92

Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

  • Upload
    buianh

  • View
    229

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido
Page 2: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

2

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Carlos Eduardo Gonzalez Baldi - Presidente

Armando Casado de Araújo

Eneas Fernandes de Aguiar

Jaime Renato Esteve Garcia

Manoel Renato Machado Filho

CONSELHO FISCAL

Pedro Paulo da Cunha - Presidente

Márcio Leão Coelho

Evandro César Dias Gomes

DIRETORIA EXECUTIVA

Ricardo Luiz de Souza Licks - Diretor Presidente Interino

Regina Irani Derossi Rheinheimer - Diretora de Finanças Interina

Ricardo Luiz de Souza Licks - Diretor de Engenharia, Expansão e Meio Ambiente

José Parizzotto - Diretor Administrativo

Ângelo Márcio Fernandes Ferreira - Diretor de Geração Interino

Page 3: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

3

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Sumário

SENHORES ACIONISTAS E DEMAIS INTERESSADOS ............................................... 4

1. MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO ................................................................... 4

2. PERFIL DA EMPRESA ....................................................................................... 4

3. GESTÃO ............................................................................................................. 5

3.1. Estratégia ................................................................................................................. 5

3.2. Planejamento Empresarial ....................................................................................... 5

3.3. Governança Corporativa .......................................................................................... 6

3.4. Relações com a Sociedade ....................................................................................... 9

4. NEGÓCIO ......................................................................................................... 11

4.1. Geração .................................................................................................................. 11

4.1.1. Empreendimentos .................................................................................................. 11

4.1.2. Geração de Energia Elétrica .................................................................................. 12

4.2. Combustível Carvão .............................................................................................. 13

4.3. Desempenho Operacional ...................................................................................... 13

4.3.1. Disponibilidade ...................................................................................................... 14

4.4. Comercialização .................................................................................................... 14

5. DESEMPENHO ECONÔMICO FINANCEIRO ................................................... 16

5.1. Receita Operacional Bruta ..................................................................................... 16

5.2. Receita Operacional Líquida ................................................................................. 16

5.3. Custos e Despesas Operacionais ............................................................................ 16

5.4. Resultado do Serviço de Energia Elétrica e Margem Operacional ........................ 16

5.5. Resultado Financeiro ............................................................................................. 16

5.6. Lucro/Prejuízo do Exercício .................................................................................. 16

5.7. Gestão Orçamentária ............................................................................................. 17

6. RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL ...................................................... 18

6.1. Gestão de Pessoas .................................................................................................. 18

6.1.1. Desenvolvimento de Pessoas ................................................................................. 18

6.1.2. Medicina e Segurança do Trabalho ....................................................................... 19

6.2. Balanço Social ....................................................................................................... 23

6.3. Sustentabilidade ..................................................................................................... 24

6.4. Responsabilidade Social ........................................................................................ 25

6.5. Pesquisa e Desenvolvimento ................................................................................. 26

7. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016 ........................................................ 28

8. PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES ............................................ 83

9. PARECER DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO .......................................... 88

10. PARECER DO CONSELHO FISCAL ................................................................ 89

11. FICHA TÉCNICA ............................................................................................... 90

Page 4: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

4

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

SENHORES ACIONISTAS E DEMAIS INTERESSADOS

A administração da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica – Eletrobras

CGTEE, em conformidade com a legislação brasileira e as disposições estatutárias,

submete à apreciação dos senhores acionistas e demais interessados, o Relatório da

Administração e as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício de 2016,

acompanhados do Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações

Financeiras, bem como pareceres do Conselho Fiscal e do Conselho de

Administração, com relato das ações desenvolvidas.

1. MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO No Exercício de 2016 a Eletrobras CGTEE colocou em execução o planejado no Plano

de Negócios 2016-2020, elaborado em 2015, com a implementação de ações

propostas para o cenário operacional e de recuperação financeira da Companhia,

processo viabilizado pelos aportes da Holding e pela racionalização de custos e

otimização de recursos no decorrer do exercício, tendo como principal consequência o

retorno da geração positiva de caixa.

2. PERFIL DA EMPRESA

A Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica – Eletrobras CGTEE foi

constituída pela Lei Estadual do Rio Grande do Sul n.º10.900 de 26/12/1996, tendo

iniciado efetivamente suas operações em 28/07/1997. É controlada pela Centrais

Elétricas do Brasil S/A1 - Eletrobras desde 31/07/2000, constituindo-se numa

sociedade de economia mista vinculada ao Ministério de Minas e Energia - MME. A

sede administrativa situa-se em Porto Alegre, e seu parque gerador em Candiota,

ambos no Rio Grande do Sul. Além destas, possui unidades em desmobilização nas

cidades de Porto Alegre (NUTEPA) e São Jerônimo (UTESJ). Tem como missão gerar

energia elétrica promovendo o desenvolvimento sustentável, tendo como combustível

primário o carvão mineral.

UNIDADES TIPO POTÊNCIA

INSTALADA (MW) LOCALIZAÇÃO

UTE SÃO JERÔNIMO Usina Térmica 20 SÃO JERÔNIMO - RS

UTE NUTEPA Usina Térmica 24 PORTO ALEGRE - RS

UTE PRESIDENTE MÉDICI Usina Térmica 446 CANDIOTA - RS

UTE CANDIOTA III Usina Térmica 350 CANDIOTA - RS

SEDE Sede Administrativa - PORTO ALEGRE - RS

TOTAL 840 MW

Quadro 1 – Unidades da Eletrobras CGTEE

1Vide Nota Explicativa n°23.1, integrante das Demonstrações Contábeis deste Relatório;

Page 5: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

5

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

3. GESTÃO 3.1. Estratégia

Missão

Gerar energia elétrica com rentabilidade promovendo o desenvolvimento sustentável.

Valores

Foco em resultados, empreendedorismo, valorização das pessoas, excelência na

gestão e sustentabilidade.

Visão

Até 2021 consolidar e expandir o negócio, introduzindo novas fontes de energia,

prioritariamente na matriz térmica, com práticas e resultados compatíveis aos das

melhores empresas do setor elétrico nacional.

3.2. Planejamento Empresarial

O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido no

Plano de Negócios da Eletrobras CGTEE 2016-2020 o qual, por determinação da

Eletrobras, foi revisado ainda em 2016 tendo como objetivos principais: i)

reestruturação organizacional; ii) redução do nível de endividamento; iii) redução de

custos e despesas operacionais e financeiras; iv) aumento da eficiência e

produtividade; v) racionalização de seus investimentos; vi) redução de ativos; e vii)

melhoria da governança corporativa, além de sinalizar ao mercado que a empresa

está se adequando ao novo cenário.

O Planejamento Estratégico para o decênio 2012 a 2021 apresenta, entre outros, os

seguintes objetivos estratégicos:

Consolidar e expandir os negócios de geração térmica a carvão mineral de

forma sustentável e rentável;

Desenvolver e implementar políticas de sustentabilidade contribuindo para o

desenvolvimento das regiões de influência;

Aprimorar a gestão de pessoas visando atrair, desenvolver e reter talentos para

a Eletrobras CGTEE;

Desenvolver modelo de gestão empresarial e organizacional baseado nas

melhores práticas.

Page 6: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

6

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

3.3. Governança Corporativa

Apresentamos a seguir o organograma das estruturas de governança corporativa da

Eletrobras CGTEE:

Figura 1 – Estrutura de Governança da Eletrobras CGTEE

Assembleia Geral de Acionistas

A Assembleia Geral se reúne conforme a legislação vigente, isto é, ordinariamente até

o último dia do mês de abril do ano subsequente ou extraordinariamente sempre que o

Conselho de Administração ou o acionista majoritário demandar. No ano de 2016,

ocorreu 01 (uma) Assembleia Geral Ordinária em atendimento à Lei nº 6.404/1976 e

01 (uma) Assembleia Geral Extraordinária.

Conselho de Administração O Conselho de Administração é constituído por um presidente e cinco conselheiros,

eleitos em Assembleia Geral para um mandato de um ano, com possibilidade de

reeleição. Um dos membros do Conselho de Administração será indicado pelo Ministro

de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e outro membro eleito como

representante dos empregados, escolhido pelo voto direto de seus pares dentre os

empregados ativos e em eleição organizada pela empresa em conjunto com as

entidades sindicais, as quais designam membros para a comissão eleitoral, nos

termos da legislação vigente. No ano de 2016 foram efetuadas 15 (quinze) reuniões do

Conselho de Administração para a deliberação de matérias de sua competência

definidas no Estatuto Social da Companhia.

Page 7: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

7

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é constituído por três membros titulares e seus respectivos

suplentes, eleitos em Assembleia Geral Ordinária para um mandato de um ano, com

possibilidade de reeleição. Um dos integrantes titulares e o respectivo suplente são

indicados pelo Ministério da Fazenda (representante do Tesouro Nacional). O

Conselho Fiscal reuniu-se 12 (doze) vezes em 2016, para fiscalizar os atos

administrativos e cumprir com seus deveres estatutários.

Diretoria Executiva A Diretoria Executiva é composta por um Diretor Presidente e quatro Diretores eleitos

pelo Conselho de Administração, com mandato de três anos e com possibilidade de

recondução, nas seguintes áreas: Presidência, Diretoria de Finanças, Diretoria de

Engenharia, Expansão e Meio Ambiente, Diretoria Administrativa e Diretoria de

Geração. A Diretoria Executiva se reúne semanalmente para deliberar sobre as

matérias de interesse da Companhia, pontuadas pelas diferentes diretorias. Em 2016

foram realizadas 48 (quarenta e oito) reuniões.

Gestão da Ética

Integrante do Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, a Comissão de

Ética tem como finalidade orientar e aconselhar os integrantes da Eletrobras CGTEE

quanto aos princípios e compromissos éticos, organizacionais e pessoais. Compete

também à Comissão representar a Comissão de Ética Pública - CEP, supervisionando

a observância do Código de Conduta da Alta Administração Federal. O Código de

Ética e Conduta das Empresas Eletrobras, abrange os membros do Conselho de

Administração, diretores, conselheiros, empregados, contratados, prestadores de

serviço, estagiários e jovens aprendizes.

Auditoria Interna

A Auditoria Interna, subordinada ao Conselho de Administração, planeja e executa as

ações do Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna – PAINT, com avaliações

independentes, imparciais e tempestivas sobre a efetividade e a adequação dos

controles internos e o cumprimento das normas, regulamentos e da legislação

associada à suas operações. Cabe também à Auditoria Interna, examinar e avaliar a

documentação, registros, arquivos, dados, operações, funções, procedimentos e

normas internas, bem como aferir o cumprimento das diretrizes, atos normativos

internos e externos, a legislação vigente e adequabilidade dos métodos e controles

existentes. Também é responsável por reportar e coordenar o atendimento, pelas

unidades organizacionais da Companhia, às solicitações dos órgãos governamentais

de controle e do Tribunal de Contas da União – TCU, relacionadas às inspeções e

auditorias realizadas pelos mesmos.

Page 8: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

8

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Controles Internos e Gestão de Riscos A Eletrobras CGTEE segue o modelo de gestão de riscos corporativos do Sistema

Eletrobras, orientado às empresas de geração, tendo como base metodológica o

COSO-ERM e a Norma ISO 31000. O modelo de gestão de riscos contempla a

priorização e análise contínua dos riscos constantes em nossa matriz de riscos.

Programa de Compliance da Eletrobras CGTEE A Diretoria Executiva da Eletrobras CGTEE participa do Programa de Compliance das

Empresas Eletrobras, conjunto de ações que visam, de forma contínua, identificar,

corrigir e prevenir fraudes e corrupções, garantindo o cumprimento das leis

anticorrupção no âmbito da empresa.

Em 2016 foi elaborado o Programa de Integridade focado nas seguintes dimensões:

Desenvolvimento do Ambiente de Gestão do Programa de Integridade.

Análise Periódica de Riscos.

Estruturação e Implantação das Políticas e Procedimentos.

Comunicação e Treinamento.

Monitoramento do Programa, medidas de remediação e aplicação de

penalidades.

Também neste exercício foi atualizado o Código de Ética e de Conduta das Empresas

Eletrobras, sendo o principal documento norteador da atuação das Companhias, ao

expressar e reforçar os compromissos que assumem com seus públicos de

relacionamento.

O Código de Ética e de Conduta direciona a atuação com base nos quatro pilares da

governança – transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade

corporativa.

Medida de Retenção de Documentos Eletrobras

A política que trata de segurança da informação e respectivas normatizações,

incluindo aspectos de acesso e preservação de dados e informações corporativas,

estão sendo revisadas no âmbito do Programa Eletrobras 5 Dimensões, em

alinhamento às melhores práticas de governança corporativa.

Visando ao atendimento a demandas de órgãos reguladores e fiscalizadores,

enquanto esses normativos são atualizados, a Eletrobras CGTEE ratificou orientação

a todos os colaboradores quanto à necessidade de preservação de todos e quaisquer

documentos.

Page 9: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

9

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Comitês A Eletrobras CGTEE possui sete comitês internos reunindo empregados de diversas áreas da Companhia e que atuam conforme as atribuições definidas pela Diretoria Executiva: Permanente de Acompanhamento do Planejamento Estratégico: Acompanhar a aplicação do Planejamento Estratégico e elaborar relatório trimestral para a Diretoria Executiva. Sustentabilidade: Promover a incorporação à Eletrobras CGTEE dos conceitos e práticas de sustentabilidade empresarial em suas dimensões econômico-financeira, social e ambiental. Permanente de Tecnologia da Informação: Propor as políticas e diretrizes da Assessoria de TI, elaborar o plano de investimento da área, definir prioridades na alocação de soluções tecnológicas, elaborar normas e procedimentos sobre TI. Pesquisa e Desenvolvimento: Identificar, analisar, avaliar e propor à Diretoria Executiva a execução de projetos do interesse da companhia. Monitoramento da Implementação do Plano de Ação para Reestruturação Contábil da Eletrobras CGTEE: Buscar redução no prazo de elaboração das demonstrações financeiras no padrão CPC, CVM e ANEEL e nível de qualidade diferenciado. Implantar o relatório resumo de fechamento contábil emitido pelo contador e aprovado pela Diretoria de Finanças. Multidisciplinar de Ascensão – CMA da Eletrobras CGTEE: Acompanhar anualmente as metas das diretorias, analisar justificativas formuladas pelos gerentes para anulação das metas quando em fase de avaliação, analisar em última instância os recursos da avaliação de desempenho e zelar pelo cumprimento das metas estabelecidas pelo Sistema de Gestão de Desempenho - SGD do Sistema Eletrobras. Pró-Equidade de Gênero e Raça: Elaborar, divulgar e fomentar ações empresariais visando à equidade dos gêneros, raças, etnias e à superação das desigualdades no trabalho.

3.4. Relações com a Sociedade

Ouvidoria A Ouvidoria é um canal de comunicação e participação do cidadão na gestão pública,

canal direto de diálogo entre a Companhia e seus públicos de interesse, funcionando

como porta de entrada para solicitações, sugestões, reclamações, elogios e

denúncias.

A Ouvidoria também é a autoridade responsável junto à Controladoria Geral da União

– CGU, pelas demandas oriundas do Serviço de Informação ao Cidadão – SIC,

decorrente da Lei de Acesso a Informação, bem como integrante da equipe de

Programa de Compliance, em cumprimento a Lei nº 12.846 de 01/08/2013.

Em 2016, a Ouvidoria registrou 40 (quarenta) demandas através dos diversos canais

de acesso disponibilizados pela Eletrobras CGTEE. Ainda neste exercício, foi

Page 10: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

10

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

registrado o ingresso de 26 (vinte e seis) pedidos de informações através do Serviço

de Informação ao Cidadão – e-SIC.

Comunicação Institucional A Eletrobras CGTEE adota ações de Comunicação e Marketing com base nas

diretrizes da Política de Comunicação Integrada, dialogando com o Código de Ética

Único das Empresas Eletrobras e seguindo o determinado pela legislação pertinente,

conforme disposição da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da

República (SECOM).

Em nossa política de Comunicação, reforçamos ações e iniciativas na Metade Sul do

Estado na busca de uma maior interação com a população da cidade de Candiota e

região de influência.

Page 11: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

11

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

4. NEGÓCIO 4.1. Geração 4.1.1. Empreendimentos O parque gerador2 da Eletrobras CGTEE é composto por 04 (quatro) usinas termelétricas, estando 02 (duas) em processo de desmobilização, conforme detalhado no quadro 2 seguir:

USINAS TERMELÉTRICAS

TIPO DATA DA

CONCESSÃO/ AUTORIZAÇÃO

DATA DO VENCIMENTO

POTÊNCIA INSTALADA

(MW) UNIDADES

UTE SÃO JERÔNIMO CONCESSÃO 8/7/1995 7/7/2015 20 02x 5MW - (1953) 01x 10MW - (1956)

UTE NUTEPA CONCESSÃO 8/7/1995 7/7/2015 24 02x 8MW - (1968) 01x 8MW - (1969)

UTE PRESIDENTE MÉDICI Fases A/B

CONCESSÃO 8/7/1995 7/7/2015 446 02x 63MW - (1974)

02X 160MW - (1987)

UTE CANDIOTA III (Fase C) AUTORIZAÇÃO 18/7/2006 17/7/2041 350 01x 350MW - (2011)

TOTAL 840 MW

Quadro 2 – Parque Gerador da Eletrobras CGTEE

UTE São Jerônimo A Usina Termelétrica São Jerônimo - UTESJ, do tipo térmica à vapor, está localizada

no município de São Jerônimo - RS, distante 70 quilômetros de Porto Alegre. A

Central, como era denominada na época, foi o primeiro projeto energético do estado

do Rio Grande do Sul e foi projetada em duas etapas, a primeira com duas unidades

de 5 MW e a segunda com uma unidade de 10 MW, resultando na capacidade final de

20 MW, tendo como combustível primário o carvão mineral.

A Usina esteve em operação por 60 anos, estando em um processo de

desmobilização que deve ser encerrado em 2017. A Eletrobras CGTEE encerrou as

atividades de geração de energia elétrica da Usina Termelétrica São Jerônimo -

UTESJ devido a restrições técnicas, operacionais e ambientais que resultaram na

paralisação da sua geração de energia elétrica no final de 2013. A partir de então se

iniciou o processo de desmobilização da referida Unidade Produtiva, o qual requereu o

atendimento de um conjunto de obrigações legais. A CGTEE é responsável pelas

medidas de recuperação e monitoramento da área total da Usina Termelétrica de São

Jerônimo - UTESJ compreendendo a área industrial da Usina e a área lindeira. As

ações necessárias da desmobilização estão em execução com previsão de

encerramento em 2017.

2 Vide Nota Explicativa n°3, integrante das Demonstrações Contábeis deste Relatório;

Page 12: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

12

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

UTE NUTEPA

A Nova Usina Termelétrica Porto Alegre - NUTEPA, do tipo térmica à vapor, está

localizada na margem esquerda do rio Gravataí, junto à BR 290, na área metropolitana

de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul. A Usina entrou em operação em

1968 com três unidades de 8 MW cada, totalizando 24 MW. Seus equipamentos

utilizavam óleo combustível como fonte primária para a geração de energia elétrica. A

NUTEPA operou em regime contínuo até 1979 e a partir de então alternou períodos de

"reserva fria" e períodos de operação. Desde 2013 a Usina encontra-se fora de

operação estando em um processo de desmobilização que deve ser encerrado em

2017. A CGTEE é responsável pelas medidas de recuperação e monitoramento da

área total da NUTEPA compreendendo a área industrial da Usina e a área lindeira. As

ações necessárias da desmobilização estão em execução com encerramento previsto

para 2017.

UTE Presidente Médici A Usina Termelétrica Presidente Médici - UPME, do tipo térmica à vapor, tendo como

combustível o carvão mineral, está localizada no município de Candiota - RS, distante

400 quilômetros de Porto Alegre. Sua construção aconteceu em duas etapas. As

unidades 1 e 2 da usina possuem capacidade instalada de 63 MW cada e foram

inauguradas em 1974 quando foram integradas ao Sistema Interligado Nacional – SIN.

No final de 1986 entraram em operação as unidades 3 e 4, com capacidade instalada

de 160 MW cada, totalizando 446 MW instalados. No ano de 2016 permaneceram em

operação as unidades 1 e 4.

UTE Candiota III A Usina Termelétrica Candiota III (Fase C) constitui-se em uma autorização do MME e

expandiu a capacidade instalada da Eletrobras CGTEE em mais 350 MW. Localizada

no município de Candiota – RS, a obra era aguardada há mais de 23 anos pela

comunidade da metade Sul do RS e incrementou fortemente os negócios envolvendo

a relação comercial Brasil/China. O projeto gerou no período de instalação, 4.500

empregos diretos e 3.000 indiretos. A energia gerada foi comercializada no 1° Leilão

de Energia Nova realizado pela ANEEL em 16/12/2005, pelo prazo de 15 anos,

entrando em operação comercial no dia 01/01/2011 e tem autorização de operação até

17/07/2041.

4.1.2. Geração de Energia Elétrica O Complexo Termelétrico de Candiota, composto pela UTE Presidente Médici e UTE

Candiota III, está conectado ao Sistema Interligado Nacional – SIN e tem função

estratégica para controle de tensão do Sistema de Transmissão da região,

principalmente em períodos de levante hidráulico.

Adicionalmente, as unidades geradoras do Complexo Termelétrico de Candiota tem

fundamental importância para a operação da 2ª Interligação Brasil/Uruguai, através da

Conversora de Frequência de Melo, em função da garantia da capacidade de

fornecimento de energia na região, tanto para exportação quanto para importação.

Page 13: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

13

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

4.2. Combustível Carvão No encerramento do exercício de 2016, o estoque de carvão existente para utilização

era de 6.089.628 t, distribuído conforme tabela abaixo.

Descrição Quantitativo

Carvão Mineral CGTEE 4.474.822 t

Carvão Mineral Consignado 1.614.806 t

TOTAL 6.089.628 t

Quadro 3 – Estoque de Carvão

4.3. Desempenho Operacional

A geração total de energia elétrica na Eletrobras CGTEE no ano de 2016 foi de 2.280

GWh. Este número representa um aumento de 3,11% na produção total, comparando-

se com o ano de 2015. A geração no ano da UTE Presidente Médici foi de 808 GWh

(19,88% a mais do que a produção em 2015); e a Fase C, que totalizou 1.472 GWh

(variando -4,25% em relação ao ano anterior).

Gráfico 1 – Evolução da Energia Elétrica Gerada Total pela CGTEE 2011-2016

1.902

2.677 2.836

2.462 2.211 2.280

2011 2012 2013 2014 2015 2016

GW

h

Histórico Energia Gerada Total - CGTEE

Page 14: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

14

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

4.3.1. Disponibilidade A Disponibilidade Geral da Eletrobras CGTEE atingiu o índice de 52,48% em 2016,

sendo 39,85% na UTE Presidente Médici e 65,42% na UTE Candiota III, cerca de

2,1% superior quando comparada ao ano de 2015.

Disponibilidade Geral da Eletrobras CGTEE

Gráfico 2 – Disponibilidade Geral da Eletrobras CGTEE

4.4. Comercialização Durante o ano de 2016 a Eletrobras CGTEE comercializou energia da seguinte forma:

a) Contratos CCEAR – 4º Leilão de Energia Existente

Em decorrência do 4º LEE, realizado em 11/10/2005, a Eletrobras CGTEE assinou

CCEAR com 17 distribuidoras de energia elétrica. Após as realizações do Mecanismo

de Compensação de Sobras e Déficits - MCSD o número de clientes vinculados a este

leilão passou a ser 38 distribuidoras. Neste leilão foram comercializados 283,70 GWh.

b) Contratos CCEAR – 1º Leilão de Energia Nova

Em decorrência do 1º Leilão de Energia Nova (LEN), realizado em dezembro de 2005,

a Eletrobras CGTEE assinou Contratos de Comercialização de Energia em Ambiente

Regulado - CCEAR do tipo por disponibilidade com 31 empresas distribuidoras de

energia elétrica. Após as realizações do mecanismo MCSD o número de clientes

vinculados a este leilão passou para 35 distribuidoras. Neste leilão foram

comercializados 2.557,92 GWh.

c) Liquidação no Mercado de Curto Prazo – CCEE

Mensalmente foi realizada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica

(CCEE) a contabilização do Mercado de Curto Prazo na qual são comparadas as

gerações realizadas e a energia vendida. Considerando as gerações realizadas em

2016 acrescidas das energias compradas, comparadas as energias vendidas, o

resultado estimado do ano foi de crédito equivalente a 1.544,388 GWh, que baseado

no PLD do ano representou uma receita de R$ 153,990 milhões. É importante

50,00% 50,42%

52,48%

2014 2015 2016

Page 15: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

15

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

destacar que no ano de 2016 não ocorreram dispêndios decorrentes de aplicações de

penalidades por parte da CCEE.

d) Ressarcimentos Devidos

Conforme as Regras de Mercado da CCEE, os CCEAR vinculados à UTE Candiota III

estão sujeitos à aplicação dos seguintes ressarcimentos: ressarcimento por não

atendimento ao despacho por mérito de preço do Operador Nacional do Sistema -

ONS no valor de R$ 41,635 milhões e ressarcimento por não cumprimento à

Inflexibilidade Contratual Anual no valor de R$ 108,983 milhões, totalizando R$

150,618 milhões, impactando nas receitas provenientes desta Usina.

e) Compra de Energia no Ambiente de Contratação Livre – ACL

Em função do volume de venda dos contratos de energia, associado com a entrada

em eficácia dos novos valores de garantia física, válidos desde janeiro/2008, e os

problemas técnicos enfrentados pelas Usinas, a Companhia ficou sujeita a

penalidades por insuficiência de lastro físico perante CCEE. Para solucionar este

problema, desde fevereiro de 2009 a Companhia vem adquirindo sistematicamente

montantes de energia, através da participação em leilões de compra de energia,

evitando a exposição às penalidades supracitadas. No ano de 2016 foram adquiridos

1.185,840 GWh em leilões de compra de energia no ACL, ao custo de R$ 216,158

milhões.

Page 16: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

16

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

5. DESEMPENHO ECONÔMICO FINANCEIRO 5.1. Receita Operacional Bruta A receita operacional bruta da Eletrobras CGTEE, em 2016, no montante de R$ 718,1 milhões representou uma majoração significativa na ordem de 67,5% em relação aos R$ 428,6 milhões de realização de receita bruta do exercício de 2015. 5.2. Receita Operacional Líquida

A receita operacional líquida, que considera as deduções de impostos e encargos setoriais, registrou aumentos significativos, quando comparada com o período anterior. Em 2016, a Receita Operacional Líquida apresentou um valor de R$ 634,3 milhões, 69,3% maior em relação ao ano de 2015, no valor de R$ 374,6 milhões. 5.3. Custos e Despesas Operacionais Os custos e despesas operacionais somaram R$ 1,043 bilhão em 2016, um aumento de 77,5% em relação ao ano anterior (R$ 587,6 milhões). Na composição destes custos, salienta-se o forte impacto atribuído principalmente ao crescimento da conta “Outros”, no valor de R$ 371,6 milhões, que aumentou em torno de 850%, em relação ao período anterior, devido à provisão, reconhecendo as prováveis perdas na ação do banco KFW, no valor de R$ 278,2 milhões, e outras provisões para perdas nos contenciosos civil e trabalhistas. 5.4. Resultado do Serviço de Energia Elétrica e Margem Operacional O resultado operacional do serviço de energia elétrica de 2016 teve o valor igual a R$ 409,5 milhões negativos, apresentando decréscimo de R$ 196,6 milhões em relação ao exercício anterior (R$ 212,9 milhões). Esta queda no resultado do serviço foi de 92,3% comparando-se com o exercício de 2015, em virtude da variação do PMSO. 5.5. Resultado Financeiro O resultado financeiro, no exercício de 2016, registrou o valor de R$ 425,8 milhões negativos. Este resultado foi impulsionado pelos encargos financeiros sobre a dívida, que tiveram uma elevação de 28,6% em relação a 2015, em função do crescimento do saldo de financiamento e empréstimos. 5.6. Lucro/Prejuízo do Exercício No ano de 2016 a Companhia apresentou prejuízo na ordem R$ 1,073 bilhão, superior em R$ 424,8 milhões em relação ao prejuízo de R$ 648,4 milhões registrado em 2015.

Page 17: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

17

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

5.7. Gestão Orçamentária Os orçamentos de custeio e de investimento para o ano de 2016, de acordo com o

planejamento orçamentário e realização por ordem de investimentos, relacionados por

projetos e aprovados pela Lei n° 13.255, de 14/01/2016, e revisado pela Lei nº 13.389

de 20/12/2016. Demonstramos a seguir a realização total de 22,8% no exercício de

2016 por projeto de investimento em reais:

(a)

Dotação

(b) Realizado até

Dezembro/2016

(b/a) Índice

Realizado

INVESTIMENTOS

Manutenção de Bens Imóveis 350.000,00 0 0,0%

Manutenção e Adequação dos Ativos de Informática 4.700.000,00 1.291.478,00 27,5%

Manutenção de Bens Móveis, Veículos e Máquinas 450.000,00 44.224,00 9,8%

Manutenção do Sistema de Geração de Energia 20.845.595,00 3.236.181,00 15,5%

Revitalização da UTE Presidente Médici 5.495.405,00 2.908.660,00 52,9%

Adequação Ambiental da UTE Presidente Médici 1.590.000,00 152.468,00 0,90%

TOTAL INVESTIMENTO 33.431.000,00 7.633.011,00 22,8%

Quadro 4 – Acompanhamento do Investimento – 2016

Page 18: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

18

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

6. RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

6.1. Gestão de Pessoas

Para a Eletrobras CGTEE os colaboradores constituem o ativo mais importante: o

capital humano. Foram concentrados esforços para aprimorar a política permanente

de capacitação, valorização e motivação dos empregados, buscando assim

estabelecer um ambiente organizacional capaz de garantir sustentabilidade às

estratégias da Eletrobras CGTEE. Profissionais motivados, produtivos e fidelizados em

uma perspectiva de cultura organizacional de valorização das pessoas foi e segue

sendo um desafio central para nossa Empresa.

Força de Trabalho

A Eletrobras CGTEE encerrou o ano com o total de 592 empregados. Este número

considera o total dos empregados diretos e indiretos (587) e empregados cedidos de

outras empresas (5). Além destes, compuseram a força de trabalho da Companhia em

2016 quatro (4) diretores de carreira das empresas do Sistema Eletrobras e um (1)

diretor nomeado pelo Conselho de Administração.

Política Salarial

O custo de pessoal no período totalizou R$ 98,7 milhões. Neste investimento em

capital humano está incluído o reajuste salarial de 5% ocorrido em maio, mais 9,28%

reajustado em setembro sobre a matriz de abril/2016, bem como valores decorrentes

do crescimento vegetativo da folha de pagamento, procedente, por exemplo, de

anuênios e da distribuição de mérito e antiguidade referente ao 4º Ciclo de Gestão do

Desempenho – SGD.

6.1.1. Desenvolvimento de Pessoas Os programas de treinamento e desenvolvimento no ano de 2016 foram estruturados

levando em consideração o cenário da Companhia e a evolução do empregado dentro

da sua função. A empresa buscou fornecer as ferramentas e condições para o

crescimento e melhoria contínua do empregado.

Certificação de Operadores

Iniciado em 2016, o Programa de Certificação de Operadores tem a participação de 96

profissionais. A certificação tem o objetivo de avaliar a competência técnica, bem como

a saúde física e mental de todos os operadores envolvidos no processo. A certificação

garantirá a excelência operacional por meio do cumprimento e aprimoramento de

requisitos técnicos de qualidade. Também promove o desenvolvimento constante dos

profissionais que atuam na área, incentivando a reciclagem de conhecimentos.

Page 19: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

19

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Desenvolvimento de Líderes

Em parceria com a Unise, foram treinados 23 gerentes no ano de 2016 no Programa

de Gestão de Liderança. Este programa teve como objetivo o aprimoramento das

competências gerencias, em especial o trabalho em equipe, comunicação, gestão de

mudança, disseminação do conhecimento e liderança.

6.1.2. Medicina e Segurança do Trabalho

No ano de 2016 a Eletrobras CGTEE desenvolveu inúmeras ações visando à

prevenção de acidentes de trabalho e bem estar dos colaboradores que atuam na

Eletrobras CGTEE, entre as quais destacamos:

Medicina

Campanhas

Dengue - Em função dos crescentes casos de dengue no Rio Grande do Sul, o

setor reforçou as campanhas do Governo do Estado e do Governo Federal de

prevenção e combate à dengue. Foram realizadas atividades educacionais

dentro e fora da empresa, as quais consistiam em sensibilizar a população alvo

através de conversa e distribuição de folders, além de realizar busca ativa de

possíveis focos.

Dia Nacional do Controle do Colesterol – Campanha desenvolvida através da

sensibilização pelos profissionais da área da saúde e distribuição de folders.

Influenza – Foi realizada campanha com objetivo de esclarecer dúvidas e evitar

a gripe ou sua transmissão. Os colaboradores foram instruídos a fazer uso de

medidas preventivas como higienizar as mãos com água e sabão ou com

álcool gel. Durante a campanha foi distribuído álcool gel em todos os setores.

Dia Mundial do Diabetes – Campanha desenvolvida através do Programa

Qualidade de Vida. Foi realizada conversa com os colaboradores, orientações

com entrega de informativos e busca ativa de diabéticos, no intuito de sensibilizar

os usuários para o autocuidado e atenção à qualidade de vida.

Outubro Rosa – Conscientização dos trabalhadores e trabalhadoras da

Companhia e do público externo feminino e masculino em relação à prevenção do

câncer de mama, com realização de palestras e distribuição de material

informativo, iniciativa permanente na Companhia em campanha com a colaboração

do Comitê de Gênero e Raça da Eletrobras CGTEE.

Novembro Azul – Conscientizar os trabalhadores do sexo masculino sobre o

câncer de próstata, visando diminuir a taxa de mortalidade que ainda é alta.

Trata-se de uma iniciativa que já faz parte do calendário nacional das

Page 20: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

20

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

campanhas de prevenção no Brasil. O objetivo é combater a doença e,

principalmente, motivar a população masculina a fazer exames preventivos.

Doar Sangue é compartilhar Vida - Foi realizada a conscientização dos

trabalhadores sobre a importância de ser um doador de sangue, através da

distribuição de folders e publicações na intranet. Além disso, foi organizado

junto ao banco de sangue de Pelotas duas ações que visavam a doação de

sangue no município de Candiota.

Álcool, Tabagismo e outras drogas – Foi realizada junto aos trabalhadores uma

campanha de conscientização sobre o uso excessivo dos mesmos. Além disso,

foi disponibilizado a todos os colegas um teste rápido a fim de identificar o uso

abusivo de álcool e formas de buscar a autoajuda.

Foram também abordados os seguintes temas: AIDS, transporte de vítimas, malefícios

do açúcar, alimentação saudável, ergonomia no posto de trabalho, estresse,

autoexame das mamas e câncer de próstata.

Programa Qualidade de Vida

Dentro do Programa Qualidade de Vida foram realizados três encontros do Grupo de

Hipertensos e Diabéticos, que consistia na verificação de Pressão arterial, teste de

glicemia e palestras abordando os seguintes temas:

Hábitos saudáveis para manter qualidade de vida – Palestrante Médica Silvia

Letícia Quadrado;

A importância da atividade física para controle da hipertensão e diabetes –

Palestrante educadora física Fúlvia Rigone, e o atleta José Américo Tavares;

Proteja seus Rins, salve seu coração – Palestrante nefrologista Dr. Rodrigo

Braga Jorge.

Ação Educacional

Queimaduras Químicas - Foi realizada uma ação educacional sobre prevenção de

queimaduras químicas. A empresa adquiriu um novo produto chamado diphoterine e a

equipe de saúde realizou a conscientização sobre a prevenção deste tipo de acidente

e como manejar diante do mesmo.

Protetor Solar – Foi realizada a conscientização e distribuição de protetor solar na área

industrial.

Page 21: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

21

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Programa Qualidade de Vida

O Programa Qualidade de Vida visa compreender o trabalhador como todo, buscando o

equilíbrio entre a saúde física, mensal, social e espiritual. Neste sentido, várias ações

estão sendo realizadas, dentre elas:

Acompanhamento periódico de todos os colaboradores nos postos de trabalho –

Visita aos trabalhadores, pela equipe de enfermagem do trabalho, em seu

ambiente de trabalho, a fim de monitorar seus sinais vitais e conscientizar os

colaboradores quanto a importância de fazer exames preventivos e cuidados para

evitar o desenvolvimento do Diabetes e Hipertensão, além de orientar os

colaboradores com a doença já instalada.

Controle dos trabalhadores com doenças agudas e crônicas - Quando a equipe de

saúde identifica a enfermidade, o colaborador é acompanhado durante o processo

de diagnóstico e tratamento adequado.

Liberação de Saúde para trabalhos em Espaço Confinado a todos os

colaboradores do canteiro

A avaliação do estado de saúde deve ser efetuada a cada 07 dias e consiste na

medição da pressão arterial, frequência cardíaca e conversa com o colaborador para

liberar ou não para o trabalho em espaço confinado, visando evitar acidentes de

trabalho e identificar riscos a saúde.

Segurança do Trabalho

Acompanhamento do Programa de Proteção Respiratória / PPR, onde são

realizados os testes de vedação em respiradores e treinamento de higienização e

substituição de filtros;

Acompanhamento do Programa de Conservação Auditiva / PCA, onde são

realizadas inspeções e avaliações de ruído;

Revisão global do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais / PPRA;

Controle e acompanhamento do processo de Higienização de Uniformes;

Inspeções e fiscalizações nas frentes de trabalho, conferindo Análise Preliminar de

Riscos / APR, Permissão de Trabalho / PT, Permissão de Entrada em Espaço

Confinado / PET;

Inspeções e fiscalizações quanto á utilização de Equipamentos de Proteção

Individual e Coletiva;

Inspeções em condições de vestiários e sanitários / NR 24;

Page 22: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

22

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Inspeções e testes nos Equipamentos de Combate a Incêndio do Complexo

Termelétrico (hidrantes e extintores);

Treinamento de Brigada de Emergência;

Controle das documentações de segurança das Empresas Contratadas como:

PPRA, PCMSO, PPR, PCA e Certificados de Treinamentos (NR 10, NR 33, NR

35);

Treinamentos e reciclagens de: NR 10, NR 33, NR 35;

Controle estatístico de acidentes de trabalho;

Investigações com ações de melhorias em casos de acidentes/incidentes de

trabalho.

Page 23: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

23

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

6.2. Balanço Social

Valores em milhares de Reais

1 - Geração e distribuição de riqueza

Distribuição do Valor Adicionado - DVA está apresentada, na íntegra, no

conjunto das Demonstrações Contábeis.

Colaboradores 98.673 94.984

Governo 112.735 80.880

Agentes financeiros e aluguéis 434.803 349.563

Retenção/distribuição de Prejuízo do exercício (1.073.209) (648.367)

2 - RECURSOS HUMANOS

2.1 - Remuneração

Folha de pagamento bruta (FPB)

- Empregados

- Administradores

Relação entre a maior e a menor remuneração:

- Empregados

- Administradores

2.2 - Benefício Concedidos Valor (mil) % sobre FPB % sobre RL Valor (mil) % sobre FPB % sobre RL

Encargos Sociais 27.659 40,49% 4,36% 26.430 42,57% 7,05%

Alimentação 9.352 13,69% 1,47% 9.035 14,55% 2,41%

Transporte 2.486 3,64% 0,39% 2.514 4,05% 0,67%

Previdência privada 6.693 9,80% 1,06% 5.627 9,06% 1,50%

Saúde 3.108 4,55% 0,49% 2.884 4,65% 0,77%

Segurança e medicina do trabalho 474 0,69% 0,07% 730 1,18% 0,19%

Educação 133 0,19% 0,02% 114 0,18% 0,03%

Cultura 37 0,05% 0,01% 63 0,10% 0,02%

Capacitação e desenvolvimento profissional 582 0,85% 0,09% 660 1,06% 0,18%

Creches ou auxílio creche 1.542 2,26% 0,24% 1.480 2,38% 0,40%

Outros 1.533 2,24% 0,24% 5.486 8,84% 1,46%

Total 53.599 78,45% 8,44% 55.023 88,62% 14,69%

2.3 - Composição do Corpo Funcional

Nº de empregados no final do exercício

Nº de admissões

Nº de demissões

Nº de estagiários no final do exercício

Nº de empregados portadores de necessidade especiais no final do exercício

Nº de prestadores de serviços terceirizados no final do exercício

Nº de empregados por sexo:

- Masculino

- Feminino

Nº de empregados por faixa etária:

- Menores de 18 anos

- De 18 a 35 anos

- De 36 a 60 anos

- Acima de 60 anos

Nº de empregados por nível de escolaridade:

- Analfabetos

- Com ensino fundamental

- Com ensino médio

- Com ensino técnico

- Com ensino superior

- Pós-graduados

Percentual de ocupantes de cargos de chefia, por sexo:

- Masculino

- Feminino

12,23

2.088

2015

506

13

38

463

* Cadastro de nível e técnico é agrupado

em Nível médio

107

0

115

0

85,14%

14,86%

8

72

2

615

Em 2015

62.088

60.000

9,57

621

2015

1

592

0

32

192

413

16

486

106

0

168

409

15

9,12

2016

2016

Em 2016

68.306

63.576

4.730

6,07

* Cadastro de nível e técnico é agrupado em

Nível médio

13,85%

171

14

86,15%

1

6

67

2

375

573

Page 24: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

24

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Valores em milhares de Reais

6.3. Sustentabilidade A Eletrobras CGTEE, em respeito às mudanças no cenário nacional e internacional,

adota um modelo de gestão voltado não apenas para o valor econômico, mas também

à incorporação de práticas sociais combinadas com a preservação e qualidade do

ecossistema. Neste sentido, atua na busca do equilíbrio entre as dimensões

ambiental, econômica e social.

Para o próximo exercício a companhia buscará qualificar ainda mais sua conduta na

busca pela excelência na gestão empresarial sustentável, equiparando-se às práticas

das empresas referências do setor elétrico.

Meio Ambiente

A Eletrobras CGTEE investe em ações de responsabilidade socioambiental, visando

promover o desenvolvimento sustentável nas áreas onde atua.

Principais Projetos Ambientais

Operação e manutenção da nova rede de monitoramento, constituída por cinco

estações de monitoramento da qualidade do ar;

Monitoramento das águas superficiais, subterrâneas e efluentes líquidos;

Monitoramento das emissões atmosféricas;

2.4 - Contigências e passivos trabalhistas:

Nº de processos trabalhistas movidos contra a entidade

Nº de processos trabalhistas julgados procedentes

Nº de processos trabalhistas julgados improcedentes

Valor total de indenizações e multas pagas por determinação da justiça

3 - Interação da Entidade com o Ambiente Externo

3.1 - Relacionamento com a Comunidade Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Valor (mil) % sobre RO % sobre RL

Totais dos investimentos em:

Educação 484 -0,07% 0,08% 933 -0,31% 0,25%

Cultura - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%

Saúde e Segurança Alimentar 100 -0,02% 0,02% 300 -0,10% 0,08%

Esporte e lazer - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%

Alimentação - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%

Geração de trabalho e renda - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%

Outros (Patrocionio Institucionais não Incentivados e Rec. Financeiros) 4 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%

Total dos investimentos 588 -0,09% 0,10% 1.233 -0,41% 0,33%

Tributos (excluídos encargos sociais) 55.878 -8,63% 8,81% 35.926 -12,08% 9,59%

Total - Relacionamento com a Comunidade 56.466 -8,72% 8,91% 37.159 -12,50% 9,92%

4 - Interação com o Meio Ambiente

Investimentos e gastos com manutenção nos processos operacionais

para a melhoria do meio ambiente 1.597 -0,25% 0,25% 15.124 -5,09% 4,04%

Investimentos e gastos com a preservação e/ou recuperação de ambientes

degrados - 0,00% 0,00% 300 -0,10% 0,08%

Investimentos e gastos com a educação ambiental para empregados, - -

terceirizados, autônomos e administradores da entidade - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%

Investimentos e gatos com educação ambiental para a comunidade - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%

Investimentos e gastos com outros projetos ambientais 32 0,00% 0,01% 382 -0,13% 0,10%

Quantidade de processos ambientais, administrativos e judiciais movidos

contra a entidade - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%

Valor das multas e das indenizações relativas à matéria ambiental, - -

determinadas administrativas e/ou judicialmente 97.866 -15,12% 15,43% - 0,00% 0,00%

Passivos e contigências ambientais - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%

Total da Interação com o meio ambiente 99.495 -15,37% 15,69% 15.806 -5,32% 4,22%

5 - Outras informações

Receita Líquida (RL)* 634.350 374.637

Resultado Operacional (RO) (647.413) (297.362)

565

216

-

10.234R$

2015

226

264

2016

2016 2015

2016 2015

-

36.074R$

Page 25: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

25

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Programa de Comunicação Social;

Além disso, a Alta Administração da Companhia prioriza a preservação do meio

ambiente em seus processos de tomada de decisão. A fim de avaliar o impacto dos

seus empreendimentos na fauna, flora, água e solo das áreas circunscritas, a

Companhia realiza monitoramento ambiental na região de influência do

empreendimento.

O efluente líquido gerado em seu processo industrial é totalmente tratado. Em suas

Unidades de produção de Candiota, parte do efluente é recirculado e outra parte, após

tratamento, é devolvida ao Arroio Candiota, atendendo todos os padrões de qualidade

exigidos pela legislação ambiental vigente.

As emissões de sua principal unidade geradora são tratadas por um sistema de

precipitadores eletrostáticos, responsáveis pelo controle da concentração de material

particulado, e um dessulfurizador, responsável pelo controle da concentração de

dióxido de enxofre. Tais equipamentos garantem a manutenção dos padrões de

qualidade do ar preconizados pela legislação vigente.

A Eletrobras CGTEE prioriza também a aquisição de novas tecnologias que permitam otimizar a utilização de recursos naturais, como o carvão, seu principal insumo, favorecendo o desenvolvimento econômico das comunidades do entorno de seus empreendimentos. 6.4. Responsabilidade Social Ciente dos efeitos que a operação de um empreendimento do setor elétrico provoca

nas condições ambientais e sociais de uma determinada região e almejando o

desenvolvimento sustentável da sociedade, a Eletrobras CGTEE apoia projetos sociais

em diferentes linhas de atuação, voltados ao benefício da comunidade. Um exemplo

destes projetos é o programa do Jovem Aprendiz, projeto social que visa qualificar

jovens aprendizes nos municípios de Candiota e Bagé, formando 60 jovens em 2016.

Page 26: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

26

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

6.5. Pesquisa e Desenvolvimento

A Eletrobras CGTEE possui os seguintes valores devidos e realizados em Pesquisa e

Desenvolvimento em 2016, conforme as Leis n° 9.991, de 24/07/2000, e a n° 10.484,

de 15/03/20043, conforme Quadro 5 a seguir.

P&D (Valor Devido – Leis 9.991 e

10.484) P&D (Valor Realizado) FNDCT (*) MME (**)

R$ 2.711.826,35 R$ 390.439,85 R$ 2.711.826,35 R$ 1.355.913,17

(*) Contribuição para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Ministério de Ciência e

Tecnologia);

(**) Contribuição para a Empresa de Pesquisas Energéticas (Ministério de Minas e Energia).

Quadro 5 – Valores de P&D da Eletrobras CGTEE 2016

No ano de 2016, continuou em execução o projeto relativo à “Sistematização e

organização de dados de qualidade do ar, meteorológicos e de fonte para a região de

Candiota e seu uso em modelos prognóstico e diagnóstico da qualidade do ar na

região de Candiota (Qualidade do Ar)”, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

- UFRGS e a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul –

FAURGS. Foi concluído o Projeto de P&D “Desenvolvimento de um produto inovador

utilizando cinzas de carvão fóssil (volantes e de fundo) para aplicação como concreto

compactado com rolo – CCR em pavimentação (CCR)”, da Fundação de Ciência e

Tecnologias - CIENTEC e Fundação Luiz Englert - FLE. Também foi concluído o

projeto de P&D sem custos para a Eletrobras CGTEE: “Modelagem numérica da

combustão de carvão visando à caracterização e otimização do processo: queima de

carvão pulverizado”, com a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das

Missões – URI.

Em 2016, teve início a execução do Projeto “Elastômero com uso de resíduo sólido da

UTE Presidente Médici” do Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros-

Centro Tecnológico de Polímeros - SENAI-CETEPO, selecionado na Chamada Pública

P&D Eletrobras CGTEE 2014. Também em 2016 foi elaborado o Edital para a

Chamada Pública P&D CGTEE 2017, com previsão de lançamento em 2017.

3 Vide Nota Explicativa n°21, integrante das Demonstrações Contábeis deste Relatório.

Page 27: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

27

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS 2016

Page 28: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica

Balanços patrimoniais em 31 de dezembro de 2016 e 2015 Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

28

7. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016 ATIVO Nota 31/12/2016 31/12/2015 PASSIVO E PASSIVO A DESCOBERTO Nota 31/12/2016 31/12/2015

CIRCULANTE CIRCULANTE

Caixa e equivalentes de caixa 5 56.007 5.190 Fornecedores 12 170.016 232.394

Clientes 6 95.501 86.540 Financiamentos e empréstimos 13 377.963 339.120

Tributos a recuperar 7 4.171 1.265 Tributos e contribuições sociais a recolher 14 17.492 33.146

Direitos de ressarcimento - CCC / CDE 8 39.224 46.930 Obrigações estimadas 16 14.105 12.871

Almoxarifado 9 31.065 29.318 Encargos setoriais 15 167 2.416

Outros ativos 2.883 1.838 Provisões para contingências 17 326.364 47.080

Total do circulante 228.851 171.081 Benefícios pós-emprego 18.2 676 660

Remuneração aos acionistas 19 85.432 74.928

Outros passivos 21 36.618 28.384

Total do circulante 1.028.833 770.999

NÃO CIRCULANTE

Fornecedores 12 16.555 18.920

Financiamentos e empréstimos 13 2.302.480 2.074.115

NÃO CIRCULANTE Encargos setoriais 15 19.777 4.333

Tributos a recuperar 7 24.780 33.659 Benefícios pós-emprego 18.2 818 1.262

Almoxarifado 9 178.707 142.196 Adiantamento para futuro aumento de capital 20 483.857 120.505

Depósitos judiciais 17 10.061 5.048 Provisão para passivo atuarial 18.1 71.699 7.112

Imobilizado 10 1.126.206 1.432.885 Total do não circulante 2.895.186 2.226.247

Intangível 11 2.293 1.749

Total do não circulante 1.342.047 1.615.537 Total do passivo 3.924.019 2.997.246

PASSIVO A DESCOBERTO

Capital social 23.1 845.510 845.510

Reserva de lucros 23.2 2.596 2.596

Ajustes de avaliação patrimonial (110.310) (41.026)

Prejuízos acumulados (3.090.917) (2.017.708)

Total do passivo a descoberto (2.353.121) (1.210.628)

TOTAL DO ATIVO 1.570.898 1.786.618 TOTAL DO PASSIVO E PASSIVO A DESCOBERTO 1.570.898 1.786.618

Page 29: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica

Demonstrações do resultado Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

29

Nota 31/12/2016 31/12/2015

Receita operacional líquida 24 634.350 374.637

Custos e despesas operacionais 25 (1.043.847) (587.574)

Energia elétrica comprada para revenda (223.785) (84.877)

Encargos de uso da rede de transmissão (43.875) (39.019)

Pessoal (121.126) (115.859)

Material (83.043) (92.140)

Serviço de terceiros (63.460) (62.478)

Depreciação e amortização (72.983) (76.009)

Combustíveis para produção de energia (180.722) (184.397)

(-) Recuperação de despesas - subvenção de combustíveis 116.783 106.296

Outros (371.636) (39.091)

Resultado do serviço de energia elétrica (409.497) (212.937)

Outras receitas/despesas (237.916) (84.425)

Resultado financeiro 26 (425.796) (351.005)

Receita financeira 11.807 845

Despesa financeira (437.603) (351.850)

Prejuízo operacional antes dos impostos (1.073.209) (648.367)

Imposto de renda e contribuição social - -

Prejuízo do exercício (1.073.209) (648.367)

Page 30: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica

Demonstrações do resultado abrangente Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

30

31/12/2016 31/12/2015

Prejuízo do exercício (1.073.209) (648.367)

Ganhos (perdas) atuariais do exercício (4.697) (5.605)

Total do resultado abrangente (1.077.906) (653.972)

Page 31: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

31

Capital social

Ajustes de

avaliação

patrimonial

Reserva legalPrejuízos

acumuladosTotal

Saldo em 31 de dezembro de 2014 845.510 (31.817) 2.596 (1.369.341) (553.052)

Avaliação atuarial - (9.209) - - (9.209)

Prejuízo do exercício - - - (648.367) (648.367)

Saldo em 31 de dezembro de 2015 845.510 (41.026) 2.596 (2.017.708) (1.210.628)

Avaliação atuarial - (69.284) - - (69.284)

Prejuízo do exercício - - (1.073.209) (1.073.209)

Saldo em 31 de dezembro de 2016 845.510 (110.310) 2.596 (3.090.917) (2.353.121)

Page 32: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica

Demonstrações dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

32

31/12/2016 31/12/2015

ATIVIDADES OPERACIONAIS

Resultado antes dos impostos (1.073.209) (648.367)

Prejuízo do exercício (1.073.209) (648.367)

Ajustes no resultado por:

Depreciação e amortização 77.924 80.203

Ba ixa de ativo imobi l i zado e intangível 14 1.035

Encargos financeiros apropriados 411.684 315.673

Encargos financeiros sobre dividendos não dis tribuídos 10.504 8.733

Variações monetárias e cambia is l íquidas (2.728) 360

Provisões para contingências 303.451 14.997

Perda com recuperabi l idade de ativos 236.126 83.946

Ava l iação atuaria l (4.697) (5.605)

Tota l de a justes 1.032.278 499.342

Variações nos ativos e passivos operacionais:

(Aumento) redução em cl ientes (8.961) 12.074

Redução (aumento) em tributos a recuperar 5.973 (3.230)

(Aumento) redução em cauções e depós i tos vinculados (5.014) 1.605

Redução em direi to de ressarcimento 10.327 15.416

Aumento em a lmoxari fado (38.257) (12.602)

Aumento em outros ativos (1.045) (526)

Aumento em fornecedores 18.028 51.456

(Redução) aumento em tributos e contribuições socia is a recolher (15.653) 19.023

Aumento (redução) em obrigações estimadas 1.233 (362)

Aumento em encargos setoria is 13.195 4.886

(Redução) aumento em outros pass ivos (19.033) 5.612

Tota l de variações (39.207) 93.352

Pagamento de encargos financeiros (28.136) (10.788)

Caixa líquido aplicado nas atividades operacionais (108.274) (66.461)

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Aquis ições de ativo imobi l i zado (6.754) (25.524)

Aquis ições de ativo intangível (1.175) (36)

Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (7.929) (25.560)

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Ingresso de adiantamento para futuro aumento de capita l 241.824 -

Ingresso de financiamentos e empréstimos - 89.889

Amortização do principa l de financiamentos e empréstimos (74.804) (18.395)

Caixa líquido gerado pelas atividades de financiamento 167.020 71.494

Aumento (redução) de caixa e equivalentes de caixa 50.817 (20.527)

Saldo final de caixa e equivalentes de caixa 56.007 5.190

Saldo inicial de caixa e equivalentes de caixa 5.190 25.717

Aumento (redução) de caixa e equivalentes de caixa 50.817 (20.527)

Page 33: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica

Demonstrações do valor adicionado Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

33

31/12/2016 31/12/2015

RECEITAS

Suprimento de energia elétrica 714.389 425.114

Outras receitas operacionais 3.746 4.004

718.135 429.118

INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (INCLUI ICMS E IPI)

Energia elétrica comprada para revenda (223.785) (84.877)

Serviços de terceiros (63.460) (62.478)

Materiais (83.043) (92.140)

Matéria-prima e insumos para produção de energia elétrica (180.722) (184.397)

(-) Recuperação de despesas - subvenção combustíveis 116.783 106.296

Outros custos operacionais (649.752) (159.319)

(1.083.979) (476.915)

VALOR ADICIONADO NEGATIVO BRUTO (365.844) (47.797)

Quotas de reintegração (depreciação e amortização) (72.983) (76.009)

VALOR ADICIONADO LÍQUIDO (NEGATIVO) PRODUZIDO PELA ENTIDADE (438.827) (123.806)

VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

Receitas financeiras 11.807 845

Outras receitas - aluguéis 22 21

11.829 866

VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR (426.998) (122.940)

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Colaboradores 98.673 94.984

Governo 112.735 80.880

Agentes financeiros e aluguéis 434.803 349.563

Retenção de prejuízo do exercício (1.073.209) (648.367)

VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO (426.998) (122.940)

Page 34: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

34

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

1 Informações gerais A Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica - CGTEE ("Companhia" ou "Eletrobras CGTEE"), é uma sociedade de economia mista integrante do grupo controlado pelas Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobras ("controladora" ou "Eletrobras"). Foi constituída em 28 de julho de 1997, e está inscrita no CNPJ sob o nº 02.016.507/0001-69. A Companhia tem sede e Foro na cidade de Porto Alegre - capital do Estado do Rio Grande do Sul, podendo, a critério da Diretoria, criar sucursais, filiais, agências e escritórios nesta mesma cidade ou em qualquer outra parte do território nacional ou estrangeiro, observada a legislação vigente. A Companhia tem por objeto social, conforme o seu estatuto: (a) realizar estudos, projetos, construções e operações de usinas produtoras de energia elétrica, de instalações de transmissão e de transformação de energia elétrica e serviços correlatos, inclusive sistemas de informática e a celebração de atos de comércio decorrentes dessas atividades, podendo participar de outras sociedades para a realização de seus objetivos sociais, observada a legislação vigente; (b) desenvolver atividades associadas à prestação de serviços de produção, transformação e transmissão de energia elétrica, inclusive: transmissão de dados através de suas instalações, observada a legislação pertinente; prestação de serviços técnicos de planejamento, operação, manutenção de instalações elétricas, reparos e conservação de peças e equipamentos de terceiros; serviços de otimização de processos energéticos e instalações elétricas de autoprodutor e produtor independente, com a celebração de atos de comércio decorrentes dessas atividades; cessão onerosa de faixas de servidão de linhas e áreas de terra exploráveis de usinas e reservatórios, visando a maior eficiência no uso da eletricidade; (c) integrar grupos de estudo, consórcios, grupos de sociedade ou quaisquer outras formas associativas com vista a pesquisas de interesse do setor energético, à formação de pessoal técnico a ela necessário, bem como à prestação de serviços de apoio técnico, operacional, administrativo e financeiro a outras empresas; (d) associar-se, mediante prévia e expressa autorização do Conselho de Administração da Eletrobras, para constituição de consórcios empresariais ou participação em sociedade, com ou sem aporte de recursos, no Brasil ou no exterior, com ou sem poder de controle, que se destinem à exploração da produção de energia elétrica sob o regime de concessão ou autorização, direta ou indiretamente; (e) comercializar, mediante prévia e expressa autorização do Conselho de Administração da Eletrobras, direitos de uso ou de ocupação de torres, instalações eletroenergéticas e prediais, equipamentos e instrumentos e demais partes que possam constituir recurso de infraestrutura de telecomunicações da Empresa; (f) principal atividade operacional: Através do Contrato de Concessão no 067, firmado com a União Federal, através da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a Companhia detém concessão de geração para as seguintes usinas termelétricas: Usina Presidente Médici, Fases A e B, localizada no município de Candiota; Usina de São Jerônimo, localizada no município de São Jerônimo; e Usina Nutepa, localizada no Município de Porto Alegre, todas no Estado do Rio Grande do Sul. O referido Contrato de Concessão teve vigência até 7 de julho de 2015. O parque gerador, sob concessão, da Companhia possui potência instalada de 490 MW. Estas usinas

Page 35: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

35

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

serão afetadas pela Lei nº 12.783/2013, conforme a Nota 3. Além da concessão citada, detém autorização, por meio da Portaria MME no 304, de 17 de setembro de 2008, para estabelecer-se como produtor independente de energia elétrica, mediante a implantação da Central Geradora Termelétrica denominada UTE Candiota III (Fase C), localizada no Município de Candiota, com capacidade instalada de 350 MW. A unidade foi implantada e entrou em operação comercial em 1o de janeiro de 2011. A energia gerada pela usina foi comercializada no Leilão de Energia, Edital ANEEL 002-2005, realizado em 16 de dezembro de 2005, para suprimento a 31 distribuidoras de todo o País, pelo período de 15 anos, de 1o de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2024. Esta usina não será afetada pela Lei nº 12.783/2013. Com a instalação da usina Candiota III (Fase C), a Companhia passou a contar com potência instalada total de 840 MW, cuja geração efetiva atende a despacho do ONS (Operador Nacional do Sistema). Situação financeira A Companhia apresentou, em 31 de dezembro de 2016, um prejuízo de R$ 1.073.209, ante um prejuízo de R$ 648.367 em 31 de dezembro de 2015. Os resultados apresentados no período determinaram um passivo a descoberto em R$ 2.353.121 em 31 de dezembro de 2016 (R$ 1.210.628 em 31 de dezembro de 2015). Os resultados apresentados em 31 de dezembro de 2016 tiveram como principais causas: - A receita operacional líquida apresentou um crescimento de 69,3% em relação ao exercício de 2015. Este acréscimo se deu em função da entrada de receita extraordinária oriunda da correção do valor da energia vendida no 1º leilão, que havia sido reduzida em caráter liminar, conforme processo nº 5000593-10.2015.4.04.7100. Com a redução da energia vendida, a Companhia ficaria menos exposta a penalidades em função de dificuldades na geração de energia na UTE Candiota III (Fase C), embora tivesse uma redução na receita fixa dos contratos. Com o restabelecimento da energia vendida original (292 MW), a Companhia recebeu, no 2º semestre de 2016, as diferenças na receita do 1º leilão não recebidas anteriormente. - Aumento dos custos e despesas operacionais em 77,7% em comparação ao exercício de 2015. As principais variações ocorreram nos gastos com compra de energia, que apresentaram acréscimo de 163,7% em comparação a 2015, em função da contabilização de estorno, em 2015, de provisão efetuada no exercício de 2014 para ressarcimento às distribuidoras clientes, que não se concretizou totalmente. Outro ponto que contribuiu para o acréscimo nas despesas operacionais foi o aumento nos gastos em processos judiciais trabalhistas, um incremento de 252,5% em relação ao exercício de 2015. Nas provisões para contingências, houve a constituição de provisão, em 2016, no processo movido pelo banco alemão KfW, no montante de R$ 278.263, conforme descrito na Nota 17.b. Também contribuiu para o aumento a provisão do impairment dos Ativos da UTE Candiota II (Fase B) no valor de R$ 236.126, em consequência de determinações ambientais. Como aspectos positivos, destacam-se a redução nos gastos com combustíveis, especialmente com o carvão, na ordem de 18,1% em relação a 2015, em função da redução das quantidades compradas de carvão para utilização na UTE Presidente Médici (Fases A e B), e a redução dos custos com a aquisição de cal utilizada no controle de emissões atmosféricas da UTE Candiota III (Fase C), na ordem de 25,0% em relação a 2015. - O resultado financeiro apresentou um déficit de R$ 425.796, representando um aumento de 21,3% do déficit verificado no exercício de 2015. Este resultado foi impulsionado pelos encargos financeiros sobre a dívida, que tiveram uma elevação de 28,6% em relação a 2015, em função do crescente saldo de empréstimos.

Page 36: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

36

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

O total do passivo circulante, em 31 de dezembro de 2016, foi de R$ 1.028.833 (R$ 770.999 em 31 de dezembro de 2015). Deste total, R$ 463.395 (R$ 414.048 em 31 de dezembro de 2015) são referentes ao financiamento da UTE Candiota III (Fase C), dividendos não distribuídos e demais empréstimos para custeio contraídos junto a Eletrobras. Para as principais atividades de investimentos planejadas, a Companhia conta com o apoio financeiro da Eletrobras, através do financiamento de obras via empréstimos com recursos da RGR e da integralização de recursos destinados ao aumento de capital social (AFAC). Diante do quadro atual, a Companhia mantem tratativas permanentes junto a holding para viabilizar ações que possibilitem a sua recuperação técnica e financeira, onde neste sentido houve a aprovação do Plano de Negócios pelo Conselho de Administração em reunião realizada em Brasília no dia 21 de dezembro de 2016. Histórico das unidades geradoras: UTEs São Jerônimo e Nutepa: Estas unidades estão com operação comercial suspensa (São Jerônimo: UG1 em 02/12/2011, UG2 e UG3 em 11/07/2014); Nutepa: em 06/10/2011. No momento estão desativadas, devido ao término de vida útil, tecnologia obsoleta, baixo rendimento e por consequência, alto custo operacional. Tais unidades já estão com saldo residual contábil zero. UTE Presidente Médici - Fase A (unidade 1): Esta unidade está com operação comercial restabelecida para 40 MWmédios. Com operação autorizada até 31 de dezembro de 2017, quando será desligada conforme determina o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). UTE Presidente Médici - Fase A (unidade 2): Esta unidade está com operação comercial suspensa. No momento está desativada, devido ao término de vida útil, tecnologia obsoleta, baixo rendimento e por consequência, alto custo operacional. Tal unidade está com saldo residual contábil zero. UTE Presidente Médici – Fase B (unidade 3): Esta unidade está com operação comercial suspensa. No momento está desativada, devido ao término de vida útil, tecnologia obsoleta, baixo rendimento e por consequência, alto custo operacional. Tal unidade teve o saldo do valor residual de seus ativos provisionados em 31 de dezembro de 2016. UTE Presidente Médici – Fase B (unidade 4): Os contratos de venda de energia vinculados à unidade encerraram em 31 de dezembro de 2016. Em atendimento ao § 3º, da Cláusula Nona, do Primeiro Aditamento ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) de 16 de agosto de 2013, a Eletrobras CGTEE procedeu ao desligamento da UTE Presidente Médici (Fase B) a partir de 01/03/2017, mantendo-a em operação até 28/02/2017, conforme Ofício n. 07/2016 – DILIC/IBAMA de 30/12/2016, que autorizou em caráter excepcional, no período de manutenção da UTE Candiota III (Fase C), a continuidade operacional da UTE Presidente Médici (Fase B) nos meses de janeiro e fevereiro de 2017, esta unidade teve o saldo do valor residual de seus ativos provisionados em 31 de dezembro de 2016. UTE Candiota III (Fase C): O restabelecimento da energia vendida da UTE Candiota III (Fase C), conforme processo judicial nº 5000593-10.2015.4.04.7100, no 2º semestre de 2016 garantiu o aumento de receita do 1º leilão. A CGTEE planeja um overhaul para a revisão dos parâmetros técnicos operacionais desta unidade, o que irá gerar uma melhora de performance da UTE, sinalizando possiblidades de acréscimo de receitas para os próximos exercícios.

Page 37: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

37

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Cabe ainda destacar que a Eletrobras CGTEE está tendo todo o suporte financeiro da holding para execução de suas atividades operacionais, bem como para seus investimentos futuros necessários. 2 Desempenho operacional (*) A geração total de energia elétrica da Eletrobras CGTEE no ano de 2016 foi de 2.280,706 GWh (2.211,976 GWh no ano de 2015). A geração das Fases A e B da usina Presidente Médici ficou em 808,309 GWh (674,267 GWh no ano de 2015). Na Fase C a geração atingiu a marca de 1.472,397 GWh (1.537,709 GWh no ano de 2015). Nas Usinas de São Jerônimo e NUTEPA, não houve geração no decorrer de 2016 (operação comercial de ambas as usinas está suspensa). Houve acréscimo na geração total da Eletrobras CGTEE no ano de 2016 em 3,11%, comparando-se com o mesmo período do ano anterior, este incremento foi resultante de ações implementadas visando retorno a operação comercial da unidade geradora 1 da Usina Presidente Médici (Fase A). Em função do volume de venda dos contratos de energia, associado com a entrada em eficácia dos novos valores de garantia física, válidos desde janeiro de 2008, e os problemas técnicos enfrentados pelas usinas, a Companhia vinha sofrendo penalidades por insuficiência de lastro perante a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE. Desde fevereiro de 2009, para solucionar este problema a Companhia vem adquirindo sistematicamente montantes de energia, através da participação em leilões de venda de energia, evitando a exposição diante da CCEE. As aquisições de energia foram mantidas no ano de 2016, no qual foram adquiridos 1.185,840 GWh em leilões de compra de energia. Diante destas ações, a Companhia vem evitando penalidades, porém, comprometendo seu desempenho econômico devido à comparação entre o custo da energia adquirida (80 MW médios à R$ 164,64 e 55 MW médios à R$ 226,78 – base dezembro/2016) e o valor desta energia no MCP (preço de liquidação das diferenças – PLD). No ano de 2016 o PLD (Submercado Sul) oscilou entre R$ 30,42/MWh e R$ 200,21/MWh, ficando com a média de R$ 92,40/MWh. A Disponibilidade Geral das Unidades da Eletrobras CGTEE (DISPGR) no período de janeiro a dezembro de 2016 foi de 39,85% na UTE Presidente Médici e de 65,42% na UTE Candiota III, totalizando uma disponibilidade da Eletrobras CGTEE de 52,48% (50,42% no mesmo período do ano anterior). O DISPGR é calculado com base na comparação entre os índices de TEIF e TEIP verificados mensalmente pelo ONS e os índices TEIF e TEIP de referência. A disponibilidade de 2016 ficou superior ao mesmo período de 2015 em função da melhora de desempenho da UTE Presidente Médici. (*) Informações não auditadas pelos auditores independentes. 3 Das concessões de serviço público de energia elétrica A Companhia detém as seguintes concessões e autorizações de serviço público de energia elétrica junto à ANEEL, cujo detalhamento, capacidade instalada e prazos de vencimentos estão listados a seguir:

Page 38: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

38

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

(i) Contrato de Concessão no 067/2000, ANEEL. (ii) Autorização conforme Portaria MME no 304/2008 de 17 de setembro de 2008. (iii) Dados não auditados pelo auditor independente. Em 11 de setembro de 2012, o Governo Federal emitiu a Medida Provisória nº 579, regulamentada pelo Decreto 7.805, de 14 de setembro de 2012, que dispõe sobre as concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a redução dos encargos setoriais, a modicidade tarifária e outras providências. As medidas adotadas pelo Governo Federal visam, também, beneficiar os consumidores de energia elétrica através da redução de três componentes tarifários: custo de geração, custo de transmissão e encargos setoriais. Esta Medida Provisória foi convertida em 11 de janeiro de 2013 na Lei 12.783/2013 e passou a ser regulamentada pelo Decreto 7.891/2013, emitido em 23 de janeiro de 2013. A prorrogação da concessão de geração, prevista na Lei n° 12.783/2013, depende da aceitação expressa dos critérios de remuneração, alocação da energia e padrões de qualidade, estando prevista a indenização dos ativos ainda não amortizados ou depreciados. O contrato de concessão nº 067/2000, das UTE’s Presidente Médici (Fases A e B), São Jerônimo e Nutepa, encerrou em 07 de julho de 2015. A Companhia manifestou, em tempo hábil, intenção de renovação de sua concessão. O documento denominado “Síntese da Concessão/Autorização da Eletrobras CGTEE”, datado de 10 de junho de 2015, contendo as tratativas, a proposta levada ao Ministério das Minas e Energia (MME), foi validada pela holding e encaminhada ao Secretário Executivo do MME através da Carta Eletrobras CTA-PR-257/2015, protocolada no dia 11 de junho de 2015, logo após reunião com equipe do MME que tratou da renovação das concessões. Até o presente momento não há posição final do poder concedente sobre a manifestação da Companhia. 4 Apresentação das demonstrações financeiras 4.1 Base de apresentação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras da Companhia foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, considerando o custo histórico como base de valor, bem como o valor justo para alguns ativos e passivos financeiros, compreendendo as disposições da legislação societária previstas na Lei n° 6.404/1976, com as alterações da Lei n° 11.638/2007, Lei n° 11.941/2009, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), bem como os demais pronunciamentos, interpretações e orientações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) vigentes em 31 de dezembro de 2016. As demonstrações financeiras estão apresentadas em reais, a moeda funcional da Companhia. Os itens incluídos nas demonstrações contábeis são mensurados usando a

Usinas termelétricas

Capacidade

instalada (MW)

(iii)

Data da

concessão /

autorização

Data de

encerramento

UTE Presidente Médici (Fases A e B) (i) 446 08/07/1995 07/07/2015

UTE São Jerônimo (i) 20 08/07/1995 07/07/2015

UTE Nutepa (i) 24 08/07/1995 07/07/2015

UTE Candiota III (Fase C) (ii) 350 18/07/2006 17/07/2041

Page 39: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

39

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

moeda do principal ambiente econômico no qual a empresa atua, ou seja, a “moeda funcional”. As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pela diretoria da Companhia em 21 de março de 2017. 4.2 Mudanças nas políticas contábeis e divulgações Os seguintes novos pronunciamentos e interpretações de pronunciamentos foram emitidos pelo IASB: IFRIC 21 - "Taxas". A interpretação esclareceu quando uma entidade deve reconhecer uma obrigação de pagar taxas de acordo com a legislação. A obrigação somente deve ser reconhecida quando o evento que gera a obrigação ocorre. Essa interpretação é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2014. IFRS 9 - "Instrumentos Financeiros", aborda a classificação, a mensuração e o reconhecimento de ativos e passivos financeiros. O IFRS 9 foi emitido em novembro de 2009 e outubro de 2010 e substitui os trechos do IAS 39 relacionados a classificação e mensuração de instrumentos financeiros. O IFRS 9 requer a classificação dos ativos financeiros em duas categorias: mensurados ao valor justo e mensurados ao custo amortizado. A determinação é feita no reconhecimento inicial. A base de classificação depende do modelo de negócios da entidade e das características contratuais do fluxo de caixa dos instrumentos financeiros. Com relação ao passivo financeiro, a norma mantém a maioria das exigências estabelecidas pelo IAS 39. A principal mudança é a de que nos casos em que a opção de valor justo é adotada para passivos financeiros, a porção de mudança no valor justo devido ao risco de crédito da própria entidade é registrada em outros resultados abrangentes e não na demonstração dos resultados, exceto quando resultar em descasamento contábil. A Companhia, em conjunto com o Sistema Eletrobras, avaliou o impacto total do IFRS 9. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2015. IFRS 15 – “Receita de contratos com clientes” - Essa norma substituirá em 2017 a IAS 11 e a IAS 18 e tem por objetivo fornecer maior orientação sobre a aplicação dos conceitos sobre reconhecimento de receitas em áreas mais complexas. Sua versão final foi emitida pelo IASB em maio de 2014 e sua vigência definida para 2017. Não há outras normas IFRS ou interpretações IFRIC que ainda não entraram em vigor que poderiam ter impacto significativo sobre as demonstrações financeiras da Companhia. 4.3 Principais práticas contábeis (a) Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, e, quando aplicáveis, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez com vencimentos originais de 90 dias ou menos, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor. (b) Instrumentos financeiros A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio do resultado e empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.

Page 40: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

40

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

(i) Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado Os ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação. Um ativo financeiro é classificado nessa categoria se foi adquirido, principalmente, para fins de venda no curto prazo. Os ativos dessa categoria são classificados como ativos circulantes. (ii) Empréstimos e recebíveis Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos, com pagamentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São apresentados como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem "Contas a receber de clientes" e "Caixa e equivalentes de caixa". (c) Clientes Registrados pelo suprimento de energia elétrica realizados até a data das demonstrações financeiras, com base nas disposições contratuais e no regime de competência. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é avaliada levando em consideração os riscos na apuração de perdas na realização dos créditos. (d) Depósitos judiciais O depósito judicial é determinado pela Justiça do Trabalho após o julgamento de uma ação trabalhista para a interposição de recurso. Assim, depois que a ação é julgada, a Eletrobras CGTEE deve fazer um depósito para interpor recurso perante a Justiça do Trabalho. O depósito tem natureza de garantia do juízo recursal, que pressupõe decisão condenatória ou executória de obrigação de pagamento em pecúnia, com valor líquido ou arbitrado. Os depósitos são atualizados monetariamente e, com o transito em julgado da decisão, se condenatória, o valor depositado e seus acréscimos serão considerados na execução; se absolutória, será liberado o levantamento do valor do depósito e seus acréscimos. (e) Conversão de moeda estrangeira As transações em moeda estrangeira são convertidas para reais (moeda funcional) usando-se as taxas de câmbio em vigor nas datas das transações. Os saldos das contas de balanço são convertidos pela taxa cambial da data do balanço. Ganhos e perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão de ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconhecidos na demonstração do resultado. As variações cambiais sobre itens monetários são reconhecidas no resultado no exercício em que ocorrerem exceto variações cambiais decorrentes de empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira relacionados a ativos em construção para uso produtivo futuro, que estão inclusas no custo desses ativos quando consideradas como ajustes aos custos com juros dos referidos empréstimos. (f) Imobilizado O imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição ou construção, deduzido de depreciação acumulada calculada pelo método linear.

Page 41: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

41

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Para os bens existentes em 31 de dezembro de 2016, os saldos contábeis registrados nos respectivos Tipos de Unidades de Cadastro (TUCs), conforme determina a Resolução ANEEL no 367, de 2 de junho de 2009, atualizada pela Resolução ANEEL nº 674, de 11 de agosto de 2015, estão depreciados a taxas anuais constantes na "Tabela XVI - taxas de depreciação", anexa à referida Resolução e atualizadas pela Resolução ANEEL nº 474, de 07 de fevereiro de 2012, descritas na Nota 10, que refletem a vida útil estimada dos bens até a referida data. Em todos os bens adquiridos a partir de 1o de janeiro 2010 foram aplicadas as normativas advindas da Resolução ANEEL no 367/2009 que aprovou o Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico (MCPSE), com suas respectivas TUCs, Unidades de Adição e Retirada (UARs) e a respectiva tabela de depreciação acima citada. A Companhia tem mantido seu acervo patrimonial em consonância com a Resolução acima citada e suas alterações posteriores. Em relação ao imobilizado em curso, de acordo com o MCPSE, e regras emanadas do Comitê de Pronunciamentos Contábeis através do CPC 27, em conjunto com OCPC 05, juros e outros encargos financeiros (variações monetárias e cambiais) relacionados aos empréstimos, efetivamente aplicados em construções em andamento, são registrados nesta conta como parte dos custos, limitados à aplicação da taxa de juros WACC (custo médio ponderado de capital). Os custos diretos com pessoal, serviços e outras despesas das obras e dos investimentos em andamento estão sendo apropriados os efetivamente alocados nos respectivos projetos. A capitalização de encargos financeiros (juros e variações) é descontinuada a partir da entrada em operação e transferência de imobilizado em curso para imobilizado em serviço. Os materiais em almoxarifado destinados à imobilizações estão classificados no ativo imobilizado em curso, sendo demonstrados ao custo médio de aquisição, que não excede ao valor de mercado. (g) Redução ao valor recuperável de ativos Em atendimento aos requisitos emanados pelo CPC 01 - "Redução ao valor recuperável de ativos" a Companhia realizou os testes necessários a fim de verificar eventuais reduções ao valor recuperável de seus ativos. Para as Unidades UTE Presidente Médici (Fase A), UTE São Jerônimo e UTE Nutepa não houve teste de impairment. Para estas usinas, em 2012 a Companhia provisionou suas baixas com base no valor novo de reposição (VNR), metodologia da ANEEL que estima o valor indenizável dos ativos não depreciados em caso de não renovação das concessões. Como não há previsão de indenização para estas unidades, a Companhia provisionou como perda o valor residual contábil existente, que totalizou R$ 21.698 em 31 de dezembro de 2016 (R$ 21.698 em 31 de dezembro de 2015). A Eletrobras CGTEE efetuou o provisionamento por impairment do saldo dos ativos da UTE Presidente Médici (Fase B) em 31 de dezembro de 2016 no valor de R$ 236.126, por ter executado o desligamento da unidade a partir de 01 de março de 2017, mantendo-a em operação até 28 de fevereiro de 2017, conforme Ofício n° 07/2016 – DILIC/IBAMA, de 30 de dezembro de 2016, que autorizou em caráter excepcional, no período de manutenção da UTE Candiota III (Fase C), a continuidade operacional da UTE Presidente Médici (Fase B) nos meses de janeiro e fevereiro de 2017. O saldo total provisionado da UTE Presidente Médici (Fase B) é R$ 356.066. O saldo do impairment provisionado das UTE’s: Presidente Médici (Fase A e B), UTE São Jerônimo e UTE Nutepa perfaz o total de R$ 377.764 em 31 de dezembro de 2016.

Page 42: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

42

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Para a UTE Candiota III (Fase C), o período de análise foi de 2017 a 2041, em função de ser uma unidade nova e já ter ocorrido a comercialização de sua produção, não há, nesse momento, indicadores de perspectivas de perdas para estes ativos. Além disso, conforme testes de fluxos de caixa projetados a valores presentes líquidos apresenta o resultado de R$ 2.005.771, onde superam o valor contábil do ativo e do capital de giro que é R$ 1.051.795 em 31 de dezembro de 2016, sendo considerado os seguintes montantes de energia:

Nas projeções realizadas, foram consideradas as seguintes premissas para as estimativas futuras de PLD’s: Utilização de PLD médio em 2017 de R$ 157,00, 2018/2019 R$ 153,00, 2020 R$ 140,00 e, de 2021 até 2041 R$ 193,00; Estes valores de PLD foram utilizados para receita no mercado de curto prazo (MCP); Para compra de energia foram utilizados os valores dos contratos vigentes. (h) Intangível O intangível refere-se a licenças adquiridas de programas de computador que são capitalizadas e amortizadas ao longo de sua vida útil estimada, pelas taxas descritas na Nota 11. (i) Custos de empréstimos Os custos de empréstimos atribuíveis diretamente à aquisição, construção ou produção de ativos qualificáveis, os quais levam, necessariamente, um período de tempo substancial para ficarem prontos para uso ou venda pretendida, são acrescentados ao custo de tais ativos até a data em que estejam prontos para o uso ou a venda pretendida, como descrito no item “f” acima. Todos os outros custos com empréstimos são reconhecidos no resultado do exercício em que são incorridos. (j) Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro são calculados com base no lucro ajustado pelas adições e exclusões permanentes (lucro real) e por prejuízos fiscais acumulados e base negativa da contribuição social, aplicando-se as alíquotas vigentes. O imposto de renda e contribuição social diferidos são reconhecidos somente na proporção da probabilidade de que lucro tributável futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias possam ser usadas. Como há, nesse momento, incertezas quanto a evidências de resultados positivos para os próximos exercícios, e a Companhia apresenta histórico de prejuízos, não foram registrados nas demonstrações financeiras os efeitos do imposto de renda e contribuição social diferidos sobre prejuízos fiscais e bases negativas da contribuição social e sobre diferenças temporariamente não dedutíveis. (k) Outros direitos e obrigações Os demais ativos e passivos circulantes e não circulantes estão atualizados até a data das demonstrações financeiras, quando legal ou contratualmente exigidos.

Item Unidade 2017 2018 a 2040 2041

Venda leilões MW médio 292,00 227,00 114,00

Page 43: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

43

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

(l) Apuração do resultado A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos e serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita de vendas é apresentada líquida dos impostos incidentes, dos ressarcimentos às concessionárias, encargos e outras deduções similares. A Companhia reconhece a receita quando: (i) o valor da receita pode ser mensurado com segurança; (ii) é provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a Companhia; e (iii) quando critérios específicos tiverem sido atendidos. A Eletrobras CGTEE reconhece as receitas de vendas de energia em contratos bilaterais, leilões e spot no mês de suprimento de energia de acordo com os valores constantes dos contratos e estimativas da administração da Companhia, ajustados posteriormente por ocasião da disponibilidade dessas informações. As receitas financeiras são reconhecidas conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa de juros efetiva, registradas contabilmente em regime de competência e são representadas principalmente por rendimentos sobre aplicações financeiras, juros e descontos obtidos. As despesas são reconhecidas pelo regime de competência. (m) Ajuste a valor presente Em atendimento ao Pronunciamento Técnico CPC 12 - "Ajuste a Valor Presente", a Companhia não identificou ajustes a valor presente relevantes nos saldos de seus ativos, passivos e resultado. (n) Benefícios pós-emprego - obrigações de aposentadoria A Companhia oferece aos seus empregados diversos benefícios, entre os quais o plano de previdência, plano de assistência médica, participação nos lucros e resultados, dentre outros. A Companhia é patrocinadora de plano de previdência complementar do tipo benefício definido. Os planos deste tipo estabelecem um valor de benefício de aposentadoria que o empregado receberá em sua aposentadoria, normalmente dependente de um ou mais fatores, como idade, tempo de serviço e remuneração, conforme Nota 18. A provisão atuarial referente ao plano de previdência é reconhecida com base em cálculo atuarial elaborado anualmente por atuário independente. (o) Provisões Reconhecida em montante considerado suficiente para cobrir as perdas prováveis conforme estimativa dos assessores jurídicos da Companhia. As provisões para restauração ambiental e ações judiciais (trabalhista, civil e tributária) são reconhecidas quando: (i) a Companhia tem uma obrigação presente ou não formalizada (constructive obligation) como resultado de eventos passados e (ii) é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação. Quando houver uma série de obrigações similares, a probabilidade de liquidá-las é determinada levando-se em consideração a classe de obrigações como um todo. Uma

Page 44: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

44

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

provisão é reconhecida mesmo que a probabilidade de liquidação relacionada com qualquer item individual incluído na mesma classe de obrigações seja pequena. As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a obrigação, usando uma taxa antes dos efeitos tributários, a qual reflita as avaliações atuais de mercado do valor do dinheiro no tempo e dos riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do tempo é reconhecido como despesa financeira. (p) Participação nos lucros A Companhia reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados com base em uma fórmula que leva em conta o lucro atribuível aos acionistas da Companhia após certos ajustes. O reconhecimento dessa participação é usualmente efetuado quando do encerramento do exercício, momento em que o valor pode ser mensurado de maneira confiável pela Companhia. (q) Distribuição de dividendos A distribuição de dividendos para os acionistas da Companhia é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras ao final do exercício, com base no estatuto social da Companhia. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é provisionado na data em que são aprovados pelos acionistas, em Assembleia Geral. (r) Demonstração do valor adicionado (DVA) Essa demonstração tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela Companhia e sua distribuição durante determinado período e é apresentada pela Companhia, como parte de suas demonstrações financeiras individuais como informação suplementar pois não é uma demonstração prevista nem obrigatória para Companhias de capital fechado. A DVA foi preparada com base em informações obtidas dos registros contábeis que servem de base de preparação das demonstrações financeiras e seguindo as disposições contidas no CPC 09 - "Demonstração do Valor Adicionado". Em sua primeira parte apresenta a riqueza criada pela Companhia, representada pelas receitas (receita bruta das vendas, incluindo os tributos incidentes sobre a mesma, as outras receitas e os efeitos da provisão para créditos de liquidação duvidosa), pelos insumos adquiridos de terceiros (custo das vendas e aquisições de materiais, energia e serviços de terceiros, incluindo os tributos existentes no momento da aquisição, os efeitos das perdas e recuperação de valores ativos, e a depreciação e amortização) e o valor adicionado recebido de terceiros (receitas financeiras e outras receitas). A segunda parte da DVA apresenta a distribuição da riqueza entre pessoal, impostos, taxas e contribuições, remuneração de capitais de terceiros e remuneração de capitais próprios. 4.4 Estimativas e julgamentos contábeis Estimativas contábeis são aquelas decorrentes da aplicação de julgamentos subjetivos e complexos, por parte da administração da Companhia, frequentemente como decorrentes da necessidade de reconhecer impactos importantes para demonstrar adequadamente a posição patrimonial e de resultado da Companhia. As estimativas contábeis tornam-se críticas à medida que aumenta o número de variáveis e premissas que afetam a condição futura dessas incertezas, tornando os julgamentos ainda mais subjetivos e complexos. Na preparação das presentes demonstrações financeiras da Companhia, a administração adotou estimativas e premissas baseadas na experiência histórica e outros fatores que

Page 45: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

45

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

entende como razoáveis e relevantes para a sua adequada apresentação. Ainda que estas estimativas e premissas sejam permanentemente monitoradas e revistas pela administração da Companhia, a materialização sobre os valores contábeis de ativos e passivos e de resultado das operações são inerentemente incertos, por decorrer do uso de julgamento. 5 Caixa e equivalentes de caixa

6 Clientes A Companhia comercializa em leilões a energia elétrica produzida. O saldo a receber em 31 de dezembro de 2016 foi o seguinte:

A Companhia efetua lançamento de previsão de receita de energia nas operações de curto prazo, quando há, para adequação ao regime de competência do saldo a receber de clientes. A composição, por vencimento, está demonstrada a seguir:

O saldo de clientes é o valor justo por representar o valor pelo qual a geração de energia da Companhia foi negociada via leilões e dentro dos regramentos contratuais da CCEE, e será liquidado entre partes interessadas com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. O saldo não teve ajuste a valor presente por representar efetivamente o montante a ser recebido, e não contém índices ou taxas de desconto para pagamentos antecipados. Os contratos de suprimento de energia são dados em garantia para as operações de empréstimos e financiamentos tomadas junto a Eletrobras.

31/12/2016 31/12/2015

Caixa e depósitos bancários à vista 16.155 5.190

Aplicações financeiras 39.852 -

Total 56.007 5.190

31/12/2016 31/12/2015

2º Leilão CCEAR Energia existente - 2008/2015 - 12.795

4º Leilão CCEAR Energia existente - 2009/2016 4.804 4.608

1º Leilão CCEAR Energia nova - 2010/2024 5.222 -

Previsão energia de curto prazo 40.719 40.262

Previsão receita 1º leilão 43.591 27.185

Renegociações 525 1.050

Outros 640 640

Total 95.501 86.540

VincendosVencidos até

90 dias

Vencidos há

mais de 90

dias

31/12/2016

Suprimento de energia 94.853 7 641 95.501

Total 94.853 7 641 95.501

Page 46: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

46

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

7 Tributos a recuperar

(i) PIS-PASEP/COFINS - Lei no 10.833/2003 art. 3º - regime não cumulativo A Companhia poderá descontar créditos calculados em relação a: - Bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos; - Energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica; - Aluguéis de prédios máquinas e equipamentos, utilizados nas atividades da empresa; - Encargos de depreciação e amortização. A Companhia está, mensalmente, tomando crédito dessas despesas no momento da apuração do PIS/COFINS. O saldo zero verificado em 31 de dezembro de 2016 (R$ 53 em 31 de dezembro de 2015) deve-se ao fato de que em função do aumento da receita de energia dos contratos da Fase C em 2016, os créditos foram utilizados na sua totalidade. (ii) PIS-PASEP/COFINS a recuperar – inconstitucionalidade Lei 9.718/98 O Supremo Tribunal Federal - STF declarou a inconstitucionalidade do parágrafo 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/98, que ampliou a base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS e deu, naquela época, novo conceito ao faturamento, que passou a abranger todas as receitas auferidas pelas pessoas jurídicas, independentes do tipo de atividade exercida e a classificação contábil adotada. Tal dispositivo não possuía previsão constitucional que o amparasse, tendo sido objeto de emenda constitucional posterior. A Companhia ajuizou ação ordinária em dezembro de 2007 através do Processo nº 2007.71.00.048592-4, onde consta como ré a Fazenda Nacional, requerendo a restituição dos tributos PIS/PASEP e COFINS cuja arrecadação foi declarada inconstitucional pelo STF. Em 1º de outubro de 2008, houve o julgamento de procedência da ação ordinária nº 2007.71.00.048592-4 na 2a. Vara Federal Tributária de Porto Alegre - RS ajuizada contra a União Federal na Justiça Federal, na qual a União Federal foi condenada a restituir à Companhia os valores recolhidos indevidamente no período de fevereiro de 1999 a novembro de 2002, em relação ao PIS (R$ 1.552), e de fevereiro de 1999 a janeiro de 2004, em relação à COFINS (R$ 10.745), totalizando R$ 12.297, que deverão ser atualizados pela taxa SELIC, desde a data de cada recolhimento indevido.

31/12/2016 31/12/2015

IRPJ/CSLL a recuperar 962 163

IR retido na fonte 1.520 15

PIS/PASEP/COFINS a recuperar - regime não cumulativo (i) - 53

PIS/PASEP/COFINS a recuperar - inconstitucionalidade Lei 9718/98 (ii) - 659

PIS/PASEP/COFINS retido na fonte - Lei 10833/03 art. 34 1.608 -

Outros 81 375

Total Circulante 4.171 1.265

ICMS a recuperar (i i i) 24.780 33.659

Total Não Circulante 24.780 33.659

Total 28.951 34.924

Page 47: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

47

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Todavia, a União apelou, a Companhia apresentou contrarrazões, e o processo foi remetido ao Tribunal Regional Federal para julgamento. A apelação foi julgada parcialmente procedente, entendendo que são repetíveis somente as parcelas pagas posteriormente a 08 de julho de 2000. As partes opuseram embargos de declaração, os quais foram acolhidos parcialmente para fins de prequestionamento. Após, as partes apresentaram recursos especiais e extraordinários, não sendo admitidos os recursos: especial e extraordinário da União, sendo admitido o recurso especial da Eletrobras CGTEE e sobrestado o recurso extraordinário da Eletrobras CGTEE até decisão definitiva do STF acerca da matéria. Negado seguimento ao recurso extraordinário da Companhia em decisão transitada em julgado, a Companhia apresentou pedido de habilitação de crédito junto à Receita Federal para compensação tributária (Processos nºs 11080.729739/2013-01 – PIS e 11080.729740/2013-28 – COFINS). Na data de 29 de outubro de 2013, o pedido foi deferido pela Delegacia da Receita Federal, nos termos da IN RFB nº 1.300/2012, autorizando a Companhia a utilizar o crédito referente ao PIS, no montante de R$ 2.728, e à COFINS, no valor de R$ 20.124, atualizados até novembro de 2013, por meio de transmissão da Declaração de Compensação, gerada a partir do Programa PER/DCOMP. Os créditos remanescentes em 2016, R$ 305 referentes ao PIS e R$ 354 referentes a COFINS, foram totalmente utilizados. (iii) ICMS a recuperar Os créditos fiscais de ICMS, no ativo não circulante, no valor de R$ 24.780 em 31 de dezembro de 2016 (R$ 33.659 em 31 de dezembro de 2015), originaram-se, principalmente, das operações de compra de cal e outros insumos utilizados no processo produtivo. Atualmente, o ICMS sobre as saídas por venda de energia elétrica para as concessionárias é diferido, conforme Livro III, art. 1º do regulamento do ICMS do Estado do Rio Grande do Sul. Entretanto, esses créditos poderão ser realizados através da compensação com pagamentos devidos pela importação de materiais, insumos (como a cal), equipamentos em novos projetos ou no projeto de overhaul da UTE Candiota III – Fase C com a CITIC, que consiste na manutenção de grande porte que ocorrerá durante o ano de 2017, objetivando a melhoria no rendimento e confiabilidade da Unidade Geradora. No curto prazo, a Companhia realizou estudo para o aproveitamento dos créditos no projeto de overhaul da UTE Candiota III – Fase C. O valor estimado para importação de materiais pela Companhia tem como base a previsão da CITIC e totalizam R$ 74.738. Com base na legislação aduaneira, incidem sobre o valor dos produtos Impostos (II, IPI, PIS e COFINS), seguro e frete que são tributáveis para o ICMS. Levando em conta a incidência do ICMS na importação, a Companhia prevê a realização dos créditos em R$ 24.780, salientando que são dados preliminares que poderão sofrer reajustes. Cabe destacar que a integralidade dos créditos registrados nesta rubrica está validada junto à Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul para futura compensação, sendo procedida mensalmente esta validação.

Page 48: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

48

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

8 Direito de ressarcimento – CCC / CDE Esta rubrica é composta pelos valores a receber da Eletrobras decorrente de subvenção para aquisições de combustíveis fósseis com recursos da Conta de Consumo de Combustível – CCC, e também, da Conta de Desenvolvimento Energético - CDE, de acordo com a Resolução Normativa ANEEL nº 129/2004. O saldo tem a seguinte composição:

9 Almoxarifado

O estoque de combustíveis da Companhia é constituído, em sua grande maioria, por carvão mineral. Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia previu que haverá prioritariamente o consumo do estoque de carvão mineral consignado à CCC/CDE em 2017, que corresponde a 1.614.806 t, perfazendo o valor de R$ 81.677. Assim, o estoque de carvão mineral de propriedade da Companhia está registrado como ativo não circulante. O estoque total de carvão mineral está apresentado no quadro abaixo:

Os demais estoques da Companhia são de peças, componentes, materiais de consumo e insumos utilizados no processo de geração de energia. Têm características de não obsolescência em função de que os equipamentos ou processos em que serão utilizados continuam em operação. Estão valorados pelo custo médio de aquisição.

31/12/2016 31/12/2015

CDE UTE Candiota III - Fase C 26.168 31.006

CDE UTE Candiota II – Fases A e B 13.056 15.924

Total 39.224 46.930

31/12/2016 31/12/2015

Material de consumo 24.616 25.662

Combustíveis 6.449 3.656

Total Circulante 31.065 29.318

Combustíveis 178.707 142.196

Total Não Circulante 178.707 142.196

Total 209.772 171.514

DescriçãoQuantidade

(Toneladas)Valor (R$ mil)

Carvão Mineral CGTEE 4.474.822 178.707

Carvão Mineral Consignado 1.614.806 81.677

TOTAL 6.089.628 260.384

31/12/2016

Page 49: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

49

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

10 Imobilizado O saldo foi assim movimentado em 31 de dezembro de 2016:

No exercício de 2015, o saldo foi assim movimentado:

O saldo do imobilizado, por unidade, sem a provisão para impairment, em 31 de dezembro de 2016, está assim composto:

Atendendo orientação da ANEEL, contida no Ofício no 965/2002-SFF/ANEEL, de 7 de outubro de 2002, a Companhia tem sob sua guarda bens (materiais e equipamentos)

Em serviço 3.473.576 - (212) 9.560 3.482.924

Depreciação (1.995.426) (76.242) 208 - (2.071.460)

Em curso 90.373 6.618 - (17.081) 79.910

Total Geração 1.568.523 (69.624) (4) (7.521) 1.491.374

Em serviço 14.301 - (240) 8.457 22.518

Depreciação (9.101) (1.051) 230 - (9.922)

Em curso 800 136 - (936) -

Total Administração 6.000 (915) (10) 7.521 12.596

Impairment (119.940) (236.126) - - (356.066)

Valor novo de reposição (21.698) - - - (21.698)

Total Provisões (141.638) (236.126) - - (377.764)

Total 1.432.885 (306.665) (14) - 1.126.206

31/12/201631/12/2015 Adições BaixasTransferências

curso/serviço

Em serviço 3.482.355 - (11.918) 3.139 3.473.576

Depreciação (1.927.734) (78.615) 10.898 25 (1.995.426)

Em curso 68.914 24.579 - (3.120) 90.373

Total Geração 1.623.535 (54.036) (1.020) 44 1.568.523

Em serviço 14.406 - (231) 126 14.301

Depreciação (8.305) (987) 216 (25) (9.101)

Em curso - 945 - (145) 800

Total Administração 6.101 (42) (15) (44) 6.000

Impairment (35.412) (84.528) - - (119.940)

Valor novo de reposição (22.280) - 582 - (21.698)

Total Provisões (57.692) (84.528) 582 - (141.638)

Total 1.571.944 (138.606) (453) - 1.432.885

31/12/201531/12/2014 Adições BaixasTransferências

curso/serviço

Unidade 31/12/2016 31/12/2015

UTE Presidente Médici (Fase A) 13.041 13.041

UTE Presidente Médici (Fase B) 356.067 418.242

UTE Candiota III (Fase C) 1.119.579 1.126.205

UTE Nutepa 3.507 3.740

UTE São Jerônimo 4.564 4.917

Oficina São Leopoldo 540 573

Sede administrativa 6.672 7.805

Total 1.503.970 1.574.523

Page 50: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

50

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

recebidos da União destinados a empreendimentos da Companhia, em regime especial de utilização, sem ônus para a Companhia, no valor de R$ 189.292, tendo como base a data de 30 de abril de 2000, conforme avaliação constante do Relatório do Grupo de Trabalho instituído pela Portaria Interministerial no 19, de 28 de janeiro de 2000. Este valor não será incorporado ao ativo imobilizado da Companhia e, portanto, não está sujeito à indenização quando do término do prazo de concessão. Sobre os ativos operacionais das usinas da Companhia não pairam garantias fiduciárias ou judiciais em 31 de dezembro de 2016. As taxas de depreciação aplicadas em 31 de dezembro de 2016 são as definidas pela resolução normativa ANEEL nº 674/2015, e estão demonstradas no quadro a seguir:

Complemento impairment Fase B Em atendimento ao § 3º, da Cláusula Nona, do Primeiro Aditamento ao Termo de Ajustamento de Conduta de 16/08/2013 firmado entre a Eletrobras CGTEE, Eletrobras Holding, IBAMA, MME, MMA e AGU, a Eletrobras CGTEE procedeu ao desligamento da UTE Presidente Médici (Fase B) a partir de 01/03/2017, mantendo-a em operação até 28/02/2017, conforme Ofício n. 07/2016 – DILIC/IBAMA, de 30/12/2016, que autorizou em caráter excepcional, no período de manutenção da UTE Candiota III, a continuidade operacional da UTE Presidente Médici (Fase B) nos meses de janeiro e fevereiro de 2017. Em decorrência da falta de geração de receita e de aspectos vinculados a renovação das concessões, a Companhia provisionou como complemento de impairment das unidades 3 e 4 da UTE Presidente Médici - Fase B, o valor de R$ 236.126, perfazendo o valor total de R$ 356.066.

2016 e 2015

Geração

Caldeira 4,00%

Chaminé 4,00%

Equipamento ciclo térmico 4,55%

Equipamentos da tomada d'água 3,70%

Edificações - casa de força 2,00%

Edificações - outras 3,33%

Máquinas e equipamentos 2,00 a 6,67%

Reservatórios, barragens e adutoras 2,00%

Turbina a vapor 4,00%

Veículos 14,29%

Administração

Máquinas e equipamentos 6,25%

Móveis e utensílios 6,25%

Veículos 14,29%

Page 51: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

51

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

11 Intangível Em 31 de dezembro de 2016, o ativo intangível apresentou a seguinte movimentação:

No exercício de 2015, o saldo foi assim movimentado:

O saldo de ativos intangíveis em serviço, bem como o das adições do período, refere-se a aquisições de direito de uso de softwares. A taxa anual de amortização utilizada pela Companhia é a prevista no MCPSE, aprovada pela Resolução ANEEL nº 674/2015, relativa ao Tipo de Bem - TIB 205, item 205.01 (Direito), 205.02 (Marca) e 205.03 (Patente) - 20% ao ano. 12 Fornecedores

(a) Suprimento de energia elétrica O saldo é composto das aquisições de energia elétrica para revenda a liquidar, das estimativas de exposição da Companhia na CCEE, e da provisão para ressarcimento às distribuidoras quando a geração de energia, pela Companhia, não for suficiente para cumprir os contratos. A redução do saldo em 2016 ocorreu em função da amortização de faturas de compra de energia pendentes com a Eletronorte.

31/12/2015 Adições Transferências 31/12/2016

Em serviço

Custo 13.818 - 277 14.095

Amortização (12.073) (631) - (12.704)

Em curso

Custo 4 1.175 (277) 902

Total 1.749 544 - 2.293

31/12/2014 Adições Transferências 31/12/2015

Em serviço

Custo 13.786 - 32 13.818

Amortização (11.472) (601) - (12.073)

Em curso

Custo - 36 (32) 4

Total 2.314 (565) - 1.749

31/12/2016 31/12/2015

Materiais e serviços 21.926 22.214

Suprimento de energia elétrica (a) 108.070 144.479

Encargos de uso da rede elétrica 5.281 1.002

Aquisição de combustíveis (b) 34.739 64.699

Total circulante 170.016 232.394

Aquisição de combustíveis (b) 16.555 18.920

Total não circulante 16.555 18.920

Total 186.571 251.314

Page 52: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

52

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

(b) Aquisição de combustíveis A redução do saldo de fornecedor com a aquisição de combustíveis deu-se principalmente pela renegociação, em 2016, da quantidade de carvão para a UTE Presidente Médici – Fases A e B, que passou de 1,6 milhões de toneladas para 800 mil toneladas no ano de 2016. A partir de 01 de janeiro de 2017 a quota mínima das Fases A e B foi reduzida a zero e a da Fase C foi reduzida de 1,7 milhões para 1,2 milhões de toneladas, prevendo-se também a utilização do estoque, junto à fornecedora de carvão mineral Companhia Riograndense de Mineração – CRM. 13 Financiamentos e empréstimos 13.1 Composição

Os financiamentos e empréstimos existentes foram tomados, em sua totalidade, junto à Eletrobras, e se destinaram a viabilizar a construção da UTE Candiota III (Fase C) e, também, para viabilizar as compras de energia que a Companhia necessitou nos últimos exercícios. Os financiamentos e empréstimos não geram gravames sobre os bens patrimoniais da Companhia. As garantias oferecidas são constituídas sobre os contratos de suprimento de energia mantidos com as distribuidoras. 13.2 Composição dos saldos por indexador

Encargos CirculanteTotal

circulante

Não

circulanteTotal

Moeda nacional

Eletrobras 6.818 371.145 377.963 2.302.480 2.680.443

Total Moeda nacional 6.818 371.145 377.963 2.302.480 2.680.443

Total 6.818 371.145 377.963 2.302.480 2.680.443

31/12/2016

Encargos CirculanteTotal

circulante

Não

circulanteTotal

Moeda nacional

Eletrobras 16.800 322.320 339.120 2.074.115 2.413.235

Total Moeda nacional 16.800 322.320 339.120 2.074.115 2.413.235

Total 16.800 322.320 339.120 2.074.115 2.413.235

31/12/2015

31/12/2016 31/12/2015

Selic 1.079.356 934.039

IPCA 560.158 697.012

Juros contratuais 1.040.929 782.184

Total 2.680.443 2.413.235

Page 53: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

53

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

13.3 Vencimentos das parcelas do passivo não circulante

13.4 Movimentação dos financiamentos e empréstimos

As liquidações de empréstimos ocasionadas por renegociações de contratos não foram consideradas atividades de financiamento na Demonstração dos Fluxos de Caixa, por não representarem movimentos de caixa.

31/12/2016 31/12/2015

2017 - 244.887

2018 313.290 246.556

2019 324.148 249.428

2020 324.131 238.854

Após 2020 - 1.094.390

2021 282.222 -

Após 2021 1.058.689 -

Total Não Circulante 2.302.480 2.074.115

Movimentação empréstimos CirculanteNão

circulanteTotal

Saldo em 31/12/2015 339.120 2.074.115 2.413.235

Ingressos - - -

Encargos 60.060 310.088 370.148

Renegociações (158.566) 158.566 -

Transferências 240.289 (240.289) -

(-) Amortizações do principal (74.804) - (74.804)

(-) Amortizações dos encargos (28.136) - (28.136)

Saldo em 31/12/2016 377.963 2.302.480 2.680.443

Movimentação empréstimos CirculanteNão

circulanteTotal

Saldo em 31/12/2014 224.318 1.830.496 2.054.814

Ingressos - 89.889 89.889

Encargos 51.046 246.669 297.715

Renegociações (88.067) 88.067 -

Transferências 181.006 (181.006) -

(-) Amortizações do principal (18.395) - (18.395)

(-) Amortizações dos encargos (10.788) - (10.788)

Saldo em 31/12/2015 339.120 2.074.115 2.413.235

Page 54: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

54

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

14 Tributos e contribuições sociais a recolher

15 Encargos setoriais

A Companhia recolhe, por determinação da ANEEL, cotas da Reserva Global de Reversão (RGR) e da Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE). A TFSEE e a RGR são apropriadas e recolhidas mensalmente, com valores estipulados pela ANEEL. Para o ciclo 2016/2017, que compreende o período entre Julho/2016 e Junho/2017, a Companhia não tem valores de RGR a recolher. No longo prazo, a Companhia efetuou lançamento de estimativa de ajuste na RGR, para o ciclo 2015/2016 (Julho/2015 a Junho/2016), no valor de R$ 7.052, e para o período de Julho/2016 a Dezembro/2016, no valor de R$ 12.725. 16 Obrigações estimadas

31/12/2016 31/12/2015

PIS/PASEP 604 46

COFINS 2.800 213

ISS de terceiros 304 292

IRPJ, CSLL, PIS/PASEP/COFINS de terceiros 11.292 29.236

INSS 2.320 2.456

SENAI/SESI 15 6

FGTS 157 897

Total 17.492 33.146

31/12/2016 31/12/2015

RGR - 2.237

TFSEE 167 179

Total circulante 167 2.416

RGR 19.777 4.333

Total não circulante 19.777 4.333

Total 19.944 6.749

31/12/2016 31/12/2015

Folha de pagamento 4.252 4.446

Encargos - Folha de pagamento 2.296 2.282

Provisão de férias 4.288 3.352

Provisão gratificação de férias 691 565

Provisão de 13º salário 15 -

INSS s/ provisão de férias e 13º salário 2.059 1.788

FGTS s/ provisão de férias e 13º salário 504 438

Total 14.105 12.871

Page 55: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

55

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

17 Provisão para contingências Em 31 de dezembro de 2016, o passivo contingente teve a seguinte movimentação:

Os depósitos recursais referem-se aos valores exigidos para dar continuidade à discussão judicial dos processos trabalhistas, inclusive de reclamatórias ajuizadas por empregados da Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE. (a) Contingências trabalhistas Contingências prováveis Com base na opinião do escritório Dutra Villa & Dutra Villa Advogados Associados, a Companhia possui provisão no valor de R$ 49.534 em 31 de dezembro de 2016 (R$ 28.308 em 31 de dezembro de 2015) para cobrir as causas judiciais com risco de perdas prováveis. A Companhia realizou depósitos recursais no valor de R$ 11.411 em 31 de dezembro de 2016 (R$ 8.000 em 31 de dezembro de 2015) para processos que possuem provisões contábeis. Depósitos judiciais A Companhia efetuou depósitos judiciais em diversos processos trabalhistas, para garantir a continuidade da discussão dos litígios. Demonstramos estes valores no quadro abaixo:

Contingências possíveis Com base na opinião do escritório Dutra Villa & Dutra Villa Advogados Associados, existem processos trabalhistas classificados como de perda possível no valor de R$ 57.267 em 31 de dezembro de 2016 (R$ 3.156 em 31 de dezembro de 2015). Deste total, R$ 50.062 referem-se a ações de empregados terceirizados dispensados da empresa EMS Eletromecânica Silvestrini LTDA., em função do término do contrato entre essa empresa e a Companhia. A EMS encontra-se em recuperação judicial, e a Companhia pode ter que responder solidariamente à EMS nas indenizações desses empregados. Assim, a Companhia reclassificou, em 2016, a probabilidade de perda das ações movidas por esses empregados de remota para possível.

31/12/2015Constituições/

AtualizaçõesReversões 31/12/2016

Trabalhistas (a) 28.308 22.069 (843) 49.534

Cíveis (b) 26.772 285.796 (28.742) 283.826

Tributárias (d) - 4.415 - 4.415

Subtotal 55.080 312.280 (29.585) 337.775

(-) Depósitos recursais compensáveis (8.000) (3.411) - (11.411)

Total 47.080 308.869 (29.585) 326.364

31/12/2016 31/12/2015

Depósitos judiciais 10.061 5.048

Total 10.061 5.048

Page 56: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

56

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

(b) Contingências cíveis Contingências prováveis Nos processos judiciais nos quais a Eletrobras CGTEE figura no pólo passivo, a assessoria jurídica e os escritórios contratados da Companhia estimam, como perda provável, o saldo de R$ 283.826 em 31 de dezembro de 2016 (R$ 26.772 em 31 de dezembro de 2015). Processo 001/1.07.0056529-2 Em 2007, a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica-CEEE-D ajuizou ação declaratória cumulada com pedido condenatório em face de Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica- Eletrobras CGTEE. Na referida ação, a CEEE-D alegou que a Eletrobras CGTEE firmou termo de transação judicial no ano de 1998 nos autos do processo n°.97.34.00.02843-4 na 9° Vara da Justiça Federal do Distrito Federal e que esta teria se obrigado ao pagamento de valores em razão da cisão da CEEE. A ação foi julgada procedente. Aguardava-se o julgamento de Agravo 415539 no Recurso Especial pelo Superior Tribunal de Justiça interposto pela Eletrobras CGTEE. O processo estava em fase de execução provisória. Considerando a probabilidade de perda provável do recurso, a Eletrobras CGTEE celebrou acordo com a CEEE-D para pagamento parcelado da condenação. A transação foi homologada pelo Juízo em 18 de agosto de 2016, sendo que a Companhia e a CEEE-D realizaram um encontro de contas em 29 de dezembro de 2016, oportunidade em que restou quitado o valor do acordo. Em consequência do acordo e quitação, foi baixado o provisionamento de R$ 27.494 em 2016 (R$ 24.302 em 31 de dezembro de 2015) e reconhecido como despesas do exercício o valor do acordo de R$ 28.178. Processo nº. 0026448-59.2002.4.01.3400 Trata-se de ação ordinária que busca anular despacho da ANEEL que determinou que a AES-SUL retificasse valores definidos como lucro referentes à venda da energia de Itaipu. Sobreveio sentença de improcedência da ação e extinção do processo com resolução do mérito. Em síntese, a sentença apontou que, considerando o contexto legislativo que permeia o quadro fático, reforçado pelo entendimento tardio da própria agência reguladora, corroborado pelo entendimento de mais de 30 concessionárias, a correta interpretação das regras de mercado homologadas pela Resolução 290/00 é a de que o item 2.11.2 das regras de mercado trazia a obrigação do registro das quantidades de energia de Itaipu contratadas pelas concessionárias quotistas, em compatibilidade plena com o art.10 da Resolução 290/00, pelo que não havia a possibilidade ou não da opção pela contratação do “alívio de exposição”. Irresignada, a AES-SUL interpôs apelação que foi julgada procedente, reformando-se a sentença como segue: por unanimidade, rejeitar as preliminares de ilegitimidade passiva ad causam da ANEEL, de impossibilidade jurídica do pedido e de falta de interesse de agir, nos termos do voto da Relatora e, por maioria, rejeitar as prejudiciais de prescrição e decadência; e no mérito, por maioria, dar provimento à apelação da AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A. e declarar prejudicadas as apelações e recursos adesivos interpostos pelas demais empresas. Os réus apresentaram embargos de declaração que foram julgados improcedentes. Interpostos embargos infringentes que aguardam julgamento. O valor provisionado foi de R$ 3.171 em 31 de dezembro de 2016 (R$ 3.171 em 31 de dezembro de 2015). Processo nº.5014189-37.2010.4.04.7100 Trata-se de ação que a Eletrobras CGTEE interpôs contra a ANEEL e a CCEE, cujo pedido é a declaração de ilegalidade da penalidade e atraso pela instalação do sistema de faturamento SMF. A CCEE emitiu Termo de Notificação à CGTEE pelo atraso da

Page 57: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

57

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

implantação dos medidores de geração de energia exigidos pelo ONS. Contra esse termo de notificação a CGTEE interpôs a ação anulatória. Busca-se afastamento das penalidades TN 153 - 162/2010, aplicadas pela CCEE à CGTEE por não cumprimento, nos prazos, da exigência de implantação do sistema de medição e faturamento relativo à Usina Termelétrica Presidente Médici. Segundo o Escritório Curvelo Advogados Associados, a sentença foi improcedente. O recurso de apelação foi improvido. Interpusemos Recurso Especial para minorar a verba honorária, o qual foi admitido no TRF4, mas não conhecido pelo STJ. A decisão transitou em julgado. O valor provisionado de R$ 1.200 em 2016 (R$ 1.000 em 31 de dezembro de 2015) foi totalmente baixado. Processo 2143521-58.2010.8.21.0001 Trata-se de ação visando à condenação da CGTEE a compor prejuízos causados ao KfW por suposto danos decorrentes de garantias supostamente prestadas pela CGTEE. Requer o KfW a condenação da CGTEE ao pagamento de (i) dano patrimonial no valor de R$ 2.853; e (ii) dano moral a ser arbitrado em fase de liquidação. Em 17 de agosto de 2010, foi distribuída a ação. Em 05 de dezembro de 2016, foi proferida sentença que julgou (i) procedente a ação indenizatória ajuizada pelo KfW, tendo condenado a CGTEE ao pagamento de indenização por danos patrimoniais no valor histórico de R$ 2.853 e danos morais no valor histórico de R$ 4.544; e (ii) extinta sem resolução de mérito a reconvenção proposta pela CGTEE. Em 13 de dezembro de 2016, a CGTEE opôs embargos de declaração em face da referida sentença. No momento, aguarda-se o julgamento dos embargos de declaração opostos pela CGTEE. De acordo com o Escritório Demarest Advogados Associados, responsável pelo processo, a probabilidade de perda é provável, sendo provisionado o valor de R$ 22.761 em 31 de dezembro de 2016. Processo 2-12 0 236/12 Postula o Banco KfW a cobrança das obrigações oriundas dos empréstimos em desfavor da CGTEE, a qual figurava como avalista do referido empréstimo, considerando as amortizações vencidas (contabilizadas as multas contratuais), juros de empréstimo vencidos, juros de mora sobre amortizações vencidas e indenização por danos. A CGTEE não reconhece os avais, havendo, inclusive, ação em trâmite com provas da falsidade dos avais. A CGTEE recebeu o Ofício nº 2677/2013/CGCI-DRCI-SNJ-MJ, de 12/04/2013, do Ministério da Justiça, que encaminha Carta Rogatória de notificação de ação de cobrança do KfW junto ao Tribunal Regional de Frankfurt. A Carta Rogatória tomou o nº 7988/DE (2013/0109413-6) junto ao STJ. Refere-se a cobrança da garantia de 4 (quatro) contratos da Usina Termelétrica Winimport S/A. Já foram realizadas 3 audiências na Alemanha. O Escritório NOER LLP comunicou a sentença condenatória de 20/05/2016 da Eletrobras CGTEE em favor de KfW no valor estimado de EUR 74.330. Apelação interposta em 23/06/2016. As razões da apelação foram apresentadas em 27/09/2016. A etapa seguinte será a manifestação do KfW acerca do recurso. De acordo com o Escritório NOER LLP, a probabilidade de perda é provável e o valor de R$ 255.502 foi provisionado em 31 de dezembro de 2016 Processo 001/1.13.0273514-5 Thorga Engenharia Industrial SA ingressou com ação de cobrança na qual requer o pagamento de valores a título de Hora-Extra da CGTEE, alegando que teve que pagar tal rubrica a seus empregados, mas que, quando apresentados tais valores à empresa ré, esta não teria os reconhecido. Através de sentença, o Juízo Ad Quo julgou procedente a ação nos seguintes termos do dispositivo: JULGO PROCEDENTE o pedido promovido por THORGA ENGENHARIA INDUSTRIAL S.A. contra COMPANHIA DE GERAÇÃO TÉRMICA DE ENERGIA ELÉTRICA – CGTEE ELETROBRAS, CONDENADA a requerida ao

Page 58: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

58

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

pagamento de R$ 699.585,98 (seiscentos e noventa e nove mil, quinhentos e oitenta e cinco reais, com noventa e oito centavos de real), corrigidos, segundo variações do IGPM, a partir do ingresso, mais juros de 1% a.m., estes, da citação, além de custas e honorários advocatícios, que fixo em 15% sobre o valor da condenação, atendidas as diretrizes dos incisos I a IV do §2º do art. 85 do NCPC6. A Eletrobras CGTEE interpôs apelação que aguarda julgamento. De acordo com a Assessoria Jurídica da Companhia, a probabilidade de perda é provável em 31 de dezembro de 2016, e o valor de R$ 1.393 foi provisionado. Contingências possíveis Com possibilidade de perda possível, a Companha identificou processos cíveis no valor de R$ 54.738 em 31 de dezembro de 2016 (R$ 114.362 em 31 de dezembro de 2015), não provisionados. Processo 001/1.13.0298211-8 Trata-se de ação de indenizatória ajuizada pela empresa EMS Eletromecânica Silvestrini LTDA, através da qual a autora busca o valor de R$ 28.952, sob a alegação de enriquecimento sem causa da ré, ocorrência de danos materiais e danos morais em virtude do contrato de prestação de serviços de apoio técnico. Alega a autora que houve erro de cálculo do BDI no Edital. Após sucessivos desdobramentos processuais, o processo encontra-se na fase probatória. Em decorrência dos prejuízos alegados, solicita danos materiais e danos morais, atribuindo à causa o valor de R$ 28.952, não provisionados. Processo 001/1.14.0039179-3 Ajuizado pela empresa EMS Eletromecânica Silvestrini Ltda., através da qual reclama valores glosados decorrentes de penalidades por descumprimentos parciais do contrato e valores que foram penhorados na Justiça Trabalhista. A Companhia apresentou defesa no sentido de sustentar a legalidade das penalidades aplicadas, decorrentes de cláusulas contratuais, bem como o cumprimento de decisão judicial para depósito de valores penhorados pela Justiça Trabalhista. Atualmente, o processo está na fase probatória. O valor estimado do processo é de R$3.598, não provisionados. Processo 001/1.14.0060829-6 Ajuizado pela empresa EMS Eletromecânica Silvestrini Ltda., através da qual solicita a nulidade de penalidade aplicada decorrente de inexecução total do contrato, com a liberação da garantia contratual oferecida. A Companhia está elaborando defesa sustentando a legalidade da penalidade aplicada. Atualmente, o processo está na fase probatória. O valor estimado do processo é de R$4.638, não provisionados. Processo nº. 5064165-37.2015.4.04.7100 A Eletrobras CGTEE interpôs ação ordinária contra a ANEEL e a CCEE objetivando a declaração de nulidade da cobrança de percentual maior de 2% nas penalidades de insuficiência de lastro contratual aplicadas. Nosso recurso de apelação foi recebido no duplo efeito, mas sem ser restabelecida a antecipação de tutela. Propusemos a Ação Cautelar nº 0000091-19.2015.404.0000 perante o TRF4, a qual foi julgada procedente para o fim de limitar, até o julgamento da apelação, a multa por insuficiência de lastro ao percentual de 2% do faturamento. Na ação cautelar, a CCEE interpôs Recurso Especial, que teve seguimento denegado. Agravou da decisão denegatória, encontrando-se o recurso no STJ. A apelação (nº 5064165-37.2015.4.04.7100) foi autuada na 3ª Turma do TRF4, ainda sem previsão de julgamento. Segundo o escritório responsável, CURVELO ADVOGADOS ASSOCIADOS, a

Page 59: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

59

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

probabilidade de êxito é possível. O valor das penalidades pode superar R$ 40.000 não atualizados. Valor atribuído à causa R$ 1.496, não contingenciados. Processo 001/1.16.0051361-2 Trata-se de ação indenizatória visando à condenação da CGTEE a compor prejuízos causados ao KfW por supostos danos decorrentes de garantias supostamente prestadas pela CGTEE. Requer o KfW a condenação da CGTEE ao pagamento de (i) dano patrimonial no valor de R$ 8.761. Processo na fase de contestação. De acordo com a assessoria jurídica da Companhia, a probabilidade de perda é possível. Processo 001/1.14.0325853-9 A Fundação CEEE ingressou com ação ordinária contra a Eletrobras CGTEE na qual requer a condenação desta ao pagamento das contribuições previdenciárias privadas devidas nos termos do Artigo 42 do Regulamento do Plano Único de Benefícios Previdenciários. Também requer a condenação da Eletrobras CGTEE ao pagamento do valor integral da reserva matemática constante do Mapa de Cobrança nos termos do Artigo 42 do Regulamento do Plano. O processo está na fase probatória. Valor histórico da causa R$ 5.058. De acordo com a assessoria jurídica da Companhia, a probabilidade de perda é possível. (c) Ativos contingentes Processo nº.5069345-68.2014.4.04.7100 A Eletrobras CGTEE interpôs ação ordinária contra a ANEEL objetivando a cobrança de valores exigidos pelo ressarcimento por geração abaixo da disponibilidade decorrentes da aplicação da cláusula 14 dos contratos (CCEAR) celebrados pela CGTEE tendo em vista o empreendimento Candiota III – Fase C. Julgado procedente em primeiro grau, com a revogação da cláusula 14 retroativamente a 11/03/2013 e condenação da ANEEL a restituir os valores pagos de 13/03/2013 a 07/10/2013, atualizados pela TR, mais juros de mora de 0,5% ao mês a partir da citação. A ANEEL interpôs apelação, distribuída à 4ª Turma do TRF, sem previsão de julgamento. Segundo o escritório responsável, CURVELO ADVOGADOS ASSOCIADOS, a probabilidade de êxito é possível. Valor atribuído à causa R$ 85.689. Processo 0031902-29.2016.4.01.3400 A Eletrobras CGTEE interpôs ação ordinária contra a ANEEL perante a Justiça Federal em Brasília, a fim de que seja declarado ilegal o cálculo da taxa de indisponibilidade efetuado pela ANEEL na base horária, com a consequente declaração do direito da Eletrobras CGTEE ao cálculo da taxa de indisponibilidade aplicando-se a média dos últimos sessenta meses nos termos do Edital de Leilão 002-2005, do Artigo 5, Parágrafo Único, Inciso II da Resolução 169 de 2005 e das Portarias de Autorização do MME 181-2006 e 304-2008. Também foi requerido que seja condenada a ANEEL à realização dos cálculos da taxa de indisponibilidade com base na média dos últimos sessenta meses de forma retroativa desde a entrada em operação comercial da UTE Candiota III, ressarcindo à Eletrobras CGTEE os valores indevidamente cobrados. O pedido liminar foi indeferido. Interposto agravo de instrumento que aguarda julgamento. O processo principal está na fase decisória. O valor da causa são R$ 572.989. A probabilidade de êxito é possível.

Page 60: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

60

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Processo 5033160-60.2016.4.04.7100 A Eletrobras CGTEE interpôs ação ordinária contra a ANEEL e a CCEE perante a Justiça Federal do Rio Grande do Sul, a fim de que as Rés sejam compelidas a não transferirem para a AUTORA o ônus financeiro de quaisquer decisões judiciais, das quais não façam parte, relativas aos efeitos dos atuais valores de GSF sobre geradores hidrelétricos, em todas as liquidações realizadas pela CCEE no curso desta ação, bem como se abstenham de lhes aplicar qualquer sanção daí decorrente, até o julgamento da lide. A liminar foi deferida, sendo que a Eletrobras CGTEE voltou a receber recursos nas liquidações financeiras da CCEE. O valor histórico da causa são R$ 68.683. A probabilidade de êxito é possível. (d) Contingências tributárias na esfera administrativa (Secretaria da Receita Federal) Contingências prováveis Com possibilidade de perda provável, a Companhia é parte em processos administrativos fiscais perante a Secretaria da Receita Federal que totalizam R$ 4.415 em 31 de dezembro de 2016, provisionados. Em relação aos autos de infração em trâmite na Receita Federal abaixo referidos, oriundos do desembaraço aduaneiro de peças e equipamentos para a construção da Candiota III (Fase C), conforme informado pelo escritório Franceschini Oliveira Advogados Associados, os processos são assim classificados: Auto de Infração 11050.720343/2011-86, valor histórico R$ 2.824. A probabilidade de perda é provável em 31 de dezembro de 2016, e o valor de R$ 3.277 foi provisionado; Auto de Infração 11050.720909/2011-70, valor histórico R$ 933. A probabilidade de perda é provável em 31 de dezembro de 2016, e o valor de R$ 1.138 foi provisionado. Contingências possíveis Com possibilidade de perda possível, a Companhia é parte em processos administrativos fiscais perante a Secretaria da Receita Federal que totalizam R$ 7.004 em 31 de dezembro de 2016 (R$ 35.964 em 31 de dezembro de 2015), não provisionados. Em relação aos autos de infração em trâmite na Receita Federal abaixo referidos, oriundos do desembaraço aduaneiro de peças e equipamentos para a construção da Candiota III (Fase C), conforme informado pelo escritório Franceschini Oliveira Advogados Associados, os processos são assim classificados: Auto de Infração 11050.720150/2011-25, valor histórico R$ 4.505, probabilidade de perda possível; Auto de Infração 11050.720435/2011-66, valor histórico R$1.692, probabilidade de perda possível. Processo 0062145-53.2016.4.01.3400 Trata-se de Ação Anulatória de Débito Fiscal contra a Receita Federal, com pedido de tutela provisória de urgência, objetivando (i) o cancelamento integral dos créditos tributários de PIS e COFINS exigidos por meio do Auto de Infração no. 11080.722655/2010-96; e (ii) o reconhecimento do crédito de PIS e COFINS objeto do Pedido de Restituição/Compensação no. 11080.003212/2009-69. A sentença julgou procedente o pedido da Companhia para determinar o cancelamento dos créditos tributários previstos no auto de infração no 11080.722655/2010-96, bem como determinar que a União procedesse à análise do pedido de restituição/compensação formalizado pela Companhia, consubstanciado no PA no

Page 61: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

61

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

11080.003212/2009-69, afastando-se a tese de desnaturação do preço predeterminado nos contratos de fornecimento de energia elétrica firmados; e cancelando, igualmente, as cobranças de PIS e COFINS oriundas dos PERDCOMPS vinculados aos processos administrativos indicados. A sentença deferiu ainda, o pedido de tutela de urgência para suspender a exigibilidade dos créditos tributários supramencionados. O processo está na fase de embargos de declaração. Valor histórico da causa R$ 15.695. De acordo com o Escritório Machado Meyer, Sendacz e Opice Advogados, a probabilidade de êxito é possível. (e) Contingências ambientais na esfera administrativa (IBAMA) Autos de infração nºs: 1160, 9076519, 9089069, 9089070 e 16701 Em Setembro de 2016, o IBAMA notificou a Eletrobras CGTEE mediante os autos de infração acima, referente à aplicação de multas que totalizam R$ 121.811. Os objetos dos autos de infração consistem em penalidades decorrentes de violação dos padrões de emissões atmosféricas e efluentes líquidos no Complexo Termelétrico de Candiota. A Eletrobras CGTEE apresentou defesa. Classifica-se a probabilidade de perda como possível. (f) Outras questões ambientais (*) Usina termelétrica Presidente Médici Em 13 de abril de 2011, foi celebrado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), entre a Eletrobras CGTEE, IBAMA, Eletrobras, Ministério de Minas e Energia, Ministério do Meio Ambiente e União, por intermédio da Advocacia Geral da União, para a adequação ambiental das Fases A e B da Usina Presidente Médici, localizada em Candiota - RS. O TAC inicialmente previa uma série de obrigações para a Eletrobras CGTEE até 31 de agosto de 2014. Em 16 de agosto de 2013, foi celebrado o Primeiro Aditamento ao TAC, que prevê obrigações para a Eletrobras CGTEE até 31 de dezembro de 2017. (*) Informações não auditadas pelos auditores independentes

18 Benefícios pós-emprego

18.1 Plano de previdência complementar A Companhia mantém um programa de benefícios previdenciários pós-emprego, complementar ao programa da Previdência Social, administrado pela Fundação CEEE de Seguridade Social – ELETROCEEE, da qual é patrocinadora por contrato de adesão não solidário. A Fundação ELETROCEEE é uma entidade fechada de previdência complementar de característica multipatrocinada, sem fins lucrativos, voltada exclusivamente para administração de planos de benefícios previdenciários. O plano de suplementação (Plano Único) é do tipo "benefício definido", com regime financeiro de capitalização, em que contribuem a Companhia e o empregado. Participam do programa os empregados admitidos na Companhia. Os benefícios garantidos pelo programa são os seguintes: suplementação de aposentadoria por tempo de contribuição, por idade e por invalidez, pecúlio, suplementação de pensão, auxílio reclusão, auxílio doença e complementação do abano anual.

Page 62: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

62

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Os ativos do plano são mantidos separadamente dos da Companhia e são contabilizados e controlados pela Fundação ELETROCEEE. Para o atendimento do CPC 33 - "Benefícios a Empregados", a Companhia recebeu parecer do atuário independente contratado, Gama Consultores Associados, datado de 23 de fevereiro de 2017. Em 31 de dezembro de 2016, do total de 626 funcionários (638 em 31 de dezembro de 2015), 348 (355 em 31 de dezembro de 2015) participam do Plano, tendo contribuído com um total - incluindo contribuição normal e despesa administrativa - R$ 4.055 (R$ 3.835 em 31 de dezembro de 2015), sendo que a Companhia contribuiu com R$ 5.201 (R$ 4.884 em 31 de dezembro de 2015). Em 2016 a Fundação ELETROCEEE comunicou a Eletrobras CGTEE déficit no plano referente aos exercícios de 2014 e 2015 resultando em contribuição extraordinária, que está em processo de análise atuarial e de governança. O perfil populacional dos participantes do Plano BD está abaixo demonstrado:

18.1.1 Efeitos do Plano BD Em atendimento ao CPC 33 - "Benefícios a Empregados", a Companhia reconheceu integralmente em 31 de dezembro de 2016 o ajuste do passivo atuarial decorrente dos benefícios a que os empregados farão jus após o tempo de serviço. Os ganhos e perdas atuariais dos programas de benefícios pós-emprego são reconhecidos no próprio exercício em que ocorreram, em "Outros resultados abrangentes", de acordo com as orientações CPC-33 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e IAS-19 do International Accounting Standards. Os valores reconhecidos no resultado do exercício e em outros resultados abrangentes são os seguintes:

DADOS POPULACIONAIS 31/12/2016 31/12/2015

Participantes

Número de empregados vinculadso ao plano 328 348

Idade média (anos) 44,45 43,4

Valor do Salário Médio (R$) 8.189,77 7.259,26

Aposentados

Número de aposentados 283 284

Idade média (anos) 62,74 61,8

Benefício médio em R$ 4.844,78 4.212,96

Assistidos (Pensionistas)

Número de pensões 53 51

Benefício médio em R$ 1.853,51 1.705,92

Page 63: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

63

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

A conciliação dos ativos e passivos reconhecidos no balanço está abaixo demonstrada:

31/12/2016 31/12/2015

Custo de serviço

Custo de serviço corrente líquido 476 404

Custo de juros líquido (296) -

Custo de juros sobre a obrigação atuarial (31.206) (28.144)

Receita de juros sobre o ativo 30.910 28.279

Juros sobre o efeito do teto do ativo - (135)

Receita (despesa) atuarial reconhecida no exercício 180 404

31/12/2016 31/12/2015

Remensurações do plano de benefício definido

Ganhos (perdas) sobre o ativo justo 25.812 (15.697)

Ganhos (perdas) sobre a obrigação atuarial do benefício definido (95.096) 6.353

Ganhos (perdas) resultantes de alterações de pressupostos demográficos (27.653) -

Ganhos (perdas) resultantes de alterações de pressupostos financeiros (54.583) 31.482

Ganhos (perdas) atuariais decorrentes de ajuste de experiência (12.860) (25.129)

Efeito do teto do ativo - 135

Total registrado sobre outros resultados abrangentes (69.284) (9.209)

Total do custo do plano de benefícios (69.104) (8.805)

Status do plano de benefícios 31/12/2016 31/12/2015

Valor presente obrigação atuarial 243.364 (243.364)

(-) Efeito da restrição sobre a obrigação atuarial - -

Valor presente da obrigação atuarial l íquida 243.364 (243.364)

Valor justo dos ativos do plano no final do exercício 280.358 236.252

(Passivo) ativo líquido: status do plano: (déficit) superávit (71.699) (7.112)

Efeito da restrição sobre o ativo - -

Responsabilidade líquida decorrente da obrigação do plano (71.699) (7.112)

Movimentação do passivo líquido reconhecido no balanço 31/12/2016 31/12/2015

Passivo reconhecido no início do exercício (7.112) (3.508)

Contribuições da patrocinadora 4.517 5.201

Provisão para plano de benefícios 180 404

Valor reconhecido em outros resultados abrangentes (69.284) (9.209)

Passivo reconhecido no final do exercício (71.699) (7.112)

Page 64: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

64

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

18.1.2 Hipótese financeiras e demográficas

(i) Taxa de juros de longo prazo A definição dessa taxa considerou a prática de mercado dos títulos do Governo Federal, conforme critério recomendado pelas normas nacionais e internacionais, para prazos similares aos dos fluxos das obrigações do programa de benefícios, no chamado conceito de Duration. A taxa de juros de desconto atuarial foi definida considerando a duration do plano apurada para fins da avaliação atuarial, em atendimento a deliberação CVM 695/12, posicionada em 31 de dezembro de 2016, no valor de 9,3 anos, ocasionando, na definição da taxa de juros, o percentual de 5,75%.

18.1.3 Conciliação dos saldos do valor presente da obrigação atuarial

A movimentação do valor presente das obrigações e do valor presente do ativo dos planos de benefícios no exercício corrente estão apresentadas a seguir:

2016 2015

Taxa de juros de desconto atuarial anual 11,00% 13,26%

Taxa de juros real de desconto atuarial anual 5,75% 7,36%

Projeção de aumento médio dos salários 7,07% 7,61%

Projeção de aumento médio dos benefícios 4,97% 5,50%

Taxa média de inflação anual 4,97% 5,50%

Expectativa de retorno dos ativos do plano 11,00% 13,26%

Hipóteses Financeiras

2016 2015

Taxa de rotatividade 0,00% 0,00%

Tábua de mortalidade/sobrevivência de ativos AT-2000 BASIC M AT-83 BASIC M

Tábua de mortalidade/sobrevivência de aposentados AT-2000 BASIC M AT-83 BASIC M

Tábua de mortalidade/sobrevivência de inválidos AT-83 M AT-49 M

Tábua de entrada em invalidez Light média Light média

Hipóteses Demográficas

31/12/2016 31/12/2015

Valor presente da obrigação atuarial no início do exercício (243.364) (237.566)

Custo de juros (31.206) (28.144)

Custo de serviço corrente (3.802) (3.651)

Benefícios pagos pelo plano 21.411 19.644

Remensurações de (perdas) ganhos atuariais (95.096) 6.353

Decorrentes de ajuste de experiência (12.860) (25.129)

Decorrentes de alterações em premissas biométricas (27.653) -

Decorrentes de alterações em premissas financeiras (54.583) 31.482

Valor presente da obrigação atuarial no final do exercício (352.057) (243.364)

Page 65: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

65

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

18.1.4 Conciliação dos saldos do valor justo dos ativos

18.1.5 Contribuições patronais esperadas para o próximo exercício A Companhia espera contribuir com R$ 4.741 com os planos de benefícios definidos durante o próximo exercício. A duração média ponderada da obrigação de benefício definido é de 9,3 anos. Análise dos valores dos benefícios esperados a serem pagos sem descontar a valor presente:

18.1.6 Composição carteira de investimentos do plano de benefício definido Os ativos garantidores da ELETROCEEE estão assim distribuídos, em 31 de dezembro de 2016, a valores de mercado, em conformidade com as normas aplicáveis:

31/12/2016 31/12/2015

Valor justo dos ativos do plano no início do exercício 236.252 234.058

Receita de juros 30.910 28.279

Contribuições da patrocinadora 4.517 5.201

Contribuições dos participantes 4.278 4.055

Benefícios pagos pelo plano (21.411) (19.644)

Ganhos (perdas) sobre os ativos do plano 25.812 (15.697)

Valor justo dos ativos do plano no final do exercício 280.358 236.252

31/12/2016 Até 1 ano Entre 1-2 anos Entre 2-5 anos Mais de 5 anos Total

Pagamentos esperados pelo Plano 19.968 21.445 69.446 570.377 681.236

31/12/2016

Disponível 0,00%

Realizável 5,08%

Títulos públicos 60,01%

Crédito de depósitos privados 7,73%

Ações 11,18%

Quota de fundo de investimentos - Renda fixa 2,51%

Quota de fundo de investimentos - Ações 2,78%

Quota de fundo de investimentos - Direitos creditórios 0,08%

Quota de fundo de investimentos - Participações 6,77%

Quota de fundo de investimentos - Imobiliário 0,67%

Quota de fundo de investimentos - Multimercado 0,61%

Investimentos imobiliários 0,64%

Empréstimos e financiamentos 1,94%

Depósitos 0,00%

Total em percentual dos ativos do plano 100,00%

Page 66: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

66

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Os valores justos dos instrumentos de capital e de dívida são determinados com base em preços de mercado cotados em mercados ativos enquanto os valores justos investimentos imobiliários não são baseados em preços de mercado cotados em mercados ativos.

18.1.7 Riscos atuariais O plano de benefício definido normalmente expõe a Companhia a riscos atuariais, tais como risco de investimento, risco de taxa de juros, risco de longevidade e risco de salário.

(a) Risco de investimento O valor presente do passivo do plano de benefício definido é calculado usando uma taxa de desconto determinada em virtude da remuneração de títulos privados de alta qualidade. Se o retorno sobre o ativo do plano for abaixo dessa taxa, haverá um déficit no plano. Atualmente, o plano tem um investimento relativamente equilibrado em títulos públicos, crédito de depósitos privados e ações, considerando os limites por segmento de aplicação, de acordo com as diretrizes da Resolução nº 3.792 do Conselho Monetário nacional e as suas alterações, além dos critérios de segurança, liquidez, rentabilidade e maturidade do plano.

(b) Risco de taxas de juros Uma redução na taxa de juros dos títulos aumentará o passivo do plano. Entretanto, isso será parcialmente compensado por um aumento do retorno sobre os títulos de dívida do plano.

(c) Risco de longevidade O valor presente do passivo do plano de benefício definido é calculado por referência à melhor estimativa da mortalidade dos participantes do plano durante e após a sua permanência no trabalho. Um aumento na expectativa de vida dos participantes do plano aumentará o passivo do plano.

(d) Risco de salário O valor presente do passivo do plano de benefício definido é calculado por referência aos salários futuros dos participantes do plano. Portanto, um aumento do salário dos participantes do plano aumentará o passivo do plano.

18.1.8 Análise de sensibilidade das principais hipóteses

As premissas atuariais significativas para a determinação da obrigação definida são: taxa de desconto e mortalidade. As análises de sensibilidade a seguir foram determinadas com base em mudanças razoavelmente possíveis das respectivas premissas ocorridas no fim do período de relatório, mantendo-se todas as outras premissas constantes.

Idade - 1 Idade +1 + 0,25% - 0,25%

Valor presente da obrigação atuarial do plano 357.284 346.659 342.483 362.095 352.057

Valor justo dos ativos do plano 280.358 280.358 280.358 280.358 280.358

Superávit (déficit) técnico do plano (76.926) (66.301) (62.125) (81.737) (71.699)

Variações

Aumento (redução) da obrigação atuarial 1,5% (1,5%) (2,7%) 2,9% -

Aumento (redução) dos ativos do plano - - - - -

Aumento (redução) do superávit/déficit técnico do plano 7,3% (7,5%) (13,4%) 14,0% -

Tábua biométrica Taxa de jurosParâmetro

Page 67: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

67

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

18.2 Programa de incentivo ao desligamento de pessoal A Companhia, em conjunto com a Eletrobras, aplicou, em 2013, um programa de incentivo ao desligamento de pessoal – PID para seus colaboradores, do qual resta quitar as seguintes obrigações:

19 Remuneração aos acionistas A Companhia tem o seguinte saldo de dividendos a distribuir, relativos aos resultados dos exercícios de 2010 e de 2011:

Segue movimentação em 31 de dezembro de 2016:

Segue movimentação no exercício de 2015:

20 Adiantamento para futuro aumento de capital A Companhia tomou recursos junto a sua controladora para futuro aumento de capital. As obrigações advindas destas origens de recursos estão registradas no passivo não circulante. A movimentação dos adiantamentos está demonstrada a seguir:

31/12/2016 31/12/2015

Plano de Saúde para empregados - PID 2013 676 660

Total Circulante 676 660

Plano de Saúde para empregados - PID 2013 818 1.262

Total Não Circulante 818 1.262

Total 1.494 1.922

31/12/2016 31/12/2015

Dividendos a distribuir

Eletrobras 85.408 74.907

Outros 24 21

Total 85.432 74.928

Saldo em 31/12/2015 74.928

(+/-) Variação monetária sobre dividendos não distribuídos 10.504

Saldo em 31/12/2016 85.432

Saldo em 31/12/2014 66.195

(+/-) Variação monetária sobre dividendos não distribuídos 8.733

Saldo em 31/12/2015 74.928

Page 68: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

68

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Do saldo referente ao ingresso de AFAC, no exercício de 2016, R$ 95.880 foram utilizados diretamente para abatimento de passivo com fornecedor. Assim, a Companhia não incluiu esse saldo como atividade de financiamento na Demonstração dos Fluxos de Caixa, por não representar movimento de caixa. Os reflexos dessa movimentação compõem a variação dos saldos das atividades operacionais, na Demonstração dos Fluxos de Caixa. 21 Outros passivos

(i) Pesquisa e desenvolvimento A Lei nº 9.991 de 24 de julho de 2000 dispõe sobre a realização de investimentos em pesquisa e desenvolvimento em eficiência energética por parte das empresas concessionárias, permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica, estabelecendo em seu artigo 2º que "as concessionárias de geração e empresas autorizadas à produção independente ficam obrigadas a aplicar, anualmente, o montante de, no mínimo, 1% (um por cento) de sua receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento". A Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004 alterou a Lei nº 9.991, estabelecendo em seu artigo 12, que do total aplicado anualmente em pesquisa e desenvolvimento devem ser destinados 40% ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT, 20% para o Ministério de Minas e Energia - MME, a fim de custear os estudos e pesquisas de planejamento da expansão do sistema energético, bem como os de inventário e de viabilidade necessários ao aproveitamento dos potenciais hidrelétricos e 40% em projetos desenvolvidos pela própria empresa.

31/12/2015 IngressosVariação

monetária31/12/2016

Contratos

ECF 2941/2011 5.208 - 730 5.938

ECF 2941/2011-A 16.503 - 2.315 18.818

ECF 3219/2014 52.565 - 12.209 64.774

RES 0123/2015 32.709 - 7.597 40.306

RES 0123/2015-A 13.520 - 2.771 16.291

RES 0069/2016-A - 165.442 - 165.442

RES 0069/2016 - 3.667 - 3.667

RES 0680/2015 - 52.555 - 52.555

RES 0069/2016-B - 50.000 - 50.000

RES 0069/2016-C - 1.377 - 1.377

RES 0069/2016-D - 25.005 - 25.005

RES 0069/2016-E - 5.509 - 5.509

RES 0136/2016 - 8.714 - 8.714

RES 0177/2016 - 8.092 - 8.092

RES 0357/2016 - 8.870 - 8.870

RES 0370/2016 - 8.499 - 8.499

Total 120.505 337.730 25.622 483.857

31/12/2016 31/12/2015

Pesquisa e desenvolvimento (i) 24.046 18.993

Credores diversos (ii) 12.572 9.391

Total 36.618 28.384

Page 69: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

69

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

(ii) Credores diversos A Companhia registra neste grupo apropriações de contas a pagar pelo reconhecimento de obrigações para fins operacionais diversos. 22 Imposto de renda e contribuição social (a) Imposto de renda O imposto de renda pessoa jurídica e a contribuição social estão sendo calculados pelo regime de apuração do lucro real anual, de acordo com o artigo 2o da Lei no 9.430/1996. (b) Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia acumula prejuízos fiscais imprescritíveis de imposto de renda no valor de R$ 2.836.598 (R$ 2.302.763 em 31 de dezembro de 2015) e base negativa de contribuição social sobre o lucro de R$ 2.836.835 (R$ 2.302.999 em 31 de dezembro de 2015). O CPC 32 - Tributos sobre os Lucros estabelecem condições para o registro contábil do ativo fiscal diferido decorrente de diferenças temporárias e de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social. Essas condições incluem expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, fundamentada em estudo técnico de viabilidade, que comprovam a realização do ativo fiscal diferido. O ativo fiscal diferido sobre tais prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social não foi reconhecido nas demonstrações financeiras considerando que as condições para registro não estão asseguradas. Tal ativo representaria, em 31 de dezembro de 2016, respectivamente, R$ 709.126 (R$ 575.667 em 31 de dezembro de 2015) e R$ 255.315 (R$ 207.270 em 31 de dezembro de 2015). (c) Reconciliação da despesa do imposto de renda e da contribuição social A reconciliação entre a despesa de imposto de renda e de contribuição social pela alíquota nominal e pela efetiva está demonstrada a seguir:

23 Patrimônio líquido 23.1 Capital social O capital social, totalmente integralizado, é composto por ações ordinárias nominativas, sem valores nominais, pertencentes a acionistas domiciliados no país. As ações estão distribuídas conforme segue:

IRPJ CSLL IRPJ CSLL

Prejuízo antes do IRPJ e da CSLL (1.073.209) (1.073.209) (648.367) (648.367)

Efeitos líquido de provisões temporariamente não dedutíveis -

constituídas/(realizadas)536.555 536.555 27.134 27.134

(536.654) (536.654) (621.233) (621.233)

Despesas não dedutíveis 2.819 2.819 4.158 4.158

Lucro real e base da CSLL antes das compensações (533.835) (533.835) (617.075) (617.075)

Base de cálculo do IRPJ e CSLL apôs compensações (533.835) (533.835) (617.075) (617.075)

IRPJ e CSLL do período - - - -

31/12/2016 31/12/2015

Page 70: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

70

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

23.2 Reserva de lucros Em 31 de dezembro de 2016, é constituída unicamente pela reserva legal.

24 Receita operacional líquida

Os contratos de comercialização de energia elétrica no ambiente regulado (CCEAR) do 1º leilão de energia nova preveem ressarcimento às concessionárias clientes, por parte da Companhia, nos casos de indisponibilidade na geração das usinas da Companhia. A Companhia contabiliza sua receita com base no valor líquido a receber, já considerando eventuais ressarcimentos, conforme regras de comercialização da CCEE.

Ordinárias Total Saldo em R$ mil Percentual

Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras 8.161.020.279 8.161.020.279 845.461 99,993%

Outros 592.355 592.355 77 0,007%

Subtotal 8.161.612.634 8.161.612.634 845.538 100,000%

( - ) Ações em tesouraria (224.279) (224.279) (28) -

Total 8.161.388.355 8.161.388.355 845.510 100,000%

Quantidade de ações em 31/12/2016 e em 31/12/2015

31/12/2016 31/12/2015

Reserva Legal 2.596 2.596

Total 2.596 2.596

31/12/2016 31/12/2015

Suprimento de energia elétrica 714.389 425.114

Venda de cinzas 3.670 3.447

Aluguéis 22 20

Total receita operacional bruta 718.081 428.581

ICMS (410) (336)

COFINS (44.707) (28.338)

PIS/PASEP (9.703) (6.150)

Total impostos e contribuições (54.820) (34.824)

RGR (22.153) (14.648)

P&D (6.758) (4.472)

Total encargos setoriais (28.911) (19.120)

Total deduções à receita operacional (83.731) (53.944)

Total 634.350 374.637

Page 71: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

71

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

25 Custos e despesas operacionais

25.1 Energia comprada para revenda Em 2016, assim como em 2015, a Companhia precisou adquirir energia elétrica para não ser penalizada por insuficiência de lastro físico, conforme regras de mercado. A Companhia mantém contratos de compra de energia junto à Eletronorte, que totalizam 135 MW médios mensais até dezembro de 2019, e 109 MW médios entre janeiro de 2020 e dezembro de 2023. Para demandas adicionais, a Companhia recorre ao Mercado de Curto Prazo da CCEE. O acréscimo nos gastos com compra de energia, em comparação ao mesmo período de 2015, ocorreu em função da contabilização de estorno, em 2015, de provisão efetuada no exercício de 2014 para ressarcimento às distribuidoras clientes, que não se concretizou totalmente. 25.2 Outras despesas operacionais O acréscimo nas despesas operacionais em 2016 ocorreu principalmente pelo aumento nos gastos em processos judiciais trabalhistas, movidos por empregados terceirizados, e pela constituição, em 2016, de provisão em processo judicial cível movido pelo banco alemão KfW. 26 Resultado financeiro

Custo

operacional

Despesa

operacionalTotal

Custo

operacional

Despesa

operacionalTotal

Energia comprada para revenda (223.785) - (223.785) (84.877) - (84.877)

Encargos de uso da rede (43.875) - (43.875) (39.019) - (39.019)

Pessoal (91.226) (29.900) (121.126) (89.980) (25.879) (115.859)

Materiais (82.529) (514) (83.043) (92.069) (71) (92.140)

Serviços de Terceiros (52.830) (10.630) (63.460) (52.397) (10.081) (62.478)

Depreciação e Amortização (71.805) (1.178) (72.983) (74.835) (1.174) (76.009)

Provisões para contingências - (303.451) (303.451) - (17.136) (17.136)

Matéria-Prima e Insumos Prod. Energia Elétrica (180.722) - (180.722) (184.397) - (184.397)

(-) Recup.Despesas Subvenção Combustiveis 116.783 - 116.783 106.296 - 106.296

Outras (31.002) (37.183) (68.185) (7.752) (14.203) (21.955)

Total (660.991) (382.856) (1.043.847) (519.030) (68.544) (587.574)

31/12/2016 31/12/2015

31/12/2016 31/12/2015

Rendimento de aplicações financeiras 7.547 121

Variações monetárias e cambiais ativas 2.821 65

Outras receitas financeiras 1.439 659

Total receitas 11.807 845

Encargos da dívida (i) (416.970) (324.337)

Variações cambiais passivas (93) (425)

Outras despesas financeiras (20.540) (27.088)

Total despesas (437.603) (351.850)

Total (425.796) (351.005)

Page 72: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

72

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

(i) Encargos da dívida O saldo crescente de empréstimos da Companhia ocasionou o aumento verificado nas despesas com encargos da dívida entre o exercício de 2016 e o de 2015. 27 Remuneração do pessoal-chave da administração O pessoal-chave da administração inclui os conselheiros, diretores e o chefe da auditoria interna.

28 Instrumentos financeiros A Companhia opera com diversos instrumentos financeiros, dentre os quais se destacam: contas a receber de clientes, direito de ressarcimento, contas a pagar a fornecedores e empréstimos e financiamentos que se encontram registrados em contas patrimoniais, por valores compatíveis de mercado.

A Companhia não efetuou em 31 de dezembro de 2016, operações com características de derivativos, definidos no CPC 38 - "Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração". A Companhia mantém contrato de fornecimento de Carvão com a CRM - Companhia Rio-grandense de Mineração, para atender suas unidades de produção em Candiota/RS. Em relação a este contrato, a Companhia detém direitos de recebimento de subvenção para aquisição de combustíveis para produção de energia através da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), administrada pela Eletrobras. Desta forma, a maior parcela dos gastos com combustíveis destinados à geração é subsidiada.

31/12/2016 31/12/2015

Remuneração (3.810) (1.609)

Encargos sociais (784) (384)

Benefícios (136) (90)

Total (4.730) (2.083)

31/12/2016 31/12/2015

Recebíveis

Clientes 95.501 86.540

Direito de ressarcimento - CCC/CDE 39.224 46.930

Mensurados ao valor justo por meio do resultado

Caixa e equivalentes de caixa 56.007 5.190

Total ativos financeiros 190.732 138.660

Mensurados ao custo amortizado

Empréstimos e financiamentos 2.680.443 2.413.235

Fornecedores 186.571 251.314

Total passivos financeiros 2.867.014 2.664.549

Page 73: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

73

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

29 Estimativa do valor justo A Companhia pressupõe que os saldos das contas a receber de clientes e contas a pagar aos fornecedores pelo valor contábil, menos a eventual estimativa de perda com créditos de liquidação duvidosa, esteja próxima de seus valores justos. O valor justo dos passivos financeiros, para fins de divulgação, é estimado mediante o desconto dos fluxos de caixa contratuais futuros pela taxa de juros vigente no mercado. A Companhia aplica o CPC 40 para instrumentos financeiros mensurados no balanço patrimonial pelo valor justo, o que requer divulgação das mensurações do valor justo pelo nível da seguinte hierarquia de mensuração: i) Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos (Nível 1); ii) Informações, além dos preços cotados, incluídas no Nível 1 que são adotadas pelo mercado para o ativo ou passivo, seja diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, derivados dos preços) (Nível 2); iii) Inserções para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados pelo mercado (ou seja, inserções não observáveis) (Nível 3). Abaixo, a Companhia apresenta o saldo dos instrumentos financeiros mensurados a valor justo por meio do resultado:

O valor justo dos instrumentos financeiros negociados em mercados ativos (como títulos mantidos para negociação e disponíveis para venda) é baseado nos preços de mercado, cotados na data do balanço. Um mercado é visto como ativo se os preços cotados estiverem pronta e regularmente disponíveis a partir de uma Bolsa, distribuidor, corretor, grupo de indústrias, serviço de precificação, ou agência reguladora, e aqueles preços representam transações de mercado reais e que ocorrem regularmente em bases puramente comerciais. O preço de mercado cotado utilizado para os ativos financeiros mantidos pela Companhia é o preço de concorrência atual. Esses instrumentos, quando mantidos pela Companhia, são incluídos no Nível 1. A Companhia não mantém instrumentos financeiros que não são negociados em mercados ativos (por exemplo, derivativos de balcão), tais instrumentos, quando existem, têm seus valores determinados mediante o uso de técnicas de avaliação. Essas técnicas de avaliação maximizam o uso dos dados adotados pelo mercado onde está disponível e confiam o menos possível nas estimativas específicas da entidade. Se todas as informações relevantes exigidas para o valor justo de um instrumento forem adotadas pelo mercado, o instrumento estará incluído no Nível 2.

Nível 1 Total

Caixa e equivalentes de caixa 56.007 56.007

Total 56.007 56.007

31/12/2016

Nível 1 Total

Caixa e equivalentes de caixa 5.190 5.190

Total 5.190 5.190

31/12/2015

Page 74: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

74

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Acrescenta-se, também, que a Companhia não detém instrumentos financeiros classificáveis no Nível 3. Os instrumentos financeiros são classificáveis neste nível quando uma ou mais informações relevantes não estiver baseada em dados adotados pelo mercado. O CPC 38 - "Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração" estabeleceu mecanismos para a divulgação do valor de mercado dos instrumentos financeiros reconhecidos, ou não, nas demonstrações financeiras. Todos os ativos e passivos enquadrados como instrumentos financeiros (empréstimos, aplicações financeiras e outros), incluídos nas presentes demonstrações financeiras, não apresentam diferenças entre o valor de mercado e o contábil. 30 Gestão de capital Os objetivos da Companhia ao administrar sua estrutura de capital, são os de salvaguardar a capacidade de continuidade para oferecer retorno aos acionistas e qualidade nas obrigações previstas no contrato de concessão, além de perseguir uma estrutura de capital ideal para a redução dos seus custos. Os índices de alavancagem financeira podem ser resumidos conforme a seguir:

31 Gestão de risco financeiro No exercício de suas atividades a Companhia é impactada por eventos de riscos que podem comprometer os seus objetivos estratégicos. O gerenciamento de riscos tem como principal objetivo antecipar e minimizar os efeitos adversos de tais eventos nos negócios e resultados econômico/financeiros da Companhia. Para a gestão de riscos financeiros, a Companhia definiu políticas e estratégias operacionais e financeiras, aprovadas por comitês internos e pela administração, que visam conferir liquidez, segurança e rentabilidade a seus ativos e manter os níveis de endividamento e perfil da dívida definidos para os fluxos econômico-financeiros. Os principais riscos financeiros identificados no processo de gerenciamento de riscos são: a) Risco com taxa de câmbio Esse risco decorre da possibilidade da Companhia ter seus demonstrativos econômico-financeiros impactados por flutuações nas taxas de câmbio. A Companhia apresentou, em 31 de dezembro de 2016, passivos em moeda estrangeira, conforme demonstrado abaixo:

31/12/2016 31/12/2015

Financiamentos e empréstimos 2.680.443 2.413.235

Fornecedores 186.571 251.314

( - ) Caixa e equivalentes de caixa (56.007) (5.190)

( - ) Conta de consumo de combustíveis - CCC/CDE (39.224) (46.930)

Dívida líquida 2.771.783 2.612.429

Patrimônio líquido (2.353.121) (1.210.628)

Total do capital 418.662 1.401.801

Índice de alavancagem financeira 662,1% 186,4%

Page 75: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

75

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

b) Risco com taxa de juros Esse risco está associado à possibilidade da Companhia contabilizar perdas em razão de oscilações das taxas de juros de mercado, impactando seus demonstrativos pela elevação das despesas financeiras, relativas a contratos de captação externa.

c) Risco de liquidez A Companhia atua no monitoramento permanente dos fluxos de caixa de curto, médio e longo prazo, previstos e realizados, buscando evitar possíveis descasamentos e consequentes perdas financeiras e garantir as exigências de liquidez para as necessidades operacionais. A tabela abaixo analisa os passivos financeiros não derivativos da Companhia por faixas de vencimento, correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento. Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa não descontados contratados.

A gestão do risco de liquidez tem como principal objetivo monitorar os prazos de liquidação dos direitos e obrigações permitindo que a Companhia identifique se irá encontrar dificuldades que possam afetar a capacidade de pagamento da empresa, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações, que são liquidados com pagamentos à vista ou com outro ativo financeiro. A abordagem da

31/12/2016 31/12/2015

Passivos

Dólar norte-americano 547 656

Total 547 656

31/12/2016 31/12/2015

Passivos

Selic 1.563.213 1.054.544

IPCA 560.158 697.012

Juros contratuais 1.040.929 782.184

Total 3.164.300 2.533.740

Menos de 1

ano

Entre 1 e 2

anos

Entre 2 a 5

anos

Acima de 5

anos

Fornecedores 170.016 2.365 9.460 4.730

Empréstimos e financiamentos 377.963 313.290 930.501 1.058.689

Obrigações estimadas 14.105 - - -

Adiantamento para futuro aumento de capital - 483.857 - -

Total 562.084 799.512 939.961 1.063.419

Passivos

31/12/2016

Menos de 1

ano

Entre 1 e 2

anos

Entre 2 a 5

anos

Acima de 5

anos

Fornecedores 232.394 2.365 7.095 9.460

Empréstimos e financiamentos 339.120 244.887 734.838 1.094.390

Obrigações estimadas 12.871 - - -

Adiantamento para futuro aumento de capital - 120.505 - -

Total 584.385 367.757 741.933 1.103.850

Passivos

31/12/2015

Page 76: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

76

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Companhia na administração de liquidez é de garantir liquidez suficiente para cumprir com suas obrigações ao vencerem, sob condições normais, sem causar perdas ou risco de prejudicar a reputação da Companhia. d) Risco de preço Com a Lei nº 12.783/2013, a remuneração das concessionárias geradoras hídricas passa a ser por tarifa determinada pela ANEEL. Já os contratos da Companhia se manterão inalterados até a divulgação, pela ANEEL, das regras de renovação das concessões térmicas. Nas situações em que a Companhia precisa adquirir energia para complementar sua geração própria, ela o faz no mercado de curto prazo na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), ficando, assim, exposta à variação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD). e) Risco quanto à escassez de energia no mercado Risco decorrente de possível período de escassez de chuvas reduz o volume de água dos reservatórios das usinas e resulta em aumento dos custos da energia elétrica. Para honrar os contratos, eventualmente, há necessidade de aquisição de montante de energia no mercado, suscetíveis ao risco acima. f) Risco de não atendimento ao despacho Quando as usinas térmicas são despachadas pelo ONS (despacho por mérito) para otimização do sistema, o despacho por mérito é limitado à disponibilidade da usina (índices de indisponibilidades - TEIP e TEIF), e estes índices entram no cálculo da garantia física. (i) Os índices de indisponibilidades (TEIP e TEIF) ajustam a garantia física da usina. (ii) Quando a soma dos 12 meses das garantias físicas for menor que a soma dos 12 meses dos contratos (lastro de venda) o agente é penalizado. Pelas regras de mercado, o agente pode firmar contrato de compra de energia para constituir sua garantia física e assim reduzir sua exposição ao Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) e reduzir a penalidade por insuficiência de lastro. A exposição ao mercado de curto prazo é calculada com base no PLD. A penalidade será determinada com base no montante de insuficiência de lastro multiplicado pela média ponderada mensal dos PLD’s dos períodos de apuração em que se verificou a insuficiência de lastro ou o Valor Anual de Referência (VR), o que for maior. Em 2016, o valor do VR foi de R$ 104,03/MWh (R$ 80,69/MWh em 2015) - conforme despacho SEM/ANEEL no 289/2014.

Page 77: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

77

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

32 Análise de sensibilidade 32.1 Moeda estrangeira Foram realizadas análises de sensibilidade dos passivos expostos à variação cambial em quatro cenários: dois com elevação das taxas de câmbio e dois com diminuição ao final de 2017: a) Depreciação dos índices

b) Apreciação dos índices

32.2 Taxa de juros Foram realizadas análises de sensibilidade dos ativos e passivos indexados à taxa de juros pós-fixada em quatro diferentes cenários: dois com elevação das taxas do saldo devedor e dois com diminuição dessas taxas, ao final de 2017. As análises limitaram-se aos contratos concedidos que apresentem exposição à taxa de juros variável. a) Depreciação dos índices

b) Apreciação dos índices

Cenário

provável em

2017

Cenário I

(-25%)

Cenário II

(-50%)

Cenário

provável em

2017

Cenário I

(-25%)

Cenário II

(-50%)

Dólar 168 547 3,4500 2,5875 1,7250 580 435 290

Total 168 547 - - - 580 435 290

Passivos

Saldo em

milhares de

R$ em

31/12/2016

Cotação em R$ Valor em milhares de R$Saldo em moeda

estrangeira em

milhares em

31/12/2016

Cenário

provável em

2017

Cenário I

(+25%)

Cenário II

(+50%)

Cenário

provável em

2017

Cenário I

(+25%)

Cenário II

(+50%)

Dólar 168 547 3,4500 4,3125 5,1750 580 725 869

Total 168 547 - - - 580 725 869

Passivos

Saldo em moeda

estrangeira em

milhares em

31/12/2016

Saldo em

milhares de

R$ em

31/12/2016

Cotação em R$ Valor em milhares de R$

Cenário

provável em

2017

Cenário I

(-25%)

Cenário II

(-50%)

Cenário

provável em

2017

Cenário I

(-25%)

Cenário II

(-50%)

Sel ic 1.563.213 9,5000 7,1250 4,7500 1.711.718 1.674.592 1.637.466

IPCA 560.158 4,7500 3,5625 2,3750 586.766 580.114 573.462

Total 2.123.371 - - - 2.298.484 2.254.706 2.210.928

PassivosSaldo em

31/12/2016

Índice (%) Valor

Cenário

provável em

2017

Cenário I

(+25%)

Cenário II

(+50%)

Cenário

provável em

2017

Cenário I

(+25%)

Cenário II

(+50%)

Sel ic 1.563.213 9,5000 11,8750 14,2500 1.711.718 1.748.845 1.785.971

IPCA 560.158 4,7500 5,9375 7,1250 586.766 593.417 600.069

Total 2.123.371 - - - 2.298.484 2.342.262 2.386.040

PassivosSaldo em

31/12/2016

Índice (%) Valor

Page 78: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

78

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

33 Saldos e transações com partes relacionadas A Companhia é controlada integral da Eletrobras. Até 31 de dezembro de 2016, a Companhia realizou transações com empresas do grupo Eletrobras conforme demonstrado abaixo:

34 Compromissos operacionais de longo prazo Os principais compromissos operacionais de longo prazo da Companhia são os seguintes: a) Venda de energia A Companhia fornece energia de acordo com contratos firmados através de leilões de energia. Como compromisso de longo prazo, está apenas o 1º leilão de energia de novos empreendimentos, com contratos vigentes até o ano de 2024.

Ativos Clientes

Direito de

ressarcimento -

CCC/CDE

31/12/2016 31/12/2015

CEAL 141 - 141 203

CEPISA 172 - 172 264

CELG-D 441 - 441 1.190

ELETROBRAS - 45.398 45.398 46.930

Total do ativo 754 45.398 46.152 48.587

Passivos FornecedoresEmpréstimos e

financiamentos

Dividendos a

distribuir

Adiantamento

para futuro

aumento de

capital

31/12/2016 31/12/2015

FURNAS 375 - - - 375 84

CHESF 301 - - - 301 65

ELETROSUL 302 - - - 302 72

ELETRONORTE 85.425 - - - 85.425 113.328

ELETROBRAS - 2.680.443 85.408 483.857 3.249.708 2.609.042

Total do passivo 86.403 2.680.443 85.408 483.857 3.336.111 2.722.591

ReceitasVenda de

energia

Ressarcimento de

combustíveis31/12/2016 31/12/2015

CEAL 3.426 - 3.426 1.724

CEPISA 7.924 - 7.924 1.068

CELG-D 28.711 - 28.711 7.313

ELETROBRAS - 116.783 116.783 106.296

Total da receita 40.061 116.783 156.844 116.401

DespesasCompra de

energia

Uso da rede

elétrica

Despesa

financeira31/12/2016 31/12/2015

FURNAS - (3.545) - (3.545) (2.772)

CHESF - (2.966) - (2.966) (2.378)

ELETROSUL - (3.791) - (3.791) (2.529)

ELETRONORTE (201.128) (2.810) (12.008) (215.946) (218.441)

ELETROBRAS - - (416.021) (416.021) (310.709)

Total da despesa (201.128) (13.112) (428.029) (642.269) (536.829)

Page 79: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

79

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Os saldos estimados relativos à venda de energia para os próximos anos estão mostrados a seguir:

b) Aquisição de combustíveis A Companhia adquire carvão mineral da Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM), inclusos serviços, com a seguinte previsão para os próximos exercícios:

c) Aquisição de insumos A Companhia adquire cal, para controle das emissões atmosféricas da UTE Candiota III (Fase C), com a seguinte previsão para os próximos exercícios:

d) Compra de energia A Companhia mantém contratos de compra de energia com a Eletronorte. Abaixo, segue previsão de desembolso para os próximos exercícios:

R$ mil MWh

2018 474.699 1.988.520

2019/2020 949.398 3.977.040

2021/2022 949.398 3.977.040

Após 2022 949.398 3.977.040

Total 3.322.893 13.919.640

Venda de energia 1º leilão

R$ mil Toneladas

2018 89.496 1.200.000

2019/2020 178.992 2.400.000

2021/2022 178.992 2.400.000

Após 2022 (quota bianual) 178.992 2.400.000

Total 626.472 8.400.000

Aquisição de carvão

R$ mil Toneladas

2018 29.352 40.552

2019 29.352 40.552

2020 29.352 40.552

Total 88.056 121.656

Aquisição de cal

R$ mil MWh

2018 228.948 1.205.280

2019/2020 449.643 2.178.432

2021/2022 441.391 1.946.304

Após 2022 220.695 973.152

Total 1.340.677 6.303.168

Compra de energia

Page 80: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

80

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

35 Seguros A especificação por modalidade de risco e data de vigência está demonstrada a seguir:

* * *

31/12/2015

RiscoData de

vencimento

Importância

SeguradaPrêmio total

Prêmio a

apropriar

Prêmio a

apropriar

Responsabilidade Civil - Fases A, B e C 31.12.16 20.000 140 - -

Riscos Operacionais Fase C 31.12.16 1.100.000 4.583 - -

Riscos Operacionais Fases A e B 31.12.16 966.100 1.964 - -

2.086.100 6.687 - -

31/12/2016

Page 81: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

81

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Page 82: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

82

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

RELATÓRIO DOS AUDITORES

INDEPENDENTES

Page 83: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

83

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

8. PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Page 84: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

84

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Page 85: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

85

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Page 86: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

86

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

Page 87: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

87

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

PARECER DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DO

CONSELHO FISCAL

Page 88: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

88

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

9. PARECER DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Page 89: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

89

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

10. PARECER DO CONSELHO FISCAL

Page 90: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido

90

Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras 2016

11. FICHA TÉCNICA

Coordenação

Rubens Jamil de Oliveira - Gerente da Assessoria de Gestão e Sustentabilidade

Colaboradores

Carlos Eduardo Kipper – Secretário Geral Stefanie Galante Duarte – Gerente da Ouvidoria Geral Jonas Koehler Pinto – Gerente da Assessoria de Riscos e Conformidades Gisele Pradella – Gerente da Auditoria Interna Flavio Augusto de Castro Barboza – Gerente da Consultoria Jurídica Marcelo Ney Marques – Gerente da Assessoria de Tecnologia da Informação Mathias Ramiro Nogueira Antunes – Gerente da Divisão de Comunicação e Responsabilidade Social Antonio Paulo Lima de Carvalho – Assessoria de Gestão e Sustentabilidade Ronaldo Bauer Lessa – Assessor da Diretoria de Geração Edson Gomes Moreira Filho – Assessor da Diretoria de Engenharia, Expansão e Meio Ambiente Alexandre Rocha Petineli – Assessor da Diretoria de Engenharia, Expansão e Meio Ambiente Maurício Ditter Wallauer – Gerente do Departamento de Regulação e Comercialização de Energia Eduardo Carvalho Raupp – Gerente da Divisão de Comercialização de Energia Nelson Batista Prestes – Gerente do Departamento de Contabilidade Marcelo Jungmann Godinho – Gerente da Divisão de Planejamento Financeiro e Orçamentário Olindo da Silva Braga – Gerente do Departamento de Gestão de Pessoas e Administrativo Slavko Banovic Filho – Gerente da Divisão de Folha de Pagamento Maria Vanderley Duarte – Gerente da Divisão de Desenvolvimento de Pessoas Edson Roberto Weren – Gerente da Divisão de Segurança e Saúde do Trabalho Gilmar Bhorz – Gerente do Departamento de Engenharia e Novos Negócios Clésio Ismério de Oliveira - Departamento de Engenharia e Novos Negócios José Hilton da Silva Cardoso – Gerente do Departamento de Meio Ambiente Carolina Rivaldo Fensterseifer – Estagiária da Assessoria de Gestão e Sustentabilidade Juliano Sonaglio Dell'Aglio – Estagiário da Assessoria de Gestão e Sustentabilidade

Page 91: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido
Page 92: Demonstraç - cgtee.gov.brcgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2016.pdf · Planejamento Empresarial O planejamento da organização referente ao exercício de 2016 foi estabelecido