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Cronograma
08/11- Aula 1- Introdução a Oncologia Celular e Molecular
29/11- Aula 2- Biologia do Câncer
06/12- Aula 3- Vírus Oncogênicos (HPV/Hepatite C)
13/12- Aula 4- Bancos de tumores /Cultivo de Células Tumorais
20/12- Aula 5- Genômica Funcional aplicada a Oncologia
10/01- Aula 6- Histopatologia de Tumores
17/01- Prova 1
24/01- Aula 7- Imunooncologia
31/01- Aula 8- Anticorpos Monoclonais/Filme
07/02- Aula 9- Vacinas e Câncer/ BCG Recombinante
14/02- Aula 10- Nanooncologia
21/02- Aula 11- Transgênese e Câncer
28/02- Aula 12- Terapia Gênica / Células Tronco/Pesquisas
07/03- Prova 2
14/03- Prova Optativa
21/03- EXAME
Aula 1- Biologia do Câncer
História do Câncer
Conceitos em Oncologia
Epidemiologia do Câncer
Oncogenes
Protooncogenes
Genes Supressores de Tumor
História do Câncer
Oncologia- Onkos (tumor), Logia (estudo)
Câncer - (grego Karkinos) (Latim Câncer)- CARANGUEJO
-Semelhança entre as veias ao redor do tumor externo e as pernas do crustáceo
OU
- doença evolui de modo semelhante ao movimento do crustáceo
Art
e e
Câ
ncer
De acordo com um cirurgião italiano,
Rembrandt teria registrado nessa obra os
primeiros sinais do câncer de mama,
observados em sua modelo Hendrickje Stoffels.
Art
e e
Câ
ncer
Michelangelo, um desses artistas, teria
retratado em sua famosa escultura "A Noite"
(La Notte), uma mulher com câncer de mama. A
teoria baseia-se no aspecto disforme de seu
seio, que, a considerar a habilidade do escultor,
não foi casual.
CÂNCER
“o conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o
crescimento desordenado de células que invadem os tecidos
e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo”
ausência de tratamento efetivo para a maioria dos tumores
Introdução
IMPORTÂNCIA GLOBAL
informações sobre mortalidade, em função de sua
abrangência e disponibilidade, tem sido utilizada para
descrever a magnitude e o impacto do câncer
Introdução
IMPORTÂNCIA GLOBAL
Não expressa a real magnitude do problema,
uma vez que existem diferenças importantes,
entre os vários tipos de câncer,
em função da letalidade e da sobrevida
Introdução
IMPORTÂNCIA GLOBAL
Para os tumores de maior letalidade,
a mortalidade permite uma aproximação do
que seria a incidência,
o que não acontece com aqueles de melhor prognóstico
Introdução
Homens
Próstata e Pulmão
Estômago
Cólon e Reto
Mulheres
Mama
Colo Útero
Cólon , Reto, Estômago e Pulmão
Introdução
CÂNCER
Em geral resultado de uma mutação genética somática
Esta mudança genética leva a alterações do padrão de
expressão gênica da célula modificando sua biologia
Introdução
Introdução
Início da Doença
Doença não detectável
Doença detectável no estágio pré-
clínico
Aparecimento dos sintomas
Morte ou Cura
PERÍODO LATÊNCIA LONGO
MÚLTIPLOS ESTÁGIOS
Introdução
Início da Doença
Doença não detectável
Doença detectável no estágio pré-
clínico
Aparecimento dos sintomas
Morte ou Cura
PERÍODO LATÊNCIA LONGO
MÚLTIPLOS ESTÁGIOS
Tópicos Importantes- Introdução
Etiologia
Nomenclatura
Classificação
Anatomia
Diagnóstico
Crescimento Secundário
NOMENCLATURA
NEOPLASIA (O crescimento autônomo de uma população
celular, bem como a liberdade de diferenciação)
NEOPLASIA“NEO”
NOVO
“PLASIA”
FORMAÇÃO
HEPATOCARCINOMA
O tecido neoplásico parece ser elevado e com superfície
irregular, enquanto o tecido normal é plano e com superfície lisa.
Definição de Neoplasia X Tumor
NEOPLASIA é um termo referente àproliferação anormal de células, excessivae descoordenada, que não cessa após otérmino do estímulo inicial.
NEOPLASIA
=
TUMOR
BENIGNO
MALIGNO
O Tumor
Possuem um parênquima, que contêm as células
tumorais propriamente ditas, e um estroma, formado
por vasos sanguíneos, tecido conjuntivo vário e até
mesmo macrófagos e linfócitos.
Enquanto o parênquima dita as conseqüências
patológicas e o comportamento tumoral, seu estroma é
que possibilita e determina o seu crescimento. As muitas
combinações entre os dois caracterizam os tipos de
tumores, abordados adiante.
NOMENCLATURA
Ex.: papiloma (origem do epitélio escamoso), adenoma (origem do epitélio
glandular), fibroma (do tecido conjuntivo), lipoma ( do tecido adiposo) etc.
NEOPLASIA BENIGNA
SUFIXO “OMA”
AO NOME DO TECIDO DE ORIGEM
NOMENCLATURA
CARCINOMA
- Carcinoma epidermóide (origem do epitélio escamoso)
- Adenocarcinoma (epitélio glandular)
- SARCOMA
- Fibrossarcoma (tecido conjuntivo)
- Osteossarcoma (origem do tecido ósseo)
OMA - EXCESSÕES
Para algumas neoplasias malignas, porém, utiliza-se a regra de nomenclatura das benignas.
Ex.: linfomas (origem mesenquimal hematopoiética), melanoma (origem epitelial).
TUMORES BENIGNOS
- Tumores (benignos ou malignos)
- Lipomas (acúmulo de tecido gorduroso por baixo da pele)
- fibromas (tumor benigno do tecido conjuntivo fibroso)
- anomalias no corpo e na face.
NEUROFIBROMATOSE
CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS MACROSCÓPICASNeoplasias benignas Neoplasias malignas
velocidade de crescimento lenta rápida
forma de crescimento expansivaexpansiva e
infiltrativa
crescimento a distância (metastáses) ausente presente
CLASSIFICAÇÃO PROGNÓSTICA
MACROSCÓPICA
Os TUMORES BENIGNOS apresentam suas
células semelhantes às do tecido de origem.
Seus núcleos não estão alterados = normal.
Formação de um arranjo tecidual diferente
CLASSIFICAÇÃO PROGNÓSTICA
MICROSCÓPICA
Neoplasia benigna de tecido nervoso
periférico (HE, 400X).
Surge somente um padrão tecidual diferente,
uma distribuição e disposição novas das
células.
CLASSIFICAÇÃO PROGNÓSTICA
MICROSCÓPICA
As NEOPLASIAS MALIGNAS apresentam células :
núcleos alterados:
Irregularidades na forma, tamanho e número;
Podem surgir mitoses atípicas,
hipercromasia nuclear (=grande quantidade de cromatina),
pleomorfismo (variados tamanhos e formas de núcleo e da célula como um
todo)
O citoplasma dessas células pode ter a relação núcleo/citoplasma alterada.
NEOPLASIA MALIGNA EPITELIAL
1. hipercromatismo (setas)
2. células de tamanhos e formas variados (pleomorfismo)
3. vacuolização no citoplasma
4. alteração da relação núcleo-citoplasma.
5. Mitose atípica é vista no centro do campo.
CLASSIFICAÇÃO HISTOGENÉTICA
ORIGEM EPITELIAL
a) do epitélio de revestimento: as benignas são
denominadas "papilomas" e as malignas,
"carcinomas";
b) do epitélio glandular: as benignas são
denominadas "adenomas" e as malignas,
"adenocarcinomas".
CLASSIFICAÇÃO HISTOGENÉTICA
MESENQUIMAIS
a) não-hematopoiéticas: incluem todas as células mesenquimais não
derivadas do tecido hematopoiético (sangüíneo).
As benignas recebem o nome segundo o tecido de origem seguido do sufixo
"oma"; as malignas recebem a terminação "sarcoma".
b) hematopoiéticas: incluem as células que são exportadas para o sangue
(principalmente com relação aos glóbulos brancos).
A grande maioria tem comportamento maligno
quando há formação de massas distinguíveis, chamamos de "linfoma” etc.;
quando há exportação de células tumorais da medula diretamente para o
sangue, dizemos "leucemia".
Carcinogenese
‘’O câncer é, em essência, uma doença genética.’’
Theodor Boveri
„‟O crescimento tumoral
decorre de uma combinação
cromossômica particular e
incorreta, que seria a causa
das características de
crescimento anormal passadas
para as células-filhas.‟‟
Predições de conceitos:
- cromossomos estimuladores de
crescimento (oncogenes);
- cromossomos inibitórios (genes
supressores tumorais);
- controle do ciclo celular;
- predisposição genética;
- perda de adesão e metástases;
- instabilidade genética;
- origem clonal da doença
Carcinogenese
Câncer: conjunto de mais de 100 doenças que tem como
característica comum o crescimento desordenado de células
Instabilidade genética
Perda de inibição por contato –
crescimento ilimitado
Evasão de processos
apoptóticos
Elevada capacidade de
invasão - metástases
Quantidade anormal de
cromossomos (aneuplóides)
Autonomia na sinalização
de crescimento
Indiferença à inibição do
crescimento
Potencial de Angiogênese
Alteração morfológica e
desdiferenciação
Formação de vasos sanguíneos
CARCINOGÊNESE
Processo lento, gradual e complexo, onde funções celulares são alteradas acarretando no surgimento de um tumor.
Vias de sinalização de controle do ciclo celular
Apoptose
Mecanismos de reparo
Adesão celular
Processo de múltiplas etapas no qual ocorrem MUTAÇÕES herdadas ou somáticas.
CRESCIMENTO SECUNDÁRIO
As neoplasias podem se desenvolver no seu local
de origem, com crescimento dito primário ou in
situ.
Tumores Malignos, podem-se observar
crescimentos secundários, ou seja, há um
desenvolvimento neoplásico distante do seu local
de origem.
CRESCIMENTO SECUNDÁRIO
a) por invasão
células neoplásicas penetram os tecidos vizinhos, estas
mantendo continuidade anatômica com a massa
neoplásica de origem.
b) por metástase: constitui um crescimento à distância, sem
continuidade anatômica com a massa neoplásica de
origem.
Etapas
1. invasão e desgarro das células neoplásicas
2. circulação destas (embolia)
3. implantação em um novo local que contenha condições de proliferação celular.
CARCINOGÊNESE
PROTO-ONCOGENES
GENES SUPRESSORES TUMORAIS
GENES DE REPARO DE DANOS AO DNA
ONCOGENES
Combinação entre ativação de proto-oncogenes e
inativação/perda de genes supressores
Oncogenes
Proto-oncogenes que sofreram mutação
A maioria deles atua como mutação dominantes de
ganho de função
Causa alteração do ciclo celular
Não ocorrem na linhagem germinativa
Apenas uma cópia do oncogene mutado é necessária
para contribuir no sistema de progressão tumoral.
ONCOGENES
Derivam de sempre de PROTO-ONCOGENES!
Oncogenes são ativados por 3 mecanismos principais:
1. Mutação
2. Amplificação gênica
3. Rearranjos cromossômicos (LOH)
Proteínas envolvidas no controle do
crescimento celular
Aumento da expressão gênica ou alteração
da proteína
Oncogenes são classificados em 5 grupos principais:
1. Fatores de Crescimento
2. Receptores dos fatores de crescimento
3. Transdutores de sinal
4. Fatores de transcrição
5. Reguladores (apoptose, ciclo celular)
Proto-OncogenesCrescimento e
proliferação celular
TransformaçãoMaligna
Perda ou mutaçãoem gene de supressão
tumoral
Mecanismo de ativação de proto-oncogenes
MECANISMO TIPO DE GENE ATIVADO RESULTADO
Mutação reguladora Fatores de crescimento Aumento da expressão
ou secreção
Mutação estrutural Receptores de fator de
crescimento,
proteínas de
transdução de sinal
Autonomia de expressão
Translocação, inserção
retroviral,
amplificação do
gene
Oncogenes nucleares Expressão excessiva
FATORES DE CRESCIMENTO
HST Câncer de estômago 11q13
SIS Glioma (tumor de cérebro) 22q12
RECEPTORES DE FATOR DE CRESCIMENTO
RET Neoplasia endócrina múltipla 10q
Erb-A Leucemia promielocítica 17q11
PROTEÍNAS DE TRANSDUÇÃO DE SINAL
H-RAS Câncer de cólon, pâncreas, pulmão 11p15
K-RAS Melanoma, carcinoma tireoidiano 12p12
Abl Leucemia mielóide crônica, leucemia
mielóide aguda
9q34
FATORES DE TRANSCRIÇÃO
N-myc Neuroblastoma, carcinoma pulmonar 2p24
MYB Melanoma maligno; linfoma; leucemia 6q22
Fos osteossarcoma 14q24
Oncogenes
GENES SUPRESSORES TUMORAIS
Funções fisiológicas diversas, geralmente relacionadas ao controle da proliferação e ciclo celular
São inativados por 3 mecanismos principais:
1. Deleções de regiões genômicas
2. Inserções e deleções intragênicas
3. Sileciamento da região promotora por metilação
4. Modificação epigenética
5. Perda de Heterozigose (LOH)
Perda de função do gene é necessária para tumorigênese
Figure 3: Germline mutations that confer susceptibility to breast cancer. All known breast cancer susceptibility genes are shown between the red and blue lines. No genes are believed to exist above the red line, and no genes have been identified below the blue line. Harris, 2010.
Gene Localização Câncer hereditário Câncer esporádico
RB1 13q14 Retinoblastoma Retinoblastoma, carcinoma de bexiga, mama,
esôfago, pulmão, osteossarcoma
APC 5q21 Polipose adenomatosa familiar Carcinoma de cólon, reto, pâncreas e estômago
NF1 17q11 Neurofibromatose tipo I Carcinoma de cólon e astrocinoma
NF2 22q12 Neurofibromatose tipo II Meningioma, schwanoma
p53 17p13 S. Li-Fraumeni Carcinoma de bexiga, mama, cólon e reto,
esôfago, fígado, pulmão, ovário, cérebro,
lifomas e leucemias, osteossarcoma
VHL 3p25 D. Von-Hippel Lindau câncer renal
WT1 11p13 Tumor de Wilms Tumor de Wilms
p16 ou MTS1 9p21 Melanoma familiar Melanoma, tumor cerebral, leucemia, carcinoma
de bexiga, mama, rins, pulmão, ovário,
sarcomas
Genes de supressão tumoral
GENES DE REPARO DE DANO AO
DNA
Quando alterados, ‘permitem’ mutações em diversos genes, contribuindo para a tumorigênese
Biotecnologia X Oncologia
O fato de conhecer e prever o comportamento biológico de um câncer é o
que nos permite decidir sobre a conduta mais adequada.
DIFERENTES TRATAMENTOS
POSSIBILIDADES DE DIAGNÓSTICO FUTUROS
BIOTEC NEWS
FARMACOGENÉTICA APLICADA AO CÂNCER. QUIMIOTERAPIA
INDIVIDUALIZADA E ESPECIFICIDADE MOLECULAR