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i CEPPE CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO MESTRADO EM ANÁLISE GEOAMBIENTAL DANIELI BENTO DOS SANTOS A PALEOPALINOLOGIA NA RECONSTITUIÇÃO DA PAISAGEM PALEÓGENA NA FORMAÇÃO ITAQUAQUECETUBA (MINERADORA ITAQUAREIA 1), BACIA DE SÃO PAULO, BRASIL Guarulhos 2008

Danieli Bento Dos Santos I

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i

CEPPE CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO,

PESQUISA E EXTENSÃO

MESTRADO EM ANÁLISE GEOAMBIENTAL

DANIELI BENTO DOS SANTOS

A PALEOPALINOLOGIA NA RECONSTITUIÇÃO DA

PAISAGEM PALEÓGENA NA FORMAÇÃO

ITAQUAQUECETUBA (MINERADORA ITAQUAREIA 1), BACIA

DE SÃO PAULO, BRASIL

Guarulhos

2008

Page 2: Danieli Bento Dos Santos I

ii

DANIELI BENTO DOS SANTOS

A PALEOPALINOLOGIA NA RECONSTITUIÇÃO DA

PAISAGEM PALEÓGENA NA FORMAÇÃO

ITAQUAQUECETUBA (MINERADORA ITAQUAREIA 1), BACIA

DE SÃO PAULO, BRASIL

Dissertação apresentada à Universidade Guarulhos

para a obtenção do titulo de Mestre em Análise Geoambiental.

Área de concentração: Indicadores de Transformações Ambientais

Orientadora: Profa. Dra. Maria Judite Garcia

Guarulhos

2008

Page 3: Danieli Bento Dos Santos I

iii

Dedico este trabalho aos meus pais

José Adiel Bento Sobrinho e Djanira Bento dos Santos, por tudo o que eles

representam em minha vida.

Page 4: Danieli Bento Dos Santos I

iv

AGRADECIMENTOS

Agradeço especialmente à Profa. Dra. Maria Judite Garcia que foi mais que uma

orientadora, e mostrou os caminhos a serem seguidos, com paciência e empenho.

Obrigada pela confiança e por todas as oportunidades a mim oferecidas.

Agradeço ao Prof. Dr. Antônio Roberto Saad que esteve presente em todos os

trabalhos de campo, auxiliando na coleta e posicionamento das amostras em perfis

estratigráficos. Agradeço-lhe também a confiança e amizade que foram muito importantes.

Ao Prof. Dr. Mário Lincoln de Carlos Etchebehere, o auxílio no trabalho de campo

e sugestões. Ao Prof. Dr. Joel Carneiro de Castro (UNESP), o auxílio no trabalho de

campo.

Ao Prof. Dr. Carlos Alberto Bistrichi, a quem muito admiro, e que me incentivou a

fazer o mestrado. Agradeço-lhe também pelas importantes sugestões.

Aos doutores Luzia Antonioli (UERJ) e Rodolfo Dino (PETROBRÁS / CENPES /

UERJ), as discussões e sugestões.

Às técnicas do Laboratório de Geociências Andréia Barbieri Resende e Patrícia

Ferreira Cardoso, os incansáveis registros de bibliografias.

Ao biólogo Fábio da Costa Casado, pelo auxílio na área de computação gráfica e

impressões da presente dissertação.

Ao biólogo Marco Felipe Raczka, o auxílio no trabalho de campo e lavagem das

amostras.

À Msc. Rosana Saraiva Fernandes, as instruções de processamento químico,

elaboração dos gráficos e os momentos agradáveis que passamos juntas.

À Profa. Dra. Mary E. C. Bernardes de Oliveira, que sempre se manteve

acessível.

À arquiteta Msc. Sandra Emi Sato, o auxílio nas impressões dos gráficos.

Aos amigos Rita de Cássia Monteiro de Oliveira, Rudney de Almeida e Ricardo

Lobo, os excelentes momentos de descontração.

À Itaquareia – Indústria Extrativa de Minérios Ltda, o acesso a área de trabalho.

À minha família e ao João A. Moura de Souza, a compreensão e apoio.

A todos que de alguma forma me auxiliaram na realização deste trabalho.

Page 5: Danieli Bento Dos Santos I

v

As rochas sedimentares são como as páginas de um livro que,

ao aprender a decifrá-las e colocá-las na ordem

própria, tem-se a História da Terra.

(Arthur Holmes)

Page 6: Danieli Bento Dos Santos I

vi

RESUMO

O trabalho ora apresentado resultou da análise paleopalinológica de 44

amostras, coletadas ao longo de uma seção com 200 m de largura e 48 m de

espessura e são provenientes da Mineradora Itaquareia 1, da Formação

Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo. O estudo objetivou determinar a palinoflora,

definir a idade, interpretar o paleoclima e paleoambiente, além de analisar a evolução

palinoflorística, e reconstruir a paleopalinofitogeografia e paleovegetação da região no

intervalo de tempo neoeoceno-eo-oligoceno, com base em 282 tipos diferentes de

palinomorfos. As análises indicaram diferentes idades para a deposição dos sedimentos

da Formação Itaquaquecetuba. Foram estabelecidas 4 Ecozonas, as três primeiras, I, II

e III apresentam idade neoeocena, e a Ecozona IV idade eo-oligocena. Os palinomorfos

registrados no intervalo Neoeoceno sugerem a vigência de um clima subtropical úmido,

com uma palinoflora diversificada e constituída por elementos como: Quadraplanus sp.,

Bombacacidites spp., Ilexpollenites spp., Proteacidites spp., Perisyncolporites pokornyi,

Psilatricolporites operculatus, Ulmoideipites krempii, Syncolporites spp., Margocolporites

vanwijhei, Malvacipollis spinulosa, Catinipollis geiseltalensis, Podocarpidites spp.,

Tricolpites reticulatus, Perfotricolpites digitatus, pteridófitas, briófitas, Microthyriaceae e

esporos de fungos. Para o Eo-Oligoceno (Ecozona IV), sugerem um paleoclima

subtropical a temperado seco, devido ao aumento significativo das gimnospermas,

como Podocarpidites e Dacrydiumites e diminuição das angiospermas, além da redução

da biodiversidade. Outrossim,as florestas sempre estiveram presentes, no entanto,

variou a constituição dos componentes palinoflorísticos. A deposição dos sedimentos

que constituem a seção analisada ocorreu, provavelmente, num paleoambiente fluvial

meandrante, com a formação de pequenos lagos na planície de inundação, pelo

transbordamento, que permitiu o desenvolvimento de algas e/ ou ervas aquáticas e a

deposição de grãos de pólen que caracterizam a flora regional.

Palavras-chaves: Paleógeno, Paleopalinologia, Formação Itaquaquecetuba, Brasil.

Page 7: Danieli Bento Dos Santos I

vii

ABSTRACT

This work consisted in the paleopalynological analysis of 44 samples,

collected along of a section with 200 m wide and 48 m thick, from Mineradora Itaquareia

1, in the Itaquaquecetuba Formation, São Paulo Basin. The main objectives of this study

were to determine the paleopalynoflora, to define the age, to interpret the paleoclimate and

paleoenvironment; to analize the palynofloristic evolution, and to reconstruct the

paleopalynophytogeography and paleovegetation of the studied area, in the time interval

Upper Eocene and Early Oligocene, on the basis of 282 differents types of

palynomorphs. The analyzes had indicated different ages for the deposition of the

Itaquaquecetuba Formation. They were establish 4 Ecozones, the three first ones, I, II

and III is dating Upper Eocene and to Ecozone IV is given Early Oligocene age. In the

Upper Eocene epoch (Ecozones I, II and III), the palynomorphs recorded is suggestive

of humid subtropical condition climate. The highly diversified palynoflora is composed of

Quadraplanus sp., Bombacacidites, Ilexpollenites, Proteaceae, Perisyncolporites

pokornyi, Psilatricolporites operculatus, Ulmoideipites krempii, Syncolporites,

Margocolporites vanwijhei, Malvacipollis spinulosa, Catinipollis, Podocarpidites,

Chenopodiaceae, Tricolpites reticulatus, Perfotricolpites digitatus, pteridophyta,

bryophyta, Microthyriaceae and fungal spores. During the Early Oligocene (Ecozone IV),

it was evidenced a subtropical to dry temperate climate, proven fact for the expansion of

gymnosperms, as Podocarpidites e Dacrydiumites, retraction of angiosperms and

reduction of the biodiversity. The forests were always present, however it varied the

constitution of the palynofloristic components. The deposition of the sediments that

constitute the analyzed section probably occurred, in paleoenvironment fluvial

meandering, with the formation of the small lakes in the flood-plain, for the overflow, that

allowed the development of algae and/or aquatic herbs and the deposition of pollen

grains that characterize the regional flora.

Key-words: Paleogene, Paleopalynology, Itaquaquecetuba Formation, Brazil.

Page 8: Danieli Bento Dos Santos I

viii

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Mapa de localização da área de estudo.................................... 18

Figura 2 Imagem de satélite mostrando a área da Mineradora

Itaquareia 1, município de Itaquaquecetuba..............................

19

Figura 3 Contexto geológico regional do Rift Continental do Sudeste

do Brasil (RCSB).......................................................................

20

Figura 4 Mapa Geológico do município de São Paulo e áreas

adjacentes.................................................................................

23

Figura 5 Mapa Geológico da Bacia de São Paulo e da porção sudeste

da Bacia de Taubaté..................................................................

24

Figura 6 Afloramento na Mineradora Itaquareia – Porto 1, Município de

Itaquaquecetuba........................................................................

25

Figura 7 Depósito de aluviões recentes (sedimentos mais escuros)

sobrepostos à Formação Itaquaquecetuba (sedimentos

arenosos)...................................................................................

26

Figura 8 Idades propostas para a Formação Itaquaquecetuba .............. 38

Figura 9 Foliação metamórfica das rochas do embasamento Pré-

Cambriano, aflorantes na Mineradora Itaquareia, Porto Antero

1 ................................................................................................

39

Figura 10 Falhamentos que afetam os depósitos da Formação

Itaquaquecetuba, Mineradora Itaquareia 1................................

40

Figura 11 Esboços paleotectônicos da evolução do segmento central do

RCSB.........................................................................................

42

Figura 12 Províncias geomorfológicas do Estado de São Paulo .............. 44

Figura 13 Seção geológica esquemática do Estado de São Paulo........... 45

Figura 14 Seção morfo-estrutural do Planalto Paulistano......................... 46

Figura 15 Mapa geomorfológico da região de estudos.............................. 47

Figura 16 Ponto de coleta das amostras IQ42 e IQ43, logo acima do

embasamento............................................................................

51

Page 9: Danieli Bento Dos Santos I

ix

Figura 17 Seção de correlação de perfis faciológicos com o

posicionamento das amostras...................................................

52

Figura 18 Painel fotográfico do afloramento com os pontos de coleta

das amostras férteis..................................................................

53

Figura 19 Palinodiagrama de porcentagem com a soma total de cada

grupo de palinomorfos...............................................................

171

Figura 20 Palinodiagrama de porcentagem de gimnospermas................. 172

Figura 21 Palinodiagrama de porcentagem de angiospermas arbóreas e

arbustivas..................................................................................

173

Figura 22 Palinodiagrama de porcentagem de ervas e lianas................... 174

Figura 23 Palinodiagrama de porcentagem de pólen diversos.................. 175

Figura 24 Palinodiagrama de porcentagem de esporos............................ 176

Figura 25 Palinodiagrama de porcentagem de algas................................ 177

Figura 26 Palinodiagrama de porcentagem de fungos.............................. 178

Figura 27 Palinodiagrama de concentração com os palinomorfos

utilizados para a confecção das Ecozonas................................

179

Figura 28 Palinodiagrama de concentração com a soma total de cada

grupo de palinomorfos...............................................................

180

Figura 29 Palinodiagrama de concentração de gimnospermas................ 181

Figura 30 Palinodiagrama de concentração de angiospermas arbóreas

e arbustivas...............................................................................

182

Figura 31 Palinodiagrama de concentração de ervas e lianas.................. 183

Figura 32 Palinodiagrama de concentração de pólen diversos................. 184

Figura 33 Palinodiagrama de concentração de esporos........................... 185

Figura 34 Palinodiagrama de concentração de algas............................... 186

Figura 35 Palinodiagrama de concentração de fungos............................. 187

Figura 36 Distribuição palinoestratigráfica................................................. 190

Figura 37 Representação esquemática hipotética da paisagem no

Neoeoceno................................................................................

195

Figura 38 Representação esquemática hipotética da paisagem no Eo-

oligoceno...................................................................................

200

Page 10: Danieli Bento Dos Santos I

x

Figura 39 Curva de temperatura para a área do Caribe e Oceano

Atlântico.....................................................................................

203

Figura 40 A separação da Austrália e Antártica durante o Eoceno

Superior resultando no desenvolvimento de um canal entre

Austrália (A), Antártida (An), e América do Sul (AS),

conhecido como Estreito de Drake que permitiu o

desenvolvimento do sistema de circulação oceânica do

circulo-Antártico.........................................................................

204

Figura 41 Reconstrução Paleogeográfica com os principais biomas para

o Oligoceno...............................................................................

205

Page 11: Danieli Bento Dos Santos I

xi

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Palinomorfos fósseis de angiospermas, gimnospermas,

briófitas e pteridófitas referidos por diversos autores para a

Formação Itaquaquecetuba.......................................................

28

Tabela 2 Palinomorfos fósseis de algas referidos por diversos autores

para a Formação Itaquaquecetuba............................................

34

Tabela 3 Palinomorfos fósseis de fungos referidos por diversos autores

para a Formação Itaquaquecetuba............................................

34

Tabela 4 Dados sobre temperatura do ar e chuva no município de

Itaquaquecetuba........................................................................

49

Tabela 5 Afinidade botânica de algumas espécies e características

gerais dos representantes atuais...............................................

196

Page 12: Danieli Bento Dos Santos I

xii

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 14

1.1 Objetivos e justificativa .................................................................. 15

2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA ESTUDADA .................................. 17

2.1 Localização ...................................................................................... 17

2.2 Geologia .......................................................................................... 17

2.2.1 Bacia de São Paulo .......................................................................... 19

2.2.2 Formação Itaquaquecetuba .............................................................. 21

2.2.2.1 Sedimentologia ................................................................................. 21

2.2.2.2 Sistema deposicional ....................................................................... 26

2.2.2.3 Paleobotânica e paleopalinologia ..................................................... 27

2.2.2.4 Paleoambiente e paleoclima ........................................................... 35

2.2.2.5 Idade ................................................................................................ 36

2.2.3 Tectônica e evolução ........................................................................ 38

2.3 Características atuais ..................................................................... 43

2.3.1 Geomorfologia .................................................................................. 43

2.3.2 Clima ................................................................................................. 48

2.3.3 Vegetação ......................................................................................... 48

3 METODOLOGIA ............................................................................... 50

3.1 Campo .............................................................................................. 50

3.2 Laboratório ...................................................................................... 54

3.2.3 Análise das Lâminas e Documentação Fotomicrográfica ................. 55

3.2.4 Confecção dos Palinodiagramas ...................................................... 56

4 RESULTADOS ................................................................................. 57

4.1 Qualitativos ..................................................................................... 57

4.1.1 Descrição Sistemática ...................................................................... 57

Page 13: Danieli Bento Dos Santos I

xiii

4.1.2 Estampas .......................................................................................... 159

4.2 Resultados Quantitativos ............................................................... 160

4.2.1 Palinodiagramas de Porcentagem .................................................. 160

4.2.2 Palinodiagramas de Concentração.................................................... 163

5 DISCUSSÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

OBTIDOS ..........................................................................................

188

5.1 Idade ................................................................................................. 188

5.2 Palinoflora ....................................................................................... 193

5.3 Paleoambiente ................................................................................. 201

5.4 Paleoclima ....................................................................................... 202

6 CONCLUSÕES ................................................................................ 206

7 RERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 209

ANEXO . ........................................................................................... 223

Page 14: Danieli Bento Dos Santos I

14

1 INTRODUÇÃO

O estudo da era cenozóica é muito importante para o entendimento da

evolução e da distribuição da vegetação atual. Este intervalo é marcado por diversas

modificações na configuração dos continentes que, conseqüentemente, resultaram em

mudanças climáticas e vegetacionais (WILLIS; MC ELWAIN, 2002).

No sudeste do Brasil, uma série de eventos tectônicos que ocorreram no

Paleógeno deu origem a um sistema de bacias continentais, dentre elas a Bacia de São

Paulo, na qual está inserida a Formação Itaquaquecetuba (RICCOMINI, SANT’ANNA e

FERRARI, 2004).

O grande interesse por esses depósitos, demonstrado pela comunidade

geocientífica, tem permitido, ao longo dos anos, a elaboração de trabalhos que

elucidam cada vez mais os prováveis eventos paleoclimáticos, paleoambientais,

cronológicos e fitogeográficos que reinavam durante a deposição desses sedimentos.

A paleopalinologia é um método muito utilizado no estudo de bacias

sedimentares com depósitos terrigenos, fornece a base para as interpretações

geocronológicas, bioestratigráficas e fitogeográficas. As comparações dos palinomorfos

fósseis com os modernos possibilitam, também, realizar interpretações paleoecológicas.

A técnica paleopalinológica consiste na análise dos grãos de pólen de

angiospermas e gimnospermas, esporos de briófitas e pteridófitas, assim como todo

material biológico resistente aos ácidos utilizados para obtenção do resíduo

palinológico.

Os fundamentos da palinologia residem nas diversidade e afinidade

morfológicas (que, geralmente, permitem a identificação da planta geradora em nível de

família, gênero e até espécie), grande produção e o eficiente transporte e preservação

dos grãos de pólen e esporos, o que fornece bases estatísticas confiáveis para a

reconstituição paleoambiental (SALGADO-LABOURIAU, 2007).

A datação dos sedimentos continentais paleógenos e neógenos baseia-se,

principalmente, nos zoneamentos palinoestratigráficos disponíveis na literatura, como:

para as bacias costeiras brasileiras, Regali, Uesugui e Santos (1974 a,b), (com

Page 15: Danieli Bento Dos Santos I

15

modificações); para a Amazônia por Hoorn (1993, 1994) e Leite (2006); para o norte da

América do Sul, por Muller, Di Giacomo e Erve (1987); para a Venezuela por Lorente

(1986); Suriname e Guiana Francesa, por Wijmstra (1971); Guiana, por Van der

Hammen e Wijmstra (1964); Colômbia, por Van der Hammen (1957); para as áreas

tropicais, de Germerrad, Hopping e Muller (1968); e para a África, por Salard-

Cheboldaeff (1990). Frente à grande necessidade de uma revisão nos estudos

palinoflorísticos da América do Sul e a elaboração de um palinozoneamento para as

bacias paleógenas e neógenas interiores, especialmente do Sudeste do Brasil, é

proposto o presente trabalho.

Este estudo reveste-se de grande importância, não só pela reconstituição da

paisagem vegetacional e determinação da idade da Formação Itaquaquecetuba, mas,

também, para a compreensão das importantes mudanças vegetacionais e climáticas

que ocorreram no planeta durante a deposição desses sedimentos, assim como para

subsidiar novas interpretações quanto ao modelo de evolução geológica e tectono-

sedimentar do rift continental do sudeste do Brasil, proposto por Riccomini (1989) e

Riccomini, Sant’Anna e Ferrari (2004).

1.1 Objetivos e justificativa

Os principais objetivos deste trabalho são:

a) Determinar e documentar a palinoflora presente na Formação Itaquaquecetuba,

na Mineradora Itaquareia Porto 1, nas fácies pelíticas reconhecidas por Zanão,

Castro e Saad (2006);

b) reconstruir a paleopalinofitogeografia, considerando-se a latitude que a região

teria ocupado durante a época de deposição;

c) avaliar, confirmar e/ou discordar das idades já obtidas por outros autores;

d) analisar a sucessão palinoflorística;

e) reconstruir a paleovegetação por meio da análise de palinodiagramas de

concentração; e

Page 16: Danieli Bento Dos Santos I

16

f) Interpretar o paleoclima e o paleoambiente.

Embora diversos estudos palinológicos já tenham sido desenvolvidos no

âmbito da Formação Itaquaquecetuba (MELO, VINCENS e TUCHOLKA, 1985; LIMA;

MELO e COIMBRA, 1991; YAMAMOTO, 1995; SANTOS, 2005; SANTOS et al., 2006 a,

b; GARCIA et al., 2004) em nenhum deles foi realizada uma amostragem pontual ao

longo de perfis, como efetuada no presente trabalho.

Page 17: Danieli Bento Dos Santos I

17

2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA ESTUDADA

2.1 Localização

A área de estudo situa-se na margem esquerda do Rio Tietê (23°28’30.99”S e

46°20’07.05”W), no município de Itaquaquecetuba, a aproximadamente 35 km da

cidade de São Paulo (Figuras 1 e 2), e compreende a área da Mineradora Itaquareia,

Porto Antero 1 (na qual se explora areia para construção civil), da Formação

Itaquaquecetuba. O acesso à mineradora pode ser realizado através da Rodovia

Ayrton Senna da Silva, SP – 070.

2.2 Geologia

A Formação Itaquaquecetuba é uma das unidades litoestratigráficas

pertencentes à Bacia de São Paulo, que integra um sistema de bacias tafrogênicas

denominadas “Sistema de Rifts da Serra do Mar” por Almeida (1976), e, posteriormente,

de “Rift Continental do Sudeste do Brasil” (RCSB) por Riccomini (1989).

O RCSB é uma depressão alongada de direção ENE, que se estende por

aproximadamente 900 km, paralelo à faixa litorânea do sudeste do Brasil. Este sistema

de idade cenozóica abrange, ainda, as bacias de Itaboraí, Macacu, Volta Redonda,

Resende, Taubaté, Curitiba, as formações Pariqüera-Açu e Alexandra, além dos

grábens de Guaraqueçaba, Cananéia, Sete Barras e Barra de São João (Figura 3).

Riccomini, Sant’Anna e Ferrari (2004) também incluiram, nesse sistema, os

depósitos de Cafundó e Bonfim, situados respectivamente entre as bacias de Volta

Redonda / Resende, e a sudeste da Bacia de Taubaté. Adicionalmente, pode-se

observar, na figura 3, os depósitos da Bacia de Santa Isabel – Igaratá, Tanque,

Pinhalzinho, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões-Piracaia-Nazaré Paulista (BISTRICHI,

2001), e da Bacia de Aiuruoca. Segundo Bistrichi (2001) e Riccomini, Sant’Anna e

Page 18: Danieli Bento Dos Santos I

18

Ferrari (2004) esses depósitos apresentam evidências de controle tectônico na fase de

deformação. A origem do RCSB está associada à abertura do Atlântico Sul e ao

conseqüente deslocamento da placa sul-americana (MELO, VINCENS E TUCHOLKA,

1985).

Figura 1: Mapa de localização da área de estudo.

Page 19: Danieli Bento Dos Santos I

19

Figura 2: Imagem de satélite mostrando a área da Mineradora Itaquareia 1, município de Itaquaquecetuba. Fonte: Google Earth, acessado em 12/01/2008.

2.2.1 Bacia de São Paulo

A Bacia Sedimentar de São Paulo está assentada sobre o embasamento pré-

cambriano (MELO, CAETANO e COIMBRA, 1986) e exibe um formato irregular, de 60 X

30 km, com duas ramificações: uma de Itaquaquecetuba para Poá e Mogi das Cruzes,

e outra da Lapa para Barueri, todas acompanhando o vale do rio Tietê; a maior

espessura dos sedimentos é observada no bairro da Mooca, onde atinge 290 m

(HASUI; CARNEIRO, 1980). A borda norte desta depressão tectônica encontra-se

marcada pelo sistema de falhas transcorrentes de Taxaquara e Jaguari (RICCOMINI,

SANT’ANNA e FERRARI, 2004).

Page 20: Danieli Bento Dos Santos I

20

Page 21: Danieli Bento Dos Santos I

21

Esta bacia possui um embasamento bastante irregular, o que resultou nas

variações de espessura do pacote sedimentar (HASUI; CARNEIRO, 1980). Encontra-se

circundada, ao norte por rochas cristalinas dos Grupos Açungui e São Roque

(metassedimentos e metabasitos) e granitóides sin e pós-tectônicos; e ao sul, pelo

Complexo Cristalino, constituído por rochas metassedimentares, plutônicas granitóides

e metabasitos além de gnaisses e migmatitos diversos (Figura 4).

Os sedimentos da Bacia de São Paulo são de origem flúvio-lacustre (HASUI;

CARNEIRO, 1980), provenientes das rochas pré-cambrianas circundantes (SUGUIO,

COIMBRA e CATTO, 1972). Além da Formação Itaquaquecetuba, também fazem parte

da Bacia de São Paulo, as formações Resende, Tremembé e São Paulo (Figura 5),

(RICCOMINI, SANT’ANNA e FERRARI, 2004).

2.2.2 Formação Itaquaquecetuba

Os sedimentos pertencentes à Formação Itaquaquecetuba foram estudados

primeiramente por Junqueira (1969), e posteriormente denominados “Aluviões Antigos

dos Rios Tietê e Pinheiros” (SUGUIO; TAKAHASHI, 1970; SUGUIO, 1971; e SUGUIO

et al., 1971) e “Camadas Cruzadas da Fase Butantã” (AB' SABER, 1978, 1980). O atual

termo “Formação Itaquaquecetuba” foi proposto por Coimbra, Riccomini e Melo (1983).

2.2.2.1 Sedimentologia

A Formação Itaquaquecetuba é restrita à Bacia de São Paulo e preenche

antigos canais fluviais, escavados diretamente sobre o substrato de rochas pré-

cambrianas (ALMEIDA et al., 1984). Observa-se, na unidade, o predomínio de areias

grossas, mal selecionadas, com grãos angulosos a sub-arredondados, o que indica

condições de curto transporte e proximidade da área-fonte; a análise mineralógica dos

Page 22: Danieli Bento Dos Santos I

22

sedimentos sugere sua proveniência direta das rochas do embasamento (COIMBRA,

RICCOMINI e MELO, 1983).

O arcabouço dessas rochas é constituído de quartzo e feldspato; os minerais

pesados estão representados por zircão, monazita, turmalina, sillimanita, estaurolita,

granada, cianita, espinélio, andaluzita e hornblenda; é bastante comum a cimentação

por marcassita, o que indica um ambiente redutor (COIMBRA, ATENCIO e BRANDT

NETO, 1980; COIMBRA, RICCOMINI e MELO, 1983).

Estes depósitos exibem espessos pacotes de arenitos e conglomerados, com

estratificações cruzadas acanaladas e planares e lentes argilosas (Figura 6); nos

sedimentos arenosos, destaca-se a presença de estratificações cruzadas tabulares e

tangenciais de médio porte, com mergulhos para NW e SW, que indicam paleocorrentes

deposicionais provenientes de NE e SE, o que também é comprovado pelo estudo de

orientação dos seixos imbricados (COIMBRA, RICCOMINI e MELO, 1983).

Na margem esquerda do rio Tietê, a presença de conglomerados e

estratificações cruzadas de porte médio, é menos freqüente, porém ocorrem camadas

argilosas espessas e contínuas. A cimentação é ferruginosa, com desenvolvimento de

crostas limoníticas. São encontrados também troncos silicificados e carbonificados

(COIMBRA, RICCOMINI e MELO, 1983).

Zanão, Castro e Saad (2006) definiram, na Mineradora Itaquareia 1

(município de Itaquaquecetuba), nove litofácies distintas, que são as seguintes:

conglomerado com estratificação cruzada acanalada; arenito grosso/conglomerático

com estratificação cruzada acanalada; arenito fino/grosso com estratificação cruzada

acanalada; arenito fino/médio com laminação horizontal; arenito moderadamente

argiloso; arenito muito argiloso; ritmito arenito – siltito carbonoso; lamito mal

selecionado, com grãos e seixos; e lamito síltico bem selecionado. Esses autores

reconheceram 8 ciclos sedimentares que são caracterizados pela diminuição

granulométrica em direção ao topo de cada ciclo. A base do ciclo é caracterizada pela

presença de arenitos conglomeráticos/grossos e o topo por lamitos.

Page 23: Danieli Bento Dos Santos I

23

Page 24: Danieli Bento Dos Santos I

24

Figura 5: Mapa Geológico da Bacia de São Paulo e da porção sudeste da Bacia de Taubaté. I - embasamento pré-cambriano; II – sistema de leques aluviais proximais da Formação Resende; III – sistema de leques aluviais medianos e distais associados à planície aluvial de rios entrelaçados da Formação Resende; IV – Formação Tremembé; V – Formação São Paulo; VI – Formação Itaquaquecetuba; VII – sedimentos quaternários; e VIII – falhas cenozóicas, em parte reativadas do embasamento pré-cambriano (RICCOMINI, SANT’ANNA e FERRARI, 2004).

Os depósitos desta formação sempre aparecem em cotas relativamente

baixas e atingem, na região de Itaquaquecetuba, cerca de 50 m de espessura, que

freqüentemente são capeadas por sedimentos quaternários (Figura 7) com

descontinuidade erosiva basal (MELO, VINCENS e TUCHOLKA, 1985). Uma seção

quaternária, com aproximadamente 7 metros de espessura, na região de

Page 25: Danieli Bento Dos Santos I

25

Itaquaquecetuba, foi datada em dois níveis por C14 e apresentou idades de 2.025 ± 30

anos A. P. e 5.195 ± 35 anos A. P. (MELO et al., 1987).

Com base em estudos tectônicos, Almeida et al. (1984) sugeriram que a

superfície original da formação não foi muito erodida, e estaria muito próxima do atual

topo erosivo.

a

b cFiguras: M. J. Garcia

a

b cFiguras: M. J. Garcia

Figura 6: Afloramento na Mineradora Itaquareia – Porto 1, Município de Itaquaquecetuba; (a) frente de exploração; (b) estratificações cruzadas; e (c) níveis orgânicos (cores mais escuras).

07/2002

Page 26: Danieli Bento Dos Santos I

26

Figura 7: Depósito de aluviões recentes (sedimentos mais escuros) sobrepostos à Formação Itaquaquecetuba (sedimentos arenosos). 2.2.2.2 Sistema deposicional

Devido à abundância de níveis arenosos com estratificações cruzadas e de

níveis conglomeráticos, Coimbra, Riccomini e Melo (1983) consideraram a área-tipo da

Formação Itaquaquecetuba como o resultado de depósitos marginais dentro de um

sistema fluvial anastomosado.

Posteriormente, Melo, Caetano e Coimbra (1986) incluíram os mesmos

depósitos descritos por Coimbra, Riccomini e Melo (1983) dentro da fácies de planície

de sistema fluvial entrelaçado (braided). Riccomini, Sant’Anna e Ferrari (2004) também

Aluviões recentes

Fm. Itaquaquecetuba

12/2005

Page 27: Danieli Bento Dos Santos I

27

consideraram os depósitos da seção-tipo da Formação Itaquaquecetuba como típicos

de um sistema braided.

Recentemente, Zanão, Castro e Saad (2006) propuseram para a área da

Mineradora Itaquareia Porto - 1 (situada no município de Itaquaquecetuba), um sistema

deposicional de leques aluviais, onde reconheceram fácies fluviais meandrantes

associadas a canais do tipo ribbon. Este é um tipo de canal fixo e estreito com razão

largura/profundidade menor que 15. De acordo com os autores, um canal do tipo ribbon

ocorre quando há soerguimento da área fonte e normalmente encontram-se associados

a leques aluviais.

2.2.2.3 Paleobotânica e paleopalinologia

Os fósseis encontrados na Formação Itaquaquecetuba estão representados

por megarrestos vegetais (troncos, folhas e frutos) e pelos microfósseis que, neste

caso, são alvo de estudos da paleopalinologia.

Os primeiros estudos paleontológicos realizados na unidade foram

desenvolvidos por Suguio (1971) e Suguio e Mussa (1978) com base em troncos

fósseis. No primeiro trabalho, os fósseis eram provenientes de um porto-de-areia, que

na ocasião, se localizava onde atualmente se encontra a raia olímpica da cidade

universitária “Armando Salles de Oliveira” da USP (às margens do rio Pinheiros,

município de São Paulo); no segundo estudo, eram provenientes da Mineradora

Itaquareia 1 (Município de Itaquaquecetuba). Tais espécimes vegetais encontram-se

referidos na tabela 1.

Fittipaldi (1990), em sua tese de doutorado, estudou folhas e frutos fósseis

coletados na mineradora Itaquareia 1, que estão apresentados na tabela 1.

Trabalhos anteriores de âmbito paleopalinológico foram desenvolvidos por

diversos autores e os resultados são mostrados nas tabelas 1, 2 e 3, o primeiro foi o de

Melo, Vincens e Tucholka (1985) a partir de uma amostra proveniente da seção-tipo da

unidade (Itaquareia 1, região de Itaquaquecetuba), segue-se o de Lima, Melo e

Page 28: Danieli Bento Dos Santos I

28

Coimbra (1991) que analisaram 5 amostras, 2 procedentes da seção-tipo no município

de Itaquaquecetuba e 3 do município de Barueri. Posteriormente, Yamamoto (1995),

em sua dissertação de mestrado, trabalhou com diversas amostras nas mineradoras

Itaquareia 1 e 2. Mais recentemente, os estudos palinológicos foram retomados por

Santos, De Oliveira e Garcia (2004); Garcia et al. (2004); Santos (2005); e Santos et al.

(2006 a, b) nas mineradoras Itaquareia 1 (seção-tipo e seções paralelas), 2 e 3 que

devido ao avanço da extração de areia, atualmente, formam uma única mina.

A palinoflora extraída dos sedimentos da Formação Itaquaquecetuba é bem

diversificada e está representada por angiospermas, gimnospermas, briófitas,

pteridófitas, fungos e algas, entre estas, Yamamoto (1995) citou a presença de

Chomotriletes circulus e C. rubinus que são, normalmente, classificados como esporo e

outros autores identificam como Pseudoschizaea.

Os palinomorfos referidos por diversos autores são apresentados nas tabelas

1, 2 e 3, que foram organizadas em ordem alfabética das famílias (com base na

afinidade botânica dos fósseis com a flora atual, seguiu-se à proposta dos próprios

autores).

Tabela 1: Palinomorfos e macrofitofósseis de angiospermas, gimnospermas, briófitas e pteridófitas referidos por diversos autores para a Formação Itaquaquecetuba.

Famílias Representantes Fósseis Autores

Acanthaceae Areolipollis sp.1 e Areolipollis sp.2 Yamamoto (1995)

Alismataceae Echinodorus rossiae Fittipaldi (1990)

Amaranthaceae Fenestrites sp.1 e Fenestrites sp.2 Santos (2005)

Anacardiaceae Astronioxylon mainieri Suguio; Mussa (1978)

Apocynaceae Psilastephanoporites herngreenii Santos (2005)

Aquifoliaceae Ilexpollenites sp. Yamamoto (1995), Santos (2005) e Santos

et al. (2006 a) Aspleniaceae /

Dryopteridaceae / Thelypteridaceae

Perinomonoletes sp. Yamamoto (1995)

Page 29: Danieli Bento Dos Santos I

29

Famílias Representantes Fósseis Autores

Cichoreacidites spp., Compositoipollenites sp.1, Compositoipollenites sp.2 e Compositoipollenites spp.

Yamamoto (1995) Asteraceae

Cichoreacidites (Fenestrites) spinosus, Compositoipollenites

echinatus e Compositoipollenites sp.

Santos (2005) e Santos et al. (2006 a)

Aytoniaceae Reboulisporites fuegiensis e Reboulisporites spp.

Yamamoto (1995)

Balantiopsidaceae Isotachis simonesi Fittipaldi (1990) Betulaceae Alnipollenites verus Yamamoto (1995) e

Santos (2005) Blechnaceae Verrucatosporites usmensis Lima, Melo e Coimbra

(1991), Yamamoto (1995), Santos (2005) e

Santos et al. (2006b) Bombacacidites sp.3 e Bombacacidites spp.

Yamamoto (1995) Bombacaceae

Bombacacidites sp.1 e Bombacacidites sp.2

Santos (2005)

Cássia rosleri e Schizolobium inaequilaterum

Fittipaldi (1990)

Margocolporites vanwijhei Melo, Vincens e Tucholka (1985), Lima, Melo e Coimbra (1991),

Yamamoto (1995), Garcia et al. (2004),

Santos (2005) e Santos et al. (2006a)

Fabaceae Caesalpinoidea

Striatopollis bellus Santos (2005)

Chenopodiaceae Scabraperiporites nativensis Santos (2005)

Convolvulaceae Perfotricolpites digitatus Lima, Melo e Coimbra (1991), Yamamoto

(1995), Santos (2005) e Santos et al. (2006a)

Cyathidites sp. Yamamoto (1995) Cyatheaceae Cyatheacidites sp. Santos (2005) Lindsaea pradoi Fittipaldi (1990) Dennstaedtiaceae

Deltoidospora africana Santos (2005) Dictyophyllidites sp. Matonisporites

spp. Yamamoto (1995) Dicksoniaceae

Dictyophyllidites trilobiformis Santos (2005)

Page 30: Danieli Bento Dos Santos I

30

Famílias Representantes Fósseis Autores

Elaeocarpaceae aff. Sloanea sp. Suguio (1971) Ephedripites fusiformis Yamamoto (1995) Ephedraceae

Ephedripites sp. Santos (2005) Ericaceae Ericipites spp. Yamamoto (1995)

Crototricolpites aff. C. annemariae, Psilatricolporites operculatus e

Malvacipollis spinulosa

Yamamoto (1995) Euphorbiaceae

Crototricolpites annemariae Yamamoto (1995), Santos (2005) e Santos

et al. (2006 a) Fabaceae Faboideae

Machaerium piranii e Sophora giuliettiae

Fittipaldi (1990)

Hymenophylaceae Hymenophyllum magallanicum Santos (2005) Lauraceae Ocotea pulchelliformis Fittipaldi (1990)

Lophosoriaceae Cyatheacidites annulatus Yamamoto (1995)

Loranthaceae Lorantaceidites sp. Santos (2005)

Camarozonosporites decorus e Lycopodiumsporites cf. L.

novomexicanum

Lima, Melo e Coimbra (1991)

Lycopodiumsporites austroclavatidites

Lima, Melo e Coimbra (1991) e Santos (2005)

Camarozonosporites grootii, Plicatella spp. e Sestrosporites sp.

Yamamoto (1995)

Hamulatisporis sp. e Inundatisporis sp.

Yamamoto (1995) e Santos (2005)

Lycopodiaceae

Leptolepdites verrucatus Santos (2005) Byrsonima bullata Fittipaldi (1990)

Psilastephanoporites sp. Lima, Melo e Coimbra (1991).

Perisyncolporites pokornyi Lima, Melo e Coimbra (1991), Yamamoto (1995), Garcia et al.

(2004) e Santos et al. (2006 a)

Malpighiaceae

Miocaenipollis sp. Santos (2005) Malvacipollis cf. M. subtilis Lima, Melo e Coimbra

(1991) Malvaceae

Malvacearumpollis estelae Yamamoto (1995) Malvaceae /

Nyctaginaceae Magnaperiporites spinosus Lima, Melo e Coimbra

(1991), Yamamoto (2005), Garcia et al.

(2004) e Santos (2005)

Page 31: Danieli Bento Dos Santos I

31

Famílias Representantes Fósseis Autores

Malvaceae / Bombacaceae

Compositoipollenites maristellae e Compositoipollenites aff. C.

maristellae

Yamamoto (1995)

aff. Miconia sp. Suguio (1971) Bertolonia coimbrai Fittipaldi (1990)

Melastomataceae

Psilastephanocolporites sp. 2 Santos (2005)

aff. Piptadenia sp. Suguio (1971) Piptadenioxylon chimeloi Suguio; Mussa (1978)

Piptadenia tertiaria Fittipaldi (1990) Polyadopollenites sp. Yamamoto (1995) Acaciapollenites sp. Santos (2005)

Fabaceae Mimosoideae

Quadraplanus sp. Lima, Melo e Coimbra (1991), Yamamoto

(1995), Garcia (2004), Santos (2005), Santos et

al. (2006 a) Myrcia cf. M. rostrataformis e

Psidium paulense Fittipaldi (1990) Myrtaceae

Myrtaceidites sp. Yamamoto (1995) e Santos (2005)

Nyctaginaceae e /ou Portulacaceae

Lymingtonia cenozóica Yamamoto (1995)

Corsinipollenites jussiaensis. Lima, Melo e Coimbra (1991)

Corsinipollenites cf. C. oculus-noctis, Crassiorites aff. C. australis

e Crassiorites sp.

Yamamoto (1995)

Corsinipollenites undulatus Lima, Melo e Coimbra (1991), Yamamoto

(1995) e Santos (2005)

Onagraceae

Crassiorites australis Santos (2005) Baculatisporites sp. Yamamoto (1995) e

Santos (2005) Baculatisporites primarius

primarius, Biretisporites sp.1 e Biretispotites sp.2

Santos (2005)

Osmundaceae

Biretisporites potoniei Santos et al. (2006 a) Palmae Psilamonocolpites cf. P. medius Lima, Melo e Coimbra

(1991) Palmae / Liliaceae /

Amaryllidaceae / Iridaceae

Liliacidites sp. B Yamamoto (1995)

Page 32: Danieli Bento Dos Santos I

32

Famílias Representantes Fósseis Autores

aff. Centrolobium sp. e af. Myrocarpus sp.

Suguio (1971) Fabaceae Papilionoideae

Myrocarpoxylon sanpaulense

Suguio; Mussa (1978)

Pityosporites cf. P. microalatus e Pityosporites sp.

Lima, Melo e Coimbra (1991)

Pinaceae

Pityosporites cf. P. elongatus

Santos (2005) e Santos et al. (2006b)

Poaceae Graminidites spp. Yamamoto (1995), Santos (2005) e Santos

et al. (2006 a) Podocarpidites spp. Yamamoto (1995) e

Santos (2005) Podocarpidites sp. Melo, Vincens e

Tucholka (1985), Santos et al. (2006 a,b)

Dacrydiumites florinii Lima, Melo e Coimbra (1991), Yamamoto (1995), Garcia et al.

(2004), Santos (2005) e Santos et al. (2006 a, b)

Podocarpidites cf. P. sellowiformis Lima, Melo e Coimbra (1991)

Podocarpaceae

Podocarpidites embryonalis e P. marwickii

Garcia et al. (2004)

Polygonaceae Persicarioipollis sp. Yamamoto (1995) e Santos (2005)

Polypodiaceiosporites sp. e Verrucatosporites spp.

Yamamoto (1995)

Polypodiaceiosporites gracillimus Lima, Melo e Coimbra (1991)

Polypodiaceae

Polypodiaceiosporites potoniei Melo, Vincens e Tucholka (1985), Lima, Melo e Coimbra (1991), Santos (2005) e Santos

et al. (2006 a,b) Proteacidites symphyonemoides Yamamoto (1995) Proteaceae

Propilypollis sp, Proteacidites dehaani e Proteacidites cf. P.

rectomarginatus

Santos (2005)

Tocoyena riccominii Fittipaldi (1990) Rubiaceae Retistephanocolpites gracilis e

Retistephanocolporites sp. Santos (2005) e Santos

et al. (2006 a)

Page 33: Danieli Bento Dos Santos I

33

Famílias Representantes Fósseis Autores

Salviniaceae Azolla spp e Salvinia spp. Yamamoto (1995) e Santos (2005)

Matayboxylon tietensis Suguio; Mussa (1978) Serjania itaquaquecetubensis e S.

lancifolia Fittipaldi (1990)

Sapindaceae

Cupanieidites cf. C. orthoteichus Yamamoto (1995) Cicatricosisporites dorogensis Lima, Melo e Coimbra

(1991), Yamamoto (1995), Santos (2005), Santos et al. (2006 a,b)

Cicatricosisporites aff. C. baculatus, Cicatricosisporites spp.

Yamamoto (1995)

Appendicisporites sp. Lima, Melo e Coimbra (1991)

Cicatricosisporites baculatus e Cicatricosisporites sp.

Santos (2005)

Schizaeaceae

Plicatella sp. Santos (2005) e Santos et al. (2006a)

Symplocaceae Symplocoipollenites vestibulum e Symplocoipollenites sp.

Santos (2005)

Tiliaceae Luehea divaricatiformis Fittipaldi (1990) Typhaceae /

Sparganiaceae Sparganiaceaepollenites sp. Yamamoto (1995) e

Santos (2005) Ulmaceae Ulmoideipites krempii Lima, Melo e Coimbra

(1991), Yamamoto (1995), Garcia et al.

(2004), Santos (2005) e Santos et al. (2006a)

Vochysiaceae Qualeoxylon itaquaquecetubense Suguio; Mussa (1978) Winteraceae Pseudowinterapollis couperi Yamamoto (1995) e

Santos (2005)

Page 34: Danieli Bento Dos Santos I

34

Tabela 2: Palinomorfos fósseis de algas referidos por diversos autores para a Formação Itaquaquecetuba.

Família Representantes Fósseis Autores

Botryococcus spp. Yamamoto (1995) Dictyosphaeriaceae

Botryococcus sp. Santos (2005)

Pediastrum sp. 1 Yamamoto (1995) Hydrodictyaceae Pediastrum sp e Tetraëdron sp. Santos (2005).

Ovoidites parvus Lima, Melo e Coimbra (1991) e Santos (2005)

Ovoidites aff. O. parvus, Ovoidites sp.2, Peltacystia sp.1,

Peltacystia sp.2, Peltacystia sp.3, e Peltacystia spp.

Yamamoto (1995)

Zygnemataceae Clathrospora sp., Cosmarium sp., Mougeotia spp., Ovoidites

rugulatus, Ovoidites sp.1, Ovoidites sp.2, Penium sp. e

Spirogyra sp.

Santos (2005)

Tabela 3: Palinomorfos fósseis de fungos referidos por diversos autores para a Formação Itaquaquecetuba.

Representantes Fósseis Autores

Inapertisporites spp., Mediaverrusporonites sp. e Monoporisporites spp.

Yamamoto (1995)

Amerosporae

Diporisporites sp., Hypoxilonites fusiformis, Hypoxilonites sp., Inapertisporites circularis,

Inapertisporites sp., Lacrimasporonites ovalis, Lacrimasporonites sp.1, Lacrimasporonites sp.2,

Lacrimasporonites sp.3, Nigrospora sp., Polyadosporites sp. e Spirotremesporites sp.

Santos (2005)

Dyadosporonites spp.

Yamamoto (1995) e Santos (2005) Didymosporae

Chaetosphaerites sp., Dicellaesporites aculeolatus, Dicellaesporites fusiformis, Dicellaesporites minutus,

Dicellaesporites spp., Fusiformisporites sp., e Striadyadosporites constrictus.

Santos (2005)

Page 35: Danieli Bento Dos Santos I

35

Representantes Fósseis Autores

Phragmothyrites spp. Yamamoto (1995) Microthyriaceae

Phragmothyrites eocenica Santos (2005)

Pluricellaesporites spp. Yamamoto (1995)

Phragmosporae Diporicellaesporites sp., Multicellaesporites spp., Pluricellaesporites rectangulata, Pluricellaesporites

sp.1, e Pluricellaesporites sp.2.

Santos (2005)

Staurosporae Tipo Spegazzinia Santos (2005)

2.2.2.4 Paleoambiente e paleoclima

O estudo dos lenhos fósseis provenientes da Formação Itaquaquecetuba

indicou um paleoclima tropical úmido para a época de sedimentação dessa unidade

(SUGUIO, 1971; SUGUIO; MUSSA, 1978). No primeiro trabalho, foi ressaltada a

abundância desses troncos, que estaria associada a um ambiente redutor. Porém,

Suguio (1980), não descartou a possibilidade, dessa unidade, ter sido depositada sob a

vigência um clima semi-árido, e que tais lenhos estariam relacionados às matas-galeria

que se desenvolveram ao longo dos cursos d’água.

Coimbra, Riccomini e Melo (1983), com base nas características

mineralógicas de detritos e num sistema fluvial entrelaçado (típico de clima árido),

sugeriram a vigência de um paleoclima semi-árido durante o preenchimento sedimentar

da unidade. Estes autores ressaltaram a abundância de estratificações cruzadas nos

níveis arenosos associados aos troncos, e interpretaram a presença de tais fósseis,

como resposta às condições da rápida sedimentação, já que um ambiente redutor

implicaria em águas estagnadas, ou seja, sem a presença de correntes e conseqüentes

estratificações.

A abundância de minerais instáveis foi interpretada por Coimbra, Riccomini e

Melo (1983) como evidência de clima semi-árido, porém Riccomini (1989) reconheceu

Page 36: Danieli Bento Dos Santos I

36

que estes minerais poderiam ter sido preservados sob condições úmidas desde que

associados a um tectonismo ativo e rápido soterramento. A idéia de um tectonismo

ativo, numa área de alto declive e uma rápida sedimentação, também foi sugerida

anteriormente por Suguio e Takahashi (1970), que constataram o feldspato, ser um

mineral de fácil decomposição, quando submetido ao intemperismo, somente se

preservaria se fosse rapidamente soterrado.

Ricccomini (1989), ao apresentar os resultados palinológicos dos sedimentos

da Cidade Universitária da USP, sugeriu um clima úmido devido à alta

representatividade de esporos de pteridófitas. Fittipaldi (1990) indicou para a área um

paleoclima tropical úmido com base no estudo das folhas fósseis. Lima, Melo e Coimbra

(1991) discordaram de tais interpretações, sugeriram um clima relativamente frio, com

base na exuberante associação de grãos de pólen de coníferas e na escassez de grãos

de pólen indicativos de clima quente e úmido.

Os estudos paleopalinológicos realizados por Yamamoto (1995) indicaram

para a porção inferior (Neo-oligoceno) da formação, um clima tropical quente e úmido e,

para a porção superior (Eomioceno), um clima subtropical-tropical, quente e úmido.

Santos et al. (2006 a,b) sugeriram a vigência de um paleoclima subtropical úmido no

Neo-eoceno-Oligoceno e temperado úmido a subtropical transicional no Mioceno.

2.2.2.5 Idade

Os diversos trabalhos que foram realizados no âmbito da Formação

Itaquaquecetuba foram com o objetivo de reconhecer a idade desses depósitos.

Datações radiométricas pelo método 14C realizadas por Suguio (1971) e

Bigarella (1971), em troncos fósseis, forneceram idades mínimas superiores há 40.000

anos, o que levou os autores a admitirem uma idade quaternária para a Formação

Itaquaquecetuba. Posteriormente, Melo, Vincens e Tucholka (1985), através de estudos

paleomagnéticos, constataram um evento de polaridade reversa que forneceram idades

superiores há 730.000 anos. Esses mesmos autores, baseando-se em análises

Page 37: Danieli Bento Dos Santos I

37

paleopalinológicas de amostras coletadas na seção-tipo (Mineradora Itaquareia 1,

município de Itaquaquecetuba), mais especificamente, na presença de Margocolporites

vanwijhei, sugeriram uma idade neo-eocena para essa formação.

Outros trabalhos de cunho paleopalinológico foram realizados posteriormente,

sugerindo idades paleógenas e neógenas. Melo, Caetano e Coimbra (1986) sugeriram

idade mesoeocena e eo-oligocena; Lima, Melo e Coimbra (1991) atribuíram a idade

oligocena com base em duas amostras coletadas na seção-tipo e três amostras

provenientes do município de Barueri; Yamamoto (1995) estudou diversas amostras da

Mineradora Itaquareia 1 e 2 (município de Itaquaquecetuba), e sugeriu que a deposição

ocorreu durante o Neo-oligoceno - Eomioceno; trabalhos mais recentes realizados por

Santos et al. (2006 a, b) também na Mineradora Itaquareia 1 (incluindo a seção-tipo e

seções paralelas) indicaram idade neoeocena a miocena. Neste último caso, os

sedimentos miocenos encontravam-se nos níveis superiores da seção-tipo (hoje

totalmente explorada) e apresentavam, também dentro do Mioceno, o retrabalhamento

de sedimentos neoeocenos e oligocenos (SANTOS et al., 2006 a,b).

O possível retrabalhamento de sedimentos mais antigos dentro do Mioceno

da Formação Itaquaquecetuba já vem sendo cogitado há algum tempo. Suguio e

Takahashi (1970), com base nas análises granulométricas de amostras provenientes de

portos de areia da Cidade Universitária, no município de São Paulo, e do município de

Carapicuíba, sugeriram que os sedimentos que constituem estes depósitos são

derivados de rochas do embasamento cristalino e do retrabalhamento de sedimentos

da Formação São Paulo.

Riccomini (1989) considerou a Formação Itaquaquecetuba como depósitos

neógenos, com base em argumentos de ordem paleontológica, sedimentológica e

tectônica. Riccomini, Sant’Anna e Ferrari (2004) interpretaram esta unidade como

eomiocena, com base nos dados da análise paleopalinológica de Yamamoto (1995),

que sugeriu também esta idade para o topo da formação. Para justificar a idade mais

antiga proposta por todos os autores que tiveram como ferramenta de datação a

paleopalinologia, Riccomini, Sant’Anna e Ferrari (2004), interpretaram os megaclastos

de siltitos arenosos e de folhelhos, ricos em vegetais, presentes nessa formação, como

Page 38: Danieli Bento Dos Santos I

38

resultantes de retrabalhamento de antigos depósitos da Formação São Paulo, ou seja,

o material utilizado nas análises paleopalinológicas seria de origem extraclástica.

A figura 8 apresenta a comparação de diversos autores quanto à idade da

Formação Itaquaquecetuba.

2.2.3 Tectônica e evolução

Na Formação Itaquaquecetuba, as estruturas tectônicas são divididas em 2

principais grupos: as estruturas antigas do Neoproterozóico e as estruturas mais jovens

que estão relacionadas com a reativação Mesozóico-Cenozóica da Plataforma

Continental Sul Americana (ALMEIDA et al., 1984; MELO, CAETANO e COIMBRA

1986).

Figura 8: Idades propostas para a Formação Itaquaquecetuba.

As estruturas antigas estão representadas pela foliação metamórfica das

rochas pré-cambrianas (figura 9), juntas e falhamentos transcorrentes com associação

de rochas miloníticas; as juntas afetam as rochas do embasamento e raramente

ocorrem afetando os sedimentos da Formação (ALMEIDA et al., 1984).

Page 39: Danieli Bento Dos Santos I

39

Fotos: D. B. SantosFotos: D. B. Santos

Figura 9: Foliação metamórfica das rochas do embasamento Pré-Cambriano, aflorantes na Mineradora Itaquareia, Porto Antero 1.

As estruturas mais jovens estão representadas pelas falhas normais ou com

rejeito oblíquo e pelas falhas inversas. As falhas de caráter normal são as

predominantes nestes depósitos, enquanto as falhas inversas são muito raras

(COIMBRA, RICCOMINI e MELO, 1983; ALMEIDA et al., 1984). De acordo com esses

autores, o estudo das falhas normais e de rejeito oblíquo, revelou uma clara relação

destas, com as estruturas mais antigas; o que indica que são oriundas da reativação,

com caráter normal, dos falhamentos transcorrentes, representados pelas falhas de

Taxaquara ou Alto de Fartura.

A Formação Itaquaquecetuba encontra-se cortada por falhas

preferencialmente de direção ENE e NNW (COIMBRA, RICCOMINI e MELO, 1983;

ALMEIDA et al., 1984; MELO, CAETANO e COIMBRA, 1986, RICCOMINI, 1989). Os

indícios de atividades tectônicas sin-sedimentares são sugeridos pela presença de

brechas que afetam o embasamento e a base dos sedimentos, pelas cunhas clásticas

junto às falhas, alternadas com sedimentos pelíticos, e pela presença de blocos

basculados com níveis de argila orgânica, que através de falhas, estão em contato com

blocos de sedimento em posição normal. As atividades tectônicas pós-sedimentares

estão representadas pelas falhas que truncam todo o pacote sedimentar (COIMBRA,

RICCOMINI e MELO, 1983; ALMEIDA et al., 1984).

12/2005

Page 40: Danieli Bento Dos Santos I

40

Nos trabalhos de campo realizados na Mineradora Itaquareia - Porto 1

(Município de Itaquaquecetuba, SP) para a elaboração deste trabalho, constatou-se a

presença de falhamentos de caráter normal, que afetam todo o pacote sedimentar

Terciário, assim como os sedimentos quaternários (Figuras 10 a, b). Tais falhamentos

sugerem que as atividades tectônicas, embora menos freqüentes, se registraram na

área, até tempos relativamente recentes.

Os eixos de deformação das estruturas tectônicas encontradas na Formação

Itaquaquecetuba mostraram bastante semelhança com os eixos obtidos para as bacias

de Volta Redonda, Resende e Taubaté, o que sugere uma contemporaneidade entre

essas áreas (ALMEIDA et al., op. cit.).

a

Fotos: D. B. Santos

b

a

Fotos: D. B. Santos

b

Figura 10: Falhamentos que afetam os depósitos da Formação Itaquaquecetuba, Mineradora Itaquareia 1: a) falha normal pós-sedimentar em relação à Fm. Itaquaquecetuba e sin-sedimentar em relação aos sedimentos quaternários; b) falha de caráter normal pós-sedimentar. Foto: 12/2005. Conforme o modelo tectônico de origem e evolução do segmento central

do RCSB (que inclui as bacias de São Paulo, Taubaté, Resende, Volta Redonda e os

depósitos da região de Bonfim e Cafundó), proposto por Riccomini (1989) e reforçado

por Salvador e Riccomini (1995) e Riccomini, Sant’Anna e Ferrari (2004), as zonas de

cisalhamento neoproterozóicas de direções ENE a E-W foram reativadas durante o

12/2005

Page 41: Danieli Bento Dos Santos I

41

Paleógeno como falhas normais, num campo distensivo de direção NNW-SSE, que

resultou na instalação das bacias. Nas fases tectônicas deformadoras deste segmento,

ter-se-ia inicialmente a fase de transcorrência que se desenvolveu como transcorrência

sinistral de direção E-W, com extensão NW-SE e, localmente, compressão NE-SW no

Neógeno (Mioceno?) e posteriormente como dextral com compressão NW-SE durante o

Pleistoceno Superior - Holoceno (Figuras 11 a,b,c).

Os movimentos transcorrentes sinistrais teriam favorecido a geração de

transpressão e transtração, a fase de transtração estaria relacionada com formação de

bacia tipo pull-apart (Formação Itaquaquecetuba), e a transpressão com movimentos na

área central da Bacia de Taubaté, formação da Soleira de Queluz e a formação da

Soleira de Arujá, sendo esta ultima responsável pela separação da drenagem dos rios

Tietê e Paraíba do Sul (RICCOMINI, 1989).

Na fase de transcorrência dextral são geradas novas soleiras como, os altos

estruturais de Caçapava e Resende, Soleira de Floriano-Barra Mansa e o alto que

separa os sedimentos da Bacia de Volta Redonda do Gráben Casa de Pedra

(RICCOMINI, 1989).

Posteriormente, a área foi afetada por um outro evento deformador,

desenvolvido no Holoceno, com caráter distensivo (Figura 11 d), que resultou no atual

contorno destes depósitos (RICCOMINI, SANT’ANNA e FERRARI, 2004).

A alternância entre transcorrência sinistral e dextral está provavelmente relacionada

com o balanço entre a taxa de abertura do Oceano Atlântico e a taxa de subducção da

Placa de Nazca sob a placa Sul Americana. A movimentação da Placa Sul Americana

para W, em relação às estruturas tectônicas do RCSB, geraria trancorrência dextral

quando a taxa de abertura fosse mais elevada que a de subducção, no caso oposto ter-

se-ia a transcorrência sinistral (RICCOMINI, 1989).

Diversos autores (como RICCOMINI, 1989; RICCOMINI, SANT’ANNA e

FERRARI, 2004; entre outros), acreditam que as bacias que compõem o segmento

central do RCSB formavam uma única depressão tectônica, e que a sua

individualização estaria relacionada com as fases de deformações ocorridas após a

instalação deste segmento; a ocorrência isolada de sedimentos nas áreas de

separação entre as bacias é tomada pelos autores como evidência para tal hipótese.

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42

Page 43: Danieli Bento Dos Santos I

43

Porém, esta questão é ainda bastante discutida.

Ramos et al. (2006) acreditaram que o segmento central do RCSB seria

originalmente segmentado, ou seja, não havia nenhuma ligação física entre essas

bacias e que essas poucas áreas de pequenos acúmulos sedimentares entre as

regiões de separação das bacias demonstram que as mesmas já ocuparam áreas

maiores, mas não contínuas. Ramos et al. (2006) não descartaram a possibilidade de

que o segmento central do RCSB tenha pertencido a uma só grande bacia hidrográfica,

porém ressaltaram que os sedimentos que as preenchem atualmente tiveram suas

principais áreas-fonte distintas.

2.3 Características atuais

2.3.1 Geomorfologia

Os estudos geomorfológicos no Estado de São Paulo permitiram a Almeida

(1964) compartimentar o relevo em cinco unidades geomorfológicas: Planalto Atlântico,

Província Costeira, Depressão Periférica, Cuestas Basálticas e Planalto Ocidental

(Figuras 12 e 13).

A província geomorfológica do Planalto Atlântico é caracterizada como uma

região de terras altas, formada por rochas pré-cambrianas e cambro-ordovicianas, e

pelos depósitos das bacias de São Paulo e Taubaté. Essa região foi dividida por

Ponçano (1981) em zonas e subzonas.

A área de estudo insere-se dentro do contexto da zona do Planalto Paulistano

que se encontra distribuído numa área de cerca de 5 000 km² de relevo suavizado com

morros cuja altitude, em sua maioria, situa-se entre 715 e 900 metros e, constitui-se

litologicamente de filitos, gnaisses, migmatitos, micaxistos e algumas intrusões

graníticas com elevações superiores aos terrenos circundantes, a área é drenada pelo

Rio Tietê e alguns tributários (PONÇANO, 1981), (Figura 14).

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O Planalto Paulistano é subdividido em duas subzonas: Morraria do Embu e

Colinas de São Paulo. A primeira é formada por colinas, morrotes e morros. Já a

segunda, se desenvolve sobre os sedimentos da Bacia de São Paulo e das rochas pré-

cambrianas adjacentes, constituindo-se por colinas e morrotes; as colinas são

envolvidas por morros pertencentes a outras zonas geomorfológicas (PONÇANO,

1981). Um mapa geomorfológico mais detalhado que abrange a área de estudos é

apresentado na figura 15.

Figura 12: Províncias geomorfológicas do Estado de São Paulo. Fonte: Laboratório de Modelagem 3D, UNESP.

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47

Figura 15: Mapa geomorfológico da região de estudos (PONÇANO et al., 1981).

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48

2.3.2 Clima

O Planalto Atlântico apresenta variações climáticas que são diretamente

ligadas à altitude, relevo e sua proximidade com o Oceano Atlântico (cerca de 45 km)

Tarifa e Armani (2000).

Na região central do Estado de São Paulo predominam o clima tropical

atlântico e o tropical de altitude nas porções mais altas do relevo; geadas esporádicas

podem ocorrer durante o inverno nas montanhas com altitude acima de 1.200 m e nas

províncias geomorfológicas do Planalto Ocidental e Depressão Periférica (BIBLIOTECA

VIRTUAL DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2007).

O município de Itaquaquecetuba encontra-se numa altitude média de 790 m

acima do nível do mar e, possui uma temperatura mínima média de 16°C, máxima

média de 22.9°C e uma pluviosidade anual média de 1.382.4 mm (Tabela 4), segundo a

classificação climática de Koeppen (baseada em dados mensais pluviométricos e

termométricos), abrange o tipo climático Cwa (CEPAGRI/UNICAMP, 2007). Este tipo

climático é predominante no Planalto Atlântico e se caracteriza por um clima tropical de

altitude, com chuva no verão e seca no inverno (BIBLIOTECA VIRTUAL DO GOVERNO

DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2007).

2.3.3 Vegetação

A vegetação do Estado de São Paulo é bastante diversificada. Devido à sua

posição geográfica, estão presentes elementos característicos de floras tropicais e

subtropicais. Na Serra do Mar, ocorre a Floresta Ombrófila Densa, que se estende para

o interior do planalto em várias formas de Florestas Mesófilas Semidecíduas; as áreas

abertas do Planalto Ocidental e Depressão Periférica são dominadas pelos Cerrados,

incluindo desde os campos sujos até os cerradões. Nas regiões com altitudes

superiores aos 1.500 m, ocorrem as Florestas Montanas e, acima de 2.000 m, os

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49

Campos de Altitude; na região costeira ocorre vegetação típica de restingas, dunas e

manguezais (WANDERLEY, SHEPHERD e GIULIETTI, 2002).

Tabela 4: Dados sobre temperatura do ar e chuva no município de Itaquaquecetuba

(CEPAGRI/UNICAMP, 2007).

TEMPERATURA DO AR (C) CHUVA (mm) MÊS Mínima média Máxima média Média

JAN 17.3 28.3 22.8 233.3 FEV 17.6 28.3 22.9 213.2 MAR 16.7 27.9 22.3 163.3 ABR 14.0 25.9 20.0 73.7 MAI 11.3 23.9 17.6 66.0 JUN 9.7 22.7 16.2 51.5 JUL 9.1 22.9 16.0 36.7 AGO 10.3 24.7 17.5 36.5 SET 12.3 25.7 19.0 72.2 OUT 14.0 26.4 20.2 109.1 NOV 15.1 27.2 21.1 134.7 DEZ 16.5 27.3 21.9 192.2 Ano 13.7 25.9 19.8 1382.4 Min 9.1 22.7 16.0 36.5 Max 17.6 28.3 22.9 233.3

A área de estudos encontra-se inserida na região representada pela

quadrícula E7 do sistema de quadrículas de Wanderley, Shepherd e Giulietti (2002);

estes autores assinalaram para esta região a presença de diversas famílias como:

Agavaceae, Amaranthaceae, Aqüifoliaceae, Aristolochiaceae, Balsaminaceae,

Brassicaceae, Caricaceae, Chloranthaceae, Connaraceae, Droseraceae,

Hydrocharitaceae, Lentibulariaceae, Lythraceae, Myristicaceae, Olacaceae,

Papaveraceae, Plantaginaceae, Polygalaceae, Portulacaceae, Proteaceae, Rutaceae,

Santalaceae, Theaceae, Tiliaceae, Violaceae, Vitaceae, entre outras.

Page 50: Danieli Bento Dos Santos I

50

3 METODOLOGIA

3.1 Campo

As atividades de campo foram realizadas nos anos de 2005 – 2007 na

Mineradora Itaquareia 1, Porto de Areia 1 (que atualmente engloba, também, os portos

2 e 3), no município de Itaquaquecetuba, São Paulo, onde afloram os sedimentos da

Formação Itaquaquecetuba.

Zanão, Castro e Saad (2006), levantaram e correlacionaram, neste porto de

areia, 10 perfis estratigráficos que distam aproximadamente 20 metros entre si, com

uma altura média de 40 metros. 55 amostras foram coletadas ao longo da seção

levantada por Zanão, Castro e Saad (2006), 11 amostras em dois perfis, com 4 e 6

metros de espessura, levantados abaixo da seção reconhecida por esses autores, e 2

amostras logo acima do embasamento pré-cambriano. Nos pontos de coleta, foram

retirados e descartados os 10 cm de sedimento da camada superficial do afloramento,

para posterior coleta das amostras.

O posicionamento estratigráfico das amostras pode ser visualizado na figuras

16 e 17. A figura 18 mostra o afloramento onde foram levantados os perfis.

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51

Figura 16: Ponto de coleta das amostras IQ42 e IQ43, logo acima do embasamento.

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52

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54

3.2 Laboratório

As amostras foram codificadas e registradas no livro de processamento do

Laboratório de Palinologia e Paleobotânica “Prof. Dr. Murilo Rodolfo de Lima”, da

Universidade Guarulhos.

Antes de iniciar-se o processamento químico das amostras, foi retirada a

camada superficial de cada fragmento utilizado, e a porção restante foi aquecida no

bico de bunsen. Com esta técnica procura-se evitar a contaminação das amostras e a

proliferação de fungos.

A metodologia de processamento químico das amostras baseou-se em

Uesugui (1979), com algumas modificações. Os procedimentos envolveram as

seguintes etapas:

- pesagem de 20g de amostra.

- tratamento com ácido fluorídrico (HF) para eliminação da sílica.

- adição de ácido clorídrico (HCl) para eliminação dos silicofluoretos formados no

processo anterior.

- Eliminação da matéria orgânica com hidróxido de potássio (KOH) a 10%.

Entre cada etapa foram realizadas 3 a 4 lavagens, com água deionizada, por

decantação, a fim de eliminar os resíduos dos ácidos do processo anterior. A adição do

marcador exótico, Lycopodium clavatum (para fins estatísticos), foi realizada ainda

durante o processamento químico, segundo a técnica de Stockmarr (1979). Para cada

20g de sedimento bruto foi adicionada 1 pastilha , contendo 12.542 ± 114 esporos.

Foram montadas lâminas permanentes em entellan e semi-permanentes

com glicerina. As lâminas encontram-se depositadas no Laboratório de Palinologia e

Paleobotânica “Prof. Dr. Murilo Rodolfo de Lima”, da Universidade Guarulhos sob os

códigos de coleta das amostras.

Page 55: Danieli Bento Dos Santos I

55

3.2.3 Análise das Lâminas e Documentação Fotomicrográfica

As lâminas foram analisadas ao microscópio óptico Olympus BX51, com

câmera digital acoplada, em transectos horizontais e verticais, onde foi realizada a

documentação fotográfica, analise qualitativa e a quantitativa. As coordenadas dos

espécimes na lâmina foram feitas através de uma outra lâmina denominada England

Finder. Para tanto, se utilizou laminas em entellan. Em poucos casos, em que o

palinomorfo só foi observado em lâminas moveis (glicerina), foi registrada a coordenada

aproximada do espécime.

Os palinomorfos foram fotomicrografados, preferencialmente, em aumento de

100X (imersão) e em alguns casos em aumento de 40X. Nesta etapa, utilizaram-se as

lâminas montadas em glicerina que, permitem a movimentação dos grãos de pólen e

esporos e conseqüente visualização em diversos ângulos. Esta técnica permite uma

melhor identificação do material.

Ainda durante a realização das fotomicrografias, foram observadas e

anotadas as características morfológicas dos palinomorfos que, em alguns casos,

permitiram a identificação imediata dos mesmos.

Para a identificação do material foi realizada a comparação dos palinomorfos

aqui encontrados com os presentes na palinoteca atual do Laboratório de Palinologia e

Paleobotânica “Prof. Dr. Murilo Rodolfo de Lima”, tal comparação é de grande valia na

identificação da palinoflora paleógena e neógena. A identificação baseou-se, também,

na comparação das formas aqui descritas, com aquelas apresentadas na literatura

nacional e internacional, referentes à palinologia do Cenozóico.

A contagem dos palinomorfos foi realizada em objetiva de 40X, que permitiu

um maior controle do campo de observação. Foi estabelecido um número mínimo de

300 grãos de pólen arbóreo e arbustivo; até atingir essa quantidade, todos os outros

palinomorfos encontrados são contados separadamente.

Page 56: Danieli Bento Dos Santos I

56

3.2.4 Confecção dos Palinodiagramas

Os resultados qualitativos e quantitativos foram plotados nos programas Tília

e Tiliagraf (GRIMM, 1990), e confeccionados os palinodiagramas de porcentagem e de

concentração.

Nos palinodiagramas de concentração foram estabelecidas ecozonas no

subprograma CONNIS (GRIMM, 1990), onde se gerou um dendrograma que

correlaciona às similaridades das amostras, baseado nos 40 táxons mais importantes

encontrados (Figura 27). Este método estatístico auxilia no estabelecimento da

paleopalinofitogeografia e no paleoclima reinantes durante a deposição dos

sedimentos, sem que os elementos florísticos raros sejam mascarados por aqueles

abundantes.

Page 57: Danieli Bento Dos Santos I

57

4 RESULTADOS

4.1 Qualitativos

4.1.1 Descrição Sistemática

Os palinomorfos encontrados e identificados foram agrupados em grãos de

pólen de gimnospermas e angiospermas, esporos de briófitas e pteridófitas, fungos e

algas.

Para a descrição dos esporos e corpos frutíferos de fungos adotou-se a

sistemática de Elsik (1976, 1977 a, b, 1978), Sheff e Dilcher (1971), e Kalgutkar e

Jansonius (2000); para a classificação das algas é utilizada a sistemática de Raven,

Evert e Eichlorn (2001); os esporos de briófitas e pteridófitas estão agrupados na

divisão de Sporites de Potonié (1956, 1958, 1960, 1966, 1970, 1975); já os grãos de

pólen de gimnospermas e angiospermas estão inseridos na sistemática de Iversen e

Troels-Smith (1950).

DIVISÃO EUMYCOTA

CLASSE FUNGI IMPERFECTI

FUNGI ESPORAE DISPERSAE

GRUPO AMEROSPORAE

Gênero Biporipsilonites Kalgutkar e Jansonius, 2000

Espécie-tipo: Biporipsilonites belluloides (Song) Kalgutkar e Jansonius, 2000

Biporipsilonites sp.1

Estampa 1, # 1

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado. Contorno

aproximadamente oval. Poros hialinos apicais. Parede psilada.

Page 58: Danieli Bento Dos Santos I

58

Dimensões (4 exemplares): 43 – 52 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,8 – 2,2 μm

de espessura.

Biporipsilonites sp.2

Estampa 1, # 2

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado. Contorno ovalado. Poros

de cor mais clara, situados nas extremidades do grão. Parede psilada.

Dimensões (1 exemplar): 63,9 X 37,4 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,6 μm de

espessura.

Gênero Diporisporites Van der Hammen, 1954

Espécie-tipo: Diporisporites elongatus Van der Hammen, 1954

Diporisporites sp.1

Estampa 1, # 3

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado, anulado. Contorno

subcircular. Parede psilada.

Dimensões (1 exemplar): 21,6 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,8 μm de

espessura e poro com 4 μm de diâmetro.

Diporisporites sp.2

Estampa 1, # 4

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado. Contorno circular. Psilado.

Dimensões (14 exemplares): 26 – 35 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,5 – 2 μm

de espessura.

Diporisporites sp.3

Estampa 1, # 5

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado. Contorno

aproximadamente retangular. Psilado.

Dimensões (2 exemplares): 13 – 17 μm de diâmetro (100X). Parede com cerca de 1

μm de espessura.

Page 59: Danieli Bento Dos Santos I

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Diporisporites sp.4

Estampa 1, # 6

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado. Contorno fusiforme.

Psilado.

Dimensões (2 exemplares): 20 – 23 μm de diâmetro (100X). Parede com 0,8 –1μm de

espessura e poros com 1 – 1,6 μm de diâmetro.

Diporisporites sp.5

Estampa 1, # 7

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado. Contorno

aproximadamente oval com estreitamento de uma das extremidades, dando ao esporo

um formato semelhante a uma garrafa. Parede psilada.

Dimensões (1 exemplar): 14,3 μm de diâmetro (100X). Parede com 1 μm de

espessura.

Diporisporites sp.6

Estampa 1, # 8

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado. Contorno

aproximadamente elíptico. Psilado.

Dimensões (3 exemplares): 25 – 31,5 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,7 – 2 μm

de espessura.

Diporisporites sp.7

Estampa 1, # 9

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, diporado. Contorno

aproximadamente oval, com o afunilamento das duas extremidades. Poros

subcirculares. Parede psilada.

Dimensões (1 exemplar): 38,6 μm de diâmetro (100X). Parede com 0,8 μm de

espessura. Poro com 3,2 μm de diâmetro.

Page 60: Danieli Bento Dos Santos I

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Gênero Foveodiporites (Varma e Rawat, 1963) emend. Kalgutkar e Jansonius, 2000

Espécie-tipo: Foveodiporites anklesvarensis Varma e Rawat, 1963

Foveodiporites sp.

Estampa 1, # 10

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado. Contorno elíptico. 2

poros circulares, cada um situado em uma das extremidades. Parede foveolada.

Dimensões (3 exemplares): 73 – 94,8 μm de diâmetro (100X). Poros com 9 – 12 μm

de diâmetro.

Gênero Fusiformisporites (Rouse, 1962) emend. Elsik, 1968

Espécie-tipo: Fusiformisporites crabbii Rouse, 1962.

Fusiformisporites polyhedricus Regali, Uesugui e Santos, 1974

Estampa 1, # 11

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, inaperturado. Contorno fusiforme,

com pólos achatados. Exina com costelas assemelhando-se a um retículo.

Dimensões (14 exemplares): 60 – 66 X 38 – 40 μm de diâmetro (100X).

Idade / Ocorrência:

- Oligoceno a Mioceno da plataforma continental do Amapá, Pará, Maranhão,

Sergipe e Paraná (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b).

Gênero Hypoxilonites (Bulliard, 1971) emend. Elsik, 1990

Espécie-tipo: Hypoxylonites brazosensis Elsik, 1990

Hypoxilonites minutus Elsik 1990

Estampa 1, # 12

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado. Contorno ovalado.

Sulco cruzando todo o esporo. Parede psilada.

Dimensões (34 exemplares): 13 – 20 μm de diâmetro (100X).

Page 61: Danieli Bento Dos Santos I

61

Hypoxilonites sp.1

Estampa 1, # 13

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado. Contorno elíptico. Sulco

cruzando todo o esporo. Superficie psilada.

Dimensões (6 exemplares): 38 – 42,9 μm de diâmetro (100X).

Hypoxilonites sp.2

Estampa 1, # 14

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado. Contorno ovalado.

Presença de sulco que cruza quase todo o esporo. Psilado.

Dimensões (2 exemplares): 40 – 42 μm de diâmetro (100X).

Gênero Inapertisporites (Van der Hammen, 1954) emend. Elsik, 1968

Espécie-tipo:Inapetisporites pseudoreticulatis (Van der Hammen, 1954) emend. Elsik,

1968

Inapertisporites circularis Sheffy e Dilcher, 1971

Estampa 2, # 1

Descrição: esporo de fungo, unicelado, inaperturado. Contorno circular. Superfície

desprovida de ornamentação.

Dimensões (1 exemplar): 33,8 μm de diâmetro (100X). Parede com 3,4 – 6,6 μm de

espessura.

Inapertisporites crenulatus Kumar, 1990

Estampa 2, # 2

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, inaperturado. Contorno subcircular,

com bordas onduladas. Parede coberta por grânulos.

Dimensões (3 exemplares): 24 – 28 μm de diâmetro (100X). Parede com 1 – 1,6 μm

de espessura.

Page 62: Danieli Bento Dos Santos I

62

Inapertisporites sp. cf. I. crenulatus

Estampa 2, # 3

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, inaperturado. Contorno ovalado.

Parede granulada.

Dimensões (1 exemplar): 30 μm de diâmetro (100X). Parede com 2 μm de espessura.

Inapertisporites sp. cf. I. triporatus Kalgutkar e Jansonius, 2000

Estampa 2, # 4

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado. Contorno circular. Aparentemente

aperturado com 4 a 8 poros? distribuídos de forma irregular pela suberfície do esporo.

Psilado.

Dimensões (2 exemplares): 17 – 26 μm de diâmetro (100X). Poros? com 0,9 – 2,7 μm

de diâmetro.

Comentário: as formas aqui encontradas diferem de I. triporatus de Kalgutkar e

Jansonius (2000), por apresentarem mais de 3 poros.

Inapertisporites sp.1

Estampa 2, # 5

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, inaperturado. Contorno circular.

Psilado.

Dimensões (30 exemplares): 10,5 – 16 μm de diâmetro (100X).

Inapertisporites sp.2

Estampa 2, # 6

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, inaperturado. Contorno triangular.

Psilado.

Dimensões (11 exemplares): 21,5 – 24,3 μm de diâmetro (100X).

Genero Lacrimasporonites (Clarke, 1965) emend. Elsik, 1968

Espécie-tipo: Lacrimasporonites levis Clarke, 1965

Lacrimasporonites sp. cf. L. levis Clarke, 1965

Page 63: Danieli Bento Dos Santos I

63

Estampa 2, # 7

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, monoporado, poro situado em uma

das extremidades, contorno subcircular. Parede psilada.

Dimensões (2 exemplares): 16,5 – 18 μm de diâmetro (100X). Diâmetro do poro: 3 –

3,5 μm.

Lacrimasporonites ovalis Doubinger e Pons, 1973

Estampa 2, # 8

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado com 1 poro em uma das

extremidades, contorno oval. Psilado.

Dimensões (27 exemplares): 13 – 20,5 μm de diâmetro (100X).

Lacrimasporonites oviformis Ediger, 1981

Estampa 2, # 9

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, monoporado, com um poro situado

em uma das extremidades, contorno elíptico. Parede psilada.

Dimensões (14 exemplares): 23,5 – 27 μm de diâmetro (100X). Poro com 0,8 – 1,2 μm

de diâmetro.

Lacrimasporonites stoughii Elsik, 1968

Estampa 2, # 10

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado com um poro situado em

uma das extremidades, contorno aproximadamente oval. Parede psilada.

Dimensões (5 exemplares): 13 – 15 μm de diâmetro (100X).

Lacrimasporonites sp.1

Estampa 2, # 11 a, b

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado com um poro situado em

uma das extremidades, contorno oval a subcircular. Parede psilada.

Dimensões (20 exemplares): 20,5 – 27 μm de diâmetro (100X).

Page 64: Danieli Bento Dos Santos I

64

Lacrimasporonites sp.2

Estampa 2, # 12

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, monoporado, poro situado em uma

das extremidades, contorno aproximadamente oval com um dos angulos reto em vista

equatorial, em vista polar apresenta um contorno circular. Parede psilada.

Dimensões (1 exemplar): 12,8 μm (em vista equatorial) e 9,5 μm (em vista polar) de

diâmetro. Parede com 1,3 μm de espessura.

Lacrimasporonites sp.3

Estampa 2, # 13

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, monoporado, poro situado em uma

das extremidades. Contorno fusiforme. Psilado.

Dimensões (4 exemplares): 31,3 – 35,5 μm de diâmetro (100X).

Gênero Monoporisporites (Van der Hammen, 1954) emend. Elsik, 1968

Espécie-tipo: Monoporisporites minutus Van der Hammen, 1954 emend. Elsik, 1968

Monoporisporites sp.1

Estampa 2, # 14

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, monoporado, contorno circular; poro

anulado. Psilado.

Dimensões (15 exemplares): 31 – 37,5 μm de diâmetro (100X). Poro com 5 – 8,5 μm

de diâmetro.

Monoporisporites sp.2

Estampa 2, # 15

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, monoporado, contorno circular.

Psilado.

Dimensões (35 exemplares): 8 – 13,5 μm de diâmetro (100X). Poro com 3 – 3,7 μm de

diâmetro. Parede com 0,8 – 1 μm de espessura.

Page 65: Danieli Bento Dos Santos I

65

Monoporisporites sp.3

Estampa 2, # 16 a, b

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado. Contorno circular.

Monoporado, poro circular, ânulado. Superficie coberta por microespinhos.

Dimensões (2 exemplares): 12 – 13,5 μm de diâmetro (100X). Parede com 0,9 μm de

espessura. Poro com 2 μm de diâmetro. Ânulo com 0,7 μm de espessura. Espinhos

com 0,9 - 1 μm de altura.

Gênero Polyadosporites Van der Hammen, 1954

Espécie-tipo: Polyadosporites suescae Van der Hammen, 1954

Polyadosporites sp.

Estampa 2, # 17

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, inaperturado. Contorno circular a

subcircular. Superficie psilada. Esporos reunidos formando uma poliade com mais de 50

grãos.

Dimensões (3 exemplares): 57– 68,5 μm de diâmetro (100X). Cada célula com cerca

de 8 – 11,4 μm de diâmetro.

Gênero Spirotremesporites (Dueñas–Jimenez, 1979) emend. Elsik, 1990

Espécie-tipo: Spirotremesporites simplex Dueñas-Jimenez, 1979

Spirotremesporites sp.1

Estampa 2, # 18

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, inaperturado. Contorno elíptico.

Superficie psilada com costelas? cruzando todo o esporo.

Dimensões (22 exemplares): 34 – 39 μm de diâmetro (100X).

Spirotremesporites sp.2

Estampa 2, # 19

Descrição: esporo de fungo, unicelado, asseptado, inaperturado. Contorno elíptico.

Psilado.

Dimensões (30 exemplares): 31 - 57 μm de diâmetro (100X).

Page 66: Danieli Bento Dos Santos I

66

GRUPO DIDYMOSPORAE

Gênero Dicellaesporites (Elsik, 1968) emend. Sheff e Dilcher, 1971

Espécie-tipo: Dicellaesporites popovii Elsik, 1968

Dicellaesporites elongatus Ramanujam e Rao, 1978

Estampa 3, # 1

Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, inaperturado. Contorno elíptico. Parede

desprovida de ornamentação.

Dimensões (17 exemplares): 18,5 – 23 μm de diâmetro (100X). Celas com 7 – 8 μm e

septo com 2 μm de espessura.

Dicellaesporites sp.1

Estampa 3, # 2

Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, inaperturado. Contorno elíptico. Parede

psilada, espessa.

Dimensões (1 exemplar): 50,7 μm de diâmetro (100X). Parede com até 4 μm de

espessura.

Dicellaesporites sp.2

Estampa 3, # 3

Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, inaperturado. Contorno elíptico. Parede

constituida de espinhos que se distribuem sobre a superficie de forma regular.

Dimensões (8 exemplares): 47 – 53 μm de diâmetro (100X). Espinhos com 1,6 – 2 μm

de altura.

Dicellaesporites sp.3

Estampa 3, # 4

Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, inaperturado, celas com dimensões

iguais. Contorno elíptico. Superficie psilada.

Dimensões (25 exemplares): 47 – 54,8 μm de diâmetro (100X). Parede com 0,5 – 0,8

μm de espessura.

Page 67: Danieli Bento Dos Santos I

67

Dicellaesporites sp.4

Estampa 3, # 5

Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, inaperturado. Contorno elíptico. Celas

com tamanho diferente. Psilado.

Dimensões (1 exemplar): 58,2 μm de diâmetro (100X).

Dicellaesporites sp.5

Estampa 3, # 6

Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, inaperturado. Contorno fusiforme.

Parede psilada.

Dimensões (1 exemplar): 91 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,8 μm e septo com

1,6 μm de espessura.

Dicellaesporites sp. 6

Estampa 3, # 7

Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, inaperturado. Contorno fusiforme, com

ápices arredondados. Parede estriada.

Dimensões (4 exemplares): 54,7 – 59,5 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,2 – 1,7

μm de espessura. Septo com cerca de 3,4 μm de espessura.

Gênero Didymoporisporonites (Sheffy e Dilcher, 1971) emend. Kalgutkar e Jansonius,

2000

Espécie-tipo: Didymoporisporonites psilatus Sheffy e Dilcher, 1971

Didymoporisporonites discors Kalgutkar, 1993

Estampa 3, # 8

Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, inaperturado. Contorno ovalado. Celas

de tamanho e cor diferentes. Parede fortemente punctada.

Dimensões (1 exemplar): 39,9 μm de diâmetro (100X).

Page 68: Danieli Bento Dos Santos I

68

Gênero Dyadosporonites Elsik, 1968

Espécie-tipo: Dyadosporonites schwabii Elsik, 1968

Dyadosporonites sp.1

Estampa 3, # 9

Descrição: esporo de fungo dicelado, septado. Contorno elíptico, diporado. Parede

psilada.

Dimensões (35 exemplares): 27 – 33 μm de diâmetro (100X).

Dyadosporonites sp.2

Estampa 3, # 10

Descrição: esporo de fungo, dicelado, septado, diporado, poros situados na

extremidade de cada cela. Contorno elíptico. Psilado.

Dimensões (14 exemplares): 13 – 17 μm de diâmetro (100X). Septo com 2,7 – 3 μm

de espessura.

Dyadosporites sp.3

Estampa 3, # 11

Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, diporado, celas com formato

quadrangular. Contorno elíptico. Psilado.

Dimensões (17 exemplares): 14,5 – 25 μm de diâmetro (100X).

Gênero Hilidicellites Kalgutkar e Jansonius, 2000

Espécie-tipo: Hilidicellites appendiculatus (Sheffy e Dilcher) emend. Kalgutkar e

Jansonius, 2000

Hilidicellites sp.

Estampa 3, # 12 a, b

Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, monoporado. Poro situado em uma das

extremidades do esporo. Poro circular. Contorno subcircular a ovalado. Psilado.

Dimensões (30 exemplares): 12 – 16 μm de diâmetro (100X). Poro com cerca de 3,2

μm de diâmetro. Septo com 2,3 – 2,8 μm de espessura.

Page 69: Danieli Bento Dos Santos I

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GRUPO PHRAGMOSPORAE

Gênero Dictyosporites Felix, 1894

Espécie-tipo: Dictyosporites loculatus Felix, 1894

Dictyosporites ovalis (Sheffy e Dilcher) emend. Kalgutkar e Jansonius, 2000

Estampa 3, # 13

Descrição: esporo de fungo celado, septado, inaperturado. Composto por cerca de 23

celas. Contorno oval. Psilado.

Dimensões (2 exemplares): 40,7 – 44,3 μm de diâmetro (100X).

Idade / Ocorrência:

- Eoceno médio do Tennessee – EUA (KALGUTKAR; JANSONIUS, 2000).

Dictyosporites sp.

Estampa 3, # 14 a, b

Descrição: esporo de fungo celado, septado, inaperturado. Composto por 5 celas.

Contorno oval. Psilado.

Dimensões (1 exemplar): 35 μm de diâmetro (100X). Celas com diâmetro variando de

9,7 – 11,5 μm.

Gênero Diploneuraspora Jain e Gupta, 1970

Espécie-tipo: Diploneuraspora tewarii Jain e Gupta, 1970

Diploneuraspora sp.

Estampa 3, # 15

Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, monoporado. Contorno

aproximadamente elíptico. Celas com tamanho diferente; cela menor hialina. Superficie

psilada.

Dimensões (1 exemplar): 21,4 μm de diâmetro (100X). Poro com 1,5 μm de diâmetro.

Gênero Diporicellaesporites Elsik, 1968

Espécie-tipo: Diporicellaesporites stacyi Elsik, 1968

Diporicellaesporites sp.1

Page 70: Danieli Bento Dos Santos I

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Estampa 4, # 1

Descrição: esporo de fungo celado, septado, aperturado, contorno aproximadamente

elíptico. 7 celas e 6 septos; 2 poros, cada um situado em uma das extremidades do

esporo. Superfície levemente granulada.

Dimensões (2 exemplares): 72,5 – 131 μm de diâmetro (100X). Poro com 2,8 - 6,5 μm

de diâmetro.

Diporicellaesporites sp.2

Estampa 4, # 2

Descrição: esporo de fungo tricelado, com 2 septos, 2 poros cada um situado em uma

das extremidades do esporo. Contorno elíptico. Parede psilada.

Dimensões (6 exemplares): 37 – 46 μm de diâmetro (100X).

Diporicellaesporites sp.3

Estampa 4, # 3

Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, com 2 poros cada um situado em uma

das extremidades do esporo. Contorno elíptico. Superfície levemente estriada.

Dimensões (1 exemplar): 15 μm de diâmetro (100X). Poro com 0,8 μm de diâmetro.

Diporicellaesporites sp.4

Estampa 4, # 4

Descrição: esporo de fungo celado, septado, aperturado. Contorno aproximadamente

elíptico. 3 celas e 2 septos, dois poros, cada um situado em uma das extremidades do

esporo, cela central de cor mais escura. Psilado.

Dimensões (1 exemplar): 42,4 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,5 μm de

espessura.

Page 71: Danieli Bento Dos Santos I

71

Diporicellaesporites sp.5

Estampa 4, # 5

Descrição: esporo de fungo dicelado, septado, aperturado. Contorno elíptico. Diporado,

poros situados nas extremidades do esporo. Borda ondulada. Parede coberta por

grânulos.

Dimensões (18 exemplares): 35 – 47,8 μm de diâmetro (100X). Parede com 2,8 – 3,3

μm de espessura. Septo com cerca de 1,6 μm de espessura.

Gênero Multicellaesporites (Elsik, 1968) emend. Sheffy e Dilcher, 1971

Espécie-tipo: Multicellaesporites nortonii Elsik, 1968

Multicellaesporites sp.1

Estampa 4, # 6

Descrição: esporo de fungo tetracelado, 3 septos, inaperturado, contorno

aproximadamente elíptico. Parede psilada.

Dimensões (24 exemplares): 34,7 – 64,3 μm de diâmetro (100X).

Multicellaesporites sp.2

Estampa 4, # 7

Descrição: esporo de fungo tricelado, septado, inaperturado. Contorno elíptico. Parede

psilada.

Dimensões (12 exemplares): 32 – 43,8 μm de diâmetro (100X). Celas com 5,9 – 16,8

μm e septos com 2,7 – 3,1 μm de espessura.

Multicellaesporites sp.3

Estampa 4, # 8

Descrição: esporo de fungo tricelado, 2 septos, inaperturado, contorno elíptico.

Superfície psilada.

Dimensões (14 exemplares): 14,5 – 23 μm de diâmetro (100X).

Page 72: Danieli Bento Dos Santos I

72

Multicellaesporites sp.4

Estampa 4, # 9

Descrição: esporo de fungo, 6 – 8 celas separadas por septos, inaperturado. Contorno

elíptico. Superfície psilada.

Dimensões (9 exemplares): 38,3 – 48,6 μm de diâmetro (100X).

Multicellaesporites sp.5

Estampa 4, # 10

Descrição: esporo de fungo tetracelado, 3 septos, inaperturado. Contorno elíptico.

Parede desprovida de ornamentação.

Dimensões (2 exemplares): 54 – 62,1 μm de diâmetro (100X). Parede com 2,2 – 3,3

μm de espessura.

Multicellaesporites sp.6

Estampa 4, # 11

Descrição: esporo de fungo com 9 celas e 8 septos, inaperturado. Contorno elíptico.

Parede psilada.

Dimensões (23 exemplares): 37 – 66,5 μm de diâmetro (100X). Celas variando de 3,2

– 6,5 μm e septos com 0,8 – 1,1 μm de espessura.

Multicellaesporites sp.7

Estampa 5, # 1

Descrição: esporo de fungo constituído por 3 - 9 celas, separadas por septos,

inaperturado. Contorno elíptico. Parede granulada.

Dimensões (17 exemplares): 26 - 68,3 μm de diâmetro (100X).

Multicellaesporites sp.8

Estampa 5, # 2

Descrição: esporo de fungo multicelado, com 15 a 19 celas separadas por septos,

inaperturado, celas em disposição linear ao longo do comprimento. Parede psilada.

Page 73: Danieli Bento Dos Santos I

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Dimensões (12 exemplares): 126 – 153 μm de diâmetro (100X). Celas variando de 3,1

– 7,6 μm e septos com 0,9 – 3,8 μm de espessura.

Multicellaesporites sp.9

Estampa 5, # 3

Descrição: esporo de fungo tricelado, septado, inaperturado. Contorno elíptico, borda

fortemente ondulada. Parede verrugosa.

Dimensões (1 exemplar): 57,8 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,5 μm de

espessura.

Multicellaesporites sp.10

Estampa 5, # 6

Descrição: esporo de fungo, 6 celas e 5 septos, inaperturado. Contorno elíptico com os

pólos achatados. Celas que decrescem de tamanho em direção aos pólos. Parede

psilada.

Dimensões (1 exemplar): 103 μm de diâmetro (100X).

Multicellaesporites sp.11

Estampa 5, # 4

Descrição: esporo de fungo tetracelado, 3 septos, inaperturado. Contorno

aproximadamente oval com um dos pólos achatados. Parede psilada.

Dimensões (3 exemplares): 17,3 – 25 μm de diâmetro (100X).

Multicellaesporites sp.12

Estampa 5, # 5

Descrição: esporo de fungo tetracelado, 3 septos, inaperturado. Contorno elíptico.

Septos com espessamento. Parede psilada.

Dimensões (1 exemplar): 41 X 16,2 μm de diâmetro (100X). Parede com 0,8 μm de

espessura.

Page 74: Danieli Bento Dos Santos I

74

Multicellaesporites sp.13

Estampa 5, # 7

Descrição: esporo de fungo celado, septado, inaperturado. Contorno oval. 4 – 5 celas e

3 – 4 septos. Psilado.

Dimensões (13 exemplares): 29 – 37,6 μm de diâmetro (100X).

Multicellaesporites sp.14

Estampa 5, # 8

Descrição: esporo de fungo tetracelado, 3 septos, inaperturado. Contorno

aproximadamente elíptico. Celas retangulares, sendo que duas apresentam tonalidade

de cor mais clara. Parede psilada.

Dimensões (1 exemplar): 37 μm de diâmetro (100X).

Multicellaesporites sp.15

Estampa 5, # 9

Descrição: esporo de fungo tricelado, septado, inaperturado. Contorno elíptico. Parede

granulada.

Dimensões (1 exemplar): 29 μm de diâmetro (100X).

Gênero Pluricellaesporites van der Hammen, 1954

Espécie-tipo: Pluricellaesporites typicus Van der Hammen, 1954

Pluricellaesporites sp.1

Estampa 5, # 10

Descrição: esporo de fungo, septado, monoporado, 3 – 4 celas com tamanho diferente,

decrescendo em direção a cela porada. Contorno aproximadamente elíptico.

Dimensões (3 exemplares): 33,4 – 36 μm de diâmetro (100X).

Pluricellaesporites sp.2

Estampa 5, # 11

Descrição: esporo de fungo tricelado, septado, aperturado. Contorno elíptico. 1 poro

situado em uma das extremidades. Parede psilada.

Page 75: Danieli Bento Dos Santos I

75

Dimensões (1 exemplar): 21,5 μm de diâmetro (100X).

Pluricellaesporites sp.3

Estampa 5, # 12

Descrição: esporo de fungo tricelado, 2 septos, monoporado. Contorno elíptico. Poro

situado em uma das extremidades do esporo; célula porada hialina. Parede psilada.

Dimensões (20 exemplares): 13 – 20,2 μm de diâmetro (100X). Poro com 0,5 – 0,8 μm

de diâmetro.

Pluricellaesporites sp.4

Estampa 6, # 1

Descrição: esporo de fungo tetracelado, 3 septos, aperturado, poro situado em uma

das extremidades. Contorno elíptico. Psilado.

Dimensões (6 exemplares): 23 – 32 μm de diâmetro (100X). Celas variando de 7,3 –

13,5 μm e septos com 1 μm de espessura.

Pluricellaesporites sp.5

Estampa 6, # 2

Descrição: esporo de fungo pentacelado, 4 septos descontinuos, celas poradas.

Contorno elíptico. Parede psilada.

Dimensões (2 exemplares): 34 – 42,7 μm de diâmetro (100X). Celas com 5,4 – 7,4 μm

e septos com 1,4 – 1,8 μm de espessura.

Pluricellaesporites sp.6

Estampa 6, # 3

Descrição: esporo de fungo pentacelado, 4 septos, aperturado, monoporado; poro

situado em uma das extremidades. Contorno aproximadamente elíptico. Psilado.

Dimensões (2 exemplares): 48 – 57,4 μm de diâmetro (100X). Celas variando de 8,7 –

10,8 μm de diâmetro e septos com 1,8 – 2,8 μm de espessura.

Page 76: Danieli Bento Dos Santos I

76

Pluricellaesporites sp.7

Estampa 6, # 4

Descrição: esporo de fungo tetracelado, septado, aperturado. Contorno elíptico. Celas

poradas e septos descontínuos. Parede psilada.

Dimensões (7 exemplares): 39 – 57,3 μm de diâmetro (100X). Poros com 4,5 – 5,2

μm de diâmetro.

Pluricellaesporites sp.8

Estampa 6, # 5

Descrição: esporo de fungo constituído por 6 celas e 5 septos, aperturado. Contorno

aproximadamente elíptico. Celas poradas com formato quadrangular a retangular.

Parede psilada.

Dimensões (1 exemplar): 88 μm de diâmetro (100X).

Pluricellaesporites sp.9

Estampa 6, # 6

Descrição: esporo de fungo celado, septado, aperturado. Contorno elíptico. Esporo

constituído por 9 celas monoporadas e 8 septos. Superfície desprovida de

ornamentação.

Dimensões (1 exemplar): 97,2 μm de diâmetro (100X).

GRUPO STAUROSPORAE

Gênero Spegazzinites Felix, 1894

Espécie-tipo: Spegazzinites cruciformis Felix, 1894

Spegazzinites sp.

Estampa 6, # 7

Descrição: esporo de fungo tetracelado, inaperturado, contorno circular. Parede

psilada.

Dimensões (9 exemplares): 28 – 33 μm de diâmetro (100X). Cada grão com cerca de

14,2 μm de diâmetro. Parede com 3,7 – 4 μm de espessura.

Page 77: Danieli Bento Dos Santos I

77

Gênero Triporicellaesporites Ke e Shi, 1978

Espécie-tipo: Triporicellaesporites triangulus Ke e Shi, 1978

Triporicellaesporites sp.

Estampa 6, # 8

Descrição: esporo de fungo celado, septado, aperturado, trirradiado. Contorno

aproximadamente triangular. Triporado, poros situados nas celas apicais. Parede

psilada.

Dimensões (2 exemplares): 34 – 42 μm de diâmetro (100X).

FUNGI ASCOSTROMA

Ordem MICROTHYRIALES

Gênero Asterothyrites Cookson, 1947

Espécie-tipo: Asterothyrites minutus Cookson, 1947

Asterothyrites sp.

Estampa 6, # 9

Descrição: corpo frutífero, simetria radial, células não poradas, margem bastante

irregular. Ausência de ostíolo.

Dimensões (5 exemplares): 76 – 95 μm de diâmetro (100X).

Gênero Callimothallus Dilcher, 1965

Espécie-tipo: Callimothallus pertusus Dilcher, 1965

Callimothallus senii (Venkatachala e Kar) emend. Kalgutkar e Jansonius, 2000

Estampa 7, # 1

Descrição: corpo frutífero, simetria radial, celulas poradas, margem pouco irregular.

Ausência de ostíolo.

Dimensões (13 exemplares): 83 –156 μm de diâmetro (100X).

Page 78: Danieli Bento Dos Santos I

78

Callimothallus sp.

Estampa 7, # 2

Descrição: corpo frutífero, simetria radial, células poradas, margem irregular. Ausência

de ostíolo.

Dimensões (2 exemplares): 54 – 68 μm de diâmetro (100X).

Idade:

- Elsik (1978) cita a presença do gênero em sedimentos de idade Paleógeno e

Mioceno.

Gênero Parmathyrites Jain &Gupta, 1970

Espécie-tipo: Parmathyrites indicus Jain &Gupta, 1970

Parmathyrites sp.

Estampa 7, # 3

Descrição: corpo frutífero, simetria radial, células não poradas. Margem com projeções

em forma de espinhos.

Dimensões (4 exemplares): 43 – 61,3 μm de diâmetro (100X). Projeções com cerca

de 27 μm de comprimento.

Gênero Phragmothyrites Edwards, 1922

Espécie-tipo: Phragmothyrites eocaenica Edwards, 1922

Phragmothyrites sp.1

Estampa 8, # 1

Descrição: corpo frutífero, simetria radial, células não poradas, margem pouco

irregular. Células periféricas maiores que as células centrais. Ausência de ostíolo.

Dimensões (3 exemplares): 73 – 142,4 μm de diâmetro (100X).

Idade:

- O gênero ocorre do Albiano ao Eopleistoceno (ELSIK, 1978).

Page 79: Danieli Bento Dos Santos I

79

Phragmothyrites sp.2

Estampa 8, # 2

Descrição: corpo frutífero, simetria radial, células não poradas, margem irregular.

Ausência de ostíolo.

Dimensões (3 exemplares): 33 – 45 μm de diâmetro (100X).

Gênero Trichothyrites Rosendahl, 1943

Espécie-tipo: Trichothyrites pleistocaenica Rosendahl, 1943

Trichothyrites sp.1

Estampa 8, # 3

Descrição: corpo frutífero, simetria radial, células não poradas, margem lisa. As células

decrescem de tamanho em direção a porção central. Presença de ostíolo.

Dimensões (3 exemplares): 97 – 102 μm de diâmetro (100X). Ostíolo com 12 – 15 μm

de diâmetro.

Idade:

- O gênero ocorre do Eoceno ao Eopleistoceno (ELSIK, 1978).

Trichothyrites sp.2

Estampa 9, # 1

Descrição: corpo frutífero, simetria radial, células não poradas, margem pouco

irregular. Presença de ostíolo.

Dimensões (2 exemplares): 63 – 126 μm de diâmetro (100X). Ostíolo com 14,5 – 20

μm de diâmetro. Parede com 1,2 – 1,6 μm de espessura.

Trichothyrites sp.3

Estampa 9, # 2

Descrição: corpo frutífero, simetria radial, células não poradas, margem bastante

irregular. Presença de ostíolo envolto por células com paredes mais espessas.

Dimensões (2 exemplares): 136,5 – 189 μm de diâmetro (40X). Ostíolo com 12 – 15,9

μm de diâmetro.

Page 80: Danieli Bento Dos Santos I

80

Primórdios de Microthyriaceae

Estampa 8, # 4

Descrição: corpo frutífero, simetria radial, formato discóide com invaginações primárias

e secundárias. Parede psilada.

Dimensões (43 exemplares): 15 – 24,6 μm de diâmetro (100X). Parede pouco

espessa com 0,8 – 1 μm apenas.

Comentário: segundo Romero e Castro (1986), diversos gêneros da família

Microthyriaceae possuem este estágio de desenvolvimento similar e, por isso, só

podem ser identificados em nível de gênero e espécie em estágios mais maduros.

Não identificados

Fungo 1

Estampa 8, # 5

Descrição: esporo de fungo unicelado, asseptado, aperturado. Contorno esférico.

Monoporado, poro circular. Parede com costelas assemelhando-se a reticulo.

Dimensões (18 exemplares): 23,5 – 35,2 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,5 –

1,8 μm de espessura.

Fungo 2

Estampa 8, # 6

Descrição: esporo de fungo celado, septado, inaperturado. 8 celas de formato

triangular e 7 septos, celas apicais unidas formando uma estrutura de formato circular.

Parede psilada.

Dimensões (1 exemplar): 42,9 μm de diâmetro (100X).

ALGAE

Divisão CHLOROPHYTA

Classe CHLOROPHYCEAE

Ordem CHOROCOCCALES

Família DICTYOSPHAERIACEAE

Page 81: Danieli Bento Dos Santos I

81

Gênero Botryococcus Kützing, 1849

Espécie-tipo: Botryococcus braunii Kützing, 1849

Botryococcus sp.

Estampa 11, # 2

Descrição: pequenas células conectadas formando colônias.

Dimensões (23 exemplares): 37 –79,5 μm de diâmetro (100X).

Ordem ZYGNEMATALES

Família ZYGNEMATACEAE

Gênero Ovoidites Potonié ex Krutzsch, 1959

Espécie-tipo: Ovoidites ligneolus Potonié ex Krutzsch, 1959

Ovoidites parvus (Cookson e Dettmann) Nakoman, 1966

Estampa 10, # 1

Descrição: esporo elíptico, isopolar, rompido na porção equatorial em 2 partes. Parede

psilada.

Dimensões (35 exemplares): 71 – 105 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,6 – 2 μm

de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo

(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991); e

- Neo-oligoceno da Formação São Paulo, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e

SUGUIO, 1985).

Afinidade botânica: Spirogyra.

Ovoidites rugulatus Nakoman, 1966

Estampa 10, # 2

Descrição: esporo elíptico, isopolar, rompido na porção equatorial em 2 partes. Parede

rugulada.

Page 82: Danieli Bento Dos Santos I

82

Dimensões (7 exemplares): 73,8 – 89,6 μm de diâmetro (100X). Parede com 1,1 – 2,5

μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Neo-oligoceno da Formação São Paulo, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e

SUGUIO, 1985).

Afinidade botânica: Spirogyra.

Ovoidites sp.1

Estampa 10, # 3

Descrição: esporo circular, isopolar. Parede rugulada com rugulas mais acentuadas na

extremidade do esporo.

Dimensões (3 exemplares): 91 – 148 μm de diâmetro (100X). Parede com 4,5 μm de

espessura.

Afinidade botânica: Spirogyra.

Ovoidites sp.2

Estampa 11, # 1

Descrição: esporo circular, isopolar, rompido na porção equatorial. Parede fortemente

rugulada.

Dimensões (2 exemplares): 83,8 –103 μm de diâmetro (100X). Parede 2,5 μm de

espessura.

Afinidade botânica: Spirogyra.

Não identificado

Alga 1

Estampa 11, # 3

Descrição: esporo circular, isopolar, freqüentemente amassado. Psilado.

Dimensões (2 exemplares): 93,5 120 μm de diâmetro (100X). Parede com 2,1 μm.

Afinidade botânica: desconhecida.

Page 83: Danieli Bento Dos Santos I

83

Alga 2

Estampa 11, # 4

Descrição: esporo aproximadamente circular com margem irregular, isopolar. Área

central com uma estrutura circular. Psilado.

Dimensões (1 exemplar): 100 X 72,8 μm de diâmetro (100X). Estrutura circular com

28,3 μm de diâmetro.

Divisão I SPORITES H. Potonié, 1983

CLASSE A Triletes (Reinsch, 19881) Potonié et Krempes, 1954

Gênero Appendicisporites Weyland e Krieger, 1953

Espécie-tipo: Appendicisporites tricuspidatus Weyland e Greifeld in Weyland e Krieger,

1953

Appendicisporites sp. Lima, Salard-Cheboldaeff e Suguio, 1985

Estampa 14, # 8

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito subtriangular de lados convexos.

Laesura longa atingindo as extremidades onde forma aurículas. Exina estriada.

Dimensões (12 exemplares): 60,5 – 73,8 μm de diâmetro (100X). Exina estriada com

cerca de 1,8 μm de espessura; estrias com até 3,1 μm de altura e com 2 – 6,2 μm de

espaçamento entre si.

Idade / Ocorrência:

- Oligoceno da Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-CHEBOLDAEFF e SUGUIO,

1985);

- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo

(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991); e

- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001).

Afinidade botânica: Anemia (Schizaeaceae).

Gênero Azolla Lamarck, 1783

Espécie-tipo: Azolla filiculoides Lamarck, 1783

Azolla sp.

Estampa 12, # 1

Page 84: Danieli Bento Dos Santos I

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Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular. Os esporos encontram-se

agrupados e inclusos dentro de um tecido esponjoso, com projeções periféricas

(gloquidios). Superfície psilada.

Dimensões (17 exemplares): Mássula com 96 – 211 μm de diâmetro (100X).

Gloquidios com 60 – 80 μm de comprimento.

Afinidade botânica: Azolla (Salviniaceae).

Gênero Biretisporites Delcourt & Sprumont, 1955

Espécie-tipo: Biretisporites potoniaei Delcourt & Sprumont, 1955

Biretisporites sp.1

Estampa 12, # 3

Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subcircular. Laesura bem

evidente, longa dentro de lábios elevados. Exina Psilada.

Dimensões (40 exemplares): 37 – 46,5 μm de diâmetro (100X). Exina com cerca de 3

μm.

Afinidade botânica: Pteridófita.

Biretisporites sp.2

Estampa 12, # 4

Descrição: Esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subtriangular. Laesura

bem evidente, dentro de lábios elevados. Exina psilada.

Dimensões (1 exemplar): 61,2 μm de diâmetro (100X). Exina com 3 μm de espessura.

Afinidade botânica: Pteridófita.

Gênero Cibotiidites Ross, 1949

Espécie-tipo: Cibotiidites zonatus Ross, 1949

Cibotiidites sp.

Estampa 12, # 5

Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito triangular de ângulos bem

arredondados e lados retos a levemente convexos. Abertura quase atingindo o

equador. Exina espessa psilada.

Page 85: Danieli Bento Dos Santos I

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Dimensões (1 exemplar): 49,3 μm de diâmetro (100X). Exina com 7,3 μm de

espessura.

Afinidade botânica: desconhecida.

Gênero Cicatricosisporites Potonié e Gelletich, 1933

Espécie-tipo: Cicatricosisporites dorogensis Potonié e Gelletich, 1933

Cicatricosisporites dorogensis Potonié e Gelletich, 1933

Estampa 12, # 6

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito triangular, em alguns grãos,

subtriangular a quase circular. Laesura longa. Exina estriada formando ondulações na

borda do grão.

Dimensões (12 exemplares): 41 – 74,1 μm de diâmetro (100X). Estrias com

espaçamento de 0,8 – 2 μm entre si.

Idade / Ocorrência:

- Mesoeoceno a Oligoceno da plataforma continental brasileira (REGALI;

UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);

- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo

(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);

- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);

- Oligoceno da Formação Itatiaia, Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);

- Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-

CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985);

- Meso/Neoeoceno da Bacia de Fonseca e Gandarela (LIMA; SALARD-

CHEBOLDAEFF, 1981);

- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);

- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);

- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990);

- Meso/Neoeoceno do Gráben de Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,

RICCOMINI e SOUZA, 1994);

- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e

SUGUIO, 1985);

Page 86: Danieli Bento Dos Santos I

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- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);

- Oligoceno das bacias de São Paulo, Taubaté e Resende (YAMAMOTO, 1995);

- Oligoceno a Plioceno da Venezuela (LORENTE, 1986);

- Oligoceno – Mioceno da Colômbia (DUEÑAS, 1980);

- Neoeoceno a Oligoceno da região do Caribe (GERMERAAD, HOPPING e

MULLER, 1968);

- Neoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001); e

- Eoceno a Oligoceno das bacias do Togo, Nigéria, Niger, Mali, Camarões, Gabão,

Congo e Angola (SALARD-CHEBOLDAEFF, 1990).

Afinidade botânica: Mohria e Anemia – Schizaeaceae (GERMERAAD, HOPPING e

MULLER, 1968).

Cicatricosisporites sp.1

Estampa 12, # 7

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito subcircular. Exina estriada.

Dimensões (13 exemplares): 43,2 – 83,8 μm de diâmetro (100X). Exina com 4 – 7,8

μm de espessura. Costelas com separações entre si de 3 – 3,4 μm.

Afinidade botânica: Schizaeaceae.

Cicatricosisporites sp.2

Estampa 13, # 1 a, b

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular, laesura longa e fina atingindo

o equador. Exina estriada.

Dimensões (6 exemplares): 87 – 106 μm de diâmetro (100X). Estrias com espessura

de 2,8 – 4,4 μm e espassamento entre elas de 1,6 – 5,5 μm.

Afinidade botânica: Schizaeaceae.

Gênero Cyathidites Couper, 1953

Espécie-tipo: Cyathidites australis Couper, 1953

Cyathidites paleospora (Martin) Alley e Broadbridge, 1992

Estampa 13, # 2

Page 87: Danieli Bento Dos Santos I

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Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito triangular de ângulos

arredondados e lados fortemente côncavos. Marca trilete reta e longa quase tocando a

borda do grão. Exina psilada com 1 μm de espessura.

Dimensões (23 exemplares): 24,8 – 32 μm de diâmetro (100X).

Idade / Ocorrência:

- Neo-oligoceno? a Mioceno da Formação Chenque, Patagônia Argentina

(BARREDA, 1997 a).

Afinidade botânica: Cyatheaceae.

Gênero Deltoidospora Miner, 1935

Espécie-tipo: Deltoidospora halii Miner, 1935

Deltoidospora adriennis (Potonié e Gelletich, 1933) Frederiksen, 1983

Estampa 13, # 3

Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subtriangular. Marca trilete

sinuosa e longa tocando a borda do grão. Exina psilada.

Dimensões (13 exemplares): 32 – 37 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,6 μm de

espessura.

Idade / Ocorrência:

- Oligoceno a recente da Venezuela (LORENTE, 1986).

Afinidade botânica: Acrostichum aureum – Polypodiaceae (LORENTE, 1986).

Deltoidospora sp. cf. D. juncta (Karamurza) Orlowska-Zwolinska

Estampa 13, # 4

Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito triangular com

extremidades bem arredondadas e lados retos a levemente côncavos. Laesura longa e

reta margeada por um margo; abertura atingindo o cíngulo. Exina psilada.

Dimensões (25 exemplares): 32 – 36 μm de diâmetro (100X). Cíngulo variando de 3 –

4,4 μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Oligoceno da Formação Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo (LIMA, MELO e

COIMBRA, 1991).

Page 88: Danieli Bento Dos Santos I

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Afinidade botânica: Lindsaya (LIMA, MELO e COIMBRA, 1991).

Deltoidospora sp.1

Estampa 13, # 5

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito triangular de lados retos e ângulos

bem arredondados. Laesura longa, levemente ondulada. Exina psilada.

Dimensões (4 exemplares): 42 – 45,3 μm de diâmetro (100X). Exina psilada com 3,4 –

5,7 μm de espessura.

Afinidade botânica: Polypodiaceae.

Deltoidospora sp.2

Estampa 13, # 6

Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito triangular de ângulos

arredondados e lados retos. Laesura curta, levemente sinuosa. Exina psilada.

Dimensões (17 exemplares): 36 – 47,2 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,5 μm de

espessura.

Afinidade botânica: Polypodiaceae.

Gênero Echinatisporis Krutzsch, 1959

Espécie-tipo: Echinatisporis longechinus Krutzch, 1959

Echinatisporis sp.1

Estampa 13, # 7

Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subtriangular. Marca trilete

sinuosa, quase atingindo a borda do grão. Exina constituída por espinhos distribuídos

pela superfície de forma espaçada.

Dimensões (2 exemplares): corpo com 18 – 23 μm de diâmetro (100X). Espinhos com

2,2 – 2,8 μm de altura. Exina com 1,4 μm de espessura.

Afinidade botânica: Selaginella.

Page 89: Danieli Bento Dos Santos I

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Echinatisporis sp.2

Estampa 13, # 8

Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subcircular, marca trilete

quase tocando a borda. Exina equinada, com espinhos distribuídos de forma espaçada

pela superfície do grão.

Dimensões (1 exemplar): 19 μm de diâmetro (100X). Espinhos com 4,4 – 9,1 μm de

altura. Exina medindo 1,4 μm de espessura.

Afinidade botânica: Selaginella.

Gênero Echitriletes Potonié, 1956

Espécie-tipo: Echitriletes lanatus (Dijkstra, 1951) emend. Potonié, 1956

Echitriletes muelleri Regali, Uesugui e Santos, 1974

Estampa 13, # 9

Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subcircular. Laesura bem

evidente. Exina equinada com espinhos distribuídos por toda superfície do grão.

Dimensões (17 exemplares): corpo sem equinas 26 – 30 μm de diâmetro (100X).

Equinas com 3,7 – 4,2 μm de altura e 1,7 – 2,6 μm de base. Exina com 0,8 – 1 μm de

espessura.

Idade / Ocorrência:

- Neoeoceno/Oligoceno a Eomioceno da Plataforma continental do Amapá, Pará,

Maranhão, Sergipe e Paraná (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);

- Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-

CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985)

- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e

SUGUIO, 1985); e

- Oligoceno a Mioceno da Venezuela (LORENTE, 1986).

Afinidade botânica: Selaginella.

Page 90: Danieli Bento Dos Santos I

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Echitriletes sp.

Estampa 13, # 10

Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subcircular, laesura pouco

evidente, fina e longa. Exina constituída por espinhos.

Dimensões (3 exemplares): 32 – 36,7 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,2 μm de

espessura (sem espinhos). Espinhos com 1 – 2,4 μm de altura e 0,5 – 0,8 μm de base.

Afinidade botânica: Selaginella.

Gênero Gleichenidiites Ross, 1949

Espécie-tipo: Gleichenidiites senonicus Ross, 1949

Gleicheniidites sp.

Estampa 14, # 1

Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito triangular de lados retos.

Marca trilete reta e longa tocando a borda do grão, presença de margo e cíngulo. Exina

psilada menos espessa nos ângulos.

Dimensões (2 exemplares): 52 – 56,7 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 8,1 μm

de espessura.

Afinidade botânica: Gleicheniaceae.

Gênero Hamulatisporis Krutzsch emend. Srivastava, 1972

Espécie-tipo: Hamulatisporis hamulatus Krutzsch, 1959

Hamulatisporis sp.

Estampa 14, # 2

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito subcircular. Laesura espessa, reta.

Exina fortemente rugulada.

Dimensões (47 exemplares): 54 – 79,7 μm de diâmetro (100X). Rugulas com até 12,7

μm de altura.

Idade / Ocorrência:

- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e

SUGUIO, 1985);

- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984); e

Page 91: Danieli Bento Dos Santos I

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- Yamamoto (1995) cita a presença do gênero para o Neoeoceno da Formação

Resende (Bacia de Resende), Oligoceno das formações Tremembé e São Paulo

(Bacia de Taubaté), e Neo-oligoceno da Formação Itaquaquecetuba (Bacia de

São Paulo).

Afinidade botânica: Lycopodium adpressum (Srivastava, 1972).

Gênero Leiotriletes Naumova ex Ishchenko, 1952

Espécie-tipo: Leiotriletes sphaerotriangulus (Loose) Potonié & Kremp, 1954

Leiotriletes sp.1

Estampa 14, # 3

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito subtriangular de lados retos e ângulos

bem arredondados. Laesura levemente sinuosa, longa tocando a borda do grão. Exina

psilada.

Dimensões (12 exemplares): 42 – 55 μm de diâmetro (100X). Exina fina com 0,8 – 1,2

μm de espessura.

Afinidade botânica: Schizaeaceae (Kedves, 1961).

Leiotriletes sp.2

Estampa 14, # 4

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito triangular de lados convexos. Laesura

longa e levemente sinuosa, tocando a borda do grão. Exina escabrada.

Dimensões (6 exemplares): 23 – 28,3 μm de diâmetro (100X). Exina com 0,9 μm de

espessura.

Afinidade botânica: Schizaeaceae.

Leiotriletes sp.3

Estampa 14, # 5

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito subtriangular de lados retos a

convexos e ângulos bem arredondados. Laesura reta, tocando a borda do grão.

Psilado.

Dimensões (8 exemplares): 37 – 49,4 μm de diâmetro (100X). Exina com 2 μm.

Page 92: Danieli Bento Dos Santos I

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Afinidade botânica: Schizaeaceae.

Gênero Lycopodiumsporites Thiergart, 1938 ex Delcourt e Sprumont, 1955

Espécie-tipo: Lycopodiumsporites agathoecus (Potonié) Delcourt e Sprumont, 1955

Lycopodiumsporites sp.1

Estampa 14, # 6

Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subcircular. Laesura de

difícil observação. Exina reticulada com lumens por vezes incompletos.

Dimensões (4 exemplares): 57 – 64,2 μm de diâmetro (100X). Lumens com 5,8 – 12

μm de diâmetro. Exina com 1,8 – 3 μm de espessura.

Afinidade botânica: Lycopodiaceae.

Lycopodiumsporites sp.2

Estampa 14, # 7

Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subcircular. Marca trilete

bem evidente e espessa. Exina constituída por numerosos espinhos.

Dimensões (1 exemplar): 74 μm de diâmetro (100X). Exina 9,2 μm de espessura.

Espinhos com 6,9 μm de altura.

Afinidade botânica: Lycopodiaceae.

Gênero Matonisporites Couper, 1958

Espécie-tipo: Matonisporites phlebopteroides Couper, 1958

Matonisporites rarus sah, 1967

Estampa 14, # 9

Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subtriangular de lados

retos e ângulos fortemente arredondados. Marca trilete, reta e curta. Exina Psilada.

Dimensões (3 exemplares): 21,5 – 23 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 μm de

espessura.

Idade / Ocorrência:

- Neógeno da África (SAH, 1967).

Afinidade botânica: Matonia (SAH, 1967).

Page 93: Danieli Bento Dos Santos I

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Gênero Polypodiaceiosporites Potonié, 1951 ex Potonié, 1956

Espécie-tipo: Polypodiaceiosporites speciosus (Potonié, 1934) Potonié, 1956

Polypodiaceiosporites gracillimus Nagy

Estampa 14, # 11

Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito triangular com

extremidades arredondadas e lados retos a convexos. Marca trilete bem próxima ao

cíngulo. Região central do esporo com ornamentação verrugosa. Cíngulo psilado,

menos espesso nos ângulos.

Dimensões (30 exemplares): 35 – 39,2 μm de diâmetro (100X). Cíngulo com 1,4 – 4,1

μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Oligoceno da Formação Tremembé, da Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-

CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985); e

- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo

(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991).

Afinidade botânica: Polypodiaceae.

Polypodiaceiosporites potoniei kedves, 1961

Estampa 14, # 10

Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito triangular com ângulos

bem arredondados e lados retos, côncavos ou convexos. Marca trilete quase tocando o

cíngulo, com margo; cíngulo psilado, porção central do esporo com aspecto corrugado.

Cíngulo mais espesso nos ângulos.

Dimensões (45 exemplares): 32 – 48,4 μm de diâmetro (100X). Cíngulo variando de

2,4 – 5,4 μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Campaniano a Mioceno da plataforma continental brasileira e bacias de

Sergipe/Alagoas, Almada, Cumuruxatiba e Espírito Santo (REGALI, UESUGUI e

SANTOS, 1974 a,b);

- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo

(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);

Page 94: Danieli Bento Dos Santos I

94

- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);

- Oligoceno da Formação Itatiaia, Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);

- Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-

CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985);

- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);

- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001); e

- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e

SUGUIO, 1985).

Afinidade botânica: Polypodiaceae.

Gênero Reboulisporites fuegiensis Zamaloa e Romero, 1990

Espécie-tipo: Reboulisporites fuegiensis Zamaloa e Romero, 1990

Reboulisporites fuegiensis Zamaloa e Romero, 1990

Estampa 15, # 1

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito subtriangular. Laesura longa, atingindo

o equador. Esclerina mais interna membranosa e a mais externa reticulada com lumens

por vezes incompletos.

Dimensões (23 exemplares): 53 – 78 μm de diâmetro (100X). Lumens variando de 7 –

12 μm de diâmetro. Zona com 7 – 8 μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Neo-oligoceno a Eomioceno da Formação Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo

e Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (YAMAMOTO, 1995);

- Neoeoceno a Oligoceno na Ilha da Terra do Fogo, Argentina (ZAMALOA;

ROMERO, 1990); e

- Mioceno da Formação del Buey, Argentina (BARREDA et al., 2006).

Afinidade botânica: Aytoniaceae (YAMAMOTO, 1995).

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Reboulisporites sp.

Estampa 15, # 2

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular. Laesura longa, atingindo o

equador. Esclerina mais interna membranosa e a mais externa reticulada, com lumens

incompletos.

Dimensões (17 exemplares): 64 - 78 μm de diâmetro (100X).

Afinidade botânica: Aytoniaceae.

Gênero Salvinia Seguier, 1754

Salvinia sp.

Estampa 12, # 2

Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito circular. Exina psilada. Os

esporos encontram-se agrupados em um tecido esponjoso sem presença de gloquidios

(projeções periféricas).

Dimensões (50 exemplares): Mássulas com 76,5 – 137 μm de diâmetro (40X).

Esporos com cerca de 7 – 9 μm de diâmetro e exina com 0,5 μm de espessura.

Afinidade botânica: Salviniaceae.

Gênero Sestrosporites Dettmann, 1963

Espécie-tipo: Sestrosporites irregulatus (Couper) Dettmann, 1963

Sestrosporites sp.

Estampa 15, # 3

Descrição: esporo trilete, simetria radial, anisopolar, âmbito subtriangular de ângulos

bem arredondados e lados convexos. Laesura longa atingindo a borda do grão. Exina

foveolada.

Dimensões (1 exemplar): 30,2 μm de diâmetro (100X), Exina com 2,1 μm de

espessura.

Afinidade botânica: Lycopodiaceae.

Page 96: Danieli Bento Dos Santos I

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Gênero Stereisporites Pflug in Thomson e Pflug, 1953

Espécie-tipo: Stereisporites stereoides (Potonié e Venitz, 1934) Pflug in Thomson e

Pflug, 1953

Stereisporites sp.

Estampa 15, # 4

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular. Laesura longa e reta quase

tocando a borda do grão. Exina psilada.

Dimensões (18 exemplares): 24 – 32 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,2 μm de

espessura.

Afinidade botânica: Briófita (LIMA; DINO, 1984).

Gênero Undulatisporites Pflug, 1953

Espécie-tipo: Undulatisporites microcutis Pflug, 1953

Undulatisporites velamentus Chateauneuf, 1980

Estampa 15, # 5

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular. Marca trilete saliente; laesura

longa, reta a sinuosa rompendo a exina. Exina Psilada.

Dimensões (1 exemplar): 26,7 μm de diâmetro (100X). Exina pouco espessa com 1,2

μm.

Idade / Ocorrência:

- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba , Bacia de São Paulo

(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991).

Afinidade botânica: Schizaeaceae? (LIMA, MELO e COIMBRA, 1991).

Undulatisporites sp.1

Estampa 15, # 6

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular. Laesura curta, espessa e

sinuosa. Exina granulada.

Dimensões (20 exemplares): 32 – 40,5 μm de diâmetro (100X). Exina com 2 μm de

espessura.

Afinidade botânica: desconhecida.

Page 97: Danieli Bento Dos Santos I

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Undulatisporites sp.2

Estampa 15, # 7

Descrição: esporo trilete, anisopolar, âmbito triangular de lados retos a convexos e

ângulos arredondados. Laesura longa, bem sinuosa, tocando a borda do grão. Exina

desprovida de ornamenteção.

Dimensões (6 exemplares): 32 – 36 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 1,5 μm de

espessura.

Afinidade botânica: desconhecida.

Não identificados

Trilete 1

Estampa 15, # 8 a, b, c

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito subcircular. Laesura longa, tocando a

borda do grão, presença de margo. Psilado.

Dimensões (2 exemplares): 45 – 48,3 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,6 μm de

espessura. Margo com 3,4 – 4,6 μm.

Afinidade botânica: desconhecida.

Trilete 2

Estampa 15, # 9

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular. Marca trilete curta. Exina

gemada.

Dimensões (1 exemplar): 25 μm de diâmetro (100X). Exina com 3,4 μm de espessura.

Gemas com 4,1 – 5,2 μm de base e 2,1 – 2,4 μm de altura.

Afinidade botânica: desconhecida.

Trilete 3

Estampa 16, # 1

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular. Marca trilete curta e fina.

Exina coberta por uma estrutura semelhante a poros. Presença de perisporo.

Page 98: Danieli Bento Dos Santos I

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Dimensões (2 exemplares): 43 – 48 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 μm de

espessura. Perisporo com 8,7 – 10,6 μm.

Afinidade botânica: desconhecida.

Trilete 4

Estampa 16, # 2

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular. Marca trilete fina, curta e

pouco sinuosa. Presença de cíngulo com espessura variável. Exina levemente estriada.

Dimensões (1 exemplar): 78,8 μm de diâmetro (100X). Cingulo com 5,5 – 8,5 μm de

espessura.

Afinidade botânica: desconhecida.

Trilete 5

Estampa 16, # 3

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito circular, marca trilete curta, fina e

levemente sinuosa, pouco visível em alguns exemplares. Exina coberta por uma

estrutura semelhante a poros.

Dimensões (3 exemplares): 50,5 – 63 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,7 μm de

espessura.

Afinidade botânica: desconhecida.

Trilete 6

Estampa 16, # 4

Descrição: esporo trilete, simetria radial, âmbito subcircular. Laesura sinuosa quase

atingindo a borda do grão. Exina reticulada.

Dimensões (2 exemplares): 36 – 40 μm de diâmetro (100X). Exina com 3,5 – 3,8 μm

de espessura.

Afinidade botânica: desconhecida.

Page 99: Danieli Bento Dos Santos I

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Trilete 7

Estampa 16, # 5

Descrição: esporo trilete, simetria radial, ambito subtriangular de lados retos, concavos

e/ou convexos. Marca trilete, fina e longa. Presença de cíngulo nas bordas do esporo

assemelhando-se a vesículas. A exina mostra-se de um lado psilada e do outro

rugulada. Cíngulo psilado.

Dimensões (3 exemplares): 27 – 30 μm de diâmetro (100X). Vesículas com 6,5 – 7,2

μm de espessura.

Afinidade botânica: Licófita?

CLASSE B Monoletes Ibrahim, 1933

Gênero Laevigatosporites Ibrahim, 1933

Espécie-tipo: Laevigatosporites vulgaris (Ibrahim) Ibrahim, 1933

Laevigatosporites ovatus Wilson e Webster, 1946

Estampa 16, # 6

Descrição: esporo monolete, simetria bilateral, âmbito elíptico. Exina psilada.

Dimensões (45 exemplares): 31 – 58 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,6 μm de

espessura.

Idade / Ocorrência:

- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo

(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);

- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);

- Oligoceno da Formação Itatiaia, Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);

- Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-

CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985);

- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);

- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);

- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e

SUGUIO, 1985);

- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);

- Eomioceno da Formação Alexandra (LIMA; ANGULO, 1990);

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- Yamamoto (1995) cita a espécie para o Neoeoceno (Formação Resende),

Oligoceno (formações Resende, Tremembé e São Paulo) e Neo-oligoceno a

Eomioceno (Formação Itaquaquecetuba).

- Maastrichtiano a Paleoceno da Província de Santa Cruz (FREILE, 1972);

- Paleoceno de Montana-EUA (WILSON; WEBSTER, 1946); e

- Cretáceo a Neógeno da Nova Zelândia (RAINE, MILDENHALL e KENNEDY,

2006).

Afinidade botânica: Segundo Raine, Mildenhall e Kennedy (2006), Laevigatosporites

ovatus assemelha-se com esporos produzidos por diversas famílias como:

Aspleniaceae, Blechnaceae, Polypodiaceae, Schizaeaceae, etc.

Gênero Verrucatosporites Pflug e Thomson in Thomson e Pflug, 1953

Espécie-tipo: Verrucatosporites alienus (Potonié) Thomson e Pflug, 1953

Verrucatosporites usmensis Germeraad, Hopping e Muller, 1968

Estampa 16, # 7

Descrição: esporo monolete, simetria bilateral, âmbito elíptico. Exina composta de

gemas e verrugas.

Dimensões (20 exemplares): 67 – 85,4 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,5 – 3,4

μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Neoeoceno a Mioceno da plataforma continental do Amapá, Pará, Maranhão,

Sergipe, Rio de Janeiro e Paraná e bacias Cumuruxatiba e Espírito Santo

(REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);

- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo

(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);

- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);

- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);

- Eomioceno da Formação Alexandra (LIMA; ANGULO, 1990);

- Eomioceno da Formação Itaquaquecetuba / Bacia de São Paulo (YAMAMOTO,

1995);

- Oligoceno a Pleistoceno da Venezuela (LORENTE, 1986);

Page 101: Danieli Bento Dos Santos I

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- Oligoceno – Mioceno da Colômbia (DUEÑAS, 1980);

- Neoeoceno a Pleistoceno do Caribe (GERMERRAD, HOPPING e MULLER,

1968);

- Neoeoceno a Plioceno do norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO e

ERVE, 1987); e

- Eoceno a Plioceno nas bacias do Togo, Nigéria, Niger e Mali; Eoceno a Mioceno

das bacias do Gabão, Camarões, Congo e Angola (SALARD-CHEBOLDAEFF,

1990).

Afinidade botânica: Stenochlaena palustris (Blechnaceae), segundo Germerrad,

Hopping e Muller (1968).

Verrucatosporites sp.

Estampa 16, # 8

Descrição: esporo monolete, simetria bilateral, âmbito elíptico. Exina microverrugosa.

Dimensões (1 exemplar): 52,7 μm de diâmetro (100X). Exina com 4,1 μm de

espessura.

Afinidade botânica: Polypodiaceae.

Divisão II POLLENITES R. Potonié, 1931

CLASSE Vesiculatae Iversen et Troels-Smith, 1950

Genero Dacrydiumites Cookson ex Harris, 1965

Espécie-tipo: Dacrydiumites florinii Cookson & Pike ex Harris, 1965

Dacrydiumites florinii Cookson & Pike ex Harris, 1965

Estampa 17, # 1

Descrição: grão de pólen sacado, contorno subcircular. Exina apresentando nervuras

internas formando distalmente retículos de malhas irregulares.

Dimensões (60 exemplares): 33 – 58 μm de diâmetro (100X).

Idade / Ocorrência:

- Neoeoceno a Oligoceno da plataforma continental do Rio de Janeiro, São Paulo

e Paraná (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);

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- Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-

CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985);

- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo

(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);

- Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);

- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990);

- Meso/Neo-eoceno do Gráben de Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,

RICCOMINI e SOUZA, 1994);

- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e

SUGUIO, 1985);

- Neo-oligoceno a Eomioceno da Formação Itaquaquecetuba e Oligoceno da

Formação São Paulo / Bacia de São Paulo; Oligoceno das bacias de Taubaté e

Resende (YAMAMOTO, 1995);

- Paleoceno da Patagônia (ARCHANGELSKY e ROMERO, 1974);

- Eoceno da Província de Santa Cruz (ROMERO, 1977);

- Maastrichtiano a Paleoceno da Província de Santa Cruz (FREILE, 1972);

- Mioceno da Papua-Nova Guiné (PLAYFORD, 1982); e

- Cretáceo Superior a Pleistoceno da Nova Zelândia (COUPER, 1953).

Afinidade botânica: Dacrydium (Podocarpaceae).

Gênero Podocarpidites Cookson ex Couper, 1953

Espécie-tipo: Podocarpidites ellipticus Cookson, 1947

Podocarpidites marwickii Romero, 1977

Estampa 17, # 2

Descrição: grão de pólen bissacado, sacos de tamanho irregular, reticulado; retículos

incompletos. Corpo central psilado.

Dimensões (30 exemplares): corpo central com 36 – 48 μm de diâmetro (100X); sacos

com 38,7 – 56 μm de diâmetro.

Idade / Ocorrência:

- Neoeoceno a Oligoceno da plataforma continental do Rio de Janeiro, São Paulo

e Paraná (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);

Page 103: Danieli Bento Dos Santos I

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- Oligoceno das bacias de Taubaté e Resende (YAMAMOTO, 1995);

- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);

- Eoceno de Santa Cruz, Argentina (ROMERO, 1977); e

- Cretáceo a Neógeno da Nova Zelândia (RAINE, MILDENHALL e KENNEDY,

2006).

Afinidade botânica: Podocarpaceae.

Podocarpidites sp.1

Estampa 17, # 3

Descrição: grão de pólen bissacado, sacos de tamanhos irregulares, fortemente

reticulados, corpo central subcircular, psilado.

Dimensões (23 exemplares): corpo central com 42 – 56 μm de diâmetro (100X); sacos

com 37 – 43 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Podocarpaceae.

Podocarpidites sp.2

Estampa 17, # 4 a, b

Descrição: grão de pólen bissacado, sacos de tamanho regular, reticulados. Corpo

central subcircular, psilado.

Dimensões (30 exemplares): corpo central com 31 – 37 μm de diâmetro (100X); sacos

com 33 – 41 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Podocarpaceae.

Podocarpidites sp.3

Estampa 17, # 5

Descrição: grão de pólen bissacado, sacos de tamanho regular, reticulados. Corpo

central psilado com diâmetro maior que o diâmetro dos sacos.

Dimensões (6 exemplares): corpo central com 41 – 45,7 μm de diâmetro (100X);

sacos com 34 – 38 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Podocarpaceae.

Page 104: Danieli Bento Dos Santos I

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Podocarpidites sp.4

Estampa 17, # 6

Descrição: grão de pólen bissacado, sacos de tamanho regulares, reticulares; retículos

incompletos. Corpo central psilado.

Dimensões (2 exemplares): corpo central com 37,5 – 42 μm de diâmetro (100X);

sacos com 43,8 – 45 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Podocarpaceae.

CLASSE Monoporatae Iversen et Troels-Smith, 1950

Gênero Graminidites Cookson ex Potonié, 1960

Espécie-tipo: Graminidites media Cookson ex Potonié, 1960

Graminidites sp.

Estampa 18, # 1

Descrição: grão de pólen simples, simetria radial, heteropolar. Monoporado, anulado.

Exina psilada.

Dimensões (33 exemplares): 36 – 45,5 μm de diâmetro (100X). Ânulo com 3 – 3,6 μm

de espessura. Poro com 2 – 2,4 μm de diâmetro. Exina com 1,7 μm.

Afinidade botânica: Poaceae.

CLASSE Monocolpatae Iversen et Troels-Smith, 1950

Gênero Arecipites Wodehouse emend. Nichols, Ames e Traverse, 1973

Espécie-tipo: Arecipites punctatus Wodehouse, 1933

Arecipites sp.

Estampa 18, # 2

Descrição: grão de pólen, simetria bilateral, heteropolar, contorno ovalado com

extremidades arredondadas. Monocolpado, colpo largo. Exina reticulada.

Dimensões (1 exemplar): 63,9 X 37,4 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,2 μm de

espessura e lúmens com 1 – 1,8 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Arecaceae (Palmae) e Liliaceae.

Page 105: Danieli Bento Dos Santos I

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Gênero Liliacidites Couper, 1953

Espécie-tipo: Liliacidites Kaitangataensis Couper, 1953

Liliacidites sp.

Estampa 18, # 3

Descrição: grão de pólen monade, simetria bilateral, heteropolar, âmbito ovalado com

extremidades arredondadas. Monocolpado, colpo longo. Sexina reticulada.

Dimensões (3 exemplares): 47 – 59 μm de diâmetro (100X). Retículos com lumens

variando de 0,6 – 1,2 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Liliaceae, Arecaceae, Amaryllidaceae e Iridaceae

(FREDERIKSEN, 1983).

Gênero Proxapertites Van der Hammen, 1956

Espécie-tipo: Proxapertites operculatus Van der Hammen, 1956

Proxapertites sp.

Estampa 18, # 7

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, contorno aproximadamente circular.

Monocolpado, colpo longo. Exina reticulada.

Dimensões (2 exemplares): 48 – 59 μm de diâmetro (100X). Exina com 2 μm de

espessura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Gênero Psilamonocolpites Van der Hammen e Garcia de Mutis, 1965

Espécie-tipo: Psilamonocolpites medius Van der Hammen e Garcia de Mutis, 1965

Psilamonocolpites sp.1

Estampa 18, # 4

Descrição: grão de pólen monade, simetria bilateral, heteropolar, contorno ovalado.

Monocolpado, colpo longo, mais aberto nas extremidades. Exina psilada, bem espessa.

Dimensões (2 exemplares): 32 – 38,5 μm de comprimento (100X). Diâmetro polar de

18 – 20,8 μm. Exina com 0,8 – 1 μm de espessura.

Afinidade botânica: Arecaceae (Palmae).

Page 106: Danieli Bento Dos Santos I

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Psilamonocolpites sp.2

Estampa 18, # 5

Descrição: grão de pólen monade, simetria bilateral, heteropolar, contorno ovalado

com extremidades pontiagudas. Monocolpado, colpo mais expandido na região central.

Exina psilada.

Dimensões (2 exemplares): 22 – 24,3 μm de comprimento (100X). Diâmetro polar de

14,8 – 16,5 μm. Exina com 0,8 – 1 μm de espessura.

Afinidade botânica: Arecaceae (Palmae).

Gênero Retimonocolpites Pierce, 1961

Espécie-tipo: Retimonocolpites dividuus Pierce, 1961

Retimonocolpites sp.

Estampa 18, # 6

Descrição: grão de pólen monade, simetria bilateral, heteropolar, contorno ovalado de

ângulos arredondados. Monocolpado, colpo mais expandido nas extremidades. Exina

reticulada.

Dimensões (2 exemplares): 54,1 – 60,5 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,6 μm de

espessura.

Afinidade botânica: Arecaceae (Palmae).

Gênero Spinizonocolpites Muller, 1968

Espécie-tipo: Spinizonocolpites echinatus Muller, 1968

Spinizonocolpites echinatus Muller, 1968

Estampa 18, # 8

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, subesférico. Monocolpado, colpo

continuo equatorial. Exina constituída por espinhos.

Dimensões (1 exemplar): 40 μm de diâmetro (100X). Espinhos com 1 – 2,2 μm de

base e 2,8 – 6,4 μm de altura.

Idade / Ocorrência:

Page 107: Danieli Bento Dos Santos I

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- Maastrichtiano a Oligoceno da plataforma continental do Amapá, Pará,

Maranhão, Sergipe e Rio de Janeiro e Bacia de Sergipe / Alagoas (REGALI,

UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);

- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (Lima; Amador, 1985);

- Meso/Neoeoceno das bacias de Fonseca e Gandarela (LIMA; SALARD-

CHEBOLDAEFF; 1981);

- Oligoceno a Plioceno da Venezuela (LORENTE, 1986); e

- Eoceno da Africa intertropical – bacias do Togo, Nigéria, Niger e Mali;

Eoceno/Oligoceno das bacias do Gabão, Camarões, Congo e Angola (SALARD-

CHEBOLDAEFF, 1990).

Afinidade botânica: Arecaceae.

CLASSE Triporatae Iversen et Troels-Smith, 1950

Gênero Corsinipollenites Nakoman, 1965

Espécie-tipo: Corsinipollenites oculus-noctis (Thiegart) Nakoman, 1965

Corsinipollenites sp. cf. C. oculus-noctis (Thiegart) Nakoman, 1965

Estampa 19, # 1

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular a

subtriangular. Triporado, poros anulados. Exina psilada a escabrada. Alguns grãos

apresentam filamentos na superfície.

Dimensões (3 exemplares): 46 – 59,5 μm de diâmetro (100X). Ânulo com 2,5 – 2,8 μm

de espessura; poro com 8,2 – 10 μm de diâmetro; exina com 1 – 1,4 μm de espessura.

Afinidade botânica: Onagraceae, gênero Ludwigia (FREDERIKSEN, 1983).

Corsinipollenites undulatus (González–Guzmán) Lima e Salard-Cheboldaeff, 1981

Estampa 19, # 2

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subtriangular.

Triporado; poros anulados, circulares a subcirculares. Exina rugulada com filamentos na

face proximal.

Dimensões (8 exemplares): 52,5 – 69 μm de diâmetro (100X). Poros com 8,5 – 10 μm

de diâmetro; ânulo com 2 – 4 μm de espessura. Exina com cerca de 2,5 μm.

Page 108: Danieli Bento Dos Santos I

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Idade / Ocorrência:

- Maastrichtiano a Plioceno da plataforma continental brasileira e nas bacias de

Sergipe/Alagoas, Almada e Espírito Santo (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974

a, b);

- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);

- Meso/Neoeoceno da Bacia de Gandarela (LIMA; SALARD-CHEBOLDAEFF,

1981);

- Oligoceno da Formação São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo

(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);

- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA; JUNIOR e STEFANI, 1996);

- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);

- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990);

- Meso/Neoeoceno do Gráben de Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,

RICCOMINI e SOUZA, 1994);

- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e

SUGUIO, 1985);

- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);

- Eomioceno da Formação Alexandra (LIMA; ANGULO, 1990);

- Neo-oligoceno a Eomioceno da Formação Itaquaquecetuba e Oligoceno da

Formação São Paulo / Bacia de São Paulo; Oligoceno das bacias de Taubaté e

Resende (YAMAMOTO, 1995);

- Eoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001); e

- Eoceno da África intertropical – bacias do Togo, Nigéria, Niger e Mali (SALARD-

CHEBOLDAEFF, 1990).

Afinidade botânica: Onagraceae, gênero Jussiaea (GONZÁLEZ-GUZMÁN, 1967).

Corsinipollenites sp. cf. C. undulatus (González–Guzmán) Lima e Salard-Cheboldaeff,

1981

Estampa 19, # 3

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subtriangular de

lados convexos. Triporado, poros anulados. Sexina undulada; filamentos na superfície.

Page 109: Danieli Bento Dos Santos I

109

Dimensões (1 exemplar): 22 μm de diâmetro (100X). Poros com 4,6 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Onagraceae.

Corsinipollenites sp.1

Estampa 19, # 4

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.

Triporado, poro anulado. Sexina psilada a escabrada, com filamentos na superfície.

Dimensões (2 exemplares): 78 – 81,8 μm de diâmetro (100X). Ânulos com 5 – 5,6 μm

de espessura e poro com 17 – 22 μm de diâmetro. Exina com 3 μm de espessura.

Afinidade botânica: Onagraceae.

Corsinipollenites sp.2

Estampa 19, # 5

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subtriangular de

lados convexos e ângulos bem arredondados. Triporado, poros anulados. Exina

psilada, levemente escabrada na região dos poros.

Dimensões (1 exemplar): 55,8 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,1 μm de

espessura.

Afinidade botânica: Onagraceae.

Corsinipollenites sp.3

Estampa 20, # 1

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.

Triporado, poros fortemente anulados, subcirculares. Exina psilada a escabrada.

Dimensões (1 exemplar): 94 μm de diâmetro (100X). Exina com 3,2 μm de espessura.

Poro com cerca de 15 μm de diâmetro e ânulo com espessura de 6,2 – 13,7 μm.

Afinidade botânica: Onagraceae.

Page 110: Danieli Bento Dos Santos I

110

Gênero Echitriporites Van der Hammen ex Hoeken – Klinkenberg, 1964

Espécie-tipo: Echitriporites trianguliformis Van der Hammen ex Hoeken – Klinkenberg,

1964

Echitriporites sp.

Estampa 20, # 2

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.

Triporado, poros subcirculares. Exina equinada.

Dimensões (3 exemplares): 57 – 63 μm de diâmetro (100X). Exina sem espinhos com

1,6 μm – 2,5 μm. Poros com cerca de 8 μm de diâmetro. Equinas com 2 – 2,6 μm de

altura e 1,2 – 2 μm de base.

Idade / Ocorrencia:

- Assemelha-se com o palinomorfo apresentado por Lima e Amador (1985) para o

Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende.

Afinidade botânica: Sterculiaceae? (LIMA; AMADOR, 1985).

Gênero Momipites Wodehouse, 1933

Espécie-tipo: Momipites coryloides Wodehouse, 1933

Momipites sp.

Estampa 20, # 3

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, ambito subcircular.

Triporado, poros subcirculares. Exina psilada.

Dimensões (6 exemplares): 38 – 44,6 μm de diâmetro (100X). Exina com 2 μm de

espessura.

Afinidade botânica: Verbenaceae.

Gênero Proteacidites Cookson ex Couper, 1953

Espécie-tipo: Proteacidites adenanthoides Cookson, 1950

Proteacidites dehanii Germeraad, Hopping e Muller, 1968

Estampa 20, # 4 a, b

Descrição: grão de pólen monade, âmbito triangular de lados retos a levemente

côncavos. Triporado, poros ovalados, anulados. Exina reticulada.

Page 111: Danieli Bento Dos Santos I

111

Dimensões (14 exemplares): 37 – 42,9 μm de diâmetro (100X). Poros com 6 – 7 μm e

ânulo variando de 0,8 – 2,4 μm de diâmetro. Exina com 2,2 – 2,7 μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Maastrichtiano a Oligoceno da plataforma continental do Pará, Maranhão,

Sergipe e Rio de Janeiro e Bacia de Sergipe/Alagoas (REGALI, UESUGUI e

SANTOS, 1974 a, b);

- Oligoceno da Formação Itatiaia, Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);

- Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-

CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985);

- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);

- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);

- Neoeoceno a Eomioceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990);

- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e

SUGUIO, 1985);

- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);

- Eoceno a Plioceno da Bacia de Falcão – Venezuela (LORENTE, 1986); e

- Maastrichtiano do Norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO e ERVE,

1987); e

- Maastrichtiano a Paleoceno da África Intertropical – Togo, Nigéria e bacias de

Niger e Mali; e Maastrichtiano das bacias do Gabão, Camarões, Congo e Angola

(SALARD-CHEBOLDAEFF, 1990).

Afinidade botânica: Proteaceae.

Proteacidites sp. cf. P. rectomarginatus Cookson, 1950

Estampa 20, # 5

Descrição: grão de pólen monade, âmbito triangular de lados retos. Triporado. Exina

reticulada com malha muito fina.

Dimensões (43 exemplares): 28 – 36 μm de diâmetro (100X). Poros com 8 – 8,5 μm

de diâmetro; exina com 1 – 1,4 μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Oligoceno da Formação Itatiaia, Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);

Page 112: Danieli Bento Dos Santos I

112

- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);

- Neoeoceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990); e

- Paleógeno da Nova Zelândia (RAINE, MILDENHALL e KENNEDY, 2006).

Afinidade botânica: Proteaceae.

Proteacidites sp.1

Estampa 20, # 6

Descrição: grão de pólen monade, âmbito triangular de lados retos a levemente

convexos. Triporado. Exina microrreticulada.

Dimensões (6 exemplares): 25 – 30 μm de diâmetro (100X). Poros com 3,6 – 4,2 μm

de diâmetro.

Afinidade botânica: Proteaceae.

Proteacidites sp.2

Estampa 20, # 7

Descrição: grão de pólen monade, âmbito triangular de lados retos a levemente

côncavos ou convexos. Triporado. Sexina pouco mais espessa que nexina, exina

psilada.

Dimensões (40 exemplares): 32 – 38,3 μm de diâmetro (100X). Poros com 3,2 – 6,9

μm de diâmetro. Exina com 1,6 – 2,4 μm de espessura.

Afinidade botânica: Proteaceae.

Proteacidites sp.3

Estampa 21, # 1 a, b

Descrição: grão de pólen monade, âmbito triangular de lados convexos. Triporado,

poros circulares, anulados. Exina constituída por espinhos que se apresentam de forma

bem espaçada.

Dimensões (1 exemplar): 46 μm de diâmetro (100X). Poros com 8,4 μm de diâmetro e

ânulo com 2 μm de espessura. Exina com 2 μm e espinhos com 4,8 μm de altura e 1,6

μm de base.

Afinidade botânica: Proteaceae?

Page 113: Danieli Bento Dos Santos I

113

Gênero Psilatriporites (Van der Hammen) Mathur, 1966

Espécie-tipo: Psilatriporites inornatus (Van der Hammen) Mathur, 1966

Psilatriporites sp.

Estampa 21, # 2

Descrição: grão de pólen monade, âmbito triangular de lados retos a ligeiramente

côncavos e ângulos arredondados. Triporado, poros circulares a subcirculares. Exina

psilada.

Dimensões (2 exemplares): 24 – 27,7 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 1,3 μm

de espessura. Poros com 2,5 – 2,8 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Angiospermae.

CLASSE Stephanoporatae Iversen et Troels-Smith, 1950

Gênero Malvacipollis Harris, 1965

Espécie-tipo: Malvacipollis diversus Harris, 1965

Malvacipollis spinulosa Frederiksen et al. 1983

Estampa 21, # 3

Descrição: Grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, subesferoidal, âmbito

subcircular. Estefanoporado, 8 poros ovalados. Exina equinada.

Dimensões (16 exemplares): 35,5 – 43,8 μm de diâmetro (100X). Poros com 4,1 – 6,5

μm de diâmetro. Exina com 0,5 – 1 μm de espessura; espinhos com 1 – 2 μm de altura.

Idade / Ocorrência:

- Oligoceno das formações Itaquaquecetuba e São Paulo / Bacia de São Paulo; e

Oligoceno das bacias de Taubaté e Resende (YAMAMOTO, 1995);

- Oligoceno a Pleistoceno da Venezuela (LORENTE, 1986); e

- Eoceno de San Diego - EUA (FREDERIKSEN et al.,1983).

Afinidade botânica: Euphorbiaceae (FREDERIKSEN et al., 1983).

Gênero Ulmoideipites Anderson, 1960

Espécie-tipo: Ulmoideipites krempii Anderson, 1960

Ulmoideipites krempii Anderson, 1960

Estampa 21, # 4

Page 114: Danieli Bento Dos Santos I

114

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar. Estefanoporado, 4 a 5

poros anulados. Exina microverrugosa.

Dimensões (65 exemplares): 25 – 32 μm de diâmetro (100X). Poros com 3,7 – 5,5 μm

de diâmetro. Exina com 1 – 3,2 μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Maastrichtiano a Oligoceno da plataforma continental brasileira e bacias de

Sergipe/Alagoas e Espírito Santo (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);

- Paleoceno da Bacia de São José de Itaboraí (LIMA; CUNHA, 1986);

- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);

- Oligoceno da Formação Itatiaia, da Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);

- Oligoceno da Formação Tremembé, da Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-

CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985);

- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo

(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);

- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);

- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);

- Neoeoceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990);

- Meso/Neoeoceno do Gráben de Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,

RICCOMINI e SOUZA, 1994);

- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e

SUGUIO, 1985);

- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);

- Segundo Yamamoto (1995), a espécie ocorre no Neoeoceno (Formação

Resende) Oligoceno (formações Tremembé e São Paulo) e Neo-oligoceno a

Eomioceno (Formação Itaquaquecetuba); e

- Neopaleoceno a Eoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001).

Afinidade botânica: Ulmus - Ulmaceae.

Page 115: Danieli Bento Dos Santos I

115

Não Identificados

Estefanoporado não identificado 1

Estampa 21, # 5

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar. Estefanoporado, 5 poros.

Exina reticulada.

Dimensões (1 exemplar): 48,6 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,2 μm de

espessura. Poros com 5,1 – 6,7 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Estefanoporado não identificado 2

Estampa 21, # 6

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito quadrangular com

lados côncavos. Estefanoporado, 4 poros circulares. Exina finamente reticulada.

Dimensões (1 exemplar): 23 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,1 μm de espessura.

Poros com 1,1 – 2,1 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Allophylus – Sapindaceae

CLASSE Periporatae Iversen et Troels-Smith, 1950

Gênero Catinipollis Krutzsch, 1966

Espécie-tipo: Catinipollis geiseltalensis Krutzsch, 1966

Catinipollis geiseltalensis Krutzsch, 1966

Estampa 21, # 7

Descrição: grão esferoidal. Provavelmente periporado, com poros? circulares a

subcirculares. Exina psilada.

Dimensões (39 exemplares): 30 – 34,5 μm de diâmetro (100X). Poros? Variando de 1

– 2,7 μm de diâmetro.

Idade / Ocorrência:

- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);

- Oligoceno da Formação Itatiaia, da Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);

- Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-

CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985);

Page 116: Danieli Bento Dos Santos I

116

- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, da Bacia de São Paulo

(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);

- Meso/Neoeoceno do Gráben Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,

RICCOMINI e SOUZA, 1994);

- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e

SUGUIO, 1985);

- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);

- Neo-oligoceno a Eomioceno da Formação Itaquaquecetuba / Bacia de São

Paulo; Oligoceno das formações São Paulo e Tremembé / Bacia de Taubaté

(YAMAMOTO, 1995);

- Neoeoceno a Oligoceno da Argentina (ZAMALOA e ROMERO, 1990);

- Paleoceno da Argentina (ARCHANGELSKY e ZAMALOA, 1986);

- Mesoeoceno da Alemanha (KRUTZSCH, 1966); e

- Mesoeoceno a Oligoceno da Colômbia (SOLE DE PORTA, 1963).

Afinidade botânica: Craniolaria – Martyniaceae.

Gênero Clavaperiporites Ramanujam

Espécie-tipo: Clavaperiporites jacobii Ramanujam

Clavaperiporites sp.

Estampa 21, # 8

Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, poros subcirculares, anulados.

Exina coberta por clavas. Sexina mais espessa que nexina.

Dimensões (1 exemplar): 77,3 μm de diâmetro (100X). Exina com até 8 μm de

espessura. Poros com cerca de 7 μm de diâmetro e ânulos com 2 μm. Clavas com até

4,6 μm de altura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Gênero Echiperiporites Van der Hammen e Wymstra, 1964,

Espécie-tipo: Echiperiporites akanthos Van der Hammen e Wymstra, 1964

Echiperiporites estelae Germeraad, Hopping e Muller, 1968

Estampa 23, # 4 a, b

Page 117: Danieli Bento Dos Santos I

117

Descrição: grão de pólen esférico. Periporado, poros com ânulo. Exina equinada.

Dimensões (12 exemplares): 68 – 86,5 μm de diâmetro (100X). Poros com 4,3 – 8,6

μm de diâmetro e ânulo com 1,6 – 2,8 μm de espessura. Exina com 3 μm. Espinhos

com 6,3 μm de base e 10,2 μm de altura.

Idade / Ocorrência:

- Neoeoceno a Mioceno da plataforma continental do Amapá, Pará, Maranhão,

Sergipe, Rio de Janeiro e Paraná (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);

- Neo-oligoceno da Formação Itaquaquecetuba / Bacia de São Paulo

(YAMAMOTO, 1995);

- Neoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001);

- Neoeoceno a Plioceno do Caribe (GERMERAAD, HOPPING e MULLER, 1968);

- Neoeoceno a Quaternário do Norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO

e ERVE, 1987); e

- Oligoceno a Plioceno das bacias do Togo, Nigéria, Niger e Mali; e Mioceno/

Plioceno das bacias do Gabão, Camarões, Congo e Angola (SALARD-

CHEBOLDAEFF, 1990).

Afinidade botânica: Malvaceae (Thespesia populnea e Hibiscus tiliaceus), Segundo

Germeraad, Hopping e Muller (1968).

Echiperiporites sp.

Estampa 23, # 1

Descrição: grão de pólen monade, esférico, periporado. Poros de difícil contagem (5 ou

mais). Exina espinescente.

Dimensões (1 exemplar): 15 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,4 μm de espessura .

Espinhos com até 1,8 μm de altura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Gênero Fenestrites Van der Hammen, 1956

Espécie-tipo: Fenestrites spinosus Van der Hammen, 1956

Fenestrites sp.1

Estampa 23, # 2

Page 118: Danieli Bento Dos Santos I

118

Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, fenestrado; Fenestras

subcirculares. Exina baculada.

Dimensões (1 exemplar): 79 μm de diâmetro (100X). Exina com 6,1 μm de espessura.

Fenestras com 15 – 17,1 X 9,9 –11,6 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Amarantaceae.

Fenestrites sp.2

Estampa 23, # 3 a, b

Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, fenestrado; fenestras

circulares com cristas tectado-columeladas. Sexina mais espessa que nexina. Exina

baculada.

Dimensões (3 exemplares): 69 – 73 μm de diâmetro (100X). Exina com 9 – 9,5 μm de

espessura. Fenestras com 12 – 14,4 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Amarantaceae.

Gênero Magnaperiporites González-Guzmán, 1967

Espécie-tipo: Magnaperiporites spinosus González-Guzmán, 1967

Magnaperiporites spinosus González-Guzmán, 1967

Estampa 22, # 1 a, b

Descrição: grão de pólen monade, esférico, periporado. Exina tectado-perfurada, com

mais de 50 poros, poros subcirculares a ovais.

Dimensões (16 exemplares): 96 – 137,6 μm de diâmetro (100X). Poros com 4,8 – 6,9

μm de diâmetro. Exina com 8 – 10 μm de espessura. Espinhos com 2,3 – 4,6 μm de

altura e 1,4 – 2 μm de base.

Idade / Ocorrência:

- Oligoceno da plataforma continental do Amapá, Pará e Rio de Janeiro e Bacia do

Espírito Santo (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);

- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo

(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);

- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia e Taubaté (LIMA, VESPUCCI e

SUGUIO, 1985);

Page 119: Danieli Bento Dos Santos I

119

- Neo-oligoceno da Formação Itaquaquecetuba / Bacia de São Paulo; Oligoceno

da Formação São Paulo / Bacia de Taubaté (YAMAMOTO, 1995);

- Eoceno da Colômbia (GONZÁLEZ-GUZMÁN, 1967);

- Oligoceno do Norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO e ERVE, 1987);

- Eomioceno a Plioceno da Venezuela (LORENTE, 1986); e

- Oligoceno das bacias do Gabão, Camarões, Congo e Angola (SALARD-

CHEBOLDAEFF, 1990).

Afinidade botânica: Malvaceae (LIMA, MELO e COIMBRA, 1991) e Nyctaginaceae

(LIMA, VESPUCCI e SUGUIO, 1985).

Gênero Miocaenipollis Krutzsch, 1966

Espécie-tipo: Miocaenipollis miocaenicus Krutzsch, 1966

Miocaenipollis sp.

Estampa 24, # 1

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, âmbito circular. Periporado, 5 poros

anulados, subcirculares a ovais. Exina psilada.

Dimensões (17 exemplares): 28 – 36,5 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,5 – 2 μm

de espessura. Poros com 4,4 – 5,8 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Gênero Myriophyllumpollenites Nagy, 1969

Espécie-tipo: Myriophyllumpollenites quadratus Nagy, 1969

Myriophyllumpollenites sp.

Estampa 24, # 2

Descrição: grão de pólen esférico, isopolar. Periporado, 5 – 6 poros, fortemente

anulados. Exina psilada.

Dimensões (8 exemplares): 31 – 36 μm de diâmetro (100X). Poros com 4,5 μm de

diâmetro. Ânulos com 3,2 μm.

Afinidade botânica: Myriophyllum – Haloragaceae.

Page 120: Danieli Bento Dos Santos I

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Gênero Psilaperiporites Regali, Uesugui e Santos, 1974

Espécie-tipo: Psilaperiporites minimus Regali, Uesugui e Santos, 1974

Psilaperiporites minimus Regali, Uesugui e Santos, 1974

Estampa 24, # 3

Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, poros anulados, circulares a

subcirculares; 13 poros ou mais; borda levemente ondulada. Exina psilada.

Dimensões (2 exemplares): 35,2 – 40 μm de diâmetro (100X). Ânulo com 1 – 2 μm de

espessura. Poro com 3,8 – 4,5 μm de diâmetro.

Comentário:

O grão descrito neste trabalho é idêntico a P. minimus citado por Lima, Melo

e Coimbra (1991), para as formações São Paulo e Itaquaquecetuba. Um espécime

muito similar, foi apresentado para a Formação Tremembé (Bacia de Taubaté) por

Lima, Salard-Cheboldaeff e Suguio (1983) como Psilaperiporites cf. P. minimus .

Idade / Ocorrência:

- Mioceno a Plioceno da plataforma continental do Amapá, Pará, Sergipe, Rio de

Janeiro, São Paulo e Paraná (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);

- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, da Bacia de São Paulo

(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);

- Oligoceno da Formação Itatiaia, da Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994); e

- Mioceno a Pleistoceno da Venezuela (LORENTE, 1986).

Afinidade botânica: Chenopodiaceae.

Psilaperiporites sp.1

Estampa 24, # 4

Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, 6 poros circulares a

subcirculares. Exina psilada.

Dimensões (1 exemplar): 34 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,3 μm de espessura.

Poros com cerca de 4,8 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Apocynaceae?

Page 121: Danieli Bento Dos Santos I

121

Psilaperiporites sp.2

Estampa 24, # 5

Descrição: grão de pólen esférico, periporado. 12 poros circulares a subcirculares.

Exina psilada.

Dimensões (17 exemplares): 43,7 – 49 μm de diâmetro (100X). Exina com 2 – 2,5 μm

de espessura. Poros com 4,6 – 5,2 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Malpighiaceae.

Gênero Scabraperiporites Regali, Uesugui e Santos, 1974

Espécie-tipo: Scabraperiporites nativensis Regali, Uesugui e Santos, 1974

Scabraperiporites asymmetricus Dueñas, 1980

Estampa 24, # 6 a, b

Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado com 5 - 6 poros, alguns com

ânulos evidentes. Exina escabrada a fortemente escabrada.

Dimensões (16 exemplares): 29 – 38 μm de diâmetro (100X). Poro com 2 - 9 μm de

diâmetro, ânulo com 1,5 – 2 μm de espessura; exina com 1,7 - 3,9 μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996); e

- Espécimes similares a Scabraperiporites asymmetricus são citados para o

Oligoceno da Bacia de Resende por Yamamoto (1995).

- Oligoceno a Mioceno da Colômbia (DUEÑAS, 1980)

Afinidade botânica: Malpighiaceae.

Scabraperiporites nativensis Regali, Uesugui e Santos, 1974

Estampa 24, # 7

Descrição: grão de pólen monade, esférico, isopolar. Periporado. Exina escabrada.

Dimensões (30 exemplares): 18 –24,5 μm de diâmetro (100X). Exina com 0,5 – 1 μm

de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Mesoeoceno a Oligoceno da plataforma continental brasileira e Bacia do Espírito

Santo (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b).

Page 122: Danieli Bento Dos Santos I

122

Afinidade botânica: Chenopodiaceae (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 b).

Scabraperiporites sp.1

Estampa 24, # 8

Descrição: grão de pólen monade, esférico, isopolar. Periporado, 5 a 6 poros anulados.

Exina levemente escabrada.

Dimensões (30 exemplares): 34 – 43,6 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 1,8 μm

de espessura. Ânulo com 1 – 1,7 μm de espessura. Poro com 3,9 – 4,5 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Malpighiaceae.

Scabraperiporites sp.2

Estampa 24, # 9

Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, mais de 50 poros circulares a

subcirculares. Exina escabrada.

Dimensões (1 exemplar): 67 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,6 μm de espessura.

Poros com 1,9 – 2,9 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Não identificados

Periporado não identificado 1

Estampa 24, # 10

Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, poros circulares de difícil

contagem, provavelmente mais de 10. exina coberta por espinhos.

Dimensões (1 exemplar): 28,6 μm de diâmetro (100X). Exina sem espinhos com 1,6

μm de espessura. Espinhos com 4,6 – 5,8 μm de altura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Periporado não identificado 2

Estampa 24, # 11

Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, cerca de 15 poros anulados.

Exina espinescente.

Page 123: Danieli Bento Dos Santos I

123

Dimensões (1 exemplar): 56 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,5 μm de espessura.

Espinhos com cerca de 5 μm.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Periporado não identificado 3

Estampa 25, # 1 a, b

Descrição: grão de pólen monade, esférico. Periporado, 11 poros ou mais,

subcirculares, anulados. Tectado, sexina mais espessa que nexina. Exina reticulada.

Dimensões (3 exemplares): 78 – 85,4 μm de diâmetro (100X). Exina com 3,2 – 4 μm

de espessura. Poros com 12 – 14 μm de diâmetro. Ânulos com 1,2 – 3 μm de

espessura.

Afinidade botânica: Calystegia – Convolvulaceae.

CLASSE Tricolpatae Iversen et Troels-Smith, 1950

Gênero Beaupreaidites Cookson, 1950

Espécie-tipo: Beaupreaidites elegansiformis Cookson, 1950

Beaupreaidites diversiformis Milne, 1998

Estampa 25, # 2

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito triangular de lados

retos a ligeiramente côncavos. Tricolpado, anguloaperturado, colpos largos e curtos.

Exina finamente reticulada.

Dimensões (1 exemplar): 92,8 μm de diâmetro (100X). Exina com 3,9 μm de

espessura. Colpos com 10,4 – 13,5 de profundidade. Região intercolpos com 7,3 – 8

μm.

Idade / Ocorrência:

- Paleógeno a Neógeno da Nova Zelândia (RAINE, MILDENHALL e KENNEDY,

2006).

Afinidade botânica: Beauprea – Proteaceae (RAINE, MILDENHALL e KENNEDY,

2006).

Page 124: Danieli Bento Dos Santos I

124

Gênero Clavatricolpites Pierce, 1961

Espécie-tipo: Clavatricolpites prolatus Pierce, 1961

Clavatricolpites sp.

Estampa 26, # 1 a, b

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato. Tricolpado. Exina

clavada.

Dimensões (1 exemplar): V. E.= 61,5 μm / V. P.= 43,6 μm de diâmetro (100X). Exina

com 3,2 μm de espessura. Clavas com 2,1 μm de altura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Gênero Echitricolpites Regali, Uesugui e Santos, 1974

Espécie-tipo: Echitricolpites communis Regali, Uesugui e Santos, 1974

Echitricolpites sp.1

Estampa 26, # 2 a, b

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato-esferoidal /

subesferoidal. Tricolpado, colpos longos. Exina constituída por espinhos dispersos de

forma espassada.

Dimensões (6 exemplares): V. E.= 40,3 – 44,9 μm / V. P.= 40,5 – 44,8 μm de diâmetro

(100X). Exina com 4,8 – 5,4 μm de espessura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Echitricolpites sp.2

Estampa 26, # 3 a, b

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, âmbito circular a subcircular.

Tricolpado. Exina constituída por numerosos espinhos.

Dimensões (3 exemplares): 36,4 – 39,8 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 1,5 μm

de espessura (sem espinhos). Espinhos com 1,5 – 2,5 μm de altura e 0,8 – 1,2 μm de

base.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Page 125: Danieli Bento Dos Santos I

125

Gênero Loranthacites Mtchedlishvili, 1961

Espécie-tipo: Loranthacites macrosolenoides Mtchedlishvili, 1961

Loranthacites sp.

Estampa 26, # 4

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito triangular de lados

fortemente côncavos. Tricolpado, anguloaperturado, colpos longos. Exina psilada.

Dimensões (4 exemplares): 20 – 23 μm de diâmetro (100X). Exina pouco espessa

com 1,2 – 1,5 μm.

Afinidade botânica: Loranthaceae.

Gênero Perfotricolpites González-guzmán, 1967

Espécie-tipo: Perfotricolpites digitatus González-guzmán, 1967

Perfotricolpites digitatus González-guzmán, 1967

Estampa 26, # 5

Descrição: grão de pólen monade, simetría radial, isopolar, subesferoidal. Tricolpado.

Exina foveolada, tectada.

Dimensões (27 exemplares): V.E.= 43 – 55 μm / V. P.= 57 – 65,4 μm de diâmetro

(100X). Colpos longos com 18 – 22 μm de profundidade. Exina com 2,4 μm de

espessura.

Idade / Ocorrência:

- Mesoeoceno a Oligoceno da plataforma continental brasileira (REGALI,

UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);

- Meso/Neoeoceno do Gráben Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,

RICCOMINI e SOUZA, 1994);

- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba / Bacia de São Paulo;

Oligoceno da Formação Tremembé, bacia de Taubaté e Formação Resende,

Bacia de Resende (YAMAMOTO, 1995);

- Eoceno da Colômbia (GONZÁLEZ-GUZMÁN, 1967);

- Neoeoceno a Pleistoceno do Caribe (GERMERAAD, HOPPING e MULLER,

1968);

Page 126: Danieli Bento Dos Santos I

126

- Eoeoceno a Quaternário da América do Sul Setentrional (MULLER, DI

GIACOMO e ERVE, 1987);

- Oligoceno a Plioceno da Venezuela (LORENTE, 1986);

- Neoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001);

- Eoceno a Plioceno das bacias do Togo, Nigéria, Niger e Mali; e Eoceno/Mioceno

das bacias do Gabão, Camarões, Congo e Angola (SALARD-CHEBOLDAEFF,

1990); e

- Paleógeno da Nova Zelândia (RAINE, MILDENHALL e KENNEDY, 2006).

Afinidade botânica: Convolvulaceae.

Gênero Psilatricolpites (Van der Hammen) Pierce, 1961

Espécie-tipo: Psilatricolpites incomptus (Van der Hammen) Pierce, 1961

Psilatricolpites sp. cf. P. papilioniformis Regali, Uesugui e Santos, 1974

Estampa 26, # 6

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito triangular com lados

retos a levemente convexos. Tricolpado, colpos longos. Exina psilada apresentando

algumas estrias na superfície.

Dimensões (11 exemplares): V. P.= 33,5 – 38 μm de diâmetro (100X). Exina com 2

μm de espessura. Colpos com 11 – 15 μm de profundidade.

Comentário: Regali, Uesugui e Santos (1974 a, b) descreveram a espécie para a Bacia

de Barreirinhas, Brasil. Espécime muito semelhante ao aqui encontrada foi citada por

Hoorn (1994) para a Colômbia.

Idade / Ocorrência:

- Cenomaniano da Bacia de Barreirinhas, Brasil (REGALI, UESUGUI E SANTOS,

1974 a, b); e

- Eo/Mesomioceno da Colômbia (HOORN, 1994).

Afinidade botânica: Angiospermae.

Page 127: Danieli Bento Dos Santos I

127

Psilatricolpites sp.1

Estampa 26, # 7

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, peroblato. Tricolpado,

colpos longos. Exina psilada.

Dimensões (30 exemplares): V. E.= 37 – 41,5 μm / V. P.= 17,5 – 19 μm de diâmetro

(100X). Exina com 1,5 – 2 μm de espessura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Psilatricolpites sp.2

Estampa 27, # 1

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subtriangular.

Tricolpado. Exina psilada.

Dimensões (1 exemplar): V. P.= 36 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,8 μm de

espessura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Psilatricolpites sp.3

Estampa 27, # 2

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, peroblato. Tricolpado,

colpos longos. Psilado.

Dimensões (22 exemplares): V. E.= 26,9 – 30 μm / V. P.= 12 – 13,7 μm de diâmetro

(100X). Exina com 0,5 – 0,8 μm de espessura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Gênero Retitricolpites (Van der Hammen) Pierce, 1961

Espécie-tipo: Retitricolpites ornatus (Van der Hammen) Pierce, 1961

Retitricolpites sp.1

Estampa 27, # 3

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato. Tricolpado. Exina

reticulada.

Page 128: Danieli Bento Dos Santos I

128

Dimensão (16 exemplares): V. E.= 43 – 47,5 μm / V. P.= 23 – 26,5 μm de diâmetro

(100X). Exina com 1,8 – 2 μm de espessura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Retitricolpites sp.2

Estampa 27, # 4

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subtriangular a

subcircular. Tricolpado, colpos longos. Exina finamente reticulada.

Dimensões (2 exemplares): V. P.= 28 – 30 μm de diâmetro (100X). Exina com cerca

de 1 μm de espessura. Região intercolpos com 3,6 – 6 μm. Profundidade dos colpos

variando de 5,8 – 8,4 μm.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Gênero Salixipollenites Srivastava, 1966

Espécie-tipo: Salixipollenites discoloripites (Wodehouse) Srivastava, 1966

Salixipollenites sp.

Estampa 27, # 5

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato. Tricolpado, colpos

longos. Exina reticulada.

Dimensões (30 exemplares): V. E.= 36,2 – 39,8 μm / V. P.= 26,5 – 28 μm de diâmetro

(100X). Exina com 1,4 – 1,8 μm de espessura. Lumens variando de 1 – 1,2 μm de

diâmetro.

Comentário: o palinomorfo aqui encontrado é similar ao apresentado para o Oligoceno

por Wilkinson e Boulter (1980), como Salixipollenites Group B;

Idade / Ocorrência:

O gênero já é citado para diversas regiões e idades:

- Oligoceno da Inglaterra (WILKINSON; BOULTER, 1980);

- Mioceno do Golfo de Suez, Egito (BEIALY, MAHMOUD e ALI, 2005); e

- Neomioceno a Eoplioceno do sudeste da China (WANG, 2006).

Afinidade botânica: Salicaceae.

Page 129: Danieli Bento Dos Santos I

129

Gênero Striatopollis Krutzsch, 1959

Espécie-tipo: Striatopollis sarstedtensis Krutzsch, 1959

Striatopollis catatumbus (González-Guzmán) Ward, 1986

Estampa 27, # 6

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar. Tricolpado, colpos retos e

longos. Exina estriada.

Dimensões (3 exemplares): V. P.= 43,6 – 45 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,6

μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Eoeoceno a Oligoceno / Mioceno da plataforma continental do Amapá, Pará,

Maranhão, Sergipe e Espírito Santo (REGALI, UESYGUI e SANTOS, 1974 a, b);

- Oligoceno da Formação Tremembé / Bacia de Taubaté (YAMAMOTO, 1995);

- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);

- Mesoeoceno da Colômbia (GONZÁLEZ-GUZMÁN, 1967);

- Eoeoceno a Quaternário do Norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO e

ERVE, 1987);

- Paleoceno a Pleistoceno do Caribe (GERMERAAD, HOPPING e MULLER,

1968);

- Oligoceno a Mioceno da Colômbia (DUEÑAS, 1980);

- Oligoceno a Pleistoceno da Venezuela (LORENTE, 1986); e

- Eoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001).

Afinidade botânica: Crudia, Anthonotha, Isoberlinia, Macrolobium bifilium –

Fabaceae (GERMERRAD, HOOPING e MULLER, 1968).

Gênero Tricolpites (Cookson ex Couper, 1953) emend. Potonié, 1960

Espécie-tipo: Tricolpites reticulatus Cookson ex Couper, 1953

Tricolpites reticulatus Cookson ex Couper, 1953

Estampa 27, # 7 a, b

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular, oblato.

Tricolpado, colpos longos. Exina microrreticulada.

Page 130: Danieli Bento Dos Santos I

130

Dimensões (12 exemplares): V. E.= 36 – 38,3 μm / V. P.= 24,6 – 27 μm de diâmetro

(100X). Exina com 2,7 – 3,2 μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001); e

- Cretáceo a Neógeno da Nova Zelândia (RAINE, MILDENHALL e KENNEDY,

2006).

Afinidade botânica: Gunnera.

Gênero Tubulifloridites Cookson 1947 ex Potonié, 1960

Espécie-tipo: Tubulifloridites antipodica Cookson, 1947

Tubulifloridites viteauensis Barreda, 1993

Estampa 27, # 8 a, b, c, d

Descrição: grão de pólen, monade, simetría radial, âmbito subcircular, suboblato –

subesferoidal. Tricolpado. Exina rugulada, semitectada.

Dimensões (3 exemplares): V. E.= 52,6 – 55 μm / V. P.= 41,6 – 43 μm de diâmetro

(100X). Profundidade do colpo em vista polar: 10 – 13 μm. Exina com 6 – 6,4 μm de

espessura.

Comentário: a forma aqui descrita é idêntica a Tubulifloridites viteauensis de Barreda

(1993).

Idade / Ocorrência:

- Neo-oligoceno? a Mioceno da Formação Chenque, Provincia de Chubut –

Argentina (BARREDA, 1993).

Afinidade botânica: Segundo Barreda (1993) este grão é muito similar aos grãos de

pólen produzidos pelas atuais plantas do genero Mutisia - Asteraceae.

Não identificados

Pólen tricolpado não identificado

Estampa 27, # 9 a, b

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.

Tricolpado, colpos longos. Exina intectada, gemada.

Page 131: Danieli Bento Dos Santos I

131

Dimensões (1 exemplar): 42,6 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,9 μm de

espessura. Gema com 2,1 – 2,4 de altura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

CLASSE Stephanocolpatae Iversen et Troels-Smith, 1950

Gênero Psilastephanocolpites Leidelmeyer, 1966

Espécie-tipo. Psilastephanocolpites maia Leidelmeyer, 1966

Psilastephanocolpites sp.1

Estampa 28, # 1

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.

Tetracolpado, colpos relativamente longos. Exina psilada.

Dimensões (1 exemplar): 42,5 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,2 μm. Colpos com

8 – 9,6 μm de profundidade.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Psilastephanocolpites sp.2

Estampa 28, # 2

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, âmbito circular. Estefanocolpado, 6

colpos relativamente profundos. Exina psilada.

Dimensões (2 exemplares): 28,8 – 30 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,2 μm de

espessura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

CLASSE Tricolporatae Iversen et Troels-Smith, 1950

Gênero Bombacacidites Couper, 1960

Espécie-tipo: Bombacacidites bombaxoides Couper, 1960

Bombacacidites sp. cf. B. bombaxoides Couper, 1960

Estampa 28, # 3

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subtriangular.

Tricolporado, pleurotremado. Exina reticulada com lumens uniforme.

Dimensões (1 exemplar): 59 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 μm de espessura.

Page 132: Danieli Bento Dos Santos I

132

Idade / Ocorrência:

- Paleoceno da Bacia de São José de Itaboraí (LIMA; CUNHA, 1986);

- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);

- Meso/Neo-eoceno da bacia de Fonseca e Gandarela (LIMA; SALARD-

CHEBOLDAEFF, 1981);

- Neoeoceno a Oligoceno da bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);

- Meso/Neoeoceno do Gráben Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,

RICCOMINI e SOUZA, 1994); e

- Eomioceno da Formação Alexandra (LIMA; ANGULO, 1990).

Afinidade botânica: Bombacaceae.

Bombacacidites clarus Sah, 1967

Estampa 28, # 4

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito triangular de lados

retos e ângulos arredondados. Tricolporado, pleurotremado, poros circulares. Exina

reticulada com lumens mais espessos na região central do grão.

Dimensões (3 exemplares): 41,2 – 44 μm de diâmetro (100X). Exina com 2 – 2,5 μm

de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Oligoceno da Formação São Paulo, Bacia de São Paulo (LIMA, MELO e

COIMBRA, 1991);

- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);

- Meso/Neo-eoceno do Gráben Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,

RICCOMINI e SOUZA, 1994); e

- Eomioceno da Formação Alexandra (LIMA; ANGULO, 1990).

Afinidade botânica: Bombacaceae.

Bombacacidites sp.1

Estampa 28, # 5

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito triangular de lados

convexos. Tricolporado, pleurotremado. Exina reticulada.

Page 133: Danieli Bento Dos Santos I

133

Dimensões (23 exemplares): 47 – 60 μm de diâmetro (100X). Colpo com 6 – 7,8 μm

de profundidade. Exina com 4 – 4,5 μm de espessura.

Afinidade botânica: Bombacaceae.

Bombacacidites sp.2

Estampa 28, # 6

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito triangular.

Tricolporado, pleurotremado. Exina finamente reticulada com lumens maiores na região

central do grão.

Dimensões (11 exemplares): 34 – 39 μm de diâmetro (100X). Exina com 2 – 2,5 μm

de espessura.

Afinidade botânica: Bombacaceae.

Bombacacidites sp.3

Estampa 28, # 7

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.

Tricolporado, pleurotremado, poros circulares. Exina reticulada com lumens que

decrescem de diâmetro em direção a borda do grão.

Dimensões (3 exemplares): 42,2 – 43,6 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 1,4 μm

de espessura.

Afinidade botânica: Bombacaceae.

Bombacacidites sp.4

Estampa 28, # 8

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.

Triporado, poros subcirculares. Exina intectada, baculada.

Dimensões (1 exemplar): 51,6 μm de diâmetro de diâmetro (100X). Exina com báculas

3,8 μm de espessura. Báculas com 2,7 μm de altura.

Afinidade botânica: Bombacaceae.

Page 134: Danieli Bento Dos Santos I

134

Gênero Favitricolporites Sah, 1967

Espécie-tipo: Favitricolporites eminens Sah, 1967

Favitricolporites baculoferus Srivastava, 1972

Estampa 29, # 1 a, b

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subtriangular, oblato

esferoidal – subesferoidal. Tricolporado. Exina retipilada.

Dimensões (6 exemplares): V. E.= 54,2 – 57 μm / V. P.= 49 – 51 μm de diâmetro

(100X). Exina 3,7 μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Paleógeno da Europa (THOMSON; PFLUG, 1953); e

- Paleoceno do Alabama, E.U.A. (SRIVASTAVA, 1972).

Afinidade botânica: Angiospermae.

Gênero Heterocolpites Van der Hammen, 1956 ex Van der Hammen e Garcia de Mutis,

1956

Espécie-tipo: Heterocolpites incomptus Van der Hammen, 1956 ex Hoorn, 1993

Heterocolpites sp. cf. H. incomptus Van der Hammen, 1956 ex Hoorn, 1993

Estampa 29, # 2 a, b

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, prolato esferoidal /

subesferoidal a subprolato / subesferoidal. Heterocolpado. Poros subcirculares a

lalogados. Exina psilada.

Dimensões (34 exemplares): V. E.= 18,2 – 23 / V. P.= 19 – 21 μm de diâmetro (100X).

Exina com 1,3 – 1,5 μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Heterocolpites incomptus foi citado para o Mioceno da Amazônia (HOORN,

1993).

Afinidade botânica: Miconia, Melastomataceae (HOORN, 1993).

Page 135: Danieli Bento Dos Santos I

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Gênero Ilexpollenites Thiegart ex Potonié, 1960

Espécie-tipo: Ilexpollenites iliacus Potonié, 1960

Ilexpollenites sp.1

Estampa 29, # 3

Descrição: grão de pólen monade ou tétrade, simetria radial, isopolar, oblato-esferoidal

/ subesferoidal. Tricolporado, poros circulares. Sexina composta por clavas.

Dimensões (11 exemplares): V. E= 25,2 – 29 μm / V. P= 22,5 – 26 μm de diâmetro

(100X). Poros com 2,4 μm de diâmetro. Clavas com 2,5 – 3,2 μm de altura.

Afinidade botânica: Ilex (Aqüifoliaceae).

Ilexpollenites sp.2

Estampa 29, # 4 a, b

Descrição: grão de pólen monade ou tétrade, simetria radial, isopolar, prolato-

esferoidal. Tricolporado, poros circulares ou subcirculares. Sexina constituída por

clavas.

Dimensões (23 exemplares): V. E.= 31 – 34,2 μm / V. P.= 32 – 35,4 μm de diâmetro

(100X). Clavas com cerca de 2,6 μm de altura; exina com 3,2 – 3,7 μm de espessura.

Afinidade botânica: Ilex (Aqüifoliaceae).

Gênero Margocolporites Ramanujam ex Srivastava, 1969

Espécie-tipo: Margocolporites tsudakai Ramanujam, 1966

Margocolporites vanwijhei Germerrad, Hopping e Muller, 1968

Estampa 29, # 5

Descrição: grão de pólen monade, simetría radial, isopolar, oblato, âmbito circular.

Tricolpado. Exina reticulada na porção externa das margens dos colpos e na porção

interna exina intectada.

Dimensões (10 exemplares): V. P.= 56 – 59,5 μm de diâmetro (100X). Lumens de 0,8

– 1,8 μm de diâmetro. Exina com 4 – 4,5 μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Meso/Neo-eoceno da plataforma continental do Brasil (REGALI, UESUGUI e

SANTOS, 1974 a, b);

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136

- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);

- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo

(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);

- Neoeoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);

- Neoeoceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990);

- Meso/Neo-eoceno do Gráben de Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,

RICCOMINI e SOUZA, 1994);

- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);

- Neo-oligoceno da Formação Itaquaquecetuba / Bacia de São Paulo; Oligoceno

da Formação São Paulo / Bacia de Taubaté; Oligoceno da Formação Resende /

Bacia de Resende (YAMAMOTO, 1995);

- Mesoeoceno a Pleistoceno do Caribe (GERMERRAD, HOPPING e MULLER,

1968);

- Eoeoceno a Quaternário do Norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO e

ERVE, 1987);

- Oligoceno a Mioceno da Venezuela (LORENTE, 1986);

- Eoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001); e

- Paleógeno da Nova Zelândia (RAINE, MILDENHALL e KENNEDY, 2006).

Afinidade botânica: Fabaceae (Caesalpinoideae).

Margocolporites sp. cf. M. vanwijhei Germerrad, Hopping e Muller, 1968

Estampa 29, # 7

Descrição: grão de pólen monade, simetría radial, isopolar, oblato, âmbito circular.

Tricolporado. Exina reticulada na porção externa das margens dos colpos e na porção

interna exina intectada.

Dimensões (12 exemplares): V. P.= 37 – 42 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,3 –

2,1 μm de espessura. Região intercolpos com 8,3 – 10,5 μm. Lumens com 0,4 – 1,8 μm

de diâmetro. Colpos com 8 – 11 μm de profundidade.

Comentário: esta forma difere de Margocolporites vanwijhei Germerrad, Hopping e

Muller (1968), por possuir tamanho menor.

Afinidade botânica: Fabaceae (Caesalpinoideae).

Page 137: Danieli Bento Dos Santos I

137

Margocolporites tenuireticulatus Barreda, 1997

Estampa 29, # 6 Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito circular a

subcircular. Tricolporado. Exina finamente reticulada a levemente escabrada na porção

externa das margens dos colpos, na porção interna exina psilada.

Dimensões (4 exemplares): 33 – 34,4 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,5 – 2 μm

de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Neo-oligoceno? a Eomioceno da Formação Chenque, Patagônia Argentina

(BARREDA, 1997 b).

Afinidade botânica: Fabaceae (Caesalpinoideae).

Gênero Psilatricolporites Van der Hammen ex Pierce, 1961

Espécie-tipo: Psilatricolporites inornatus (Van der Hammen) Pierce, 1961

Psilatricolporites costatus Dueñas, 1980

Estampa 29, # 8 a, b

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, prolato – esferoidal /

subesferoidal. Tricolporado, colpos longos e poros circulares a ovais, anulados. Exina

psilada.

Dimensões (32 exemplares): V. E.= 18,6 – 24 μm / V. P.= 19 – 24 μm de diâmetro

(100X). Poros com 4,2 X 2 μm de diâmetro. Ânulo com cerca de 1 μm de espessura.

Exina com 1 – 1,5 μm.

Idade / Ocorrência:

- Oligoceno a Mioceno da Colômbia (DUEÑAS, 1980); e

- Neo-oligoceno da Formação Caçapava, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e

SUGUIO, 1985).

Afinidade botânica: Angiospermae.

Page 138: Danieli Bento Dos Santos I

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Psilatricolporites maculosus Regali, Uesugui e Santos, 1974

Estampa 29, # 9

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, prolato esferoidal /

subesferoidal. Tricolporado, colpos retos e poros lalongados a ovais. Sexina psilada.

Dimensões (11 exemplares): V. E.= 20 - 23 μm / V. P.= 19 – 21,8 μm de diâmetro

(100X). Sexina com 1,2 μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Eoceno a Mioceno da plataforma continental do Amapá, Pará, Alagoas, Sergipe,

Espírito Santo e Rio de Janeiro (REGALI, UESUGUI E SANTOS, 1974 a, b);

- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);

- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);

- Meso/Neoeoceno do Gráben Casa de Pedra, Bacia de Volta Redonda (LIMA,

RICCOMINI e SOUZA, 1994);

- Oligoceno das bacias de Taubaté e Resende (YAMAMOTO, 1995);

- Oligoceno a Pleistoceno da Venezuela (LORENTE, 1986);

- Mesoeoceno a Plioceno do Norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO e

ERVE, 1987); e

- Neopaleoceno a Eoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001).

Afinidade botânica: Chrysophyllum argenteum / Sapotaceae (LORENTE, 1986).

Psilatricolporites operculatus Van der Hammen e Wymstra, 1964

Estampa 29, # 10

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.

Tricolporado, colpos longos com opérculo. Exina psilada.

Dimensões (3 exemplares): 27 – 29,2 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 1,5 μm

de espessura. Colpos com cerca de 10 μm de profundidade.

Idade / Ocorrência:

- Neoeoceno a Mioceno da plataforma continental brasileira e das bacias de

Sergipe/Alagoas e Espírito Santo (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);

Page 139: Danieli Bento Dos Santos I

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- Neo-oligoceno a Eomioceno da Formação Itaquaquecetuba e Oligoceno da

Formação São Paulo / Bacia de São Paulo; Oligoceno da Bacia de Taubaté

(YAMAMOTO, 1995);

- Oligoceno da Formação Itatiaia, Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);

- Neo-oligoceno da Formação São Paulo, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e

SUGUIO, 1985);

- Mesoeoceno a Pleistoceno do Caribe (GERMERAAD, HOPPING e MULLER,

1968);

- Mesoeoceno a Quaternário do Norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO

e ERVE, 1987);

- Oligoceno a Pleistoceno da Venezuela (LORENTE, 1986);

- Oligoceno a Mioceno da Guiana (VAN DER HAMMEN; WIJMSTRA, 1964);

- Neoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001); e

- Eoceno a Plioceno das bacias do Gabão, Camarões, Congo e Angola; Oligoceno

a Plioceno das bacias do Togo, Nigéria, Niger e Mali (SALARD-CHEBOLDAEFF,

1990).

Afinidade botânica: Alchornea, Euphorbiaceae.

Psilatricolporites triangularis Van der Hammen e Wymstra, 1964

Estampa 29, # 11

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, subtriangular em vista

polar. Tricolporado, brevicolpado. Exina mais espessa na região dos colpos. Em vista

polar forma uma área triangular na porção central do grão. Psilado.

Dimensões (2 exemplares): 26 – 27,5 μm de diâmetro (100X). Exina com até 4,7 μm

de espessura na região do colpo.

Idade / Ocorrência:

- Oligoceno a Mioceno da plataforma continental do Maranhão, Amapá e Pará

(REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);

- Oligoceno a Mioceno da Guiana (VAN DER HAMMEN; WYMSTRA, 1964); e

- Neoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001).

Afinidade botânica: Angiospermae.

Page 140: Danieli Bento Dos Santos I

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Psilatricolporites sp.1

Estampa 30, # 1

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, prolato. Tricolporado, poros

circulares. Exina psilada.

Dimensões (3 exemplares): V. E.= 16 – 17,5 μm / V. P.= 24 – 25 μm de diâmetro

(100X). Exina com 0,6 – 1 μm de espessura.

Afinidade botânica: Sapotaceae.

Psilatricolporites sp.2

Estampa 30, # 2 a, b

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato – esferoidal /

subesferoidal. Tricolporado, colpos espessos e poros circulares. Exina psilada.

Dimensões (2 exemplares): V. E.= 20,4 – 22 μm / V. P.= 19,5 – 20 μm de diâmetro

(100X). Exina com 0,5 – 1 μm de espessura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Psilatricolporites sp.3

Estampa 30, # 3 a, b, c

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular,

subprolato / subesferoidal. Tricolporado, colpos relativamente longos, poros ovais.

Exina psilada.

Dimensões (3 exemplares): V. E.= 15,5 – 17 μm / V. P.= 19 – 20 μm de diâmetro

(100X). Exina com 1 – 1,3 μm de espessura. Colpos com cerca de 6,7 μm de

profundidade.

Afinidade botânica: Euphorbiaceae.

Psilatricolporites sp.4

Estampa 30, # 5 a, b

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato – suboblato /

subesferoidal. Tricolporado, poros lalongados. Exina psilada.

Page 141: Danieli Bento Dos Santos I

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Dimensões (33 exemplares): V. E.= 17 – 26 μm / V. P.= 13 – 15 μm de diâmetro

(100X). Exina com 1,9 – 1 μm de espessura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Psilatricolporites sp.5

Estampa 30, # 4 a, b

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato – esferoidal /

subesferoidal. Tricolporado, colpos longos e poros ovais, bem evidentes. Exina psilada.

Dimensões (2 exemplares): V. E.= 23,5 – 25 μm / V. P.= 23,1 – 24,7 μm de diâmetro

(100X). Exina com 1 μm de espessura. Poros com 10 X 6,2 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Psilatricolporites sp.6

Estampa 30, # 6 a, b

Descrição: grão de pólen, monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular, prolato

– esferoidal / subesferoidal. Tricolporado, poros fortemente anulados. Exina psilada.

Dimensões (1 exemplar): V. E.= 31,3 μm / V. P.= 33,6 μm de diâmetro (100X). Exina

com 1,6 μm de espessura. Ânulo com 5 – 6,2 μm de espessura.

Afinidade botânica: Euphorbiaceae.

Psilatricolporites sp.7

Estampa 30, # 7

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato. Tricolporado, poros

ovalados. Exina psilada.

Dimensões (3 exemplares): V. E.= 30 – 33,3 μm / V. P.= 20 – 23,2 μm de diâmetro

(100X). Exina com 1,8 – 2 μm de espessura.

Afinidade botânica: Sapotaceae.

Page 142: Danieli Bento Dos Santos I

142

Psilatricolporites sp. 8

Estampa 30, # 8

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.

Tricolporado, colpos largos e relativamente profundos. Exina psilada, pouco espessa.

Grão encontrado apenas em vista polar.

Dimensões (7 exemplares): V. P.= 27,5 – 30 μm de diâmetro (100X). Exina com 2 –

2,5 μm de espessura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Psilatricolporites sp.9

Estampa 30, # 9

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito circular.

Tricolporado, brevicolpado. Exina psilada, pouco espessa.

Dimensões (33 exemplares): 22 – 26,5 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 1,7 μm

de espessura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Psilatricolporites sp.10

Estampa 30, # 10 a, b

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito subcircular.

Tricolporado, brevicolpado. Exina psilada, pouco espessa.

Dimensões (29 exemplares): 20 – 27,6 μm de diâmetro (100X). Exina com 1,3 - 2 μm

de espessura.

Comentário: Psilatricolporites sp. 10 difere de Psilatricolporites sp. 9 por possuir âmbito

subcircular.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Retibrevitricolporites Legoux, 1978

Retibrevitricolporites sp.

Estampa 31, # 10 a, b

Page 143: Danieli Bento Dos Santos I

143

Descrição: grão de pólen, monade, simetria radial, âmbito subcircular. Tricolporado,

brevicolporado. Exina reticulada; malhas com dimensões irregulares.

Dimensões (1 exemplar): 25,1 μm de diâmetro (100X) em vista polar. Exina com 1,8

μm (100X). Malhas com 0,8 – 2 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Gênero Retitricolporites (Van der Hammen, 1956) Van der Hammen e Wymstra, 1964

Espécie-tipo: Retitricolporites guianensis Van der Hammen e Wymstra, 1964

Retitricolporites chubutensis Archangelsky, 1973

Estampa 30, # 11

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, suboblato / subesferoidal.

Tricolporado. Exina reticulada.

Dimensões (6 exemplares): V. E.= 22 – 23,9 μm / V. P.= 17,5 – 19,3 μm de diâmetro

(100X). Exina com cerca de 1,5 μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Paleoceno de Chubut (ARCHANGELSKY e ZAMALOA,1986).

Afinidade botânica: Angiospermae.

Retitricolporites ellipticus Van Hoeken – Klinkenberg, 1966

Estampa 30, # 12

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato. Tricolporado, colpos

longos e poros circulares. Exina reticulada.

Dimensões (21 exemplares): V. E= 38 – 41,6 μm / V. P.= 22,2 – 24,6 μm de diâmetro

(100X). Exina com 1,3 – 1,7 μm de espessura. Poros com 4,8 – 5 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Retitricolporites finitus González-Guzmán, 1967

Estampa 30, # 13 a, b

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, suboblato / subesferoidal.

Tricolporado, poros circulares pouco evidentes. Exina microrreticulada a escabrada.

Page 144: Danieli Bento Dos Santos I

144

Dimensões (47 exemplares): V. E.= 37 – 44 μm / V. P.= 29 – 33,5 μm de diâmetro

(100X). Exina com 1,5 – 2 μm de espessura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Retitricolporites sp.1

Estampa 30, # 14 a, b

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato. Tricolporado, colpos

longos e retos, poros de difícil observação. Exina escabrada.

Dimensões (7 exemplares): V. E.= 32 – 34,6 μm / V. P.= 20 – 22,2 μm de diâmetro

(100X). Exina com 2 – 2,4 μm de espessura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Retitricolporites sp.2

Estampa 30, # 15

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, suboblato / subesferoidal.

Tricolporado, poros grandes, ovais, bem evidentes. Exina reticulada.

Dimensões (1 exemplar): V. E.= 32,9 μm / V. P.= 32 μm de diâmetro (100X). Exina

com 2,5 μm de espessura. Poros com 7,4 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Retitricolporites sp.3

Estampa 31, # 1 a, b, c, d

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito triangular de lados

convexos, Prolato – esferoidal / subesferoidal. Tricolporado, colpos retos e longos,

poros ovais, anulados, bem evidentes. Exina escabrada.

Dimensões (2 exemplares): V. E.= 32 – 33 μm / V. P.= 36 – 37,3 μm de diâmetro

(100X). Exina com 1,4 – 2 μm de espessura. Profundidade do colpo em vista polar

variando de 8 – 10 μm.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Retitricolporites sp.4

Estampa 31, # 2 a, b

Page 145: Danieli Bento Dos Santos I

145

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, prolato – esferoidal /

subesferoidal. Tricolporado, colpos longos e largos, poros subcirculares. Exina tectada,

com retículo heterogêneo.

Dimensões (16 exemplares): V. E.= 27 – 31,2 μm / V. P.= 29 – 33 de diâmetro (100X).

Exina com 1,5 – 1,9 μm de espessura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Retitricolporites sp.5

Estampa 31, # 3

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato. Tricolporado, poros

subcirculares a ovais. Exina reticulada.

Dimensões (11 exemplares): V. E.= 34,5 – 37 μm / V. P.= 23,5 – 26 de diâmetro

(100X). Exina com 2 – 2,4 μm de espessura. Poros com 3,9 – 6 μm de diâmetro.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Retitricolporites sp.6

Estampa 31, # 4

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, suboblato / subesferoidal.

Tricolporado. Exina microrreticulada. Encontrado sempre amassado.

Dimensões (33 exemplares): V. E.= 36 – 43 μm / V. P.= 28 – 33,4 μm de diâmetro

(100X). Exina com 0,5 – 0,8 μm de espessura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Retitricolporites sp.7

Estampa 31, # 5

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, âmbito subcircular. Tricolporado,

colpos longos. Exina reticulada.

Dimensões (1 exemplar): 24,2 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,1 μm de

espessura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Page 146: Danieli Bento Dos Santos I

146

Gênero Rhoipites Wodehouse, 1933

Espécie-tipo: Rhoipites bradleyi Baldoni, 1987

Rhoipites romeroi (Baldoni, 1987) emend. Barreda, 1997

Estampa 31, # 7 a, b, c

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato – esferoidal /

subesferoidal. Tricolporado, poros subcirculares, anulados. Exina reticulada.

Dimensões (13 exemplares): V. E.= 30 – 34,8 μm / V. P.= 29 – 31,5 μm de diâmetro

(100X). Exina com cerca de 1 μm de espessura e colpos com 7 – 7,8 μm de

profundidade.

Idade / Ocorrência:

- Neo-oligoceno? – Mioceno da Formação Chenque, Bacia de São Jorge,

Patagônia Argentina (BARREDA, 1997 b).

Afinidade botânica: Angiospermae.

Rhoipites sp.

Estampa 31, # 8 a, b

Descrição: grão de pólen, simetria radial, isopolar, suboblato / subesferoidal.

Tricolporado, poros subcirculares a lalongados. Exina levemente reticulada.

Dimensões (11 exemplares): V. E.= 27 – 32 μm / V. P.= 22 – 25,7 μm de diâmetro

(100X). Exina com 1 – 1,4 μm de espessura.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Gênero Striatricolporites Van der Hammen 1956 ex Leidelmeyer, 1966

Espécie-tipo: Striatricolporites pimulis Leidelmeyer, 1966

Striatricolporites sp.

Estampa 31, # 6 a, b

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, oblato-esferoidal /

subesferoidal. Tricolporado, poros lalongados, ovais e circulares. Exina estriada.

Dimensões (8 exemplares): V. E.= 23 – 30,7 μm / V. P.= 21 – 29,2 μm de diâmetro

(100X). Exina com 1 – 1,5 μm de espessura.

Afinidade botânica: Anacardiaceae.

Page 147: Danieli Bento Dos Santos I

147

Gênero Verrutricolporites Van der Hammen et Wymstra, 1964

Espécie-tipo: Verrutricolporites rotundiporus Van der Hammen et Wymstra, 1964

Verrutricolporites rotundiporus Van der Hammen et Wymstra, 1964

Estampa 31, # 9

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito circular, Prolato –

esferoidal / subesferoidal. Tricolporado. Exina microverrugosa.

Dimensões (29 exemplares): V. E.= 21,2 – 25 μm / V. P.= 22 – 26,3 μm de diâmetro

(100X). Exina com 1,2 μm de espessura. Poro com 2,2 – 2,6 μm de diâmetro.

Idade / Ocorrência:

- Oligoceno a Mioceno da plataforma continental do Amapá, Pará, Maranhão,

Sergipe e Rio de Janeiro (REGALI, UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);

- Oligoceno a Pleistoceno do Caribe (GERMERAAD, HOPPING e MULLER, 1968);

- Mioceno a Pleistoceno da Venezuela (LORENTE, 1986);

- Oligoceno a Mioceno da Colômbia (DUEÑAS, 1980);

- Oligoceno a Mioceno da Guiana (VAN DER HAMMEN; WIJMSTRA, 1964); e

- Oligoceno a Plioceno das bacias do Togo, Nigéria, Niger e Mali;

Oligoceno/Mioceno das bacias do Gabão, Camarões, Congo e Angola (SALARD-

CHEBOLDAEFF, 1990).

Afinidade botânica: Angiospermae.

Não identificados

Pólen não identificado 1

Estampa 31, # 11

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, estefanocolporado. 4

colporos, colpos longos. Exina reticulada.

Dimensões (1 exemplar): 27,5 μm de diâmetro (100X). Exina com 2,2 μm de

espessura. Poros com 2,1 μm de diâmetro e colpos com 4,5 – 7 μm de profundidade.

Afinidade botânica: Angiospermae.

Page 148: Danieli Bento Dos Santos I

148

Pólen não identificado 2

Estampa 33, # 17

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, âmbito quadrangular,

estefanocolporado, anguloaperturado. 4 colporos, colpos longos, sincolpado. Exina

reticulada.

Dimensões (24 exemplares): 22 – 25,5 μm de diâmetro (100X). Exina com 1 – 1,4 μm

de espessura.

Afinidade botânica: Myrtaceae.

CLASSE Stephanocolporatae Iversen et Troels-Smith, 1950

Gênero Jandufouria Germeraad, Hopping & Muller, 1968

Espécie-tipo: Jandufouria seamrogiformis Germeraad, Hopping & Muller, 1968

Jandufouria seamrogiformis Germeraad, Hopping & Muller, 1968

Estampa 32, # 1

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar. Estefanocolporado, 6

colporos. Exina tectado-perfurada.

Dimensões (1 exemplar): 81 μm de diâmetro (100X). Exina com 7,8 μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Mioceno da plataforma continental do Pará, Maranhão e Sergipe (REGALI,

UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);

- Oligoceno da Formação São Paulo, Bacia de Taubaté (YAMAMOTO, 1995);

- Neoeoceno a Pleistoceno do Caribe (GERMERAAD, HOPPING e MULLER,

1968);

- Oligoceno a Quaternário do Norte da América do Sul (MULLER, DI GIACOMO e

ERVE, 1987);

- Oligoceno-Mioceno da Colômbia (DUEÑAS, 1980) e;

- Eo/Mesomioceno da Colômbia (HOORN, 1994).

Afinidade botânica: Catostemma - Bombacaceae (HOORN, 1994).

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Gênero Psilastephanocolporites Leidelmeyer, 1966

Espécie-tipo: Psilastephanocolporites fissilis Leidelmeyer, 1966

Psilastephanocolporites fissilis Leidelmeyer, 1966

Estampa 32, # 2 a, b

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, prolato – esferoidal /

subesferoidal. Colporado, 9 colporos. Exina psilada.

Dimensões (3 exemplares): V. E.= 27 – 30,8 μm / V. P.= 30,6 – 32,5μm de diâmetro

(100X). Exina com 1 – 1,1 μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Eoceno a Mioceno da plataforma continental brasileira (REGALI, UESUGUI e

SANTOS, 1974 a, b);

- Oligoceno da Formação Itatiaia, da Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);

- Oligoceno da Formação Tremembé, da Bacia de Taubaté (LIMA; SALARD-

CHEBOLDAEFF e SUGUIO; 1985);

- Meso/Neoeoceno das bacias de Gandarela e Fonseca (LIMA; SALARD-

CHEBOLDAEFF, 1981);

- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);

- Neoeoceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990);

- Eo-Mesomioceno da Bacia Amazônica – Colômbia (HOORN, 1994);

- Oligoceno a Pleistoceno da Venezuela (LORENTE, 1986); e

- Neoeoceno da Colômbia (JARAMILLO; DILCHER, 2001).

Afinidade botânica: Polygalaceae.

Gênero Tetracolporopollenites Goczán, 1964

Espécie-tipo: Tetracolporopollenites sphericus (Couper, 1960) Góczán, 1964

Tetracolporopollenites sp.

Estampa 32, # 4 a, b

Descrição: grão de pólen monade, simetria radial, isopolar, âmbito quadrangular,

subprolato / subesferoidal. Tetracolporado, poros subcirculares a ovais. Psilado.

Dimensões (2 exemplares): V. E.= 33 – 35 μm / V. P.= 38 – 40 μm de diâmetro

(100X). Exina com cerca de 1 μm de espessura.

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Afinidade botânica: Angiospermae.

CLASSE Pericolporatae Iversen et Troels-Smith, 1950

Genero Perisyncolporites Germerrad, Hopping e Muller, 1968

Espécie-tipo: Perisyncolporites pokornyi Germeraad, Hopping e Muller, 1968

Perisyncolporites pokornyi Germeraad, Hopping e Muller, 1968

Estampa 32, # 3 a, b

Descrição: grão de pólen monade, isopolar, esférico. Sincolporado, poros circulares a

subcirculares. Exina espessa, psilada.

Dimensões (60 exemplares): 23 – 42 μm de diâmetro (100X). Poros com 3 – 4,2 μm

de diâmetro. Exina com 3 – 4,4 μm de espessura.

Idade / Ocorrência:

- Mesoeoceno a Mioceno da plataforma continental brasileira e bacias de

Sergipe/Alagoas, Jequitinhonha, Cumuruxatiba e Espirito Santo (REGALI,

UESUGUI e SANTOS, 1974 a, b);

- Neoeoceno da Formação Resende, Bacia de Resende (LIMA; AMADOR, 1985);

- Oligoceno da Formação Itatiaia, Bacia de Resende (LIMA; MELO, 1994);

- Oligoceno da Formação Tremembé, Bacia de Taubaté (LIMA, SALARD-

CHEBOLDAEFF e SUGUIO, 1985);

- Oligoceno das formações São Paulo e Itaquaquecetuba, Bacia de São Paulo

(LIMA, MELO e COIMBRA, 1991);

- Eoceno/Oligoceno da Bacia de Macacu (LIMA, JUNIOR e STEFANI, 1996);

- Neoeoceno a Oligoceno da Bacia de Fonseca (MAIZATTO, 2001);

- Neoeoceno a Eomioceno da Bacia de Gandarela (PINTO; REGALI, 1990);

- Neo-oligoceno da Formação São Paulo, Bacia de Taubaté (LIMA, VESPUCCI e

SUGUIO, 1985);

- Eoceno da Bacia de Bonfim (LIMA; DINO, 1984);

- Eomioceno da Formação Alexandra (LIMA; ANGULO, 1990);

- Neo-oligoceno a Eomioceno da Formação Itaquaquecetuba e Oligoceno da

Formação São Paulo / Bacia de São Paulo; Oligoceno das bacias de Taubaté e

Resende (YAMAMOTO, 1995);