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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” CONTABILIDADE GERENCIAL X CONTABILIDADE FINANCEIRA Por: Vicencia Gomes de Carvalho Martinez Orientador: Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves D.Sc. Rio de Janeiro 2009

CONTABILIDADE GERENCIAL X CONTABILIDADE FINANCEIRA · 2 universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo “lato sensu” instituto a vez do mestre contabilidade gerencial x contabilidade

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

CONTABILIDADE GERENCIAL

X

CONTABILIDADE FINANCEIRA

Por: Vicencia Gomes de Carvalho Martinez

Orientador:

Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves D.Sc.

Rio de Janeiro

2009

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

CONTABILIDADE GERENCIAL

X

CONTABILIDADE FINANCEIRA

OBJETIVOS:

Esta pesquisa busca estudar e identificar o

ponto de equilíbrio entre a contabilidade

financeira e a contabilidade geral.

3

AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus que me dá forças e

sabedoria todos os dias, a meu filho e meu

marido que abdicaram de minha presença

para meu mergulho nos estudos.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a

memórias de meus pais que

sempre acreditaram e me

incentivaram.

Tenho certeza que continuam

torcendo por mim lá no céu.

5

RESUMO

Nesta monografia é estudada a diferença e característica entre a

contabilidade financeira e a contabilidade gerencial.

Logo no primeiro capítulo é analisado como é elaboradora o plano de

contas, fundamentos da estruturação e condições a serem observados para

elaboração do plano de contas, métodos das partidas dobradas, como funciona a

mecânica do débito e crédito, o que são as contas patrimoniais e de resultado, o

que são contas retificadoras e quais os relatórios apresentados conforme as leis e

quais leis para a contabilidade financeira.

No segundo capítulos é pesquisado as características da contabilidade

gerencial, regime de competência e implicações comportamentais.

No terceiro capítulos é estudo as diferenças entre a contabilidade financeira

e a contabilidade gerencial.

6

METODOLOGIA

A presente pesquisa baseia-se em absorver mais conhecimento pela

aproximação ao assunto, de forma a melhor compreender o universo estudado e

“afinar” seu relacionamento com o problema proposto. Através dela o pesquisador

obtém um aprofundamento no assunto, identificando os fatores históricos que o

envolvem. A pesquisa bibliográfica citada acima e o levantamento de informações

no próprio campo são recursos usados neste tipo de pesquisa

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

CARACTERISTICAS DA CONTABILIDADE FINANCEIRA 10

CAPÍTULO II

CARACTERISTICAS DA CONTABILIDADE GERENCIAL 26

CAPÍTULO III

DIFERENÇA ENTRE A CONTABILIDADE GERENCIAL E A CONTABILIDADE

FINANCEIRA 33

CONCLUSÃO 37

ANEXOS 40

ÍNDICE 56

ÍNDICE DE FIGURAS 58

8

INTRODUÇÃO

A presente pesquisa tem como objetivo identificar e descobrir o ponto de

equilíbrio entre a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial.

Ao decidir por este tema muitas dúvidas existem, pois tanta importância é dada à

contabilidade gerencial, quando junto aos órgãos públicos o que vale é a

contabilidade financeira.

Porque existe tanta aflição quando existe uma diferença muito grande entre

a contabilidade gerencial e a contabilidade financeira?

Se a contabilidade financeira é o retrato estático num determinado período

do exercício, no que pode auxiliar a contabilidade gerencial.

O trabalho de pesquisa tenta definir as duas contabilidades. Cada qual com

sua característica, importância, objetivos e pontos de relevância dentro de uma

determinada entidade.

O que se pode determinar com a contabilidade gerencial. A onde a

entidade pode chegar com os relatórios oriundo desta área.

No que pode influenciar nas decisões de alta gestão os relatórios oriundos

na contabilidade financeira e na contabilidade gerencial.

Sabemos que hoje em dia as grandes entidade necessitam apoiar-se em

dados para a tomada de decisões.

O mundo globalizado não dá oportunidades para erros que poderão

influenciar no futuro de empresas. As decisões devem ser rápidas e precisas.

9

CAPÍTULO I

CARACTERÍSTICAS DA CONTABILIDADE FINANCEIRA

A Contabilidade Financeira é a informação contábil desenvolvida para os

usuários internos e externos, como acionistas, fornecedores, bancos e agências

reguladoras governamentais.

Necessidades dos usuários internos (sócios e gestores):

- Aumentar ou reduzir investimentos;

- Aumentar o capital ou emprestar recursos de terceiros;

- Expandir ou reduzir as operações;

- Diversificar ou concentrar as operações comprando a vista ou a prazo;

Necessidades dos usuários externos:

Para as instituições financeiras:

- Conceder ou não empréstimos;

- Estabelecer termos do empréstimo (volume, taxa, prazo e garantias).

Para fornecedores em geral:

- Conceder ou não crédito, em que valor e qual prazo.

Para Investidores:

- Investir ou não em ações na bolsa de valores;

- Adquirir ou não o controle acionário da entidade.

Para Conselho Monetário de Valores e entidades reguladoras:

- Observar se as demonstrações atendem aos requisitos legais e regulamentares;

- Buscar indícios de abusos econômicos ou concorrências.

10Para Judiciário:

- Solicitação e apreciação objetiva de perícias.

Para o Fisco;

- Verificar o cumprimento da legislação tributária;

- Buscar indícios de sonegação de tributos.

A contabilidade financeira é organizada a partir do chamado Plano de

Contas que é o conjunto de contas criado pelo contador, para atender às

necessidades de registro dos fatos administrativos, de forma a possibilitar a

construção dos principais relatórios contábeis e atender a todos os usuários da

informação contábil.

Esse conjunto de Contas é chamado de Plano de Contas, porque, na

realidade, ele é criado antecipadamente ao uso de tais contas. Por isso, o

contador tem de planejar a estruturação do Plano de Contas, de maneira que a

sua principal ferramenta seja criada para lhe possibilitar o melhor dos resultados

no trato com as informações contábeis.

Nenhuma entidade, pública e privada, poderão gabar-se de possuir um bom

serviço de contabilidade se não dispuser de um plano de contas próprio. É a peça

de maior importância dentro da organização contábil. Sem ele não se pode nem

mesmo dar início aos registros contábeis.

Técnica tradicional da contabilidade de ordenação das contas, de forma

lógica e estruturada, para melhor compreensão do conjunto patrimonial

sistematização do trabalho contábil. O principal objetivo das contas é possibilitar o

registro dos lançamentos contábeis de forma a criar condições ótimas de

classificação e acumulação de dados.

111.1 - Condições a serem observadas para elaboração do plano de

contas

Alinhamos a seguir as principais observações a serem seguidas na

estruturação do plano de contas para um sistema contábil gerencial:

• Deve atender primeiramente às necessidades específicas de cada empresa

e suas segmentações de responsabilidade e às necessidades de

informação de todos os usuários das informações contábeis;

• O ponto de partida é a necessidade de informações contábeis requeridas

pelo dirigente máximo da empresa, sendo o papel do contador apenas de

monitoramento e aconselhamento;

• Partindo das informações dos dirigentes máximo, e seguindo em ordem

hierárquica, atender aos demais usuários da informação contábil por toda

empresa;

• A classificação deve partir do geral para o particular;

• A classificação deve partir do detalhamento adequado ao Balanço

Patrimonial, Demonstração de Resultados e Fluxo de Caixa, que são os

modelos de decisão mais importante de caráter global da empresa;

• As contas devem ser codificadas dentro do possível, ou conterem

elementos claros para rápida identificação e assimilação do que

representam;

• Os agrupamentos devem ser feitos pensando nos relatórios ou telas que

deles se organizarão;

• Os títulos das contas devem refletir imediatamente os elementos

patrimoniais que representam - devem ser claros e sucintos;

• Deve ter flexibilidade (margem para ampliação) e operacionalidade.

1.2 - Fundamentos da estruturação do plano de contas

12Dentro das condições básicas de integração e navegabilidade de dados,

são esses os fundamentos para estruturação dos planos de contas:

• A estruturação do plano de contas deve propiciar a apresentação da

informação do modo automático para os relatórios futuros, para evitar o re-

trabalho e redundância de dados;

• Deve propiciar a informação no grau de detalhamento necessário, evitando-

se informações relevantes de modo aglutinado, que não permita

compreensão e decisão;

• Deve ser estruturada para manter o inter-relacionamento completo entre as

contas afins do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultados;

• Para tanto, devem ser criadas tantas contas adicionais quantas forem

necessárias para atender aos três fundamentos anteriores.

Cada entidade tem um plano de contas que lhe foi projetado sob medida, isto

é, em perfeita harmonia com a sua espécie de atividade, grandeza patrimonial,

constituição jurídica e disposições legais às quais se subordina. Isto significa que

não haverá dois planos de contas exatamente iguais. Há, isto sim, uma certa

tendência de padronização estrutural dos planos de contas dentro de grupos de

empresas filiadas à mesma atividade - isto é, os planos de contas das entidades

bancárias, por exemplo, têm semelhança estrutural, muito embora, ao serem

comparados, os planos de contas de todas essa entidades, verifica-se que são

diferentes entre si em muitos aspectos particulares.

Cada plano, analisado isoladamente, leva a marca da direção da empresa a

que pertence; ele está identificado particularmente pelos problemas especiais da

empresa e pela filosofia do trabalho por ela adotada. Assim acontecem nos grupos

industriais, comerciais, agro-pastoris, de transportes, comunicações, entidades de

finalidades não lucrativas, entidades governamentais, etc.

13

Os planos de contas de empresas industriais, por exemplo, têm uma

semelhança estrutural genérica que caracteriza a atividade fabril; há também uma

semelhança estrutural específica que caracteriza, dentro do setor industrial, a

espécie de indústria; assim os planos de contas das fábricas de tecidos têm entre

si uma semelhança estrutural específica diferente da semelhança de estrutura dos

planos de contas das indústrias automobilísticas, e assim por diante.

A lei, quase sempre interfere na elaboração dos planos de contas de certas

entidades que desenvolvem atividades sob controle estatal, sendo essas

organizações obrigadas a adotar planos de contas de estrutura geral padronizada.

A padronização legal, às vezes, se resume na forma de registrar certas

operações, outras vezes na forma de apresentar os relatórios, ou no uso

compulsório de certas intitulações de contas. É o que acontece, por exemplo, com

a planificação de contas dos estabelecimentos bancários que, além de seguirem

as normas usuais de sua atividade, estão sujeitos à legislação das sociedades

anônimas e às instruções baixadas pelo Banco Central do Brasil.

Igualmente, as companhias de seguros obedecem, na elaboração de seus

planos de contas; à legislação específica que controla a atividade securitária no

país; o mesmo acontece com as cooperativas, com as empresas de transportes,

companhias de comunicações, empresas agro-pastoris, etc.

Como não poderia deixar de acontecer, a administração pública deve organizar

suas contas de conformidade com o padrão legal estabelecido pela Lei Federal n.º

4320, de 17 de março de 1964. Essa lei padroniza a estrutura dos balanços

patrimoniais, financeiro e orçamentário, indicando até as denominações dos

grupos de contas e de muitas contas de primeiro, segundo e terceiro graus. Assim,

tanto o Governo Federal como os Governos Estaduais, Municipais e

14correspondentes autarquias são obrigadas a estruturar suas contas em rigorosa

consonância com a legislação financeira nacional.

É certo que os planos de contas entre si, em razão da grandeza orçamentária,

dos problemas específicos de cada região e de cada local do País. Entretanto,

todos eles, sem exceção, em sua estrutura fundamental, obedecem aos padrões

legais instituídos pelos Anexos n.º 12, 13, 14 e 15 da Lei Federal n.º 4.320/64.

1.3 – Classificação das contas

As contas têm a função de ordenar o patrimônio e evidenciar os fatos que

alteram sua estrutura, elas são o principal instrumento da técnica contábil. São

elas:

• Patrimoniais – contas de ativo e passivo que representam bens, direitos e

obrigações e o patrimônio líquido.

• De Resultado – representam as despesas, as receitas, os ganhos e as

perdas, ou seja, as operações que provocam alterações no Patrimônio

Líquido.

Toda empresa obrigada a manter uma estruturação contábil deve efetuar um

estudo preliminar sobre quais contas utilizará para registros de suas operações. O

resultado deste é uma relação de contas elaborada pelo contabilista que servirá

como guia nas tarefas contábeis. Esta relação é conhecida como Plano de

Contas. O Plano de Contas é estruturado de forma ordenada e leva em

consideração algumas características funcionais, tais como:

• Tamanho da empresa - se é micro, pequena, média ou grande empresa.

• Ramo de Atividade - de acordo com os objetivos de cada empresa, as

características do seu ramo de atividade.

15• Sistema Contábil - a contabilidade pode ser executada em modalidades

diferentes conforme a disponibilidade de recursos materiais e humanos da

empresa, pode ser manual, mecanizada ou eletrônica.

• Interesse dos usuários - as pessoas que utilizam a contabilidade sejam elas

gerentes ou administradores interessados em definir que tipo de informação

contábil deseja.

• Estrutura do Plano de Contas - as contas patrimoniais que compõem o

balanço devem ser dispostas em grupos e grau decrescentes de liquidez

para facilitar a interpretação e análise da situação financeira.

As Contas de Resultado, ou seja, receitas e despesas não aparecem no

Balanço uma vez que no processo contábil de encerramento de exercício os seus

saldos devem ser zerados para apuração do resultado lucro ou prejuízo.

1.4 – Codificação do plano de contas

O Plano de Contas apresentado pode, por exemplo, ser codificado da

seguinte maneira: inicia-se com a unidade "1" para todas as contas do Ativo; com

a unidade "2" para todas as contas do Passivo; com a unidade "3" para todas as

contas do Patrimônio Líquido; com a unidade "4'' para todas as contas de Receita

e Deduções da Receita e com a unidade "5" para as contas dedutivas no

resultados (custos, despesas, participações, etc.). Exemplo:

1. Ativo.

1.1 Ativo Circulante

1.1.1 Ativo Circulante Caixa

1.1.2 Ativo Circulante Bancos.

Isto facilita muito o lançamento em sistemas informatizados.

161.5 – Método das partidas dobradas

Segundo a essência do método, hoje universalmente aceito, o registro de

qualquer operação implica que um débito ou mais de um débito em uma ou mais

de uma conta devem corresponder a um crédito de equivalente em uma ou mais

contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual a soma dos

valores creditado."Não há débito(s) sem crédito(s) correspondente(s) ou vice-

versa "CONTROLE INDIVIDUAL POR CONTAS

Exemplo: Já existia inicialmente um saldo de 250, portanto com mais um depósito

de 200 o saldo passou a ser 450.Conta Caixa Código 1.1.1Data: Operações:

Débito Crédito D/C Saldo 03/04/00 01 Depósito Banco "X " 200 *** D 450

05/04/00 02 Saque Dinheiro 100 *** C 350

RAZÃO.

É um livro não exigido pela legislação comercial, é facultativo. Todavia dado

a sua eficiência é indispensável a qualquer tipo de empresa. É instrumento valioso

para o desempenho da contabilidade. O registro no razão é realizado em contas

individualizadas, assim teremos um controle por conta. Antigamente o razão se

atribuía em forma de livro onde para cada página se atribuía ao título de uma

conta.

1.6 – A mecânica do débito e crédito

Quando fazemos um lançamento contábil no lado direito da conta estamos

creditando esta conta e quando fazemos um lançamento no lado esquerdo

estamos debitando. Para facilitar o entendimento deste assunto vejamos a

definição de alguns termos contábeis:

• SALDO - diferença entre o total dos débitos e total dos créditos feitos numa

conta em determinado período. Se o valor dos débitos for menor que o dos

17créditos a conta terá um saldo devedor e se ocorrer o contrário a conta terá

um saldo credor.

• DÉBITO - significa um investimento de aplicação de capital. Debitamos ou

registramos a débito: aumento em contas do Ativo; aumento em contas do

Passivo e as Receitas, Rendas, Ganhos e Lucros.

1.7 – Contas Patrimoniais

1.7.1 Contas do Ativo

Os elementos que compõem o Ativo ficam do lado esquerdo do balanço e

devem sempre apresentar saldos devedores. Para que uma conta do Ativo tenha

saldo devedor é necessário que os aumentos e as diminuições nela ocorridos

sejam assim registrados: Para qualquer contado Ativo (Exceto as Contas

Retificadoras ou Redutoras) Débito Crédito(+) aumentos (-) diminuições.

1.7.2. Contas do Passivo e Patrimônio

Desde que as contas do Passivo sempre apareçam do lado direito do balanço

deve acontecer com elas o inverso que acontece no Ativo, isto é, os aumentos e

diminuições devem ser registrados. Para qualquer conta do passivo (Exceto as

Contas Retificadoras) Débito Crédito (-) diminuições (+) aumentos.

1.7.3. Contas de resultado

Resultados obtidos periodicamente pelo confronto entre as contas de

receitas, custos e despesas representam uma das principais causas das variações

do Patrimônio Líquido. Quando o resultado é positivo aumenta o Patrimônio

Líquido e diminui o negativo, assim quando a Receitas for maior que a soma de

Custos e Despesas temos Lucro e quando a Receita for menor do que a soma de

18Custos e Despesas, temos Prejuízo.Assim considerando a equação patrimonial de

que Ativo é igual ao Passivo Exigível mais Patrimônio Líquido, ou ainda que Ativo

mais Passivo Total e o fato de que o lançamento à crédito aumenta o Patrimônio

Líquido concluímos que o Lucro é um lançamento à crédito do Patrimônio Líquido.

Como as receitas geram Lucro e os Custos e as Despesas o reduzem vemos que:

Têm seus aumentos por crédito.Têm seus aumentos por débito.

1.7.4. Contas retificadoras do ativo

Estas são contas do Ativo com características de contas do Passivo, assim

sendo têm funcionamento inverso às do Passivo, estas contas ficam do lado

esquerdo do balanço e devem sempre apresentar saldos credores. Para que uma

conta do Ativo tenha um saldo credor é necessário que os aumentos e

diminuições nela ocorridos sejam assim registrados: As diminuições geram

lançamentos a débito e os aumentos a crédito.

1.7.5. Contas retificadoras do passivo

Estas são contas do Passivo com características do Ativo, assim sendo,

têm função inversa às do Ativo, estas contas ficam do lado direito do balanço e

devem sempre apresentar saldos devedores. Para que uma conta do Passivo

tenha saldo devedor é necessário que os aumentos e diminuições nela ocorridos

sejam assim registrados: As diminuições geram Lançamentos à crédito e os

aumentos à débito.

1.8 – Resumo do mecanismo de débito e crédito

Pode-se dizer que para os aumentar o Ativo têm um débito e para diminuí-

lo temos um crédito. Com o Passivo acontece o inverso, para aumentá-lo temos

19um crédito e para diminuí-lo temos um débito.

1.9 – Relatórios

As informações da contabilidade financeira são relatadas em

Demonstrativos Contábeis úteis para os usuários da contabilidade, como por

exemplo, administradores, acionistas, credores, instituições governamental e

público em geral.

Segundo WARREN7, “Na medida em que a administração usa esses

demonstrativos contábeis para dirigir operações atuais e planejar operações

futuras, as duas áreas contábeis sobrepõem-se”. A demonstração Contábil

objetiva e periódica relata os resultados das operações e a condição financeira da

empresa de acordo com os princípios fundamentais da contabilidade (DFC’s).

Para fins de atendimento dos usuários da informação contábil, a entidade

deverá apresentar suas demonstrações contábeis (também usualmente

denominada "demonstrações financeiras") de acordo com as normas

regulamentares dos órgãos normativos.

Segundo o IBRACON (NPC 27), "as demonstrações contábeis são uma

representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em

determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo

nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer

informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo

financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de usuários

na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram os

7 Warren, Carl s. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Pioneira, 2001 p. 03.

20resultados do gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são

confiados".

Tais informações, juntamente com outras constantes das notas explicativas

às demonstrações contábeis, auxiliam os usuários a estimar os resultados futuros

e os fluxos financeiros futuros da entidade.

1.9.1. Componentes

Um conjunto completo de demonstrações contábeis inclui os seguintes

componentes:

1. Balanço patrimonial;

2. Demonstração do resultado;

3. Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, podendo ser substituído

pela demonstração das mutações do patrimônio líquido;

4. Demonstração dos fluxos de caixa;

5. Demonstração do valor adicionado, se divulgada pela entidade;

6. Notas explicativas, incluindo a descrição das práticas contábeis.

De acordo com o § 1º do artigo 176 da Lei 6.404/76, as demonstrações de

cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das

demonstrações do exercício anterior.

1.9.1.1 Balanço Patrimonial

Conforme Lei 6.404/76 (artigos 176 a 182 e artigo 187) e NBC T.3, o Balanço

Patrimonial é constituído pelo Ativo, pelo Passivo e pelo Patrimônio Líquido.

21O Ativo compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos

controlados pela entidade, capazes de gerar benefícios econômicos futuros,

originados de eventos ocorridos.

O Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações

para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a

sua liquidação.

O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade, e seu

valor é a diferença positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo. Quando o

valor do Passivo for maior que o valor do Ativo, o resultado é denominado Passivo

a descoberto. Portanto, a expressão Patrimônio Líquido deve ser substituída por

Passivo a descoberto.

1.9.1.2. Demonstração do Resultado

O artigo 187 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades

por Ações) instituiu a Demonstração do Resultado do Exercício.

A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal

apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto

de operações realizadas num determinado período, normalmente, de doze

meses.

De acordo com a legislação mencionada, as empresas deverão na

Demonstração do Resultado do Exercício discriminar:

A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e

os impostos;

• A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços

vendidos e o lucro bruto;

22• As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das

receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas

operacionais;

• O lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;

• O resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para

o imposto;

• As participações de debêntures, empregados, administradores e partes

beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de

instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que

não se caracterizem como despesa;

• O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do

capital social.

1.10 – Transcrição do Balanço Patrimonial e da Demonstração de

Resultados

Após ter efetuado todos os lançamentos de encerramento do exercício, no

livro diário, devem ser transcritos também o balanço patrimonial e a demonstração

do resultado do exercício, além da demonstração dos lucros ou prejuízos

acumulados, com a data e assinatura dos administradores e do responsável pela

contabilidade, com respectivo CRC.

Observar que, no caso de Sociedades Anônimas, além do balanço

patrimonial e da demonstração do resultado, há necessidade de publicar,

conforme Lei 6.404/76:

• A demonstração da mutação do patrimônio líquido;

• As origens e aplicações de recursos (para exercícios encerrados até

31.12.2007);

23• A demonstração dos fluxos de caixa (para exercícios encerrados a partir de

01.01.2008);

• A demonstração do valor adicionado - DVA (para exercícios encerrados a

partir de 01.01.2008) e

• As notas explicativas.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), através do Ofício Circular CVM nº

01/2007, estabeleceu regras para as normas contábeis pelas Companhias

Abertas, incluindo as informações obrigatórias na publicação das demonstrações

financeiras.

24

CAPITULOS II

CARACTERISTICAS DA CONTABILIDADE GERENCIAL

As informações da contabilidade gerencial incluem dados históricos e

estimados usados pela administração na condução de operações diárias, no

planejamento das operações futuras e no desenvolvimento de estratégias de

negócios integradas. As características da contabilidade gerencial são

influenciadas pelas variadas necessidades da Administração.

Os relatórios de contabilidade gerencial fornecem medidas objetivas de

operações passadas e estimativas subjetivas de futuras decisões. O uso de

estimativas subjetivas nesses relatórios auxilia a administração a responder às

oportunidades de negócios. A contabilidade gerencial fornece as informações

claras, precisas e objetivas para a tomada de decisão.

Se informação contábil é um instrumento para a tomada de decisões,

portanto, deve atender a todos os objetivos a que se destina, com

responsabilidade, observando-se os benefícios e custos, relevância, bem como

padrões de confiabilidade.

É forçoso lembrar que Contabilidade moderna deve ser estruturada visando

ser um instrumento de informação, decisão e controle, fornecendo informações

capazes de atender plenamente os objetivos dos usuários.

25Cada vez mais, a informação deve aparecer no suporte do ciclo de

planejamento, execução e controle, que auxilia no processo de gestão, daí a

necessidade imprescindível da Ciência Contábil na figura de sua técnica como

instrumento de apoio à gestão dos negócios.

Por não se prender a nenhuma obrigação legal, cabe ao administrador

determinar quais os procedimentos que mais lhe convêm para demonstrar as

informações gerenciais de que necessita para a tomada de decisões.

A informação contábil gerencial deve ser claras, precisas, rápidas e

dirigidas.

São características da informação gerencial: comparabilidade, confiança

tempestividade, detalhamento adequado e relevância.

De longa data, contadores, administradores e responsáveis pela gestão de

empresas se convenceram que amplitude das informações contábeis vai além do

simples cálculo de impostos e atendimento de legislações comerciais,

previdenciárias e legais.

Além do mais, o custo de manter uma contabilidade completa (livros diário,

razão, inventário, conciliações, etc.) não é justificável para atender somente o

fisco. Informações relevantes podem estar sendo desperdiçadas, quando a

contabilidade é encarada como um mero cumprimento da burocracia

governamental.

26Os gestores de empresas precisam aproveitar as informações geradas pela

escrituração contábil, pois obviamente este será um fator de competitividade com

seus concorrentes: a tomada de decisões com base em fatos reais e dentro de

uma técnica comprovadamente eficaz – o uso da contabilidade.

A contabilidade gerencial não “inventa” dados, mas lastreia-se na

escrituração regular dos documentos, contas e outros fatos que influenciam o

patrimônio empresarial.

A gestão de entidades, sabidamente, é um processo complexo, inesgotável,

mas pode ser facilitada quando se tem uma adequada contabilidade.

Dentre as vantagens de utilizar-se de dados contábeis para gerenciamento,

podemos listar:

a) Apuração de custos

b) Projeção do fluxo de caixa

c) Análise de desempenho (índices financeiros)

d) Cálculo do ponto de equilíbrio

e) Determinação de preços de vendas

f) Planejamento tributário

g) Controles orçamentários

h) Teoria das Restrições(TOC)Contabilidade por Ganho

i) Balanced Scorecard

j) ABM/GECON - Sistema de Informação de Gestão Econômica

27O objetivo dos relatórios e seus destinatários são facilitar o planejamento,

controle, avaliação de desempenho e tomada de decisões pelos usuários internos

(sócios e gestores).

As espécies e forma dos relatórios são orçamentos, relatórios de

desempenho, de custos e outros não rotineiros para facilitar a tomada de

decisões, elaborados de forma detalhada, com especificidades de partes da

entidade, como produtos, departamentos e outros com liberdade quanto à forma

de elaboração.

A freqüência dos relatórios e seu horizonte temporal são relatórios anuais,

semestrais ou trimestrais, conforme a legislação, com abrangência desse período.

Relatórios produzidos sempre que necessários pela administração, com horizonte

temporal variável, que vai desde horas a vários anos.

O enfoque temporal dos valores utilizados são históricos e esperados

(orientação para o futuro). Uso formal de registros históricos e orçamentos.

A base de mensuração dos dados é utilizado em moeda corrente ou em

outras moedas como a moeda estrangeira – moeda forte, medidas físicas etc.

Não existem restrições nas informações Princípios Fundamentais de

Contabilidade, salvo as determinadas pela própria administração, como custos ou

relevância das informações.

28As informações são montadas numa estrutura técnicas e teóricas Ciência

Contábil, Economia, Finanças, Estatística, pesquisa operacional e comportamental

etc.

Característica da informação engloba a mensuração física e operacional

(processos, tecnologia, fornecedores, competidores).

O primeiro passo para uma contabilidade verdadeiramente gerencial, é que

esta seja atualizada, conciliada e mantida com respeito às boas técnicas

contábeis.

Desta forma, pressupõe-se, entre outros, que uma contabilidade para uso

gerencial deva ter:

• Contas bancárias devidamente “fechadas” com os respectivos extratos,

sendo as diferenças demonstradas e que tais diferenças não afetem o

resultado pelo regime de competência. Admite-se, tão somente, as típicas

“pendências” bancárias, como cheques não compensados e pequenos

valores de débitos e créditos a ajustar. Valores expressivos, como débitos

de juros e encargos sobre financiamentos, devem estar contabilizados.

• Provisões de Férias e 13º Salário realizado mensalmente, com base em

relatórios detalhados do departamento de recursos humanos. A falta de

provisão mensal distorce as demonstrações contábeis, pois o regime de

competência não é atendido.

• Depreciações, amortizações e exaustões, contabilizadas com base em

controles do patrimônio.

29• Registro dos tributos gerados concomitantemente ao fato gerador,

efetuando-se também a Provisão do IRPJ e CSLL, conforme regime a que

está sujeito a empresa (lucro real, presumido ou arbitrado).

• Nas empresas que se dedicam às atividades imobiliárias, optar por

contabilizar custos orçados das obras. Outras atividades também exigirão

técnicas contábeis específicas, como as cooperativas e as instituições

financeiras.

• Receitas, custos e despesas, reconhecidas pelo regime de competência,

como detalhado adiante.

2.1 - O Regime de Competência

O reconhecimento das receitas e gastos é um dos aspectos básicos da

contabilidade que devem ser conhecidos para poder avaliar adequadamente as

informações financeiras.

Sob o método de competência, os efeitos financeiros das transações e

eventos são reconhecidos nos períodos nos quais ocorrem, independentemente

de terem sido recebidos ou pagos.

Para todos os efeitos, as Normas Brasileiras de Contabilidade elegem o

regime de competência como único parâmetro válido, portanto, de utilização

compulsória no meio empresarial.

Deve ser relevante e tempestiva, podendo ser subjetiva e possuir menor

verificação e precisão, desde que isso não prejudique a qualidade da informação.

30Os relatórios têm como perspectiva a orientação para o futuro

(planejamento, avaliação de desempenho e estabelecimento de metas) e histórica

(avaliação de resultados obtidos para orientar a tomada de decisões futura).

2.2 - Implicações comportamentais

Numa empresa estes relatórios influenciarão sobre o comportamento

cotidiano dos gestores, pois eles não possuem a rigidez dos princípios contábeis

geralmente aceitos (GAAP's), observância obrigatória da Contabilidade

Financeira.

31

CAPITULO III

DIFERENÇA ENTRE A CONTABILIDADE GERENCIAL E A

CONTABILIDADE FINANCEIRA

A contabilidade gerencial por não se prender a nenhuma obrigação legal,

cabe ao administrador determinar quais os procedimentos que mais lhe convêm

para demonstrar as informações gerenciais de que necessita para a tomada de

decisões.

Informação contábil gerencial deve ser claras, precisas, rápidas e dirigidas.

São características da informação gerencial: comparabilidade, confiança,

tempestividade, detalhamento adequado e relevância.

• A comparabilidade pode ser entendida sob os seguintes enfoques:

• Comparação com períodos passados;

• Comparação com padrão setorial;

• Comparação com períodos orçados;

• Comparação com padrões internacionais;

• Comparação com empresas concorrentes.

O mais importante para o contador ou administrador gerencial da empresa

(controller) não é saber calcular, mas interpretar indicadores e elaborar relatórios

32com os pontos fortes e fracos do processo operacional e financeiro da empresa,

visando propor alternativas de curso futuro.

O limite entre a Contabilidade financeira e a Contabilidade Gerencial é difícil de

ser determinado, já que, em vários casos, há o entrelaçamento entre técnicas

puramente contábeis e gerenciais, com a formação de uma fronteira difusa entre

essas áreas.

As demonstrações contábeis representam, de certa forma, a fronteira entre a

Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial. Não se pode afirmar,

contudo, que tais peças contábeis, apenas por serem o último degrau da

Contabilidade Financeira e por servirem preponderantemente aos interessados

externos, não sejam importantes, ao menos como ponto de partida, para a

contabilidade gerencial e para a administração. Isso porque elas podem servir

como indicadores válidos de desempenho, mesmo que em largos traços, e ser

utilizadas no modelo provisional da gerência.

A Análise de Balanços, por exemplo, serve tanto para quem está emprestando

os recursos na avaliação da segurança do retorno do empréstimo ou

financiamento como para a administração na avaliação da tendência da empresa.

Ambos utilizarão os mesmos índices, porém com visões diferenciadas.

Pouca importância terá uma informação contábil se a utilidade a que se destina

é nula.

33Segundo IUDÍCIBUS5, a contabilidade pode ser conceituada como sendo:

“... o método de identificar, mensurar e comunicar informação econômica,

financeira, física e social, a fim de permitir decisões e julgamentos adequados por

parte dos usuários da informação”.

Os tempos atuais, a Informação é uma poderosa ferramenta de gestão a

disposição dos empresários, ou seja, através das informações extraídas das

demonstrações contábeis.

Segundo WARREN6, a informação contábil é dividida em duas áreas:

financeira e gerencial. O diagrama abaixo ilustra as relações entre as

contabilidades financeira e gerencial.

5 IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1997 p. 08 6 Warren, Carl s. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Pioneira, 2001 p. 02.

34

CONTABILIDADE CONTABILIDADE

FINANCEIRA GERENCIAL

Usuários:

Características:

As informações da contabilidade financeira são relatadas em

Demonstrativos Contábeis úteis para os usuários da contabilidade, como por

exemplo, administradores, acionistas, credores, instituições governamentais e ao

público em geral.

Demonstrações Financeiras

Relatórios Gerenciais

Usuários Externos e Administração

Administração

Objetivo e Subjetivo

Objetivo

Preparados conforme os princípios fundamentais da contabilidade (PFC’s)

Preparados de acordo com as necessidades gerenciais

Entidade empresarial ou segmento

Entidade Empresarial

Preparadas periodicamente ou quando necessário

Preparadas Periodicamente

Figura 01. Contabilidade no contexto decisório.

35 Segundo WARREN7, “Na medida em que a administração usa esses

demonstrativos contábeis para dirigir operações atuais e planejar operações

futuras, as duas áreas contábeis sobrepõem-se”. As demonstrações contábeis,

objetivas e periódicas, relatam os resultados das operações e a condição

financeira da empresa de acordo com os princípios fundamentais da contabilidade

(PFC’s).

As informações da Contabilidade gerencial incluem dados históricos e

estimados usados pela administração na condução de operações diárias, no

planejamento das operações futuras e no desenvolvimento de estratégias de

negócios integradas. As características da contabilidade gerencial são

influenciadas pelas variadas necessidades da Administração.

Os relatórios de contabilidade gerencial fornecem medidas objetivas de

operações passadas e estimativas subjetivas de futuras decisões. O uso de

estimativas subjetivas nesses relatórios auxilia a administração a responder às

oportunidades de negócios. A Contabilidade gerencial fornece as informações

claras, precisas e objetivas para a tomada de decisão.

A informação contábil é um instrumento para a tomada de decisões,

portanto, deve atender a todos os objetivos a que se destina, com

responsabilidade, observando-se os benefícios e custos, relevância, e valor

previsto, bem como padrões de confiabilidade.

7 Warren, Carl s. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Pioneira, 2001 p. 03.

36É forçoso lembrar: a Contabilidade moderna deve ser estruturada visando

ser um instrumento de informação, decisão e controle, fornecendo informações

capazes de atender plenamente os objetivos dos usuários.

Cada vez mais, a informação deve aparecer no suporte do ciclo de

planejamento, execução e controle, que se consubstancia no processo de gestão,

daí a necessidade imprescindível da Ciência Contábil na figura de sua técnica

como instrumento de apoio à gestão dos negócios.

A competição está cada vez mais acirrada, exigindo que as empresas se

adaptem rapidamente. Elas precisam tornar a mudança uma norma. A

organização precisa estar preparada para esse novo desafio, que antes de

qualquer coisa é uma mudança de mentalidade. Cada vez mais o sucesso pode

durar pouco, a vantagem conseguida pode ser dissipada em muito pouco tempo.

A organização, bem como as pessoas, têm que aprender a lidar com essa "nova

mudança".

37

CONCLUSÃO

Ao terminar este trabalho de pesquisa foi possível verificar a importância da

Controladoria dentro de uma empresa.

Durante esta monografia tive a oportunidade de verificar o quanto à

contabilidade financeira, a qual atuo a vinte e três anos, pode atuar junto ao junto

escalão da empresa ajudando em decisões.

Boa parte dos problemas de gestão empresarial apresenta aspectos do tipo

financeiro. Por exemplo, a aquisição de um equipamento, interessa à função

financeira porque é uma decisão que implica em investir dinheiro. Da mesma

forma, a venda de produtos diz também respeito a finanças, uma vez que se trata

de verificar a compatibilidade entre os objetivos de venda e de cobrança de

créditos apresenta aspectos financeiros, quando avalia as condições de prazo

concedidas pelos fornecedores.

Administrar pode ser resumido a decidir e a continuidade qualquer negócio

depende da qualidade das decisões tomadas pelos seus administradores.

O campo de atuação das Finanças Empresariais abrange basicamente dois

tipos de decisões: as decisões de investimento e as decisões de financiamento.

Uma terceira decisão pode ser incluída na decisão de financiamento – a de

dividendos.

38 Por isso tudo é sonhar junto com a contabilidade gerencial o futuro e

a projeção de um crescimento em larga escala ou não em curto ou longo prazo, já

como dizia nosso professor de contabilidade gerencia “na contabilidade gerencial

o céu é o limite”.

As metas e diretrizes a serem traçadas de uma empresa dependem

do quanto ela já foi no passado – a contabilidade financeira e o quanto pode

chegar no futuro – a contabilidade gerencial.

39

BIBLIOGRAFIA

WARREN, Carl s. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Pioneira, 2001

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1997

IUDÍCBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de

Contabilidade das Sociedades por Ações, São Paulo: Atlas, 2001

www.genesis.interligis.gov.br acesso em agosto e setembro 2009.

www.cvm.gov.br acesso em agosto e setembro 2009.

www.normaslegais.com.br

www.planalto.gov.br

40

ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> Internet

Anexo 2 >> Internet

Anexo 3 >> Internet

41

ANEXO 1

INTERNET

Planalto – Lei 4320

www.planalto.gov.br

Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI No 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964.

Mensagem de veto Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei;

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 1º Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acôrdo com o disposto no art. 5º, inciso XV, letra b, da Constituição Federal.

42

ANEXO 2

Internet

Anexos das Lei 4320

www.genesis.interligis.gov.br

Anexo XII - Demonstrativo das Despesas de Pessoal em Relação à Receita Corrente Líquida 15. Despesa total com pessoal, distinguindo-a com inativos e pensionistas; Anexo XII - Demonstrativo das Despesas de Pessoal em Relação à Receita Corrente Líquida Este demonstrativo atende ao disposto no artigo 55, inciso I, alínea “a”, da LRF e deve ser publicado ao final de cada quadrimestre. As despesas de Pessoal serão computadas pelo todo, Administração Direta e Indireta, inclusive empresas estatais dependentes, separando-as por Poder Executivo, Judiciário e Legislativo, de cada ente da Federação. No caso da União e Estados que já utilizam a estrutura orçamentária definida na Portaria 42, de 1999, considera-se o 2º nível da estrutura da natureza da despesa, grupo de despesa “Pessoal e Encargos Sociais”. Para os municípios que ainda não a utilizam, o somatório dos elementos de despesas que compõem .“Pessoal e Encargos Sociais”. Essas informações devem estar agrupadas em Ativos, Inativos e Serviços de Terceirização, quando houver, nos termos do § 1º do artigo 18, ou seja, substituição de atividade e nunca de servidor, dentro dos limites do Decreto - Lei nº 200/67, regulamentado pelo Decreto nº 2.271/97. Devem ser descontadas das despesas de Pessoal, os valores liquidados com recursos

43vinculados, ou seja, receitas que financiam a Seguridade Social dos servidores inativos. Devem ser excluídos os valores referentes ao pagamento de Indenizações por Demissão e com os Programas de Incentivos à Demissão Voluntária, além das despesas com Sentenças Judiciais (Precatórios), da competência de período anterior ao da apuração. Também devem ser excluídos os valores relativos à convocação extraordinária das Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais, de acordo com inciso II do § 6º do artigo 57 da Constituição Federal. Nos casos em que não for possível a identificação por elemento de despesa, a Contabilidade deverá tratar destacada e orçamentariamente, esses fatos contábeis para que possam ser individualizados e transparentes nos demonstrativos. Obs: para efeito de limite, a despesa total com pessoal é constituída pelos componentes relacionados no artigo 18 e § 1º da LRF, ajustado pelos itens previstos nos §§ 1º e 2º do artigo 19. Modelos de Demonstrativos propostos para os Municípios da Federação (Portaria STN nº 471/00) 38 Anexo XII - Demonstrativo das Despesas de Pessoal em Relação à Receita Corrente Líquida RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL DEMONSTRATIVO DA DESPESA DE PESSOAL EM RELAÇÃO À RECEITA CORRENTE LÍQUIDA PERÍODO DE REFERÊNCIA LRF, art. 55, inciso I, alínea "a" - Anexo XII R$ mil DESPESAS LIQUIDADAS DESPESAS DE PESSOAL Últimos 12 Meses Até o Quadrimestre % da Despesa s/ RCL PODER EXECUTIVO DESPESA DE PESSOAL Pessoal Ativo Pessoal Inativo e Pensionistas (+/-) Precatórios (Sentenças Judiciais), referente ao período de apuração (-) Inativos com recursos vinculados (-) Indenizações por Demissão Outras Despesas de Pessoal (artigo 18, parágrafo 1.º) DESPESA LÍQUIDA DE PESSOAL (I) PODER LEGISLATIVO

44DESPESA DE PESSOAL Pessoal Ativo Pessoal Inativo e Pensionistas (+/-) Precatórios (Sentenças Judiciais), referente ao período de apuração (-) Inativos com recursos vinculados (-) Convocação Extraordinária (inciso II do § 6º do art. 57 da CF) (-) Indenizações por Demissão Outras Despesas de Pessoal (artigo 18, parágrafo 1.º) DESPESA LÍQUIDA DE PESSOAL (II) DESPESA LÍQUIDA TOTAL (I+II) RECEITA CORRENTE LÍQUIDA - RCL LIMITE PRUDENCIAL (1) LIMITE LEGAL (2) FONTE: (1) e (2) - Limites definidos, respectivamente, no inciso III do artigo 20 e no parágrafo único do artigo 22, da Lei Complementar n.º 101/2000. Modelos de Demonstrativos propostos para os Municípios da Federação (Portaria STN nº 471/00) 39 Anexo XII - Demonstrativo das Despesas de Pessoal em Relação à Receita Corrente Líquida Instruções de Preenchimento 1-Despesa Liquidada – A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. 1.a) Até o Quadrimestre – Neste campo registrar os valores acumulados (saldos) da despesa liquidada, relativos a cada linha do demonstrativo, para o período em referência, ou seja, de janeiro até o mês de referência, ou seja, a cada quadrimestre. 1.b) Percentual da Despesa s/ RCL - Neste caso, deverá ser calculado o valor percentual de cada linha sobre o valor da Receita Corrente Líquida. 1.c) Limite Prudencial – Neste campo deverá ser informado o valor do limite prudencial da despesa líquida de pessoal. 1.d) Limite Legal s/ RCL - Neste campo deverá ser informado o valor do limite legal da despesa líquida de pessoal. Modelos de Demonstrativos propostos para os Municípios da Federação (Portaria STN nº 471/00) 40 Anexo XIII – Demonstrativo da Dívida Consolidada e Mobiliária 16. Dívidas Consolidada e Mobiliária Anexo XIII – Demonstrativo da Dívida Consolidada e Mobiliária Este demonstrativo atende ao disposto no artigo 55, inciso I, alínea “b”, da LRF e deve ser

45publicado ao final de cada quadrimestre. Art. 29 Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições: I. Dívida Pública Consolidada ou Fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses; I- Dívida Pública Mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios. §2º- Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil. §3º- Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento. §4º- O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término de cada exercício financeiro, o montante do final do exercício anterior, somado ao das operações de crédito autorizadas para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualização monetária. Listar os valores da Dívida Consolidada e Mobiliária conforme define a Lei. No caso da Mobiliária, apenas constam os Municípios de Osasco e Campinas, os que possuem esta forma de financiamento. Os municípios de Guarulhos, São Paulo e Rio de Janeiro que possuíam dívida mobiliária, passaram-na para contratual, que seria a consolidada. RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL DEMONSTRATIVO DA DÍVIDA CONSOLIDADA E MOBILIÁRIA ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL PERÍODO DE REFERÊNCIA LRF, art. 55, inciso I, alínea "b" - Anexo XIII R$ Mil ESPECIFICAÇÃO SALDO DO EXERCÍCIO ANTERIOR 1.º QUADRIMESTRE 2.º QUADRIMESTRE 3.º QUADRIMESTRE

46I - DÍVIDA CONSOLIDADA (A) Dívida Mobiliária Outras II - ATIVO FINANCEIRO Disponibilidade Aplicações Financeiras Demais Ativos Financeiros DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA (B = I-II) RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (C) RELAÇÃO DC/RCL (A/C) RELAÇÃO DCL/RCL (B/C) FONTE: Observações: Medidas adotadas caso ultrapasse os limites estabelecidos . Modelos de Demonstrativos propostos para os Municípios da Federação (Portaria STN nº 471/00) 41 Anexo XIII – Demonstrativo da Dívida Consolidada e Mobiliária Instruções de Preenchimento Saldo do Exercício Anterior – Neste campo registrar os valores relativos aos saldos do exercício anterior, referentes ao total da dívida consolidada e seus desdobramentos nos itens especificados. 1- 1º Quadrimestre – Neste campo registrar os valores relativos aos saldos do período, referentes ao total da dívida consolidada e seus desdobramentos nos itens especificados. 2- 2º Quadrimestre – Neste campo registrar os valores relativos aos saldos do período, referentes ao total da dívida consolidada e seus desdobramentos nos itens especificados. 3- 3º Quadrimestre – Neste campo registrar os valores relativos aos saldos do período, referentes ao total da dívida consolidada e seus desdobramentos nos itens especificados. 4- Divida Consolidada Líquida – Neste campo registrar o resultado dos itens I e II, considerado o período de referência. 5- Receita Corrente Líquida – Neste campo registrar os valores da receita corrente líquida para cada período considerado. 6- Relação Percentual da DC em relação à RCL – Neste campo registrar o valor percentual da dívida consolidada em relação a receita corrente líquida. 7- Relação Percentual da DCL em relação à RCL – Neste campo registrar o valor percentual da dívida consolidada líquida em relação à receita corrente líquida.

47Modelos de Demonstrativos propostos para os Municípios da Federação (Portaria STN nº 471/00) 42 Anexo XIV – Demonstrativo dos Avais e Fianças 17. Concessão de Garantias Anexo XIV - Demonstrativo dos Avais e Fianças Este demonstrativo atende ao disposto no artigo 55, inciso I, alínea “c”, da LRF e deve ser publicado ao final de cada quadrimestre. “Inciso IV do art. 29: IV- concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;” Demonstram-se os avais e fianças assumidos pelo Município junto a instituições financeiras nacionais e estrangeiras, identificados por beneficiário dos respectivos avais e fianças. RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL DEMONSTRATIVO DAS GARANTIAS DE VALORES PERÍODO DE REFERÊNCIA LRF, art. 55, inciso I, alínea "c" - Anexo XIV R$ Mil

SALDO AVAIS CONCEDIDOS SALDO EXERCÍCIO ANTERIOR 1.º Quadrimestre 2.º Quadrimestre 3.º Quadrimestre Beneficiários FIANÇAS CONCEDIDAS Beneficiários TOTAL (A) RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (B) RELAÇÃO PERCENTUAL (A/B) FONTE: Observações: Medidas adotadas caso ultrapasse os limites estabelecidos .

Modelos de Demonstrativos propostos para os Municípios da Federação (Portaria STN nº 471/00) 43 Anexo XIV – Demonstrativo dos Avais e Fianças Instruções de Preenchimento 1-Saldo do Exercício Anterior - Neste campo registrar os valores relativos aos saldos referentes ao total das garantias concedidas, avais e finanças, identificadas por beneficiário, concedidas até o exercício anterior. 2.1- 1º Quadrimestre – Neste campo registrar os valores relativos aos saldos referentes ao total das garantias concedidas, avais e finanças, identificadas por beneficiário, concedidas até o

48período considerado. 2-2- 2º Quadrimestre – Neste campo registrar os valores relativos aos saldos referentes ao total das garantias concedidas, avais e finanças, identificadas por beneficiário, concedidas até o período considerado. 2.3- 2º Quadrimestre – Neste campo registrar os valores relativos aos saldos referentes ao total das garantias concedidas, avais e finanças, identificadas por beneficiário, concedidas até o período considerado. 3- Receita Corrente Líquida – Neste campo registrar os valores da receita corrente líquida para cada período considerado. 4- Relação Percentual – Neste campo registrar o valor da relação percentual entre as garantias concedidas e a receita corrente líquida. Nota – Caso haja extrapolado a relação percentual permitida, listar as medidas adotadas para readequação dos limites. Modelos de Demonstrativos propostos para os Municípios da Federação (Portaria STN nº 471/00) 44 Anexo XV - Demonstrativo das Operações de Crédito 18. Operações de Crédito, inclusive por Antecipação de Receita Anexo XV - Demonstrativo das Operações de Crédito Este demonstrativo atende ao disposto no artigo 55, inciso I, alínea “d” da LRF e deve ser publicado ao final de cada quadrimestre. “Inciso V do art. 29 e §s 1º, 2º 3º e 4º: V- refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária: §1º- Equipara-se a operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da Federação, sem prejuízo do cumprimento das exigências 15 e 16.” Consideram-se os valores das receitas orçamentárias de capital, detalhando especificamente as operações de crédito, internas e externas, e ainda as receitas não orçamentárias provenientes de Antecipação de Receitas Orçamentárias – ARO. RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL DEMONSTRATIVO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO, INCLUSIVE ARO ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL

49PERÍODO DE REFERÊNCIA LRF, art. 55, inciso I, alínea "d" - Anexo XV R$ Mil

ESPECIFICAÇÃO RECEITAS REALIZADAS Até o Quadrimestre Limite Valor % de comprometimento I - RECEITAS DE CAPITAL OPERAÇÕES DE CRÉDITO Internas Externas II - ANTECIPAÇÃO DE RECEITA III - TOTAL (A = I+II) IV - RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (B) V - RELAÇÃO PERCENTUAL (A/B) FONTE: Observações: Medidas adotadas caso ultrapasse os limites estabelecidos .

Modelos de Demonstrativos propostos para os Municípios da Federação (Portaria STN nº 471/00) 45 Anexo XV - Demonstrativo das Operações de Crédito Instruções de Preenchimento 1- Até o Quadrimestre - Neste campo registra os valores relativos à receita proveniente de operações de crédito e os ingressos oriundos de Antecipação de Receita – ARO. 2- Limite - Neste campo deverá conter o valor do limite e o percentual de comprometimento em relação ao quadrimestre. 3- Receita Corrente Líquida – Neste campo registrar os valores da receita corrente líquida para o período considerado. 4- Relação Percentual – Neste campo registrar o valor da relação percentual entre o total das receitas de capital e a receita corrente líquida. Nota – Caso constate que foi extrapolado a relação percentual permitida, listar as medidas adotadas para readequação dos limites.

Modelos de Demonstrativos propostos para os Municípios da Federação (Portaria STN nº 471/00)

50

ANEXO 3

INTERNET

Lei 6404

www.normaslegais.com.br

SEÇÃO II

Demonstrações Financeiras

Disposições Gerais

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:

I - balanço patrimonial;

II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;

III - demonstração do resultado do exercício; e

IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.

51 § 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes".

§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembléia-geral.

§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

§ 5° As notas explicativas devem: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

IV – indicar: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo único); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, § 3° ); (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

52e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

f) o número, espécies e classes das ações do capital social; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1°); e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 6° A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 7° A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu critério, disciplinar de forma diversa o registro de que trata o § 3° deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Escrituração

Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.

§ 1º As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses efeitos.

§ 2° A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras demonstrações financeiras. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

II – (revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

53§ 3° As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela registrados. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 4º As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados.

§ 5° As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 3° deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 6° As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstrações financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias abertas. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 7° (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

SEÇÃO III

Balanço Patrimonial

Grupo de Contas

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.

§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:

I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

54III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente.

Ativo

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;

II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;

III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;

IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

V – (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)

VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.

Passivo Exigível

Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em

55prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

Resultados de Exercícios Futuros

Art. 181. (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)

Patrimônio Líquido

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

§ 3° Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3° do art. 177 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

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SEÇÃO V

Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;

II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;

III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;

VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.

§ 2° (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638,de 2007

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I 9 CARACTERÍSTICAS DA CONTABILIDADE FINANCEIRA 9 1.1 - Condições a serem observadas para elaboração do plano de contas 11 1.2 - Fundamentos da estruturação do plano de contas 11 1.3 – Classificação das contas 14 1.4 – Codificação do plano de contas 15 1.5 – Método das partidas dobradas 16 1.6 – A mecânica do débito e crédito 16 1.7 – Contas Patrimoniais 17 1.7.1 Contas do Ativo 17 1.7.2. Contas do Passivo e Patrimônio 17 1.7.3. Contas de resultado 17 1.7.4. Contas retificadoras do ativo 18 1.7.5. Contas retificadoras do passivo 18 1.8 – Resumo do mecanismo de débito e crédito 18 1.9 – Relatórios 19 1.9.1. Componentes 20 1.9.1.1 Balanço Patrimonial 20 1.9.1.2. Demonstração do Resultado 21 1.10 – Transcrição do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultados 22 CAPÍTULO II CARACTERISTICAS DA CONTABILIDADE GERENCIAL 24 2.1 - O Regime de Competência 29 2.2 - Implicações comportamentais 30 CAPÍTULO III DIFERENÇA ENTRE A CONTABILIDADE GERENCIAL E A CONTABILIDADE FINANCEIRA 31 CONCLUSÃO 37 ANEXOS 40

58 ÍNDICE 56 ÍNDICE DE FIGURAS 58

59

ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 1 – FONTES DE INFORMAÇÃO SEGURO WARREN 34