Curso de Umbanda Aula 2

Embed Size (px)

Citation preview

Quanto aos Orixs, alguns ritos cultuam 7 ou 14 Orixs, alguns cultuam os Orixs como foras csmicas, outros como foras da natureza e alguns outros cultuam como linhas de trabalho, assim cultuando Yori e Yorim.

A Umbanda uma crena esprita a qual os mdiuns incorporam os caboclos, sendo estes seus guias ou mentores espirituais, desta linha de caboclos ser definido o Pai de Cabea de cada mdium. Atuam sob a fora de cada um dos Orixs cultuados; alm da linha das almas, Pretos Velhos; E a linha dos Eres, espritos que manifestam-se como crianas; Formando assim a base da Umbanda, os Ers ou crianas, que representam a pureza; Os caboclos ou ndios, que representam a fora e a vitalidade do jovem e do homem maduro; E os Pretos Velhos, que representam a sabedoria e a humildade; Crianas, Caboclos e Pretos Velhos, Pureza, Fora e Sabedoria. Todos trabalhando para a caridade e a f dos encarnados, buscando a cada sesso (gira) a religao com nosso Criador(Zambi).

A Umbanda tem sua data oficial de fundao no Brasil, aos 15 de novembro de 1908, pelo mdium Zlio Fernandino de Morais, mas os relatos de cultos aos ancestrais muito mais antigo do que a data anunciada por Zlio de Morais, dentro das senzalas e mesmos ainda em sua ptria me, a frica, os negros cultuavam e incorporavam seus ancestrais, assim como os Indgenas o faziam da mesma forma.

A Umbanda foi revelada aos primeiros habitantes da Terra (Raa Vermelha), h aproximadamente 1 milho de anos por seres de grande evoluo que encarnaram na Terra com a finalidade de incrementar o ciclo evolutivo deste planeta.

Com o passar dos tempos esses seres evoludos saiam do processo de reencarnao e voltavam para seu ciclo de evoluo normal em seus lugares de origem.

Foi neste perodo que os fundamentos de AUMBANDAN passaram a ser deturpado, pois comearam a ocorrer encarnaes de seres csmicos de baixa evoluo.

Perderam-se os valores morais e intelectuais, onde as Leis Divinas foram ignoradas e substitudas pelas prprias Leis dos Homens encarnados, sendo estes os seres de baixa evoluo que passaram a exercer postos de comando neste planeta na politica e religio.

Aps muitos e muitos anos, depois dos valores de AUMBANDAN terem chegado quase ao fim, o Astral Superior achou por bem resgatar toda a ordem celestial.

Iniciou-se o movimento espiritual, que se fez antes mesmo do descobrimento do Brasil, com a necessidade de uma reforma espiritual, para o resgate dos valores do Astral Superior e uma comunicao mais ampla e voltada para as bases menos favorecidas encarnadas na poca, surgiu ento escravido no Brasil tanto de Indgenas nativos quanto dos Negros Africanos que aportaram aqui desde o inicio do seu descobrimento. Fazendo com que muitos espritos encarnassem e reencarnassem nas mesmas condies por diversas vezes. Espritos evoludos em busca da perfeio, assim surgiram s linhas de Caboclos e Pretos Velhos que mais tarde passariam a constituir a base da Umbanda.

A partir da era esperar o momento certo para a UMBANDA nascer.

Em 1898, aps a abolio da escravatura, uma entidade chamada Caboclo Curuguss preparava o ambiente astral do Brasil para a implantao da AUMBANDAN.

Mesmo assim, o calvrio continuou com muitas perseguies, at que em 1908, um mdium de 17 anos, chamado Zlio Fernandino de Moraes, natural de Niteri - RJ, foi incorporado por um esprito, chamado Caboclo das 7 Encruzilhadas, (dando o nome de UMBANDA), o qual declarou fundado o primeiro Templo de Umbanda.

Julgo que o Nome Umbanda seja, como muitos termos, uma corruptela de Aumbandan, sendo assim anunciada a Umbanda ou Aumbandan como forma de rito espiritual organizado e hierrquico no Brasil naquela data.

A Umbanda sofreu vrias modificaes, tanto em seus objetivos como em sua prtica e rituais.

A Umbanda prega a existncia pacfica e o respeito ao ser humano, natureza e a Deus, prega a caridade como principio fundamental para a sua existncia.

O culto espiritual milenar, mas para no sermos to vagos, podemos relatar cultos nos mesmos moldes da Umbanda, j no inicio do sculo 19, portanto, 100 anos antes da data de anunciao da Umbanda, atravs de uma mulher chamada pelo nome de Maria da Batalha, por ser um mulher batalhadora e defensora de sua crena e seus de seus direitos. Sendo que por algumas pessoas este espirito hoje desce na Umbanda como a Dona Maria do Balaio; O que quero aqui no colocar em dvida a Umbanda anunciada por Zlio de Morais e sua veracidade, mas esclarecer que a Umbanda muito mais que um culto com pouco mais de 100 anos, a Umbanda um movimento espiritual que acompanha nosso planeta deste seu incio, em tempos primrdios, por que sua base constituda pelos povos que foram os primeiros a habitar este planeta. E a Umbanda anunciada por Zlio Fernandino de Morais no , e nunca foi unanimidade nos terreiros; a verdade que cada qual faz a Umbanda a seu modo, com suas diferenas e peculiaridades. No existe codificao na Umbanda, porque a Umbanda ainda uma obra aberta, que transformasse a cada momento e a cada nosso acontecimento, suas mudanas acompanham a evoluo do nosso planeta e nem de perto conseguiremos acompanhar esta evoluo. A Umbanda obra do Criador e como sua obra aberta, sem fim, a cada momento podendo ser modificada e evoluda. A Umbanda tem sim que libertar-se de seus dogmas, de rituais exagerados, de manifestaes exacerbadas, de exageros que no so originrios da Umbanda, mas sim do homem, de falsos sacerdotes que pela ganncia, sede de poder, de controle de seus mdiuns, de iludir e ludibriar, de assustar e fazer com que muitos adeptos deixassem de continuar sua misso dentro da Umbanda, por no aceitarem tamanhas estranhezas. A Umbanda simples, pura e fcil de se trabalhar.

A Umbanda a qual pretendo que seja fonte de estudo a Umbanda com o foco voltado para as foras da natureza. Neste rito de Umbanda temos o culto da nao Banto, com a miscigenao de cultura religiosa Africana, Indgena, Catlica, Kardecista, Hindusta, Asitica e muitas outras que a cada dia se juntam para trazer-nos mais esclarecimentos e ensinamentos do mundo espiritual. Na Umbanda cremos em um nico Criador, Zambi, senhor de tudo e de todos, senhor de tudo o que existe. Temos o culto aos Orixs como foras representantes da natureza. As palavras utilizadas na Umbanda, so a mistura de termos Iorubs, da cultura africana, termos indgenas e termos da lngua portuguesa de cultura Catolica, fazendo assim com que o dicionrio Umbandista seja uma mescla multilinguistica. Assim como os Indios brasileiros, os Africanos tambm viviam em tribos, sendo assim, as linhas dos caboclos que compem a Umbanda so compostas por espritos que apresentam-se como ndios, em sua grande maioria brasileiros, mas podemos ter alguns ndios africanos, norte-americanos e centro e sul americanos. Os caboclos ou ndios dividem-se nas foras dos Orixs. Os Orixs que iremos ter como base ao culto so: Oxal, Ogum, Oxossi, Xang, Iemanj, Oxum e Inhans. Estas so as 7 foras que iremos trabalhar dentro da Umbanda. Vamos explicar cada um individualmente, conforme sua fora na natureza e suas caractersticas.