os Contratos de Mtuo Valor (celebrados com os scios ou diretores da empresa). De forma geral, so classificveis no Ativo Realizvel a Longo Prazo contas da mesma natureza do Ativo Circulante, que, todavia, tenham sua realizao certa ou provvel aps o trmino do exerccio seguinte, o que, normalmente, significa realizao num prazo superior a um ano a partir do prprio Balano patrimonial. B2)INVESTIMENTOS: representado pelos bens e direitos em participaes permanentes em outras empresas (sociedades) e os direitos de qualquer natureza, no classificveis no Ativo Circulante, e que no se destinem manuteno da atividade da Empresa. Exemplo: participao em coligadas, compra de imveis no destinados ao uso da empresa, compra de obras de arte, etc. B3) IMOBILIZADO: representado pelo conjunto de bens corpreos e direitos necessrios manuteno das atividades da empresa, apresentando-se na forma tangvel (edifcios, mquinas e equipamentos, veculos, terrenos, etc) B4) INTANGIVEL: so os direitos que tem por objetivo os bens incorpreos destinados manuteno da empresa ou exercidos com esta finalidade. Tambm, composto pelas aplicaes de recursos em despesas que contribuiro para a formao do resultado de exerccios futuros. Exemplo: despesas com a organizao e constituio da empresa, despesas pr-operacionais, despesas com pesquisa e desenvolvimento de produtos, gastos de implantao e mtodos, gastos com reorganizao e reestruturao da empresa, etc. PASSIVO A) PASSIVO CIRCULANTE: so as obrigaes, encargos e riscos, conhecidos como calculveis, que normalmente so pagos quando se vencerem no exerccio seguinte data da publicao do Balano Patrimonial a que pertencer o fato contbil. Ex: Contas a pagar, impostos a pagar, fornecedores (duplicatas a pagar), emprstimos a pagar, salrios a pagar, todos com vencimento para no mximo at o dia 31/12/XXXX a contar da publicao do Balano Patrimonial a que fazem parte. B) PASSIVO NO CIRCULANTE: Neste grupo, esto as obrigaes, encargos e riscos, conhecidos como calculveis, que normalmente so pagos quando se vencerem aps o exerccio seguinte data da publicao do Balano Patrimonial a que pertencer o fato contbil, assim como, temos tambm neste grupo as Receitas recebidas antecipadamente. B.1) EXIGIVEL A LONGO PRAZO: so as obrigaes, encargos e riscos, conhecidos como calculveis, quando se vencerem em prazo maior que o exerccio seguinte, ou seja, com prazo superior a um ano a contar da publicao do Balano Patrimonial a que fazem parte. O passivo Exigvel a Longo Prazo trata-se das obrigaes para com terceiros de longo prazo, tais como, duplicatas a pagar, emprstimos a pagar, financiamentos a pagar, etc. B.2) RESULTADOS DE EXERCICIOS FUTUROS: este grupo apresentado entre o Passivo Exigvel a Longo Prazo e o Patrimnio Lquido, sendo composto das receitas j recebidas pela empresa deduzidas dos custos e despesas a elas correspondentes. Neste grupo, somente devero constar os valores recebidos que se referem a transaes que afetaro o patrimnio no exerccio seguinte, ou nos exerccios seguintes. A definio Resultados de Exerccios Futuros dada pela Lei nr.6.404/76 pouco esclarecedora. No entanto, de acordo com a doutrina predominante, uma receita considerada como de exerccio futuro quando: A) corresponder a recebimento antecipado, que efetivamente, contribuir para a formao de resultado de exerccio futuro; B) o valor recebido no for passvel de devoluo pela empresa, nem estiver vinculado a futuro fornecimento de bens e servios. C) PATRIMONIO LQUIDO: O Patrimnio Lquido, ou situao liquida, a parte positiva que pertence aos proprietrios da entidade. Representa a Grandeza Patrimonial. Anteriormente vimos que o Patrimnio

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Lquido a diferena entre o Ativo e o Passivo de uma entidade, sendo composto por: Capital Social; Reservas de Capital; Ajustes de Avaliao Patrimonial; Reservas de Lucros; e, Prejuzos acumulados, e assim disposto no Balano Patrimonial:

ATIVO

PASSIVO PATRIMONIO LIQUIDO Capital Social (+)Capital Social Subscrito (-)Capital a realizar Reservas de Capital Ajustes de Avaliao Patrimonial Reservas de Lucros Prejuzos Acumulados (-)Prejuzo do Exerccio (+)Lucro do Exerccio

C.1) CAPITAL SOCIAL: discriminar o montante do capital subscrito (integralizado/realizado), e, por deduo, a parcela ainda no integralizada/realizada. C.2) CAPITAL A REALIZAR: discriminar a parcela do capital social ainda no integralizada/realizada. C.3)RESERVAS DE CAPITAL: sero classificadas como Reservas de Capital as Contas que registrarem os acrscimos efetivos aos ativos da empresa que no foram originados dos lucros auferidos em suas operaes, por no representarem efeitos de seus prprios esforos, mas sim de scios ou terceiros, com o fim de propiciar recursos para o capital, inclusive contribuies governamentais sob a forma de subvenes por incentivos fiscais. Exemplo: doaes de bens (mveis e imveis) que tendo como contra-partida uma conta de reserva de capital. C.3) AJUSTES DE AVALIAO PATRIMONIAL: Sero classificados como ajustes de avaliao patrimonial, as contra-partidas de aumentos ou diminuies dos valores atribudos a elementos do Ativo e do Passivo, em decorrncia da sua avaliao a preo de mercado. C.4) RESERVAS DE LUCROS: so reservas constitudas a partir das destinaes do Lucro lquido do Exerccio. As reservas de lucros legalmente previstas so: reserva legal, reservas estatutrias, reservas para contingncias, reservas de lucros a realizar, e, reteno de lucros. C.5) PREJUIZOS ACUMULADOS: Neste grupo, so lanados os valores relativos ao resultado negativo da entidade, ou seja, prejuzo. Na hiptese de ocorrncia de prejuzo, este ser obrigatoriamente absorvido pelo lucro do exerccio, pelas reservas de lucros, pela reserva legal, pelas reservas de capital, nessa ordem. Se, ainda assim, remanescer saldo, sua absoro poder ser feita com a reduo do capital social, diminuindo-se assim, o valor do capital social investido pelos scios, assim como, refletindo-se na diminuio do Ativo. C.5.1) LUCROS DO EXERCICIO: As destinaes normais do lucro liquido do exerccio so para as reservas de lucros, e para o pagamento e distribuio de lucros aos scios. Legalmente os scios e acionistas das empresas tem direito a receber uma parcela, ou, a totalidade dos lucros auferidos pela empresa no final do perodo contbil. A Lei n 11.638/07 determina que os lucros verificados em cada exerccio social, ou, perodo contbil, sejam destinados para distribuio aos scios, formao de reservas, aumento de capital, ou, quando necessrio, compensar prejuzos. 7) Variaes do Patrimnio Receitas / Despesas / Resultado 7.1) Perodo Contbil Antes de abordarmos sobre as contas de Receitas, Despesas e o Resultado, veremos resumidamente sobre o Perodo Contbil. O resultado exato de uma empresa somente poder ser apurado no final de sua vida, aps a venda de todo seu Ativo (bens e direitos que a empresa possui), e o pagamento de seu Passivo (obrigaes para com terceiros). O Resultado do empreendimento ser medido pela diferena entre o Patrimnio Lquido apurado no final da sua vida e o Patrimnio Lquido Inicial, considerados tambm aumentos de capital e distribuies de lucros havidos durante esse perodo.

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Entretanto, a administrao no pode esperar at que a empresa seja liquidada ou encerrada para obter tal informao. A informao do Resultado das vrias operaes deve ser fornecida a intervalos regulares, geralmente de um ano (anualmente), de seis meses (semestralmente), de trs meses (trimestralmente),e, de um ms (mensalmente). Assim, a contabilidade registra e resume todas as mudanas no Patrimnio Lquido que ocorrem durante o perodo escolhido e apresenta o resultado obtido. O perodo contbil, espao de tempo escolhido para que a contabilidade mostre a situao patrimonial e financeira na evoluo dos negcios da empresa, quando de um ano, tambm denominado de Exerccio Social. Para finalidades internas, as informaes dos resultados devem ser mostradas ms a ms, a fim de que a administrao acompanhe o desenvolvimento dos negcios. Para fins externos, o perodo contbil depender das exigncias dos usurios externos, mas o tempo legal de um ano, sendo levantados o Balano Patrimonial, a Demonstrao de Resultado do Exerccio e demais demonstraes necessrias, em 31 de dezembro de cada ano. Sendo assim, no podemos confundir Perodo Contbil com Exerccio Social, sendo que o primeiro servir somente para finalidades internas, e, o segundo, servir para cumprir a legislao em vigor. 7.2) Funcionamento das Contas de Receitas e Despesas As causas principais que fazem variar o Patrimnio Lquido so: A) O investimento inicial de capital e seus aumentos posteriores ou desinvestimentos (devolues de capital) feitos pela Entidade; B) O resultado obtido do confronto entre as contas de Receitas e Despesas dentro do perodo contbil. Como o primeiro item (A) j foi exposto nos captulos anteriores, discutiremos o que concerne s Receitas, Despesas e Resultado. Ao contrrio das contas do Ativo, Passivo e Patrimnio Lquido, que so contas patrimoniais, as contas de Receitas e Despesas so contas de Resultado. A funo de tais contas a de apresentar um resultado contbil, que pode ser lucro, prejuzo ou nulo. 7.2.1) Receitas Entende-se por Receita a entrada de elementos para o Ativo, sob a forma de dinheiro ou direitos a receber, correspondentes, normalmente, venda de mercadorias de produtos ou prestao de servios. Uma receita tambm pode derivar de juros sobre depsitos bancrios ou ttulos, de aluguis e outras origens. A obteno de Receita resulta, pois, num aumento de Patrimnio Lquido. CONTA DE RECEITA INDICA ORIGEM DE RECURSOS CREDITADA APRESENTA SEMPRE SALDO CREDOR AUMENTA O PATRIMNIO LQUIDO CONTASATIVO PASSIVO PATRIMNIO LQUIDO

DBITOAUMENTA DIMINUI DIMINUI

CRDITODIMINUI AUMENTA AUMENTA

SALDODEVEDOR CREDOR CREDOR

RECEITASDESPESAS

DIMINUIAUMENTA

AUMENTADIMINUI

CREDORDEVEDOR

Exemplo: Recebimento, vista, de vendas de mercadorias no valor de R$5.000,00: D Caixa (ativo) C Receitas de Vendas (receitas) (titulo) Caixa D C (vr.debitado) 5.000,00 Receitas de Vendas (titulo) D C 5.000,00 (vr.creditado)

O dbito na conta Caixa provocou o aumento do Ativo, j o crdito na conta de Receitas corresponde ao aumento do Patrimnio Lquido.

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7.2.2) Despesas Entende-se por Despesa, o consumo de bens e servios, que, direta ou indiretamente, ajuda a produzir uma Receita. Diminuindo o Ativo ou aumentando o Passivo, uma Despesa realizada com a finalidade de se obter uma Receita.

CONTA DE DESPESA INDICA APLICAO DE RECURSOS DEBITADA APRESENTA SEMPRE SALDO DEVEDOR DIMINUI O PATRIMNIO LQUIDO CONTASATIVO PASSIVO PATRIMNIO LQUIDO RECEITAS

DBITOAUMENTA DIMINUI DIMINUI DIMINUI

CRDITODIMINUI AUMENTA AUMENTA AUMENTA

SALDODEVEDOR CREDOR CREDOR CREDOR

DESPESAS

AUMENTA

DIMINUI

DEVEDOR

As despesas provocam uma reduo do Patrimnio Lquido. Uma despesa quando consumida (incorrida) e paga, provoca uma diminuio do Ativo e conseqentemente uma diminuio do Patrimnio Lquido. Exemplo: Pagamento da Folha de Salrios referente ao ms de 08/2010 no valor de R$3.000,00: D Salrios (despesas) C Caixa (ativo) (titulo) Salrios D C (Vr.debitado) 3.000,00 D Caixa (titulo) C 3.000,00 (vr.creditado)

A conta de Salrios (despesas) foi debitada, pois indica onde os recursos foram aplicados, a conta Caixa foi creditada indicando a origem para a aplicao dos recursos, com a reduo do Ativo. 7.3) Resultado As contas de Receitas e Despesas so contas de resultado. Caso as receitas obtidas superem as despesas incorridas, o Resultado do perodo contbil ser positivo, denominado de lucro, aumentando o Patrimnio Lquido. Se as Despesas forem maiores que as Receitas, este fato ocasiona um prejuzo que diminuir o Patrimnio Liquido. 7.4) Encerramento das Contas de Receitas e Despesas Toda empresa necessita fazer a apurao de resultados pelo menos uma vez por ano. O lucro ou prejuzo de um exerccio social est na dependncia do confronto das contas de Receitas e Despesas, e esse resultado lquido apurado na conta denominada Resultado ou Resultado do Exerccio. Para efeito de apurar o resultado da empresa, as contas de Receitas e Despesas so peridicas, isto , somente devero conter registros por um ano ou perodo menor, conforme a durao do perodo contbil, o que significa que todas as contas de Receitas e de Despesas devem possuir saldo zero no inicio de cada perodo contbil (ao contrrio das contas patrimoniais que acumulam seus saldos para os exerccios sociais seguintes). Para que isto ocorra, ao final de cada perodo contbil, ou trmino do Exerccio Social, deve-se proceder ao encerramento das contas de resultado, por meio dos lanamentos de encerramento. O encerramento das contas de Receitas realizado pela transferncia (dbito) de seus saldos credores para crdito da conta Resultado do Exerccio. As contas de Despesas so encerradas pela transferncia (crdito) de seus saldos devedores para dbito da conta Resultado do Exerccio.

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RECEITAS D - Receitas C - Resultado do Exerccio DESPESAS D - Resultado do Exerccio C - Despesas

7.5) Distribuio de Resultados Pelo exposto no item anterior, a conta Resultado do Exerccio recebe, por transferncia, a dbito o valor dos saldos das contas de Despesas e a crdito os saldos das contas de Receitas. Se o total dos crditos da conta Resultado do Exerccio for superior ao total dos dbitos, teremos um lucro; se, ao contrrio, o total dos dbitos superar o total dos crditos, chegaremos a um prejuzo. Ocorrendo LUCRO, seu saldo ser transferido para a conta LUCROS DO EXERCCIO (que figura no Patrimnio Liquido), e, ocorrendo PREJUZO, seu saldo ser transferido para a conta PREJUZOS DO EXERCCIO (que tambm figura no Patrimnio Lquido). Porm, salientamos que de acordo com a adoo da Lei n 11.638/07 que alterou a Lei n 6.404/76, algumas regras contbeis tiveram sensveis modificaes (as quais veremos durante o curso), sendo que uma delas a seguinte: 1) Caso ocorra a primeira situao, LUCRO, o valor do lucro obtido pela empresa dever ser transitrio na conta LUCROS DO EXERCICIO, sendo que num segundo momento, o valor total ou parcial dever ser convertido para a contra-partida de RESERVAS DE LUCROS (que tambm figura no Patrimnio Lquido). 2) Caso ocorra a segunda situao, PREJUIZO, o valor do prejuzo obtido pela empresa ir diretamente para a conta PREJUIZOS ACUMULADOS (que tambm figura no Patrimnio Lquido). Abaixo, ilustramos um Balano Patrimonial para melhor vizualizao da situao acima mencionada: BALANO PATRIMONIAL EM 31/12/2008ATIVO CAIXA BANCOS C/MOVIMENTO DUPLICATAS A PAGAR ESTOQUES(mercadorias) VEICULOS MAQ/EQUIPAMENTOS IMOVEIS PASSIVO FORNECEDORES(dpl a pagar) EMPRESTIMOS A PAGAR FINANCIAMENTOS A PAGAR PATRIMNIO LIQUIDO CAPITAL SOCIAL (-)CAPITAL A REALIZAR (+)RESERVAS DE CAPITAL (+)RESERVAS DE REAVALIAO (+)AJUSTE DE AVALIAO PATRIMONIAL (+)RESERVAS DE LUCROS (-)PREJUIZOS ACUMULADOS (+) Lucros do Exerccio (-)Prejuzos do Exercicio TOTAL DO PASSIVO

TOTAL DO ATIVO

8) Contas Sintticas e Contas Analticas As Contas Sintticas indicam um grupo de contas da mesma natureza, sendo que as Contas Analticas indicam uma subclassificao das Contas Sintticas, individualizando os registros. Exemplo de Contas Sintticas e Contas Analticas: CONTA SINTETICA BANCOS CONTA MOVIMENTO DUPLICATAS A RECEBER CONTA ANALITICA BANCO ITA S/A BANCO DO BRASIL S/A CAIXA ECONOMICA FEDERAL JMC COMERCIO LTDA METAL LEVE NDUSTRIA E COMERCIO LTDA COSTA E FREITE LTDA

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ESTOQUES

DUPLICATAS A PAGAR

PRODUTOS ACABADOS PRODUTOS EM ELABORAO MERCADORIAS MATERIA-PRIMA IBM DO BRASIL S/A MARCOS FREIRE REPRESENTAES LTDA INDUSTRIAS REUNIDAS LTDA

9) Apurao do Resultado do Exerccio / DRE 9.1) DRE Demonstrao do Resultado do Exerccio uma demonstrao obrigatria, conforme determina o art. 175 da Lei n. 6.404/76, alterada pela Lei 11.638/07. Como j vimos anteriormente, a funo econmica da Contabilidade apurar o resultado econmico, qual seja este lucro ou prejuzo - ou ainda uma situao nula. J vimos tambm que as contas de receitas, de despesas e custos so chamadas de contas de resultado, pois o saldo entre elas representa a situao econmica aps um exerccio financeiro, ou, um perodo contbil. Geralmente o exerccio financeiro coincide com o ano civil de doze meses (1 de janeiro a 31 de dezembro), mas a legislao permite que haja excees como, por exemplo, as empresas tributadas pelo lucro real que optam pela apurao trimestral do resultado (01/01 a 31/03) (01/04 a 30/06) (01/07 a 30/09) (01/10 a 31/12). Ademais, com base num balancete de verificao, possvel sabermos a situao econmica da entidade em um dado instante, conforme seja necessrio. O demonstrativo contbil que lista de maneira ordenada as contas de receitas e de despesas e custos chamase Demonstrao do Resultado de Exerccio (DRE). Neste demonstrativo constam apenas as contas de resultado com movimentao no perodo. Aps a apurao das contas de receitas, despesas e custos, os seus respectivos saldos so transferidos para uma conta transitria chamada de Resultado do Exerccio. Mais adiante, trataremos especificamente sobre a Demonstrao do Resultado do Exerccio. Neste momento, iremos mostrar como apurar o resultado do exerccio de maneira simplificada, sem necessidade da DRE. 9.2) Apurao Simplificada Para se fazer a apurao simplificada do resultado pertinente seguir um roteiro de procedimentos contbeis que permitir chegar a tal resultado. Vejamos esse roteiro: 1 Passo Levantamento do Balancete: O levantamento do Balancete a partir dos saldos do Livro Razo o primeiro passo para se chegar ao resultado do perodo; no balancete onde iro constar as contas de resultado a serem zeradas em contrapartida com a conta de resultado do exerccio. 2 Passo Lanamentos contbeis: Efetuar os lanamentos que transferem os saldos das contas de receitas, despesas e dos custos para a conta transitria Apurao do Resultado do Exerccio, ou simplesmente Resultado do Exerccio. Ao contrrio do que feito via de regra, na transferncia dos saldos das receitas e das despesas devemos creditar as despesas e debitar as receitas; em ambos os casos em contrapartida com a conta de resultado: Vejamos: a) Encerramento de uma conta de despesa: D Resultado do Exerccio C Conta de Despesa b) Encerramento de uma conta de receita: D Conta de Receita C Resultado do Exerccio c) Encerramento de uma conta de custos D Resultado do Exerccio C Conta de custos 3 Passo Levantar o saldo da conta transitria Resultado do Exerccio: A conta Resultado do Exerccio s movimentada quando da ocasio da apurao do resultado do perodo. Aps receber os saldos das contas de receitas, despesas e Custos, a conta Resultado do Exerccio apresentar as seguintes possibilidades: Saldo credor Lucro Saldo devedor Prejuzo Saldo nulo Situao Nula 4 Passo Transferir o saldo da conta transitria: Proceder a transferncia do saldo da conta transitria Resultado do Exerccio (conta de resultado) para conta Lucros do Exerccio, ou Prejuzos do Exerccio.

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Dependendo do saldo da conta de resultado do exerccio, teremos duas possibilidades de lanamento para a transferncia de seu saldo para a conta patrimonial Lucros do Exerccio ou Prejuzos do Exerccio, vejamos: Lucro (saldo credor) D Resultado do Exerccio C Lucros do Exerccio Prejuzo (saldo devedor) D Prejuzos do Exercicio C Resultado do Exerccio 5 Passo -> Levantar o Balano Patrimonial: O ultimo passo consiste na elaborao do Balano Patrimonial, onde constar o resultado, j apurado, do exerccio na conta patrimonial Reservas de Lucros ou Prejuzos Acumulados. Por questes didticas, por enquanto trabalharemos com um balano patrimonial simplificado, mais adiante em nosso curso trataremos detalhadamente do Balano Patrimonial. 9.3) Caso Prtico Com base nos saldos abaixo, extrados do Livro Razo da Empresa Curso de Contabilidade Ltda em 31 de dezembro de 2009, vamos proceder apurao simplificada do resultado: Sigamos os passos descritos anteriormente para soluo do nosso caso prtico: 1- Levantamento do Balancete de Verificao do perodo: Observando os dados da tabela acima, podemos Identificar os respectivos saldos de cada uma das contas para montar o balancete da Empresa Curso de Contabilidade Ltda em 31 de dezembro de 2009. CONTA Caixa Bancos Duplicatas a receber Estoques Mveis e utensilios Veculos Gastos c/ implantao Fornecedores (pc) Emprstimos (pc) Capital Social Salrios Aluguis gua (demae) Energia Eltrica (cemig) Materiais de escritorio Honorrios Impostos e taxas Receita de vendas Receita de servios TOTAL SALDO 180.000,00 120.000,00 50.000,00 10.000,00 30.000,00 80.000,00 25.000,00 40.000,00 10.000,00 224.000,00 60.000,00 12.000,00 6.000,00 12.000,00 24.000,00 2.000,00 13.000,00 150.000,00 200.000,00 1.248.000,00

Vale observar que existem contas patrimoniais e contas de resultado (receitas e despesas ou custos), e todas elas devero fazer parte do balancete essa uma caracterstica singular do balancete de verificao. Balancete da empresa Curso de Contabilidade Ltda em 31 de dezembro de 2009 CONTA Caixa Bancos Duplicatas a Receber Estoques SALDO DEVEDOR 180.000,00 120.000,00 50.000,00 10.000,00 SALDO CREDOR

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Mveis e utensilios Veculos Gastos c/ implantao Fornecedores (pc) Emprstimos (pc) Capital Social Salrios Aluguis gua (demae) Energia Eltrica (cemig) Materiais de escritrio Honorrios Impostos e taxas Receita de vendas Receita de servios TOTAL

30.000,00 80.000,00 25.000,00 40.000,00 10.000,00 224.000,00 60.000,00 12.000,00 6.000,00 12.000,00 24.000,00 2.000,00 13.000,00 624.000,00 150.000,00 200.000,00 624.000,00

2 - Transferncia dos saldos das receitas e das despesas ou custos para a conta transitria Resultado do Exerccio: D Resultado do exerccio C Salrios....................................................... R$ 60.000,00 D Resultado do Exerccio C Aluguis..................................................... R$ 12.000,00

D Resultado do Exerccio C gua (Demae)............................................ R$ 6.000,00 D Resultado do Exerccio C En. Eltrica (cemig)................................... D Resultado do Exerccio C Materiais de escritrio............................... D Resultado do Exerccio C Honorrios................................................. D Resultado do Exerccio C Impostos e taxas........................................ D Receita de vendas C Resultado do Exerccio............................. D Receita de servios C Resultado do Exerccio............................. R$ 12.000,00 R$ 24.000,00 R$ 2.000,00 R$ 13.000,00 R$ 150.000,00 R$ 200.000,00

pertinente observar que foram creditadas todas as despesas e debitadas todas as receitas, ao contrrio do que feito durante todo o exerccio. Isso faz com que a conta resultado do exerccio mostre de forma consolidada os saldos antes credores nas receitas e devedores nas despesas. 3 - Levantamento do saldo da conta transitria Resultado do Exerccio: Vejamos o razonete dessa conta aps a transferncia dos saldos de despesas e de receitas: RESULTADO DO EXERCICIO R$60.000,00 R$150.000,00

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R$12.000,00 R$6.000,00 R$12.000,00 R$24.000,00 R$2.000,00 R$13.000,00

R$200.000,00

R$221.000,00 Observamos um saldo credor, o que representa que o total das receitas foi superior ao total das despesas do perodo. Nesse caso temos um resultado positivo (LUCRO) 4 - Transferncia do saldo da conta Resultado do Exerccio para a conta patrimonial Lucros ou prejuzos acumulados: No nosso caso prtico, como houve um resultado positivo (LUCRO), devemos transferir o saldo da conta de resultado Apurao do Resultado do Exerccio para a conta patrimonial Lucros do Exerccio. Vejamos o lanamento: D Resultado do Exerccio C Lucros do Exerccio R$ 221.000,00 Se o resultado do perodo fosse negativo (prejuzo), o lanamento acima seria feito a dbito da conta Prejuzos do Exerccio e a crdito da conta Resultado do Exerccio. D- Prejuzo do Exerccio C- Resultado do Exerccio 5 - Levantamento do Balano Patrimonial Vejamos agora como fica o balano patrimonial simplificado aps a apurao do resultado do exerccio da empresa Curso de Contabilidade Ltda. Balano Patrimonial levantado em 31/12/2009 ATIVO CIRCULANTE Caixa Bancos Dpl Receber Estoques ATIVO NO CIRCULANTE IMOBILIZADO Veculos Mveis e utenslios INTANGIVEL Gastos c/implantao ATIVO TOTAL 360.000,00 180.000,00 120.000,00 50.000,00 10.000,00 135.000,00 80.000,00 30.000,00 25.000,00 495.000,00 PASSIVO TOTAL 495.000,00 PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores Emprstimos PL Capital Social Lucros do Exerccio 50.000,00 40.000,00 10.000,00 445.000,00 224.000,00 221.000,00

Observe que o resultado do exerccio aparece agora incorporado ao Patrimnio Lquido da empresa Curso de Contabilidade Ltda atravs da conta patrimonial Lucros do Exerccio.

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EXERCCIOS PARA FIXAO Em cada uma das questes seguintes, marque a nica alternativa correta: 01 - Na apurao do resultado do exerccio: (a) as contas patrimoniais so modificadas (b) as contas de despesas so debitadas (c) as contas de receita so creditadas (d) o Patrimnio Lquido aumenta (e) as contas de resultado so zeradas 02 - Considere os itens abaixo: (A) Receitas so sempre creditadas e despesas so sempre debitadas (B) A conta Resultado do Exerccio conta patrimonial que evidencia lucro (C) A Conta Resultado do Exerccio conta transitria de resultado (D) Quando da apurao do resultado, debitam-se as receitas e creditam-se as despesas, em contrapartida com a conta transitria Resultado do Exerccio (E) Apurar o resultado do exerccio significa apurar o resultado econmico. O nmero de itens corretos : ( ) um ( ) dois ( ) trs ( ) quatro ( ) cinco. 03 - Dadas as contas e saldos abaixo: O valor do Capital Prprio igual a: Estoque (Mercadorias) R$ 4.500,00 Mveis e utenslios R$ 2.750,00 Estoque de material de consumo R$800,00 Capital social R$ 3.400,00 Contas a pagar R$ 4.250,00 Alugueis ativos R$ 1.700,00 Duplicatas a receber R$ 1.250,00 Juros passivos R$ 1.150,00 Impostos a recolher R$ 1.350,00 Prejuzos acumulados R$ 250,00 (a) R$ 3.150,00 (b) R$ 3.700,00 (c) R$ 3.950,00 (d) R$ 10.700,00 (e) R$ 21.400,00 04 - Quando da apurao do resultado do exerccio, pode-se dizer que h um resultado deficitrio quando: (a) existir a conta prejuzos acumulados. (b) no existir a conta lucros do exerccio. (c) receitas e despesas forem equivalentes em seus valores totais. (d) a conta transitria Resultado do Exerccio apresentar saldo devedor. (e) a conta transitria Resultado do Exerccio apresentar saldo credor. 05- Com base nos dados abaixo respondas s questes que se seguem: Capital Social R$ 60.000,00 Duplicatas a Receber (AC) R$ 10.000,00 Financiamentos (PC) R$ 3.000,00 Marcas e Patentes R$ 500,00 Reserva de Lucros R$ 1.000,00 Prejuzos acumulados R$ (1.500,00)

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Caixa Total das receitas Total das despesas Fornecedores (PC) TOTAL

R$ 5.000,00 R$ 30.000,00 R$ 80.000,00 R$ 3.000,00 R$ 191.000,00

5.1- O saldo da conta Resultado do Exerccio: a) credor de R$ 50.000,00 b) mostra um prejuzo de R$ 80.000,00 c) devedor de R$ 50.000,00 d) mostra um lucro de R$ 30.000,00 e) mostra um prejuzo de R$ 110.000,00 5.2- O lanamento de encerramento ser: (A) D - Lucros do exerccio C - Resultado do exerccio R$50.000,00 (B) D - Resultado do exerccio C - Lucros do exerccio R$50.000,00 (C) D - Prejuzos do exerccio C - Resultado do exerccio R$80.000,00 (D) D - Prejuzos do exerccio C - Resultado do exerccio R$50.000,00 (E) D - Lucros do exerccio C - Resultado do exerccio R$80.000,00 10)PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE (PFC) 10.1) Conceito No Brasil, desde que a lei 6.404/76 o incluiu como matria legislativa a ser observada pelos agentes do mercado de capitais, os princpios so objeto de regulamentao dos rgos reguladores oficiais. O Conselho Federal de Contabilidade definiu uma primeira verso em 1981, seguida pela Comisso de Valores Mobilirios (CVM) que emitiu uma deliberao em 1986, classificando-os em postulados, princpios propriamente ditos e convenes. Em 1993, atravs da Resoluo CFC 750/93, ambas as entidades acordaram em declarar "Os princpios fundamentais da Contabilidade", o que no significa que so mais importantes do que os outros ou que existam somente os 7 (sete) definidos pela norma profissional citada. Os Princpios Fundamentais de Contabilidade devem ser obrigatoriamente observados no exerccio da profisso contbil e constitui condio de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Alm disso, na aplicao dos Princpios Fundamentais de Contabilidade situaes concretas, a essncia das transaes deve prevalecer sobre seus aspectos formais. A Resoluo do CFC n 750/93, como j dito, define os Princpios, que esto revestidos de universalidade e generalidade, elementos que caracterizam o conhecimento cientfico, justamente com a certeza, o mtodo e a busca das causas primeiras. Os Princpios Fundamentais de Contabilidade so: Entidade Continuidade Oportunidade - Registro pelo valor original - Atualizao monetria Competncia Prudncia. Em resumo, os PFC so regras (de nvel mundial), devidamente adaptados no Brasil, a serem seguidas pelos profissionais da rea contbil, permitindo aos usurios fixar padres de comparao e de credibilidade em funo do reconhecimento dos critrios adotados para a elaborao das demonstraes financeiras, aumentando a utilidade dos dados fornecidos e facilitando a adequada interpretao entre empresas do mesmo setor. So duas as condies bsicas para que um princpio supere a fase de tentativa e se transforme em aceito, portanto incorporado doutrina e prtica contbeis. A) deve ser considerado praticvel e objetivo pelo consenso profissional (deve ter contudo que seja possvel um profissional da contabilidade absorver e colocar em prtica, assim como tem que ter um objetivo); e B) deve ser considerado til (tem que ter utilidade para o contabilista).

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10.2) Tipos de Princpios Fundamentais de Contabilidade-PFC 10.2.1)Principio da Entidade Este Princpio pressupe que a Contabilidade executada e mantida para as entidades como pessoas completamente distintas das pessoas fsicas (ou jurdicas) dos scios. Reconhece o Patrimnio como objetivo da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciao de um patrimnio particular no universo dos patrimnios existentes, independente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituio de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqncia, nesta acepo, o patrimnio no se confunde com aqueles dos seus scios ou proprietrios, no caso de sociedade ou instituio (Ex: um scio de uma empresa que paga a compra de um carro que ele deu para sua esposa com o dinheiro da empresa, lanando este determinado valor como despesa da empresa. Neste caso, ele deveria lanar este valor como retirada ou distribuio de lucros). 10.2.2) Principio da Continuidade O Principio da Continuidade ou no da Entidade, bem como sua vida definida ou provvel, deve ser considerado quando da classificao e avaliao das mutaes patrimoniais, quantitativas e qualitativas. Influencia o valor econmico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extino da Entidade tem prazo, previsto ou previsvel. Citamos a seguir algumas causas para ocorrer este Princpio: A)Modificaes da conjuntura econmica provocando a queda de poder econmico da populao, que por sua vez provoca reduo no consumo de bens e servios; B)Mudanas na poltica governamental, influenciando diretamente o volume das exportaes, com efeito direto nos nveis de produo de determinadas empresas (Ex: uma pequena empresa que fabrica peas para uma exportadora. Neste caso. Alm da exportadora entrar em processo de crise, a pequena empresa tambm estar com problemas sendo que ela somente prestava servios exportadora (efeito cascata); C)Problemas internos das prprias empresas, como por exemplo, envelhecimento tecnolgico dos seus processos ou produtos, falta de capital, e outras condies que levem a empresa a perder competitividade, sendo gradativamente alijada (retirada/excluda) do mercado. A situao limite na aplicao do Principio da Continuidade aquela em que h a completa cessao das atividades da empresa. Nesta situao, determinados Ativos, como por exemplo, estoques de materiais e produtos, podem ter seu valor modificado substancialmente (quando uma est fechando suas portas, geralmente ela negocia seus ativos por preos abaixo do mercado). 10.2.3) Principio da Oportunidade Refere-se, simultaneamente, tempestividade e integridade do registro do patrimnio e das suas mutaes, determinando que este seja feito de imediato e com a extenso correta, independentemente das causas que as originaram (Ex: observar o registro das variaes patrimoniais quando existir certeza de que elas existem. Valorizao de um imvel adquirido pela empresa que se valorizou, e, naturalmente o se valor patrimonial dentro da empresa tambm). 10.2.4) Principio do Registro pelo Valor Original Define que os componentes do patrimnio devem ser registrados pelos valores originais das transaes com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do pas, que sero mantidos na avaliao das variaes patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregaes ou decomposies no interior da Entidade (Ex: um bem adquirido no exterior pela empresa que veio com va