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Escrito por Alexander Osterwalder & Yves Pigneur Tradução de Edgar Rocha Design de Alan Smith, The Movement Editor e Co-autor Tim Clark Produção Patrick van der Pijl Conjuntamente criado por 470 profissionais provenientes de 45 países Criar Modelos de Negócio Um manual para visionários, para os que alteram as regras do jogo e querem construir as empresas do futuro 2. a edição

Criar Modelos de Negócioglups.leya.com/.../Jan/criar_modelos_de_negocio_afxt.pdf · 2012-01-24 · 44 A Tela do Modelo de Negócio C Padrões 56 Desagradando Modelos de Negócio

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Escrito por

Alexander Osterwalder & Yves Pigneur

Tradução de

Edgar Rocha

Design de

Alan Smith, The Movement

Editor e Co-autor

Tim Clark

Produção

Patrick van der Pijl

Conjuntamente criado por

470 profissionais provenientes de 45 países

Criar Modelosde NegócioUm manual para visionários, para os que alteram as regras do jogo e querem construir as empresas do futuro

2.a edição

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Tem espírito empresarial?sim _______ não _______ Está constantemente a pensar sobre formas

de criar valor e construir novos negócios, ou

sobre como melhorar ou transformar a sua

organização?sim _______ não _______ Tenta descobrir formas inovadoras de fazer

negócios a fim de substituir formas velhas ou

ultrapassadas?sim _______ não _______

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Se respondeu «sim» a uma destas perguntas, seja bem-vindo ao grupo! Tem na mão um manual para visionários, para pessoas

que alteram as regras do jogo e que gostam de desafiar

os modelos de negócio desactualizados,

configurando as empresas do futuro.

É um livro destinado à criação de modelos de negócio.

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Hoje em dia estão a emergir inúmeros modelos de

negócio inovadores. Estão a ser formadas indústrias

completamente novas, ao mesmo tempo que as

antigas se esboroam. Jovens empresários lançam

desafios à velha guarda, alguns dos quais lutam

fervorosamente por se reinventarem.

Como é que imagina o modelo de negócio da sua

organização daqui a dois, cinco ou dez anos?

Estará entre os jogadores dominantes?

Defrontar-se-á com concorrentes que arvoram

novos e fantásticos modelos de negócio?

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Este livro dar-lhe-á uma compreensão profunda da natureza dos

modelos de negócio. Descreve modelos tradicionais e modelos

avançados e as respectivas dinâmicas, técnicas de inovação, formas

de posicionar o modelo num ambiente intensamente concorrencial

e formas de guiar a reestruturação do modelo de negócio da sua

organização.

Certamente que reparou que este não é um livro típico sobre es-

tratégia ou gestão. Concebemo-lo de forma a transmitir o essencial

sobre o que é preciso saber de forma rápida, simples e num formato

visual. Os exemplos são apresentados com desenhos e o respectivo

conteúdo é complementado com exercícios e cenários de workshop

que podem ser usados imediatamente. Em vez de escrever um livro

convencional sobre inovação nos modelos de negócio, tentámos

conceber um guia prático para visionários, para pessoas que alte-

ram as regras do jogo e que gostam de desafios, ansiosas por

redesenhar ou reinventar modelos de negócio. Também traba-

lhámos arduamente na criação de um livro bonito para aumentar

o prazer do seu «consumo». Esperamos que tenha tanto prazer a

utilizá-lo como nós tivemos a criá-lo.

Uma comunidade online complementa este livro (e foi parte

importante na sua criação, como se descobrirá mais adiante). Dado

que a inovação nos modelos de negócio é um domínio em rápida

evolução, o leitor pode querer ir para além do essencial apresentado

no livro Criar Modelos de Negócio e descobrir novos instrumentos

disponíveis online. Por favor, pondere a possibilidade de se juntar à

nossa comunidade de âmbito mundial de profissionais e de inves-

tigadores que criaram colectivamente este livro. No Hub, o leitor

pode participar em discussões sobre modelos de negócio, aprender

com as visões de outras pessoas e experimentar novos instrumen-

tos proporcionados pelos autores. Visite o Modelo de Negócio Hub

em www.BusinessModelGeneration.com/hub.

A inovação em modelos de negócio não é uma coisa nova.

Quando os fundadores do Diners Club introduziram o cartão de

crédito, em 1950, estavam a introduzir uma inovação no modelo de

negócio. Aplica-se o mesmo à Xerox quando em 1959 introduziu o

leasing de fotocopiadoras e o sistema de pagamento por página. De

facto, podemos seguir os traços da inovação do modelo de negócio

até ao século xv, quando Johannes Gutenberg procurou aplicações

para o mecanismo de impressão mecânica que acabara de inventar.

Mas a escala e a velocidade às quais os modelos de negócio

inovadores estão a transformar a paisagem industrial não tem pre-

cedentes. Já é tempo de os empresários, os executivos, os consul-

tores e os académicos compreenderem o impacto desta evolução

extraordinária. Está na altura de compreender e de lidar metodica-

mente com o desafio da inovação do modelo de negócio.

Em última análise, a inovação do modelo de negócio preten-

de criar valor, para as empresas, clientes e sociedade. Pretende

substituir modelos ultrapassados. Com o iPod e a loja online

iTunes.com, a Apple criou um novo e inovador modelo de negócio

que transformou a empresa na força dominante da música online.

O Skype trouxe-nos chamadas telefónicas globais escandalosa-

mente baratas, assim como chamadas Skype-a-Skype gratuitas,

com um modelo de negócio inovador construído sob a base da

tecnologia peer-to-peer. Tornou-se no maior operador de tráfego

internacional de voz. A Zipcar liberta os habitantes das cidades

do peso de comprar carro, através da oferta de aluguer de carros

à hora ou ao dia assente num sistema de adesão paga. É um mo-

delo de negócio que responde às necessidades emergentes dos

utilizadores e às preocupações ambientais prementes.

O Grameen Bank está a ajudar no combate à pobreza através de

um modelo de negócio inovador que popularizou o microcrédito

para os pobres.

Mas como é que nós podemos inventar, conceber e imple-

mentar de forma sistemática estes novos e poderosos modelos de

negócio? Como é que podemos pôr em causa, desafiar e trans-

formar modelos de negócio velhos e ultrapassados? Como é que

podemos transformar ideias visionárias em modelos de negócio que

alteram a natureza do jogo e desafiam as forças estabelecidas – ou

que rejuvenescem o modelo de negócio se nós próprios formos os

pré-estabelecidos incumbentes? O presente livro tem por objectivo

proporcionar respostas para estas perguntas.

Como a prática é melhor do que a prédica, adoptámos um novo

modelo para escrever este livro. Quatrocentos e setenta membros

do Hub da Inovação do Modelo de Negócio contribuíram com

casos, exemplos e comentários críticos ao manuscrito – e levámos a

peito esses contributos e reacções. Pode-se ler uma descrição mais

detalhada da nossa experiência no capítulo final do livro.

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Sete faces da

Inovação

do Modelo

de Negócio

O Executivo SéniorJean-Pierre Cuoni, Presidente / EFG InternationalFoco: Estabelecer um novo modelo de

negócio numa indústria antiga

Jean-Pierre Cuoni é o Presidente do

EFG International, um banco privado

que tem o que talvez seja o modelo de

negócio mais inovador do sector.

No EFG, ele está a transformar profun-

damente as relações tradicionais entre

o banco, os clientes, e os gestores das

relações com os clientes. Visionar,

construir e executar um modelo de

negócio inovador numa indústria

conservadora com players estabeleci-

dos é uma arte, a qual colocou o EFG

International entre os bancos de maior

crescimento do seu sector.

O Empreendedor InternoDagfi nn Myhre, Chefe de I&D Modelos de Negócio / TelenorFoco: Ajudar a explorar os últimos

desenvolvimentos tecnológicos com

os modelos de negócio adequados

Dagfi nn lidera uma unidade de modelo

de negócio na Telenor, um dos dez

maiores operadores de telefones

móveis do mundo. O sector das tele-

comunicações exige inovação contínua

e as iniciativas de Dagfi nn ajudam a

Telenor a identifi car e a compreender

modelos sustentáveis que exploram o

potencial dos últimos desenvolvimen-

tos tecnológicos. Graças a análises

profundas das tendências-chave da

indústria, e através do desenvolvi-

mento e utilização de instrumentos

analíticos ultra-modernos, a equipa de

Dagfi nn explora novos conceitos de

negócios e novas oportunidades.

A EmpresáriaMariëlle Sijgers, Empresária / CDEF Holding BVFoco: Tratar das necessidades de

clientes insatisfeitos e construir novos

modelos de negócio em torno deles

Mariëlle Sijgers é uma empresária

bastante completa. Em conjunto com

o seu sócio, Ronald van den Hoff, ela

está a abanar a indústria das reuniões,

dos congressos e da hospitalidade

com modelos de negócio inovadores.

Conduzida pelas necessidades dos

clientes insatisfeitos, os dois empresá-

rios inventaram novos conceitos, tais

como o Seats2meet.com, o qual per-

mite a reserva instantânea de reuniões

em locais pouco tradicionais. Juntos,

Sijgers e van den Hoff jogam constan-

temente com novas ideias de modelos

de negócio e lançam os conceitos mais

prometedores como novos negócios.

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O InvestidorGert Steens, Presidente e Analista de Investi-mento / Oblonski BVFoco: Investir em empresas com os

modelos de negócio mais competitivos

Gert ganha a vida a identifi car os

melhores modelos de negócio. Investir

na empresa errada com o modelo

errado pode custar milhões de euros

aos seus clientes e, a ele, pode custar

a reputação. Compreender modelos de

negócio novos e inovadores tornou-se

uma parte crucial do seu trabalho. Ele

vai muito além da análise fi nanceira

corrente e compara modelos de

negócio com o objectivo de detectar

diferenças estratégicas que possam

fornecer uma margem competitiva.

Gert está permanentemente à procura

de inovações nos modelos de negócio.

O ConsultorBas van Oosterhout, Consultor Sénior /Capgemini ConsultingFoco: Ajudar os clientes a questionar

os seus modelos de negócio e a conce-

ber e construir outros novos

Bas faz parte da Equipa de Inovação

nos Negócios da Capgemini. Em

conjunto com os seus clientes, ele tem

uma paixão por melhorar o desem-

penho e renovar a competitividade

através da inovação. Inovação dos

Modelos de Negócio tornou-se a parte

principal do seu trabalho por causa

da sua elevada relevância para os

projectos dos clientes. O seu objectivo

é transmitir inspiração e ajudar os

clientes com novos modelos de negó-

cio, desde a formulação da ideia até à

implementação. Para o conseguir, Bas

baseia-se na sua compreensão dos

modelos de negócio mais poderosos,

independentemente do sector.

A DesignerTrish Papadakos, Proprietária única / The Institute of YouFoco: Descobrir o modelo de negócio

adequado para lançar um produto

inovador

Trish é uma designer talentosa que tem

uma aptidão particular para captar o

essencial de uma ideia e introduzi-lo

nas comunicações do cliente. Actual-

mente está a trabalhar numa das suas

próprias ideias, um serviço que ajuda

as pessoas a fazer a transição entre

carreiras diferentes. Ao fi m de várias

semanas de investigação aprofun-

dada, ela está agora a tratar da sua

esquematização. Trish sabe que tem

de conceber o modelo de negócio

adequado para poder introduzir o seu

serviço no mercado. Ela compreende

com facilidade a parte do contacto

com o cliente – é nisso que trabalha

todos os dias como designer. Mas,

como não tem formação adequada em

gestão, precisa do respectivo vocabu-

lário e dos instrumentos para abordar

a visão geral.

O Empresário ConscienciosoIqbal Quadir, Empresário Social /Fundador da Grameen PhoneFoco: Conseguir mudanças sociais

e económicas positivas através de

modelos de negócio inovadores

Iqbal está constantemente à procura

de modelos de negócio inovado-

res com capacidade para provocar

impactos sociais profundos. O seu

modelo transformador levou o serviço

telefónico a mais de 100 milhões de

habitantes do Bangladesh, utilizando

a rede de microcrédito do Grameen

Bank. Actualmente, está à procura de

um novo modelo para levar aos pobres

electricidade a preços aceitáveis. Na

qualidade de chefe do Legatum Center

do MIT, promove a capacitação tecno-

lógica (technological empowerment)

através de negócios inovadores como

caminho para o desenvolvimento

económico e social.

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Índice

Tela

Perspectiva

Posfácio

Processo

Design

Padrões

Estratégia

O livro está dividido em cinco secções: B A Tela do

Modelo de Negócio, um instrumento para descre-

ver, analisar e desenhar os modelos de negócio, C

Padrões de Modelos de Negócio, secção baseada em

conceitos provenientes de destacados pensadores

sobre gestão, D Técnicas para o ajudar a desenhar

modelos de negócio, E Reinterpretar a estratégia

do ponto de vista dos modelos de negócio, e F Um

processo genérico para o ajudar a desenhar modelos

de negócio inovadores, ligando todos os conceitos,

técnicas e instrumentos deste livro. i A última

secção oferece uma perspectiva sobre cinco tópicos

de modelos de negócio para exploração futura.

i Finalmente, o posfácio dá uma olhadela à forma

como este livro foi feito.

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B Tela

14 Definição de um Modelo

de Negócio

16 Os 9 Blocos Constitutivos

44 A Tela do Modelo de

Negócio

C Padrões

56 Desagradando Modelos

de Negócio

66 A Grande Cauda

76 Plataformas Multilaterais

88 GRÁTIS como Modelo de

Negócio

108 Modelos de Negócio

Abertos

D Design

126 Óptica dos Clientes

134 Elaboração da Ideia

146 Pensamento Visual

160 Prototipagem

170 Contar Histórias

180 Cenários

E Estratégia

200 Meio Envolvente dos

Modelos de Negócio

212 Avaliação de Modelos de

Negócio

226 A Perspectiva do Modelo

de Negócio sobre a Estra-

tégia do Oceano Azul

232 Gerir Múltiplos Modelos

de Negócio

F Processo

244 Processo de Design do

Modelo de Negócio

i Perspectiva

262 Perspectiva

i Posfácio

274 De onde é que veio este

livro

276 Referências

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Te

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ela

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Uma linguagem partilhada para descrever, visualizar, avaliar e modificar modelos de negócio

A Tela do Modelo de Negócio

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14 Definição de um Modelo

de Negócio

16 Os 9 Blocos Constitutivos

44 A Tela do Modelo de

Negócio

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Um modelo de negócio descreve a lógica de como uma organização cria, proporciona e obtém valor.

Def_Modelo de Negócio

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O ponto de partida de qualquer boa discussão, reunião

ou workshop sobre inovação de modelos de negócio

deve ser uma compreensão partilhada daquilo que um

modelo de negócio realmente é. Precisamos de um

conceito de modelo de negócio que todos compre-

endam: um conceito que facilite as descrições e as

discussões. Temos de partir do mesmo ponto e falar

sobre a mesma coisa. O desafio é que o conceito deve

ser simples, relevante e intuitivamente compreensível,

ao mesmo tempo que não simplifica em excesso as

complexidades de como as empresas funcionam.

Nas próximas páginas, proporcionamos um conceito

que permite ao leitor descrever e pensar através do

modelo de negócio da sua organização, da dos seus

concorrentes ou de qualquer outra empresa. O con-

ceito foi aplicado e testado em todo o mundo e já está

a ser utilizado em organizações como a IBM, a Erics-

son, a Deloitte, os Serviços Públicos e Governamentais

do Canadá e muitas mais organizações.

Este conceito pode tornar-se numa linguagem parti-

lhada que permite descrever e manipular facilmente

modelos de negócio para criar estratégicas alternati-

vas novas. Sem uma linguagem comum deste tipo é

difícil desafiar sistematicamente os pressupostos dum

modelo de negócio e inovar com sucesso.

Acreditamos que um modelo de negócio pode ser

bem descrito com 9 blocos constitutivos básicos que

mostram a lógica de como uma empresa tem inten-

ções de ganhar dinheiro. Os nove blocos cobrem as

quatro principais áreas de um negócio: clientes, oferta,

infra-estrutura e viabilidade financeira. O modelo

de negócio é como o esquema de uma estratégia

destinada a ser implementada através de estruturas

organizacionais, de processos e de sistemas.

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Segmentos de Clientes Uma organização serve um ou vários Segmentos de Clientes.

Propostas de Valor Procura resolver os problemas dos clientes e satisfazer as necessidades dos clientes com propostas de valor.

CanaisAs propostas de valor são entregues aos clientes através de canais de comunicação, distribuição e vendas.

Relações com os Clientes As relações com os clientes são estabelecidas e mantidas com cada Segmento de Clientes.

Os 9 Blocos Constitutivos

SC PV CN RCB C D E

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Fluxos de Rendimento Os fl uxos de rendimento resultam de propostas de valor oferecidas com sucesso aos clientes.

Recursos-Chave Os recursos-chave são os acti-vos necessários para oferecer e entregar os elementos anterior-mente descritos…

Actividades-Chave . . . graças à execução de um certo número de actividades--chave.

Parcerias-Chave Algumas actividades são colo-cadas no exterior (outsourced) e alguns recursos são adquiri-dos fora da empresa.

Estrutura de Custos Os elementos do modelo de negócio têm como resultado uma estrutura de custos.

FR R-C AC PC ECF G H I J

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R-CRecursos-Chave

PCParcerias-Chave

ACActividades-Chave

EC Estrutura de Custos

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SCSegmentos de Clientes

RCRelações com os Clientes

PVPropostas de Valor

CNCanais

FRFluxos de Rendimento

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O Bloco Constitutivo referente aos Segmentos de Clientes defi ne os vários grupos de pessoas ou as organizações que uma empresa visa atingir e servir.Os clientes fazem parte do coração de qualquer modelo de negócio. Sem clientes (lucrativos), nenhuma empresa pode sobreviver durante muito tempo. A fi m de melhor satisfazer os clientes, uma empresa pode agrupá-los em segmentos distintos de acordo com necessidades comuns, comporta-mentos comuns ou outros atributos. Um modelo de negócio pode defi nir um ou vários Segmentos de Clientes, grandes ou pequenos. Uma organização deve tomar uma decisão consciente sobre que segmentos vai servir e que segmentos vai ignorar. Uma vez tomada esta decisão, um modelo de negócio pode ser cuidadosamente concebido em torno de uma grande compreensão das necessidades específi cas do cliente.

Os grupos de clientes representam segmentos diferentes quando: As suas necessidades exigem e justifi cam uma oferta diferenteSão contactados por Canais de Distribuição diferentesExigem tipos de relações diferentesTêm lucratividades substancialmente diferentesAceitam pagar por aspectos diferentes da oferta

Segmentos de ClientesSC

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