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b) a obtenção de certidões em repartições públicas, paradefesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

Esse dispositivo legal prevê, em sua alínea “a”, o direito de petição e, naalínea “b”, o de obtenção de certidões. Em ambos os casos, assegura-se o não

pagamento de taxas, por serem ambas as hipóteses essenciais ao próprioexercício da cidadania. Todavia, não confunda isenção de taxa com gratuidade.Mesmo com a isenção desses tributos, poderão ser cobrados emolumentos,custas ou honorários.

Para facilitar a compreensão, traduzirei em palavras simples o que épetição e o que é certidão.

Petição é um pedido, uma reclamação ou um requerimento endereçadoa uma autoridade pública. Exemplo: um servidor público pode, por meio de

petição, pedir remoção para outra localidade, para tratar de sua saúde.

Já a certidão é um atestado ou um ato que dá prova de um fato.Dentro da linguagem jurídica, é uma cópia autêntica feita por pessoa quetenha fé pública, de documento escrito registrado em um processo ou em umlivro. Exemplo: certidão de nascimento.

O que você deve memorizar para a prova? A finalidade de cada umdesses instrumentos, que a banca poderá trocar para confundi-lo (a). Lembre-se de que ambos servem para a defesa de direitos. Entretanto, a petição

também é usada contra ilegalidade ou abuso de poder, enquanto as certidõestêm como segunda aplicação possível o esclarecimento de situações deinteresse pessoal.

Outro ponto importante é que o direito de petição não necessita, emregra, de assistência advocatícia. Esta só é necessária caso a lei processual oexija, no caso de controvérsia judicial. Essa exceção se justifica porque,embora esse direito permita que qualquer pessoa se dirija à autoridadecompetente para solicitar providências, comunicando a prática de atos ilícitos,não serve para exonerar o sujeito de observar as exigências estabelecidas nalegislação processual, dentre as quais a necessidade de se fazer representarpor advogado.

A petição é um instrumento de exercício da cidadania, que permite aqualquer pessoa dirigir-se ao Poder Público para reivindicar algum direito ouinformação. Por esse motivo, o impetrante (autor da petição) pode fazer umpedido em favor de interesses próprios, coletivos, da sociedade como um todo,ou, até mesmo, terceiros. Esse instrumento não necessita de qualquerformalismo: apenas se exige que o pedido seja feito por documento escrito.

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 XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciáriolesão ou ameaça a direito;

Esse dispositivo é bastante cobrado em concursos. Ele consagra oPrincípio da Inafastabilidade da Jurisdição, segundo o qual somente oJudiciário pode dizer o Direito de forma definitiva, por meio da chamada coisa julgada material. Isso porque adotamos jurisdição una, ou seja, o sistemainglês de jurisdição, e não o francês. O último (não adotado pelo Brasil),determina que tanto a Administração quanto o Judiciário podem julgar com

caráter definitivo.É claro que isso não impede que o particular recorra administrativamente

ao ter um direito seu violado. Entretanto, mesmo que não caiba mais recursode decisão na esfera administrativa, sempre caberá sujeição da matéria aoJudiciário.

Essa regra também não obsta que o legislador estipule regras para oingresso do pleito na esfera jurisdicional, desde que obedecidos os princípiosda razoabilidade e da proporcionalidade. Quando este fixa formas, prazos econdições razoáveis, não ofende a Inafastabilidade da Jurisdição.

Alguns autores analisam, ainda, esse inciso sob outro prisma, chamando-o Princípio da Universalidade da Jurisdição. Isso porque por meio dessa normaconstitucional, determina-se que o acesso ao Judiciário independe de processoadministrativo prévio referente à mesma questão. As exceções,constitucionalmente previstas, são as questões pertinentes à justiça desportiva(art. 217, § 1o, CF/88) e o “habeas data” (art. 5o, LXXII), sobre o qualdiscorreremos mais a seguir.

Destaca-se, porém, que caso haja pendência de solução na esfera

administrativa e mesmo assim a lide seja levada ao Judiciário, a decisãoadministrativa restará prejudicada. O processo administrativo,consequentemente, será arquivado sem decisão de mérito.

Petição

Defesa de direitos

Contra ilegalidadeou abuso de poder

Certidão

Defesa de direitos

Esclarecimento desituações de

interesse pessoal

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compreendendo qualquer ato da ordem normativa constante do art. 59 daConstituição2.

Também é importante ressaltar que, segundo o STF, o princípio dodireito adquirido se aplica a todo e qualquer ato normativo infraconstitucional,sem qualquer distinção entre lei de direito público ou de direito privado, ou

entre lei de ordem pública e lei dispositiva3.

Outro importante entendimento do STF é o de que não há possibilidadede se invocar direito adquirido contra normas constitucionais originárias.Assim, as normas constitucionais originárias (aquelas que  “nasceram” com aCF/88, como discutimos nesta aula) podem revogar qualquer direito anterior.Para a Corte, também não existe direito adquirido em face de mudança dopadrão de moeda, criação ou aumento de tributos e mudança de regime jurídico estatutário.

Além disso o Pretório Excelso entende que a garantia da irretroatividadeda lei prevista no inciso acima não pode ser invocada pela entidade estatal quea tenha editado. Assim, a União não pode invocar o inciso XXXVI do art. 5º daCF/88 para descumprir lei editada pelo Congresso Nacional.

 XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pelaautoridade competente;

Contrariando um pouco a ordem em que estão dispostos na Constituição,analisaremos esses dois incisos em conjunto. Isso porque ambos traduzem oprincípio do “juízo natural” ou do “juiz natural”.

Esse postulado garante ao indivíduo que suas ações no Poder Judiciárioserão apreciadas por um juiz imparcial. Impede a criação de juízos de exceçãoou “ad hoc”, criados após o acontecimento de um fato, de maneira arbitrária.Todos os juízes e órgãos julgadores, em consequência, têm sua competênciaprevista constitucionalmente, de modo a assegurar a segurança jurídica.

2 STF, ADI 3.105-8/DF, 18.08.2004. 

3 RE 204967 RS, DJ 14-03-1997.

   N   Ã   O

   H   Á

   D   I   R   E   I   T   O

   A   D   Q   U   I   R   I   D

   O

   C   O   N   T   R   A

NORMAS CONSTITUCIONAIS ORIGINÁRIAS

MUDANÇA DO PADRÃO DA MOEDA

CRIAÇÃO OU AUMENTO DE TRIBUTOS

MUDANÇA DE REGIME ESTATUTÁRIO

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É importante que você saiba que o STF entende que esse princípio nãose limita aos órgãos e juízes do Poder Judiciário. Segundo o Pretório Excelso,ele alcança, também, os demais julgadores previstos pela Constituição, como oSenado Federal, por exemplo.

 XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a

organização que lhe der a lei, assegurados:

a)   A plenitude de defesa;b)  O sigilo das votações;c)   A soberania dos veredictos;d)   A competência para o julgamento dos crimes dolososcontra a vida;

Esse inciso deve ser memorizado. Geralmente é cobrado em sualiteralidade! Decore cada uma dessas “alíneas”! 

O tribunal do júri é um tribunal popular, composto por um juiz togado,que o preside, e vinte e cinco jurados, escolhidos dentre cidadãos do Município(Lei no 11.689/08). Esses jurados são selecionados entre todas as classessociais.

A competência para julgamento de crimes dolosos contra a vida não éabsoluta. Isso porque não alcança os detentores de foro especial, como osmembros do Congresso Nacional, por exemplo. Nesses casos, o julgamento sedá por tribunais determinados constitucionalmente (no exemplo dado, pelo

STF).E o que é crime doloso, o qual o Tribunal do Júri tem competência para

 julgar? É aquele em que o agente (quem pratica o crime) prevê o resultadolesivo de sua conduta e, mesmo assim, pratica a ação, produzindo o resultado.É o caso de quem dá um tiro com arma de fogo em seu desafeto com oobjetivo de cometer homicídio, por exemplo.

A Constituição assegura ao tribunal do júri a plenitude de defesa.Trata-se de uma variante do princípio da ampla defesa e do contraditório (art. 5º, LV), que permite ao acusado apresentar defesa contra aquilo que lheé imputado. Sua concretização pressupõe que os argumentos do réu tenham amesma importância, no julgamento, que os do autor. Em consequência, nãodevem existir prioridades na relação processual e deve o réu ter apossibilidade de usar todos os instrumentos processuais na sua defesa.

No que se refere à soberania dos veredictos, também assegurada aotribunal do júri pela Carta Magna, destaca-se que esta tem a finalidade deevitar que a decisão dos jurados seja modificada ou suprimida por decisão judicial. Entretanto, não se trata de um princípio absoluto, sendo possível arecorribilidade das decisões do júri. Pode haver revisão criminal da decisão

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do júri (STF, RT, 488:330;475:352) ou retorno dos autos ao júri, segundo oSupremo Tribunal Federal4 

Por fim, destaca-se que o STF entende que a competência do Tribunal doJúri, fixada no art. 5O, XXXVIII, “d”, da CF/88, quanto ao julgamento de crimesdolosos contra a vida é passível de ampliação pelo legislador ordinário5Isso

significa que pode a lei determinar o julgamento de outros crimes pelo tribunaldo júri.

 XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem penasem prévia cominação legal;

Esse inciso traduz o princípio da legalidade, que, por sua vez,compreende dois princípios: o da reserva legal e o da anterioridade da leipenal.

O primeiro significa que somente lei formal (lei editada pelo PoderLegislativo) poderá definir crime e cominar penas. Já o segundo exige que essalei esteja em vigor no momento da prática da infração para que o crime exista. 

Tais exigências constitucionais visam a proteger o indivíduo contra oarbítrio do Estado. Isso porque sem a garantia da anterioridade, você poderiaser condenado, por exemplo, por ter mascado chicletes hoje. Bastava que umalei proibitiva, editada futuramente, pudesse considerar crime aquilo que foipraticado antes de sua vigência. Seria o fim da segurança jurídica, não? 

Da mesma forma, a exigência de que lei formal defina o que é crime ecomine suas penas traz a garantia de se considerarem crime condutas aceitaspela sociedade como tais e de que essas condutas sejam punidas da maneiraconsiderada justa por ela. Com isso, quem define o que é crime e asrespectivas penas é o povo, por meio de seus representantes no PoderLegislativo.

Já pensou se, por exemplo, o Presidente da República pudesse definir oque é crime por medida provisória? Ou até mesmo dobrar a pena dedeterminado ilícito por tal ato normativo? Teríamos uma ditadura, não? É porisso que o inciso XXXIX do art. 5o da CF/88 é tão importante!

Outro princípio trazido pelo o inciso XXXIX do art. 5o da CF/88 é o daanterioridade da lei penal. Esse princípio confere segurança jurídica àsrelações sociais, ao determinar que um fato só será considerado crime se forcometido após a entrada em vigor da lei incriminadora.

Quer um exemplo? Se amanhã for editada uma lei que considere crimebeijar o namorado (ou namorada) no cinema, nenhum de nós será preso. Sópoderá ser considerado culpado quem o fizer após a entrada em vigor da lei.

4 STF, HC 71.617-2, DJU 1 de 19.05.1995; RE 176.726-0, DJU 1, 26.05.1995. 

5 HC 101542 SP, DJe-096, 28-05-2010. 

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forma isolada, de um diploma legal, e outro dispositivo de outro diploma legalimplica alterar por completo o seu espírito normativo, criando um conteúdodiverso do previamente estabelecido pelo legislador6.

 XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável eimprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

É claro que há muito a ser falado sobre racismo. Mas destacaremosapenas o que poderá cair na prova: o fato de esse crime ser inafiançável eimprescritível e sujeito à pena de reclusão.

Fique atento às questões que tentarão confundir esse inciso com opróximo, dizendo que o racismo é insuscetível de graça ou anistia. Estarãoerradas!

Outro “peguinha” é dizer que o racismo está su jeito à pena de detenção.

Memorize que essa pena é de reclusão, por ser mais gravosa! Lembre-se doconceito de reclusão: prisão com isolamento.

E o que é imprescritível? É aquilo que não sofre prescrição. A prescriçãoé a extinção de um direito que se dá após um prazo, devido à inércia do titulardo direito em protegê-lo. No caso, ao dizer que o racismo é imprescritível, oinciso XLII determina que este não deixará de ser punido mesmo com odecurso de longo tempo desde sua prática e com a inércia (omissão) do titularda ação durante todo esse período.

Finalizando a análise desse inciso, vale a pena mencionar oposicionamento do STF de que “o preceito fundamental de liberdade deexpressão não consagra o direito à incitação ao racismo, dado que um direitoindividual não pode constituir-se em salvaguarda de condutas ilícitas, comosucede com os delitos contra a honra. Prevalência dos princípios da dignidadeda pessoa humana e da igualdade jurídica. (...) A ausência de prescrição noscrimes de racismo justifica-se como alerta grave para as gerações de hoje e deamanhã, para que se impeça a reinstauração de velhos e ultrapassadosconceitos que a consciência jurídica e histórica não mais admitem.7”  

 XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis degraça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito deentorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos comocrimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, osexecutores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

 XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação degrupos armados, civis ou militares, contra a ordemconstitucional e o Estado Democrático;

6 HC 98766 MG, DJe-040, 04-03-2010.7 STF, Pleno, HC 82.424-2/RS, Rel. originário Min. Moreira Alves, rel. p/ acórdão Min. MaurícioCorrêa, Diário da Justiça, Seção I, 19.03.2004, p. 17.  

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O que guardaremos sobre esses incisos? Uma frase mnemônica: 3 T ehediondos não têm graça! 

3 T? Sim, tortura, tráfico ilícito de drogas e terrorismo. Esses crimes, assimcomo os hediondos, são insuscetíveis de graça ou anistia. Isso significa quenão podem ser perdoados pelo Presidente da República, nem ter suas penasmodificadas para outras mais benignas. Além disso, assim como o crime deracismo e a ação de grupos armados contra o Estado democrático, sãoinafiançáveis.

 XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do

 perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aossucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

Trata-se do princípio da pessoalidade, ou intransmissibilidade, ou,ainda, personificação da pena, que veda que esta seja transmitida apessoas que não o condenado. Visa a garantir a segurança jurídica, evitando-se que o indivíduo pague por crime que não cometeu.

 XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará,

entre outras, as seguintes:

a)  Privação ou restrição da liberdade;

3 T E HEDIONDOS NÃO TÊM GRAÇA!

IMPRESCRITÍVEIS

• RACISMO• AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS, CIVIS OU

MILITARES, CONTRA A ORDEMCONSTITUCIONAL E O ESTADODEMOCRÁTICO

INAFIANÇÁVEIS

• RACISMO• 3T• HEDIONDOS• AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS, CIVIS OU

MILITARES, CONTRA A ORDEMCONSTITUCIONAL E O ESTADODEMOCRÁTICO

INSUSCETÍVEIS DEGRAÇA OU ANISTIA

• 3T• HEDIONDOS

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b)  Perda de bens;c)  Multa;d)  Prestação social alternativa;e)  Suspensão ou interdição de direitos;

 XLVII - não haverá penas:

a)  De morte, salvo em caso de guerra declarada, nostermos do art. 84, XIX;b)  De caráter perpétuo;c)  De trabalhos forçados;d)  De banimento;e)  Cruéis;

Esses dois incisos trazem as penas admitidas e as vedadas pelaConstituição. A enumeração das primeiras não é exaustiva, podendo a lei criar

formas diversas de penalidade, desde que estas não estejam no rol de vedaçãoconstitucional. Decore essas duas listas, são muito cobradas em concursos!

No que se refere à pena de banimento, expurgada do ordenamento jurídico brasileiro pela Constituição Federal, tem-se que esta consistia emimpor, ao condenado, a retirada do território brasileiro por toda sua vida, bemcomo a perda da cidadania brasileira. Cita-se como exemplo a previsão da Lei30, de 16 de dezembro de 1830, em seu artigo 50. Essa pena não se confundecom a expulsão de estrangeiro do Brasil, aplicável ao estrangeiro que, dentreoutras hipóteses, atentar contra a segurança nacional, a ordem política ou

social, a tranquilidade ou moralidade pública e a economia popular, ou cujoprocedimento o torne nocivo à conveniência e aos interesses nacionais (Lei6.815/80). A pena de expulsão é admitida pelo ordenamento jurídico.

Já no que concerne à pena de caráter perpétuo, destaca-se oentendimento do STF de que, em decorrência da vedação às penas perpétuas,o máximo penal legalmente exequível, no ordenamento positivo nacional, é detrinta (30) anos, a significar, portanto, que o tempo de cumprimento daspenas privativas de liberdade não pode ser superior àquele limite imposto peloart. 75, "caput", do Código Penal8. Outro ponto a ser destacado é que aodeterminar que a lei “regulará a individualização da pena”, o constituintedeterminou que a lei penal deverá considerar as características pessoais doinfrator. Dentre essas, podemos citar os antecedentes criminais, o fato de serréu primário, etc. Trata-se do denominado princípio da individualização dapena.

É bom que você se lembre, em suas provas futuras, de importanteposicionamento do STF, o qual considerou inconstitucional, por afronta aoprincípio da individualização da pena, a vedação absoluta à progressão deregime trazida pela Lei 8072/1990, que trata dos crimes hediondos (HC82.959/SP, 23.02.2006). Entendeu a Corte que, ao não permitir que se

considerem as particularidades de cada pessoa, sua capacidade de

8 HC 84766 SP, DJe-074, 25-04-2008. 

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reintegração social e esforços de ressocialização, o dispositivo torna inócua agarantia constitucional.

 XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos,de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo doapenado;

 XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade físicae moral;

L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período deamamentação;

Esses incisos só poderão ser cobrados em sua literalidade. Leia-os comatenção!

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado,em caso de crime comum, praticado antes da naturalização,ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de

entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

O que é extraditar alguém? É entregar aquela pessoa para outro país,onde esta praticou crime, para que lá seja julgada segundo suas leis.

E o que é brasileiro nato? E naturalizado? Bem, caro (a) aluno (a)...Oconceito de brasileiro nato e de brasileiro naturalizado será mais detalhado em

aula futura. Mas, para facilitar a compreensão do inciso, explico de maneirabem rudimentar que o nato é aquele brasileiro “de berço”, desde o

PENAS VEDADAS

• DE MORTE, SALVO EM CASO DE GUERRADECLARADA;

• DE CARÁTER PERPÉTUO;• DE TRABALHOS FORÇADOS;• DE BANIMENTO;• CRUÉIS.

PENASADMITIDAS

• PRIVAÇÃO OU RESTRIÇÃO DA LIBERDADE;• PERDA DE BENS;• MULTA;• PRESTAÇÃO SOCIAL ALTERNATIVA;• SUSPENSÃO OU INTERDIÇÃO DE DIREITOS.

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nascimento, e o naturalizado é o que nasceu estrangeiro e um dia se tornoubrasileiro por um processo de naturalização.

Quando um brasileiro nato poderá ser extraditado? Nunca.

E o naturalizado? Só em duas situações:

  Quando cometer crime comum, somente antes de sua naturalização (háuma restrição quanto ao tempo do crime);  Quando ficar comprovado que está envolvido no tráfico ilícito de drogas,a qualquer tempo.

Destaca-se, também, que para haver extradição, a conduta que a pessoapraticou no exterior deverá ser crime, também, no Brasil. Além disso, caso apena para o crime seja a de morte, o país deverá se comprometer a substituí-la por outra, restritiva de liberdade (comutação da pena), exceto, claro,naquele único caso em que a pena de morte é admitida no Brasil: guerradeclarada. O mesmo ocorre quanto à pena de prisão perpétua: deverá serreduzida para o limite máximo de trinta anos (o adotado no Brasil).

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens semo devido processo legal;

Tem-se, aqui, o princípio do devido processo legal, que garante aoindivíduo meios de defesa frente ao Estado, caso este tente agir sobre sualiberdade ou seus bens.

Vamos definir o que é devido processo legal?

  Devido: é o processo previsto pelo ordenamento jurídico, e também justo;   Processo: são as práticas jurídicas, as formalidades e garantias. 

Hipóteses de extradiçãodo brasileiro

Nato: jamais!

Naturalizado:

-> Cometimento de crimecomum antes da naturalização;

-> Comprovado envolvimentoem tráfico ilícito de

entorpecentes e drogas afins,na forma da lei

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  Legal: é o processo previsto na Constituição e na legislaçãoinfraconstitucional. 

Juntando-se tudo, tem-se que o devido processo legal é o conjunto depráticas jurídicas previstas em lei que tem como finalidade garantir aconcretização da justiça. Tem dois aspectos: um formal e outro material.

No âmbito formal (processual), traduz-se na garantia dada às partes deque estas poderão utilizar todos os meios jurídicos disponíveis para a defesa deseus interesses. É o direito ao contraditório e à ampla defesa, queestudaremos a seguir.

Já no âmbito material, diz respeito à proporcionalidade, à necessidade deque o processo não despreze um direito garantido constitucionalmente emfunção de outros. Destaca-se que, segundo o STF, o princípio daproporcionalidade tem sua sede material no princípio do devido processo legal.

Outro importante entendimento do STF é o de que o duplo grau de jurisdição (reexame necessário) não é uma garantia constitucional asseguradapela CF/88.

 “E o que é duplo grau de jurisdição, professora?”  

Trata-se de um reexame da matéria decidida em juízo, ou seja, de umanova apreciação jurisdicional, no mesmo processo. Para que ocorra, porém, énecessário o cumprimento de determinados pressupostos específicos, previstos

em lei.LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, eaos acusados em geral são assegurados o contraditório eampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

As garantias do contraditório e da ampla defesa são inerentes ao devidoprocesso legal. A ampla defesa compreende o direito que o indivíduo tem detrazer ao processo todos os elementos lícitos de que dispuser para provar averdade, ou, até mesmo, de se calar ou omitir caso isso lhe seja benéfico(direito à não-autoincriminação). Já o contraditório é o direito dado aoindivíduo de contradizer tudo que for levado ao processo pela parte contrária.Assegura, também, a igualdade das partes do processo, ao equiparar o direitoda acusação com o da defesa.

Destaca-se, ainda, que essas garantias constitucionais aplicam-se tantoaos processos judiciais quanto aos administrativos.

O STF entende que não há ofensa ao contraditório e à ampla defesaquando do interrogatório realizado pela autoridade policial sem a presença deadvogado. Por esse motivo, é nula a sentença condenatória proferida

exclusivamente com base em fatos narrados no inquérito policial.

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Entende, também, aquela Corte, que na sindicância preparatória para aabertura do processo administrativo disciplinar (PAD) não é obrigatória aobediência aos princípios do contraditório e da ampla defesa. Esses somentesão exigidos no curso do PAD.

Ressalta-se que a razão disso é que a sindicância que precede a abertura

do PAD, assim como o inquérito policial, caracterizam-se pela coleta deinformações, que serão apuradas em fases futuras dentro de um processo.Caso a sindicância, entretanto, não resulte em abertura do PAD mas setraduza em aplicação de penalidade (advertência, por exemplo), há sim,necessidade de obediência ao contraditório e à ampla defesa como requisito devalidade da pena aplicada.

Finalmente, é importante que estudemos uma súmula vinculantebastante cobrada em concursos recentes. Trata-se da súmula vinculante 14,que diz:

"É direito do defensor, no interesse do representado, teracesso amplo aos elementos de prova que, já documentadosem procedimento investigatório realizado por órgão comcompetência de polícia judiciária, digam respeito ao exercíciodo direito de defesa".

Por meio dessa súmula, o STF, como proteção à ampla defesa, garantiua advogados o acesso a provas já documentadas em autos de inquéritospoliciais que envolvam seus clientes, inclusive os que tramitam em sigilo.

Observe, entretanto, que a súmula somente se aplica a provas jádocumentadas, não atingindo demais diligências do inquérito, às quais oadvogado não tem direito a ter acesso prévio. Com isso, caso sintanecessidade, a autoridade policial está autorizada a separar partes doinquérito.

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

Qual a diferença entre prova ilícita e prova ilegítima? Não confunda, caro(a) aluno (a)! A primeira é aquela que fere o direito material, a segunda é aque fere o processual.

A prova ilícita não pode ser usada nem no processo administrativo nemno judicial .Entretanto, caso isso ocorra, não há, necessariamente, invalidaçãode todo o processo. Caso existam outras provas e estas sejam lícitas eindependentes da obtida ilicitamente, o processo continua, sendo removidaapenas esta e mantidas aquelas.

E se da prova ilícita resultarem outras? Todas elas deverão ser retiradasdo processo, pois foram contaminadas pela ilicitude. É o que preconiza a Teoria

dos Frutos da Árvore Envenenada (“Fruits of the Poisonous Tree”). 

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É importante destacar, porém, que a tão-só existência de provareconhecidamente ilícita no processo não basta para que a condenação sejanula ou seja, a prova ilícita não contamina todo o processo. Nesse sentido,segundo o STJ, “não se aplica a Teoria da Árvore dos Frutos Envenenadosquando a prova considerada como ilícita é independente dos demais elementosde convicção coligidos nos autos, bastantes para fundamentar a condenação” 9.

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

Trata-se do princípio da presunção de inocência, que tem por objetivoproteger a liberdade do indivíduo frente ao poder de império do Estado. Cabeao último provar a culpabilidade do primeiro.

Esse princípio impede a prisão do réu antes que sua condenação transiteem julgado. Entretanto, é possível a prisão preventiva processual, obedecidos

os requisitos do Código de Processo Penal.

LVIII - o civilmente identificado não será submetido aidentificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;

Tem-se, aqui, norma constitucional de eficácia contida: na falta de leidispondo sobre os casos de identificação criminal excepcional, esta jamaisseria exigível.

O que é identificação civil? É a regra: carteira de identidade, de

motorista, de trabalho... E a criminal? É a impressão digital (processodatiloscópico) e a fotográfica. Aposto que você se lembrou daquelas cenas defilmes, em que o preso é fotografado de frente e de perfil pela polícia, né?

Assim, lei pode prever, excepcionalmente, hipóteses de identificaçãocriminal mesmo quando o indivíduo já foi identificado civilmente. É o caso daLei no 9034/1995, de combate ao crime organizado, por exemplo.

LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública,se esta não for intentada no prazo legal;

Como você sabe, em regra é o Ministério Público que provoca o PoderJudiciário nas ações penais públicas, de cujo exercício é titular, com o fim deobter do Estado o julgamento de uma pretensão punitiva.

Entretanto, em alguns casos, o particular poderá exercer essaprerrogativa, de maneira excepcional. Trata-se dos casos de ação penalprivada subsidiária da pública, quando esta não é intentada no prazo legal.

Nesse tipo de ação, a titularidade da persecução criminal era,inicialmente, do Ministério Público. Entretanto, diante da omissão deste, ela

passou para o particular!

9  APR 20050810047450 DF, Rel. Vaz de Mello, j. 07.02.2008. 

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LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quaiso de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistênciada família e de advogado;

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis porsua prisão ou por seu interrogatório policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pelaautoridade judiciária;

No inciso LXIII, temos o direito à não autoincriminação (ao silêncio),estando presente tanto quando o réu presta depoimento ao Poder Judiciárioquanto quando dá informações ao Executivo ou ao Legislativo (no âmbito deCPI, por exemplo).

Uma jurisprudência importante para concursos: segundo o STF, o preso

deve ser informado de seu direito ao silêncio, sob pena de nulidade absolutade seu interrogatório.

Outro entendimento importante do STF a respeito dos direitos do preso éa súmula vinculante 11, segundo a qual:

Súmula vinculante 11 – Só é lícito o uso dealgemas em caso de resistência e defundado receio de fuga ou de perigo àintegridade física própria ou alheia, por

parte do preso ou de terceiros, justificada aexcepcionalidade por escrito, sob pena deresponsabilidade disciplinar, civil e penal doagente ou da autoridade e de nulidade daprisão ou do ato processual a que se referesem prejuízo da responsabilidade civil doEstado. 

O que é súmula vinculante? Estudaremos esse conceito melhor em aulafutura, mas já adianto que é um entendimento do STF a que todos os demais órgãos do Poder Judiciário e a Administração Pública estão vinculados, ou seja,devem necessariamente obedecer. A partir da súmula vinculante 11, o uso dealgemas só pode se dar em situações excepcionais, justificadas por escrito.

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a doresponsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável deobrigação alimentícia e a do depositário infiel;

A partir deste artigo, de “memorização” obrigatória para sua prova,pode-se concluir que: 

  Em regra, não há prisão civil por dívidas. 

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  Aquele que não paga pensão alimentícia só pode ser preso se deixar depagar porque quer (inadimplemento voluntário) e sem justificativa plausível(inadimplemento inescusável). 

  O depositário infiel, de acordo com a Constituição, também pode serpreso. Entretanto, segundo o STF, o Pacto de San José, firmado pelo Brasilem 1992 e que só permite a prisão civil por não pagamento de obrigação

alimentícia, suspendeu a eficácia da legislação a ele contrária. Esse tratado,segundo a Corte Suprema, por tratar de direitos humanos, tem “status”supralegal, ou seja, está abaixo da Constituição e acima de todas as leis nahierarquia das normas. Assim, a norma constitucional permanece válida, mastoda a legislação infraconstitucional que regia a prisão do depositário infiel tevesua aplicação suspensa. Não há, portanto, prisão civil nesta hipótese. Nessesentido, tem-se a súmula vinculante 25, segundo a qual: 

É Ilícita a prisão civil do depositário

infiel, qualquer que seja a modalidadede depósito.

Para facilitar a compreensão do artigo, definirei, para você, o que édepositário infiel. O conceito não é cobrado em prova, mas fica bem mais fácilentender o espírito da norma quando este é explicado. O depositário é apessoa a quem uma autoridade entrega um bem em depósito. Essa pessoaassume a obrigação de conservar aquele bem com diligência e de restituí-loassim que a autoridade o exigir. Quando assim não procede, é chamada

depositário infiel. A infidelidade, portanto, é um delito. É o caso de umapessoa que teve mercadoria apreendida pela Receita Federal, mas que recebedo Auditor-Fiscal autorização para guardá-la, por falta de espaço no depósitoda unidade aduaneira, por exemplo. Caso o bem não seja entregue assim querequerido, o depositante torna-se infiel. 

Quero que se lembre, ainda, de que os tratados sobre direitos humanostambém podem ter “status” de emenda constitucional, desde que aprovadosobedecendo ao rito próprio dessa espécie normativa. Assim, necessitam seraprovados em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três

quintos dos votos dos respectivos membros. Essa previsão está no art. 5º, §3º da CF/88, incluído à Constituição pela EC 45/04.

 XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 

Por meio desse dispositivo, a CF/88 garante a liberdade de locomoção,no território nacional, nos tempos de paz e nos termos da lei. Observe quese trata de norma constitucional de eficácia contida, que poderá sofrer

restrições referentes ao ingresso, saída e circulação interna de pessoas epatrimônio. É o caso, por exemplo, das restrições impostas por normas

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referentes à bagagem dos viajantes, que impedem a entrada de determinadosprodutos em território nacional. 

Outro tópico bastante interessante sobre esse dispositivo é que aliberdade de locomoção só é assegurada a qualquer pessoa (brasileira ounão) em tempos de paz. Isso significa que em tempos de guerra a liberdade de

entrada, saída e permanência no país poderão sofrer duras restrições,principalmente no que se refere a estrangeiros.

Por fim, cabem algumas considerações sobre o direito de locomoção.Locomover significa andar, correr, passear, parar, ir, vir, ficar, estacionar,transitar...Em sentido amplo, é o mesmo que circular. Nesse sentido, não podeo Poder Público cercear o livre trânsito de pessoas, salvo em situaçõesexcepcionais. 

O remédio constitucional adequado para proteger a liberdade de

locomoção é o “habeas corpus”: 

 XVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguémsofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação emsua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 

O “habeas corpus” é, como estudamos anteriormente, uma garantiafundamental. Trata-se de uma forma específica de garantia, a que a doutrinachama “remédio constitucional”. 

 “Ih...Agora complicou! O que é remédio constitucional, Nádia?”  

Calma, aluno (a)... O remédio constitucional é um meio que aConstituição dá ao indivíduo de proteger seus direitos contra a ilegalidade ouabuso de poder cometido pelo Estado. Ao contrário da maioria das garantias,não é uma proibição ao Estado, mas um instrumento a favor do indivíduo. 

Bem, voltando ao “habeas corpus”, temos que ele é remédioconstitucional que protege o direito de locomoção. Sua finalidade é, por meiode ordem judicial, fazer cessar a ameaça ou coação à liberdade de locomoçãodo indivíduo.

O “habeas corpus” tem natureza penal, procedimento especial (é dedecisão mais rápida: rito sumário), é isento de custas (gratuito) e pode serrepressivo (liberatório) ou preventivo (salvo-conduto). No primeiro caso, buscadevolver ao indivíduo a liberdade de locomoção que já perdeu (sendo preso,por exemplo). No segundo, resguarda o indivíduo quando a perda dessaliberdade é apenas uma ameaça.

Veja como isso foi cobrado em prova recente...

1.  (Cespe/2012/MP-PI) Caracteriza-se como repressivo o habeascorpus impetrado por alguém que se julgue ameaçado de sofrer

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No que se refere à legitimidade passiva no “habeas corpus”, tem-seque este se dirige contra a autoridade coatora, seja ela de caráter público ouum particular. Por autoridade coatora entende-se aquela que determinou aprisão ou a restrição da locomoção do paciente, ou seja, da pessoa que sofreua lesão ou ameaça de lesão. Um exemplo típico de “habeas corpus” contraparticular é aquele impetrado contra hospitais, que negam a liberação de seus

pacientes, caso estes não paguem suas despesas.

Pode haver medida liminar em “habeas corpus”, desde que presentesseus pressupostos. Além disso, qualquer pessoa pode impetrar essa ação, embenefício próprio ou alheio. Qualquer pessoa mesmo: criança, mendigo,analfabeto, pessoa jurídica... A última, claro, só a favor de pessoa física. 

Outra coisa importante: é cabível “habeas corpus” mesmo quando aofensa ao direito de locomoção é indireta, ou seja, quando do atoimpugnado possa resultar procedimento que, ao final, termine em detenção ou

reclusão da pessoa. É o caso do uso desse instrumento para proteger oindivíduo contra quebra de sigilo bancário que possa levar à sua prisão em umprocesso criminal, por exemplo. Esse é o entendimento do STF. Entretanto,caso a quebra do sigilo fiscal se desse em um processo administrativo, nãocaberia habeas corpus. Isso porque esse tipo de processo jamais leva àrestrição de liberdade. O remédio constitucional adequado, nesse caso, seria omandado de segurança.

Resta, ainda, destacar que o “habeas corpus”  pode ser concedido deofício pelo juiz 10. Além disso, entende o STF que há desvinculação à causa de

pedir e aos pedidos formulados. Assim, o órgão competente para seu julgamento não está vinculado nem a uma nem a outros. Havendo convicçãosobre a existência de ato ilegal não mencionado pelo impetrante, cabe aoJudiciário afastá-lo11. 

Quando é incabível o “habeas corpus”? 

  Para impugnar decisões do STF (Plenário ou Turmas);   Para impugnar determinação de suspensão dos direitos políticos  Para impugnar pena em processo administrativo disciplinar: advertência,suspensão, demissão etc.   Para impugnar pena de multa 

  Para impugnar quebra de sigilo bancário, fiscal ou telefônico, se dela nãopuder resultar condenação à pena privativa de liberdade   Para discutir o mérito de punições disciplinares militares (art. 142, § 2º,CF). 

Perceba que as penas de multa, de suspensão de direitos políticos, bemcomo disciplinares não resultam em cerceamento da liberdade de locomoção.Logicamente, não cabe habeas corpus para impugná-las. Já a vedação ao usodesse remédio para discutir o mérito das punições militares é que estas estão

10 STF, HC 69.172-2/RJ, DJ, 1, de 28.08.1992.  

11 STF, HC 69.421/SP, DJ, 1, de 28.08.1992. 

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sujeitas à decisão das autoridades militares, não aos juízes. Entretanto,segundo o STF, o mérito não pode ser discutido pelos juízes, mas a legalidadesim (questões como cumprimento do regimento militar, por exemplo).

Nesse sentido, entende o STF que a imposição da pena acessória deperda da graduação e exclusão do militar dos quadros da Corporação, por não

implicar, ainda que de forma indireta, atentado à liberdade de locomoção dopaciente, não comporta exame na via estreita do habeas corpus12.

Que tal resolvermos outra questão “recém saída do forno”? 

4.  (Cespe/2012/MP-PI) Segundo a jurisprudência dominante doSTF, é cabível habeas corpus contra decisão condenatória à pena demulta.

Comentários: 

Pelo contrário! O STF entende que, nesse caso, não há qualquer possibilidadede violação ao direito de locomoção, sendo, por isso, descabido o “habeascorpus”. Questão incorreta. 

Outro ponto importante é o entendimento do STF de que, desconstituídoo objeto do “habeas corpus”, por julgada extinta a pena em face do seuintegral cumprimento, resta prejudicado o pedido13. Isso significa que a

extinção da pena torna incabível a utilização do “habeas corpus”. Isso porqueesse remédio visa à tutela do direito à locomoção, não se justificando quandoesse direito não mais se encontra limitado ou ameaçado.

O “habeas corpus” também não serve como meio de dilação probatória,para reparar erro do Judiciário, devido à sua índole sumaríssima14. Por dilaçãoprobatória entende-se o prazo concedido às partes para a produção de provasno processo. Como essa fase é demorada, relativamente longa, entende o STFque é incabível na via de “habeas corpus”, devido a seu rito sumaríssimo.Nesse sentido, o STF também considera o “habeas corpus” remédio processualinadequado para promover a análise da prova penal, efetuar o reexame doconjunto probatório regularmente produzido e provocar a reapreciação dematéria de fato15.

Destaca-se, ainda, que em caso de estado de defesa (art. 136, CF) ouestado de sítio (art. 139, CF), o âmbito do “habeas corpus” poderá serrestringido. Contudo, jamais poderá ser suprimido.

12

 HC 122047 MS 2008/0263135-2, DJe 27/04/2009. 13

 HC 34826 RS 2004/0051531-1, DJe 06/10/2008. 14

 STF, HC 68.397-5/DF, DJ 1, 26.06.1992. 15

 STF, HC 69.780, DJ de 17.06.2005. 

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Entende o STF (Súmula no  643) que “nãocabe habeas corpus contra decisãocondenatória a pena de multa, ou relativo aprocesso em curso por infração penal a que

a pena pecuniária seja a única cominada”.Isso porque, nesses casos, a liberdade delocomoção não se encontra ameaçada. 

Habeas corpus Caráter preventivo ou

repressivoSim

Finalidade Proteger a liberdade de locomoçãoLegitimados ativos Qualquer pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira. Só pode

ser impetrado a favor de pessoa natural, jamais de pessoa jurídica.Legitimados passivos Autoridade pública e pessoa privada

Natureza PenalIsenção de custas Sim

Medida liminar Possível, com pressupostos “fumus boni juris” e “periculum in mora”  Observações Penas de multa, de suspensão de direitos políticos, bem como

disciplinares não resultam em cerceamento da liberdade delocomoção. Por isso, não cabe habeas corpus para impugná-las

LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ouhabeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abusode poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídicano exercício de atribuições do Poder Público;

O mandado de segurança sofreu modificações recentes, pois passou aser regulamentado pela Lei 12.016, de 07 de agosto de 2009. 

Trata-se de uma ação judicial, de rito sumário especial, própria paraproteger direito líquido e certo de pessoa física ou jurídica, não protegidopor habeas corpus ou habeas data, que tenha sido violado por ato deautoridade ou de agente de pessoa privada no exercício de atribuição do PoderPúblico. 

Quando se fala que o mandado de segurança protege direito líquido ecerto “não amparado por habeas corpus ou habeas data”, determina-se queeste tem caráter residual. Assim, essa ação judicial só é cabível na falta deoutro remédio constitucional para proteger o direito violado. 

Outra característica importante é que o mandado de segurança temnatureza civil, e é cabível  contra o chamado “ato de autoridade”, ou

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seja, contra ações ou omissões do Poder Público e de particulares no exercíciode função pública (como o diretor de uma universidade particular, porexemplo). 

Quando é incabível o mandado de segurança? 

I-  Quando se tratar de ato do qual caiba recurso administrativosuspensivo, independentemente de caução; II-  Quando se tratar de decisão judicial da qual caiba recurso com efeitosuspensivo; 

Nessas duas hipóteses, havendo possibilidade de recurso suspensivo (ouseja, recurso que garante que nenhuma situação jurídica poderá sermodificada até a decisão) descabe o uso de mandado de segurança, uma vezque o direito já está protegido pela própria suspensão. 

III-  Contra decisão judicial transitada em julgado; 

Contra esse tipo de decisão não cabe mais recurso, por isso é descabidoo uso de mandado de segurança.

IV – Contra lei em tese, exceto se produtora de efeitos concretos. 

O que é lei em tese? É aquela de efeitos gerais e abstratos, ou seja, queapresenta generalidade e abstração.

A generalidade está presente quando a lei possui destinatáriosindeterminados e indetermináveis (uma lei que proteja o meio ambiente, porexemplo). Já a abstração ocorre quando a lei disciplina abstratamente (e nãoconcretamente) as situações que estão sujeitas ao seu comando normativo.Somente leis de efeitos concretos (semelhantes a atos administrativos, comouma lei que modifica o nome de uma rua, por exemplo) podem ser atacadaspor mandado de segurança.

Destaca-se que, em regra, não cabe mandado de segurança contra atode natureza jurisdicional, salvo situação de absoluta excepcionalidade em querestar cabalmente evidenciado o caráter abusivo ou teratológico da medidaimpugnada 16. Nesse caso, deve o impetrante demonstrar, além da violação dedireito líquido e certo, a inexistência de recurso com efeito suspensivo e que oprovimento do recurso cabível não seria suficiente à reparação do dano. Issoporque não pode o mandado de segurança, de acordo com o STF, ser utilizadocomo sucedâneo recursal, sob pena de se desnaturar a sua essênciaconstitucional.

Nesse sentido, a orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federalé firme no sentido de não admitir, salvo em situações excepcionais, mandadode segurança contra as suas próprias decisões jurisdicionais, inclusive as

proferidas por qualquer de seus Ministros, uma vez que esses atos só podem

16 AgRg no MS 14561 DF 2009/0155213-1, 29/06/2010. 

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ser reformados por via dos recursos admissíveis, ou, em se tratando de julgamento de mérito com trânsito em julgado, por meio de ação rescisória(MS 30836 RJ, 06/10/2011).

Além disso, entende o STF que não cabe a impetração de mandado desegurança objetivando assegurar direito líquido e certo à insubmissão a certa

modalidade de tributação, na hipótese de o ato coator apontado se confundircom a própria adoção de medida provisória. Trata-se de situação análoga àimpetração contra lei em tese (Súmula 266/STF), situação em que é incabívelo mandado de segurança. Em matéria tributária, segundo o Supremo, acobrança das obrigações fiscais ganha concreção com o lançamento ou com osatos de constituição desempenhados pelo próprio contribuinte, quando alegislação de regência assim determinar17. 

Agora que já sabemos quando o mandado de segurança é cabível, quetal entendermos o que ele protege? Afinal, o que é direito líquido e certo?  

Direito líquido e certo, segundo a doutrina, é aquele evidente deimediato, que não precisa de comprovação futura para ser reconhecido. Aexistência desse direito é impossível de ser negada. Por esse motivo, não hádilação probatória (prazo para produção de provas) no mandado de segurança.As provas, geralmente documentais, são levadas ao processo no momento daimpetração da ação, ou seja, quando se requer a tutela jurisdicional.

De acordo com a jurisprudência do STF, o conceito de direito líquido ecerto está relacionado á prova pré-constituída, a fatos comprovados

documentalmente na exordial (petição inicial do processo). Não importa se aquestão jurídica é difícil, complexa ou controvertida. Nesse sentido, dispõe aSúmula 625 do STF que “controvérsia sobre matéria de direito não impedeconcessão de mandado de segurança”. O que se exige é que o fato estejaclaro, pois o direito será certo se o fato a ele correspondente também o for.

Por fim, é importante frisar que o mandado de segurança é cabível tantocontra atos discricionários quanto contra vinculados. Reza a Constituiçãoque os indivíduos utilizam o mandado de segurança para se defenderem tantoda ilegalidade quanto do abuso de poder. Por ilegalidade, entende-se asituação em que a autoridade coatora não age em conformidade com a lei.Trata-se de vício próprio dos atos vinculados. Por abuso de poder, por outrolado, entende-se a situação em que a autoridade age fora dos limites de suacompetência. Trata-se de vício próprio dos atos discricionários. Assim, aConstituição, de acordo com a doutrina, ao se referir à ilegalidade comohipótese de cabimento de mandado de segurança, reporta-se aos atosvinculados, e ao se referir ao abuso de poder, reporta-se aos discricionários. 

Quem pode impetrar mandado de segurança? 

  Todas as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras,

domiciliadas ou não no Brasil; 

17 STF, MS-ED 25265 / DF - DISTRITO FEDERAL, Julg. 28/03/2007, DJ 08/06/2007. 

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  As universalidades (que não chegam a ser pessoas jurídicas)reconhecidas por lei como detentoras de capacidade processual para a defesade seus direitos, como a massa falida e o espólio, por exemplo;   Alguns órgãos públicos (órgãos de grau superior), na defesa de suasprerrogativas e atribuições;   O Ministério Público. 

Pode haver liminar em mandado de segurança? 

Calma, aluno (a). Já vou explicar o que é liminar. Esta é uma ordem judicial proferida pronta, sumaria (rito breve) e precariamente (não édefinitiva). Visa a proteger direito que esteja sendo discutido em outra ação, eque, sem a liminar, poderia sofrer danos de difíceis reparações, devido àdemora na prestação jurisdicional. 

A liminar, portanto, tem dois pressupostos: 

  O “fumus boni juris”, ou “fumaça do bom direito”, que significa que opedido deve ter plausibilidade jurídica;   O “periculum in mora” (risco da demora), que significa que deve haverpossibilidade de dano irreparável ou de difícil reparação se houver demora naprestação jurisdicional. 

Presentes esses requisitos, é possível liminar em mandado de segurança.Entretanto, há exceções, para as quais mesmo existindo esses requisitos, alei não admite liminar em mandado de segurança: 

  A compensação de créditos tributários;   A entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior;   A reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão deaumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza. 

 “Por que a lei faz isso, Nádia”? Ora, trata-se de matérias muitoimportantes, que não podem ser decididas precariamente por medida liminar.

Na compensação de créditos tributários, por exemplo, a União (ou outroente federado)  “perdoa” um débito do contribuinte utilizando um crédito queele tenha com ela. Exemplo: um contribuinte deve imposto de renda, mas temum crédito de COFINS-EXPORTAÇÃO. Ele usa, então, esse crédito para “quitar” a dívida, o famoso “elas por elas”.

Pense bem, caro (a) aluno (a). Você acha que perdão de débito tributárioé matéria a ser discutida precariamente? É claro que não! Por isso a lei protegeessa matéria ao impedir que seja tratada por medida liminar em mandado desegurança. 

O mesmo ocorre com a entrega de mercadorias ou bens provenientes doexterior. Eles são a maior garantia que a Receita Federal tem de que o

contribuinte pagará seus tributos aduaneiros. Por isso, não podem serentregues precariamente, por medida liminar. Além do mais, o risco de seentregar uma mercadoria que cause prejuízo à sociedade é muito maior que o

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de se prejudicar alguma empresa pela retenção indevida de seus bensimportados. Essas são as razões pelas quais a lei resguarda decisão tãoimportante contra medida liminar em mandado de segurança: há interessesmuito grandes envolvidos. 

Há um prazo para a impetração do mandado de segurança: cento e

vinte dias a partir da data em que o interessado tiver conhecimento oficial dodato a ser impugnado (publicação desse ato na imprensa oficial, por exemplo).Segundo o STF, esse prazo é decadencial (perde-se o direito ao mandado desegurança depois desse tempo), não passível de suspensão ouinterrupção. Também segundo a Corte Suprema, é constitucional lei que fixeo prazo de decadência para a impetração de mandado de segurança (Súmula632 do STF). 

E se eu perder o prazo, Nádia? Você até poderá proteger seu direito, mascom outra ação, de rito ordinário, normal. Jamais por mandado de segurança! 

Outro aspecto importante do mandado de segurança a ser estudado parasuas futuras provas de concurso é que, concedida a segurança (deferido, “aceito” o pedido), a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo graude jurisdição (reexame necessário). Significa dizer que essa sentença seráreexaminada em uma instância superior, exceto quando proferida por tribunaldo Poder Judiciário em sua competência originária. 

Isso porque quando a Constituição estabelece que determinado tribunaltem competência originária para certo pleito, isso significa que esse órgão

pode e deve decidir o pleito em toda sua dimensão, bem como resolver asquestões - de fato e de direito - surgidas por força da resistência oposta pelodemandado (ou mesmo pela lei, nos casos de direitos indisponíveis). É o casoda competência do STF para julgar o Presidente da República no caso deinfração penal comum, por exemplo (art. 102, I, “b”, CF). 

Entretanto, a sentença de primeiro grau poderá ser executadaprovisoriamente. Não se esqueça disso! 

Destaca-se, ainda, que no processo de mandado de segurança não hácondenação ao pagamento dos honorários advocatícios (ônus desucumbência). Se o impetrante (o requerente) for derrotado, não serácondenado a pagar as despesas com advogado da outra parte.

Por fim, destaca-se que o mandado de segurança é o remédioconstitucional adequado para proteger o direito de reunião, caso haja lesão ouameaça de lesão a esse direito por alguma ilegalidade ou arbitrariedade porparte do Poder Público.

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Mandado de segurança individualCaráter preventivo

ou repressivoSim

Finalidade Proteger direito líquído e certo, não amparado por “habeas corpus” ou “habeas data” 

Legitimados ativos Todas as pessoas físicas ou jurídicas, as universalidades reconhecidas

por lei como detentoras de capacidade processual, alguns órgãospúblicos e o Ministério PúblicoLegitimados

passivosPoder público e particulares no exercício da função pública

Natureza CivilIsento de custas NãoMedida liminar Possível, com pressupostos “fumus boni juris” e “periculum in mora”,

mas há exceções

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a) partido político com representação no Congresso Nacional;

b) organização sindical, entidade de classe ou associaçãolegalmente constituída e em funcionamento há pelo menos umano, em defesa dos interesses de seus membros ouassociados;

O mandado de segurança coletivo serve para proteger direitos coletivose individuais homogêneos contra ato, omissão ou abuso de poder por partede autoridade. Só quem pode impetrá-lo (legitimados ativos) são essaspessoas previstas nas alíneas “a” e b”. Destaca-se que a exigência de um anode constituição e funcionamento da alínea “b” aplica-se apenas às associações, jamais às entidades sindicais e de classe.

Nesse sentido, entende o STF que nem mesmo os entes da federaçãopodem impetrar mandado de segurança coletivo, em favor dos interesses desua população. Para a Corte, “ao Estado-membro não se outorgou legitimaçãoextraordinária para a defesa, contra ato de autoridade federal no exercício decompetência privativa da União, seja para a tutela de interesses difusos de suapopulação – que é restrito aos enumerados na lei da ação civil pública (Lei

7.347/1985) –, seja para a impetração de mandado de segurança coletivo, queé objeto da enumeração taxativa do art. 5º, LXX, da Constituição. Além de nãose poder extrair mediante construção ou raciocínio analógicos, a alegadalegitimação extraordinária não se explicaria no caso, porque, na estrutura dofederalismo, o Estado-membro não é órgão de gestão, nem de representaçãodos interesses de sua população, na órbita da competência privativa da União” .

Veja como isso foi cobrado em provas recentes, do Cespe:

5.  (Cespe/2012/AGU) De acordo com o entendimento do STF, o

estado-membro não dispõe de legitimidade para propor, contra aUnião, mandado de segurança coletivo em defesa de supostos

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interesses da população residente na unidade federada.

Comentários: 

De fato, o Estado-membro não é, segundo a Corte, legitimado a impetrarmandado de segurança coletivo contra a União, em defesa de sua população.

Questão correta.

6.  (Cespe/2012/TJ-PI) O mandado de segurança coletivo pode serimpetrado por organização sindical, entidade de classe ou associaçãolegalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano,em defesa dos interesses de seus membros ou associados, mas nãopor partido político, que não possui representação para a defesa dedireitos de categorias sociais em particular.

Comentário:

Partido político com representação no Congresso Nacional também podeimpetrar mandado de segurança coletivo. Questão incorreta.

Não cabe mandado de segurança coletivo para proteger direitos difusos.Isso porque essa ação tem caráter residual, e os direitos difusos já sãoamparados por outros instrumentos processuais, como, por exemplo, a açãocivil pública. Além disso, seu caráter sumário exige prova documental, algoque os direitos difusos não apresentam de forma incontroversa. Com isso,

encontram-se obstáculos para comprovar sua fluidez e certeza. 

Lembra-se quando falamos de substituição processual? No mandado desegurança coletivo, ocorre esse instituto. O interesse invocado pertence a umacategoria, mas quem é parte do processo é o impetrante (partido político, porexemplo), que não precisa de autorização expressa dos titulares do direitopara agir. 

É importante destacar que o STF entende que os direitos defendidospelas entidades da alínea “c” não precisam se referir a TODOS os seusmembros. Podem ser o direito de apenas parte deles (exemplo, quando osindicato defende direito referente à aposentadoria, que beneficia apenas seusfiliados inativos). 

Outro importante entendimento da Corte Suprema é o de que o partidopolítico não está autorizado a valer-se do mandado de segurançacoletivo para, substituindo todos os cidadãos na defesa de interessesindividuais, impugnar majoração de tributo. Isso porque, para o STF, umaexigência tributária configura interesse de grupo ou classe de pessoas, sópodendo ser impugnada por eles próprios, de forma individual ou coletiva.

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Mandado de segurança coletivoCaráter preventivo

ou repressivoSim

Finalidade Proteger direitos líquídos e certos coletivos ou individuaishomogêneos, não amparados por HC ou HD (caráter residual)

Legitimados ativos   Partido político com representação no Congresso Nacional;

  Organização sindical, entidade de classe e associação:legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 01 ano.

Legitimados passivos Autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício deatribuições do poder público

Natureza CivilIsento de custas NãoMedida liminar Possível, com pressupostos “fumus boni juris” e “periculum in mora”  Observações Substituição processual

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta

de norma regulamentadora torne inviável o exercício dosdireitos e liberdades constitucionais e das prerrogativasinerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

O mandado de injunção é um remédio constitucional disponível paraqualquer pessoa prejudicada pela falta de norma regulamentadora queinviabilize o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e dasprerrogativas inerentes à nacionalidade, soberania e cidadania. Isso visa agarantir que a Constituição não se tornará “letra morta”, evitando a omissãodo legislador infraconstitucional.

Destaca-se que o mandado de injunção, segundo o STF, é cabível não sópara omissões de caráter absoluto ou total como também para as omissões decaráter parcial 18. Isso porque a omissão inconstitucional, ainda que parcial, ouseja, derivada da insuficiente concretização, pelo Poder Público, do conteúdomaterial da norma constitucional, deve ser repelida, pois a inércia do Estado éum processo informal de s de mudança da Constituição. Isso porque, mesmonão alterando a letra da Constituição, modifica-lhe o alcance, ao paralisar suaaplicação. Essa paralisação, não desejada nem prevista pelo constituinte, éinconstitucional.. 

 “Você disse que qualquer pessoa é legitimada para impetrar mandado deinjunção, Nádia? Entendi bem?”  

Sim, meu caro (ou minha cara). Qualquer pessoa, física ou jurídica,que se veja impossibilitada de exercer direito constitucional por falta de normaregulamentadora é legitimada a propor mandado de injunção. Como você veráem aula futura, essa é uma das diferenças entre o mandado de injunção e aação direta de inconstitucionalidade por omissão. 

Apesar de, ao contrário do que acontece com o mandado de segurança,

a Constituição não mencionar o mandado de injunção coletivo, o STF

18 ADI 1484 DF, DJ 28/08/2001. 

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entende que este é cabível, podendo ser impetrado pelos mesmos legitimadosdo mandado de segurança coletivo: 

  Partido político com representação no Congresso Nacional;   Organização sindical ou entidade de classe;   Associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos

um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados. 

E quem julga o mandado de injunção, Nádia? Depende de qualautoridade se omitiu quanto à proposição da lei. Assim, a competência édeterminada em razão dessa pessoa (“ratione personae”). 

Um tópico muito importante: o mandado de injunção não é gratuito,sendo necessária a assistência de advogado para sua impetração. 

Outro destaque: o mandado de injunção visa a solucionar um caso

concreto. Assim, há três pressupostos para o cabimento de mandado deinjunção: 

  Falta de norma que regulamente uma norma constitucional programáticapropriamente dita ou que defina princípios institutivos ou organizativos denatureza impositiva;   Nexo de causalidade entre a omissão do legislador e a impossibilidade deexercício de um direito ou liberdade constitucional ou prerrogativa inerente ànacionalidade, à soberania e à cidadania;   O decurso de prazo razoável para elaboração da norma regulamentadora

(retardamento abusivo na regulamentação legislativa). 

E quando é que descabe mandado de injunção? Segundo a jurisprudência do STF, nas seguintes situações: 

  Se já houver norma regulamentadora do direito constitucional,mesmo que esta seja defeituosa;   Se faltar norma regulamentadora de direito infraconstitucional.Isso porque o mandado de injunção somente repara falta de regulamentaçãode direito previsto na Constituição Federal;   No caso de falta de regulamentação de medida provisória ainda nãoconvertida em lei pelo Congresso Nacional;   Se não houver obrigatoriedade de regulamentação do direitoconstitucional, mas mera faculdade. Nesse caso, o legislador tem liberdadepara regulamentar ou não a norma constitucional. 

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Não cabe mandado de injunção: 

  Se já houver norma regulamentadora   Se faltar norma regulamentadora de direitoinfraconstitucional   Se faltar regulamentação de medidaprovisória ainda não convertida em lei peloCongresso Nacionalidade   Se não houver obrigatoriedade deregulamentação 

Outra pergunta importante é: cabe medida liminar em mandado deinjunção? Segundo o STF, não. Isso porque o Poder Judiciário jamais poderiaresolver liminarmente o caso concreto, agindo como poder legislativo, a fim deevitar o prejuízo oriundo da demora da decisão (“periculum in mora”), um dos

pressupostos da liminar. O mandado de injunção se destina aoreconhecimento, ou não, pelo Poder Judiciário, da demora da elaboração danorma regulamentadora do direito constitucional. 

Ainda falta estudarmos um tópico importantíssimo sobre o mandado deinjunção: a eficácia da decisão. No que se refere a esta, há duas teses jurídicas, hoje em dia: a não concretista e a concretista.

A primeira (não concretista) entende que cabe ao Poder Judiciárioapenas reconhecer a inércia do Poder Público e dar ciência de sua decisão ao

órgão competente para que este edite a norma regulamentadora. Não pode, oJudiciário, suprir a lacuna, assegurar ao lesado o exercício de seu direito etampouco obrigar o Poder Legislativo a legislar. Essa posição era a seguidapelo STF até recentemente, com a mudança de sua composição. Hoje, essaCorte adota a corrente concretista, que estudaremos a seguir. 

Já a segunda (concretista) determina que sempre que estiverempresentes os requisitos exigidos constitucionalmente para o mandado deinjunção, o Judiciário deverá não só reconhecer a omissão legislativa, mastambém possibilitar a efetiva concretização do direito. Essa posição se

subdivide em concretista geral e concretista individual. 

Na concretista geral, a decisão do Judiciário deveria ter efeito sobretodos os titulares do direito lesado (efeito “erga omnes”), até ser expedida anorma regulamentadora daquele. Já na individual, a decisão produziria efeitossomente sobre o autor do mandado de injunção (eficácia “inter partes”, ouentre as partes do processo). 

A posição concretista individual também se subdivide: pode ser direta ouintermediária. Aquela determina que o Judiciário, ao julgar procedente omandado de injunção, concretiza direta e imediatamente a eficácia da normaconstitucional para o autor da ação. Já esta (a intermediária) determina que oJudiciário, após julgar o mandado de injunção procedente, não concretiza

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imediatamente a eficácia da norma constitucional para o autor da ação. EstePoder apenas dá ciência ao órgão omisso, dando-lhe um prazo pararegulamentar aquela norma. Só em caso de permanência da omissão é que oJudiciário fixará as condições necessárias para o exercício do direito pelo autordo mandado de injunção.

O STF tem, atualmente, adotado a posição concretista, cumprindo,muitas vezes, o papel do legislador omisso, com o objetivo de darexequibilidade às normas constitucionais. Exemplo disso é que, ao analisarmandados de injunção referentes à falta de norma regulamentadora do direitode greve dos servidores públicos civis (art. 37, VII, CF), a Corte não sódeclarou a omissão do legislador quanto determinou a aplicação temporária aoservidor público, no que couber, da lei de greve aplicável ao setor privado (Leino 7.783/1989) até que aquela norma seja editada (MI 712/PA).

Mandado de injunçãoFinalidade Suprir a falta de norma regulamentadora, que torne inviável

o exercício de direitos e liberdades constitucionais e dasprerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e àcidadania

Legitimados ativos Qualquer pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeiraLegitimados passivos Autoridade que se omitiu quanto à proposição da lei

Natureza CivilIsento de custas NãoMedida liminar NãoObservações Pressupostos para cabimento: a) falta de regulamentação de

norma constitucional programática propriamente dita ou quedefina princípios institutivos ou organizativos de naturezaimpositiva; b) nexo de causalidade entre a omissão dolegislador e a impossibilidade de exercício de um direito ouliberdade constitucional ou prerrogativa inerente ànacionalidade, à soberania e à cidadania e c) o decurso deprazo razoável para elaboração da norma regulamentadora.

LXXII - conceder-se-á "habeas-data":

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à

 pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos dedados de entidades governamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;

O “habeas data” é remédio constitucional (meio hábil determinado pelaConstituição) que se destina a garantir o acesso a informações relativas àpessoa do impetrante, ou seja, do requerente, solicitante. Jamais poderáser usado para garantir acesso a informações de terceiros! 

A lei que regula essa ação (Lei no 9.507/1997) acrescentou uma terceirahipótese para cabimento da medida, além daquelas das alíneas “a” e “b” do

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inciso LXXII, art. 5º, CF. De acordo com a lei, é cabível “habeas data”   “para aanotação nos assentamentos do interessado, de contestação ouexplicação sobre dado verdadeiro mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável”. 

Que tal relembrarmos mais algumas características interessantes do

 “habeas data”?  

É remédio constitucional de natureza civil e rito sumário; 

  Tem caráter relativo, não podendo ser usado para acessar dadosprotegidos por sigilo, devido à segurança da sociedade e do Estado. Quer umexemplo? O Judiciário não pode, por sentença judicial, permitir a uma pessoaacesso a certos dados dos sistemas da Receita Federal referentes a ela. Issoporque o interesse da sociedade em garantir a fiscalização é muito maior que ointeresse do particular; 

  Pode ser ajuizado por pessoa física ou jurídica;   No polo passivo podem estar pessoas de direito público ou privado.Quanto às últimas, a condição é que sejam detentoras de banco de dados decaráter público; 

  Só pode ser impetrado diante da negativa da autoridade administrativade garantir o acesso aos dados relativos ao impetrante; 

  Sua impetração não se sujeita a decadência ou prescrição; 

  É gratuito, mas exige-se advogado. 

No que se refere à necessidade de comprovação da negativa

administrativa de garantir o acesso aos dados do impetrante, destaca-se aposição do STF de que o acesso ao “habeas data” pressupõe, dentre outrascondições de admissibilidade, a existência do interesse de agir. Ausente ointeresse de agir, torna-se inviável o exercício desse remédio constitucional. Aprova do anterior indeferimento do pedido de informações de dados pessoais,ou da omissão em atendê-lo, constitui requisito indispensável à concretizaçãodo interesse de agir em sede de “habeas data”. Sem que se configure situaçãoprévia de pretensão resistida, há carência da ação constitucional do “habeasdata” (STF, HD 75;DF, DJU de 19.10.2006).

Por fim, destaca-se que, de acordo com o art. 17 da Lei 9.507/07, osprocessos de habeas data terão prioridade sobre todos os atos judiciais, excetohabeas-corpus e mandado de segurança. Guarde bem essa informação!

Habeas dataFinalidade Proteger direito relativo à informação e retificação sobre a

pessoa do impetrante constante de registros ou bancos dedados de entidades governamentais ou de caráter público

Legitimados ativos Qualquer pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeiraLegitimados

passivosEntidades governamentais ou pessoas jurídicas de caráter

público que tenham registros ou bancos de dadosNatureza Civil

Isento de custas SimMedida liminar Não

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Observações Destina-se a garantir o acesso a informações relativas à pessoado impetrante, ou seja, do requerente, solicitante. Jamais para

garantir acesso a informações de terceiros! Só pode serimpetrado diante da negativa da autoridade administrativa de

garantir o acesso aos dados relativos ao impetrante. Suaimpetração não se sujeita a decadência ou prescrição.

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público oude entidade de que o Estado participe, à moralidadeadministrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico ecultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento decustas judiciais e do ônus da sucumbência;

O inciso LXXIII do art. 5º da Constituição traz mais um remédioconstitucional: a ação popular. Trata-se uma ação de natureza coletiva, que

visa a anular ato lesivo ao  patrimônio público, à moralidadeadministrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.É, portanto, uma forma de controle, pelos cidadãos, dos atos do Poder Público,por meio do Judiciário.  “Quem pode impetrar essa ação, Nádia?”  

Boa pergunta! Este é o “peguinha” mais famoso nos concursos,envolvendo a ação popular: só pode impetrar a ação o cidadão, pessoa físicano gozo de seus direitos civis e políticos. E a ação pode ser usada de maneirapreventiva (quando impetrada antes da prática do ato lesivo ao patrimôniopúblico) ou repressiva (quando o dano já foi causado). 

Quais os sujeitos passivos da ação popular, ou seja, quem pode sofrer aação?

  Todas as pessoas jurídicas em nome das quais o ato ou contrato lesivofoi (ou seria) praticado;   Todas as autoridades, os administradores e os servidores e empregadospúblicos que participaram do ato ou contrato lesivo, ou que se omitiram,permitindo a lesão;   Todos os beneficiários diretos do ato ou contrato lesivo. 

É importante destacarmos, também, o papel do Ministério Público (MP)na ação popular. O MP pode atuar das seguintes formas: 

  Como parte pública autônoma, velando pela regularidade do processo epela correta aplicação da lei, podendo opinar pela procedência ouimprocedência da ação. Nesse caso, exerce o papel de fiscal da lei, ou “custoslegis”.   Como órgão ativador da produção de prova e auxiliar do autor popular.Todavia, lembra a função de auxiliar do autor popular não implica em umaatividade secundária do Parquet. Ele não é um mero ajudante do autor da

ação, possui uma atividade autônoma.

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Uma observação. Você percebeu que “Parquet” e Ministério Público sãosinônimos? Parquet é uma expressão francesa que designa o MP, em atençãoao pequeno estrado ( parquet) onde ficam os agentes do MP quando de suasmanifestações processuais.

  Como substituto do autor. Aqui, tem-se a palavra substituto empregada

em sentido vulgar, como alguém que age no caso da omissão de outrem.Ocorre quando o autor popular (cidadão) ainda é parte no processo, mas éuma parte omissa. O Ministério Público, então, age em seu lugar, cumprindoônus processuais imputados ao autor, que não os realizou. 

  Como sucessor do autor. Ocorre, em regra, quando o autor da açãodesiste desta. Nesse caso, o Ministério Público tem a faculdade de prosseguircom a ação popular, quando houver interesse público. Nesse caso, é vedado aoMinistério Público desistir da ação popular. Seu poder de escolha refere-se aoimpulso inicial (suceder ou não o autor). Depois disso, não pode mais voltaratrás. 

 “Nossa, Nádia! E se o cidadão nunca impetrar a ação popular? OMinistério Público pode impetrá-la originariamente?”  

NÃO! O Ministério Público não possui legitimidade para intentar a açãopopular. Só o cidadão possui tal prerrogativa. 

Outro tópico importante. Não se exige, para o cabimento da açãopopular, a comprovação de efetivo dano material, pecuniário. O STF entendeque a lesividade decorre da ilegalidade: basta esta para que se configure o

dano. 

Finalmente, é bastante cobrado em prova o entendimento do STF de quenão cabe ação popular contra ato de conteúdo jurisdicional, praticado pormembro do Poder Judiciário no desempenho de sua função típica (decisões judiciais). Isso porque a ação popular só incide sobre a atuação administrativado Poder Público19. 

Assim, imagine que uma decisão judicial seja lesiva ao patrimôniopúblico. Cabe ação popular contra esse ato? Não!!! Essa decisão deverá seratacada por meio de outro tipo de ação.

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral egratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

Essa previsão constitucional visa a garantir a todos o acesso à Justiça.Em concursos, você deve ficar atento ao fato de que a assistência jurídicaintegral e gratuita só é devida aos pobres, aos que comprovareminsuficiência de recursos.

19 STF, Petição nº 2.018-9/SP, Rel. Ministro Celso de Mello, de 29/06/2000.

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LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário,assim como o que ficar preso além do tempo fixado nasentença;

Tem-se, nesse inciso, a previsão da responsabilidade civil do Estadoquanto à condenação por erro judiciário ou à manutenção de uma pessoa

presa por mais tempo que o fixado na sentença judicial.

Tudo bem, aluno (a)... Já vou dizer o que é responsabilidade civil. Trata-se de uma obrigação de indenizar que surge a partir de um dano.. No caso, aresponsabilidade do Estado é do tipo objetiva, pois independe de ter havidodolo ou culpa por parte dos agentes públicos, cuja ação foi imputada aoEstado.

Assim, quem sofreu condenação penal indevida (por erro judiciário) ouficou preso além do tempo determinado pelo juiz (erro da Administração) tem

direito a indenização. É o que prevê o inciso acima.

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, naforma da lei:

a) o registro civil de nascimento;

b) a certidão de óbito;

Quais os possíveis “peguinhas” relativos a esse inciso?

Primeiramente, só os reconhecidamente pobres, na forma da lei,têm direito à gratuidade de que trata a norma constitucional. Entretanto, o STF julgou constitucional lei que prevê gratuidade do registro da nascimento, doassento de óbito, bem como da primeira certidão respectiva a todos oscidadãos (e não só para os pobres), por entender que o fato de a Constituiçãoassegurar esses direitos apenas aos pobres não impede que o legislador osestenda a outros cidadãos.

Finalmente, a gratuidade só diz respeito ao registro de nascimento e àcertidão de óbito. Nada de cair em “peguinhas” que estendam esse direito àcertidão de casamento, por exemplo.

O enunciado cobra o conhecimento do inciso LXXVII do art. 5º da CF/88:

LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício dacidadania.

Já falamos do “habeas corpus”  e do “habeas data” , acima. Não vale apena repetir. Peço apenas que se lembre de que também são gratuitos os

atos necessários ao exercício da cidadania, na forma da lei. Só a lei formal,portanto, poderá determinar quais atos são esses. É um caso de reserva legal.

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LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, sãoassegurados a razoável duração do processo e os meios quegarantam a celeridade de sua tramitação.

Esse dispositivo constitucional traduz o princípio da celeridadeprocessual. Foi incorporado à Carta Magna com o objetivo de garantir aoscidadãos o direito de verem julgados seus processos em um prazo razoável,sendo aplicável tanto aos processos administrativos quanto aos judiciais.

Reza o § 1º do art. 5º da CF/88 que:

§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantiasfundamentais têm aplicação imediata.

Desse comando constitucional, depreende-se que as normas que definemdireitos e garantias fundamentais (não só aquelas do art. 5º da CF, mastambém as constantes de outros artigos da Constituição) devem serinterpretadas de modo a terem a maior eficácia possível, mesmo quandoainda não regulamentadas pelo legislador ordinário. Isso porque, como vocêpercebeu, vários direitos e garantias fundamentais estão previstos em normas

de eficácia limitada, dependendo de regulamentação para a produção de todosos seus efeitos.

Vejamos o que determina o § 2º do inciso 5º da CF/88:

§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição nãoexcluem outros decorrentes do regime e dos princípios por elaadotados, ou dos tratados internacionais em que a RepúblicaFederativa do Brasil seja parte.

Como se deduz do parágrafo acima, os direitos e garantiasfundamentais previstos na Constituição têm enumeração aberta (rol exemplificativo). Pode, portanto, haver outros, decorrentes dos princípios

   G   R   A   T   U   I   T   O

   S

“HABEAS CORPUS” E “HABEASDATA” 

AÇÕES NECESSÁRIAS AOEXERCÍCIO DA CIDADANIA

AOS RECONHECIDAMENTEPOBRES

CERTIDÃO DENASCIMENTO

CERTIDÃO DE ÓBITO

AOS QUE COMPROVAREMINSUFICIÊNCIA DE RECURSOS

ASSISTÊNCIAJURÍDICA

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constitucionais ou da assinatura de tratados internacionais pela RepúblicaFederativa do Brasil.

Revisaremos, a seguir, o § 3º do art. 5º da CF/88:

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos

humanos que forem aprovados, em cada Casa do CongressoNacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dosrespectivos membros, serão equivalentes às emendasconstitucionais.

Por meio desse parágrafo, a Constituição determina que alguns tratadose convenções internacionais têm força de emenda constitucional, atendidos osrequisitos:

  Devem tratar de direitos humanos;

  Devem ter sido aprovados de acordo com o rito próprio das emendasconstitucionais: três quintos dos membros de cada Casa do CongressoNacional, em dois turnos de votação.

E os tratados sobre direitos humanos que não são aprovados por esserito especial?

Como dissemos anteriormente, caro (a) aluno (a) Supremo TribunalFederal (STF), em decisão recente (2008), firmou entendimento de que essestratados têm hierarquia supralegal, situando-se abaixo da Constituição e acimada legislação interna. Assim, as normas legais com eles conflitantes sofrem umefeito paralisante quando de sua entrada em vigor.

Por curiosidade, o que aconteceria se um tratado sobre direitos humanosaprovado pelo rito próprio de emendas constitucionais fosse denunciado?Nesse caso, a denúncia, segundo Valério Mazzuoli20, não seria possível, por sero tratado incorporado como cláusula pétrea (art. 60, § 4º, IV, CF) em nossoordenamento jurídico, insuscetível de abolição, podendo, inclusive, oPresidente da República ser responsabilizado nesse caso.

Chegamos ao último parágrafo do art. 5º da Constituição! Veja o que eledetermina:

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.

Já podemos resolver as questões selecionadas para revisarmos o queestudamos. Vamos lá?

20MAZZUOLI, V. O. Curso de Direito Internacional Público, 4ª ed., Ed. Revista dos Tribunais.

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7.  (Cespe/2011/Previc) Independentemente do pagamento detaxas, é assegurada a todos, para a defesa e esclarecimento desituações de interesse pessoal e de terceiro, a obtenção de certidõesem repartições públicas. 

Comentários: 

O direito à obtenção de certidões só é possível para situações deinteresse pessoal. Ele não abrange interesse de terceiros. Questão incorreta. 

8.  (Cespe/2011/TRF 3a Região/Juiz) O direito de petição é direitofundamental de caráter universal, assegurado à generalidade daspessoas físicas, brasileiras ou estrangeiras, de modo individual oucoletivo, mas não às pessoas jurídicas, que não dispõem delegitimidade para valer-se desse instrumento de defesa de interessespróprios ou de terceiros contra atos ilegais ou praticados com abusode poder. 

Comentários: 

As pessoas jurídicas têm, sim, direito de petição. Trata-se de direitoassegurado a todas as pessoas: físicas ou jurídicas, brasileiras ou estrangeiras.Além disso, a petição é instrumento de defesa não só de interesses próprioscomo de terceiros contra ilegalidade ou abuso de poder. Questão incorreta.

9.  (Cespe/2009/DPE-PI) Qualquer pessoa, seja física ou jurídica,nacional ou estrangeira, tem legitimidade para exercer o direito depetição, apresentando reclamações a qualquer autoridade legislativa,executiva ou jurisdicional, contra ilegalidade ou abuso de poder. 

Comentários:O enunciado está perfeito. Todas as pessoas, físicas ou jurídicas, tem

direito de petição. Questão correta.

10.  (Cespe/2008/MPPE-RR) É assegurada a todos, mediante opagamento de taxa, a obtenção de certidões em repartições públicas,para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interessepessoal. 

Comentários: 

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A obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitose esclarecimento de situações de interesse pessoal, INDEPENDE do pagamentode taxas. Questão incorreta.

11.  (Cespe/2009/TRE-GO) A CF garante a obtenção de certidões emrepartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de

situações de interesse pessoal, mediante o pagamento das respectivastaxas.

Comentários:

Trata-se de direito assegurado pela Constituição, independentemente dopagamento de taxas. Questão incorreta. 

12.  (Cespe/INSS/2008) Em 2007, Lúcio requereu aposentadoria portempo de serviço perante o INSS por ter atingido a idade mínima

exigida para o benefício e 35 anos de contribuição. O INSS indeferiu orequerimento porque não considerou o período trabalhado em XYComércio Ltda., tempo de serviço reconhecido e anotado na carteira detrabalho de Lúcio por força de sentença trabalhista transitada em julgado. Ante tal indeferimento, o trabalhador solicitou ao INSS cópiado processo administrativo em que constava o indeferimento oucertidão circunstanciada de inteiro teor do processo, mas o servidorque o atendeu recusou-se a lhe fornecer a documentação solicitada. Édireito de Lúcio o recebimento da certidão, que deve retratar fielmenteos fatos ocorridos no processo de requerimento de aposentadoria.

Comentários: 

A CF/88 assegura a todos, independentemente do pagamento de taxas,o direito à obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa dedireitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. Portanto, Lúciotem, sim, direito ao recebimento da certidão, que deverá retratar todos osfatos ocorridos no processo. Questão correta. 

13.  (Cespe/AGU/2010) A CF assegura a todos, independentementedo pagamento de taxas, a obtenção de certidões em repartiçõespúblicas, para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações deinteresse pessoal. Nesse sentido, não sendo atendido o pedido decertidão, por ilegalidade ou abuso de poder, o remédio cabível será ohabeas data.

Comentários: 

O direito à obtenção de certidões para defesa de direitos eesclarecimento de situações de interesse pessoal é líquido e certo. Eventualviolação a esse direito deverá ser sanada por mandado de segurança. Questão

incorreta. 

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14.  (Cespe/2005/TRE-MA) O legislador constituinte originárioestabeleceu que a lei só não pode prejudicar o direito adquirido e o ato jurídico perfeito.

Comentários: 

A questão cobra a literalidade do inciso XXXVI do art. 5º da Constituição.Além de garantir que a lei não poderá prejudicar o direito adquirido e o ato jurídico perfeito, o legislador constituinte também assegurou a mesmaproteção à coisa julgada. Questão incorreta. 

15.  (Cespe/2011/TRF 3a Região/Juiz) O texto constitucionaldetermina que a lei não pode excluir da apreciação do Poder Judiciáriolesão ou ameaça a direito, seja ela proveniente de ação ou omissão deorganizações públicas, seja originada de conflitos privados; comocorolário do princípio da inafastabilidade do controle judicial, a CF

garante, de modo expresso, o direito ao duplo grau de jurisdição emtodos os feitos e instâncias. 

Comentários: 

O duplo grau de jurisdição é um reexame da matéria decidida em juízo,ou seja, de uma nova apreciação jurisdicional, no mesmo processo. Para queocorra, porém, é necessário o cumprimento de determinados pressupostosespecíficos, previstos em lei.

Segundo o STF, ele possui duas características essenciais: apossibilidade de um reexame integral da sentença de primeiro grau e que essereexame seja confiado à órgão diverso do que a proferiu e de hierarquiasuperior na ordem judiciária. Nesse sentido, o STF entende que ele não éprincípio nem garantia constitucional, uma vez que são várias as previsões, naprópria Lei Fundamental, do julgamento em instância única ordinária (RHC79785 RJ). Questão incorreta. 

16.  (Cespe/2011/TRF 3a Região/ Juiz) A jurisprudência do STFconsidera que o princípio do direito adquirido se impõe a leis de direitoprivado, mas não a leis de ordem pública, pois estas se aplicam deimediato, alcançando os efeitos futuros do ato jurídico perfeito ou dacoisa julgada. 

Comentários: 

Segundo o STF, esse princípio constitucional se aplica a todo e qualquerato normativo infraconstitucional, sem qualquer distinção entre lei de direitopúblico ou de direito privado, ou entre lei de ordem pública e lei dispositiva (RE204967 RS, DJ 14-03-1997 PP-06939 EMENT VOL-01861-10 PP-01871).Questão incorreta. 

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17.  (Cespe/INSS/2008) O princípio constitucional segundo o qual alei nova não prejudicará o ato jurídico perfeito não se aplica às normasinfraconstitucionais de ordem pública.

Comentários: 

Não é esse o entendimento do STF, conforme acabamos de comentar naresolução da questão anterior. Questão incorreta. 

18.  (Cespe/2008/INSS) Os servidores públicos de autarquias quepromovem intervenção no domínio econômico têm direito adquirido aregime jurídico.

Comentários: 

O STF entende que não há direito adquirido a regime jurídico. Com base

nisso, é possível o reenquadramento do servidor em outro nível da carreira,ainda que tenha se aposentado no último nível desta; a modificação dacomposição de seus vencimentos, desde que não haja decesso remuneratórioe várias outras mudanças em sua vida funcional. Questão incorreta. 

19.  (Cespe/2007/TRE-PA) O servidor público tem direito adquiridoao regime jurídico, sendo defeso alterar as disposições legaisexistentes no momento do início do exercício do cargo.

Comentários: 

De acordo com o STF, não há direito adquirido a regime jurídico. Porisso, poderá o Poder Público alterar, sim, as disposições legais existentes nomomento do início do cargo. Questão incorreta. 

20.  (Cespe 2011/STM) A imparcialidade do Poder Judiciário e asegurança do povo contra o arbítrio estatal são garantidas peloprincípio do juiz natural, que é assegurado a todo e qualquer indivíduo,brasileiro e estrangeiro, abrangendo, inclusive, pessoas jurídicas.

Comentários: 

De fato, a imparcialidade do Poder Judiciário e a segurança do povocontra o arbítrio do Estado se estendem a todas as pessoas físicas (brasileirasou estrangeiras) e jurídicas. Questão correta.

21.  (Cespe/2009/TCE-AC) Antônio, governador de determinadoestado, visando impedir um comício marcado para o dia seguinte empraça pública, determinou ao comando da polícia militar a prisão deJoão, organizador do comício. Além disso, o governador Antôniobaixou um decreto determinando que todos os que comparecessem ao

comício fossem presos. O governador fundamentou sua decisão nanecessidade de preservar a ordem pública e no fato de não ter sidosolicitada autorização para a realização do evento. Foi assegurado a

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João o direito a um advogado e a um telefonema. A prisão de João, emtese, foi legal, visto que devidamente fundamentada e decidida pelaautoridade competente.

Comentários:

A prisão foi ilegal. Não cabe a Governador de Estado determinar a prisãonesse caso. A CF/88 assegura o direito de reunião, como vimos anteriormente.Questão incorreta. 

22.  (Cespe/2010/TRE-MT) A CF permite que seja constituído tribunalpenal especial para o julgamento de crimes hediondos que causemgrande repercussão na localidade em que foram cometidos.

Comentários: 

A Constituição não admite a criação de tribunal de exceção, em qualquerhipótese. Questão incorreta. 

23.  (Cespe/2008/MPE-RR) Os tribunais de exceção são criados emdeterminadas situações excepcionais, tais como o julgamento decrimes de genocídio. 

Comentários: 

Nossa Carta Magna veda a criação de tribunais de exceção. Em qualquerhipótese. Questão incorreta.

24.  (Cespe/2010/PM-DF) Em casos de crimes que causem grandecomoção nacional, como no caso de genocídio, a CF permite que sejaconstituído tribunal penal especial para julgá-los. 

Comentários:

E o Cespe repete a questão...A vedação à criação de tribunais deexceção pela Constituição não comporta exceções, por pior que seja o crime.Questão incorreta. 

25.  (Cespe/2009/SEAD-SE) Célio é analista administrativo daSecretaria de Estado da Administração de estado da federação há 5anos. Em janeiro de 2009, ele foi convocado para integrar o corpo de jurados do tribunal do júri da capital do seu estado. Célio encaminhouexpediente ao juiz titular do tribunal, alegando a impossibilidade departicipar do corpo de jurados em razão de as votações serempúblicas, não havendo sigilo, o que lhe deixaria em uma posição deexposição pessoal na cidade em que reside. Nessa situação, Célioequivocou-se ao encaminhar o expediente ao magistrado, uma vez que

a CF assegura o sigilo das votações no tribunal do júri.

Comentários: 

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O enunciado é enorme, mas a questão é fácil! A CF, de fato, assegura osigilo das votações (art. 5º, XXXVIII, CF). Célio se equivocou. Questão correta.

26.  (Cespe/2010/TRE-BA) A competência do júri é para julgamentodos crimes contra a vida, sejam eles dolosos ou culposos.

Comentários:

A competência do tribunal do júri é apenas para julgamento dos crimesdolosos contra a vida. Questão incorreta. 

27.  (Cespe/2008/STF) O julgamento dos crimes dolosos contra avida é de competência do tribunal do júri, mas a CF não impede queoutros crimes sejam igualmente julgados por esse órgão.

Comentários: 

O STF entende que a competência do Tribunal do Júri, fixada no art. 5o,XXXVIII, “d”, da CF/88, quanto ao julgamento de crimes dolosos contra a vidaé passível de ampliação pelo legislador ordinário (HC 101542 SP, DJe-096DIVULG 27-05-2010 PUBLIC 28-05-2010 EMENT VOL-02403-04 PP-01149).Questão correta.

28.  (Cespe/2009/OAB) É correto afirmar que a lei penal: 

a)  não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.b)  retroagirá, salvo disposição expressa em contrário.c)  não retroagirá, salvo se o fato criminoso ainda não for conhecido.d)  retroagirá, se ainda não houver processo penal instaurado. 

Comentários: Revisaremos, a seguir, mais dois incisos do art. 5º da CF/88. Atenção!  

Determina o art. 5º, XL, que a lei penal não retroagirá, salvo parabeneficiar o réu. A letra A é o gabarito.

29.  (Cespe/2008/STJ) No Brasil, o terrorismo e o racismo sãoimprescritíveis, inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia.

Comentários:

O crime de racismo tem disciplina diferente daquela do crime deterrorismo, na Constituição. O racismo, é, de fato, inafiançável e imprescritível,sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei. Entretanto, para o crime deterrorismo, a CF/88 só assegura a inafiançabilidade e que se trata de crimeinsuscetível de graça ou anistia. Questão incorreta. 

30.  (Cespe/2007/SEJUS-ES) Por força constitucional, sãoinafiançáveis os crimes de racismo e de tortura.

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Comentários:

O enunciado está perfeito! Questão correta!

31.  (Cespe/2007/SEJUS-ES) Respondem pelo crime de tortura tantoas pessoas que a praticam quanto as que, podendo evitá-la, se

omitem. 

Comentários:

Segundo a CF/88, respondem pelo crime de tortura os mandantes, osexecutores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. Questão correta.

32.  (Cespe/2007/OAB) São inafiançáveis os crimes de racismo,tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo eos cometidos por grupos armados, civis e militares, contra a ordem

constitucional e o estado democrático. Mas em relação aos crimeshediondos, fica o legislador autorizado a excluir ou não ainafiançabilidade. 

Comentários:

Os crimes hediondos seguem a mesma regra dos 3 T (tortura, tráficoilícito de drogas e terrorismo), conforme o art. 5º, XLIII, da CF/88. Questãoincorreta.

33.  (Cespe/2010/BRB) Conforme expressa disposição constitucional,o tráfico ilícito de substâncias entorpecentes e drogas afins éconsiderado crime inafiançável e imprescritível. 

Comentários:

O tráfico ilícito de substâncias entorpecentes e drogas afins éinafiançável, porém não é imprescritível. Questão incorreta.

34.  (Cespe/2009/Polícia Civil – PB) O crime de tortura é afiançável,mas será insuscetível de graça ou anistia ou de liberdade provisória. 

Comentários:

O crime de tortura é inafiançável, sendo, também, insuscetível de graçaou anistia. Questão incorreta.

35.  (Cespe/2010/MPE-RO) Segundo jurisprudência do STF, éconstitucional norma legal que vede a progressão do regime decumprimento de pena para os crimes hediondos.

Comentários:

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ilegalmente e, durante o curso do processo, ocorrer o falecimento deJosé, nessa situação, os sucessores dele receberão o patrimônio, jáque é pétrea a determinação de que nenhuma pena pode ser estendidaaos sucessores do condenado.

Comentários:

Nesse caso, a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimentode bens poderão ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contraeles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. Questãoincorreta.

41.  (Cespe/2007/SEJUS-ES) O Estado brasileiro deve assegurar àspresidiárias as condições necessárias para que possam permanecercom os seus filhos durante o período de amamentação.

Comentários:

O  Estado brasileiro deve, sim, assegurar às presidiárias as condiçõesnecessárias para que possam permanecer com os seus filhos durante o períodode amamentação. Trata-se de um direito não só da mãe como da criançatambém! Questão correta.

42.  (Cespe/2010/TCE-BA) A CF prevê que o estrangeiro não pode serextraditado por crime político ou de opinião. 

Comentários:Determina o art. 5º, LII da Constituição que não será concedida

extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião. Questão correta.

43.  (Cespe/2009/TRT 17ª Região) A CF prevê que não se concedeextradição de estrangeiro por crime político ou de opinião, porém osbrasileiros naturalizados podem ser extraditados em caso de crimecomum, praticado antes da naturalização. 

Comentários:

De fato, a CF/88 assegura que não será concedida extradição deestrangeiro por crime político ou de opinião (art. 5º, LII, CF) e que onaturalizado brasileiro poderá ser extraditado, em caso de crime comumpraticado antes da naturalização (art. 5º, LI, CF). Questão correta.

44.  (TRT 3ª Região – MG/ Juiz Substituto) A doutrina e a jurisprudência dominantes entendem ser inaplicável a garantia docontraditório e da ampla defesa ao inquérito policial, uma vez que senão tem aqui um processo compreendido como instrumento destinado

a decidir litígio.

Comentários: 

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O enunciado está perfeito. É esse o entendimento do STF. Questãocorreta.

45.  (Cespe/2010/TRT1a Região/Juiz) A CF assegura aos litigantesem processo judicial ou administrativo e aos acusados em geral ocontraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a eles

inerentes, razão pela qual, no âmbito do processo administrativodisciplinar, é imprescindível a presença de advogado. 

Comentários:

A questão cobra o conhecimento da Súmula Vinculante no 5 do STF,segundo a qual a falta de defesa técnica por advogado no processoadministrativo disciplinar não ofende a Constituição. A presença do advogadoé, portanto, prescindível. Questão incorreta.

46.  (Cespe/2010/MPU) Considerando que os direitos sejam bens evantagens prescritos no texto constitucional e as garantias sejam osinstrumentos que asseguram o exercício de tais direitos, a garantia docontraditório e da ampla defesa ocorre nos processos judiciais denatureza criminal de forma exclusiva.

Comentários:

A garantia do contraditório e ampla defesa se estende a todos osprocessos judiciais e administrativos. Questão incorreta. 

47.  (CESPE/PAPILOSCOPISTA/PF/97 - Adaptada) Imagine que osmeios de comunicação hajam realizado ampla cobertura jornalísticaacerca de Guilherme, cidadão brasileiro suspeito de haver posto umartefato explosivo em um avião de carreira, apontando-o como efetivoresponsável pelo ato que causou o pouso forçado da aeronave, comlesões corporais em dezenas de passageiros e duas mortes. Todas asnotícias basearam-se nas apaixonadas declarações que Luís, Delegadode Polícia Federal, fez em público, afirmando sua convicção pessoalquanto à culpabilidade de Guilherme, em razão dos indícios de quedispunha até aquele momento. Guilherme, devido ao intensoburburinho que se formou em torno de sua pessoa, entrou emdepressão, foi demitido e seus filhos sofreram o repúdio dos colegasde escola. Alguns meses depois, quando a imprensa já deixara decomentar o assunto, o inquérito policial chegou a termo e o delegadoresponsável, Luís, apontou como verdadeiro culpado no relatório final,Antônio, outro passageiro do avião, que, aliás, confessou o crime.Antônio foi denunciado pelo Ministério Público Federal e acaboucondenado pelo delito. Tendo em conta a situação acima e as normasconstitucionais relativas aos direitos e garantias fundamentais, Umavez que a autoridade policial responsável pela investigação formasse

sua íntima convicção acerca da culpabilidade de Guilherme, caberia aeste provar a própria inocência. 

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Comentários: 

Reza o art. 5º, LVII da CF/88 que “ninguém será considerado culpadoaté o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Portanto, caberia àautoridade policial provar a culpabilidade de Guilherme, sendo este presumidoinocente até a prova em contrário. Questão incorreta. 

48.  (Cespe/2003/TJ-DF) De acordo com a teoria dos frutos da árvoreenvenenada, a prova ilícita originária contamina as demais provas deladecorrentes, sendo todas elas inadmissíveis no processo.

Comentários:

É exatamente isso que determina a teoria dos frutos da árvoreenvenenada. Questão correta. 

49.  (FCC/2011/TRT 23ª Região) Será admitida ação privada noscrimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal. 

Comentários: 

O enunciado traz a literalidade da Constituição (art. 5º, LIX). Questãocorreta. 

50.  (Cespe/2009/AUGE-MG) Admite-se que a lei restrinja apublicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou ointeresse social o exigirem.

Comentários: 

A questão cobra o conhecimento do inciso LX do art. 5º da CF/88: 

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interessesocial o exigirem; 

A compreensão desse inciso é bastante simples. A regra é a publicidade

dos atos processuais. A exceção é a restrição a essa publicidade, que sópoderá ser feita por lei e em duas hipóteses: defesa da intimidade ouinteresse social. Questão correta.

51.  (FCC/2011/TRT 23ª Região) Nos casos de transgressão militarou crime propriamente militar, definidos em lei, o militar só será presoem flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada deautoridade judiciária competente.

Comentários: 

Nos  casos de transgressão militar ou crime propriamente militar,definidos em lei, o militar poderá ser preso, independentemente de flagrante

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delito ou de ordem judicial (art. 5º, LXI, CF) . Trata-se de uma exceção àregra. Questão incorreta. 

52.  (Cespe/2009/PM-DF) O juiz de direito da vara criminal de umacidade decretou a prisão preventiva de Joel, por este ter praticadotráfico de drogas, crime equiparado a hediondo pela CF. O juiz

determinou que a decisão fosse cumprida pela PMDF. O mandadochegou à PMDF às 20 h e foi distribuído à equipe que se encontrava deplantão naquela noite, comandada pelo capitão Oliveira.Imediatamente, os policiais dirigiram-se para a casa do acusado,bateram à porta e perguntaram por Joel, ouvindo de sua esposa queele não estava. Oliveira determinou uma busca na residência,encontrando Joel escondido debaixo da cama do casal. O capitãoinformou ao procurado o motivo de sua prisão e que ele teria direito aum advogado. Os familiares de Joel indagaram para onde ele serialevado, tendo o policial respondido que essa informação só seria

passada ao advogado do preso no dia seguinte. Em seguida, Joel foilevado para o quartel da PMDF mais próximo. No dia seguinte, ocapitão Oliveira encaminhou documento ao juiz criminal com osseguintes dizeres: Exmo. Sr. Juiz. Missão cumprida. O traficante já estápreso. Permanecemos à sua disposição.

Os policiais agiram corretamente quanto às informaçõespassadas aos familiares e ao juiz, visto que tinham a obrigação deinformar aos familiares apenas o motivo da prisão de Joel e, ao juiz,informar tão somente que a decisão havia sido cumprida conforme

determinado. Questões relativas ao local onde Joel estava detido sãode ordem meramente administrativa e inexiste necessidade de essacomunicação ser feita ao juiz ou aos familiares.

Comentários: 

Comentemos, agora, a questão. Determina a Constituição que tanto aprisão de uma pessoa quanto o local onde ela se encontre deverão sercomunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou àpessoa por ele indicada (art. 5º, LXII). Os policiais agiram de maneira errada.O local onde Joel se encontra deveria ter sido informado a sua família. Questãoincorreta.

53.  (Cespe/2009/PM-DF) Os policiais que efetuaram a prisão de Joeltêm direito ao anonimato, visando resguardar sua integridade e a desua família contra possíveis retaliações.

Comentários:

Pelo contrário! Com o objetivo de resguardar o preso, este tem direitoconstitucionalmente assegurado à identificação dos responsáveis por sua

prisão ou por seu interrogatório policial. Questão incorreta.

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54.  (Cespe/2009/DPE-AL) Segundo entendimento do STF, é vedada autilização de algemas, sob pena de ofensa ao princípio da dignidade dapessoa humana e do direito fundamental do cidadão de não sersubmetido a tratamento desumano ou degradante.

Comentários:

A questão cobra o conhecimento da súmula vinculante no 11, que tratados direitos do preso. A vedação ao uso de algemas na súmula não é absoluta,como o enunciado faz pensar. Há exceções: os casos de resistência e defundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, porparte do preso ou de terceiros. Questão incorreta.

55.  (Cespe/2009/Polícia Civil – PB) O uso ilícito de algemas poderáimpor a responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou daautoridade e a nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere.

Comentários:

É o que determina a Súmula Vinculante no 11. Questão correta.

56.  (Cespe/2009/TCE-AC) Antônio, governador de determinadoestado, visando impedir um comício marcado para o dia seguinte empraça pública, determinou ao comando da polícia militar a prisão deJoão, organizador do comício. Além disso, o governador Antôniobaixou um decreto determinando que todos os que comparecessem ao

comício fossem presos. O governador fundamentou sua decisão nanecessidade de preservar a ordem pública e no fato de não ter sidosolicitada autorização para a realização do evento. Foi assegurado aJoão o direito a um advogado e a um telefonema. A prisão de João e olocal onde foi recolhido deveriam ter sido comunicados imediatamenteao juiz competente e a sua família.

Comentários:

Certamente que sim! É o que prevê a CF/88, em seu art. 5º, LXII.Questão correta.

57.  (Cespe/2008/Polícia Civil – TO) O preso tem o direito de saber osmotivos de sua prisão e a identificação das autoridades ou agentes quea estão efetuando, para que eventuais ilegalidades e abusos sejamapontados. 

Comentários:

Perfeito, o enunciado! A CF/88 garante esses direitos ao preso paraproteger todas as pessoas contra possíveis abusos do Estado. Questão correta.

58.  (Cespe/2007/SEJUS-ES) Enquanto dura a pena de reclusão,ficam suspensos os direitos constitucionais do preso. 

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Comentários:

De jeito nenhum! Lembre-se de que a dignidade da pessoa humana é umfundamento da República Federativa do Brasil. Esse princípio, juntamente como art. 5º, incisos, da CF/88, assegura ao preso a manutenção de todos os seusdireitos, mesmo quando submetido à pena de reclusão. Questão incorreta.

59.  (Cespe/2007/SEJUS-ES) Para serem resguardados os agentespoliciais e os delegados de polícia contra eventuais retaliações porparte das pessoas que eles prendem, os presos não têm direito àidentificação dos responsáveis pela sua prisão.

Comentários:

Pelo contrário! Para prevenir abusos das autoridades estatais contra oEstado, a CF/88 assegura, no art. 5º, LXIV, que o preso tem direito à

identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial.Questão incorreta.

60.  (Cespe/2009/TRT 17ª Região) Diante dos requisitos legais, o juiz de direito de determinada comarca decretou a prisão preventivado vereador Galego, suspeito de tráfico de drogas, bem comoautorizou a realização de busca e apreensão em sua residência. Apolícia, de posse dos mandados judiciais, dirigiu-se até a câmaramunicipal, não logrando êxito em encontrar o vereador. Às 20 h, apolícia localizou Galego em sua residência. Galego tem o direito

constitucional à identificação dos responsáveis por sua prisão ou porseu interrogatório policial. 

Comentários:

Veja como esse tema é recorrente em provas. Mais uma vez: a LeiFundamental garante, no art. 5º, LXIV, que o preso tem direito à identificaçãodos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial. Questãocorreta.

61.  (Cespe/2003/TJ-DF) Carlos foi preso, acusado de não estarpagando pensão alimentícia devida às suas filhas. Se não houveflagrante, a prisão de Carlos será considerada ilegal.

Comentários: A CF/88 admite, como vimos, excepcionalmente, a prisão civil, no caso

de inadimplemento voluntário e inescusável de pensão alimentícia (art. 5º,LXVII). Questão incorreta. 

62.  (Cespe/2011/TRF 2a Região/Juiz) A liberdade de locomoção em

tempo de paz, que engloba, em relação ao território nacional, assituações de acesso e ingresso, saída e permanência, assim como a

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possibilidade de deslocamento, constitui direito absoluto, que nãocomporta limitações. 

Comentários: 

A  liberdade de locomoção em tempo de paz (art. 5º, XV), que engloba,

em relação ao território nacional, as situações de acesso e ingresso, saída epermanência, assim como a possibilidade de deslocamento, não é direitoabsoluto. Ela poderá sofrer restrições, sendo uma norma constitucional deeficácia contida. Questão incorreta.

63.  (Cespe/2000) Os chamados remédios constitucionais, ouremédios do direito constitucional, constituem em meios à disposiçãodo indivíduo para provocar a atuação das autoridades competentes,com o fim de evitar ou sanar ilegalidade e abuso de poder em prejuízode direitos e interesses individuais ou coletivos.

Comentários:

Excelente definição de remédios constitucionais, essa do Cespe. Questãocorretíssima.

64.  (Cespe/1997/Polícia Federal) O habeas corpus é cabível não sócontra a lesão a certo direito como também se houver apenas ameaçaa ele. 

Comentários:Certamente que sim! O habeas corpus pode ser preventivo (quando há

ameaça ao direito de locomoção) ou repressivo (quando o direito já foiviolado). Questão correta.

65.  (Cespe/2010/TRE-MT) O habeas corpus pode ser impetradotanto contra ato emanado do poder público como contra ato departicular, sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrerviolência ou coação em sua liberdade de locomoção. 

Comentários:

Desde que haja lesão ou ameaça de lesão ao direito de locomoção, écabível o “habeas corpus”, seja contra ato do poder público ou de particular.Questão correta.

66.  (Cespe/2009/DPE-PI) O sujeito passivo do habeas corpus será aautoridade pública, pois somente ela tem a prerrogativa de restringir aliberdade de locomoção individual em benefício do interesse público ousocial, razão pela qual não se admite sua impetração contra ato de

particular. 

Comentários:

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Também o particular pode ser sujeito passivo de “habeas corpus”.Questão incorreta.

67.  (Cespe) Caso a sentença penal condenatória emanada de juizmilitar imponha pena de exclusão de militar ou de perda de patente,será cabível a utilização do habeas corpus.

Comentários:

Entende o STF que a imposição da pena acessória de perda da graduaçãoe exclusão do militar dos quadros da Corporação, por não implicar, ainda quede forma indireta, atentado à liberdade de locomoção do paciente, nãocomporta exame na via estreita do habeas corpus (HC 122047 MS2008/0263135-2, DJe 27/04/2009). Questão incorreta.

68.  (Cespe) Ainda que já extinta a pena privativa de liberdade, é

cabível a utilização de “habeas corpus” para pedido de reabilitação depaciente.

Comentários:

O entendimento do STF é o de que, desconstituído o objeto do “habeascorpus”, por julgada extinta a pena em face do seu integral cumprimento,resta prejudicado o pedido (HC 34826 RS 2004/0051531-1, DJe 06/10/2008).Isso significa que a extinção da pena torna incabível a utilização do “habeascorpus”. Isso porque o “habeas corpus” visa a tutela do direito à locomoção,

não se justificando quando esse direito não mais se encontra limitado ouameaçado. Questão incorreta.

69.  (Cespe) Caso ocorra, ao fim de um processo penal, a fixação depena de multa em sentença penal condenatória, ficará prejudicada autilização do habeas corpus, haja vista a sua destinação exclusiva àtutela do direito de ir e vir. 

Comentários:

É esse o entendimento do STF. Questão correta.

70.  (Cespe/2010/TJ-PB) São legitimados para impetrar mandado desegurança a pessoa física, nacional ou estrangeira, e a pessoa jurídicaprivada, mas não a pública, visto o mandado de segurança ter comofunção garantir direito líquido e certo contra ato de autoridade pública. 

Comentários: 

As pessoas jurídicas de direito público também podem impetrar mandado

de segurança. Questão incorreta.

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71.  (Cespe/2010/TRT 1ª Região) É cabível a impetração de mandadode segurança contra ato jurisdicional das turmas do STF.

Comentários:

A orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal é firme no

sentido de não admitir, salvo em situações excepcionais, mandado desegurança contra as suas próprias decisões jurisdicionais, inclusive asproferidas por qualquer de seus Ministros, uma vez que esses atos só podemser reformados por via dos recursos admissíveis, ou, em se tratando de julgamento de mérito com trânsito em julgado, por meio de ação rescisória(MS 30836 RJ, 06/10/2011). Questão incorreta.

72.  (Cespe/2009/MCT-FINEP) Será cabível, em qualquercircunstância, manejo de mandado de segurança para proteger direitolíquido e certo quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de

poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercíciode atribuições do poder público.

Comentários:

O mandado de segurança é uma ação residual, sendo cabível apenasquando o direito não for protegido nem por “habeas corpus” nem por “habeasdata”. Questão incorreta. 

73.  (Cespe/2010/TRE-MT) O mandado de segurança pode ser

interposto mesmo contra ato administrativo do qual caiba recursoadministrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução.

Comentários:

Pelo contrário! Não cabe mandado de segurança nesses casos (Lei2016/09, art. 5º, II). Questão incorreta.

74.  (Cespe/2009/DPE-PI) O mandado de segurança pode serimpetrado por pessoas naturais, mas não por pessoas jurídicas, emdefesa de direitos individuais.

Comentários:

O mandado de segurança pode ser impetrado tanto por pessoas naturaisquanto por pessoas físicas, na defesa de direito líquido e certo. Questãoincorreta.

75.  (Cespe) A ausência de decisão administrativa em prazo razoávelnão enseja mandado de segurança, pois o Poder Judiciário não podefixar prazo para decisões do Poder Executivo.

A razoável duração do processo é garantida constitucionalmente (art. 5º,LXXVIII, CF), sendo direito líquido e certo do interessado, no âmbito do

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processo administrativo. Cabe, portanto, mandado de segurança contra amorosidade da Administração. Questão incorreta.

76.  (Cespe) Estrangeiro residente no exterior não pode impetrarmandado de segurança no Brasil.

Comentários:

Pode sim! São legitimadas a impetrar mandado de segurança todas aspessoas, físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, domiciliadas ou não noBrasil. Questão incorreta.

77.  (Cespe/2002/Senado Federal) O partido político comrepresentação nacional pode impetrar mandado de segurança coletivocontra ilegalidade ou abuso de poder.

Comentários: 

Para ser legitimado a impetrar mandado de segurança coletivo o partidopolítico precisa ter representação no Congresso Nacional. Questãoincorreta.

78.  (TRT 23a região/Juiz/2011) O mandado de segurança coletivopode ser impetrado por partido político, organização sindical, entidadede classe ou associação, exigindo-se de todos estes que estejamlegalmente constituídos e em funcionamento há pelo menos um ano.

Comentários: 

A exigência de funcionamento há pelo menos um ano se refere apenasàs associações. Questão incorreta.

79.  (Cespe/2010/MPE-SE) Diferentemente das organizaçõessindicais, das entidades de classe e das associações, os partidospolíticos não têm legitimidade para impetrar mandado de segurançacoletivo.

Comentários:

Os partidos políticos podem, sim, impetrar mandado de segurançacoletiva, desde que tenham representação no Congresso Nacional. Questãoincorreta.

80.  (Cespe/2010/TRE-MT) O mandado de segurança coletivo podeser impetrado por pessoas jurídicas, públicas ou privadas, como asorganizações sindicais e as entidades de classe legalmenteconstituídas, mas não por partidos políticos. 

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Comentários: Os partidos políticos podem impetrar mandado de segurança coletiva,

quando tem representação no Congresso Nacional. Questão incorreta.

81.  (Cespe/2008/TRF 5ª Região) Qualquer partido político podeimpetrar mandado de segurança coletivo para proteção de direito

líquido e certo. 

Comentários:

Para que seja legitimado a impetrar mandado de segurança coletivo, énecessário que o partido político tenha representação no Congresso Nacional.Questão incorreta.

82.  (Cespe/2010/TRT1a Região/Juiz) De acordo com a CF, omandado de injunção é remédio destinado a suprir lacuna ou ausência

de regulamentação de direito previsto na CF e em normainfraconstitucional.

Comentários: 

O  STF entende que o mandado de injunção só é cabível para suprirlacuna ou ausência de regulamentação de direito previsto na CF. Não cabemandado de injunção para suprir regulamentação de normainfraconstitucional. Questão incorreta.

83. 

(Cespe/2009/TRT 17ª Região) Segundo a CF, deve ser concedidohabeas data sempre que a ausência de norma regulamentadora torneinviável o exercício dos direitos e das liberdades constitucionais e dasprerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

Comentários:

O instrumento adequado a sanar a lesividade da omissão do legislador,nesse caso, é o mandado de injunção, não o “habeas data” (art. 5º, LXXI, CF).Questão incorreta.

84.  (Cespe/2009/IBRAM) O STF adota a posição de que o mandadode injunção não tem função concretista, porque não cabe ao PoderJudiciário conferir disciplina legal ao caso concreto sob pena deviolação ao princípio da separação dos poderes. 

Comentários:

O STF tem adotado a posição concretista, conferindo ao mandado deinjunção o papel de superar, nos casos concretos, as consequências lesivas dainércia do Legislativo. Questão incorreta.

85.  (Cespe/2009/TCE-TO) O STF passou a admitir a adoção desoluções normativas para a decisão judicial como alternativa legítima

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de tornar a proteção judicial efetiva por meio do mandado deinjunção.

Comentários:

De fato, o STF passou a adotar a posição concretista em seus julgados,

como forma de dar efetividade à proteção judicial. Questão correta. 

86.  (Cespe/2010/TRE-MT) O mandado de injunção tem como objetoo não cumprimento de dever constitucional de legislar que, de algumaforma, afete direitos constitucionalmente assegurados, sendo pacífico,na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), que ele só écabível se a omissão tiver caráter absoluto ou total, e não parcial.

Comentários:

O mandado de injunção, segundo o STF, é cabível não só para omissõesde caráter absoluto ou total como também para as omissões de caráter parcial(ADI 1484 DF, DJ 28/08/2001 P – 00030). Questão incorreta. 

87.  (Cespe/2011/TRF 2a Região/Juiz) Além das pessoas físicas, aspessoas jurídicas, os sindicatos e as associações, assim como o MP,dispõem de legitimidade para impetrar o mandado de injunção. 

Comentários: 

O mandado de injunção individual, como vimos, pode ser impetrado porqualquer pessoa, física ou jurídica, que se veja impossibilitada de exercerdireito constitucional por falta de norma regulamentadora. Já o mandado desegurança coletivo tem como legitimados: 

  Partido político com representação no Congresso Nacional;   Organização sindical ou entidade de classe;   Associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menosum ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados. 

Ainda que consideremos as duas formas de mandado de injunção

conjuntamente, o MP (Ministério Público) não é legitimado a impetrar mandadode injunção. A questão está incorreta. 

88.  (Cespe/2011/TRF 2a Região/Juiz) O “habeas data” pode serimpetrado contra qualquer órgão do Estado, seja ele do PoderExecutivo, do Poder Legislativo ou do Poder Judiciário, mas não contrapessoas jurídicas de direito privado. 

Comentários: 

O “habeas data”  pode, sim, ser impetrado contra pessoas jurídicas dedireito privado, desde que detentoras de dados de caráter público. Questãoincorreta.

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89.  (Cespe/2010/PM-DF) A CF prevê, entre outras garantiasfundamentais, o mandado de injunção como instrumento paraassegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa doimpetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidadesgovernamentais ou de caráter público.

Comentários:

É o “habeas data” e não o mandado de injunção o instrumento paraassegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais oude caráter público. Questão incorreta.

90.  (Cespe/2009/TRE-MT) Segundo a CF, cabe mandado de injunçãopara assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa doimpetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades

governamentais ou de caráter público.

Comentários: 

O instrumento adequado, nesse caso, é o “habeas data”. Questãoincorreta.

91.  (Cespe/2010/TRT 1a Região/Juiz) Como a garantiaconstitucional do habeas data tem por finalidade disciplinar o direitode acesso a informações constantes de registros ou banco de dados de

entidades governamentais ou de caráter público relativo a dadospessoais pertinentes à pessoa do impetrante, a pessoa jurídica nãotem legitimidade para o ajuizamento desse tipo de ação. 

Comentários: 

Tanto a pessoa física quanto a jurídica têm legitimidade para impetrar “habeas data”. Questão incorreta. 

92.  (Cespe) Habeas data é o remédio constitucional adequado para ocaso de recusa de fornecimento de certidões para defesa de direitos eesclarecimento de situações de interesse pessoal, próprio ou deterceiros, assim como para o caso de recusa de obtenção deinformações de interesse particular, coletivo ou geral.

Comentários:

O habeas data é remédio constitucional que se destina a garantir oacesso a informações relativas à pessoa do impetrante, Jamais de terceiros.Questão incorreta.

93.  (Cespe/2009/DPF) Conceder-se-á habeas data para assegurar oconhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante ou à de

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terceiros, constantes de registros ou bancos de dados de entidadesgovernamentais ou de caráter público. 

Comentários:

Não cabe “habeas data” para conhecimento de informações relativas a

terceiros. Questão incorreta.

94.  (Cespe/2010/TRE-MT) O habeas data destina-se a assegurar oconhecimento de informações pessoais constantes de registro debancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público,desde que geridas por servidores do Estado.

Comentários:

Não há necessidade de que as informações constantes do registro de

dados sejam geridas por servidores do Estado. Não há tal condição noordenamento jurídico. Questão incorreta.

95.  (Cespe/2009/DETRAN-DF) Maria protocolou junto ao DETRANrequerimento com a finalidade de conhecer as informações acerca desua pessoa constantes no banco de dados daquele órgão. O pedido foinegado pelo diretor, com base em portaria do órgão que proibia oacesso pretendido por Maria, apesar de as informações não serem deuso exclusivo do DETRAN. Para ter acesso às informações, Mariapoderá valer-se do mandado de injunção. Essa ação constitucional

destina-se a assegurar o acesso a informações relativas à pessoa doimpetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidadesgovernamentais ou de caráter público.

Comentários:

O instrumento adequado, nesse caso, seria o “habeas data”, não omandado de injunção. Questão incorreta.

96.  (Cespe/2010/TRT 21ª Região) Na impetração do habeas data, ointeresse de agir configura-se diante do binômio utilidade-necessidadedessa ação constitucional, independentemente da apresentação daprova negativa da via administrativa. 

Comentários:

A negativa da autoridade administrativa é requisito para a impetração dohabeas data. Questão incorreta.

97.  (Cespe/2009/OAB) O habeas data pode ser impetrado ao PoderJudiciário, independentemente de prévio requerimento na esfera

administrativa.

Comentários:

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É necessário, sim, que tenha havido prévio requerimento na esferaadministrativa. Não havendo tal requerimento, será tido como inexistente ointeresse de agir. Esse é o entendimento do STF, que exige o prévioesgotamento da via administrativa para que o  “habeas data” possa serimpetrado. Questão incorreta.

98.  (Cespe/2009/ANATEL) Qualquer cidadão poderá impetrar habeasdata no Poder Judiciário para assegurar o conhecimento deinformações relativas a sua pessoa disponíveis na Agência Nacional deTelecomunicações (ANATEL), independentemente de ter formulado opedido diretamente na agência.

Comentários:

Qualquer pessoa  poderá impetrar “habeas data” no Poder Judiciário,cumpridos os requisitos constitucionais e legais. Um desses requisitos é a

prévia negativa administrativa. Questão incorreta. 

99.  (Cespe/2010/MPS) A nacionalidade brasileira é condiçãonecessária e suficiente para propor ação popular visando à declaraçãode nulidade de ato lesivo ao patrimônio histórico e cultural.

Comentários: 

A cidadania é condição necessária e suficiente para propor açãopopular. Questão incorreta.

100.  (Cespe/2010/TCE-BA) A ação popular, que tem como legitimadoativo o cidadão brasileiro nato ou naturalizado, exige, para seuajuizamento, o prévio esgotamento de todos os meios administrativose jurídicos de prevenção ou repressão aos atos ilegais ou imoraislesivos ao patrimônio público.

Comentários:

Não há tal exigência para a ação popular. Questão incorreta.

101.  (Cespe/2009/TCE-TO) O mandado de injunção é o remédioconstitucional adequado para anular ato lesivo ao patrimônio públicoou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor,salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus dasucumbência.

Comentários:

É a ação popular (não o mandado de injunção) o remédio constitucional

adequado para anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que oEstado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao

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patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. Questão incorreta.

102.  (Cespe/2010/MPE-SE) Se o autor da ação popular dela desistir, oMP poderá, entendendo presentes os devidos requisitos, dar-lheprosseguimento. 

Comentários:

O Ministério Público poderá, nesse caso, atuar como sucessor do autor.Questão correta.

103.  (Cespe/2008/TRT 5ª Região) Para propositura de ação popular, oautor deve demonstrar a plenitude do exercício de seus direitospolíticos. 

Comentários:

De fato, somente o cidadão pode ser autor de ação popular. Questãocorreta.

104.  (Cespe/2008/OAB) O Estado deve prestar assistência jurídicaintegral e gratuita a todos.

Comentários: 

Veja o que determina a CF/88: 

Art. 5º, LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integrale gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; 

Essa previsão constitucional visa a garantir a todos o acesso à Justiça.Em concursos, você deve ficar atento ao fato de que a assistência jurídicaintegral e gratuita só é devida aos pobres, aos que comprovareminsuficiência de recursos. Questão incorreta. 

105.  (TRT 23a Região/ Juiz/2011) O Estado indenizará o condenado

por erro judiciário, ou seja, apenas quando a condenação fizer comque alguém fique preso além do tempo fixado na sentença.

Comentários: 

A questão cobra o conhecimento do inciso LXXV do art. 5º da CF/88,segundo o qual o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assimcomo o que ficar preso além do tempo fixado na sentença. Questão incorreta. 

106.  (TJ-SC/2011) É gratuita a certidão de óbito para os

reconhecidamente pobres na forma da lei. 

Comentários: 

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Cobra-se, na questão, o inciso LXXVI do art. 5º, segundo o qual sãogratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei o registro civil denascimento e a certidão de óbito. Questão correta.

107.  (Cespe/2010/MPS) Para aqueles que são, nos termos da lei,reconhecidamente pobres, o Estado deve prover gratuitamente a

certidão do registro civil de nascimento, de casamento e de óbito. 

Comentários:

São gratuitos, para os reconhecidamente pobres, na forma da lei, acertidão de óbito e o registro civil de nascimento. O indivíduo, portanto, nascee morre de graça, se for pobre. No intervalo entre nascimento e morte, pagatributos (risos)...A certidão de casamento não tem o mesmo tratamentoconstitucional que as de nascimento e óbito. Por isso, a questão é incorreta. 

108.  (Cespe/2009/MCT-FINEP) As ações de habeas corpus e habeasdata são gratuitas.

Comentários: 

O enunciado cobra o conhecimento do inciso LXXVII do art. 5º da CF/88,que dispõe que são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e,na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. Questãocorreta. 

109. (Cespe/2009/TRE-MT) O direito à duração razoável do processo,tanto no âmbito judicial quanto no âmbito administrativo, é um direito

fundamental previsto expressamente na CF. 

Comentários: 

Exige-se. Aqui, o conhecimento do inciso LXXVIII do art. 5º da CF/88,incluído pela Emenda Constitucional no 45, de 2004, segundo o qual a todos,no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração doprocesso e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. Questãocorreta. 

110.  (Cespe/2009/DETRAN-DF) Entre os direitos fundamentaisprevistos expressamente na CF está o direito à duração razoável dosprocessos, tanto no âmbito judicial quanto no administrativo.

Comentários:

Questão correta, com base no art. 5º, LXXVIII, da CF/88. 

111.  (Cespe/2002/TJ-PA) Considerando o disposto na norma

constante do § 1.º do art. 5.º: "as normas definidoras dos direitos egarantias fundamentais têm aplicação imediata", é correto afirmar que

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as normas de direitos fundamentais não estão condicionadas à atuaçãoreguladora do legislador.

Comentários: 

Reza o § 1º do art. 5º da CF/88 que as normas definidoras dos direitos e

garantias fundamentais têm aplicação imediata. Desse comando constitucional,depreende-se que as normas que definem direitos e garantias fundamentais(não só aquelas do art. 5º da CF, mas também as constantes de outros artigosda Constituição) devem ser interpretadas de modo a terem a maior eficáciapossível, mesmo quando ainda não regulamentadas pelo legislador ordinário.Isso porque, como você percebeu, vários direitos e garantias fundamentaisestão previstos em normas de eficácia limitada, dependendo deregulamentação para a produção de todos os seus efeitos. Questão incorreta. 

112.  (Cespe/2009/TRE-MT) Os direitos e garantias fundamentais

estão previstos de forma taxativa na CF. 

Comentários: 

Vejamos o que determina o § 2º do inciso 5º da CF/88: 

§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição nãoexcluem outros decorrentes do regime e dos princípios por elaadotados, ou dos tratados internacionais em que a RepúblicaFederativa do Brasil seja parte. 

Como se deduz do parágrafo acima, os direitos e garantias fundamentaisprevistos na Constituição têm enumeração aberta (rol exemplificativo). Pode,portanto, haver outros, decorrentes dos princípios constitucionais ou daassinatura de tratados internacionais pela República Federativa do Brasil.Questão incorreta.

113.  (Cespe/2011/STM) Os direitos e as garantias expressos naConstituição Federal de 1988 ( CF ) excluem outros de caráterconstitucional decorrentes do regime e dos princípios por elaadotados, uma vez que a enumeração constante no artigo 5.º da CF étaxativa. 

Comentários: 

Pelo contrário! Só para fixar, reza o § 2º do inciso 5º da CF/88 que osdireitos e garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentesdo regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais emque a República Federativa do Brasil seja parte. Questão incorreta.

114.  (Cespe/2009/Ministério do Meio Ambiente) Os direitos e

garantias fundamentais encontram-se destacados exclusivamente noart. 5.° do texto constitucional. 

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Comentários:

Os direitos e garantias fundamentais encontram-se dispersos em todo oordenamento jurídico, podendo, inclusive, resultar da assinatura de tratadosinternacionais. Questão incorreta.

115.  (Cespe/2009/AUGE-MG) Nosso sistema constitucional estabeleceum rol exaustivo de direitos e garantias fundamentais, razão pela qualeles não podem ser ampliados além daqueles constantes do art. 5.º daCF.

Comentários:

Nada disso! O rol estabelecido pela Constituição é apenasexemplificativo. Questão incorreta. 

116.  (Cespe/2010/MPE-RO) Os tratados de direitos humanos, aindaque aprovados apenas no Senado Federal, em dois turnos e pormaioria qualificada, equiparam-se às emendas constitucionais.

Comentários: 

Dispõe o § 3º do art. 5º da CF/88 que os tratados e convençõesinternacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dosrespectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. Questão

incorreta. 

117.  (Cespe/2010/PM-DF) Se o Congresso Nacional aprovar, em cadauma de suas casas, em dois turnos, por três quintos dos seus votosdos respectivos membros, tratado internacional que verse sobredireitos humanos, esse tratado será equivalente às emendasconstitucionais.

Comentários:

Como vimos, a Lei Fundamental dispõe que os tratados e convenções

internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa doCongresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivosmembros, serão equivalentes às emendas constitucionais. Questão correta. 

118.  (Cespe/2009/TRT 17ª Região) O Brasil se submeterá à jurisdiçãode Tribunal Penal Internacional a cuja criação manifestar adesão. 

Comentários: 

Chegamos ao último parágrafo do art. 5º da Constituição! Veja o que ele

determina: 

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§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. 

O examinador praticamente se limitou a transcrever o texto da CF/88.Questão correta (e fácil, também).

119.  (Cespe/2008/TRF 5ª Região) O Brasil se submete à jurisdição detribunal penal internacional a cuja criação manifeste adesão. 

Comentários:

Questão correta. Não há nem o que comentar!

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Lista de Questões

1.  (Cespe/2012/MP-PI) Caracteriza-se como repressivo o habeascorpus impetrado por alguém que se julgue ameaçado de sofrerviolência ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade ouabuso de poder.

2.  (Cespe/2012/MP-PI) A jurisprudência do STF não admiteimpetração de habeas corpus em favor de pessoa jurídica, ainda queesta figure como ré em ação de crime contra o meio ambiente.

3.  (Cespe/2012/TJ-PI) A legitimidade para impetrar habeas corpuspertence apenas à pessoa natural afetada por qualquer medida querestrinja ou ameace restringir a sua liberdade de locomoção.

4.  (Cespe/2012/MP-PI) Segundo a jurisprudência dominante do

STF, é cabível habeas corpus contra decisão condenatória à pena demulta.

5.  (Cespe/2012/AGU) De acordo com o entendimento do STF, oestado-membro não dispõe de legitimidade para propor, contra aUnião, mandado de segurança coletivo em defesa de supostosinteresses da população residente na unidade federada.

6.  (Cespe/2012/TJ-PI) O mandado de segurança coletivo pode serimpetrado por organização sindical, entidade de classe ou associaçãolegalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em

defesa dos interesses de seus membros ou associados, mas não porpartido político, que não possui representação para a defesa dedireitos de categorias sociais em particular.

7.  (Cespe/2011/Previc) Independentemente do pagamento detaxas, é assegurada a todos, para a defesa e esclarecimento desituações de interesse pessoal e de terceiro, a obtenção de certidõesem repartições públicas. 

8.  (Cespe/2011/TRF 3a Região/Juiz) O direito de petição é direitofundamental de caráter universal, assegurado à generalidade daspessoas físicas, brasileiras ou estrangeiras, de modo individual oucoletivo, mas não às pessoas jurídicas, que não dispõem delegitimidade para valer-se desse instrumento de defesa de interessespróprios ou de terceiros contra atos ilegais ou praticados com abusode poder. 

9.  (Cespe/2009/DPE-PI) Qualquer pessoa, seja física ou jurídica,nacional ou estrangeira, tem legitimidade para exercer o direito depetição, apresentando reclamações a qualquer autoridade legislativa,executiva ou jurisdicional, contra ilegalidade ou abuso de poder. 

10.  (Cespe/2008/MPPE-RR) É assegurada a todos, mediante opagamento de taxa, a obtenção de certidões em repartições públicas,

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para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interessepessoal. 

11.  (Cespe/2009/TRE-GO) A CF garante a obtenção de certidões emrepartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento desituações de interesse pessoal, mediante o pagamento das respectivas

taxas.

12.  (Cespe/INSS/2008) Em 2007, Lúcio requereu aposentadoria portempo de serviço perante o INSS por ter atingido a idade mínimaexigida para o benefício e 35 anos de contribuição. O INSS indeferiu orequerimento porque não considerou o período trabalhado em XYComércio Ltda., tempo de serviço reconhecido e anotado na carteira detrabalho de Lúcio por força de sentença trabalhista transitada em julgado. Ante tal indeferimento, o trabalhador solicitou ao INSS cópiado processo administrativo em que constava o indeferimento ou

certidão circunstanciada de inteiro teor do processo, mas o servidorque o atendeu recusou-se a lhe fornecer a documentação solicitada. Édireito de Lúcio o recebimento da certidão, que deve retratar fielmenteos fatos ocorridos no processo de requerimento de aposentadoria.

13.  (Cespe/AGU/2010) A CF assegura a todos, independentementedo pagamento de taxas, a obtenção de certidões em repartiçõespúblicas, para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações deinteresse pessoal. Nesse sentido, não sendo atendido o pedido decertidão, por ilegalidade ou abuso de poder, o remédio cabível será ohabeas data.

14.  (Cespe/2005/TRE-MA) O legislador constituinte originárioestabeleceu que a lei só não pode prejudicar o direito adquirido e o ato jurídico perfeito.

15.  (Cespe/2011/TRF 3a Região/Juiz) O texto constitucionaldetermina que a lei não pode excluir da apreciação do Poder Judiciáriolesão ou ameaça a direito, seja ela proveniente de ação ou omissão deorganizações públicas, seja originada de conflitos privados; comocorolário do princípio da inafastabilidade do controle judicial, a CF

garante, de modo expresso, o direito ao duplo grau de jurisdição emtodos os feitos e instâncias. 

16.  (Cespe/2011/TRF 3a Região/ Juiz) A jurisprudência do STFconsidera que o princípio do direito adquirido se impõe a leis de direitoprivado, mas não a leis de ordem pública, pois estas se aplicam deimediato, alcançando os efeitos futuros do ato jurídico perfeito ou dacoisa julgada. 

17.  (Cespe/INSS/2008) O princípio constitucional segundo o qual alei nova não prejudicará o ato jurídico perfeito não se aplica às normas

infraconstitucionais de ordem pública.

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18.  (Cespe/2008/INSS) Os servidores públicos de autarquias quepromovem intervenção no domínio econômico têm direito adquirido aregime jurídico.

19.  (Cespe/2007/TRE-PA) O servidor público tem direito adquiridoao regime jurídico, sendo defeso alterar as disposições legais

existentes no momento do início do exercício do cargo.

20.  (Cespe 2011/STM) A imparcialidade do Poder Judiciário e asegurança do povo contra o arbítrio estatal são garantidas peloprincípio do juiz natural, que é assegurado a todo e qualquer indivíduo,brasileiro e estrangeiro, abrangendo, inclusive, pessoas jurídicas.

21.  (Cespe/2009/TCE-AC) Antônio, governador de determinadoestado, visando impedir um comício marcado para o dia seguinte empraça pública, determinou ao comando da polícia militar a prisão deJoão, organizador do comício. Além disso, o governador Antôniobaixou um decreto determinando que todos os que comparecessem aocomício fossem presos. O governador fundamentou sua decisão nanecessidade de preservar a ordem pública e no fato de não ter sidosolicitada autorização para a realização do evento. Foi assegurado aJoão o direito a um advogado e a um telefonema. A prisão de João, emtese, foi legal, visto que devidamente fundamentada e decidida pelaautoridade competente.

22.  (Cespe/2010/TRE-MT) A CF permite que seja constituídotribunal penal especial para o julgamento de crimes hediondos que

causem grande repercussão na localidade em que foram cometidos.

23.  (Cespe/2008/MPE-RR) Os tribunais de exceção são criados emdeterminadas situações excepcionais, tais como o julgamento decrimes de genocídio. 

24.  (Cespe/2010/PM-DF) Em casos de crimes que causem grandecomoção nacional, como no caso de genocídio, a CF permite que sejaconstituído tribunal penal especial para julgá-los. 

25.  (Cespe/2009/SEAD-SE) Célio é analista administrativo daSecretaria de Estado da Administração de estado da federação há 5anos. Em janeiro de 2009, ele foi convocado para integrar o corpo de jurados do tribunal do júri da capital do seu estado. Célio encaminhouexpediente ao juiz titular do tribunal, alegando a impossibilidade departicipar do corpo de jurados em razão de as votações serempúblicas, não havendo sigilo, o que lhe deixaria em uma posição deexposição pessoal na cidade em que reside. Nessa situação, Célioequivocou-se ao encaminhar o expediente ao magistrado, uma vez quea CF assegura o sigilo das votações no tribunal do júri.

26.  (Cespe/2010/TRE-BA) A competência do júri é para julgamentodos crimes contra a vida, sejam eles dolosos ou culposos.

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27.  (Cespe/2008/STF) O julgamento dos crimes dolosos contra avida é de competência do tribunal do júri, mas a CF não impede queoutros crimes sejam igualmente julgados por esse órgão.

28.  (Cespe/2009/OAB) É correto afirmar que a lei penal: 

a)  não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.b)  retroagirá, salvo disposição expressa em contrário.c)  não retroagirá, salvo se o fato criminoso ainda não for conhecido.

d)  retroagirá, se ainda não houver processo penal instaurado. 

29.  (Cespe/2008/STJ) No Brasil, o terrorismo e o racismo sãoimprescritíveis, inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia.

30.  (Cespe/2007/SEJUS-ES) Por força constitucional, sãoinafiançáveis os crimes de racismo e de tortura.

31.  (Cespe/2007/SEJUS-ES) Respondem pelo crime de tortura tantoas pessoas que a praticam quanto as que, podendo evitá-la, seomitem. 

32.  (Cespe/2007/OAB) São inafiançáveis os crimes de racismo,tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo eos cometidos por grupos armados, civis e militares, contra a ordemconstitucional e o estado democrático. Mas em relação aos crimeshediondos, fica o legislador autorizado a excluir ou não ainafiançabilidade. 

33.  (Cespe/2010/BRB) Conforme expressa disposição constitucional,o tráfico ilícito de substâncias entorpecentes e drogas afins éconsiderado crime inafiançável e imprescritível. 

34.  (Cespe/2009/Polícia Civil – PB) O crime de tortura é afiançável,mas será insuscetível de graça ou anistia ou de liberdade provisória. 

35.  (Cespe/2010/MPE-RO) Segundo jurisprudência do STF, éconstitucional norma legal que vede a progressão do regime decumprimento de pena para os crimes hediondos.

36.  (Cespe/2010/MPU) O ordenamento constitucional veda o enviocompulsório de brasileiros ao exterior, que caracterizaria a pena debanimento, assim como proíbe a retirada coativa de estrangeiros doterritório nacional, que caracterizaria a pena de expulsão.

37.  (Cespe/2009//TRE-MA) Inexiste pena de morte, no Brasil, emqualquer hipótese.

38.  (Cespe/2008/TRT 5ª Região) É proibida a instituição de pena demorte no Brasil por força de mandamento constitucional. 

39.  (Cespe/2009/OAB-SP) Segundo a CF, pode ser instituída pena:

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a)  de caráter perpétuo.b)  de trabalhos forçados.c)  de perda de bens.d)  de banimento

40.  (Cespe/2008/TRT 1ª Região) Se, em sentença judicial transitada

em julgado, José for condenado ao perdimento de bens importadosilegalmente e, durante o curso do processo, ocorrer o falecimento deJosé, nessa situação, os sucessores dele receberão o patrimônio, jáque é pétrea a determinação de que nenhuma pena pode ser estendidaaos sucessores do condenado.

41.  (Cespe/2007/SEJUS-ES) O Estado brasileiro deve assegurar àspresidiárias as condições necessárias para que possam permanecercom os seus filhos durante o período de amamentação.

42.  (Cespe/2010/TCE-BA) A CF prevê que o estrangeiro não pode

ser extraditado por crime político ou de opinião. 

43.  (Cespe/2009/TRT 17ª Região) A CF prevê que não se concedeextradição de estrangeiro por crime político ou de opinião, porém osbrasileiros naturalizados podem ser extraditados em caso de crimecomum, praticado antes da naturalização. 

44.  (TRT 3ª Região – MG/ Juiz Substituto) A doutrina e a jurisprudência dominantes entendem ser inaplicável a garantia docontraditório e da ampla defesa ao inquérito policial, uma vez que se

não tem aqui um processo compreendido como instrumento destinadoa decidir litígio.

45.  (Cespe/2010/TRT1a Região/Juiz) A CF assegura aos litigantesem processo judicial ou administrativo e aos acusados em geral ocontraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a elesinerentes, razão pela qual, no âmbito do processo administrativodisciplinar, é imprescindível a presença de advogado. 

46.  (Cespe/2010/MPU) Considerando que os direitos sejam bens evantagens prescritos no texto constitucional e as garantias sejam os

instrumentos que asseguram o exercício de tais direitos, a garantia docontraditório e da ampla defesa ocorre nos processos judiciais denatureza criminal de forma exclusiva.

47.  (CESPE/PAPILOSCOPISTA/PF/97 - Adaptada) Imagine que osmeios de comunicação hajam realizado ampla cobertura jornalísticaacerca de Guilherme, cidadão brasileiro suspeito de haver posto umartefato explosivo em um avião de carreira, apontando-o como efetivoresponsável pelo ato que causou o pouso forçado da aeronave, comlesões corporais em dezenas de passageiros e duas mortes. Todas as

notícias basearam-se nas apaixonadas declarações que Luís, Delegadode Polícia Federal, fez em público, afirmando sua convicção pessoalquanto à culpabilidade de Guilherme, em razão dos indícios de que

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dispunha até aquele momento. Guilherme, devido ao intensoburburinho que se formou em torno de sua pessoa, entrou emdepressão, foi demitido e seus filhos sofreram o repúdio dos colegasde escola. Alguns meses depois, quando a imprensa já deixara decomentar o assunto, o inquérito policial chegou a termo e o delegadoresponsável, Luís, apontou como verdadeiro culpado no relatório final,

Antônio, outro passageiro do avião, que, aliás, confessou o crime.Antônio foi denunciado pelo Ministério Público Federal e acaboucondenado pelo delito. Tendo em conta a situação acima e as normasconstitucionais relativas aos direitos e garantias fundamentais, Umavez que a autoridade policial responsável pela investigação formassesua íntima convicção acerca da culpabilidade de Guilherme, caberia aeste provar a própria inocência. 

48.  (Cespe/2003/TJ-DF) De acordo com a teoria dos frutos daárvore envenenada, a prova ilícita originária contamina as demais

provas dela decorrentes, sendo todas elas inadmissíveis no processo.49.  (FCC/2011/TRT 23ª Região) Será admitida ação privada noscrimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal. 

50.  (Cespe/2009/AUGE-MG) Admite-se que a lei restrinja apublicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou ointeresse social o exigirem.

51.  (FCC/2011/TRT 23ª Região) Nos casos de transgressão militarou crime propriamente militar, definidos em lei, o militar só será preso

em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada deautoridade judiciária competente.

52.  (Cespe/2009/PM-DF) O juiz de direito da vara criminal de umacidade decretou a prisão preventiva de Joel, por este ter praticadotráfico de drogas, crime equiparado a hediondo pela CF. O juizdeterminou que a decisão fosse cumprida pela PMDF. O mandadochegou à PMDF às 20 h e foi distribuído à equipe que se encontrava deplantão naquela noite, comandada pelo capitão Oliveira.Imediatamente, os policiais dirigiram-se para a casa do acusado,

bateram à porta e perguntaram por Joel, ouvindo de sua esposa queele não estava. Oliveira determinou uma busca na residência,encontrando Joel escondido debaixo da cama do casal. O capitãoinformou ao procurado o motivo de sua prisão e que ele teria direito aum advogado. Os familiares de Joel indagaram para onde ele serialevado, tendo o policial respondido que essa informação só seriapassada ao advogado do preso no dia seguinte. Em seguida, Joel foilevado para o quartel da PMDF mais próximo. No dia seguinte, ocapitão Oliveira encaminhou documento ao juiz criminal com osseguintes dizeres: Exmo. Sr. Juiz. Missão cumprida. O traficante já está

preso. Permanecemos à sua disposição.Os policiais agiram corretamente quanto às informações

passadas aos familiares e ao juiz, visto que tinham a obrigação de

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informar aos familiares apenas o motivo da prisão de Joel e, ao juiz,informar tão somente que a decisão havia sido cumprida conformedeterminado. Questões relativas ao local onde Joel estava detido sãode ordem meramente administrativa e inexiste necessidade de essacomunicação ser feita ao juiz ou aos familiares.

53.  (Cespe/2009/PM-DF) Os policiais que efetuaram a prisão de Joeltêm direito ao anonimato, visando resguardar sua integridade e a desua família contra possíveis retaliações.

54.  (Cespe/2009/DPE-AL) Segundo entendimento do STF, é vedadaa utilização de algemas, sob pena de ofensa ao princípio da dignidadeda pessoa humana e do direito fundamental do cidadão de não sersubmetido a tratamento desumano ou degradante.

55.  (Cespe/2009/Polícia Civil – PB) O uso ilícito de algemas poderáimpor a responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou daautoridade e a nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere.

56.  (Cespe/2009/TCE-AC) Antônio, governador de determinadoestado, visando impedir um comício marcado para o dia seguinte empraça pública, determinou ao comando da polícia militar a prisão deJoão, organizador do comício. Além disso, o governador Antôniobaixou um decreto determinando que todos os que comparecessem aocomício fossem presos. O governador fundamentou sua decisão nanecessidade de preservar a ordem pública e no fato de não ter sidosolicitada autorização para a realização do evento. Foi assegurado a

João o direito a um advogado e a um telefonema. A prisão de João e olocal onde foi recolhido deveriam ter sido comunicados imediatamenteao juiz competente e a sua família.

57.  (Cespe/2008/Polícia Civil – TO) O preso tem o direito de saberos motivos de sua prisão e a identificação das autoridades ou agentesque a estão efetuando, para que eventuais ilegalidades e abusos sejamapontados. 

58.  (Cespe/2007/SEJUS-ES) Enquanto dura a pena de reclusão,

ficam suspensos os direitos constitucionais do preso. 59.  (Cespe/2007/SEJUS-ES) Para serem resguardados os agentespoliciais e os delegados de polícia contra eventuais retaliações porparte das pessoas que eles prendem, os presos não têm direito àidentificação dos responsáveis pela sua prisão.

60.  (Cespe/2009/TRT 17ª Região) Diante dos requisitos legais, o juizde direito de determinada comarca decretou a prisão preventiva dovereador Galego, suspeito de tráfico de drogas, bem como autorizou arealização de busca e apreensão em sua residência. A polícia, de posse

dos mandados judiciais, dirigiu-se até a câmara municipal, nãologrando êxito em encontrar o vereador. Às 20 h, a polícia localizouGalego em sua residência. Galego tem o direito constitucional à

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identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatóriopolicial. 

61.  (Cespe/2003/TJ-DF) Carlos foi preso, acusado de não estarpagando pensão alimentícia devida às suas filhas. Se não houveflagrante, a prisão de Carlos será considerada ilegal. Comentários: 62.  (Cespe/2011/TRF 2a Região/Juiz) A liberdade de locomoção emtempo de paz, que engloba, em relação ao território nacional, assituações de acesso e ingresso, saída e permanência, assim como apossibilidade de deslocamento, constitui direito absoluto, que nãocomporta limitações. 

63.  (Cespe/2000) Os chamados remédios constitucionais, ouremédios do direito constitucional, constituem em meios à disposiçãodo indivíduo para provocar a atuação das autoridades competentes,com o fim de evitar ou sanar ilegalidade e abuso de poder em prejuízode direitos e interesses individuais ou coletivos.

64.  (Cespe/1997/Polícia Federal) O habeas corpus é cabível não sócontra a lesão a certo direito como também se houver apenas ameaçaa ele. 

65.  corpus pode ser impetrado tanto contra ato emanado do poderpúblico como contra ato de particular, sempre que alguém sofrer ou seachar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade delocomoção. 

66.  (Cespe/2009/DPE-PI) O sujeito passivo do habeas corpus será aautoridade pública, pois somente ela tem a prerrogativa de restringir aliberdade de locomoção individual em benefício do interesse público ousocial, razão pela qual não se admite sua impetração contra ato departicular. 

67.  (Cespe) Caso a sentença penal condenatória emanada de juizmilitar imponha pena de exclusão de militar ou de perda de patente,será cabível a utilização do habeas corpus.

68.  (Cespe) Ainda que já extinta a pena privativa de liberdade, écabível a utilização de “habeas corpus” para pedido de reabilitação depaciente.

69.  (Cespe) Caso ocorra, ao fim de um processo penal, a fixação depena de multa em sentença penal condenatória, ficará prejudicada autilização do habeas corpus, haja vista a sua destinação exclusiva àtutela do direito de ir e vir. 

70.  (Cespe/2010/TJ-PB) São legitimados para impetrar mandado de

segurança a pessoa física, nacional ou estrangeira, e a pessoa jurídicaprivada, mas não a pública, visto o mandado de segurança ter comofunção garantir direito líquido e certo contra ato de autoridade pública. 

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71.  (Cespe/2010/TRT 1ª Região) É cabível a impetração demandado de segurança contra ato jurisdicional das turmas do STF.

72.  (Cespe/2009/MCT-FINEP) Será cabível, em qualquercircunstância, manejo de mandado de segurança para proteger direitolíquido e certo quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de

poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercíciode atribuições do poder público.

73.  (Cespe/2010/TRE-MT) O mandado de segurança pode serinterposto mesmo contra ato administrativo do qual caiba recursoadministrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução.

74.  (Cespe/2009/DPE-PI) O mandado de segurança pode serimpetrado por pessoas naturais, mas não por pessoas jurídicas, emdefesa de direitos individuais.

75.  (Cespe) A ausência de decisão administrativa em prazo razoávelnão enseja mandado de segurança, pois o Poder Judiciário não podefixar prazo para decisões do Poder Executivo.

76.  (Cespe) Estrangeiro residente no exterior não pode impetrarmandado de segurança no Brasil.

77.  (Cespe/2002/Senado Federal) O partido político comrepresentação nacional pode impetrar mandado de segurança coletivocontra ilegalidade ou abuso de poder.

78.  (TRT 23a região/Juiz/2011) O mandado de segurança coletivopode ser impetrado por partido político, organização sindical, entidadede classe ou associação, exigindo-se de todos estes que estejamlegalmente constituídos e em funcionamento há pelo menos um ano.

79.  (Cespe/2010/MPE-SE) Diferentemente das organizaçõessindicais, das entidades de classe e das associações, os partidospolíticos não têm legitimidade para impetrar mandado de segurançacoletivo.

80.  (Cespe/2010/TRE-MT) O mandado de segurança coletivo podeser impetrado por pessoas jurídicas, públicas ou privadas, como asorganizações sindicais e as entidades de classe legalmenteconstituídas, mas não por partidos políticos. 

81.  (Cespe/2008/TRF 5ª Região) Qualquer partido político podeimpetrar mandado de segurança coletivo para proteção de direitolíquido e certo. 

82.  (Cespe/2010/TRT1a Região/Juiz) De acordo com a CF, omandado de injunção é remédio destinado a suprir lacuna ou ausênciade regulamentação de direito previsto na CF e em normainfraconstitucional.

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83.  (Cespe/2009/TRT 17ª Região) Segundo a CF, deve ser concedidohabeas data sempre que a ausência de norma regulamentadora torneinviável o exercício dos direitos e das liberdades constitucionais e dasprerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

84.  (Cespe/2009/IBRAM) O STF adota a posição de que o mandado

de injunção não tem função concretista, porque não cabe ao PoderJudiciário conferir disciplina legal ao caso concreto sob pena deviolação ao princípio da separação dos poderes. 

85.  (Cespe/2009/TCE-TO) O STF passou a admitir a adoção desoluções normativas para a decisão judicial como alternativa legítimade tornar a proteção judicial efetiva por meio do mandado deinjunção.

86.  (Cespe/2010/TRE-MT) O mandado de injunção tem como objetoo não cumprimento de dever constitucional de legislar que, de algumaforma, afete direitos constitucionalmente assegurados, sendo pacífico,na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), que ele só écabível se a omissão tiver caráter absoluto ou total, e não parcial.

87.  (Cespe/2011/TRF 2a Região/Juiz) Além das pessoas físicas, aspessoas jurídicas, os sindicatos e as associações, assim como o MP,dispõem de legitimidade para impetrar o mandado de injunção. 

88.  (Cespe/2011/TRF 2a Região/Juiz) O “habeas data” pode serimpetrado contra qualquer órgão do Estado, seja ele do Poder

Executivo, do Poder Legislativo ou do Poder Judiciário, mas não contrapessoas jurídicas de direito privado. 

89.  (Cespe/2010/PM-DF) A CF prevê, entre outras garantiasfundamentais, o mandado de injunção como instrumento paraassegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa doimpetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidadesgovernamentais ou de caráter público.

90.  (Cespe/2009/TRE-MT) Segundo a CF, cabe mandado de injunçãopara assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa doimpetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidadesgovernamentais ou de caráter público.

91.  (Cespe/2010/TRT 1a Região/Juiz) Como a garantiaconstitucional do habeas data tem por finalidade disciplinar o direitode acesso a informações constantes de registros ou banco de dados deentidades governamentais ou de caráter público relativo a dadospessoais pertinentes à pessoa do impetrante, a pessoa jurídica nãotem legitimidade para o ajuizamento desse tipo de ação. 

92.  (Cespe) Habeas data é o remédio constitucional adequado para ocaso de recusa de fornecimento de certidões para defesa de direitos eesclarecimento de situações de interesse pessoal, próprio ou de

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terceiros, assim como para o caso de recusa de obtenção deinformações de interesse particular, coletivo ou geral.

93.  (Cespe/2009/DPF) Conceder-se-á habeas data para assegurar oconhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante ou à deterceiros, constantes de registros ou bancos de dados de entidades

governamentais ou de caráter público. 

94.  (Cespe/2010/TRE-MT) O habeas data destina-se a assegurar oconhecimento de informações pessoais constantes de registro debancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público,desde que geridas por servidores do Estado.

95.  (Cespe/2009/DETRAN-DF) Maria protocolou junto ao DETRANrequerimento com a finalidade de conhecer as informações acerca desua pessoa constantes no banco de dados daquele órgão. O pedido foinegado pelo diretor, com base em portaria do órgão que proibia oacesso pretendido por Maria, apesar de as informações não serem deuso exclusivo do DETRAN. Para ter acesso às informações, Mariapoderá valer-se do mandado de injunção. Essa ação constitucionaldestina-se a assegurar o acesso a informações relativas à pessoa doimpetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidadesgovernamentais ou de caráter público.

96.  (Cespe/2010/TRT 21ª Região) Na impetração do habeas data, ointeresse de agir configura-se diante do binômio utilidade-necessidadedessa ação constitucional, independentemente da apresentação da

prova negativa da via administrativa. 

97.  (Cespe/2009/OAB) O habeas data pode ser impetrado ao PoderJudiciário, independentemente de prévio requerimento na esferaadministrativa.

98.  (Cespe/2009/ANATEL) Qualquer cidadão poderá impetrarhabeas data no Poder Judiciário para assegurar o conhecimento deinformações relativas a sua pessoa disponíveis na Agência Nacional deTelecomunicações (ANATEL), independentemente de ter formulado o

pedido diretamente na agência.99.  (Cespe/2010/MPS) A nacionalidade brasileira é condiçãonecessária e suficiente para propor ação popular visando à declaraçãode nulidade de ato lesivo ao patrimônio histórico e cultural.

100.  (Cespe/2010/TCE-BA) A ação popular, que tem como legitimadoativo o cidadão brasileiro nato ou naturalizado, exige, para seuajuizamento, o prévio esgotamento de todos os meios administrativose jurídicos de prevenção ou repressão aos atos ilegais ou imoraislesivos ao patrimônio público.

101.  (Cespe/2009/TCE-TO) O mandado de injunção é o remédioconstitucional adequado para anular ato lesivo ao patrimônio público

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ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor,salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus dasucumbência.

102.  (Cespe/2010/MPE-SE) Se o autor da ação popular dela desistir,

o MP poderá, entendendo presentes os devidos requisitos, dar-lheprosseguimento. 

103.  (Cespe/2008/TRT 5ª Região) Para propositura de ação popular,o autor deve demonstrar a plenitude do exercício de seus direitospolíticos. 

104.  (Cespe/2008/OAB) O Estado deve prestar assistência jurídicaintegral e gratuita a todos.

105.  (TRT 23a Região/ Juiz/2011) O Estado indenizará o condenadopor erro judiciário, ou seja, apenas quando a condenação fizer comque alguém fique preso além do tempo fixado na sentença.

106.  (TJ-SC/2011) É gratuita a certidão de óbito para osreconhecidamente pobres na forma da lei. 

107.  (Cespe/2010/MPS) Para aqueles que são, nos termos da lei,reconhecidamente pobres, o Estado deve prover gratuitamente acertidão do registro civil de nascimento, de casamento e de óbito. 

108. 

(Cespe/2009/MCT-FINEP) As ações de habeas corpus e habeasdata são gratuitas.

109.  (Cespe/2009/TRE-MT) O direito à duração razoável do processo,tanto no âmbito judicial quanto no âmbito administrativo, é um direitofundamental previsto expressamente na CF. 

110.  (Cespe/2009/DETRAN-DF) Entre os direitos fundamentaisprevistos expressamente na CF está o direito à duração razoável dosprocessos, tanto no âmbito judicial quanto no administrativo.

111.  (Cespe/2002/TJ-PA) Considerando o disposto na normaconstante do § 1.º do art. 5.º: "as normas definidoras dos direitos egarantias fundamentais têm aplicação imediata", é correto afirmar queas normas de direitos fundamentais não estão condicionadas à atuaçãoreguladora do legislador.

112.  (Cespe/2009/TRE-MT) Os direitos e garantias fundamentaisestão previstos de forma taxativa na CF. 

113.  (Cespe/2011/STM) Os direitos e as garantias expressos naConstituição Federal de 1988 ( CF ) excluem outros de caráterconstitucional decorrentes do regime e dos princípios por elaadotados, uma vez que a enumeração constante no artigo 5.º da CF étaxativa. 

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114.  (Cespe/2009/Ministério do Meio Ambiente) Os direitos egarantias fundamentais encontram-se destacados exclusivamente noart. 5.° do texto constitucional. 

115.  (Cespe/2009/AUGE-MG) Nosso sistema constitucionalestabelece um rol exaustivo de direitos e garantias fundamentais,

razão pela qual eles não podem ser ampliados além daquelesconstantes do art. 5.º da CF.

116.  (Cespe/2010/MPE-RO) Os tratados de direitos humanos, aindaque aprovados apenas no Senado Federal, em dois turnos e pormaioria qualificada, equiparam-se às emendas constitucionais.

117.  (Cespe/2010/PM-DF) Se o Congresso Nacional aprovar, em cadauma de suas casas, em dois turnos, por três quintos dos seus votosdos respectivos membros, tratado internacional que verse sobredireitos humanos, esse tratado será equivalente às emendasconstitucionais.

118.  (Cespe/2009/TRT 17ª Região) O Brasil se submeterá à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação manifestaradesão.

119.  (Cespe/2008/TRF 5ª Região) O Brasil se submete à jurisdição detribunal penal internacional a cuja criação manifeste adesão.

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1.  INCORRETA2.  CORRETA3.  INCORRETA4.  INCORRETA5.  CORRETA6.  INCORRETA7.  INCORRETA8.  INCORRETA

9.  CORRETA10.  INCORRETA11.  INCORRETA12.  CORRETA13.  INCORRETA14.  INCORRETA15.  INCORRETA16.  INCORRETA17.  INCORRETA18.  INCORRETA19.  INCORRETA20.  CORRETA21.  INCORRETA22.  INCORRETA23.  INCORRETA24.  INCORRETA25.  CORRETA26.  INCORRETA27.  CORRETA

28.  A29.  INCORRETA30.  CORRETA31.  CORRETA32.  INCORRETA33.  INCORRETA34.  INCORRETA35.  INCORRETA36.  INCORRETA37.  INCORRETA38.  INCORRETA39.  C

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40.  INCORRETA41.  CORRETA42.  CORRETA43.  CORRETA44.  CORRETA

45.  INCORRETA46.  INCORRETA47.  INCORRETA48.  CORRETA49.  CORRETA50.  CORRETA51.  INCORRETA52.  INCORRETA53.  INCORRETA54.  INCORRETA

55.  CORRETA56.  CORRETA57.  CORRETA58.  INCORRETA59.  INCORRETA60.  CORRETA61.  INCORRETA62.  INCORRETA63.  CORRETA

64.  CORRETA65.  CORRETA66.  INCORRETA67.  INCORRETA68.  INCORRETA69.  CORRETA70.  INCORRETA71.  INCORRETA72.  INCORRETA73.  INCORRETA

74.  INCORRETA75.  INCORRETA76.  INCORRETA77.  INCORRETA78.  INCORRETA79.  INCORRETA80.  INCORRETA81.  INCORRETA82.  INCORRETA83.  INCORRETA84.  INCORRETA85.  CORRETA

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86.  INCORRETA87.  INCORRETA88.  INCORRETA89.  INCORRETA90.  INCORRETA

91.  INCORRETA92.  INCORRETA93.  INCORRETA94.  INCORRETA95.  INCORRETA96.  INCORRETA97.  INCORRETA98.  INCORRETA99.  INCORRETA100.  INCORRETA

101.  INCORRETA102.  CORRETA103.  CORRETA104.  INCORRETA105.  INCORRETA106.  CORRETA107.  INCORRETA108.  CORRETA109.  CORRETA

110.  CORRETA111.  INCORRETA112.  INCORRETA113.  INCORRETA114.  INCORRETA115.  INCORRETA116.  INCORRETA117.  CORRETA118.  CORRETA119.  CORRETA