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DIAGNÓSTICO DO QUADRO ATUAL DAS ESTRUTURAS DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS ACADÊMICAS Luciane Stallivieri 1 Suzana Queiros de Melo Monteiro 2 Resumo O texto focaliza a questão da internacionalização da educação superior, trazendo a necessidade de se ter um diagnóstico do quadro atual das estruturas de relação acadêmicas internacionais com o objetivo de compreender e discutir as recentes transformações institucionais e a nova postura da Cooperação Internacional na contemporaneidade. Apresenta os resultados de uma pesquisa realizada junto às instituições de ensino superior brasileiras, analisando os dados coletados através da aplicação de questionários junto aos gestores de Cooperação Internacional e sinaliza para algumas ações necessárias para o cumprimento de uma agenda pró-ativa com vistas ao fortalecimento do processo de internacionalização das instituições de ensino superior que buscam sua projeção com qualidade no cenário da educação internacional. Palavras-chave Educação superior, cooperação internacional, internacionalização, avaliação. 1 Assessora de Relações Internacionais da Universidade de Caxias do Sul e Presidente do Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais - FAUBAI 2 Coordenadora de Cooperação Internacional da Universidade Federal de Pernambuco e Vice-presidente do Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais - FAUBAI 1

DIAGNÓSTICO DO QUADRO ATUAL DAS ESTRUTURAS DE RELAÇÕES ... · Universidades Brasileiras - CRUB, o Ministério da Educação - MEC e o Ministério de Relações Exteriores do Brasil

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DIAGNÓSTICO DO QUADRO ATUAL DAS ESTRUTURAS DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS ACADÊMICAS

Luciane Stallivieri1

Suzana Queiros de Melo Monteiro2

Resumo

O texto focaliza a questão da internacionalização da educação superior,

trazendo a necessidade de se ter um diagnóstico do quadro atual das estruturas

de relação acadêmicas internacionais com o objetivo de compreender e discutir as

recentes transformações institucionais e a nova postura da Cooperação

Internacional na contemporaneidade. Apresenta os resultados de uma pesquisa

realizada junto às instituições de ensino superior brasileiras, analisando os dados

coletados através da aplicação de questionários junto aos gestores de

Cooperação Internacional e sinaliza para algumas ações necessárias para o

cumprimento de uma agenda pró-ativa com vistas ao fortalecimento do processo

de internacionalização das instituições de ensino superior que buscam sua

projeção com qualidade no cenário da educação internacional.

Palavras-chaveEducação superior, cooperação internacional, internacionalização,

avaliação.

1 Assessora de Relações Internacionais da Universidade de Caxias do Sul e Presidente do Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais - FAUBAI2 Coordenadora de Cooperação Internacional da Universidade Federal de Pernambuco e Vice-presidente do Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais - FAUBAI

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INTRODUÇÃO

As enormes transformações, decorrentes do atual processo de globalização

e internacionalização, impõem às Instituições de Ensino Superior (IES), uma

crescente necessidade em estabelecer novos parâmetros dentro de suas

propostas educativas, visando o desenvolvimento pleno do ser humano em sua

dimensão social, preparando-o para o enfrentamento dos constantes desafios de

adaptação e capacitando-o no domínio das novas situações exigidas aos

profissionais da era pós-industrial, seja no aprendizado, no pensamento, na

pesquisa e/ou no trabalho.

Neste contexto, a Cooperação Internacional passa a desempenhar uma

dimensão de extrema importância dentro da estratégia global das universidades.

Para se ter uma idéia das atividades atualmente desenvolvidas nas IES

brasileiras, este projeto fez uso de um questionário, enviado a todos os membros

do FAUBAI – Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos

Internacionais, para coleta de informações, na esperança de se obter uma visão

do nível de internacionalização das mesmas.

A partir deste levantamento, o que se pretende, é abrir um maior espaço

para discussão, questionamento e aprimoramento de idéias que envolvam e

permitam a estas IES brasileiras, alcançarem um comportamento ainda mais

adequado a esta nova realidade, repleta de grandes mudanças.

1 APRESENTAÇÃO DO FÓRUM DAS ASSESSORIAS DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS PARA ASSUNTOS INTERNACIONAIS - FAUBAI

O FAUBAI - Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para

Assuntos Internacionais, criado em novembro de 1988 pelo Conselho de Reitores

das Universidades Brasileiras – CRUB, é uma associação sem fins lucrativos, que

congrega gestores ou responsáveis por assuntos internacionais das instituições de

ensino superior brasileiras, e, sendo assim, é um instrumento institucional que

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atua para o desenvolvimento e para a integração das atividades acadêmicas,

estimulando o intercâmbio com instituições estrangeiras e promovendo a inserção

das instituições de ensino superior brasileiras no contexto internacional.

Pode-se afirmar que o FAUBAI procura estimular e assessorar todas as

instituições de ensino superior, no desenvolvimento de setores ou de

departamentos que dêem conta da promoção e da difusão das informações

referentes às ações de cooperação internacional, através:

da promoção da diversidade e das potencialidades do sistema de

educação superior brasileiro;

da promoção da cooperação interinstitucional;

do intercâmbio acadêmico com instituições e organismos nacionais e

estrangeiros;

da qualificação do quadro de gestores no campo da cooperação

internacional;

da organização de seminários, conferências, workshops, oficinas, cursos,

encontros regionais, nacionais e internacionais;

do estabelecimento de redes de contatos nacionais e internacionais;

da participação ativa junto às agências e organizações nacionais e

estrangeiras para a promoção da cooperação internacional;

de consultorias técnicas e acadêmicas e apoio informativo às agências e

organismos nacionais e estrangeiros;

do repasse de informações, experiências e conhecimentos técnicos e

acadêmicos; e

do gerenciamento de bancos de dados com informações relevantes no

campo da internacionalização da educação superior.

Desde a sua criação até ao período atual, o FAUBAI tem procurado

respeitar o seu Estatuto, realizando Reuniões Anuais, com o objetivo de propiciar

aos gestores da cooperação acadêmica internacional, além de momentos de

integração, oportunidades de reflexão, discussão e atualização sobre os mais

diferentes temas que abordam as questões da internacionalização das instituições

de ensino superior.

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Atualmente, tem sido apontado como o órgão mais capacitado para opinar

nas questões de políticas de cooperação internacional nas instituições de ensino

superior brasileiras, sendo constantemente consultado pelos organismos mais

representativos em nível nacional, como o Conselho de Reitores das

Universidades Brasileiras - CRUB, o Ministério da Educação - MEC e o Ministério

de Relações Exteriores do Brasil – MRE.

Em nível internacional, o Fórum é convocado a participar de negociações

internacionais para discutir e elaborar propostas conjuntas de cooperação com as

instituições de ensino superior brasileiras junto às agências como o Serviço de

Intercâmbio Acadêmico Alemão – DAAD, Educação na França - Edufrance,

Departamento de Educação da Embaixada dos Estados Unidos e Comissão

Fulbright, British Council do Reino Unido, a Agência Espanhola de Cooperação

Internacional – AECI, entre outros.

Este âmbito de atuação faz com que o FAUBAI fortaleça a sua visibilidade e

amplie a credibilidade junto aos seus membros, que depositam nele a confiança

de ter a sua representação feita de forma séria e competente através dos

membros da Direção Nacional e de seus representantes regionais e por

segmentos, que compõe o Conselho Deliberativo.

A Diretoria Nacional e o Conselho Deliberativo agregam um grupo de vinte

e um gestores que, de acordo com a região geográfica ou o segmento que lhes foi

delegado, respondem por um grupo de mais de cento e trinta gestores

acadêmicos de instituições de ensino superior brasileiras, distribuídas em todo o

território nacional.

O FAUBAI tem fortalecido a sua atuação, como representante legal desses

gestores, junto às agências de fomento nacionais e internacionais que atuam no

cenário brasileiro, organizações internacionais, Embaixadas, Consulados, através

da divulgação da relação dos contatos dos membros filiados, fazendo com que

sua network esteja presente em todas as parte do mundo.

Sendo assim, o FAUBAI, atendendo a uma importante solicitação que lhe

foi delegada de conhecer a situação atual do nível de internacionalização das

estruturas de relações acadêmicas internacionais, pretende, com este projeto,

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alcançar mais um dos seus objetivos e contribuir com as relações internacionais

acadêmicas, fornecendo um diagnóstico desse quadro, para, mais uma vez, poder

colaborar com o processo de internacionalização das instituições de ensino

superior brasileiras.

2 OBJETIVOS DO PROJETO

1. Objetivo Geral

Oferecer à comunidade acadêmica uma descrição da atual situação do grau

de internacionalização das IES brasileiras.

2. Objetivos Específicos

Os principais objetivos deste projeto são:

1. Compreender e discutir as recentes transformações institucionais e a nova

postura da Cooperação Internacional na contemporaneidade;

2. Pesquisar e descrever dados informativos gerais das Instituições de Ensino

Superior no País, na área de Cooperação Internacional;

3. Contribuir com a proposta de “Qualificar o FAUBAI para atuar como interlocutor

privilegiado na tomada de decisões na área de relações internacionais

acadêmicas”;

4. Apresentar um diagnóstico da situação real das Assessorias e/ou

Coordenadorias de Relações Internacionais das IES brasileiras;

5. Estimular o aprimoramento das Assessorias e/ou Coordenadorias nas IES

brasileiras.

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3 JUSTIFICATIVA

Um processo de internacionalização é uma estratégia de mudança

institucional que dá origem ao desenvolvimento de uma nova cultura, onde se

valorizam os enfoques internacionais, interculturais e interdisciplinares, permitindo

assim a promoção e o apoio de iniciativas para a interação, a cooperação e o

intercâmbio internacional.

Freqüentemente a Diretoria do FAUBAI é solicitada a fornecer dados sobre

o nível atual de internacionalização das IES brasileiras, dados estes que também

ainda não são encontrados em nenhum outro órgão que lida com Educação

Superior no País.

Diante disso, o FAUBAI, através da ativa e comprometida participação das

IES, através da atuação de seus membros filiados, procurou atender a essa

demanda e partiu para a realização do presente estudo.

4 METODOLOGIA

O procedimento metodológico empregado no desenvolvimento deste

projeto de pesquisa consistiu de:

• Elaboração de um questionário com o fim de identificar a situação dos

escritórios de relações internacionais das IES brasileiras.

• Envio dos questionários a todas as IES brasileiras participantes do FAUBAI.

• Análise dos dados que foram obtidos através das distribuições absolutas e

percentuais de cada um dos itens contidos no formulário cujos resultados

encontram-se apresentados em tabelas e gráficos ilustrativos. Os dados, o

processamento das informações e os gráficos foram realizados na planilha

Excel.

5 O QUESTIONÁRIO

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Os questionários aplicados foram elaborados utilizando-se como referência

o modelo proposto por Jesús Sebastián3, apresentado na obra Cooperación e

Internacionalización de las Universidades. Nesta obra, o autor propõe diferentes

formas de avaliar as atividades da cooperação internacional de acordo com os

fins a que ela se destina.

No caso deste projeto, utilizou-se a proposta da bateria de indicadores

descrita no Capítulo 9 que trata do tema: Evaluación de la cooperación

internacional y del grado de internacionalización, uma vez que indica maior

adequação com os objetivos do presente estudo, ou seja: verificar o grau de

internacionalização das estruturas de relações internacionais acadêmicas.

Para tanto, o questionário aplicado foi adaptado à realidade das IES

brasileiras, agrupando-se as perguntas em três grandes áreas:

• Características gerais da instituição de ensino superior.

• Informações gerais sobre o escritório ou coordenação de relações

internacionais.

• Informações sobre as estratégias e planejamento da

internacionalização.

Para o melhor acompanhamento da análise dos resultados, apresenta-se a

seguir o questionário aplicado.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIORNome da Instituição

Ano de Fundação

Tipo da Instituição Pública / Privada / Outros (especificar)

Número de Professores

Número de Alunos

Cursos de Graduação

3 Pesquisador do Centro de Información y Documentación Científica (CINDOC) del Consejo Superior de Investigaciones Científicas de España e membro do Conselho Consultivo do FAUBAI.

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Cursos de Pós-Graduação

Número de Convênios de CooperaçãoAnos desde a criação do Escritório de Relações InternacionaisQuantidade de pessoas que trabalham no Escritório de Relações InternacionaisOrçamento

INFORMAÇÕES GERAIS DO ESCRITÓRIO/COORDENAÇÃO DE RELAÇÕES INTERNACIONAISNúmero de alunos de graduação participantes de intercâmbio por anoNúmero de alunos estrangeiros de graduação participantes de intercâmbio por anoNúmero de alunos de pós-graduação participantes de intercâmbio por anoNúmero de alunos estrangeiros de pós-graduação participantes de intercâmbio por anoNúmero de contratos de pesquisa e serviços com empresas e instituições estrangeirasNúmero de projetos e redes de pesquisa conjuntos com outros paísesNúmero de alunos em intercâmbio nacional

ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO DA INTERNACIONALIZAÇÃOTipo de estratégia (explícita, implícita ou nenhuma)Tipo de gestão (independente, ligada ao Reitor, ligada a alguma Pró-reitoria)Há um planejamento estratégico para a internacionalização(sim / não)?Há na IES um comitê assessor internacional?Há ou já houve uma avaliação externa periódica na instituição?Há desenvolvimento das tecnologias de informação e acesso a internet para professores e estudantes na sua IES?Há cursos de pós-graduação acreditados

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com nível internacional?Há uma transculturalidade e dimensão internacional nos currículos dos docentes?Há oferta de programas de dupla titulação com universidades estrangeiras?Há oferta de programas de pós-graduação em colaboração com instituições estrangeiras ou com participação de professores e pesquisadores estrangeiros?Há cursos de curta duração e/ou cursos de pós-graduação da sua IES oferecidos/ministrados em outros países?Há centros e programas de estudosinternacionais em outros países e regiões?Há professores estrangeiros em programas docentes de graduação?Há professores da sua IES em programas docentes de instituições estrangeiras?Há visibilidade da dimensão internacional na página web da instituição?Há domínio de idiomas na comunidade acadêmica e estudantil?Existe uma política e um plano de difusão da IES no exterior?Há participação de professores e pesquisadores em comitês internacionais?Existe um centro social para os estrangeiros?Existem consórcios e alianças com instituições estrangeiras para a projeção da oferta de docente, de pesquisador e de serviços da instituição?Há recursos financeiros captados por atividades associadas à projeção internacional da oferta de docentes, pesquisadores e serviços da instituição?

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5 RESULTADOS

Os dados da presente pesquisa foram obtidos através dos resultados do

questionário respondido por 44 IES dentro do período previamente estabelecido

para a recepção dos mesmos. Destaca-se a não inclusão de questionários

entregues após o início do processamento dos dados.

A Tabela 1 mostra a listagem das IES apresentada em ordem alfabética.

Nas Tabelas 2 e 3 apresentam-se os resultados das características gerais das

IES. Nas Tabelas 4 e 5, as informações gerais do escritório de relações

internacionais. Na Tabela 6, o tipo de estratégia e de gestão adotadas para

internacionalização e na Tabela 7, a existência de planejamento estratégico para a

gestão da cooperação internacional.

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Tabela 1 – Relação das 44 IES participantes da pesquisaNome da Instituição de Ensino Superior – IES

Centro Universitário de Brusque (SC)FGV – EAESP (SP)

Fundação Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (MS)

MG Centro Universitário UMA (MA)

Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCAMP (SP)

Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC-PR (PR)

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC-RS (RS)

Pontifícia Universidade Católica do RJ – PUC-RJ (RJ)

Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE (PE)

Universidade Anhembi-Morumbi (SP)

Universidade Católica de Brasília – UCB (DF)

Universidade Católica de Pernambuco (PE)

Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE (SC)

Universidade de Caxias do Sul – UCS (RS)

Universidade de Fortaleza – UNIFOR (CE)

Universidade de Passo Fundo – UPF (RS)

Universidade de Sorocaba – UNISO (SP)

Universidade de Sta Cruz do Sul – UNISC (RS)

Universidade de Taubaté – UNITAU (SP)

Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ (RJ)

Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC (SC)

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI (SC)

Universidade Estadual de Maringá (PR)

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS (RS)

Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG (MG)

Universidade Federal de Pelotas – UFPel - (RS)

Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (PE)

Universidade Federal de Rondônia (RO)

Universidade Federal de São João Del Rei (MG)

Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC (SC)

Universidade Federal de Santa Maria – UFSM (RS)

Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR (SP)

Universidade Federal de Uberlândia – UFU (MG)

Universidade Federal do Maranhão – UFM (MA)

Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT (MT)

Universidade Federal do Paraná – UFPR (PR)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN (RN)

Universidade Federal do Tocantins – UFT (TO)

Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA (AM)Universidade Presbiteriana Mackenzie - (SP)

Universidade Santa Cecília (SP)

Universidade São Marcos – Unimarco (SP)

Universidade Vale do Rio Doce (MG)

Universidade Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS (RS)

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Através do primeiro grupo de perguntas pôde-se obter um panorama referente ao

ano de fundação das instituições participantes da pesquisa, tipo de escola,

quantidade de professores e de alunos, conforme descrito na Tabela 2. Desta

Tabela destaca-se que a maior freqüência das IES foram fundadas no período de

1961 a 1970, correspondendo a 29,5% do grupo pesquisado e as freqüências dos

demais períodos variaram de 7 a 8 IES; o maior percentual de IES era composta

de IES públicas correspondendo a 47,7% do grupo pesquisado, seguido de 29,5%

de IES privadas. Em relação ao número de professores o menor percentual

correspondeu à faixa de 1.501 a 2.446 e as outras três faixas corresponderam

aos percentuais de 25,0% a 29,5%. Os dois maiores percentuais de alunos

corresponderam às faixas: 15.001 a 30.000 (29,5%) e de 5.001 a 10.000 (27,3%)

e o menor percentual correspondeu aos que tinham de 1.425 a 5.000 alunos.

1

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Tabela 2 – Avaliação do ano de fundação, tipo de escola, quantidade de professores e de alunos para as 44 IES participantes da pesquisa.

Variável n %

• Ano de fundação (por faixa)De 1912 a 1950 8 18,2De 1951 a 1960 8 18,2De 1961 a 1970 13 29,5De 1971 a 1990 8 18,2De 1991 a 2003 7 15,9

TOTAL 44 100,0

• Tipo de IESPública 21 47,7Privada 13 29,5Privada Comunitária 2 4,5Autarquia Estadual 1 2,3Autarquia Municipal 1 2,3Civil 1 2,3Comunitária 5 11,4

TOTAL 44 100,0

• Número de professoresDe 147 a 500 13 29,5De 501 a 1.000 13 29,5De 1.001 a 1.500 11 25,0De 1.501 a 2.446 7 15,9

TOTAL 44 100,0

• Número de alunosDe 1.425 a 5.000 5 11,4De 5.001 a 10.000 12 27,3De 10.001 a 15.000 7 15,9De 15.001 a 30.000 13 29,5De 30.001 a 36.569 7 15,9

TOTAL 44 100,0

1

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18,2%

18,2%

29,5%

18,2%

15,9%De 1912 a 1950De 1951 a 1960De 1961 a 1970De 1971 a 1990De 1991 a 2003

Gráfico 1 – Avaliação percentual do período do ano de fundação da IES

29,5%

29,5%

25,0%

15,9%

De 147 a 500De 501 a 1.000De 1.001 a 1.500De 1.501 a 2.446

Gráfico 2 – Avaliação percentual do número de professores das IES

11,4%

27,3%

15,9%

29,5%

15,9%De 1.425 a 5.000De 5.001 a 10.000De 10.001 a 15.000 De 15.001 a 30.000 De 30.001 a 36.569

Gráfico 3 – Avaliação percentual do número de alunos das IES

1

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O número de Cursos de Graduação variou de 5 a 30 e a as freqüências entre as

três faixas do número de Cursos apresentaram percentuais aproximados

conforme resultados apresentados na Tabela 3. Apenas duas IES informaram que

não dispunham de cursos de pós-graduação. O número de cursos no referido

nível variou de 1 a 200 e os percentuais correspondendo as outras 4 faixas foram

aproximados. O número de convênios de cooperação variou de 1 a 196 e as duas

maiores freqüências corresponderam as IES que tinham de 1 a 15 (31,8%) ou de

61 a 196 (29,5%). Em relação ao tempo de criação do escritório de relações

internacionais os dois maiores corresponderam às faixas de 6 a 10 anos (34,1%)

e até 5 anos (31,8%). O maior percentual correspondeu as IES que tinham duas

pessoas que trabalham nas relações internacionais correspondendo a 12

entidades e 12 IES tinha de 5 a 13 funcionários. O orçamento destinado às

relações internacionais está contabilizado apenas para 17 IES desde que várias

não responderam à questão ou citaram valores muito elevados que podem ser o

orçamento da própria IES e não foram considerados. Das 17 com a informação

disponível 8 não dispunham de orçamento destinado para a referida área e para

as 9 demais este valor variava de R$ 2.500 a R$ 270.000.

1

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Tabela 3 – Avaliação do número de cursos de graduação, número de cursos de pós-graduação, número de convênios de cooperação, período de criação do escritório de relações internacionais, número de pessoas que trabalham no escritório de relações internacionais e orçamento destinado as relações internacionais para as 44 IES participantes da pesquisa.

Variável n %

• Número de cursos de graduaçãoDe 5 a 30 16 36,4De 31 a 40 13 29,541 a 68 (1) 15 34,1TOTAL 44 100,0• Número de cursos de pós-graduaçãoNenhum 2 4,5De 1 a 20 11 25,0De 21 a 40 12 27,3De 41 a 60 10 22,761 a 200 (2) 9 20,5TOTAL 44 100,0• Número de convênios de cooperaçãoNenhum 1 2,3De 1 a 15 14 31,8De 16 a 30 9 20,5De 31 a 60 7 15,9De 61 a 196 13 29,5TOTAL 44 100,0• Anos de criação do escritório de relações internacionaisAté 5 14 31,8De 6 a 10 15 34,1De 11 a 15 9 20,5De 16 a 33 6 13,6TOTAL 44 100,0• Número de pessoas que trabalham nas relações internacionaisNenhuma 1 2,3Uma 5 11,6Duas 12 27,9Três a quatro 6 13,9Quatro 7 16,35 a 13 12 27,9TOTAL(1) 43 100,0(1) – Para uma Universidade não se dispõe desta informação

• Orçamento (R$)Nenhum 8 47,1De 2.500 a 50.000 4 23,5De 50.001 a 270.000 5 29,4TOTAL(2) 17 100,0(1) – Uma das IES citou 1.660 cursos de graduação e 11.061 cursos de pós-graduação. Estes valores não foram considerados como limites superiores porque os mesmos podem ter sido considerados todos os cursos desde a fundação da IES. (2) – Diversas IES informaram orçamentos muito elevados e não foram considerados porque o valor poderia ser referente ao orçamento geral da entidade.

1

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36,4%

29,5%

34,1%De 5 a 30De 31 a 4041 a 68

Gráfico 4 – Avaliação percentual do número de cursos de graduação

4,5%

25,0%

27,3%

22,7%

20,5%NenhumDe 1 a 20De 21 a 40De 41 a 6061 a 200

Gráfico 5 – Avaliação percentual do número de cursos de pós-graduação

2,3%

31,8%

20,5%15,9%

29,5% NenhumDe 1 a 15De 16 a 30De 31 a 60De 61 a 196

Gráfico 6 – Avaliação percentual do número de convênios de cooperação

1

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31,8%

34,1%

20,5%

13,6%

Até 5De 6 a 10De 11 a 15De 16 a 33

Gráfico 7 – Avaliação percentual do tempo de criação do escritório de relações internacionais

Oito IES não tinham alunos em cursos de graduação em intercâmbio/ano e as

faixas mais freqüentes corresponderam aos valores de 1 a 10 alunos, citadas

por 15 IES e de 41 a 287 valores citados por outras 12 IES (Tabela 4). Onze IES

não tinham alunos estrangeiros em cursos de graduação matriculados no ano da

pesquisa e 13 tinham de 1 a 10 alunos, sendo que o número máximo foi 522

alunos. Em relação ao número de alunos de pós-graduação em intercâmbio/ano

observa-se que mais da metade (59,1%) não tinham alunos e 29,5% tinham

apenas de 1 a 10 alunos e as outras 5 tinham de 11 a 90 alunos. Vinte e uma

universidades não tinham alunos estrangeiros de pós-graduação em intercâmbio

e 38,6% tinham apenas de 1 a 10 alunos e as 6 demais tinham de 11 a 93

alunos.

1

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Tabela 4 – Avaliação do número de alunos/graduação em intercâmbio/ano, número de alunos estrangeiros de graduação em intercâmbio/ano, número de alunos pós-graduação em intercâmbio/ano e número de alunos estrangeiros de pós-graduação em intercâmbio/ano para as 44 IES participantes da pesquisa.

Variável n %

• Número de alunos/graduação em intercâmbio/anoNenhum 8 18,2De 1 a 10 15 34,1De 11 a 40 9 20,4De 41 a 287 12 27,3

TOTAL 44 100,0

• Número de alunos estrangeiros de graduação em intercâmbio/anoNenhum 11 25,0De 1 a 10 13 29,5De 11 a 30 8 18,2De 31 a 60 6 13,6De 60 a 522 6 13,6

TOTAL 44 100,0

• Número de alunos pós-graduação em intercâmbio/anoNenhum 26 59,1De 1 a 10 13 29,511 a 90 5 11,4

TOTAL 44 100,0

• Número de alunos estrangeiros de pós-graduação em intercâmbio/ano Nenhum 21 47,7De 1 a 10 17 38,6De 11 a 93 6 13,6

TOTAL 44 100,0

1

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18,2%

34,1%20,5%

27,3%NenhumDe 1 a 10De 11 a 40De 41 a 287

Gráfico 8 – Avaliação percentual do número de alunos de graduação em intercâmbio/ano

25,0%

29,5%18,2%

13,6%

13,6%NenhumDe 1 a 10De 11 a 30De 31 a 60De 60 a 522

Gráfico 9 – Avaliação percentual do número de alunos estrangeiros de graduação em intercâmbio/ano

59,1%29,5%

11,4%

NenhumDe 1 a 1011 a 90

Gráfico 10 – Avaliação percentual do número de alunos de pós-graduação em intercâmbio/ano

2

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47,7%

38,6%

13,6%

NenhumDe 1 a 10De 11 a 93

Gráfico 10 – Avaliação percentual do número de alunos estrangeiros em cursos de pós-graduação em intercâmbio/ano

A Tabela 5 mostra que 17 (39,5%) IES não tinham contratos de pesquisa/serviço

com empresas/instituições estrangeiras, 15 (34,9%) não tinham projetos e redes

de pesquisa conjunto com outros países e 21 (61,4%) não tinham alunos em

intercâmbio nacional e que os maiores percentuais corresponderam as IES com

1 a 10 alunos para as duas primeiras características citadas e o segundo maior

percentual para o número de alunos em intercâmbio nacional correspondeu as

que tinham de 1 a 10 alunos.

2

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Tabela 5 – Avaliação do número de contratos de pesquisa/serviço com empresas/instituições estrangeiras, número de projetos e redes de pesquisa conjuntos com outros países e número de alunos em intercâmbio nacional para as 44 IES participantes da pesquisa.

Variável n %

•Número de contratos de pesquisa/serviço com empresas/instituiçõesEstrangeiras

Nenhum 17 39,5De 1 a 10 18 41,911 a 33 8 18,6

TOTAL(1) 43 100,0(1) – Para uma Universidade não se dispõe desta informação

•Número de projetos e redes de pesquisa conjuntos com outros paísesNenhum 15 34,9De 1 a 10 22 51,211 a 120 6 13,9

TOTAL(2) 43 100,0(2) – Para uma Universidade não se dispõe desta informação

•Número de alunos em intercâmbio nacionalNenhum 27 61,4De 1 a 10 9 20,5De 11 a 50 6 13,651 a 150 2 4,5

TOTAL 44 100,0

2

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39,5%

41,9%

18,6%

NenhumDe 1 a 1011 a 33

Gráfico 11 – Avaliação percentual do número de contratos de pesquisa/serviço com empresas/instituições

34,9%

51,2%

14,0%

NenhumDe 1 a 1011 a 120

Gráfico 12 – Avaliação percentual do número de projetos e redes de pesquisa conjuntos com outros países

21,6%

21,6%35,1%

21,6%

NenhumDe 1 a 10De 11 a 5051 a 150

Gráfico 13 – Avaliação percentual do número de alunos em intercâmbio nacional

2

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A Tabela 6 apresenta o tipo de estratégia e de gestão para o planejamento da

internacionalização. Para 11 IES não se dispõe informação sobre o tipo de

estratégia e para outras 33 tabela destaca-se que mais da metade das IES

(54,5%) adotava uma estratégia explicita e 30,3% uma estratégia implícita. Uma

IES não adotava estratégia e 4 tinham estratégia do tipo reativa. A maioria

(67,4%) entre as 44 IES tinha o planejamento da internacionalização gerida pelo

Reitor, seguida de 18,4% geridas pelas Pró-reitorias.

Tabela 6 – Avaliação do tipo de estratégia e tipo de gestão para as 44 IES participantes da pesquisa.

Variável n %

• Tipo de estratégia de planejamento da internacionalizaçãoNenhuma 1 3,0Explicita 18 54,5Implícita 10 30,3Reativa 4 12,1

TOTAL(1) 33 100,0(1) – Para 11 IES não se dispõe desta informação

• Tipo de gestão de planejamento da internacionalizaçãoReitor 29 67,4Vice-Reitoria 2 4,7Pró-Reitoria 8 18,6Reitor e Pró-Reitoria 2 4,7Sub-Reitoria 1 2,3Diretor 1 2,3

TOTAL(2) 43 100,0(2) – Para uma Universidade não se dispõe desta informação

2

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Da Tabela 7 destacam-se os itens citados com percentuais iguais ou superiores a

50,0%: Tecnologias de informação e internet para professores e estudantes na sua IES

(100,0%), professores/pesquisadores em comitês Internacionais (76,9%), avaliação

externa periódica das IES (75,6%), transculturalidade e dimensão internacional nos

currículos dos docentes (73,2%), visibilidade da dimensão internacional da Web na IES

(72,1%), pós-graduação em colaboração internacional com instituições estrangeiras ou

com participação de professores e pesquisadores estrangeiros (69,0%), professores

estrangeiros em programas docentes de graduação (69,0%), domínio de idiomas na

comunidade acadêmica/estudantil (61,9%), planejamento estratégico para

internacionalização (59,0%), professores da IES em programas docentes de instituições

estrangeiras (57,9%) e Política/plano de difusão IES no exterior (50,0%). Destacam-se

os três itens com menores freqüências: Centro social para estrangeiros (11,9%), cursos

de curta duração e/ou pós-graduação da IES no exterior (12,2%) e centros e programas

de estudos internacionais no exterior (14,3%).

2

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Tabela 7 – Avaliação das questões referentes à estratégia e planejamento para a internacionalização para as 44 IES participantes da pesquisa.

Variável Sim Não Outros Totaln % n % n % n %

• Planejamento estratégico para 23 59,0 16 41,0 - - 39 100,0Internacionalização

• Comitê assessor internacional na IES 16 40,0 24 60,0 - - 40 100,0

• Avaliação externa periódica na IES 31 75,6 10 24,4 - - 41 100,0

• Tecnologias de informação e internet para 42 100,0 - - - - 42 100,0professores e estudantes na sua IES

• Pós-graduação acreditada com nível 20 47,6 22 52,4 - - 42 100,0Internacional

• Transculturalidade e dimensão internacional 30 73,2 10 24,4 1 2,4 41 100,0nos currículos dos docentes

• Dupla titulação com IES estrangeiras 11 27,5 29 72,5 - - 40 100,0

• Pós-graduação em colaboração internacional 29 69,0 13 31,0 - - 42 100,0com instituições estrangeiras ou com participação de professores e pesquisadores Estrangeiros

• Cursos de curta duração e/ou pós-graduação 5 12,2 35 85,4 1 2,4 41 100,0da sua IES oferecidos no exterior

• Centros e programas de estudos 6 14,3 35 83,3 1 2,4 42 100,0internacionais no exterior

• Professores estrangeiros em programas 29 69,0 12 28,6 1 2,4 42 100,0docentes de graduação

• Professores da sua IES em programas 22 57,9 15 39,5 1 2,6 38 100,0docentes de instituições estrangeiras

• Visibilidade da dimensão internacional 31 72,1 11 25,6 1 2,3 43 100,0na página Web da IES

• Domínio de idiomas na comunidade 26 61,9 10 23,8 6 14,3 42 100,0acadêmica/estudantil

• Política/plano de difusão IES no exterior 20 50,0 20 50,0 - - 40 100,0

• Professores/pesquisadores em comitês 30 76,9 9 23,1 - - 39 100,0Internacionais

2

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Continuação da Tabela 7 – Avaliação das questões planejamento da internacionalização para as 44 IES participantes da pesquisa.

Variável Sim Não Outros Totaln % n % n % n %

• Centro social para estrangeiros 5 11,9 37 88,1 - - 42 100,0

• Consórcios e aliança com instituições 15 35,7 27 64,3 - - 42 100,0estrangeiras para projeção de oferta de docentes / pesquisadores e de serviços da Instituição

• Recursos financeiros captados por 15 37,5 25 62,5 - - 40 100,0atividades associadas à projeção internacional da oferta de docentes, pesquisadores e serviços da instituição

CONCLUSÃO

Todo esse resultado apresenta o nível de internacionalização em que as

estruturas de relações internacionais das IES brasileiras se encontram. A grande

maioria das IES encontra-se em fase de reconhecimento da necessidade de

internacionalização, outras estão buscando a melhor forma para solucionar os

problemas das oficinas de relações internacionais, outras, ainda, executando o

seu planejamento e uma minoria já enfrentando a necessidade de institucionalizar

suas atividades internacionais.

As IES têm respondido de maneira reativa às demandas externas e são

muito dependentes dos financiamentos externos para o desenvolvimento das

atividades de cooperação.

Na sua grande maioria, as Assessorias ou Coordenadorias de Relações

Internacionais estão ligadas diretamente ao Reitor, sem orçamento próprio,

dependendo de verbas disponibilizadas pela própria Reitoria. Conseqüentemente,

2

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carecem de autonomia para o planejamento das suas atividades que envolvam

recursos financeiros.

O sucesso do processo de internacionalização acadêmica depende do grau

do compromisso institucional, da implantação de estratégias claras, tanto de

caráter administrativo quanto acadêmico (igualmente importantes e

complementares).

Não existe um modelo válido e pré-definido a ser seguido, pois cada IES

tem suas próprias regras de funcionamento. A configuração eleita deverá levar em

conta o tamanho da instituição, a complexidade e dinamismo do meio, a

diversificação do mercado, o grau de especialização da tarefa, os regulamentos

vigentes e a cultura organizacional.

O Escritório de Cooperação Internacional pode e deve ser usado como

catalisador e agente de mudanças, visando às necessidades internas da

instituição.

Para o FAUBAI o presente estudo reforça a necessidade de sua atuação

cada vez mais estratégica no cenário da educação superior brasileira, em especial

no que diz respeito a alguns fatores fundamentais:

• A necessidade de aumentar a sua visibilidade como ator e

interlocutor importante em qualquer discussão sobre a cooperação

universitária no âmbito acadêmico.

• A permanente articulação e interlocução com agências nacionais e

internacionais, governamentais e não-governamentais, bem como,

com as associações congêneres no cenário internacional para o

fortalecimento da cooperação internacional das instituições de ensino

superior brasileiras.

• O aperfeiçoamento da estruturação do Fórum, através do

fortalecimento de sua organização interna e da articulação entre os

segmentos e as regiões, para que seja contemplado de forma

equilibrada o apoio a todo o tipo de IES.

2

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• O apoio à formação e profissionalização dos assessores e dos

gestores da cooperação internacional no campo das relações

acadêmicas internacionais.

• O apoio às universidades para o desenvolvimento de planos de ação

para internacionalização.

• A sensibilização dos reitores e das equipes administrativas para a

importância da internacionalização institucional.

• A permanente discussão com os organismos de governo para o

desenvolvimento de políticas institucionais de internacionalização

afinadas com as políticas nacionais.

Tem-se um grande desafio pela frente. Tanto para as Instituições de Ensino

Superior Brasileiras como para o FAUBAI, pois se o processo de

internacionalização surge como resposta dos países ao fenômeno da

globalização, ele é irreversível e, portanto, as instituições têm que estar

preparadas para atuar no mercado global, para formar cidadãos com

competências que lhes permitam atuar em mercados globalizados e que elas

estejam aptas a competir em nível de igualdade com as melhores e mais

renomadas instituições de ensino superior no cenário da educação mundial.

2

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Abstract

This paper discusses the internationalization of higher education issue

focusing the necessity of developing a survey which shows the present situation of

the structure of institutional academic international relations aiming to understand

and to discuss the recent institutional transformations and the new status of

international cooperation in the present days. This study shows the results of a

research applied to Brazilian higher education institutions, analyzing the data

obtained through questionnaires answered by directors of international relations

offices and it gives some ideas to what actions are necessary to be pursued in

order to have a positive agenda to strengthen the internationalization process of

higher education institutions which aim to be on a higher standard of quality in the

scenery of global education.

Key wordsHigher education, international cooperation, internationalization, evaluation.

3

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