CURSO BÁSICO DE PI REVISADO

CURSO BÁSICO DE PROPRIEDADE INTELECTUAL

Lorena Bezerra de Souza Matos

Bacharel em Direito (UFPE), Especialista em

Gestão de Arranjos Produtivos Locais (UNIFOR).

Vinícius Madureira Maia

Bacharel em Direito (UNIFOR)

Especializando em Direito e Processo Tributários

Atuante em Direito da Propriedade Intelectual

Stefani Frota Aguiar

Bacharelanda em Direito (UNIFOR)

Atuante em Direito da Propriedade Intelectual

Módulos

MÓDULOS CONTEÚDO

I Introdução, Direito Autoral, Marcas.

IIIndicação Geográfica, Cultivares, Topografia de Circuitos

Integrados e Desenho Industrial.

III Patentes e Informação Tecnológica

IVProspecção tecnológica, Gestão e Transferência de

Tecnologia.

REDENIT-CE - Conceitos Básicos de Propriedade Intelectual

Módulo I:

1. Introdução

2. Direitos Autorais

2.1. Direitos Conexos

2.2. Programas de Computador

3. Marcas.


1. O Conceito de Propriedade


Aspectos Históricos

Tendência à apropriação:

Necessidades básicas, segurança (Paleol.);Sentimento de propriedade.

Concepção romana:

Absoluto, pleno, perpétuo, ilimitado;Era Feudal Código Napoleônico.

Relativização do conceito:Revoluções sociais, guerras;Sensibilização - dimensão social; Direito exclusivo Direito-função.


A complexidade do conceito

Evolução: Bens materiais Bens materiais, imateriais, processos e

meios para as suas concepções e produções.

Complexidade:

Diversos tipos de bens e de titulares;Pública, privada ou social; urbana ou rural; de bens ou de

consumo;Civil Administrativo, Constitucional, Comercial, Tributário.


Propriedade Intelectual


A diversidade de conceitos

Propriedade Industrial

Repressão à Concorrência Desleal

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Direitos Autorais

Marcas

Desenho Industrial

Indicações Geográficas

Patente de Invenção

Modelo de Utilidade

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Registro de Software

Cultivares

Fonte: “Estratégias de Transferência de TecnologiaElaboração: Leonardo Augusto Garnica



O problema da conceituação

Generalização e imprecisão:

Tendência à apropriação;

Propriedade Intelectual X Propriedade Industrial;

Ordenamentos diferenciados.


Definição

1967 – Criação da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI ou WIPO).

Definição (OMPI, 2010):

“a soma dos direitos relativos às obras literárias, artísticas e científicas (direitosautorais), às interpretações dos artistas intérpretes e às execuções dosartistas executantes, aos fonogramas e às emissões de radiodifusão (direitosconexos), às invenções em todos os domínios da atividade humana(patentes), às descobertas científicas, aos desenhos e modelos industriais(desenhos industriais), às marcas industriais, comerciais e de serviço(marcas), bem como às firmas comerciais e denominações comerciais, àproteção contra a concorrência desleal e todos os outros direitos inerentes àatividade intelectual nos domínios industrial, científico, literário e artístico(sui generis)”.




• Agregação de valor

• Inovação Tecnológica

• Investimentos

• Vantagem Competitiva

Proteção X Acesso ao Conhecimento


• Interesse social

• Direito à Informação

• Saúde

• Diversidade Cultural

PI

Primórdios da Propriedade Intelectual

Lei de Sybarites, 510 a.C.Exclusividade (um ano).

Lei de Patentes, 1440 –Estado de Veneza.

Copyright, 1557 (Filipe e

Maria Tudor).


Primórdios da Propriedade Intelectual

Convenções de Paris (1883), e de Berna (1886):Tratamento Nacional - Cada Estado Membro deve conceder aos

cidadãos de outros Estados Membros o mesmo tratamento dado aos seus nacionais.

Territorialidade - As patentes são válidas no território de um determinado país.

Acordo Relativo aos Aspectos do Direito da Propriedade Intelectual relacionados ao comércio – TRIPS, 1994:

Normas mínimas de proteção da propriedade intelectual;

Adequação das legislações dos países;

Solução de conflitos.


O Brasil e a Propriedade Intelectual

O Brasil foi o 4º país a legislar sobre o assunto.

Alvará do Príncipe Regente Dom João IV, de 28 de janeiro de 1809:

Concessão de privilégio exclusivo temporário.

Constituição do Império (1824):XVI – Os inventores terão propriedade de suas descobertas, ou de suas

producções. A Lei assegurará um privilégio exclusivo temporário, ou lhesremunerará em ressarcimento da perda, que hajam de sofrer pelavulgarização.


O Brasil e a Propriedade Intelectual

CF de 1891 (Período Republicano):

Inserção das marcas no rol constitucional de proteção.

CF de 1937 (“A Polaca”):

Supressão das espécies outrora particularizadas.

CF de 1988:Art. 5º.

XXIX – a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporáriopara sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedadedas marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo emvista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico do País.


Legislação nacional

Lei n° 8.635, de 16 de março de 1993 - Dá nova redação ao art. 184 do Código Penal (violação de direito autoral).

Lei nº. 9.279, de 14 de maio de 1996 – Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.

Lei nº. 9.456, de 25 de abril de 1997 – Institui a Lei de Proteção de Cultivares e dá outras providências.

Lei n° 9.609/98, de 19 de fevereiro de 1998 – Dispõe sobre a proteção dapropriedade intelectual de programas de computador, suacomercialização no País, e dá outras providências.

Lei n° 9.610/98, de 19 de fevereiro de 1998 – Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.


Legislação nacional (Cont.)

Decreto n° 2.556, de 20 de abril de 1998 - Regulamenta o registro previsto no art. 3º.da Lei n° 9.609, de 19 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre a proteção dapropriedade intelectual de programa de computador, sua comercialização noPaís, e dá outras providências.

Decreto n° 2.894, de 22 de dezembro de 1998 - Regulamenta a emissão e ofornecimento de selo ou sinal de identificação dos fonogramas e das obrasaudiovisuais, previstos no art. 113 da Lei n.º 9.610, de 19 de fevereiro de 1998,que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais, e dá outrasprovidências.


Instituições nacionais


O INPI

O Instituto Nacional de Propriedade Industrial tem por finalidade executar, no âmbito nacional, as normas que regulam a propriedade industrial, tendo em vista a sua função social, econômica, jurídica e técnica (Art. 2º, Lei nº 5.648/70).


O Brasil no contexto mundial

Artigos publicados em periódicos internacionais (1981-2004):

Fonte(s): Institute for Scientific Information (ISI). National Science Indicators. Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores - ASCAV/SEXEC - MCT


Brasil no contexto mundial (Cont.)

PAÍSESANOS

1963-1979 1980 1990 2000 2007 2009

África do Sul 1.053 74 114 111 390 389

Brasil 283 24 41 98 384 480

Coréia do Sul 77 8 225 3.314 7.061 8.066

Índia 221 4 23 131 686 761

México 992 41 32 76 173 185

Total Mundial 853.222 44.629 67.400 120.259 159.886 155.900

o Comparação do número de depósitos de patentes:


Depósito de patentes nos EUA

Comparação entre países (2004):

Fonte(s): United States Patente and Trademark Office (USPTO)Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores - ASCAV/SEXEC - MCT


Ranking nacional

o Relação dos 10 maiores depositantes

de patentes no Brasil (período de 1999 -2003):

Adaptação do site <http:www.universia.com.br>


Dispêndios em P&D

Comparação do percentual de dispêndios em P&D (anos mais recentes):

Fonte(s): Organization for Economic Co-operation and Development, IBGE.Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores - ASCAV/SEXEC - Ministério da Ciência e Tecnologia.


Situação brasileira

Industrialização recente;

Política de substituição por importações;

1990 – Processo de abertura econômica:

Modernização produtiva;

Necessidade de inovar.

Pró: Rápida implantação do

sistema produtivo

Contra:Não propício a forças inovativas endógenas



Situação brasileira

Empresas com baixa capacidade tecnológica;

Alta produção científica, mas incipiente grau de inovação;

Interface limitada com Institutos de Ciência e Tecnologia (ICT) e Universidades;

Assimetria entre países desenvolvidos;


Situação brasileira (cont.)

Brasil – 4º país que mais desrespeita a propriedade intelectual (Rússia, China e Índia);

Pirataria tecnológica;

Tecnologia desperdiçada.


Caso brasileiro

Bertholletia excelsa

Média de preço:com casca 3,80/kg e sem casca 13,00/kg

Fonte: Dias (2008)


Oportunidades desperdiçadas



Oportunidades desperdiçadas



Oportunidades aproveitadas

250ml£8.00

200ml £12.00

250ml£6.00

200ml £12.00

100g £2.50 10ml £5.00

100ml £6.00 Fonte: “Estratégias de Transferência de Tecnologia

Elaboração: Leonardo Augusto Garnica


http://www.thebodyshop.co.uk/invt/31275&temp=largeimage

Desperdício de oportunidades

Chocolate Brazil Nuts300g £9.50



Desperdício de oportunidades



Enquanto isso...


2. Direitos Autorais


Direitos Autorais


Direitos Autorais

Direitos Autorais;

Direitos Conexos;

Programas de Computador.


• Proteção do autor

• Retribuição ao autor

• Integridade da criação

Controvérsia dos Direitos Autorais

• Livre uso de idéias

• Direito à Informação

• Diversidade Cultural

DA


Controvérsia dos DA (D. Barbosa)

Antes da exclusividade econômica:

Vivaldi500 Concertos

43 Óperas

Mais de 100 concertos publicados

Handel

50 Óperas

23 Oratórios

Dezenas de concertos


http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://trieu.luqui.org/picture/picture/vivaldi-01.jpg&imgrefurl=http://trieu.luqui.org/picture/&h=322&w=270&sz=56&hl=pt-BR&start=2&tbnid=jy2r7BQGHn4tuM:&tbnh=118&tbnw=99&prev=/images%3Fq%3Dvivaldi%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG

http://en.wikipedia.org/wiki/Image:Haendel.jpg

Controvérsia dos DA

Depois da exclusividade econômica:

Beethoven9 Sinfonias

8 Concertos

32 Sonatas


http://en.wikipedia.org/wiki/Image:GeorgeGershwin.gif

Objeto dos Direitos de Autor

Convenção de Berna (1886), art. 2º:

"Os termos “obras literárias e artísticas” abrangem todas as produções dodomínio literário, científico e artístico, qualquer que seja o modo ou a forma deexpressão, tais como livros, brochuras e outros escritos; as conferências,alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza; as obras dramáticas oudramático-musicais; as obras coreográficas e as pantomimas; as composiçõesmusicais, com ou sem palavras; as obras cinematográficas e as expressas porprocesso análogo ao da cinematografia; as obras de desenho, de pintura, dearquitetura, de escultura, de gravura e de litografia; as obras fotográficas e asexpressas por um processo análogo ao da fotografia; as obras de arte aplicada; asilustrações e os mapas geográficos; os projetos, esboços e obras plásticas relativosà geografia, à topografia, à arquitetura ou às ciências. [.....] as traduções,adaptações, arranjos musicais e outras transformações de um obra literária ouartística. [.....] As compilações de obras literárias ou artísticas, tais comoenciclopédias e antologias, que, pela escolha ou disposição das matérias,constituem criações intelectuais, são como tais protegidos, sem prejuízo dosdireitos dos autores sobre cada uma das obras que fazem parte dessascompilações."


Objeto dos Direitos de Autor

Expressão das idéias;

Originalidade;

Rol não-restritivo;

Exemplos:

Cartas privadas;

Um guia de divórcio;

Mapas;

Um show de sons e luzes;

O conteúdo de uma prova.(OMPI, 2010).


Evolução do Direito Autoral

Séc. XV – Imprensa (Gutenberg):

Classe dominante perdendo o controle das informações;

Insatisfação dos livreiros (obras copiadas sem licença), e dos autores (ausência de remuneração).

Copyright, 1557 (Filipe e Maria Tudor):

Sistema de privilégios aos editores contra a tecnologia de edição e publicação de textos (censura política);

1710 - Statute of Anne (Estatuto da Rainha Ana):

Concessão do direito de cópia por 21 anos.

1886 – Convenção de Berna.


O Direito Autoral no Brasil

1827 – 1916:

1ª referência nacional - Lei de 11 de agosto de 1827:

Privilégio de 10 anos para as obras dos professores dos cursos de Direito.

Lei 496/1898 (Lei Medeiros e Albuquerque).

1916 – 1973:

Código Civil – prazo prescricional de 5 anos para ação civil por ofensa.


O Direito Autoral no Brasil

1973 – Atual:

Lei 5.988, de 14 de dezembro de 1973

Primeiro estatuto único sobre a matéria.

Lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998

Lei em vigência, atualmente.


Prazo de proteção

Convenção de Berna:Mínimo de 50 anos contados a partir do final do ano

do óbito do autor;

Exceções: Obras fotográficas e obras de arte aplicadas – prazo de 25 anos após a realização da obra.

União Européia, EUA e Brasil:70 anos contados a partir do final do ano do óbito do

autor.


Natureza Jurídica do DA

Teoria dualista:

Direitos patrimoniais:

Benefícios financeiros decorrentes da utilização econômica da obra.

Direitos Morais:

Vínculo entre o autor e a obra.

Art. 27 da LDA: Os direitos morais são inalienáveis e irrenunciáveis.


Direitos morais

Art. 24 da LDA. São direitos morais do autor:

Reivindicar autoria da obra;

Ter nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado, como sendo odo autor, na utilização de sua obra;

Conservar a obra inédita;

Assegurar a integridade da obra, opondo-se a modificações ou atos quepossam prejudicar sua reputação ou a honra;

Modificar a obra;

Retirar de circulação obra, quando a circulação ou utilizaçãoimplicarem afronta à sua reputação e imagem.


Direitos do titular

Direito de reprodução:Autorização de cópias impressas, em cassetes, fotocópias, digitais;

Exploração da obra (distribuição);

Aluguel de cópias.

Direito de interpretação, execução e comunicação ao público:

“Toda interpretação de uma obra em um local onde o público

esteja ou possa estar presente, ou em um local não aberto ao público, masonde esteja presente um número considerável de pessoas fora do círculofamiliar normal e de suas relações sociais mais próximas.” (OMPI, 2010).


Direitos do titular

Direito de radiofusão:“Define a emissão por meio de comunicação sem fio, para um público que estiver dentro

do alcance do sinal, cujo equipamento permita a recepção de sons ou de imagens e sons, seja por rádio, televisão ou satélite.” (OMPI, 2010).

Direito de tradução e de adaptação:Expressão da obra em idioma diferente do original;

Modificação de uma obra com o intuito de criar outra;

Transferência dos direitos patrimoniais (somente);

Remuneração mediante royalties.


Como registrar? (Brasil)

Obras na Biblioteca Nacional

Procedimentos (pessoa física):Imprimir cópia legível

Enumerar e rubricar todas as páginas

Encadernar

2 exemplares para obras já publicadas ou 1 de obra inédita

Preencher o formulário em letra de fôrma

Data e assinatura, como no RG

Mais autores: todos devem rubricar e assinar

Pagar a taxa (tabela de valores)

Cópias do RG e CPF

Enviar para o endereço da biblioteca

Site: www.bn.br


http://www.bn.br/

http://www.bn.br/

Como registrar? (pessoa jurídica)

Individual (xerox autenticada):

Declaração de Firma Individual e Aditivos, caso existam;

Formulário ou Cartão do CNPJ atualizado;

Sendo Microempresa, apresentar declaração.

Sociedades (xerox autenticada):

Contrato Social ou Estatuto e Aditivos, caso existam;

Formulário ou Cartão do CNPJ atualizado;

Sendo Microempresa, apresentar declaração.


Como registrar?

Músicas (Biblioteca Nacional)

Procedimentos:

Título na capa da encadernação;

Índice com os títulos das letras;

O registro de partituras é à parte.

Websites

Procedimentos:

Disposição dos elementos e a aparência do site;

Programas – INPI;

Imprimir, encadernar e enviar as páginas.


Exemplo - FUNCEME

FUNCEME – Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos.

Alto dispêndio financeiro:

Coleta de dados;

Visitas de campo.

Necessidade de créditos das fotografias e mapas.

Logotipo da instituição nas fotos e arquivos em PDF, impossibilitando a edição.


Fonte: Avaliação da previsão e estação chuvosa de 2009. Funceme

Transmissão dos direitos

Patrimoniais:

Parcial ou total;

Período determinado ou a duração do direito de autor;

Território específico ou no mundo inteiro.


Limitações aos Direitos de Autor

Impedir o caráter absoluto;

Onerosidade ao autor, em favor da sociedade;

“Aparente” conflito entre os autores e suas obras;

Art. 46, LDA – rol taxativo.


Limitações aos DA (cont.)

Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais:

I - a reprodução:

a) na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos;

d) de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o sistema Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatários;

II - a reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro;

IV - o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem elas se dirigem, vedada sua publicação, integral ou parcial, sem autorização prévia e expressa de quem as ministrou;

VI - a representação teatral e a execução musical, quando realizadas no recesso familiar ou, para fins exclusivamente didáticos, nos estabelecimentos de ensino, não havendo em qualquer caso intuito de lucro.


A questão da cópia privada

Lei nº. 5.988/73Art. 49

II - A reprodução, em um só exemplar, de qualquer obra, contando que não se destine à utilização com intuito de lucro.

Lei nº. 9.610/98Art. 46

II - a reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro.

Inviabilidade do art. 46

As cópias em universidades.


Defesa dos direitos

Medidas coercitivas ou provisionais:

Criptografia, marcas d’água, sistemas protegidos;Impedir infrações; Preservar os elementos de prova (sem a prévia notificação do

infrator).

Medidas civis:

Destruição das mercadorias;Indenização por danos pecuniários.

Medidas penais:

Pesadas multas, prisão (constitucionalidade questionada) e destruição de mercadoria;

Atos de pirataria – escala comercial.


Diplomas legais

Convenção de Berna para a Proteção de Obras Literárias e Artísticas;

Acordo TRIPS;

Tratado da OMPI sobre Interpretações ou Execução de Fonogramas (WPPT);

Tratado da OMPI sobre Direitos de Autor (WCT).


2.1. Direitos Conexos


Direitos Conexos

Direitos semelhantes aos autorais;

Direitos originários da obra protegida.

“A finalidade essencial desses direitos conexos é proteger as pessoas físicas ou jurídicasque acrescentam criatividade e habilidade técnica ou organizacional no processo detornar uma obra conhecida do público.” (OMPI, 2010)


Direitos Conexos (cont.)

Beneficiários:

Os artistas intérpretes ou executantes:

Ex: versões.

Os produtores de gravações:

Ex: empresas gravadoras.

As empresas de radiodifusão:

Ex: transmissão de programas esportivos (Copas do Mundo, Olimpíadas).


Duração dos Direitos Conexos

Convenção de Roma - 20 anos contados do final do ano emque:

a interpretação ou execução foi realizada, para as interpretações ou execuções não fixadas em fonogramas;

a fixação (gravação) foi realizada, para os fonogramas e interpretações ou execuções fixados em fonogramas;

a emissão de radiodifusão foi realizada.

Brasil“Art. 96. É de setenta anos o prazo de proteção aos direitos conexos, contados a

partir de 1º de janeiro do ano subseqüente à fixação, para os fonogramas; àtransmissão, para as emissões das empresas de radiodifusão; e à execução erepresentação pública, para os demais casos.”


Legislação pertinente

o Convenção de Roma para a Proteção de Atores,Intérpretes ou Executantes, dos Produtores deFonogramas e Organismos de Difusão;

o Acordo TRIPS;

o Tratado da OMPI sobre Interpretações ouExecução de Fonogramas (WPPT);

o Convenção de Bruxelas Relativa à Distribuiçãode Sinais Portadores de Programas Transmitidospor Satélite.


2.2. Programas de computador

Fonte:http://www4.fiemg.com.br/admin/BibliotecaDeArquivos/Image.aspx?ImgId=6181&TabID=5400


Programas de computador

Computador

Hardware

Software

Patente

Direitos de autor


Conceito

Lei nº 9.609/98 (Lei do Software)

Art 1º - define programa de computador:

- expressão de um conjunto organizado de instruções emlinguagem natural ou codificada, contida em suporte físico, deemprego necessário em máquinas automáticas de tratamento dainformação, dispositivos, em técnica digital ou analógica, parafazê-los funcionar de modo e para fins determinados.


Vantagens do registro

Comprovação de autoria;

50 anos de proteção;

Documento oficial que atesta a paternidade;

Abrangência internacional;

Caráter sigiloso assegurado em lei;

Necessário para participar de licitações governamentais.

Fonte: Curso de Capacitação em PI para Gestores de Tecnologia, 2006.


Condições de patenteabilidade

Natureza: patente de invenção (PI).

Atividade inventiva:Nova função proporcionada por um software, geralmente, em

um hardware conhecido.



Exemplos – Mercedes Benz Classe S

Computadores calculam a pressão correta sobre o freio;

Sistema programável, ex: distância de 3m do carro dafrente na cidade e 150m na estrada;

Pára o carro para evitar colisão -> acelera até avelocidade estabelecida;

Avisa ao motorista a presença de humanos na pista numadistância além dos faróis.

Fonte: Revista Ícaro de 2005


Mercedes Benz Classe S

Fonte: Revista Ícaro de 2005


Forno Elétrico (EP291302)

Forno elétrico no qual a temperatura é controlada pormicroprocessador, de acordo com o modo deoperação selecionado, estando gravadas ascaracterísticas de energização.



Forno Elétrico (EP291302)



Disposição de direitos

Direitos do empregador:

Desenvolvido na vigência de contrato ou de vínculo estatutário, destinado àP&D;

A atividade do empregado, contratado ou servidor seja prevista;

Decorra da própria natureza dos encargos dos vínculos.

Direitos do empregado:

Gerado sem relação com o contrato de trabalho, prestação de serviço ou vínculoestatutário, e;

Sem a utilização de recursos, informações tecnológicas, segredos materiais,instalações ou equipamentos do empregador, da empresa ou entidade comvínculo;

Bolsistas e estagiários.

FACULDADE CHRISTUS –Conceitos Básicos de Propriedade Intelectual



Procedimentos para registro

Documentação deve chegar ao INPI, em invólucroslacrados:

Direto para a Divisão, pessoalmente;

Pelas Representações, em outros estados;

Envio por correio, com aviso de recebimento.

Obs: invólucros danificados ou abertos não são aceitos, sendo devolvidos.



Documentação formal

Formulário Pedido de Registro;

Guia de Recolhimento;

Disponível no site do INPI (cadastro);

Via autenticada pelo banco.

Procuração (*);

Documento comprobatório de titularidade;

Autorização autor do programa original(*).

* Firma reconhecida.



Documentação técnica

Formulário Pedido de Registro ;

Listagem do programa e outros dados que caracterizem

sua criação independente (personalidade),

identificando-o e caracterizando a sua originalidade.





FACULDADE CHRISTUS –Conceitos Básicos de Propriedade IntelectualREDENIT-CE - Conceitos Básicos de Propriedade Intelectual


A documentação técnica compreende o programa, que pode ser em código fonte ou código objeto, ou trechos do programa considerados suficientes para caracterizar sua

criação independente.

Pode ser enviada por via física, em papel A4, contudo atualmente é enviada através de mídias eletrônicas.



Invólucros




Conteúdo dos invólucros

Documentação formal - compartimento 2 do primeiro envelope;

Doc. técnica (programa) - compartimentos 1 e 3;

Nos compartimentos 1 - escrever o número do envelope, ex: 3/6e assinalar a (sim/não) do sigilo;

Em todos os compartimentos 2 escrever o título do programa decomputador;

O compartimento 3 deverá ser guardado, sem violação, quandoretornar ao titular.




Sigilo

A retribuição relativa ao depósito dá direito a 10 anos desigilo (opcional) para a documentação técnica;

A cada decênio, o titular será notificado para recolher, em60 dias, a retribuição relativa à prorrogação do prazo desigilo;

Necessária petição requerendo a renovação, com ocomprovante de pagamento, caso contrário, levanta-seo sigilo.


Modificações após o depósito

Sempre feitas via Folha de Petição, devendo ser anexados osdocumentos comprobatórios e guia de recolhimentopaga;

Demais modificações => uma petição para cada pedido.


Pirataria (sanções)

Civil:

Indenização no valor de 3 mil vezes o valor de cada cópia.

Ex: uma empresa possui 100 computadores e somente metade delespossui licença. Cada programa custa R$500,00, sendo, portanto, acondenação no valor de: 50X500X3000 = R$ 75 milhões.

Penal:

Detenção de 6 meses a 2 anos e multa.

Comercialização indevida:

Detenção e reclusão de 1 a 4 anos e multa.


3. Marcas


O que é uma marca?

Marca é todo sinal distintivo visualmente perceptível que permita diferenciar um produto ou um serviço de outro.

Lei da Propriedade Industrial (Lei nº. 9.276/96):

Art. 122. São suscetíveis de registro como marca os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais.


Níveis de produto

Produto Real: Qualidade, características,

design, marca, embalagem.

Produto Ampliado:serviços e benefícios

adicionais. Ex: seguros, financiamento, garantia.

Produto Básico: O que o consumidorrealmente está comprando

Ex: automóvel (locomoção).


Perspectiva filosófica

“As marcas realizam a intermediação entre coisas epalavras, entre a realidade e o conceito, entre odesejo e a necessidade”.

INDIVÍDUO

DESEJO

MARCA

COISA

PROMESSA

Fonte: INPI, 2006.


Exemplos

Coca-cola:

Inocente (indep./auto-realização);

Harley-Davidson:

Fora-da-lei (indep./auto-realização);

Nike:

Herói (mestria-risco).


Níveis de significado

Benefícios: estes são traduzidos em benefícios funcionais e emocionais.

Valores: a marca também transmite os valores da empresa.

Cultura: a marca tem o poder de representar certa cultura.

Personalidade: a marca pode projetar certa personalidade.

Usuário: a marca sugere o tipo de consumidor que pode usar determinado produto.

Fonte: KOTLER, Philip. Administração de Marketing, São Paulo, 10ª Edição, 2004.


Psicologia das cores

Intensidade, energia, paixão, vigor.Ex:

Criatividade, entusiasmo.Ex:

Saúde, natureza, frescorEx:

Tradição, seriedade, distinçãoEx:


O que é uma marca forte?

Evocativa ou genérica: constituída de palavra que tem relação com o produto ou serviço assinalado = MARCA FRACA.

Ex: A Casa do Pão de Queijo, Telefônica (concessão somente dos logotipos).

Arbitrária: constituída de palavra existente na língua, mas sem qualquer relação com o produto ou serviço assinalado = MARCA MEDIANA.

Ex: Ypê para detergentes.

Fantasiosa: constituída por expressão que não existe no dicionário, possuindo, assim, o grau máximo de arbitrariedade = MARCA FORTE.

Ex: Esso.


Natureza das marcas

Marcas de produto ou serviço;

Marcas coletivas;

Marcas de certificação.


Marcas de produto ou serviço

São aquelas usadas para distinguir produto ou serviço deoutro idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa(LPI, art. 123, I).


Marcas de certificação

São aquelas usadas para atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas, notadamente quanto à qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada (LPI, art. 123, II).


Marcas de certificação (cont.)

Pessoa sem interesse comercial ou industrial direto no produto ou no serviço;

O INPI não se responsabilizará pela não-qualidade;

As alterações nas regras de certificação deverão ser informadas ao INPI;

O pedido de marca de certificação deverá conter:

As características do produto ou serviço objeto da certificação;

As medidas de controle que serão adotadas pelo titular.

Fonte: INPI, 2007.


Marcas coletivas

Marcas coletivas são aquelas usadas paraidentificar produtos ou serviços provindos demembros de uma determinada entidade (Art.123, III).


Marcas coletivas (cont.)

Pessoa jurídica representativa dacoletividade;

O pedido de marca deverá conter oregulamento de utilização, no ato dedepósito, ou até 60 dias, sob pena dearquivamento.


Apresentação

Nominativas;

Figurativas;

Mistas;

Tridimensionais.


Marcas nominativas

Marcas nominativas são aquelas constituídas poruma ou mais palavras, incluindo os neologismos,as possíveis combinações de letras e/ounúmeros.

Obs.: Não é avaliado o tipo de letra.

Ex: A Casa do Pão de Queijo, Drogarias Venâncio, Banco do Brasil.


Marcas de figurativas

Marcas figurativas são sinais constituídos pordesenhos, figuras, imagens, figuras, símbolos,ou qualquer forma estilizada fantasiosa denúmero ou letra.


Marcas mistas

As marcas mistas são constituídas por elementosnominativos e figurativos, ou aquelas nas quaisa grafia dos elementos nominativos seapresente de modo estilizado.


Marcas tridimensionais

Marcas tridimensionais são aquelas constituídas pelaforma plástica de produto ou de embalagens, cujaforma tenha capacidade distintiva em si mesma eesteja dissociada de qualquer efeito técnico.


Marcas tridimensionais (cont.)

Fronteira com os desenhos industriais.

Ex.: Pato Purific – foi registrado como marca, maspoderia ser desenho industrial, devido à técnicaembutida na embalagem.


Proteções especiais

Marcas notoriamente conhecidas:Seu reconhecimento é aferido no ramo de atividade dos seus

produtos/serviços de referência, independente de prévio depósito ou registro no Brasil.

Válida até a prorrogação.

Marcas de alto renome:A marca registrada cujo renome transcende seu segmento de

mercado original tem assegurada proteção especial em todas as classes.

Mediante requisição do portador;

5 anos de reconhecimento.


Marcas de alto renome

Ex:


Por que registrar?

o Argumentos:A propriedade sobre a marca somente é adquirida a partir do

registro;

Risco de uso indevido da propriedade de terceiro, podendohaver perda de investimentos em marketing e material, bemcomo necessária indenização por danos morais e materiais;

Para garantir os lucros da empresa, os investimentos feitos parao desenvolvimento do produto, a imagem, bem como areputação da firma;

A garantia de exclusividade sobre a expressão em todo o território nacional.


Denominação empresarial X marca

Proteções específicas:Denominação empresarial – Juntas Comerciais;

Marcas – Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

Ex: Petróleo do Brasil S.A


Afinal, o que pode ser registrado?

Para registrar uma marca, é necessário que a mesma apresente distinção frente a outros produtos e/ou serviços análogos;

Podem ser registrados todos os sinais que não incidam sobre as proibições legais, especialmente as previstas no art. 124 da LPI.


E o que não pode ser registrado?

Art. 124 da LPI (23 incisos):

Sinais sonoros;

Sinais gustativos;

Sinais olfativos;

Sinais táteis.



I - brasão, armas, medalha, bandeira, emblema, distintivo emonumento oficiais, públicos, nacionais, estrangeiros ouinternacionais, bem como a respectiva designação, figura ouimitação.

A proibição é absoluta, englobando, inclusive, os sinais estilizados.


Exceção:

Representantes da Nação, do Governo.



II - letra, algarismo e data, isoladamente, salvo quando revestidos de suficiente forma distintiva.

Não se registram isoladamente:

Algarismos de 0 a 9;Todas as letras do alfabeto em uso no vernáculo.

Registráveis Não-registráveis

ZREDENIT-CE - Conceitos Básicos de Propriedade Intelectual


Datas:

Data incompleta: registrável;

Data completa: não-registrável;

Ex: 21 de abril;

Ex: 21 de abril de 2010 (data específica).

(exclusividade apenas para o elemento fantasioso).



III - expressão, figura, desenho ou qualquer outro sinal contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso ou idéia e sentimento dignos de respeito e veneração.



VI - sinal de caráter genérico, necessário, comum, vulgar ou simplesmentedescritivo, quando tiver relação com o produto ou serviço a distinguir, ouaquele empregado comumente para designar uma característica doproduto ou serviço, quanto à natureza, nacionalidade, peso, valor,qualidade e época de produção ou de prestação do serviço, salvo quandorevestidos de suficiente forma distintiva.

Para comércio de peixes ornamentais.



VII – obra literária, artística ou científica, assim como os títulos que estejamprotegidos pelo direito autoral.



VIII - cores e suas denominações, salvo se dispostas ou combinadas de modo peculiar e distintivo.

ROSA AZUL MARROM

Não-registráveis

ROSA BEBÊ Registrável para máquinas industriais;

ROSA BEBÊ Não-registrável para roupas infantis;

ROSA ABACAXI Cunho fantasioso.



IX - indicação geográfica, sua imitação suscetível de causar confusão ou sinal que possa falsamente induzir indicação geográfica.

Indicação geográfica:

Indicação de procedência;

Denominação de origem.

Obs.: Nome geográfico passível para registro de marca de serviços:

Ex: Recife – automóveis.



XI - reprodução ou imitação de cunho oficial, regularmente adotada para garantia de padrão de qualquer gênero ou natureza.

XIV - reprodução ou imitação de título, apólice, moeda e cédula da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios, dos Municípios, ou de país.



XXI - a forma necessária, comum ou vulgar do produto oude acondicionamento, ou, ainda, aquela que não possaser dissociada de efeito técnico.

Desenho industrial.



XVIII - termo técnico usado na indústria, na ciência e na arte, quetenha relação com o produto ou serviço a distinguir.

Exemplos:

Agaricus blazei (cogumelos do sol) Não-registrável para suplemento alimentar.

MEGABITES Não-registrável para serviço de manutenção de computadores.

QUILATE Registrável para serviço de manutenção de computadores.


Histórico das marcas

Revolução Industrial

Concorrência entre os burgueses decorrente do comércio em escala global;

Necessidade de identificação e distinção dos produtos.


Mais de 94% do valor total da

Empresa;

Maior empresa de comunicação do mundo em valor;

V XValor Contábil: IBM (U$ 16,6 bilhões) x Microsoft (U$930

milhões)

Valor de Mercado: IBM (U$70bilhões) x Microsoft (U$85.5 bilhões).

(Fonte: Revista de Administração de Empresas – FGV – 2001)

Evolução dos ativos intangíveis


Construção temporal - Nike

1971 1978 1985 1996

Cortesia: Nike do Brasil


Construção temporal -Kodak

1960 1971 1987 1996 2008

Fonte: InstantShift


As 10 marcas mais valiosas (2010)

Fonte: BrandZ.


Colocação Marca Valor em 2010 (em US$ bilhões)

1º Google 114,2

2º IBM 86,3

3º Apple 83,1

4º Microsoft 76,3

5º Coca-cola 67,9

6º Mc Donald's 66

7º Malboro 57

8º China Mobile 52,6

9º GE 45

10º Vodafone 44,4

Sistema de registro do Brasil

O sistema de registro de marca adotado pelo Brasil, é atributivo de direito, isto é, a sua propriedade e o seu uso exclusivo só são adquiridos pelo registro (INPI, 2006).


Como registrar?

Três perguntas básicas (INPI, 2006):

Exerço atividade lícita, efetiva e compatível

com o produto ou serviço que minha marca

visa assinalar?

Minha marca pode ser registrada?

O sinal que eu escolhi como marca está

disponível?


Primeiros passos (INPI, 2006)

Consultar a LPI, no que se refere aos aspectos legais das marcas;

Determinar a natureza da marca, bem como sua forma de apresentação;

Busca prévia;

Cadastro no INPI.


Como registrar?

Acessar o e-Marcas e preencher o formulário eletrônico de pedido de registro;

Enviar o pedido e manter o acompanhamento do exame formal;

Pagar as taxas de expedição do certificado e proteção do primeiro decênio;

Manter atualizados os dados no cadastro.


Custo do registro


Processamento do pedidoFluxograma

Busca no site


Busca no site


Acompanhamento do processo






e-Marcas

O e-MARCAS é o módulo de acesso aos formulários eletrônicos depetição e de pedido de registro de marcas. Ele faz parte do e-INPI,que é o sistema por meio do qual o INPI oferece serviços aousuário através da internet. O e-MARCAS possui um manual, emque constam as instruções relativas ao acesso, preenchimento eenvio dos formulários eletrônicos.

Acesso: www.inpi.gov.br


http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/marca/dirma_e-marcas/resolveUid/baa608293ea71055727d270a6d71fec0

e-Marcas (interface)


Manual do Usuário


e-Marcas: o que mudou?

O depósito de pedido de registro de marca pode ser feito e enviado pela internet;

O serviço funciona 24 horas, durante todos os dias da semana;

A data de prioridade dos pedidos de registro se dá quando o INPI recebe o formulário econômico de pedido (sábados, domingos ou feriados).


Direitos e Deveres do titular

Direitos:

Ceder seu registro ou pedido de registro;

Licenciar seu uso;

Zelar pela sua integridade material ou reputação.

Deveres:

Acompanhamento processual;

Uso da marca;

Prorrogar a vigência do registro.Fonte: INPI, 2007.


Prazo de proteção

A duração da marca é de dez anos contados da data da concessão do registro, prorrogáveis por períodos iguais e sucessivos.

O pedido de prorrogação deve ser formulado junto ao INPI no décimo ano de validade, juntamente ao comprovante de pagamento.

Caso não houver pedido de prorrogação, o titular poderá fazê-lo nos 6 (seis) meses subsequentes, mediante o pagamento de retribuição adicional.


Cessão dos direitos

Transferência:

A petição de transferência pode ser efetivada a qualquer momento depois do depósito do pedido de registro de marca (GRU, cód. 349).

Art. 134. O pedido de registro e o registro poderão ser cedidos, desde que o cessionário atenda aos requisitos legais para requerer tal registro.

Art. 135. A cessão deverá compreender todos os registros ou pedidos, em nome do cedente, de marcas iguais ou semelhantes, relativas a produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, sob pena de cancelamento dos registros ou arquivamento dos pedidos não cedidos.


Licenciamento

Exemplo:

Experimentoteca – CDCC USP:

Fornecimento de tecnologia

e licença da marca;

5 anos de contrato;

5% de royalties.


Perda dos direitos

Art. 142. O registro da marca extingue-se:

I - pela expiração do prazo de vigência;

II - pela renúncia, que poderá ser total ou parcial em relação aos produtos ou serviços assinalados pela marca;

III - pela caducidade; ou

IV - pela inobservância do disposto no art. 217.


Caducidade

Art. 143 - Caducará o registro, a requerimento de qualquer pessoa com legítimo interesse se, decorridos 5 (cinco) anos da sua concessão, na data do requerimento:

I - o uso da marca não tiver sido iniciado no Brasil, ou;

II - o uso da marca tiver sido interrompido por mais de 5 (cinco) anos consecutivos, ou se, no mesmo prazo, a marca tiver sido usada com modificação que implique alteração de seu caráter distintivo original, tal como constante do certificado de registro.

§ 1º Não ocorrerá caducidade se o titular justificar o desuso da marca por razões legítimas.


Crimes contra a marca

Art. 189. Comete crime contra registro de marca quem:

I - reproduz, sem autorização do titular, no todo ou em parte, marca registrada, ou imita-a de modo que possa induzir confusão; ou

II - altera marca registrada de outrem já aposta em produto colocado no mercado.

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.

Art. 190. Comete crime contra registro de marca quem importa, exporta, vende, oferece ou expõe à venda, oculta ou tem em estoque:

I - produto assinalado com marca ilicitamente reproduzida ou imitada, de outrem, no todo ou em parte; ou

II - produto de sua indústria ou comércio, contido em vasilhame, recipiente ou embalagem que contenha marca legítima de outrem.

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.

O caso “cupuaçu”

Exposição:

Em 1998, uma empresa de alimentos Asahi Foods, em Quioto, no Japão, registrou a marca “cupuaçu”;

O registro foi deferido pelo Escritório de Marcas e Patentes do Japão (JPO);

Apenas em 2002, quando uma empresa brasileira negociava um contrato de exportação de bombons de cupuaçu, tal fato veio a público. (INPI, 2007)


Contestação

Ação administrativa de impugnação da Marca nº 4126269.

Caráter descritivo do termo “cupuaçu” como sendo um nomepopular indígena tipicamente brasileiro.

Árvore nativa da Amazônia brasileira.


Decisão

‘Em 2004, foi julgada a Ação administrativa de invalidação da Marca.

O Escritório japonês concordou com a argumentação das ONGsbrasileiras e, cancelando a Marca.

Os argumentos alegavam que o termo “cupuaçu” é o nome de umafruta da qual se extraem óleos e gorduras comestíveis.

Portanto, decidiu-se que, para não haver engano para o consumidor,a empresa poderia fabricar alimentos sem a gordura ou óleo docupuaçu, mas com a designação comercial “cupuaçu” em suaembalagem.’


Fontes

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MAZOCCO, F.J. A midiatização das patentes sob o olhar CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade). São Carlos: UFSCar, 2009. 154 p.Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade, Centro de Educação e CiênciasHumanas, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2009.



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Fontes




















































































































































Módulo II:

1. Indicação Geográfica

2. Proteção sui generis

2.1. Cultivares

2.2. Topografia de Circuitos Integrados

3. Desenho Industrial.




1. Indicações geográficas

Conferem proteção a produtos específicos de determinada região contra falsas indicações de procedência.


Exemplos

Vinhos de Corínthio,

Ícaro e Rhodes (sec. 4 a.C.,

na Grécia);

Mármore de Carrara e Vinhos

de Falerne (Império Romano).

Fonte: Marco Legal Nacional Relacionado às Indicações Geográficas, INPI, 2006.


Categorização brasileira


Art. 176 - Constitui indicação geográfica a indicação de procedência ou adenominação de origem.

Indicação geográfica

Indicação de procedência

Denominação de origem


Indicação de procedência

Art. 177 - Considera-se indicação de procedência o nome geográficode país, cidade, região ou localidade de seu território, que setenha tornado conhecido como centro de extração, produção oufabricação de determinado produto ou de prestação dedeterminado serviço.

Ex: Café da Colômbia, charutos de Cuba, chá do Sri Lanka, Pisco do Peru.


Indicações de procedência famosas

França: Champagne (vinhos espumantes), Bourdeaux (vinhos tintos),Roquefort, Camembert (queijos);

Portugal: Porto (vinho);

Itália: Parma (presunto azeitado), Parmesão (queijo), Prosecco (espumante de Veneto).


Indicação de procedência -Brasil

Ex: Região Mineira do Cerrado, IG 990001:

Café, maior artigo de exportação

brasileiro (séc. XIX);

Minas Gerais produz 50%

da produção nacional;

Cerrado Mineiro é a

primeira região a realizar

esforços coletivos com o

intuito de valorizar a

imagem do café.



Região Mineira do Cerrado (cont.)

Distintividade frente aos concorrentes;

Aumento das exportações;

Maior valor no mercado;

Desenvolvimento regional;

Proporcionou melhoria salarial

dos trabalhadores envolvidos.



Denominação de origem

Art. 178 - Considera-se denominação de origem o nome geográfico depaís, cidade, região ou localidade de seu território, que designeproduto ou serviço cujas qualidades ou características se devamexclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatoresnaturais e humanos.

Fatores naturais: o papel precisa ser preponderante – composição do solo,altitude, temperatura e umidade do ar, etc. que permitam delimitar umaárea de produção;

Fatores humanos: a intervenção do homem, notório saber fazerrelacionados a métodos cultivo, fabricação, vinificação,espaçamentoentre mudas, armazenamento e procedimentos de colheita, etc.


Exemplo – queijo Roquefort

“O queijo deve ser produzido com o leite de umadeterminada criação de ovelhas, maturadosnaturalmente nas caves próximas da cidade deRoquefort, na região de Aveyron (França), einfectado com o fungo ‘Penicillium Roqueforti’ quecresce nessas caves.


Exemplo – queijo Roquefort


Benefícios

Aumento do valor agregado dos produtos,

Preservação das particularidades do produto e do patrimônio das regiões;

Estímulo a investimentos;

Aumento do turismo, do padrão tecnológico e da oferta de emprego.



Benefícios (cont.)

Segurança para o consumidor;

Comercialização dos produtos, acesso a mercados;

Maior competitividade no mercado internacional;

Garantia institucional da qualidade, reputação e identidade do produto.


Observações

A proteção é estendidaà representação gráficaou figurativa (Art. 179, LPI);

Quando o nome geográficose houver tornado comum,não será considerado indicaçãogeográfica (Art. 180, LPI);



Observações (cont.)

O nome geográfico que não constitua indicação de procedência oudenominação de origem, pode ser registrado como marca, desdeque não cause confusão no consumidor (Art. 181, LPI).

O uso da indicação geográfica é restrito aos produtores e prestadoresde serviço estabelecidos no local, exigindo-se, ainda, em relação àsdenominações de origem, o atendimento de requisitos de qualidade(Art. 182, LPI).

Parágrafo único - O INPI estabelecerá as condições de registro das indicaçõesgeográficas.


Brasil - O caso da cachaça

Decreto Nº 4.062, 21/12/2001

Definiu as expressões “cachaça”, “Brasil” e “cachaça do Brasil” comoindicações geográficas.

A Organização Mundial de Aduanas (OMA) reconheceu a aguardente decana como bebida distinta do rum, para fins de classificação aduaneirado produto mundialmente;

Outros países não poderão mais comprar a bebida a granel, engarrafá-la eexportar a cachaça do Brasil;

Enquanto a bebida a granel vale em média 20 centavos de dólar o litro, acachaça orgânica custa cerca de 9 euros em mercados especializados naEuropa.



Brasil - O caso da cachaça

Benefícios:

Antes do reconhecimento,

a cotação da cachaça comum

engarrafada era cerca de 1 dólar

norteamericano no mercado

internacional em 2003, e; internamente, a cachaça

vem perdendo o preconceito

das classes sociais mais altas e passou

a figurar nas cartas de bebidas de restaurantes

sofisticados dos grandes centros urbanos.



Formas de proteção

Acordo de Lisboa para a Proteção de Denominações de Origem e seuRegistro Internacional – OMPI;

Esse acordo prevê um sistema de registro internacional para as denominações de origem.O país que possui um sistema nacional de proteção às denominações de origem, poderequerer o registro internacional de determinada denominação de origem, que é emseguida comunicado aos outros Estados membros do acordo.

Decretos, registros ou legislação sui generis;

Acordos bilaterais - esse sistema funciona desde que dois países celebremum acordo.


Quem é o dono da IG?

Segundo o art. 182 da Lei nº. 9.279/96, a titularidade da IG é coletiva, isto é,seu uso é restrito aos produtores e prestadores de serviço abrangidos naárea geográfica limitada (FÁVERO, K, 2010).

E no caso de algum outro produtor se estabelecer na região?

Requisitos do regulamento de uso;

Estabelecimento na área limitada.

É um processo coletivo e participativo, envolvendo variados atores locais, comoprodutores, transformadores de matéria-prima, comércio, turismo...

IG é o mais social dos direitos de propriedade intelectual.


Procedimento - INPI

Para iniciar um processo são necessários sete os passos:

1º) Organização dos produtores/empresas, através de uma representação;

2º) Realizar o resgate histórico da região com relação ao produto;

3º) Delimitação geográfica da área;

4º) Elaboração de uma representação gráfica (selo de identidade);

V - etiquetas, quando se tratar de representação gráfica ou figurativa dadenominação geográfica ou e representação geográfica de país, cidade, região oulocalidade do território.


Procedimento (cont.)

Para iniciar um processo são necessários sete os passos:

5º) Regulamento Técnico (de uso);

6º) Criação do Conselho Regulador (que faz o controle da I.G. e audita o que estáestabelecido no Regulamento Técnico);

7º) Encaminha-se solicitação de reconhecimento de I.G. ao INPI (dossiê).


Resolução INPI 75/00

Art. 7º - § 1º Em se tratando de pedido de registro de indicação de procedência, oinstrumento oficial a que se refere o caput, além da delimitação da áreageográfica, deverá, ainda, conter:

a) elementos que comprovem ter o nome geográfico se tornado conhecido comocentro de extração, produção ou fabricação do produto ou de prestação doserviço;


Resolução INPI 75/00 (cont.)

b) elementos que comprovem a existência de uma estrutura de controlesobre os produtores ou prestadores de serviços que tenham o direitoao uso exclusivo da indicação de procedência, bem como sobre oproduto ou a prestação do serviço distinguido com a indicação deprocedência; e

c) elementos que comprovem estar os produtores ou prestadores deserviços estabelecidos na área geográfica demarcada e exercendo,efetivamente, as atividades de produção ou de prestação do serviço.


Duração do registro

O registro da indicação geográfica vigoraráenquanto o produto ou o serviço mantiversuas características específicas.


Indicações geográficas brasileiras

Região do Cerrado Mineiro

Processo n° IG990001, de 28 de janeiro de 1999

Espécie: Indicação de Procedência

Requerente: Conselho das Associações dos Cafeicultores do Cerrado – CACCER

Produto: Café

Publicação da Concessão: RPI nº 1797, de 14 maio de 2005

Vale dos Vinhedos

Processo n° IG200002, de 06 de julho de 2000


Requerente: Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos –APROVALE

Produto: Vinho tinto, branco e espumantes

Publicação da Concessão: RPI nº 1663, de 19 de novembro de 2002



Pampa Gaúcho da Campanha Meridional

Processo n° IG200501, de 08 de agosto de 2005


Requerente: Associação dos Produtores de Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional

Produto: Carne Bovina e seus derivados

Publicação da Concessão: RPI nº 1875, de 12 de dezembro de 2006

Paraty

Processo n° IG200602, de 27 de novembro de 2006


Requerente: Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça Artesanal de Paraty

Produto: Aguardentes, tipo cachaça e aguardente composta azulada

Publicação da Concessão: RPI nº 1905, de 10 de julho de 2007REDENIT-CE - Conceitos Básicos de Propriedade Intelectual


Vale do Submédio São Francisco

Processo n° IG200701, de 31 de agosto de 2007


Requerente: Conselho da União das Associações e Cooperativas dos Produtores de Uvas de Mesa e Mangas do Vale do Submédio São Francisco – UNIVALE

Produto: Uvas de Mesa e Manga

Publicação da Concessão: RPI nº 2009, de 07 de julho de 2009

Vale do Sinos

Processo n° IG200702, de 14 de setembro de 2007


Requerente: Associação das Industrias de Cortumes do Rio Grande do Sul

Produto: Couro Acabado

Publicação da Concessão: RPI nº 2002, de 19 de maio de 2009REDENIT-CE - Conceitos Básicos de Propriedade Intelectual

Indicações geográficas potenciais

Municípios do Alto Paranaíba

produz o “Queijo Minas Artesanal

do Cerrado”;

Queijo coalho – historicamente

fabricado nos estados do Nordeste,

como Pernambuco, Ceará, Rio Grande

do Norte e Paraíba;

Cerrado do Jalapão (TO)

para capim dourado (artesanato).



2.1. Cultivares (sui generis)


Conceito

Lei nº. 9456/97 – Lei de Cultivares.

Do inglês cultivated variety, cultivar é a variedade dequalquer gênero ou espécie vegetal superior que sejaclaramente distinguível de outras cultivares conhecidas,tenha dominação própria, que seja homogênea e estávele que seja passível de uso pelo complexo agroflorestal.


Regulamentação

Union internationale pour la protection des obtentionsvégétales – UPOV (1961):

Órgão internacional responsável pela disciplina da matéria em 67países (maio, 2009);

Atua junto à Organização Mundial da Propriedade Intelectual –OMPI.

Serviço Nacional de Proteção de Cultivares – SNPC:

Órgão nacional responsável pela disciplina da proteção decultivares.


Por que proteger?

O melhoramento das plantas é demorado e caro, noentanto, as cultivares podem ser copiadas facilmente,desta maneira, a pesquisa necessita de proteção pararecuperar os investimentos;

A proteção proporciona benefícios:

Econômicos – maior valor agregado;

À saúde – maiores valores nutricionais;

Ao meio-ambiente – maior resistência;

Ao puro agrado – ornamentação, em geral.


Formas de proteção

Cultivar:

Proteção da espécime vegetal nova ou variada.

Patente:

Proteção dos genes inseridos.

Obs: Os mecanismos de proteção não são excludentes.


Requisitos para a proteção (Teste DHE)

1. Novidade:

que ainda não tenha sido explorada comercialmente.

Brasil – nos últimos 12 meses;

Exterior – nos últimos 4 a 6 anos.

2. Distinguibilidade (D):

Será distinta se for claramente distinguível de qualquer outra variedade, cujaexistência seja do conhecimento comum, na data do depósito do pedido;

A avaliação é realizada a nível de fenótipo.

3. Homogeneidade (H):

As plantas de uma variedade devem ser todas iguais ou muito semelhantes.

4. Estabilidade (E):

As características permanecerem inalteradas após repetida propagação ou, no casode ciclo específico de propagação, ao final de cada ciclo.

Como proteger?

Formulário de solicitação de proteção de cultivares;

Formulário de solicitação de denominação de cultivares;

Relatório técnico descritivo da obtenção de cultivar;

Declaração de existência de amostra viva;

Declaração juramentada;

Taxa no valor de R$200,00.

www.agricultura.gov.br


Direitos do criador

1. Produção ou reprodução (multiplicação);

2. Condicionamento para fins de propagação;

3. Venda ou outro tipo de comercialização;

4. Armazenagem para qualquer uma das finalidades acima;

5. Cultivares que sejam essencialmente derivados docultivar protegido, desde que a espécie protegida nãoseja também essencialmente derivada de variaçãoprotegida.


São permitidos:

1. Atos praticados para fins privados e não comerciais (ex:agricultura de subsistência);

2. Atos praticados para fins experimentais;

3. Atos praticados com a finalidade de criar e explorar outrasvariedades.

Obs: Exceção das variedades que não podem ser exploradas sem aautorização do criador da variedade original (ex: cultivar derivadaessencialmente de outra - pequenas alterações).


Extinção da proteção

15 anos (a partir da data da concessão) - maioria das plantas;

Grãos, oleaginosas, cereais...

18 anos – árvores e trepadeiras;

Videiras, árvores frutíferas, florestais, ornamentais...

Renúncia do titular;

Cancelamento do Certificado de Proteção:

Perda da homogeneidade ou estabilidade;

Da anuidade;

Impacto desfavorável ao meio ambiente. REDENIT-CE - Conceitos Básicos de Propriedade Intelectual

2.2. Topog. Circuitos integrados


Conceito

Circuito integrado:

“é um dispositivo microeletrônico que consiste de muitos transistores,resistências e outros componentes interligados capazes dedesempenhar muitas funções, e organizados em uma placa rígidachamada chip. Suas dimensões são extremamente reduzidas, oscomponentes são formados em pastilhas de material semicondutor.”

Topografia de circuitos integrados:

“envolve um conjunto organizado de interconexões, transistores eresistências, dispostos em camadas de configuração tridimensionalsobre uma peça de material semicondutor. São conhecidos tambémcomo chips.”

Fonte: http://blog.vilage.com.br/?tag=topografia-de-circuito-integrado


Histórico

Necessidade de proteção

Não-adequação às normas de PI existentes

Criação: investimentos de anos de pesquisa e até cem milhões de dólares;

Cópia: poucos meses e cerca de US$50 mil.

De 1959 a 1981:

Exclusividade norte-americana.

Mercado mundial, em 1986:

47% pertencentes aos japoneses;

39% dos norte-americanos.


A matéria no Brasil

A Lei 11.484 de 31 de maio de 2007, estabelecida noâmbito das iniciativas do Programa de Aceleração doCrescimento (PAC), visando dar segurança às empresasde semicondutores que desejem se instalar no país ecriar mecanismos para impulsionar o desenvolvimentotecnológico.

Fonte: www.inpi.gov.br


http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/topografia-de-circuitos/resolveUid/d62e71386f2141faf96085f25bb547f9

















Vantagens do registro

O detentor da titularidade possui o direito exclusivo de explorá-la,sendo vedado a terceiros sem o consentimento do titular:

a) Reproduzir a topografia, no todo ou em parte, por qualquer meio, inclusiveincorporá-la a um circuito integrado;

b) Importar, vender ou distribuir por outro modo, para fins comerciais, umatopografia protegida ou um circuito integrado no qual esteja incorporadauma topografia protegida; ou

c) Importar, vender ou distribuir por outro modo, para fins comerciais, umproduto que incorpore um circuito integrado no qual esteja incorporadauma topografia protegida, somente na medida em que este continue aconter uma reprodução ilícita de uma topografia.


São permitidos

A proteção não se aplica:

I – aos atos praticados por terceiros não autorizados com finalidadede análise, avaliação, ensino e pesquisa;

II – aos atos que consistam na criação ou exploração de umatopografia que resulte da análise, avaliação e pesquisa detopografia protegida, desde que a topografia resultante não sejasubstancialmente idêntica à protegida (engenharia reversa);


São permitidos (cont.)

III –importação, venda ou distribuição por outros meios, para finscomerciais ou privados, colocados em circulação pelo titular doregistro de topografia de circuito integrado respectivo ou comseu consentimento; e

IV – aos atos descritos nos incisos II e III acima citados, praticados oudeterminados por quem não sabia [de boa fé], por ocasião daobtenção do circuito integrado ou do produto, ou não tinha baserazoável para saber que o produto ou o circuito integradoincorpora uma topografia protegida, reproduzida ilicitamente.


Procedimentos de registro

Descrição da topografia e de sua função;

Desenhos/fotos da topografia (essenciais para permitir sua identificação e caracterizar originalidade);

Circuito integrado relativo à topografia requerida;

Declaração de exploração anterior, se houver indicando a data de seu início;

Documento comprobatório de titularidade ou documento de cessão;

Autorização do titular de topografia original protegida;

Tradução pública juramentada de docs. em língua estrangeira;

GRU paga;

Procuração, se for o caso.


Prazo de proteção

O prazo de vigência do direito é de 10 anos contados da

data do depósito do pedido de registro ou da 1ª

exploração, o que tiver ocorrido primeiro.

Obs.: A proteção depende do registro.


Situação atual nacional

O Brasil ainda não é um País produtor de circuitos integrados.

Até a data de 2 de fevereiro de 2009, o INPI contava com apenas 10 pedidos de registro.


3. Desenho industrial


Importância da proteção

Registro nº 818421126Monograma original LV

Monograma imitado


Desenhos industriais

Art. 95 – forma plástica ornamental de um objeto ou conjunto ornamentalde linhas e cores aplicado a um produto, proporcionando resultadovisual novo e original na configuração externa e que sirva de tipo defabricação industrial.

DI

Bidimensional

Tridimensional


Bidimensional

Padrão ornamental aplicado em produto.


Exemplos


Exemplos (cont.)


Exemplos (cont.)


Exemplos (cont.)


Tridimensional

Forma plástica ornamental de um objeto


Exemplos


Exemplos (cont.)


Exemplos (cont.)


Bidimensional + tridimensional

Forma plástica + padrão ornamental


Exemplos


Requisitos

Novidade (art. 96)

Período de graça de 180 dias.

Originalidade (art. 97)

Configuração visual distinta;

Combinação de elementos conhecidos.

Aplicação Industrial (art. 98)

Não ser obra de arte de caráter puramente artístico.


Obras de arte?


Desenhos não registráveis

Art. 100, LPI

I – contrário à moral e bons costumes, que ofenda honra ou imagem depessoas, que atente contra a liberdade de consciência, crença, cultoreligioso, idéia e sentimentos dignos de veneração e respeito.

II – forma necessária comum ou vulgar do objeto/essencialmentedeterminada por considerações técnicas ou funcionais.

Ex: fusos sem fim, engrenagem linear.


Parecer técnico


Direitos envolvidos

Exclusividade de exploração comercial;

Direito de excluir terceiros da fabricação, uso, venda e cópia (arts. 187 e 188, LPI).


http://www.emplacamento.com.br/brasiltran/img/doc02peq.jpg

Vigência da proteção

O registro tem validade por dez anos (art. 108).

Prorrogação + 3 períodos de 5 anos.


Numeração

• O número dos pedidos de registro de desenho industrial e docorrespondente registro de desenho industrial será constituído portrês segmentos e um dígito verificador, a saber:

• Qualificador alfabético: DI

• Qualificador numérico: ano de depósito, composto de dois algarismos,onde o segundo algarismo da esquerda para a direita indica o ano dadécada, enquanto o primeiro algarismo da esquerda para a direitacorresponde à década do ano de depósito menos 4;

• Quantificador: série numérica crescente, anual, composta de cincoalgarismos iniciando-se com 00001;

• Dígito verificador: DI 6600001-X, (2006).


Numeração (exemplo)


Formulário de depósito


Condições

• Até 20 variações/conjuntos destinadas ao mesmopropósito e mantendo as mesmas características distintivaspreponderantes.


Depósito incorreto

Exigência - 60 dias.


Exigência cumprida

Concessão

e publicação.


Extinção do registro

I - pela expiração do prazo de vigência;

II - pela renúncia do titular – resguardados os direitos de terceiros;

III - falta de pagamento da retribuição prevista;

– art. 108 (vigência e/ou prorrogações);

– art. 120 (não pagamento das retribuições qüinqüenais);

IV – inobservância do art. 217 (depositante domiciliado no exterior sem procurador devidamente qualificado no País).


Fontes

http://www.labsolda.ufsc.br/noticias/2007/carta_patente.gif

http://portalexame.abril.com.br/arquivos/img_886/tecnologia_consumo.jpg

OTL – Office of Technology Licensing. Research Policy Book - RPH 5.1. Disponível em: <http://rph.stanford.edu/5-1.html> Acesso em: 29 abr. 2010

http://www.wipo.int/pct/en/

http://www.wipo.int/export/sites/www/pct/pt/forms/request/ed_request.pdf

http://www.sumobrain.com/help/item/Search-Tutorial.html

http://www.cas.org/support/stnexp/index.html

http://www.labsolda.ufsc.br/noticias/2007/carta_patente.gif















http://rph.stanford.edu/5-1.html






http://www.wipo.int/pct/en/








Módulo III

1. Patentes:

Invenção;

Modelo de utilidade.

2. Informação Tecnológica.




1. Patentes - Conhecimento intelectual

Publicação científica

Conhecimento Intelectual

Segredo

Patente


Publicação científica

Divulgação pública

Tecnologias publicadas em congressos, conferências, palestras, seminários, revistas, jornais nacionais e/ou internacionais;

Defesa pública de teses de doutorado;

Laboratórios de livre acesso.


Segredo Industrial (know how)

Duração

Prazo de sigilo.

Riscos

Terceiros apresentarem a mesma idéia;

Empregados (confiança).


O que é uma patente?

Patente é um documento legal que descreve uma invenção e que concede ao seu titular o direito exclusivo por um tempo determinado.


Art. 6º Ao autor de invenção ou modelo de utilidade será assegurado o direito de obter a patente que lhe garanta a propriedade, nas condições estabelecidas nesta Lei.


Carta-patente


Finalidade da patente

A patente tem por finalidade conferir um meio deproteção aos progressos tecnológicos, incentivando,deste modo, o desenvolvimento da técnica.


Princípios

Exclusividade:Oportunidade comercial durante a vigência da patente

concedida, e não um monopólio.

Publicidade:Função social.

Territorialidade:A proteção patentária conferida pelo Estado tem validade

somente dentro dos limites territoriais do país que concede a patente (CUP, 1883).


Princípios (cont.)

Temporalidade:

Direito que tem a sociedade ao retorno, à devolução do que foi criado a partir dela.

Transmissibilidade:

Propriedade pode ser transmitida por ato inter vivos ou causa mortis.


Espécies de patentes

Patentes de Invenção (PI)

Modelos de Utilidade (MU)


Patentes de Invenção (PI)

“Concepção resultante do exercício de capacidade decriação do homem que represente uma solução paraum problema técnico específico dentro de umdeterminado campo tecnológico.”

Avanço tecnológico.


Exemplos (PI)


US01744651876

Western Electricsistema de disco

1921

Western Electricdiscagem por tom1964


Modelo de Utilidade (MU)

“Forma nova ou disposição conferida em objeto que se preste a um trabalho ou uso prático visando melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.”

Praticidade;

Comodidade;

Eficiência.

Fonte: inventabrasilnet.t5.com.br/bornan.htm



Exemplos (MU)


Integração de teclado, receptor e transmissor em uma única peça.


Benefícios ao titular da patente

Retorno de investimentos;

Exclusividade sobre o produto/processo;

Royalties (Ex: IBM $2 bilhões USD/ano);

Vantagem competitiva;

Fortalecimento da imagem da empresa.


Benefícios à sociedade

Acesso ao conhecimento;

Disponibilização de novas tecnologias no mercado;

Estímulo ao desenvolvimento de novas tecnologias.


Perspectiva histórica

Lei de Sybarites, 510 a.C.Exclusividade (um ano).

Lei Veneziana, 1454“As chamadas ‘patentes venezianas’ de 1474, concedidas

inicialmente aos fabricantes de vidros e espelhos da ilha deMurano, nos arredores de Veneza, estabelecendo entre seusprincípios básicos que o inventor deveria descrever de formacompleta sua invenção e o segredo ficava, portanto,

proibido”.


Atualmente

Convenção de Paris (1883) para a Proteção da Propriedade Industrial;

Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT);

Trade Related Aspects of Intellectual Rights –TRIPS, 1994.


O que pode ser patenteado no Brasil?

LPI – Lei nº 9.279/96:

Art. 8º É patenteável a invenção que atenda aos

requisitos de novidade, atividade inventiva e

aplicação industrial.


Novidade

LPI, art. 11:

A invenção e o modelo de utilidade são considerados novosquando não compreendidos no estado da técnica.

§ 1º O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornadoacessível ao público antes da data de depósito do pedido depatente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualqueroutro meio, no Brasil ou no exterior.


Estado da técnica

Divulgação:

Certa – quanto à existência e data;

Suficiente – de forma que um técnico no assunto seja capaz de compreender e reproduzir;

Pública – ser suscetível de ser conhecidas do público.



Período de Graça (art. 12)

A divulgação de Invenção ou Modelo de Utilidade ocorrida durante os 12 (doze) meses que precederem a data de depósito.

O procedimento deve ser seguido apenas em casos extremos (dificuldade devido ao dever de prova);

Alguns países não reconhecem o período da graça, ex.: EUA.

Ex.: A publicação de uma invenção em periódico ocorreu em08/02/2007. O pesquisador pode realizar o depósito até o dia08/02/2008 (Período da Graça).

Se solicitar PCT, a publicação de 2007 já contará como publicado(Estado da Técnica), e não poderá ser protegido.


Prioridade unionista (art. 16)

1883 – Convenção da União de Paris (CUP):

Ao primeiro pedido de patente regularmente depositado em

um dos países signatários, o solicitante poderá, durante o

período de 12 meses, solicitar a proteção para o mesmo

invento em qualquer um dos demais países signatários.



Prioridade interna (art. 17)

O pedido de patente de invenção ou de modelo de utilidade depositado originalmente no Brasil, sem reivindicação de prioridade e não publicado, assegurará o direito de prioridade ao pedido posterior sobre a mesma matéria depositado no Brasil pelo mesmo requerente ou sucessores, dentro do prazo de 1 (um) ano.

Obs.: Somente poderá ser requerida pelo depositante doprimeiro pedido, sendo o primeiro pedido definitivamenteretirado.


Atividade inventiva



Inventividade - técnico no assunto?

Profissional que tenha nível de conhecimento comum suficiente sobre o assunto.

O conhecimento pode ser teórico e prático.

Para o INPI, um técnico no assunto deve ser capaz de:

Executar trabalhos de bancada;

Conduzir experimentos de teste;

Efetuar substituições por elementos equivalentes;

Buscar informações: bibliotecas, bancos de teses, bancos de dados.



Aplicação industrial

Art. 15. A invenção e o modelo de utilidade sãoconsiderados suscetíveis de aplicação industrialquando possam ser utilizados ou produzidos emqualquer tipo de indústria.

Indústrias agrícola, extrativista e de produtos manufaturados.

Ex: máquina moto-contínuo.


Suficiência descritiva

Art. 24. O relatório deverá descrever clara esuficientemente o objeto, de modo a possibilitar suarealização por técnico no assunto e indicar, quando foro caso, a melhor forma de execução.


O que é patenteável?

Máquinas;

Equipamentos;

Composições/compostos químicos e fármacos;

Ferramentas;

Componentes e peças de máquinas;

Dispositivos de vários tipos;

Processos industriais;

Método de obtenção de plantas e animais.

Fonte: Manual de Propriedade Intelectual, Diretoria de Inovação e Empreendedorismo – DINE/UFPE.


Exceções ao patenteamento

Lei da Propriedade Industrial, nº 9.279/96,artigos 10 e 18.


Art. 10, incisos I e II

Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade:

I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos;

II – concepções puramente abstratas;


Exemplos

As pesquisas do casal Curie culminam nodescobrimento de um novo elemento químico –Rádio (Ra):

Revelação ou identificação de um fenômeno da naturezaaté então ignorado, mas pré-existente.

Lei da Relatividade – Albert Einstein:

Teoria Científica.


Art. 10 (continuação)


III – esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais,contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio ede fiscalização; descobertas, teorias científicas e métodos

matemáticos;

IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética;

V - programas de computador em si;

VI - apresentação de informações;

VII - regras de jogo;




VIII – técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como

métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no

corpo humano ou animal.


Métodos terapêuticos

Métodos terapêuticos são aqueles que implicam a curae/ou prevenção de uma doença ou mau funcionamentodo corpo humano ou animal, ou alívio de sintomas dedor, sofrimento e desconforto, objetivando restabelecerou manter suas condições normais de saúde.



Métodos terapêuticos (exemplo)

Uso de budesonida caracterizado por ser notratamento de asma.

Método para tratar asma caracterizado pelaadministração de budesonida (ou composiçãocontendo budesonida).



Métodos Operatórios e Cirúrgicos

Todo método que requeira uma etapa cirúrgica, ouseja, uma etapa invasiva do corpo humano ouanimal.

Não são passíveis de proteção!

Exemplos:

Implantação de embriões fertilizados artificialmente;

Cirurgia estética.



Métodos de diagnóstico

São aqueles que diretamente concluem quanto aoestado de saúde de um paciente como resultado datécnica utilizada.

Métodos de diagnóstico:

Examinar o corpo, observando, apalpando e auscultando;

Submeter o paciente a diversos testes clínicos.



Métodos de diagnóstico (cont.)

Método para diagnosticar uma doença em ummamífero caracterizado pelo fato de se administrarao dito mamífero uma quantidade eficaz de umagente contraste.

Observação: Quando realizados fora do corpo humano ou animalsão passível de proteção por patente.

Ex.: Método de detecção in vitro como de uma condição patológica, atravésde uma amostra biológica (sangue, urina, fezes, etc.).





IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicosencontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive ogenoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e osprocessos biológicos naturais.

Exemplo: DNA, extratos de plantas/animais.

O caso da insulina:

Não passível de proteção, por ser um composto químico sintético comcorrespondente natural.


Exceções

São passíveis de proteção:

O processo de extração de substâncias de animais/plantas;

A composição que contenha o extrato, desde que não seja diluição (“burla legal”).

Ex.: Óleo essencial -> medicamento.

Necessário que haja tecnologia;

“Burla legal”: questão da proteção da biodiversidade.


Exceções ao patenteamento –art. 18

Art. 18. Não são patenteáveis:

I - o que for contrário à moral, aos bons costumes e àsegurança, à ordem e à saúde públicas;

II - as substâncias, matérias, misturas, elementos ouprodutos de qualquer espécie, bem como a modificação de suaspropriedades físico-químicas e os respectivos processos deobtenção ou modificação, quando resultantes de transformaçãodo núcleo atômico; e


Exceções ao patenteamento – art. 18

Art. 18. Não são patenteáveis:

III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismostransgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade -novidade, atividade inventiva e aplicação industrial - previstos no art.8º e que não sejam mera descoberta.

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, microorganismostransgênicos são organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou deanimais, que expressem, mediante intervenção humana direta emsua composição genética, uma característica normalmente nãoalcançável pela espécie em condições naturais.


Titularidade

LPI, art. 6º:

Art. 6º. Ao autor de invenção ou modelo de utilidade será assegurado o direito de obter a patente que lhe garanta a propriedade, nas condições estabelecidas nesta Lei.

LPI, art. 6º, § 3º:

Quando se tratar de invenção ou de modelo de utilidade realizado conjuntamente por duas ou mais pessoas, a patente poderá ser requerida por todas ou qualquer delas, mediante nomeação e qualificação das demais, para ressalva dos respectivos direitos.


Titularidade (cont.)

LPI, art. 6º, § 2º:

A patente poderá ser requerida em nome próprio, pelos herdeiros ou sucessores do autor, pelo cessionário ou por aquele a quem a lei ou o contrato de trabalho ou de prestação de serviços determinar que pertença a titularidade.

Ex: Universidade de Stanford

Parte pessoal do inventor/autor – 1/3

Departamento/Centro do inventor/autor – 1/3

Parte da escola do inventor/autor – 1/3


Dois ou mais autores independentes

Art. 7º: O direito de obter patente será assegurado, aquele queprovar o depósito mais antigo, independente das datas deinvenção ou criação. A patente poderá ser requerida em nomepróprio, pelos herdeiros ou sucessores do autor, pelo cessionárioou por aquele a quem a lei ou o contrato de trabalho ou deprestação de serviços determinar que pertença a titularidade.

Princípio de “First to File”


Direitos envolvidos

Direitos:Exclusividade de exploração;

Suporte para ações judiciais;

Ceder (venda) ou licenciar voluntariamente (aluguel). Zelar pela sua integridade material ou reputação.

Deveres:Explorar a patente;

Acompanhamento processual (pagamento de anuidades, e retribuição qüinqüenal);

Revelar o conteúdo da patente.

Prorrogar a vigência do registro.


Anuidades

Início do terceiro ano.

Ex.: Depósito do pedido em 29/04/2008.

Prazos:

29/04/2010 a 29/07/2010 (prazo ordinário):

Três primeiros meses de cada período anual.

29/07/2010 a 29/01/2011 (prazo extraordinário):

Seis meses subseqüentes, mediante pagamento de retribuição adicional.


Preparação do pedido

Busca prévia:

Antes da redação;

Informações de tecnologias já existentes;

Investimento direcionado;

Classificação internacional de patentes.


Classif. Internacional de Patentes

Acordo de Estrasburgo, 1971;

Base de investigação do estado da técnica;

Finalidades:

Ferramenta de busca e recuperação de documentos de patente;

Organização dos documentos de patente, facilitando o acesso às informações tecnológicas.

Revisões – peritos da OMPI:

Incorporação de novas tecnologias;

Eliminação de erros.


Busca em bancos de patentes

Base WPI (World Patent Index) – US$ 354,00/hora de conexão;

Base INPADOC (International Patent Documentation Center) – US$ 15,00 por documento pesquisado;

Bases gratuitas:

Escritório Americano de Patentes

www.uspto.gov

Escritório Europeu de Patentes

http://ep.espacenet.com/

Japan Patent Office

www.jpo.go.jp


Como patentear?

1º. Documentação necessária;

A. Documentação formal;

B. Documentação técnica;

2º. Depósito (4 vias);

3º. Procedimento administrativo.


A - Documentação formal

Formulário de pedido de depósito.

Guia de recolhimento paga:

Site do INPI;

Enviar via autenticada pelo banco;

R$140,00.

Procuração, se necessário for:

Explicitação dos poderes;

Assinatura nítida;

Datação;

Firma reconhecida em cartório.


A - Documentação formal (cont.)

Comprovação de titularidade, se o detentor dos direitos patrimoniais não for o inventor.

Documento de cessão:

Facultativo;

Parcial ou total;

Firma reconhecida em cartório.

Relação de emprego, prestação de serviços (à época do desenvolvimento do invento).

Quebra de patentes.


B - Documentação técnica

Requerimento;

Relatório Descritivo (reprodutibilidade);

Reivindicações (escopo de proteção);

Desenhos, se for o caso;

Resumo.


B.1 Requerimento

Formulário 1.01

Disponível na Internet – www.inpi.gov.br

Dados do pedido/titular.


http://www.inpi.gov.br/

B.2 Relatório Descritivo (PI)

O Relatório deverá:Ser iniciado pelo título;

Referir-se a uma invenção ou a um grupo de invenções;

Indicar o setor técnico a que se refere a invenção;

Descrever o estado da técnica existente;

Descrever os objetivos da invenção (demonstrar as vantagensem relação ao estado da técnica);

Descrever a invenção de forma clara e suficiente de maneiraque um técnico no assunto possa realizá-la(reprodutibilidade).


B.2 Relatório Descritivo (MU)

O Relatório deverá:Ser iniciado pelo título;

Referir-se a um único modelo principal, podendo incluir umapluralidade de elementos distintos adicionais ou variantesconstrutivas ou configurativas – unidade técnico-funcional;

Indicar o setor técnico a que se refere a invenção;

Descrever o estado da técnica existente;

Relacionar os desenhos, especificando as representaçõesgráficas;

Descrever o modelo de utilidade de forma clara e suficiente,fazendo remissão aos desenhos.



B.3 Reivindicações

Define a matéria para a qual a proteção é solicitada,estabelecendo e delimitando os direitos doinventor/criador.

Redação:

Título;

Preâmbulo;

Expressão “caracterizada por”;

Englobar todas as possibilidades de proteção.


Espécies de Reivindicações (MU)

Independente:

Define uma única, descrevendo o modelo integralmente com todas suascaracterísticas de forma ou disposição introduzida, essenciais à obtenção damelhoria funcional.

Dependente:apenas se for elemento complementar de uso opcional, variedades construtivas

ou forma tridimensional de uma estrutura inicial planificada.



Área de farmacologia

Fonte: http://atvdquimica.zip.net/images/Ingenier_ia_quimica_2.jpg


Área de farmacologia



Novo princípio

ativo

Composto

Processos de preparação

Medicamento

Composição farmacêutica

Reivindicações não aceitas

Exemplo:

Composto de fórmula:

Caracterizado por ser para tratar asma.

Não define características técnicas de composto, mas sim de aplicaçãoterapêutica.

Caracterizado por ser um inibidor da recaptação da serotonina.

Reivindicação imprecisa, uma vez que somente destaca o mecanismode ação da droga.



Reivindicações aceitas

Exemplo:

Composto caracterizado por ter a fórmula estrutural.

Composto caracterizado por ser o ácido 2-etanoato-benzóico;

Composto, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado porser para tratar asma.

Características técnicas previamente definidas na reivindicação 1.



Observação

Lei nº. 10.196/01

Art. 229-c.

“A concessão de patentes para produtos e processosfarmacêuticos dependerá de prévia anuência da AgênciaNacional de Vigilância Sanitária – ANVISA”.


B.4 Desenhos

Facilitam ou permitem a perfeita compreensão da matéria exposta no relatório descritivo;

No caso dos MU, os desenhos definem o escopo da invenção;

Não devem conter elementos textuais.


B.4 Desenhos (exemplos)

Dados experimentais

Microscopia eletrônica de transmissão

Esquemas explicativos



B.5 Resumo

Sumário do exposto no relatório descritivo,reivindicações e desenhos;

Deve ser redigido de modo a permitir umacompreensão da essência da invenção;

Ser redigido de forma a permitir uma compreensão daessência da inovação;

Deve conter de 50 a 200 palavras e descrevercorretamente o objeto.



2º) Depósito

Enviar a documentação em 4 vias ao INPI:

Pessoalmente diretamente à Divisão;

Outros estados mediante representação.


3º) Procedimento administrativo

3.1 Depósito (2.1);

30 dias (cumprimento de exigências);

Sigilo de 12 meses (prioridade).

3.2 Exame preliminar formal;

30 dias (cumprimento de exigências).

3.3 Publicação do pedido (3.1);

3.4 Pedido de exame técnico (36 meses do depósito);

Valor: retribuição normal de R$400,00 ou R$160,00 para até 10 reivindicações. Acima deste total, deve-se soma um valor adicional de R$19,00 ou R$7,00 por reivindicação.


3º) Procedimento administrativo

Modificações – cumprimentos de exigências (90 dias)

R$85,00/R$35,00.

3.5 Deferimento (9.1) ou indeferimento (9.2);

3.6 Recursos (12.2) – 60 dias;

3.7 Concessão – comprovante de pagamento (60 dias).

R$95,00.


Apresentação do pedido

Exame formal preliminar

Exame técnico (não pode ser iniciado antes de 60 dias da

publicação do pedido)

Prioridade

Pedido atende?

Pedido depositado

Publicação do pedido

Pedido de exame

Arquivado

Arquivamento definitivo

Pedido devolvido ou

arquivado

Exigência p/ correção

Pedido corrigido?

Requereu desarquiva-

mento?

Subsídio ao exame

Até 36 meses do depósito

Após 18 meses da data de depósito ou

da prioridade

12 meses – PI e MU

SIM

NÃO

SIM

SIM

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

Vigência da patente

Patentes de invenção – 20 anos.

Modelos de utilidade – 15 anos.

O prazo de vigência não será inferior a 10 (dez) anos, para invenção, e 7 (sete),para modelo de utilidade, a contar da data de concessão, ressalvadas questõesjudiciais ou força maior.


Extinção do direito patentário

20 anos de proteção transcorridos;

Não-pagamento das anuidades;

Não-exploração da patente:

Após 3 anos de concessão:

Licença compulsória;

Quebra de patente.

Após 2 anos da primeira licença:

Caducidade.


Proteção internacional

PCT – Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes, 1970:

Firmado em 1970, em Washington;

Harmonização do sistema internacional de patentes;

Incentivo à inovação;

Estados Contratantes – 139.


PCT

Vantagens:

Procedimento simplificado para obtenção de patentes;

Celeridade, uma vez que os pedidos já foram apreciados nos Estados de origem;

Economia de custo, pois o pedido não é publicado inteiramente;

A publicação internacional favorece as licenças;

Prazo de 18 meses para avaliação dos países designados.


Formulação do pedido

Formulário eletrônico – REQUEST – RO 101

www.wipo.int/pct


http://www.wipo.int/pct

Duas fases

Fase internacional:

Depósito do pedido, através do RO 101;

Busca internacional por autoridade escolhida;

Publicação internacional pelo Escritório Internacional na WIPO;

Exame preliminar por autoridade em Exame Preliminar Internacional (IPEA).

Fase nacional:

Tradução do pedido internacional para os idiomas exigidos, no prazo de 20 ou 30 meses.


Observações

As patentes são independentes;

A decisão da concessão da patente pertence ao Órgão eleito;

Princípio da territorialidade:

Não existe patente internacional.


Contrafação

Art. 183. Comete crime contra patente de invenção ou de modelo de utilidade quem:

I - fabrica produto que seja objeto de patente de invenção ou de modelo de utilidade, sem autorização do titular; ou

II - usa meio ou processo que seja objeto de patente de invenção, sem autorização do titular.

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.

Art. 184. Comete crime contra patente de invenção ou de modelo de utilidade quem:

I - exporta, vende, expõe ou oferece à venda, tem em estoque, oculta ou recebe, para utilização com fins econômicos, produto fabricado com violação de patente de invenção ou de modelo de utilidade, ou obtido por meio ou processo patenteado; ou

II - importa produto que seja objeto de patente de invenção ou de modelo de utilidade ou obtido por meio ou processo patenteado no País, para os fins previstos no inciso anterior, e que não tenha sido colocado no mercado externo diretamente pelo titular da patente ou com seu consentimento.

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.


Contrafação

Titular das patentes X terceiros

Patente válida;

Fato material que constitua ofensa ao detentor de direito;

A mera exposição já constitui o delito;

A contrafação pode ser total ou parcial;

O crime é punido mesmo sem ter havido prejuízo;

Notificação, mediação, arbitragem.


Legislação aplicável

Convenção de Paris para a Proteção da Propriedade Industrial;

Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT);

Acordo TRIPS.


2. Informação Tecnológica


Fonte: www.inpi.gov.br

Informação Tecnológica

“É todo tipo de conhecimento sobre tecnologias de fabricação, de projeto e de gestão que favoreça a melhoria contínua da qualidade e a inovação no setor produtivo”.


Fonte: Glossário Geral da Ciência da Informação. Brasília: CID/UNB, 2004.

Evolução da Informação Tecnológica

HD do IBM Ramac 350, 1956:

1 tonelada;

5 MB de capacidade.

Pen drive Kingstone, 2009:

Média de 30 gramas;

256 GB de capacidade.


Fonte: Curso Intermediário de Capacitação em Propriedade Intelectual. INPI, 2009.

Tempo entre a invenção e a inovação

Uso por mais de 50 milhões de pessoas.



Tempo entre a invenção e a inovação



Evolução da informação tecnológica

Globalização, internet:

Quantidade;

Qualidade;

Acessibilidade.

Necessidade de informações estratégicas.


Agregação de valor em produtos


Fonte: Associação dos Exportadores Brasileiros – AEB – 2001 – MDIC – SECEX – 2001.

Fontes de informação tecnológica

Formais:

Congressos, feiras, exposições, entrevistas, televisão...

Informais:

Obtidas em livros, normas técnicas, teses, periódicos, meio eletrônico (bases de dados nacionais ou internacionais, bibliotecas virtuais), patentes...


Fonte: Kahaner, 1997 apud Curso Básico de Capacitação em propriedade Intelectual para NITs. INPI, 2007.

Por que patentes?

Suficiência descritiva:Art. 24 (Lei 9.279/96 – LPI) - O relatório deverá descrever

clara e suficientemente o objeto, de modo a possibilitarsua realização por técnico no assunto e indicar, quandofor o caso, a melhor forma de execução.


Documentos de patente

Pedido de patente publicado;

Pedido de patente pendente;

Patente já em vigor;

Patente extinta.


Vantagens do sistema de patentes

Conforme a Organização Mundial da Propriedade intelectual (OMPI), mais de 70-80% da Informação Tecnológica no mundo somente pode ser encontrada em documentos de patente;

Crescimento anual aproximado de 850.000 documentos de patentes no mundo.


Fonte: Informação Tecnológica. Curso Básico de Capacitação em propriedade Intelectual para NITs. INPI, 2007.

Vantagens do sistema de patentes

Conteúdo:

Suficiente para que um profissional da área técnica da invenção consiga realizá-la;

Formato:

Dados bibliográficos com campos específicos numerados;

Atualidade:

Contém a informação mais recente em relação ao estado da técnica.



Importância da Inf. Tecnológica

Definição do estado da técnica;

Identificação de tecnologias emergentes, tendências de mercado e previsão de novos produtos;

Análise por famílias de patentes;

Permite verificar os países onde se busca proteção para uma mesma invenção.

Rastreamento de tecnologias;



Importância da Inf. Tecnológica

Direcionamento dos investimentos;

Análise de validade (verificar se a tecnologia está disponível no Brasil, evitando litígios);

Monitoramento do mercado e de concorrentes (prospecção tecnológica).



Estatísticas européias

“Estudo feito na Alemanha concluiu que os custos de P&D poderiam ser reduzidos em 30%, caso a informação técnica disponível fosse utilizada.”

“Segundo estimativa da Organização Britânica de Patentes, 20 bilhões de libras por ano são desperdiçadas na Comunidade Européia devido a invenções duplicadas.”


Fonte: Organização de Patentes da Áustria apud Curso Básico de Capacitação em propriedade Intelectual para NITs. INPI, 2007.

O documento de patente

1. Informações bibliográficas (folha de rosto);

2. Relatório descritivo;

3. Reivindicações;

4. Desenhos (se necessário);

5. Resumo.


O documento de patente


1. Dados bibliográficos

Dados identificadores do documentoque seguem padronização internacional.

Estratégias de busca:

1.1 Códigos INID;

1.2 Classificação Internacional de Patentes.


1.1 Códigos INID

International Numbers for the Identification of Data.

Estes códigos identificam todas as informaçõesque constam da primeira página ou folha derosto, como:

(11) Número do documento;

(12) A linguagem utilizada no documento;

(19) Identificação do País;

(21) Número de depósito.


Fonte: Informação Tecnológica. Curso Básico de Capacitação em propriedade Intelectual . INPI, 2007.

Indicação de datas:

(22) Data de depósito da solicitação;

(41) a (44) Referem-se a documentos de patentes publicados (examinados ou não), mas que ainda não tem a decisão final (concessão ou não da patente);

(43) Data da publicação;

(45) Data da concessão da patente.



Códigos INID (cont.)

Informações técnicas:

(51) Classificação Internacional de Patente (IPC);

(52) Classificação Nacional de patente;

(54) Título da Invenção;

(55) Palavras-chave utilizadas na pesquisa;

(56) Lista de documentos anteriores citados pelo depositante (pode auxiliar no exame) ou encontrados pelo examinador de patentes durante a busca para exame;

(57) Resumo do conteúdo do documento.




Identificação das partes relacionadas:

(71) Nome do depositante (quem recebeu a patente);

(72) Nome do inventor, se conhecido;

(73) Nome de quem detém os direitos sobre a patente;

(74) Nome do procurador ou agente;

(75)Nome do inventor, quando for também o

depositante.






Códigos INID (exemplos)


Códigos INID (exemplos)

1.2 Classif. Internacional de Patentes

Acordo de Estrasburgo, 1971.

Classificação especial utilizada no âmbito internacional para indexação de documentos de patentes de invenção e modelo de utilidade.

Formada por 38 membros (jul./97), mas utilizado por 70 países e 3 Administrações Regionais e pela Secretaria Internacional da Organização da Propriedade Intelectual.



Base de investigação do estado da técnica.

Finalidades:Ferramenta de busca e recuperação de documentos de patente;

Organização dos documentos de patente, facilitando o acesso às informações tecnológicas;

Base para investigação do estado da técnica;

Preparação de estatísticas, possibilitando uma visão do estágio atual do desenvolvimento tecnológico.



Revisões – peritos da OMPI:

Periodicidade:3 meses (avançado), 3 anos (básico);

Incorporação de novas tecnologias;

Eliminação de erros.


CIP (8ª edição)

1ª edição – 1969.

Online

8 seções

21 subseções

120 classes

628 subclasses

69.000 subgrupos


CIP (8ª edição)

8 seções:

A. Necessidades humanas;

B. Operações de processamento, Transporte;

C. Química e metalurgia;

D. Têxteis e papel;

E. Construções fixas;

F. Engenharia mecânica, iluminação, aquecimento, armas, explosão;

G. Física;

H. Eletricidade.


Seções e subseções (exemplo)

Seção A – Necessidades Humanas

Subseções:

Agricultura – engloba a classe A01;

Produtos alimentícios: tabaco - classes A22, A23 e A24;

Artigos para uso pessoal ou doméstico – classes A41, A42, , A43, A44, A45, A46 e A47;

Ciência médica ou veterinária: higiene – A61.


Classes e subclasses (exemplos)

Ciência médica ou veterinária: higiene – A61

A61B – Diagnóstico; cirurgia

A61C – odontologia; higiene oral ou dental

A61K – preparações para finalidades médicas, odontológicas ou higiênicas.


Grupos (exemplos)

A61K – preparações para finalidades médicas, odontológicas ou higiênicas.

Grupos da subclasse A61K:

A61K6/00 – preparações para odontologia;

A61K7/00 – cosméticos ou preparações similares para higiene pessoal;

A61K31/00 – preparações medicinais contendo ingredientes ativos orgânicos;

A61K35/00 – preparações medicinais contendo materiais de constituição indeterminada ou seus produtos de reação.


Subgrupos

1/00 - Grupo principal

1/02. – subgrupo de nível 1

1/04.. – subgrupo de nível 2

1/06... – subgrupo de nível 3

1/08.... – subgrupo de nível 4

1/10.. – subgrupo de nível 2

1/09... – subgrupo de nível 3


Subgrupos (exemplos)

A61K35/00 – preparações medicinais contendo materiais de constituição indeterminada ou seus produtos de reação

Subgrupos:

A61K35/02. – materiais inanimados

A61K35/04.. – alcatrões, betumes, óleos minerais

A61K35/06... – óleos minerais.


CIP - observações

Uma matéria pode ter classificações combinadas;

Não havendo local específico para o invento, pode-se utilizar o que for mais apropriado;

Níveis de busca:

Básico – baixa resolução. Revisão a cada 3 anos. 5 mil grupos

Avançado – alta resolução. Revisão a cada 3meses. 78 mil subgrupos.


Exemplo


Exemplo

A61P25/34 – Stabilized Nicotine Chewing Gum (goma de mascar estabilizadora de nicotina):

Seção: A – Necessidades humanas;

Classe: 61 – Ciência médica ou veterinária; higiene;

Sub-classe: P – Atividade terapêutica específica de compostos químicos ou preparações medicinais;

Grupo: 25 - Drogas para o tratamento de doenças do sistema nervoso;

Sub-grupo: 30 – Para tratamento de vício ou dependência

. . - Vício de álcool (A61P25/32);

. . - Vício de fumo (A61P25/34).



2. Relatório descritivo

LPI, art. 24. O relatório deverá descrever clara e suficientemente o objeto, demodo a possibilitar sua realização por técnico no assunto e indicar,quando for o caso, a melhor forma de execução.

Parágrafo único. No caso de material biológico essencial à realização prática do objeto dopedido, que não possa ser descrito na forma deste artigo e que não estiver acessível aopúblico, o relatório será suplementado por depósito do material em instituiçãoautorizada pelo INPI ou indicada em acordo internacional.


3. Reivindicações

LPI, art. 25. As reivindicações deverão ser fundamentadasno relatório descritivo, caracterizando asparticularidades do pedido e definindo, de modo claro epreciso, a matéria objeto da proteção.

LPI, art. 41. A extensão da proteção conferida pela patenteserá determinada pelo teor das reivindicações,interpretado com base no relatório descritivo e nosdesenhos.



4. Desenhos

Clareza;

Não deve conter cores e textos;

Em escala, que permita sua redução.


Desenhos (exemplos)





Desenhos (exemplos)



Desenhos (exemplos)


5. Resumo

Sumário do exposto;

Deve servir de instrumento para pré-seleção para fins de pesquisas.

O examinador pode solicitar ajustes.


Publicação dos documentos

Brasil:

Dados da folha de rosto na Revista de Propriedade Intelectual, após o período de sigilo;

Após a publicação, cópia do documento de patente é disponibilizado no banco de patentes.

EUA:

Até 2000, somente a publicação de patentes concedidas;

É conferida uma nova numeração à patente concedida (ano da publicação na frente para o pedido depositado);

Direito de não publicar pedidos não concedidos que não tenham sido depositados em outros países.

Europa:

Publicação dos pedidos de patente e das patentes concedidas.;

Alteração do código de status do documento.


Códigos do status da patente

São códigos normatizados para a identificação dosdiferentes tipos de documento.

Brasil:

A – publicação do pedido de patente.

Escritório Europeu:

A1 – publicação do pedido de patente.

A2 – publicação do pedido sem o relatório de busca.

A3 – publicação do pedido com o relatório de busca.

B1 – publicação de patente concedida.

http://www.delphion.com/help/kindcodes



Documento de patente brasileiro

Documento de patente brasileiro

Documento de patente europeu

Publicação de pedido europeu



Documento de patente americano

Pedido depositado X concedido

Pedido depositado X concedido

Módulo IV:

1. Prospecção Tecnológica;

2. Gestão e Transferência de Tecnologia.


1. Prospecção Tecnológica


Conceito:“Tecnologia é o conhecimento sistemático para a fabricação de

um produto, aplicação de um processo ou prestação de umserviço e não se estende a transações envolvendo a meralocação ou venda de mercadorias.”

Fonte: UNCTAD.

Importância:Alcançar novos mercados;

Melhorar a produção;

Reduzir custos.


Tecnologia

Relacionado à produção industrial.

Ex.: Roda, tear mecânico, máquina a vapor, dínamo e processador.

Processo complexo:

Institucionalismos;

Condições sociais.

Resultados:

Novas tecnologias;

Gera inovações;

Necessidade de apropriação.


Avanço tecnológico

Importância da apropriação

22 out. 1938, Chester Carlson

Fotocondutividade;

Experiência com placa metálica, inscrição na placa de vidro e licopódio;

Aproveitamento do invento pela Haloid (empresa de produtos fotográficos).


Inovação tecnológica

Inovação tecnológica é a implementação de um produto (bemou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou umprocesso, ou um novo método de marketing, ou um novométodo organizacional nas práticas de negócios, naorganização do local de trabalho ou nas relações externas(Manual de Oslo, 2010).


Invenção X Inovação

Invenção:

Desenvolvimento de uma solução nova para um problema técnico de produção.

Inovação:

A introdução de novas tecnologias no mercado, desde que no processo esteja contida uma fase de inventividade.


Tipos de inovação


INOVAÇÃO DE PRODUTO

É o desenvolvimento de um novo produto ou o aperfeiçoamento significativo de um

produto já existente.

INOVAÇÃO DE PROCESSO

É a execução de um método novo ou significativamente melhorado de produção

ou de distribuição. Isto inclui mudanças significativas nas técnicas,

nos equipamentos e/ou no software.

INOVAÇÃO DE MERCADO

É a execução de um novo método de marketing, envolvimento mudanças significativas

no projeto de produto, na colocação do produto no mercado, nas estratégias

promocionais e no estabelecimento do preço do produto.

INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL

É a execução de um método organizacional novo, englobando mudanças significativas

nas práticas gerenciais internas e externas.

Fonte: Manual de Oslo, 2005.

Modelo linear de inovação


Fonte: Adaptação de Processos de Inovação. GRIZENDI, E.

A perspectiva interativa da inovação

O modelo da Tríplice Hélice (Henry Etzkowitz).


Dinâmica da inovação

Dinamismo setorial em setores heterogêneos.

Visão prévia das características do setor e suas principais tecnologias;

Verificar:

Oportunidades tecnológicas;Microeletrônica, software, nanotecnologia.

Pressões da demanda;

Capacidade tecnológica da empresa;Capacidade cognitiva de absorção de novos conhecimento.

Complexidade tecnológica;Ritmos de inovação e de processo de aprendizagem!!!


Dinâmica da inovação (setores)

SETORES PRODUTORES DE

COMMODITIESSETORES TRADICIONAIS

Produtos pouco diferenciados;

Preços com papel importante;

Inovação como redução de custos.

Ex.: Agrícola, siderúrgico e celulose.

Intensa variedade de produtos e segmentação de

mercados;

Produtos heterogêneos;

Inovações incorporadas em equipamentos e

insumos.

Ex.: Indústria têxtil.

SETORES PRODUTORES DE BENS

DURÁVEIS E SEUS FORNECEDORES

SETORES DIFUSORES DO PROGRESSO

TÉCNICO

Alto grau de inovação (produtos, processos,

logísticos e organizacionais);

Empresas de médio e grande porte.

Ex.: Indústria automobilística e setor de bens

eletrônicos de consumo.

Suprem tecnologia para outros setores industriais;

Intensa segmentação tecnológica de mercados.

Ex.: Indústrias de bens de capital, especialidades

químicas e equipamentos, componentes para

informática e telecomunicações.


Fonte: Estudo da competitividade da indústria brasileira (Ferraz, Kupfer e Haguenauer, 1996).

Prospecção Tecnológica

“A prospecção tecnológica pode ser definida como um meiosistemático de mapear desenvolvimentos científicos etecnológicos futuros capazes de influenciar de formasignificativa uma indústria, a economia ou a sociedade comoum todo.”


Mayerhoff, 2006.

Importância da prospecção

A prospecção tecnológica permite verificar se determinada tecnologia de interesse da empresa está disponível no país;

Permite um mapeamento das pesquisas já realizadas;

Proporciona uma análise de mercado, tendo em vista os vários futuros possíveis.


Objetivos

Preparar os agentes na indústria para aproveitar e/ou enfrentar oportunidades/ameaças futuras;

Orientar o processo de tomada de decisão em ciência, tecnologia e inovação.

Fomentar um processo de construção de um futuro desejável.


Metodologias de prospecção

Monitoramento (Assessment) – consiste no acompanhamentodas atividades do competidor no mercado. O monitoramentoé realizado de forma sistemática pelas empresas.

• Previsão (Forecasting) – consiste na realização de projeçõescom base em informações históricas e modelagem detendências.

• Visão (Foresight) – consiste na antecipação de possíveisfuturos, com base em interação subjetiva e não estruturadaentre especialistas.


Utilização de chá verde em cosméticos:

Camellia sinensis, planta originária do sudeste asiático (China e Índia);

Para o uso cosmetológico, suas principais aplicações são:

Antioxidante;

Antiinflamatório;

Melhora o sistema de defesa das células da pele, diminuindo os riscos de câncer de pele;

Adstringente;

Regenerador;

Melhora a circulação sangüínea;

Eficaz no tratamento de olheiras.


Exemplo de estudos de prospecção

Sabrina Freire Miyazaki (Instituto de Química,Universidade Federal da Bahia).


Exemplo de estudos de prospecção


Exemplo de prospecção


Exemplo de prospecção (cont.)











Bases comerciais online;

Bases comerciais offline (CD-ROM);

Bases gratuitas (internet).



Busca em bancos de patentes

“As bases comerciais online de patentes não apresentamtantas restrições técnicas quanto as bases gratuitas,entretanto são mais caras e requerem do usuário umtreinamento mais elaborado, para que possam serutilizadas da forma mais adequada possível.”

Requisitos:

Internet;

Banco de dados.

Ex.: DIALOG e STN.



Bases comerciais online

A empresa americana permite o acesso adiversas bases de dados, como:

A base de marcas e de Copyright norte-americana, incluindo14 países, a Comunidade Européia e a OMPI;

4 milhões de marcas, inclusive as japonesas (em inglês);

Mais de 15 milhões de patentes de 60 países, abrangendo ascoreanas (em inglês).

www.dialog.com


Ex.: DIALOG

Empresa alemã que permite o acessoa mais de 300 bases de dados emdiversas áreas do conhecimento humano.

Bases de patentes;

Informações químicas, incluindo pesquisas de estruturas;

Informações farmacêuticas;

Toxicologias;

Monitoramento de patentes.

http://www.fiz-karlsruhe.de/index.php?id=15


Ex.: STM

Custos das bases comerciais online

Base WPI (World Patent Index):

US$ 354,00/hora de conexão;

Valor médio de busca – US$100,00, podendo alcançar a US$10.000,00.

Base INPADOC (International Patent Documentation Center):

Base especializada em famílias de patentes;

US$ 15,00 por documento de patente pesquisado.



CDs contendo dados bibliográficos e resumo da invenção;

Cds que permitem o acesso completo ao conteúdo dodocumento de patente.

Ex.: Espace/Acess – dados bibliográficos de pedidos depositados noEscritório Europeu de Patentes (EPO), desde 1978;

Cassis – patentes americanas desde 1969, com resumo dos últimos trêsanos. Para datas anteriores, a base fornece somente o título dosdocumentos.

PAJ – resumo de pedidos de patentes japonesas, a partir de 1976.



Bases comerciais offline

Bases gratuitas:

Escritório Americano de Patentes

www.uspto.gov

Escritório Europeu de Patentes

http://ep.espacenet.com/

Japan Patent Office

www.jpo.go.jp

Instituto Nacional da Propriedade Industrial

www.inpi.gov.br

World Intellectual Property Rights

www.wipo.int/



Bases gratuitas

É formado por duas bases:

Patentes concedidas: 1976 - atual (texto completo), e 1790 – atual (digitalizados).

Pedidos de patente publicados (a partir de 15/03/2001).

Permite utilização de ferramentas de truncagem e uso de operadores lógicos.

Tutorial:

http://www.uspto.gov/web/offices/ac/ido/ptdl/CBT/



USPTO

ENAPID - II Encontro Acadêmico de Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento



2. Gestão e Transf. de Tecnologia


O que é Transf. de Tecnologia?

“Processo por meio do qual conhecimentos,técnicas, habilidades e procedimentos sãotransmitidos de uma organização paraoutra de forma a ampliar a sua capacidadetecnológica.”

Kruglianskas e Fonseca (1996)


Gestão e Transf. de Tecnologia

O que são contratos de TT?

Lei 10.168, de 29/12/2000:

Art 2, §1º:

Consideram-se, para fins desta Lei, contratos deTT os relativos à exploração de patentes ou deuso de marcas e os de fornecimento detecnoogia e prestação de assistência técnica.


Lei da Inovação, nº. 10.973/04

Estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisacientífica e tecnológica no ambiente produtivo.

As empresas podem buscar nas Agências de Inovação dasUniversidades suas demandas por tecnologia a fim daidentificação de projetos de P&D colaborativos.

As Agências de Inovação poderão auxiliar as empresas autilizarem incentivos fiscais à inovação.


Lei nº. 10.973, de 2 de Dez. 2004

Art.6°

É facultado à ICT celebrar contratos de transferência de tecnologia e delicenciamento para outorga de direto de uso ou de exploração de criação porela desenvolvida.

Parágrafo 2 – cláusula de exclusividade (publicação de edital); não exclusiva(contratos firmados diretamente).

Art.11°

A ICT poderá ceder seus direitos sobre a criação, mediante manifestaçãoexpressa e motivada, a título não oneroso, nos casos e condições definidosem regulamento, para que o respectivo criado os exerça em seu próprionome e sob sua inteira responsabilidade, nos termos da legislaçãopertinente.


Lei nº. 10.973, de 2 de Dez. 2004

Art 13°

É assegurada ao criador participação mínima de 5% e máxima de 1/3 nosganhos econômicos, auferidos pela ICT, resultantes de contratos detransferência de tecnologia e de licenciamento para outorga de direito deuso ou de exploração de criação protegida da qual tenha sido o inventor,obtentor ou autor, aplicando-se, no que couber, o disposto no parágrafoúnico do artigo 93 da lei n° 9279/96.


Cláusulas principais

Das partes:

Cedente (provedor);

Cessionário (receptor).

Capacidade das partes: maior de 18 anos.

Do objeto:

Detalhar, dentro do possível, a tecnologia;

Caráter de exclusividade facultativo.


Cláusulas principais (cont.)

Do prazo:

O prazo é livre (acordado entre as partes);

O INPI estipula o prazo de 05 (cinco) anos, prorrogáveis por mais 05 (cinco) anos.

Da remuneração:

Pode ter um valor fixo (uma ou várias parcelas) ou pormeio de royalties periódicos;

Os valores devem estar de acordo com os praticadosnos mercados nacional e internacional.


Cláusulas principais (cont.)

Confidencialidade:

Deve haver previsão contratual, podendo-se, inclusive, serestendida após o término do contrato;

Recomenda-se aplicação de multa.

Despesas:

O contrato deverá prever quem arcará com as despesasrelacionadas a tributos incidentes na contratação eoutras despesas.

Ex.: Averbação contratual.


Tipos de contratos

Contratos de propriedade intelectual (licenças, autorizações, cessões, etc.);

Contratos de segredo industrial e similares (inclusive franchising);

Contratos de projeto de engenharia;

Contratos de serviços em geral.


Fonte: Transferência de tecnologia. GARNICA, L, 2009.

Licenciamento

Contrato de licenciamento de patente:

Com exclusividade:

Apenas a empresa é titular dos direitos de exploração;

Cláusula de sublicenciamento é facultativa;

O percentual de royalties varia de acordo com o segmento da atividade produtiva, escala e o potencial de retorno.



Sem exclusividade:

Diversas empresas podem ser licenciadas para competirem nomercado com direitos de exploração da tecnologia;

Cláusula de sublicenciamento é facultativa;

O percentual de royalties varia de acordo com o segmento daatividade produtiva, escala e o potencial de retorno. Opercentual de royalties costuma ser de ½ a 1/3 menor que amodalidade com exclusividade.



Licenciamento (cont.)

Licenciamento (cont.)

Contrato de transferência de know-how:

Tecnologias não patenteadas;

Motivação legal ou estratégica.

Boa estratégia para a comercialização do software e tecnologias com proteção de patente expirada.



Dificuldades encontradas

Desconhecimento do tema;

Dilema “publicar X patentear”;

Recursos humanos especializados escassos;

Carência de recursos financeiros.


Fontes

http://3.bp.blogspot.com/_jLqdrzZ1mJE/SwvkHKIh4HI/AAAAAAAAAFc/cjzXhAgVG9Q/s1600/relat%C3%B3rio.JPG

http://www.fiec.org.br/portalv2/sites/fiec-onlinev2/files/images/fiec_online/ciencia%2520e%2520tecnologia.jpg

http://3.bp.blogspot.com/_jLqdrzZ1mJE/SwvkHKIh4HI/AAAAAAAAAFc/cjzXhAgVG9Q/s1600/relat%C3%B3rio.JPG

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CURSO BÁSICO DE PI REVISADO