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DIREITO DO DIREITO DO TRABALHO TRABALHO

DIREITO DO TRABALHO. Conceito de Direito do Trabalho: É um conjunto de princípios, normas e instituições pertinentes à relação de trabalho subordinado,

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DIREITO DO DIREITO DO TRABALHOTRABALHO

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Conceito de Direito do Trabalho: É um Conceito de Direito do Trabalho: É um conjunto de princípios, normas e conjunto de princípios, normas e instituições pertinentes à relação de instituições pertinentes à relação de trabalho subordinado, cujo sentido trabalho subordinado, cujo sentido finalístico é a proteção do finalístico é a proteção do trabalhador hipossuficiente, trabalhador hipossuficiente, assegurando-lhe melhores condições assegurando-lhe melhores condições sociais e de trabalho, para que haja sociais e de trabalho, para que haja equilíbrio entre as partes, tomador e equilíbrio entre as partes, tomador e prestador do serviços, na relação prestador do serviços, na relação contratual. contratual.

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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Constituição Federal – art 6°: “ São direitos Constituição Federal – art 6°: “ São direitos sociais a educação, a saúde, O TRABALHO, asociais a educação, a saúde, O TRABALHO, a

moradia....”moradia....”

Constituição Federal – art 7: “ São direitos Constituição Federal – art 7: “ São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua outros que visem à melhoria de sua condição social: “condição social: “

Decreto-Lei 5.452, de 1°-5-1943 – Decreto-Lei 5.452, de 1°-5-1943 – Consolidação das Leis do Trabalho.Consolidação das Leis do Trabalho.

Emenda Constitucional n° 45, de 8-12-2004.Emenda Constitucional n° 45, de 8-12-2004.

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PrincípiosPrincípios

1. Da Proteção: 1. Da Proteção: Este princípio tem Este princípio tem por escopo equilibrar a relação por escopo equilibrar a relação empregatícia, conferindo alguma empregatícia, conferindo alguma primazia jurídica ao empregado, que primazia jurídica ao empregado, que não detém a primazia econômica.não detém a primazia econômica.

Desdobra-se no axioma Desdobra-se no axioma in dubio pro in dubio pro operáriooperário e nas regras da aplicação da e nas regras da aplicação da condição mais benéficacondição mais benéfica e da e da norma norma mais favorávelmais favorável..

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PrincípiosPrincípios 1.11.1 “1n dubio pro operário” “1n dubio pro operário” Havendo dúvida, deve o aplicador da lei optar Havendo dúvida, deve o aplicador da lei optar

solução pela mais favorável ao empregado. solução pela mais favorável ao empregado. Não se admite a aplicação deste princípio se Não se admite a aplicação deste princípio se dele resultar afronta à vontade do legislador dele resultar afronta à vontade do legislador ou se a matéria versar sobre prova judicial.ou se a matéria versar sobre prova judicial.

11.2.2 Princípio da condição mais benéfica Princípio da condição mais benéfica É um desdobramento do princípio É um desdobramento do princípio

constitucional do direito adquirido. Mesmo constitucional do direito adquirido. Mesmo que sobrevenha norma nova, permanecerá o que sobrevenha norma nova, permanecerá o trabalhador na situação anterior se for mais trabalhador na situação anterior se for mais favorável.ou seja, as vantagens legais que já favorável.ou seja, as vantagens legais que já foram conquistadas pelo empregado não foram conquistadas pelo empregado não poderão ser suprimidas ou modificadas para poderão ser suprimidas ou modificadas para piorpior

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PrincípiosPrincípios

1.3 1.3 Principio da aplicação da norma mais favorávelPrincipio da aplicação da norma mais favorável O O princípio da aplicação da princípio da aplicação da norma mais favorável norma mais favorável também também

pode ser desdobrado em três: O pode ser desdobrado em três: O princípio da hierarquiaprincípio da hierarquia, o , o princípio da elaboração de normas mais favoráveisprincípio da elaboração de normas mais favoráveis e o e o princípio princípio da interpretação mais favorável.da interpretação mais favorável.

1.3.1 Princípio da hierarquia1.3.1 Princípio da hierarquia Independentemente da hierarquia entre as normas Independentemente da hierarquia entre as normas

jurídicas, terá aplicação sempre a que for mais benéfica para o jurídicas, terá aplicação sempre a que for mais benéfica para o empregado. Assim, por exemplo, se uma convenção coletiva empregado. Assim, por exemplo, se uma convenção coletiva prevê férias de 45 dias, haverá prevalência desta sobre a prevê férias de 45 dias, haverá prevalência desta sobre a Constituição Federal, que confere apenas 30 dias de férias.Constituição Federal, que confere apenas 30 dias de férias.

11.3.2 Princípio da elaboração de normas mais .3.2 Princípio da elaboração de normas mais favoráveisfavoráveis

Ao elaborar a lei, deve o legislador ampliar o sistema de Ao elaborar a lei, deve o legislador ampliar o sistema de proteção, buscando a melhoria das condições do trabalhador.proteção, buscando a melhoria das condições do trabalhador.

11.3.3.3.3 Principio da interpretação mais favorávelPrincipio da interpretação mais favorável Faltando clareza ao texto legal, prevalece o Faltando clareza ao texto legal, prevalece o

entendimento que melhor se acomode com o interesse do entendimento que melhor se acomode com o interesse do trabalhador.trabalhador.

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Princípios Princípios

2 Princípio da irrenunciabilidade dos 2 Princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistasdireitos trabalhistas

Durante o contrato de trabalho a Durante o contrato de trabalho a renúncia a direitos trabalhistas é, em renúncia a direitos trabalhistas é, em princípio nula (art. 9º CLT), exceto em princípio nula (art. 9º CLT), exceto em situações especiais previstas ma lei situações especiais previstas ma lei expressamente, como no caso do art. 7º, IV expressamente, como no caso do art. 7º, IV da Constituição Federal, em que se admite o da Constituição Federal, em que se admite o rebaixamento salarial mediante convenção rebaixamento salarial mediante convenção ou acordo coletivo.ou acordo coletivo.

Também é plenamente admitida a Também é plenamente admitida a transação em juízo.transação em juízo.

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PrincípiosPrincípios

33 Princípio da primazia da realidadePrincípio da primazia da realidade É uma derivação do É uma derivação do princípio da verdade princípio da verdade

real, real, que informa todo o processo penal. que informa todo o processo penal. No Direito do Trabalho tem maior valor o No Direito do Trabalho tem maior valor o fato real do que aquilo que consta de fato real do que aquilo que consta de documentos formais.documentos formais.

Assim, mesmo que o empregador registre Assim, mesmo que o empregador registre um salário menor na CTPS, como é comum, um salário menor na CTPS, como é comum, a manobra será ineficaz. Para todos os a manobra será ineficaz. Para todos os efeitos trabalhistas, valerá o salário efeitos trabalhistas, valerá o salário realmente pago ao empregado.realmente pago ao empregado.

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PrincípiosPrincípios

44 Princípio da continuidade da Princípio da continuidade da relação empregatíciarelação empregatícia

Salvo prova em contrário, o contrato Salvo prova em contrário, o contrato de trabalho é tido como ajustado por de trabalho é tido como ajustado por tempo indeterminado. Alguns tempo indeterminado. Alguns autores sustentam que este princípio autores sustentam que este princípio também se manifesta na proibição também se manifesta na proibição da despedida arbitrária ou sem justa da despedida arbitrária ou sem justa causa (art. 7º, I, da CF).causa (art. 7º, I, da CF).

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FONTES NORMATIVAS DO DIREITO DO TRABALHOFONTES NORMATIVAS DO DIREITO DO TRABALHO

Fonte de Direito Fonte de Direito é tudo o que dá origem, é tudo o que dá origem, que produz o Direito.que produz o Direito.

As As fontes materiaisfontes materiais são os fatos sociais, são os fatos sociais, políticos e econômicos que fazem nascer a políticos e econômicos que fazem nascer a regra jurídica. Ou seja, fonte material é o regra jurídica. Ou seja, fonte material é o acontecimento que inspira o legislador a acontecimento que inspira o legislador a editar a lei.editar a lei.

Fontes formaisFontes formais são justamente aquelas são justamente aquelas que têm a forma do Direito; que vestem a que têm a forma do Direito; que vestem a regra jurídica, conferindo-lhe o aspecto de regra jurídica, conferindo-lhe o aspecto de Direito Positivo.Direito Positivo.

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FONTES NORMATIVAS DO DIREITO DO TRABALHOFONTES NORMATIVAS DO DIREITO DO TRABALHO

As As fontes formaisfontes formais podem ser podem ser diretasdiretas ou ou indiretas.indiretas.

São São fontes formais diretasfontes formais diretas do Direito do do Direito do Trabalho: a Trabalho: a Constituição, as leis em geralConstituição, as leis em geral (incluindo decretos, portarias, (incluindo decretos, portarias, regulamentos, instruções etcregulamentos, instruções etc.), os .), os costumescostumes, as , as sentenças sentenças normativas, os normativas, os acordos e convenções coletivasacordos e convenções coletivas, os , os regulamentos de empresaregulamentos de empresa e os e os contratos contratos de trabalhode trabalho..

As As fontes formais indiretasfontes formais indiretas são a são a jurisprudênciajurisprudência, a , a doutrinadoutrina, os , os princípios princípios gerais de Direitogerais de Direito e o e o Direito ComparadoDireito Comparado..

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FONTES NORMATIVAS DO DIREITO DO TRABALHOFONTES NORMATIVAS DO DIREITO DO TRABALHO

LeisLeis Somente a União tem competência para Somente a União tem competência para

legislar acerca de Direito do Trabalho. legislar acerca de Direito do Trabalho. Assim, somente a Constituição, a lei, o Assim, somente a Constituição, a lei, o decreto, a portaria e o regulamento decreto, a portaria e o regulamento federais podem tratar do tema.federais podem tratar do tema.

A principal lei que regula a matéria é a A principal lei que regula a matéria é a Consolidação das Leis do Trabalho - Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.CLT.

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FONTES NORMATIVAS DO DIREITO DO TRABALHOFONTES NORMATIVAS DO DIREITO DO TRABALHO

Sentenças normativasSentenças normativas Sentenças normativas Sentenças normativas são decisões dos Tribunais do são decisões dos Tribunais do

Trabalho ou do TST Trabalho ou do TST julgando dissídios coletivos.julgando dissídios coletivos. Se os sindicatos envolvidos se recusam à negociação ou à Se os sindicatos envolvidos se recusam à negociação ou à

arbitragem, é facultado ajuizar dissídio coletivo, junto ao arbitragem, é facultado ajuizar dissídio coletivo, junto ao Tribunal Regional do Trabalho. A decisão deste dissídio Tribunal Regional do Trabalho. A decisão deste dissídio coletivo é dada por sentença normativa. (Constituição coletivo é dada por sentença normativa. (Constituição Federal, art. 114, Federal, art. 114, caputcaput e seu § 2º). e seu § 2º).

Esta sentença normativa estabelece normas e condições de Esta sentença normativa estabelece normas e condições de trabalho para aquela categoria. Mas deve respeitar as trabalho para aquela categoria. Mas deve respeitar as disposições convencionais e legais mínimas de proteção ao disposições convencionais e legais mínimas de proteção ao trabalho (art. 114, § 2º, da CF).trabalho (art. 114, § 2º, da CF).

O procedimento é o seguinte: proposto o dissídio coletivo O procedimento é o seguinte: proposto o dissídio coletivo pelo sindicato, é designada audiência para tentativa de pelo sindicato, é designada audiência para tentativa de acordo, dentro de 10 dias. Havendo acordo, este é acordo, dentro de 10 dias. Havendo acordo, este é homologado. Não havendo, o processo é instruído, é homologado. Não havendo, o processo é instruído, é oferecido parecer do Ministério Público, O caso é submetido oferecido parecer do Ministério Público, O caso é submetido a julgamento (arts. 860 e ss.), emitindo-se uma sentença a julgamento (arts. 860 e ss.), emitindo-se uma sentença normativa.normativa.

A sentença normativa atinge toda a categoria econômica A sentença normativa atinge toda a categoria econômica envolvida e respectivos empregados.envolvida e respectivos empregados.

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FONTES NORMATIVAS DO DIREITO DO TRABALHOFONTES NORMATIVAS DO DIREITO DO TRABALHO

Convenções e acordos coletivosConvenções e acordos coletivos Originalmente chamado de Originalmente chamado de Contrato ColetivoContrato Coletivo asas Convenções Convenções

são ajustes firmados entre o sindicato dos empregados e o são ajustes firmados entre o sindicato dos empregados e o sindicato patronal. Os sindicato patronal. Os acordos coletivosacordos coletivos são ajustados entre são ajustados entre sindicato dos empregados e uma ou mais empresas.sindicato dos empregados e uma ou mais empresas.

Reconhece o inciso XXVI do art. 7º da Constituição as Reconhece o inciso XXVI do art. 7º da Constituição as convenções e os acordos coletivos do trabalho. Tão forte são convenções e os acordos coletivos do trabalho. Tão forte são estes instrumentos que a Constituição confere-lhes inclusive a estes instrumentos que a Constituição confere-lhes inclusive a possibilidade negociar a redução dos salários. (art. 7º, VI, da possibilidade negociar a redução dos salários. (art. 7º, VI, da CF).CF).

As convenções e acordos coletivos têm efeito normativo muito As convenções e acordos coletivos têm efeito normativo muito semelhante à lei e afetam pessoas que não participaram semelhante à lei e afetam pessoas que não participaram diretamente da negociação. Assim, as convenções atingem diretamente da negociação. Assim, as convenções atingem todos os trabalhadores e empresas integrantes da mesma todos os trabalhadores e empresas integrantes da mesma categoria, dentro do território dos respectivos sindicatos. Já o categoria, dentro do território dos respectivos sindicatos. Já o acordo coletivo obriga o sindicato, a empresa e todos os seus acordo coletivo obriga o sindicato, a empresa e todos os seus empregados.empregados.

Os sindicatos não podem se recusar à negociação coletiva Os sindicatos não podem se recusar à negociação coletiva quando convocados. Se houver recusa, o órgão do Ministério do quando convocados. Se houver recusa, o órgão do Ministério do Trabalho fará a convocação compulsória do sindicato. Se Trabalho fará a convocação compulsória do sindicato. Se persistir a recusa, os interessados poderão instaurar dissídio persistir a recusa, os interessados poderão instaurar dissídio coletivo. coletivo.

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Regulamento de empresaRegulamento de empresa OO empregador pode instituir um empregador pode instituir um regulamentoregulamento na na

empresa, disciplinando condições gerais de trabalho empresa, disciplinando condições gerais de trabalho (promoções, prêmios, disciplina etc.). O regulamento passa (promoções, prêmios, disciplina etc.). O regulamento passa a integrar o contrato de trabalho e vale para todos os a integrar o contrato de trabalho e vale para todos os empregados, presentes e futuros. O inicio da vigência empregados, presentes e futuros. O inicio da vigência ocorre com a aceitação do regulamento pelos empregados, ocorre com a aceitação do regulamento pelos empregados, sendo que essa concordância pode ser tácita.sendo que essa concordância pode ser tácita.

Normalmente o regulamento é unilateral, mas nada impede Normalmente o regulamento é unilateral, mas nada impede a participação dos empregados na sua elaboração.a participação dos empregados na sua elaboração.

Usos e costumesUsos e costumes CostumeCostume é a reiteração constante de uma conduta, na é a reiteração constante de uma conduta, na

convicção de ser a mesma obrigatória; ou, em outras convicção de ser a mesma obrigatória; ou, em outras palavras, uma regra prática geral aceita como sendo palavras, uma regra prática geral aceita como sendo Direito.Direito.

OO costume pode se referir a uma única empresa, a costume pode se referir a uma única empresa, a toda uma categoria econômica ou até a todo o sistema toda uma categoria econômica ou até a todo o sistema trabalhista.trabalhista.

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Contrato de trabalhoContrato de trabalho OO contrato de trabalhocontrato de trabalho é a principal fonte que informa as relações entre é a principal fonte que informa as relações entre

empregado e empregador. As determinações inseridas no contrato de trabalho, empregado e empregador. As determinações inseridas no contrato de trabalho, no acordo firmado entre as partes, irão dar origem a direitos e deveres do no acordo firmado entre as partes, irão dar origem a direitos e deveres do empregado e do empregador. Será objeto de estudo mais amplo na próxima empregado e do empregador. Será objeto de estudo mais amplo na próxima unidade do programa.unidade do programa.

JurisprudênciaJurisprudência JurisprudênciaJurisprudência é a interpretação da lei feita pelos juizes e tribunais nas suas é a interpretação da lei feita pelos juizes e tribunais nas suas

decisões. Após reiteradas decisões no mesmo sentido, os tribunais emitem decisões. Após reiteradas decisões no mesmo sentido, os tribunais emitem súmulas, com uma orientação genérica para os casos da mesma natureza.súmulas, com uma orientação genérica para os casos da mesma natureza.

Com base no art. 902 da Consolidação das Leis do Trabalho, o Tribunal Superior Com base no art. 902 da Consolidação das Leis do Trabalho, o Tribunal Superior do Trabalho emitia do Trabalho emitia prejulgados, prejulgados, que vinculavam todos os juizes trabalhistas. Mas que vinculavam todos os juizes trabalhistas. Mas a Constituição de 1946 não recepcionou aquele dispositivo e muitos o a Constituição de 1946 não recepcionou aquele dispositivo e muitos o consideravam inconstitucional, como acabou declarando o Supremo Tribunal consideravam inconstitucional, como acabou declarando o Supremo Tribunal Federal Federal (LTr (LTr 41/1.033). Depois, a Lei 41/1.033). Depois, a Lei 7.033/82 7.033/82 revogou expressamente aquele revogou expressamente aquele artigo.artigo.

Os textos dos prejulgados foram, então, renumerados e receberam o nome de Os textos dos prejulgados foram, então, renumerados e receberam o nome de súmulas. súmulas. Em 1985 o Tribunal Superior do Trabalho resolveu que as súmulas Em 1985 o Tribunal Superior do Trabalho resolveu que as súmulas passariam a se denominar passariam a se denominar enunciados. enunciados. Alguns autores continuam a utilizar o Alguns autores continuam a utilizar o tradicional nome de “súmula” para os enunciados do Tribunal Superior do tradicional nome de “súmula” para os enunciados do Tribunal Superior do Trabalho.Trabalho.

Embora sirvam como excelente orientação, as súmulas e decisões dos tribunais Embora sirvam como excelente orientação, as súmulas e decisões dos tribunais superiores não vinculam o juiz. A única exceção é a decisão definitiva de mérito superiores não vinculam o juiz. A única exceção é a decisão definitiva de mérito proferida pelo Supremo Tribunal Federal na ação de constitucionalidade, que tem proferida pelo Supremo Tribunal Federal na ação de constitucionalidade, que tem efeito efeito erga omnes erga omnes e vincula todos os demais órgãos do Judiciárioe vincula todos os demais órgãos do Judiciário..

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FONTES NORMATIVAS DO DIREITO DO TRABALHOFONTES NORMATIVAS DO DIREITO DO TRABALHO

DoutrinaDoutrina É a interpretação da lei feita pelos estudiosos da matéria, em É a interpretação da lei feita pelos estudiosos da matéria, em

comentários, aulas, tratados, pareceres, monografias etc. Um livro de comentários, aulas, tratados, pareceres, monografias etc. Um livro de Direito do Trabalho é um exemplo de Direito do Trabalho é um exemplo de doutrina.doutrina.

Princípios gerais de DireitoPrincípios gerais de Direito São critérios amplos de Direito, às vezes não escritos, existentes em São critérios amplos de Direito, às vezes não escritos, existentes em

cada ramo e percebidos por indução. A Lei de Introdução ao Código cada ramo e percebidos por indução. A Lei de Introdução ao Código Civil (LICC) traz princípios gerais para todos os ramos do Direito. No Civil (LICC) traz princípios gerais para todos os ramos do Direito. No Direito do Trabalho um princípio geral é a proteção do trabalhador. Na Direito do Trabalho um princípio geral é a proteção do trabalhador. Na dúvida, portanto, deve o juiz trabalhista decidir a favor do obreiro. Os dúvida, portanto, deve o juiz trabalhista decidir a favor do obreiro. Os princípios específicos de Direito do Trabalho serão tratados logo em princípios específicos de Direito do Trabalho serão tratados logo em seguida.seguida.

Direito ComparadoDireito Comparado São as leis e os costumes dos países estrangeiros que servem de São as leis e os costumes dos países estrangeiros que servem de

orientação para as decisões locais.orientação para as decisões locais. AnalogiaAnalogia Analogia Analogia é a aplicação, a um caso não previsto, de norma que rege é a aplicação, a um caso não previsto, de norma que rege

hipótese semelhante. As regras do ferroviário em vigília, por exemplo, hipótese semelhante. As regras do ferroviário em vigília, por exemplo, podem servir como orientação para o empregado de sobreaviso, que podem servir como orientação para o empregado de sobreaviso, que utiliza utiliza bip.bip.

EqüidadeEqüidade Eqüidade Eqüidade é a adaptação razoável da lei ao caso concreto (igualdade, é a adaptação razoável da lei ao caso concreto (igualdade,

bom senso e moderação), ou a criação de uma solução própria para bom senso e moderação), ou a criação de uma solução própria para uma hipótese em que a lei é omissa.uma hipótese em que a lei é omissa.

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EMPREGADOEMPREGADO

Conceito: Conceito: Empregado é a pessoa física Empregado é a pessoa física que presta pessoalmente a outrem que presta pessoalmente a outrem serviços não eventuais, subordinados e serviços não eventuais, subordinados e assalariados. “Considera-se empregado assalariados. “Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário” dependência deste e mediante salário” (CLT, art. 3º). A doutrina acrescenta a (CLT, art. 3º). A doutrina acrescenta a essa definição um outro requisito: a essa definição um outro requisito: a prestação prestação pessoal pessoal do serviço.do serviço.

Sujeitos do Contrato de trabalho

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EMPREGADOEMPREGADORequisitos legais do conceito:Requisitos legais do conceito:a) a) pessoa físicapessoa física: : empregado é pessoa física eempregado é pessoa física enatural;natural;b) b) continuidadecontinuidade: : empregado é um trabalhadorempregado é um trabalhadornão eventual;não eventual;c) c) subordinaçãosubordinação: : empregado é um trabalhadorempregado é um trabalhadorcuja atividade é exercida sob dependência;cuja atividade é exercida sob dependência; d) d) saláriosalário: : empregado é um trabalhadorempregado é um trabalhadorassalariado, portanto, alguém que, pelo serviçoassalariado, portanto, alguém que, pelo serviçoque presta, recebe uma retribuição;que presta, recebe uma retribuição;e) e) pessoalidadepessoalidade: : empregado é um trabalhadorempregado é um trabalhadorque presta pessoalmente os serviçosque presta pessoalmente os serviços

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EMPREGADO X AUTÔNOMOEMPREGADO X AUTÔNOMODiferença entre empregado e trabalhadorDiferença entre empregado e trabalhadorautônomo: autônomo: o elemento fundamental que oso elemento fundamental que osdistingue é a distingue é a subordinação subordinação (subordinação (subordinação

jurídica = dependência); empregado éjurídica = dependência); empregado étrabalhador subordinado; autônomo trabalhatrabalhador subordinado; autônomo trabalhasem subordinação; para alguns, autônomo ésem subordinação; para alguns, autônomo équem trabalha por conta própria e subordinadoquem trabalha por conta própria e subordinadoé quem trabalha por conta alheia; outrosé quem trabalha por conta alheia; outrossustentam que a distinção será efetuadasustentam que a distinção será efetuadaverificando-se quem suporta os riscos daverificando-se quem suporta os riscos daatividade; se os riscos forem suportados peloatividade; se os riscos forem suportados pelotrabalhador, ele será autônomo. trabalhador, ele será autônomo.

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TRABALHADOR AVULSOTRABALHADOR AVULSO

Características:Características:

» intermediação do sindicato do trabalhador» intermediação do sindicato do trabalhador

na colocação da mão-de-obra;na colocação da mão-de-obra;

» a curta duração do serviço prestado a um» a curta duração do serviço prestado a um

beneficiado;beneficiado;

» a remuneração paga basicamente em » a remuneração paga basicamente em formaforma

de rateio procedido pelo sindicato.de rateio procedido pelo sindicato.

Obs: pela CF/88, art. 7º XXXIV, foi igualadoObs: pela CF/88, art. 7º XXXIV, foi igualado

em direitos ao trabalhador com vínculoem direitos ao trabalhador com vínculo

empregatício.empregatício.

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TRABALHADOR TEMPORÁRIOTRABALHADOR TEMPORÁRIO é aquele que prestado por pessoa física a é aquele que prestado por pessoa física a

umauma

empresa, para atender à necessidade empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou acréscimo regular e permanente ou acréscimo extraordinário de serviços (art. 2º, da Lei extraordinário de serviços (art. 2º, da Lei 6.019/74); completa-se com outro conceito 6.019/74); completa-se com outro conceito da mesma lei (art. 4º), que diz: compreende-da mesma lei (art. 4º), que diz: compreende-se como empresa de trabalho temporário a se como empresa de trabalho temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, outras empresas, temporariamente, trabalhadores devidamente qualificados, por trabalhadores devidamente qualificados, por elas remunerados e assistidos.elas remunerados e assistidos.

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ESTAGIÁRIO E EMPREGADO RURALESTAGIÁRIO E EMPREGADO RURAL

Estagiário: Estagiário: não é empregado; não tem os direitos não é empregado; não tem os direitos previstos na CLT aplicáveis às relações de emprego. Lei nº previstos na CLT aplicáveis às relações de emprego. Lei nº 6.494/77 (termo de compromisso / seguro de vida). 6.494/77 (termo de compromisso / seguro de vida). NOVIDADE ALTERAÇÕES PELA NOVIDADE ALTERAÇÕES PELA LEI Nº 11.788, DE 25 DE LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008.SETEMBRO DE 2008.

Empregado rural: Empregado rural: é o trabalhador que presta serviços emé o trabalhador que presta serviços em propriedade rural, continuadamente e mediante propriedade rural, continuadamente e mediante

subordinaçãosubordinação ao empregador, assim entendida, toda pessoa que exerceao empregador, assim entendida, toda pessoa que exerce atividade agroeconômica; o contrato de trabalho rural pode atividade agroeconômica; o contrato de trabalho rural pode

terter duração determinada e indeterminada; são admitidosduração determinada e indeterminada; são admitidos contratos de safra; seus direitos que já eram praticamentecontratos de safra; seus direitos que já eram praticamente igualados aos do urbano, pela Lei 5.889/73, foram pela igualados aos do urbano, pela Lei 5.889/73, foram pela

CF/88CF/88 totalmente equiparados; o trabalhador de indústria situadatotalmente equiparados; o trabalhador de indústria situada em propriedade rural é considerado industriário e regido em propriedade rural é considerado industriário e regido

pelapela CLT e não pela lei do trabalho rural (TST, Enunciado nº 57)CLT e não pela lei do trabalho rural (TST, Enunciado nº 57)

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EMPREGADO DOMÉSTICOEMPREGADO DOMÉSTICO

Empregado doméstico: Empregado doméstico: é qualquer pessoa física que presta é qualquer pessoa física que presta serviços contínuos a um ou mais empregadores, em suas serviços contínuos a um ou mais empregadores, em suas residências, de forma não-eventual, contínua, subordinada, residências, de forma não-eventual, contínua, subordinada, individual e mediante remuneração, sem fins lucrativos; a Lei individual e mediante remuneração, sem fins lucrativos; a Lei 5.589/72, fixou, como seus direitos, a anotação da CTPS, férias 5.589/72, fixou, como seus direitos, a anotação da CTPS, férias anuais de 20 dias e previdência social; a Lei 7.195/84, prevê a anuais de 20 dias e previdência social; a Lei 7.195/84, prevê a responsabilidade civil da agência de colocação de empregado responsabilidade civil da agência de colocação de empregado doméstico, pelos danos que este acarretardoméstico, pelos danos que este acarretar

aos patrões; a CF/88 ampliou os direitos atribuídos por lei aos patrões; a CF/88 ampliou os direitos atribuídos por lei ordinária, sendo os seguintes: salário mínimo; irredutibilidade ordinária, sendo os seguintes: salário mínimo; irredutibilidade da remuneração; 13º salário; repouso semanal remunerado; da remuneração; 13º salário; repouso semanal remunerado; aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, no mínimo de 30 aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, no mínimo de 30 dias; licença maternidade (120 dias); licença paternidade; férias dias; licença maternidade (120 dias); licença paternidade; férias (30 dias) com remuneração acrescida em 1/3; aposentadoria. A (30 dias) com remuneração acrescida em 1/3; aposentadoria. A Lei 10.280/2001 acrescentou artigos na Lei 5.859/72, - Lei 10.280/2001 acrescentou artigos na Lei 5.859/72, - facultando inclusão do empregado no sistema do FGTS. Decreto facultando inclusão do empregado no sistema do FGTS. Decreto 3.361/2000 regulamentou a Lei 5.859/72 – acesso FGTS e 3.361/2000 regulamentou a Lei 5.859/72 – acesso FGTS e Seguro DesempregoSeguro Desemprego

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OBSERVAÇÕES IMPORTANTESOBSERVAÇÕES IMPORTANTES

Diretor de sociedade: Diretor de sociedade: para a teoria tradicional, não épara a teoria tradicional, não éempregado; é mandatário; a relação jurídica que o víncula àempregado; é mandatário; a relação jurídica que o víncula àsociedade é de mandato e não de emprego; para a teoriasociedade é de mandato e não de emprego; para a teoriacontemporâneo, não há incompatibilidade entre a condição decontemporâneo, não há incompatibilidade entre a condição dediretor da sociedade e a de empregado; o elementodiretor da sociedade e a de empregado; o elementofundamental que definirá a situação do diretor de sociedade éfundamental que definirá a situação do diretor de sociedade éa subordinação e demais requisitos. A propósito vide Súmulaa subordinação e demais requisitos. A propósito vide Súmula19/9/200919/9/2009269 do TST (contrato de trabalho suspenso, salvo269 do TST (contrato de trabalho suspenso, salvosubordinação jurídica).subordinação jurídica).

Empregado acionista: Empregado acionista: não são incompatíveis as condiçõesnão são incompatíveis as condiçõesde empregado e acionista de sociedade anônima, desde que ode empregado e acionista de sociedade anônima, desde que onúmero de ações (que lhe dê condições de interferir nosnúmero de ações (que lhe dê condições de interferir nosdestinos da sociedade em dimensão expressiva) não se eleve destinos da sociedade em dimensão expressiva) não se eleve

aaponto de descaracterizar a relação de emprego.ponto de descaracterizar a relação de emprego.

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OBSERVAÇÕES IMPORTANTESOBSERVAÇÕES IMPORTANTES Presidiário: Presidiário: que trabalha na cadeia objetivando diminuir sua pena que trabalha na cadeia objetivando diminuir sua pena

nãonãoé empregado do Estado, tendo em vista o art. 28 da Lei de Execuçõesé empregado do Estado, tendo em vista o art. 28 da Lei de ExecuçõesPenais (LEP).Penais (LEP).A problemática do trabalho do preso. Atualmente 200 empresas jáA problemática do trabalho do preso. Atualmente 200 empresas jácontratam 40 mil presos em SP e ganham vantagem devido a baixoscontratam 40 mil presos em SP e ganham vantagem devido a baixossalários e ausência de direitos. Ocorre que o preso a cada três dias desalários e ausência de direitos. Ocorre que o preso a cada três dias detrabalho obtém a redução de um dia no cumprimento da pena (vertrabalho obtém a redução de um dia no cumprimento da pena (verartigos 31 e 41 da Lei de Execução Penal), porém os que discutem ditaartigos 31 e 41 da Lei de Execução Penal), porém os que discutem ditacontratação fundamentam na falta de regulamentação da contratação contratação fundamentam na falta de regulamentação da contratação

dodo19/9/200919/9/2009preso e assim, a ausência de projeto social. P preso fica com 75% dopreso e assim, a ausência de projeto social. P preso fica com 75% dosalário mínimo e os outros 25% ficam com a Funap (Fundação desalário mínimo e os outros 25% ficam com a Funap (Fundação deAmparo ao Preso, ligada a Secretaria da Administração Penitenciária).Amparo ao Preso, ligada a Secretaria da Administração Penitenciária).Para alguns trata-se de trabalho escravo.Para alguns trata-se de trabalho escravo. O Padre, Pastor, Ministro de Confissão Religiosa: O Padre, Pastor, Ministro de Confissão Religiosa: não sãonão sãoempregados das respectivas congregações pois o destinatário de seusempregados das respectivas congregações pois o destinatário de seusserviços é a própria sociedade. Não obstante, pode a igreja possuir serviços é a própria sociedade. Não obstante, pode a igreja possuir

outrosoutrosempregados.empregados. O Filho pode ser empregado do Pai, e vice-versa: O Filho pode ser empregado do Pai, e vice-versa: desde quedesde quepresentes os requisitos caracterizadores da relação de emprego.presentes os requisitos caracterizadores da relação de emprego.

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EMPREGADOREMPREGADOR

Conceito: Conceito: é a pessoa física ou jurídica que,é a pessoa física ou jurídica que,

assumindo os riscos da atividade econômica,assumindo os riscos da atividade econômica,

admite, assalaria e dirige o empregado.admite, assalaria e dirige o empregado.

“ “considera-se empregador a empresa.considera-se empregador a empresa.

individual ou coletiva, que, assumindo os individual ou coletiva, que, assumindo os riscosriscos

19/9/200919/9/2009

da atividade econômica, admite, assalaria eda atividade econômica, admite, assalaria e

dirige a prestação pessoal de serviços” (CLT,dirige a prestação pessoal de serviços” (CLT,

art. 2º).art. 2º).

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EMPREGADOREMPREGADOR Tipos de empregador: Tipos de empregador: há o empregador emhá o empregador emgeral, a empresa, e o empregador porgeral, a empresa, e o empregador porequiparação, os profissionais liberais, asequiparação, os profissionais liberais, asinstituições de beneficência, as associaçõesinstituições de beneficência, as associaçõesrecreativas ou outras instituições sem finsrecreativas ou outras instituições sem finslucrativos.lucrativos.Estrutura jurídica do empresário: Estrutura jurídica do empresário: háhá19/9/200919/9/2009 pessoas físicas. firmas individuais e sociedades,pessoas físicas. firmas individuais e sociedades,sendo principal a limitada.sendo principal a limitada. Natureza da titularidade: Natureza da titularidade: há empregadoreshá empregadoresproprietários, arrendatários, cessionários,proprietários, arrendatários, cessionários,usufrutuários, etc.;usufrutuários, etc.; Tipo de atividade: Tipo de atividade: há empregadoreshá empregadoresindustriais, comerciais, rurais, domésticos eindustriais, comerciais, rurais, domésticos epúblicos.públicos.

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EMPREGADOREMPREGADOR Responsabilidade solidária dos Responsabilidade solidária dos

grupos de empresa: grupos de empresa: sempre que umao sempre que umao u mais empresas, tendo, embora, cada u mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou estiverem sob a direção, controle ou administração de outra,constituindo grupo administração de outra,constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer industrial, comercial ou de qualquer atividade econômica, serão, para os atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas principal e cada uma das subordinadas (CLT, art. 2º, § 2º).(CLT, art. 2º, § 2º).

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EMPREGADOREMPREGADOR Sucessão de empresas: Sucessão de empresas: significa significa

mudança na propriedade da empresa; mudança na propriedade da empresa; designa todo acontecimento em designa todo acontecimento em virtude do qual uma empresa é virtude do qual uma empresa é absorvida por outra, o que ocorre nos absorvida por outra, o que ocorre nos casos de incorporação, transformação casos de incorporação, transformação e fusão e fusão Alteração na estrutura Alteração na estrutura jurídica da empresa: jurídica da empresa: entende-se por entende-se por ela toda modificação em sua forma ou ela toda modificação em sua forma ou modo de constituir-se .modo de constituir-se .

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EMPREGADOREMPREGADOR a CLT estabelece o princípio da continuidade do a CLT estabelece o princípio da continuidade do

vínculo jurídico trabalhista, declarando que a vínculo jurídico trabalhista, declarando que a alteração na estrutura jurídica e a sucessão de alteração na estrutura jurídica e a sucessão de empresas em nada o afetará (arts. 10 e 448).empresas em nada o afetará (arts. 10 e 448).

Efeitos: Efeitos: subroga-se o novo proprietário em subroga-se o novo proprietário em todas as obrigações do primeiro, desenvolvendo-todas as obrigações do primeiro, desenvolvendo-se normalmente o contrato de trabalho, sem se normalmente o contrato de trabalho, sem qualquer prejuízo para o trabalhador; a contagem qualquer prejuízo para o trabalhador; a contagem do tempo de serviço não é interrompida; as do tempo de serviço não é interrompida; as obrigações trabalhistas vencidas à época do obrigações trabalhistas vencidas à época do titular alienante, mas ainda não cumpridas, são titular alienante, mas ainda não cumpridas, são exigíveis; as sentenças judiciais podem ser exigíveis; as sentenças judiciais podem ser executadas, desde que não prescritas, executadas, desde que não prescritas, respondendo o sucessor, por seus efeitos; etc.respondendo o sucessor, por seus efeitos; etc.

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CONTRATO DE TRABALHOCONTRATO DE TRABALHO

A CLT no seu art. 442 dispõe que “A CLT no seu art. 442 dispõe que “Contrato individual de Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de empregocorrespondente à relação de emprego”. São as ”. São as seguintes as seguintes as características do contrato de trabalhocaracterísticas do contrato de trabalho:é :é bilateralbilateral, pois produz direitos e obrigações para ambos; é , pois produz direitos e obrigações para ambos; é onerosooneroso, em que a remuneração é requisito essencial; é , em que a remuneração é requisito essencial; é comutativocomutativo, pois as prestações de ambas as partes , pois as prestações de ambas as partes presentamrelativa equivalência, sendo conhecidas no presentamrelativa equivalência, sendo conhecidas no momento da celebraçãodo ajuste; é momento da celebraçãodo ajuste; é consensualconsensual, pois a lei , pois a lei não impõe forma especial para a sua celebração, bastando não impõe forma especial para a sua celebração, bastando anuência das partes; é um anuência das partes; é um contrato de adesãocontrato de adesão, pois um , pois um dos contratantes, o empregado,limita-se a aceitar as dos contratantes, o empregado,limita-se a aceitar as cláusulas e condições previamente estabelecidas pelo cláusulas e condições previamente estabelecidas pelo empregador; é empregador; é pessoal pessoal ((intuitu personaeintuitu personae), pois a pessoa ), pois a pessoa do empregado é considerada pelo empregador como do empregado é considerada pelo empregador como elemento determinante da contratação, não podendo elemento determinante da contratação, não podendo aquele se fazer substituir na prestaçãolaboral sem o aquele se fazer substituir na prestaçãolaboral sem o consentimento deste; é de consentimento deste; é de execução continuadaexecução continuada, pois a , pois a execução do contrato não se exaure numa única prestação, execução do contrato não se exaure numa única prestação, prolongando-se no tempo.prolongando-se no tempo.

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CONTRATO DE TRABALHO – DURAÇÃOCONTRATO DE TRABALHO – DURAÇÃO

Quanto à sua duração os contratos podem ser Quanto à sua duração os contratos podem ser celebrados por prazo determinado ou celebrados por prazo determinado ou indeterminado. A CLT fixa o prazo máximo de indeterminado. A CLT fixa o prazo máximo de dois anos dois anos para os contratos a prazo determinado para os contratos a prazo determinado em geral, e de em geral, e de noventa dias noventa dias para o contrato de para o contrato de experiência (arts. 445 e 451). Admite-se uma experiência (arts. 445 e 451). Admite-se uma única prorrogação, que deve ser feita dentro dos única prorrogação, que deve ser feita dentro dos prazos que a lei fixou. Havendo uma segunda prazos que a lei fixou. Havendo uma segunda prorrogação, ainda que dentro do prazo legal, o prorrogação, ainda que dentro do prazo legal, o contrato passará a ser considerado por prazo contrato passará a ser considerado por prazo indeterminado.indeterminado.

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CONTRATO DE TRABALHO – DURAÇÃOCONTRATO DE TRABALHO – DURAÇÃO CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO: CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO: É a formaÉ a formacomum de contratação, a qual será sempre presumida se houvercomum de contratação, a qual será sempre presumida se houverdúvida. Assim, aquele que alegar a determinação do prazo deverádúvida. Assim, aquele que alegar a determinação do prazo deveráprova-la, na forma e pelos meios admitidos em direito, caso nãoprova-la, na forma e pelos meios admitidos em direito, caso nãotenha êxito, considerar-se-á que o contrato é por prazotenha êxito, considerar-se-á que o contrato é por prazoindeterminado.indeterminado. CONTRATO POR PRAZO DETERMINADOCONTRATO POR PRAZO DETERMINADO:A CLT define o:A CLT define ocontrato a prazo determinado como “contrato a prazo determinado como “o contrato de trabalho cujao contrato de trabalho cujavigência dependa de termo prefixado ou da execução devigência dependa de termo prefixado ou da execução deserviços especificados ou ainda da realização de certoserviços especificados ou ainda da realização de certo

acontecimento suscetível de previsão aproximadaacontecimento suscetível de previsão aproximada” (art.443).” (art.443).Em seguida, fixa as hipóteses que autorizam sua celebração válida,Em seguida, fixa as hipóteses que autorizam sua celebração válida,ao dispor que “o contrato por prazo determinado só será válido emao dispor que “o contrato por prazo determinado só será válido emse tratando”:se tratando”: de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique ade serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique apredeterminação do prazo;predeterminação do prazo; de atividades empresariais de caráter transitório;de atividades empresariais de caráter transitório; de contrato de experiência” (art. 443, § 2º).de contrato de experiência” (art. 443, § 2º).

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CONTRATO DE TRABALHO – DURAÇÃOCONTRATO DE TRABALHO – DURAÇÃO

CONTRATO DE EXPERIÊNCIA: CONTRATO DE EXPERIÊNCIA: A última hipótese prevista pela CLTA última hipótese prevista pela CLTpara a contratação a prazo determinado é o contrato de experiência, que épara a contratação a prazo determinado é o contrato de experiência, que éaquele destinado a permitir que o empregador, durante o prazo máximo deaquele destinado a permitir que o empregador, durante o prazo máximo de90 (noventa) dias, verifique as aptidões do empregado e decida sobre a90 (noventa) dias, verifique as aptidões do empregado e decida sobre aconveniência de contrata-lo por prazo indeterminado.conveniência de contrata-lo por prazo indeterminado. CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO NA LEI Nº 9601, DE 1998:CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO NA LEI Nº 9601, DE 1998:A contratação de empregados nos moldes da Lei nº 9601/98 pode ser feita emA contratação de empregados nos moldes da Lei nº 9601/98 pode ser feita emqualquer atividade qualquer atividade (comércio, indústria, meio rural, bancos, etc.). Isso(comércio, indústria, meio rural, bancos, etc.). Issoporque não se aplicam a essa nova hipótese de contrato a prazo determinadoporque não se aplicam a essa nova hipótese de contrato a prazo determinadoas restrições contidas no art. 443, § 2º, da CLT, que só permitia aas restrições contidas no art. 443, § 2º, da CLT, que só permitia acontratação em atividades de natureza transitória e no contrato decontratação em atividades de natureza transitória e no contrato deexperiência (Lei nº 9601/98, art. 1º).experiência (Lei nº 9601/98, art. 1º).Para a contratação de empregados nos termos da lei nº 9601/98 éPara a contratação de empregados nos termos da lei nº 9601/98 éimprescindível a imprescindível a negociação coletiva. negociação coletiva. Ainda que a contratação seja de umAinda que a contratação seja de umúnico empregado, é imprescindível a formalização da convenção ou do acordoúnico empregado, é imprescindível a formalização da convenção ou do acordocoletivo, com o sindicato dos trabalhadores. Caso seja efetivada sem essecoletivo, com o sindicato dos trabalhadores. Caso seja efetivada sem esserequisito, a contratação por prazo determinado será tida como nula,requisito, a contratação por prazo determinado será tida como nula,vigorando o contrato como por prazo indeterminadovigorando o contrato como por prazo indeterminado