506174 Apostila Contabilidade Geral i

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    CONTABILIDADE GERAL I

    Docente: Ms JAIR ANTONIO FAGUNDES

    Discente:....................................................................

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    A GESTO...............................................................................................................................................................3REGIMES CONTBEIS: ........................................................................................................................................4

    a) O Regime de caixa: ...........................................................................................................................................4.............................................................................................................................................................................4

    b) O regime de competncia ..................................................................................................................... ......... .6O PLANO DE CONTAS.......................................................................................................................................... 8

    TCNICA DE ELABORAO DO PLANO DE CONTAS. ........ ...... .....81.- ATIVO: ....................................................................................................................................... ........ .....102.- PASSIVO: ........................................................................................................................................ ........ ..113 - RESULTADO DO PERIODO: ........................................................................................................... .......11

    a) OS LIVROS UTILIZADOS NA CONTABILIDADE....................................................................................... 19O DIRIO..........................................................................................................................................................19

    O LIVRO RAZO..............................................................................................................................................20O LIVRO CAIXA ....................................................................................................................................... ........21

    O LIVRO CAIXA E O IMPOSTO DE RENDA............................................................................................21TRATAMENTO CONTABIL/TRIBUTRIO DAS OPERAES COM MERCADORIAS.............................. 27

    a) CONTABILIZAO DAS ENTRADAS DE MERCADORIAS.................................................................27

    EMPRESAS COMERCIAIS......................................................................................................................... 27EMPRESAS INDUSTRIAIS. ..................................................................................................................... ...28COMPRA DE BENS ATRAVS DE CONSRCIOS.................................................................................. 32

    A AVALIAO DOS ESTOQUES E O CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS ......................................34O INVENTRIO PERMANENTE....................................................................................................................41A AVALIAO DOS ESTOQUES E AS DISPOSIES DO DECRETO-LEI N. 1.598/77. .........................42

    O CAPITAL PRPRIO OU PATRIMNIO LIQUIDO ................................................................................... ......43O CAPITAL SOCIAL (OU INDIVIDUAL). ................................................................................................... ..43RESERVAS .............................................................................................................................................. ........ ..44LUCROS ACUMULADOS................................................................................................................................ 47

    A DEPRECIAO.................................................................................................................................................48MTODOS DE DEPRECIAO ......................................................................................................................50APRESENTAO DAS DEPRECIAES NO BALANO PATRIMONIAL...............................................57BAIXA DE BENS DO ATIVO IMOBILIZADO ................................................................................................58

    ...........................................................................................................................................................................58ESTRUTURA DAS DEMONSTRAES CONTBEIS.....................................................................................61

    RELATRIOS CONTBEIS .............................................................................................................................61O BALANO PATRIMONIAL ..........................................................................................................................62

    - O ATIVO .......................................................................................................................................................642 - PASSIVO .......................................................................................................................................... .........723 - Patrimnio Lquido ...................................................................................................................................75

    DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO .................................................................. ........ .....79DEMONSTRAO DAS ORIGENS E APLICAES DE RECURSOS....................................................... 85DEMONSTRAO DOS LUCROS OU PREJUZOS ACUMULADOS.........................................................88DEMONSTRAO DAS MUTAES DO PATRIMNIO LQUIDO ........................................... ...............89

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    CAPITULO I

    A GESTO.

    At este ponto vimos considerando o patrimnio num determinado momento de seuprocesso evolutivo. Na verdade, patrimnio esttico no existe. Herrmann Junior, j afirmavaque "a situao patrimonial, revelada pelo balano, no fim de cada exerccio, corresponde a uminstantneo apanhado das operaes em marcha."

    As empresas iniciam-se com uma dotao em dinheiro que aplicada em meioseconmicos e servios para serem, posteriormente, reconvertidos em dinheiro que voltar a seraplicado e assim sucessivamente, at o trmino de sua existncia; quando seu capital serreduzido sua expresso inicial, que o dinheiro. A diferena entre o que a empresa possuano incio de suas atividades e o que ela apurou no final de sua existncia vai indicar o resultadode suas atividades, o resultado de sua gesto.

    A gesto o conjunto de operaes que visam diretamente alcanar os objetivos quea empresa se props. A gesto desenvolve-se atravs das aes dos rgos da empresa; aesvoltadas obteno dos fins colimados pela empresa e que, geralmente se resumem naobteno de lucros.

    No obstante ser nica a gesto, iremos apreci-la sob dois aspectos ou momentosdistintos: o econmico e o financeiro. Da falar-se em gesto econmica e gesto financeira.

    A gesto financeira desenvolve-se em entradas e sadas de dinheiro (monetrias) etende a assegurar o equilbrio financeiro indispensvel a qualquer empresa. A gestoeconmica relaciona-se com a formao dos rditos (resultados), sua distribuio ou aplicao.

    Entre as entradas e sadas de numerrio - fenmenos financeiros - e os ingressos ecustos - fenmenos econmicos - existem correlaes que se manifestam de forma direta eimediata. No pois possvel traar uma linha separando a gesto financeira da gesto

    econmica.

    Os fenmenos econmicos prprios de cada empresa processam-se de formaininterrupta na busca da formao do resultado por ela visado. A formao das receitas e dasdespesas um fenmeno contnuo, sem interrupo. A gesto no se interrompe por ocasiodo encerramento do balano.

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    evidente que uma empresa no pode aguardar at o encerramento de suasatividades para apurar o resultado verificado nas suas transaes. Em conseqncia, adotou-se,

    por imperiosa necessidade dos proprietrios da empresa, que necessitam analisarperiodicamente as atividades de sua gesto, e por imposio legal, para que os agentes dogoverno possam apurar o montante dos tributos devidos, a diviso da vida da empresa (gesto)em unidades de tempo de igual durao chamados de "exerccio financeiro"

    A unidade de tempo em que se divide a existncia - a gesto - das empresas paraapurao parcelada dos resultados denomina-se, pois, "exerccio financeiro". A escolha daunidade de tempo a ser adotada como exerccio financeiro deveria decorrer de critriototalmente convencional e de exclusivo interesse da empresa. Hoje, no Brasil, por imposiode norma legal, o exerccio financeiro coincide com o ano-calendrio para as empresas de

    pequeno e mdio porte; j as empresas de maior porte (as que recolhem o imposto de rendapelo lucro real), esto obrigadas a encerrar mensalmente seus balanos o que implica em dizer

    que o exerccio financeiro fiscal para estas empresas equivale a um ms.A diviso da gesto em exerccios financeiros, para os efeitos de apurao peridica

    dos resultados, trouxe, por via de conseqncia, o surgimento de vrios problemas que acontabilidade teve de enfrentar e resolver, especialmente em relao aos fatos ainda em

    processo de formao por ocasio do trmino do exerccio financeiro.

    Um dos problemas enfrentados consiste em decidir-se se as receitas e as despesas emformao devem ser imputadas ao exerccio em que so formadas ou ao exerccio em quesejam pagas ou recebidas, respectivamente.

    REGIMES CONTBEIS:

    a) O Regime de caixa:

    A soluo mais simples est consagrada no chamado Regime de caixa. No regime de caixa asreceitas e as despesas so imputadas ao exerccio em que os valores tenham sido recebidos ou

    pagos, no importa o perodo a que correspondam.

    Exemplo:

    A assinatura anual de uma revista tcnica, paga em maro de 19x1, seria consideradacomo despesa ao ms de maro. No importa que seja recebida mensalmente, de maro de19x1 a fevereiro de 19x2.

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    Os ordenados relativos ao ms de maro de 19x1, so pagos no dia 5 de abril. Peloregime de caixa a despesa relativa ao ordenados s ser contabilizada no dia 5 de abril.

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    ASSINATURA DE REVISTAS TCNICAS Mercado de Capitais Maro 19x1 a fev. 19x2 1.200,00a CAIXA

    Mercado de Capitais Recibo 7.452 1.200,00

    ORDENADOS Folha de pagamento maro 19x1 15.000,00a BANCOS

    Cheques nr. 37224 a 37240 15.000,00

    b) O regime de competncia

    Pelo regime de competncia, as receitas e despesas so consideradas como encargos doexerccio em que se formam, independentemente do fato de seu pagamento ter ocorrido nomesmo ou em outro exerccio.

    No caso da assinatura anual da revista, o pagamento da assinatura seria normalmenteregistrado conforme segue:

    ASSINATURA DE REV. TCN. A APROPRIARMercado de Capitais Maro 19x1 / fevereiro 19x2 1.200,00

    a CAIXA ou BANCOS Mercado de Capitais Recibo 7.452 1.200,00

    Mensalmente, a parcela da despesa que corresponde a cada ms desta assinatura, serapropriada com o lanamento a seguir:

    ASSINAT. DE REVISTAS TCNICAS (Despesas) Parcela apropriada relativa ao ms de maro 19x1 100,00

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    a ASSINAT. DE REVISTAS TCNICAS A APROPR. Valor apropriado maro 19x1 100,00

    No caso dos salrios de maro e que s viro a ser pagos no dia 5 de abril; o primeirolanamento a ser feito corresponde ao registro da despesa com a concomitante formao dadvida:

    ORDENADOS (Despesa) Folha de pagto relativo maro 30.000,00a ORDENADOS A PAGAR(Passivo Circ.) Valor da folha de maro 19x1 30.000,00

    No dia 5 de abril, com o pagamento dos ordenados faz-se o registro da baixa daobrigao e da concomitante sada de numerrio:

    ORDENADOS A PAGAR(Passivo Circ.) Pagamento folha de maro 19x1 30.000,00a CAIXA ou BANCOS Folha de pagamento de maro 19x1 30.000,00

    CAPITULO II.

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    O PLANO DE CONTAS.

    O Plano de Contas a estrutura sobre a qual se constri e elabora a escriturao, coma finalidade de mant-la ordenada de forma a obter, de maneira clara e objetiva, os dois

    instrumentos informativos mais importantes da contabilidade: O Balano Patrimonial e aDemonstrao do Resultado do Exerccio.

    Em outras palavras, o plano de contas deve ser planejado com a mesma estrutura doBalano Patrimonial e da Demonstrao do Resultado do Exerccio.

    O Plano de Contas deve ser to detalhado quanto seja o interesse da empresa eminformaes detalhadas; inexistem regras que estabeleam o nmero mximo ou o nmeromnimo de contas que deve conter um plano de contas. preciso que se saiba, todavia, que o

    plano de contas deve ser suficientemente elstico afim de permitir a incluso de novas contas,sempre que elas se fizerem necessrias. Repetimos, o grau de detalhamento do plano decontas varia segundo o interesse do contador e da empresa levando em considerao, sempre,a necessidade de registrar todas as ocorrncias na vida de uma empresa.

    TCNICA DE ELABORAO DO PLANO DE CONTAS.

    O Plano de contas deve possuir contas em nmero suficiente para registrar todos osvalores positivos, todos os valores negativos, todos os ingressos e todas as despesas de formadetalhada a fim de no ocorrerem confuses.

    Na preparao do Plano de Contas deve-se iniciar do grupo maior para os gruposmenores - do geral para o particular.

    Assim, podemos dizer que o nosso plano de contas pode se dividir em quatro grandesgrupos;

    a) CONTAS PATRIMONIAIS: 1.- ATIVO2.- PASSIVO e PATRIMONIO LQUIDO

    b) CONTAS DE RESULTADO; 3.- RECEITAS4.- DESPESAS

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    Ou, visando a elaborao da demonstrao do resultado do exerccio, em apenas trs:

    1. ATIVO;

    2. PASSIVO e PATRIMNIO LIQUIDO3. CONTAS DE RESULTADO.

    Este ltimo ser o sistema que usaremos em aula.

    A codificao do plano de contasInexistem regras estabelecidas sobre a forma de codificar o plano de contas. Como, porm os

    nmeros oferecem uma maior facilidade de ordenamento, geralmente adota-se um cdigonumrico.

    Adotado o cdigo numrico, as contas de primeiro grau sero designadas pelosseguintes dgitos:

    1, designando as contas do ATIVO2, designando as do PASSIVO e do PATRIMONIO LIQUIDO3 designando as CONTAS DE RESULTADO

    Assim, para buscarmos uma conta representativa de um bem ou direito (uma contaativa) procuraremos uma cujo dgito codificador inicial seja "1"; quando quisermos uma contarepresentativa de uma obrigao (uma conta passiva) ou uma conta que represente uma partedo patrimnio lquido procuraremos uma conta cujo dgito inicial seja "2", j as contas deresultado sero procuradas pelo dgito 3, indicativo do grupo a que pertencem.

    O grau das contas -O sistema de graduao das contas funciona como se fosse uma rvore (ou melhor, trs

    rvores), uma para o ativo, uma para o passivo e outra para as contas de resultado.As contas de primeiro grau representam os agrupamentos principais:

    1. ATIVO:Agrupando todas as contas que representam bens ou direitos da empresa;

    2. PASSIVO:

    Agrupando todas as contas que representam as obrigaes da empresa e ocapital prprio (Patrimnio lquido);

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    3.- CONTAS DE RESULTADO:.Agrupando as contas de resultado. Seu saldo representa uma receita, umingresso, um lucro, quando credor, ou uma despesa, um gasto, uma perda,quando devedor.

    As contas de segundo grau so aquelas que representam o agrupamento de contas emque se divide o ativo, o passivo e as contas de resultado, com o mesmo ordenamento em que feita a apresentao das demonstraes contbeis; assim, teremos dentro do ativo, os seguintesgrandes grupos:

    1.- ATIVO:

    1.1 -ATIVO CIRCULANTE -Este grupo agrega as contas que representam os valores disponveis em caixa,em bancos, os valores a receber at a data do prximo balano, os estoques e asdespesas pagas antecipadamente e que influenciaro os resultados do exerccioseguinte. Este grupo pode ser dividido em outros subgrupos de acordo com asnecessidades e convenincias.

    1.2 -ATIVO REALIZAVEL A LONGO PRAZO -Este grupo agrega as contas que representam os valores a receber (0s direitos)que s venham a vencer aps o balano seguinte.

    1.3 - ATIVO PERMANENTE Neste grupo agregam-se as contasrepresentativas dos bens adquiridos com carter permanente, adquiridos com ainteno de us-los, sem a inteno de revend-los. Este grupo se divide em trsoutros grupos distintos:

    1.3.01 INVESTIMENTOS -Agrupa as contas que representam as aplicaes de recursosfinanceiros em outras empresas ou em bens que no mantenhamrelao com a atividade objeto da empresa;

    1.3.02 IMOBILIZAES Aqui se agrupam as contas querepresentam as aplicaes de recursos financeiros que visam amanuteno da atividade objeto da empresa e a s respectivas contasde regularizao.

    1.3.03 DIFERIDO -Este o grupo que agrega as contas que representam as despesas queinfluenciaro o resultado de vrios exerccios futuros, tais como:

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    despesas pr-operacionaisbenfeitorias em imveis de terceiros.

    2.- PASSIVO:

    2.1 - PASSIVO CIRCULANTE -Rene as contas representativas das obrigaes da empresa, vencveis nodecurso do exerccio seguinte (antes do prximo balano);

    2.2 - PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO - Agrupa as contas querepresentam as obrigaes que tiverem seu vencimento aps o decurso doexerccio seguinte (aps o prximo balano)

    2.3 - RESULTADO DE EXERCICIOS FUTUROS -Neste grupo so reunidas as contas que representam as receitas e despesasrelativas a obras cujo ciclo operacional seja superior a um ano. Ex.: aconstruo de um edifcio; etc..Este grupo no ser utilizado em nosso exerccio.

    2.4 - PATRIMNIO LIQUIDO -Este grupo de contas representa o patrimnio lquido da empresa, formado

    pelo seu capital social, suas reservas e lucros ou prejuzos acumulados.

    3 - RESULTADO DO PERIODO:

    Este o grupo que agrega as contas de toda natureza que representem ingressos,receitas ou lucros de um lado e, de outro, as contas que representam custos, despesas ouperdas

    3.1 - RECEITA BRUTA - Rene as contas que representam a receita brutadas vendas de mercadorias, de mercadorias e servios, ou apenas deservios;

    3.2 - ABATIMENTOS DA RECEITA BRUTA - Rene as contas querepresentam as vendas anuladas, os descontos incondicionais e os impostosincidentes sobre as vendas, dos quais o comerciante mero repassador(ICMS, PIS e COFINS).

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    3.3 - CUSTO DAS VENDAS - Neste grupo se renem as contas utilizadasna apurao do Custo das mercadorias vendidas: Mercadorias estoque (EI);

    Compras vista; Compras a prazo; Fretes sobre compras e Devoluo decompras.3.4 - DESPESAS OPERACIONAIS -Todas as despesas necessrias atividade geral da empresa, tendo em vista ofim a que ela se prope.Este grupo, geralmente, dividido em subgrupos de acordo com o interesseda empresa. (Despesas com vendas, Despesas administrativas, DespesasFinanceira, etc.)

    3.5 - RECEITAS NAO OPERACIONAIS -So as receitas que no mantm vinculao com a atividade objeto daempresa. A receita apurada na venda de um bem do ativo imobilizado umexemplo de receita no operacional.

    3.6 - DESPESAS NO OPERACIONAIS - Despesas que no mantmvinculao com a atividade a que a empresa se props. A baixa, pelo valorcontbil , de bem do ativo permanente alienado.

    Os lanamentos sero sempre feitos nas contas de 5 grau, este registro serautomaticamente transferido para as contas de 4. da para as de 3. grau, destas para as contasde 2. grau e destas para as de l. grau. A representao grfica abaixo ilustra esta afirmao.

    ========================================================================

    I GRAU^ < II GRAU

    ^ < III GRAU

    ^ < IV GRAU

    ^ < V GRAU

    COD. DA CONTA COD RED TITULO DA CONTA GRAU----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1 19 ATIVO 1

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    1.1 27 ATIVO CIRCULANTE 21.1.01 35 DISPONIBILIDADES 31.1.01.001 43 CAIXA GERAL 41.1.01.001.0001 51 Caixa matriz 51.1.01.001.0002 60 Caixa filial 5

    1.1.01.002 78 BANCOS C/MOVIMENTO 41.1.01.002.0001 94 B do Brasil S/A 51.1.01.002.0002 108 Bradesco S/A 51.1.01.003 116 APLIC.LIQUIDEZ IMED. 41.1.01.003.0001 124 Bco. Real S/A 51.1.01.003.0002 132 Bco. Itau S/A 51.1.02 140 DIREITOS REAL.A C.PRAZO 31.1.02.001 159 CLIENTES 41.1.02.001.0001 167 Alvaro Dias 51.1.02.001.0002 175 Bernardo Souto 51.1.02.001.0003 183 Carlos Borba 51.1.02.001.0004 191 Dcio Constante 51.1.02.001.0005 205 Edvino Soares 51.1.02.001.0006 213 Fernando Salvio 51.1.02.001.0007 221 Guilherme Souto 51.1.02.001.0008 230 Ildefonso Camargo 51.1.02.001.0009 248 Henrique Costa 51.1.02.001.0010 256 Jos Souto 51.1.02.002 264 VALORES DESCONTADOS 41.1.02.002.0001 272 (-) Ttulos descontados 51.1.02.002.0002 280 ... 51.1.02.003 2991.1.02.003.0001 3021.1.02.004 310 VALORES A RECUPERAR 41.1.02.004.0001 329 ICMS a recuperar 51.1.02.004.0002 337 Adiant. a funcionrios 51.1.02.004.0003 345 Depsitos judiciais 5

    1.1.02.004.0004 353 IR recupervel 51.1.02.005 361 ESTOQUES 41.1.02.005.0001 370 Mercadorias 51.1.02.006 388 DESP. DO EXERC. SEGUINTE 41.1.02.006.0001 396 Seguros antecipados 51.2 400 ATIVO REALIZ. A LONGO PRAZO 21.2.01 418 CREDITOS E VALORES 31.2.01.001 426 CONTAS A RECEBER 41.2.01.001.0001 434 A. Couto 51.3 442 ATIVO PERMANENTE 21.3.01 450 INVESTIMENTOS 31.3.01.001 469 PARTICIP.EM OUTRAS EMPRESAS 41.3.01.001.0001 477 Frigovale S/A 51.3.01.001.0002 485 Curtisinos S/A 51.3.02 493 IMOBILIZAES 31.3.02.001 507 VALOR ORIGINAL CORRIGIDO 41.3.02.001.0001 515 Terrenos 51.3.02.001.0002 523 Mveis e Utenslios 51.3.02.001.0003 531 Veculos 51.3.02.001.0004 540 Mquinas e equipamentos 51.3.02.002 558 DEPRECIAES ACUMULADAS 41.3.02.002.0001 566 (-) Depr.acum. Mv. Utenslios 51.3.02.002.0002 574 (-) Depr.acum. veculos 51.3.02.002.0003 582 (-) Depr.acum. mq.e equip. 51.3.03 590 DIFERIDO 31.3.03.001 604 DESPESAS DE EXERC. FUTUROS 41.3.03.001.0001 612 Desp. Pr-operacionais 5

    1.3.03.002 620 AMORTIZAOES ACUMULADAS 41.3.03.002.0001 639 (-) Amort.Acum. Desp.Pr-oper. 5

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    2 647 PASSIVO 12.1 655 PASSIVO CIRCULANTE 22.1.01 663 EXIGIVEL A CURTO PRAZO 32.1.01.001 671 BANCOS C/EMPRSTIMOS 42.1.01.001.0001 680 B Brasil S/A 5

    2.1.01.001.0002 698 Bradesco S/A 52.1.01.002 701 FORNECEDORES 42.1.01.002.0001 710 A & Souza Ltda 52.1.01.002.0002 728 B & Campos Ltda 52.1.01.002.0003 736 C & Camargo 52.1.01.002.0004 744 D & B Ltda 52.1.01.002.0005 752 E. Fortes & Cia. 52.1.01.002.0006 760 F & Cunha Ltda. 52.1.01.002.0007 779 G. Gaveta Ltda 52.1.01.002.0008 787 H & H Ltda. 52.1.01.002.0009 795 Irmo Castro Ltda. 52.1.01.002.0010 809 Justo Falido S/A 52.1.01.003 817 CONTAS A PAGAR 42.1.01.003.0001 825 Ordenados a pagar 52.1.01.003.0002 833 Frias a pagar 52.1.01.003.0003 841 13. Salrio a pagar 52.1.01.003.0004 850 Inss a pagar 52.1.01.003.0005 868 Fgts a pagar 5.1.01.004 876 IMPOSTOS A PAGAR 4

    2.1.01.004.0001 884 IRPJ a pagar 52.1.01.004.0002 892 Contr. Social a pagar 52.1.01.004.0004 906 Icms a recolher 52.1.01.004.0005 914 Pis a recolher 52.1.01.004.0006 922 Cofins a recolher 52.1.01.004.0007 1775 IRRF a recolher 52.2 930 PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO 22.2.01 949 EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTO 3

    2.2.01.001 957 INSTITUIOES FINANCEIRAS 42.2.01.001.0001 965 B.do Brasil S/A 52.2.01.001.0002 973 Bradesco S/A 52.3 981 PATRIMONIO LIQUIDO 22.3.01 990 CAPITAL PROPRIO 32.3.01.001 1007 CAPITAL SOCIAL 42.3.01.001.0001 1015 Capital integralizado 52.3.01.002 1023 RESERVAS 42.3.01.002.0001 1031 Reservas de capital 52.3.01.002.0002 1040 Reservas de reavaliao 52.3.01.002.0003 1058 Reservas de lucro 52.3.01.003 1066 RESULTADOS ACUMULADOS 42.3.01.003.0001 1074 Lucros acumulados 52.3.01.003.0002 1082 Prejuzos a compensar 5

    2.3.01.004 10902.3.01.004.0001 11042.3.01.004.0002 1112

    3 1120 RESULTADO DO PERIODO 13.1 1139 RESULTADO OPERACIONAL 23.1.01 1147 LUCRO BRUTO 33.1.01.001 1155 RECEITA LIQUIDA 43.1.01.001.0001 1163 Vendas vista 53.1.01.001.0002 1171 Vendas a prazo 53.1.01.002 1180 DEDUES DA RECEITA BRUTA 4

    3.1.01.002.0091 1198 Vendas anuladas 53.1.01.002.0092 1201 Icms s/ vendas 53.1.01.002.0093 1210 Pis 53.1.01.002.0094 1228 Cofins 5

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    3.1.02 1236 CUSTO 33.1.02.001 1244 CUSTO MERCADORIAS VENDIDAS 43.1.02.001.0001 1252 Compras vista 53.1.02.001.0002 1260 Compras a prazo 53.1.02.001.0003 1279 Fretes s/compras 5

    3.1.02.001.0004 1287 Devolues de compras 53.1.02.001.0005 1295 Custo Merc. vendidas 53.1.03 1309 DESPESAS OPERACIONAIS 33.1.03.001 1317 DESPESAS ADMINISTRATIVAS 43.1.03.001.0001 1325 Ordenados 53.1.03.001.0002 1333 Frias 53.1.03.001.0003 1341 l3.o salrio 53.1.03.001.0004 1350 Contrib.Previdencirias 53.1.03.001.0005 1368 Depreciaes 53.1.03.001.0006 1376 Amortizaes 53.1.03.001.0007 1384 Prmios de seguros 53.1.03.002 1392 DESPESAS COM VENDAS 43.1.03.002.0001 1406 .....3.1.03.002.0002 1414 Ttulos incobrveis 53.1.03.002.0003 1422 Comisses pagas 53.1.03.002.0004 1430 Publicidade 53.1.03.003 1449 DESPESAS FINANCEIRAS 43.1.03.003.0001 1457 Juros e desc passivos 53.1.03.003.0002 1465 Variaes monet passivas 53.1.03.003.0003 1473 Despesas bancrias 53.1.03.004 1481 RECEITAS FINANCEIRAS 43.1.03.004.0001 1490 Juros e desc ativos 53.1.03.004.0002 1503 Variaes monet ativas 53.1.03.004.0003 1511 Comisses recebidas 53.1.03.004.0004 15203.2 1538 RESULTADO NAO OPERACIONAL 23.2.01 1546 DESPESAS NAO OPERACIONAIS 3

    3.2.01.001 1554 DESPESAS NO OPERACIONAIS 43.2.01.001.0001 1562 Perda na venda do imobilizado 53.2.01.001.0002 1570 Baixa de ativo 53.2.02 1589 RECEITAS NAO OPERACIONAIS 33.2.02.001 1597 RECEITAS NO OPERACIONAIS 43.2.02.001.0001 1600 Ganho na venda do imob. 5

    3.3 16193.3 01 16273.3.01.001 16353.3.1.1.1 16433.3.1.1.2 16513.4 1724 PROVISOES P/ TRIBUTOS S/ LUCROS 23.4.01 1732 PROVISES P/ TRIBUTOS S/ LUCROS 33.4.01.001 1740 PROVISOES P/ TRIBUTOS S/ LUCROS 43.4.01.001.0001 1759 Proviso para o IRPJ 53.4.01/001.0002 1767 Proviso p/ Contrib. Social 53.9 1660 APURAO DO RESULTADO 23.9.01 1678 RESULTADO DO PERODO 33.9.01.001 1686 RESULTADO DO EXERCICIO 1999 43.9.01.001.0003 1716 Resultado do Exerccio 5

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    Funo e funcionamento das contas.

    Alm das descries acima, o plano de contas deve conter um roteiro em que sejamdescritas a funo, a posio dentro do elenco patrimonial, seu funcionamento, a natureza edestinao de seu saldo. Para um melhor entendimento, apresentaremos a ficha de algumaconta dentre as apresentadas no elenco.

    Conta: Caixa MatrizCdigo: 1.1.01.001.0001 Reduzido: 51Posio: 1. Ativo

    1.1 Ativo Circulante1.1.01 Disponibilidade

    Funo: Registra a movimentao financeira da empresa atravs das entradas e sadas de dinheiro.

    Funcionamento:Debita-se: Para registrar os valores numerrios entrados em caixa;Credita-se: Para registrar as sadas de valores numerrios (dinheiro) da caixa

    Saldo: Representa a quantia de valores numerrios existentes em caixa e ser sempre devedor

    Conta: Mveis e UtensliosCdigo: 1.3.02.001.0002 Reduzido: 523

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    Posio: 1 Ativo1.3 Ativo Permanente1.3.02 Imobilizaes

    Funo: Registra o valor de aquisio dos imveis, seus acrscimos em virtude dos registros da Correo

    monetria e suas redues decorrentes de alienao ou baixa por obsolescncia..

    Funcionamento:Debita-se: Para registrar o seu valor de aquisio, os acrscimos por novas aquisies;.Credita-se: Para registrar as redues quer por baixa ou Venda.

    Saldo: Representa o valor atualizado dos mveis e utenslios existentes na data do balano e sersempre devedor.

    Conta: Depreciaes acumuladas de mveis e Utenslios.Cdigo: 1.3.02.002.0001 Reduzido: 566Posio: 1 Ativo

    1.3 Ativo Permanente1.3.02 Imobilizaes

    Funo: Conta retificadora do ativo. Registra o valor da depreciaes acumuladas perodo a perodo da contamveis e utenslios

    Funcionamento:Debita-se: Para registrar a baixa da depreciao acumulada dos mveis e utenslios baixados;

    Credita-se: Para registrar, como contrapartida, o valor dos encargos com depreciao acumulados ata data do balano.

    Saldo: Representa o valor total dos encargos com depreciao acumulados at a data do balano. Sersempre credor e no poder ser de valor superior ao da conta que est retificando.

    Conta: Vendas vistaCdigo: 3.1.01.001.0001 Reduzido: 1163Posio: 3 Resultado do perodo

    3.1 Resultado operacional3.1.01 Lucro bruto

    Funo: Registra o valor das vendas vista efetuadas no perodo:

    Funcionamento:Debita-se: No final do perodo para transferir o valor do seu saldo para a conta Resultado do Perodo.Credita-se: Para registrar o valor das vendas efetuadas vista.

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    Saldo: Representa o montante das vendas vista efetuadas. Ser sempre credor. Transfere-se ao finaldo perodo para a conta Resultado do perodo.

    Conta: Resultado do Perodo.Cdigo: 3.9.01.001.00032 Reduzido: 1716Posio: 3 Resultado do perodo

    3.3 Resultado acumulado do perodo3.3.01 Resultados do perodo

    Funo: Conta de existncia efmera. Tem por finalidade receber em transferncia o saldo de todas ascontas de resultado para apurar o resultado do perodo. S movimentada ao final do exerccio.

    Funcionamento:Debita-se:

    Para receber em transferncia o saldo das contas que representam custos e despesasPara transferir o saldo dos lucros obtidos para formar as provises correspondentes aos tributos arecolher em decorrncia dos resultados obtidos;

    Para transferir o saldo final para a conta Lucros acumulados.Credita-se:

    Para receber, em transferncia, o saldo das contas que representam receitas, ingressos.Para transferir o saldo - quando apresenta prejuzo para a conta Prejuzos a compensar.

    Saldo: Esta conta no apresenta saldo, salvo durante a apurao do resultado.-------------------------------------------------------

    CAPITULO III

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    A) OS LIVROS UTILIZADOS NA CONTABILIDADE.

    Os principais livros utilizados na contabilidade so: o Dirio, o Razo, o Caixa e oInventrio. Outros livros auxiliares que variam em quantidade e espcie, de acordo com anatureza e as necessidades de cada empresa, tambm podem ser usados.

    Existem tambm os livros exigidos pela legislao fiscal, cujo valor, sob o aspectocontbil, bastante reduzido, entre eles citamos:

    1.- Livro registro de entradas de mercadorias;2.- Livro registro de sadas de mercadorias;3.- Livro de apurao do ICMS;4.- Livro de apurao do IPI;

    5.- Livro razo em Ufir;6.- Livro de apurao do lucro real e outros

    Os livros podem ser classificados segundo seus fins:a) Obrigatrios: Os livros exigidos por lei;

    b) Facultativos: Os livros escriturados no interesse exclusivo docomerciante.

    Segundo sua natureza:a) Cronolgicos:Aqueles em que a escriturao feita em ordem cronolgica, isto ,segundo a sucesso de dia, ms e ano;

    b) Sistemticos:Aqueles em que os lanamentos so feitos em ordem sistemtica,agrupando-se os registros segundo sua natureza e finalidade;

    Segundo sua utilidade:a) Principais:So os livros que oferecem todas as informaes relativas contabilidade. Servem de fonte de informao sobre todas as operaesrealizadas;

    b) Auxiliares:So os livros que particularizam as operaes, oferecendo, em separado,uma anlise especfica e quantitativa de determinados valores.

    O DIRIO.

    O livro dirio obrigatrio e registra todas as operaes e transaes realizadas pelaempresa. Os lanamentos neste livro obedecem a ordem cronolgica de dia, ms ano. Osregistros podem ser feitos agrupadamente em partidas mensais, desde que utilizados livrosauxiliares em que estas operaes estejam individuadamente registradas em ordem cronolgicade dia, ms e ano.

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    O livro dirio. bem como os demais livros de escriturao devem se revestir de certasformalidades denominadas:

    a) Formalidades extrnsecas: os livros devem ser encadernados, ter suas folhasnumeradas, estar autenticados na Junta Comercial, conter os termos de abertura e deencerramento;

    b) Formalidades intrnsecas: Os lanamentos devem ser feitos ( mo, mecnica oueletronicamente ) em tinta preta ou azul, sem emendas, rasuras, raspaduras ou borres,linhas em branco, em ordem cronolgica, mantendo um mtodo de contabilidadeuniforme, em moeda e idioma nacional.

    O livro Dirio pode ser desdobrado em vrios livros auxiliares, todos revestidos dasmesmas formalidades, cada um para o registro de fatos de determinada natureza. Assim,

    podemos ter o dirio auxiliar de clientes, o dirio auxiliar de fornecedores e outros. No livrodirio geral far-se- o registro do resumo dos lanamentos contidos nos livros auxiliares

    Os lanamentos no livro Dirio devem ser feitos em ordem cronolgica; respeitadasas formalidades intrnsecas. Os erros cometidos na escriturao do livro Dirio so corrigidosatravs de estornos ou de lanamentos complementares. No se admite raspar (apagar) umerro cometido na escriturao do dirio. Nem tampouco o uso de verniz corretivo.

    Os lanamentos no Dirio devem ser feitos de forma clara e concisa, e compem-sede cinco partes importantes e indissociveis:

    1) - a data em que se realizou a operao;2) - a conta devedora;3) - a conta credora;4) - o histrico;5) - o valor.

    O LIVRO RAZO.

    O livro Razo um livro sistemtico e, apesar de facultativo um livro de grandeutilidade e importncia na Contabilidade. A legislao tributria atualmente exige a manutenodeste livro pelo perodo de cinco anos, caracterizando-o como um livro obrigatrio perante asleis fiscais.

    O livro razo um livro sistemtico - destina uma folha para cada conta -selecionando operaes relativas a cada elemento especfico do patrimnio. Os lanamentosno livro razo so feitos em ordem cronolgica dentro de cada conta. O razo tambm podeser escriturado em fichas, utilizando-se uma destas para cada conta.

    Cada lanamento no Dirio, implica necessariamente na sua transcrio para o livroRazo. A conta debitada no Dirio ser, tambm, debitada no razo; e vice-versa, a contacreditada no dirio, ser tambm, necessariamente, creditada no razo.

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    O LIVRO CAIXA

    O Caixa o livro onde so registradas todas as operaes que envolvam bensnumerrios. portanto um livro de ordem sistemtica, muito embora as operaes financeirasvenham a ser registradas em ordem cronolgica. O livro Caixa um livro facultativo, apesar dasua grande utilidade nas empresas, sendo considerado mesmo indispensvel nos grandesempreendimentos.

    A escriturao do livro em anlise divide-se em duas partes:a) - uma para o dbito - onde so lanadas todas as entradas de dinheiro;

    b) - uma para o crdito - onde se registram todas as sadas de bens numerrios.O saldo apresentado pelo livro Caixa deve coincidir com o saldo da conta "Caixa"

    apresentado pela contabilidade e com os valores existentes em cofre.

    O LIVRO CAIXA E O IMPOSTO DE RENDA.

    O artigo 18 da Lei n. 8.541/92 determina que as empresas que optem pela tributaosimplificada devem escriturar os recebimentos e os pagamentos de cada ms em um livro Caixa(excluso feita s empresa que mantiverem escriturao contbil). No mantendo os registroscontbeis completos, a escriturao do livro Caixa torna-se obrigatria, mesmo que a empresamantenha os outros livros fiscais escriturados regularmente.

    Neste livro so registradas todas as operaes que envolvam as disponibilidades da

    empresa, tanto em Caixa quanto em Bancos; assim, mesmo os rendimentos de aplicaesfinanceiras; as despesas bancrias normalmente lanadas diretamente na conta bancria doinvestidor, ainda que no transitem pelo Caixa, devem ser registradas no mesmo. Tambm osvalores creditados diretamente em conta bancria correspondentes a qualquer importnciarecebida, bem como os pagamentos efetuados mediante cheque bancrio, precisam serregistrados neste livro "Caixa".

    O saldo deste livro representa o montante dos valores disponveis em Caixa mais osaldo das contas representativas das disponibilidades existentes em depsitos bancrios.

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    b)- TRANSAES DIVERSAS

    Apresentaremos, neste captulo, a forma de se efetuar o registro contbil(lanamentos no Dirio) das diversas transaes que mantenham algum grau de dificuldade eque ocorrem com relativa freqncia em qualquer tipo de entidade.

    1.- A empresa entrega, para desconto, no Banco do Brasil S/A, as duplicatas n. 116 e 117,

    emitidas contra L. Bandeira e C. de Castro, no valor de $ 26.000,oo e 32.000,oo,respectivamente. O Banco descontou as despesas no valor de $ 7.300,oo e depositou orestante na conta movimento da empresa:

    B DO BRASIL S/A C/MOVIMENTO-Importncia depositada n/data.DESPESAS BANCARIAS- B do Brasil SA cfe extrato.

    50.700,00

    7.300,00a TITULOS DESCONTADOS.- LBandeiras.- C. Castro.

    26.000,0032.000,00

    2.- Chegado o vencimento, o B do Brasil avisa que L. Bandeira liquidou sua conta:

    TITULOS DESCONTADOSL. Bandeira. 26.000,00a CLIENTESL Bandeira 26.000,00

    3. Avisa tambm que C. Castro no efetuou o pagamento no vencimento, devendo o ttulo serreembolsado:

    TITULOS DESCONTADOS.C. Castro.. 32.000,00

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    a B DO BRASIL C/ MOVIMENT. Valor reembolsado. 32.000,00

    4.- A empresa perdeu $ 1.500,00 com clientes,:

    TITULOS INCOBRAVEIS Perda com clientes.a CLIENTE.

    Tulio Ventosa, n/ dupl. 116..

    1.500,00

    1.500,00

    5.- Pagamento de despesas (seguros) que sero apropriadas na medida que o encargo seconsubstancie como tal.

    SEGUROS ANTECIPADOS (Ou) A APROPRIAR). Novo seguros Aplice 2.420. 4.800,00a CAIXA ou BANCOS. Aplice 2420 da Novo Seguros. 4.800,00

    6.- Apropriao da despesa com seguro relativa ao ms em curso. A despesa paga correspondea um ano, logo: 4.800,00 / 12 = 400,00

    SEGUROS CONTRA FOGO.Apropriao despesa de maro 19x1. 400,00

    a SEGUROS A APROPRIAR. Valor transferido p/ Seguros c/ fogo. 400,00

    7.- O Aluguel relativo ao ms de maro de 19x1 s ser pago no dia 10 de abril. Adotado oregime de competncia precisamos fazer o registro da despesa correspondente e o

    provisionamento para liquidao da divida na data do vencimento.

    ALUGUEIS PASSIVOS. Valor correspondente a maro. 5.000,00a ALUGUEIS A PAGAR. Luiz E. Krause. 5.000,00

    8.- Os ordenados tambm so provisionados ao final do ms de maro para serem pagos noinicio de abril. Ao ser provisionado o valor do ordenado a pagar tambm ser registrada adivida da empresa pelo valor da contribuio ao INSS descontada do empregado.

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    ORDENADOS. Valor da folha de pagamento maro 19x1 10.000,00a ORDENADOS A PAGAR. Lquido a pagar maro 19x1a INSS A RECOLHER. Valor retido

    9.100,00

    900,00

    9.- Provisionado o valor dos ordenados a pagar, registram-se, tambm, os encargos da

    empresa com o FGTS e INSS.

    CONTRIBUIES PREVIDENCIARIAS. Encargos da empresa folha de maro. 2.800,00a INSS A RECOLHER. Relativo a folha de maro 19x1a FGTS A RECOLHER. Relativo a folha de maro 19x1.

    2.000,00

    800,00

    10.- A duplicata nr. 7.452, emitida por Leoncio Gauderio, no valor de $ 15.000,oo foi pagaantecipadamente, com desconto de $ 1.500,00.

    FORNECEDORES..LEONCIO GAUDERIO

    S/ Duplicata 7452 15.000,00a CAIXA ou BANCOS Duplicata 7452 Leoncio Gauderio

    a DESCONTOS OBTIDOS. Duplicata 7452 Leoncio Gauderio

    13.500,00

    1.500,00

    11.- Por sua vez, a duplicata 2.457, no valor de $ 63.000,00, emitida por Omega, foi pagadepois de vencida, com juros de Cr$ 2.000,oo

    FORNECEDORES.OMEGA. Duplicata 2.457. 63.000,00

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    JUROS PASSIVOS.Omega Sua duplicata 2.457

    a CAIXA ou BANCOS. Omega Sua duplicata 2.457.

    2.000,00

    65.000,00

    12 - . Registro do Custo das mercadorias vendidas, utilizando-se das seguintes informaes;a- Saldo da conta mercadorias, representando o estoque inicial..( D )...............$ 20.000,00b- Saldo da conta compras vista..............................................( D )................$ 35.000,00c- Saldo da conta compras a prazo............................................( D ).................$ 45.000,00d- Saldo da conta fretes s/compras...........................................( D )................. $ 12.000,00

    e- Saldo da conta Devoluo de compras..................................( C )................. $3.000,00

    f- Estoque de mercadorias existente no final do perodo.................................... $ 35.000,00

    CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS Valor transferido p/encerramento do exerccioa MERCADORIAS Estoque Valor que se transfere p/ CMVa COMPRAS VISTA Valor transferido para C M Va COMPRAS A PRAZO

    Valor transferido para C M Va FRETES S/ COMPRAS Valor transferido para C M V

    112.000,00

    20.000,00

    35.000, 00

    45.000,0012.000,00

    DEVOLUO DE COMPRAS Valor transferido para C M Va CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS Valor transferido de Devoluo de compras

    3.000,00

    3.000.00MERCADORIAS Estoque Valor do estoque existente em 31.12...a CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS Valor do estoque existente em 31.12....s

    35.000,00

    35.000.00

    13- Compras a prazo de mercadorias para revenda no valor de $ 100.000,00, ICMS embutidono preo (12%) = 12.000,oo

    COMPRAS. J. Tavares s/ Nota Fiscal 312ICMS A RECUPERAR.. N.Fiscal 312 de J. Tavares.

    88.000,00

    12.000,00a FORNECEDORES.

    J TAVARES S/ Nota Fiscal 312. 100.000,00

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    14- Venda vista de mercadoria adquirida para revenda, no valor de $ 100.000,oo. O ICMSincidente sobre esta venda de 17%, ou seja $ 17.000,00.

    CAIXA Vendas Vista cfe Notas Fiscais 01 a 16.a VENDAS VISTA Notas Fiscais 1 a 16.

    100.000,00

    100.000,00ICMS S/VENDAS (Abatim.Rec.Bruta)

    Imposto contido nas vendas..a ICMS A RECOLHER(passivo circ.)

    Valor e recolher

    17.000,00

    17.000,00

    15- Ao final do ms o montante do ICMS a recolher apurado mediante a comparaocontbil do saldo das contas "ICMS a recuperar" e "ICMS a recolher"

    ICMS A RECOLHER(passivo circ.) Valor transferido de ICMS a recuperar. 12.000,00a ICMS A RECUPERAR(ativo circ.). Valor transferido para ICMS a recolher 12.000,00

    ===============================================================

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    CAPITULO IV

    TRATAMENTO CONTABIL/TRIBUTRIO DAS OPERAES COM

    MERCADORIAS.

    a) CONTABILIZAO DAS ENTRADAS DE MERCADORIAS.

    Inicialmente, convm analisar o que devemos entender por mercadoria. Para evitardistores no entendimento, passaremos a considerar como mercadoria qualquer bem mvel,novo ou usado, que tenha sido adquirido com a finalidade de revend-lo ou alugar o seu uso,no mesmo estado em que foi adquirido ou submetido a qualquer processo de industrializao.

    irrelevante a distino entre mercadoria (bens adquiridos para serem revendidos nomesmo estado) e produtos (bens adquiridos para serem revendidos depois de submetidos aalgum processo de industrializao).

    Por fora de disposio contida na legislao do Imposto de Renda (IN SRF 51/78)as empresas devem, nas entradas de mercadorias destinadas a revenda, assim como nasentradas de matrias-primas a serem empregadas na industrializao de produtos a seremrevendidos , excluir o montante dos impostos recuperveis acrescidos ao preo da mercadoriaou produto e destacados na nota fiscal. Isto significa que o ICMS que vem destacado na NotaFiscal deve ser contabilizado em separado do valor da mercadoria adquirida atravs do referidodocumento; significa, tambm que o valor do IPI, acrescido ao preo da mercadoria e lanadona mesma Nota Fiscal deve ser contabilizada separadamente do valor da mercadoria adquirida.

    Uma Nota Fiscal no valor de R$ 100,00 est representando uma compra demercadorias no valor de R$ 83,00 e um crdito de ICMS de R$ 17,00.

    Quando as mercadorias forem destinadas ao consumo ou uso prprio do adquirente,

    no se destinando a revenda nem a industrializao para posterior revenda, os impostosindiretos no so recuperveis e, por isso, integram o seu custo de aquisio.========================================================================

    EMPRESAS COMERCIAIS.

    As empresas comerciais contabilizaro em separado apenas o ICMS recupervel,cobrado junto com o valor das mercadorias adquiridas, j que o IPI, quando houver, sercomputado como custo de aquisio, pois alm de no ser recupervel, integra o custo das

    mercadorias vendidas.

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    Contabilizao:

    a) Compras em que no houve incidncia do IPI:

    Exemplo:Valor das mercadorias constante na N.Fiscal.................... 100.000,00Valor do ICMS embutido................................................: 17.000,00= Valor liquido das mercadorias................. .....................: 83.000,00

    COMPRAS Trevisan & Cia. Nota Fiscal 234. 83.000,00ICMS A RECUPERAR

    Nota Fiscal 234 Trevisan & Cia 17.000,00a CAIXA. Trevisan & Cia. Ltda -Nota fiscal 234 100.000,00

    b) Compras de mercadorias sujeitas ao IPI e ao ICMS simultaneamente:

    Exemplo:Valor das mercadorias constantes na Nota Fiscal......... ... 100.000,00+ Valor do IPI cobrado............................... .................... 8.000,00= Total da compra........................................................... 108.000,00ICMS destacado na Nota Fiscal...................................... 12.000,00

    COMPRASDias & Dias Ltda Nota Fiscal 444 96.000,00

    ICMS A RECUPERAR. Nota Fiscal 444 de Dias & Dias Ltda.. 12.000,00a CAIXA Dias & Dias Ltda. Nota Fiscal 444 108.000,00

    ========================================================================

    EMPRESAS INDUSTRIAIS.

    As empresas industriais contabilizaro as entradas de mercadorias a serem utilizadascomo matria-prima ou material secundrio em separado do valor do ICMS e do IPI, que

    sero, ambos, recuperados atravs do sistema de crditos nos livros fiscais correspondentes

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    a) Operaes em que no h incidncia do IPI.

    Quando, na operao, no houver incidncia do IPI, o lanamento deve ser feito damesma forma que se faz no comercio.

    Exemplo:Valor da Nota Fiscal............................................... 100.000,00ICMS destacado na Nota Fiscal............................ 12.000,00Valor lquido das mercadorias.................. ............ 88.000,00

    COMPRAS Marcondes Viana, s/ Nota Fiscal 16 88.000,00ICMS A RECUPERAR Nota Fiscal n. 16 M. Viana. 12.000,00a CAIXA Marcondes Viana, Nota Fiscal n. 16 100.000,00

    b) Operaes sujeitas ao ICMS e ao IPI simultaneamente

    Exemplo:Valor da fatura................ .................... . 100.000,00+ mais IPI............................................. 8.000,00 108.000,00ICMS destacado................ ............ 12.000,00

    COMPRAS C. Polidoro, s/ Nota Fiscal 416 88.000,00ICMS A RECUPERAR Nota Fiscal 416 C. Polidoro. 12.000,00IPI A RECUPERAR Nota Fiscal 416 C. Polidoro 8.000,00a CAIXA. Pago Nota Fiscal 416 de C. Polidoro 108.000,00

    ========================================================================

    b) CONTABILIZAO DAS SADAS DE MERCADORIAS.

    POR EMPRESAS INDUSTRIAIS;

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    a) O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

    Na contabilizao das sadas de mercadorias no se inclui na receita bruta o valor doImposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), que cobrado do comprador ou contratanteadicionado ao valor das mercadoria ou produto, do qual o vendedor dos bens ou servios mero depositrio.

    Exemplo: Determinado fabricante vende produto de sua fabricao por $ 100.000,ooe cobra, junto com o produto vendido $ 8.000,oo de IPI (Valor total da Nota Fiscal $108.000,00).

    CAIXA. Vendas Vista cfe. Notas Fiscais 17 a 35. 108.000,00a VENDAS A VISTA Notas Fiscais 17 a 35 100.000,00a IPI A RECOLHER Valor retido Notas Fiscais 17 a 35 8.000,00

    b) O ICMS.

    Como se sabe, o ICMS integra a sua base de clculo, isto , ele est includo no preode venda da mercadoria ou produto.

    No exemplo anterior, o preo do produto vendido por $ 100.000,oo estava assimdistribudo:

    Valor da mercadoria.............. 83.000,00ICMS includo no preo....... 17.000,00.

    Assim, se o ICMS integra a receita bruta, dela precisa ser excludo (abatido) afim dese obter o valor da receita lquida.

    O lanamento da venda corresponde ao modelo apresentado antes. O lanamento deexcluso do ICMS geralmente feito no final de cada perodo de apurao , conforme modeloabaixo:

    ICMS S/VENDAS Valor do ICMS embutido nas vendas. 17.000,00a ICMS A RECOLHER. Valor a recolher 17.000,00

    Para facilitar o entendimento dos lanamentos anteriormente efetuados, vamos analisara funo de cada uma das contas apresentadas:

    - ICMS S/ VENDAS conta de resultado e se constitui em um abatimento dareceita bruta;

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    - IPI A RECUPERAR e ICMS A RECUPERAR - so contas ativas erepresentam um direito, um valor a ser abatido do montante dos impostos(IPI e ICMS) devidos no perodo. So contas integrantes do ativo circulante..

    - IPI A RECOLHER e ICMS A RECOLHER- so contas representativas

    do montante dos impostos (IPI e ICMS) devidos pelas operaes realizadasno perodo.

    O encerramento do perodo.

    Ao final de cada perodo de apurao torna-se necessrio apurar se os impostosdetm saldo favorvel a empresa ou se a empresa tem impostos a pagar. Com esta finalidadeverifica-se o saldo das contas IPI A RECUPERAR, ICMS A RECUPERARcomparando-os

    com o saldo das contas IPI A RECOLHERe ICMS A RECOLHER, respectivamente.

    Vimos, em nosso exemplo, que as contas que estamos estudando, apresentam ossaldos abaixo descritos:

    Contas Saldo Devedor Saldo CredorICMS A RECUPERAR 17.000,00

    ICMS A RECOLHER 17.000,00

    IPI A RECUPERAR 12.000,00

    IPI A RECOLHER 8.000,00

    ICMS A RECOLHER. Valor que se transfere de ICMS a recuperar. 17.000,00a ICMS A RECUPERAR Valor que se transfere para ICMS a recolher 17.000,00

    Com este lanamento, as duas contas passam a apresentar saldo "zero", significandoque a empresa no deve nada em relao ao ICMS, mas tambm no detm saldo favorvel.Vejamos agora o lanamento de apurao do IPI:

    IPI A RECOLHER Valor que se transfere de IPI a recuperar 8.000,00a IPI A RECUPERAR Valor que se transfere para IPI a recolher. 8.000,00

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    Feito este lanamento, a conta IPI A RECOLHER apresenta saldo "zero" e a contaIPI A RECUPERAR fica com um saldo de $ 4.000,00o, significando que a empresa nada deveem relao ao IPI e inicia o perodo seguinte com um saldo favorvel de $ 4.000,00.

    Como regra geral, podemos afirmar que, na elaborao do conta corrente fiscaltransfere-se o valor da conta que apresenta menor saldo para a conta cujo saldo maior. Estelanamento encerra uma das duas contas, permanecendo aberta apenas uma delas, que indica ovalor do imposto favorvel ao contribuinte aproveitvel nos meses subsequentes, ou, em casocontrrio o valor do imposto devido.

    COMPRA DE BENS ATRAVS DE CONSRCIOS.

    A empresa que adquirir bens atravs de consrcio poder se defrontar com duas fasesdistintas, que refletem, necessariamente, procedimentos diversos:

    - a primeira evidencia o perodo que antecede o recebimento do bem,mas que implica desembolso efetivo do consorciado;

    - a segunda surge com o recebimento, seja mediante sorteio ouantecipao (lance), remanescendo ou no saldo devedor.

    Nestas condies dever registrar:I - Na primeira fase, os desembolsos iniciais como adiantamento a fornecedores, ou

    seja, as parcelas pagas antes do efetivo recebimento do bem, em conta do ativo imobilizado,sendo admissvel, a critrio da prpria empresa, o registro no circulante ou no realizvel alongo a longo prazo, desde que efetuado de acordo com os princpios de contabilidaderecomendados para cada caso especfico.

    ADIANTAMENTO A FORNECEDORESPago quota n. 1. 692.00

    a CAIXAConsrcio Krause Quota n. 1 692.00

    II - Na segunda fase, por ocasio do recebimento do bem: em conta especfica edefinitiva do ativo permanente, pelo valor constante da nota fiscal pelo qual o bem foi faturadoque ter como contrapartida:

    a) conta do ativo que registrou as antecipaes pagas;

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    b) conta do passivo que ir registrar o saldo devedor na poca do recebimento dobem, obtido atravs da multiplicao do nmero de parcelas a vencer pelo valorda parcela na data do recebimento do bem;

    III - As variaes do saldo devedor que vierem a se verificar, decorrentes da alterao

    do valor das prestaes sero refletidas nas contas que registram a obrigao, tendo comocontrapartida a conta de VARIAO MONETARIA PASSIVA ou VARIAOMONETRIA ATIVA.

    Exemplo: A empresa participa de um consrcio para aquisio de um caminho. Osvalores pagos esto representados no saldo da conta ADIANTAMENTO AFORNECEDORES que soma a $ 15.900,00 e representa o valor de 30 quotas pagas. Aoreceber o caminho, faltam, portanto, 20 quotas a serem saldadas. O caminho foi faturado

    por $ 34.600,00; o valor da quota mensal, na data do recebimento do bem, de $ 692,00.

    - Valor da quota na data do recebimento do bem: $ 692,00;

    - Nmero de quotas que ainda faltam ser pagas: 20;20 x 692,00 = 13.840,00 (representa o saldo devedor da empresa consorciada nadata do recebimento do bem).

    Lanamento a ser feito na data do recebimento do bem:

    VEICULOS

    Recebido cfe. NF n. 16 de Consrcio Krause 34.600,00a ADIANT.A FORNECEDORES Valor transferido em virtude recbto do bem. 15.900,00a FORNECEDORES Dbito correspondente a 20 quotas pendentes 13.840,00a VARIAES MONETRIAS ATIVAS

    Diferena apurada no recebimento do bem 4.860,00

    IV - A partir da 21a. prestao, ser considerado como liquidao de dbito o valorcorrespondente par cela de $ 692,00; qualquer valor pago a menor ser registrada comoVARIAO MONETARIA ATIVA e todo o valor pago a maior ser registrado comoVARIAO MONETARIA PASSIVA..- Assim, se a quota nr. 21 fosse de $ 650,00,, o

    registro contbil seria feito como a seguir:

    FONECEDORESCONSRCIO KRAUSE

    Quota21. 692,00a CAIXA

    Consrcio Krause Quota 21 650,00a VARIAES MONETRIAS ATIVAS Diferena apurada na liquidao quota 21. 42,00

    Caso contrrio, se o valor da quota atingisse o importncia de $ 75.000,00, olanamento seria o seguinte

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    FORNECEDORESCONSRCIO KRAUSE

    Quota 21 692,00VARIAES MONETRIAS PASSIVAS

    Dif. Apurada quota 21 Cons. Krause 58,00a CAIXAQuota 21 Consrcio Krause 750,00

    CAPITULO V

    A AVALIAO DOS ESTOQUES E O CUSTO DAS MERCADORIAS

    VENDIDAS

    O patrimnio um conjunto de bens, direitos e obrigaes, que somadosalgebricamente determinam a posio da riqueza de uma entidade

    O conjunto de bens, direitos e obrigaes apresentados de maneira descritiva, nadarepresenta; no nos basta saber que possumos uma mesa, duas cadeiras e um dvida de $200,oo se no soubermos o valor da mesa e das cadeiras. Sem os valores correspondentes ainformao deixa de ser til. preciso que os componentes do patrimnio sejam convertidos auma unidade de medida comum, a moeda, para que possamos estabelecer comparaes. E'

    preciso avaliar os componentes do patrimnio. Avaliar significa determinar o valor monetriode um bem, direito ou obrigao.

    A operao que converte os componentes do patrimnio a uma unidade de medidacomum (a moeda) a avaliao.

    A forma da avaliao depende da finalidade com que ela e' feita. Os bens e direitospodem ser avaliados pelo seu custo de aquisio, pelo seu custo de fabricao, pelo seu preode venda, pelo seu preo de reposio, ou ainda, por uma srie interminvel de mtodos.

    Vamos nos preocupar com a avaliao das mercadorias para fins de apurar o rdito(resultado) do exerccio. Para apurao do resultado (lucro ou prejuzo) das atividades de umaempresa comercial importa conhecer os mtodos adotados para avaliao dos estoques.

    Mtodos de avaliao dos estoques.

    Cada mtodo apresenta uma caracterstica diferente, com resultados tambmdiferentes, que passaremos a examinar a seguir:

    1 Mtodo pelo custo especfico2 Mtodo pelo custo mais recente;3

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    Mtodo do preo mdio unitrio das compras;4 Mtodo do preo mdio ponderado;5 Mtodo Fifo ou PEPS

    6 Mtodo Lifo ou UEPS;7. Mtodo do preo mdio ponderado varivel

    Mtodo pelo custo especfico.

    Por ocasio do levantamento inventarial cada artigo est marcado com seu custo deaquisio atravs de uma etiqueta ou de qualquer outra simbologia convencionada.

    Exemplo:

    Consideremos as seguintes transaes;

    1.- Compras pelo custo de aquisio:

    01.01.a 1.000 unidades a $ 55,00, cada 55.000,0002.01.a 600 unidades a $ 60,00, cada 36.000,0004.01.a 400 unidades a $ 65,00, cada 26.000,00

    2.- Vendas pelo preo de venda:

    03.01.a 1.250 unidades a $ 64,00, cada 80.000,00

    3. - O estoque, existente no final do exerccio, estava assim constitudo:

    110 unidades a $ 55,00 cada 6.050,00240 unidades a $ 60,00 cada 14.400,00400 unidades a $ 65,00 cada 26.000,00Soma: 750 unidades, no valor total de 46.450,00

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    Folha do razo:MERCADORIAS

    Compras: Vendas

    1000 unidades a 55,00 55.000,00 1250 unidades. a 64,00 80.000,00600 unidades a 60,00 36.000,00 Estoque final (750 Unidades) 46.450,00400 unidades a 65,00 26.000,00Lucro bruto 9.450,00

    Soma 126.450,00 Soma 126.450,00

    Mtodo pelo custo mais recente.

    Os bens so avaliados pelo preo da ltima aquisio. No importa que esta tenha

    sido de apenas l ou 2 unidades e existam, digamos, 60, 80 ou 100 unidades do mesmo bem oumercadoria.

    Em nosso exemplo, a ltima aquisio foi feita ao preo de $ 65,00 cada unidade,assim, o nosso estoque, avaliado por este sistema, valer (750 x 65,oo) = $ 48.750,00

    MERCADORIAS

    Compras Vendas:1.000 unidades a $ 55,00 55.000,00 1250 unidades a $ 64,00 80.000,00600 unidades a $ 60,00 36.000,00 Estoque Final (750 unidades) 48.750,00400 unidades a $ 65,00 26.000,00Lucro bruto 11.750,00

    Soma128.750,00

    Soma 128.750,00

    Mtodo FIFO ou PEPS.

    FIFO = First in, first out.PEPS primeiro a= Primeiro a entrar, primeiro a sair.

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    A primeira mercadoria que entra , sempre, a primeira a ser vendida. Vendem-sesempre as mercadorias mais velhas, consequentemente, as mercadorias existentes em estoquecorrespondem s mercadorias adquiridas mais recentemente

    Este mtodo aceito normalmente pela legislao brasileira para as empresas que nopossuem controle de estoque permanente.

    Vimos, que em nosso exemplo restaram 750 unidades em estoque.- Como asmercadorias existentes correspondem sempre s mais recentemente adquiridas, conclumos queas nossas existncias so formadas por:

    400 unidades adquiridas a $ 65,oo cada....= 26.000,00350 unidades adquiridas a $ 60,oo cada....= 21.000,00

    Soma.................................. = 47.000,00

    MERCADORIASCompras Vendas1000 unidades a 55,00 55.000,00 1.250 unidades a $ 64,00 80.000,00600 unidades a 60,00 36.000,00 Estoque final (750 unidades) 47.000,00400 unidades a 65,00 26.000,00Lucro Bruto 10.000,00Soma 127.000,00 Soma 127.000,00

    Mtodo LIFO ou UEPS.

    LIFO = Last in, first out.UEPS = ltimo a entrar, primeiro a sair.

    Este mtodo, considera que as mercadorias ou produtos vendidos correspondemsempre s ltimas aquisies, assim, permanecem em estoque sempre as mercadoriasadquiridas a mais tempo.

    Para a apurao dos estoques por este mtodo recomendamos a utilizao das fichasde estoque; uma vez que nem sempre ser a mercadoria adquirida a mais tempo a que restar

    por ocasio do inventrio.

    Entradas Sadas SaldosData Qtde Pr.Unit Total Qtde Pr Unit Total Qtde Valor01.01.a 1.000 55,00 55.000,00 1.000 55.000,00

    02.01.a 600 60,00 36.000,00 1.600 91.000,0003.01.a 600 60,00 36.000,00 1.000 55.000,0003.01.a 650 55,00 35,750,00 350 19.250,00

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    04.01.a 400 65,00 26.000,00 750 45.250,00

    MERCADORIASCompras Vendas1.000 un. a 55,00 55.000,00 1250 unid. a 64,00 80.000,00600 unid. a 60,00 36.000,00 Est. Final (750) 45.250,00400 unid. a 65,00 26.000,00Lucro bruto 8.250,00Soma 125.250,00 Soma 125.250,00

    Mtodo do Preo mdio unitrio.

    Por este mtodo os estoques so avaliados atravs de um simples artifciomatemtico: somam-se os preos unitrios pelos quais foram feitas as aquisies e o resultadodivide-se pelo nmero de aquisies efetuadas no perodo.

    Em nosso exemplo teramos a seguinte situao: (55,00 + 60,00 + 65,00) / 3 =60,00

    O nmero de unidades existente, multiplicado pelo preo mdio unitrio das comprasresultar no valor do estoque existente na data do inventrio.

    (750 x 60,00) = 45.000,00

    MERCADORIAS

    Compras: Vendas:1.000 un. a 55,00 55.000,00 1250 un. a 64,00 80.000,00600 un. a 60,00 36.000,00 Estoque final (750 un.) 45.000.00400 un. a 65,00 26.000,00Lucro Bruto 8.000,00

    Soma 125.000,00 Soma 125.000,00

    Mtodo do Preo Mdio Ponderado.

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    Este mtodo aproxima o preo mdio ao custo das mercadorias em estoque, quandono for possvel obter o custo especfico de cada artigo.

    Quantidade Preo Unitrio Total1.000 55,00 55.000,00600 60,00 36.000,00400 65,00 26.000,00

    Soma ... 2.000 Soma. 117.000,00

    Preo mdio ponderado => 117.000 / 2.000 = 58,50

    Valor do estoque => 750 x 58,50 = 43.875,00

    MERCADORIASCompras: Vendas:1000 unidades a 55,00 55.000,00 1250 unidades a 64,00 80.000,00600 unidades a 60,00 36.000,00 Estoque Final (750 unidades) 43.875,00400 unidades a 65,00 26.000,00Lucro Bruto 6.875,00

    Soma 123.875,00 Soma 123.875,00

    Mtodo do Preo Mdio Ponderado Varivel.

    Vrias so as formas de avaliao dos estoques pelo preo mdio ponderado. Estemtodo pode ser usado, fazendo as avaliaes, por perodos de tempo determinado, comouma semana, um dia, como pode tambm, ser usado em cada operao.

    Entra das Sadas Saldos Preo

    Data Qtde P.Unit Total Qtde P.Unit Total Qtde Valor Mdio01.01 1.000 55,00 55.000,00 1.000 55.000,00 55,0002.01 600 60,00 36.000,00 1.600 91.000,00 56,8803.01 1.250 56,80 71.100 350 19.900,00 56,8804.01 4400 65,00 26.000,00 750 45.900,00 61,20

    MERCADORIASCompras Vendas1.000 unidades a 55,00 55.000,00 1.250 unidades a 64,00 80.000,00

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    600 unidades a 60,00 36.000,00 Estoque final (750 un.) 45.900,00400 unidades a 65,00 26.000,00Lucro bruto 8.900,00

    Soma 125.900,00 Soma 125.900,00

    Comparao entre os mtodosEstoque Final Lucro Bruto

    M t o d o Quantidade ValorCusto especfico 750 46.450,00 9.450,00Custo mais recente 750 48.750,00 11.750,00

    Mtodo FIFO/PEPS 750 47.000,00 10.000,00Mtodo LIFO/UEPS 750 45.250,00 8.250,00Preo Mdio Unitrio 750 45.000,00 8.000,00Preo Mdio Ponderado 750 43.875,00 6.875,00Preo Mdio Ponderado Varivel 750 45.900,00 8.900,00

    Concluso.

    Observando a tabela acima podemos, com toda a facilidade, concluir que o lucro bruto varia aritmeticamente na mesma proporo que varia o valor do estoque, dondepodemos afirmar que um estoque superavaliado aumenta os lucros e um estoque subavaliadoreduz os lucros da empresa pelo mesmo valor, ou seja:

    Quando se avalia o estoque para mais, o lucro bruto aumenta da mesmaimportncia com que se aumentou o valor dos estoques;Quando se avalia o estoque para menos, o lucro bruto diminui da mesmaimportncia com que se diminuiu o valor dos estoques.

    Outros critrios.

    Outros critrios de avaliao dos estoques podem ser utilizados, segundo anecessidade e a finalidade a que se aplicam. Damos como exemplo alguns outros critrios:

    Avaliao dos estoques pelo custo de reposio -Para conseguir maior eficcia naadministrao das vendas, as empresas costumam adotar o critrio de avaliao pelocusto de reposio com a finalidade de obter um lucro real. Sabendo-se o custo dereposio, aplica-se sobre ele um percentual de lucro para se saber o preo de venda damercadoria.

    Exemplo: Determinada mercadoria, adquirida em fevereiro, teve um custo deaquisio de $ 10,oo, est para ser vendida em agosto do mesmo ano. Ser suficiente

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    aplicar um percentual de lucro bruto sobre o custo desta mercadoria para ofert-la venda, ou seria conveniente verificar seu custo de reposio, que na data da vendaestaria por volta de $ 50,oo e sobre este custo aplicar a margem de lucro ? Para quem

    pretende continuar a negociar de extrema importncia analisar a possibilidade de repor

    o estoque vendido, para tanto a mercadoria deve, sempre, ser vendida por um preosuperior ao seu preo de reposio.

    Avaliao dos estoques pelo preo de venda ou de mercado - Esta modalidade deavaliao seria adotada no caso de venda de estabelecimento, quando todas asmercadorias seriam avaliadas pelo valor provvel da venda futura e consiste na atribuiode valor para todas as mercadorias com base no preo vigente no mercado ou por um

    preo negociado entre as partes.

    A Lei n 6404/76, em seu artigo 183, $ 4 prescreve: "Os estoques de mercadoriasfungveis destinados venda podero ser avaliados pelo valor de mercado, quando essefor o costume mercantil aceito pela tcnica contbil." Ex. agropecuria.

    Avaliao pelo custo histrico ou preo de mercado, o que for mais baixo - Estecritrio considerado como raciocnio conservador ou de prudncia, este critrio no se

    presta para avaliaes em pases com altos ndices inflacionrios.

    O INVENTRIO PERMANENTE.

    Fica evidente, aps os estudos efetuados que hoje em dia no mais possvel deixarum intervalo de tempo muito grande para efetuar o controle das existncias de mercadorias. A

    prpria legislao, obriga a se efetuar um levantamento mensal dos estoques existentes e comoo levantamento fsico dos estoques todos os meses , em muitos casos, impraticvel, torna-senecessria a existncia de um sistema que permita o controle permanente das mercadorias e

    produtos existentes em estoque, um inventrio permanente.

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    A AVALIAO DOS ESTOQUES E AS DISPOSIES DO DECRETO-LEI N.

    1.598/77.

    Inicialmente, convm que se saiba que o decreto-lei n. 1.598/77, regulamentou a Lein. 6.404/76 (Lei das Sociedades Annimas) e estendeu seus efeitos s demais espcies deempresas.

    Neste Decreto-lei foram estabelecidas normas para a avaliao dos estoques dasempresas sujeitas a tributao pelo imposto de renda, o que alcana, enfim, a grande maioriadas empresas.

    As mercadorias, matrias-primas, bens de revenda ou ingredientes de produo,

    adquiridos de terceiros, devem ser avaliados pelo seu custo mdio (neste captulo denominadode "Preo mdio ponderado varivel") ou aos preos de aquisio mais recentes.

    O preo mdio de trata o referido Decreto-lei nada mais do que o Preo MdioPonderado Varivel (assunto tratado ponto 1.7, deste captulo), enquanto o critrio deavaliao pelo preo de aquisio mais recente, ' especificamente, o mtodo de avaliao pelosistema FIFO (First in, first out. ) ou PEPS (Primeiro a entrar, primeiro a sair).

    Em concluso, a empresa que no possuir um sistema de controle permanente dosestoques dever definir o valor de suas existncias, ao final de cada perodo, por contagemfsica ao preo praticado nas compras mais recentes.

    Mantendo um sistema de contabilidade de custos integrado e coordenado com o

    restante da escriturao, a empresa poder utilizar este custo para avaliar os estoques dosprodutos em fabricao e dos acabados.

    Resumindo: Os estoques podem ser avaliados:

    a) - Mercadorias e matrias-primas:

    a-1) empresas que possuam inventrio permanente:1.- pelo preo mdio ponderado varivel;2.- pelo preo das aquisies mais recentes.

    a-2) empresas que no possuam inventrio permanente:

    atravs de contagem fsica. Avaliado ao preo das ltimas aquisies

    b) - Produtos acabados e em elaborao:b-1) para quem tenha contabilidade de custo integrada e coordenada com acontabilidade mercantil:

    1.- Pelo custo mdio ponderado de produo;2.- Pelo custo das produes mais recentes.

    b-2) Nos demais casos: por arbitramento, adotadas as seguintes bases::Os produtos acabados - por 70% do maior preo de venda,alcanado no perodo base, excludo o valor do ICMS;

    Os produtos em fabricao - por 80% do valor dos produtosacabados ou, por uma vez e meia o maior custo das matrias-primas adquiridas no perodo base.

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    CAPITULO VI.

    O CAPITAL PRPRIO OU PATRIMNIO LIQUIDO

    O Capital prprio de uma empresa o excedente do total dos valores ativos sobre o

    total dos valores passivos. O capital prprio a parcela do patrimnio de uma entidade querestaria aps a realizao de todos os valores ativos e a liquidao total dos valores passivos.O Capital prprio, ou Patrimnio Lquido, a parcela dos valores que restam do ativo de umaempresa, depois de dar cobertura todas suas dvidas.

    J vimos, no estudo da contabilidade introdutria que os valores do ativo no surgem por si s; eles tem sua origem nos capitais - nos capitais de terceiros (por compra demercadorias a prazo e por emprstimos recebidos) e nos capitais prprios da empresa.Justifica-se, assim, a denominao de SITUAO LIQUIDA ATIVA, dada ao patrimnioliquido.

    Costuma-se dividir o capital prprio em vrios grupos, de acordo com a naturezajurdica e financeira dos valores que o compem.

    O Capital prprio (patrimnio lquido) se divide em:Capital social ou individual;Reservas;Lucros acumulados

    O CAPITAL SOCIAL (OU INDIVIDUAL).

    O Capital social ou individual tambm conhecido como "Capital nominal" e tem,

    geralmente, origem externa. a parcela em dinheiro ou outros bens que os scios entregampara a formao da empresa. Representa o valor originalmente investido na empresa. Estecapital pode ser posteriormente alterado por:

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    a) - recursos externos - admisso de novo scio, novas integralizaes, etc. b) - recursos internos - proveniente dos lucros oriundos da atividade objeto da

    empresa.O valor do capital social da empresa consta de seu contrato social e deve ser

    registrado junto aos rgos competentes. Qualquer alterao no capital social, seja para maisou para menos, implica na alterao deste instrumento e no cumprimento de uma srie deformalidades legais, o que contribui para lhe dar o sentido de invariabilidade. Esta a razo

    pela qual os lucros ou prejuzos apurados em cada perodo, so registrados em contas especiais("Lucros acumulados" ou "Prejuzos a compensar") sem alterar diretamente a conta "Capitalsocial".

    No Balano o Capital social apresentado dedutivamente. Apresenta-se o Capitalsubscrito (ou Capital social) e dedutivamente o Capital a integralizar, o resultado (ou saldo) o Capital Integralizado.

    Enquanto o capital prprio essencialmente varivel, o capital social permanece, em

    geral, sem alteraes.

    RESERVAS

    As reservas tm como objetivo fortalecer, isto , aumentar a potencialidade do capitalprprio e no tem uma finalidade especfica.

    As reservas podem ser examinadas sob os seguintes pontos de vista:a - quanto s suas origens;

    b - quanto sua base jurdica;c - quanto sua exposio;d - quanto sua segurana.

    As reservas estudadas quanto sua origem: Quanto sua origem, dividimos asreservas em:

    a Reservas de lucro;Reservas de capital;

    Reservas de reavaliao do ativo.

    a) - As reservas de lucro - As reservas de lucro so formadas pela reteno de parte dos

    lucros lquidos alcanados no exerccio. Significa que os lucros que poderiam vir a serdistribudos entre os scios da empresa ficam retidos na entidade como se tivessem sidoretirados e depois entregues novamente, como se estivessem integralizando novas quotas de

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    capital. A formao das reservas no altera o capital social registrado; elas figuram como umaespcie de prolongamento (reforo) do capital social.

    Reservar, no verdadeiro sentido da palavra representa um gesto de previdncia queconsiste em reter parte dos lucros lquidos, no os distribuindo com a finalidade de reforar o

    patrimnio lquido da entidade, fortalecendo a empresa.

    .

    b) - As Reservas de capital - As reservas de capital so constitudas pelo valorcorrespondente correo monetria da conta "Capital" que calculada por ocasio de cada

    balano e da prpria conta "Reservas de Capital".. Como o valor da conta "Capital" s podeser alterado mediante alterao do contrato/estatuto social, o valor da correo monetria no

    pode ser lanado diretamente na conta mencionada. O registro desta correo monetria feito em conta aberta especialmente para este fim: Reserva de Capital.Outra forma de constituio da reserva de capital decorre do gio cobrado no ato do

    lanamento de novas aes de empresas em funcionamento. A cobrana deste gio se justificapelo seguinte: Um sociedade annima, emitiu, na poca de sua instalao 1.000 aes, no valornominal de $ 5,00, cada uma; assim, seu capital social era de (1.000 x $ 5,00) = $ 5.000,00.Durante certo perodo de sua existncia conseguiu acumular reservas de lucro no montante de$ 2.000,00; desta forma, seu capital prprio se apresentava da seguinte forma:

    1.- Capital social - 1.000 aes no valor de $ 5,00 cada. 5.000,002.- Reservas de lucro.......................................................... 2.000,00

    Patrimnio lquido............................. .................... ....... 7.000,00Isto significa que cada ao tem um valor nominal de $ 5,00 e um valor real de $ 7,00

    (7.000,00 / 1.000). Admitindo novos scios, evidente que eles devero pagar, no mnimo,

    $ 7,00 por cada ao: $ 5,00 pelo valor nominal e $ 2,00 de gio. Este gio formar a"Reserva de capital".

    c) - Reservas de reavaliao do ativo -

    Em poca de inflao, o valor histrico dos bens, mesmo depois de corrigidos, fica bastanteaqum de seu valor atual real. Esta diferena de moeda entre o valor atual do bem e o valorregistrado na escriturao contbil apresenta reflexos no patrimnio lquido da empresa atravsdo surgimento da "Reserva de Reavaliao do Ativo".

    Essa valorizao ocorre sem interferncia da desvalorizao da moeda o que significaum aumento real do capital prprio, eis que a diferena constituda pela aumento do valorcontbil do imvel representa um lucro. um lucro que no deve ser distribudo entre osscios, mas deve formar uma reserva de reavaliao.

    As reservas analisadas quanto sua base jurdica. Quanto base jurdicadividimos as reservas em:

    a) - Reservas legais;b) - Reservas estatutrias ou contratuais; e

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    c) - Reservas voluntrias ou livres.

    a) - Reservas legais As reservas legais so constitudas por fora de lei e referem-se s

    sociedades annimas para fortalecer seu patrimnio liquido, dar maior segurana aos credorese aos prprios acionistas da empresa.

    A constituio da reserva legal, prevista na Lei das Sociedades Annimas (Lei n.o6.404/76) ser formada pela deduo de 5% (cinco por cento) do lucro lquido e deixar de serobrigatria quando atingir a 20% do capital social.

    b) - Reservas contratuais ou estatutriasConsideram-se reservas estatutrias as constitudas por fora de disposio estatutria. A

    formao desta reserva depende da vontade dos acionistas que, ao elaborar o estatuto daempresa decidem sobre sua formao ou no. Sua formao se torna obrigatria quando o

    estatuto da empresa assim o dispuserAs reservas contratuais, por sua vez, so aquelas formadas por fora de disposiocontratual. No existe lei que obrigue sua formao, porm, uma vez que constem do contratosocial tornam-se obrigatrias para os dirigentes da empresa

    c) - Reservas voluntrias ou livresExistem reservas cuja formao depende exclusivamente da

    livre vontade dos scios, sua formao independe de disposio

    legal, estatutria ou contratual. A reserva livre formada

    por manifestao dos scios que decidem reservar parte do

    lucro para formar reservas e assim reforar o patrimnio

    lquido.

    As reservas analisadas quanto sua exposio.

    Quanto forma de sua exposio podemos dividir as reservas em:

    a) - Reservas expressas;

    b) - Reservas tcitas ou potenciais;c) - Reservas ocultas; ed) - Reservas fictcias.

    a) - Reservas expressas Reservas expressas so aquelas que aparecem clara e expressamenteno Balano Patrimonial das empresas. Elas aparecem de forma visvel no grupo de contas doPatrimnio Lquido e participam de forma expressa no capital prprio da empresa.

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    b) - Reservas tcitas ou potenciais As reserva tcitas ou potenciais surgem de subavaliaesinvoluntrias dos valores ativos. Um exemplo de reserva tcita so as depreciaes que,quando calculadas pelos ndices aceitos pela legislao, ultrapassam o valor real do encargo,reduzindo o valor das imobilizaes alm da realidade. A diferena entre estes valores indica a

    formao de uma reserva potencial, ou tcita.

    c) - Reservas ocultas Uma subavaliao intencional dos valores ativos gera uma reservaoculta. Tambm originam reserva ocultas a falta de reavaliao dos bens do imobilizado,quando comprovada sua necessidade.

    d) - Reservas fictciasNecessitando criar uma demonstrao contbil que favorea a opinio de terceiros,

    interessados na empresa, em gestes pouco escrupulosas usa-se o artifcio de superavaliar osbens do ativo.

    Superavaliando os bens do ativo, cria-se um patrimnio lquido maior do que arealidade; como o capital social s varia mediante alterao do contrato social, surge umareserva fictcia.

    Uma anlise das reservas quanto sua segurana.

    Quanto sua segurana, podemos dividir as reservas em:

    a) - Reservas no cobertas; eb) - Reservas cobertas.

    a) - Reservas no cobertas -O passivo representa a soma dos capitais de terceiros e capitais prprios dos quais se

    originaram os valores ativos deste mesmo balano.Todos os valores ativos tem sua origem em algum valor lanado no passivo. Depois de

    algum tempo de funcionamento no se torna mais possvel afirmar que estes ou aqueles valoresativos tenham se originado deste ou daquele valor registrado no passivo. Assim, as reservasfictcias, por no encontrarem a aplicao correspondente no ativo, so reservas no cobertas.

    b) - Reservas cobertas - Ao contrrio das reservas no cobertas, as reservas cobertas soaquelas que tem no ativo sua correspondente aplicao, mesmo que seja impossvel destacar

    precisamente o valor da aplicao a que corresponda esta reserva, uma reserva coberta..

    LUCROS ACUMULADOS.

    Ocorre freqentemente que parte do lucro lquido fica retido at que seja decidida suadestinao. Mais cedo ou mais tarde este lucro acumulado receber sua destinao especfica,

    podendo ser distribudo entre os scios, transformado em reservas ou utilizado no aumento docapital social. Por falta de desatinao especfica, este lucro retido faz parte do patrimniolquido da empresa.

    Varias so as causas da existncia dos lucros acumulados nas demonstraescontbeis. Entre elas citamos:

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    na data do encerramento do balano os scios ainda no decidiram sobre a destinaodo resultado apurado;

    a destinao do lucro cabe a certos rgos, como a assemblia geral das sociedadesannimas; os scios, por falta de dinheiro, esperam uma oportunidade para retirar seus lucros. At

    ento consideram conveniente que eles permaneam no grupo que representa opatrimnio lquido

    CAPITULO VII

    A DEPRECIAO.

    Depreciao a perda de valor til de um bem fsico, em funo do uso, da ao dotempo, da obsolescncia e de outros fatores. Somente os bens fsicos, (corpreos, tangveis)

    podem ser depreciados.

    A depreciao pode tambm ser considerada como uma parcela que se retira do lucrocom o fim especfico de formar uma proviso que permita substituir o bem depreciado sem anecessidade de recorrer a capitais de terceiros. Retira-se do lucro, anualmente, uma parcelaigual a dez por cento (ou vinte no caso de veculos) do valor do bem; como se trata de umadespesa que no implica em sada de recursos financeiros, o valor do prejuzo ficar dentro daempresa formando uma proviso at a extino da vida til do bem, quando o valor da

    proviso (depreciao acumulada) ter atingido valor igual ao valor contbil do bem do ativopermanente.

    Sob outra tica, os bens do ativo permanente tm uma vida economicamente tilrelativamente longa e durante essa vida til o valor do bem, desde que destinado a produodeve ser encarado como custo de produo, o que feito atravs da depreciao.

    Os bens intangveis, como as marcas e patentes, o fundo de comrcio, os direitosautorais, as despesas pr-operacionais, (realizadas antes de se iniciar as atividades da empresa,

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    bem como as benfeitorias edificadas em imveis de terceiros), entre outros, so "amortizveis",amortizam-se.

    Os recursos naturais, tais como as florestas, as minas e outros, so exauridos, sofremde "exausto". Apesar de tratar de fenmenos diferentes, com nomes diferentes, os clculos e

    os procedimentos contbeis no tratamento das depreciaes, amortizaes, e exaustes so osmesmos.Contabilmente depreciam-se os bens fsicos pertencentes ao ATIVO PERMANETE -

    no grupo das IMOBILIZAESA perda do valor til de um bem no pode ser contabilizada, pois sabemos que os atos

    e fatos administrativos, para serem contabilizados, precisam ter seu valor expresso em umaunidade de medida comum; assim, a perda da vida til de um bem para poder ser registrada nacontabilidade deve, em funo do princpio da HOMOGENEIDADE, ser convertida unidadede medida usual da contabilidade: a MOEDA.

    Causas da depreciao.

    As principais causas da depreciao so:a) O usob) A ao do tempoc) A obsolescncia

    Bases da depreciao.

    Trs so os elementos que contribuem para a apurao do valor da depreciao:

    1- 1- O Custo total - que compreende o custo do bem acrescido de todas asdespesas necessrias, incorridas at o momento de sua entrada emfuncionamento;

    2-3- 2- O valor residual - que compreende o valor diretamente recupervel do

    bem, quando retirado de uso, depois de transcorrida sua vida til;4-3- O tempo de vida til - apurado tecnicamente, pelo servio de engenharia -indica o percentual a ser utilizado no clculo da depreciao. Como exemplo,digamos que um bem cujo valor seja de $ 200.000,oo e que deve serdepreciado integralmente (100%) teve sua vida til estimada em 5 anos, adepreciao ser calculada na base de (100 / 5 = 20), ou 20% ao ano.

    Utilizam-se, em larga escala, os ndices tcnicos aprovados pela

    Secretaria da Receita Federal.

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    Apropriao facultativa dos encargos A apropriao como custo ou despesaoperacional dos encargos