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DIREITO DAS COISAS Conceito: direito das coisas é o ramo do direito civil que tem como conteúdo relações jurídicas estabelecidas entre pessoas e coisas determinadas, ou mesmo determináveis. Obs: coisa seria tudo aquilo que não é humano. Obs: o nome é direito das coisas justamente pelo fato de ter sido a opção metodológica do código civil de 2002, ainda mais que o código civil de 2002 traz o tratamento da posse que não representa um direito real propriamente dito. - deve-se ter em mente que no direito das coisas há uma relação de domínio exercida pela pessoa ( sujeito ativo) sobre a coisa. Não há sujeito passivo determinado, sendo esse toda a coletividade. 1 CONCEITO DE DIREITOS REAIS, TEORIAS E CONCEITOS JUSTIFICADORES E ANALISE PRELIMINAR DO ART 1.225. Conceito de direito real: pode-se conceituar os direitos reais como sendo as relações jurídicas estabelecidas entre pessoas e coisas determinadas ou determináveis, tendo como fundamento principal o conceito de propriedade seja ela plena ou restrita. Obs: a principal diferença entre direito das coisas e direitos reais ( a diferença substancial) é que o direito das coisas constitui um ramo do direito civil e já os direitos reais constituem as relações jurídicas em si, em cunho subjetivo. Teorias: - teoria personalista: é a teoria pela qual os direitos reais são relações jurídicas estabelecidas entre pessoas , mas intermediadas por coisas ( a diferença esta presente no sujeito passivo), enquanto no direito pessoal, esse sujeito passivo ( o devedor), é pessoa certa e determinada, no direito real seria indeterminada, havendo nesse caso uma obrigaçao passiva universal, a de respeitar o direito ( obrigaçao que se concretiza toda vez que alguém o viola. Teoria realista ou clássica: o direito real constitui um poder imediato que a pessoa exerce sobre a coisa, com eficácia contra todos ( erga omnes). Assim, o direito real opõem-se ao direito pessoal, pois o ultimo traz uma relação pessoa-pessoa, exigindo-se determinados comportamentos. - os direitos reais giram em torno de um conceito de propriedade, e como, tal apresentam caracteres próprios que os destinguem dos direitos pessoais de cunho patrimonial. Características dos direitos reais: 1 oponibilidade erga omnes: ou seja contra todos os membros da coletividade. 2 existência de um direito de seqüela, uma vez que os direitos reais aderem ou colam na coisa.

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DIREITO DAS COISAS

Conceito: direito das coisas é o ramo do direito civil que tem como conteúdo relações

jurídicas estabelecidas entre pessoas e coisas determinadas, ou mesmo determináveis.

Obs: coisa seria tudo aquilo que não é humano.

Obs: o nome é direito das coisas justamente pelo fato de ter sido a opção metodológica

do código civil de 2002, ainda mais que o código civil de 2002 traz o tratamento da

posse que não representa um direito real propriamente dito.

- deve-se ter em mente que no direito das coisas há uma relação de domínio exercida

pela pessoa ( sujeito ativo) sobre a coisa. Não há sujeito passivo determinado, sendo

esse toda a coletividade.

1 – CONCEITO DE DIREITOS REAIS, TEORIAS E CONCEITOS JUSTIFICADORES E ANALISE PRELIMINAR DO ART 1.225. Conceito de direito real: pode-se conceituar os direitos reais como sendo as relações jurídicas estabelecidas entre pessoas e coisas determinadas ou determináveis, tendo como fundamento principal o conceito de propriedade seja ela plena ou restrita. Obs: a principal diferença entre direito das coisas e direitos reais ( a diferença substancial) é que o direito das coisas constitui um ramo do direito civil e já os direitos reais constituem as relações jurídicas em si, em cunho subjetivo. Teorias: - teoria personalista: é a teoria pela qual os direitos reais são relações jurídicas estabelecidas entre pessoas , mas intermediadas por coisas ( a diferença esta presente no sujeito passivo), enquanto no direito pessoal, esse sujeito passivo ( o devedor), é pessoa certa e determinada, no direito real seria indeterminada, havendo nesse caso uma obrigaçao passiva universal, a de respeitar o direito ( obrigaçao que se concretiza toda vez que alguém o viola. Teoria realista ou clássica: o direito real constitui um poder imediato que a pessoa exerce sobre a coisa, com eficácia contra todos ( erga omnes). Assim, o direito real opõem-se ao direito pessoal, pois o ultimo traz uma relação pessoa-pessoa, exigindo-se determinados comportamentos. - os direitos reais giram em torno de um conceito de propriedade, e como, tal apresentam caracteres próprios que os destinguem dos direitos pessoais de cunho patrimonial. Características dos direitos reais: 1 – oponibilidade erga omnes: ou seja contra todos os membros da coletividade. 2 – existência de um direito de seqüela, uma vez que os direitos reais aderem ou colam na coisa.

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3 – previsão de um direito de preferência a favor do titular de um direito real como é comum nos direitos reais de garantia sobre coisa alheia ( penhor e hipoteca). 4 – possibilidade de abandono dos direitos reais, isto é, de renuncia a tais direitos. 5 – viabilidade de incorporação da coisa por meio da posse, de um domínio fático. 6 – previsão de usucapião como um dos meios de aquisição. Obs: o usucapião não so atinge os direitos reais mais como também atinge as servidões ( art 1.379 C.C). 7 – suposta obediência a um rol taxativo ( numerus clausulos ) de institutos, previstos em lei, o que consagra o principio da tipicidade dos direitos reais. 8 – regência pelo principio da publicidade dos atos, o que se da pela entrega da coisa ou tradição ( no caso de bens moveis ) e no registro ( no caso de bens imoveis). 9 – principio do absolutismo: os direitos reais são absolutos no sentido de que trazem efeitos contra todos. Esse absolutismo não significa dizer que os direitos reais geram um ‘’ poder ilimitado de seus titulares sobre os bens que se submetem a sal autoridade’’. DIFERENÇAS ENTRE DIREITOS REAIS E OS DIREITOS PESSOAIS PATRIMONIAIS: CS PON SC: conceito – sujeito – publicidade – erga omnes – numerus – seqüela – caráter 1 – primeiramente levando-se em conta a teoria realista, os direitos reais tem como conteúdo relações jurídicas estabelecidas entre pessoas e coisa ( portanto o objeto da relação jurídica é a coisa em si). Já nos direitos pessoais de cunho patrimonial temos como conteúdo relações jurídicas estabelecidas entre duas ou mais pessoas, sendo o objeto ou conteúdo imediato a prestação. 2 – nos direitos reais há apenas um sujeito ativo determinado, sendo sujeitos passivos toda a coletividade. Nos direitos pessoais há em regra um sujeito ativo que tem um direito ( credor) e um sujeito passivo que tem um dever obrigacional ( devedor). 3 – os direitos reais sofrem incidência marcante do principio da publicidade ou da visibilidade, diante da importância da tradição e do registro ( principais formas derivadas de aquisição de propriedade. Os direitos patrimoniais de cunho patrimonial são influenciados pelo principio da autonomia privada, de onde surgem os contratos e as obrigações nas relações intersubjetivas. 4 – os direitos reais tem eficácia erga omnes ( principio do absolutismo). O direito pessoal tem efeito somente inter partes.

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5 – nos direitos reais o rol é taxativo ( numerus clausus) art 1.225 C.C , aonde segundo o entendimento majoritário se tem a aplicação do principio da tipicidade, Nos direitos pessoais patrimoniais, o rol é exemplificativo ( numerus apertus), é o que pode ser retirado do art 425 do C.C , pela licitude de criação de contratos atípicos, aqueles que não tem previsão legal. 6 – os direitos reais trazem o tão aclamado direito de seqüela, respondendo a coisa onde quer que ela esteja. Enquanto nos direitos pessoais há uma responsabilidade patrimonial dos bens do devedor pelo inadimplemento da obrigaçao ( art 391 C.C). 7 – os direitos reais tem caráter permanente. Os diretos patrimoniais tem caráter transitório. DIFERENÇAS BASICAS ENTRE DIREITOS REAIS E DIREITOS PESSOAIS DE CUNHO PATRIMONIAL: DIREITOS REAIS: - relações jurídicas entre uma pessoa ( sujeito ativo) e uma coisa. O sujeito passivo não é determinado, mas é toda a coletividade. - principio da publicidade ( tradição e registro). - efeitos erga omnes. Os efeitos podem ser restringidos. - rol taxativo ( numerus clausus) segundo a visão clássica – art 1.225 do C.C - a coisa responde ( direito de seqüela) - caráter permanente Ex: instituto típico: propriedade. DIREITOS PESSOAIS DE CUNHO PATRIMONIAL - relações jurídicas entre uma pessoa ( sujeito ativo – credor) e outra ( sujeito passivo – devedor). - principio da autonomia privada ( liberdade). - efeitos inter partes, há uma tendência de ampliação dos efeitos. - rol exemplificativo ( numerus apertus ) – art 425 do C.C – criação dos contratos atípicos. - os bens do devedor respondem ( principio da responsabilidade patrimonial).

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- caráter transitório, em regra o que vem sendo mitigiado pelos contratos relacionais ou cativos de longa duração. Instituto típico: contrato. CONCEITOS INTERMEDIARIOS: As obrigações reais ou propter rem ( em razão da coisa) – tambem se situam em uma zona intermediaria entre os direitos reais e os direitos obrigacionais de cunho patrimonial, sendo também denominados obrigações hibridas ou ambulatórias ( tem a carcteristica da transmissibilidade automática) surgem como obrigações pessoais de um devedor por ele ser titular de um direito real, mas acabam aderindo mais a coisa do que ao seu eventual titular. Ex: a obrigaçao do proprietário de pagar as despesas de condominio. - outro conceito intermediário: pode ser mencionado o abuso do direito de propriedade ou ato emulativo, retirado dos arts 187 e 1.228, S 2. seria ato emulativo aqueles atos que trazem prejuízos ao proprietário. Ex de ato de emulação: excesso de barulho. RELAÇAO DIREITO DAS COISAS E CONSTITUIÇAO FEDERAL DE 88 Prevê o art 5, caput da CF/88, inciso XXII – é garantido o direito de propriedade, XXIII – a propriedade atendera a sua função social. Como entendeu o STF, o direito de propriedade não se reveste de caráter absoluto, sendo que temos a hipoteca e descumprida essa função social cabe o estado intervir. Temos na CF/88 uma ampla proteção a propriedade, inciso XI do art 5 CF. Também prevê o art 170 da C.F, de acordo com esse dispositivo a proteção da propriedade e o principio da função social devem ser aplicados em harmonia com os demais princípios da ordem econômica. RESUMO Direito das coisas – ramo do direito civil que tem como conteúdo relações jurídicas estabelecidas entre pessoas e coisas determinadas, ou mesmo determináveis. Como coisas deve-se entender tudo aquilo que não é humano. Trata-se de um campo metodológico. Direitos reais – relações jurídicas estabelecidas entre pessoas e coisas determinadas ou determináveis, tendo como fundamento principal o conceito de propriedade, seja ela plena ou restrita. Os direitos reais constituem as relações jurídicas em si, de cunho subjetivo. Prevê o art 1.225 do inciso I ao XII, também incluído pela lei 11.481/2007 que incluiu o inciso XI, e o inciso XII que incluiu a lei 11.481/2007. Características dos direitos reais

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1- oponibilidade erga omnes, ou seja, contra todos os membros da coletividade.

2- Existência de um direito de seqüela, uma vez que os direitos reais aderem ou colam na coisa.

3- Previsão de um direito de preferência a favor do titular de um direito real, como é comum nos direitos reais de garantia sobre a coisa alheia ( penhor e hipoteca).

4- Possibilidade de abandono dos direitos reais, isto é de renuncia a tais direitos.

5- Viabilidade de incorporação da coisa por meio da posse, de um domínio fativo.

6- Previsão da usucapião como um dos meios de sua aquisição, valendo dizer que a usucapião não atinge somente a propriedade mas também outros direitos reais, caso da servidão predial ( art 1.379 do C.C)

7- Obediência a um rol taxativo ( numerus clausus) de institutos, previstos em lei, o que consagra o principio da tipicidade dos direitos reais.

8- Regência pelo principio da publicidade dos atos, o que se da pela entrega da coisa ou tradição ( no caso de bens moveis) e pelo registro ( no caso de bens imóveis).

COMPARAÇAO CLASSICA ENTRE DIREITOS REAIS E DIREITOS PESSOAIS OBRIGACIONAIS DE CUNHO PATRIMONIAL Direitos reais

1- relações jurídicas entre uma pessoa ( sujeito ativo) e uma coisa. O sujeito passivo não é determinado, mas é toda a coletividade.

2- Principio da publicidade ( tradição e registro) 3- Efeitos erga omnes. Os efeitos podem ser restringidos. 4- Rola taxativo ( numerus clausul), seguno a visão classica – art 1.225 do

C.C 5- A coisa responde ( direito de seqüela). 6- Caráter permanente

Instituto típico: propriedade. Direitos pessoais de cunho patrimonial 1- relações jurídicas entre uma pessoa ( sujeito ativo – credor) e outra (

sujeito passivo – devedor). 2- Principio da autonomia privada ( liberdade). 3- Efeitos inter partes, há uma tendência de ampliação dos efeitos. 4- Rol exemplificativo ( numerus apertus) – art 425 C.C – criação dos

contratos atípicos. 5- Os bens do devedor respondem ( principio da responsabilidade

patrimonial) 6- Caráter transitório em regra o que vem sendo mitigado pelos

contratos relacionais ou cativos de longa duração. Instituto típico: contrato.

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POSSE Conceito: é o domínio fático que a pessoa exerce sobre a coisa. Teoria subjetivista: para a teoria subjetivista ou subjetiva, cujo o principal defensor foi SAVIGNY, a posse pode ser conceituada como o poder direto ou imediato que a pessoa tem de dispor fisicamente de um bem com a intenção de te-lo para si e de defende-lo contra a intervenção ou agressão de quem quer que seja. A posse para essa corrente possui 2 elementos: O primeiro seria o corpus, elemento material da posse, constituído pelo poder físico ou de disponibilidade sobre a coisa. O segundo elemento seria o subjetivo, o animus domini, a intenção de ter a coisa para si, de exercer sobre ela o direito de propriedade. Essa teoria pode ser delimitada na seguinte formula: POSSE ( teoria subjetivista ) = CORPUS + ANIMUS DOMINI Logicamente, pelo segundo elemento pela intenção de dono poder-se-ia concluir que para essa teoria o locatário, o comodatário o depositário entre outros, não seriam possuidores pois não haveria qualquer intenção de tornaram-se proprietários. Portanto não gozariam de proteção direta, o que os impediria de ingressar com as ações possessórias. O código civil de 2002 em regra não adotou essa corrente, somente para fins da usucapião ordinária como se vera é que a teoria subjetiva de SAVIGNY entra em cena. Teoria objetivista: essa corrente percusora de uma teoria objetivista ou objetiva da posse, cujo o principal defensor foi IHERING, para constituir-se a posse basta que a pessoa disponha fisicamente da coisa ou que tenha a mera possibilidade de exercer esse contato. Essa corrente dispensa a intenção de ser dono, tendo a posse apenas um elemento, o corpus, elemento material e único fator visível e suscetível de comprovação, para essa teoria dentro do conceito de corpus esta uma intenção, não o animus de ser proprietário, mas sim de explorar a coisa com fins econômicos, a formula que mostra essa teoria: POSSE ( teoria objetivista ) = CORPUS CONCLUSAO: entre as duas teorias deve-se concluir que o código civil de 2002, a exemplo do seu antecessor adotou parcialmente a teoria objetivista de IHERING. Desta forma o locatário, o comodatário entre outros, para o nosso direito, são possuidores, e como tais, podem utilizar as ações possessórias, inclusive contra o próprio proprietário. Assim, sendo o art 1.196 do C.C define a posse como o exercício pleno ou não de alguns dos poderes inerentes a propriedade. Em outras palavras, pela atual codificação, todo proprietário é possuidor, mas nem todo possuidor é proprietário.

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Mas o código atual perdeu a oportunidade de trazer expressamente uma teoria mais avançada quanto a posse, aquela que considera a sua função social, tese cujo principal defensor foi Raymond SALEILLES. PRINCIPAIS CLASSIFICAÇOES DA POSSE: quanto a relação pessoa-coisa : - posse direta ou imediata: aquela que é exercida por quem tem a coisa materialmente, havendo um poder físico imediato. A posse exercida pelo locatário, por concessão do locador. - posse indireta ou mediata: exercida por meio de outra pessoa, havendo mero exercício de direito, geralmente decorrente da propriedade. É o que se verifica em favor do locador, proprietário do bem. Obs: partindo para outros casos de lustração o depositário tem a posse direta e o depositante a posse indireta, o usufrutuário tem a posse direita e o nu-proprietario tem a posse indireta, o comodatário tem a posse direita e o comodante, a indireta, e assim sucessivamente. ( VER ) Art 1.197 Do C.C. Quanto a presença de vícios: - posse justa: é a que não apresenta os vícios da violência, da clandestinidade ou da precariedade, sendo uma posse limpa. - posse injusta – apresenta os referidos vícios, pois foi adquirida por meio de ato de violência, ato clandestino ou de precariedade, nos seguintes termos: 1 – posse violenta: ´w a obtida por meio de esbulho, por força física ou violência moral ( vis compulsiva). A doutrina tem o costume de associa-la ao crime. 2 – posse clandestina: é a obtida as escondidas, de forma oculta, a surdina na calada da noite ( calam). É assemelhada ao crime de furto. 3 – posse precária: é a obtida com abuso de confiança ou de direito ) precário). Tem forma assemelhada ao crime de estelionato ou a apropriação indébita, sendo também denominada esbulho pacifico. Obs: basta que basta a presença de apenas um dos critérios acima para que a posse seja caracterizada como injusta não havendo exigência de cumulação. Obs: de inicio, a posse mesmo que injusta, ainda é posse e pode ser defendida por ações do juízo possessório, não contra aquele de quem se tirou a coisa, mas sim em face de terceiros. Isso porque a posse somente é viciada em relação a uma determinada pessoa ( efeitos inter partes), não tendo o vicio efeitos contra todos, ou seja, erga omnes.

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- alem disso, a segundo a visão clássica e pelo o que consta do art 1.208, segunda parte, do atual código civil, as posses injustas por violência ou clandestinidade podem ser convalidadas, o que não se aplicaria a posse injusta por precariedade. Prevê a norma que ‘’ não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. O dispositivo acaba quebrando a regra pela qual a posse mantem o mesmo caráter que foi adquirida, conforme o art 1.203 do C.C, e que consagra o principio da continuidade do caráter da posse. Diante dessa situação jurídica, é comum afirmar , conciliando-se o art 1.208 do C.C, com o art 924 do CPC, que após um ano e um dia do ato de violência ou de clandestinidade, a posse deixa de ser injusta e passa a ser justa. Eis aqui mais uma aplicação do principio da função social da posse, pois ela esta sendo analisada de acordo com o meio que a cerca. A possibilidade de convalidação, pelo que pode ser retirado dos dois dispositivos, não se aplica a posse precária, o que é entendimento majoritário. Por fim é importante deixar claro que aquele que tem posse injusta não tem a posse usucapiavel ( ad usucapionem) , ou seja, não pode adquirir a coisa por usucapião. Quanto a boa-fé: A eticidade é um dos princípios do código civil de 2002, ao lado da socialidade e da operabilidade, a boa-fé pode ser classificada como subjetiva e objetiva. - boa-fé subjetiva denota estado de consciência ou convencimento individual de obrar em conformidade ao direito. Ela se aplica no campo do direito das coisas e é subjetiva, pois se analisa a intenção do sujeito da relação jurídica. Já a boa-fé objetiva é modelo de conduta social, a boa f-e objetiva constitui uma clausula geral , que são janelas abertas criadas pelo legislador para o aplicador do direito preenche-las no caso concreto. Um dos exemplos em que estará presente a boa-fé subjetiva refere-se a posse, particularmente ao que consta do art 1.202 do C.C. - pelo o que consta desse importante dispositivo legal, primeiramente, o possuidor de boa-fé, é aquele que ignora os vícios que inquinam sua posse. Esses vícios podem ser os da violência, os da clandestinidade ou os da precariedade, mas não necessariamente, ou seja, os vícios estão presentes, mas são por ele desconhecidos. Haverá boa-fé subjetiva quando o possuidor, ao adquirir ou constituir a posse, ignora que esta lesando o direto de outrem, nesse contexto dispõem o art 1.219 do atual código civil, que o possuidor de boa-fé tem direito a indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quando as voluptuárias, se não lhe forem pagas. - ademais haverá posse de boa-fé havendo um justo titulo que a fundamente, o que conduz a uma presunção relativa iuris tamtum, nos termos do art 1.202,

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parágrafo único do C.C, é o caso por exemplo do contrato que fundamenta a posse do locatário ou do comodatário. - posse de boa-fé: presente quando o possuidor ignora os vícios ou os obstáculos que lhe impedem a aquisição da coisa ou do direito possuído, ou ainda, quando tem um justo titulo que fundamente a sua posse. - posse de má-fé: situação em que alguém sabe do vicio que acomete a coisa, mas mesmo assim pretende exercer o domínio fático sobre esta. Neste caso, o possuidor nunca possui um justo titulo. De qualquer modo, ainda que de má-fé, esse possuidor não perde o direito de ajuizar a ação possessória competente para proteger-se de um ataque de terceiro. Quanto a presença de titulo A palavra titulo traz o sentido de causa ou de elemento criador da relação jurídica. Posse com titulo – situação em que há uma causa representativa da transmissão da posse, caso de um documento escrito, como ocorre na vigência de um contrato de locação ou de comodato por exemplo. Posse sem titulo – situação em que há uma causa representativa, pelo menos aparente, da transmissão do domínio fático. A titulo de exemplo pode ser citada a situação em que alguém acha um tesouro, deposito de coisas preciosas, sem a intenção de faze-lo. Nesse caso a posse é qualificada como um ato-fato jurídico, pois não há uma vontade juridicamente relevante para que exista um ato jurídico. Conceitos – ius possidendi e ius possessionis. Ius possidendi: é o direito a posse que decorre de propriedade. Ius possessionis: é o direito que decorre exclusivamente da posse. No ius possidendi há uma posse com titulo, estribada na propriedade. No ius possessionis há uma posse com titulo, estribada na propriedade. No ius possessionos há uma posse sem titulo que existe por si so. Ius possessionis > posse autônoma sem titulo ( possideo quod possideo) > é o direito de posse fundado no fato da posse nesse aspecto externo. Ius possidendis > posse titulada ( posse causal) > é o dreito de posse fundado na propriedade ( conteúdo de direito real). Obs: também tem posse natural que é a posse sem titulo e posse civil ou jurídica se ela estiver estribada em titulo determinado. Classificação quanto ao tempo

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Posse nova: é a que conta com menos de um ano e um dia, ou seja é aquela com ate um ano. Posse velha: é a que conta com pelo menos um ano e um dia, ou seja, com um ano e um dia ou mais. - relativamente aos critérios temporais, parte da doutrina aponta que tais prazos tem origem nos costumes, todavia a origem de tais parâmetros é obscura. Classificação quanto aos efeitos Posse ad interdicta: constituindo regra geral, é a posse que pode ser defendida pelas ações possessórias diretas ou interditos possessórios. Ex: tanto o locador quanto o locatário podem defender a posse de uma turbação ou esbulho praticado por um terceiro. Essa posse não conduz a usucapião. Posse ad usucapionem: exceçao a regra, é a que se prolonga por determinado lapso de tempo previsto em lei, admitindo-se as aquisição da propriedade pela usucapião desde que obdecidas os parâmetros legais. Em outras palavras, é aquela posse com olhos a usucapião ( posse usucapiavel). A posse ad usucapionem deve ser mansa, pacifica, duradoura por lapso temporal previsto em lei, ininterrupta e com intençao de dono ( animus domini – conceito de SAVIGNY). Alem disso em regra deve ter os requisitos do justo titulo e da boa-fé. Efeitos materiais da posse Arts 1.210 e 1.222 C.C traz regras aos efeitos da posse, essas regras tem caráter material e processual. A percepção dos frutos e suas conseqüências Frutos naturais: são aqueles decorrentes da essência da coisa principal como, por exemplo, as frutas produzidas por uma arvore. Frutos industriais: são os que se originam de uma atividade humana, caso de um material produzido por uma fabrica. Frutos civis: são os que tem origem em uma relação jurídica, ou econômica de natureza privada, sendo também denominados rendimentos. É o caso por exemplo dos valores decorrentes do aluguel de um imóvel, de juros de capital e dividendo de ações. Quanto relativamente ao estado em que eventualmente se encontratem Frutos pendentes: são aqueles são aqueles que estão ligados a coisa principal, e que não foram colhidos. Ex: maçãs que ainda estão presas a macieira. Frutos percebidos: são os já colhidos do principal e separados. Ex: maçãs que foram colhidas pelo produtor.

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Frutos estantes: são os frutos que foram colhidos e encontraram-se armazenados. Ex: maçãs colhidas e colocadas em caixas em um armazém. Frutos percipiendos: são os que deveriam ter sido colhidos, mas não foram. Ex: maçãs maduras que deveriam ter sido colhidas e que estão apodrecendo. Frutos consumidos: são os que foram colhidos e não existem mais. São as maçãs que foram colhidas pelo produtor e vendidas a terceiros. Prevê o artigo 1.214 do C.C, o possuidor de boa-fé, tem direito enquanto ela durar aos frutos percebidos, os frutos pendentes ao tempo em que cessas a boa-fé devem ser restituídos. Ex: um locatário esta em um imóvel urbano e, no fundo deste há uma mangueira. Enquanto vigente o contrato, o locatário, possuidor de boa-fé amparado pelo justo titulo, terá direito as mangas colhidas, ou seja, percebidas. Se o contrato for extinto quando as mangas ainda estiverem verdes ( frutos pendentes), não poderão ser colhidas, pois são do locador proprietário. Se colhidas ainda verdes devem ser devolvidas ao ultimo, sem prejuízo de eventuais perdas e danos que couberem por este mau colhimento. Por outro lado se deixarem de serem colhidas e em razão disso vieram a apodrecer o possuidor também será responsabilizado. Para fins de determinação dessa responsabilidade, aplica-se o principio da reparação integral dos danos, o que inclui os danos materiais ( danos emergentes e lucros cessantes – arts 402 a 404 do C.C e os danos imateriais, caso dos danos morais, se presentes. Na doutrina clássica orlando Gomes sustenta que não pois quanto ais produtos há um dever de restituição mesmo quanto ao possuidor de boa-fé. A indenização e a retenção das benfeitorias Benfeitorias necessárias:sendo essenciais ao bem principal, são as que tem por fim conservar ou evitar que o bem se deteriore. Ex: a reforma de telhado de uma casa. Benfeitorias úteis: são as que aumentam ou facilitam o uso da coisa, tornando-a mais útil. Ex: instalação de uma piscina em uma casa. Benfeitorias voluptuárias: são as de mero deleite, apenas tornam o uso da coisa mais agradável. Obs: a classificação da benfeitorias pode variar conforme a destinação ou a localização do bem principal, principalmente se forem relacionadas com bens imóveis. Exemplo, uma piscina na casa de alguém é em regra, benfeitorias voluptuária, já a piscina na escola de natação é benfeitoria necessaria. Prevê o artigo 1.219 do C.C, o dispositivo trás 3 consequencias jurídicas: 1 – o possuidor de boa fe tem direito a indenização por benfeitorias necessárias e úteis.

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2 – a segunda conseqüência, o possuidor de boa- fe, não indenizado tem direito a retenção dessas benfeitorias ( necessárias e úteis), o ius retentionis, que persiste ate que receba o que lhe é devido. 3 – a terceira conseqüência se refere as benfeitorias voluptuárias, o possuidor de boa-fe tem direito ao seu levantamento, se não forem pagas, desde que isso não gere prejuízo a coisa, trata-se de direito de tolher ou ius tollendi. Obs: no tocante a locação de imóvel urbano, arts 35 e 35 da lei do inquilinato. Prevê o art 35 da lei de locação que salvo expressa disposição em contratio as benfeitorias necessárias introduzidas pelo locatário, ainda que não autorizadas pelo locador, bem como as úteis, estas desde que autorizadas, são indenizáveis e permitem o direito de retenção. Já as benfeitorias voluptuárias não são indenizáveis, podendo ser levantadas pelo locatário ( art 36 da lei do inquilinato). Finalizando a questao dos efeitos jurídicos relativos as benfeitorias, prevê o art 1.222 C.C, que o reivindicante da coisa, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de ma-fe, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo. Já ao possuidor de boa-fe indenizara pelo valor atual da coisa. Responsabilidade 1.217 C.C, a responsabilidade do possuidor de boa-fe, quanto a coisa depende da comprovação da culpa em sentido amplo ( responsabilidade subjetiva). Art 1.218, a responsabilidade do possuidor de ma-fe e objetiva, independentemente de culpa a não ser que prove que a coisa se perderia mesmo se estivesse com o reivindicante. O dispositivo acaba prevendo a responsabilidade do possuidor de ma-fe mesmo por acaso fortuito ( evento totalmente imprevisível) ou foca maior ( evento previsível, mas inevitável), havendo uma aproximação com a teoria do risco integral. Ex: no caso do comodatário ( possuidor de boa-fe) este somente respondera pela perda da coisa havendo dolo ou culpa, não pode responder Poe exemplo a assalto a Mao armada. ( res perit domino). Esse reforço, no que interessa as responsabilidades de acordo com o art 1.221 do C.C, as benfeitorias compensam-se com os danos, e so obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda existirem. O comando possibilita portanto que as benfeitorias necessárias a que teria direito o possuidor de ma-fe, sejam compensadas com os danos sofridos pelo reivindicante, hipótese de compensação legal pela reciprocidade de diviidas. O direito a usucapião: é o modo de adquirir a propriedade pela posse continuada durante um certo lapso de tempo, com os requisitos estabelecidos em lei.

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Em relação a propriedade imóvel se tem as modalidades de usucapião de bem imóvel: 1 – usucapião ordinária ( art 1.242 C.C) 2- ucucapiao extraordinária ( art 1.328 do C.C) 3 – usucapião especial rural ( art 1.239 C.C), já prevista anteriormente na constituiçao federal. 4 – usucapião especial urbana ( art 1.240 do C.C), também contido na cosntituiçao federal. Alem dessas formas de usucapião se tem: usucapião indígena ( lei. 6.001/73 – estatuto do índio e a usucapião coletiva ( lei 10.257/2001) – estatuto da cidade. Quanto a propriedade móvel o código civil de 2002 continua tratando das formas ordinária e extraordinaria, nos arts 1.260 e 1.261. há ainda tratamento especifico da usucapião de servidões no polemico art 1.276 do atual código, os requisitos e institutos serão vistos quando for falado de propriedade. Efeitos processuais da posse - A faculdade de invocar os interditos possessórios: os interditos possessórios são as ações possessórias diretas. O possuidor tem a faculdade de propor essas demandas objetivando manter-se na posse ou que esta lhe seja restituída. Para tanto devem ser observadas as regras processuais previstas a partir do art 920 CPC. O que se percebe na pratica são três situações corretas que possibilitam a propositura de três ações correspondentes, apesar da falta de rigidez processual em relação as medidas judiciais cabíveis: 1 – no caso de ameaça a posse ( risco de atentado a posse) = caberá ação de interdito proibitorio. 2- no caso de turbação ( atentados fracionados a posse) = caberá ação de manutenção de posse. 3 – no caso de esbulho ( atentado consolidado a posse) = caberá ação de reintegração de posse. Na ameaça não há ainda qualquer atentado concretizado. Na turbação aj houve atentado as posse em algum momento No esbulho houve atentado definitivo. As três medidas cabíveis são autorizadas pelo art 1.210 caput, no caso de ameaça, a ação de interdito proibitório visa a proteção de possuidor de perigo eminente. No caso de turbação a ação de manutenção de posse tende a sua preservação. A de esbulho a ação de reintegração de posse almeja a sal devolução. O art 920 do CPC prevê a fungibilidade total entre as três medidas nos seguintes termos: a propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstara a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente aquela, uma ação possessória pode ser convertida em outra livremente, essa conversão também é possível nos casos em que o autor da

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ação possessória se engana quanto a medida cabível, havendo um desapego ao rigor formal, o que é aplicação do principio da instrumentalidade das formas. É preciso relacionar as ações possessórias a classificação da posse quanto ao tempo, isso por que se no caso concreto a ameaça, a turbação e o esbulho forem novos, ou seja, tiverem menos de um ano e um dia, caberá a ação de força nova: o respectivo interdito possessório seguira o rito especial, cabendo liminar nessa ação. Por outra via, se a ameaça , a turbação e o esbulho forem velhos, com pelo menos um ano e um dia, caberá ação de força velha, que segue o rito ordinário, não cabendo a respectiva liminar. O art 921 do CPC trata da possibilidade de cumulação de pedido possessório, de

1- condenação em perdas e danos. 2- Cominação de pena para caso de nova turbação ou esbulho 3- Desfazimento de construção ou plantação feita em detrimento de sua

posse. Segundo o art 922 do CPC, é licito ao réu na contestação do interdito possessório, alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor. Pelo que constar desse dispositivo, e isso é notório, as ações possessórias diretas tem natureza dúplice, cabendo pedido contraposto em favor do réu. Esse pedido contraposto pode ser de proibição, de manutenção ou mesmo de reintegração de posse a seu favor. Esta totalmente dispensada a necessidade de uma reconvenção para a aplicação das medidas previstas no art 922 CPC, caso o réu pretenda outra conseqüência jurídica que não seja a proteção da posse ou indenização por perdas e danos, devera ingressar com ação declaratória incidental. O art 923 do CPC, prevê que na pendência do processo possessório é defeso assim ao autor como ao réu intentar a ação de reconhecimento do domínio. O dispositivo processual assim já previa que a alegação de exceçao de domínio ( exceptio proprietaris) não bastava para a improcedência da ação possessória. A exceptio proprietatis como defesa oponível as ações possessórias típicas, foi abolida pelo código civil de 2002, que estabeleceu a absoluta separação entre os juízos possessórios e petitório. O art 925 do CPC trata da caução a ser fixada no curso do interdito possessório. Essa caução pode ser real ou pessoal ( fidejussória) devendo ser sempre idônea conforme aponta a doutrina. Conforme a nossa jurisprudência a analise dessa caução é feita livremente pelo juiz, de acordo com o seu poder discricionário, para evitar prejuízos futuros. Ações possessórias diretas – no que toca as ações de manutenção e de reintegração de posse, prevê o art 926 que o possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado no de esbulho. Para tanto, nos termos do art 927 do CPC, incumbe ai autor da ação provar:

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1 – a sua posse 2 – a turbação ou o esbulho praticado pelo réu. 3- a data da turbação ou do esbulho 4- a continuação da posse. Esses dados devem constar da petição inicial sob pena de sua inépcia. A possibilidade de concessão de liminar inaudita altera parte ( sem ouvir a outra parte) nas ações possessórias diretas prevista no art 928 do CPC. A audiência mencionada é a notória audiência de justificação tão comum nas ações possessórias, prevê o art 929 do CPC. Em complemento prevê o art 929 do CPC, parágrafo único que contra as pessoas jurídicas de direito publico não será deferida a manutenção ou a reintegração liminar sem previa audiência dos respectivos representantes judiciais. Nesse momento surgem duas questões controvertidas, para aprofundarmos o tema: - primeiramente surge a duvida quanto a possibilidade de liminar em sede de interdito proibitório, se a ameaça for nova, ou seja, com menos de um ano e um dia, o interdito proibitório também pode constituir uma açaí de força nova pergunta-se: a resposta parece ser positiva, uma vez que o art 933 do CPC, manda aplicar ao interdito proibitório as regras relativas as ações de manutenção ou reintegração de posse. Concluindo assim, aplica-se o art 928 do CPC, aquela ação sendo a liminar para a fixação de multa, com o fim de impedir a turbação e o esbulho. Vale dizer que a ação de interdito proibitório tem como pedido principal uma obrigação de não fazer qual seja da outra parte abster-se do atentado a posse. A segunda questão refere-se a ação de força velha, caberá a concessão de tutela antecipada para, principalmente deferir-se a reintegração da posse a favor do autor da ação pergunta-se: a resposta é positiva, nada impede que o juiz conceda a tutela possessória liminarmente mediante antecipação de tutela, desde que presentes os requisitos autorizadores do art 273, I ou II, bem como aqueles previstos no art 461 – A e SS, todos do CPC. Ver esquema no livro pg 86. A possibilidade de ingresso de outras ações possessórias: Da ação de ninciaçao de obra nova ou enbargo de obra nova- vide livro pg 89.