Curso de Ciência Política

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  • FACULDADES DOCTUM CURSO DE DIREITO

    DISCIPLINA: CINCIA POLTICA

    PROF. PE. SERAFIM MAGALHES JR.

  • O PENSAMENTO POLTICO NA IDADE MODERNA

    NICOLAU MAQUIAVEL ( 1469 1527 )

    A POLTICA COMO CATEGORIA AUTNOMA

  • UNIDADE I: O PENSAMENTO POLTICO DE MAQUIAVEL A) CONTEXTO SOCIO-CULTURAL> Momento histrico = Renascimento Sc. XVI = mudanas scio-culturais na Europa sobretudo no norte da Itlia. > crises polticas e religiosas ( luxo da igreja ) > ameaas externas e > ausncia de unidade nacional.

  • + As Cidades-Estado ou Repblicas dirigidas por Monarcas, com poder ilegtimo.+ A Nova Imagem do Mundo causada pelas: > Descoberta do Novo Mundo ( Amrica) > Revoluo Coprnicana (1473-1543) Sistema Heliocntrico ( o Sol est em repouso e os planetas giram ao seu redor). > Galileu Galilei (1564-1642) confirmou a teoria de Coprnico + Mudana na Cultura: ( Antropocentrismo)

  • + A Crise dos Valores Morais se agravara entre os monarcas e na Igreja.+ A Nova Realidade Poltica de Florena e de toda a Itlia.

  • Maquiavel est inserido neste contexto scio-culturalQuem foi MAQUIAVEL ?> Nasceu em FLORENA (1469 1527)

  • FLORENA era uma Repblica, governada pela Famlia Mdici ( muito poder poltico e dinheiro). A Repblica estava em profunda CRISE POLITICA

  • FLORENA: Bero do Renascimento, iniciado pela Famlia dos Mdici.Cidade natal de:Nicolau MaquiavelAmrico VespcioMichelangeloDante AlighieriGalileu GalileiBottitelliGiotto

  • FLORENA Construda no Sculo V, e tem como marca a construo do Batistrio de San Giovanni

  • FLORENA - Catedral de Santa Maria Del Fiori ( 150 de construo)

  • PONTE VECCHIO sobre o Rio Arno ( mais antiga da cidade)

  • F L O R E N A

  • FAMLIA:Pai: Bernardo de Niccol Machiavelli. Doutor em Leis ( Advogado), homem ativo e com vocao para os estudos. Leitor dos Clssicos como Tito Lvio (historiador romano), Aristteles e Demstenes.Me: mulher muito religiosa, de cultura literria e de alma potica.Maquiavel herdou da famlia a instruo literria da poca.

  • Infncia: > Aos 7 anos iniciou os estudos de Latim, mas no aprendeu grego.> Aos 9 anos presenciou um fato trgico na Catedral de Florena

  • FlorenaEm 1478, durante uma Missa na Catedral, estavam o Monarca Loureno de Mdici ( O Magnfico)e seu irmo Juliano de Mdici.

    Quatro homens da poderosa famlia dos Pazzi, inimiga dos Mdici, invadem a Catedral e apunhalam ( assassinam) o Juliano, enquanto o Loureno refugia-se na Sacristia com ferimentos leves.

  • Este atentado provocou grande tumulto em Florena.

    Os quatro homens foram presos, enforcados e esquartejados pela multido.

  • FLORENA

  • A FAMLIA MDICI.A Famlia ganhou fama quando abriu um Banco Familiar, tornando-se uma famlia de banqueiros e comerciantes muito ricos. Patrocinava construes da Igreja Catlica e dos rei da Frana e da Inglaterra.Na Itlia conseguiram prestgio e poder poltico, tornando-se a famlia mais rica de toda a Europa.Dos mais influentes na poltica, destaca-se o Monarca Loureno de Mdici. Alm de prncipes, princesas, duques, destacaram-se tambm trs papas da famlia Mdici.

  • Loureno de Mdici O Magnfico( 1449 1492) governava Florena quando nasceu Maquiavel.Foi um poltico, banqueiro e poeta influente e dominou a vida poltica, social e cultural de Florena.Construiu bibliotecas em Florena, patrocinou artistas e literatos como o pintor Michelangelo e o poeta e humanista ngelo Poliziano.

  • O Governo dos Mdici: ( de 1434 a 1737 )> Em 1434, assumiram o poder poltico em Florena.> Governava usando o sistema de rodzio nos cargos, colocando sempre no poder membros da aristocracia local amigos dos Mdici.> A cidade vivia em crise poltica, financeira e comercial. Muitas casas bancrias se transferiram para outras praas, em especial Lion, na Frana.> Mesmo com um fraco exrcito, a cidade se envolvia em freqentes guerras.> Em 1469, neste ambiente tumultuado, nascia Maquiavel.

  • CRISE POLTICA NA FAMLIA MDICI:> Em 1494, perdem o poder na Repblica de Florena com a invaso da Itlia pelo rei Carlos VIII da Frana. ( ficam 18 anos afastados).> Em 1500, Maquiavel casou-se com Marietta de Ludovico Corsini, tendo dela 6 filhos, sendo 4 homem e duas mulheres. > Em 1512, voltam ao poder em Florena com a eleio papal do Cardeal Joo de Mdici ( Papa Leo X ).> Priso de presos polticos, considerados inimigos do Papa.

  • Maquiavel: Vida adulta> Em 1498 (com 29 anos) dois fatos marcantes:1) Maquiavel entra para a vida poltica de Florena. Convidado a ser o 2 Secretrio da Repblica de Florena, para cuidar dos assuntos diplomticos (fazendo muitas viagens pela Itlia) e das questes blicas. Organizou um exrcito para defender a cidade com (cidados) homens convidados, e no com mercenrios. Ganhou fama por desempenhar bem as funes diplomticas e as relaes com as demais repblicas.2) Presenciou outro fato trgico na cidade de Florena, a morte do frei Jernimo SAVONAROLA

  • Quem foi Frei Jernimo SAVONAROLA ?> Lder religioso com grande prestgio poltico.> Pregador famoso por seus discursos contra os maus costumes do povo e o luxo de alguns bispos e do Papa.> Pregador autoritrio, legalista e se proclamava santo.> Convocava o povo para rezar, fazer penitncia, jejuns e aos jovens que entrassem para o convento em busca de santidade.> Seu radicalismo o levou a ser excomungado da Igreja, preso, enforcado e queimado na fogueira.

  • Praa da SenhoriaExecuo de Savonarola

  • Maquiavel, convidado a ser Chanceler de Veneza, conheceu CSAR BRGIA ( 1476-1507 ).Quem foi Csar Brgia ?> Filho do Papa Alexandre VI.> Poltico influente ( era duque e nomeado Cardeal aos 17 anos.> Recebeu do pai vrias Provncias Foi governador da Romanha.Ficou conhecido como a figura mais terrvel de toda a Itlia. > Temperamento autoritrio, decidido, e grande poder de fazer trapaas e traies.

  • Csar Borgia recebeu do pai a misso de:> Reconstituir o Estado Papal e assegurar a estabilidade da regio central da Itlia.> Principal conselheiro do pai frente dos negcios da Igreja. > Invadir territrios para expandir o poder poltico da Igreja. Quando queria invadir Florena, Maquiavel o convenceu de voltar atrs.

  • A Famlia Brgia> Natural da regio de Valencia ( Espanha )> Destacou-se na Renascena italiana atravs do poder poltico de vrios membros.+ Papa Calisto III (Afonso Brgia, tio de Rodrigo Borgia; Pontificou de 1455 - 1458)+ Papa Alexandre VI ( Rodrigo Borgia ) ( pontificou de 1492 a 1503 ; pai de Csar Brgia e Lucrecia Brgia, filhos tidos quando era Chanceler do Vaticano, antes de ser papa )+ So Francisco de Brgia

  • Influncias sobre a vida de Maquiavel.1] Da Famlia > formao intelectual2] Da Poltica > seu empenho diplomtico3] De Csar Brgia > conhecimento profundo do modo como os duques, monarcas, e at membros da Igreja faziam poltica.Vendo a poltica de Csar Brgia, Maquiavel percebeu como os polticos agiam.> possudos pela astcia poltica, > obstinao em perseguir objetivos sem se importar com os meios. > capacidade de aliar a sorte prudncia permanente.

  • CRISE NA VIDA POLTICA DE MAQUIAVEL> Em 1512, foi acusado de ser amigo dos inimigos do Papa. Ele foi cassado, torturado e preso por 22 dias. Estava com 43 anos e 14 anos de vida poltica.> Includo na lista de presos polticos que receberam anistia do prprio Papa Leo X, Maquiavel foi solto.Pena poltica: = condenado a um confinamento de um ano fora de Florena.= multa de 100 mil Florins-ouro.= proibido de entrar no Palazzo Vecchio, onde morava a Famlia Mdici.

  • > Entristecido pela inatividade poltica, Maquiavel foi morar numa fazenda ( bosque) nos arredores de Florena. > O ostracismo poltico o levou escrita de obras polticas. Obras: - O PRNCIPE = principal obra poltica. Com esta recebeu o ttulo de Pai da Poltica Moderna. - Comentrios sobre a primeira dcada de Tito Lvio ( 59 a. C 17 d. C) historiador romano)

  • O PRNCIPE Escrito em 1513, mas publicado somente em 1531, cinco anos aps sua morte.

  • Obras de Maquiavel:1518 = A Mandrgora Pea teatral

    1519 = A Arte da Guerra1525 = Histria da Florena

  • Em 1527 com 58 anos, perdida a esperana de voltar vida poltica, cai doente e desenganado pelo mdico e amigos.Morreu em 21 de junho de 1527.> Sepultado no tmulo da famlia na Baslica de Santa Croce, em Florena.> HOJE, os restos mortais esto no Panteo de Florena e no epitfio est escrito:TANTO NOMINI NULLUM PAR ELOGIUMNENHUM ELOGIO EST ALTURA DE TO ELEVADO NOME

  • Baslica Santa Croce - depsito dos restos mortais de Maquiavel

  • B) Problemas Polticos vistos por Maquiavel.a) Derrotas constantes dos monarcas sem exrcitos nacionais ( tinham exrcitos de mercenrios ( pagos)b) Sentiu as constantes ameaas para a Repblica de Florena. Presenciou a derrota de Florena para o Rei Carlos VIII da Frana. Organizou um exrcito de cidados para Florena.c) Florena dominava pequenas cidades e territrios, e sofria com o dio destas cidades que sempre se rebelavam. Isto o levou a escrever no Prncipe, Como Tratar Povos Conquistados.d) Se a Itlia est desunida, preciso lutar pela unificao poltica da Itlia.

  • C) Inteno de Maquiavel com a obra O Prncipe1) A amargura e descrena com relao condio humana. O que o ser humano ? Maquiavel, entristecido pelo abandono poltico, v os homens em crise .2) Observando a realidade italiana da poca, procura encontrar um processo poltico que criasse um Estado permanente, pois todos os conhecidos estavam em crise. Pretende formar um Estado Moderno baseado na soberania do povo.3) Quer habilitar os governantes a realizarem a unificao da Itlia.

  • 4) Os governantes medievais governavam com base na tica religiosa ( chamada de tica paternalista crist).Na Idade Mdia o Estado usava da tradio moral e religiosa para governar. Toda a cosmoviso era religiosa. O Estado no tinha autonomia, por depender das normas morais e religiosas.5) Na obra O Prncipe, Maquiavel faz o Estado (governantes) tomarem conscincia da autonomia da esfera poltica.Maquiavel deu ao Estado a significao de Poder Central Soberano, legislador e capaz de decidir, sem compartilhar esse poder com ningum ( sobretudo com a Igreja).

  • D) O que o Estado para Maquiavel ?1) um Poder Poltico.2) um Poder Central.3) um Poder Soberano, Autnomo.4) um Poder que Legisla de forma laica. 5) um Poder Poltico desvinculado da tica.

  • UNIDADE IIA CONCEPPO POLTICA DE MAQUIAVEL1) Distino Fundamental

    a ) O Mito do Maquiavelismo b) O Pensamento Poltico de Maquiavel

  • A) O MITO DO MAQUIAVELISMOMaquiavelismo e Maquiavlico no curso da histria receberam conotaes diferentes. Os conceitos receberam dois sentidos:1) Sentido tico: >Maquiavlico o sujeito mau, que planeja uma poltica falsa, sem preocupao com as conseqncias da ao. > Maquiavlico o sujeito que procura tirarvantagem da desgraa alheia. > Maquiavlico o sujeito que justifica a violncia a qualquer preo.

  • Maquiavel foi compreendido assim porque ele afirma que em determinadas circunstncias a violncia pode acontecer.Ex: quando um novo prncipe conquista o poder ou luta para no perd-lo, como fez Csar Borgia. Dizer que algum maquiavlico foi sempre entendido como uma grave ofensa.Maquiavel ficou marcado com esse sentido negativo, de mau sujeito, devido m compreenso de sua filosofia poltica.

  • O mito do Maquiavelismo surge aps a morte de Maquiavel.Maquiavel usou a figura de Csar Borgia como modelo de prncipe novo, como exemplo a ser seguido pelos que desejam sucesso na vida poltica.O padro vigente na poca era o do prncipe bom e caridoso, capaz de agir eticamente e de, por isso, alcanar a conservao de seus domnios da forma mais suave possvel.Maquiavel no est dizendo que o duque deva ser seguido por todos, como regra geral, e nem que seja um modelo impossvel de ser atingido.

  • 2) Sentido psicolgico-crtico. Neste segundo sentido, ser maquiavlico ser um sujeito crtico, astuto, inteligente, pensador profundo. > Ser maquiavlico ser capaz de fazer profunda anlise crtico-poltica, de compreender a realidade scio-poltica e o contexto social de uma poca. > Ser maquiavlico ser capaz de organizar a ao poltica, de ver mais longe, de estar na frente do seu tempo, de ser lcido e lgico na argumentao.

  • B) O Pensamento Poltico de Maquiavel.a) Maquiavel est preocupado com uma questo que incomodou os filsofos no sculo XIV e XV. possvel o homem intervir na histria ? At que ponto pode o homem MUDAR a histria?Para resolver a questo, preciso OBSERVAR O MODO como os homens governam de fato.Maquiavel faz um paralelo entre a poltica medieval e a poltica moderna. Poltica medieval: buscava-se fazer um bom governo. Poltica moderna: a poltica a lgica da fora e impossvel governar sem fazer uso da violncia.

  • Maquiavel afirma que o soberano pode se encontrar em situao de ter que aplicar mtodos extremamente cruis e desumanos. Quando so necessrios remdios extremos para males extremos, ele deve adotar tais remdios extremos, e de qualquer forma, evitar o meio-termo, que o caminho do compromisso, que de nada serve; ao contrrio, sempre e somente de extremo dano.Para Maquiavel, o homem no bom nem mau, mas de fato, tende a ser mau. Conseqentemente, o poltico no deve confiar no aspecto positivo do homem, e sim constatar seu aspecto negativo e agir em conseqncia disso.

  • b) O conceito de poltica de Maquiavel contextual. Ele est refletindo sobre aquele momento poltico da Itlia: > o problema da unificao da Itlia.> o problema da conquista e manuteno do poder.> o problema de quais atributos o prncipe deve ter para permanecer no poder ( virt e fortuna).c) Maquiavel pensa a poltica como algo artificial, isto , algo que no est dado, acabado. A poltica tem que ser construda. Ela fruto da ao do homem.

  • d) A poltica no distribuio de recursos, pois assim ela seria busca de sobrevivncia.> a poltica se d no campo da vida. A vida no est pronta, constri-se. > Maquiavel coloca a poltica no campo do desejo. O que o desejo? Desejo a aspirao do que ainda no est. aspirar o que ainda no existe. e) A Poltica no a satisfao de interesses.O homem tem sede de tudo alcanar.

  • f) Poltica a construo do espao da liberdade. a construo do diferente. > poltica olhar para o mundo e criar uma ordem social diferente. > poltica apagar o real e pensar o que ainda no est. O homem mata a possibilidade de liberdade quando ele se reconhece acabado.> poltica a arte de tornar possvel o aparentemente impossvel. > Corrupo retrao da liberdade. O prncipe que transforma o espao de liberdade em interesses, um tirano.

  • Para Maquiavel, ao agir o homem d um movimento histria. No basta o homem reconhecer-se profundamente motivado pela vontade poltica. Ele tem que perceber as circunstncias, a realidade circundante, a histria, os dilemas e os conflitos.Para Maquiavel, tanto em poltica, como no pensamento poltico preciso ir diretamente verdade efetiva da coisa, sem perder-se nas fantasias vs de filsofos e moralistas; O adjetivo efetivo criao de Maquiavel, e significa mais do que real, isto , a verdade, alm de em si mesma, tambm em seus efeitos.

  • QUAIS OS ATRIBUTOS DO PRNCIPEVIRT e FORTUNAEnergia Sorte (boa ou m ) Fora, habilidade Acaso, ocasio Coragem Oportunidade Deciso, capacidade Momento propcio Empenho So as circunstncias Vontade dirigida para nas quais o homem um objetivo est inserido, ou seja, a vontade a histria.infinitamente poltica que os indivduos possuem.

  • Discernir:Virt = palavra italiana, vem do latim VIR = HOMEMVirtus = latim = virtude, no sentido bblico de virtude crist.A virtude crist pressupe fora moral. um compromisso tico e religioso em vista de um fim sobrenatural. Virt e Fortuna so qualidades do prncipe. Todo governante deve possu-las, pois s muito raramente consegue a vitria ou deciso correta e o objetivo alcanado.

  • VIRT: a qualidade primeira do prncipe. > O homem de virt capaz de tomar decises, possui objetivos traados, sem se apegar a um cdigo moral ( isto , seguir regras fixas) ou se aprisionar em escrpulos.> O homem de virt capaz de realizar grandes obras. a qualidade que todo governante deve ter.> Virt a capacidade do ator poltico de agir de maneira adequada no momento adequado. Contudo, no deve ser confundida com prudncia.

  • O conceito de virt defendido por Maquiavel, distante das virtudes crists e da prudncia ( da tica de Aristteles) no fundamentava uma leitura da poltica com uma busca de fins independentes dos meios.Maquiavel nunca disse que OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS. Ele pretende mostrar que a poltica constitui uma esfera da existncia humana que, estando relacionada com vrias outras, no pode ser confundida nem com a tica nem com a religio.A Poltica uma dimenso AUTONOMA, mas no de forma absoluta, com o tambm no a tica.

  • A FORTUNA ( deusa romana = designava o acaso) >deusa da roda, ela retira dos homens tudo aquilo que conquistaram, quando decidem mudar o curso das coisas sem aviso prvio.Fortuna Virilis = adorada pelos homensFortuna Muliebris = adorada pelas mulheresFortuna presidia todos os acontecimentos, distribuindo segundo sua cega vontade, os bens e os males.> Era a deusa da sorte boa ou sorte m. Invocada nos momentos de perigo ou incerteza.

  • Fortuna sempre apresentada careca, com um tufo de cabelos( por onde se podia apanh-la) segurando uma cornucpia e um timo ( para guiar a vida dos homens )

  • FORTUNA: tem um duplo sentido1) Significa Sorte ( boa ou m). a oportunidade, o momento propcio no correr do tempo ou na seqncia dos dias. o curso da histria, o acaso. Fortuna o momento certo, j antecipadamente calculado pelo prncipe. A fortuna favorece quem tem virt, conforme o ditado: a sorte ajuda os audaciosos 2) Significa certeza do xito, garantida pela perspiccia e pela prontido do prncipe. o momento exato do golpe ou bote da serpente para vitimar o inimigo.

  • Relao dinmica entre Liberdade e Sorte.Muitos humanistas contemporneos de Maquiavel acreditavam no destino dos acontecimentos, e que intil se esforar para impor-lhe uma barreira, sendo melhor deixar-se guiar por ele. Maquiavel afirma que metade das coisas humanas dependem da sorte, a outra metade da virtude e da liberdade.Maquiavel usou de uma imagem que marcou muito os pensadores do seu tempo.Para Maquiavel a sorte como a deusa Fortuna. Ela uma mulher....

  • ...porque a sorte mulher. E, querendo mant-la sob domnio, necessrio bater-lhe e espanc-la. O que se v que ela deixa-se mais vencer por estes ( = temperamentos impetuosos) do que por aqueles que procedem friamente. E sempre, como mulher, amiga do jovens, porque so menos respeitosos, mais ferozes e a dominam com mais audcia.

  • A Fortuna aparece sempre como uma fora que no pode ser inteiramente dominada pelos homens. Num mundo sujeito a movimentos constantes, ela representa o elemento de imponderabilidade das coisas humanas. Dessa Fora (Fortuna) conhecemos apenas os efeitos e o fato de que pode sempre se manifestar, mas nunca suas vontades e o momento em que vai lanar seus fios. Maquiavel no est dizendo para cairmos no fatalismo, no desespero e na irracionalidade. Como no sabemos os caminhos da deusa, devemos viver sempre na esperana de que ele vai nos orientar para o bem.

  • HOMO POLITICUSMaquiavel criou o modelo do governante bem-sucedido, chamado homo politicus.> Ele criou o modelo terico, calcado na realidade por ele vivida, e baseado no comportamento efetivo dos homens, e no na norma ou ideal.> Para Maquiavel todas os defeitos humanos medo, hipocrisia,esto na base da ambio, ao poltica domentira, Homo Politicus.traio, covardia, m-f, assassinatos)

  • O Estado ou Principado do Homo Politicus deve ter boas leis e boas armas.As Armas: devem ser usadas por milcias ou exrcitos nacionais e nunca por foras mercenrias que so interesseiras e traidoras ao sabor da derrota ou da vitria e das circunstncias.As Leis: servem para manter a disciplina.HOMO POLITICUS Objetivos Qualidades Atividades Conquistar e Estado Prncipe Guerra manter o Boas Leis Virt Leis da guerrapoder Boas Armas Fortuna Disciplina

  • O PRNCIPE NOVOQual deve ser o comportamento de um prncipe que ocupa um novo territrio?Qual deve ser o comportamento do poltico no governo?a) No basta gozar dos benefcios de uma conquista.b) necessrio conhecer o funcionamento do poder em suas vrias circunstncias para se obter sucesso....ganhar uma batalha no o mesmo que administrar uma cidade.Para ensinar o prncipe a governar, Maquiavel parte de duas proposies de contedo diferente.

  • 1) Maquiavel possui total confiana no fato de que as coisas humanas se repetem, e por isso, o estudo do passado e dos acontecimentos recentes um instrumento poderoso para os que exercem o poder, ou desejam conquist-lo.Maquiavel ensina a usar o passado como guia, pois a melhor forma de evitar os erros que arruinou muitos poderosos. ...muitos governantes preferem confiar no seu prprio julgamento a aprender com o passado.

  • 2) A segunda proposio qual deve estar atento o prncipe a crena de que a natureza humana se mantm ao longo do tempo, mas m.Muitos autores medievais defendiam a natureza humana como voltada para a procura do bem. Maquiavel afirma que os homens so ingratos, volveis, simuladores e dissimuladores, inimigos dos perigos e vidos de ganho... Maquiavel no quer dizer que todos os homens sejam ruins e ajam sempre com maldade. Ele est afirmando que no podemos agir na suposio de que os homens correspondero s nossas expectativas, e por isso, devemos sempre estar precavidos contra a manifestao de sua natureza m.

  • Maquiavel tomou a figura de Csar Borgia para explicar como o novo prncipe deve agir.Ele mostra que Csar Borgia foi um mestre na arte de dissimulao de seus pensamentos e de sua natureza mais ntima. Maquiavel elogiou Csar Borgia afirmando: ele um modelo para todos os que pela sorte ou pela fora dos outros chegou ao poder.

  • Espelhando-se na figura poderosa de Csar Borgia, Maquiavel mostra: O duque, mesmo com toda a sua habilidade para lidar com situaes extremas, depois da morte de seu pai (Papa Alexandre VI), foi derrubado pelas mesmas foras que lhe deram o poder. Ele foi tragado pela fora da contingncia ( ficou doente), e esse erro foi fatal.O duque soube aproveitar a ocasio que lhe foi oferecida pela sorte para galgar os degraus do poder.Para Maquiavel, no existe poder que possa durar para sempre. Tudo o que existe no mundo tem limites em sua durao.

  • Uma Moral para a Poltica.Distino Fundamental:1] A Moral Religiosa antes de Maquiavel

    2] A Moral Autnoma depois de Maquiavel

  • 1] A Moral Religiosa antes de Maquiavel:> A Moral do Bom Governo. + Significa que o monarca tinha que ser possuidor de um conjunto de virtudes crists ( bondade, justia, honestidade, etc...) devendo ser o primeiro a dar exemplo de conduta moral. + Significa que sendo um homem bom, tico, ele ser amado pelos sditos. + Significa que dever ter uma religio ( Crist) de preferncia ( ser amigo da Igreja ). + Significa que no h separao entre tica e Poltica. So dimenses interdependentes.

  • 2) A Moral Autnoma depois de Maquiavel:+Significa saber que a tica e a Poltica so categorias autnomas. So separadas, mas se relacionam.+ Significa saber se para o prncipe melhor ser amado ou temido.+ Significa saber qual animal deveria ser imitado pelos prncipes.+ Significa conhecer a verdade efetiva das coisas e no perder tempo imaginando repblicas e monarquias que nunca existiram.

  • Maquiavel retoma na histria do pensamento poltico, o modo realista de pensar a poltica ( j presente em Aristteles) , mas esquecida pelos medievais. O que totalmente NOVO em Maquiavel ?A interrogao sobre a relao entre tica e Poltica.Maquiavel foi criticado por ter supostamente afirmado que o governante pode fazer tudo o que for necessrio para atingir o poder e para conserv-lo. Seria dizer que o poder tem um fim em si mesmo, que no depende de nada, alm do desejo de conquist-lo e da habilidade em mant-lo para se legitimar.

  • A preocupao central de Maquiavel : Saber se o governante pode agir sempre em conformidade com os princpios ticos cristos aceitos em seu tempo e esperar atingir seus objetivos, ou Se deve aprender a seguir outros caminhos, quando confrontado com situaes difceis.Maquiavel est perguntando se a tica suficiente para nos mostrar como agir na poltica em todas as situaes. Maquiavel mostra que NO, pois Savonarola era um homem profundamente tico e teve um trgico fim.

  • Maquiavel est refletindo sobre como os valores ticos so vividos na esfera da poltica. Ele no despreza a tica, apenas a trata como um campo independente, mas convivendo com a Poltica.Maquiavel ensina ao governante que se ele seguir a tica religiosa como ensina os manuais de moral, ele acabar na runa, como Savonarola.Para Maquiavel, os governados cobram tica dos governantes, mas no vivem conforme os princpios da tica crist. Ele toma o exemplo do Amor ao Prximo: nem todos seguem o princpio do amor para resolver todos os seus problemas e em todas as situaes.

  • Se o governante no pode esperar que todos vivam o princpio do amor ao prximo, ento prefervel ser temido do que amado pelos governados..... o temor o melhor caminho para os que no querem perder o poder.... os homens dissimulam com freqncia seus desejos, mas nunca agem contra seus interesses.... os homens esquecem mais rpido a morte do pai do que a perda do patrimnio.

  • > Ao preferir que o prncipe seja temido, Maquiavel no est escolhendo o caminho da violncia, mas sim evitando uma forma de agir que pode obrigar o governante a ser ainda mais violento, quando se vir diante da necessidade de garantir seus domnios. > Um governo fraco pode ser muito mais nocivo do que um governo forte, se no souber administrar o uso da fora. A concepo poltica de Maquiavel foi considerada subversiva em sua poca, pois acreditava que a religio crist ( a moral dos valores religiosos) enfraquece os homens e os leva a agir de forma falsa sobretudo na poltica.

  • > Para Maquiavel, se no podemos ser virtuosos o tempo todo, tambm no podemos deixar passar a idia de que somos viciosos.> Se um prncipe no pode ter todas as qualidade (f, prudncia, bondade, etc...) deve ao menos cuidar para que seus governados acreditem que ele as possui.E mesmo se algum perceber que o prncipe um enganador, ele sempre encontrar outros dispostos a serem enganados, pois ... os homens so to simples e obedecem to bem s necessidades presentes, que aquele que engana encontra sempre quem se deixar enganar. Os homens no possuem um padro seguro de julgamento.

  • Maquiavel nos ensina a perceber que existe uma diferena entre SER e PARECER. Na arena poltica nada transparente, pois todos nela comparecem portando mltiplos desejos e defendendo vrios interesses.O prncipe sai beneficiado por isso, pois ele finge virtudes que no possui, mas afirma com to naturalidade que possui, possibilitando a muitos defend-lo quando atacado por seus inimigos. Mas o prncipe precisa se cuidar, pois querer enganar a todos o tempo todo um jogo perigoso, que resulta no descontentamento de muitos que aproveitaro a primeira oportunidade para destruir o seu poder.

  • Para Maquiavel o Jogo Poltico se faz com duas armas principais: AS LEIS e A FORA.As Leis = so prprias do homemA Fora = prpria da besta ( dos animais) A poltica nunca feita por uma s destas armas. Quem quiser governar com sucesso ter que se EQUILIBRAR entre o SER e o PARECER. Significa: ter que respeitar as leis e os contratos, mas ter que recorrer fora quando os mecanismos de persuaso derivados da aplicao da lei no se mostrarem suficientes.

  • UNIDADE III - MAQUIAVEL REPUBLICANOMaquiavel tem preferncia pelo regime republicano..... o que assegura s repblicas mais vida e uma sade mais vigorosa e mais duradoura do que aquela das monarquias o fato de poder, dada a variedade e a diferena do gnio de seus cidados, se acomodar melhor e mais facilmente s mudanas do tempo do que aquele regime.

  • Mesmo considerando que o regime republicano prioriza a liberdade dos cidados e a superioridade do governo livre sobre todos os outros regimes, Maquiavel adverte que nem sempre o governo republicano poder ser considerado a melhor escolha.> Para se construir uma verdadeira repblica, Maquiavel considera que o governante tem que sedesvincular do poder institucional e secular da Igreja. > No seremos livres se a Igreja nos governa.> No seremos livres se a moral da Igreja nos governa.

  • Maquiavel concebe o regime republicano capaz de orientar os cidados a se interessarem pelos problemas e negcios de sua cidade. Maquiavel separa o cristo contemplativo da Idade Mdia com o cidado ativo da Idade Moderna. Para Maquiavel, Roma foi a verdadeira repblica do passado, embora no seja o nico modelo a ser seguido, o exemplo mais claro do que o povo pode alcanar quando decide tomar seu destino em mos.

  • A POLTICA A PARTIR DE MAQUIAVEL1) Ele responsvel pela autonomia da cincia poltica desligada das preocupaes > predominantemente filosficas da poltica normativa dos gregos e> desvinculada da f e da moral crist. 2) A poltica no se refere s utopias e abstraes, mas ao jogo efetivo das foras em circunstncias concretas. O bom poltico aquele que consegue identificar as foras do conflito para nele atuar com eficcia.

  • 3) A moral compreendida como um conjunto de regras e valores que serve para regular as condutas individuais; >ela no serve para a ao poltica enquanto decide o destino dos cidados de uma comunidade.>Por esse motivo, O Prncipe foi considerado livro do diabo, anticristo e imoral. O Conclio de Trento o condenou em 1557. Da nasceram os conceitos de maquiavelismo e maquiavlico.Maquiavelismo = algo oculto e planejado sem a preocupao moral, visando apenas o interesse prprio.

  • 4) O Realismo Poltico.Maquiavel foi o primeiro a abandonar a relao entre o dever ser e o ser, entre o comportamento ideal ou normativo e o comportamento real. Necessrio se ater verdade efetiva das coisas. > Investigou a realidade como esta se apresenta e no como seria desejado se apresentar.> Ele tem uma viso poltica prtica e psicolgica, baseado na realidade nua e crua.> Por ter feito pela primeira vez uma investigao do comportamento efetivo dos homens, ele recebeu como condenao o ttulo de cruel e demonaco, como se fosse ele prprio o autor da crueldade e m-f dos homens, e principalmente dos governantes.

  • ANLISE DA OBRA O PRNCIPEO pequeno e mais conhecido livro de Maquiavel foi apresentado ao longo dos sculos de vrias formas: 1] TRATADO DE CINCIA POLTICA 2] PRIMEIRO MANUAL DA ARTE DA POLTICA 3] MANUAL DO ABSOLUTISMO 4] LIVRO DO DIABO, ANTICRISTO E IMORAL 5] STIRA OU RETRATO DA POCA

  • 1] TRATADO DE CINCIA POLTICAAfirmar que o O Prncipe um Tratado de Cincia Poltica uma classificao ambiciosa.O que um Tratado ? um estudo que abrange grandes temas em questo. O Prncipe trata apenas de uma forma de governo: como conquistar e manter o principado (monarquia) e quais as razes de sua perda. Maquiavel um demarcador de fronteiras: a poltica ANTES e DEPOIS de Maquiavel.ANTES: a poltica era obrigatoriamente tica. DEPOIS: a poltica autnoma, separada da tica.

  • Significado da Poltica separada da tica.> Significa que a poltica deve tratar da vida concreta, da realidade social vivida, cujo eixo de ao ou estrutura de poder est no Estado.> Significa que a poltica no divina ou sagrada. A poltica histrica. > Significa que tanto no passado como hoje os homens so interesseiros e ambiciosos, s fugindo do mal pela fora da lei e da punio.

  • 2] PRIMEIRO MANUAL DE ARTE DA POLTICAO Prncipe tambm foi qualificado de MANUAL.O que um Manual? Um livro a ser usado com freqente consulta. Muitos pensadores atriburam ao livro o titulo de Manual por ter sido usado como um VADE MECUM = livro de leitura freqente como fazia Napoleo Bonaparte.ARTE da Poltica = significa prtica, exerccio, profisso, o fazer poltica. Arte prxis = prtica. O livro foi considerado um MODELO para o governante fazer poltica, uma cartilha com indicaes.

  • 3] MANUAL DO ABSOLUTISMO Manual = livro para consulta freqente do Absolutismo = governo autocrtico Auto = EU Krats = PODER Absolutismo o poder de um dspota, do tirano, poder totalitrio. Maquiavel nunca foi defensor do Absolutismo e sim do governo republicano. Na sua obra Discorsi ele um defensor do governo republicano. Ele mostrou o comportamento autoritrio de muitos monarcas que usam as armas para ter poder.

  • 4]LIVRO DO DIABO, ANTICRISTO E IMORALO termo diabo (grego) > di = separao (latim) > diabolu = chefe dos demniosQualificar o livro de diablico significa que ele causa diviso entre as pessoas e sobretudo diviso na arte de fazer poltica. No contexto scio-cultural de Maquiavel, muitos governantes preferiam o modelo medieval de fazer poltica, que une a tica (princpios cristos) com a poltica.Em 1557 = A Igreja Catlica condenou o livro.Em 1572 = A Igreja Luterana condenou o livro, dando o ttulo de imoral.

  • 5] STIRA OU RETRATO DA POCA Muitos pensadores vincularam O Prncipe a outra obra de Maquiavel, A Mandrgora ( pea teatral mostrando sua viso da sociedade e costumes de Florena).> Ser uma Stira? Gnero literrio muito usado na poca.Satirizar empregar o humor, o cmico, o ridculo na desmoralizao do indivduo. Satirizar usar o humor para veicular idias, costumes, convenes, criticar regimes polticos, instituies com inteno de reformas ou destruio de aspectos da sociedade.

  • No sculo XVII surgiu o provrbio deJean De Santeuil ( 1630 1690).PELO RISO OS COSTUMES SO CORRIGIDOS

  • OBJETIVO DA OBRA O PRNCIPENo prefcio da obra, Maquiavel escreve seu objetivo: Trs objetivos bem definidos:1] Objetivo Ocasional = oferta como pedido de emprego a Loureno de Mdici. Ele que voltar atividade poltico-diplomtica.2] Objetivo Genrico = guia ou receiturio para conquistar e manter o poder.3] Objetivo Final = sugesto e guia para a unificao da Itlia.

  • Especialistas em Maquiavel afirmam que os dois ltimos objetivos estavam em sua mente, no s quando escreveu o livro, mas durante o seu retiro nos arredores de Florena, em San Casciano.Maquiavel no seguiu nenhuma corrente filosfica de pensamento para escrever sua obra. Mas, do nada, nada se cria. Maquiavel tem como ponto de referncia duas teorias, duas evidncias histricas:1] O Passado Histrico. Ele releu a vida dos grandes governantes da histria da Antiguidades Clssica at o seu tempo.2] O Passado Recente. Ele presenciou fatos da poltica da Europa.

  • O Passado e o Presente se unem para dar originalidade ao novo pensamento poltico.Para Maquiavel, o interesse prprio, o desejo de conquista, a fama, o sucesso, dominaram os homens atravs dos tempos, sobretudo os conquistadores e governantes. Ele mostra que os mais altos gestos de grandeza da alma e os mais baixos gestos de maldade humana encontram-se registrados na histria desde a Antiguidade Clssica at os nossos dias.

  • UNIDADE II O PENSAMENTO LIBERALA) CONTEXTO SCIO-CULTURAL > Momento histrico = Renascimento + Mudanas scio-culturais abalaram as sociedades da Europa Ocidental. + As idias de Maquiavel ganham fama e crticas. + Surgimento do pensamento liberal + Transio do Feudalismo para o Capitalismo

  • I) SOCIEDADE CIVIL E SOCIEDADE POLTICA

    1. Conceito de sociedade.2. Os fundamentos da sociedade.

    a) sociedade natural > teoria contratualista do Estadob) relao entre sociedade civil e sociedade poltica

  • 1) Conceito de Sociedade> o conceito mais genrico que existe, abstrato e impreciso.> Autores (Sanches Agesta e Maurras) afirmam que no h sociedade, mas sociedades = uma pluralidade de grupos da mais diversa espcie e coeso.> H uma Sociedade de sociedades e no Sociedades de indivduos.

  • Formulaes histricas = Duas Teorias1) Teoria 2) Teoria Orgnica Mecnica( organicistas) ( mecanicistas) > Filosofia Grega >Filosofia Moderna ( Sc. III a. C. ) ( Sc. XVI ) > Aristteles > Contratualistas > Plato

  • 1) TEORIA ORGANICISTA DE SOCIEDADE> O homem um ser social por natureza. > O que fez do homem um ser social? = os instintos egocntricos e altrustas. = o instinto de preservao da espcie.> O homem no pode viver fora da sociedade. Hugo Grotius (sc. XVI) (precursor do Direito Internacional) = H uma vocao inata do homem para a vida social.

  • > H uma identificao entre o organismo biolgico e a sociedade.= Os indivduos passam, a sociedade fica.= O homem no nasce livre; depende da sociedade para a sobrevivncia desde o nascimento = princpio da autoridade.= A sociedade grava no indivduo uma segunda natureza, a cultura como a parte mais autntica do seu ser.

  • Conceito organicista de sociedadeGeorgio Del Vecchio ( 1878 1970) Sociedade o conjunto de relaes mediante as quais vrios indivduos vivem e atuam solidariamente em ordem a formar uma entidade nova e superior.

  • 2) TEORIA MECANICISTA DE SOCIEDADE> a sociedade a soma das partes que a compem.> No h identificao com um organismo biolgico devido fenmenos como as migraes, a mobilidade social ( indivduos sofrem impacto da ascenso social, econmica ou profissional) e o suicdio.> O homem nasce livre e dotado de racionalidade criativa.

  • B) THOMAS HOBBES E O ESTADO ABSOLUTO ( 1588 - 1679 )

  • A) Dados Biogrficos: Nasceu em Malmesbury em 1588. Nasceu prematuramente devido o medo da me ao receber a notcia da chegada da Invencvel Armada. > Na sua autobiografia ele conta que o medo seu irmo gmeo. > Este trauma o acompanhou por toda a vida. Ele construiu sua teoria poltica sobre o absolutismo tendo como razes sobretudo o terror pelas guerras que ensangentaram sua poca.

  • MALMESBURY

  • > Aprendeu muito cedo e bem o grego e o latim, sendo que com 15 anos traduziu Media de Eurpides, do grego para o latim, em versos.> Estudou na Universidade de Oxford, e quando terminou os estudos em 1608, tornou-se preceptor na poderosa casa dos Cavendish, condes de Devonshire.> Em 1646 foi preceptor de Carlos Stuart ( o futuro Carlos II), durante a ditadura de Cromwel em Londres.> Em 1666, na Inglaterra, queimaram seus livros por considerarem-no um ateu e hertico e aps a sua morte (com 91 anos), queimaram seus livros em praa pblica.

  • > Em vida, teve dois grandes inimigos: 1) A Igreja Anglicana

    2) A Universidade de Oxford.

    > Considerado o homem que fez a ruptura com a Idade Mdia. > Viajou muito pela Europa, e em Florena conheceu Galileu Galilei de quem ficou amigo.

  • O perodo poltico-cultural de Hobbes est marcado por uma grande diviso poltica instituda por dois grupos polticos:1) Os Monarquistas:Defendiam a monarquia absoluta afirmando que sua legitimidade vem diretamente de Deus.2) Os Parlamentaristas:Afirmavam que a soberania devia sercompartilhada entre o Rei e o Povo.

  • HOBBES, alm de condicionado, foi um defensor das duas doutrinas mais marcantes de sua poca:a) Mecanicismo Cientfico> doutrina que considera a natureza e tudo o que nela existe como um mecanismo, ou como um conjunto de mecanismos. Pretende tudo explicar de forma mecnica, cientfica, atravs da fora e movimento dos corpos.

  • b) Absolutismo Poltico: a teoria elaborada por Hobbes cujos princpios fazem oposio teoria liberal e democrtica.Princpios do Absolutismo:1] A Indivisibilidade do poder soberano, que deve concentrar-se em uma nica instituio, seja essa instituio representada por um homem, seja por uma assemblia.2] O dever de obedincia dos sditos3] A supremacia do Estado sobre a lei.4] Proibio de qualquer tipo de rebelio5] Fuso das autoridades poltica e religiosa

  • Publicou muitas obras.A mais importante O Leviat ( 1651 -em ingls )Depois de Maquiavel, Hobbes o filsofo poltico de maior renome.> Possuem idias comuns, mas uma grande diferena em investigar a instaurao da poltica no mundo.Ponto de Partida: O QUE EXISTIA ANTES DOS HOMENS INSTAURAREM A ORDEM POLTICA ? Resposta: O ESTADO DE NATUREZA.

  • I] O QUE O ESTADO DE NATUREZA?1] Um Estado Imaginrio2] Uma Hiptese lgica3] Um pensamento de uma realidade

  • CONTRATO

    ESTADO DE NATUREZA

    SOCIEDADE CIVIL

  • II) O QUE O HOMEM EM SITUAO DE ESTADO DE NATUREZA ? A) uma situao de conflito permanente No estado de natureza o homem vive em situao de violenta paixo ( no paixo afetiva) sem freio, sem limites.VALE TUDO. Vivendo nesta situao o homem se reconhece carente, sem recursos, em constante busca. um Estado de Anarquia.

  • 2] uma situao de delrio. Todos vivem delirando. No h referncia de limites. No h nenhuma mediao, nem leis. uma situao anterior a qualquer sociabilidade.

  • 3] uma situao a-histrica Mesmo sendo a-histrica ela possvel de existir no mundo. uma situao eminentemente potencial. O homem tem a posse de tudo aquilo que desejar manter pela fora, at que algum tome.

  • 4] uma situao de guerra permanente. No necessria sua realizao, basta a ameaa de guerra, que o homem j se percebe em guerra.

  • uma luta de todos contra todos. Potncia versus potncia resulta em impotncia. Nesta situao o homem s consegue sobreviver, e no em viver.No h poltica no estado de natureza.

  • O estado de natureza no descreve o homem primitivo, ou o homem anteriormente a qualquer organizao social, mas sim como o homem se comportaria, dada a natureza humana, caso se suspendesse a obrigao de cumprir as leis e contratos imposta pela sociedade. Teramos uma guerra de todos contra todos .

  • O CONTRATO SOCIAL. Teoria Contratualista Teoria elaborada por Hobbes:A reunio dos homens em sociedade no um evento natural ou instintivo, mas resultado de um pacto, um contrato original que pe fim ao estado de natureza.

  • III) COMO O HOMEM PODE ( OU PDE) SAIR DO ESTADO DE NATUREZA ?A) O HOMEM FAZ UM CONTRATO O homem faz um Pacto Social. desse contrato que nasce a poltica. Ela nasce do medo da morte. A Poltica garantia de vida. Ela no administrao de recursos. a poltica que possibilita ao homem a vida: mais poltica = mais vida; menos poltica = mais morte.

  • B) O CONTRATO FEITO ATRAVS DAS LEIS. A lei impede o homem de matar. necessrio que o homem entregue sua potncia individualista para a autoridade pblica, ou seja, para um soberano ( ou para um indivduo, uma Assemblia, ou um Parlamento)

  • IV) O QUE O HOMEM PARA THOMAS HOBBES ? A) O homem uma maquina natural, submetida ao estrito encadeamento de causas e efeitos. Todo ato humano visto de forma radicalmente determinista.

  • B) O homem um ser de propriedades, e a primeira e a mais importante o DESEJO. o desejo que leva o homem a deliberar e agir.Os homens so potncias movidas pelo desejo.

  • C) O homem mau. HOMO LUPUS HOMO.O HOMEM UM LOBO PARA O HOMEM.A natureza humana basicamente animal, apetitiva. Segundo a psicologia hobbesiana, os homens so naturalmente inimigos entre si, o que deriva da igualdade com que a natureza os criou.Todas as motivaes humanas, inclusive a compaixo, so manifestaes dissimuladas de egosmo.

  • Na psicologia Hobbesiana, basta que dois homens, com a mesma capacidade, almejem simultaneamente algo que no pode ser desfrutado em comum, para que se esforcem para destruir e subjugar um ao outro.

  • O HOMEM = ANIMAL + RACIONAL> Como se formam os pensamentos ? >O que distingue o raciocnio das outras formas de pensamento?1] Hobbes reduz as operaes mentais a um puro clculo aritmtico. 2] Raciocinar computar, ou seja, subtrair, somar, calcular. 3] Todas as formas do saber, especialmente as cincias fsicas, se baseiam no clculo. Hobbes considerado pelos atuais programadores de inteligncia artificial o seu longnquo precursor.

  • > Hobbes analisa a natureza humana em uma perspectiva mecanicista. O homem como uma mquina que age sozinha. Os homens so essencialmente iguais.O mecanicismo dominava as discusses na Fsica daquela poca. O problema central era como entender a natureza dos corpos e de seus movimentos.

  • THOMAS HOBBES DIFUNDIU A TESE SOBRE O EGOISMO EO INDIVIDUALISMO NO CAMPO ECONMICO.

  • V) O L E V I A T a) um monstro de um antiga lenda fencia, lenda que tambm est na Bblia (Livro de J ) simbolizando uma fora maldosa, qual ningum resiste.b) um deus mortal, uma figura diablica ( di = separao) que tudo separa. Daqui surge o antigo provrbio: Dividir pra governarHobbes utiliza da figura do Leviat para explicar o que o Estado Poltico = Sociedade CivilAps o Contrato, o Leviat o Estado Poltico.

  • LIVRO O LEVIAT

  • O QUE O ESTADO ? = LEVIAT O Estado ( em latim = Civitas ) s tem direitos.a) O Estado no pode ser contestado pelos que o instituram.b) O Estado juiz de paz e de defesa dos sditos.c) O Estado juiz das doutrinas que convm serem ensinadas.

  • D) O Estado tem o direito de editar regras ( legislar).E) O Estado tem o direito de ser ministro da justia em todas as suas formas.F) O Estado tem o direito de decidir sobre a guerra e a paz.

  • g) O Estado tem o direito de escolher todos os conselheiros e ministros.h) O Estado tem o direito de retribuir e castigar.i) O Estado tem o direito de atribuir honras e hierarquias.

  • J) O Estado tem o direito de administrar a sua liberdade. Todos esto submissos ao Estado.K) O Estado tem o direito de intervir nas questes religiosas. A f pode ser imposta. No qualquer religio que serve para o homem.L) O Estado nasce do instinto selvagem do homem, pois o homem um um lobo, um animal apetitivo.

  • O Poder para ser eficaz deve ser exercido de forma absoluta.

    Para Hobbes o Estado dever ser repressivo, pois o homem mau, egosta, apetitivo e desejoso.

  • O Estado Soberano um Deus Mortal. uma entidade digna de venerao.> O homem no como sustentava Aristteles, um animal naturalmente social ( como a abelha ou a formiga).> O homem s cumpre a lei e respeita a segurana alheia somente quanto atemorizado pela fora exercida pelo Estado.> Quanto mais forte o Estado, menores sero as transgresses.

  • Definio de Estado e Soberania para Hobbes: um indivduo de cujos atos cada membro de uma grande multido, com base em pactos recprocos, se considera autor, para que esse indivduo possa usar a fora e os meios de todos do modo que julgar mais vantajoso para a paz e a defesa comum. aquele que desempenha esse papel chamado de soberano, e se diz que tem poder soberano; todos os outros so sditos.

  • O DIREITO NATURAL DE CADA UM DE GOVERNAR A SI MESMO DELEGADO AO SOBERANO, QUE MEDIANTE TAL ATO TEM TODAS AS SUAS AES LEGITIMADAS.

  • COMENTRIO CRTICO SOBRE A CONCEPO POLTICA DE HOBBES.1) Hobbes considerado o precursor do Estado Totalitrio.2) Considerado o pai das idias do Estado Liberal. O primeiro filsofo idelogo do Capitalismo.3) Hobbes um moralista, crtico e pessimista quanto ao ser do homem.4) Considerado um conselheiro de tiranos ( como Hitler, Mussolini, Stalin, etc)5) Para alguns, Hobbes no nem totalitarista, nem liberal, mas o defensor da unidade do Estado.

  • No sculo XX, alguns filsofos vem em Hobbes a presena de pensamentos divergentes.1] Norberto BOBBIO: afirma a vertente Absolutista do pensamento de Hobbes.2] CB. MACPHERSON: afirma a vertente Liberal do pensamento de Hobbes, ao mostrar o seu individualismo possessivo.

  • Hobbes o pai da teoria contratualista. o protagonista de uma tradio formada principalmente por:> JOHN LOCKE ( 1632 1704 )> JEAN-JACQUES ROUSSEAU (1712 1778)> IMMANUEL KANT ( 1724 1804 )

  • O que a Teoria contratualista.> Chamada tambm de contratualismo jusnaturalita:> compreende a origem da sociedade e a base do poder poltico como frutos de um contrato: um acordo tcito ou formal divulgado em meio maioria dos habitantes de um dado local, de modo que tal acordo pe fim ao estado natural e inaugura o estado social e poltico a esfera da civilizao.

  • JOHN LOCKE ( 1632 1704 ) = O ESTADO LIBERAL =

  • II] Dados Biogrficos. > Nasceu em Wrington, arredores de Bristol em 29 agosto de 1632.Sua casa ficava ao lado da Igreja de Wrington > A famlia era de comerciantes burgueses de rea rural. Pai: advogado rural. Me: considerada a mulher mais linda do vilarejo. Igreja de Wrington

  • Depois do nascimento de Locke a famlia mudou-se para uma fazenda em Bristol.Em 1642, Locke com dez anos, viu iniciar a Guerra Civil. A Guerra foi o fim de uma longa disputa entre o Rei Carlos I e o Parlamento Ingls.O Rei aumentava os impostos sem consultar o Parlamento. Governava com autoritarismo, pois acreditava no Direito Divino dos Reis, segundo o qual o monarca recebia sua autoridade diretamente de Deus, e no podia ser contestado por ningum, nem pelo Parlamento.

  • Em 1649, Locke com 17 anos, estudava em Westminster School e presenciou o julgamento e a execuo do Rei Carlos I. A famlia de Locke apoiou os Parlamentaristas. Esta foi a I revoluo vitoriosa da histria europia moderna.Em 1649 com a morte do Rei inicia-se a Ditadura Oliver Cromwell ( at 1660) e restabelece a ordem poltica no pas.

  • Rei Carlos I (1625-1649)

  • WHITEHALL Praa do Julgamento e Execuo do Rei Carlos I

  • Em 1652 ( com 20 anos) estudou Filosofia na Universidade de Oxford, e Em 1658 ( com 26 anos) recebeu o ttulo de Master of Arts tornando-se imediatamente professor de grego e retrica.> Insatisfeito com a filosofia aristotlica que recebeu em Oxford afirmou que ela era : um peripatetismo recheado de palavras obscuras e de pesquisas inteis.Isto o levou a estudar:- Medicina ( era chamado de Doutor Locke), - Anatomia, Fisiologia, Fsica, Astronomia, Histria, Teologia, alm das lnguas (latim, Hebraico, rabe)

  • Durante a ditadura Cromwell ( 1649 1660), muitos costumes mudaram na Inglaterra. Os ingleses se tornaram puritanos e o fanatismo religioso dominou o pas. Os puritanos reprimiam qualquer manifestao de alegria, chegando a proibir a Festa de Natal, na qual se comia muita torta e a confraternizao era de longas gargalhadas.Cansados de tanto fanatismo, os ingleses convidaram Carlos II para assumir o poder. Ele governou de 1660 at 1685.

  • O fanatismo religioso e o puritanismo dominava a Inglaterra

    Eles viviam um fervor emocional impensado

  • Puritanos na Festa de Natal Nos Estados Unidos Pregao para os ndios Cherokee

  • Durante a ditadura Cromwell, Locke preferiu estudar Medicina. A Medicina se tornava sempre mais experimental ( o que contribui para Locke se tornar um Empirista) e muitas descobertas motivavam os estudantes, como a descoberta da circulao do sangue pelo Dr. William Harvey em 1578.

    Dr. Harvey mostra ao Rei Carlo I o corao de um veado e prova a circulao do sangue nas veias.

  • > Em 1666 (com 34 anos) torna-se mdico da famlia do Lorde Ashley Cooper, chanceler da Inglaterra e Conde de Shaftesbury.> Em 1668 ( com 36 anos) foi nomeado membro da prestigiosa Royal Society de Londres, da qual Hobbes no fora admitido por causa da sua filosofia pessimista sobre o homem.> Em 1672 (com 40 anos) entrou para a vida poltica como secretrio do Conde de Shaftesbury.> Nas suas horas de lazer, gostava de escrever cartas s mulheres descomprometidas, mas jamais se casou.

  • As mulheres sempre respondiam suas cartas: trecho de uma das cartas:Prezado senhor, No pode imaginar com que prazer e satisfao li sua polida e to obsequiosa carta... Lamento saber que se desviou de seu caminho e arrependo-me com tristeza de ter sido a causa, pois asseguro-lhe que minhas oraes eram para que tivesse uma boa viagem...a carta termina: De sua cordial amiga...

  • Locke respondeu uma semana mais tarde: Que meus retornos no sejam to rpidos quanto os seus deve a uma impossibilidade de encontrar aquele xtase em que sua excelente carta de incio me colocou, para o qual o espao de uma semana brevssimo para recuperar-me.Muitos historiadores concluram que Locke era um apaixonado pelas mulheres ( que ele chamava de ladies) e viveu a vida em prolongados flertes at conhecer Damaris Cudworth (1659-1708) de 24 anos).

  • Em 1682, conheceu Damaris Cudworth, de 24 anos, filha de um professor de Cambridge. Locke se apaixonou por ela, e dizia ser a mulher mais inteligente que conhecera.> Tanto quanto Locke, Damaris era de carter explosivo. Amor por semelhana.Em 1683, Locke descobriu estar sendo vigiado por espies do Rei Carlos II, e refugiou-se na Holanda. Mais tarde soube que Damaris se casara com Sir Francis Masham ( um vivo).Em 1688, Locke volta para Londres e continua seus encontros amigveis com Damaris.Em 1689, Damaris convida Locke para morar com em sua casa de campo, e l viveram um mnage trois.

  • A vida na casa de Lady Damaris Cudworth Masham.> Longas conversas com Damaris.> O marido viajava para Londres e aceitava a amizade de Locke com Damaris.> 28 de outubro de 1704 Locke morre nos braos de Damaris.> 1704 Damaris abandona o marido.> 1708 Damaris morre.Hoje: os trs esto enterrados lado a lado na igreja de High Lever.

  • Em 1688, no reinado de Guilherme de Orange Maria Stuart

    Locke participou intensamente da vida poltica de Londres. Foi ministro da Agricultura e ComrcioFicou amigo de Newton ( Pai da Fsica )

  • A Revoluo Gloriosa De 1685-1688 reinou Jaime II ( irmo de Carlos II)O Parlamento ingls fez um acordo secreto com o prncipe da Holanda, chamado Guilherme de Orange, de lhe entregar o poder. As tropas abandonaram o Rei Jaime II e apoiaram o novo rei. Este fato histrico ficou conhecido como Revoluo Gloriosa por no ter havido derramamento de sangue.Desembarque de Guilherme de Orange em Torquay, sul da Inglaterra apoiado pelas tropas inglesas.

  • Principais obras:> Ensaio sobre o intelecto humano.> Epstola sobre a tolerncia.> A racionalidade do Cristianismo.> Pensamentos sobre a educao.> Obra Poltica: Dois Tratados Sobre o Governo Civil

  • ENSAIO SOBRE O INTELECTO HUMANO ( sua obra-prima de 1690 )

    No aprendemos com a razo, aprendemos com a experincia

  • DOIS TRATADO SOBRE O GOVERNO CIVIL( de 1690 )

  • Locke foi o nico grande filsofo a se tornar Ministro de Estado, embora sua Filosofia fosse revolucionria.> Ele deu inspirao filosfica a dois grandes eventos histricos:A) Declarao de Independncia dos Estados Unidos.B) Revoluo Francesa.

  • I] Contexto Scio-poltico> Na Inglaterra Intensa atividade comercial.

  • II) Contexto Filosfico: Momento de idias novas A) Racionalismo : afirma a possibilidade de se conhecer pela razo natural.B) Empirismo: afirma a possibilidade de se conhecer pela experincia sensvel.Locke defensor do Empirismo Crtico.Todos os conhecimentos provm da experincia, mas tambm da capacidade reflexiva do homem.

  • A) Os Racionalistas:Acreditavam na existncia de idias inatas. So aquelas que esto na mente humana por fora de uma intuio intelectual.> So aquelas que possibilitam o conhecimento filosfico, o conhecimento da verdade. So elas que captam realidades extramentais, de ordem no fsica. B) Os Empiristas: ( T. Hobbes e J. Locke)Acreditavam que todo conhecimento nasce da experincia sensvel. partindo dos fatos que elaboramos verdades gerais, de carter cientfico.

  • FILOSOFIA POLTICA DE JOHN LOCKEI] O Que o Estado de Natureza ? A) uma situao de absoluta paz e harmonia. Contrariando Hobbes estado de guerra contnua B) uma situao onde o homem LIVRE e vive em harmonia com a natureza, ou seja, sem tirania. TODOS SOMOS LIVRES E IGUAIS. Significa: cada sujeito um rei. Ningum limita a liberdade do outro.

  • C) uma situao de potencialidades realizadas; ningum vive na misria nem em guerra. um local onde o imaginrio realidade. NO PRINCPIO TUDO ERA AMRICA.Locke faz referncia ao continente americano, onde os ndios viviam em harmonia com a natureza, sem destru-la, e onde no existiam miserveis como na Europa.D) um perodo histrico primitivo. No uma hiptese lgica como afirma Hobbes. O estado de natureza existiu de forma concreta. Exemplo: os ndios da Amrica, especialmente do Brasil.

  • II) Como a vida no Estado de Natureza ?1) O homem se governa pela lei da razo. A razo a base da lei da natureza. 2) O homem tem direitos naturais e quando faz o contrato social, ele no perde esses direitos.No contrato, o homem apenas delega autoridade constituda a defesa dos seus direitos.A liberdade, enquanto direito natural, no se entrega para ningum.

  • A liberdade natural do homem ser livre de qualquer poder superior na terra e no se sujeitar vontade ou autoridade legislativa do homem, mas ter apenas a lei da natureza para reg-lo. A liberdade do homem, na sociedade, no se submeter a nenhum outro poder legislativo, seno o estabelecido mediante assentimento no pas, nem ao domnio de qualquer vontade, ou restrio de qualquer lei, seno daquela que o legislativo promulgar, segundo a confiana nele depositado.

  • 3) No estado de natureza no h poltica. Se os homens se guiam pela razo, porque teriam que construir a poltica.MAS, nem todos se governam pela razo e, sim pelas PAIXES e pelas EMOES. A estes a poltica deve combater. Eles so os TRANSFUGAS da razo. Eles so uma ameaa situao de harmonia do estado de natureza.

  • 4) No estado de natureza vive-se uma insegurana potencial. a situao do indivduo que est desfrutando da harmonia do estado de natureza e, chega algum e ameaa invadir o seu mundo.Para vencer a insegurana potencial, o homem precisa sair do estado de natureza atravs do Contrato.Pelo contrato se constri a poltica.

  • III) A CONSTRUO DA POLTICA.1] A poltica nasce da situao de insegurana potencial. 2] Nasce com um objetivo bem definido: vencer a insegurana potencial. 3] Nasce marcada pela coero: o homem foi forado a deixar o estado de natureza. Foi coagido. 4] Na construo da poltica deve-se destruir as paixes transformando-as em interesses. 5] Qual a funo da poltica? A) Normatizar a ao do indivduo B) Distribuir recursos.

  • IV) Concepo de Homem em Locke.1) O homem essencialmente bom. 2) O sujeito cada indivduo isolado, vivendo em sociedade. Locke fundamenta o individualismo filosfico.3) O sujeito racional e movido por paixes. O homem deve ter paixes calmas e transform-las em interesses.4) O sujeito deve mover-se por interesses. So os interesses que nos fazem operantes e agentes do progresso.5) O sujeito um construtor de propriedades. Mas o significam essas propriedade?

  • PROPRIEDADES:

    1] VIDA

    2] LIBERDADE > Liberdade de pensamento e > Liberdade de ao.

    3] BENS MATERIAISSo caractersticas inerentes ao indivduo.

  • Para Locke, todos os indivduos tem DIREITO> Vida> Liberdade ( significa livre iniciativa)> ao trabalho> propriedade privada> famlia> aos bens de consumoESTE MODELO DE VIDA ELE CHAMA DE LIBERALISMO. LOCKE O PAI DO LIBERALISMO FILOSFICO-POLTICO.

  • V) O CONTRATO: Trata-se de dois contratos ou duas dimenses de um nico contrato.1 Contrato = 1 momentoO contrato tem a funo de aperfeioar o estado de natureza. o momento da situao zero. O homem s pode contar ( e s conta) com os seus prprios recursos naturais, com suas prprias potencialidades.Ex: quando os puritanos irlandeses desembarcaram do navio May-Flower chegando dos Estados Unidos. Vamos construir uma NOVA Inglaterra.

  • NAVIO MAY FLOWER

  • No primeiro momento do contrato devemos buscar a paz e a harmonia que existia no estado de natureza.> Deve-se procurar normatizar e garantir os direitos naturais.> Sendo os homens por natureza LIVRE E IGUAIS, no contrato, todos tomam conscincia da necessidade de construir a poltica.

  • 2 Contrato 2 Momento Momento do TRUST = CONFIANA Todos os homens entregam a um outro ( autoridade) o DIREITO de represent-los na conduta social para que no haja guerras.Confio ao outro (o Estado Poltico) o direito de representar-me diante das ameaas do Trnsfugas da Razo ( aqueles que s agem pelas paixes e no querem construir a poltica = analfabeto poltico, polticos corruptos).A funo do Estado normatizar para garantir o estado de natureza.

  • > O Estado deve ser uma REPBLICA.Res = coisapublica = de todos > O Estado no pode ser autoritrio. Os dirigentes devem ser trocados todas as vezes que interferirem nos: a) direitos naturais ( alimentao, habitao, escolha da religio, pois a f no pode ser imposta, contrariando Hobbes ...) e b) na propriedade ( vida, liberdade e bens materiais)

  • Locke teorizou o Constitucionalismo Liberal.A sociedade e o Estado nascem do direito natural, que racional e o governo tem sim o poder legislativo e executivo, mas continua sempre sujeito ao juzo do povo.Locke saiu vencedor, pois em 1688 a Inglaterra assumiu um governo constitucional liberal. A Monarquia deixou de se fundamentar no Direito Divino, embora alguns monarcas para se perpetuarem no poder, continuavam defendendo tal tese.

  • JEAN-JACQUES ROUSSEAU ( 1712 1778 )

  • I) Contexto Scio-Cultural do sculo XVIII ( Sculo do Iluminismo ) Paris ( Frana em 1712)> Guerras religiosas entre catlicos e calvinistas. > Sua famlia era calvinista e se refugia na Sua (Genebra) quando nasceu a criana.

  • Paris no Sculo XVIII

  • Genebra ( Sua) > Repblica independente e capital do Calvinismo ( deu segurana famlia de Rousseau). > Pai: Isaac = relogioeiro, violinista e mestre de dana.> Me: Suzanne = morre no parto (e quase tambm a criana).Pai e filho viviam das lembranas da me. O pai descuidou-se da educao do filho e o entregouao Tio Bernard. Ainda pequeno aprende o gosto pela leitura de romances e mais tarde os Clssicos, sobretudo John Locke que muito o influenciou.

  • > Com 10 anos foi coroinha do pastor Lambercier onde aprendeu o > rigorismo do Calvinismo e as > injustias da educao das crianas, ( fato que mais tarde far nascer a grande obra de pedagogia Emlio).> Toda a sua infncia foi de du em du, aqui e ali, at a vida adulta. Teve uma vida conturbada e solitria.

  • > Com 15 anos, converte-se ao Catolicismo, foge para Annecy e vai morar com a Madame de Warens que foi para ele:a) me ( a quem chama de maman), b) amiga que o leva para ser batizado e aprende a ler os filsofos clssicos, c) amante, a partir dos 21 anos. > Madame de Warens o leva para Turim (Itlia) para ser secretrio de vrias madames, emprego do qual no se sai bem, e volta para Annecy.> Entra para o coro da Catedral e cultiva grande amor pela msica e faz suas primeiras composies.

  • ROUSSEAU E MADAME DE WARENS

  • Rousseau e Madame de Warens

  • SECRETRIO DE DAMAS ITALIANAS

  • Com 19 anos ( 1731) vai para Paris. Estuda latim e msica. Seu sonho se tornar um msico famoso. Em 1733 (21 anos) volta para a casa da Madame de Warens, a quem chama de maman e inicia um belo romance, fazendo-se sua amante.> Em 1742, volta para Paris ( Cidade Luz) pensando em se tornar famoso como msico, e ganha a vida como copista de msica.Fracassa como msico mas faz amizade com os filsofos:Condillac (1715-1780) e com Dennis Diderot (1713 - 1784).

  • Rousseau sofre da sndrome do plebeu, isto , no ter uma morada definitiva, viver de du em du.Em 1749, a vida melhora. Ganha dinheiro com a opereta O Adivinho da Aldeia, onde apresentada no Palcio Real. Em 1761, para aplacar tantas desavenas, volta f calvinista e casa-se com Thrse Levasseur, antiga criada do quarto com quem teve cinco filhos ( todos entregues s creches aps o parto)

  • Em 1757 escreve:> Emlio ( obra de pedagogia, na qual retrata sua prpria vida)> O CONTRATO SOCIAL ( obra de Filosofia Poltica.Em 1764 escreve:> As Confisses ( de quase mil pginas)> Dicionrio de Msica

  • E M L I O==== ROUSSEAU DEU INCIO PEDAGOGIA MODERNA

  • O CONTRATO SOCIAL

  • Em 1762, suspeito de hostilidade contra o regime francs, foi obrigado a fugir da Frana, refugiando-se na Inglaterra, onde recebeu ajuda do filsofo David Hume.Mas como era de difcil relacionamento, rompeu com David Hume e volta para a Frana. Acaba tambm sua amizade com os filsofos Diderot e dAlembert.Terminou a vida na misria e solido.

  • Participou ativamente dos preparativos da Revoluo Francesa, mas no viu seus resultados.Contam que o rei Luis XVI, na Bastilha, teria dito:Sem Rousseau e Voltaire a Revoluo no teria acontecido.No fim da vida, menos deprimido, escreve:Devaneios de um Caminhante SolitrioSuas obras foram condenadas pelas autoridades. Escreveu em francs o que Locke dissera em ingls.

  • Panteo de Paris Tumba de Rousseau

  • PREOCUPAES POLTICAS:

    1) ORIGEM E CONSTITUIO DO ESTADO

    2) CRTICA TEORIA POLTICA DE HOBBES

  • I] CONCEPO POLTICA DE ROUSSEAU.A) O ESTADO DE NATUREZA.1) Um estado de inocncia: Inspirado no Livro do Gnesis ( Bblia), compara o Estado de Natureza com o Paraso, onde a humanidade vive uma situao de inocncia ameaada. Nas situaes de ameaa, o homem precisa de um contrato.

  • Paraso: Estado de Inocncia

  • 2) Um Estado Imaginrio. Rousseau mais radical do que Locke nessa idia > estado de total e absoluta harmonia e paz. > no estado de natureza o homem BOM. O HOMEM UM BOM SELVAGEM. MAS, quando faz o CONTRATO, a sociedade o corrompe e se torna um HOMEM MAU.

  • O HOMEM POR NATUREZA BOM, A SOCIEDADE O CORROMPE.

  • O HOMEM NASCE LIVRE E POR TODA PARTE SE ENCONTRA ACORRENTADO

  • 3) Paralelo entre Estado de Natureza e Sociedade Moderna> Vive em harmonia > vive na perversidade> Vive em estado > vive em estado natural artificial = liberdade natural = liberdade artificial

  • O sujeito (homem) de Rousseau simultaneamente NATURAL E ARTIFICIAL em si mesmo. Por isso precisa do Contrato Social. Rousseau procura resgatar o homem natural na sociedade moderna e cria o conceito de HOMEM CIDADO.

  • O HOMEM CIDADO1) Dotado de Inteligncia Crtica. Sabe pensar com a prpria cabea = senso crtico2) Capaz de ouvir a si mesmo. Dentro do homem habitam dois modelos de homem: . o homem natural = homem bom e . o homem artificial = homem mau. Na sociedade moderna preciso abandonar sua condio existencial de homem artificial e incorporar sua antiga condio de homem natural = homem bom.

  • 3) Capaz de auto-avaliao constante: > avaliar a si mesmo. > avaliar seus interesses para abandonar o homem artificial.4) um homem livre. Ele s obedece a lei que ele mesmo formulou. administrador e administrado pela lei que ele prprio .

  • 5) O homem cidado capaz de intervir na ordem poltica, para garantir a sua liberdade.S ele pode garantir sua prpria liberdade. O Contrato Social visa resolver este problema: viver na sociedade civil com as caractersticas do estado de natureza. Entra em cena o conceito de VONTADE.

  • O QUE A VONTADE GERAL ?I) VONTADE PARTICULAR: a vontade de cada indivduo em particular. Cada cidado possui a vontade particular.II) VONTADE GERAL: a vontade que leva a querer o bem comum da sociedade na qual est inserido. A VONTADE DO POVO.

  • A Vontade Geral d existncia e vida ao corpo poltico. Ela no :1) No a soma das vontades particulares.2) No a vontade da maioria.A Vontade Geral o Consenso Geral. a vontade de um povo, mas no da maioria.

  • Formar a Vontade Geral tarefa da Educao.> O regime ideal o democrtico, mas mesmo o governo representativo pode usurpar a soberania. hora de depor o usurpador. Um homem livre obedece, mas no serve. Tem chefes, e no mestres. Obedece s leis, mas somente s leis. E pela fora das leis que no obedece aos homens.

  • Na obra EMLIO, Rousseau afirma:A educao deve ser feita seguindo etapas precisas.O objetivo da educao reformar a sociedade. Como ?

  • > A sociedade ideal pressupe a vontade geral, educada para o bem comum, para reformar a sociedade.> A juventude tem que ser educada longe das influncias perversas da sociedade corrompida. S assim, poderemos desenvolver sua boa ndole.> Devemos formar primeiro seu corao, depois seus instintos, sem repreenses e castigos.

  • > Aps os 15 anos, que se faz a educao da razo. o momento em que o jovem poder decidir por si o que fazer da vida. Mas, do modo como sua conscincia moral est formada, que ele abraar a virtude.

  • Quem o Soberano ?a) o conjunto dos membros da sociedade. ( um ser coletivo)b) A soberania : 1. Inalienvel = intransfervel 2. Indivisvel = no divisvel 3. Infalvel = justa. 4. Absoluta = independente

  • Sendo um ser coletivo, s pode ser representado por si mesmo.> O governo pode ser transmitido, a vontade geral no.> No a vontade do soberano que deve ser satisfeita, mas a vontade geral. O Governo pode ser: A) DemocrticoB) AristocrticoC) Monrquico

    O soberano apenas um funcionrio, ele no o governo.

  • COMENTRIO CRTICO:> Rousseau reflete sobre os problemas da sociedade do seu tempo. A Frana est s vsperas de uma revoluo poltica. > Rousseau um homem desencantado com a sociedade francesa. Foi um leitor de Locke e segue muitas de suas idias.> Rousseau um pensador polmico e aberto s contradies e ambigidades. Conservadores progressistas usaram as idias de Rousseau para justificar suas ideologias.

  • > Inconformado, inquieto, individualista, mas tambm coletivista, complexo, iluminista e romntico.

  • > Rousseau influenciou a Moral, a Poltica e a Educao.Questes relevantes na filosofia de Rousseau:> O Culto natureza.> Valorizao da experincia individual.> Importncia dos sentimentos e da emoes.> Relao entre arte e filosofia.> Influenciou o esprito romntico do sculo XIX.

  • ATUALIDADE DO PENSAMENTO DE JEAN-JACQUES ROUSSEAU> A civilizao torna o mundo artificial, corrompe o ambiente natural, altera o equilbrio ecolgico.> A presso social manipula a mente do indivduo desde o nascimento.> Todas as cognies nascem da relao com o ambiente. Logo, a educao que forma as mentes.

  • > A natureza educa os sentidos, o ensino a mente e, a experincia o comportamento. Estes so nossos trs professores.1) A Natureza: ensina o desenvolvimento interno de nossas faculdades e de nossos rgos.2) Os Homens: educam nossa mente.3) As Coisas: pela experincia educam nosso comportamento.

  • UINIDADE III ] O LIBERALISMO CLSSICO

  • 1) Conceituao:> Liberalismo, vem de LIBERAL.> Um conceito bastante equvoco, com vrios significados. Ex: posso dizer: pais liberais # pais tradicionais escola liberal # escola tradicional profisso liberal # profisso artesanal Nenhum destes sentidos expressa o que significa LIBERALISMO. O QUE LIBERALISMO?

  • Liberalismo um conceito surgido no sculo XVII significando: a Teoria Poltica e Econmica que visava construir um novo modo de vida contrrio ao modo absolutista de se viver.> O Liberalismo nasce como um pensamento revolucionrio e progressista diante dos regimes absolutistas e aristocrticos do sculo XVII.> Atualmente, os filsofos preferem falar de LIBERALISMOS.

  • Discernir:A] LIBERALISMO CLSSICO: (Sc. XVII) 1) LIBERALISMO FILOSFICO-POLTICO. > John Locke, > Montesquieu, Kant, Humboldt, >Benjamin Constant, Stuart Mill e Tocqueville 2) LIBERALISMO ECONMICO. > Adam Smith > David Ricardo B] NEO LIBERALISMO: ( Sc. XX )

  • A) LIBERALISMO CLSSICO 1) Liberalismo Filosfico-poltico. A) John LOCKE (Paido Liberalismo filosfico-poltico ) Ponto de partida: O homem se basta a si mesmo como indivduo. > Acentua-se a pessoa como ideal absoluto, minimizando seu aspecto social.

  • PRINCPIOS FILOSFICO-POLTICOSDE JOHN LOCKE:>TODOS NASCEMOS LIVRES E IGUAIS> O HOMEM UM SER LIVRE.Locke defende um modelo de organizao social fundado basicamente na liberdade do indivduo. A liberdade a idia fora de uma sociedade.

  • Caractersticas do Liberalismo filosfico-poltico.a) Filosofia = poltica da liberdade b) Posiciona-se contra toda e qualquer forma de tirania = monarquias absolutas e aristocracia. c) Proclama = liberdade, igualdade e fraternidade (uma filosofia que gerou movimentos libertrios em todo o mundo). Ex: > 1776 - Revoluo norte-americana contra a coroa inglesa. > 1789 Revoluo Francesa contra a monarquia absoluta francesa.

  • B ) MONTESQUIEU (1689 1755 )

  • Vida e obras:Famlia: Pai = oficial da guarda do rei da Frana. Me = morreu quando ele tinha 11 anos.Educao ( Colgio de Juilly educao clssica Escolar ( perto de Paris.Em 1705 fez estudos jurdicos para herdar o lugar do tio que era presidente do Parlamento de Bordus. Em 1715 casou-se com a calvinista francesa que lhe deu um valioso dote e assumiu o lugar do tio no como Baro e Pre