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CURSO LIVRE Ler Ebook AUTISMO EM PERSPECTIVA

curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

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Page 1: curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

curso livre

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AUTISMO EM PERSPECTIVA

Page 2: curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

ApoioNúcleo de Apoio Psicopedagógico – NUAPNúcleo de Inclusão e Acessibilidade – NIA

Organização

Ana Clarisse Alencar Barbosa

Autora

Jacqueline Leire Roepke

Reitor da UNIASSELVI

Prof. Hermínio Kloch

Pró-Reitora do EAD

Prof.ª Francieli Stano Torres

Edição Gráfica e Revisão

UNIASSELVI

AUTISMO NA PERSPECTIVA TERAPÊUTICA: PROPOSTAS INTERVENTIVAS

E.04

Page 3: curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

3

3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

5PECS - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS

6SRP - PROGRAMA SON-RISE

7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

1 INTRODUÇÃO

O enfoque desse tópico são as intervenções direcionadas ao TEA – Transtorno

do Espectro Autista –, portanto ele se propõe a apresentar de modo resumido algumas

intervenções ligadas à musicalização, intervenções voltadas ao desenvolvimento

de habilidades comunicativas, à elaboração de autobiografia e intervenções que

envolvem a prática regular de atividade física, como a dançaterapia.

FIGURA 1 – APRESENTAÇÃO CULTURAL: “DANÇATERAPIA: AUTISTAS EM MOVIMENTO”, UM CONVITE DO ROTARY CLUB DE CAMPOS NOVOS

FONTE: <http://twixar.me/Gq3m>. Acesso em: 7 mar. 2020.

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

5PECS - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS

6SRP - PROGRAMA SON-RISE

7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

Esse tópico também apresentará subsídios para o conhecimento acerca

das seguintes propostas de intervenção como: ABA, TEACCH, PECS, SON RISE e

o Currículo Funcional Natural.

Certamente você já aprendeu algo sobre algumas delas, ou em outros

momentos de estudo que você foi acumulando ao longo da vida. Sendo assim,

essa parte do curso lhe concederá oportunidades para mais descobertas,

constatações, ponderações e reflexões com relação a elas.

Vamos lá?

2 TEA – PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO

Você já percebeu que existem propostas de intervenção relacionadas ao

TEA para todas as faixas etárias? Uma rápida busca sobre elas na internet lhe

conduzirá para sites, páginas, blogs etc. que citam estratégias de intervenção

desde a mais tenra infância até a vida adulta no que concerne ao TEA. Dessa

maneira, começaremos mencionando uma estratégia com base na musicalização

– direcionada aos bebês.

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

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6SRP - PROGRAMA SON-RISE

7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

Ambros et al. (2017) desenvolveram um estudo sobre intervenção

referente ao autismo por meio da musicalização. O estudo apontou que esta

proposta foi efetiva, tendo em vista a avaliação feita pela terapeuta ocupacional

dois meses depois. A música se mostrou uma benéfica forma de intervenção

precoce diferenciada das terapêuticas tradicionais voltadas ao autismo. É

importante destacar que, muitas vezes, as terapêuticas tradicionais geralmente

não contam com a adesão dos familiares e geram resistências por parte deles.

dicasNo entanto, perceba como ela é possível, leia o artigo de Lavinia  Teixeira Machado, professora adjunta do Departamento de Educação em Saúde da Universidade Federal de Sergipe – São Cristóvão (SE) – Brasil, intitulado Dançaterapia no autismo: um estudo de caso de 2015.

FONTE: TEIXEIRA-MACHADO, Lavinia. Dançaterapia no autismo: um estudo de caso. Fisioter. Pesqui., São Paulo, v. 22, n. 2, p. 205-211,  Jun. 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-29502015000200205&lang=pt. Acesso em: 12 mar. 2020.

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

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6SRP - PROGRAMA SON-RISE

7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

Uma característica que frequentemente faz parte do TEA é a dificuldade

de expressão verbal. Tanto que boa parte das famílias desconfiam que a criança

tem algo diferente das demais, muitas vezes pela a ausência da fala, ao passo

que os coleguinhas da mesma idade já se expressam por meio da comunicação

verbal.

Por conseguinte, Silva, Lopes-Herrera e De Vitto (2007) fizeram um estudo

acerca do TEA, voltado ao desenvolvimento de habilidades de comunicação. O

estudo abordou a reabilitação dos transtornos da fala e da linguagem, relativos

aos transtornos globais do desenvolvimento infantil, portanto, destaca relações

entre terapia e linguagem.

A intervenção examinada por Silva, Lopes-Herrera e De Vitto (2007) foi

realizada com um menino com TEA, cujo diagnóstico foi realizado aos vinte e quatro

meses de idade. Desde então, o menino recebeu intervenção fonoaudiológica

individual duas vezes por semana.

O objetivo da intervenção fonoaudiológica consistia no desenvolvimento

da compreensão de situações comunicativas, levando em consideração a

intencionalidade relacionadas a elas. Para tanto, seriam acionadas habilidades

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

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NATURAL

comunicativas não verbais e verbais. Esperava-se, porquanto, que a criança

apresentasse melhoras em sua inserção em nível familiar, escolar e social (SILVA;

LOPES-HERRERA; DE VITTO, 2007).

Sendo assim, buscava-se desenvolver a atenção conjunta do garoto, o

que englobava o contato ocular (visual), a capacidade de imitação, a atividade

simbólica, bem como, o estabelecimento de turnos interacionais. Além disso,

tinha-se por intuito promover o desenvolvimento quanto a atribuição de

funcionalidade a objetos e situações comunicativas (SILVA; LOPES-HERRERA; DE

VITTO, 2007).

É relevante destacar que o terapeuta conduzia intervenções diretas se

balizando por metas terapêuticas apropriadas. O terapeuta chamava a atenção

do rapaz para ele de maneira sistemática e dirigida, cada vez que o menino

tentava fazer alguma atividade sozinho (de forma isolada ou autoestimulatória)

(SILVA; LOPES-HERRERA; DE VITTO, 2007).

O terapeuta procurava reverter cada tentativa demonstrada pela criança,

de que agiria sem a participação do terapeuta ou do objeto de interação.

Logo, fica explícito que o terapeuta estava determinado a propiciar interação

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

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7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

constantemente, inclusive, incentivando a troca de experiências (SILVA; LOPES-

HERRERA; DE VITTO, 2007).

Os resultados gerados pelo estudo realizado por Silva, Lopes-Herrera e De

Vitto (2007) foram:

• O trabalho fonoaudiológico individual precoce com crianças autistas se

mostrou positivo.

• As estratégias terapêuticas de intervenção se mostraram eficazes para a

criança em questão, haja vista que ela apresentou evolução.

• O processo terapêutico fonoaudiológico voltado à estimulação de interação

social, atenção conjunta, troca de turnos interacionais, à aquisição da linguagem

oral e à compreensão do processo de comunicação se revelou eficiente.

• O menino desenvolveu uma comunicação funcional, por intermédio da

linguagem oral e de outras formas simbólicas.

• O menino passou a apresentar em maior frequência, contato ocular espontâneo

e comunicativo, além de momentos de atenção conjunta com adultos e

crianças.

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

Rodrigues e Almeida (2017) também fizeram um estudo sobre uma

estratégia de intervenção que pudesse, de alguma forma, ajudar as pessoas

com TEA a contornar suas limitações nas habilidades de comunicação. Já que

as pessoas com TEA costumam responder melhor às práticas educativas que

fazem uso de estímulos visuais, sugerem o emprego da técnica de modelagem em vídeo (MV) para esse público. Será que a MV contribuiria para que eles

aprendessem habilidades de comunicação?

Rodrigues e Almeida (2017) se mostraram mais interessados no uso de MV

associado a outra intervenção, isto é, a MV seria uma estratégia complementar,

uma parte de um conjunto de intervenções. Em consequência, envolveram onze

artigos científicos publicados entre 2010 e 2016 relacionados à Educação

Especial e que discorriam sobre estratégias de MV direcionadas às pessoas com

TEA.

Os resultados do estudo de Rodrigues e Almeida (2017) indicaram que

as pessoas com TEA foram beneficiadas por intermédio do uso da MV no que

se refere ao desenvolvimento de habilidades de comunicação. Ficou evidente

que a MV auxiliou no processo de aprendizagem das crianças com TEA, afinal,

elas deram mostras de terem desenvolvido diversas habilidades relativas à

comunicação.

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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NATURAL

Rodrigues e Almeida (2017) sugerem que novas pesquisas sejam

elaboradas sobre a MV, pois um aspecto que precisa ser esclarecido tem relação

ao tempo de duração dos vídeos utilizados. Eles verificaram que a duração dos

vídeos foi muito diversificada, ou seja, alguns vídeos eram curtos, alguns longos

e outros medianos. Então, seria interessante que novos estudos levassem em

conta essa variável, levantando se a duração do vídeo interfere na resposta

apresentada pelas pessoas com TEA submetidas à estratégia MV.

Será que vídeos curtos são mais eficazes, ou são os longos? Talvez sejam

os vídeos de média duração! Ou será que a duração dos vídeos não interfere nos

resultados? É importante que essas questões sejam esclarecidas, para que as

intervenções com MV sejam conduzidas por meio dos vídeos com a duração mais

acertada (RODRIGUES; ALMEIDA, 2017).

Além disso, o estudo de Rodrigues e Almeida (2017) revelou que grande

parte da aplicação de intervenções com base em MV se deu nas escolas especiais.

Por isso, eles aconselham a fazer um levantamento sobre os resultados que

as pessoas apresentam quando essas estratégias são aplicadas em outros

ambientes, tais como a residência das crianças e até mesmo espaços em que a

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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comunidade, em geral, circula. Com esse levantamento, poderia se averiguar se o

uso da MV em ambientes diferentes apresenta os mesmos resultados, ou se eles

variam de acordo com o espaço em que é realizado.

De mais a mais, Rodrigues e Almeida (2017) alegam que disponibilizar

intervenções com MV em locais diversificados pode ser útil, já que tende a

favorecer a generalização das habilidades desenvolvidas. Assim, a comunicação

seria funcional. Até que ponto é proveitoso manter intervenções com MV restritas

às escolas especiais? Ali as famílias têm poucas chances de se envolver com os

objetivos da intervenção, visto que têm menos probabilidades de compreender

o processo. É provável que se a família se engajar com a intervenção, estará

aumentando as possibilidades de que ela gere resultados positivos e que esses

resultados se mantenham, e quiçá até se aprimorem!

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2TEA – PROPOSTAS DE

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REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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COMUNICAÇÃO

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7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

atençãoTalvez você tenha ficado em dúvida sobre o significado da palavra generalização. Então, vamos conhecer alguns de seus sinônimos?

Ação de tornar universal:1. universalização, globalização, mundialização.

Operação mental:2. abstração, abstrato, intangibilidade, impalpabilidade, incoporalidade, imaterialização,

subjetividade conceptualização, intelectualização.

Aumento rápido, com propagação:3. proliferação, abundância, aumento, epidemia, crescimento, reprodução, difusão,

multiplicação, alastramento.

Divulgação para muitas pessoas:4. propagação, divulgação, publicação, vulgarização, propalação, popularização.

FONTE: <https://www.sinonimos.com.br/generalizacao/>. Acesso em: 5 mar. 2020.

Em linhas gerais, a generalização envolve a aplicação das habilidades

desenvolvidas também em outros ambientes, e não apenas onde a estratégia foi

efetuada. Se a criança experenciou a MV na escola especial, ela pode deduzir que ali

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

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1INTRODUÇÃO

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NATURAL

na escola é esperado que ela empregue o que aprendeu, mas não necessariamente

ela compreenderá que pode acionar o que aprendeu em outros locais.

Para Rodrigues e Almeida (2017), outros fatores que podem favorecer a

generalização são:

• Ambientes.

• Materiais.

• Pessoas.

• Estímulos.

Então, quanto mais diversificação existir entre esses quatro fatores, maior

tende a ser a generalização do que foi aprendido através da MV. O estudo de Rodrigues

e Almeida (2017) desvelou que ainda há muito para investigar quanto a MV, porém, com

os resultados já obtidos, ela se mostra uma estratégia interventiva fértil e oportuna.

Apesar destas limitações, os resultados gerais desta revisão parecem apoiar o uso da modelagem em vídeo na reabilitação de crianças com TEA. Dados os resultados positivos relatados nestes 11 estudos, há evidências suficientes para concluir que a modelagem em vídeo é um procedimento empiricamente comprovado para ensinar uma variedade de habilidades comunicativas para crianças com TEA. Não obstante, deve-se considerar a variedade diagnóstica desta população para que a intervenção seja mais adequada (RODRIGUES; ALMEIDA, 2017, p. 605).

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

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1INTRODUÇÃO

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APLICADA

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NATURAL

Em resumo, Rodrigues e Almeida (2017) recomendam que a MV seja

acrescentada às propostas de intervenção para pessoas com TEA.

Bialer (2015) enfatiza as vantagens das autobiografias para pessoas com

TEA. Os textos escritos e publicados por escritores com TEA têm sido úteis para

a inserção escolar de alunos com TEA. Afinal, quando professores leem essas

produções textuais, amplificam seus conhecimentos sobre o TEA, e isso tende a

influenciar as maneiras pelas quais os professores tratam estudantes com TEA.

Esses textos têm sido propícios para que profissionais da educação

descubram importantes aspectos relacionados ao processo de ensino e

aprendizagem de pessoas com TEA. Assim, os professores descobrem e refletem

sobre como podem ajudar esses estudantes a se expressarem e a se sentirem

motivados para o aprender (BIALER, 2015).

Para tanto, Bialer (2015, p. 221) faz a análise de duas autobiografias de

Birger Sellin, autista-escritor. Ela destaca que é pertinente lembrar que o próprio

autor da autobiografia é beneficiado, haja vista a dimensão terapêutica desse

gênero de escrita. As autobiografias de pessoas com TEA:

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REFERÊNCIAS

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NATURAL

[...] são retratos da sua luta para se liberar do isolamento autístico glacial, através das suas diversas estratégias inventadas que lhe viabilizam um tratamento do gozo invasivo, com uma eficácia relativa, mas que lhe permitem manter seus pseudópodes estendidos em direção aos outros. A invenção da literatura birgeriana retrata os efeitos terapêuticos da escrita, evidenciando a sua importância enquanto valiosa ferramenta de (auto)tratamento no autismo (BIALER, 2015, p. 221).

dicasFicou com vontade de ler uma das autobiografias de Birger Sellin? Eis a capa do livro:

FIGURA 2 – CAPA DO LIVRO DE BIRGER SELLIN

FONTE: <http://twixar.me/jq3m>. Acesso em: 5 mar. 2020.

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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COMUNICAÇÃO

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NATURAL

Lourenço et al. (2015), por sua vez, apresentou um estudo a respeito de

intervenções para pessoas com TEA por meio de atividade física. De acordo com

os autores, a realização regular de atividade física acarreta diversas vantagens

para as pessoas, de modo geral. Dentre elas, destacam-se a prevenção ou

a melhora dos quadros de doenças crônicas, como obesidade, osteoporose,

doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, hipertensão, diabetes etc.

A atividade física regular também gera a melhora da sensação de bem-estar.

Sendo assim, Lourenço et al. (2015) fizeram uma investigação sobre

programas de intervenção de atividade física em pessoas com TEA. A intenção

deles foi agrupar resultados de estudos já divulgados sobre relações entre a prática

frequente de atividade física e o TEA. Para tanto, analisaram dezoito estudos,

que abrangeram atividades físicas realizadas individual ou coletivamente, tais

como: jogos, natação, corrida, passeios terapêuticos e hidroginástica.

Os resultados apontaram que os programas de intervenção com base

em atividades físicas ocasionaram melhoras consideráveis, para a vida das

pessoas com TEA, principalmente, no que se refere ao comportamento agressivo

e estereotipado, ao funcionamento social, à resistência, à qualidade de vida, à

aptidão física e ao estresse (LOURENÇO et al., 2015).

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2TEA – PROPOSTAS DE

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APLICADA

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COMUNICAÇÃO

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Teixeira-Machado (2015) fez uma investigação sobre os efeitos da

dançaterapia para as adolescentes com TEA. Ela verificou que esses adolescentes

foram beneficiados no que concerne:

• ao desempenho motor;

• ao desempenho gestual;

• ao equilíbrio corporal;

• às condições de marcha;

• à qualidade de vida;

• à capacidade motora (estática e dinâmica);

• às habilidades motoras.

Além disso, percebeu-se uma significativa redução da gravidade do

espectro autista. Frente ao exposto, Teixeira-Machado (2015) defende que

intervenções com base na dança são benéficas, pois são permeadas por

movimentos rítmicos, proposição de estímulos diferenciados e de exercícios

alternados, acrescidos de direções diversas. Perceba que todo este movimento

contribui para o desenvolvimento humano.

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2TEA – PROPOSTAS DE

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

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Agora conversaremos sobre alguns métodos para efetivar e descobrir por

meio da observação e investigação o desenvolvimento da criança, jovens ou

adultos.

3 ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA

Silva, Soares e Benitez (2020) desenvolveram um estudo sobre a

Análise do Comportamento Aplicada (ABA), no que se refere a estudantes com

TEA. Os referidos autores destacam que o TEA pode afetar distintas áreas

do desenvolvimento humano, por isso, é essencial que uma variedade de

profissionais se engajem em propostas de intervenções para pessoas com TEA.

Para Silva, Soares e Benitez (2020), é melhor ainda quando grupos de

profissionais de áreas diferentes se unem em torno da mesma estratégia

interventiva. Até porque os estudantes com TEA têm direito ao atendimento

multiprofissional. Nesse sentido, a ABA é uma proposta favorável, já que

intervenções em ABA podem ser realizadas por uma diversidade de profissionais,

tais como:

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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COMUNICAÇÃO

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NATURAL

• Psicólogos.

• Fonoaudiólogos.

• Pedagogos.

• Terapeutas ocupacionais.

• Educadores especiais.

• Equipe interdisciplinar.

Silva, Soares e Benitez (2020) frisam que ferramentas tecnológicas

podem ser acrescentadas nesse contexto. Elas podem complementar as ações

dos profissionais, criando ou ampliando as condições para que mais profissionais

conheçam as atividades aplicadas, e que possam, também, aplicar cada uma

delas, analisando o desempenho dos estudantes com TEA. Em acréscimo, os

profissionais podem reprogramar as novas atividades com vistas às sessões

futuras (SILVA; SOARES; BENITEZ, 2020), isto é, na concepção desses autores, a

ABA pode ser conduzida por intermédio de recursos computacionais.

À vista disso, o estudo de Silva, Soares e Benitez (2020) envolveram a

aplicação de programas educativos por tentativas discretas, fundamentados

na perspectiva comportamental, no ambiente digital denominado como mTEA.

O estudo ainda possibilitou a avaliação da atuação de duas profissionais com

alunos com TEA, envolvendo esse ambiente digital.

Page 20: curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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COMUNICAÇÃO

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7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

Isso posto, é necessário esclarecer que além das duas professoras, foram

participantes do estudo, cinco crianças com TEA e que o estudo teve a seguinte

sequência:

1ª etapa - desenvolvimento do sistema.

2ª etapa - as duas profissionais da educação, criaram e aplicaram atividades com

os cinco alunos, através do mTEA.

3ª etapa - as duas professoras responderam a um questionário sobre o uso

do mTEA.

Os resultados gerados pelo estudo de Silva, Soares e Benitez (2020)

indicam que o mTEA alcançou o objetivo previamente proposto. Ele se mostrou

útil para personalizar as atividades propostas em cada currículo de ensino de

cada estudante. Contudo, apontam que é possível aperfeiçoar os usos do mTEA.

Fernandes e Amato (2013) fizeram um estudo englobando processos de

intervenção, revisões de literatura, formação profissional e a colaboração dos

pais nos processos interventivos, quanto à ABA. Informam, também, que, por

muito tempo, a ABA foi apresentada como a única abordagem terapêutica com

resultados cientificamente comprovados para pessoas com TEA.

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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Os resultados do estudo de Fernandes e Amato (2013) sinalizam que:

• Somente quatro artigos fazem menção à contribuição dos pais na aplicação

dos princípios da ABA no ambiente residencial.

• Os estudos sobre formação profissional dão ênfase à formação especializada.

• A maior parte das revisões de literatura deixa transparecer que os processos

interventivos são controversos (questionáveis), caros e dependentes de

fatores externos.

• No tocante aos artigos, descrevem processos de intervenção que envolvem

centenas de participantes, todavia, não é possível a realização de meta-

análise já que não existem critérios de inclusão, tampouco caracterização

comparáveis.

• Não há evidências plausíveis de que a ABA seja superior, em comparação às

outras alternativas interventivas.

• Só poderá ser possível afirmar que a uma proposta de intervenção seja mais

eficiente do que outra, quando os estudos seguirem determinados critérios.

Há necessidade de estudos controlados, "[...] com casuística relevante e

critérios claros de inclusão e de avaliação dos resultados, para que qualquer

proposta de intervenção possa ser considerada mais eficiente ou produtiva do

que outras" (FERNANDES; AMATO, 2013, p. 295).

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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COMUNICAÇÃO

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NATURAL

• É vital que sejam desenvolvidos procedimentos eficazes de intervenção, que

sejam economicamente acessíveis e socialmente relevantes, para que pessoas

com TEA tenham melhores atendimentos.

dicasLembre-se de que você já pôde entrar em contato com a ABA nas etapas anteriores desse curso. Para saber mais sobre o assunto, recomendamos a leitura do livro intitulado “Análise do Comportamento Aplicada ao Transtorno do Espectro Autista”, cujas autoras são Ana Carolina Sella e Daniela Mendonça Ribeiro.

FIGURA 3 – CAPA DO LIVRO “ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA AO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA”

FONTE: <http://twixar.me/Yq3m>. Acesso em: 5 mar. 2020.

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

5PECS - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS

6SRP - PROGRAMA SON-RISE

7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

4 TEACCH - TRATAMENTO E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À COMUNICAÇÃO

TEACCH  pressupõe uma sigla que significa "Tratamento e Educação

para Autistas e Crianças com déficits relacionados à Comunicação", também

utilizada para "Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Limitações".

De acordo com Kwee, Sampaio e Atherino (2009), o TEACCH foi criado por Eric

Shopler e colaboradores, no ano de 1966, na divisão de Psiquiatria da Escola de

Medicina da Universidade da Carolina do Norte (EUA). O programa foi fruto de

um projeto de pesquisa, que se propunha a questionar a prática clínica daquele

período, no contexto americano, que preconizava que o Autismo era causado por

fatores emocionais, e, que, portanto, necessitaria de tratamentos pautados na

psicanálise.

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

5PECS - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS

6SRP - PROGRAMA SON-RISE

7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

Assim, o programa TEACCH foi formulado de modo a contemplar as

esferas de atendimento educacional e clínico, em uma prática com abordagem

psicoeducativa. Necessariamente, o TEACCH consiste num programa

transdisciplinar, cujas bases teóricas são a Teoria Comportamental (Behaviorista)

e a Psicolinguística (KWEE; SAMPAIO; ATHERINO, 2009).

TEORIA BEHAVIORISTA PSICOLINGUÍSTICAValorização das descrições das condutas. Busca de estratégias para compensar os

déficits comunicativos.Utilização de programas passo a passo. Utilização de recursos visuais.Uso de reforçadores.

A associação dos pressupostos da teoria behaviorista e da psicolinguística,

favorecem interações entre pensamento e linguagem, e, assim, as pessoas com

TEA podem expandir suas capacidades de compreensão, afinal, a imagem visual

passa a promover a comunicação (KWEE; SAMPAIO; ATHERINO, 2009).

Kwee, Sampaio e Atherino (2009) explicam que para o modelo de

intervenção TEACCH, o entendimento da condição neurobiológica do TEA

é indispensável. Destarte, o TEACCH corresponde às práticas interventivas

Page 25: curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

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6SRP - PROGRAMA SON-RISE

7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

funcionais (úteis e práticas) e pragmáticas (práticas e objetivas). Agora que você

tem um panorama geral sobre o TEACCH, vamos conhecer os seus principais

princípios?

Kwee, Sampaio e Atherino (2009) citam os seguintes princípios

fundamentais do TEACCH:

• Promover a adaptação de cada pessoa com TEA.

• Melhorar todas as habilidades para o viver por meio das melhores técnicas

educacionais disponíveis.

• Entender e aceitar os déficits apresentados pela pessoa.

• Planejar estruturas ambientais que possam compensar os déficits.

• Promover a mútua colaboração entre profissionais, pais e pessoas com TEA, de

modo que compartilhem conhecimentos construídos tanto pela teoria quanto

pela prática. Assim, as pessoas envolvidas aprendem de modo cooperativo.

• Propiciar um trabalho coletivo, entre profissionais, pais e pessoas com TEA,

para que, juntos, definam prioridades dos programas para os contextos

institucionais, doméstico e da comunidade.

• Estimular a reciprocidade entre profissionais, pais e pessoas com TEA, para a

realização de pesquisas e para o desenvolvimento do tratamento.

Page 26: curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

26

3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

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COMUNICAÇÃO

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7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

• Favorecer uma avaliação que possibilite a compreensão de quais são as

habilidades atuais da criança, as habilidades emergentes (que estão prestes a

emergir) e o que ajuda a desenvolvê-las.

• Disponibilizar programas específicos de ensino/aprendizagem e tratamento

individualizados, fundamentados numa compreensão personalizada de cada

pessoa, haja vista que crianças com TEA são extremamente diferentes umas

das outras, em termos de competências, áreas de dificuldade e idiossincrasias.

Ainda que elas tenham características em comum, elas também apresentam

diferenças.

• Conduzir a avaliação associando metodologias informais às metodologias

formais. Em outras palavras, a avaliação precisa ser cuidadosa, levando em

conta a avaliação formal – representada pelos melhores e mais adequados

testes disponíveis, sempre que possível. No entanto, a avaliação informal

também é substancial, já que é realizada por meio de observações mais

perspicazes dos pais, professores e outras pessoas em contato regular com a

pessoa com TEA.

• Conhecer os aportes teóricos que dão sustentação ao TEACCH, a saber:

sistemas teóricos, teorias cognitivistas e behavioristas, tendo em vista que

esses aportes guiam tanto a pesquisa quanto os procedimentos desenvolvidos

pelo TEACCH.

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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COMUNICAÇÃO

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NATURAL

• Dispor um modelo generalista e transdisciplinar. Isso significa que os

profissionais de qualquer disciplina interessados em trabalhar com pessoas

com TEA são capacitados como generalistas (pessoas com visão geral,

habilidades funcionais, mas que não possuem conhecimentos especializados).

• Contar com uma equipe de profissionais que consigam lidar com a ampla

gama de aspectos acarretados pelo TEA, independentemente de suas

áreas de especialização. A vantagem de ter uma equipe generalista, é o

compartilhamento da responsabilidade pela pessoa com TEA como um todo.

Ao mesmo tempo, os membros da equipe possuem a possibilidade de consultar

especialistas quando necessário. Além disso, as decisões podem der tomadas

de modo coletivo.

Munidos dessas informações, Kwee, Sampaio e Atherino (2009) se

prontificaram a fazer um estudo sobre um programa TEACCH. Em consequência,

notaram que todos os alunos que participaram do programa apresentaram

evolução positiva em todas as áreas. Inclusive, os ganhos e as manutenções dos

comportamentos adquiridos se mostraram estabilizados, mantidos.

Quanto às vantagens para a equipe de profissionais, foi perceptível que a

equipe transdisciplinar encontrou no programa TEACCH, auxílios para monitorar

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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COMUNICAÇÃO

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7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

o programa individual dos alunos, além da possibilidade de debates em grupo

no que se refere aos casos, com representantes de diferentes especialidades

(KWEE; SAMPAIO; ATHERINO, 2009).

Kwee, Sampaio e Atherino (2009) observaram que, na instituição que

fez parte do estudo conduzido por eles, ocorriam reuniões mensais de avaliação

dos programas. Mediante as reuniões, os profissionais iam construindo novos

conhecimentos, enriquecendo suas compreensões acerca de intervenções para

pessoas com TEA, bem como, fortificando o trabalho transdisciplinar.

Antes de passarmos para a próxima proposta de intervenção para

pessoas com TEA, vejamos a conclusão desse estudo, nas palavras dos próprios

pesquisadores:

Conclui-se que o trabalho terapêutico de pessoas com autismo é o de ver o mundo através de seus olhos, e usar esta perspectiva para ensiná-las a funcionarem inseridas na cultura de forma mais independente possível. Enquanto não se podem curar os déficits cognitivos subjacentes ao autismo, é pelo seu entendimento que planejamos programas educacionais efetivos na função de vencer o desafio deste transtorno do desenvolvimento tão singular. (KWEE; SAMPAIO; ATHERINO, 2009, p. 225).

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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COMUNICAÇÃO

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NATURAL

dicasVocê quer aprender mais sobre TEACCH? Que tal ler o livro escrito por Maria Elisa Granchi Fonseca e Juliana De Cássia Baptistella Ciola?! O título é “Vejo e Aprendo - Fundamentos do Programa TEACCH”.

FIGURA 4 – CAPA DO LIVRO “VEJO E APRENDO - FUNDAMENTOS DO PROGRAMA TEACCH”

FONTE: <http://twixar.me/Nq3m>. Acesso em: 5 mar. 2020.

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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NATURAL

5 PECS - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS

A sigla PECS é oriunda da língua inglesa Picture Exchange Communication

System, que em língua portuguesa corresponde ao sistema de comunicação por

troca de figuras (FERREIRA et al., 2017).

É uma proposta de intervenção que tem sido empregada sobretudo com

as pessoas com TEA que são consideradas não verbais (que não apresentam

habilidades para empregar o código linguístico). Muitas dessas pessoas,

tendem, inclusive, a não utilizar gestos, demonstrando, assim, dificuldades para

estabelecer comunicação tanto em termos verbais como não verbais (FERREIRA

et al., 2017).

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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COMUNICAÇÃO

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NATURAL

FIGURA 5 – EXEMPLO DE PECS

FONTE: <http://twixar.me/xq3m>. Acesso em: 5 mar. 2020.

Uma parte dos professores já compreende que muitas crianças com TEA

respondem de modo mais positivo aos estímulos visuais do que aos estímulos

verbais. Por conta disso, já é possível verificar alguns professores fazendo uso

de imagens, figuras, cartões de comunicação, ilustrações, pictogramas, para que

as crianças com TEA identifiquem e entendam a sequência de rotinas em sala de

aula.

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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NATURAL

Ferreira, Teixeira e Britto (2011) esclarecem que, além dos pictogramas, o

PECS pode ser realizado com o uso de fotos, miniaturas e até objetos concretos.

De qualquer forma, trata-se de uma proposta de intervenção que se pauta na

troca, visto que a pessoa com TEA entrega um cartão simbolizando o que deseja,

e a outra pode compreender a necessidade que está sendo manifesta, e reagir

de acordo com ela.

Da mesma maneira, a professora pode mostrar um pictograma para o

estudante, a fim de mostrar qual é a atividade proposta para aquele momento

da aula.

No PECS, cartões de comunicação que são trocados podem se referir a

um desejo, um objeto, um pedido, à indicação de alguma ação, um sentimento,

sensações etc. (TOGASHI; WALTER, 2016).

Segundo Gomes e Nunes (2014), muitos estudos de teor científico têm

sido publicados acerca dos resultados promissores alcançados mediante o uso

de recursos da CAA [Comunicação Alternativa e Ampliada] e de Estratégias

Naturalísticas de Ensino no desenvolvimento das habilidades de comunicação

de pessoas com TEA que não dispõem de fala articulada.

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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APLICADA

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COMUNICAÇÃO

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NATURAL

Ferreira et al. (2017) fizeram um estudo sobre os vocábulos/palavras que

são mais frequentemente usados, a fim de desenvolver o PECS com trinta e uma

crianças autistas, na faixa etária de 5 a 10 anos. Também ficaram atentos aos

comportamentos não adaptativos, através do Autism Behavior Checklist (ABC).

Resultados: houve predomínio significativo de itens na categoria alimentos, seguido de atividade e bebidas. Não houve correlação entre o total de itens identificados pelas famílias com o índice de comportamentos não adaptativos. Conclusão: foi possível identificar as categorias de vocábulos mais mencionados pelas famílias e verificar que o índice de comportamentos não adaptativos não interferiu diretamente na elaboração da planilha de seleção de vocábulos das crianças estudadas (FERREIRA et al., 2017, p. 1).

Gomes e Nunes (2014) recomendam que estratégias do PECS sejam

utilizadas no contexto escolar e que professores poderiam participar ativamente

delas. Nesse caso, o professor passa a ser considerado agente de intervenção,

em programas instrucionais.

Nunes e Santos (2015) produziram um estudo em que a PECS era associada

à estratégia AMI – Aided Modeling Intervention – que no Brasil pode ser chamada de

Intervenção de Modelagem Assistida. Nesse caso, estratégias dos dois modelos

foram mescladas com a intenção de ajudar uma criança de cinco anos com TEA a

desenvolver a comunicação. A agente de intervenção foi uma professora.

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

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COMUNICAÇÃO

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NATURAL

No programa de intervenção examinado por Nunes e Santos (2015), a

professora foi capacitada a usar o PECS agregado do AMI. Em consequência, foi

notório o aumento da frequência de iniciativas de interação da criança com a

utilização dos pictogramas (símbolos ou sinais gráficos), além das modificações

no estilo de interação da professora.

Entretanto, é necessário ressaltar que mera exposição de crianças com

TEA aos recursos de comunicação alternativa costuma ser pouco eficaz com

relação ao desenvolvimento de novas formas de expressão. É de pouco proveito

introduzir pictogramas no cotidiano escolar se professores e estudantes não

foram orientados adequadamente sobre como utilizá-los. Os pictogramas são

mais vantajosos, quando a criança aprende a manifestar seus desejos por meio

dos cartões/pictogramas (NUNES; SANTOS, (2015).

Nesse sentido, destaca-se a relevância da formação docente, já que a partir

da apropriação de mais informações sobre o PECS, o professor pode conduzir as

aulas, potencializando as oportunidades em que o estudante com TEA utilize os

pictogramas como forma de comunicação expressiva (NUNES; SANTOS, 2015).

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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APLICADA

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COMUNICAÇÃO

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NATURAL

Sendo assim, é válido mencionar que Fischer (2019) desenvolveu um

estudo sobre a formação de professores da educação especial, colocando em

evidência métodos de aprendizagem e ensino para competência. O estudo ainda

abordou estratégia para autoformação e aspectos de Inclusão educacional

voltados às pessoas com TEA.

Ferreira, Teixeira e Britto (2011, p. 559) evidenciaram que até mesmo os

adultos podem ser beneficiados com estratégias relativas ao PECS:

Resultados: os dados coletados mostraram que houve aumento do número de atos comunicativos e funções comunicativas, e que o percentual do espaço comunicativo ocupado pelo sujeito aumentou após os procedimentos realizados com o uso dos programas de comunicação alternativa. Conclusão: concluiu-se que houve progresso no perfil pragmático da comunicação com o uso concomitante dos dois métodos de comunicação alternativa, uma vez que as interações sociais do sujeito aumentaram.

Sob o ponto de vista de Mizael e Aiello (2013), o PECS denota um sistema

de comunicação que sobreleva a relação interpessoal. Os atos comunicativos

entre as pessoas são efetivados por meio da troca de figuras.

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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COMUNICAÇÃO

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NATURAL

dicasVamos aprender mais sobre esse tema? Uma boa alternativa para isso é a o livro “Comunicação Alternativa – Teoria, prática, tecnologias e pesquisa”.

FIGURA 6 – CAPA DO LIVRO “COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA – TEORIA, PRÁTICA, TECNOLOGIAS E PESQUISA”

FONTE: <http://twixar.me/qq3m>. Acesso em: 5 mar. 2020.

Page 37: curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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COMUNICAÇÃO

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6 SRP - PROGRAMA SON-RISE

O Programa Son-Rise (SRP) foi criado nos Estados Unidos, na década de

1970, e costuma ser conduzido pelos pais, mediante o auxílio de facilitadores.

Trata-se de uma proposta de intervenção para crianças com TEA, caracterizada

como intervenção precoce (SCHMIDT et al., 2015).

Schmidt et al. (2015) efetuaram um estudo sobre a condução do Programa

Son-Rise com uma criança com TEA durante um ano, no qual relataram os efeitos

dessa intervenção no desenvolvimento dela.

A aplicação do Programa Son-Rise costuma se dar na própria moradia da

criança, mais especificamente, em um quarto modificado, adaptado de maneira

tática e planejada para a realização do programa. Esse ambiente também tem

sido chamado de "quarto de brincar" (SCHMIDT et al., 2015).

Page 38: curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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NATURAL

FIGURA 7 – QUARTO DE BRINCAR – PROGRAMA SON-RISE

FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=1_aQ-9uhZ2c>. Acesso em: 5 mar. 2020.

Os procedimentos do Programa Son-Rise abarcam determinadas estratégias

educacionais. É necessário que os pais ou responsáveis pela criança aprendam

estas estratégias, para que consigam conduzir os momentos de intervenção com

interação adequada. Os responsáveis pela criança são encorajados a seguirem os

interesses manifestos pela criança, ao invés de se esforçarem para direcionar a

criança para uma atividade selecionada pelos próprios responsáveis (SCHMIDT et

al., 2015).

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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COMUNICAÇÃO

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7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

Os responsáveis também são estimulados a valorizar as expressões

da criança, incluindo as estereotipias. De modo geral, pode-se afirmar que o

Programa Son-Rise visa promover a aceitação da criança com TEA, de modo a

abandonar ou, pelo menos, diminuir os julgamentos em relação a ela.

O programa Son-Rise, sumariamente, apoia-se na filosofia de que mais do que obrigar a pessoa com autismo a participar das nossas vivências, os pais devem participar do mundo da criança como uma forma de construir uma ponte entre a criança e seus cuidadores. Uma vez que essa possibilidade é construída, o filho pode ser encorajado a avançar e experimentar experiências mais significativas e complexas (SCHMIDT et al., 2015, p. 424).

Isso posto, o estudo de Schmidt et al. (2015) revelou que:

• A realização do programa Son-Rise na morada da família desencadeou

interferências na rotina familiar, diminuindo a intensidade da intervenção.

• Avanços foram notados nas áreas da comunicação e da interação, incluindo

mudanças no uso do olhar (contato visual).

Conforme Schmidt et al. (2015) não são apenas os registros escritos

de Raun Kaufman que disseminam os benefícios oriundo do programa Son-

Rise. A internet tem sido um local em que muitas pessoas têm divulgado suas

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

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COMUNICAÇÃO

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NATURAL

experiências com o programa, seguidas com incontáveis depoimentos positivos

– que vão das melhorias consideráveis à superação de expectativas.

dicasO Programa Son-Rise chamou a sua atenção? Você pode aprender mais sobre ele através da leitura do livro “Vencer o Autismo com o The Son-Rise Program”.

FIGURA 8 – CAPA DO LIVRO “VENCER O AUTISMO COM O THE SON-RISE PROGRAM”

FONTE: <http://twixar.me/Gr3m>. Acesso em: 5 mar. 2020.

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

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COMUNICAÇÃO

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7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

Schmidt et al. (2015) realçam que os pais e responsáveis por crianças

com TEA necessitam ter acesso às informações sobre diferentes propostas

de intervenções em TEA. Desse jeito, podem tomar decisões sobre a escolha

dos programas, levando em conta as singularidades de seu filho, evitando o

desperdício de tempo de dinheiro com propostas que não são indicadas para ele.

7 CURRÍCULO FUNCIONAL NATURAL

Para Silva, Silva e Soares (2018), o Currículo Funcional Natural possibiliza

que o educando se depare com novas oportunidades e adaptações no tocantes

as suas dificuldades e/ou necessidades.

As origens do Currículo Funcional Natural se encontram no Kansas, na

década de 1970 e desde o início visavam ao desenvolvimento de habilidades

funcionais de pessoas com necessidades educacionais especiais. Por vezes,

o Currículo Funcional Natural serve de apoio aos programas de alfabetização,

assumindo, assim, o caráter de uma proposta metodológica complementar/

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

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COMUNICAÇÃO

5PECS - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS

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7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

adicional (SILVA; SILVA; SOARES, 2018). De qualquer modo, o objetivo basilar do

Currículo Funcional Natural salienta a promoção de aprendizagem de habilidades

e a construção de conhecimentos que possam ser empregados pelo aluno em

seu cotidiano.

O Currículo Funcional Natural vem sendo utilizado a pessoas que

apresentam deficiência intelectual, ou deficiências múltiplas, ou ainda,

necessidades educacionais especiais mais complexas ou substanciais. Trata-

se de um currículo desenvolvido no ambiente natural do estudante, que tem

como propósito auxiliá-lo a aprender com naturalidade a desenvolver habilidades

e competências que são necessárias para a sua independência, autonomia,

realização e produtividade (SILVA; SILVA; SOARES, 2018).

O Currículo Funcional Natural explicita uma metodologia educacional que

confere primazia ao desenvolvimento do estudante, de modo que ele consiga ter

a máxima independência possível. Portanto, é uma proposta de intervenção que

almeja elevar a qualidade de vida do estudante, atingindo as mais diversas áreas

da vida dele (família, escola, comunidade etc.) (SILVA; SILVA; SOARES, 2018).

Em outras palavras, busca-se ajudar o estudante a realizar com o maior nível de

emancipação possível, suas atividades de vida diária, de forma funcional.

Page 43: curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

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COMUNICAÇÃO

5PECS - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS

6SRP - PROGRAMA SON-RISE

7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

O enfoque recai sobre os interesses pessoais do aluno, bem como ao

desenvolvimento de competências que o permitirão se integrar e se incluir na

sociedade (SILVA; SILVA; SOARES, 2018). Logo, o Currículo Funcional Natural se

propõe a disponibilizar ao estudante, um conjunto de aprendizagens que sejam

úteis nos mais variados locais e contextos, e que possam permanecer sendo

úteis no decorrer do tempo. Fica evidente que o Currículo Funcional Natural parte

da premissa de que todas as pessoas têm capacidade de aprender e que podem

desenvolver suas habilidades, capacidades de competências.

dicasPara incrementar seus estudos, recomenda-se o livro “Currículo Funcional Natural Guia prático para a educação na área de autismo e deficiência mental” - escrito por Maryse Suplin, disponível em: http://feapaesp.org.br/material_download/566_Livro%20Maryse%20Suplyno%20-%20Curriculo%20Funcional%20Natural.pdf.

Estamos nos aproximando do final da última etapa desse curso. Esperamos

que ele esteja sendo profícuo para a sua aprendizagem quanto às propostas de

intervenção com pessoas com TEA. Vamos recapitular o que vimos nessa etapa?

Page 44: curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

44

3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

5PECS - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS

6SRP - PROGRAMA SON-RISE

7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

• Musicalização com bebês.

• Intervenções voltadas ao desenvolvimento de habilidades comunicativas.

• Elaboração de autobiografia.

• Intervenções que envolvem a prática regular de atividade física.

• Dançaterapia.

• ABA.

• TEACCH

• PECS.

• SON-RISE.

• Currículo funcional natural.

É preciso clarificar que um curso como esse não permite que se aprofunde

muito em cada proposta. Por isso, essa etapa contou com várias sugestões de

leitura para que você possa se embrenhar ainda mais nos conhecimentos das

propostas de intervenção que mais chamaram a sua atenção!

Por fim, deixamos como inspiração as reflexões de Fernandes e Amato

(2013, p. 295) quanto aos processos decisórios em torno de quais propostas,

intervenções, procedimentos ou métodos que devem ser os selecionados por

pais ou profissionais que atuam com pessoas com TEA:

Page 45: curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

45

3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

5PECS - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS

6SRP - PROGRAMA SON-RISE

7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

A opção por um método ou procedimento terapêutico deve ser

fundamentada em informações claras a respeito de seus princípios, técnicas e

expectativas de resultados e também das alternativas disponíveis. Espera-se

que esta revisão contribua para que o fonoaudiólogo possa realizar escolhas

que sejam cada vez mais baseadas em evidências científicas, mesmo que isso

signifique a admissão de que não existem respostas únicas que se apliquem

a todos os indivíduos com DEA [distúrbios incluídos no espectro do autismo].

Esse processo deve incluir orientações e informações às famílias quanto às

alternativas disponíveis, suas vantagens e limitações.

Assim, caro estudante, esperamos que tenha aproveitado o curso “Autismo em Perspectiva”, os autores e a organização deste curso, por meio

da UNIASSELVI, do NUAP e do NIA, desenvolveram este material por acreditar

que é possível fazer uma educação de qualidade que garanta a igualdade de

direitos, valorizando as diferenças para uma sociedade mais inclusiva. Então,

antes de finalizarmos, gostaríamos de compartilhar com você a mensagem de

Marcos Petry, que ocorreu no programa Caldeirão do Huck, para que possamos

realmente fazer sempre à inclusão. Disponível em: https://www.facebook.com/

caldeiraodohuck/videos/575523763046179/.

Boas leituras e descobertas!

Page 46: curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

46

3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

5PECS - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS

6SRP - PROGRAMA SON-RISE

7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

REFERÊNCIAS

AMBROS, Tatiane Medianeira Baccin et al. A musicalização como intervenção

precoce junto a bebê com risco psíquico e seus familiares. Rev. latinoam. psicopatol. fundam., São Paulo, v. 20, n. 3, p. 560-578, jul. 2017. Disponível

em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-

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BIALER, Marina. A escrita terapêutica no autismo. Rev. latinoam. psicopatol. fundam., São Paulo, v. 18, n. 2, p. 221-233, jun. 2015. Disponível

em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-

47142015000200221&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 26 fev. 2020. https://doi.

org/10.1590/1415-4714.2015v18n2p221.3.

Page 47: curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

47

3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

5PECS - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS

6SRP - PROGRAMA SON-RISE

7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda; AMATO, Cibelle Albuquerque de la

Higuera. Análise de Comportamento Aplicada e Distúrbios do Espectro do

Autismo: revisão de literatura. CoDAS, São Paulo, v. 25, n. 3, p. 289-296, 2013.

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FERREIRA, Carine et al. Seleção de vocábulos para implementação do Picture

Exchange Communication System – PECS em autistas não verbais. CoDAS,

São Paulo, v. 29, n. 1, 2017.  Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.

php?script=sci_arttext&pid=S2317-17822017000100307&lng=pt&nrm=iso.

Acesso em: 26 fev. 2020. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20172015285.

FERREIRA, Patrícia Reis; TEIXEIRA, Eny Viviane da Silva; BRITTO, Denise

Brandão de Oliveira e. Relato de caso: descrição da evolução da comunicação

alternativa na pragmática do adulto portador de autismo. Rev. CEFAC, São

Paulo, v. 13, n. 3, p. 559-567, jun. 2011. Disponível em: http://www.scielo.

br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462011000300020&lng

=pt&nrm=iso. Acesso em: 26 fev. 2020. https://doi.org/10.1590/S1516-

18462010005000135.

Page 48: curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

48

3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

5PECS - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS

6SRP - PROGRAMA SON-RISE

7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

FISCHER, Marta Luciane. Tem um Estudante Autista na minha Turma! E

agora? O Diário Reflexivo Promovendo a Sustentabilidade Profissional

no Desenvolvimento de Oportunidades Pedagógicas para Inclusão. Rev. bras. educ. espec., Bauru, v. 25, n. 4, p. 535-552, dez. 2019. Disponível

em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-

65382019000400535&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 26 fev. 2020. https://doi.

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GOMES, Rosana Carvalho; NUNES, Débora R. P. Interações comunicativas entre

uma professora e um aluno com autismo na escola comum: uma proposta de

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Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-

97022014000100010&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 26 fev. 2020. https://doi.

org/10.1590/S1517-97022014000100010.

KWEE, Caroline Sianlian; SAMPAIO, Tania Maria Marinho; ATHERINO, Ciríaco

Cristóvão Tavares. Autismo: uma avaliação transdisciplinar baseada no

programa TEACCH. Rev. CEFAC, São Paulo, v. 11, supl. 2, p. 217-226, 2009.

Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-

18462009000600012&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 26 fev. 2020.

Page 49: curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

49

3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

5PECS - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS

6SRP - PROGRAMA SON-RISE

7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

LOURENÇO, Carla Cristina Vieira et al. Avaliação dos Efeitos de Programas de

Intervenção de Atividade Física em Indivíduos com Transtorno do Espectro do

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MIZAEL, Táhcita Medrado; AIELLO, Ana Lúcia Rossito. Revisão de estudos sobre

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scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382013000400011&lng

=pt&nrm=iso. Acesso em: 26 fev. 2020.

NUNES, Débora Regina de Paula; SANTOS, Larissa Bezerra dos. Mesclando

práticas em comunicação alternativa: caso de uma criança com autismo. Psicol. Esc. Educ., Maringá, v. 19, n. 1, p. 59-69, abr. 2015. Disponível em: http://www.

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=pt&nrm=iso. Acesso em: 17 fev. 2020. 

Page 50: curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

50

3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

5PECS - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS

6SRP - PROGRAMA SON-RISE

7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

RODRIGUES, Viviane; ALMEIDA, Maria Amélia. Modelagem em Vídeo para o

Ensino de Habilidades de Comunicação a Indivíduos com Autismo: Revisão de

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Page 51: curso AUTISMO EM PERSPECTIVA

2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

51

3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

5PECS - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS

6SRP - PROGRAMA SON-RISE

7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

SILVA, Rubem Abrão da; LOPES-HERRERA, Simone Aparecida; DE VITTO, Luciana

Paula Maximino. Distúrbio de linguagem como parte de um transtorno global do

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SILVA, Luciene Corrêa Guerra Moreira da; SILVA, Taydara Valério Ernesto da;

SOARES, Silvana. Currículo Funcional Natural: perspectivas metodológicas e

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Revista EIE - Estudos Interdisciplinares em Educação, São Paulo, v. 1 n. 4

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TEIXEIRA-MACHADO, Lavinia. Dançaterapia no autismo: um estudo de

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29502015000200205&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 17 fev. 2020. 

https://doi.org/10.590/1809-2950/11137322022015.

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2TEA – PROPOSTAS DE

INTERVENÇÃO

REFERÊNCIAS

1INTRODUÇÃO

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3ABA – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

APLICADA

4TEACCH - TRATAMENTO

E EDUCAÇÃO PARA AUTISTAS E CRIANÇAS COM DÉFICITS RELACIONADOS À

COMUNICAÇÃO

5PECS - SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE FIGURAS

6SRP - PROGRAMA SON-RISE

7CURRÍCULO FUNCIONAL

NATURAL

TOGASHI, Cláudia Miharu; WALTER, Cátia Crivelenti de Figueiredo. As

contribuições do uso da comunicação alternativa no processo de inclusão

escolar de um aluno com transtorno do espectro do autismo. Rev. bras. educ. espec., Marília, v. 22, n. 3, p. 351-366, set. 2016.  Disponível em: http://www.

scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382016000300351&ln

g=pt&nrm=iso. Acesso em: 17 fev. 2020. 

https://doi.org/10.1590/S1413-65382216000300004.

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