“Todos os caminhos levam à morte. Perca-se” Jorge Luís Borges

16 de maio – À noite, Orquestra Sinfônica de Minas Gera is, no Museu Inimá de Paula. Uma bela apresentação de um grupo de excelência, que merece e exige, por parte do Governo do Estado, maior investimento e carinho. À mesma hora, na Academia Mineira de Letras, o gabinete acom-panhou a posse da nova d iretoria do Conselho Regiona l de Serviço Socia l (Cress/MG), entidade com a qua l mantemos parceria desde a primeira hora. Maíra e Darklane, um abraço e sucesso nessa nova empreitada.

17 de maio – Pela manhã, em meu gabinete, uma entrevista sobre a proibição das sacolas plásticas. O assunto continua na ordem do d ia. À tarde, dei uma chegada à Diretoria do Patrimônio de BH para conversar sobre o projeto de lei que tramita na Câmara criando o Fundo Municipa l do Patrimônio.Depois, no projeto Terças Poéticas, a leitura de Regina Melo, minha amiga de longa data. Sempre que posso, vou lá apreciar um pouco de poesia. Em seguida,

apresentação do Grupo de Choro “Pa lácio das Artes”, com repertório de clássicos da MPB. O velho e bom choro, uma de minhas pa ixões, marca musica l brasileira que a juventude vem abraçando.

18 de maio – Minha assessora Cida esteve na Praça Sete, participando da mani-festação contra a exploração e o abuso sexua l de crianças e adolescentes. Houve d istribuição de rosas para sensibilizar a população a se envolver nessa importante questão. À tarde, após conduzir parte da aud iência pública sobre violência nas escolas da cidade, fui correndo para a re-união do Conselho Municipa l do Patrimônio, garantir que o projeto que prevê a construção de um hotel no Mercado do Cruzeiro não viesse novamente à ba ila. Enquanto isso, meus assessores Kleberth, Cida e Vilmar marcaram nossa presença no desfile do movimento de luta antimanicomia l, do qua l somos parcei-ros. Mais uma vez, uma bela manifestação para derrubar preconceitos. Afina l, de méd ico, poeta e louco, todos nós temos um pouco.

Na sequência, estive no aud itório JK, na sede da PBH, para as comemorações pelos 20 anos do Arquivo Público Municipa l, hoje coordenado pela minha amiga e colega historiadora, Carminha (Maria do Carmo Alvarenga de Andrade Gomes). Na oportunidade, uma bonita homenagem a minha professora no curso de História, Norma de Góes Monteiro, e o encontro com velhos colegas da Fafic h. E por fa lar nisso, no fim da tarde, estive no antigo préd io da Fafic h, na reunião do Conselho Municipa l de Educação, da qua l faço parte. Seguindo o roteiro definido, na semana passada, uma pa lestra com o professor Cury e, agora, com Juarez

Dayrell enfocando o plano decena l de educação de BH. Quero registrar que não houve tempo para comparecer à apresentação do grupo de c horo “Naquele Tempo”, no Museu de Artes e Ofícios. Infelizmente não sou mais de um.

19 de maio – No Museu Inimá de Paula, belo equipamento da cultura da cidade, participei da abertura de seminário promovido pelo Observatório da Diversidade Cultura l, com uma pa lestra sobre política pública de cultura. Registrei minha ind ignação, de tantas, pelo preconceito da Polícia Militar com as manifestações artísticas que ocorrem na

periferia da cidade. Para variar, no fina l da noite, fui ao concerto da Filarmônica de Minas Gera is. Também um espetáculo de qua lidade como soe acontecer. Destaque para o Concerto para Bandoneon e Orquestra de Astor Piazolla.

20 de maio – Enquanto meu gabinete acompanhava os debates que ocorreram no segundo d ia do seminário sobre d iversidade cultura l, eu fiquei na Câmara Municipa l despac hando as demandas que vamos recebendo.

21 de maio – Na E.M. Santos Dumont, no ba irro Santa Efigênia — uma escola aberta ativa com presença da comunidade e a garotada praticando esportes nos fins de semana — participei da abertura dos

traba lhos do projeto Família-Escola, movimento que revela às famílias a importân-cia de se envolverem no processo de aprend izagem de suas crianças.

23 de maio – A semana começou com um debate público na Assembleia Legis-lativa sobre o enfrentamento da violência contra a criança e o adolescente. Sou presidente da Frente Par lamentar em Defesa das Crianças e Adolescente da Câmara

Municipa l e participei da mesa de abertura desses debates permanentes e sempre necessários para que possamos, senão extinguir, reduzir ao máximo essa grave doença de nossa sociedade. Após o a lmoço, o gabinete acompanhou aud iência pública na CMBH sobre a con-clusão das obras da Umei/Santo Antônio. Mas os problemas gerados, tanto com as obras da Umei quanto do Memoria l da Anistia, já haviam sido resolvidos em uma reunião anterior que fiz com a comunidade, no préd io da antiga Fafic h. À noite, estive nos estúd ios do UNI-BH para um debate sobre a lei das sacolas plásticas com o deputado Ada lclever Lopes, que elogiou a lei, mas parece que não compreendeu muito seu sentido. M eus parabéns aos a lunos de telejorna-lismo da Comunicação Socia l pela iniciativa.

24 de maio – Na Câmara Municipa l, rea lizamos uma merecida homenagem à Faculdade de Pedagogia da UEMG. Presentes, professores e a lunos. É sempre relevante destacar a educação sob a pers-

pectiva política, mas também reconhecer as necessidades de mais investimentos no setor. Entrementes, o Célio Cruz representou o gabinete na Casa dos Conselhos, em Santa Tereza, numa reunião que tratou de estratégias para enfrentarmos, na Câmara Municipa l, o lastimável projeto que pretende retirar o caráter deliberativo dos conselhos da cidade. Movimentem também todos vocês, pois essa iniciativa é inaceitável. Um retrocesso imperdoável na participação democrática.

25 de maio – Minha companheira do Arte sem Barreiras, Dolores Tomé, está d ivulgando nas cidades do país, junto com o professor Antônio Borges (RJ), o método de musicografia em Bra ille que criaram. Estive na abertura do curso em BH, na sa la Juvena l

Dias, quando afirmei que a lém de possibilitar a profissiona lização dos músicos com deficiência visua l, a iniciativa se coloca no conjunto de conquistas de d ireitos das pessoas com deficiência. À tarde, recebi a visita de Teodoro, estudante de Arquitetura, me entrevistando

sobre o Conselho Municipa l do Patrimônio. Como par-ticipo dessa instância democrática e atuante há muito tempo, resgatei um pouco dessa caminhada em favor da memória da cidade.

26 de maio – Minha assessora Cida Delavy me representou na posse do novo Conselho Municipa l das Pessoas com Deficiên-cia, do qua l sou membro suplente. Eu participava da aud iência pública na Assembleia Legislativa sobre o Mercado de Santa Tereza. Temos que cobrar da PBH para que aquele espaço tão simbólico para a cidade não continue abandonado e se deteriorando pela fa lta de uso.À noite, na Famig do Barro Preto, fa lei aos a lunos de Administração sobre a implantação da lei das sacolas plásticas e aproveitei para provocá-los também a refletirem sobre outras questões como homofobia e drogas.

28 de maio – Gostaria de comentar a matéria publicada no Estado de Minas deste sábado. O Ministério Público investiga o uso da verba indeni-zatória na Câmara Municipa l. Sempre fui correto com essas questões, sendo co-autor (2005), junto com os então vereadores Car lão Pereira e Neila Batista, de um projeto de lei para a transparência no legislativo. Quem quiser acompanhar meus gastos, há mais de seis anos que os d ivulgo em meu site: http://www.arna ldogodoy.com.br/2009/transparencia.

29 de maio – Quem não foi, perdeu: fui à peça “A mulher que escreveu a bíblia”, no Teatro Sesi Holcim. Texto rico de Moacyr Scliar, que nos leva à reflexão sobre a relação homem/mulher, o poder, o d iscurso dos vencidos e dos vencedores. E a atriz, Inez Viana, deu conta do monólogo e a inda sobrou.

Homenagem ao curso de Pedagogia da UEMG - 24 de Maio de 2011Foto: Marcos Moreira / CMBH

P. S. 1 – No d ia 22 de maio, festa rura l em Rio Acima, no Sítio do Jorge Nahas. 65 anos. Um abraço, velho amigo.

P. S. 2 – O Nato, pa i do Davi, viajou e tive que buscar meu netinho na escola na terça e na quinta- feira da semana retrasada. Digo pra vocês que a inda estou em forma, pois contei histórias para a turma dele e fiz o maior sucesso. Fiquei com muita sau-dade dos tempos em que lecionava na escolin ha Pés no Chão.

P. S. 3 – Tenho aproveitado as poucas folgas na agenda para levar o Davi e a Amanda no Parque Municipa l. Cada ida dessas é uma surpresa, uma delícia e um encantamento, tanto para os moleques quanto para os avós.

P. S. 4 - Uma dessas noites de friin ho gostoso, fui a um chorinho no Pedacinhos do Céu. Tomei uma pinguinha, comi um bom tira-gosto e ouvi uma boa música. M e senti mesmo no céu!

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