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Desenvolvimento desportivo da
Associação de Basquetebol do Porto na última década
Júlio Coelho
Dezembro de 2005
Desenvolvimento desportivo da
Associação de Basquetebol do Porto na última década
Monografia realizada no âmbito da disciplina de Seminário, área de Basquetebol da opção de Desporto de Rendimento, do 5º ano da Licenciatura em Desporto e Educação Física
Orientador: Mestre Dimas Pinto
Júlio Coelho
Dezembro de 2005
III
Agradecimentos
A realização de um estudo neste âmbito não seria viável sem a colaboração de
um conjunto de pessoas que com as suas ideias e conhecimentos contribuíram
em diferentes níveis para um enriquecimento pessoal e em particular deste
trabalho.
Parece-me portanto, de inteira justiça realçar a mais sincera gratidão àqueles
que de alguma forma influenciaram na realização deste trabalho.
Ao Mestre Dimas Pinto, orientador do estudo, pela paciência e disponibilidade
sempre presente em todos os momentos da minha licenciatura.
Ao Professor Doutor Pedro Sarmento por sempre me ter apoiado durante estes
longos anos ligados a esta instituição.
À Nancy com um carinho especial por tantas vezes em que esteve disponível e
cooperante neste e noutros trabalhos.
Ao Armando e ao André pelo incentivo e as reprimendas no cumprimento
destas tarefas académicas.
A Associação de Basquetebol do Porto, nas pessoas do Presidente, Sr.
António Belém, o director técnico regional Dr. Paulo Neta e do Sr. Rui Casais,
pela disponibilidade manifestada no fornecimento e confirmação dos dados.
Ao Dr. Eurico Brandão pela disponibilidade e abertura na transmissão das
experiências vividas enquanto director técnico regional.
À Jú pela alegria a paciência e a tolerância do dia a dia…
IV
V
Resumo
Face à importância do papel das associações de clubes no desenvolvimento
das modalidades desportivas no nosso país, consideramos importante
conhecer a situação desportiva actual e a evolução da Associação de
Basquetebol do Porto nos últimos dez anos.
Para caracterizar esta situação recorremos aos Relatórios de actividades da
Associação de Basquetebol do Porto dos últimos dez anos (1996/2005).
Como instrumento de recolha e análise foi utilizada a análise de conteúdo com
base numa grelha definida pelas categorias de indicadores apresentados pelo
Governo, no despacho nº 479/98. Como meio auxiliar foi também utilizada a
análise SWOT, que cruza uma análise interna com uma análise externa da
referida organização.
Destacamos nos resultados o aumento do número de atletas femininos; o
aumento do número e nível de qualificação de treinadores e oficiais do jogo; o
número de acções de formação para treinadores, árbitros e oficiais de mesa; a
diminuição do número de praticantes masculinos; ter sido concretizada uma
única acção de formação para dirigentes nos últimos dez anos; a diminuição de
clubes na capital do Distrito; o alargamento da implantação geográfica do
distrito.
No estudo identifica-se uma estagnação do desenvolvimento desportivo da
Associação de Basquetebol do Porto ao longo dos últimos dez anos, com as
seguintes conclusões: a diminuição do número de praticantes masculinos; um
aumento do número de praticantes femininos; um aumento do número de
praticantes de mini-basquetebol; um aumento do número e nível de
qualificação de treinadores e oficiais de jogo; decréscimo do número de clubes
na cidade do Porto; aumento do número de clubes na periferia do distrito; a
adesão das escolas de todos os concelhos do distrito no programa de
promoção 3x3 ‘’Compal Air’’; a inexistência da prática de desporto escolar em
todos os concelhos do distrito; a existência de uma única acção de formação
para dirigentes desportivos nos últimos dez anos.
VI
1
Índice
Agradecimentos ...................................................................................................III
Resumo ............................................................................................................... V
1 Introdução......................................................................................................5
2 Revisão da literatura......................................................................................7
2.1 Contexto histórico do movimento associativo.........................................7
2.1.1 As associações desportivas de basquetebol.................................10
2.1.2 As federações desportivas ............................................................15
2.2 Indicadores de desenvolvimento desportivo.........................................23
2.3 Análise SWOT......................................................................................26
3 Metodologia .................................................................................................30
3.1 O corpus do estudo ..............................................................................30
3.2 Procedimento de análise e tratamento de dados .................................30
4 Apresentação e discussão dos resultados. .................................................33
4.1 Praticantes do quadro de actividades organizado no âmbito da
modalidade......................................................................................................33
4.2 Taxa média de crescimento..................................................................35
4.3 Implantação geográfica do quadro de actividades da modalidade. ......36
4.4 Taxa de participação nos quadros competitivos jovens. ......................37
4.4.1 Número de jogos por época desportiva.........................................37
4.4.2 Número de equipas por época desportiva.....................................38
4.5 Cumprimento e operacionalização de objectivos expressos em
programas de desenvolvimento desportivo. ....................................................40
4.6 Número de treinadores em actividade. .................................................41
4.7 Número de clubes com actividade nos quadros competitivos da
modalidade......................................................................................................43
4.8 Taxa de participação feminina..............................................................43
4.9 Acções de formação dirigidas aos agentes desportivos. ......................43
4.10 Número de árbitros e oficiais de mesa em actividade. .........................44
4.10.1 Árbitros ..........................................................................................44
2
4.10.2 Oficiais de Mesa............................................................................46
4.10.3 Comissários...................................................................................47
4.11 Grelha SWOT.......................................................................................47
5 Conclusões e recomendações.....................................................................49
6 Bibliografia ...................................................................................................51
3
Índice de tabelas
Quadro nº 1: Fundação das associações de basquetebol 11
Quadro nº 2: Dimensão geográfica e número de habitantes por concelho 14
Quadro nº 3: Fundação das federações desportivas até 1927 16
Quadro nº 4: Número de clubes filiados por associação 17
Quadro nº 5: Número de praticantes por escalão em cada associação
para cada género 18
Quadro nº 6: Número de oficiais de jogo por categoria em cada
Associação 19
Quadro nº 7: Quadro desportivo da Federação Portuguesa de
Basquetebol 20
Quadro nº 8: Número de atletas federados por género que a FPB
pretende atingir de acordo com os eixos estratégicos
definidos 21
Quadro nº 9: Número de treinadores por nível que a FPB pretende
atingir de acordo com os eixos estratégicos definidos 22
Quadro nº 10: Número de oficiais de jogo que a FPB pretende atingir
de acordo com os eixos estratégicos definidos 23
Quadro nº 11: Grelha de análise SWOT 27
Quadro nº 12: Praticantes por idade 34
Quadro nº 13: Implantação geográfica do quadro de actividades de
divulgação e fomento em 2005 37
Quadro nº 14: Jogos por época desportiva 38
Quadro nº 15: Equipas por época desportiva 39
Quadro nº 16: Numero de clubes por concelho do distrito do Porto 41
Quadro nº 17: Número de treinadores por nível de formação 42
Quadro nº 18: Número de acções de formação. 44
Quadro nº 19: Número de árbitros 45
Quadro nº 20: Número de oficiais de mesa 46
Quadro nº 21: Número de comissários 47
4
Quadro nº 22: Grelha SWOT 48
Quadro nº 23: Nova Grelha de análise SWOT 50
Índice de figuras
Figura nº 1: Concelhos do distrito do Porto 13
Figura nº 2: Evolução dos praticantes no quadro de actividades da ABP
nos últimos dez anos 35
Figura nº 3: Evolução do total de praticantes no quadro de actividades
da ABP nos últimos dez anos 36
Figura nº 4: Evolução do número de treinadores por nível de formação
nos últimos dez anos. 42
Figura nº 5: Evolução do número de árbitros por nível de formação
nos últimos dez anos. 45
Figura nº 6: Evolução do número de oficiais de mesa por nível de
formação nos últimos dez anos. 46
5
1 Introdução
Numa sociedade em que a diversidade de escolhas para a prática de
actividades desportivas é cada vez maior, as modalidades mais tradicionais
como o basquetebol, enfrentam diariamente o desafio de responder eficazmente
à satisfação das necessidades dos praticantes. Tendo em consideração que a
não satisfação daquelas necessidades, coloca em risco a sobrevivência das
organizações desportivas mostra-se importante perceber se estas têm
respondido com eficácia a este desafio e se têm conseguido acompanhar a
evolução das sociedades.
Esta evolução está intimamente relacionada com a necessidade que o homem
tem de ter uma visão do futuro. Para que o futuro possa acontecer, obriga à
existência de um processo de planeamento mais ou menos formalizado. ‘’A ideia
de planeamento surgiu certamente, da necessidade que os humanos têm de
conhecer o futuro, na presunção de que o podem controlar. ‘’ (Pires 2005)
Gustavo Pires (2005) discorre sobre a utilidade do planeamento definindo-o
como o processo através do qual se pretende organizar o futuro, estabelecendo
objectivos e implementando as estratégias necessárias para os alcançar, tendo
em conta tanto o ambiente interno como externo da organização.
Dentro desta perspectiva de planeamento estratégico servem-nos de referência:
‘’Creating a New Estrategic Framework for Basketball in Ireland’’ (Basketball
Ireland and Atlantic Sports Manegement and Training Ltd (ASMT), 2004) do
Sistema Desportivo Irlandês como um exemplo de um Plano de
desenvolvimento estratégico de uma organização: ‘’Plannig in sport’’ (Australian
Sports Commission, 2004) um manual para planear nas organizações
desportivas desenvolvido pelo sistema desportivo Australiano,
6
Tendo em consideração que a Associação de Basquetebol do Porto (ABP) tem
como objectivos dirigir, promover, incentivar e regulamentar a prática do
basquetebol no distrito do Porto julgamos fundamental realizar um diagnóstico
da performance daquela organização.
Com base nos indicadores de desenvolvimento desportivo estabelecidos pelo
despacho nº 479/98 de 9 de Janeiro, que servem de base à definição do
financiamento a atribuir às federações desportivas, procedermos àquele
diagnóstico, na última década.
A análise a uma associação de clubes, como a ABP é um trabalhado inovador,
dado que este nível da organização desportiva do país é muito poucas vezes
enfatizado. Estas organizações, as associações desportivas distritais são o
elemento intermédio entre o elemento base (as colectividades/clubes
desportivas) e o topo da organização desportiva nacional por modalidades (as
federações desportivas). Estas organizações distritais apareceram para dar
resposta às necessidades dos clubes, dado que a actividade desportiva
federada desde logo se caracteriza pela competição. Assim, as associações
distritais não só promovem e regulamentam as actividades como representam
os interesses do desporto no distrito.
Sendo um profissional de basquetebol, ligado à modalidade como treinador há
mais de quinze anos, tendo como orientação profissional e formação na área da
gestão desportiva, pretendemos com este trabalho conhecer mais
aprofundadamente toda a organização desportiva do basquetebol,
nomeadamente do distrito do Porto, onde desenvolvemos a actividade de
treinador desde há cinco anos.
O presente trabalho refere-se à ABP, pelo que o limite da investigação se
considera ser, em termos desportivos, a modalidade de basquetebol e em
termos geográficos o distrito do Porto, já que é esta a base geográfica de
intervenção da própria Associação.
7
2 Revisão da literatura
Neste capítulo situamos o movimento associativo desde a génese, percorrendo
a sua evolução histórica no contexto da sociedade portuguesa. Referimos o
aparecimento das associações de clubes bem como a necessidade de
organização nacional, com o aparecimento das federações desportivas.
Enquadramos também a modalidade de basquetebol no desenvolvimento desta
orgânica.
Sendo a planificação uma parte integral da gestão de organizações desportivas
quer a nível nacional quer a nível local, vamos realçar a importância da definição
de indicadores da performance para o desenvolvimento destas organizações e
também para o cumprimento das regras de financiamento determinadas pelo
Estado português para o fomento e promoção desportiva.
2.1 Contexto histórico do movimento associativo
O desporto é um fenómeno social fruto de uma acção de convergência de
diferentes vontades, nasce e desenvolve-se com base num forte espírito de
iniciativa privada que se concretiza num ideal associativo (Meirim, 2002), sendo
que a orgânica desportiva portuguesa assenta nos clubes, que se agrupam em
associações de clubes e estas em federações desportivas.
A criação de clubes desportivos vem da necessidade dos cidadãos estarem
constantemente a ''medir'' forças, traduzindo este confronto e esta avaliação na
prestação desportiva. Este confronto social exige a formação de grupos de
cidadãos, quer para a organização quer para a realização de competições
desportivas, competições essas que abarcam cada vez mais praticantes e,
naturalmente promovem o crescimento do número de clubes desportivos,
8
estendendo-se por todo o território nacional. Nesta sequência dá-se o
aparecimento das ''(…) associações de segundo grau, tendentes a agrupar as
primeiras colectividades desportivas e possibilitando o surgir de títulos não
restringidos a um âmbito local (…) ‘‘ (Meirim, 2002), as associações de clubes.
Os clubes são associações que promovem modalidades desportivas. A
necessidade de competição desportiva proporcionou a auto organização social
em agrupamentos de clubes por regiões relativamente próximas, as associações
de clubes, que organizam as actividades da mesma modalidade, numa base
territorial, promovendo o desenvolvimento, organização e supervisão de
competições da modalidade que representam.
Este contínuo desenvolvimento do desporto conduz à criação de uma
agremiação de carácter nacional e de uma missão de regulamentação de toda a
prática desportiva, a criação das federações desportivas.
Finalmente e tratando-se de um fenómeno universal, a realização de provas e
competições desportivas internacionais acaba por determinar, devido à
uniformização de regras e procedimentos, condição necessária à igualdade na
prática desportiva, o aparecimento das federações internacionais e o Comité
Internacional Olímpico.
''…Este universo desportivo, dotado de organização e regras próprias, tendo por
base a iniciativa privada e a liberdade de associação, vai determinar, por
completo, a institucionalização de uma ordem desportiva internacional (e
nacional) a partir da segunda metade do século XIX e durante todo o século
XX.'' (Meirim, 2002). No século XXI, este universo desportivo continua em
desenvolvimento dando agora lugar a criação de novos grupos organizacionais
com objectivos puramente financeiros e com fins lucrativos, as ligas de clubes. A
União das Ligas Europeias de Basquetebol é um exemplo da organização dos
das ligas de clubes a nível europeu com objectivos de lucro através do
espectáculo desportivo.
9
Em Portugal, o desenvolvimento da orgânica desportiva esteve sujeito aos
condicionalismos históricos e sociais de cada época, pelo que deve ser
contextualizado e entendido com base na história. De acordo com Alexandra
Pessanha (2001) citada por Meirim (2002), '' A consolidação das organizações
desportivas, ao longo do século XIX e início do século XX, ocorreu num
momento em que a Europa vivia mergulhada de um espírito liberal. As ideias
liberais dominantes mantiveram os poderes políticos arredados da regulação da
actividade desportiva. Princípios como o que ditava a separação entre o Estado
e a Sociedade determinaram directa e indirectamente, a sua não ingerência em
realidades de cariz eminentemente social, marcando, decisivamente o
desenvolvimento do desporto moderno e bem assim, o relacionamento dos
entes desportivos com poderes públicos até aos nossos dias’’.
Meirim, (2002) reforça a ideia de Jorge Teixeira de Sousa e adianta que em
meados do século XIX, a influência estrangeira tenha conduzido a uma prática
desportiva localizada já para lá das actividades físicas inerentes aos jogos
tradicionais, provas essas até então sujeitas a um quadro de irregularidade e
praticamente limitadas a ocasiões de festas.
Perante este quadro, só na segunda metade do século XIX aparece o primeiro
clube português, fundado em 1856. A Real Associação Naval de Lisboa.
Segundo Meirim, (2002), José Pontes, (1934) apelida-a de primeira colectividade
desportiva com carácter oficial. Seguiram-se o Ginásio Clube Português em
1875 e o Clube Fluvial Portuense em 1876. Só em 1910 se dá a congregação de
colectividades com a criação da primeira associação desportiva, a Associação
de Futebol de Lisboa. Seguindo-se, mais de uma década depois a Associação
de Hóquei em Campo em 1924, também em Lisboa e a Associação de Natação
em 1925, em Aveiro.
De acordo com Jorge Teixeira de Sousa (1988) o surgimento das primeiras
agremiações desportivas no nosso país não parece ditado por qualquer grande
10
movimento ou método, antes a criação dos primeiros clubes fica a dever-se mais
a razões de natureza pontual do que a adopção de uma corrente
suficientemente definida, intencionalmente dirigida e consequente.
Não é de estranhar por isso que de uma forma natural se assista à criação de
associações de clubes de base geográfica. O Estado não tinha como impor (e
provavelmente não se sentia essa necessidade) uma organização desportiva
nacional, esta organização desportiva parte assim da sociedade civil onde
naturalmente a proximidade das populações proporcionou esta forma de
organização.
2.1.1 As associações desportivas de basquetebol Já em 1891, com a motivação das proezas velocipédicas realizadas em França,
surge no nosso país a primeira associação de clubes, o Club Velocipédico de
Portugal seguindo-se, em 1893, no Porto, o Veloclub, em 1894, em Lisboa, o
Velo Club de Lisboa e, em 1895, o Ginásio Velocipédico Figueirense. Como
refere Meirim (2002) '' Toda esta movimentação em redor do ciclismo veio dar
azo à criação da primeira federação desportiva portuguesa: em 14 de Dezembro
de 1899 é eleita a comissão instaladora da União Velocipédica Portuguesa. ‘’
A primeira associação de clubes é criada em 1910, na modalidade desportiva
futebol, com regulamento interno e regulamento geral do jogo de futebol e a
primeira associação clubes de basquetebol nasceu em 1926 no Porto, seguindo-
se a de Lisboa em 1927 e a de Aveiro em 1932. A mais recente organização
desta natureza é a Associação de Basquetebol do Faial e Pico, criada em 2000.
Até ao momento existem 21 associações clubes (Quadro nº1).
11
Quadro nº1: Fundação das associações de basquetebol
Associação de Basquetebol Data da Fundação
Porto 1926
Lisboa 1927 Aveiro 1932 Setúbal 1943 Algarve 1946 Castelo Branco 1961
Santarém 1976 Madeira 1977 Ilha Terceira 1986 Bragança 1987 São Miguel 1987 Alentejo 1988
Braga 1988
Coimbra 1988
Guarda 1989 Leiria 1989 Viana do castelo 1989 Vila Real 1989 Viseu 1989 Santa Maria 1996
Faial e Pico 2000
2.1.1.1 As associações desportivas de basquetebol
A ABP é o organismo regulador da modalidade ao nível do seu distrito do Porto,
através do que se encontra consagrado nos seus estatutos, tem, entre outras, a
função de: Dirigir, promover, incentivar e regulamentar a prática de basquetebol
no distrito do Porto;
12
Organizar e patrocinar as provas julgadas indispensáveis ao fomento da
modalidade;
Cumprir e fazer cumprir os Estatutos e Regulamento Geral, Estatutos e
Regulamento da FPB (1999) e a legislação vigente e representar o Basquetebol
Distrital (1927).
Do exposto, podemos afirmar que as associações desportivas distritais são o
elemento intermédio entre o elemento base (as colectividades/clubes
desportivas) e o topo da organização desportiva nacional por modalidades (as
federações desportivas). Estas organizações distritais apareceram para dar
resposta às necessidades dos clubes, dado que a actividade desportiva
federada desde logo se caracteriza pela competição. Assim, as associações
distritais não só promovem e regulamentam as actividades como representam
os interesses do desporto no distrito.
Através da análise dos últimos dez anos de actividades realizadas na ABP e do
Plano de Actividades da FPB 2005 (o qual abrange os desafios traçados para as
suas associações), pretendemos situar a ABP e eleger os principais factores que
determinam os seus pontos fortes, os seus pontos fracos, as suas oportunidades
e ameaças.
A ABP tem como área de intervenção o Distrito do Porto (Figura nº 1), composto
pelos concelhos de Amarante, Baião, Felgueiras, Gondomar, Lousada, Maia,
Marco de Canavezes, Matosinhos, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel, Porto,
Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Trofa, Valongo, Vila do Conde e Vila nova de
Gaia, com uma área total de 2 331 Km2, com 1 796 573 habitantes distribuídos
na forma descrita no Quadro nº 2.
13
Figura nº 1: Concelhos do distrito do Porto
A ABP tem sede na cidade do Porto, em instalações cedidas pelo Instituto de
Desporto de Portugal, e tem vindo a desenvolver o seu trabalho, nos últimos
anos, no reforço da prática desportiva federada em toda a sua área de
intervenção, como vemos no quadro nº 2 que traduz a área total e o número de
habitantes por concelho, bem como o quadro nº 16 (pag. 43) que nos mostra o
número de clubes por concelho nos últimos dez anos.
14
Quadro nº 2: Dimensão geográfica e número de habitantes por concelho.
Concelhos Área Total (Km2) Habitantes
Amarante 301 60652
Baião 174 21724
Felgueiras 116 58278
Gondomar 132 167698
Lousada 96 45829
Maia 83 127369
Marco de Canavezes 202 53489
Matosinhos 62 167840
Paços de Ferreira 71 54300
Paredes 157 84780
Penafiel 213 71848
Porto 42 244998
Póvoa de Varzim 82 64914
Santo Tirso 136 71757
Trofa 72 38693
Valongo 75 89635
Vila do Conde 149 75473
Vila Nova de Gaia 168 297296
Totais 2331 1796573
15
2.1.2 As federações desportivas
A Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB), fundada na cidade do Porto em
1927, é uma associação sem fins lucrativos que se rege pelo disposto no
Regime Jurídico das Federações Desportivas no Código Civil e nos Estatutos
que têm como objectivos principais; a promoção, regulamentação e direcção da
prática do Basquetebol no território nacional; a representação perante a
Administração Pública dos interesses dos seus associados; a representação do
Basquetebol Nacional perante organismos congéneres estrangeiros; a
organização e promoção das Selecções Nacionais, garantindo a sua presença
nas diversas competições internacionais e o necessário apoio técnico e
desportivo à Equipa, Treinadores, Jogadores e Directores; a organização das
competições desportivas nacionais; a formação de agentes desportivos.
A Federação Portuguesa de Tiro foi a primeira federação desportiva a ser criada,
em 1902. Em 1927, a quando da fundação da Federação Portuguesa de
Basquetebol, já existiam 14 federações desportivas como podemos verificar no
Quadro nº3.
16
Quadro nº 3: Fundação das federações desportivas até 1927.
Federações Desportivas Data da Fundação
Federação Portuguesa de Tiro 1902
Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting 1903 Federação Portuguesa de Aeronáutica 1909 Federação Portuguesa de Boxe 1914 Federação Portuguesa de Futebol 1914 Federação Portuguesa de Remo 1920
Federação Portuguesa de Atletismo 1921 Federação Portuguesa de Esgrima 1922 Federação Portuguesa de Patinagem 1924 Federação Portuguesa de Ténis 1925 Federação Portuguesa de Halterofilismo 1925 Federação Portuguesa de Lutas Amadoras 1925
Federação Portuguesa de Rugby 1927
Federação Portuguesa de Xadrez 1927
Federação Portuguesa de Vela 1927 Federação Portuguesa de Basquetebol 1927
2.1.2.1 A Federação Portuguesa de Basquetebol
A Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) é o organismo regulador da
modalidade e, através do que se encontra consagrado nos seus estatutos,
conseguimos perceber qual o seu papel e o seu funcionamento, enquanto
organização desportiva.
2.1.2.2 Caracterização da demografia federativa
A FPB é composta por 21 associações que, em conjunto, compreendem 308
clubes filiados conforme se observa facilmente no Quadro nº 4. Das referidas
17
associações destacam-se a de Lisboa (43 clubes filiados), do Porto (30 clubes
filiados) e de Setúbal (28 clubes filiados).
Quadro nº 4 – Número de clubes filiados por associação.
Associações N.º Clubes
Alentejo 14
Algarve 20
Aveiro 21
Braga 10
Bragança 5
C. Branco 10
Coimbra 16
Guarda 15
Leiria 19
Lisboa 43
Porto 31
Santarém 11
Setúbal 28
V. Castelo 12
Vila Real 7
Viseu 13
Faial e Pico 5
Santa Maria 4
S. Miguel 6
Terceira 7
Madeira 11
Total 308
18
Relativamente ao número de praticantes e de acordo com o Quadro nº 5, nas
competições regionais e nacionais, em termos globais os maiores destaques vão
para o Porto (2286 indivíduos), Aveiro (2075 indivíduos) e Lisboa (2073
indivíduos). Para género masculino as associações com maior
representatividade, correspondem a Lisboa (1459 praticantes), Porto (1456
praticantes), Aveiro (1447 praticantes) e Setúbal (1178 praticantes). Em relação
ao género feminino destacam-se o Porto (830 praticantes), Aveiro (627
praticantes) e Lisboa (614 praticantes).
Quadro nº 5 – Número de praticantes por escalão em cada associação para
cada género.
Masculino Feminino Associações
MnA MnB In Cd JnB JnA Sn Total MnA MnB In Cd Jn Sn Total Total Geral
Alentejo 84 89 80 87 55 24 116 535 30 27 34 27 38 26 182 717
Algarve 38 82 125 135 104 16 83 583 31 55 90 69 30 34 309 892
Aveiro 169 206 352 288 203 74 155 1447 76 61 129 127 102 82 627 2074
Braga 20 33 78 49 20 9 43 252 3 4 41 13 9 1 71 323
Bragança 9 - 22 16 2 2 30 81 3 - 9 7 1 - 20 101
C. Branco 1 17 48 40 18 7 25 156 6 24 22 29 7 8 96 252
Coimbra 110 117 152 94 68 31 86 658 74 68 106 94 49 44 435 1093
Guarda 30 21 75 74 53 3 26 282 6 18 55 40 27 - 146 428
Leiria 49 36 55 49 37 5 41 272 25 26 51 30 15 7 154 426
Lisboa 55 109 377 329 207 128 254 1459 23 56 218 117 97 103 614 2073
Porto 175 215 331 269 193 98 175 1456 105 90 218 185 115 117 830 2286
Santarém 60 49 80 88 70 13 52 412 47 68 96 82 38 26 357 769
Setúbal 269 144 233 182 120 50 180 1178 103 64 85 61 50 25 388 1566
V. Castelo 53 50 87 79 46 8 41 364 20 13 11 21 5 9 79 443
Vila Real 24 18 43 38 15 15 67 220 10 12 40 26 15 15 118 338
Viseu 85 92 31 31 23 15 15 292 69 77 31 23 23 - 223 515
Faial e Pico - 4 23 25 21 - 28 101 10 10 40 14 6 14 94 195
St.ª Maria 35 41 14 3 2 - - 95 43 25 32 27 21 22 170 265
S. Miguel 62 35 64 45 41 - 15 262 42 38 57 25 12 7 181 443
Terceira 22 26 91 41 30 - 30 240 20 11 63 28 25 17 164 404
Madeira 99 136 80 52 34 14 25 440 124 130 70 48 31 24 427 867
Totais 1449 1520 2441 2014 1362 512 1487 10785 870 877 1498 1093 716 581 5685 16470 * Fonte: Plano e Relatório de actividades 2005 da Federação Portuguesa de Basquetebol.
O quadro que se segue permite uma visão global dos oficiais de jogo em
actividade, perfazendo um total de 1043 elementos, dos quais, 561 são
árbitros/comissários e 482 são oficiais de mesa. Assim, Lisboa (75 elementos),
19
Porto (69 elementos), Santarém (51 elementos) e Aveiro (46 elementos) são as
associações com maior representatividade, no que aos árbitros/comissários diz
respeito.
Em relação aos oficiais de mesa, as associações de Aveiro (60 elementos), do
Porto (59 elementos), Lisboa (42 elementos) e Setúbal (40 elementos são as
mais representadas.
Quadro nº 6 – Número de oficiais de jogo por categoria em cada associação.
Oficiais de Jogo
Árbitros Oficiais de Mesa Associações
Com Nac1 Nac2 Reg1 Est1 Jov1
Total Árbitros Nac. Reg. Est. Jov.
Total Of.
Mesa
Total Geral
Alentejo - - 1 7 2 9 19 1 11 3 4 19 38 Algarve 1 - 3 3 7 4 18 2 6 7 2 17 35 Aveiro 4 1 6 19 2 14 46 15 17 10 18 60 106 Braga - - 2 17 3 13 35 3 9 - 2 14 49 Bragança - - - 5 - - 5 - 2 - - 2 7 C. Branco 1 - - 12 2 - 15 - 2 12 - 14 29 Coimbra - 5 3 8 5 2 23 9 10 4 - 23 46 Guarda - - - 19 4 7 30 - 7 1 4 12 42 Leiria 1 2 - 6 - 4 13 3 5 - - 8 21 Lisboa 8 21 8 15 23 - 75 20 13 9 - 42 117 Porto 3 13 5 14 23 11 69 16 13 15 15 59 128 Santarém - - 2 8 6 35 51 2 9 7 6 24 75 Setúbal 2 7 8 8 7 1 33 12 20 7 1 40 73 V. Castelo - - 1 12 1 20 34 - 10 2 12 24 58 Vila Real - - - 6 - - 6 - 1 - - 1 7 Viseu 1 - 4 9 4 4 22 3 16 8 3 30 52 Faial e Pico - - - 7 1 7 15 - 6 3 7 16 31 St.ª Maria - - - 2 3 4 9 - 2 2 6 10 19 S. Miguel - - 1 5 5 - 11 1 11 12 - 24 35 Terceira - - 2 11 - 3 16 5 14 - 1 20 36 Madeira 1 1 - 9 2 3 16 6 10 2 5 23 39 Totais 22 50 46 202 100 141 561 98 194 104 86 482 1043
Legenda: Com – Comissários; Nac1 – Nacionais 1ª Categoria; Nac2 – Nacionais 2ª Categoria; Reg1 – Regionais; Est1 –
Estagiários; Jov1 – Jovens; Nac. – Oficiais Mesa Nacionais; Reg. – Oficiais Mesa Regionais; Est. – Oficiais Mesa
Estagiários; Jov. – Oficiais Mesa Jovens Estagiários
* Fonte: Plano e Relatório de actividades 2005 da Federação Portuguesa de Basquetebol.
O Quadro nº 7 espelha uma caracterização do quadro desportivo desta
organização (FPB), adquirindo um carácter de súmula dos aspectos mais
importantes que anteriormente vinham sendo referidos.
20
Quadro 7 – Quadro desportivo da Federação Portuguesa de Basquetebol.
Associações Filiadas 21 Clubes Inscritos 308 N.º Total Praticantes Federados 16470 N.º Treinadores 973 N.º Árbitros 539 N.º Oficiais Mesa 482 N.º Comissários 22
* Fonte: Plano e Relatório de actividades 2005 da Federação Portuguesa de Basquetebol.
2.1.2.3 Eixos estratégicos: Quadriénio 2004 – 2008
A Federação Portuguesa de Basquetebol segundo o seu planeamento para os
próximos quatro anos, visando o ano de 2008, definiu os seguintes eixos:
• Praticantes federados – aproximadamente 26.000 atletas dos quais, 17.000
masculinos e 9.000 femininos;
• Treinadores – aproximadamente 1673 em actividade dos quais, 904 de Nível I,
472 de Nível II e 297 de Nível III;
• Oficiais de Jogo – aproximadamente 1337 dos quais, 552 Árbitros e 786
Oficiais de Mesa;
• Equipas – aproximadamente 1414 das quais, 883 masculinas e 531 femininas;
• Clubes – aproximadamente 397 com prática efectiva;
• Expansão Territorial – aproximadamente 209 concelhos abrangidos com
prática federada.
O Quadro nº 8 representa as expectativas em relação ao número de praticantes
federados por género que a FPB pretende atingir em 2008 para as suas
associações, altura em que culmina a validade do planeamento definido para a
sua organização.
21
Desta forma em termos globais, esta organização pretende atingir os 25590
praticantes federados, dos quais 16554 são do género masculino e 9036 são do
género feminino.
Quadro nº 8 – Número de atletas federados por género que a FPB pretende
atingir de acordo com os eixos estratégicos definidos.
Atletas Federados Associações Masculinos Femininos Total Alentejo 500 150 650 Algarve 700 400 1100 Aveiro 2000 700 2700 Braga 600 400 1000 Bragança 246 188 434 C.Branco 468 288 756 Coimbra 940 660 1600 Guarda 650 350 1000 Faial e Pico 200 200 400 Ilha Terceira 300 400 600 Leiria 600 550 1150 Lisboa 2200 800 3000 Madeira 600 500 1100 Porto 1600 900 2500 Santa Maria 50 300 350 Santarém 550 450 1000 S. Miguel 500 300 800 Setúbal 1250 650 1900 V. Castelo 750 250 1000 Vila Real 450 250 700 Viseu 1400 450 1850
Total 16554 9036 25590 * Fonte: Plano e Relatório de actividades 2005 da Federação Portuguesa de Basquetebol.
Em relação ao Quadro nº 9, este reflecte o número de treinadores por nível de
formação, estabelecendo metas para cada um desses três níveis, que em
termos globais, implica cerca de 1693 treinadores definidos pela FPB em 2008
para as suas associações.
22
Quadro nº 9 – Número de treinadores por nível que a FPB pretende atingir de
acordo com os eixos estratégicos definidos.
Treinadores Associações Nível
III Nível
II Nível I Total Alentejo 5 15 30 50 Algarve 10 45 45 100 Aveiro 46 66 38 150 Braga 6 12 25 43 Bragança 0 0 20 20 C. Branco 0 6 20 26 Coimbra 25 60 60 145 Guarda 3 12 35 50 Faial e Pico 2 8 10 20 Ilha Terceira 5 12 0 17 Leiria 6 18 16 40 Lisboa 30 75 70 175 Madeira 10 15 15 40 Porto 40 60 100 200 Santa Maria 2 3 7 12 Santarém 25 20 15 60 S. Miguel 5 25 30 60 Setúbal 9 11 134 154 V. Castelo 4 12 14 30 Vila Real 4 10 10 24 Viseu 2 25 20 47
Total 299 480 914 1693 * Fonte: Plano e Relatório de actividades 2005 da Federação Portuguesa de Basquetebol.
No que diz respeito aos oficiais de jogo, e de acordo com o Quadro nº 10, a FPB
pretende que em 2008 para as suas associações, em conjunto, existam 1364
elementos, dos quais 564 são árbitros distribuídos pelas diferentes categorias, o
mesmo acontecendo para os 800 oficiais de mesa.
23
Quadro nº 10 – Número de oficiais de jogo que a FPB pretende atingir de acordo
com os eixos estratégicos definidos.
Árbitros Oficiais Mesa
Associações Nacionais 1ª Cat.
Nacionais 2ª Cat. Estagiários Total Nacionais Regionais Estagiários Total
Total Geral
Alentejo 1 2 15 18 2 15 15 32 50
Algarve 2 10 6 18 6 6 6 18 36
Aveiro 5 8 20 33 20 30 15 65 98
Braga 1 4 10 15 6 30 20 56 71
Bragança 0 6 2 8 2 4 1 7 15
C. Branco 0 3 5 8 0 12 6 18 26
Coimbra 7 6 10 23 12 10 26 48 71
Guarda 2 4 20 26 3 10 17 30 56
Faial e Pico 0 2 10 12 0 5 10 15 27
Ilha Terceira 1 2 10 13 8 0 0 8 21
Leiria 3 3 15 21 14 7 7 28 49
Lisboa 30 15 50 95 30 25 80 135 230
Madeira 1 3 15 19 8 20 8 36 55
Porto 13 21 40 74 19 16 40 75 149
Santa Maria 0 1 6 7 2 5 6 13 20
Santarém 2 15 35 52 5 15 15 35 87
S. Miguel 1 2 25 28 5 30 20 55 83
Setúbal 7 6 16 29 11 25 8 44 73
V. Castelo 4 8 20 32 4 12 17 33 65
Vila Real 0 2 15 17 2 4 5 11 28
Viseu 1 6 9 16 8 15 15 38 54
Total 81 129 354 564 167 296 337 800 1364 * Fonte: Plano e Relatório de actividades 2005 da Federação Portuguesa de Basquetebol.
2.2 Indicadores de desenvolvimento desportivo
As federações desportivas desempenham um papel primordial no fomento e
desenvolvimento da prática desportiva, conforme vem reconhecido na Lei de
Bases do Desporto, cabendo ao Estado, através do Instituto do Desporto de
Portugal, disponibilizar os meios financeiros para a prossecução destes
objectivos. No entanto, o financiamento estatal está dependente da performance
das organizações desportivas, da sua capacidade de rentabilizarem os recursos
disponíveis e de melhor gerir o desporto, desenvolvendo estratégias
24
sustentáveis com eficácia. De acordo com Pinto, D. (2005), ‘’Falar hoje em
gestão eficaz em organizações que se querem competitivas é falar de gestão
estratégica e, consequentemente, em planeamento estratégico. ‘’
Segundo a Comissão Australiana dos Desportos no seu guia para as
organizações desportivas, as mensagens chave para um bom planeamento
passam pela realização de:
Planos alcançáveis;
Análises efectivas (dos pontos fortes/fraquezas internas do desporto,
oportunidades/ameaças externas e uma revisão do sucesso de planos
anteriores);
Orçamentação detalhada;
Visão global;
Envolvimento dos stakeholders e
Implementação.
Para além do cumprimento destas orientações é também de vital importância ser
capaz de adequar os planos operacionais de curto prazo (anuais) ao plano
estratégico global de médio prazo, com o objectivo de manter uma relação
positiva entre a organização e o seu ambiente. A planificação torna a
organização proactiva em vez de reactiva, permite influenciar os resultados a
favor da organização, e possibilita maior controlo sobre o seu destino.
De acordo com o documento ‘’Creating a new framework for basketball in
Irland’’, desenvolvido pela Basketball Irland, consideram-se indicadores de
performance no âmbito do desenvolvimento e prática desportiva, entre outros, os
seguintes:
Programas locais de desenvolvimento do jogo nos vários escalões;
Programas anuais de formação;
Aumentos do número de treinadores, árbitros e oficiais;
Aumento do número de praticantes;
Aumento de participação nos programas comunitários;
25
Aumento do número de praticantes portadores de deficiência;
Criação de novas formas de competição;
Em Portugal estão legalmente definidos indicadores de performance para as
federações desportivas, com base nos quais são estabelecidos os contratos-
programa de desenvolvimento desportivo entre o Estado e aquelas
organizações.
A estratégia de desenvolvimento desportivo do país, plasmada no despacho nº
479/98 do Secretário de Estado do Desporto, refere que o apoio às Federações
Desportivas é concretizado em cinco domínios de intervenção:
Aquisição de sedes,
Eventos internacionais a realizar no país;
Projectos inovadores de desenvolvimento;
Alta competição e
Prática e desenvolvimento desportivo.
Este apoio é realizado através do Instituto Desporto de Portugal e obedece a
normas por este definidas.
Consequentemente, são definidas as estratégias de desenvolvimento do
movimento associativo, a partir das quais se desenham planos de acção nas
associações de clubes. A implementação destes planos de acção tem que ser
monitorizada, recolhendo-se informação, através de indicadores, que melhor
caracteriza a execução destes planos de acção e informa do cumprimento da
estratégia.
Considerando que o Instituto do Desporto de Portugal define o apoio financeiro a
atribuir a cada federação, tendo em conta, por ordem decrescente de
importância, os indicadores definidos no despacho nº 479/98, julgamos que a
análise do desenvolvimento desportivo da ABP deve ser realizada considerando
os mesmos indicadores:
Número de praticantes que participam no quadro de actividades
organizado no âmbito da modalidade;
26
Taxa média de crescimento do número de praticantes nos últimos quatro
anos.
Implantação geográfica do quadro de actividades da modalidade;
Taxa de participação nos quadros competitivos dos escalões jovens;
Cumprimento e operacionalização de objectivos expressos em
programas de desenvolvimento desportivo financiados pelo Estado;
Número de treinadores em actividade e estrutura técnica de
enquadramento, no âmbito da modalidade;
Número e clubes com actividade nos quadros competitivos da
modalidade;
Taxa de participação feminina nos quadros competitivos da modalidade;
Acções de formação dirigidas a treinadores e outros agentes
desportivos;
Número de árbitros e juízes em actividade no âmbito da modalidade.
2.3 Análise SWOT
A análise SWOT é uma forma muito difundida de fazer o diagnóstico estratégico
de uma organização.
O modelo SWOT é também conhecido como o modelo de Harvard, Criada na
década de 70 por Kenneth Andrews e Roland Christensen, dois professores da
Harvard Business School, e posteriormente aplicada por numerosos académicos
a SWOT Analysis estuda a competitividade de uma organização segundo quatro
variáveis: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Através desta
metodologia poderá fazer-se a inventariação das forças e fraquezas da
organização; das oportunidades e ameaças do meio envolvente; e do grau de
adequação entre elas.
SWOT é a junção das iniciais (em inglês) dos quatro elementos-chave desta
análise estratégica:
Strenghts - pontos fortes: vantagens internas da organização;
27
Weaknesses - pontos fracos: desvantagens internas da organização;
Opportunities - oportunidades: aspectos positivos da envolvente;
Threats - ameaças: aspectos negativos da envolvente.
O Objectivo é o de avaliar, através de uma reflexão, quais são estes elementos.
Finalmente, é necessário construir um quadro com estes quatro elementos: de
um lado os pontos fortes e fracos e do outro as oportunidades e ameaças.
Quadro nº 11: Grelha de análise SWOT
Oportunidades
Pontos Fortes
Ameaças
Pontos Fracos
Em cada uma das intersecções da figura nº 2, deve uma organização colocar as
sugestões relevantes. Neste ponto, um reparo é importante: Muitos
Dirigentes/Gestores confundem oportunidades e pontos fortes ou ameaças e
pontos fracos. É preciso recordar que as oportunidades e as ameaças referem-
se à envolvente externa enquanto que os pontos fortes e fracos têm a ver com a
situação actual da organização e decorrem, portanto, de uma análise interna.
O diagnóstico estratégico efectuado deve estar organizado em termos
funcionais. É útil associar a cada ponto forte ou fraco um departamento ou área
da organização, tipicamente as áreas funcionais seguintes: Desportivos;
Financeiros; Recursos Humanos e Marketing
A elaboração do diagnóstico estratégico da organização através do modelo
SWOT deve levar à formulação de objectivos estratégicos para a organização. É
óbvio que os objectivos que forem definidos devem ser consentâneos com as
conclusões a que se chegou no ponto anterior.
28
Segundo a PME Negócios (www.pmelink/pmelink, 2005) existem alguns
princípios que não podem ser esquecidos quando se elaboram as metas a
atingir:
Coerência horizontal: Os objectivos dos órgãos situados no mesmo nível
organizacional devem estar em consonância e ser coerentes entre eles para
evitar conflitos e incompatibilidades.
Coerência vertical: Os objectivos de um nível organizacional devem ajudar à
realização dos objectivos do nível organizacional imediatamente superior.
Comunicação total: Os objectivos globais da organização devem ser conhecidos
e compreendidos por todos os níveis hierárquicos da organização.
Por outro lado, para ser eficaz e levar de facto a resultados úteis para a
organização, é preciso que:
Esteja definido um horizonte temporal: os resultados devem ter um timing
preciso
Seja escolhido um responsável,
Se defina uma unidade de medida para avaliar os avanços dos vários objectivos.
A organização tem que possuir visão estratégica para avaliar correctamente as
ameaças como sendo oportunidades escondidas
A organização precisa de possuir os recursos, financeiros, materiais e humanos
para poder executar as alterações necessárias.
Finalmente, a organização tem que reagir com rapidez.
As organizações devem, antes do mais, fazer um esforço para melhorar as suas
competências. Só desta forma estarão aptas a tirar o máximo proveito das
oportunidades que vão surgir. Tudo é uma questão de decidir qual é o timing
mais apropriado para efectuar as alterações necessárias.
Assim, a análise SWOT, ou seja a análise dos pontos fortes e fracos da
empresa, das oportunidades e das ameaças, é um instrumento precioso para
29
qualquer organização. Permite fazer o ponto da situação, com o grau de
profundidade que pretende construir uma grelha para as decisões estratégicas a
tomar, no presente e no futuro.
30
3 Metodologia
Este trabalho trata de um estudo de caso, da situação desportiva da última
década da ABP.
3.1 O corpus do estudo
Para realizar este trabalho utilizamos um estudo dos relatórios de actividades da
ABP dos últimos dez anos: Relatório de Actividades da ABP de 1995/96;
Relatório de Actividades da ABP de 1996/97; Relatório de Actividades da ABP
de 1997/98; Relatório de Actividades da ABP de 1998/99; Relatório de
Actividades da ABP de 1999/00; Relatório de Actividades da ABP de 2000/01;
Relatório de Actividades da ABP de 2001/02; Relatório de Actividades da ABP
de 2002/03; Relatório de Actividades da ABP de 2003/04; Relatório de
Actividades da ABP de 2004/05; Bem como o Plano de Actividades da ABP
referente ao quadriénio 1999/2003 e o Plano de Actividades da ABP 2006.
Recorremos ainda ao Plano de Actividades da FPB 2005 .
3.2 Procedimento de análise e tratamento de dados
No procedimento de análise e tratamento de dados recorremos à análise de
conteúdo com base numa grelha que considerava as categorias definidas pelo
Governo no despacho nº 479/98 de 9 de Janeiro para a regulamentação
nacional do financiamento às federações desportivas, que apresentamos de
seguida:
31
1º O número de praticantes que participam no quadro de actividades organizado
pela ABP.
Neste parâmetro contabilizamos todos os atletas inscritos na ABP e na
Federação Portuguesa de Basquetebol e que participam nos quadros
competitivos organizados pelas duas organizações.
2º Taxa média de crescimento do número de praticantes nos últimos dez anos.
Este indicador permite quantificar o crescimento médio anual da ABP em
relação ao número de praticantes desportivos.
3º Implantação geográfica do quadro de actividades da modalidade.
Neste item conseguimos determinar e quantificar o crescimento da ABP
relativamente á sua expansão geográfica, quer em número de clubes por
concelho quer no número de concelhos com prática desportiva da modalidade.
4º Taxa de participação nos quadros competitivos dos escalões jovens.
Neste parâmetro analisaremos o número de jogos e o número de
equipas por época desportiva.
5º Cumprimento e operacionalização de objectivos expressos em programas de
desenvolvimento desportivo anteriormente financiados pelo Estado.
Neste ponto confrontamos os programas pré definidos pela federação
para a promoção e fomento do basquetebol e a sua operacionalização a nível
regional.
6º Número de treinadores em actividade e estrutura técnica de enquadramento,
no âmbito da modalidade.
Neste item interpretaremos os números referentes aos treinadores
inscritos na ABP.
7º Número e clubes com actividade nos quadros competitivos da modalidade;
32
Neste parâmetro analisaremos o número de clubes com actividade
desportiva na ABP.
8º Taxa de participação feminina nos quadros competitivos da modalidade.
Neste item confrontamos o número de inscrições de atletas masculinos
com o número de atletas femininos inscritos na ABP.
9º Acções de formação dirigidas a treinadores e outros agentes desportivos.
Neste item quantificamos as acções desportivas desenvolvidas pela ABP.
10 º Número de árbitros e juízes em actividade no âmbito da modalidade.
Neste item interpretaremos os números referentes aos agentes inscritos
na ABP: árbitros, oficiais de mesa e comissários.
Como instrumento auxiliar de análise recorremos á análise SWOT.
SWOT é a junção das iniciais (em inglês) dos quatro elementos-chave desta
análise estratégica:
Strenghts - pontos fortes: vantagens internas da organização;
Weaknesses - pontos fracos: desvantagens internas da organização;
Opportunities - oportunidades: aspectos positivos da envolvente;
Threats - ameaças: aspectos negativos da envolvente.
Construímos um quadro com estes quatro elementos (Quadro nº 11, pag. 27): de
um lado os pontos fortes e fracos e do outro as oportunidades e ameaças.
33
4 Apresentação e discussão dos resultados.
Sendo o objecto do estudo deste trabalho a ABP, vamos apresentar os
indicadores que se prendem com a prática e desenvolvimento desportivo,
definidos na lei 479/98 (2ª série).
4.1 Praticantes do quadro de actividades organizado no
âmbito da modalidade.
O Quadro nº 12 e as figuras nº 2 e nº 3 demonstram que o número total de
praticantes tem vindo a aumentar nos últimos dez anos. Para este aumento
contribuiu o crescimento do número de atletas femininos e o número de atletas
de minibasquetebol. Em relação ao número de praticantes masculinos sem
contabilizar o minibasquetebol, (já que apenas neste ano se efectuou a
contagem por género neste escalão) estes obtiveram um decréscimo de cerca
de 10% ao longo desta década.
Verificamos um contraste entre o sector masculino, que apresenta os seus
pontos baixos nos últimos anos, e o sector feminino e minibasquetebol que tem
os seus pontos altos nos últimos anos.
O número global de praticantes evidencia um aumento de 10% em relação ao
início do período estudado. No entanto verificamos que este aumento se deve
aos praticantes mais novos, o minibasquetebol que apresenta um aumento de
46%, o sector feminino que apresenta um aumento de 27%.
O sector masculino apresenta uma preocupante descida de 10% em relação ao
início do período estudado.
34
Quadro nº 12: Praticantes por idade.
Categoria 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 04/05(*)
Minis 434 463 517 482 480 477 532 635 585 635
Minis A 159
Minis B 251
Iniciados 271 279 287 318 388 375 360 323 331 371
Cadetes 309 279 296 293 255 262 307 314 269 242
Juniores B 249 223 231 223 192 211 193 199
Juniores A 318 290 175 166 170 108 95 118 98 95
Sub 22 208 232
Séniores 87 90 159 248 225 229 253 232 175 173
TOTAL M 1193 1170 1166 1248 1269 1197 1207 1198 1066 1080 1490
Minis A 95
Minis B 130
Iniciados 187 220 169 162 211 200 205 193 218 228
Cadetes 129 127 159 134 115 153 166 152 185 138
Juniores A 98 113 161 119 101 96 97 92 115 124
Séniores 48 60 36 73 73 86 76 102 117 97
TOTAL F 462 520 525 488 500 535 544 539 635 587 812
TOTAIS 2089 2153 2208 2218 2249 2209 2283 2372 2286 2302 2302
Ponto Alto (PA) ____ Ponto Baixo (PB) ____
(*) Número total de praticantes considerando a contagem do minibasquetebol em género. * Fonte: Relatórios de actividades da Associação de Basquetebol do Porto.
Em relação aos objectivos da FPB para o quadriénio 2004-2008 a ABP já atingiu
92% do número de praticantes, cerca de 2300 para os 2500 definidos para 2008.
Parece-nos preocupante a oscilação constante do número de praticantes, no
entanto segundo o Instituto de Desporto de Portugal, ‘’O maior crescimento do
total dos sexos é administrativo porque se deve ao melhoramento dos métodos
de colecta das estatísticas pelas federações’’.
35
Figura nº 2: Evolução dos praticantes no quadro de actividades da ABP nos
últimos dez anos.
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05
Iniciados MCadetes MJuniores B MJuniores A MSub 22 MSéniores MIniciados FCadetes FJuniores FSéniores F
4.2 Taxa média de crescimento
Numa análise mais atenta verificamos na figura nº 3 que o número de atletas
que praticam a modalidade desportiva de basquetebol federada teve um
aumento de cerca de 10% nos últimos dez anos. Desta forma a taxa média de
crescimento anual é de 1%.
No entanto parece-nos preocupante a constante oscilação do número de
praticantes durante os últimos dez anos.
Em relação ao sector masculino notamos que os pontos altos são nas épocas
99/00 e 01/02 e os pontos baixos em 03/04.
A época 2002/03 para o minibasquetebol e 2003/04 para o sector feminino são
os anos onde se verificam os pontos altos.
36
Figura nº 3: Evolução do total de praticantes no quadro de actividades da ABP
nos últimos dez anos.
0
500
1000
1500
2000
2500
95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05
MinisTOTAL MTOTAL FTOTAIS
4.3 Implantação geográfica do quadro de actividades da modalidade.
Pela análise do Quadro nº 13 verificamos que a divulgação e fomento do
basquetebol realizada pelo programa ’Compal Air 3x3’’ atinge a totalidade dos
concelhos, no entanto a prática de basquetebol não se traduz nas actividades
extracurriculares como o ‘’Desporto Escolar’’ onde apenas 55% dos concelhos
têm basquetebol na escola.
Em relação ao plano de actividades da FPB não encontramos um objectivo
numérico para o cumprimento deste item.
Reconhecemos que a implantação geografia no que se refere ás actividades de
3x3 a ABP tem de manter a performance de 100% podendo no entanto ter
objectivos para o aumento do número de escolas envolvidas e do número de
participantes.
37
Quadro nº 13: Implantação geográfica do quadro de actividades de divulgação e
fomento em 2005.
Concelhos Desporto Escolar Compal Air 3x3 Amarante Não Sim Baião Não Sim Felgueiras Não Sim Gondomar Sim Sim Lousada Sim Sim Maia Sim Sim Marco de Canavezes Não Sim Matosinhos Sim Sim Paços de Ferreira Não Sim Paredes Sim Sim Penafiel Sim Sim Porto Sim Sim Póvoa de Varzim Sim Sim Santo Tirso Não Sim Trofa Não Sim Valongo Sim Sim Vila do Conde Não Sim Vila Nova de Gaia Sim Sim
Totais 14 18 * Fonte: Relatórios de actividades da Associação de Basquetebol do Porto.
4.4 Taxa de participação nos quadros competitivos jovens.
4.4.1 Número de jogos por época desportiva
Apenas a partir da época desportiva 2002/03 se começou a contabilizar o
número de jogos dos quadros competitivos organizados pela ABP. Nas últimas
três épocas desportivas verificou-se um decréscimo do número de jogos de
minibasquetebol em cerca 6%. Nos restantes escalões o aumento foi de 2%,
38
registando-se oscilações do número de jogos em todas as épocas desportivas,
com a excepção dos escalões de iniciados masculinos e femininos onde existe
um aumento progressivo, como podemos verificar no Quadro nº 14.
Parece-nos de todo interessante estudar no futuro; a qualidade dos quadros
competitivos. Do conhecimento que temos estes são pouco equilibrados e até
desaproveitados dos planos de preparação dos jovens destas idades.
Quadro n º 14: Jogos por época desportiva
Categoria 95/96 … 01/02 02/03 03/04 04/05 Minibasquetebol 256 281 143 Iniciados 253 272 320 Cadetes 367 270 294 Juniores B 199 186 174 Juniores A 136 62 62 TOTAL M 0 … 0 955 790 850 Iniciados 140 144 192 Cadetes 106 161 150 Juniores 86 139 120 TOTAL F 0 … 0 332 444 462 TOTAIS 0 0 0 1543 1515 1455
* Fonte: Relatórios de actividades da Associação de Basquetebol do Porto.
4.4.2 Número de equipas por época desportiva
A semelhança do que referido para o número de jogos, também no que diz
respeita ao número de equipas, se regista um aumento relacionado com a
contagem do número de equipas de minibasquetebol que se iniciou na época
2004/05.
Em relação ao escalão de iniciados e seniores masculinos verificou-se um
aumento nesta década, tendo sido atingido o número mais elevado de equipas
na época 2001/02. Nos restantes escalões verificamos que o número mais
39
elevado de equipas é também atingido na mesma época, no entanto o saldo
final da década é traduzi numa diminuição do número de equipas.
Em relação ao sexo feminino registamos um aumento do número de equipas
nesta década em todos os escalões, com excepção do escalão de cadetes onde
a diminuição de 4 equipas na época 2004/05 pode estar relacionada com nova
regulamentação da vinculação das atletas às equipas nas subidas de escalões.
Nos quadros do Plano de Actividades da FPB encontramos alguns objectivos
para os escalões respeitantes quer ao sexo feminino, quer ao sexo masculino
em total discordância. Algumas destas metas já foram atingidas pela ABP.
Parece-nos que as linhas de operacionalização dos diferentes níveis da
organização nacional para a modalidade de basquetebol podem estar em
dissonância.
Quadro nº 15: Equipas por época desportiva.
Categoria 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 04/05(*)
Iniciados 12 18 20 20 23 24 24 19 22 22
Cadetes 20 16 18 19 18 18 21 21 19 14
Juniores B 19 15 15 17 15 17 17 14 14
Juniores A 18 14 15 16 12 9 11 11 8 9
Sub 22 13
Seniores 10 11 14 17 17 15 17 16 14 14
TOTAL M 73 78 82 87 87 81 90 84 77 73 100
Iniciados 11 12 11 11 15 13 15 12 13 15
Cadetes 10 8 11 9 8 12 12 11 13 9
Juniores 7 11 12 11 10 7 7 8 10 10
Seniores 6 6 5 8 10 8 7 9 9 9
TOTAL F 34 37 39 39 43 40 41 40 45 43 53
TOTAIS 107 115 121 126 130 121 131 124 122 116 153 (*) Número total de equipas considerando a contagem do minibasquetebol. * Fonte: Relatórios de actividades da Associação de Basquetebol do Porto.
40
4.5 Cumprimento e operacionalização de objectivos expressos em programas de desenvolvimento desportivo.
Como podemos verificar no Quadro nº 16 a ABP conseguiu alargar a sua
actividade de prática desportiva federada a 14 dos 18 concelhos do Distrito.
Nesta década assistiu-se a uma diminuição dos clubes dos concelhos do Porto e
de Matosinhos e ao aparecimento de clubes nos concelhos de Baião,
Felgueiras, Lousada e Penafiel. No Porto, esta diminuição pode ser explicada
pela perda de população ocorrida na cidade, durante os últimos dez anos. O
desenvolvimento das vias de comunicação para estes concelhos pode ter
influenciado o surgimento destes clubes, dado que facilita a participação das
equipas nos quadros competitivos da ABP.
Em relação à actividade não federada os dados foram já apresentados no
Quadro nº 5 e demonstram a evolução positiva em consonância com os
objectivos expressos nos programas de desenvolvimento desportivo.
Neste item, segundo o seu relatório de actividades 2006, a ABP já atingiu os
objectivos propostos pela FPB e delineou novos objectivos para o biénio 2006-
2008, estabelecendo como prioridade aumentar mais 2 concelhos e atingir os 16
na implantação geográfica da modalidade no distrito.
Mais uma vez reforçamos as reflexões do ponto anterior relativamente ás linhas
de operacionalização dos diferentes níveis da organização nacional, para a
modalidade.
41
Quadro nº 16: Numero de clubes por concelho do distrito do Porto.
Concelhos 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05
Amarante 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Baião 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 Felgueiras 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 Gondomar 1 1 2 2 2 2 2 3 1 2 Lousada 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 Maia 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 Marco Canavezes 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Matosinhos 5 4 4 4 3 2 2 2 2 2 Paços de Ferreira 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 Paredes 0 0 0 0 1 1 1 1 0 1 Penafiel 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Porto 11 10 10 8 8 7 8 7 7 8 Póvoa de Varzim 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Santo Tirso 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Trofa 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Valongo 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 Vila do Conde 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Vila Nova de Gaia 4 4 4 5 4 5 5 5 5 5
Totais 28 26 29 30 29 29 30 31 28 31 * Fonte: Relatórios de actividades da Associação de Basquetebol do Porto.
4.6 Número de treinadores em actividade.
O quadro nº 17 e a figura nº 4 mostram que o crescimento do número de
treinadores é de 56% desde há dez anos atrás. No entanto o mesmo quadro
também demonstra que o número de treinadores já foi superior em anos
anteriores.
Parece-nos preocupante a oscilação constante do número de treinadores nestes
últimos dez anos, no entanto segundo o Plano de Actividades da ABP, esta já
42
atingiu o objectivo traçado pela FPB (em 2006) e prevê novas metas para 2008,
propondo atingir os 260 treinadores.
Quadro nº 17: Número de treinadores por nível de formação.
Categoria 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05
Nível 1 70 70 63 73 92 127 121 91 93 90 Nível 2 31 31 32 39 43 43 65 59 65 53 Nível 3 8 9 9 12 11 11 14 20 19 27
Total 109 110 104 124 146 181 200 170 177 170 * Fonte: Relatórios de actividades da Associação de Basquetebol do Porto.
Como podemos verificar as curvas de crescimento para os treinadores de nível 1
em 00/01 reflecte um forte investimento na formação de treinadores nesta
época. O ponto alto em 01/02 é o reflexo do forte investimento na formação de
treinadores de nível 1 e o ponto baixo referentes aos treinadores de nível 2 no
ano 04/05 é talvez o reflexo da continuidade dos treinadores na sua formação
pessoal, pois verificamos um aumento do número de treinadores de nível 3.
Figura nº 4: Evolução do número de treinadores por nível de formação nos
últimos dez anos.
0
50
100
150
200
250
95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05
Nível 1Nível 2Nível 3Total
43
4.7 Número de clubes com actividade nos quadros competitivos da modalidade.
No quadro nº 16 (pag. 42) podemos observar que apesar das oscilações o
número de clubes tem aumentado, no entanto salientamos a diminuição do
número de clubes do centro e um aparecimento de clubes na periferia do distrito.
Verificamos pelo Plano de Actividades da ABP que também relativamente a este
item os objectivos foram atingidos e as novas metas são o de ‘’conquistar’’ mais
um concelho com a formação de um clube e aumentar o número de clubes nos
restantes. Parece-nos fundamental a aposta na criação de clubes nos concelhos
onde existe um aumento demográfico considerável.
4.8 Taxa de participação feminina
Como podemos verificar no quadro nº 6 o número de atletas inscritos ao longo
dos últimos dez anos tem aumentado, no entanto a curva de crescimento não
tem sido linear, deste modo a taxa de participação feminina na sua globalidade
teve ao longo destes dez anos um aumento de 22% para 25% no número de
praticantes da modalidade.
Parece-nos fundamental apostar no desenvolvimento da prática desportiva
feminina, em completa concordância com o aumento do número de praticantes
femininos (Instituto de Desporto de Portugal, 2005) nestes últimos anos.
4.9 Acções de formação dirigidas aos agentes desportivos.
O quadro nº 18 apresenta um crescimento no número de acções de formação
em cerca de 37%. A oscilação do crescimento e decréscimo ao longo dos dez
anos também se verifica.
44
O Plano de Formação da Escola Nacional de Basquetebol 2004 apresenta
estratégias com regulamentação dos cursos, estrutura curricular e corpo de
formadores, estas directrizes parecem-nos fundamentais e justificativas do
aumento nos últimos anos das acções de formação para os diferentes agentes
desportivos.
Salientamos, de uma forma negativa, que nestes dez anos apenas se tenha
verificado uma acção e formação para dirigentes.
Quadro nº 18: Número de acções de formação.
Categoria 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05
Dirigentes 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Oficiais Mesa 3 1 2 0 1 1 20 20 18 14
Treinadores 6 3 5 4 4 6 7 7 8 9
TOTAL 9 4 7 4 5 7 27 27 26 24 * Fonte: Relatórios de actividades da Associação de Basquetebol do Porto.
4.10 Número de árbitros e oficiais de mesa em actividade.
4.10.1 Árbitros
Como vemos no quadro nº 19 e na figura nº 5, e apesar da oscilação, o número
de árbitros teve um aumento de 35% face aos dez últimos anos. Este
crescimento também está acima do crescimento do número de praticantes em
relação ao mesmo período.
Em relação aos árbitros, oficiais de mesa e comissários podemos fundamentar
que este aumento se deve em muito á organização da Escola Nacional de
Basquetebol tal como enfatizamos no ponto anterior.
No entanto notamos que a qualidade destes agentes desportivos determina que
a sua actividade seja mais frequente nos jogos de organização nacional, o que
45
penaliza os quadros competitivos regionais mais vocacionados para a formação
de jovens atletas.
Quadro nº 19: Número de árbitros.
Categoria 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05
Internacional 3 3 2 2 3 3 5 4 4 4
Nacional “A” 8 11 8 8 7 7 9 10 9 10
Nacional “B” 2 2 5 7 8 9 7 4 5 5
Regional 17 17 21 17 12 19 19 19 16 18
Estagiário 9 9 15 17 9 10 15 15 20 36
Jovem 20 20 16 10 6 5 23 11 11 7
TOTAL 59 62 67 61 45 53 78 63 65 80 * Fonte: Relatórios de actividades da Associação de Basquetebol do Porto.
Na figura seguinte destacamos a oscilação constante no número total de árbitros
onde em 97/98, 01/02 e 04/05 são anos de pontos altos. Verificamos também
que estes pontos altos coincidem com os pontos altos dos jovens árbitros e dos
árbitros estagiários. O ano de 1999/00 foi o ano do ponto mais baixo em relação
ao número de árbitros do distrito.
Figura nº 5: Evolução do número de árbitros por nível de formação nos últimos
dez anos.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05
InternacionalNacional “A”Nacional “B”RegionalEstagiárioJovemTOTAL
46
4.10.2 Oficiais de Mesa
No quadro nº 20 e na figura nº 6 verificamos um aumento de 53% no número de
oficiais de mesa, apesar deste aumento, mais uma vez o crescimento do número
de Oficiais de mesa sofre oscilações.
Quadro nº 12: Número de oficiais de mesa.
Categoria 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05
Nacional 13 13 12 17 17 17 15 16 17 20
Regional 28 28 22 29 21 23 19 16 12 12
Estagiário 6 5 6 2 3 12 15 20
Jovem 2 2 9 4 4 3 5 13 14 14
TOTAL 43 43 49 55 48 45 42 57 58 66 * Fonte: Relatórios de actividades da Associação de Basquetebol do Porto.
Na figura nº 6 verificamos, além das oscilações constantes na evolução destes
dez anos, uma descida do número de oficiais regionais, em contraste com o
número total que aumentou no mesmo período. Este aumento é o reflexo do
aumento do número de estagiários e oficiais de mesa nacionais.
Figura nº 6: Evolução do número de oficiais de mesa por nível de formação nos
últimos dez anos.
0
10
20
30
40
50
60
70
95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05
NacionalRegionalEstagiárioJovemTOTAL
47
4.10.3 Comissários
O aumento do número de 2 comissários, representado no quadro nº 13 pode
reflectir desta forma o que já referenciamos em relação á qualidade dos agentes
do jogo a nível nacional.
Quadro nº 21: Número de comissários.
Categoria 1995/96 1996/97 1997/98 1998/99 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05
Internacional 2 2 2 2 2 2 1 2 2 2
Nacional 2 2 2 2 2 1 2 2 2 4
TOTAL 4 4 4 4 4 3 3 4 4 6 * Fonte: Relatórios de actividades da Associação de Basquetebol do Porto.
Em relação ao número total de comissários em todo o país que é de 22
comissários. A ABP tem 6 o que representa mais de um quarto de todo o
universo nacional.
4.11 Grelha SWOT
Uma observação objectiva dos dados recolhidos para este trabalho permite-nos
reconhecer que a ABP cresce nos últimos dez anos. São vários os indicadores
que nos demonstram que esta curva de crescimento não é linear, mas o
patamar atingido em 2004 é o mais alto alcançado pela Associação.
Neste quadro tentamos apontar os pontos fortes e os pontos fracos, bem como
as ameaças e as oportunidades que conseguimos identificar na análise feita aos
documentos disponibilizados para este estudo.
48
Quadro nº 22: Grelha SWOT
Este documento é um resumo de uma análise cuidada e objectiva que procura
quantificar e qualificar o trabalho da Associação nos últimos dez anos,
relativamente aos indicadores que definem o apoio financeiro a atribuir a cada
federação para a prática e desenvolvimento desportivo.
Quando confrontados os dados de todas as Associações (Plano de Actividades
2005 – Federação Portuguesa de Basquetebol) a ABP assume a posição de
liderança nos vários indicadores, e em diversas áreas: Competição – clubes;
Formação – treinadores, árbitros e oficiais de mesa; Captação – atletas,
treinadores, árbitros e oficiais de mesa.
Oportunidades Aumento das vias de comunicação entre os
concelhos da periferia.
Aumento do número de espaços para a prática da
modalidade.
Aumento da prática desportiva feminina a nível
nacional.
Pontos Fortes Aumento do número de clubes na periferia do
distrito.
Aumento do número de atletas femininos.
Aumento do número de treinadores e oficiais do
jogo.
Aumento do número de acções de formação para
treinadores, árbitros e oficiais de mesa.
Pontos Fracos Diminuição do número de equipas nos escalões
intermédios (cadetes).
Diminuição do número de praticantes masculinos.
Uma única acção de formação para dirigentes nos
últimos dez anos.
Ameaças Diminuição demográfica do centro do distrito.
Maior variedade de escolha para a realização de
actividades desportivas, ou não desportivas.
49
5 Conclusões e recomendações
Com base na análise destes indicadores, podemos concluir que:
Existe um decréscimo no número de clubes do centro do distrito, mais
concretamente nos concelhos do Porto e de Matosinhos e um aumento do
número de Clubes na periferia do Distrito; nomeadamente nos concelhos de
Penafiel, Felgueiras, Paços de ferreira, Lousada, proporcionando um
alargamento da implantação geográfica do distrito.
Em relação aos agentes desportivos observamos a diminuição do número de
praticantes masculinos; um aumento do número de praticantes femininos;
aumento do número de praticantes de minibasquetebol; um aumento do número
e nível de qualificação de treinadores, e oficias de jogo e uma única acção e
formação para dirigentes desportivos nos últimos dez anos.
Relativamente á promoção da modalidade reconhecemos que esta não se
reflecte na prática do desporto escolar (extracurricular), por outro lado a
promoção do jogo 3x3 com a campanha ‘’Compal air’’ tem uma adesão por parte
de escolas de todos os concelhos.
Finalmente, e depois de efectuarmos o cruzamento entre os pontos fortes e os
pontos fracos internos á organização, com as oportunidades e ameaças do
contexto onde está inserida, construímos um novo quadro onde apontamos as
linhas de orientação para o desenvolvimento da ABP a curto e a médio prazo.
50
Quadro nº 23: Nova Grelha de análise SWOT
Durante a realização deste trabalho sentimos ser importante investigar melhor
as relações operacionais/organizacionais e estratégicas entre os diversos níveis
da orgânica do sistema desportivo português, devidos aos diversos
desencontros entre as necessidades os objectivos entre a organização distrital e
nacional da modalidade.
No entanto parece-nos fundamental para a prática e desenvolvimento desportivo
da ABP;
Dar prioridade ao reforço da participação feminina;
Dar á continuidade á formação de treinadores, árbitros e oficiais de mesa;
Diversificar os quadros competitivos adaptando-os aos diferentes
escalões;
Articular a promoção e a prática desportiva escolar com a prática
desportiva federada;
Criar um plano de formação de dirigentes desportivos.
Criar uma forte corrente de prática desportiva
feminina.
Reforçar os projectos de formação, quer dos
árbitros quer dos oficiais de mesa.
Criar diversificação nos quadros competitivos
adaptando-os aos diferentes escalões.
Apostar na dinamização e nos programas de
promoção.
Aumentar a prática desportiva escolar.
Articular a promoção e a prática desportiva
escolar com a federada.
Oportunidades a curto prazo Oportunidades a médio prazo
P F o o n r t t o e s s
Criar um programa de formação para dirigentes
desportivos.
Reforçar o projecto de crescimento do número
de clubes a todos os concelhos.
P F o r n a t c o o s s
51
6 Bibliografia
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movimento. Edições Sílabo, Lisboa.
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52
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Desportivas, in Comunicações do II Congresso de Gestão do Desporto: O
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